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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DIRECÇÃO-GERAL DE INOVAÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR Ensino Recorrente de Nível Secundário PROGRAMA DE GEOGRAFIA B 10.º/11.º/12.º Ano Curso Tecnológico de Ordenamento do Território e Ambiente Autores: Maria Manuela Brazão Odete Sousa Martins (Coordenadora) Adaptado a partir do programa elaborado por: Alzira Silva Alberto Manuel Gonçalves Além Odete Sousa Martins (Coordenadora) Homologação - 10º ano: 23/09/2004 Homologação - 11º e 12º anos: 25/08/2005

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

DIRECÇÃO-GERAL DE INOVAÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR

Ensino Recorrente de Nível Secundário

PROGRAMA DE GEOGRAFIA B

10.º/11.º/12.º Ano

Curso Tecnológico de Ordenamento do Território e Ambiente

Autores:

Maria Manuela Brazão

Odete Sousa Martins (Coordenadora)

Adaptado a partir do programa elaborado por:

Alzira Silva Alberto

Manuel Gonçalves Além

Odete Sousa Martins (Coordenadora)

Homologação - 10º ano:

23/09/2004

Homologação - 11º e 12º anos:

25/08/2005

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Índice

PARTE I Introdução..............................................................................................................................4 1. Critérios de reajustamento ao Ensino Recorrente ................................................................5 2. Natureza da disciplina e sua integração no currículo ...........................................................7 PARTE II Apresentação do Programa ..............................................................................................10 1. Finalidades...........................................................................................................................11 2. Objectivos Gerais/Competências ........................................................................................12 3. Visão Geral dos Temas/Subtemas por Módulo (10.º/11.º/12.º anos). ................................14 4. Sugestões Metodológicas Gerais.........................................................................................17 5. Recursos..............................................................................................................................21 6. Avaliação ............................................................................................................................22 PARTE III Desenvolvimento do Programa por Módulos .............................................................24Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos – 10.º Ano ..............................................................25 1.º Módulo .............................................................................................................................26 Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos Matriz: Competências/Módulos – 10.º Ano Especificação dos Temas/Subtemas/Conteúdos Sugestões Metodológicas/Recursos Sugestões de Avaliação 2.ºMódulo .............................................................................................................................36 Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos Matriz: Competências/Módulos – 10.º Ano Especificação dos Temas/Subtemas/Conteúdos Sugestões Metodológicas/Recursos Sugestões de Avaliação 3.º Módulo .............................................................................................................................44 Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos Matriz: Competências/Módulos – 10.º Ano Especificação dos Temas/Subtemas/Conteúdos Sugestões Metodológicas/Recursos Sugestões de Avaliação

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Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos – 11.º Ano.................................................................52 4.º Módulo................................................................................................................................53Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos Matriz: Competências/Módulos – 11.º Ano Especificação dos Temas/Subtemas/Conteúdos Sugestões Metodológicas/Recursos Sugestões de Avaliação 5.ºMódulo ..............................................................................................................................61 Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos Matriz: Competências/Módulos – 11.º Ano Especificação dos Temas/Subtemas/Conteúdos Sugestões Metodológicas/Recursos Sugestões de Avaliação 6.º Módulo .............................................................................................................................69 Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos Matriz: Competências/Módulos – 10.º Ano Especificação dos Temas/Subtemas/Conteúdos Sugestões Metodológicas/Recursos Sugestões de Avaliação Estudo de caso........................................................................................................................77 Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos – 12.º Ano ..............................................................79 7.º Módulo ..............................................................................................................................80Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos Matriz: Competências/Módulos – 12.º Ano Especificação dos Temas/Subtemas/Conteúdos Sugestões Metodológicas/Recursos Sugestões de Avaliação 8.ºMódulo ..............................................................................................................................88 Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos Matriz: Competências/Módulos – 12.º Ano Especificação dos Temas/Subtemas/Conteúdos Sugestões de Avaliação Sugestões Metodológicas/Recursos

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9.º Módulo .............................................................................................................................96 Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos Matriz: Competências/Módulos – 12.º Ano Especificação dos Temas/Subtemas/Conteúdos Sugestões Metodológicas/Recursos Estudo de caso Sugestões de Avaliação Estudo de caso .....................................................................................................................102 PARTE IV Bibliografia ........................................................................................................................104

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PARTE I

Introdução

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1. Critérios de reajustamento ao Ensino Recorrente

A Portaria n.º 550-E/2004 de 21 de Maio de 2004, ao instituir o ensino recorrente de

nível secundário no sentido de dar uma resposta adequada de formação para aqueles

que dela não usufruíram em idade própria ou não a completaram, determinou a

adequação dos programas à especificidade deste regime de ensino.

Assim, a equipa de trabalho sentiu necessidade de, em acordo com os princípios

orientadores do diploma acima referido, proceder à enumeração de critérios

orientadores dessa adequação.

Os critérios que a seguir se discriminam visam, conforme os princípios orientadores

do artigo 2.º do diploma em causa, a valorização dos conteúdos e das competências

essenciais e estruturantes.

• Não desvirtuar a coerência interna do programa • Manter, sempre que possível, os títulos originais dos diferentes temas e

subtemas

• Adequar alguns temas e subtemas às novas realidades nacionais e internacionais

• Reagrupar temas/subtemas em função das relações entre os conteúdos a fim de

equilibrar a extensão dos diferentes módulos

• Adaptar a duração dos módulos à extensão dos diferentes períodos escolares tendo como referencial um total de 33 semanas por ano lectivo e, uma duração, por módulo, de 9 a 12 semanas o que, no caso do Programa de Geografia B corresponde a 18 ou a 24 unidades lectivas

• Adequar a extensão dos módulos ao disposto no artigo 20.º da Portaria n.º

550-E/2004 relativamente aos momentos de avaliação sumativa interna na modalidade de frequência não presencial

• Permitir a capitalização sequencial de módulos, obrigatória na modalidade de

frequência não presencial (Art. 20.º da Portaria n.º 550-E/2004)

• Facilitar a identificação dos diferentes módulos optando por uma numeração sequencial ao longo dos diferentes anos ( 10º.,11.º,12.º anos)

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• Apresentar, apenas, o n.º de unidades lectivas para cada um dos módulos a fim de permitir uma melhor adequação da abordagem dos conteúdos às características dos alunos, adultos com percursos muito diferenciados de vida

• Valorizar as vivências dos alunos cujo nível etário pressupõe um domínio do

espaço diferente do de um jovem adolescente

• Incluir o “estudo de caso”, apenas na modalidade de frequência presencial em virtude dos constrangimentos impostos pela modalidade de frequência não presencial

• Facilitar a planificação das actividades introduzindo, em cada módulo, uma

matriz de competências por módulo e por ano

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2 – Natureza da disciplina e sua integração no currículo

“A Educação mais elevada é aquela que não se limita a inculcar-nos conhecimentos mas que

coloca a nossa vida em harmonia com toda a existência.” (Tagore, in Manual da UNESCO

para o Ensino da Geografia, 1978).

Num Mundo cada vez mais global, no qual se assiste a mudanças permanentes na sociedade,

o processo educativo deve acompanhar essas mudanças não esquecendo as especificidades de

cada região. As modificações na tecnologia industrial e nos meios de comunicação, bem

como o aumento da mobilidade espacial condicionam a vida das pessoas e a organização do

território. O progresso técnico trouxe riscos e ameaças para o desenvolvimento do bem-estar

social. A consciência das limitações dos recursos naturais e do actual estado de degradação

ambiental do nosso planeta pôs em evidência a necessidade de compatibilizar o

desenvolvimento com o equilíbrio dos ecossistemas naturais. O crescente valor económico e

social atribuído à qualidade do ambiente e à necessidade de preservar os recursos naturais,

abrem caminho à convergência de interesses por parte dos Estados, da sociedade e dos

agentes económicos, no sentido de uniformizar as acções e as práticas, garantindo a

sustentabilidade do desenvolvimento.

A Geografia pela actualidade e diversidade das temáticas que aborda é fundamental na

formação integral do cidadão. Ela permite a sistematização de um potencial de conhecimentos

sobre o mundo contemporâneo numa perspectiva multidimensional, multidisciplinar e

integradora. Contribui também para a percepção da crescente interdependência planetária dos

problemas que afectam as relações entre as pessoas e entre estas e o ambiente. Por fim

estimula o interesse dos alunos por uma participação mais consciente e solidária enquanto

cidadãos, na procura de soluções alternativas.

Um dos objectivos fundamentais da Educação Geográfica é o conhecimento da problemática

social e ambiental dos diferentes lugares do Mundo (Souto González, 1996) e é nesse sentido

que o Ensino da Geografia se deve orientar; ela pode ter um contributo importante na

Educação Ambiental e na Educação para a Cidadania, consciencializando os alunos do

impacte do seu próprio comportamento, fornecendo-lhes informação rigorosa e ajudando-os a

desenvolver capacidades que lhes permitam tomar decisões fundamentadas relativas ao

ambiente, contribuindo para o aparecimento duma nova ética relativa ao ambiente, que guie

as suas acções.

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A Geografia é a disciplina que se ocupa especificamente do estudo do “espaço geográfico”,

entendido como o resultado das interacções dos elementos naturais e do espaço social. A

importância do ensino da Geografia, integrada na componente científico-tecnológica do Curso

Tecnológico de Ordenamento do Território e Ambiente, emerge da necessidade de formação

dos cidadãos com um sólido conhecimento do mundo onde vivem e sabendo pensar o seu

território.

A disciplina de Geografia pretende “educar geograficamente” o aluno, ou seja, dotá-lo de

argumentos que lhe permitam compreender e explicar as relações do ser humano com os

outros elementos do meio, em diferentes territórios. Este programa de Geografia B contribui

para a aquisição de um conhecimento multidimensional do mundo, permitindo ao aluno

desenvolver uma série de competências, enquanto indivíduo integrado numa sociedade

complexa e em constante mudança.

Sendo a Geografia uma disciplina já iniciada no Ensino Básico considera-se importante a

articulação entre os dois níveis de ensino. Assim, no início do Ensino Secundário, o aluno

deve ter adquirido as seguintes competências e conhecimentos essenciais.

- Utilizar o vocabulário geográfico, de forma clara, oralmente e por escrito.

- Ler diferentes tipos de mapas (hipsométrico, temáticos).

- Ler mapas a diferentes escalas.

- Ler gráficos lineares, de barras e sectogramas.

- Recolher e organizar dados estatísticos.

- Construir gráficos lineares e de barras.

- Recolher e organizar informação oral e escrita.

- Identificar os elementos fundamentais de uma paisagem.

- Determinar distâncias reais sendo dada a escala do mapa.

- Localizar lugares num planisfério utilizando as coordenadas geográficas.

- Distinguir as diferentes formas de relevo.

- Localizar os grandes conjuntos morfológicos a nível mundial.

- Localizar os grandes desertos.

- Localizar os grandes rios a nível mundial.

- Localizar os grandes conjuntos climáticos.

- Caracterizar, quanto à temperatura e à precipitação, os grandes conjuntos climáticos.

- Caracterizar as formações vegetais espontâneas dos grandes tipos de clima.

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- Relacionar a distribuição da população com factores naturais e humanos.

- Utilizar conceitos básicos de demografia.

- Relacionar os diferentes ritmos de crescimento demográfico com o comportamento das

variáveis demográficas.

- Reconhecer os principais problemas demográficos na actualidade.

- Distinguir tipos de agricultura quanto às técnicas utilizadas e quanto ao destino da

produção.

- Reconhecer que a modernização dos transportes torna os lugares mais acessíveis.

- Reconhecer que as desigualdades económico-sociais podem (co)existir a diferentes

escalas.

- Reconhecer que as actividades humanas estão na origem dos actuais problemas

ambientais.

- Reconhecer o papel da circulação atmosférica e oceânica na difusão da poluição.

- Relacionar a delapidação dos recursos naturais com o crescimento da população mundial.

- Reconhecer que a exploração dos recursos se deve realizar abaixo da capacidade de

regeneração dos mesmos.

Estas competências/conhecimentos considerados indispensáveis para o desenvolvimento do

programa do Ensino Secundário; devem ser tidos em consideração na realização da avaliação

diagnóstica, tanto para a reorientação dos alunos como para o delinear de estratégias de

recuperação.

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PARTE II

Apresentação do Programa

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1 - Finalidades

O ensino da Geografia deve:

• promover o desenvolvimento pessoal, numa perspectiva de responsabilidade, de

autonomia e de confiança em si próprio;

• desenvolver a curiosidade geográfica como promotora da educação para a cidadania;

• aprofundar o saber/pensar o espaço geográfico, no sentido da disponibilidade para a

reconstrução crítica do próprio saber;

• aprofundar o conhecimento de culturas e de territórios, numa formação orientada para

o respeito, solidariedade e tolerância;

• promover a consciencialização da complexidade das causas dos fenómenos espaciais

e da interacção dos vários factores na sua explicação;

• promover a participação nas discussões relativas à organização do espaço ponderando

os riscos para a saúde e para o ambiente envolvidos nas tomadas de decisão;

• desenvolver um sentido de pertença e de atitudes de solidariedade territorial numa

perspectiva de sustentabilidade.

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2 - Objectivos Gerais/Competências

O desenvolvimento dos temas/conteúdos deve contribuir para a

aquisição/desenvolvimento das seguintes competências nos domínios das atitudes,

das capacidades e dos conhecimentos:

1. Reflectir sobre as atitudes individuais e colectivas face às realidades geográficas.

2. Desenvolver hábitos e métodos de trabalho e o gosto pelo rigor científico.

3. Avaliar a utilização individual e colectiva dos recursos naturais.

4. Valorizar o património natural e construído numa perspectiva de sustentabilidade.

5. Discutir criticamente diferentes soluções para os problemas espaciais.

6. Intervir no sentido de atenuar as assimetrias valorizando a preservação das diferenças.

7. Valorizar as diferenças entre indivíduos e culturas.

8. Exprimir-se com correcção na língua portuguesa, oralmente e por escrito.

9. Utilizar de forma rigorosa o vocabulário específico da disciplina.

10. Utilizar os métodos indutivo e dedutivo no estudo dos fenómenos geográficos a

diferentes escalas.

11. Desenvolver a capacidade de análise da realidade numa perspectiva sistémica.

12. Utilizar métodos e técnicas de análise geográfica na explicação de situações

territoriais diversificadas.

13. Desenvolver a capacidade de diálogo crítico no debate de situações concretas.

14. Rentabilizar as novas tecnologias de informação e comunicação.

15. Utilizar, criticamente, a expressão gráfica e cartográfica.

16. Reconhecer a necessidade de mudança de escala de análise na compreensão do

espaço geográfico.

17. Compreender que o espaço geográfico integra aspectos naturais, económicos, sociais

e culturais.

18. Compreender as inter-relações entre factores físicos e humanos na organização do

território.

19. Reconhecer a existência de homogeneidades e heterogeneidades entre as paisagens.

20. Reconhecer os impactos espaciais resultantes da integração de Portugal na U.E..

21. Compreender a fragilidade dos ambientes naturais.

22. Reconhecer a importância da preservação do património paisagístico.

23. Reconhecer o papel da urbanização na organização e na qualidade de vida do

território.

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24. Compreender o papel da mobilidade da população no desenvolvimento territorial

25. Reconhecer a importância da actividade turística na valorização das paisagens.

26. Compreender o papel do ordenamento do território no processo de desenvolvimento

sustentável.

27. Compreender a importância da qualidade ambiental na melhoria da qualidade de vida.

28. Compreender o papel da cooperação nacional e internacional na resolução de

problemas a várias escalas.

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3.Visão Geral dos Temas/Subtemas por Módulos (10.º,11.º,12.º anos)

10.ºAno – Geografia B

Portugal: País Atlântico por posição, Mediterrâneo por vocação

Módulo Temas/subtemas

1.º

Introdução: “A posição de Portugal na Europa e no Mundo”

– A composição do território nacional

– A posição geográfica de Portugal

– A inserção de Portugal em diferentes espaços 1 – A diversidade do quadro natural de Portugal: o relevo e o subsolo

1.1 – Os contrastes no relevo

1.2 – As potencialidades do subsolo

2.º

2 – A diversidade do quadro natural de Portugal: o clima e a água

2.1 – A diversidade do clima

2.2 – As disponibilidades hídricas

3.º

3 – As paisagens: imobilidade e mudança

3.1 – A variedade das paisagens em Portugal

3.2 – As paisagens e o ambiente

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11.ºAno – Geografia B

Portugal: País Atlântico por posição, Mediterrâneo por vocação

Módulo Temas/subtemas

4.º

4 - A dinâmica da população portuguesa

4.1 – A população e o território

4.2 – As estruturas demográficas

5.º

5 - A (re)valorização do espaço urbano

5.1 – A organização do espaço urbano

5.2 – A qualidade de vida nas cidades portuguesas

6.º

6 – As transformações no espaço rural

6.1 – A actividade agrícola

6.2 – Os novos usos do espaço rural

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12.ºAno – Geografia B

O ordenamento do território, um caminho para o desenvolvimento

Módulo Temas/Subtemas

7.º

7 – O território da União Europeia

7.1– Do Tratado de Roma aos nossos dias

7.2– O Desenvolvimento no espaço comunitário

8.º

8 – O ordenamento do território no espaço comunitário 8.1– As regiões de desenvolvimento prioritário

8.2– As grandes opções territoriais

9.º

9 – Os desafios do desenvolvimento territorial - a reestruturação do território

- a Europa das regiões

- a reorganização político/administrativa

- a mundialização da economia e o território

- a sustentabilidade ambiental

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4 – Sugestões Metodológicas Gerais “A Educação ao longo da vida baseia-se em quatro pilares: aprender a conhecer, aprender a

fazer, aprender a viver juntos, aprender a ser” (CIEG, 1996: 88).

O conhecimento da realidade social e ambiental constitui um dos objectivos fundamentais da

Educação Geográfica. Para isso, as várias actividades de aprendizagem devem incidir em

formas de construção do conhecimento sobre o espaço geográfico, entendido aqui como uma

integração da dimensão subjectiva (pessoal, mental) com a dimensão territorial. É necessário

preparar os jovens para a vida activa, com um sólido conhecimento do mundo onde vivem e

sabendo pensar o espaço.

Qualquer acto educativo tem subjacente determinado modelo teórico, sendo o modelo

reconstrutivo o que melhor responde às necessidades actuais. A escola deve acompanhar a

evolução da sociedade e como os novos meios de comunicação trazem até aos alunos um

manancial nunca visto de informação, a escola tem de saber potencializar essa informação. É

através do modelo reconstrutivo que a escola estabelece a interligação entre os conhecimentos

que o aluno adquire fora dela e aqueles que ela lhe proporciona, ou seja, parte-se do

«currículo planeado» até chegar ao «currículo construído», tendo em consideração os

«saberes dos alunos».

O Ensino da Geografia deve educar geograficamente as pessoas para o Mundo onde vivem. O

que se pretende, independentemente do modelo de análise seleccionado é a aquisição dos

valores absolutos e relativos da ciência geográfica.

Num paradigma humanista estudam-se as situações da sociedade e dos indivíduos, na

perspectiva das suas vivências, para interpretar as relações entre o comportamento e o

ambiente. Realça-se a interacção indivíduo/ambiente, valorizando-se a investigação do quadro

natural, e o estudo das inter-relações indivíduo/grupo/ambiente. Esta tendência implica uma

observação participante com um trabalho de campo sistemático, idêntica à observação

defendida pelo paradigma ecológico a nível educativo.

Esta perspectiva exige um esforço do professor para o desenvolvimento de estratégias de

aprendizagem activas, com uma componente experimental e inseridas numa linha

construtivista, facilitadora do amadurecimento intelectual do aluno. Cada projecto pedagógico

tem de ser desenvolvido a partir das finalidades que transformadas em objectivos

educacionais (ao nível dos conhecimentos, das capacidades e das atitudes), devem orientar a

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selecção dos temas/problemas a abordar na organização dos conteúdos e dos métodos de

investigação geográfica, bem como das estratégias a utilizar. A tónica deste modelo é

colocada no papel que o professor tem na gestão dos conteúdos a leccionar, com vista à

tentativa de explicação de problemas actuais. Contudo, estas explicações devem ter como

suporte uma base científica sólida e não ficarem apenas na apresentação dos resultados das

investigações feitas pelos alunos (Souto González, 1998). Nesta perspectiva a especificação,

em cada subtema de objectivos didácticos, sobretudo do domínio do conhecimento, poderá

ser entendida como contraditória com o modelo construtivista subjacente a este programa. No

entanto, considerou-se importante a sua clarificação como forma de aferir as aprendizagens a

nível nacional, uma vez que qualquer prova de avaliação externa incide principalmente sobre

esse domínio. Esta opção também teve em consideração as desigualdades de acesso à

formação/informação existentes nas escolas. A explicitação destes objectivos não significa o

«esquecimento» dos outros domínios que surgem referenciados nas sugestões metodológicas,

em cada subtema e na indicação dos recursos a utilizar.

Em cada subtema as sugestões metodológicas têm em atenção a carga horária atribuída a esta

disciplina, as características gerais dos alunos dos cursos tecnológicos e a natureza técnica e

tecnológica dos respectivos cursos. As sugestões que são referidas, bem como a distribuição

das horas lectivas, são orientadoras do nível de profundidade que se pretende. A explicitação

dos conteúdos a leccionar é complementada com as noções básicas e os conceitos, os quais

devem ser entendidos numa perspectiva de permanente (re)construção, não devendo, por isso,

ser tratados com a mesma profundidade. A abordagem deve permitir aos alunos

construírem/aprofundarem conceitos cientificamente correctos e com o nível adequado,

evitando um conhecimento enciclopédico de cada assunto.

A utilização das designações “conceitos” e “noções básicas” na mesma coluna resulta da

inclusão de conceitos elementares, facilmente aprendidos por observação e contraste de casos

concretos e de outros mais abstractos.

Os conceitos estruturantes da Geografia – distância, distribuição, escala, espaço geográfico,

interacção, localização, lugar, mudança/permanência, região e território – foram

seleccionados a partir de diferentes fontes bibliográficas (Comissão da Educação Geográfica,

1992; Merenne Schoumaker, 1985; Souto González, 1990). São conceitos complexos e

abstractos, segundo os quais se deve orientar toda a aprendizagem geográfica, por isso,

considerou-se que a sua inserção em todos os temas se iria tornar repetitiva, dificultando a

articulação entre objectivos, conteúdos, conceitos e nível de abordagem.

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Compete ao professor a selecção de estratégias adequadas à concretização das sugestões

propostas, atendendo aos objectivos gerais dos diferentes domínios e ao contexto onde está

inserido, mas privilegiando sempre a interacção Escola-Meio e o Projecto Educativo de cada

escola. No entanto, sugere-se o desenvolvimento de actividades no âmbito da investigação

geográfica, que possibilitem a recolha, a selecção e o tratamento de informação variada.

A observação directa (visitas de estudo, trabalho de campo, etc) e a indirecta (pesquisa

bibliográfica, documentação gráfica e cartográfica, pesquisa de legislação, filmes, etc.) são

processos aconselhados para a recolha de informação. Quanto ao tratamento e apresentação

da informação deve ser diversificado, utilizando processos estatísticos, gráficos e

cartográficos, para além de textos escritos. Não obstante o processo escolhido deve valorizar-

-se o rigor científico e recorrer, sempre que possível, às novas tecnologias de informação e

comunicação (TIC).

No 1.º módulo, o Tema introdutório – “A posição de Portugal na Europa e no Mundo” –

deve ser encarado como um espaço de descoberta do aluno e das suas motivações para a

aprendizagem da Geografia e, como um tema no qual se pretende fazer uma localização e um

enquadramento natural e cultural do território português, assim como das ligações que este

mantém com outros espaços.

A preparação para a vida activa e a formação de um técnico pressupõe um sólido

conhecimento de Portugal. Considera-se que esse conhecimento se desenvolve através dos

seguintes temas:

– A diversidade do quadro natural de Portugal:o relevo e o subsolo;

– A diversidade do quadro natural de Portugal: o clima e a água;

– As paisagens: imobilidade e mudança;

– A dinâmica da população portuguesa;

– A (re)valorização do espaço urbano;

– As transformações no espaço rural.

No 12º ano a compreensão dos factos é alargada para uma escala de análise a nível da União

Europeia, sendo os temas os seguintes:

– O Território da União Europeia;

– O ordenamento do território no espaço comunitário;

– Os desafios do desenvolvimento territorial

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O Tema 9 – Os desafios do desenvolvimento territorial – não está desagregado em subtemas

como os anteriores por se considerar ser uma tema de fecho que permite uma abordagem

sistémica consonante com o núcleo conceptual respectivo e com uma visão integrada do

ordenamento territorial.

A leccionação de todos estes temas deve adoptar como estrutura de referência o

conhecimento dos elementos naturais, humanos e culturais dos territórios; a compreensão das

principais interacções entre aqueles elementos; a reflexão sobre os aspectos estudados visando

a valorização dos territórios, através da transformação das vantagens comparativas em

vantagens competitivas; e a preocupação pelo equilíbrio nas relações população/ambiente,

preservando o património natural e construído, numa perspectiva de desenvolvimento

sustentável.

A concretização apresentada nas sugestões metodológicas em cada um dos subtemas,

independentemente das estratégias e actividades seleccionadas, deve privilegiar uma

abordagem sistémica facilitadora da identificação das variáveis intervenientes na organização

do espaço; por uma territorialização/espacialização dos fenómenos que evidencie a interacção

de todos os factores; por um nível de análise multidimensional que torne relevante o modo

como as diferenças entre o local e o global estão em interacção constante; e pela resolução de

problemas que possibilite aos alunos a procura de soluções adequadas na gestão dos conflitos.

Na elaboração deste programa privilegiou-se a sua exequibilidade, em detrimento de alguns

temas que possam ser considerados relevantes. Deste modo, importa realçar que não se

pretendem descrições demasiado exaustivas nem aprofundadas dos conteúdos apresentados.

Aconselha-se ainda, a articulação com a disciplina de Técnicas de Ordenamento do Território,

de acordo com as sugestões apresentadas nas sugestões metodológicas de alguns subtemas, a

fim de evitar sobreposições desnecessárias e favorecer a complementaridade.

A inserção nos programas para o ensino recorrente dos estudos de caso propostos, em cada

ano, no programa inicial, não é viável na modalidade de frequência não presencial cuja

avaliação tem como instrumento um teste escrito, contudo, é importante que os alunos

desenvolvam as competências que lhes estão inerentes. No entanto, entende-se que os alunos

na modalidade de frequência presencial devem realizar, sempre que possível, um estudo de

caso, no módulo que, em cada ano, se revelar mais oportuno, dependendo esta decisão da

forma como se encarar esta metodologia e da oportunidade da sua realização.

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5 – Recursos No ensino da Geografia devem utilizar-se recursos didácticos diversificados, quer como

instrumentos de análise geográfica, quer como auxiliares na formação de imagens mentais.

Deve ser feita uma rigorosa selecção da quantidade e da qualidade dos recursos a utilizar,

importando salientar que estes podem ser elaborados pelos professores ou pelos alunos. A

utilização sistemática e atempada dos recursos preferencialmente mais adequados pressupõe

uma organização escolar que possibilite ao professor permanecer numa sala equipada, o que

irá facilitar uma metodologia mais activa e experimental. A - Equipamentos:

- projector de diapositivos;

- retroprojector;

- episcópio;

-.écran;

- estereoscópios;

- televisão;

- leitor de vídeo/DVD;

- câmara de vídeo e máquina fotográfica (disponíveis

quando necessário);

- computador com impressora, com scanner e com

ligação à internet;

- datashow;

- armário de mapas;

- arquivador de livros e revistas.

B – Materiais:

- fotografias e diapositivos – podem incluir trabalhos elaborados pelos professores, ou realizados pelos alunos

como produto de investigação;

- videogramas – podem incluir gravações de documentários da televisão, registos feitos pelo professor ou pelos

alunos, quer de testemunhos importantes (entrevistas, conferências, histórias de vida), quer também como produto

de uma investigação (estudo de caso);

- imagens de satélite e fotografias aéreas;

- mapas – de diferentes escalas (local, regional, nacional, europeia e mundial) e diversificados (topográficos,

temáticos); aconselha-se a utilização do Atlas do Ambiente;

- modelos tridimensionais;

- estatísticas diversas;

- relatórios de organismos internacionais – da Comissão Europeia, do PNUD, do Banco Mundial entre outros;

- planos de ordenamento – o PROT, o PDM, os planos de áreas protegidas da região/concelho onde se localiza a

escola, assim como outros que se considerem de interesse;

- legislação – Lei de Bases do Ambiente, Lei de Bases do Ordenamento do Território e Urbanismo, Lei de Bases

da Água, Plano Rodoviário Nacional e outros que se considerem relevantes;

- software específico da disciplina;

- sites na internet divulgados pela Associação de Professores de Geografia através das suas publicações e da

respectiva página em www.aprofgeo.pt .

C – Consumíveis diversos

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6 - Avaliação

A avaliação tem de ser coerente com todo o currículo, deste modo ela deve ser uma prática

pedagógica sistemática, contínua e inserida em todo o processo de ensino/aprendizagem,

incidindo principalmente sobre os processos e valorizando a sua componente formativa.

A avaliação deve ser integrada, integral, contínua e sistemática. Integrada porque faz parte do

conjunto de actividades do processo de ensino/aprendizagem e integral porque deve ter em

conta, a aquisição de novos conceitos, de procedimentos e o desenvolvimento de atitudes. A

avaliação deve ser também contínua e sistemática, porque pressupõe uma complementaridade

de processos de recolha de dados, de uma forma sistemática e numa interacção permanente

professor/aluno.

A avaliação deve também ser individualizada, porque se cada situação de aprendizagem é

única e cada aluno um indivíduo diferente, não se pode exigir a todos os mesmos

comportamentos. Dada a sua função predominantemente formativa, todos os intervenientes

devem participar no processo através da auto e da hetero-avaliação, o que permitirá o

desenvolvimento da autoconfiança e da progressão na aprendizagem.

A avaliação das aprendizagens deve orientar-se pelos seguintes princípios básicos:

diversificação de instrumentos (registos de observação, relatórios e outros textos escritos,

entrevistas, listas de verificação, registos de auto e hetero avaliação, diário do professor,

caderno do aluno, análise de trabalhos individuais e de trabalhos de grupo, debates, testes);

autenticidade (fazendo coincidir as tarefas e as actividades com a avaliação); melhoria das

aprendizagens (atribuindo maior importância à avaliação formativa como reguladora do

processo de ensino-aprendizagem); diversificação dos intervenientes (estabelecendo a

comunicação entre professores e alunos e permitindo a reflexão sobre o percurso realizado e

sobre a construção das aprendizagens).

Assim, na modalidade de frequência presencial, no decorrer do processo de ensino-aprendiza-

gem devem considerar-se as seguintes modalidades de avaliação:

- a avaliação inicial, realizada a partir de questionários que permitam um melhor

conhecimento do aluno e a determinação de conceitos e competências essenciais, que irão

permitir delinear estratégias de recuperação;

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- a avaliação processual, que deve estar sempre presente, “trata-se do elemento regulador do

ensino e da aprendizagem, ajudando o aluno a aprender e o professor a ensinar” (Perrenoud,

1993). Ela torna o aluno mais consciente e mais responsável pela sua aprendizagem e fornece

ao professor uma série de informações que lhe permitem fazer os necessários reajustamentos,

adaptando ou construindo outros instrumentos de avaliação e materiais pedagógicos; permite

assim, uma interacção permanente entre a avaliação e a acção educativa.

- a avaliação sumativa, que constitui o balanço do que o aluno aprendeu, no final de uma fase

do processo ensino/aprendizagem devendo, tal como noutras modalidades, ser alvo de grande

rigor, para o que é fundamental a definição de critérios objectivos de avaliação o mais

precisos possível.

Os objectivos gerais são o referencial do conjunto de aprendizagens exigíveis no final do

Ensino Secundário. Cabe ao grupo disciplinar/departamento a definição de critérios de

avaliação a partir desses objectivos, assim como a construção de instrumentos de avaliação

diversificados, que incidam não só nos aspectos cognitivos, mas também sobre as capacidades

e as atitudes.

Para os alunos que frequentam o ensino recorrente na modalidade de frequência não

presencial, a capitalização de módulos é obrigatoriamente sequencial e a prova de avaliação

deve revestir a forma de uma prova escrita.

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PARTE III

Desenvolvimento do Programa por Módulos

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Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos - 10º ano

TEMAS /SUBTEMAS/CONTEÚDOS

N.º DE UNIDADES

LECTIVAS*

1.º Módulo

Introdução: “A posição de Portugal na Europa e no Mundo” - A composição do território nacional - A posição geográfica de Portugal - A inserção de Portugal em diferentes espaços 1 – A diversidade do quadro natural de Portugal: o relevo e o subsolo

1.1 – Os contrastes no relevo 1.1.1 – As características morfológicas de Portugal Continental

1.1.2 – O relevo de Portugal Continental no conjunto da Península Ibérica

1.1.3 – A morfologia dos arquipélagos dos Açores e da Madeira

1.1.4 – A valorização económica do relevo

1.2 – As potencialidades do subsolo 1.2.1 – Os recursos do subsolo

1.2.2 - A valorização económica do subsolo

24

(12 semanas)

2.º Módulo

2 – A diversidade do quadro natural de Portugal: o clima e a água

2.1 – A diversidade do clima 2.1.1 – A especificidade climática de Portugal Continental

2.1.2 – As características do clima dos arquipélagos dos Açores e da Madeira

2.1.3 – A valorização económica do clima

2.2 – As disponibilidades hídricas 2.2.1 – A irregularidade na distribuição da água

2.2..2 – A utilização dos recursos hídricos

2.2.3 – A gestão dos recursos hídricos

24

(12 semanas)

3.º Módulo

3 – As paisagens: imobilidade e mudança

3.1 – A variedade das paisagens em Portugal 3.1.1 – Os elementos identificadores da paisagem

3.1.2 – O tradicionalismo das paisagens rurais

3.1.3 – O dinamismo das paisagens urbanas

3.2 – As paisagens e o ambiente 3.2.1 – As paisagens como património a preservar

3.2.2 – A gestão e manutenção das paisagens

18

(9 semanas)

TOTAL DE UNIDADES LECTIVAS 66

• Unidades lectivas de 90 minutos • Nota: na modalidade de frequência presencial o número de unidades lectivas

previsto inclui a avaliação

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1.º Módulo

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27

Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos

Portugal: País Atlântico por posição, Mediterrâneo por vocação

* Unidades lectivas de 90 minutos Nota: Na modalidade de frequência presencial, o n.º de Unidades Lectivas incorpora a avaliação

1.º Módulo

TEMAS/SUBTEMAS/ CONTEÚDOS

N.º DE UNIDADES

LECTIVAS*

Introdução: “A posição de Portugal na Europa e no Mundo”

- A composição do território nacional - A posição geográfica de Portugal - A inserção de Portugal em diferentes espaços

1 – A diversidade do quadro natural de Portugal: o relevo e o subsolo

1.1 – Os contrastes no relevo 1.1.1 – As características morfológicas de Portugal Continental

- as áreas de montanha - as áreas de planície e de planalto - as áreas costeiras

1.1.2 – O relevo de Portugal Continental no conjunto da Península Ibérica - a Meseta Ibérica - as Montanhas Periféricas - as Bacias Sedimentares

1.1.3 – A morfologia dos arquipélagos dos Açores e da Madeira - a origem vulcânica - as formas de relevo vulcânico

1.1.4 – A valorização económica do relevo - o turismo e as actividades de lazer - a energia eólica

1.2 – As potencialidades do subsolo 1.2.1 – Os recursos do subsolo

- as rochas industriais e ornamentais - as águas termais - a geotermia

1.2.2– A valorização económica do subsolo

- a indústria extractiva - o termalismo - as águas minerais

24

(12 semanas)

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Matriz: Competências/Módulos do 10.º ano

Número do Módulo

1.º

2.º

3.º

4.º

5.º

6.º

7.º

8.º

9.º

n.º da

competência

10.º Ano 11.º Ano 12.º Ano 1

• • •

2

• • •

3

• • •

4

• • •

5

• • •

6 Sem relevância no Ensino Recorrente 7 Sem relevância no Ensino Recorrente 8

• • •

9

• • •

10

• • •

11

• • •

12

• • •

13

• • •

14

• • •

15

• • •

16

• • •

17

• • •

18

• • •

19

• • •

20

• • •

21

• • •

22

• • •

23

• • •

24

• • •

25

• • •

26

• • •

27

• • •

28

• • •

• Competências a desenvolver

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Especificação dos Temas/Subtemas/Conteúdos

1.ºMódulo

Introdução

Núcleo conceptual

A localização e o posicionamento de Portugal como factores de valorização

cultural e económica.

Conteúdos

“A posição de Portugal na Europa e no Mundo” – A composição do território nacional

– A posição geográfica de Portugal – A inserção de Portugal em diferentes espaços

Conceitos

Noções básicas

Águas territoriais

Arquipélago

CPLP

Espaço aéreo

Espaço Schengen

Fronteira

Globalização

Localização absoluta

Localização relativa

NUT

Países lusófonos

Região

Região atlântica

Região autónoma

Região mediterrânea

Tratado de Roma

Tratado de Maastricht

União Europeia

Zona Temperada

No final deste módulo o aluno deve ser capaz de:

• Conhecer a composição das várias unidades territoriais de Portugal.

• Reconhecer a posição de Portugal Continental e Insular na Europa e no

Mundo.

• Caracterizar, sob o ponto de vista geográfico, a região mediterrânea e a região

atlântica.

• Debater a importância da posição geográfica de Portugal no contexto da

Europa.

• Salientar a importância da integração de Portugal na União Europeia.

• Reconhecer a importância do espaço lusófono, bem como das comunidades de

emigrantes.

• Valorizar as relações de Portugal com as comunidades de emigrantes e com os

países lusófonos.

• Reconhecer a importância estratégica de Portugal num mundo cada vez mais

global.

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1.ºMódulo Introdução

Sugestões Metodológicas

Com o Tema introdutório – “A posição de Portugal na Europa e no Mundo” – pretende-se, por um lado, criar um espaço e um tema conducentes à (re)descoberta pelos alunos, com percursos e vivências muito diversificados, da disciplina de Geografia. Assim, no início deste módulo deve fazer-se uma avaliação diagnóstica relativa aos conceitos/noções básicas consideradas aprendizagens prévias. As questões levantadas podem ajudar o professor a delinear as actividades a desenvolver ao longo do ano, nomeadamente, o modo como os alunos inter-relacionam a Modernidade e a Tradição; como dominam o padrão de distribuição de fenómenos e se posicionam relativamente aos impactos resultantes da mobilidade crescente de pessoas e bens; como se posicionam relativamente aos problemas ambientais; como encaram as actividades de tempos livres e de lazer; ou como entendem a identidade cultural do povo português.

Com o conteúdo “A composição do território nacional” pretende-se relembrar as diversas unidades territoriais que formam Portugal e são os referentes para adultos (distritos, concelhos, freguesias), abrir caminho para o conhecimento das novas unidades territoriais ( NUT I, II e III). Considera-se pertinente que se faça a referência às águas territoriais e ao espaço aéreo, alertando para as questões da soberania dos Estados, sobretudo, ao nível do espaço marítimo.

Com o conteúdo “A posição geográfica de Portugal” pretende-se que se faça, a partir da análise de mapas de diferentes escalas, a localização absoluta e relativa de Portugal Continental e Insular. Sugere-se que sejam efectuados cálculos respeitantes às dimensões do território, às distâncias entre Portugal Continental e os arquipélagos, entre os Açores e o continente americano e entre a Madeira e o continente africano, o que permitirá, simultaneamente, a consolidação do conceito de escala. Sugere-se, ainda, a realização de exercícios de leitura das coordenadas geográficas, nomeadamente, do valor dos paralelos que limitam Portugal Continental. Através de exercícios de localização relativa, pretende evidenciar-se a posição periférica do nosso território relativamente à Europa.

Com o conteúdo “A inserção de Portugal em diferentes espaços” pretende-se evidenciar a importância da inserção de Portugal nos diferentes espaços naturais, económicos e culturais; sugere-se, por isso, que se enfatize o dualismo geográfico/cultural do nosso país que advém da sua posição relativamente ao Mediterrâneo e ao Atlântico, relativamente à África e à Europa, entre a Europa e a América.

Relativamente à União Europeia, deve ser feita uma abordagem que permita aos alunos relembrar o espaço físico e político desta organização, o significado do Tratado de Roma e do Tratado de Maastricht e, a importância da integração de Portugal no espaço Schengen.

Deve ainda ser dado especial destaque às relações que o nosso país mantém com os países de língua oficial portuguesa e com as comunidades de emigrantes espalhadas pelo Mundo (em particular as que residem na Europa, no Brasil, nos EUA, no Canadá, na Venezuela e na África do Sul) reconhecendo o intercâmbio cultural que daí advém.

Por último, através de uma abordagem breve, sugere-se que se evidencie a importância geoestratégica de Portugal na era da globalização.

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1.º Módulo

A diversidade do quadro natural de Portugal: o relevo e o subsolo

Núcleo conceptual

A diversidade das características naturais das paisagens portuguesas como

aspecto a valorizar e a preservar.

Subtema

1.1 – Os contrastes no relevo 1.1.1 – As características morfológicas de Portugal Continental

- as áreas de montanha - as áreas de planície e de planalto - as áreas costeiras

1.1.2 – O relevo de Portugal Continental no conjunto da Península Ibérica - a Meseta Ibérica - as Montanhas Periféricas - as Bacias Sedimentares

1.1.3 – A morfologia dos arquipélagos dos Açores e da Madeira - a origem vulcânica - as formas de relevo vulcânico

1.1.4 – A valorização económica do relevo - o turismo e as actividades de lazer - a energia eólica

Conceitos

Noções básicas

Abrasão marinha

Arriba

Bacia sedimentar

Caldeira

Cordilheira Central

Costa

Declive

Energia alternativa

Erosão

Estalactites

Estalagmites

Estuário

Fonte de energia

renovável

Fumarola

Gruta

Meseta Ibérica

Pico vulcânico

Praia

Ravina

Recurso endógeno

Relevo cársico

Relevo glaciario

Rift

Turismo balnear

Turismo rural

Unidade morfológica

Vale encaixado

Vertente

No final deste subtema o aluno deve ser capaz de:

• Caracterizar morfologicamente o território português.

• Integrar as unidades do relevo de Portugal nas unidades do relevo da Península

Ibérica.

• Caracterizar a costa portuguesa.

• Caracterizar a morfologia dos arquipélagos dos Açores e da Madeira.

• Relacionar a morfologia dos arquipélagos dos Açores e da Madeira com a sua

génese vulcânica.

• Debater a importância das formas de relevo vulcânico para o turismo dos

Açores e da Madeira.

• Discutir a importância económica do relevo de Portugal.

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1.º Módulo

A diversidade do quadro natural de Portugal: o

relevo e o subsolo

1.1 – Os contrastes no relevo

Sugestões Metodológicas

Na leccionação deste tema deve valorizar-se o recurso à análise de mapas temáticos, fotografias/diapositivos, fotografia

aérea, gráficos termopluviométricos, cartas sinópticas e videogramas, de forma a desenvolver competências

relacionadas com a análise de documentos gráficos e cartográficos e com a selecção, sistematização e interpretação de

dados. No início deste subtema deve fazer-se uma avaliação diagnóstica relativa aos conceitos/noções básicas consideradas

aprendizagens prévias e implementar estratégias de recuperação conducentes à supressão de eventuais falhas. Assim, a

consolidação deve incidir sobre os conhecimentos relativos às principais formas de relevo. Com o tratamento do subtema 1.1 – “Os contrastes no relevo” – pretende-se salientar os contrastes morfológicos do

nosso território numa perspectiva de valorização dessas diferenças. Com o conteúdo 1.1.1 pretende-se caracterizar morfologicamente o território, no que respeita à distribuição das

principais formas de relevo. Assim, sugere-se que se faça a localização e a orientação dos principais sistemas

montanhosos, identificando algumas serras, nomeadamente Aire, Alvão, Arrábida, Candeeiros, Caramulo, Estrela,

Gardunha, Gerês, Grândola, Lousã, Marão, Monchique, Montemuro, Peneda e Sintra. Relativamente às áreas costeiras

é importante fazer referência às características do litoral salientando, por um lado, a acção erosiva do mar e os riscos

inerentes à excessiva ocupação humana dessas áreas. e, por outro lado, sugere-se que se salientem aspectos da nossa

costa que podem ser valorizados turisticamente, como é o caso das rias de Aveiro e Formosa.

Sugere-se ainda que se saliente a importância ecológica dos estuários, nomeadamente o do Tejo e o do Sado, bem como

o seu interesse turístico que deve ser conciliado com a preservação do património aí existente. É importante debater

com os alunos as diferentes hipóteses de gestão destas áreas de risco. Com o conteúdo 1.1.2 pretende-se salientar que o estudo do relevo de Portugal é indissociável do estudo do relevo da

Península Ibérica. Nesse sentido, devem desenvolver-se actividades de localização das Bacias Sedimentares, da Meseta

Ibérica, das serras da Cordilheira Central e das Montanhas Periféricas, evidenciando a continuidade física de algumas

delas. No conteúdo 1.1.3 aconselha-se uma abordagem que evidencie a singularidade morfológica dos Açores e da Madeira,

relacionando-a com a sua génese vulcânica e destacando a existência de formas de vulcanismo secundário, numa

perspectiva de potencialização dos recursos endógenos, nomeadamente o turismo. Com o conteúdo 1.1.4 sugere-se que se equacionem aspectos da valorização económica do relevo, numa perspectiva de

transformar as suas vantagens comparativas em vantagens competitivas. Considera-se relevante problematizar os

impactos económicos e ambientais do turismo balnear assim como a exploração turística das áreas de altitude. Deve

fazer-se um estudo que valorize a preservação da natureza e que destaque singularidades ligadas ao relevo, como por

exemplo, formas glaciárias, formas cársicas e os socalcos. Sugere-se uma abordagem que facilite o debate sobre as

hipóteses de viabilidade de práticas como a espeleologia ou os desportos-aventura. Considera-se também importante

debater o aproveitamento da energia eólica no litoral e nas áreas de altitude elevada.

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1.º Módulo A diversidade

do quadro natural de Portugal: o relevo e o subsolo

Núcleo conceptual

A diversidade das características naturais das paisagens portuguesas como

aspecto a valorizar e a preservar.

Subtema

1.2 – As potencialidades do subsolo 1.2.1 – Os recursos do subsolo

- as rochas industriais e ornamentais - as águas termais - a geotermia

1.2.2– A valorização económica do subsolo

- a indústria extractiva - o termalismo - as águas minerais - a energia geotérmica

Conceitos

Noções básicas

Águas minerais

Águas termais

Energia geotérmica

Indústria extractiva

Jazida

Mina

Minério

Recurso:

- Endógeno/exógeno

- Renovável/não

renovável

Rocha industrial

Rocha ornamental

Termalismo

No final deste subtema o aluno deve ser capaz de:

• Localizar os recursos do subsolo de maior valor económico.

• Conhecer a distribuição das principais fontes termais em Portugal.

• Valorizar as potencialidades económicas do subsolo.

• Equacionar os impactos ambientais resultantes da indústria extractiva.

• Debater medidas conciliadoras das diferentes actividades económicas com o

equilíbrio ambiental.

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1.º Módulo

A diversidade do quadro natural de Portugal: o

relevo e o subsolo

1.2 – As potencialidades do subsolo

Sugestões Metodológicas

O subtema 1.2 – “As potencialidades do subsolo” – pretende-se uma abordagem que incida, sobretudo, na

exploração sustentada dos recursos do subsolo e na valorização das áreas de exploração quer estas estejam

em uso ou não, debatendo problemas sociais e ambientais que lhe estão associados. Com o conteúdo 1.2.1 pretende-se a inventariação e a localização, não exaustivas, das principais áreas de

exploração das rochas ornamentais e das industriais de maior valor económico, bem como a localização dos

principais recursos energéticos, dando particular destaque à exploração da energia geotérmica nos Açores.

Sugere-se também a localização das principais fontes de águas termais e minerais levando os alunos a

compreender a origem desses fenómenos através da análise explicativa de um caso concreto no nosso país. Com o conteúdo 1.2.2 pretende-se salientar o valor económico das rochas industriais/ornamentais e

problematizar a exploração mineira em Portugal. Sugere-se também a promoção de debates sobre os

impactos ambientais decorrentes da exploração mineira, bem como sobre a necessidade de recuperação

ambiental das áreas mineiras, estando as minas em funcionamento ou não, e tendo sempre em atenção,

problemas de saúde tanto dos trabalhadores como das populações que vivem em redor das minas. Esta

abordagem deve ser feita, se possível, a partir de casos existentes no meio onde se insere a escola ou de

experiências/vivências dos alunos. Com este conteúdo deve igualmente valorizar-se os fenómenos de termalismo, numa perspectiva de

potencialização deste recurso endógeno, nomeadamente para a actividade turística, bem como a exploração

económica de águas minerais. No que respeita à energia geotérmica, deve salientar-se a importância deste recurso endógeno nos Açores,

mas referindo também as hipóteses de viabilidade de exploração desta fonte de energia em Portugal

Continental. A propósito deste assunto sugere-se uma abordagem à problemática da dependência energética

do nosso país, à sua consequente vulnerabilidade face ao exterior, bem como à necessidade de potencializar

os recursos energéticos existentes no nosso território.

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Sugestões de avaliação

Num currículo orientado para o desenvolvimento de competências a avaliação deve ser

centrada no desempenho em contexto real, ou seja as situações de aprendizagem são, também,

situações de avaliação. É do consenso geral que as competências não se desenvolvem

automaticamente. Enquanto indivíduos e pequenos grupos podem desenvolver conhecimentos

de forma informal, o desenvolvimento de grande parte das competências deve utilizar

metodologias mais formais porque as competências se desenvolvem como um processo activo

de aprendizagem individual, através da reflexão entre a prática e a cognição.

Para avaliar competências não servem os instrumentos tradicionais, pois não se colocam

apenas questões de conhecimento, é preciso criar tarefas complexas, integrar a avaliação no

trabalho quotidiano da aula, observar os alunos em situação de aprendizagem, observar séries

de desempenhos comparáveis, de forma a neutralizar efeitos aleatórios e a emitir juízos

fundamentados. O grau de desenvolvimento de competências de cada aluno é diferente, de

acordo com o seu ponto de partida, com os recursos cognitivos que mobiliza e com as

decisões que toma na realização das tarefas. Na realidade, o professor não pode avaliar

competências de forma padronizada, comparando desempenhos dos alunos, deverá antes, em

cada tarefa, comparar o que o aluno deveria ter feito se fosse competente e o que fez na

realidade.

Assim, do ponto de vista didáctico e, em particular, para os alunos na modalidade de

frequência presencial, é necessário criar situações de aprendizagem que lhes permitam

desenvolver competências diversificadas, nos domínios analítico-conceptual/técnico-metodo-

lógico bem como das atitudes. Neste contexto, é necessário diversificar os instrumentos de

avaliação — testes de conhecimento com questões de ensaio e questões objectivas, grelhas de

observação, listas de verificação de desempenhos, escalas de atitudes, escalas descritivas para

análise de trabalhos (individuais ou de grupo) e grelhas de observação da participação nos

debates — de acordo com as diferentes situações e aspectos a avaliar, o que pressupõe que

cada situação de aprendizagem e as suas exigências sejam conhecidas antes da avaliação,

valorizando, assim, a dimensão formativa do processo de avaliação.

Na modalidade de frequência não presencial, na concepção da prova escrita deve-se ter em

atenção a matriz de competências a desenvolver neste módulo.

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2.º Módulo

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Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos

Portugal: País Atlântico por posição, Mediterrâneo por vocação

* Unidades lectivas de 90 minutos Nota: Na modalidade de frequência presencial, o n.º de Unidades Lectivas incorpora a avaliação

2.º Módulo

TEMAS/SUBTEMAS/CONTEÚDOS

N.º DE UNIDADES

LECTIVAS*

2. A diversidade do quadro natural de Portugal: o clima e a água

2.1 – A diversidade do clima 2.1.1 – A especificidade climática de Portugal Continental

- a variação termopluviométrica - a irregularidade da precipitação - a duração do período seco estival

2.1.2 – As características do clima dos arquipélagos dos Açores e da Madeira - os Açores e a trajectória das depressões barométricas - a exposição geográfica da Madeira

2.1.3 – A valorização económica do clima - no turismo - no aproveitamento energético

2.2 – As disponibilidades hídricas 2.2.1 – A irregularidade na distribuição da água

- as águas subterrâneas - as águas superficiais

2.2.2 – A utilização dos recursos hídricos - os contrastes a norte e a sul do Mondego - os problemas na utilização da água

2.2.3 – A gestão dos recursos hídricos - a gestão das bacias hidrográficas luso-espanholas - a protecção e o controlo da qualidade da água - a racionalização dos usos

24

(12 semanas)

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Matriz: Competências/Módulos do 10.º ano

Número do Módulo

1.º

2.º

3.º

4.º

5.º

6.º

7.º

8.º

9.º

n.º da

competência

10.º Ano 11.º Ano 12.º Ano 1

• • •

2

• • •

3

• • •

4

• • •

5

• • •

6 Sem relevância no Ensino Recorrente 7 Sem relevância no Ensino Recorrente 8

• • •

9

• • •

10

• • •

11

• • •

12

• • •

13

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14

• • •

15

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16

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20

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• • •

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• • •

• Competências a desenvolver

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Especificação dos Temas/Subtemas/Conteúdos

2.º Módulo A diversidade

do quadro natural de Portugal: o

clima e a água

Núcleo conceptual

A diversidade das características naturais das paisagens portuguesas como

aspecto a valorizar e a preservar.

Subtema

2.1 – A diversidade do clima 2.1.1 – A especificidade climática de Portugal Continental

- a variação termopluviométrica - a irregularidade da precipitação - a duração do período seco estival

2.1.2 – As características do clima dos arquipélagos dos Açores e da Madeira - os Açores e a trajectória das depressões barométricas - a exposição geográfica da Madeira

2.1.3 – A valorização económica do clima - no turismo - no aproveitamento energético

Conceitos

Noções básicas

Amplitude de variação

térmica

Anticiclone

Clima

Convecção térmica

Depressão barométrica

Elemento de clima

Estado de tempo

Evapotranspiração

Exposição geográfica

Factor de clima

Insolação

Linha Isobárica

Linha Isotérmica

Massa de ar

Nebulosidade

Período seco estival

Precipitação atmosférica

Pressão atmosférica

Situação meteorológica

Superfície frontal polar

Temperatura média

Tipos de precipitação:

- Convectiva

- Frontal

- Orográfica

Ventos Alíseos

Ventos de Oeste

No final deste subtema o aluno deve ser capaz de:

• Relacionar a distribuição da temperatura e da precipitação com os diversos

factores de clima.

• Relacionar a variabilidade da precipitação com a deslocação em latitude dos

centros de altas e de baixas pressões.

• Explicar a especificidade do clima de Portugal Continental.

• Relacionar as características climáticas dos arquipélagos dos Açores e da

Madeira com a sua localização.

• Discutir a valorização económica do clima de Portugal.

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2.º Módulo A diversidade do quadro natural de Portugal: o

clima e a água

2.1 – A diversidade do clima

Sugestões Metodológicas

No início deste subtema deve fazer-se uma avaliação diagnóstica relativa aos conceitos/noções básicas

consideradas aprendizagens prévias e implementar estratégias de recuperação conducentes à supressão de

eventuais falhas. Assim, a consolidação deve incidir sobre os conhecimentos relativos à distribuição e

caracterização dos grandes conjuntos climáticos à superfície da Terra. O tratamento do subtema 2.1 – “A diversidade do clima” – deve centrar-se no conhecimento das

características do clima de Portugal, assim como na explicação das respectivas variações espaciais e nos seus

reflexos na paisagem. Com o conteúdo 2.1.1 sugere-se a análise da especificidade do clima de Portugal Continental

designadamente no que diz respeito ao regime termopluviométrico, salientando a irregularidade intra e

interanual da precipitação e a duração do período seco estival, enfatizando as respectivas consequências.

Sugere-se o recurso à construção e análise de gráficos termopluviométricos, assim como à observação de

situações sinópticas simples (aconselha-se a consulta da página do Instituto de Meteorologia e Geofísica, na

Internet). Esta abordagem não pressupõe um estudo exaustivo das diferentes situações meteorológicas que

afectam o estado do tempo em Portugal Continental nem, tão pouco, um estudo aprofundado da evolução

das perturbações da frente polar. Sugere-se também o recurso a mapas de isotérmicas e de totais de

precipitação, para a análise da distribuição da temperatura e da precipitação, relacionando essa distribuição

com a topografia, a altitude, a latitude e a proximidade do mar. Considera-se suficiente, para o estudo do

clima em Portugal, o conhecimento da circulação atmosférica na zona temperada do norte. Com o conteúdo 2.1.2 pretende-se uma abordagem idêntica à realizada para Portugal Continental

destacando, no caso dos Açores, a posição do arquipélago relativamente à trajectória das depressões

subpolares e ao Anticiclone dos Açores. No arquipélago da Madeira deve destacar-se a sua posição em

latitude, bem como a influência da altitude e da orientação do relevo na diferenciação climática. Com o conteúdo 2.1.3 pretende-se salientar a raridade da ocorrência do clima mediterrâneo no Mundo,

debatendo questões como a importância das suas características para o aproveitamento da energia solar, para

a colocação antecipada de produtos agrícolas nos mercados ou mesmo para o cultivo de espécies de climas

mais quentes, assim como a importância da sua distribuição para a promoção do turismo. Sugere-se, ainda, a

discussão das vantagens do clima dos Açores e da Madeira para o desenvolvimento de actividades turísticas

e para a prática de uma agricultura orientada para a produção de alguns produtos, nomeadamente alguns

frutos tropicais, flores e primores.

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2.º Módulo

A diversidade do quadro natural de Portugal: o

clima e a água

Núcleo conceptual

A diversidade das características naturais das paisagens portuguesas como

aspecto a valorizar e a preservar.

Subtema

2.2 – As disponibilidades hídricas 2.2.1 – A irregularidade na distribuição da água

- as águas subterrâneas - as águas superficiais

2.2.2 – A utilização dos recursos hídricos - os contrastes a norte e a sul do Mondego - os problemas na utilização da água

2.2.3 – A gestão dos recursos hídricos - a gestão das bacias hidrográficas luso-espanholas - a protecção e o controlo da qualidade da água - a racionalização dos usos

Conceitos

Noções básicas

Água subterrânea

Água superficial

Albufeira

Aquífero

Bacia hidrográfica

Balanço hídrico

Barragem

Bem público

Carga sólida

Caudal

Caudal ecológico

Cheia

Desertificação

Disponibilidade hídrica

Escorrência

Estação de tratamento de

águas (ETA)

Estação de tratamento de

águas residuais (ETAR)

Eutrofização

Leito de estiagem

Leito de cheia

Infiltração

Produtividade aquífera

Recurso hídrico

Rede hidrográfica

Região hidrográfica

Toalha freática

No final deste subtema o aluno deve ser capaz de:

• Inventariar as disponibilidades hídricas de Portugal.

• Explicar a irregularidade na distribuição da água no território português.

• Relacionar o regime hidrográfico com a irregularidade da precipitação.

• Reconhecer as vantagens da retenção da água num clima como o de Portugal.

• Relacionar os diferentes usos das águas das albufeiras com a sua localização.

• Compreender os impactos decorrentes da construção de barragens.

• Reflectir sobre a necessidade de uma correcta gestão dos recursos hídricos.

• Debater a dependência hídrica de Portugal em relação a Espanha.

• Compreender a importância de medidas de protecção e de gestão dos recursos

hídricos.

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2.º Módulo

A diversidade do quadro natural de Portugal: o

clima e a água

2.2 – As disponibil idades hídricas

Sugestões Metodológicas

Com o subtema 2.2 – “As disponibilidades hídricas” – pretende-se que os alunos compreendam a

importância de uma gestão racional da água num clima e num território com as características do de

Portugal. Pretende-se também valorizar a importância da quantidade e qualidade da água, tendo em vista a

saúde pública e o ordenamento do território. Com o conteúdo 2.2.1 sugere-se uma inventariação das disponibilidades hídricas, tanto subterrâneas como

superficiais, relacionando-as com as características climáticas e com a natureza das rochas. Esta

inventariação deverá contemplar o caso das lagoas e das albufeiras, as primeiras muito relevantes no caso do

arquipélago dos Açores e as segundas no Continente. Um outro aspecto a salientar é o do carácter

concentrado da precipitação, relacionando-o com os seus efeitos quer ao nível da carga sólida que os cursos

de água podem transportar, quer em termos da ocorrência e da natureza das cheias. Sugere-se ainda que se

estabeleça a relação entre as cheias, o tipo de vale e o tipo de rede hidrográfica. A este propósito sugere-se a

problematização da ocupação e limpeza dos leitos de cheia, tanto nos grandes cursos de água como nas

pequenas ribeiras e dos impactes da desarborização nos troços mais altos e mais declivosos das bacias

hidrográficas. Com o conteúdo 2.2.2 pretende-se salientar a necessidade de retenção da água num clima como o de

Portugal, equacionando os impactes positivos e os negativos que advêm da construção de barragens.

Considera-se importante salientar as diferenças nos usos da água das albufeiras públicas, a norte e a sul do

rio Mondego. Sugere-se ainda a análise do crescente aumento dos consumos doméstico e agrícola,

relacionando estes aumentos com a maior ou menor disponibilidade hídrica das diferentes regiões e com os

problemas decorrentes da sua utilização como, por exemplo, a sobre-exploração, a poluição difusa ou a

eutrofização dos aquíferos. Com o conteúdo 2.2.3 pretende-se sensibilizar os alunos para os problemas relacionados com a gestão das

bacias hidrográficas nacionais e internacionais, nomeadamente as questões relacionadas com os caudais

ecológicos nos rios internacionais. Considera-se pertinente debater assuntos como a conflitualidade entre os

diferentes usos e a qualidade da água para o abastecimento municipal. Sugere-se a realização de um estudo

local sobre a situação do tratamento das águas residuais, da qualidade da água, quer para o consumo

doméstico, quer para o uso agrícola e mesmo para as actividades de lazer. Um outro aspecto a debater é o

dos custos dos diferentes tratamentos da água e o do seu posterior uso. A este propósito sugere-se o debate

dos custos da construção de infraestruturas de abastecimento e de saneamento relacionando-os com a

concentração e a dispersão do povoamento.

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43

Sugestões de avaliação

Num currículo orientado para o desenvolvimento de competências a avaliação deve ser

centrada no desempenho em contexto real, ou seja as situações de aprendizagem são, também,

situações de avaliação. É do consenso geral que as competências não se desenvolvem

automaticamente. Enquanto indivíduos e pequenos grupos podem desenvolver conhecimentos

de forma informal, o desenvolvimento de grande parte das competências deve utilizar

metodologias mais formais porque as competências se desenvolvem como um processo activo

de aprendizagem individual, através da reflexão entre a prática e a cognição.

Para avaliar competências não servem os instrumentos tradicionais, pois não se colocam

apenas questões de conhecimento, é preciso criar tarefas complexas, integrar a avaliação no

trabalho quotidiano da aula, observar os alunos em situação de aprendizagem, observar séries

de desempenhos comparáveis, de forma a neutralizar efeitos aleatórios e a emitir juízos

fundamentados. O grau de desenvolvimento de competências de cada aluno é diferente, de

acordo com o seu ponto de partida, com os recursos cognitivos que mobiliza e com as

decisões que toma na realização das tarefas. Na realidade, o professor não pode avaliar

competências de forma padronizada, comparando desempenhos dos alunos, deverá antes, em

cada tarefa, comparar o que o aluno deveria ter feito se fosse competente e o que fez na

realidade.

Assim, do ponto de vista didáctico e, em particular, para os alunos na modalidade de

frequência presencial, é necessário criar situações de aprendizagem que lhes permitam

desenvolver competências diversificadas, nos domínios analítico-conceptual/técnico-metodo-

lógico bem como das atitudes. Neste contexto, é necessário diversificar os instrumentos de

avaliação — testes de conhecimento com questões de ensaio e questões objectivas, grelhas de

observação, listas de verificação de desempenhos, escalas de atitudes, escalas descritivas para

análise de trabalhos (individuais ou de grupo) e grelhas de observação da participação nos

debates — de acordo com as diferentes situações e aspectos a avaliar, o que pressupõe que

cada situação de aprendizagem e as suas exigências sejam conhecidas antes da avaliação,

valorizando, assim, a dimensão formativa do processo de avaliação.

Na modalidade de frequência não presencial, na concepção da prova escrita deve-se ter em

atenção a matriz de competências a desenvolver neste módulo.

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3.º Módulo

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45

Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos

Portugal: País Atlântico por posição, Mediterrâneo por vocação

* Unidades lectivas de 90 minutos Nota: Na modalidade de frequência presencial, o n.º de Unidades Lectivas incorpora a avaliação

3.º Módulo

TEMAS/SUBTEMAS/ CONTEÚDOS

N.º DE UNIDADES

LECTIVAS*

3. As paisagens: imobilidade e mudança

3.1 – A variedade das paisagens em Portugal 3.1.1 – Os elementos identificadores da paisagem

- a unidade climática - a unidade morfológica - as actividades humanas e a organização do território

3.1.2 – O tradicionalismo das paisagens rurais - o Noroeste - o Nordeste - o Sul - o Centro - o arquipélago dos Açores - o arquipélago da Madeira

3.1.3 – O dinamismo das paisagens urbanas - as áreas metropolitanas - as grandes áreas urbanizadas

3.2 – As paisagens e o ambiente 3.2.1 – As paisagens como património a preservar

- as áreas litorais - os estuários - as áreas florestais

3.2.2 – A gestão e manutenção das paisagens - as formas de gestão das paisagens

18

(9 semanas)

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46

Matriz: Competências/Módulos do 10.º ano

Número do Módulo

1.º

2.º

3.º

4.º

5.º

6.º

7.º

8.º

9.º

n.º da

competência

10.º Ano 11.º Ano 12.º Ano 1

• • •

2

• • •

3

• • •

4

• • •

5

• • •

6 Sem relevância no Ensino Recorrente 7 Sem relevância no Ensino Recorrente 8

• • •

9

• • •

10

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• • •

• Competências a desenvolver

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Especificação dos Temas/Subtemas/Conteúdos

3.º Módulo

As paisagens: imobilidade e mudança

Núcleo conceptual

Portugal enquanto território complexo e contrastado origina paisagens

diversificadas que importa compreender.

Subtema

3.1 – A variedade das paisagens em Portugal 3.1.1 – Os elementos identificadores da paisagem

- a unidade climática - a unidade morfológica - as actividades humanas e a organização do território

3.1.2 – O tradicionalismo das paisagens rurais - o Noroeste - o Nordeste - o Sul - o Centro - o arquipélago dos Açores - o arquipélago da Madeira

3.1.3 – O dinamismo das paisagens urbanas - as áreas metropolitanas - as grandes áreas urbanizadas

Conceitos

Noções básicas

Ambiente

Área metropolitana

Elementos da paisagem

Estrutura agrária

Espaço agrário

Espaço agrícola

Espaço rural

Exploração agrícola

Grande área urbanizada

Morfologia agrária

Paisagem

Parcela agrícola

Património da Humanidade Património paisagístico

Povoamento

Região geográfica

No final deste subtema o aluno deve ser capaz de:

• Identificar os elementos de uma paisagem.

• Compreender as paisagens como resultado da interacção dos elementos

naturais e humanos.

• Caracterizar as diferentes paisagens rurais de Portugal.

• Caracterizar as paisagens urbanas de maior dinamismo.

• Discutir a importância da valorização da diversidade paisagística.

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3.º Módulo

As paisagens: imobilidade e mudança

3.1 – As paisagens e o ambiente

Sugestões Metodológicas

Na leccionação deste tema deve valorizar-se o recurso à análise de fotografias/diapositivos, de fotografias

aéreas, de maquetes, de mapas corográficos, de mapas topográficos e de videogramas de forma a

desenvolver competências relacionadas com a análise de imagens e de documentos cartográficos Sugere-se,

sempre que possível, a realização de trabalho-de-campo. Com o subtema 3.1 – “A variedade das paisagens em Portugal” – pretende-se que, através do estudo da sua

diversidade, se valorizem as paisagens como património natural e construído e como locais de memória das

diferentes comunidades. Torna-se indispensável a articulação com o Tema do 4.º módulo do programa da

disciplina de Técnicas de Ordenamento do Território – “A Leitura das Paisagens”. Com o conteúdo 3.1.1 pretende-se que seja feita uma reflexão sobre o conceito de paisagem, para o que é

necessário a identificação dos critérios que permitem individualizar paisagens nomeadamente, a morfologia,

o clima, a cobertura vegetal e as características da implantação humana. A este propósito considera-se

pertinente veicular o conceito de região geográfica como uma área de ocorrência de um determinado tipo de

paisagem. Com o conteúdo 3.1.2 pretende-se que, utilizando de uma forma integrada os conteúdos dos temas

anteriores, se trace um retrato das várias paisagens do país que apresentam uma feição predominantemente

rural e tradicional, destacando os factores que as explicam. Sugere-se, assim, a identificação e a caracterização de algumas paisagens-tipo, não numa perspectiva de

análise e individualização exaustivas, mas de destaque daquelas que, pelo seu tradicionalismo, possam

contribuir para a potencialização do turismo e valorização da identidade das regiões. Com o conteúdo 3.1.3 sugere-se a caracterização das áreas metropolitanas e das grandes áreas urbanizadas,

identificando os factores que contribuíram para a sua evolução. Deve, contudo, ter-se em atenção que este

assunto será abordado no 11º ano, onde serão feitas análises de pormenor. Considera-se importante finalizar este subtema com uma reflexão acerca da valorização patrimonial e

económica das diferentes paisagens em Portugal, debatendo a importância da classificação, pela UNESCO,

das paisagens como Património da Humanidade.

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3.º Módulo As paisagens: imobilidade e mudança

Núcleo conceptual

Portugal enquanto território complexo e contrastado origina paisagens

diversificadas que importa compreender.

Subtema

3.2 – As paisagens e o ambiente 3.2.1 – As paisagens como património a preservar

- as áreas litorais - os estuários - as áreas florestais

3.2.2 – A gestão e manutenção das paisagens - as formas de gestão das paisagens - o ambiente e as actividades turísticas

Conceitos

Noções básicas

Área de paisagem

protegida

Biodiversidade

Duna

Equilíbrio ambiental

Parque nacional

Parque natural

Património

Paúl

Rede Natura

Região de turismo

Reserva florestal

Reserva natural

Sapal

No final deste subtema o aluno deve ser capaz de:

• Identificar paisagens de equilíbrio ambiental frágil.

• Reconhecer a necessidade de preservação das paisagens.

• Conhecer níveis de intervenção na preservação das paisagens.

• Reflectir sobre a participação dos diversos agentes na implementação das

medidas de gestão e manutenção das paisagens.

• Salientar a importância da preservação do património natural como medida

para alcançar o desenvolvimento sustentável.

• Debater a importância da valorização dos espaços naturais como recursos

endógenos fundamentais no ordenamento do território.

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50

3.º Módulo

As paisagens: imobilidade e mudança

3.2 – As paisagens e o ambiente

Sugestões Metodológicas

Com o subtema 3.2 – “As paisagens e o ambiente” – pretende-se evidenciar a necessidade de preservar e

valorizar áreas que a nível nacional, europeu e/ou mundial constituem patrimónios naturais cada vez mais

raros. Com o conteúdo 3.2.1 sugere-se a valorização dos espaços naturais, evidenciando as áreas de grande

fragilidade ambiental, nomeadamente, as áreas litorais, os estuários e as florestas, salientando formas que

possibilitem a preservação desses espaços. Relativamente às áreas litorais e aos estuários pretende-se que se debatam os problemas resultantes da

excessiva carga demográfica. Sugere-se que, a propósito das áreas litorais, se salientem os riscos de

construção sobre a linha de costa, bem como os riscos de poluição resultante dos efluentes urbano-industriais

e da poluição difusa. No que se refere aos estuários deve salientar-se a importância dos respectivos

ecossistemas nomeadamente dos sapais como áreas a proteger e a valorizar e, ainda, a sua posição

relativamente às rotas migratórias de muitas aves. No que diz respeito às áreas florestais é importante identificar as grandes manchas florestais do nosso País

destacando os riscos resultantes da monocomposição florestal, da falta de limpeza do sub-bosque e da falta

de aceiros. No estudo da cobertura vegetal sugere-se que se recuperem conteúdos de outras disciplinas

relativos à identificação de elementos vegetais, nomeadamente, os pinheiros manso e bravo, os carvalhos de

folha caduca, o sobreiro, a azinheira, a oliveira, a alfarrobeira, o loureiro, o medronheiro e as plantas

aromáticas. Neste âmbito deve ser feita uma menção particular à laurissilva, na ilha da Madeira. É também

importante realçar a necessidade de valorizar a biodiversidade existente em Portugal no contexto da U.E. em

geral e, da Península Ibérica em particular. Assim, considera-se importante fazer referência aos objectivos da

Rede Natura. Com o conteúdo 3.2.2 pretende-se a identificação dos vários agentes responsáveis pela gestão e manutenção

das paisagens, enfatizando o papel do indivíduo enquanto “utilizador” das mesmas, debatendo os grandes

problemas que se põem a uma correcta gestão racional das florestas portuguesas. Nesse sentido, devem

localizar-se os principais parques naturais, as reservas naturais e as áreas protegidas do país. Sugere-se ainda

a análise de situações de áreas naturais pouco transformadas, de áreas com problemas resultantes de má

gestão territorial, e de áreas que tenham sido alvo de estratégias adequadas de valorização, recorrendo,

sempre que possível, a exemplos relativos à área envolvente da escola. Considera-se também relevante a

comparação de diferentes propostas de recuperação paisagística e o debate sobre a conciliação entre a

utilização da floresta e a preservação ambiental.

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51

Sugestões de avaliação

Num currículo orientado para o desenvolvimento de competências a avaliação deve ser

centrada no desempenho em contexto real, ou seja as situações de aprendizagem são, também,

situações de avaliação. É do consenso geral que as competências não se desenvolvem

automaticamente. Enquanto indivíduos e pequenos grupos podem desenvolver conhecimentos

de forma informal, o desenvolvimento de grande parte das competências deve utilizar

metodologias mais formais porque as competências se desenvolvem como um processo activo

de aprendizagem individual, através da reflexão entre a prática e a cognição.

Para avaliar competências não servem os instrumentos tradicionais, pois não se colocam

apenas questões de conhecimento, é preciso criar tarefas complexas, integrar a avaliação no

trabalho quotidiano da aula, observar os alunos em situação de aprendizagem, observar séries

de desempenhos comparáveis, de forma a neutralizar efeitos aleatórios e a emitir juízos

fundamentados. O grau de desenvolvimento de competências de cada aluno é diferente, de

acordo com o seu ponto de partida, com os recursos cognitivos que mobiliza e com as

decisões que toma na realização das tarefas. Na realidade, o professor não pode avaliar

competências de forma padronizada, comparando desempenhos dos alunos, deverá antes, em

cada tarefa, comparar o que o aluno deveria ter feito se fosse competente e o que fez na

realidade.

Assim, do ponto de vista didáctico e, em particular, para os alunos na modalidade de

frequência presencial, é necessário criar situações de aprendizagem que lhes permitam

desenvolver competências diversificadas, nos domínios analítico-conceptual/técnico-metodo-

lógico bem como das atitudes. Neste contexto, é necessário diversificar os instrumentos de

avaliação — testes de conhecimento com questões de ensaio e questões objectivas, grelhas de

observação, listas de verificação de desempenhos, escalas de atitudes, escalas descritivas para

análise de trabalhos (individuais ou de grupo) e grelhas de observação da participação nos

debates — de acordo com as diferentes situações e aspectos a avaliar, o que pressupõe que

cada situação de aprendizagem e as suas exigências sejam conhecidas antes da avaliação,

valorizando, assim, a dimensão formativa do processo de avaliação.

Na modalidade de frequência não presencial, na concepção da prova escrita deve-se ter em

atenção a matriz de competências a desenvolver neste módulo.

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Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos – 11º ano

TEMAS / CONTEÚDOS

N.º DE UNIDADES

LECTIVAS*

4.º Módulo

4 - A dinâmica da população portuguesa

4.1 – A população e o território 4.1.1 – A distribuição espacial

4.1.2 – A mobilidade espacial da população

4.2 – As estruturas demográficas 4.2.1 – Os (des)equilíbrios da estrutura etária

4.2.2 – A estrutura da população activa

4.2.3 – A valorização da população como recurso

22

(11 semanas)

5º Módulo

5 - A (re)valorização do espaço urbano

5.1 – A organização do espaço urbano 5.1.1 – As cidades em Portugal

5.1.2 – A paisagem urbana e os seus elementos

5.1.3 – A estrutura funcional

5.2 – A qualidade de vida nas cidades portuguesas 5.2.1 – As condições de vida urbana

5.2.2 – A requalificação das cidades

5.2.3 – A (re)valorização das cidades e o desenvolvimento das regiões

22

(11 semanas)

6º Módulo

6 – As transformações no espaço rural

6.1 – A actividade agrícola 6.1.1 – A persistência da agricultura tradicional

6.1.2 – As novas práticas agrícolas

6.2 – Os novos usos do espaço rural 6.2.1 – Os novos padrões residenciais

6.2.2 – As actividades turísticas e recreativas no espaço rural

6.2.3 – A valorização das paisagens rurais e o desenvolvimento das regiões

22

(11 semanas)

TOTAL DE UNIDADES LECTIVAS 66

* Unidades lectivas de 90 minutos

Nota: na modalidade de frequência presencial o número de unidades lectivas previsto inclui a avaliação

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4.º Módulo

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54

Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos

Portugal: País Atlântico por posição, Mediterrâneo por vocação

* Unidades lectivas de 90 minutos Nota: Na modalidade de frequência presencial, o n.º de Unidades Lectivas incorpora a avaliação

4.º Módulo

TEMAS/SUBTEMAS/ CONTEÚDOS

N.º DE UNIDADES

LECTIVAS*

4 - A dinâmica da população portuguesa

4.1 – A população e o território

4.1.1 – A distribuição espacial - a litoralização /o despovoamento do interior - o povoamento nos arquipélagos

4.1.2 – A mobilidade espacial da população

- os movimentos migratórios

4.2 – As estruturas demográficas 4.2.1 – Os (des)equilíbrios da estrutura etária

- o declínio da fecundidade - o envelhecimento da população

4.2.2 – A estrutura da população activa - os sectores de actividade - os níveis de instrução e de qualificação profissional

4.2.3 – A valorização da população como recurso

22

(11 semanas)

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55

Matriz: Competências/Módulos do 10.º/11.º anos

Número do Módulo

1.º

2.º

3.º

4.º

5.º

6.º

7.º

8.º

9.º

n.º da

competência

10.º Ano 11.º Ano 12.º Ano 1

● ● ● ■

2

● ● ● ■

3

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4

● ● ●

5

● ● ● ■

6

Sem relevância no Ensino Recorrente

7

Sem relevância no Ensino Recorrente

8

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9

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10

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11

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12

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13

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● ● ●

● Competências a desenvolver no 10.º ano ■ Competências a desenvolver no 11.º ano

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Especificação dos Temas/Subtemas/Conteúdos

4.º Módulo

4-A dinâmicada

população portuguesa

Núcleo conceptual

As alterações demográficas da sociedade portuguesa constituem factores

condicionantes do desenvolvimento territorial e do dinamismo das

paisagens.

Subtema

4.1 – A população e o território 4.1.1 – A distribuição espacial

- a litoralização /o despovoamento do interior - o povoamento nos arquipélagos

4.1.2 – A mobilidade espacial da população

- os movimentos migratórios

Conceitos

Noções básicas

Acessibilidade

Área atractiva

Área repulsiva

Assimetrias regionais

Centro urbano

Densidade populacional

Despovoamento

Emigração

Êxodo rural

Grande área urbana

Imigração

Litoralização do

povoamento

População absoluta

População rural

População urbana

No final deste subtema o aluno deve ser capaz de:

• Explicar a distribuição da população no território continental.

• Explicar a distribuição da população nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.

• Enquadrar o padrão de distribuição da população portuguesa no da Europa.

• Referir o padrão de distribuição espacial dos centros urbanos em Portugal.

• Explicar a existência de áreas atractivas e repulsivas à população.

• Reconhecer a importância das acessibilidades na mobilidade da população.

• Caracterizar os movimentos migratórios em Portugal Continental e Insular, na

segunda metade do séc. XX.

• Debater estratégias para atenuar as assimetrias no povoamento do território

português.

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Tema 4

A dinâmica da

população portuguesa

4.1 – A população e o território

Nível de abordagem

Com o tratamento deste tema pretende-se que os alunos compreendam como as características da população assim como a sua mobilidade espacial, motivada por factores de ordem socioeconómica, têm repercussões tanto nas áreas de partida como nas áreas de chegada, acentuando disparidades regionais a diversos níveis incluindo o das próprias paisagens e realçando a necessidade da valorização da população como um recurso. A abordagem deste tema pressupõe, também, uma comparação com os diferentes países da UE no sentido da criação de um quadro de referência mais preciso e uma análise diferenciada para as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

O processo de ensino/aprendizagem deve basear-se na análise de dados estatísticos e na realização de actividades que permitam o desenvolvimento de capacidades de selecção, de sistematização e de interpretação de dados, assim como o uso de técnicas de expressão gráfica e cartográfica recorrendo, sempre que possível, às TIC. Sugere-se a utilização do distrito como escala de análise por ser a unidade administrativa mais significativa para os alunos, podendo no entanto, utilizar-se outras escalas como as NUT III ou outras entendidas como mais convenientes.

Com o subtema 4.1. – A população e o território – pretende-se uma abordagem que permita ao aluno compreender a distribuição espacial da população no continente e nas regiões autónomas, evidenciando os contrastes no povoamento, bem como as suas implicações no desenvolvimento das regiões. Com o conteúdo 4.1.1. sugere-se a análise da distribuição da população no nosso país, salientando o acentuar da dicotomia litoralização/despovoamento do interior no território continental e o carácter litoral do povoamento nos arquipélagos. Esta análise deve recuar apenas até à segunda metade do séc. XX. Neste âmbito, é importante o conhecimento dos factores naturais e humanos que condicionam essa distribuição. Considera-se ainda relevante a referência ao padrão de distribuição dos centros urbanos, no qual se destaca a existência de grandes áreas urbanas no litoral de Portugal Continental e ao papel dinamizador de algumas cidades e vilas do interior na atracção e/ou na fixação de população, através da implantação de actividades económicas diversificadas, geradoras de emprego à escala local/regional.

Com o conteúdo 4.1.2. pretende-se que os alunos analisem de que forma a mobilidade da população se reflecte no padrão de organização regional. Neste contexto, sugere-se que se discuta a importância da acessibilidade na mobilidade da população assim como os desequilíbrios espaciais que caracterizam, actualmente, o território português. O estudo dos movimentos migratórios pressupõe a revisão dos respectivos critérios de classificação, assim como a referência às migrações internas, à emigração durante a 2.ª metade do século XX e, nas últimas décadas, ao retorno dos emigrantes e à imigração, nomeadamente dos países da CPLP, da União Europeia e do Leste europeu. Por fim, atendendo à importância da distribuição populacional para o ordenamento do território, sugere-se a discussão de medidas conducentes ao reequilíbrio da distribuição da população portuguesa.

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4.º Módulo

4-A dinâmica da

população portuguesa

Núcleo conceptual

As alterações demográficas da sociedade portuguesa constituem factores

condicionantes do desenvolvimento territorial e do dinamismo das paisagens.

Subtema

4.2 – As estruturas demográficas 4.2.1 – Os (des)equilíbrios da estrutura etária

- o declínio da fecundidade - o envelhecimento da população

4.2.2 – A estrutura da população activa - os sectores de actividade - os níveis de instrução e de qualificação profissional

4.2.3 – A valorização da população como recurso

Conceitos

Noções básicas

Desemprego

Emprego temporário

Envelhecimento

Esperança média de vida

Estrutura activa

Estrutura etária

Índice de envelhecimento

Índice de renovação de

gerações

Índice sintético de

fecundidade

Pirâmide de idades

Política demográfica

Recurso humano

Rejuvenescimento

Sectores de actividade

Subemprego

Taxa de analfabetismo

Taxa de crescimento

efectivo

No final deste subtema o aluno deve ser capaz de:

• Enquadrar as estruturas demográficas de Portugal no contexto das da U.E.

• Caracterizar a estrutura etária da população portuguesa.

• Explicar os factores do envelhecimento da população.

• Explicar os contrastes espaciais da estrutura etária.

• Caracterizar a estrutura da população activa portuguesa.

• Explicar os contrastes espaciais da estrutura da população activa.

• Caracterizar os recursos humanos em Portugal quanto aos níveis de instrução e

de qualificação profissional.

• Referir as consequências socioeconómicas das estruturas demográficas.

• Reflectir sobre as consequências demográficas resultantes dos actuais

movimentos migratórios em Portugal.

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Tema 4

A dinâmica da

população portuguesa

4.2 – As estruturas demográficas

Nível de abordagem

O tratamento do subtema 4.2 – As estruturas demográficas – deve privilegiar uma abordagem que saliente as consequências inerentes à evolução recente das estruturas etária e activa da população portuguesa, bem como os seus impactos, tanto ao nível regional como nacional e eventuais medidas tendentes à resolução dos problemas identificados. Com o conteúdo 4.2.1 sugere-se uma abordagem que possibilite aos alunos uma análise comparativa da estrutura etária nas últimas décadas, nomeadamente através do recurso à análise de pirâmides de idades de diferentes datas, enfatizando os aspectos específicos da estrutura etária da população portuguesa como o envelhecimento pela base, pelo meio e pelo topo da pirâmide. Esta análise implica uma reflexão sobre os factores que explicam o declínio da fecundidade e o envelhecimento progressivo da população. Com o conteúdo 4.2.2 pretende-se que os alunos caracterizem a estrutura activa da população portuguesa. Assim, sugere-se uma abordagem que permita aos alunos analisar a evolução da percentagem de actividade por sector, bem como os níveis de instrução e de qualificação profissional da população nas últimas décadas. É ainda importante analisar a diferenciação regional da estrutura da população activa, reflectindo sobre os seus impactos no desenvolvimento regional, salientando o caso particular do turismo. Com o conteúdo 4.2.3 sugere-se que os alunos analisem os níveis de analfabetismo e indicadores da iliteracia da população portuguesa, reflectindo sobre as questões relativas à situação perante o emprego. Sugere-se também que, numa perspectiva de valorização da população como um recurso, se debata com os alunos a importância do rejuvenescimento e da qualificação profissional da população, referindo medidas concretas que podem ser tomadas.

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60

Sugestões de avaliação

Num currículo orientado para o desenvolvimento de competências a avaliação deve ser

centrada no desempenho em contexto real, ou seja as situações de aprendizagem são, também,

situações de avaliação. É do consenso geral que as competências não se desenvolvem

automaticamente. Enquanto indivíduos e pequenos grupos podem desenvolver conhecimentos

de forma informal, o desenvolvimento de grande parte das competências deve utilizar

metodologias mais formais porque as competências se desenvolvem como um processo activo

de aprendizagem individual, através da reflexão entre a prática e a cognição.

Para avaliar competências não servem os instrumentos tradicionais, pois não se colocam

apenas questões de conhecimento, é preciso criar tarefas complexas, integrar a avaliação no

trabalho quotidiano da aula, observar os alunos em situação de aprendizagem, observar séries

de desempenhos comparáveis, de forma a neutralizar efeitos aleatórios e a emitir juízos

fundamentados. O grau de desenvolvimento de competências de cada aluno é diferente, de

acordo com o seu ponto de partida, com os recursos cognitivos que mobiliza e com as

decisões que toma na realização das tarefas. Na realidade, o professor não pode avaliar

competências de forma padronizada, comparando desempenhos dos alunos, deverá antes, em

cada tarefa, comparar o que o aluno deveria ter feito se fosse competente e o que fez na

realidade.

Assim, do ponto de vista didáctico e, em particular, para os alunos na modalidade de

frequência presencial, é necessário criar situações de aprendizagem que lhes permitam

desenvolver competências diversificadas, nos domínios analítico-conceptual/técnico-metodo-

lógico bem como das atitudes. Neste contexto, é necessário diversificar os instrumentos de

avaliação — testes de conhecimento com questões de ensaio e questões objectivas, grelhas de

observação, listas de verificação de desempenhos, escalas de atitudes, escalas descritivas para

análise de trabalhos (individuais ou de grupo) e grelhas de observação da participação nos

debates — de acordo com as diferentes situações e aspectos a avaliar, o que pressupõe que

cada situação de aprendizagem e as suas exigências sejam conhecidas antes da avaliação,

valorizando, assim, a dimensão formativa do processo de avaliação.

Na modalidade de frequência não presencial, na concepção da prova escrita deve-se ter em

atenção a matriz de competências a desenvolver neste módulo.

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5.º Módulo

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Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos

Portugal: País Atlântico por posição, Mediterrâneo por vocação

* Unidades lectivas de 90 minutos Nota: Na modalidade de frequência presencial, o n.º de Unidades Lectivas incorpora a avaliação

5.º Módulo

TEMAS/SUBTEMAS/ CONTEÚDOS

N.º DE

UNIDADES

LECTIVAS*

5 - A (re)valorização do espaço urbano

5.1 – A organização do espaço urbano

5.1.1 – As cidades em Portugal - os critérios de definição de cidade - a dimensão e a distribuição espacial

5.1.2 – A paisagem urbana e os seus elementos

- a localização - a morfologia urbana - o uso do solo urbano

5.1.3 – A estrutura funcional - as actividades terciárias - a indústria - a habitação

5.2 – A qualidade de vida nas cidades portuguesas

5.2.1 – As condições de vida urbana - os factores de qualidade de vida urbana

5.2.2 – A requalificação das cidades - o património a recuperar e as áreas a reabilitar

5.2.3 – A (re)valorização das cidades e o desenvolvimento das regiões - o turismo, a cultura e o lazer - as infraestruturas

22

(11 semanas)

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Matriz: Competências/Módulos do 10.º/11.º anos

Número do Módulo

1.º

2.º

3.º

4.º

5.º

6.º

7.º

8.º

9.º

N.º da

competência

10.º Ano 11.º Ano 12.º Ano 1

● ● ● ■ ■

2

● ● ● ■ ■

3

● ● ●

4

● ● ● ■

5

● ● ● ■ ■

6

Sem relevância no Ensino Recorrente

7

Sem relevância no Ensino Recorrente

8

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9

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● ● ●

● Competências a desenvolver no 10.º ano ■ Competências a desenvolver no 11.º ano

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Especificação dos Temas/Subtemas/Conteúdos

5.º Módulo

5 - A (re)valorização do

espaço urbano

Núcleo conceptual

As cidades são cada vez mais um motor de desenvolvimento das regiões onde se

inserem, o que pressupõe a valorização da sua diversidade funcional e da sua

especificidade socio-cultural.

Subtema

5.1 – A organização do espaço urbano 5.1.1 – As cidades em Portugal

- os critérios de definição de cidade - a dimensão e a distribuição espacial

5.1.2 – A paisagem urbana e os seus elementos

- a localização - a morfologia urbana - o uso do solo urbano

5.1.3 – A estrutura funcional - as actividades terciárias - a indústria - a habitação

CONCEITOS

NOÇÕES BÁSICAS

Área funcional

Área metropolitana

Área periurbana

Área suburbana

Área urbana

Cidade

Deseconomia de

aglomeração

Economia de aglomeração

Espaço urbano

Estrutura urbana

Função urbana

Industrialização

Morfologia urbana

Periurbanização

Planta funcional

Rede de transporte

Rede urbana

Renda fundiária

Segregação espacial

Sistema urbano

Sítio

Suburbanização

Taxa de urbanização

Terciarização

Tipos de plantas urbanas

Urbanismo

Urbanização

Valor do solo urbano

No final deste subtema o aluno deve ser capaz de:

• Debater os critérios utilizados na definição de cidade.

• Caracterizar o sistema urbano português.

• Relacionar a ocorrência de grandes áreas urbanas no território nacional com a

implantação de indústrias e de actividades terciárias.

• Explicar a formação das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.

• Caracterizar os vários tipos de planta de uma cidade.

• Relacionar a morfologia urbana com as fases de crescimento da cidade.

• Caracterizar a estrutura morfo-funcional da cidade.

• Explicar as alterações nas localizações urbanas da indústria.

• Relacionar a diferenciação residencial com o valor da renda fundiária.

• Relacionar o crescimento das cidades com a melhoria da acessibilidade.

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Tema 5

A (re)valorização do espaço urbano

5.1 – A organização do espaço urbano

Nível de abordagem

Com o tratamento deste tema pretende-se que, a partir do estudo da distribuição dos centros urbanos e da sua evolução recente, se debatam problemas de qualidade de vida e de organização territorial, a nível nacional e regional associados a essa distribuição, enfatizando eventuais soluções para os mesmos, numa perspectiva de valorização do território. A abordagem deste tema pressupõe, também, a comparação com casos paradigmáticos existentes em outros países da UE e a explicítação da situação das Regiões Autónomas sempre que for considerado conveniente.

A análise do espaço urbano deve basear-se na utilização de fotografias aéreas e de diferentes representações cartográficas, no tratamento de indicadores estatísticos e na realização de actividades que facilitem o desenvolvimento das capacidades de selecção, de sistematização e de interpretação de dados, e das técnicas de expressão gráfica e cartográfica, recorrendo, sempre que possível às TIC.

Com o estudo do subtema 5.1 – A organização do espaço urbano – pretende-se uma abordagem que permita aos alunos analisarem o espaço urbano português, quer ao nível da organização do sistema urbano nacional, quer ao nível da organização interna das cidades, através da caracterização dos seus vários elementos, dos respectivos padrões de distribuição e das relações que esses elementos estabelecem entre si.

O conteúdo 5.1.1 deve constituir uma introdução ao estudo do espaço urbano no qual se debatam os critérios utilizados na definição de cidade e se reflicta sobre a necessidade de delimitar a cidade com vista à sua administração e ao ordenamento urbano. Pretende-se, ainda, que o debate evidencie as disparidades nos critérios de definição de cidade utilizados nos vários países e as dificuldades encontradas na delimitação das cidades como, por exemplo, as decorrentes do atenuar da tradicional clivagem cidade/campo, o que tem levado à substituição do conceito de cidade por outros, nomeadamente, o de centro urbano, de área urbana ou o de área metropolitana. No que diz respeito à dimensão e distribuição espacial das cidades sugere-se, por um lado, a análise das principais características do sistema urbano português e, por outro lado, que se relacione o crescimento urbano com a implantação e desenvolvimento de actividades económicas, com destaque para a indústria e o turismo. Neste âmbito, sugere-se a abordagem de aspectos como: a bipolaridade do sistema urbano, o aparecimento de pólos economicamente atractivos, principalmente no litoral, que têm levado ao crescimento de grandes áreas urbanas (áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto e áreas não metropolitanas, nomeadamente as de Braga, Aveiro, Faro e Funchal), a falta de centros urbanos intermédios e a rede difusa de pequenas cidades. Na abordagem das áreas metropolitanas considera-se relevante evidenciar as diferenças na sua génese e nos factores de crescimento.

Com o conteúdo 5.1.2 considera-se importante o conhecimento do espaço físico que suporta a vida de uma cidade. Nesse sentido, é relevante a análise, feita pelos alunos, dos aspectos que caracterizam as paisagens urbanas, nomeadamente o sítio, a posição geográfica, os tipos e os elementos das plantas e as funções urbanas.

Com o conteúdo 5.1.3 pretende-se que se dê ênfase às actividades que são desenvolvidas no espaço urbano, às suas inter-relações e interdependências. Sugere-se uma abordagem que permita evidenciar os padrões de distribuição dessas actividades, destacando os seus factores de localização, nomeadamente a renda fundiária. Como elemento fundamental na evolução da estrutura urbana é importante que os alunos analisem o papel do desenvolvimento dos transportes, abordando alguns aspectos como a melhoria da acessibilidade, o incremento e a rapidez das deslocações, o aumento das distâncias percorridas e, ainda, a necessidade de gestão e de articulação entre os vários modos de transporte.

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5.º Módulo

5 - A (re)valorização do

espaço urbano

Núcleo conceptual

As cidades são cada vez mais um motor de desenvolvimento das regiões onde se inserem, o que pressupõe a valorização da sua diversidade funcional e da sua especificidade socio-cultural.

Subtema

5.2 – A qualidade de vida nas cidades portugueses 5.2.1 – As condições de vida urbana

- os factores de qualidade de vida urbana

5.2.2 – A requalificação das cidades - o património a recuperar e as áreas a reabilitar

5.2.3 – A (re)valorização das cidades e o desenvolvimento das regiões - o turismo, a cultura e o lazer - as infraestruturas

Conceitos

Noções básicas

Especulação imobiliária

Êxodo urbano

Habitação clandestina

Nível de conforto

Qualidade de habitação

Qualidade de vida

Reabilitação urbana

Renovação urbana

Requalificação urbana

No final deste subtema o aluno deve ser capaz de:

• Identificar os factores da qualidade de vida urbana.

• Debater os principais problemas que afectam a qualidade de vida urbana.

• Equacionar problemas resultantes da localização de funções urbanas em determinadas

áreas da cidade.

• Equacionar problemas de qualidade de vida decorrentes da dimensão das áreas

metropolitanas.

• Debater medidas que visam a solução de problemas nos transportes urbanos.

• Debater propostas de recuperação das áreas urbanas para a melhoria da qualidade de

vida.

• Inventariar medidas que têm sido tomadas para a recuperação das áreas urbanas.

• Reconhecer o papel dos centros históricos, dos espaços de lazer e dos bairros

residenciais na requalificação das cidades.

• Valorizar o património natural e cultural das regiões no desenvolvimento sustentável

das suas cidades.

• Reconhecer a importância das cidades no desenvolvimento das regiões envolventes.

• Debater medidas conducentes à valorização das cidades de pequena e de média

dimensão.

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Tema 5

A (re)valorização do espaço urbano

5.2 – A qualidade de vida nas cidades portuguesas

Nível de abordagem

Com o subtema 5.2 – A qualidade de vida nas cidades portuguesas – pretende-se analisar a qualidade de vida nas cidades portuguesas identificando os principais problemas e enfatizando as medidas que têm sido implementadas para a sua resolução, tanto ao nível do ordenamento interno da cidade, como ao nível das regiões que com ela interagem, numa perspectiva de requalificação e de criação de condições para o desenvolvimento de novas oportunidades de vida. Num Curso Tecnológico de Ordenamento do Território e Ambiente torna-se indispensável a articulação com o subtema 8.1 do programa da disciplina de Técnicas de Ordenamento do Território – “As novas realidades da rede urbana nacional”. No conteúdo 5.2.1 sugere-se a discussão acerca da qualidade de vida urbana a partir das experiências quotidianas de vida. Para que esta análise se torne mais objectiva e mais sistematizada sugere-se o recurso ao tratamento de indicadores estatísticos relativos aos principais aspectos da qualidade de vida tais como o ambiente, o saneamento básico, os serviços ligados à saúde e à educação, a habitação, o trânsito, os transportes, o património e os espaços verdes. É, também, importante discutir o acesso e o grau de satisfação da população relativamente aos serviços prestados e às infraestruturas existentes salientando, o modo como as desigualdades sociais condicionam esse acesso e interferem nessa avaliação. Com o conteúdo 5.2.2 pretende-se uma abordagem do papel da requalificação urbana na transformação do espaço urbano, salientando os objectivos que visam a eliminação de problemas motivados pelos conflitos na utilização do solo urbano (resultado do aumento das cargas populacionais, transportes e infraestruturas), o aumento da diversidade funcional e a melhoria da capacidade atractiva das cidades face ao aumento do tempo de lazer da população e da procura turística e recreativa a que cada vez mais estão sujeitas. Neste contexto, considera-se relevante a caracterização dos objectivos e dos processos de recuperação/reabilitação urbana, no âmbito de programas como o PDM (Plano Director Municipal), o Polis (Programa de Requalificação Urbana e Valorização Ambiental), o PROSIURB (Programa de Consolidação do Sistema Urbano Nacional e Apoio à Execução dos Planos Directores Municipais) e outros. Sugere-se que os alunos contactem directamente com alguns destes processos, que através de operações de renovação e/ou iniciativas urbanísticas englobam aspectos como: o património edificado, o tecido urbano, as redes de transportes e a acessibilidade, os equipamentos especializados e os espaços verdes. No âmbito das acções de requalificação sugere-se ainda o debate sobre a existência de determinadas incongruências entre o aproveitamento de algumas áreas da cidade, o valor do solo e o potencial urbanístico, através da análise de exemplos próximos dos alunos e/ou de outros, nomeadamente as áreas que alojam usos obsoletos (indústrias e armazéns), a existência de determinadas barreiras e descontinuidades (linhas férreas e estações), as áreas necessitadas de melhorias (áreas portuárias), e as áreas que constituem bolsas de habitação degradada.

Com o conteúdo 5.2.3 pretende-se que o processo de valorização da cidade seja também entendido na perspectiva de que ela constitui um pólo de desenvolvimento da região onde se insere. Assim, considera-se importante realçar que o reforço da diversidade das características funcionais da cidade e do espaço periurbano (através do desenvolvimento de infraestruturas e da criação de actividades ligadas à indústria, ao comércio e ao turismo e lazer) é fundamental na atracção de actividades e de população, a exemplo do que tem acontecido em algumas cidades de pequena e média dimensão, nomeadamente as localizadas no interior do país.

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Sugestões de avaliação

Num currículo orientado para o desenvolvimento de competências a avaliação deve ser

centrada no desempenho em contexto real, ou seja as situações de aprendizagem são, também,

situações de avaliação. É do consenso geral que as competências não se desenvolvem

automaticamente. Enquanto indivíduos e pequenos grupos podem desenvolver conhecimentos

de forma informal, o desenvolvimento de grande parte das competências deve utilizar

metodologias mais formais porque as competências se desenvolvem como um processo activo

de aprendizagem individual, através da reflexão entre a prática e a cognição.

Para avaliar competências não servem os instrumentos tradicionais, pois não se colocam

apenas questões de conhecimento, é preciso criar tarefas complexas, integrar a avaliação no

trabalho quotidiano da aula, observar os alunos em situação de aprendizagem, observar séries

de desempenhos comparáveis, de forma a neutralizar efeitos aleatórios e a emitir juízos

fundamentados. O grau de desenvolvimento de competências de cada aluno é diferente, de

acordo com o seu ponto de partida, com os recursos cognitivos que mobiliza e com as

decisões que toma na realização das tarefas. Na realidade, o professor não pode avaliar

competências de forma padronizada, comparando desempenhos dos alunos, deverá antes, em

cada tarefa, comparar o que o aluno deveria ter feito se fosse competente e o que fez na

realidade.

Assim, do ponto de vista didáctico e, em particular, para os alunos na modalidade de

frequência presencial, é necessário criar situações de aprendizagem que lhes permitam

desenvolver competências diversificadas, nos domínios analítico-conceptual/técnico-metodo-

lógico bem como das atitudes. Neste contexto, é necessário diversificar os instrumentos de

avaliação — testes de conhecimento com questões de ensaio e questões objectivas, grelhas de

observação, listas de verificação de desempenhos, escalas de atitudes, escalas descritivas para

análise de trabalhos (individuais ou de grupo) e grelhas de observação da participação nos

debates — de acordo com as diferentes situações e aspectos a avaliar, o que pressupõe que

cada situação de aprendizagem e as suas exigências sejam conhecidas antes da avaliação,

valorizando, assim, a dimensão formativa do processo de avaliação.

Na modalidade de frequência não presencial, na concepção da prova escrita deve-se ter em

atenção a matriz de competências a desenvolver neste módulo.

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69

6.º Módulo

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70

Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos

Portugal: País Atlântico por posição, Mediterrâneo por vocação

* Unidades lectivas de 90 minutos Nota: Na modalidade de frequência presencial, o n.º de Unidades Lectivas incorpora a avaliação

6.º Módulo

TEMAS/SUBTEMAS/ CONTEÚDOS

N.º DE UNIDADES

LECTIVAS*

6 – As transformações no espaço rural

6.1 – A actividade agrícola

6.1.1 – A persistência da agricultura tradicional - os sistemas de cultura tradicionais - a aptidão/ocupação do solo agrícola

6.1.2 – As novas práticas agrícolas - a renovação dos sistemas de cultura - a reconversão profissional e tecnológica

6.2 – Os novos usos do espaço rural

6.2.1 – Os novos padrões residenciais - as relações cidade-campo - a criação de infra-estruturas

6.2.2– As actividades turísticas e recreativas no espaço rural - as formas de turismo - o turismo como dinamizador de outros usos

6.2.3 – A valorização das paisagens rurais e o desenvolvimento das regiões - o aproveitamento do património natural e cultural

22

(11 semanas)

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71

Matriz: Competências/Módulos do 10.º/11.º anos

Número do Módulo

1.º

2.º

3.º

4.º

5.º

6.º

7.º

8.º

9.º

n.º da

competência

10.º Ano 11.º Ano 12.º Ano 1

● ● ● ■ ■ ■

2

● ● ● ■ ■ ■

3

● ● ● ■

4

● ● ● ■ ■

5

● ● ● ■ ■ ■

6

Sem relevância no Ensino Recorrente

7

Sem relevância no Ensino Recorrente

8

● ● ● ■ ■ ■

9

● ● ● ■ ■ ■

10

● ● ● ■ ■ ■

11

● ● ● ■ ■ ■

12

● ● ● ■ ■ ■

13

● ● ● ■ ■ ■

14

● ● ● ■ ■ ■

15

● ● ● ■ ■ ■

16

● ● ● ■ ■ ■

17

● ● ● ■ ■ ■

18

● ● ● ■ ■ ■

19

● ● ● ■ ■ ■

20

● ● ● ■

21

● ● ● ■

22

● ● ● ■

23

● ● ● ■

24

● ● ● ■ ■

25

● ● ● ■ ■

26

● ● ● ■ ■ ■

27

● ● ● ■ ■

28

● ● ●

● Competências a desenvolver no 10º ano ■ Competências a desenvolver no 11.º ano

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72

Especificação dos Temas/Subtemas/Conteúdos

6.º Módulo

6 - As transformações

no espaço rural

Núcleo conceptual

As alterações nas paisagens rurais tradicionais são o reflexo de mudanças

económicas e sociais de origem endógena e/ou exógena.

Subtema

6.1 – A actividade agrícola 6.1.1 – A persistência da agricultura tradicional

- os sistemas de cultura tradicionais - a aptidão/ocupação do solo agrícola

6.1.2 – As novas práticas agrícolas - a renovação dos sistemas de cultura - a reconversão profissional e tecnológica

Conceitos

Noções básicas

Aceiro

Afolhamento

Agricultura:

- tradicional

- moderna

- de subsistência

- de mercado

- biológica

- integrada

Emparcelamento

Estrutura agrária

Estrutura fundiária

Latifúndio

Minifúndio

Monocultura

Morfologia agrária

Pluriactividade

Plurirrendimento

Policultura

Política Agrícola Comum

(PAC)

Pousio

Região agrária

Rendimento

Rotação de culturas

SET-ASIDE

Sistema de cultura

Superfície Agrícola

Utilizada (SAU)

No final deste subtema o aluno deve ser capaz de:

• Caracterizar os sistemas de cultura tradicionais em Portugal Continental e nos

arquipélagos dos Açores e da Madeira.

• Inventariar os problemas dos sistemas de cultura tradicionais.

• Debater medidas para uma adequada utilização do solo agrícola.

• Conhecer os reflexos da Política Agrícola Comum na agricultura portuguesa.

• Caracterizar as novas práticas agrícolas.

• Relacionar a reconversão profissional e tecnológica com a modernização da

agricultura.

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73

Tema 6

As transformações no Espaço rural

6.1 – A actividade agrícola

Nível de abordagem

No tratamento deste tema pretende-se uma abordagem do espaço rural que valorize o património aí existente e a forma como novos e mais adequados usos poderão promover a dinamização desses espaços contribuindo para atenuar desequilíbrios no território nacional. Considera-se importante que os alunos façam uma análise comparativa da situação da agricultura portuguesa com a de outros países da UE, nomeadamente quanto à percentagem de população activa, à estrutura etária dessa população e ao grau de mecanização da actividade. O processo de ensino/aprendizagem deve basear-se na análise de dados estatísticos sobre a actividade agrícola, bem como a realização de actividades que permitam o desenvolvimento de capacidades de selecção, de organização e de interpretação de dados, assim como o uso de técnicas de expressão gráfica e cartográfica, recorrendo, sempre que possível, às TIC. Sugere-se também o recurso a mapas de diferentes escalas, fotografias e outras imagens que permitam o desenvolvimento da capacidade de análise e sistematização de informação diversificada. A abordagem do subtema 6.1 – A actividade agrícola – deve privilegiar o estudo das características atlânticas e mediterrâneas das paisagens rurais portuguesas, realçando as transformações recentes que estão progressivamente a esbater o quadro tradicional.

Com o conteúdo 6.1.1. pretende-se que se caracterizem os sistemas de cultura tradicionais, evidenciando os condicionalismos físicos e humanos que os explicam. Neste contexto, sugere-se que se realce a dicotomia entre a pequena exploração familiar predominante nas regiões do norte e a grande exploração patronal das regiões do sul, as quais apresentam também lógicas empresariais distintas. Nesta caracterização dos sistemas tradicionais considera-se importante a análise dos problemas que os mesmos apresentam, nomeadamente a relação entre a sua persistência e as características da mão-de-obra agrícola, a existência do plurirrendimento e da pluriactividade e o desajustamento entre a aptidão do solo e a sua ocupação. Para além da inventariação dos problemas estruturais da agricultura tradicional, sugere-se ainda que os alunos analisem a importância destes sistemas no equilíbrio da nossa economia, sobretudo à escala regional. Sugere-se ainda o debate sobre os impactos da adesão de Portugal à UE, nomeadamente no que respeita aos efeitos da PAC e das suas reformas, na nossa agricultura. Neste âmbito propõe-se a análise das perspectivas de desenvolvimento, que se têm colocado à agricultura portuguesa, com a integração na UE.

Com o conteúdo 6.1.2 sugere-se uma abordagem que permita aos alunos contactar com as novas formas de agricultura, nomeadamente a agricultura biológica e a agricultura integrada, debatendo a importância da especialização agrícola em função dos factores naturais e humanos, bem como a necessidade de formação profissional e do fomento do associativismo dos agricultores portugueses.

Por último, considera-se também relevante que os alunos compreendam a necessidade da coexistência de dois tipos de agricultura em Portugal (a persistência dos sistemas tradicionais e a emergência das novas práticas agrícolas) reflectindo sobre a produtividade, o rendimento e os impactos ambientais de ambos.

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6.º Módulo

6 - As transformações

no espaço rural

Núcleo conceptual

As alterações nas paisagens rurais tradicionais são o reflexo de mudanças

económicas e sociais de origem endógena e exógena.

Subtema

6.2 – Os novos usos do espaço rural 6.2.1 – Os novos padrões residenciais

- as relações cidade-campo - a criação de infra-estruturas

6.2.2– As actividades turísticas e recreativas no espaço rural - as formas de turismo - o turismo como dinamizador de outros usos

6.2.3 – A valorização das paisagens rurais e o desenvolvimento das regiões - o aproveitamento do património natural e cultural

Conceitos

Noções básicas

Agroturismo

Rurbanização

Turismo ambiental

Turismo cinegético

Turismo cultural

Turismo em Espaço Rural

(T.E.R)

Turismo termal

No final deste subtema o aluno deve ser capaz de:

• Inventariar os novos usos do espaço rural.

• Caracterizar os novos padrões residenciais no espaço rural.

• Inventariar as modalidades de turismo em espaço rural.

• Discutir a importância do turismo na dinamização do espaço rural.

• Discutir a importância dos sistemas agrários tradicionais como património

cultural e paisagístico.

• Debater a importância dos novos usos do espaço rural na respectiva

dinamização.

• Valorizar as potencialidades das paisagens rurais numa perspectiva de

desenvolvimento das regiões.

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Tema 6

As transformações no espaço rural

6.2 – Os novos usos do espaço rural

Nível de abordagem

Com o subtema 6.2 – Os novos usos do espaço rural – pretende-se uma abordagem que permita aos alunos compreenderem que, para além das novas oportunidades ligadas à modernização da agricultura, têm-se instalado no espaço rural outras actividades, nomeadamente o turismo. Sendo, por isso, importante equacionar o papel que as diferentes actividades têm na dinamização do espaço rural, numa perspectiva da valorização das suas vantagens comparativas. Com o conteúdo 6.2.1 pretende-se realçar a procura crescente de habitação no espaço rural, por parte de população urbana. Sugere-se uma abordagem que permita aos alunos relacionar esta procura com novos tipos de emprego, com situações de reforma, com a proliferação de residências secundárias e com a crescente desvalorização do modo de vida urbano, factores que têm contribuído para o fenómeno de rurbanização. Neste âmbito pretende-se que se evidencie o incremento da complementaridade entre cidade-campo e os seus factores explicativos, bem como o consequente aparecimento de novas relações entre ambos os espaços, dos quais se destaca a ocupação do tempo dedicado ao lazer, por parte da população urbana, o que vem contribuir para o desaparecimento da tradicional dicotomia cidade/campo. Com o conteúdo 6.2.2 pretende-se que os alunos analisem de que forma a ocupação do tempo destinado ao lazer (através da função recreativa e da função turística) constitui uma das potencialidades de desenvolvimento do espaço rural. Sugere-se que se debata, com os alunos, o papel do turismo como elemento dinamizador de outros usos desse espaço, através do incremento de actividades como a restauração e hotelaria, o artesanato, a gastronomia, a realização de feiras e outros eventos culturais. Considera-se importante, a identificação das várias modalidades de turismo em espaço rural (T.E.R), definidos no Plano Nacional de Turismo e na legislação emanada pelo Ministério da Economia, bem como as motivações dos fluxos turísticos (o ambiente, a agricultura e a paisagem vincadamente rural). Sugere-se uma abordagem que permita aos alunos caracterizar outros tipos de turismo realizados nas áreas rurais e não incluídos nas modalidades de T.E.R., nomeadamente o cinegético, o termal e o cultural. Esta abordagem pode ser feita com o recurso a vários exemplos a nível nacional e, sempre que possível, aos existentes na região em que vivem os alunos tendo como referência o disposto na documentação oficial atrás citada e, também, nas Linhas Orientadoras para a Política de Turismo em Portugal de Março de 1998. Com o conteúdo 6.2.3 pretende-se que os alunos, tendo em conta a necessidade de desenvolver a região face à crescente perda importância da actividade agrícola, debatam hipóteses de valorização das paisagens rurais, susceptíveis de melhorar a qualidade de vida da população rural. Assim, sugere-se a inventariação de paisagens rurais que constituem um património cultural e paisagístico dinamizador de novos usos, nomeadamente ao nível das características ambientais, das formas de agricultura tradicional, das aglomerações rurais, das áreas florestais e das superfícies aquáticas.

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76

Sugestões de avaliação

Num currículo orientado para o desenvolvimento de competências a avaliação deve ser

centrada no desempenho em contexto real, ou seja as situações de aprendizagem são, também,

situações de avaliação. É do consenso geral que as competências não se desenvolvem

automaticamente. Enquanto indivíduos e pequenos grupos podem desenvolver conhecimentos

de forma informal, o desenvolvimento de grande parte das competências deve utilizar

metodologias mais formais porque as competências se desenvolvem como um processo activo

de aprendizagem individual, através da reflexão entre a prática e a cognição.

Para avaliar competências não servem os instrumentos tradicionais, pois não se colocam

apenas questões de conhecimento, é preciso criar tarefas complexas, integrar a avaliação no

trabalho quotidiano da aula, observar os alunos em situação de aprendizagem, observar séries

de desempenhos comparáveis, de forma a neutralizar efeitos aleatórios e a emitir juízos

fundamentados. O grau de desenvolvimento de competências de cada aluno é diferente, de

acordo com o seu ponto de partida, com os recursos cognitivos que mobiliza e com as

decisões que toma na realização das tarefas. Na realidade, o professor não pode avaliar

competências de forma padronizada, comparando desempenhos dos alunos, deverá antes, em

cada tarefa, comparar o que o aluno deveria ter feito se fosse competente e o que fez na

realidade.

Assim, do ponto de vista didáctico e, em particular, para os alunos na modalidade de

frequência presencial, é necessário criar situações de aprendizagem que lhes permitam

desenvolver competências diversificadas, nos domínios analítico-conceptual/técnico-metodo-

lógico bem como das atitudes. Neste contexto, é necessário diversificar os instrumentos de

avaliação — testes de conhecimento com questões de ensaio e questões objectivas, grelhas de

observação, listas de verificação de desempenhos, escalas de atitudes, escalas descritivas para

análise de trabalhos (individuais ou de grupo) e grelhas de observação da participação nos

debates — de acordo com as diferentes situações e aspectos a avaliar, o que pressupõe que

cada situação de aprendizagem e as suas exigências sejam conhecidas antes da avaliação,

valorizando, assim, a dimensão formativa do processo de avaliação.

Na modalidade de frequência não presencial, na concepção da prova escrita deve-se ter em

atenção a matriz de competências a desenvolver neste módulo.

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ESTUDO DE CASO O estudo de caso apresenta-se, para os alunos, como uma metodologia de abordagem adequada ao

estudo experimental, permitindo uma concretização, aplicação e síntese das aprendizagens essenciais,

ao mesmo tempo que cria a possibilidade de utilização dos conhecimentos adquiridos durante os

10.º/11.º anos.

Neste estudo, pretende-se que os alunos compreendam a interdependência e a inter-relação dos vários

factores estudados (naturais e humanos) e se consciencializem da dificuldade de tomar decisões

(metodologia de análise de dilemas/cenários). Esta metodologia de abordagem pode aplicar-se ao tema

proposto ou a qualquer outro, considerado mais conveniente, desde que aplicado à região onde vive o

aluno. Neste contexto, o que se considera fundamental é a utilização da metodologia e a possibilidade

do estudo experimental, por isso este Estudo de Caso surge na sequência final do programa, mas pode

igualmente ser efectuado de forma transversal ao longo do desenvolvimento do mesmo.

Os alunos deverão utilizar os conhecimentos sobre a produção gráfica e cartográfica adquiridos na

disciplina de Técnicas de Ordenamento do Território.

Sugere-se o recurso à metodologia de trabalho de projecto que envolva trabalho de campo, pesquisa

bibliográfica, recolha e tratamento de informação recorrendo a fontes diversas.

Cada região é um território complexo e diversificado, que resulta da interacção dos seus elementos

naturais e humanos, originando paisagens contrastadas. Propõe-se que os alunos realizem um estudo de

caso subordinado ao tema : “ A população e as actividades da minha região”

Pretende-se que o trabalho seja orientado para a análise dos aspectos demográficos e sócioeconómicos

da região, evidenciando a importância do património natural e construído, bem como as suas

problemáticas ambientais. Podem ser desenvolvidos quaisquer tipos de actividades que permitam aos

alunos interagir com a comunidade local, nomeadamente a apresentação de propostas concretas com o

intuito da valorização e preservação das paisagens da região.

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ESTUDO DE CASO Com esta metodologia pretende-se que os alunos sejam capazes de:

• Inventariar actividades específicas da região onde vivem.

• Reflectir sobre potencialidades naturais e humanas da sua região.

• Inventariar vantagens comparativas da sua região.

• Inventariar problemas ambientais da região onde vivem.

• Debater o papel do indivíduo e da sociedade na preservação do ambiente.

• Valorizar o património natural e cultural numa perspectiva de desenvolvimento regional.

• Compreender o papel do ordenamento do território no desenvolvimento de cada região.

• Apresentar propostas concretas de resolução dos problemas detectados na sua região.

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Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos - 12.º ano

12.ºAno – Geografia B

O ordenamento do território, um caminho para o desenvolvimento

TEMAS /SUBTEMAS/ CONTEÚDOS

N.º UNIDADES

LECTIVAS

7º Módulo

7 – O território da União Europeia

7.1 – Do Tratado de Roma aos nossos dias 7.1.1 – A organização do espaço comunitário

7.1.2 – As tendências demográficas e socioeconómicas

7.2 – O Desenvolvimento no espaço comunitário 7.2.1 – As desigualdades entre os Estados-membros e entre as regiões

7.2.2 – As grandes regiões da UE

7.2.3 – Os problemas ambientais

24

(12 semanas)

8º Módulo

8 – O ordenamento do território no espaço comunitário

8.1– As regiões de desenvolvimento prioritário 8.1.1 – As regiões urbano-industriais antigas

8.1.2 – As regiões rurais profundas

8.1.3 – As regiões de fronteira

8.1.4 – As regiões costeiras e as ilhas

8.2 – As grandes opções territoriais 8.2.1 – A reorganização dos espaços urbano e rural

8.2.2 – O investimento nas infra-estruturas

8.2.3 – A preservação do património natural e cultural

24

(12 semanas)

9º Módulo

9 – Os desafios do desenvolvimento territorial - a reestruturação do território

- a Europa das regiões

- a reorganização político/administrativa

- a mundialização da economia e o território

- a sustentabilidade ambiental

18

(9 semanas)

TOTAL DE UNIDADES LECTIVAS 66

* Unidades lectivas de 90 minutos Nota: o número de unidades lectivas previsto inclui a avaliação na modalidade de frequência presencial

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7º Módulo

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81

Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos

12.ºAno – Geografia B

O ordenamento do território, um caminho para o desenvolvimento

7.º Módulo

TEMAS/SUBTEMAS/ CONTEÚDOS

N.º DE UNIDADES

LECTIVAS*

7– O território da União Europeia

7.1 – Do Tratado de Roma aos nossos dias 7.1.1 – A organização do espaço comunitário

- a construção da UE - a organização político/administrativa da UE

7.1.2 – As tendências demográficas e socioeconómicas

- o envelhecimento da população - os problemas do emprego

7.2 – O Desenvolvimento no espaço comunitário 7.2.1 - As desigualdades entre os Estados-membros e entre as regiões

- os “centros” e as “periferias” - o emprego/o desemprego

7.2.2 - As grandes regiões da UE

- a cooperação inter-regional - os contrastes internos

7.2.3 – Os problemas ambientais - a poluição atmosférica - a crise dos recursos hídricos e dos solos

- a perda da biodiversidade

24

(12 semanas)

* Unidades lectivas de 90 minutos Nota: o número de unidades lectivas previsto inclui a avaliação na modalidade de frequência presencial

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Matriz: Competências/Módulos do 10.º/11.º/12.º anos

Número do Módulo

1.º

2.º

3.º

4.º

5.º

6.º

7.º

8.º

9.º

N.º da

competência

10.º Ano 11.º Ano 12.º Ano 1

● ● ● ■ ■ ■ ▲

2

● ● ● ■ ■ ■ ▲

3

● ● ● ■ ▲

4

● ● ● ■ ■ ▲

5

● ● ● ■ ■ ■ ▲

6

Sem relevância no Ensino Recorrente

7

Sem relevância no Ensino Recorrente

8

● ● ● ■ ■ ■ ▲

9

● ● ● ■ ■ ■ ▲

10

● ● ● ■ ■ ■ ▲

11

● ● ● ■ ■ ■

12

● ● ● ■ ■ ■ ▲

13

● ● ● ■ ■ ■ ▲

14

● ● ● ■ ■ ■ ▲

15

● ● ● ■ ■ ■ ▲

16

● ● ● ■ ■ ■ ▲

17

● ● ● ■ ■ ■ ▲

18

● ● ● ■ ■ ■ ▲

19

● ● ● ■ ■ ■

20

● ● ● ■ ▲

21

● ● ● ■ ▲

22

● ● ● ■

23

● ● ● ■

24

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25

● ● ● ■ ■ ▲

26

● ● ● ■ ■ ■ ▲

27

● ● ● ■ ■ ▲

28

● ● ● ▲

● Competências a desenvolver no 10.º ano ■ Competências a desenvolver no 11.º ano ▲ Competências a desenvolver no 12.º ano

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Especificação dos Temas/Subtemas/Conteúdos

7.º Módulo

7- O território da

União Europeia

Núcleo conceptual A construção da União Europeia visa a promoção do desenvolvimento e a reafirmação da Europa como centro de decisão no sistema mundial.

Subtema

7.1 – Do Tratado de Roma aos nossos dias 7.1.1 – A organização do espaço comunitário

- a construção da UE - a organização político/administrativa da UE

7.1.2 – As tendências demográficas e socioeconómicas

- o envelhecimento da população - os problemas do emprego

Conceitos

Noções básicas Acordo Schengen Acto Único Europeu Banco Central Europeu Comissão Europeia Comunidade Económica

Europeia (CEE) Comunidade Europeia do

Carvão e do Aço (CECA)

Comunidade Europeia de Energia Atómica (CEEA/EURATOM)

Conselho da União Europeia

Desemprego estrutural Deslocalização Formas de Integração Mercado Interno Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) Parlamento Europeu Plano Marshall Plano Schuman Princípio da

Subsidariedade Taxa de Desemprego Tratado de Amesterdão Tratado de Nice União Económica e Monetária (UEM) Zona Euro

No final deste subtema o aluno deve ser capaz de:

• Conhecer o processo de construção da UE.

• Compreender o papel do processo de integração na consolidação do espaço

comunitário.

• Conhecer as competências dos órgãos de decisão da UE.

• Compreender as tendências demográficas na UE.

• Relacionar os problemas do emprego com a deslocalização das empresas

europeias.

• Explicar a mobilidade da mão-de-obra na UE.

• Inferir a necessidade de uma maior coesão económica e social no espaço

comunitário.

• Reflectir sobre o papel da UE no sistema mundial.

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Tema 7

O território da União Europeia

7.1 – Do Tratado de Roma aos nossos dias

Nível de abordagem

O tratamento do tema 7 – O terri tório da União Europeia – deve privilegiar uma abordagem que permita aos alunos compreenderem o processo de construção da UE, os seus sucessivos alargamentos espaciais e aprofundamento político-administrativo, realçando os objectivos que presidiram à sua formação, reflectindo sobre as principais dificuldades que se têm vindo a colocar ao processo de construção europeia. Esta abordagem pressupõe uma permanente actualização/adequação à evolução do processo de alargamento e, ainda, a caracterização demográfica e sócio-económica da UE, a análise do seu desenvolvimento territorial, assim como o seu contributo para a paz, a segurança e estabilidade. A leccionação deste tema deve basear-se na análise de documentos publicados pelas instituições da UE, de mapas temáticos e de dados estatísticos. Sugere-se a realização de actividades que permitam o desenvolvimento de capacidades de selecção, de sistematização e de interpretação de informação diversificada, assim como o uso de técnicas de expressão gráfica e cartográfica recorrendo, sempre que possível, às TIC. Com o subtema 7.1 – Do Tratado de Roma aos nossos dias –, pretende-se uma abordagem que permita aos alunos compreenderem o processo de construção da União Europeia, sobretudo a partir do Tratado de Roma, analisando a reformulação dos seus objectivos ao longo das suas diferentes etapas. Considera-se importante fazer uma breve referência às diferentes instituições da UE, sobretudo no que respeita às suas competências. Pretende-se ainda a caracterização da actual situação da UE, salientando-se a evolução do processo de integração no progressivo redimensionamento do espaço comunitário e evidenciando os aspectos demográficos e económicos mais significativos. Com o conteúdo 7.1.1 considera-se importante fazer uma referência breve aos antecedentes da actual UE, referindo factores que estiveram na sua origem, nomeadamente o papel desempenhado pelos Planos Marshall e Schuman no processo de reafirmação da Europa do pós-guerra. Nesta abordagem, sugere-se uma análise comparativa das linhas orientadoras dos principais tratados (de Roma, de Maastricht, de Amesterdão e de Nice) que permita aos alunos compreender o processo de construção da União Europeia. Neste contexto, considera-se importante a reflexão sobre alguns dos avanços mais significativos, nomeadamente o Acordo de Schengen, o Acto Único Europeu e a União Económica e Monetária, abordando as questões relacionadas com a adesão, ou não, dos diferentes países ao Euro e a importância da coesão económica e social no processo de aprofundamento europeu. Por último, importa ainda salientar como o processo de construção da União Europeia tem contribuído para a sua afirmação enquanto centro de poder e de decisão no sistema mundial. Com o conteúdo 7.1.2 pretende-se que os alunos expliquem as grandes tendências demográficas da UE, nomeadamente o declínio demográfico e as alterações na estrutura etária. Sugere-se ainda uma abordagem que permita aos alunos compreenderem os reflexos das características da mão-de-obra e das condições de trabalho na União Europeia, na competitividade das empresas e no aumento do desemprego estrutural. É também pertinente reflectir sobre a aparente contradição entre este aumento e as migrações de trabalho envolvendo mão-de-obra de qualificação muito distinta (trabalhadores sem qualificação, por um lado, e os de alta formação técnica, por outro lado). Por último, é conveniente uma reflexão sobre o modo como a volatilidade do emprego desencadeia um aumento da mobilidade da população, a diversas escalas (inter-regional, intra-regional e intracomunitária) e de que forma o Acordo de Schengen vem solucionar, ou não, esta problemática.

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7.º Módulo

7 - O território da

União Europeia

Núcleo conceptual A construção da União Europeia visa a promoção do desenvolvimento e a reafirmação da Europa como centro de decisão no sistema mundial.

Subtema

7.2 – O desenvolvimento no espaço comunitário

7.2.1 - As desigualdades entre os Estados–membros e entre as regiões - os “centros” e as “periferias” - o emprego/o desemprego

7.2.2 - As grandes regiões da UE

- a cooperação inter-regional - os contrastes internos

7.2.3 – Os problemas ambientais - a poluição atmosférica - a crise dos recursos hídricos e dos solos - a perda da biodiversidade

Conceito

Noções básicas

Centro/Periferia Competitividade Crescimento económico Desenvolvimento Exclusão social Índice de

desenvolvimento ajustado ao género (IDG)

Índice de desenvolvimento humano (IDH)

Índice de pobreza humana (IPH)

Índice de realização tecnológica (IRT)

Índice sintético de desenvolvimento regional (ISDR)

Investigação & Desenvolvimento (I&D)

Investigação e desenvolvimento tecnológico (IDT)

Ordenamento territorial Paridade do poder de

compra (PPC) PIB per capita PNB per capita Produtividade Regiões europeias Regiões funcionais Regiões homogéneas Regiões reticulares Segregação espacial

No final deste subtema o aluno deve ser capaz de:

• Debater a dificuldade de medir o desenvolvimento em diferentes realidades.

• Reconhecer as desigualdades de desenvolvimento entre os países da UE.

• Debater a necessidade de articulação entre a política económica e a de emprego.

• Reconhecer as disparidades entre as grandes regiões europeias.

• Debater a importância da cooperação inter-regional no atenuar das assimetrias.

• Reconhecer as desigualdades de desenvolvimento intra-regionais.

• Reflectir sobre a exclusão social e a segregação espacial no interior das regiões.

• Inferir a necessidade de uma maior coesão económica e social no espaço

comunitário.

• Conhecer os princípios fundamentais da política comunitária de ambiente.

• Analisar os impactos do modelo de crescimento económico e dos padrões de

consumo no ambiente.

• Explicar os problemas na qualidade e na quantidade da água disponível.

• Compreender os impactes das diferentes utilizações do solo na sua

degradação/valorização.

• Relacionar a poluição atmosférica com a produção e o consumo de energia.

• Explicar a perda da biodiversidade no espaço comunitário.

• Reflectir sobre a valorização da componente ambiental no ordenamento do

território.

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Tema 7

O território da União Europeia

1.2 – O desenvolvimento no espaço comunitário

Nível de abordagem

O tratamento do subtema 7.2 – O desenvolvimento no espaço comunitário – deve evidenciar os contrastes de desenvolvimento existentes entre os vários Estados-membros, salientando a necessidade de atenuar as assimetrias regionais. Pretende-se ainda caracterizar as desigualdades existentes entre as várias regiões da UE, assim como os contrastes no interior de cada região, o que pressupõe a inventariação dos principais problemas ambientais. Com o conteúdo 7.2.1 pretende-se que os alunos realizem uma análise comparativa de indicadores e índices estatísticos que lhes permitam identificar os diferentes níveis de desenvolvimento dos vários Estados-membros, nomeadamente o IDH, o IPH (1 e 2) e o PIB per capita em PPC. A este propósito, propõe-se uma reflexão sobre a validade e as limitações dos indicadores/índices que normalmente são utilizados, bem como a necessidade de efectuar diferenciações por género, por idade, por grupo étnico e/ou por escala de análise. É importante também reflectir sobre o contributo das características da mão-de-obra nas desigualdades entre Estados-membros, pelo que se sugere o debate sobre a flexibilização laboral interligada com a formação/reconversão profissional e como forma de melhorar os níveis de produtividade e combater o desemprego. Neste contexto, sugere-se que a análise destes dados seja feita à escala nacional e regional, permitindo aos alunos compreenderem as dificuldades de concretização de um desenvolvimento territorial equilibrado. Considera-se também importante a comparação das desigualdades de desenvolvimento entre os países do espaço comunitário e dos países candidatos à UE, sugerindo-se a NUT II como a escala de análise mais adequada. No conteúdo 7.2.2 sugere-se uma abordagem que permita aos alunos debaterem os critérios de identificação das regiões (as homogéneas, as funcionais e as reticulares), e uma análise que leve à caracterização das grandes regiões europeias (a Diagonal Continental/Pentágono, o Arco Atlântico/Fachada Atlântica, o Arco Mediterrânico, o Mediterrâneo e as regiões ultraperiféricas), identificando as assimetrias existentes entre elas. Pretende-se que os alunos identifiquem contrastes no interior das grandes regiões e debatam questões como a exclusão social e as bolsas de pobreza, cada vez mais acentuadas, salientando a sua persistência mesmo nos centros urbanos de elevado crescimento económico. No final desta análise, sugere-se o debate sobre a necessidade de uma maior cooperação no interior do espaço comunitário, bem como o papel que os vários instrumentos da política regional podem ter no incremento dessa cooperação no atenuar dos desequilíbrios inter e intra-regionais. Com o conteúdo 7.2.3 pretende-se uma inventariação e caracterização dos problemas ambientais que afectam o território comunitário, nomeadamente a poluição atmosférica relacionada com a produção e o consumo de energia, a degradação dos recursos hídricos e dos solos, assim como a redução da biodiversidade, fazendo uma especial referência aos resíduos sólidos. Sugere-se uma reflexão sobre o modo como o modelo de crescimento económico associado aos padrões de consumo na Europa contribui para a degradação e delapidação dos recursos naturais. Neste contexto, considera-se pertinente sensibilizar os alunos para a importância das atitudes individuais e colectivas na solução das situações inventariadas.

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Sugestões de avaliação

Num currículo orientado para o desenvolvimento de competências a avaliação deve ser

centrada no desempenho em contexto real, ou seja as situações de aprendizagem são, também,

situações de avaliação. É do consenso geral que as competências não se desenvolvem

automaticamente. Enquanto indivíduos e pequenos grupos podem desenvolver conhecimentos

de forma informal, o desenvolvimento de grande parte das competências deve utilizar

metodologias mais formais porque as competências se desenvolvem como um processo activo

de aprendizagem individual, através da reflexão entre a prática e a cognição.

Para avaliar competências não servem os instrumentos tradicionais, pois não se colocam

apenas questões de conhecimento, é preciso criar tarefas complexas, integrar a avaliação no

trabalho quotidiano da aula, observar os alunos em situação de aprendizagem, observar séries

de desempenhos comparáveis, de forma a neutralizar efeitos aleatórios e a emitir juízos

fundamentados. O grau de desenvolvimento de competências de cada aluno é diferente, de

acordo com o seu ponto de partida, com os recursos cognitivos que mobiliza e com as

decisões que toma na realização das tarefas. Na realidade, o professor não pode avaliar

competências de forma padronizada, comparando desempenhos dos alunos, deverá antes, em

cada tarefa, comparar o que o aluno deveria ter feito se fosse competente e o que fez na

realidade.

Assim, do ponto de vista didáctico e, em particular, para os alunos na modalidade de

frequência presencial, é necessário criar situações de aprendizagem que lhes permitam

desenvolver competências diversificadas, nos domínios analítico-conceptual/técnico-metodo-

lógico bem como das atitudes. Neste contexto, é necessário diversificar os instrumentos de

avaliação — testes de conhecimento com questões de ensaio e questões objectivas, grelhas de

observação, listas de verificação de desempenhos, escalas de atitudes, escalas descritivas para

análise de trabalhos (individuais ou de grupo) e grelhas de observação da participação nos

debates — de acordo com as diferentes situações e aspectos a avaliar, o que pressupõe que

cada situação de aprendizagem e as suas exigências sejam conhecidas antes da avaliação,

valorizando, assim, a dimensão formativa do processo de avaliação.

Na modalidade de frequência não presencial, na concepção da prova escrita deve-se ter em

atenção a matriz de competências a desenvolver neste módulo.

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8º Módulo

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Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos

12.ºAno – Geografia B

O ordenamento do território, um caminho para o desenvolvimento

8.º Módulo

TEMAS/SUBTEMAS/ CONTEÚDOS

N.º DE UNIDADES

LECTIVAS*

8 – O ordenamento do território no espaço comunitário

8.1 – As regiões de desenvolvimento prioritário 8.1.1 – As regiões urbano-industriais antigas

8.1.2 – As regiões rurais profundas

8.1.3 – As regiões de fronteira

8.1.4 – As regiões costeiras e as ilhas

8.2 – As grandes opções territoriais 8.2.1 – A reorganização dos espaços urbano e rural

8.2.2 – O investimento nas infra-estruturas

8.2.3 – A preservação do património natural e cultural

24

(12 semanas)

* Unidades lectivas de 90 minutos Nota: o número de unidades lectivas previsto inclui a avaliação na modalidade de frequência presencial

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Matriz: Competências/Módulos do 10.º/11.º/12.º anos

Número do Módulo

1.º

2.º

3.º

4.º

5.º

6.º

7.º

8.º

9.º

n.º da

competência

10.º Ano 11.º Ano 12.º Ano 1

● ● ● ■ ■ ■ ▲ ▲

2

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3

● ● ● ■ ▲ ▲

4

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5

● ● ● ■ ■ ■ ▲ ▲

6

Sem relevância no Ensino Recorrente

7

Sem relevância no Ensino Recorrente

8

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9

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10

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11

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12

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13

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15

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● ● ● ▲ ▲

● Competências a desenvolver ■ Competências a desenvolver no 11.º ano ▲ Competências a desenvolver no 12.º ano

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Especificação dos Temas/Subtemas/Conteúdos 8.º Módulo

8 - O ordenamento do território no

espaço comunitário

Núcleo conceptual

O ordenamento do território constitui um caminho para alcançar o desenvolvimento

territorial equilibrado e sustentável no espaço comunitário, através do reforço da

cooperação e da interdependência entre os seus territórios.

Subtema

8.1 – As regiões de desenvolvimento prioritário 8.1.1 - As regiões urbano-industriais antigas

- o acentuar dos problemas sociais - a degradação das infraestruturas

8.1.2 – As regiões rurais profundas - a perda de importância da agricultura na economia

8.1.3 – As regiões de fronteira - a periferização das fronteiras externas - a cooperação transfronteiriça

8.1.4 - As regiões costeiras e as ilhas - a dependência da actividade turística e/ou da pesca - os custos da insularidade

Conceitos

Noções básicas

Águas territoriais

Complementaridade

Cooperação inter-

-regional

Cooperação

transnacional

Deseconomia de escala

Economia de escala

Frota de pesca

Insularidade

Navegação de

cabotagem

Quotas de pesca

Recurso piscícola

Região industrial

especializada

Região periférica

Região transfronteiriça

Renovação tecnológica

Segregação social

Tecido industrial

Tipos de pesca

Zona Económica

Exclusiva (ZEE)

Zona de Protecção

Especial (ZPE)

No final deste subtema o aluno deve ser capaz de:

• Conhecer os problemas que afectam as regiões urbano-industriais antigas.

• Relacionar o crescimento das pequenas e médias cidades com a criação de

incentivos à população.

• Conhecer os problemas de desenvolvimento do mundo rural.

• Debater a importância actual da agricultura na actividade económica.

• Valorizar a preservação da agricultura tradicional e a extensificação como factor de

desenvolvimento endógeno das regiões rurais.

• Explicar a tendência para a periferização das regiões de fronteira da UE.

• Explicar o papel da cooperação no desenvolvimento das regiões de fronteira dentro

do espaço comunitário.

• Reconhecer a grande diversidade de áreas costeiras e insulares existentes na UE.

• Debater a importância da actividade turística e/ou da pesca na economia das

regiões costeiras e insulares.

• Relacionar a dificuldade no desenvolvimento das ilhas com os custos da

insularidade.

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TEMA 8

O ordenamento do território no espaço comunitário

8.1 - As regiões de desenvolvimento prioritário

Nível de abordagem

O tratamento do tema 8 – O ordenamento do território no espaço comunitário – deve privilegiar uma abordagem que permita aos alunos compreenderem como as grandes opções territoriais, para o espaço comunitário, visam alcançar o desenvolvimento territorial integrado das suas regiões, com particular destaque para aquelas que são consideradas de desenvolvimento prioritário. Considera-se pertinente efectuar um balanço da Política de Coesão Económica e Social, salientando os aspectos menos bem sucedidos. A leccionação deste tema deve ter como base a análise de relatórios e de outros documentos emanados da UE, onde se apresentam as propostas e os projectos comunitários. Sugere-se a recolha e a análise de dados estatísticos diversificados sobre este tema, designadamente a consulta das estatísticas do Eurostat e o recurso sempre que possível, às TIC. Com o subtema 8.1 – As regiões de desenvolvimento prioritário –, pretende-se uma caracterização das regiões que são objecto de preocupação e de intervenção ao nível das políticas comunitárias, tendo em vista o seu desenvolvimento. Com o conteúdo 8.1.1 pretende-se uma inventariação dos problemas que caracterizam as áreas urbanas de industrialização antiga e em declínio. Sugere-se que se equacionem aspectos como a perda de população, a segregação socioeconómica, o aumento da população imigrante e a desadequação no uso do solo urbano como consequência, em parte, do abandono e da degradação das infra-estruturas devido a deseconomias de escala. A este propósito, sugere-se a referência às iniciativas comunitárias URBAN. No conteúdo 8.1.2 propõe-se que se proceda à inventariação dos problemas que afectam as áreas rurais profundas. Assim, considera-se importante avaliar o peso do sector agrícola na economia e realçar os desequilíbrios entre os países do centro e os países da periferia da comunidade. Sugere-se ainda que se debata a necessidade de preservação dos espaços agrários tradicionais, valorizando a prática de uma agricultura menos intensiva, tendo em vista a manutenção de explorações familiares. A este propósito, sugere-se a referência às iniciativas comunitárias LEADER Com o conteúdo 8.1.3 considera-se pertinente caracterizar a natureza periférica das regiões fronteiriças da UE, evidenciando o maior afastamento relativamente aos grandes centros de decisão e a possibilidade dessas regiões virem a ocupar uma posição mais “central”, numa comunidade mais integrada. A este respeito, é importante também abordar casos de cooperação entre regiões transfronteiriças, referenciando o papel de iniciativas comunitárias como a INTERREG que inclui, também, programas de cooperação transnacional e inter-regional. No momento da leccionação deste conteúdo, deve-se ter em atenção a situação das fronteiras decorrente do alargamento do espaço comunitário. Com o conteúdo 8.1.4 é importante evidenciar a diversidade das regiões costeiras e insulares em termos de características geomorfológicas, de densidade populacional e da natureza das actividades económicas; sugere-se também a análise da diferente repartição destas regiões pelos vários Estados-membros. Neste âmbito, propõe-se o debate sobre a grande dependência que algumas destas regiões apresentam relativamente à actividade turística e/ou piscatória e as consequências que daí advêm. Quanto à actividade da pesca, é importante realçar os problemas resultantes da aplicação da Política Comunitária de Pescas, nomeadamente em áreas onde esta actividade ocupa grande percentagem de população activa. No que concerne à actividade turística, é relevante o tratamento do problema resultante da ocupação crescente dos terrenos costeiros para a implantação de estâncias turísticas e de infra-estruturas de lazer e de tempos livres. No que diz respeito às ilhas, é importante que se realce os maiores custos de transporte comparativamente às regiões continentais e se debatam os problemas no desenvolvimento que daí advêm.

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8.º Módulo

8 – O ordenamento do território no

espaço comunitário

Núcleo conceptual

O ordenamento do território constitui um caminho para alcançar o

desenvolvimento territorial equilibrado e sustentável no espaço comunitário

através do reforço da cooperação e da interdependência entre os seus territórios.

Subtema

8.2– As grandes opções territoriais 8.2.1 – A reorganização dos espaços urbano e rural

- a reestruturação do sistema urbano europeu - o desenvolvimento do espaço rural - as novas relações cidade-campo

8.2.2 – O investimento nas infra-estruturas - a melhoria das redes de transporte e de comunicações - a difusão da inovação e do conhecimento

8.2.3 – A preservação do património natural e cultural - a gestão dos recursos naturais - a gestão das paisagens naturais e culturais

Conceitos

Noções básicas

Avaliação de impacte ambiental

Cidade-compacta Cidade-porta Competitividade

territorial Corredores ecológicos Desenvolvimento

endógeno Desenvolvimento

policêntrico Esquema de

Desenvolvimento do Espaço Comunitário (EDEC)

Euro-corredor Info-estruturas Parcerias Plano Nacional da Água Rede Natura 2000 Região Metropolitana Reserva Ecológica

Nacional Ruralização Teletrabalho

No final deste subtema o aluno deve ser capaz de:

• Identificar os grandes objectivos da política de desenvolvimento territorial da UE. • Conhecer estratégias para um desenvolvimento territorial policêntrico. • Discutir a necessidade de incrementar a competitividade das cidades. • Conhecer estratégias diversificadas com vista ao desenvolvimento endógeno das

regiões rurais. • Relacionar a valorização e preservação das paisagens rurais com as tendências de

ruralização. • Debater a importância da complementaridade entre as cidades e as regiões

envolventes nas novas parcerias cidade–campo. • Compreender o papel das redes de transporte e de comunicação no

desenvolvimento territorial equilibrado. • Debater a importância da inovação e do conhecimento como factor atractivo de

uma região. • Conhecer estratégias de reabilitação de paisagens rurais e urbanas, que

constituem património natural e cultural. • Debater a importância da cooperação inter-regional e transnacional na gestão dos

recursos naturais.

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Tema 8

O ordenamento do território no espaço comunitário

8.2 - As grandes opções territoriais

Nível de abordagem

Com o subtema 8.2 – As grandes opções territoriais – pretende-se uma abordagem que permita aos alunos compreenderem de que forma os três grandes objectivos preconizados pelo EDEC – a) a coesão económica e social; b) a conservação e gestão dos recursos naturais e do património cultural; c) a competitividade mais equilibrada do território comunitário – originam opções estratégicas diferenciadas a nível territorial, de acordo com a situação económica, social e ambiental das várias regiões, mas tendo sempre em vista um desenvolvimento territorial equilibrado. Na abordagem deste subtema, deve ser evidenciado o estatuto voluntarista do EDEC, uma vez que a política de Ordenamento do Território não está consignada em qualquer tratado, resulta apenas da vontade unânime dos Estados-membros. Na leccionação do conteúdo 8.2.1 considera-se importante que os alunos analisem as diversas estratégias que estão a ser implementadas com vista a um desenvolvimento do sistema urbano mais equilibrado e policêntrico que promova simultaneamente a atractividade e a competitividade das cidades. Neste âmbito, sugere-se a referência a alguns casos, como o desenvolvimento das cidades-porta (as que dão acesso ao território comunitário) e das cidades-compactas (que visam o controle da expansão urbana excessiva). Pretende-se também a análise de estratégias que visam o desenvolvimento endógeno das zonas rurais, as quais procuram assegurar a sustentabilidade da agricultura e a diversificação dos usos dos solos agrícolas, assim como o reforço das sinergias entre espaço rural e espaço urbano, procurando ultrapassar a tradicional clivagem cidade/campo. Com o conteúdo 8.2.2 considera-se importante que os alunos compreendam de que forma a integração dos sistemas de transporte e de comunicações contribuem para o desenvolvimento equilibrado do território comunitário e são um factor determinante na difusão da inovação e no acesso ao conhecimento. Neste âmbito, considera-se pertinente salientar o papel das TIC, não só na sua difusão, como também na educação e na formação/reconversão profissional, tendo em conta que o desenvolvimento das info-estruturas e das telecomunicações desempenha um papel fundamental no processo de integração europeia e no aumento da competitividade das cidades e das regiões. Sugere-se o debate sobre as consequências que o “trabalho electrónico” terá na localização/deslocalização das empresas e no comportamento humano. No conteúdo 8.2.3 pretende-se que os alunos compreendam como os problemas ambientais têm também uma componente social e política, devendo ser destacado que a UE procura compatibilizar, cada vez mais, o crescimento económico com a protecção ambiental e a gestão dos recursos. Na preservação do património, considera-se pertinente salientar a importância da Rede Natura 2000, nomeadamente o papel das Zonas de Protecção Especial (ZPE) e dos corredores ecológicos. É ainda importante debater a gestão criativa do património natural e cultural, veiculando a ideia de que as paisagens culturais são a expressão da identidade europeia e são importantes não só no ambiente quotidiano, como também um atractivo turístico, factor relevante no desenvolvimento territorial.

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Sugestões de avaliação

Num currículo orientado para o desenvolvimento de competências a avaliação deve ser

centrada no desempenho em contexto real, ou seja as situações de aprendizagem são, também,

situações de avaliação. É do consenso geral que as competências não se desenvolvem

automaticamente. Enquanto indivíduos e pequenos grupos podem desenvolver conhecimentos

de forma informal, o desenvolvimento de grande parte das competências deve utilizar

metodologias mais formais porque as competências se desenvolvem como um processo activo

de aprendizagem individual, através da reflexão entre a prática e a cognição.

Para avaliar competências não servem os instrumentos tradicionais, pois não se colocam

apenas questões de conhecimento, é preciso criar tarefas complexas, integrar a avaliação no

trabalho quotidiano da aula, observar os alunos em situação de aprendizagem, observar séries

de desempenhos comparáveis, de forma a neutralizar efeitos aleatórios e a emitir juízos

fundamentados. O grau de desenvolvimento de competências de cada aluno é diferente, de

acordo com o seu ponto de partida, com os recursos cognitivos que mobiliza e com as

decisões que toma na realização das tarefas. Na realidade, o professor não pode avaliar

competências de forma padronizada, comparando desempenhos dos alunos, deverá antes, em

cada tarefa, comparar o que o aluno deveria ter feito se fosse competente e o que fez na

realidade.

Assim, do ponto de vista didáctico e, em particular, para os alunos na modalidade de

frequência presencial, é necessário criar situações de aprendizagem que lhes permitam

desenvolver competências diversificadas, nos domínios analítico-conceptual/técnico-metodo-

lógico bem como das atitudes. Neste contexto, é necessário diversificar os instrumentos de

avaliação — testes de conhecimento com questões de ensaio e questões objectivas, grelhas de

observação, listas de verificação de desempenhos, escalas de atitudes, escalas descritivas para

análise de trabalhos (individuais ou de grupo) e grelhas de observação da participação nos

debates — de acordo com as diferentes situações e aspectos a avaliar, o que pressupõe que

cada situação de aprendizagem e as suas exigências sejam conhecidas antes da avaliação,

valorizando, assim, a dimensão formativa do processo de avaliação.

Na modalidade de frequência não presencial, na concepção da prova escrita deve-se ter em

atenção a matriz de competências a desenvolver neste módulo.

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9º Módulo

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Gestão dos Temas/Subtemas/Conteúdos

12.ºAno – Geografia B

O ordenamento do território, um caminho para o desenvolvimento

9.º Módulo

TEMAS/SUBTEMAS/ CONTEÚDOS

N.º DE UNIDADES

LECTIVAS*

9 – Os desafios do desenvolvimento territorial - a reestruturação do território

- a Europa das regiões

- a reorganização político/administrativa

- a mundialização da economia e o território

- a sustentabilidade ambiental

18

(9 semanas)

TOTAL DE UNIDADES LECTIVAS

66

* Unidades lectivas de 90 minutos Nota: o número de unidades lectivas previsto inclui a avaliação na modalidade de frequência presencial

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Matriz: Competências/Módulos do 10.º/11.º/12.º anos

Número do Módulo

1.º

2.º

3.º

4.º

5.º

6.º

7.º

8.º

9.º

N.º da

competência

10.º Ano 11.º Ano 12.º Ano 1

● ● ● ■ ■ ■ ▲ ▲ ▲

2

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3

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4

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5

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6

Sem relevância no Ensino Recorrente

7

Sem relevância no Ensino Recorrente

8

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9

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10

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● Competências a desenvolver ■ Competências a desenvolver no 11.º ano ▲ Competências a desenvolver no 12.º ano

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Especificação dos Temas/Subtemas/Conteúdos 9.º Módulo

9 - Os desafiosdo

desenvolvimento territorial

Núcleo conceptual

Os desafios e as prioridades que se colocam ao desenvolvimento territorial do

espaço comunitário para o século XXI são geradores de novas dinâmicas de

transformação da sociedade e da economia.

Tema

9 – Os desafios do desenvolvimento territorial - a reestruturação do território

- a Europa das regiões

- a reorganização político/administrativa

- a mundialização da economia e o território

- a sustentabilidade ambiental

Conceitos

Noções básicas

Ambientalismo

Comité das Regiões

Critérios de adesão

Globalização

Glocalização

Índice de Sustentabilidade

Ambiental

Industrialismo

Mundialização

Política Europeia de

Segurança Comum

(PESC)

No final deste tema o aluno deve ser capaz de :

• Problematizar os impactos do alargamento do espaço comunitário. • Compreender a emergência das regiões enquanto agentes de negociação e do

aprofundamento da UE. • Equacionar os constrangimentos dos modelos de organização política da UE. • Debater a necessidade de conciliação entre o processo de alargamento e o

processo de aprofundamento. • Reconhecer os impactos da mundialização na economia nos territórios

comunitários. • Compreender a necessidade da valorização/protecção como forma de gestão

equilibrada dos recursos hídricos e dos solos. • Equacionar estratégias de conservação e gestão racional dos recursos

energéticos. • Conhecer as principais opções estratégicas para a manutenção da

biodiversidade. • Inventariar os sectores económicos beneficiados pelas políticas de protecção

ambiental. • Equacionar a necessidade de uma nova atitude face ao consumo no sentido de

um ambiente sustentável. • Debater a necessidade de procurar novos modelos de desenvolvimento com base

na sustentabilidade ambiental.

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TEMA 9

Os desafios do desenvolvimento territorial

Tema 9 - Os desafios do desenvolvimento territorial

Nível de abordagem

O tratamento do tema 9 – Os desafios do desenvolvimento territorial – deve privilegiar uma abordagem que possibilite aos alunos compreenderem que, num mundo em mudança acelerada, muitos são os desafios que se colocam à União Europeia e para os quais se pretende mostrar uma visão global sobre as perspectivas futuras, valorizando aspectos qualitativos e voluntaristas num contexto de múltiplas escolhas. Pretende-se que esta abordagem tenha como base referencial os espaços/territórios (do local ao global, do rural ao urbano) e as pessoas que os habitam. Neste tema optou-se pela não desagregação em subtemas, a fim de valorizar uma visão mais integradora das questões aqui abordadas. A leccionação deste tema deve ter como base a análise de relatórios e de outros documentos emanados da UE, onde se apresentam as propostas e os projectos comunitários para os próximos anos. Sugere-se a recolha e a análise de dados estatísticos diversificados sobre este tema, designadamente a consulta das estatísticas do Eurostat e o recurso, sempre que possível, às TIC. Pretende-se que os alunos equacionem os vários desafios que se colocam à União Europeia como seja o alargamento a Leste e futuros alargamentos, reflectindo sobre os seus impactos, nomeadamente para Portugal. É ainda de debater as alterações do poder de decisão dos diferentes países, a repartição dos fundos comunitários, equacionando também os impactos da reestruturação do território comunitário para o desenvolvimento dos vários países. Considera-se igualmente pertinente o debate sobre a necessidade de uma nova organização política baseada no Princípio da Subsidiaridade, questionando qual o modelo de organização mais adequado e que respeite a diversidade nacional de cada Estado-membro. Neste âmbito, importa equacionar até que nível de aprofundamento pode avançar a UE se não se concretizar a união política. A “Europa das regiões” é outro dos desafios sobre o qual se sugere o debate onde se saliente a perspectiva, cada vez mais acentuada, das regiões constituírem os interlocutores directos com os órgãos de poder e de decisão da UE. Importa evidenciar os aspectos que unem as regiões, bem como aqueles que as dividem. Neste contexto, sugere-se a referência ao dinamismo do Arco Atlântico/Fachada Atlântica, que procura criar um eixo motriz de cooperação do litoral atlântico valorizando os recursos endógenos de toda esta região. No que respeita às questões da mundialização da economia, sugere-se uma abordagem que permita aos alunos analisarem os seus impactos a várias escalas de análise, bem como a compreensão das dificuldades de competitividade sentidas pela União Europeia e que têm conduzido ao aumento do desemprego e à diminuição dos salários reais, realçando assim a necessidade de uma maior coesão económica e social. Por último, considera-se importante debater os desafios da política ambiental da UE, sobretudo no que respeita à gestão da água e dos solos, ao equilíbrio da energia/ambiente e à manutenção da biodiversidade. Neste âmbito, importa salientar a necessidade de avaliação das condicionantes/restrições ambientais, bem como a obrigatoriedade de estudos de impacte ambiental, o que mostra o esforço da UE em integrar a componente ambiental no ordenamento do território. Importa ainda reflectir sobre as dificuldades de conciliação entre a competitividade das empresas da UE e a protecção ambiental, bem como a necessidade de substituição do paradigma Industrialismo pelo paradigma Ambientalismo, como um dos grandes desafios para o século XXI.

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Sugestões de avaliação

Num currículo orientado para o desenvolvimento de competências a avaliação deve ser

centrada no desempenho em contexto real, ou seja as situações de aprendizagem são, também,

situações de avaliação. É do consenso geral que as competências não se desenvolvem

automaticamente. Enquanto indivíduos e pequenos grupos podem desenvolver conhecimentos

de forma informal, o desenvolvimento de grande parte das competências deve utilizar

metodologias mais formais porque as competências se desenvolvem como um processo activo

de aprendizagem individual, através da reflexão entre a prática e a cognição.

Para avaliar competências não servem os instrumentos tradicionais, pois não se colocam

apenas questões de conhecimento, é preciso criar tarefas complexas, integrar a avaliação no

trabalho quotidiano da aula, observar os alunos em situação de aprendizagem, observar séries

de desempenhos comparáveis, de forma a neutralizar efeitos aleatórios e a emitir juízos

fundamentados. O grau de desenvolvimento de competências de cada aluno é diferente, de

acordo com o seu ponto de partida, com os recursos cognitivos que mobiliza e com as

decisões que toma na realização das tarefas. Na realidade, o professor não pode avaliar

competências de forma padronizada, comparando desempenhos dos alunos, deverá antes, em

cada tarefa, comparar o que o aluno deveria ter feito se fosse competente e o que fez na

realidade.

Assim, do ponto de vista didáctico e, em particular, para os alunos na modalidade de

frequência presencial, é necessário criar situações de aprendizagem que lhes permitam

desenvolver competências diversificadas, nos domínios analítico-conceptual/técnico-metodo-

lógico bem com das atitudes. Neste contexto, é necessário diversificar os instrumentos de

avaliação — testes de conhecimento com questões de ensaio e questões objectivas, grelhas de

observação, listas de verificação de desempenhos, escalas de atitudes, escalas descritivas para

análise de trabalhos (individuais ou de grupo) e grelhas de observação da participação nos

debates — de acordo com as diferentes situações e aspectos a avaliar, o que pressupõe que

cada situação de aprendizagem e as suas exigências sejam conhecidas antes da avaliação,

valorizando, assim, a dimensão formativa do processo de avaliação.

Na modalidade de frequência não presencial, na concepção da prova escrita deve-se ter em

atenção a matriz de competências a desenvolver neste módulo.

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ESTUDO DE CASO

O estudo de caso apresenta-se como uma oportunidade para os alunos realizarem um estudo

experimental aplicado à região onde vivem, utilizando para o efeito os conhecimentos que adquiriram

ao longo dos três anos lectivos. Neste estudo, pretende-se que os alunos compreendam a

interdependência e a inter-relação entre as políticas sectoriais da União Europeia, os planos nacionais e

regionais no âmbito do ordenamento do território e os seus impactos no desenvolvimento territorial da

região onde vive o aluno. Este facto não inviabiliza a possibilidade de os alunos realizarem trabalhos

sobre outras regiões, o que poderá constituir um factor de enriquecimento.

O estudo de caso apresenta-se como uma metodologia que permite a concretização, a aplicação e a

síntese das aprendizagens essenciais. Esta abordagem metodológica pode-se realizar a partir do tema

proposto ou de outro considerado mais conveniente, uma vez que o essencial são a metodologia e a

possibilidade do estudo experimental.

O facto de se inserir o estudo de caso no final do programa não significa que a sua realização não se

possa efectuar em qualquer outra altura do ano lectivo, dependendo esta decisão da forma como se

encarar a oportunidade da sua realização.

Considera-se essencial o recurso à metodologia de trabalho de projecto, incluindo o trabalho de campo,

a pesquisa bibliográfica, a recolha e o tratamento de informação recorrendo a fontes diversas. Sugere-se

ainda a possibilidade de elaboração de mapas com propostas de ordenamento de território da região

onde os alunos vivem, assim como actividades que lhes permitam interagir com a comunidade local.

Os alunos poderão articular este trabalho com outras disciplinas da componente científico–tecnológica,

nomeadamente a disciplina de especificação e, eventualmente preparar elementos que facilitem a

realização da prova de aptidão tecnológica (PAT).

O estudo de caso poderá ter como tema: “ O ordenamento do território e o desenvolvimento da

minha região”.

O trabalho deve ser orientado para a apresentação de propostas concretas de ordenamento do território

com o intuito da valorização e preservação das paisagens dessa região.

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ESTUDO DE CASO Neste contexto, sugere-se que se analisem alguns dos aspectos mais relevantes em termos de

ordenamento territorial da região estudada, nomeadamente os que dizem respeito à manutenção da

biodiversidade e à protecção de áreas sensíveis (no quadro dos objectivos da Rede Natura e da criação

de Zonas de Protecção Especial e/ou de Zonas Especiais de Conservação); à protecção e à valorização

das áreas costeiras e dos estuários (tendo por base os Planos de Ordenamento da Orla Costeira –

POOC, e/ou outros instrumentos de planeamento); à protecção da paisagem rural (através da

manutenção das populações no espaço rural e das suas actividades complementadas com novas

actividades ligadas aos serviços); e à intervenção em áreas críticas as quais constituem desafios à

recuperação ambiental e à reabilitação e dinamização da economia regional e local (áreas urbanas em

processo de despovoamento ou com actividade industrial antiquada, áreas de solos contaminados ou

com problemas de poluição difusa).

As sugestões anteriores podem ser complementadas ou substituídas por outras actividades,

consideradas mais adequadas ao contexto escolar, nomeadamente em articulação com o Projecto

Educativo de Escola.

No final do estudo de caso, pretende-se que os alunos sejam capazes de: • Inventariar os instrumentos de planeamento/ordenamento implementados ou a implementar na

minha região.

• Identificar os instrumentos do QCA III disponíveis à escala da minha região.

• Relacionar o desenvolvimento regional com a aplicação de políticas comunitárias sectoriais.

• Inventariar problemas no ordenamento territorial na minha região.

• Debater a necessidade de articular o ordenamento a diferentes escalas.

• Valorizar a preservação do património natural e cultural nos planos de ordenamento do território.

• Investigar a presença da componente ambiental no ordenamento da minha região.

• Apresentar propostas concretas de resolução dos problemas territoriais detectados na minha região.

• Debater o impacto das estratégias de ordenamento do território implementadas na minha região.

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PARTE IV

Bibliografia

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Notas bibliográficas

Bibliografia de carácter pedagógico

García, A. (1995) - Didáctica e innovación curricular, Editorial. Universidad de Sevilha.

Esta obra é uma referência actualizada e rigorosa sobre o «desenho», o desenvolvimento, a

inovação e a avaliação curricular. Na primeira parte da obra, para além dos conceitos

fundamentais, pode encontrar-se uma boa fundamentação sobre teorias e modelos de análise

quanto ao «desenho», ao desenvolvimento e á avaliação curricular. A segunda parte apresenta

uma informação sobre as diversas perspectivas, modelos, processos de inovação na sala de

aula. Trata-se de uma obra de carácter geral, mas nem por isso menos importante, uma vez

que aborda os “grandes temas” e as diferentes perspectivas de análise sobre Didáctica e

Currículo.

Henriques, M e outros.(1999). (1999) - Educação para a cidadania, Lisboa: Plátano Editora.

Esta obra visa o ensino da cidadania com independência e sem endoutrinamento, levando a

conhecer factores sociais, conceitos teóricos, antecedentes históricos, ao mesmo tempo que

abre pistas de pesquisa e de aprofundamento. Apresenta-se sob a forma de um roteiro dividido

em sete unidades que ajudam a compreender a vida pública, local e nacional, e a avaliar o

lugar de Portugal na comunidade internacional. As matérias visam a compreensão básica de

temas de cidadania. Apresenta ainda instrumentos didácticos usuais no processo de

ensino/aprendizagem: sumários, enunciados de objectivos e palavras-chave, desenvolvimento

das matérias, boas práticas e testes de avaliação de conhecimentos.

Prieto, F.B.(1994). – La evaluación en la educación secundaria, Salamanca: Editorial Amarú.

Esta obra ajuda a compreender o papel desempenhado pela avaliação, assim como a sua

função e a contribuição do processo avaliativo no desenvolvimento das capacidades de todos

os alunos. Mostra também as possíveis relações com o desenvolvimento de projectos

curriculares. Nesta obra surgem, ainda, inúmeros instrumentos de grande utilidade para os

docentes uma vez que concretizam o modelo de avaliação em exemplos concretos muito

práticos para os professores. Trata-se de um livro actual, prático e concreto e onde se concilia

a teoria com a prática.

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Bibliografia de Didáctica da Geografia

González, X.M. Souto.(1998) - Didáctica de la Geografía, Barcelona: Ediciones. Del Serbal,

Col. “La estrella Polar.”

Esta obra mostra como a Geografia favorece a compreensão de outras culturas, evidenciando

diferentes relações do homem com o ambiente. Nela se demonstra como a Educação

Geográfica permite desenvolver a autonomia do aluno, levando-o a levantar e a resolver

problemas geográficos.

O ensino da Geografia não se deve reduzir ao ensino de conceitos e teorias explicativas; é

importante conhecer os esquemas de conhecimento de cada aluno, tendo em consideração o

contexto social onde ele está inserido. Considerando estes dois vectores é possível

desenvolver actividades didácticas que sejam úteis na resolução de problemas sociais e

ambientais.

Merenne-Schoumaker, B. (1999) – Didáctica da Geografia, Porto: Edições Asa.

Esta obra procura articular Geografia e Pedagogia, teoria e prática, propondo aos educadores

um instrumento de autoformação, baseado em quatro questões: o que devem saber e saber

fazer os estudantes, o que ensinar e como avaliar as aprendizagens? São abordados temas que

visam várias problemáticas presentes no ensino da Geografia, nomeadamente, o tipo de

Geografia que deve ser ensinada na actualidade, bem como a forma de a ensinar; a forma de

fazer chegar a Educação Geográfica a todos os alunos; a organização das actividades

educativas em função da diversidade dos alunos ao nível das suas necessidades e dificuldades;

e a concretização de um ensino que privilegie o ensinar a aprender.

Bibliografia geral de carácter científ ico

Barreto, A. (org.) (2000) – A situação social em Portugal 1960-1999, vol. II:

Indicadores sociais em Portugal e na União Europeia, Ed. Imprensa de Ciências

Sociais, Instituto de Ciências Sociais, Lisboa.

Esta obra, de autores diversos, inclui indicadores representativos da situação social

portuguesa e indicadores relativos às empresas existentes e respectivos trabalhadores.

Apresenta ainda tabelas contendo as comparações desde 1960 entre os países da União

Europeia. Explora também as várias dimensões da análise demográfica de Portugal e da

União Europeia.

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Brito, R. S. (dir.) (1994) – Perfil geográfico, Lisboa : Editorial Estampa.

Esta obra apresenta um quadro geográfico do território nacional. Nela se abordam questões

referentes à morfologia e climatologia, à distribuição da população, às actividades

económicas, ao povoamento, à importância dos transportes, aos desequilíbrios regionais e

também às relações entre Portugal e a União Europeia. Trata-se de uma obra colectiva

dirigida pela autora referida.

COMISSÃO EUROPEIA (1995) - A Europa em Números, Luxemburgo: Serviço das

Publicações Oficiais das Comunidades Europeias.

Esta obra é uma síntese da integração europeia e das respectivas políticas sectoriais

nomeadamente, população e condições sociais, energia e indústria, agricultura e pesca,

comércio externo e balança de pagamentos, serviços e transportes, ambiente e

desenvolvimento, salientando factos relevantes da comunidade através de comentários,

gráficos, quadros estatísticos e mapas relevantes no momento da sua publicação e que ajudam

a compreender algumas das actuais reformas e directrizes comunitárias.

Daveau, S. (1998) – Portugal geográfico, Porto: Sá da Costa Editora.

Nesta obra, dividida em cinco partes, são expostos de uma forma simples dados de base que

permitem a qualquer cidadão entender o país. Na primeira parte aborda-se a posição de

Portugal no mundo, sendo analisada a sua situação em termos de ambiente natural e das

relações entre os homens. Na segunda parte, faz-se o enquadramento de Portugal no contexto

da Península Ibérica e do Atlântico. Na terceira parte, analisa-se a diversidade interna do

território, bem como os vários elementos se interligam entre si formando conjuntos regionais

diferenciados. Na quarta parte, abordam-se as marcas da vida rural nas paisagens. Por fim, as

áreas urbanizadas, a sua estrutura em constante mutação e as suas funções, constituem os

temas da última parte.

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European Environment Agency (1998) – Europe’s environment: the second assessment,

Luxembourg: Office for Official Publications of the European Communities. Elseier Science

Ltd, Oxford.

Nesta obra são descritos o estado do ambiente, os impactos e as políticas que visam dar

resposta aos doze maiores problemas ambientais europeus nomeadamente as alterações

climáticas; a depleção do ozono estratosférico; os lixos; a biodiversidade; a degradação das

águas doce e marinha, das áreas costeiras, dos solos e do ambiente urbano. Contém dados e

cartografia relevantes para a docência da disciplina de Geografia.

Gaspar, J. (1993) – As regiões portuguesas, Lisboa: Ministério do Planeamento e da

Administração do Território.

Esta obra traça um retrato sucinto das regiões portuguesas, apresentando as suas principais

características geográficas, históricas, culturais e socioeconómicas. Trata-se de uma obra

fundamental uma vez que apresenta as regiões portuguesas como espaços identificados com

características culturais próprias, resultantes da interacção de factores diversos e

correspondendo a realidades com contornos territoriais bem definidos. Esta publicação

apresenta uma série de fotografias e mapas ilustrativos das características apresentadas.

Medeiros, C. A (1996) – Geografia de Portugal: ambiente natural e ocupação humana: uma

introdução, Lisboa: Editorial Estampa.

Esta obra apresenta um quadro resumido das principais questões da Geografia de Portugal,

funcionando como uma introdução ao estudo aprofundado das mesmas. Por um lado, apoia-se

em trabalhos académicos, bem como em obras de base e, por outro lado, reflecte também a

concepção pessoal e a experiência do autor. As matérias estão divididas por vários capítulos

que tratam os diferentes temas da Geografia Física e da Geografia Humana de Portugal: o

território e a sua posição, o relevo, o clima, a população, as actividade económicas (rurais,

pesca e indústria), as aglomerações urbanas e a estruturação do território e as suas relações

com o exterior.

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Ministério do Equipamento do Planeamento e da Administração do Território. (1999) –

Portugal – Plano Nacional de Desenvolvimento Económico e Social 2000-2006 –

Diagnóstico prospectivo, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional, Lisboa.

Nesta obra, que contém dados e quadros estatísticos relevantes para a docência da disciplina

de Geografia, é avaliada a situação da sociedade e da economia portuguesas nos finais da

década de noventa e elaborada uma visão prospectiva para o século XXI.

Público & Universidade Autónoma de Lisboa (2000) – JANUS 2001, Anuário de relações

exteriores, Lisboa.

Esta obra é uma colectânea de artigos com pontos de vista de vários autores, organizados em

três capítulos distintos. No primeiro capítulo cujo tema é “Portugal e o Mundo” é feita uma

análise da conjuntura internacional. No segundo capítulo intitulado “A «arquitectura»

política europeia” é realizado um levantamento de posições que ajudam a compreender a

inserção portuguesa no espaço europeu e no contexto internacional. O terceiro capítulo, que

abrange cerca de metade da obra, constitui um dossier sobre a actualidade das migrações

internacionais e, ainda, sobre a emigração e a imigração em Portugal.

Salgueiro T. B., (1992) – A Cidade em Portugal, uma Geografia urbana, Lisboa: Edições.

Afrontamento.

Nesta obra faz-se uma sistematização e organização dos conhecimentos de Geografia Urbana

que possam ser utilizadas na definição de políticas urbanísticas. Numa primeira parte analisa

as características morfológicas das cidades portuguesas tendo em conta a sua evolução

histórica, e o papel dos diversos agentes e da legislação urbanística, na configuração do

território. Em seguida, explica a organização funcional do espaço urbano. Por fim aborda, o

tema das mutações que as cidades sofrem ao longo do tempo.

Bibliografia de carácter pedagógico

Bordenave, J.D. e Pereira, A.D. (1983) - Estratégias de ensino-aprendizagem, Petrópolis:

Edições Vozes.

Casanova, M. A (1995) – Manual de evaluación educativa, Madrid: Ediciones. La Muralla.

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Coll, C. (1994) - La concepción construtivista y el planteamiento curricular de la reforma, in

Escaño, J.

Díaz, P. (1995) - La educación ambiental como projecto, Barcelona: Ediciones. Horsori.

Gimeno, J. (1988) - El curriculum: una reflexión sobre la prática, Madrid:Edicones. Morata.

Giordan, A. e Souchon, C. (1997) - Uma educação para o ambiente, Lisboa:IPAMB.

Novak, J. B. (1988) – Aprendiendo a aprender, Barcelona: Ediciones. Martínez Roca.

Novo, M. (1998) - La educacion ambiental, bases éticas, conceptuales y metodológicas.

Madrid: Ediciones. UNESCO.

Pacheco, J. (1996) - Currículo: teoria e práxis, Porto: Porto Editora.

Zabalza, M. (1994) - Planificação e desenvolvimento curricular na escola, Lisboa: Edições

Asa.

Serna, M. G, Cómo se aprende y cómo se ensenã, Barcelona: Ediciones Horsori.

Bibliografía de Didáctica da Geografia

Alexandre, F.; Diogo, J. (1990) – Didáctica da Geografia, contributos para uma educação no

ambiente. Lisboa: Texto Editora.

Bailey, P. (1981) - Didáctica de la Geografía, Madrid: Ediciones. Cincel.

Cachinho, H. e Reis, J. (1991) – Geografia Escolar – (Re)pensar e (re)agir, Revista Finisterra,

Vol. XXVI, nº52, pp. 429/443. Lisboa: Centro de Estudos Geográficos.

Capel, H. e Urteaga, L. (1986) - La Geografía en un curriculum de ciencias sociales, Revista

Geocrítica, nº61, pp. 5/37.

Claval, P. (1989) - La place de la géographie dans l’ensegnement, Revista L’Espace

Géographique, Vol. XVIII, nº2, p.123/24.

Claval, P. (1993) – La Géographie au temps de la chute des murs, Paris: Editions

L’Harmattan.

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Comissão da Educação Geográfica (1992) – Carta Internacional da Educação Geográfica,

Lisboa: Associação dos Professores de Geografia.

Fabregat, C. (1995) – Geografía y educacion, sugerencias didácticas, Madrid: Ediciones.

Huerga Fierro.

González, X. M .S. (1988) – Propuesta de diseño curricular de Geografía 12-16

años, Valência: Cultura, Educació i Ciència.

González, X.,M S. e Santos, R. (1996) – Ensenãr Geografía o educar geográficamente

a las personas, Didáctica de las Ciencias Sociais, Geografia e História, nº 9, IBER,

pp. 15/26.

Graves, N. (1985) - La enseñanza de la Geografía, Madrid: Ediciones.Visor.

Graves, N. (1989) - Nuevo método para la enseñanza de la Geografía Barcelona: Ediciones

Teide.

Jiménez, A M. e Gaite, M. J. M. (1995) – Enseñar Geografía, de la teoría a la práctica

Madrid: Ediciones Síntesis.

Lacoste, Y. (1986) - La enseñanza de la Geografía .Salamanca: ICE. Lacoste, Y. (1999) – Géographie, éducation civique, Paris: Éditions de la Cité.

Merenne-Schoumaker, B. (1985) - Savoir penser l’espace. pour un renouveau conceptuel et

méthodologique de l’enseignement de la Géographie dans le secondaire, Revista

L’information Géographique, nº49, pp.151/60.

Bibliografia geral de carácter científ ico

Beaujeu-Garnier, J. (1980) – Geografia urbana, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Comissão Europeia (1998) – Retrato das regiões: Portugal, Luxemburgo: Serviço das

Publicações Oficiais das Comunidades Europeias.

Daveau, S. (1987-1991) – Geografia de Portugal, Lisboa: Sá da Costa Editora.

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Ferrão, J. (1992) – Serviços e inovação, Oeiras: Celta Editora.

Ferrão, J. (1996) – Educação, sociedade cognitiva e regiões inteligentes, Revista Inforgeo, nº

11, Associação Portuguesa de Geógrafos, pp. 97/104.

Ferrão, J. (2000) – Perspectivas e conceitos, problemas e soluções: ilações a retirar da história

da geografia, Revista Apogeo, n.º 19 e 20, Associação de Professores de Geografia, pp. 35/38.

Ferrão, J., Marques, S. T. (2002). Sistema Urbano Nacional - Síntese. Edição: Direcção Geral

do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano.

George, P. (1993) – O Homem na Terra – a Geografia em acção Lisboa: Edições 70.

Henriques E. B. (1996) – Lisboa turística, entre o imaginário e a cidade: a construção de um

lugar turístico urbano, Lisboa: Editora. Colibri.

Lopes, A S. (1995) – Desenvolvimento Regional, Lisboa: Edições Calouste Gulbenkian.

Mendes, C. (1990) – O planeamento urbano na Comunidade Europeia, Col. Universidade

Moderna, nº 91. Lisboa: Publicações Dom Quixote.

Ribeiro, O. (1970) – Ensaios de Geografia humana e regional, Lisboa: Sá da Costa Edições.

Ribeiro, O. (1986) – Iniciação em Geografia humana, Lisboa: Sá da Costa Edições.

Ribeiro, O. (1991) – Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico: esboço de relações geográficas,

Lisboa: Sá da Costa Edições.

Sá Marques, T. (2004). Portugal na Transição do Século: retratos e dinâmicas territoriais.

Santa Maria da Feira. Edições Afrontamento.

Soneiro, J. C. (1991) – Aproximacion a la Geografia del turismo, Madrid: Ediciones Sintesis.

Tenedório, J. (Dir. e Cord.).(2003). Atlas da Área Metropolitana de Lisboa. Edição: A.M.L..

Tomas, F. (1994) – Du paysage aux paysages, Revista Geographie de Lyon, Vol. 69, nº 4, pp.

277/286.

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ENDEREÇOS NA INTERNET

www.aprofgeo.pt

Outras entradas inseridas na revista Geoboletim, publicação da Associação Portuguesa

de Professores de Geografia.

O INE na INTERNET

http://www.ine.pt

* Bibliografia específica do programa de12.º ano:

Notas Bibliográficas

Comissão Europeia (1999). EDEC – Esquema de Desenvolvimento do Espaço Comunitário.

Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias.

Esta obra é fundamental para a leccionação do programa do 12º ano de Geografia B do Curso

Tecnológico de Ordenamento do Território e Ambiente uma vez que é um contributo para a

política de desenvolvimento territorial, uma nova dimensão da política europeia aprovada no

Conselho informal de Ministros responsáveis pelo Ordenamento do Território, em Maio de

1999. É constituída por duas partes, a primeira um contributo para um desenvolvimento

equilibrado e sustentável do território da UE; a segunda, relativa às tendências, perspectivas e

desafios do desenvolvimento territorial na UE.

MAOT (2001). Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade (versão

para discussão pública). Lisboa: Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território.

Esta publicação, embora seja uma versão para discussão pública, contém as opções

estratégicas fundamentais relativas à Conservação da Natureza e à Biodiversidade. É

constituída por cinco capítulos dos quais se destacam os dois primeiros relativos aos

princípios, objectivos e opções estratégicas fundamentais que norteiam a referida Estratégia e

o terceiro capítulo onde se apresenta as orientações no sentido da integração de políticas e se

fixa as linhas orientadores para a elaboração de planos de acção.

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MARN. (1995). Plano Nacional da Política de Ambiente. Lisboa: Ministério do Ambiente e

Recursos Naturais.

Esta obra, constituída por dois volumes é um documento que sistematiza as múltiplas

iniciativas que à data estavam previstas ou em curso no sentido de concretizar o primeiro

Plano Nacional de Política de Ambiente, é o instrumento de referência na condução de

Portugal para um modelo de desenvolvimento sustentável. O segundo volume apresenta, entre

outros anexos relevantes, a caracterização sumária do estado do ambiente.

Ministério do Planeamento (1999). Portugal, Plano de Desenvolvimento Regional 2000-2006.

Lisboa: Ministério do Planeamento.

Esta obra, dividida em nove capítulos, constituiu a proposta portuguesa de enquadramento,

orientação estratégica, sistematização operacional, programação financeira e estrutura

organizativa que deu origem ao estabelecimento do III Quadro Comunitário de Apoio (2000-

2006). Articula-se com o pressuposto no Plano Nacional de Desenvolvimento Económico e

Social (PNDES) que tem uma abrangência e um alcance mais amplos que o PDR e ainda, na

perspectiva comunitária, com o processo de reforma dos Fundos Estruturais.

Bibliografia

Comissão Europeia (1999). EDEC – Esquema de Desenvolvimento do Espaço Comunitário.

Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias.

Comissão das Comunidades Europeias (1994). Europa 2000+. Luxemburgo: Serviço das

Publicações Oficiais das Comunidades Europeias.

Comissão Europeia (2001). Sexto relatório periódico relativo à situação socioeconómica e ao

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