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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO

ESTADO DO PARANÁ

SEDINÉIA AZARIAS

USO DAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA NOS

PROCESSOS DO ENSINO DA ESCRITA EM BLOG

Artigo de conclusão pedagógica apresentado à Universidade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão (FECILCAM) e à Secretaria de Estado de Educação do Paraná (SEED) para o Programa de Formação Continuada intitulado Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), sob a orientação do Prof. Dr. Neil Armstrong Franco de Oliveira.

Campo Mourão 2012

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SUMÁRIO

1 IDENTIFICAÇÃO ................................................................................... 3 1.1 TEMA ............................................................................................. 3 1.2 TÍTULO ........................................................................................... 3

2 RESUMO ............................................................................................... 4 3 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 4 4 FNDAMENTAÇÃO: GÊNEROS DICURSIVOS .................................... 6 5 USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS ..................................................... 10 6 PRODUÇÃO ESCRITA NA ESCOLA ................................................... 16

6.1 PARA COMPREENDER O TEXTO ............................................... 16 6.2 A LEITURA .................................................................................... 17 6.3 A ESCRITA .................................................................................... 17 6.4 AS REFLEXÕES LINGUÍSTICAS ................................................. 17 6.5 A AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ESCRITA ............................ 18

7 BLOG .................................................................................................... 19 8 TEXTOS ................................................................................................ 22

8.1 INTERTEXTUALIDADE ................................................................. 24 8.2 TEXTO PROJETO DE LEI Nº 6.481/09DE2009 ............................ 24 8.3 TEXTO: A ROSA DE HIROSHIMA ................................................ 25 8.4 INTERDISCIPLINARIDADE ........................................................... 26 8.5 TEXTO NÃO VERBAL ................................................................... 26 8.6 TEXTOS DOS ALUNOS ................................................................ 30

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................. 32 10 REFERÊNCIAS ................................................................................... 34

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE

PROFESSOR PDE – TURMA 2010 – 2012

ARTIGO

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

PROFESSSOR PDE: SEDINÉIA AZARIAS

ÁREA PDE: LÍNGUA PORTUGUESA

NRE: GOIOERÊ

PROFESSOR ORIENTADOR IES: NEIL ARMSTRONG FRANCO DE OLIVEIRA

IES VINCULADA: FECILCAM

ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: COLÉGIO ESTADUAL DOM BOSCO –

MARILUZ – PR

PÚBLICO OBJETO DE IMPLEMENTAÇÃO 7ª SÉRIE

Jesus escrevia na areia com o dedo.

Deus escreveu na pedra.

1.2 TEMA

Blog - Gênero textual

1.3 TÍTULO

Uso das tecnologias em sala de aula nos processos do ensino da escrita em

blog.

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BLOG, GÊNERO TEXTUAL:

USO DAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA NOS

PROCESSOS DO ENSINO DA ESCRITA EM BLOG

SEDINÉIA AZARIAS

NEIL ARMSTRONG FRANCO DE OLIVEIRA

FACULDADE DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS DE CAMPO MOURÃO

2. RESUMO

Este artigo tem como objetivo apresentar os resultados da implementação do Projeto

de Intervenção, como parte das ações de Programa de Desenvolvimento Educacional

– PDE, aplicada no segundo semestre de 2011 no Colégio Estadual Dom Bosco, em

Mariluz–PR. Esse projeto foi desenvolvido por meio da criação de um Blog Educativo

na internet, como recurso pedagógico, por meio de aulas de leitura e estudo de textos

verbais e não verbais e da produção de textos, pesquisas direcionadas e postagem do

material produzido pelos alunos no Blog Educativo.

Palavras-chave: Gêneros Textuais; Novas tecnologias; Blog; Produção Escrita.

3 - INTRODUÇÃO

O blog, como gênero digital, representa um trabalho para aproximar realidade

educativa e atividades mais relevantes que o docente pode desenvolver com os

alunos no contexto sala de aula. Pois, se não se compreender aquilo se faz, a prática

pedagógica corre o risco de tornar-se pura reprodução de hábitos existentes.

Nesse artigo, propomos o bom julgamento ilustrado pelo saber e apoiarmo-nos

num senso crítico capaz de apreciar: 1) o que convém fazer; 2) o que é possível fazer

e 3) como fazê-lo dentro de determinadas circunstâncias; para organizar as práticas

de ensino, onde as tecnologias digitais inseridas no sistema educativo, com o

propósito de provocar a reconstrução racional e consciente do conhecimento e a ação

5

dos alunos como profunda transformação dos modos habituais de aprender e ensinar

a escrita (SACRISTIAN e GÓMEZ, 2000).

Diariamente, participamos de inúmeras e diversas práticas sociais que são

mediadas pela linguagem. Quando se leem e-mails, revistas, jornais, livros, gibis,

propagandas, panfletos entre outros; também ao ouvir programas de televisão, de

rádio; em conversas familiares e nas mais variadas situações de vivência social,

produzimos linguagens múltiplas e discursos. Nessa prática pedagógica, portanto, o

aluno vai ler e produzir textos de vários gêneros que circulam nas diferentes esferas

da sociedade. Nesse sentido, o estudante será levado a entrar em contato com um

rico universo, podendo expressar suas opiniões, produzir, demonstrar suas emoções,

argumentar nos temas propostos nas aulas, podendo, ainda, descobrir as

possibilidades oferecidas no estudo da língua materna. Assim, é possível ampliar sua

participação no mundo como cidadão mais crítico e autor de sua própria história.

(MARCHETTI, STRECKER e CLETTO, 2009).

Nesse sentido, essa prática é pensada para o aluno que é curioso, que gosta

de aprender, de realizar atividades, de trocar ideias com os colegas sobre diversos

assuntos, que se propõe a dar sua opinião e que gosta de trabalhar tanto

individualmente quanto em grupo; também que leve a sério os estudos,

compreendendo o valor deste para sua formação, e que gosta, ainda, de se

descontrair. Essa prática visa, inclusive, possibilitar ao aluno, que é plugado no

mundo, viajar pela palavra lendo, ouvindo e vendo imagens; apreciar uma pintura, ler

quadrinhos e, ao assistir à tv ou a um vídeo, navegar pela internet, com uma visão

crítica, capaz de questionar, e não só concordar como também discordar e procurar

outros saberes e jovens de outros lugares, para conversar. E, assim, conduzir o aluno

para que transite livremente entre linguagens; e que usa a língua portuguesa para

emitir suas opiniões, dúvidas, desejos, emoções, ideias; para receber mensagens,

uma vez que tais atividades humanizam o aluno e o conduz ao gostar de ler, de criar,

de rir, de falar, de participar, de discordar, de debater e de escrever. Enfim, para que o

aprendiz aprimore sua capacidade em interagir com as pessoas e o mundo onde

vivem. (CEREJA e MAGALHÃES, 2009).

Segundo Cereja e Magalhães, a língua passa por constantes transformações

ao longo do tempo e o que acontece com sua passagem sempre intriga o ser humano,

mas é a escrita que é sempre registrada sobre uma superfície concreta. Inicialmente,

os seres humanos utilizaram paredes de cavernas para seus registros, sendo estas

os primeiros suportes, portadoras das representações e mensagens. Lembrando que é

via texto que o aluno interage consigo mesmo, com o outro e com seu grupo, as

atividades que propomos para o desenvolvimento da escrita são bem diferenciadas:

6

ora o aluno as realiza sozinho, ora em dupla; ora em grupo, ora com participação de

todos os alunos da sala; e, para chegar ao resultado final, será necessário que utilize

diferentes linguagens e meios de comunicação mais avançados, que existem nos dias

de hoje – o computador e a internet, que já estão à disposição de estudantes,

professores e do mundo de forma geral.

Esse estudo justifica-se pela possibilidade de orientar, no processo educacional

de língua portuguesa, no estudo da linguagem, a implementação de uma abordagem

pedagógica, fundamentada na teoria Histórico Cultural, que viabiliza a elaboração da

escrita, no gênero digital blog, pelos estudantes do Ensino Fundamental.

4 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: GÊNEROS DISCURSIVOS

Partindo do conteúdo elaborado, trabalhamos na 7ª série do Ensino

Fundamental do Colégio Estadual Dom Bosco, de Mariluz-PR, buscamos despertar o

interesse dos alunos em conhecer – ou reconhecer – e atuar no gênero blog por meio

dos conhecimentos prévios necessários, elaboração de leituras e situações de escrita

de textos e postagem em blog educativo, criado para esse fim de leitura, escrita e

interação dos alunos em processos interpessoais de significação, fazendo uso do

proposto método dialético. Por isso, lançamos mão do pensamento histórico-cultural

de Lev Semynovich Vygotsky, com o objetivo de compreender a complexidade que

acontece na produção dos conceitos científicos próprios da sala de aula.

As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná – DCE (2008) propõem que

a educação seja repensada com ênfase no conhecimento do cotidiano de cada

comunidade e da escola à qual o aluno pertence. Revendo os conceitos e as

expectativas atuais do mundo, para reorganizar o contexto do cotidiano escolar,

considerando interesses comuns e relevantes a essa mesma sociedade. É nesse caso

que o pensamento de Vygotsky (1987) vem a calhar, pois considera o ser humano

como “um ser social e histórico”, que precisa desenvolver seu estado de consciência

para realizar sua participação em sua sociedade.

Assim, considera-se que a inserção das tecnologias digitais nos processos

educativos, para o ensino da escrita, proposta nas diretrizes curriculares e destinadas

às escolas, atualmente, representa papel de importante auxilio, senão de revolução

nos métodos pedagógicos onde a escola é quem busca acompanhar o

desenvolvimento social nesse campo, e onde já deveria estar à frente, abrindo

caminhos. Portanto, ao possibilitar um ambiente interativo com trocas de significados

entre professor e alunos, Candau (1987, p. 13) considera que “o ensino aprendizagem

7

é um processo em que está sempre presente, de forma direta ou indireta, o

relacionamento humano”. E incentivar os alunos para a utilização das ferramentas

digitais, na aprendizagem e no desenvolvimento intelectual dos mesmos, é papel

essencial do professor.

Segundo Bakhtin (1992, p. 289), “todo enunciado é um elo na cadeia da

comunicação discursiva. É a posição do falante nesse ou naquele campo do objeto de

sentido”. Nesse sentido, para as DCE de Língua Portuguesa (2008, p 56), a produção

escrita possibilita que o sujeito se posicione, tenha voz em seu texto, interagindo com

as práticas de linguagem da sociedade. O importante, aqui, como professor, foi

desenvolver uma prática de escrita escolar com uma finalidade e destinatários.

Compreendendo que antes da produção da escrita ocorre a necessidade de

pensar, refletir, analisar, ler e estabelecer determinadas relações entre a linguagem, o

pensamento e a ação é pouco percebida nos alunos nos decorrer das aulas, uma vez

que nem todos demonstram a qualidade e a quantidade do que já tem se apropriado.

E, pressupondo-se as inúmeras implicações como a metodologia do professor, bem

como as ações didático-pedagógicas praticadas, que às vezes não estimulam nem o

gosto e nem o interesse em aprender dos alunos, ressaltamos o olhar de Vygotsky

(1987) para a aprendizagem, entendida como um processo de reestruturação de

conceitos, desenvolvida após as conexões entre os conhecimentos já adquiridos. Esse

fenômeno acontece com a participação colaborativa e por associação, confiando os

processos de ensino como um eixo importante na aquisição dos conceitos científicos.

Assim, para Vygotsky (1987), o desenvolvimento desses conceitos científicos

apresenta um diferente percurso do desenvolvimento espontâneo, de modo que, para

a tal apropriação, requere a instrução, o processo de ensino e a própria intervenção do

professor. A escola, por sua vez, é o lugar de intervenção pedagógica intencional que

se dedica ao processo de ensino e de aprendizagem, onde o professor desempenha o

importante papel de contribuir para avanços significativos no desenvolvimento tanto

intelectual quanto geral dos estudantes.

Com algumas reflexões fundamentadas na dialogia de Bakhtin sobre a

linguagem escrita e seu valor para o indivíduo etendo em vista a amplitude de Bakhtin,

bem como a gama de conceitos por ele estudados e desenvolvidos, é foco para a

presente pesquisa a característica constitutivamente dialógica da linguagem,

defendida pelo filósofo russo, para o qual a linguagem tem papel fundamental.

As constantes inovações tecnológicas provocaram profundas mudanças em

todos os setores da vida dos seres humanos. Contudo, no campo tecnológico o

desenvolvimento é constante e, adquirir esse conhecimento faz com que as pessoas

possam interagir melhor com o mundo. Nesse sentido, a criança, o adolescente, os

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pais, os alunos e os profissionais da área educacional entre outros profissionais, vivem

hoje uma grande preocupação, isto é, a necessidade de preparo técnico devido à

presença marcante das tecnologias em suas vidas, seja no shopping center, no banco,

em casa e, principalmente, nas instituições escolares, desta forma, se atribuiu à escola

fundamental importância, bem como ao papel do professor no processo ensino e

aprendizagem. Quanto a isso afirma Vigotsky:

A intervenção deliberada por parte do professor acelera o desenvolvimento de funções mentais das crianças, ou seja, cria uma zona de desenvolvimento proximal. A escola se organiza, planeja de maneira formal, científica, relaciona os conhecimentos acumulados histórico-culturalmente pela humanidade, chamados de conceitos científicos (VYGOTSKY, 1993. p. 102)

Os Parâmetros Curriculares dos ensinos fundamental e médio, concebidos a

partir do pensamento de Bakhtin, propõem que o ensino de Língua Portuguesa se dê

na interação das várias linguagens, que se tomem as novas tecnologias e as façam

dialogar. Ao perceberem a força de poder simbólico, como poder de construir a

realidade, fazer ver, fazer crer, de confirmar ou de transformar a visão do mundo, os

pesquisadores da linguagem, estão tratando da realidade com um discurso simbólico.

Assim, na perspectiva bakhtiniana, ocorre à interação entre os signos, a luta para

garantir a significação e o sentido, considerando que a sociedade humana é formada

como uma interação.

O termo dialogia foi o mais utilizado por Bakhtin, para analisar e descrever a

vida e o mundo da produção e das trocas simbólicas: mundo composto de signos,

textos, discursos, onde as vozes se cruzam e causam interação, produzindo outros

discursos. Para o filósofo o conhecimento de mundo e de si se dá pela consciência,

experiência e pela linguagem. Bakhtin, dando à linguagem um importante papel na

formação do indivíduo, ressalta a característica dialógica da linguagem. Ele afirma que

“toda a vida da linguagem, seja qual for o seu campo de emprego (a linguagem

cotidiana, a prática, a científica, a literária etc.) está impregnada de relações

dialógicas” (BAKHTIN, 1981, p. 158).

Na Estética da criação verbal, Bakhtin afirma que cada enunciado é pleno de

ecos e ressonâncias de outros enunciados com os quais está ligado pela identidade

da esfera de comunicação discursiva. Nas palavras do próprio Bakhtin:

Os enunciados não são diferentes entre si nem se bastam cada um a si mesmo; uns conhecem os outros e se refletem mutuamente uns nos outros. Esses reflexos mútuos lhe

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definem o caráter [...]. É impossível alguém definir sua posição sem correlacioná-la com outras posições. Por isso, cada enunciado é pleno de variadas atitudes responsivas a outros enunciados de dada esfera da comunicação discursiva (BAKHTIN, 2003. p. 297).

Para o autor, o diálogo é o princípio que constitui a linguagem, de modo que a

escrita é o meio pelo qual se realiza do uso da língua e o texto é um espaço

privilegiado para a dialogicidade. Por isso é que entender esse princípio de construção

da língua favorece o trabalho com o texto escrito em sala de aula, porque se aceitam

os sentidos atribuídos pelos alunos a partir da compreensão de que toda palavra pode

ser dupla e que, em se tratando do texto escrito no gênero blog, a linguagem torna-se

ainda mais transgressora e polêmica.

Buscamos democratizar a escrita, a conscientização da prática e a

democratização da escola como professor, em seu ambiente próprio e fora dele, pois é

assim que podemos preparar um mundo mais justo, mesmo se o melhor dos mundos

não for possível, segundo Sato e Carvalho (2005). Quanto aos gêneros levados à sala

de aula e que têm uma função na sociedade já determinadas nas Diretrizes

Curriculares da Educação Básica afirma que:

Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em sala de aula para aprimorar a prática da escrita. A seguir, citam-se alguns; contudo, ressaltasse que os gêneros escritos não se reduzem a esses exemplos: carta, resenhas, crônica, conto, poema, receitas [...]. Destaca-se, também, a importância de realizar atividades com os gêneros digitais, como: e-mail, blog, chat, lista de discussão, fórum de discussão, dentre outros, experenciando usos efetivos da linguagem escrita em esfera digital (DCE, 2008, p. 69)

Na perspectiva das DCE, o gênero blog é foco desse trabalho e oferece, ainda,

recursos específicos e diferenciados, inclusive o foco quanto aos textos não verbais as

DCE se posicionam de forma que:

O educador deve atentar-se, também, aos textos não verbais, ou ainda, aqueles em que predomina o não verbal, como: a charge, a caricatura, as imagens, as telas de pinturas, os símbolos, como possibilidade de leitura em sala de aula; os quais exigirão de seu aluno-leitor colaborações diferentes daquelas necessárias aos textos verbais. Nesses, o leitor deverá estar muito mais atento aos detalhes oferecidos nos traços, cores, formas, desenhos (PARANÁ, 2008, p. 72-73).

Pela leitura desses textos, sendo eles verbais ou não verbais, na perspectiva

do leitor os significados do texto dependem da contribuição do leitor; dos

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conhecimentos de mundo que tem armazenado, pois ao ler atribui significados ao

texto e ser capaz de compreender depende daquilo que conhece e acredita a priori.

Os conceitos presentes no texto evocam uma cadeia de conhecimentos prévios que

estão presentes na memória do leitor, possibilitando a compreensão e a produção da

escrita.

5 - USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS

Com a utilização das novas ferramentas tecnológicas em crescente aumento,

como internet, computador, cartão magnético, celular, caixa eletrônico etc., a

sociedade exige dos cidadãos que aprendam comportamentos e raciocínios

específicos. É por isso que estudiosos falam do surgimento de um novo tipo,

paradigma ou modalidade de letramento, que é chamado de letramento digital. Eles

consideram a necessidade de as pessoas dominarem informações e habilidades

mentais a serem trabalhadas pelas instituições de ensino, a fim de capacitar os alunos

cercados por máquinas eletrônicas e digitais neste novo milênio.

Para educadores e linguistas como Marcushi (2004), o mais recente desafio

pedagógico é letrar digitalmente uma nova geração de aprendizes, crianças

adolescentes e jovens que estão presenciando os avanços das tecnologias de

comunicação e informação. As escolas desenvolvem seu fundamental papel, que são

a alfabetização e o letramento, nas sociedades em que prevalecem a modalidade

escrita da língua, e elas contam com o auxilio dos meios de comunicação tradicionais

(TV, Rádio, Revistas, Jornais etc.) e os modernos (CD, CD-ROM, DVD, internet),

ajudando a aprendizagem da cultura da escrita. Sendo assim, a escola organiza os

conteúdos a serem aprendidos em programas e níveis de aprendizagem, estabelece

estratégias e permeia ou pune através de avaliação que ela cria. E, desse modo, o

letramento alfabético torna-se indispensável nas sociedades que valorizam a escrita.

De acordo com Kleiman (1995) e Soares (1998), alfabetizado é o sujeito que adquiriu

a tecnologia da escrita, mas ainda não se apropriou completamente das habilidades

da leitura e da escrita e produz textos simples como, bilhetes, pequenas frases, lista

de compras etc.

Para Barton e Hamilton (1998), o letramento é uma prática cultural, sócia e

historicamente estabelecida, que permite ao indivíduo apoderar-se de suas vantagens

e participar como cidadão do seu tempo. O letramento digital realiza a prática da

leitura e escrita diferentes das formas tradicionais que é o letramento e alfabetização.

Assume mudanças no ler e escrever os códigos e sinais verbais e não verbais

11

(imagens e desenhos), pois o suporte do texto digital é a tela digital. Os autores

defendem vários tipos de letramento:

Letramento não é o mesmo em todos os contextos; ao contrário, há diferentes letramentos. A noção de diferentes letramentos tem vários sentidos: por exemplo práticas que envolvem variadas mídias e sistemas simbólicos, tais como filmes ou computador podem ser considerados diferentes letramentos, como letramento fílmico e letramento computadocional (Computer literacy) (BARTON; HAMILTON, 1998, p. 9)

Isto é para mostrar o processo de observação e síntese de tipos de letramento

(alfabético + digital) que acontece agora. Contudo é condição fundamental para a

apropriação do letramento digital o domínio do letramento alfabético pelo aluno. Ou

seja, o letramento alfabético tem condições de se apropriar totalmente do letramento

digital, pois já adquiriu os conhecimentos necessários para atender e acompanhar.

Tanto se popularizou o acesso a internet que tem despertado a atenção dos

cientistas, que é comum se ver linguistas como (MARCUSCHI; XAVIER 2004),

dedicados a entender o fenômeno da comunicação digital. O interesse é justificado

pela internet gerar diversas formas do uso linguagem. Para Marcuschi e Xavier (2004),

a importância das tecnologias digitais na vida humana é questão de interesse nos

variados domínios de produção do saber. Pois, enquanto que a produção textual dos

escreventes brasileiros mostra que a prática dos blogs difere de uma prática diarista

tradicional.

Quanto a isso, segundo Marcuschi e Xavier (2004), se refere ao hipertexto que

pode ser entendido como uma forma híbrida, dinâmica e flexível de linguagem que

dialoga com outras interfaces semióticas, adicionada e condicionada à sua superfície

forma outra textualidade. No âmbito do hipertexto, permite o estabelecimento

constante de relações entre o texto que está sendo lido e outros textos a que ele está

se remetendo, estabelecendo uma ampla intertextualidade virtual. Permite que o leitor

tenha acesso a espaços virtuais utilizados para que ele possa interagir com o

escrevente do texto virtual, com comentários, opiniões, críticas, perguntas e

sugestões, o que caracteriza o hipertexto como texto interativo, em que o leitor é o seu

escrevente.

Nesse sentido, para Marcuschi (2001), o hipertexto possibilita a comunicação

entre duas ou mais pessoas mediadas pelo computador. Chamada de Comunicação

Mediada por Computador, este intercâmbio pela escrita com multiplicidade de

semioses: imagens, sons, texto escrito. Assim, a internet realiza a comunicação e uso

da linguagem através dos gêneros virtuais com interatividade, já que permite a

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interação entre o leitor e o texto, como é o caso dos ‘weblogs’ ou blogs, no sistema

virtual, e se caracteriza como diário virtual dos adolescentes.

As pessoas utilizam a escrita para conversar em tempo real, através do

computador, esta prática é comum e tem crescido muito que tal uso gera uma

verdadeira constelação de gêneros, linguagem. “Hoje, esta prática já é comum e tem

crescido tanto que os seus usos engendram uma verdadeira constelação de gêneros,

já que existem vários tipos de bate-papos, cujas funções sociais variam muito”

(ARAÚJO, 2006).

Contudo, segundo os PCN,

a discussão sobre a incorporação das novas tecnologias na prática de sala de aula é muitas vezes acompanhada pela crença de que elas podem substituir os professores em muitas circunstâncias. Existe o medo da máquina como se ela tivesse vida própria (BRASIL, 2002).

Porém, não há riscos de os professores serem substituídos pelos

computadores, mas os que sabem utilizá-los terão um campo de trabalho bem maior.

Inclusive, um dos mais importantes desafios apresentados pelas novas tecnologias é o

de que os professores compreendam a emergência de novos gêneros, o que já havia

sido pronunciado por Biasi–Rodrigues (1998).

Os desafios inquietam os professores que trabalham com o ensino de línguas,

e tal inquietação é confirmada pelo emprego de expressões criativas que desafiam as

situações comunicativas propiciadas pela internet. O Tsunami digital revela o quanto

os professores ainda se sentem inseguros em utilizar em sala de aula os cursos de

computador e, especificamente, a escrita eletrônica. De todo modo, na escola, um

grupo de “palavras novas” circula entre todos os estudantes: chats, email, blog,

fotologs, homepages, sites, lista de discussão e fóruns, Orkut, Facebook etc.

Estas palavras ainda trazem “informações léxico-neológicas, abertas no campo

da internet” (GALLI, 2004, p. 121), provocando algumas perturbações na ordem

escolar e designando as novas e diversificadas formas de socialização no meio digital.

Isso pode representar não apenas práticas linguareiras mais comuns do cotidiano,

como um verdadeiro tsunami digital que invade a “tranquilidade da paria” da escola

que de vez em quando os alunos dizem: vai lá no meu blog, cara; ou me add no teu

orkut; ou falei com uma gatinha no chat hoje.

Essa questão digital desafia a escola que, em alguns casos, desenvolve uma

espécie de fobia da internet. E, para realmente vencer o medo da escrita digital, a

escola deve aprender a olhar a língua com real interação dos paradoxos humanos. A

língua pode ser associada a um espaço acolhedor no qual os homens criam contratos

13

sociais de usos diversos, sempre de acordo com os gêneros dos discursos ali criados .

E, assim, a internet não representa ameaça para a língua visto que apenas amplia as

possibilidades de seus usos e, portanto, pode e deve ser objeto de reflexão, estudo e

uso na escola (COSCARELLI; RIBEIRO, 2005). Além disso, para que a escola entre

cada vez mais nesse campo, é preciso que haja políticas públicas muito sérias de

formação docente, que deem conta das especificidades da inserção da informática

dentro da escola. Considerando o fato de que a vida humana se modifica

constantemente, assim também é o interesse das pessoas pela internet, que tanto

atrai jovens crianças e adultos. Mas, se para alguns adultos ainda é difícil adaptar-se

às novas tecnologias, por anteriormente não viverem a escrita digital, por outro lado,

os jovens adaptaram-se rapidamente às tecnologias, pois navegam pela internet sem

grandes dificuldades e comunicam-se com os amigos por meio de muitos gêneros

digitais. Esse fato os faz estabelecer novas relações com a escrita (MARCUSCHI,

2001).

A atração que a internet exerce sobre as pessoas revela pela possibilidade de

reunir em um só suporte (a tela digital do computador) várias formas de expressão,

bem como a escrita, o som e a imagem, e considerando ainda a rapidez da veiculação

que se alia a flexibilidade linguística própria. Por isso, a internet é locus privilegiado

para o estudo da escrita, ainda que tal suporte digital se caracterize pela peculiar

heterogeneidade semiótica, de acordo com Marcuschi (2004), que é um dos pontos

primordiais da mídia virtual está focado na escrita, pois a tecnologia digital depende

totalmente da escrita.

Com relação à tecnologia de comunicação e à produção de linguagens, não há

como se tratar de educação nos dias atuais sem falar dos recursos que as mídias

oferecem e como estão sendo apropriadas pelas crianças e adolescentes na

construção de seu imaginário e produção de suas subjetividades e identidades.

(BUCKINGHAM, 2005; MORÁN. 1993). Morán afirma que:

A escola desvaloriza a imagem e toma as linguagens auditivas como negativas para o conhecimento. Ignora a televisão, o vídeo, exige somente o desenvolvimento da escrita e do raciocínio lógico. [...] Não se trata de após os meios de comunicação às técnicas convencionais da educação, mas de integrá-los, de aproximá-los para que a educação seja um processo completo, rico, estimulante (MORÁN, (1993, p. 3).

Uma abordagem na perspectiva dos usos sociais das tecnologias busca

problematizar as relações de demandas sociais. Segundo Silverstone; Hirsch:

14

Tecnologia é produzida em ambientes e contextos, como resultado de ações e decisões, interesses e visões de homens e mulheres em trabalho, em organizações e instituições com interesses econômicos e políticos complexos e cambiantes. [...] E tecnologias (tanto hardware como o software), [...] levou as marcas da sua capacidade de produzir valores sociais e políticos da sociedade que as criou (SILVERSTONE; HIRSCH, 1994, p. 3)

A escola é, afinal, local de encontro de pessoas que vivem uma mesma

comunicação. É local de direito de oportunidade de acesso à cultura, à informação e

ao conhecimento. Mas a escola precisa ser também, um local onde se pode ter uma

sociedade democrática, se construir essa experiência no dia-a-dia. Portanto, as ações

de mídia – educação precisam estar em diálogo não apenas com o projeto político-

pedagógico para a gestão participativa e democrática da escola e para a formação do

cidadão, que, segundo Silverstone (2003), a questão da cidadania no século XXI

requer um grau mais elevado de conhecimento em que o indivíduo possa ler os

produtos expostos na mídia e seja capaz de ser crítico, questionar tais estratégias.

Nesse sentido vai além das capacidades consideradas alfabetização em massa.

A mídia na educação oferece contribuições de caráter metodológico para que o

professor possa programar mudanças no sentido da prática da linguagem em sala de

aula. Silverstone (2003), mais uma vez sugere que a alfabetização em mídia é

necessária para os dias atuais, pois é fundamental na construção de identidade,

desperta o senso crítico de nós mesmos no mundo e na capacidade de agir nesse

mesmo universo.

Para Marcuschi (2004), o gênero digital está na lista dos “gêneros mais

conhecidos e que veem sendo estudados no momento”. Segundo o que afirma o

autor, o endereço eletrônico é um genuíno gênero digital, cuja função social é a de nos

proporcionar acessos a sites ou para uso de e-mail. Algumas características do

endereço eletrônico podem ser encontradas em Araújo (2005), para quem há dois

aspectos a ser observados para que se possam compreender algumas

particularidades desse gênero: “O primeiro é relativo ao endereço de caráter pessoal,

o e-mail, (...) e o segundo, diz respeito à composição do endereço de uma homepage.”

Como ressalta o autor, a composição desse gênero não pode de modo algum ser

alterada porque seu formato é rigorosamente padronizado.

O que, tanto Araújo (2003), quanto Marcuschi (2004) mostram que neste

gênero, a escrita se apresenta com algumas especificidades, como a completa

ausência de acentuação gráfica e diacrítica, e uma pontuação que se limita a presença

15

do ponto (no caso de e-mails) e dos dois pontos, no caso de endereço de sites, como

o <http://www.turmadamonica.com.br>.

Estas especificidades demarcam suas características linguísticas e, a partir

delas, os alunos demonstram avanços na aprendizagem da escrita, para o uso do

gênero corretamente. E podem aprender a descobrir a escrita a partir de situações

naturais de uso da linguagem na internet. O que à luz dessa atividade, os gêneros

digitais podem dar uma pertinente contribuição para o ensino da produção escrita de

alunos, o que requer uma implicação pedagógica muito importante, a escola precisa

se esforçar para testar “novos” caminhos para o ensino da escrita ou para re-significar

os que já existem de modo que se possa retirar o tom severo do discurso pedagógico.

O blog, ainda de acordo Marcushi (2004), é um gênero textual emergente na

atual sociedade, com linguagem própria demonstrada pelos blogueiros nas interações

realizadas nos blogs, por isso o texto em blog pode ser trabalhado por meio de

organização de grandes eixos temáticos ou em torno de gêneros textuais diversos.

Conhecendo as maneiras de se ensinar a escrita, o professor pode optar por

uma ação pedagógica que melhor se adapte à turma com a qual trabalha,

desenvolvendo um trabalho em sala, com os gêneros digitais, considerando que esses

gêneros estão intimamente ligados aos conhecimentos que o aluno já tem, e depois o

estudo textual e o que mais for planejado para o ensino. Quanto a isso, as pesquisas

de Oliveira (2009), com estudos realizados no campo da linguagem revelam que:

O ensino de língua materna a partir dos gêneros do discurso tem sido pensado como forma de criar no espaço escolar discussões a respeito dos discursos que circulam em diferentes campos. O professor tem nos gêneros a ferramenta para um trabalho de leitura e escrita que possa atender de maneira mais satisfatória ao aluno no seu desenvolvimento não só linguístico e textual, como na percepção dos discursos que o cercam. (OLIVEIRA, 2009, p. 76)

Conforme o autor, nesse caso, o professor tem a possibilidade de utilizar esses

gêneros e as ferramentas disponíveis para o ensino do texto. De acordo com Soares

(2008, p. 77), nesse sentido, “sabemos que os gêneros são socialmente adquiridos,

vale dizer que a criança, ao entrar na escola ou com alguns anos escolares, já foi

suficientemente exposta a algumas dessas manifestações textuais”. O que requer

muita sensibilidade por parte do professor em elaborar um material eficiente e criativo

para o estudo do texto verbal e não verbal, utilizando as ferramentas do gênero digital.

16

6 – PRODUÇÃO DE ESCRITA NA ESCOLA

A sequência de leitura escrita define estratégias que, para melhor

compreender, antes da escrita, é preciso ser trabalhado com a leitura com aluno a

motivação, explicar “o que” será escrito e “por que” será escrito. O professor deve

instigar os alunos a participar, para produzir a escrita, c

onstruindo a participação. Assim, durante a escrita, o aluno vai construir sentidos para

o texto, fazendo recapitulações. Para que o aluno possa verificar suas hipóteses, o

professor precisa fazer intervenções, para que ele faça inferências, que destaque os

elementos do gênero e do texto específico, identifique a articulação temporal, espacial

e lógica do texto, a coesão textual, identifique os recursos expressivos utilizados pelo

autor, para se posicionar diante da escrita.

Após a leitura, é preciso que o aluno continue compreendendo. É necessário

ampliar as referências culturais dos educandos, as relações entre as várias áreas de

conhecimentos implicadas no texto, a intertextualidade, identificando a ideia principal,

formulando respostas às histórias (oral) para que os alunos compreendam as pistas ao

longo da história, como pré-requisito para produzir a escrita.

Reescrever novos gêneros textuais a partir do tema. Todas as produções

poderão ser desenvolvidas através do blog, no laboratório de computadores que a

escola oferece.

Trabalhando o texto em sala de aula com leituras e atividades que orientem os

alunos a produzirem seus textos. Em seguida, o professor precisa realizar a correção

e intervenção , para que o aluno reescreva e poste o texto no blog, onde se conectará

para leitura e comentário dos colegas.

6.1 – Para compreender o texto

Para que o aluno compreenda o texto, seguimos a seguinte ordem:

�Solicitamos aos alunos que fizessem leituras com os colegas, visitando sites

educativos na internet.

�Selecionamos imagens diversas, com referência ao tema do texto.

�Escrita. Produção de textos feita pelos alunos.

�A avaliação se deu pela intervenção do professor, orientando a reescrita.

�O texto foi postado no blog;

�Os colegas fizeram a leitura dos textos postados no blogda turma;

17

�Os alunos fizeram comentários, interagiram, questionaram e opinaram sobre os

textos postados pelos colegas.

6.2 - A leitura.

É papel do professor educar para a sociedade atual, sendo que isso requer um

trabalho que não pode ficar preso apenas à transmissão de conhecimentos. É papel

da escola oferecer aos alunos as ferramentas necessárias para compreender e

selecionar informações presentes no mundo moderno, para construir a autonomia de

sua formação. A leitura do texto possibilita que o aluno entre em contato com a

linguagem, com o vocabulário e com as funções das tecnologias digitais.

A construção de sentido do texto é o trabalho realizado pelo professor e aluno

para decifrar informações textuais. Para tanto, há conhecimentos que devem ser

mobilizados durante o processo da leitura e compartilhados pelo professor durante as

atividades de leitura.

6.3 - A escrita

Para produzir o texto escrito, após a leitura e o que, nesse caso, conforme

Bakhtin, consideraremos que todo texto é organizado em um gênero, que são formas

relativamente estáveis de texto, disponíveis na cultura em diferentes momentos

históricos e se caracterizam por possuírem conteúdo temático específico, organização

composicional característica e recursos estilísticos próprios.

Considerando a diversidade presente, o trabalho apresentado nessa sequência

priorizou textos organizados em diferentes gêneros, procurando valorizar no aluno sua

capacidade linguística, sua leitura, sua escuta e sua produção de escrita. Após o

momento de os alunos escreverem seus textos, os mesmos foram lidos pela

professora, que fez a correção; e, em seguida, foram postados no blog.

6.4 - As Reflexões Linguísticas

Nesse ensino de língua materna, o aluno foi conduzido pelo professor à

reflexões sobre a linguagem e sobre o conhecimento linguístico que ocorre tanto no

discurso quanto na gramática do texto no blog. Os recursos linguísticos utilizados na

18

produção dos textos e os efeitos de sentidos provocados por esse uso, considerando

os aspectos do texto para estudar-lhes os sentidos.

Nessa prática pedagógica, realizamos, também, o trabalho com a linguagem

oral, considerando importantes recursos que podem ser utilizados e valorizaremos a

argumentação oral em debate sobre o tema proposto no texto blog.

Os alunos puderam falar sobre seus conhecimentos em tecnologias digitais e

sobre suas atividades e experiências com a internet, trocando conhecimentos e tirando

dúvidas para aprender mais. Questionar mais e despertar o interesse dos alunos.

6.5 - A Avaliação do Processo de Escrita

No processo de avaliação da escrita, é importante verificar o conhecimento

efetivamente adquirido pelos alunos. Quanto à produção do texto, a professora pôde

verificar pelas postagens no blog. Em relação ao conteúdo, os próprios alunos que

leram os textos uns dos outros e apresentaram questionamentos sobre o modo como

os assuntos foram abordados, discordando ou mesmo concordando com o texto do

colega.

Processos de produção da escrita em blog:

1ª ETAPA.

Para avaliar o que os alunos sabiam sobre o tema do texto proposto pela professora,

iniciando um diálogo para que todos participassem e trocassem experiências.

2ª ETAPA

Indicando a leitura do texto aos alunos e, com base nesse material, discutindo sobre

quais são as visões similares e quais são as mais diversificadas.

Estimulando o debate com os alunos.

3ª ETAPA

Pedindo aos alunos que pesquizassem diversos textos sobre o mesmo tema e

analizassem seus conteúdos, para levá-los a identificar os vários elementos

representados:

Qual a relação existente entre as informações disponíveis?

Pedindo que comparassem e respondessem:

A minha visão de mundo tem relação com o texto lido? Por quê?

19

4ª ETAPA

Propondo que os alunos buscassem no texto outras informações que ainda não

tivessem sido analisadas na etapa anterior.

Cada aluno deveria relacioná-las e partilhá-las com a turma, evitando as escolhas

repetidas.

Lugares, regiões desconhecidas e vocabulários que deveriam ser pesquisados no

dicionário para melhor compreensão do texto, porém o vocabulário poderia ser

estudado ainda em forma de jogos didáticos e atividades diversas com os alunos.

Como essas informações se relacionam com o texto para complementar o seu

sentido?

Produção: - Proposto que os alunos analizassem os estudos do texto e discutissem

entre si, partilhando seus pontos de vista. Perguntando o que as informações nos

diziam sobre a realidade. A intenção era a de que utilizassem o conhecimento que já

teriam adquirido com a análise do texto.

A produção de texto escrito em blog tem como objetivo que cada aluno produza seu

texto a partir de um olhar pessoal por um ângulo próprio da realidade.

7 - BLOG - RELATO DA EXPERIÊNCIA COM A FERRAMENTA

O blog é um ambiente pessoal na internet onde pessoas podem expressar

suas ideias de forma espontânea, sem preocupação em cumprir etiqueta ou

compromisso com a formalidade ou com as normas cultas da língua. Então, blog e

formalidade não combinam muito bem, pois permite que os blogueiros se expressem

informalmente.

Nós professores, ao adotarmos uma postura equilibrada, depositamos um

olhar valorativo ao blog, considerando pela Ciência da Linguagem, para a qual a

diversidade constitui a natureza humana. Desse modo, dúvidas e inseguranças com o

novo objeto de ensino-aprendizagem da linguagem propiciada pelo avanço das

tecnologias digitais, bem como as capacidades de linguagem apresentadas por jovens

adolescentes nas interações mediadas pelos blogs. Tendo como objetivo a existência

do gêneros textuais como pré-constituídos condutores de indexações sociais que

formam o quadro das produções verbais, há por outro lado, um agente singular na

situação de ação de linguagem, razão pela qual nosso enfoque está nos textos

produzidos pela intervenção das condições de produção, a interação e adaptação do

gênero escolhido, do qual emerge um texto em particular que nos leva a entender que

o blog é um objeto de interação dos adolescentes, que o acessam no seu dia a dia e

20

que pode ser transformado em objeto de ensino-aprendizagem da língua portuguesa,

contanto que o educador tome posse desse instrumento e o transforme em objeto de

ensino.(FÉLIS, 2008).

Por estar o blog inserido nas ações pedagógicas, o professor que se dedicar a

investir em sua prática como uma ferramenta de ensino e aprendizagem da escrita,

terá um valioso instrumento de trabalho para a produção textual na escola com os

alunos, pois são usados como forma de divulgar rapidamente ideias de modo simples

e rápido. Basicamente, o blog é um conjunto de mensagens longas ou curtas que são

conhecidas como posts e que são organizados em ordem decrescente da data da

postagem (MARCUSCHI, 2001).

Segundo Ramal (2002), os blogs abrem mais uma possibilidade de articulação

entre as linguagens oral e escrita. Essa relação produz sentido e fortalece as trocas

biológicas entre os sujeitos que navegam em situação de interlocução on-line, visto

que é dada, ao blogueiro, a alternativa de deixar o blog aberto a comentários e aos

visitantes.

No blog, as letras concretas e palpáveis transformam-se em bytes digitais; a

página em branco do caderno ou da agenda tornou-se o campo do monitor; o lápis é o

teclado e há certa separação entre o corpo real e o texto, virtual. Esse é o modo novo

de lidar com a escrita e as dúvidas de ortografias que surgem nesse campo,

caminham ao encontro do que é proposta na Língua Portuguesa. Há quanto a isso, no

entanto, preocupações de algumas instituições de ensino e professores, segundo

estudos realizados por Félis (2008), o gênero blog se apresenta nessa sequência:

- No cabeçalho é apresentado o nome do blog. - As laterais são usadas, em geral, para mostrar o perfil do dono do blog e seus contatos e, ainda, arquivos de textos e fotos já publicados, além de endereços e comentários recomendados pelo blogueiro. - O texto que se apresenta vem acompanhado de assinatura, data e horário em que foi escrito. O dono do blog coloca também atalhos para que o leitor possa encontrar outros textos com o mesmo tema, ou aos quais o texto principal faz alusão. - Há um espaço para que o leitor do blog deixe seu comentário. (FÉLIS, 2008, p. 67)

Félis (2008) afirma, ainda, que: “os blogs podem apresentar muitos desenhos,

figuras, letras ‘animadas’, inúmeros tipos de recursos são oferecidos aos bloggers e

que estão ao alcance de todos os que procuram um site para a construção do seu

próprio blog” (FÉLIS, 2008, p. 67)

21

Nesse mesmo sentido, o professor poderá lançar mão de tantos recursos

disponíveis que o blog pode oferecer para a realização de um trabalho diferenciado no

ensino da escrita na sala de aula.

O plano geral “refere-se à organização do conjunto que compreende o

conteúdo temático; mostra-se visível no processo da leitura e pode ser codificado num

resumo.” (BRONCKART, 1999, P.120).

Bronckart (1999) afirma que o plano geral do texto pode ter formas muito

diferentes, não só porque varia dependendo do gênero escolhido, mas também porque

os textos apresentam inúmeros fatores que os tornam únicos, como o tamanho, o

conteúdo temático, condições de produção entre outros. Pela densidade e variedade

dos planos globais dos textos, o autor afirma que os tipos de discursos e as formas de

planificação são as dimensões que mais pesam na infra-estrutura.

Na infra-estrutura geral do texto, Bronckart (1997/2003, p.120) localiza o plano

geral referindo-se a ele como sendo “a organização do conteúdo temático que se

mostra visível na leitura e é descodificável em um resumo”.

Os temas encontrados nos blogs são tão diversos quanto o horizonte

ideológico dos autores: tudo depende da faixa etária do blogger e da intenção que ele

teve ao criar seu blog. Para alguns é mais uma forma de expressar-se, de desvelar-se

diante de um destinatário virtual; para outros, é uma forma de diversão sem maiores

consequências; para outros, é uma ferramenta de trabalho e um espaço a mais para

reflexões e diversões.

Tais recursos mostram a postura dos blogueiros no momento da produção, e

podem, numa análise mais profunda, estar caracterizando a personalidade do

autor/dono da página. Caiado, (2007,apud ARAÚJO, 2006) afirma que o ciberespaço

confirma hoje uma nova era, a Era da Informática, das inúmeras janelas abertas, da

hipertextualidade, do diário virtual, de uma nova sociabilidade pela qual o sujeito

dialógico (BAKHTIN, 1992) interage, promovendo teias e redes de relações humanas.

Consideramos o que nos declara Marcuschi (2004, p. 14), quando afirma que

“uma etnografia da internet é de grande relevância para entender os hábitos sociais e

linguísticos das novas tribos da imensa rede mundial, que vem se avolumando e

diversificando a cada dia. (FÉLIS, 2008, P. 66-71).

Sendo assim, foi criado um blog – que é o

“http://www.pdesedineiaazarias.blogspot.com/”, com a finalidade de desenvolver a

prática do professor no Projeto de Desenvolvimento Educacional – PDE, com o

propósito de utilizar a ferramenta das tecnologias digitais no trabalho pedagógico do

ensino da linguagem para produzir a escrita do aluno em sala de aula, bem como a

postagem no blog para leitura e interação, pois, assim, puderam registrar seus

22

comentários pertinente ao texto do colega, da própria sala da 7ª série D, do Colégio

Estadual Dom Bosco, permitindo a outros alunos, colegas, professores e pais

interagirem, deixando seus comentários na página do blog.

Os textos verbais trabalhados em sala de aula com os alunos para leitura,

compreensão e produção da escrita em blog são estes: O texto Blog, que explica aos

alunos o próprio tema desse trabalho, esclarece e tira as dúvidas .

8 - TEXTOS

A internet, um novo veículo de comunicação e informação, tem possibilitado o

aparecimento de novos gêneros textuais. São exemplos desses novos gêneros o e-

mail, o diálogo virtual nas salas de bate-papo, o texto de opinião nos fóruns de

discussão da internet e, mais recentemente, o blog.

Veja o comentário que a revista Aprenda sem professor – Crie seu blog, (nº. 1)

faz a respeito dos blogs: Com o surgimento dos weblogs, popularmente conhecidos

como blogs, os diários eletrônicos, a net abriu as portas para milhares de anônimos

que começam a chamar a atenção das pessoas, ao esmiuçarem seus cotidianos,

criticar filmes ou simplesmente bater papo.

Existem vários sites e provedores de internet que explicam, passo a passo,

como montar um blog. Eis algumas sugestões:

- www.weblogger.com

- www.blog.uol.com.br

- www.blogger.com

- www.blig.com.br

Fonte: (CEREJA e MAGALHÃES, 2009, p. 167 – 168 – 6º ano)

Atividades de escrita em blog, sobre a presença da internet e do próprio Blog,

na vida dos alunos e do cidadão em geral, foram produzidos os textos, os quais estão

postados no Blog.

E, na sequência, temos o texto sobre o Bulling, que é um temaatual e muito

presente nas escolas nos dias de hoje. Por essarazão, vem acompanhado do texto

Lei, que representa o trabalho de leitura com a intertextualidade: Para refletir sobre o

bulling na escola.

23

Antes da leitura do texto Bulling na escola:

1) Levantamos hipóteses.

2) Formulamos outras hipóteses.

3) Fizemos os ajustes necessários.

4) Lemos as linhas, as entrelinhas e além das linhas.

Algumas perguntas de leitura lançadas:

- Quem são os responsáveis pelo agressor?

-Quais atitudes devem ser tomadas?

-Como deve ser orientado o educando para se proteger?

A mídia nos mostra, diariamente, o clima aterrorizante que assola as escolas

provocando pânico nos alunos, pais, professores, sendo que este clima acaba muitas

vezes provocando aversão nos alunos vitimizados.

O artigo 5º. da Constituição Federal de 1988 e o artigo 17 do ECA – Estatuto

da Criança e do Adolescente, dizem que:

Art. 5º. – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,

garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade

do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, e à propriedade.

Art. 17 – O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física,

psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem,

da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos

pessoais.

Nesse sentido, Chalita (2008) nos afirma que: “A violência e a injustiça são

problemas de todos. Quem permite a violência contra o outro, está implicitamente,

aceitando a violência contra si mesmo.” Ao dar atenção a essa reflexão, poderá se

observar que a sociedade é o resultado das atitudes de cada um de seus membros,

como as relações desestruturadas que ocorre na juventude, na formação de valores e

de caráter, irão refletir ao longo da vida dos alunos. BASTOS, M. A. In:

http://bullyingviolenciavelada.blogspot.com/ - acessado em 11/08/2011 (texto

adaptado) A memória do leitor.

Os conceitos presentes no texto sobre o Bulling evocam uma cadeia de

conhecimentos na memória do leitor, além do que os alunos tem a convivência diária

na escola com esse tema.

24

8.1 - INTERTEXTUALIDADE

A intertextualidade é procedimento indispensável para uma leitura mais

profunda, pois é uma modalidade que considera não somente o texto em si, mas

outros textos com os quais o texto atual mantém relações, sejam eles verbais ou não

verbais. Essa abordagem, que considera o texto em suas relações mais amplas, só foi

possível com o legado de Tynianov (1971) e de Bakthin (1992). Segundo essa

perspectiva, chegam-se a novas conclusões sobre as ligações entre os

textos.Lembrando que, como já dito, para Bakthin, o princípio dialógico é visto como

essencial a toda linguagem. A intertextualidade ocorre, então, quando há a

incorporação de um texto em outro, sendo que o intertexto serve para ilustrar a

importância do conhecimento de mundo e como este interfere no nível de

compreensão de textos.

8.2 – TEXTO: PROJETO DE LEI Nº. 6.481/09 DE 2009

Art. 3º. Entende-se por "bullying" a prática de atos de violência física ou psicológica, de

modo intencional e repetitivo, exercida por indivíduo ou grupos de indivíduos, contra

uma ou mais pessoas, com o objetivo de constranger, intimidar, agredir, causar dor,

angústia ou humilhação à vítima.

Projeto de lei 01-0069/2009 do Vereador Gabriel Chalita.

Atividades de Estudo –

-Fizemos a leitura do texto com os alunos

-Como esse texto significa. É transparente?

-Qual a ideologia presente no texto?

-Fizemos a analogia com fatos atuais próximos ou acessíveis aos alunos.

(Consideramos notícias atualizadas)

-A escrita foi produzida partindo do tema estudado, o Bulling na escola. Assim, os

textos produzidos pelos alunos, sobre esse tema, estão devidamente postados no

Blog, já mencionado.

Na sequência, trabalhamos outro gênero textual, a poesia, e foi trabalhada a

estética, bem como seu tema de forma especial, como vemos; e a interdisciplinaridade

deste texto, foi feita com a disciplina de História, pois seu tema assim favorece,

vejamos:

25

8.3 – TEXTO: A ROSA DE HIROSHIMA

Para a atividade de apoio ao Estudo do texto, foi realizada a leitura do texto A

Rosa de Hiroshima, de Vinícius de Moraes, e realizada a seguinte reflexão:

Esse texto é um poema de cunho social do poeta brasileiro Vinícius de Moraes,

(1913-1980) que, abordada numa linguagem de requinte, as consequências

dramáticas e horríveis provocadas pela explosão da bomba atômica lançada pelo EUA

sobre a cidade japonesa de Hiroshima e Nagasaki, em 1945, durante a segunda

Guerra Mundial, que causou a morte de mais de 260 mil pessoas como também

sequelas em todos que sofreram contato com a radioatividade. A leitura do poema é

feita com os alunos com esse novo olhar. Quanto ao gênero da poesia, é observado

que a metáfora estabelece posição de igualdade com a omissão da partícula

comparativa, que, no caso, a palavra bomba não é a explícita no poema. Sua ideia,

porém, é transferida para o substantivo rosa na expressão desde o início, no título

“Rosa de Hiroshima. ao interlocutor.

Essa atividade propiciou, também, um aprimoramento de habilidades de leitura

e escrita, ao mesmo tempo em que leva o aluno a refletir sobre problemas do do

mundo – e do Brasil, tais como: desigualdades sociais, fome, desemprego, relação ser

humano x meio ambiente, ser humano x ser humano etc. Essa leitura de texto, de

mundo, tem a finalidade de chamar a atenção dos alunos para temas atuais,

motivando-os a pensar em soluções para salvaguardar o presente e o futuro do

planeta e do ser humano.

Para isso, a importância de fazer os alunos observarem a intencionalidade do

autor ao fazer uso do tema que envolve interesses culturais e propicia formas distintas

de interpretar um fato e questioná-lo. Destacar ao aluno que a tolerância e o diálogo

são os melhores meios de se resolver os desentendimentos entre as pessoas e entre

as nações. Numa leitura crítica do texto com os alunos, é válido utilizar outras vozes,

que são incorporadas ao texto, declarações e informações de diversos autores, para

sustentar e dar força à fala do autor, na poesia A Rosa de Hiroshima, que é definida

ao abordar situações relacionadas à organização da sociedade, sobre as quais o

poeta, em geral, procura expor seu ponto de vista: indignação, revolta, tristeza etc. E,

quanto a isso, o aluno-leitor é levado a ser competente e a ler procurando sentidos,

emoções, intenções, ditos e pressupostos.

Atividades de Estudo – Fizemos a leitura do texto juntamente com os alunos.

- Pesquisamos sobre o tema em sites educativos na internet;

- Selecionamos outros textos e imagens referentes a esse tema;

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- Analisamos essa realidade contada em versos por Vinícius de Moraes no século

passado, sobre a guerra, a bomba atômica e seus horrores.

- Questionamos se essa realidade ainda é atual, se está presente nos dias de hoje. E

o que mudou ou não nesse novo milênio?

- Que situações atuais ocorreram no Japão, semelhantes a essa do poema de Vinícius

de Moraes? (Comentaram, citando exemplo recente de radiação), nesse caso nos

referimos ao atual tsunami e à explosão da usina nuclear, com consequências

desastrosas, que ocorreu nesse ano de 2.011.

- Que males a radiação pode causar às pessoas e ao meio ambiente?

- Aparelhos como o celular, o microondas etc. transmitem radiação.

Pesquisaram e comentaram sobre tais acontecimentos em seus textos produzidos.

8.4 – INTERDISCIPLINARIDADE

A interdisciplinaridade foi realizada com a disciplina de História, pois a poesia A Rosa

de Hiroshima se refere à segunda Guerra Mundial, que é conteúdo dessa disciplina.

As atividades de estudo realizadas foram essas:

1- Pesquisar quais são os países que motivaram a segunda Guerra Mundial.

2- Em que ano ocorreu a Segunda Guerra Mundial?

3- Quais consequências essa guerra trouxe para a humanidade?

4- Qual país lançou a bomba atômica sobre o Japão?

5- Quais cidades do Japão foram alvo da bomba atômica?

6- Quais acontecimentos atuais assolaram o Japão nesse ano e que relação há entre

o terror da bomba atômica e esses acontecimentos?

8.5 - TEXTO NÃO VERBAL: breve reflexão

“A escrita apresenta elementos significativos próprios, ausentes da fala, tais

como o tamanho e tipo de letras, cores e formatos, elementos pictóricos que operam

como gestos, mímica é graficamente representados” (MARCUSCHI, 2005, p. 17).

Considerando as peculiaridades do texto não verbal, o ato de ler corresponde

a uma interação entre autor/obra/leitor. A leitura é compreendida como um ato

dialógico, como afirma Bakhtin (1992), que envolve demandas sociais, políticas,

históricas, econômicas, pedagógicas, pessoais, ideológicas de um determinado tempo.

Ao ler o texto verbal e o não verbal, a pessoa resgata de sua memória, suas

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experiências, os seus conhecimentos acumulados sobre a família, religião, cultura,

enfim todas as vezes que o constitui, para ler, compreender tal texto.

Nesse sentido, Oliveira (2009) afirma que: “aluno em sala não pode ser tratado

como leitor comum. Este já se habituou à recepção informativa dos meios de

comunicação”. Ainda, para Oliveira (2009), a história do livro didático de língua

portuguesa nos mostra que só há pouco mais de duas décadas os gêneros da

imprensa passam a fazer parte dos manuais didáticos, antes formados por verdadeiras

antologias de textos literários. As notícias, reportagens, editoriais, artigos de opinião,

entrevistas, charges etc. são alguns dos gêneros jornalísticos que começaram a

frequentar a sala de aula a partir do livro didático, das apostilas, dos próprios jornais e

revistas levados por professores, não só de Língua Portuguesa, como também de

outras disciplinas. Contudo, hoje essa presença é notória, legitimada por documentos,

como os PCN, e por estudiosos e professores que sinalizam para a necessidade do

tratamento da diversidade de textos em sala de aula. Desse modo, vendo a linguagem

como algo concreto, fruto da interação entre os sujeitos em sociedade, não só inspirou

pesquisadores e professores preocupados com o ensino da Língua Portuguesa, como

também vem se solidificando com uma nova de encarar o texto na escola, no trabalho

com a leitura, escrita e análise linguística.

Mesmo assim, fazemos ressalvas quanto à abordagem dos gêneros,

principalmente a partir da concepção bakhtiniana de linguagem e gêneros discursivos,

que trata os enunciados não apenas nos seus aspectos verbais, mas leva em

consideração todo processo de produção, circulação e recepção, nos diversos campos

da linguagem. É certo que grande parte do repertório dos gêneros utilizados pela

escola vem do campo jornalístico, que atende as necessidades do meio em que

circulam, (re)produzindo discursos dos diferentes momentos sócio-históricos e

ideológicos. Contudo, uma transposição didática de textos que circulam socialmente

requer reparos dos vários sujeitos que compõem o sistema de ensino.

Sendo trabalhados os seguintes questionamentos:

- Quais conhecimentos são necessários para compreender o texto não verbal?

- Quais reflexões provocam o texto não verbal aqui apresentado?

- Quais sentidos e emoções essas imagens provocam em você?

1- Será que há apenas uma forma de comunicação entre as pessoas?

2- Será que uma obra de arte ou uma pintura também pode nos falar alguma

coisa?

28

A ÚLTIMA CEIA

O LAVRADOR DE CAFÉ

1- Observe e identifique os elementos que há no quadro O Lavrador de café, de Portinari. 2- Em que plano aparece o homem no quadro e como ele se apresenta? 3 – Em O Lavrador de Café, o que representa; - O personagem? - O trabalho do personagem?

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CHARGE ILHA DAS FLORES

1 – O que representa o lixo na vida das pessoas mais ricas e na vida das pessoas mais pobres?

2 - Você sabe o que é a Ilha das Flores? Atividade de apoio ao estudo do texto não verbal – 6

FILME – Ilha das flores - Foi observar o filme Ilha das flores e fazer uma relação com a charge

de mesmo nome.

A EVOLUÇÃO DO HOMEM

1- Observar essa imagem Evolução humana, de Charles Darwin. O que o autor demonstra com ela?

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2- CHARGE A EVOLUÇÃO DO HOMEM

1- Faça uma relação da charge A Evolução do Homem com Evolução humana, de Darwin. 2- E para você, o que significam os avanços da tecnologia? 3- Apresente alguns aspectos positivos e negativos da evolução humana: .

1- Nessa charge o que representa cada era da evolução humana? 2- Nessa evolução o que parece ser igual, em todas as eras? Explique a ação do homem.

8.6 - TEXTOS DOS ALUNOS

Shirley S. F. Oct 1, 2011 05:35 AM Com o uso das tecnologias digitais as aulas são melhores, pois permite fazermos pesquisar no computador e aprendermos muito mais coisas pela internet.

Bruno de S. A. Oct 1, 2011 05:39 AM .OS BENEFÍCIOS DA INTERNET.

Hoje em dia a internet tem vários benefícios como o de fazer pesquisas, fazer login, orkut e msn. A internet hoje já é mais desenvolvida, as pessoas podem conversar com os amigos, parentes por meio da internet. A internet tem vários acessos em notícias, esportes, em vídeos e principalmente em blogs que servem para as pessoas postar textos e comentar sobre os textos das outras pessoas. A internet é bastante acessada pelo mundo inteiro pelos benefícios que a internet oferece.

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Wagner A V. Oct 1, 2011 05:44 AM .Eu gostei muito de aprendemos língua portuguesa na sala de aula e postar nossos trabalho no blog educativo assim podemos ver nosso trabalho publicado, podemos ler o trabalho dos colegas, interagir, pesquisas e aprendemos muito mais. A internet nos ajuda mesmo!

Patricia L. M. Oct 8, 2011 05:58 AM. Quem usa a internet, sabe que ela é

muito boa para qualquer finalidade que nos interessar. E um do site mais famoso é o google nele podemos encontrar tudo que procuramos, vídeos, músicas , receitas e notícias do mundo todo e muito mais. Através da internet, podemos falar com outras pessoas do outro lado do mundo. E até arrumar namorados. E sentado numa cadeira ou em qualquer lugar podemos fazer uma viagem conhecer outras cidades, pessoas e até países pela a internet. E também podemos aprender e acumular conhecimento, podemos fazer faculdades e si formar. Podemos também jogar todos os tipos de jogos. E podemos compra de tudo pela internet. Não sei você, mas eu adoro a internet!!!

Vitor H. S. Oct 8, 2011 05:57 AM. BULLING

A prática de atos agressivos contra colegas em sala de aula, conhecida como bulling palavra de origem inglesa que significa tiranizar, ameaçar, oprimir, amedrontar e intimidar vai ser objeto da atenção e da ação de uma equipe multidisciplinar a ser organizada em cada escola do estado. O bulling é uma forma de violência moral caracterizado por meio de ações praticadas por crianças e jovens com o objetivo de mostrar poder de, humilhar, ofender é agredir um ao outro. No site capricho tem um blog que tem o nome "diga não ao bulling, nele fala de pessoas famosas e não famosas que sofreram bulling . entre muitos entrevistados Selena Gomez foi uma delas que sofreu o bulling.

Bruno S. R .Oct 18, 2011 09:55 AM. Opinião da professora Naide Oliveira

sobre o bulling: Na opinião da professora Naide Oliveira, diz que o bulling é uma atitude ou comportamento que deve ser abolido de qualquer meio social, pois ele pode causar á pessoa que recebe este tratamento, sério danos psicológicos, transtornos, medo, entre outros, podendo afastá-lo da convivência com outras pessoas, levando-o a se isolar de tudo e de todos. Além desses comportamentos causado pelo bulling, a pessoa que sofre ou sofreu por causa desse ato pode,a curto ou longo prazo de desenvolver comportamentos agressivos, tentando revidar o seu agressor, podendo levá-lo até ao suicídio ou assassinato. A professora Naide diz que já sofreu bulling na sua adolescência, mas ela não tinha consciência do que era bulling.

Wilian de M. S. Oct 18, 2011 08:58 AM .OMS anuncia que radiação de celular pode causar câncer As radiações emitidas por telefones celulares foram classificados como "possivelmente cancerígena para os seres humanos" pela Organização Mundial de Saúde (OMS)hoje (31). A agência lista o uso de telefone móvel como potencial causador de câncer, mesma categoria do chumbo, escapamento de motor de carro e clorofórmio. A informação foi publicada no site CNN Health. Radiação dos fornos microondas: perigo para a saúde Um estudo de curta duração encontrou significantes mudanças no sangue de indivíduos

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consumidores de leite e vegetais preparados em microondas. Oito voluntários comeram várias combinações dos mesmos tipos de alimentos, porém, cozidos por processos diferentes. Todos os alimentos, porém, cozidos por processos diferentes. Todos os alimentos que foram preparados em fornos a microondas provocaram mudanças no sangue dos voluntários. O nível da hemonogia diminuiu e, além disso, o nível dos glóbulos brancos e o nível do colesterol aumentaram e o nível de linfócito também diminuiu.

9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto, foi possível concluir, no decorrer deste trabalho, diversas

ações foram desenvolvidas para promover a inserção das novas tecnologias digitais

em processos educativos do ensino da leitura, bem como da escrita para produzir o

gênero textual da escrita em Blog, Na elaboração deste trabalho, foi observado que o

processo de ensino e aprendizagem da escrita depende muito da articulação entre as

principais instituições educadoras, a família, a sociedade e a escola. Não é suficiente

que o governo estabeleça metas e normas se não há uma política de incentivos

financeiros para melhorar a estrutura dos locais de aula, a qualificação dos

professores, recursos didáticos, acesso as novas tecnologias, participação da família e

da sociedade civil de forma solidária, aliados ao acesso à cultura em ambientes

computadorizados que possam contribuir para uma educação de qualidade que não

visa apenas estatística, mas a ampliação do mundo do educando, o acesso ao mundo

digital letrado, ou seja, a um novo mundo a ser descoberto e desbravado.

Finalmente, após uma reflexão no âmbito do uso das tecnologias digitais no

processo do ensino da escrita em Blog, mostrando que o conhecimento científico é o

resultado do trabalho material de todos os homens e mulheres, portanto, é mutável,

contraditório, histórico e não fragmentado. E ainda, a função da escola é elevar a

consciência do educando no senso comum para o bom senso, visto que o homem não

nasce homem, mas ele se torna homem, humano com o convívio social, sendo que a

sala de aula é o lugar para o homem ser social e humano.

O desafio dos educadores engajados na escola pelo letramento, inclusive o

letramento digital, é acreditar na mudança das relações sociais, inclusive no trabalho

pedagógico realizado na sala de aula das escolas, onde é possível os alunos fazerem

uso das tecnologias digitais, utilizando o blog para produzir textos, interagir com os

textos dos colegas da sala de aula e refletirem sobre os temas propostos.

Foi possível entender, ainda, que a prática do ensino da escrita em blog não é

simplesmente uma criação de indivíduos no cenário da sala de aula de uma escola.

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Está, contudo, formada por estruturas que transcendem o poder de educadores e

educandos para realizar a mudança. Essa estruturação é evidenciada na seleção, na

sequência e na organização dos conteúdos do currículo; Consequentemente a

realidade pode ser transformada porque o processo de interações inovadoras requer

novas condições profissionais, e novos espaços para ir situando projetos como a

escrita em Blog, nos retalhos de nova cultura que emergem na sala de aula. Como

todo processo de mudança conduz inevitavelmente a confrontos polêmicos, dentro de

uma realidade que tem sido obviamente uma modificação da realidade. Importante foi

descobrir e compreender que para transformar o ensino utilizando as ferramentas

digitais para o ensino da escrita em blog, é necessário que o professor também

acredite que é possível utilizar o computador e ter bons resultados, como os nossos

surpreendentes.

A pesquisa nos conduziu à conclusão de que o blog é um gênero textual

emergente do hipertexto, em nossas práticas sociais, isso significa para o professor

um grande desafio a ser enfrentado na sala de aula, como afirma (FÉLIS, 2008), o

blog é um objeto de interação que está presente no cotidiano de nossos jovens e o

mesmo poderá ser transformado em objeto de ensino-aprendizagem da Língua

Portuguesa, na medida em que também o professor tome posse desse instrumento,

apontando as direções ensináveis da ferramenta que possibilitam sua abordagem

como objeto de ensino.

Nossos dados apontam apenas um dos inúmeros caminhos que se podem

seguir para produzir mais conhecimentos sobre a apropriação ou não da linguagem ao

momento de produção. O que é importante lembrar é que, frente a muitas dúvidas e

limitações, o professor necessita apresentar ao alunado todas as formas de

linguagem, para que eles façam suas escolhas e interajam com sucesso, em todas as

áreas de comunicação da sociedade.

Esperamos que nosso trabalho possa contribuir para produzir questionamentos

sobre o uso dos gêneros na área digital em sala de aula, embora muitos professores

desejem trabalhar as práticas da linguagem configuradas nos gêneros, mas não

dispõem de condições adequadas de fazê-lo pois, de acordo com Félis (2008, falta

embasamento teórico e metodológico em sua formação docente, para tratar os

gêneros como objeto de ensino, efetivamente.

É, certamente, nesse sentido, que desejo deixar as minhas contribuições para

os desafios que a educação nos apresenta a cada dia, para o letramento escolar e o

letramento digital, ao apresentar as minhas reflexões sobre o hipertexto, as

tecnologias digitais e sobre o gênero blog, podendo servir de enfoque para a

abordagem de outros gêneros digitais. Isto é, o trabalho que acabamos de realizar

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pode servir como ponto de partida para um novo trajeto didático-pedagógico, que se

encontra em meio ao currículo escolar.

10 – REFERÊNCIAS

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