programa proteção auditiva

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Instruções Normativas Fábrica Resende RE-HSE-14 Programa de Proteção Auditiva Revisão : 1 Data :22/02/2 002 Objetivos Assegurar a saúde auditiva dos colaboradores expostos a níveis elevados de pressão sonora. Definições Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo e intervalos superiores a 1 (um) segundo. Entende-se por ruído contínuo ou intermitente aquele que não seja ruído de impacto. Considera-se exposição capaz de induzir diminuição da capacidade auditiva humana aquela onde o nível de pressão sonora ultrapasse o valor de 80 decibéis (dB), atentando-se para as variáveis tempo e intensidade de exposição ao ruído. Na legislação brasileira (anexo 1 da NR-15 da Portaria 3214/78) entende-se como limite de tolerância para exposição a ruído contínuo ou intermitente os valores listados no anexo 1 desta Instrução Normativa. Considera-se como risco grave e iminente as operações que exponham os colaboradores, sem proteção adequada, a níveis de ruído superiores a 115 dB avaliado com medidor de pressão sonora operando no circuito de compensação A e circuito de resposta lenta (SLOW). Para os ruídos de impacto (anexo 2 da NR-15 da Portaria 3214/78) considera-se como limite de tolerância 120 (cento e vinte) dB, avaliado com medidor de pressão sonora operando no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação C ou 130 (cento e trinta) dB no circuito linear e circuito de resposta para impacto. Considera- se como risco grave e iminente as situações onde haja, sem proteção adequada, a exposição de colaboradores a nível de ruído de impacto superior a 130 (cento e trinta) dB, medido no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação C ou 140 (cento e quarenta) dB no circuito linear e circuito de resposta para impacto. Padrões para Avaliação Ruídos contínuos ou intermitentes serão avaliados com o medidor de pressão sonora no circuito de compensação A e no circuito de resposta lenta (SLOW). Ruídos de impacto serão avaliados com o medidor de pressão sonora no circuito linear e circuito de resposta para impacto ou, na falta deste, no circuito de compensação C e no circuito de resposta rápida (FAST). A exposição dos colaboradores será avaliada através de dosimetria pessoal. Data: 22/02/2002 1ª Edição Elaboração: CP8702 Pág. 1/5 Aprovação: CP87 CP8702 CP8705 CP871 CP872 CP873

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Page 1: Programa Proteção Auditiva

Instruções Normativas

Fábrica Resende

RE-HSE-14 Programa de Proteção AuditivaRevisão : 1Data :22/02/2002

Objetivos

Assegurar a saúde auditiva dos colaboradores expostos a níveis elevados de pressão sonora.

Definições

Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo e intervalos superiores a 1 (um) segundo.

Entende-se por ruído contínuo ou intermitente aquele que não seja ruído de impacto.

Considera-se exposição capaz de induzir diminuição da capacidade auditiva humana aquela onde o nível de pressão sonora ultrapasse o valor de 80 decibéis (dB), atentando-se para as variáveis tempo e intensidade de exposição ao ruído.

Na legislação brasileira (anexo 1 da NR-15 da Portaria 3214/78) entende-se como limite de tolerância para exposição a ruído contínuo ou intermitente os valores listados no anexo 1 desta Instrução Normativa. Considera-se como risco grave e iminente as operações que exponham os colaboradores, sem proteção adequada, a níveis de ruído superiores a 115 dB avaliado com medidor de pressão sonora operando no circuito de compensação A e circuito de resposta lenta (SLOW).

Para os ruídos de impacto (anexo 2 da NR-15 da Portaria 3214/78) considera-se como limite de tolerância 120 (cento e vinte) dB, avaliado com medidor de pressão sonora operando no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação C ou 130 (cento e trinta) dB no circuito linear e circuito de resposta para impacto. Considera-se como risco grave e iminente as situações onde haja, sem proteção adequada, a exposição de colaboradores a nível de ruído de impacto superior a 130 (cento e trinta) dB, medido no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação C ou 140 (cento e quarenta) dB no circuito linear e circuito de resposta para impacto.

Padrões para Avaliação

Ruídos contínuos ou intermitentes serão avaliados com o medidor de pressão sonora no circuito de compensação A e no circuito de resposta lenta (SLOW).

Ruídos de impacto serão avaliados com o medidor de pressão sonora no circuito linear e circuito de resposta para impacto ou, na falta deste, no circuito de compensação C e no circuito de resposta rápida (FAST).

A exposição dos colaboradores será avaliada através de dosimetria pessoal.

Poderão ser realizadas leituras pontuais dos níveis de pressão sonora dos diversos ambientes de trabalho através de decibelímetros.

As leituras deverão ser realizadas próximas aos ouvidos dos colaboradores.

Freqüência de Avaliação

Nas áreas onde o nível de ruído é superior a 80 dB deverá haver a análise, no mínimo, uma vez ao ano (Survey Anual). Os resultados deverão ser registrados em mapas representativos do local analisado.

Ferramentas portáveis geradoras de ruído superior a 80 dB também deverão ser avaliadas anualmente, por ocasião do Survey Anual.

Novas avaliações deverão ser efetuadas sempre que mudanças no processo ou na operação venham a ocorrer.

Data: 22/02/2002 1ª Edição Elaboração: CP8702 Pág. 1/5

Aprovação: CP87 CP8702 CP8705 CP871 CP872 CP873

Page 2: Programa Proteção Auditiva

Colaboradores que executem tarefas onde haja nível de ruído contínuo ou intermitente igual ou superior a 80 dB realizarão dosimetria anual.

Uso de Protetores Auriculares

O uso de protetores auriculares deve ser adotado quando:

- As medidas de engenharia para correção não são técnica ou economicamente possíveis.

- Em caráter provisório, enquanto as medidas de correção estão sendo concretizadas.

Só será permitido o uso de protetores auriculares previamente aprovados pela Área de HSE.

1. Protetores Auriculares Aprovados:

Fabricante Tipo Modelo CA

3M Plug 1110 5674

3 M Concha 1435 7442

Ao usuário de protetor auricular deve-se dar a oportunidade de escolha, dentre os equipamentos aprovados, daquele que maior conforto lhe oferecer.

A obrigatoriedade do uso de protetores auriculares nos locais estabelecidos deverá ser respeitada, independente do tempo de permanência nestes locais.

Os colaboradores deverão manter seus protetores auriculares limpos e, quando não utilizados, acondicionados em local apropriado. Os plugs deverão ser lavados com água e sabão neutro freqüentemente.

Protetores tipo plug, uso individual, deverão ser trocados de acordo com a necessidade.

2. Locais Estabelecidos para Uso de Protetores Auriculares

Os locais onde o uso de protetores é obrigatório deverão ser identificados com placas de advertência.

As ferramentas portáteis que, durante seu uso, obriguem o operador a usar protetores auriculares deverão ser identificadas com adesivos, com os seguintes dizeres:

- “Obrigatório o uso de protetor auricular”

Será responsabilidade do usuário isolar a área provisória para o uso de protetor ou manter fiscalização para que todos que estejam na área utilizem protetor auricular .

Fontes de Ruído

Toda nova fonte de ruído deverá ser submetida a avaliação e, se necessário, incluída no Survey Anual de Ruído.

Equipamentos geradores de ruídos deverão ser mantidos em ótimas condições de operação, principalmente aqueles que gerem ruídos na faixa de 80 a 85 dB.

Monitoramento Biológico dos Expostos

Todo colaborador deverá ser submetido a exame de audiometria tonal, no mínimo, por ocasião do exame de admissão, após seis meses da data de seu exame admissional e no exame periódico anual. A audiometria tonal deverá ser realizada por ocasião do exame médico demissional, obrigatoriamente, se o período decorrido entre a data de realização da última audiometria e o exame demissional for maior de 90 (noventa) dias.

Nos exames de mudança de função onde o colaborador seja proveniente de área não ruidosa e esteja sendo transferido para área onde haja nível de pressão sonora maior de 80 dB, deverá ser seguido o padrão adotado nos exames admissionais para áreas ruidosas.

Data: 22/02/2002 1ª Edição Elaboração: CP8702 Pág. 2/5

Aprovação: CP87 CP8702 CP8705 CP871 CP872 CP873

Page 3: Programa Proteção Auditiva

Nos exames de mudança de função onde o colaborador seja proveniente de área ruidosa e esteja sendo transferido para não área ruidosa, deverá ser seguido o padrão adotado nos exames demissionais para áreas ruidosas.

Colaboradores que exerçam suas atividades em áreas onde haja nível de pressão sonora superior a 80 dB deverão ser submetidos a audiometria tonal anual, por ocasião do exame médico periódico.

Treinamento / Comunicação

Todo colaborador exposto a nível de pressão sonora superior a 80 dB deve ser, anualmente, submetido a treinamento de conscientização quanto aos:

- Efeitos prejudiciais do ruído;

- Propósitos, práticas de uso e limpeza/manutenção dos protetores auriculares.

- Propósitos e resultados dos testes audiométricos.

Os colaboradores serão comunicados do resultado da audiometria tonal realizada, sendo solicitando visto de ciência no exame apresentado.

Os colaboradores submetidos a avaliações com o dosímetro deverão ser comunicados dos resultados obtidos, a cada medição realizada, devendo haver o registro comprobatório desta comunicação.

Plano de Controle

Um estudo para redução dos níveis de ruído, dos locais onde o mesmo ultrapassa os 85 dB, deverá ser elaborado para adequação dos ambientes de trabalho.

RESPONSABILIDADES

1. Departamento Médico

Realizar os exames médicos ocupacionais dos colaboradores/candidatos a funções exercidas em ambientes ruidosos.

Manter o audiômetro utilizado para na execução das audiometrias tonais calibrado, conforme padrões técnicos vigentes, ou realizar auditoria nas empresas contratadas que realizam as audiometrias tonais nos colaboradores.

Comunicar ao colaborador o resultado da audiometria tonal realizada, solicitando visto de ciência no exame apresentado.

Relatar à área de Segurança Ocupacional, de acordo com os padrões éticos, alterações audiológicas significativas, observadas nos exames médicos dos colaboradores, solicitando investigação de prováveis falhas no controle dos riscos.

Sugerir ao colaborador, conforme anatomia da orelha e dados do ambiente de trabalho, o modelo de protetor auricular mais adequado à atividade a ser desempenhada.

2. Engenharia

Desenvolver estudos e projetos de engenharia visando eliminar ou minimizar fontes atuais de ruído.

Atuar em novos projetos que incluam equipamento gerador de ruído, procurando eliminá-los.

3. Operação ou Proprietárias

Supervisionar o uso de protetores nas áreas estabelecidas e manter as áreas perfeitamente delimitadas e sinalizadas. Manter as ferramentas portáteis geradoras de ruídos identificadas.

Manter a área de HSE informada das alterações de processos ou operações que venham alterar o nível de ruído ou a exposição dos colaboradores.

Requisitar manutenção periódica das fontes de ruído, procurando mantê-las em condições ótimas de operação.

Data: 22/02/2002 1ª Edição Elaboração: CP8702 Pág. 3/5

Aprovação: CP87 CP8702 CP8705 CP871 CP872 CP873

Page 4: Programa Proteção Auditiva

Enviar ao Departamento Médico, quando solicitado, relação de colaboradores que realizam atividades em ambientes com nível de pressão sonora elevado.

Comunicar os resultados do Survey/Anual de ruído da área a todos os envolvidos.

4. HSE

Manter os equipamentos para medição de ruído calibrados.

Efetuar o Survey Anual de ruído, incluindo as ferramentas portáteis.

Estabelecer, em conjunto com a área interessada, os locais onde o uso de protetor auricular é necessário.

Auditar as áreas onde o uso de protetor auricular é necessário.

Coordenar a distribuição dos protetores auriculares, solicitando visto de entrega do equipamento de proteção.

5. Manutenção

Atender às solicitações das áreas quanto a manutenção dos equipamentos geradores de ruído.

6. Usuários

Utilizar os protetor auricular nas áreas onde haja sinalização para o mesmo.

Manter o protetor auricular em boas condições de uso e higiene.

Data: 22/02/2002 1ª Edição Elaboração: CP8702 Pág. 4/5

Aprovação: CP87 CP8702 CP8705 CP871 CP872 CP873

Page 5: Programa Proteção Auditiva

ANEXO I

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE

NÍVEL DE RUÍDO dB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL

85 8 horas

86 7 horas

87 6 horas

88 5 horas

89 4 horas e 30 minutos

90 4 horas

91 3 horas e 30 minutos

92 3 horas

93 2 horas e 40 minutos

94 2 horas e 15 minutos

95 2 horas

96 1 hora e 45 minutos

98 1 hora e 15 minutos

100 1 hora

102 45 minutos

104 35 minutos

105 30 minutos

106 25 minutos

108 20 minutos

110 15 minutos

112 10 minutos

114 08 minutos

115 07 minutos

Glossário

Tipos de ruídos

Contínuos: São aqueles que apresentam o nível de pressão sonora variando numa faixa de +/-3 dB durante um período

Longo de observação (mais de 15 minutos).

Descontínuos: Podem ser intermitentes ou de impacto. Ruído intermitentes possuem duração menor que 15 minutos com variações de pressão sonora iguais ou maiores que +/-3 dB. Ruídos de impacto tem duração menor ou igual a 0,2 sg com freqüência, de ocorrência inferior a 1 impulso por segundo.

Data: 22/02/2002 1ª Edição Elaboração: CP8702 Pág. 5/5

Aprovação: CP87 CP8702 CP8705 CP871 CP872 CP873