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2.º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO GERAL

P R O G R A M A S D E

LITERATURA11ª e 12ª Classes

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logo RepublicaAngola1.pdf 1 16/08/14 17:26

ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS

C12

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Ficha Técnica

TítuloProgramas de Literatura - 11ª e 12ª Classes(Área de Ciências Humanas)

EditoraEditora Moderna, S.A.

Pré-impressão, Impressão e AcabamentoGestGráfica, S.A.

Ano / Edição / Tiragem2014 / 2.ª Edição / 2.000 Ex.

E-mail: [email protected]

© 2014 EDITORA MODERNAReservados todos os direitos. É proibida a reprodução desta obra por qualquer meio (fotocópia, offset, fotografia, etc.) sem o consentimento escrito da editora, abrangendo esta proibição o texto, as ilustrações e o arranjo gráfico. A violação destas regras será passível de procedimento judicial, de acordo com o estipulado no código dos direitos de autor.

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ÍNDICE

Introdução Geral à Disciplina -------------------------------------------------- 4

Objectivos Gerais da Disciplina ------------------------------------------------ 5

Conteúdos Programáticos na 11ª Classe --------------------------------------- 6

Conteúdos Programáticos na 12ª Classe ------------------------------------- 14

Orientações Metodológicas --------------------------------------------------- 22

Avaliação ----------------------------------------------------------------------- 24

Bibliografia --------------------------------------------------------------------- 25

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11ª E 12ª CLASSES

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INTRODUÇÃO GERAL À DISCIPLINA

O Ensino da Literatura como disciplina autónoma para a 11ª e 12ª classes do Ensino Secundário justifica-se por várias razões, embora não entendendo uma autonomia como factor de afastamento de estudo sistemático da língua. Pelo contrário, os estudos literários, pela reinvenção que perspectivam da língua, são um largo ensaio onde o aluno(a) pode observar a riqueza e as potencialidades que a língua escrita literária oferece ao(à) leitor(a) e, pela sua historicidade, são espaços de verificação do desenvolvimento e constituição das línguas históricas.

Mas o ensino da Literatura justifica-se por outras razões igualmente importantes: pelo desenvolvimento emocional que proporciona, pela sua natureza cultural e ética e pelo diálogo que estabelece com o grande texto de cultura.

Sendo, obviamente, um programa que passa essencialmente pela Literatura Angolana, não se podem esquecer os textos orais onde aquela originalidade de uma cultura, dos costumes e de uma visão do mundo começou a manifestar-se. Assim, os contos, as fábulas, as adivinhas e os provérbios tradicionais serão, portanto, um primeiro campo de estudo e que se seguirá ao estudo da Literatura escrita do país, procurando dar ao(à) aluno(a) uma visão da nossa história literária (Angola), mas também a análise mais apropriada de textos que respondam às grandes linhas genealógicas: o texto narrativo, o texto lírico e o dramático.

Ler um texto literário, porém, é sempre de estabelecer um diálogo com outros textos de autores de outros povos que falam a mesma língua e com textos de outras culturas. Assim se justifica a introdução neste programa de textos de Literatura Moçambicana, Cabo Verdiana, de São Tomé, Brasileira, Guineense e Portuguesa, bem como uma breve referência a autores de outras línguas que surjam como exemplo em obras magnas de literatura universal.

Pretende-se assim, aliás, alargar a enciclopédia do(a) aluno(a) pondo-o(a) em contacto directo e intensivo com alguns autores estrangeiros e referenciando outras obras como de leitura extensiva.

Embora com parcimónia, o(a) aluno(a) deverá lentamente apropriar-se e aprofundar-se de alguma metalinguagem literária e linguística que lhe forneça rigor e clareza de análise dos textos, mas de forma a incentivar-se sempre o gosto pela leitura e, se possível, a motivação para a escrita.

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PROGRAMAS DE LITERATURA

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OBJECTIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

› Conhecer elementos de história da teoria e crítica literária e das principais obras para o conhecimento da Literatura Angolana;

› Compreender as características e especificidades dos géneros, modos e períodos literários;

› Identificar a especificidade do texto literário no que se refere à linguagem, aspectos formais e composicionais;

› (Re)conhecer as diferenças/semelhanças temáticas, formais, estruturais, entre outras, na comparação de textos (literários e não literários) de um mesmo autor ou de autores diferentes, de uma mesma época ou de épocas distintas, de um mesmo género ou de géneros diferentes;

› Enquadrar os escritores angolanos e outros em períodos temporais e sócio-culturais;

› Distinguir alguns escritores angolanos e suas obras e textos (colectânea) a serem utilizados nos manuais para leitura metódica e extensiva;

› Distinguir autores de outras nacionalidades lusófonas a serem enquadrados e estudados na Literatura Angolana;

› Desenvolver a competência de leitura e análise do texto literário e sua interpretação e argumentação;

› Compreender as mensagens transmitidas por diversos autores em obras de diferentes épocas;

› Reconhecer e distinguir o estilo individual e o estilo da época;

› Reconhecer os procedimentos de coesão e coerência textual;

› Desenvolver métodos e técnicas de trabalho individual, de grupo e em grupo que contribuam para a construção e desenvolvimento da aprendizagem da Literatura Angolana.

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11ª E 12ª CLASSES

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CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS NA 11ª CLASSE

Conteúdos ProgramáticosEntende por esta terminologia a súmula de assuntos consignados para o ensino/

aprendizagem contidos dentro do programa preconizado. Não é senão a matéria sumariada em cada unidade ou temas do Programa. Conteúdos programáticos espelham, duma forma minuciosa, as partes de unidades temáticas de um dado programa de trabalho.

1. Conteúdos Linguísticos.2. Conteúdos comunicativos.3. Leitura.4. Escrita.5. Funcionamento da língua.6. Escritores Angolanos e de outras nacionalidades:

6.1. Escritores angolanos e obras de literatura obrigatória;6.2. Escritores de outras nacionalidades.

7. Introdução ao estudo da Literatura Angolana.

1. Conteúdos linguísticos:

1.1. Funções da linguagem: › Expressiva; › Apelativa; › Fática; › Referencial; › Metalinguística.

1.2. Marcas linguísticas: › Objectivação; › Gestos; › Entoação.

1.3. Registos da língua: › Cuidado › Corrente; › Familiar; › Popular; › Gíria e calão.

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PROGRAMAS DE LITERATURA

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1.4. Sistema de línguas: › Valores semânticos de frases; › Modalizadores de enunciação; › Conectores e sua utilidade no texto literário; › Discurso directo e indirecto visto de uma forma literária; › Marcadores textuais; › Marcadores de coesão; › Marcadores de paráfrase.

1.5. Coerência textual: › Externa (que se situa a referência no tempo e no espaço); › Interna (co-referência - identidade de referentes ao longo do texto); › Processos de retoma (que estabelecem uma continuidade de elementos

temáticos no texto literário.

2. Conteúdos Comunicativos:

2.1. Estudo do texto literário: › As cadeias ou segmentos de expressões co-referências; › As sequências (marcas de sequencialidade); › Estilística, estilo e análise estilística;

2.2. Texto literário: › Fronteiras do texto literário; › Nível textual; › Intertextualidade.

2.3. Leitura crítica: › Leitura; › Crítica; › Discurso crítico.

2.4. Lírica: › Estratos textuais do texto lírico; › Integração lírica.

2.5. Narrativa: › Estrutura da acção; › Sintaxe narrativa; › Narração/Descrição.

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2.6. O texto como ponto de partida da análise literária: › Conteúdo e forma, significado e significante; › Elementos extrínsecos, formais e intrínsecos; › A dedução e a indução na análise literária; › Análise microscópica e análise macroscópica.

2.7. Análise do texto dramático: › O texto literário; › O texto e as demais artes; › Comédia; › Tragédia; › Micro análise; › As personagens; › A acção.

3. Leitura

A linguagem falada ou escrita é o mais eficiente e poderoso instrumento de intercâmbio e veiculação social. Sem a linguagem, não seria possível compreender a Natureza e a evolução da sociedade.

O valor da leitura é evidente e indiscutível. Ela permite apreender o que está escrito. Possibilita o contacto espiritual com os que estão ausentes no tempo e no espaço. Fixa e torna mais claros e precisos os conhecimentos. Facilita o aproveitamento da experiência das gerações passadas, da deriva, ao mesmo tempo, à tradição e o progresso.

A leitura deve, por conseguinte, ocupar na escola um lugar de relevo dominante. Sua situação no processo educativo é básica, não obstante o desenvolvimento dos recursos técnicos da escola.

Objectivos do ensino da leituraO ensino da leitura tem como objectivo: › Dotar o aluno da capacidade de ler com compreensão, rapidez e naturalidade; › Fixar no mesmo hábitos de boa leitura, tanto para os fins de colheita de

informações úteis, como para a utilização das horas de lazer; › Levar a compreender a vantagem da leitura como instrumento de

aperfeiçoamento cultural;

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PROGRAMAS DE LITERATURA

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No entanto, para que os objectivos da leitura se concretizem, várias actividades ou modalidades de leitura podem ser desenvolvidas:

Leitura extensiva – leitura de textos longos e/ou obras completas. É o tipo de leitura que mais contribui para a formação de um leitor competente.

Leitura metódica – leitura detalhada e orientada de pequenos textos. Este tipo de leitura favorece, sobretudo, a memorização.

Estes dois tipos de leitura são importantes. A leitura, neste domínio, é o estudo e análise de obras literárias de escritores de uma época e/ou de épocas diferentes; de uma nação e/ou de nações diferentes; de escritores individuais ou colectivos. Neste programa serão leccionados não só excertos, mas também obras integrais. Assim, por exemplo, a partir de leitura de excertos de obras literárias, os alunos tornar-se-ão aptos a elaborar textos de diferentes modalidades, como o resumo, a crónica, o comentário.

4. Escrita

A aprendizagem da escrita constitui uma via de redescoberta e de reconstrução da língua. É com a prática da língua que se organiza e se desenvolve o pensamento, se acelera aquisições linguísticas, comunicativas e gramaticais, permite ler melhor e a aprender mais.

A interiorização de hábitos de escrita decorre da frequência da sua prática, associada a situações de prazer e de reforço da auto-confiança. Deve-se escrever sem receio de censuras, mas com certeza de poder contar com os apoios necessários ao aperfeiçoamento de textos, o que permitirá, ao(à) aluno(a), expor-se através das suas produções.

Escrever é uma actividade comunicativa que, como todas, tem sentido social. Deve materializar-se em produções que circulem entre alunos, entre turmas, entre escolas...

Diversificando percursos e estratégias, cabe ao(à) professor(a) o papel de interlocutor, animador e criador de situações para melhorar a escrita, integrando-a em projectos funcionais e com significação.

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Algumas sugestões de actividade da escrita:

› Desenvolver temas de interesse dos alunos, tais como:• Jornais de escola;• Jornais de turma;• Jornal mural;• Concursos literários.

› Prática de escritos informativos/expositivos como:• Resumos;• Relatórios;• Recontos;• Cartas;• Registos de experiências.

› Construção e produção criativa de textos escritos pelos alunos, a partir de textos literários sugeridos ou de outras literaturas de autores por eles conhecidos;

› Escrever, por iniciativa própria ou por estímulo, vários textos sobre temas a gosto pessoal ou que exprimam sentimentos e/ou experiências pessoais.

5. Funcionamento da Língua

Conhecer uma língua é conhecer e saber analisar o código que lhe dá forma, as suas componentes, a sua estrutura e as variadas relações que estabelecem entre si. Àquilo que resulta desta engrenagem chama-se gramática, entendida esta como o estudo reflexivo efectuado sobre o funcionamento interno da língua.

Do ponto de vista funcional, a língua é um sistema de sinais, o mais complexo e perfeito de todos os sistemas dessa classe que o homem já inventou.

O ensino da língua não deve parar às portas da Universidade; ela deve sim, continuar até aos últimos anos das várias licenciaturas, mestrados e até mesmo doutoramentos. A língua portuguesa, no nosso caso, também nossa – porque a língua não pertence a ninguém –, de cultura angolana moderna, deve ter os seus suportes culturais apoiados por uma política específica bem direccionada, para que exerça de forma eficiente o seu papel de comunicador no seio da sociedade.

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PROGRAMAS DE LITERATURA

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A língua, como meio de comunicação entre as pessoas, é um fenómeno histórico-social porque se deve ao trabalho e à vida social o aproveitamento nos seres humanos da necessidade da linguagem.

Assim, a língua portuguesa, no nosso país, deve ser tida em conta no seu sentido positivo, já que é com ela que se avivam os sentimentos nacionais. É língua de ensino, de comunicação de massas, da religião e língua da cultura.

6. Escritores Angolanos e de outras nacionalidades

6.1. Escritores Angolanos e obras de leitura obrigatória: › Alda Lara – Prelúdio (Poesia); › António Jacinto – Monangamba – Texto-vida e obra do autor; › Agostinho Neto – Havemos de Voltar (Poesia) e vida e obra do autor; › Alfredo Troni – O Óbito, As missas do óbito (Textos) In Nga Muturi – obra; › Castro Soromenho – Terra Morta – obra; › Manuel Pacavira - Vida e obra do autor; › Maia Ferreira – A Angola (Poesia) – Vida e obra do autor; › Óscar Ilibas – Ecos da Minha Terra – (Obra) Vida e obra do autor; › Viriato da Cruz – Makèzú (Poesia) – Vida e obra do autor.

11ª Classe (nova geração) › Fragata de Morais – Inkuna minha Terra – (Obra); › João Abel – Dois (in Bom dia) 1971; › Luís Kandjimbo - Vida e obra do autor; › José Luís Mendonça – Vida e obra do autor; › John Bella – Vida e obra do autor.

6.2. Escritores de outras nacionalidades (CPLP):

Cabo Verde › Jorge Barbosa; › Baltazar Lopes.

Moçambique › José Craveirinha; › Rui Knopfi.

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São Tomé e Príncipe › Marcelino da Veiga.

Guiné-bissau › Helder Proença.

Brasil › Carlos Drummond de Andrade; › Jorge Amado.

Portugal › Luís de Camões; › Fernando Pessoa.

6.3. Escritores de outras nacionalidades: › Alejo Carpentier – Escritor cubano. › João De La Fontaine – Poeta e académico francês.

7. Introdução ao estudo da literatura angolana

7.1. Literatura Tradicional (oral) Angolana: › Periodologia da literatura angolana; › A literatura angolana do silêncio; › A Casa dos Estudantes do Império; › Embandeiro, Mensagem, Cultura angolana.

7.2. A Literatura angolana antes da Colonização.

7.3. A Literatura Angolana “eurocêntrica” – séculos XV-XIX: › Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa.

7.4. A ausência de literaturas africanas de expressão portuguesa: da Negritude ao combate e à independência;

› Saturnino de Sousa e Oliveira e Manuel Alves de Castro Francina; › Héli Chatelain; › Óscar Ribas.

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PROGRAMAS DE LITERATURA

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7.5. O percurso da literatura angolana dos séculos XIX- XX: › A Literatura Angolana no período pós-independência; › Percursores da Literatura Angolana:• Maia Ferreira;• Alfredo Troni;• Tomaz Vieira da Cruz;• Cordeiro Mota, etc.

7.6. A Literatura Angolana, escrita: › Maia Ferreira; › Óscar Ribas; › António Jacinto; › Agostinho Neto, etc.

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CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS NA 12ª CLASSE

1. Conteúdos Linguísticos.2. Conteúdos Comunicativos.3. Leitura.4. Escrita.5. Funcionamento da Língua.6. Escritores angolanos e de outras nacionalidades:

6.1. Escritores angolanos e obras de leitura obrigatória;6.2. Escritores de outras nacionalidades.

7. Introdução ao estudo à literatura angolana.

1. Conteúdos linguísticos:

1.1. Registos da Língua: › Corrente; › Familiar; › Popular; › Técnica; › Científica.

1.2. Tipos de texto: › O texto lírico (poético); › O texto dramático; › O texto narrativo.

1.3. Conexão textual: › Conectores como articuladores do discurso, no texto literário; › Relação de natureza semântica; › Relação de conexão entre actos da fala, natureza pragmática e expressão de

interacção comunicativa.

1.4. Texto literário: › Estilística e texto literário; › Estilo e análise estilística; › Análise estilística de um soneto de Camões.

1.5. Publicidade e linguagem literária:1.5.1. Conotação e discurso publicitário.1.5.2. Relação entre a análise literária e a teoria literária (especificidade da

análise literária).

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2. Conteúdos comunicativos

2.1. Textologia literária: › Âmbito de estudo; texto literário; › Teoria e crítica literária; › Denotação; › Conotação.

2.2. Análise do Texto Poético (lírico): › Metáfora; › O tempo na poesia; › O Espaço e o Enredo; › O texto Lírico (especificidade).

2.3. O Texto Narrativo: › A acção; › O tempo; › O espaço; › As personagens; › O Ponto de Vista; › Recursos naturais.

2.3.1. Análise Actancial do Texto narrativo.

2.4. O teatro: › Estrutura; › Comédia e Tragédia; › As Personagens; › Situação dramática.

2.5. Introdução ao texto literário: › Texto literário e texto não literário; › Periodologia literária; › Noção de texto literário.

2.6 Análise do texto em prosa: › Prosa. Denotação e Conotação; › Macroanálise; › Microanálise; › A Acção;

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11ª E 12ª CLASSES

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› O Tempo; › O Espaço; › As personagens; › O Ponto de Vista; › Recursos Narrativos.

2.6.1. Pré-texto: história literária2.6.2. Níveis.2.6.3. Nível pré-textual:

› Biografismo; › Positivismo.

3. Leitura

Ler é um processo universal de obtenção de significados. A escola deve ajudar o(a) aluno(a) a apropriar-se de estratégias que lhe permitam aprofundar a relação afectiva com as obras, literárias ou não, a fim de que possa trocar, progressivamente, o seu próprio percurso enquanto leitor e construir a sua autonomia face ao conhecimento.

Favorecer o gosto de ler implica que a escola proporcione ocasiões e ambientes favoráveis (bibliotecas) à leitura silenciosa e individual e que promova a leitura de obras variadas em que os alunos encontrem registos para as suas inquietações, interesses e expectativas.

Assim, a partir da leitura de excertos de obras literárias, os alunos tornar-se-ão aptos a elaborar textos vários de diferentes modalidades, tais como: informativos, narrativos (contos) argumentativos (crónica), descritivos, jornalísticos, etc.

O aprofundamento da relação afectiva com a leitura exige o contacto dos alunos com os livros, enquanto objectos; exige o acesso a uma grande variedade de obras e a vivência de situações que propiciem o prazer imediato da leitura e a afirmação da subjectividade do leitor. Esta será a actividade de leitura recreativa. Outra prática da leitura é a orientada, em que se direcciona prioritariamente sobre obras seleccionadas de entre os propostos dos programas. Este tipo de actividades, a mediação do(a) professor(a), visam exercitar os alunos na interpretação de textos.

A leitura para Informação e Estudo é aquela em que os alunos devem usar dicionários, enciclopédias, gramáticas, ficheiros e outros materiais que assim se tornam recurso habitual dos aprendentes para o alojamento dos seus conhecimentos.

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Este tipo de actividades engloba as leituras:

Metódica – que é um tipo de leitura detalhada e orientada de pequenos textos e que favorece, sobretudo, a memorização;

Extensiva – em que a leitura de textos longos e/ou mesmo de obras completas é uma certeza e necessidade na caracterização dos textos: lírico, narrativo e dramático.

4. A escrita

a) Importância da escrita:A escrita é, sem dúvida, um dos grandes instrumentos de intercomunicação

social e de progresso cultural e económico.

“Sem a escrita, diz Aguayo, os homens encontrariam as maiores dificuldades para aprender e mesmo para ganhar honradamente a vida”.

Não poderiam, igualmente, manter correspondência com os amigos e parentes, nem tomar notas e apontamentos necessários para auxiliar a memória, quando esta, como quase sempre acontece, se revela deficiente.

A escrita permite organizar o trabalho do pensamento. A linguagem falada costuma ser obscura, desordenada e incompleta, enquanto que a linguagem escrita pode ser tão clara, metódica e precisa quanto se deseja. É por isso que Lord Bac dizia que a “escrita tornava exactos os homens”.

b) Objectivos da escrita:O ensino da escrita na escola tem como objectivos os seguintes: › Dar ao aluno o domínio da técnica da escrita no mais alto nível de clareza,

rapidez e legibilidade; › Habilitar os alunos à redacção da correspondência usual e de notas e

informações para seu próprio uso; › Assegurar-lhes o hábito de dar uma disposição estética a todo trabalho

escrito; › Mostrar aos alunos o valor da linguagem escrita como instrumento de

aperfeiçoamento intelectual e de intercomunicação social.

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A aprendizagem da escrita é uma actividade complexa que exige certa maturidade psicofisiológica. Essa maturidade possível deve ser caracterizado por provas especiais, é ela que marca o momento em que o(a) aluno(a) está em condições de aprender a escrita.

Alguns autores aconselham a articulação íntima da leitura à escrita, desde os primeiros anos da escola elementar. Montaigne, por exemplo, foi um dos primeiros a preconizar o ensino da escrita ao lado da leitura.

c) Algumas técnicas do ensino da escrita:

Os resultados das pesquisas experimentais mostram que quanto maior a inclinação da pena mais rápido os movimentos da escrita.

A escrita e a leitura são e sempre foram domínios inter-relacionados, já que a leitura deverá ser o ponto de partida para a aquisição de modelos de textos e de técnicas de redacção. Da mesma forma, ela poderá fornecer ao leitor referências que servirão de inspiração ao texto produzido.

Por esse motivo, aos alunos deverá ser dada a possibilidade de produzirem textos de carácter utilitário, necessários à sua vida escolar e social, mas também textos com finalidades diversificadas, não direccionadas.

Todas estas actividades estimulam a criatividade, criam o desejo de ler e fazem do(a) aluno(a) um(a) leitor(a)/escrevente activo(a).

5. Funcionamento da Língua

A língua, como meio de comunicação entre os homens, é um fenómeno histórico-social porque se deve ao trabalho e à vida social o aproveitamento nos seres humanos da necessidade da linguagem.

Os progressos da Ciência e da Cultura e a internacionalização da vida dos povos contemporâneos elevam o número de pessoas que conhecem, não só a sua linguagem nacional, mas também outras línguas mundiais. Assim, para a educação em Angola, a língua portuguesa que foi imposta a este povo (Angola), é muitas vezes uma recordação da falta de direitos e de liberdade, o símbolo do colonialismo... Mas é e foi com ela, que se avivam os sentimentos nacionais.

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Conhecer e analisar a língua é conhecer e analisar o código que lhe dá forma, as suas componentes e as variadas relações que estabelecem entre si. Aquilo que resulta daqui é chamado de gramática, entendida esta como o estudo reflexivo efectuado sobre o funcionamento interno da língua.

A Língua Portuguesa, falada ou escrita, tem um sistema e uma estrutura próprias que obedecem a regras de ordem fonético-fonológicas, amorfossintáctica e semântica que asseguram a compreensão entre os membros da comunidade linguística.

Quando falamos da comunidade linguística em Angola teremos que pensar que o contacto da língua oficial com as outras línguas nacionais fá-la entrar num processo evolutivo. Por esse motivo, deve-se ter uma visão da gramática como algo dinâmico, como construção. Dizia Cipolla: “Há que substituir a concepção estática da gramática por uma visão dinâmica das suas estruturas, para que se possam ajustar às necessidades do aprendente”. Esta visão da língua, como produtividade e criatividade, parece ser aquela que melhor poderá contribuir para o ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa e, consequentemente, para o estudo e análise estrutural de obras literárias no ensino da Literatura.

Já diz ia Diderot que “língua de um povo dá o vocabulário e o vocabulário é uma tabela fiel de todos os conhecimentos desse povo”.

Neste processo, o funcionamento da língua/gramática, deve ocupar um lugar fundamental. Todo o(a) professor(a) deve ter esta como ponto de referência, uma vez que ela fornece ao(à) aluno(a) as características da língua. A gramática, para seu êxito, os alunos deverão aprendê-la em interacção com a língua, em trabalho individual ou em grupo, e reflectirem sobre um aspecto concreto da língua, sendo eles próprios a explicitarem a regra ou regras do seu uso.

6. Escritores angolanos e de outras nacionalidades

6.1. Escritores angolanos e obras de literatura obrigatórias (12ª Classe) › António de Assis Júnior – Vida e obra; › Pepetela – A Corda (obra); O Primeiro Oficial (texto) In O Cão e os Clalús; › Wanhenga Xitu – Vozes na Sanzala – Kahitu (obra); › Manuel Rui – Quem me dera ser Onda; O búzio, In Cinco vezes onze,

poemas em Novembro (1984); › Jofre Rocha – Os Imortais (In Assim se fez madrugada); › Luandino Vieira – Nós os do Makulusu (obra); › Tomaz Vieira da Cruz – Vida e obra.

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11ª E 12ª CLASSES

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(Escritores da Nova Geração) › Botelho de Vasconcelos – Vida e obra; › Cremilda de Lima – Vida e obra; › João Melo – Vida e obra do autor; › João Maimona – Vida e obra; › João Tala – Vida e obra; › Lopito Feijóo – Vida e obra.

6.2. Escritores de outras nacionalidades (CPLP):

Cabo Verde › Manuel Lopes.

Moçambique › Noémia de Sousa.

São Tomé e Príncipe › Francisco José Tenreiro.

Guiné-Bissau › Vasco Cabral.

Brasil › Luís Rejo.

Portugal › Eça de Queirós; › José Saramago.

6.3. Escritores de outras nacionalidades: › Aleixo N. Tolstoi – Escritor russo. › Thomas Wyatt – Poeta e diplomata inglês. › Voltaire - Poeta e prosador francês.

7. Introdução ao estudo da literatura angolana

7.1. A literatura angolana: das origens ao combate.

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7.2. Das várias maneiras de ver e de não ver a colonização da literatura angolana:

› O grande silêncio após 1930; › A geração de 70: A nova poesia angolana; › Alienação, Independentismo, Negritude, Mulatismo e Negrismo na poesia

africana de expressão portuguesa.

7.3. A aparição dos afro-americanos e dos africanos de expressão portuguesa nos séculos XVII e XIX.

7.4. A Literatura Angolana no período do pós-independência.

7.5. O papel dos escritores angolanos e outros na luta de libertação nacional.

7.6. O surgimento dos escritores de Nova Geração e o seu papel na literatura angolana:

› Óscar Ribas; › Arnalda Santos; › Bessa Victor; › Pepetela; › Manuel Rui; › Uanhenga Xitu, etc.

7.7. A literatura angolana escrita (XIX-XX ...)

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ORIENTAÇõES METODOLóGICAS

A disciplina de Literatura e de Literatura Angolana é tida como uma disciplina nova nesta classe. Assim, será rentável ao docente se inicialmente tiver presente no seu dia-a-dia a ideia de “Literatura” no seu contexto mais amplo.

É ponto assente que cada povo/nação tem as suas especificidades literárias, linguísticas, sociais e culturais. Tem, por isso, a sua literatura. Mas o que é, afinal, isso de literatura?

Ela será a expressão da experiência humana. Para o(a) aluno(a), se colocado em contacto com obras da herança, regional, nacional e universal, movido pelo interesse e prazer próprios, acrescentará as suas possibilidades de pensar, sentir e agir e comunicar-se-á como pessoa e cidadão responsável e, ao mesmo tempo, participante em ideias e valores comuns e intemporais. Nelas e por elas ele vê e verá, afinal, afinidades e diferenças, continuidades e roturas entre povos, tempos e espaços; reflecte sobre os grandes problemas e conflitos morais e sociais; procura elementos de solução, renovação e inspiração; percorre o itinerário de pensamento imaginativo ao racional; encontra a unidade na diversidade humana; reconhece, enfim, a verdadeira índole e fontes da sua nacionalidade, situando-se no mundo actual.

Para tal, o(a) professor(a) de Literatura deve ser capaz de entender e situar-se dentro desta realidade literária, pois só assim será capaz de conduzir os seus alunos a bom porto, no ensino da literatura em geral e no da literatura angolana em particular.

O programa de Literatura e de Literatura Angolana no 2° Ciclo do Ensino Secundário visa, essencialmente, a descoberta por parte do(a) aluno(a), da grande riqueza científico-cultural do mundo ancestral.

Para tal, aos alunos deve ser incutido o espírito da construção de autonomia, isto é, para que possam ir descobrindo por si sós, a grande riqueza científico-cultural dos Povos do Mundo.

A aula de Literatura deve ser uma aula participativa, uma aula de prática de língua em todas as suas potencialidades. Daí que todos os alunos devem ter a oportunidade de desenvolver as suas competências comunicativas e expressivas de um modo globalizante de crescimento do ser, do saber e do saber fazer.

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Progressivamente, os alunos deverão adquirir uma metalinguagem específica que lhes permita fazer uma leitura mais rectilínea do texto literário devendo conhecer, em termos gerais, técnicas de auto-domínio textual, nomeadamente a técnica de análise estrutural, interpretação textual e análise semiótica.

Sem exagerar, no repertório terminológico, o(a) professor(a) deve preparar o(a) aluno(a) para o ensino “universalizante” fornecendo-lhe utensílios básicos de análise e hermenêutica literária.

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AVALIAÇÃO

É uma tarefa prática bastante complexa, pelo número de determinantes que suporta. A avaliação em Literatura é, como em todas as outras disciplinas do currículo, uma das macro-funções cometidas ao professor.

Sendo o texto literário um sistema polifacetado, a avaliação do seu estudo/aprendizagem tem de conjugar aspectos que evidenciem o texto literário, não só como objecto autónomo e linguístico, mas também como polissistema que cruza componentes culturais e sociais ou mesmo políticos, que permitem ao(à) aluno(a) uma formação multimoda a fim de o desenvolver no plano pessoal e no seio da sociedade.

O(a) aluno(a) deve ser avaliado(a) em termos de objectivos previamente traçados e das competências que forem consideradas como determinantes do ensino a adquirir, tanto a nível da assimilação dos conteúdos programáticos, como em termos de competência linguística, comunicativa, literária e cultural, contemplando tanto a produção como a recepção dos enunciados.

A Avaliação deve prever, portanto, tanto a clássica divisão em formativa e sumativa, como ter em conta não só a hetero-avaliação, como a auto-avaliação do(a) aluno(a), tornando-o consciente e responsável pela sua aprendizagem.

No âmbito do ensino/aprendizagem da literatura, todas as actividades empreendidas implicam a obrigatoriedade da intervenção do(a) aluno(a) (por vezes, escolha e selecção de temas e autores, planificação, práticas de métodos e técnicas de pesquisa, escolha de recursos, avaliação sistemática e corrente da aprendizagem, elaboração de critérios coerentes com as características do trabalho desenvolvido). Pelo que, no processo de avaliação, ele deve, necessariamente ser chamado a intervir, não esquecendo que em todo este processo está também implicado o(a) professor(a).

Nestes pressupostos, considerando que a Avaliação deverá ser sempre formativa, os seus traços dominantes devem pressupor que o(a) aluno(a):

› Conhece o que deve aprender a fazer e consequentemente no que vai ser avaliado;

› Deve conhecer quais os critérios que estão subjacentes ao processo de avaliação;

› Deve dispor de instrumentos que lhe permitam reflectir sobre a sua actividade e a correcção de eventuais erros ou insuficiências.

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