programa catarinense de desenvolvimento regional e ... · por acaso, em 1827, as pedras que ardiam...

202
Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e Setorial PCDRS Desenvolvimento Tecnológico Regional DTR Região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera AMREC Revisão 04 – Abril/2005 Florianópolis, 2005

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Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e Setorial •

PCDRS

Desenvolvimento Tecnológico Regional •

DTR

Região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera •

AMREC

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2005

Florianópolis, 2005
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DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO REGIONAL

DIRETORIA

Presidente José Fernando Xavier Faraco

Diretoria Executiva

Diretor Superintendente Jaime Oltramari

Diretor Técnico Jaime Oltramari

Diretor Administrativo e Financeiro Carlos Henrique Ramos Fonseca

DIRETORIA

Presidente do Conselho Deliberativo Armando César Hess de Souza

Diretoria Executiva

Diretor Superintendente Carlos Guilherme Zigelli

Diretor Técnico Anacleto Angelo Ortigara

Diretor Administrativo Financeiro José Alaor Bernardes

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EQUIPE TÉCNICA

Gerência de Projetos Regionais e Setoriais do SEBRAE/SC Marcondes da Silva Cândido

Coordenador da Unidade de Desenvolvimento Regional e Setorial do IEL/SC Osny Taborda Ribas Junior

Gestor da ADR/DTR – SEBRAE/SC Wilson Sanches Rodrigues

Agente de Articulação do SEBRAE/SC Murilo Emanuel Gelosa – Criciúma

Colaboradores do IEL/SC Adriano de Medeiros Caldas

Ana Rúbia Dela Justina Becker André Arthur Dutra

Daniel Bloemer Everaldo Irineu Levartoski de Araújo

Fabio Miguel de Souza Fátima Maria Franz Hermes

Fausto Ricardo Keske Cassemiro Jorge Alberto Saldanha

Nasser Younes Rafael Ernesto Kieckbusch

Ronaldo Cimetta Sandra Grellmann

Sandro Wojcikiewicz da Silveira

Estagiários do IEL/SC Carolina Pereira Laurindo Fernando Machado Pereira

Rodrigo Nicola Sehbe

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ÍÍÍnnndddiiiccceee

APRESENTAÇÃO .......................................................................................................XV

CAPÍTULO 1 – CARACTERIZAÇÃO REGIONAL ..................................................... 01

1.1 Introdução ............................................................................................................ 03

1.2 Raízes históricas .................................................................................................. 05

1.3 População Residente ........................................................................................... 13

1.4 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal ................................................ 19

1.5 Instituições de Cultura ......................................................................................... 25

1.6 Infra-Estrutura....................................................................................................... 27

1.6.1 Transporte Rodoviário ......................................................................................... 30

1.6.2 Transporte Ferroviário ......................................................................................... 33

1.6.3 Transporte Hidroviário ......................................................................................... 36

1.6.4 Transporte Aeroviário .......................................................................................... 40

1.6.5 Energia Elétrica ................................................................................................... 42

1.6.6 Gás Natural.......................................................................................................... 46

1.6.7 Telecomunicações............................................................................................... 47

1.6.8 Água e Saneamento............................................................................................ 48

1.7 Atividade Econômica ........................................................................................... 51

1.7.1 Produto Interno Bruto – PIB ................................................................................ 53

1.7.2 Valor Adicionado.................................................................................................. 55

1.7.3 Recolhimento do ICMS........................................................................................ 59

1.7.4 Recolhimento de Impostos Municipais ................................................................ 60

1.7.5 Empregados e Estabelecimentos ........................................................................ 61

1.8 Segmentos Econômicos Estratégicos ............................................................... 69

1.8.1 Metodologia de Identificação de Segmentos Econômicos Estratégicos ............. 70

1.8.2 Metalurgia Básica, Fabricação de Produtos de Metal, Máquinas e Equip. ......... 74

1.8.3 Extração e Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos ......................... 86

1.8.4 Fabricação de Produtos Têxteis e Confecção de Artigos do Vestuário .............. 94

1.8.5 Extração de Carvão Mineral, Fabricação de Produtos Químicos, Material Plástico e

Coquerias ................................................................................................................... 102

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1.8.6 Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas................................................113

1.8 Mapa de Oferta Tecnológica .............................................................................119

1.8.1 Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC – Campus Criciúma .......120

1.8.2 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI de Criciúma.................122

1.8.3 Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio – SENAC de Criciúma .........123

1.8.4 Cursos Técnicos na Região de Criciúma e Cocal do Sul...................................124

CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO ........................................125

2.1 Introdução ...........................................................................................................127

2.2 Capacitações .......................................................................................................128

2.2.1 Liderança & Motivação para o Desenvolvimento Regional................................128

2.2.2 Técnicas e Instrumentos de Planejamento, Monitoria e Avaliação de Projetos.129

2.3 Painel Temático.....................................................................................................131

2.3.1 Painel Temático da Indústria Química ...............................................................131

CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA..................135

3.1 Seção 1 - Introdução ..........................................................................................137

3.2 Seção 2 – Metodologia Utilizada........................................................................138

3.2.1 Fatores Críticos de Sucesso ..............................................................................139

3.2.2 Diamante de Competitividade de Porter ............................................................141

3.3 Seção 3 – Resultados Obtidos...........................................................................144

3.3.1 Fatores Críticos de Sucesso ..............................................................................144

3.3.2 Diamante de Competitividade de Porter ............................................................157

3.4 Seção 4 – Conclusões e Recomendações........................................................167

3.5 Seção 5 – Encaminhamentos das Ações Sugeridas .......................................168

3.5.1 IEL Pesquisa – Pesquisa de Mercado ...............................................................169

3.5.2 Produção + Limpa ..............................................................................................172

3.5.3 Compre Fácil ......................................................................................................176

3.5.4 Projeto Design Catarina .....................................................................................177

3.6 Bibliografia...........................................................................................................180

3.7 Anexos .................................................................................................................181

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APRESENTAÇÃO • ADRC

IX

Apresentação

Nos últimos anos ocorreram importantes mudanças no cenário mundial, principalmente

em países em desenvolvimento como o Brasil. Isto requer novas diretrizes

metodológicas e técnicas que sejam capazes de responder efetivamente às questões

relacionadas ao desenvolvimento em âmbito regional. O processo de crescimento

econômico deve ser promovido além do contexto puramente econômico, atentando para

os inevitáveis reflexos sociais, ambientais e políticos, para que se obtenha, efetivamente,

um desenvolvimento integrado na região. Para alcançá-lo, sustentavelmente, faz-se

necessário à existência de empresas bem sucedidas e comprometidas com a qualidade

de vida da população local. Entretanto, essas organizações devem buscar

constantemente a inovação e as maneiras de aumentar sua competitividade. Dessa

forma, é necessária uma nova forma de entender o desenvolvimento regional.

Através da aplicação da metodologia do Desenvolvimento Tecnológico Regional – DTR

criou-se a Agência de Desenvolvimento Regional da AMREC com abrangência em onze

municípios. Os trabalhos tiveram início em dezembro de 2003 sob a coordenação do

Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina – IEL/SC. A figura 1 apresenta um mapa

temático com o território de abrangência da agência.

Com o intuito de intervir no foco do desenvolvimento regional, o Serviço Brasileiro de

Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina – SEBRAE/SC, em conjunto

com o Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina – IEL/SC, desenvolvem o Programa

Catarinense de Desenvolvimento Regional e Setorial – PCDRS. Deste programa, fazem

parte algumas metodologias, entre as quais, o Desenvolvimento Tecnológico Regional –

DTR e a Estruturação de Agência de Desenvolvimento Regional – ADR.

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APRESENTAÇÃO • ADRC

X

Cocal do Sul

Criciúma

Forquilhinha Içara

Lauro Muller

Morro da FumaçaNova Veneza

Orleans

Siderópolis

Treviso Urussanga

Figura 1 Mapa indicando a região da ADRC no território catarinense

Fonte: Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, 2004.

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CARACT L

CAPÍTULO 1

ERIZAÇÃO REGIONA

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CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 2005 • ADRC 3

1.1 Introdução

A AMREC é originária da AMSESC, que compreendia Lauro Muller, Urussanga, Morro

da Fumaça, Içara, até Praia Grande, Passo de Torres e São João do Sul. Em 1983 foi

desmembrada em duas Associações AMREC e AMESC. A AMREC foi fundada em 25

de abril de 1983 com 07 municípios, integrada por Criciúma (sede), Içara, Lauro

Muller, Morro da Fumaça, Nova Veneza, Siderópolis e Urussanga. Posteriormente veio

Forquilhinha, Cocal do Sul e Treviso.

O território que compõe a Associação dos Municípios da Região Carbonífera - AMREC

compreende uma área total de 2.686 km², correspondente a 2,23% do total do Estado,

espalhados por 11 municípios, totalizando 344.778 habitantes e está situada entre os

paralelos 29° 05’, (latitude sul) e 29° 40’ (latitude norte) e meridianos 49° 45’ (longitude

oeste) e 49° 05’ (longitude leste). Limita-se ao norte com a Associação dos Municípios

da Região de Laguna - AMUREL, ao leste com AMUREL e o Oceano Atlântico, ao Sul

com a Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense - AMESC e a oeste

com a Associação dos Municípios da Região Serrana - AMURES.

Convém observar que, devido ao grande crescimento no número de municípios e à

expansão dos perímetros urbanos, estima-se que existam habitantes classificados

como urbanos que vivem da exploração agropecuária, isto porque suas propriedades

estão localizadas dentro dos perímetros urbanos. A tabela 1 apresenta os dados

gerais da região.

Os municípios que são filiados a AMREC são:

Cocal do Sul

Criciúma

Forquilhinha

Içara

Lauro Müller

Morro da Fumaça

Nova Veneza

Orleans

Siderópolis

Treviso

Urussanga

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CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 2005 • ADRC 4

Tabela 1 - Dados gerais sobre os municípios da região da ADRC

Municípios

Áre

a (k

m2)

Popu

laçã

o Es

timad

a (2

004)

% P

opul

ação

urb

ano

(200

0)

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os

(200

3)

Núm

ero

de E

mpr

esas

(2

003)

Cocal do Sul 78,5 14.662 83,11% 16,89% 9,93 0,823 7.506 132.592.739,00 3.066 588

Criciúma 210 182.785 89,81% 10,19% 7,11 0,822 6.877 795.277.120,00 41.097 10.484

Forquilhinha 184 20.549 79,33% 20,67% 13,92 0,797 6.342 121.705.446,00 3.905 784

Içara 316 54.041 81,36% 18,64% 15,53 0,780 2.663 156.677.449,00 7.872 1.752

Lauro Müller 267 13.434 72,94% 27,06% 1,86 0,800 4.587 49.958.196,00 1.418 409

Morro da Fumaça 83 15.668 76,65% 23,35% 8,68 0,804 6.539 77.315.092,00 3.974 780

Nova Veneza 290 12.339 62,54% 37,46% 15,48 0,813 5.487 86.689.818,00 4.935 609

Orleans 600 20.026 63,97% 36,03% -5,94 0,814 5.879 60.883.268,00 4.460 1.132

Siderópolis 262 12.776 75,34% 24,66% 10,93 0,817 5.625 84.282.555,00 2.418 409

Treviso 157 3.393 49,65% 50,35% 16,53 0,806 9.674 57.789.175,00 901 66

Urussanga 237 19.110 56,87% 43,13% 3,44 0,845 5.456 108.660.243,00 4.039 822

Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2002.

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CAPÍTULO 1 – RAÍZES H

1.2 Raízes Históricas

Bem antes de sua efetiva ocupação, o território que hoje compõe a microrregião da

AMREC fora visitado por exploradores diversos, inclusive bandeirantes notadamente na

primeira metade do Século XIX.

Font

A fundação efetiv

décadas do refer

1878, por 76 fam

Beluno, Treviso,

companhia coloni

Tubarão, em 190

Siderópolis (nasc

ocupada em 1910

descendentes de

ocupação de Cric

ISTÓRICAS 2005 • ADRC

5

Figura 2 - Desmembramentos municipais da AMREC

e: AMREC. Internet: http://www.amrec.com.br/ Acesso em: 06/07/2004.

a desses núcleos, contudo, somente se concretizou nas três últimas

ido século, em três pontos distintos: (a) fundação de Urussanga em

ílias de imigrantes italianos, oriundos do norte da Itália (províncias de

Vicenza, Udine, Pádua, Mântua e Verona) e que faziam parte de uma

zadora. Esse núcleo inicial, logo transformado em vila, emancipou-se de

0 e, do seu território, originaram-se três vilas, futuros municípios:

ida como Nova Bellumo), colonizada em 1891, Morro da Fumaça,

e Cocal do Sul, fundada em 1895, os três colonizados, também, por

imigrantes do norte da península italiana; (b) fundação e efetiva

iúma (batizada como São José de Cresciuma), em 06.01.1880, por 22

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CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC

6

famílias italianas, das regiões de Veneza, Beluno e Treviso. Essa leva de colonizadores

seria seguida, pouco depois, por poloneses (189I), fixados em Linha Batista e Linha Anta.

Em 1908, diversas famílias oriundas do Vale do Braço do Norte fundaram a colônia São

Bento Baixo, mais tarde, em 1912, Forquilhinha foi colonizada por famílias alemãs vindas

de Vargem Grande e Braço do Norte. Três Vilas de Criciúma tiveram rápido progresso,

foram elevadas à condição de distrito e bem mais tarde municípios: Nova Veneza

(emancipada em 1958), Içara (1961) o Forquilhinha (1989); (c) o município de Lauro

Müller teve sua origem ligada ao carvão. Antes de sua fundação, a região era trilhada por

tropeiros do planalto serrano, em direção ao litoral. Um desses tropeiros teria descoberto,

por acaso, em 1827, as pedras que ardiam ao fogo, mas tarde confirmadas como carvão

mineral. A vila foi efetivamente fundada em 1885, data em que teve início a exploração

do carvão, naquele município. A antiga Estação das Minas cresceu com a atividade

carbonífera, foi elevada a categoria de distrito, em 1921 e emancipada de Orleans, em

1956. Seu nome deve-se ao Governador Lauro Severiano Muller que, quando Ministro da

Aviação e Obras Públicas, do governo Federal, muito fez em prol das atividades

carboníferas da região Sul.

À exceção de Lauro Müller, oriunda do carvão, todos os outros municípios da

microrregião foram fundados e colonizados por agricultores procedentes da Europa ou

descendentes de europeus, sobretudo italianos. Por diversos anos, a atividade

predominante foi a agricultura e pequena pecuária de subsistência. Como a região era

isolada de centros maiores, a agropecuária praticada não obteve muito progresso, os

poucos excedentes econômicos eram comercializados na própria vizinhança. Com a

descoberta do carvão em Criciúma, em 1913, a região passa a dedicar-se à exploração

desse minério, principalmente a partir de 1919, com a chegada do ramal da estrada de

ferro. A atividade carbonífera, então iniciada, haveria de marcar profundamente não só a

região carbonífera, como grande parte do Sul do Estado, até os dias de hoje, pela

exploração de atividades paralelas e complementares, que deram suporte à economia do

carvão. Assim, as atividades de extração do minério concentraram-se nos municípios de

Lauro Müller, Urussanga, Siderópolis e Criciúma. A estrada de ferro, com sede em

Tubarão, conduzia o produto das minas até o porto de Imbituba, com escala em Capivari

(Tubarão), onde o carvão era lavado, com separação das frações metalúrgica e vapor.

Nessa localidade é construída, na década de 60, a Usina Termelétrica Jorge Lacerda, da

SOTELCA (Sociedade termelétrica de Capivari), mais tarde passando a integrar o

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CAPÍTULO 1 – RAÍZES H

complexo da ELETROSUL. Com o interesse do governo Federal pelo minério da região

Sul, a atividade carbonífera começa a alternar ciclos de progresso e recessão, situação

que persiste até os dias de hoje, como será abordado mais adiante, no capítulo sobre

indústria carbonífera.

Fi

Font

Com as constante

compreendida po

industrial, nas dé

indústria cerâmic

região um proces

hoje, o Sul carreg

As raízes históric

Desenvolvimento

ISTÓRICAS 2005 • ADRC

7

gura 3 - Colonização da região carbonífera da AMREC

e: AMREC. Internet: http://www.amrec.com.br/ Acesso em: 06/07/2004.

s crises geradas pela instabilidade da economia carbonífera, a região

r Criciúma e municípios vizinhos iniciou um processo de diversificação

cadas de 60/70. Alguns ramos tiveram muita prosperidade, como a

a e a do vestuário. Isto, contudo, não foi suficiente para deflagrar na

so de desenvolvimento seguro e auto-sustentável, tanto assim que, até

a o incômodo epíteto de região menos desenvolvida do Estado.

as dos onze municípios da região de abrangência da Agência de

da Região Carbonífera - ADRC são descritos nos tópicos a seguir.

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C

8

A colonização do município de Cocal do Sul começou em 1880, com a instalação das

primeiras famílias de imigrantes italianos – Cechinel, Possani e Smânia – vindas da

região do Vêneto. O inspetor de terras do Governo Federal em 1884, Accioly de

Vasconcellos, é considerado o principal responsável pela criação de Cocal do Sul. A

partir de 1890, junto com novas famílias de italianos, chegaram grupos de poloneses que

fugiam da Polônia ocupada. No início, os

colonos praticavam a agricultura de

subsistência, com destaque para o fumo, café,

feijão, cevada, milho, arroz e cana-de-açúcar,

mas a maioria dessas culturas foi abandonada,

restando hoje apenas o cultivo do fumo como

fonte econômica de expressão. A primeira

indústria de Cocal do Sul foi um moinho

construído por Pauli Cechinel. Mais tarde

surgiram os alambiques de cachaça, as serrarias e os engenhos de açúcar. O nome vem

dos coqueirais às margens do rio por onde chegaram os primeiros colonizadores. A

fundação do município ocorreu em 20 de setembro de 1991. Em setembro comemora-se

o aniversário da cidade, a Festa da Padroeira Nossa Senhora da Natividade e as

Olimpíadas Interbairros, em outubro ocorre a

Festa das Flores.

A fundação de Criciúma deu-se no ciclo da

imigração européia do século XIX, com a chegada

das primeiras famílias de imigrantes - 139

pessoas, procedentes das regiões de Veneza e

Treviso, na Itália. Esses imigrantes desbravaram

a região. Construíram casas, estradas, escolas e

tiveram a agricultura como principal atividade

econômica. A partir de 1890 chegaram as

primeiras famílias de poloneses, seguidas de imigran

portugueses vindos da região de Laguna. A funda

janeiro de 1880.

A chegada dos colonizadores ao município de

descendentes de imigrantes alemães. O nome Forq

Criciúma

Cocal do Sul

APÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC

tes alemães e dos descendentes de

ção do município se deu em 06 de

Forquilhinha data de 1911. Eram

uilhinha surgiu devido à junção dos

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rios Mãe Luzia e São Bento. A primeira tentativa

de emancipação aconteceu em 1975, mas a

maioria da população preferiu que a localidade

continuasse como distrito. Somente em 1987,

com um plebiscito, ficou decidida a

emancipação, que foi concretizada em 26 de

abril de 1989. Em 26 de abril comemora-se o

aniversário da cidade, em julho ocorre a Festa

Municipal do Colono e em dezembro a Semana

Forquilhinha

CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC

de Eventos Culturais.

Assim como grande parte das cidades da região,

Içara tem sua História ligada à construção da

estrada-de-ferro Dona Thereza Christina. Com o

início das obras, muitas famílias de origem italiana

deslocaram-se da sede do município para instalar-se

ao longo da ferrovia, fundando povoados e distritos.

Içara desmembrou-se de Criciúma em 1961. O

município de Içara dedica-se especialmente à

apicultura – é a maior produtora de mel do Brasil – e

ao cultivo do fumo, principal produto do município. Tam

o comércio, além do turismo. É o maior produtor de d

Latina.

Colonizada por

é também conh

Carvão Nacion

1827, em fun

mineral, quando

Serra do Rio do

entre os campos

que as pedras

fogueiras eram

efetiva do carvão só começou em 1874, com a cons

Thereza Christina, que ligava o porto de Imbitub

Içara

bém são importantes a indústria e

escartáveis plásticos da América

imigrantes italianos, Lauro Müller ecida como o Berço Histórico do

al. Surgiu aproximadamente em

ção da exploração do carvão

os tropeiros que passavam pela

Rastro, em intercâmbio comercial

de Lages e Laguna, descobriram

pretas com que acendiam as

incandescentes. A exploração

Lauro Müller

9

trução da estrada-de-ferro Dona

a à cidade. Em 1922, com a

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1

emancipação política de Orleans, Lauro Müller tornou-se vila, passando a município em

20 de janeiro de 1957. Sua fundação se deu em 06 de dezembro de 1956. No dia 04 de

dezembro comemora-se o Dia de Santa Bárbara.

Antes da chegada dos colonizadores europeus, em 1900, a região de Morro da Fumaça

era habitada pelos índios carijós. Os primeiros colonos foram imigrantes adventistas da

Bielo-Rússia. Em 1910 chegaram os italianos. Eles eram originários de Urussanga e das

cidades de Treviso, Belluno e Padova, na Itália. O primeiro casal italiano a se instalar no

município foi José e Hermínia Sóligo Cechinel, considerados os fundadores de Morro da

Fumaça. Há duas versões para explicar a origem

do nome da cidade. Uma delas diz que, quando

o Rio Urussanga subia, interrompendo o

transporte de mercadorias da região, uma

neblina se formava em torno do morro onde hoje

se localiza o Hospital de Caridade São Roque. A

outra versão é uma extensão da primeira e

garante que, devido à neblina, quem se instalava

a

d

d

O

t

o

d

s

d

f

V

N

c

e

d

c

Morro da Fumaça

0

por ali era obrigado a acender uma fogueira no

campamento, o que provocava fumaça. No dia 06 de setembro de 1931 foi instalado o

istrito de Morro da Fumaça, pertencente a Urussanga. A emancipação aconteceu em 20

e maio de 1962

s primeiros imigrantes italianos chegaram às terras de Nova Veneza em junho de 1891,

razidos pela empresa norte-americana Angelo Fiorita & Cia. Miguel Napoli, italiano

riginal da Sicília, veio antes, em janeiro, e comandou a abertura de estradas, a

emarcação das terras e a construção de uma

erraria para receber os colonizadores, num total

e 400 famílias. Em outubro, chegaram mais 500

amílias de italianos, oriundas das regiões de

eneza e de Bergamo, e fundaram a Colônia

ova Veneza. Os colonos construíram casas

om pedras encontradas na região e as

dificações eram tão sólidas que muitas estão

e pé até hoje. Em 1991, durante as

omemorações do centenário de colonização,

Nova Veneza

CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC

os historiadores Zulmar e Newton

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Bortolotto, descendentes dos imigrantes, lançaram um livro com a História da cidade. A

fundação do município se deu em 21 de junho de 1958. A base da economia é a

agricultura, com destaque para a produção de milho, soja, arroz, trigo, feijão e fumo. São

igualmente importantes a extração da madeira e a criação de suínos, aves e bovinos. O

turismo cultural e histórico também tem grande participação na renda do município.

O casamento da princesa Isabel com o Conde D’Eu deu início ao que, bem mais tarde,

seria o município de Orleans. O casal recebeu

de presente do imperador Dom Pedro II e da

imperatriz Teresa Cristina um lote de terra de

98 léguas, que poderiam ser escolhidas em

Santa Catarina e no Recife (PE). Os noivos

decidiram-se por uma área no vale do Rio

Tubarão, por causa da descoberta de carvão

mineral no lugar. A demarcação abrangia os

municípios de Orleans, parte de São Ludgero,

Orleans

CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC

Grão-Pará, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima,

parte de Anitápolis, Armazém, São Martinho e São Bonifácio. Foi decidida a implantação

de uma estrada-de-ferro para atender à região carbonífera e em sua construção

trabalharam imigrantes de diversas procedências: italianos, alemães, letões e poloneses.

O nome Orleans e o local exato onde está a

cidade foram escolhidos pelo próprio Conde

D’Eu, em 26 de dezembro de 1884, quando

viajava pela estrada-de-ferro. Trata-se de uma

homenagem à família do Conde, de nobres

franceses.

Os italianos que colonizaram Siderópolis

chegaram em 1891, oriundos de Veneza,

Treviso, Ferrara e Bergamo, na Itália. No início,

quando a localidade se chamava Nova Belluno,

os colonos cultivavam a terra apenas para consum

a região era rica em carvão mineral e surgiram

instalação da Companhia Siderúrgica Nacional

Federal, o povoado passou a se chamar Sid

Siderópolis

11

o próprio. Mais tarde, descobriram que

as primeiras mineradoras. A partir da

(CSN), de propriedade do Governo

erópolis. As mineradoras trouxeram

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1

prosperidade e expandiram o povoado, mas a crise do carvão, especialmente na década

de 1980, provocou a retomada da agricultura como base econômica do município. O

Seminário Dom Orioni faz parte da história do lugar. Fundado pelo padre Pattarello, no

início da década de 1960, foi considerado um dos melhores colégios do Estado até 1985,

quando sofreu uma grave crise financeira. Em 1913, Siderópolis foi elevado a distrito de

Urussanga, em 19 de dezembro de 1958 conquistou a emancipação político-

administrativa.

A colonização da região onde hoje se encontra o município de Treviso começou em

1891, com a chegada de imigrantes italianos. Eram famílias vindas das cidades de

Veneza, Ferrara, Bergamo e de Treviso, que

inspirou o nome do município. Nos primeiros

anos, as terras eram cultivadas apenas para

subsistência, mas a riqueza mineral foi

descoberta e durante décadas a extração do

carvão foi a principal fonte de renda na região. A

fundação

do

município

n

F

n

A

1

L

h

2

C

Treviso

C

2

se deu

o dia 08 de julho de 1995

undada em 1878, Urussanga foi o principal

úcleo de imigração italiana da antiga Colônia

zambuja, hoje Pedras Grandes, fundada em

877. Recebeu imigrantes de Longarone,

ombardia, Friuli e Trentino Alto Adige. Era

abitada por índios botocudos até a sua colonização

6 de maio de 1878. no dia 08 de dezembro come

onceição.

Urussanga

APÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC

. A fundação do município se deu em

mora-se o Dia de Nossa Senhora da

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CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2005 • ADRC

13

1.3 População Residente

A região da AMREC apresentou um crescimento populacional de (7,91%) de 1996 a

2000, atingindo um total de 344.778 habitantes. Desta população, 280.985 (81,50%)

encontram-se na área urbana e 63.793 (18,50%) no meio rural em 2000. Destaca-se a

população de Criciúma com 170.420 habitantes, o que representa (49,43%) da população

da AMREC.

Figura 4 - Gráfico da população total da AMREC em 1996 e 2000.

020.00040.00060.00080.000

100.000120.000140.000160.000180.000

Cocal

do Sul

Criciúm

a

Forqu

ilhinh

aIça

ra

Lauro

Müll

er

Morro d

a Fum

aça

Nova V

enez

a

Orlean

s

Sideróp

olis

Trevis

o

Urussa

nga

1996

2000

Fonte: Adaptado de IBGE – Contagem Populacional de 1996, IBGE - Censo Demográfico de 2000.

A figura 4 apresenta um gráfico comparativo da população total de 1996 e 2000 da região

da AMREC.

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CAPÍTULO 1– POPULAÇÃO RESIDENTE 2005 • ADRC

14

Tabela 2 - Populações Residentes Total, Urbanas, Rurais e Participação Relativa em 1996 e 2000.

População 1996 População 2000

Urbana Rural Urbana Rural Municípios Total

Hab % s/ total Hab % s/ total

Total Hab % s/

total Hab % s/ total

Cocal do Sul 12.486 9.816 78,62 2.670 21,38 13.726 11.407 83,11% 2.319 16,89%

Criciúma 159.101 143.229 90,02 15.872 9,98 170.420 153.049 89,81% 17.371 10,19%

Forquilhinha 16.106 5.421 33,66 10.685 66,34 18.348 14.556 79,33% 3.792 20,67%

Içara 42.096 30.569 72,62 11.527 27,38 48.634 39.570 81,36% 9.064 18,64%

Lauro Müller 13.355 9.586 71,78 3.769 28,22 13.604 9.923 72,94% 3.681 27,06%

Morro da Fumaça 13.389 9.079 67,81 4.310 32,19 14.551 11.154 76,65% 3.397 23,35%

Nova Veneza 9.968 5.110 51,26 4.858 48,74 11.511 7.199 62,54% 4.312 37,46%

Orleans 21.296 9.983 46,88 11.313 53,12 20.031 12.813 63,97% 7.218 36,03%

Siderópolis 10.892 8.291 76,12 2.601 23,88 12.082 9.103 75,34% 2.979 24,66%

Treviso 2.698 1.058 39,21 1.640 60,79 3.144 1.561 49,65% 1.583 50,35%

Urussanga 18.104 10.389 57,39 7.715 42,61 18.727 10.650 56,87% 8.077 43,13%

Total AMREC 319.491 242.531 75,91% 76.960 24,09% 344.778 280.985 81,50% 63.793 18,50%

Total SC 4.875.244 3.565.130 73,13 1.310.267 26,87 5.356.360 4.217.931 78,75% 1.138.429 21,25%

% AMREC sobre SC 6,55% 6,80% 5,87% 6,44% 6,66% 5,60%

Fonte: Adaptado de IBGE – Contagem Populacional de 1996 e IBGE - Censo Demográfico de 2000.

A tabela 2 apresenta a população residente total e a participação relativa da população

rural e urbana sobre a total da região da AMREC de 1996 e 2000. Os municípios mais

populosos em 2000 são Criciúma (170.420) e Içara (48.634), os menos populosos são

Treviso (3.144) e Nova Veneza (11.511). Os municípios que apresentaram maior

concentração urbana em 2000 foram Criciúma (89,81%), e Cocal do Sul (83.11%), em

contrapartida, os municípios que apresentam as maiores porcentagens no meio rural são

Treviso (50.35%) e Urussanga (43.13%).

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CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2005 • ADRC

15

Tabela 3 - Dinâmica populacional da AMREC de 1996 e 2000.

Dinâmica Populacional

Município Total Urbano Rural

Cocal do Sul 9,93 83,11% 16,89%

Criciúma 7,11 89,81% 10,19%

Forquilhinha 13,92 79,33% 20,67%

Içara 15,53 81,36% 18,64%

Lauro Müller 1,86 72,94% 27,06%

Morro da Fumaça 8,68 76,65% 23,35%

Nova Veneza 15,48 62,54% 37,46%

Orleans -5,94 63,97% 36,03%

Siderópolis 10,93 75,34% 24,66%

Treviso 16,53 49,65% 50,35%

Urussanga 3,44 56,87% 43,13%

Total AMREC 8,86 71,96% 28,04%

Total SC 9,86% 18,31% -13.11%

Fonte: Adaptado de IBGE – Contagem Populacional de 1996 e IBGE - Censo Demográfico de 2000.

A tabela 3 apresenta a dinâmica populacional da região da AMREC, ou seja, apresenta a

evolução da população residente total, urbana e rural de 2000 em relação a 1996. Os

municípios que apresentaram os maiores crescimentos da população residente total são

Içara (15,53%), seguido de Nova Veneza (15,48%). O maior crescimento urbano se

verificou em Criciúma.

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CAPÍTULO 1– POPULAÇÃO RESIDENTE 2005 • ADRC

16

A figura 5 apresenta a participação relativa da população residente total dos municípios

da região da AMREC em 2000. Destacam-se os municípios de Criciúma e Içara, que

representam, aproximadamente, (50%) e (13%), respectivamente, da população de total

da região.

4,0%

49,4%

5,3%

14,1%

3,9%

4,2%3,3%

5,8%3,5%0,9% 5,4%

Cocal do Sul Criciúma Forquilhinha Içara

Lauro Müller Morro da Fumaça Nova Veneza Orleans

Siderópolis Treviso Urussanga

Figura 5 - Gráfico da participação relativa da população residente total dos municípios da região da AMREC em 2000.

Fonte: IBGE – Contagem Populacional de 1996, IBGE - Censo Demográfico de 2000 e dados primários.

A tabela 4 apresenta a população residente total e por sexo para os municípios da região

da AMREC em 2000. Comparando-se a porcentagem da participação masculina e

feminina da região com o Estado de Santa Catarina, percebe-se que há um relativo

equilíbrio entre o número de homens e de mulheres na região.

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CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2005 • ADRC

17

Tabela 4 - População Residente Total e por Sexo para os municípios da região AMREC em 2000.

Municípios Total Homens % Homens Mulheres % Mulheres

Cocal do Sul 13.726 6.853 49,93% 6.873 50,07%

Criciúma 170.420 83.971 49,27% 86.449 50,73%

Forquilhinha 18.348 9.290 50,63% 9.058 49,37%

Içara 48.634 24.487 50,35% 24.147 49,65%

Lauro Müller 13.604 6.862 50,44% 6.742 49,56%

Morro da Fumaça 14.551 7.340 50,44% 7.211 49,56%

Nova Veneza 11.511 5.823 50,59% 5.688 49,41%

Orleans 20.031 10.088 50,36% 9.943 49,64%

Siderópolis 12.082 6.033 49,93% 6.049 50,07%

Treviso 3.144 1.589 50,54% 1.555 49,46%

Urussanga 18.727 9.214 49,20% 9.513 50,80%

Total AMREC 344.778 171.550 49,76% 173.228 50,24

Total SC 5.356.360 2. 669. 311 49,83% 2. 687. 049 50,17%

% AMREC sobre SC 6,44% 6,43% 6,45%

Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2000.

A tabela 5 apresenta a população residente por grupos de idade dos municípios da região

da AMREC em 2000. O maior número de habitantes da região tem entre 10 e 19 anos,

constituindo na maior participação relativa (38,42%), por intervalo de idade, em relação à

região. A faixa de 50 a 59 anos possui a menor participação, apresentando (15,04%) da

população da região.

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CAPÍTULO 1– POPULAÇÃO RESIDENTE 2005 • ADRC

18

Tabela 5 - População Residente, por grupos de idade, segundo os municípios da região da AMREC em 2000.

População residente

Grupos de Idade Municípios

Total 0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 19 anos

20 a 29 anos

30 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 59 anos

60 anos ou mais

Cocal do Sul 13.726 1.115 1.336 2.938 2.316 2.480 1.867 882 792

Criciúma 170.420 14.618 15.965 35.835 27.567 29.731 23.100 12.253 11.351

Forquilhinha 18.348 1.831 1.923 3.890 3.272 3.224 2.090 1.106 1.012

Içara 48.634 4.522 4.924 10.394 7.805 8.371 6.039 3.328 3.251

Lauro Müller 13.604 1.090 1.280 2.833 2.097 2.261 1.635 1.144 1.264

Morro da Fumaça 14.551 1.335 1.494 3.128 2.565 2.462 1.753 949 865

Nova Veneza 11.511 989 1.159 2.265 1.865 1.982 1.345 881 1.025

Orleans 20.031 1.729 1.869 3.954 3.475 3.351 2.385 1.526 1.742

Siderópolis 12.082 1.006 1.087 2.452 1.903 1.998 1.665 915 1.056

Treviso 3.144 227 254 631 509 541 396 256 330

Urussanga 18.727 1.329 1.501 3.696 2.861 3.164 2.651 1.551 1.974

Total AMREC 344.778 53. 390 57. 707 132. 448 118. 435 113. 001 89. 451 51. 847 52. 466

Total SC 5.356.360 475. 622 507. 600 1 .062. 038 919. 881 883. 511 667. 822 409. 453 430. 433

% Grupos / ADR 15,49% 16,74% 38,42% 34,35% 32,78% 25,94% 15,04% 15,22%

Fonte: IBGE – Censo Demográfico, 2000.

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CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC

19

1.4 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

A educação e a qualificação não são apenas necessidades econômicas, constituem-se

em direitos fundamentais e inalienáveis do ser humano. Este direito pode ser garantido

pela educação formal e informal, em todos os níveis de ensino, com base nos princípios

éticos de liberdade, igualdade, diversidade, participação, tolerância e solidariedade. Para

isso é necessário formar e capacitar professores, ter escolas em boas condições

ambientais para todos, criar uma didática de alta qualidade, ter materiais adequados para

os alunos, construir uma abordagem contemporânea para a educação na visão de

sustentabilidade, ter um currículo conectado aos desafios dos novos tempos, estabelecer

uma conexão adequada entre escola e vida e garantir um processo que assegure o

acesso das pessoas5.

São apresentados a seguir os Índices de Desenvolvimento Humano Municipal – IDH-M6,

Índice de Longevidade – IDHM-L7, Índice de Educação – IDHM-E8 e Índice de Renda –

IDHM-R, além da Esperança de Vida ao Nascer9, Taxa de Alfabetização de Adultos10,

Taxa Bruta de Freqüência Escolar11 e a Renda per capita12 para os anos de 1991 e 2000.

Esses índices foram preparados pelo Programa das Nações Unidas para

Desenvolvimento – PNUD13, e retratam, em parte, a realidade da educação para a região

dos municípios da AMREC.

O Brasil melhorou sua posição no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M)

nos últimos nove anos, passando de 0,709, em 1991, para 0,764, em 2000. A mudança

demonstra avanços brasileiros nas três variáveis que compõe o IDH-M: renda,

5 Agenda 21 Catarinense, Documento Preliminar, Outubro de 2002. 6 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M): É obtido pela média aritmética simples de três índices, referentes às dimensões Longevidade (IDHM-Longevidade), Educação (IDHM-Educação) e Renda (IDHM-Renda). 7 Índice do IDHM relativo à dimensão Longevidade: É obtida a partir do indicador esperança de vida ao nascer, através da fórmula: (valor observado do indicador - limite inferior) / (limite superior - limite inferior), onde os limites inferiores e superior são. 8 Índice do IDHM relativo à Educação: Obtido a partir da taxa de alfabetização e da taxa bruta de freqüência à escola, convertidas em índices por: (valor observado - limite inferior) / (limite superior - limite inferior), com limites inferior e superior. 9 Esperança de vida ao nascer (em anos): Número médio de anos que as pessoas viveriam a partir do nascimento. 10 Taxa de alfabetização de adultos (%): Percentual de pessoas acima de 15 anos de idade que sabem ler e escrever. 11 Taxa bruta de freqüência escolar (%): Proporção entre o número total de pessoas em todas as faixas etárias que freqüentam os cursos fundamentais, segundo grau ou superior em relação ao total de pessoas na faixa etária de 7 a 22 anos. 12 Renda per capitã (em R$ de 2000): Razão entre o somatório da renda de todos os indivíduos (incluindo aqueles com renda nula) e a população total. 13 Para maiores informações, acesse http://www.pnud.org.br/ e/ou http://www.undp.org

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CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC

20

longevidade e educação. Em comparação com 1991, o índice aumentou em todos os

estados e em quase todos os municípios brasileiros. No ano 2000, do total de 5.507

municípios, 23 foram classificados de baixo desenvolvimento, 4.910, de médio e 574, de

alto desenvolvimento humano. Na classificação internacional, o Brasil continua sendo um

país de médio desenvolvimento humano14.

O Índice de Desenvolvimento Humano foi criado originalmente para medir o nível de

desenvolvimento humano dos países a partir de indicadores de educação (alfabetização

e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per capita).

O índice varia de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano

total). Países com IDH até 0,499 têm desenvolvimento humano considerado baixo; os

países com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento

humano; países com IDH maior que 0,800 têm desenvolvimento humano considerado

alto. Para aferir o nível de desenvolvimento humano de municípios as dimensões são as

mesmas – educação, longevidade e renda -, mas alguns dos indicadores usados são

diferentes. Embora meçam os mesmos fenômenos, os indicadores levados em conta no

IDH municipal (IDHM) são mais adequados para avaliar as condições de núcleos sociais

menores15.

A tabela 6 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) em 1991 e

2000 para a região da AMREC. Em 1991 todos os municípios são considerados, de

acordo com o PNUD, como sendo de médio desenvolvimento humano. A região num

todo obteve melhorias comparando o ano de 1991 a 2000. Os municípios de Urussanga

(0,845) e Cocal do Sul (0,823) apresentam os maiores índices da região. Um aspecto

importante é que nenhum município apresentou queda em seus índices de IDH.

14 Novo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, disponível em http://www.undp.org.br, acesso em 27/06/2003. 15 Novo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, Entenda o cálculo do IDH Municipal, disponível em http://www.undp.org.br, acesso em 27/06/2003.

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CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC

21

Tabela 6 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) em 1991 e 2000 dos municípios da região da AMREC.

1991 2 0 00 Variações

Municípios C

lass

ifica

ção

UF

Cla

ssifi

caçã

o

A

MR

EC

IDH-M

Cla

ssifi

caçã

o U

F

Cla

ssifi

caçã

o

A

MR

EC

IDH-M % 91/00 IDH-M Posições

Cocal do Sul 12 1 0,772 48 2 0,823 6,61% -1

Criciúma 18 2 0,765 49 3 0,822 7,45% -1

Forquilhinha 83 8 0,729 136 10 0,797 9,33% -2

Içara 126 9 0,716 191 11 0,780 8,94% -2

Lauro Müller 168 10 0,704 121 9 0,800 13,64% 1

Morro da Fumaça 67 7 0,735 108 8 0,804 9,39% -1

Nova Veneza 47 5 0,743 73 6 0,813 9,42% -1

Orleans 63 6 0,736 71 5 0,814 10,60% 1

Siderópolis 43 4 0,746 63 4 0,817 9,52% 0

Treviso 170 11 0,703 102 7 0,806 14,65% 4

Urussanga 22 3 0,762 16 1 0,845 10,89% 2

Total AMREC 0,737 0,811 10,00%

SC 0,748 0,822 9,89%

Região Sul 0.737 0.808 9,63%

Brasil 0,696 0,766 10,05%

Fonte: Novo Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.

Os municípios de Treviso e Urussanga foram os que mais ganharam posições, quatro e

duas respectivamente e o município de Içara perdeu duas posições de 2000 em relação a

1991.

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CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC

22

A figura 6 apresenta o crescimento percentual dos municípios da região da AMREC no

IDH-M de 2000 em relação a 1991. Destaque para Treviso e Lauro Müller que obtiveram

crescimento de 14,65% e 13,64% respectivamente.

0,00%

2,00%

4,00%

6,00%

8,00%

10,00%

12,00%

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Figura 6 - Gráfico do crescimento percentual do IDH-M de 2000 em relação a 1991 dos municípios da região da AMREC.

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.

A tabela 7 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – Longevidade

(IDHM-L) em 1991 e 2000 para os municípios da região da AMREC. O município de

Urussanga (0,866) apresentou o maior índice em 2000. Todos os municípios da região

melhoraram o IDHM-L, sendo Lauro Müller o que teve o maior crescimento percentual

com (10,63%), ganhando quatro posições. O município de Treviso subiu cinco posições

de 2000 em relação a 1991

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CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC

23

Tabela 7 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – Longevidade (IDHM-L) em 1991 e 2000 dos municípios da região da AMREC.

1991 2000 Variações

Municípios C

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1/00

Posi

ções

Cocal do Sul 1 0,801 73,06 2 0,839 75,32 4,74 -1

Criciúma 10 0,738 69,26 11 0,769 71,17 4,20 -1

Forquilhinha 8 0,745 69,68 9 0,782 71,93 4,97 -1

Içara 7 0,747 69,80 10 0,772 71,30 3,35 -3

Lauro Müller 9 0,743 69,60 5 0,822 74,31 10,63 4

Morro da Fumaça 6 0,756 70,34 4 0,832 74,94 10,05 2

Nova Veneza 5 0,761 70,69 6 0,812 73,73 6,70 -1

Orleans 3 0,795 72,68 3 0,836 75,17 5,16 0

Siderópolis 4 0,763 70,81 6 0,812 73,73 6,42 -2

Treviso 11 0,739 69,31 6 0,812 73,73 9,88 5

Urussanga 2 0,800 73,00 1 0,866 76,93 8,25 1

AMREC 0,762 70,74 0,814 73,84 6,75

SC 0,753 70,15 0,811 73,68 7,70%

Região SUL 0,72 68,2 0,781 71,88 8,47%

BRASIL 0,662 64,73 0,727 68,61 9,81%

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.

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CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC

24

A tabela 8 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano – Educação (IDHM-E) em

1991 e 2000 para os municípios da região da AMREC. Comparando-se o IDHM-E de

1991 da região com o Estado de Santa Catarina, os municípios de Orleans, Içara e Morro

da Fumaça obtiveram maiores aumentos em seus índices.

Tabela 8 - Índice de Desenvolvimento Humano – Educação (IDHM-E) em 1991 e 2000 dos municípios da região da AMREC.

1991 2000 Variações

Municípios

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Posi

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Cocal do Sul 1 0,846 67,24 93,22 3 0,911 82,19 95,5 7,68% -2

Criciúma 2 0,844 67,21 92,98 1 0,921 85,61 95,31 9,12% 1

Forquilhinha 7 0,789 56,17 90,27 10 0,882 78,04 93,33 11,79% -3

Içara 10 0,773 54,30 88,79 9 0,887 78,95 93,51 14,75% 1

Lauro Müller 7 0,789 59,89 88,35 6 0,897 84,20 92,45 13,69% 1

Morro da Fumaça 11 0,753 49,77 88,11 11 0,865 74,42 92,59 14,87% 0

Nova Veneza 5 0,798 56,05 91,67 7 0,891 77,35 94,98 11,65% -2

Orleans 9 0,774 55,05 88,51 8 0,888 79,27 93,63 14,73% 1

Siderópolis 3 0,843 67,22 92,91 4 0,902 81,53 94,48 7,00% -1

Treviso 6 0,790 55,00 91,06 5 0,900 80,32 94,86 13,92% 1

Urussanga 4 0,830 64,65 92,13 1 0,921 86,68 94,88 10,96% 3

AMREC 0,802 59,32 90,72 0,896 80,77 94,13 11,73

SC 0,722 62.16 90.09 0,906 84.36 93.67 12.12%

Região SUL 0.804 64.49 83.94 0,896 88.37 92.49 11.43%

BRASIL 0,745 63,62 79,93 0,849 81,89 86,37 13,95%

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.

A tabela 9 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano – Renda (IDHM-R) em 1991

e 2000 dos municípios da região da AMREC. Os municípios de Criciúma (0,776) e

Urussanga (0,747) possuem os melhores índices em 2000. O município de Treviso teve o

maior crescimento percentual (21,55%).

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CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC

25

Tabela 9 - Índice de Desenvolvimento Humano – Renda (IDHM-R) em 1991 e 2000 dos municípios da região da AMREC.

1991 2000 Variações

Municípios C

lass

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Posi

ções

Cocal do Sul 4 0,670 216,39 6 0,718 288,55 7,16% -2

Criciúma 1 0,712 277,57 1 0,776 407,95 8,99% 0

Forquilhinha 6 0,654 196,16 5 0,727 304,43 11,16% 1

Içara 9 0,627 167,14 10 0,680 228,93 8,45% -1

Lauro Müller 10 0,580 126,03 9 0,681 230,67 17,41% 1

Morro da Fumaça 2 0,696 251,61 8 0,716 284,98 2,87% -6

Nova Veneza 3 0,671 217,43 3 0,736 320,52 9,69% 0

Orleans 7 0,638 178,46 7 0,717 286,13 12,38% 0

Siderópolis 8 0,632 172,33 3 0,736 320,98 16,46% 5

Treviso 10 0,580 126,23 11 0,705 266,25 21,55% -1

Urussanga 5 0,657 199,59 2 0,747 342,75 13,70% 3

AMREC 0,647 193,54 0,721 298,37 11,44%

SC 0,682 232,26 0,750 348,72 9,97%

Região SUL 0,687 239,95 0,746 342,61 8,58%

BRASIL 0,681 230,30 0,723 297,23 6,16%

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.

1.5 Instituições de Cultura

Para a cultura, a premissa básica é a de inserir - através do diálogo entre os saberes

populares, os saberes tradicionais e os saberes científicos - os movimentos, atividades e

ações da cultura popular, num contexto mais amplo, onde possa obter apoio da

sociedade organizada para a sua valorização como postura identificatória de grupos

tradicionais. O maior obstáculo é a falta de investimento e de reconhecimento do valor de

suas manifestações para ajudar na solução de problemas sociais16. A tabela 10

apresenta as instituições ligadas à cultura segundo os municípios da região da AMREC

16 Agenda 21 Catarinense, Documento Preliminar, Outubro de 2002.

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CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC

26

em 1999. Os municípios de Criciúma e Orleans são os que apresentam maior número de

instituições ligadas à cultura com uma grande vantagem por parte do município de

Criciúma que possui quatro cinemas, duas bibliotecas públicas, dois museus e uma casa

de espetáculo.

Tabela 10 - Instituições ligadas à cultura, por tipo de instituições, segundo os municípios da região da AMREC em 1999.

Municípios Total Bibliotecas Museus Teatros Cinemas

Cocal do Sul

Criciúma 9 2 2 1 4

Forquilhinha 2 1 1 - -

Içara 2 1 1 - -

Lauro Müller 1 - 1 - -

Morro da Fumaça 1 1 - - -

Nova Veneza 2 1 1 - -

Orleans 3 1 2 - -

Siderópolis 1 1 - - -

Treviso

Urussanga 2 1 1 - -

Total AMREC 23 9 9 1 4

Total SC 540 345 109 37 49

%ADR sobre SC 4,26% 2,61% 8,26% 2,70% 8,16%

Fonte: Anuário Estatístico de Santa Catarina, 2000.

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C

1.6 Infra-Estrutura

Um dos fatores externos que influenciam a competitividade das empresas é a infra-

estrutura pública. A deterioração da base física e da qualidade dessa infra-estrutura no

Brasil, após mais de uma década de instabilidade macroeconômica, colapso do

financiamento e do investimento públicos, constitui um grande entrave ao esforço de

reestruturação competitiva da indústria3.

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APÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

27

Figura 7 - Mapa de Santa Catarina com as principais rodovias, aeroportos e portos. Fonte: Ministério dos Transportes. Acesso em 18 de junho de 2003. http://www.transportes.gov.br

ão apresentadas a seguir informações sobre o sistema rodoviário, ferroviário, hidroviário

aeroviário da região dos municípios da AMREC. A Figura 13 mostra o Estado de Santa

atarina e as principais rodovias federais e estaduais, aeroportos e portos. O território da

MREC fica também localizado entre o mar e a Serra do Rio do Rastro, com acesso a

sta pela SC-438, na direção noroeste de Lauro Müller. Criciúma é a cidade-sede e pólo

a microrregião, o principal centro comercial e industrial de todo o Sul de Santa Catarina

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2

e, também, o maior centro urbano, no litoral, entre as cidades de Porto Alegre e

Florianópolis. O Balneário de Praia do Rincão, no município de Içara, é o único da região,

com grande afluxo de veranistas, na alta temporada, sobretudo de moradores da bacia

carbonífera, quando chega a abrigar, em fins de semana, população superior a 60 mil

habitantes.

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

8

Figura 8 - Mapa das Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa Catarina.

Fonte: ONDEE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.

figura 8 apresenta o mapa com as Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento

conômico e Estratégico de Santa Catarina – ONDEE-SC, elaborado com suporte

écnico e a co-supervisão foram da Federação das Indústrias do Estado de Santa

atarina (FIESC), por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL). O ONDEE-SC foi preparado

ela ADTP – Agência de Desenvolvimento Tietê Paraná. Vale ressaltar que o conteúdo

o ONDEE-SC não representa, necessariamente, a visão do governo do Estado de Santa

COUTINHO, Luciano; FERRAZ, João Carlos. Estudo da Competitividade da Indústria Brasileira. Campinas, SP: apirus, 1994. P. 145.

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

29

Catarina, da FIESC, do IEL ou dos patrocinadores. É uma visão integrada e orientada,

representando o contexto atual e os projetos de infra-estrutura para o mercado de uma

determinada região.

Trata-se de um processo de identificação de oportunidades para investimento em

projetos estruturantes de infra-estrutura, aqueles empreendimentos-chave que permitam

promover ou estimular o desenvolvimento, particularmente nos setores em que Santa

Catarina goza de vantagens naturais. Busca oferecer visão prospectiva e dentro dela

levantar os projetos essenciais para sua efetiva realização. Entre os projetos âncoras

são:

Gasoduto TransCatarinense: construção de um gasoduto com aproximadamente

650 quilômetros, 32 polegadas, capacidade para transportar 30 milhões de m3/dia,

que, entrando pela região Oeste do Estado conecta-se com a região de Joinville. Com

intuito de formar um importante elo estratégico na emergente rede brasileira de

gasodutos. Entre os benefícios para o Estado está um forte estímulo ao

desenvolvimento econômico e social no interior do Estado; aumento de

competitividade para segmentos industriais importantes; aumento da segurança

energética no Estado inteiro. O valor aproximado é de R$ 1,25 bilhão.

Ferrovia TransCatarinense: ligação ferroviária do interior até o litoral de Santa

Catarina. A Ferrovia TransCatarinense será, potencialmente, trecho integrante da

Ferrovia Bioceânica.

Complexo Portuário de Babitonga: ampliação do complexo do porto de São

Francisco do Sul.

Reflorestamento em Escala Comercial: proposta ousada, que visa transformar o

Estado de Santa Catarina em um dos principais pólos nacionais que fornecem

matéria-prima florestal, com possibilidade para atender todos os integrantes da cadeia

produtiva do setor madeireiro. Estima-se reflorestar um milhão de hectares com

espécies do gênero pinus em regiões apropriadas do território catarinense.

Eliminando o déficit de madeira para uso industrial, além de contribuir para elevação

da renda rural e para preservação do meio ambiente no Estado. Ampliação da renda,

dos empregos e da arrecadação de impostos para o governo estadual e municipal;

fixação do proprietário rural e sua família no campo; uso de terras inaptas à

agricultura; segurança no fornecimento de matéria-prima, garantindo a ampliação da

cadeia produtiva do setor madeireiro. Valor aproximado de R$ 1,5 bilhão ao longo de

20 anos.

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

30

1.6.1 Transporte Rodoviário

A região da AMREC é servida pela rodovia federal BR-101, que a percorre no sentido

norte-sul, numa extensão de 36 Km, cortando os municípios de Içara e Criciúma.

Servem-na, também, importantes rodovias estaduais, como a SC-438, 444, 445, 446 e

447. Na direção ao Norte, a região é cortada pelas rodovias SC-446, que facilita o acesso

para a BR-101, entrando, assim, na Rota do Mercosul, facilitando a logística de acesso

aos portos.

Tabela 11 - Principais distâncias (em km)

Município Florianópolis Curitiba Porto Alegre

Criciúma 200 496 284

Fonte: www.amrec.org.br.

De acordo com a FIESC4 e, com intuito de atender a demanda do importante pólo

cerâmico, carvoeira e desenvolver a sustentabilidade o setor turístico rico em praias, os

seguintes projetos rodoviários estão em desenvolvimento:

Anel de contorno viário de Criciúma e Região;

Ampliação do Aeroporto Diomício Freitas – Forquilhinha – SC;

BR 475 – Grão Pará / Urubici – SC.

Além disso, está em andamento a duplicação o trecho sul da BR-101, de Palhoça (SC) a

Osório (RS) representando 288,9 quilômetros. Com o objetivo de solucionar o gargalo

rodoviário do sul do país. O trecho foi projetado para um fluxo de 4,6 mil veículos/dia

quando atualmente, o fluxo é de 18.000 veículos/dia. Este trecho representa um

importante eixo de ligação do sul do Brasil e dos países do MERCOSUL com o restante

do país e vice e versa, além de ser a ligação da região sul com os principais portos e

aeroportos do país. O seu custo é estimado em US$ 800 milhões. A figura 9 apresenta o

mapa com os pontos mais perigosos do trecho sul da BR-101, de Palhoça/SC até

Osório/RS.

4 Projetos de Infra-Estrutura Estratégicos para a Indústria de Santa Catarina. Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC, maio de 2004.

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C

A

APÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

31

Figura 9 - Pontos mais perigosos da BR-101 Sul – Palhoça/SC a Osório/RS. Fonte: ClicRBS. Especial 101. Internet: http://www.clicrbs.com.br/br101

figura 10 a seguir apresenta o mapa rodoviário completo da região da AMREC.

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C

1.6.2 Transporte Ferroviário

O transporte ferroviário do Estado de Santa Catarina é operado através da empresa

concessionária América Latina Logística – ALL. A ALL foi fundada em março de 1997,

quando a Ferrovia Sul Atlântico venceu o processo de privatização da malha sul da Rede

Ferroviária Federal, passando a operar a malha nos estados do Paraná, Santa Catarina e

Rio Grande do Sul. A figura 11 apresenta o mapa das linhas férreas que a empresa

América Latina Logística tem concessão, o qual duas de suas linhas cortam o Estado de

Santa Catarina não passam pela região da AMREC. São as ferrovias Mafra-Lages a

leste, e Porto União-União da Vitória-Uruguai a oeste.

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APÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

33

Figura 11 - Mapa Geral das linhas férreas da América Latina Logística – ALL Fonte: Ministério dos Transportes – Internet: http://www.transportes.gov.br/bit/ferro/all/mapa-all.jpg acesso

em 30/06/03

mapa da Ferrovia TransCatarinense, figura 12, apresenta a construção e operação de

ma ferrovia destinada ao transporte de carga, principalmente entre o centro e oeste do

stado e os portos. Uma nova ferrovia que, certamente, vai oferecer condições

nteressantes de operação. Pode ser construída como projeto privado, público ou misto,

ependendo do resultado de um estudo de viabilidade econômica. Grande potencial para

romover o crescimento econômico e a melhoria das condições sociais no interior do

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34

Estado, com impacto significativo nos setores de aves, suínos, madeira reflorestada e

seus derivados. O valor aproximado é de R$ 1 bilhão.

Fon

A fig

cons

cata

Inclu

dese

inter

por

Com

em

cont

trech

conj

proje

econ

CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

Figura 12 - Mapa da Ferrovia TransCatarinense. te: ONDEE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa

Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.

ura 13 apresenta o mapa com o projeto da ferrovia litorânea, com o objetivo da

trução e/ou operação de uma ferrovia de carga, com 235,6km, percorrendo o litoral

rinense e interligando os principais portos às grandes cidades da faixa litorânea.

i conexões com a rede ferroviária existente. Com grande potencial para promover o

nvolvimento, não somente na faixa litorânea, mas também em regiões produtoras do

ior. Potencial para aumentar as cargas de outros Estados, exportadas ou importadas

meio dos portos catarinenses, aumentando, desta forma, a receita fiscal do Estado.

valor aproximado de R$ 415 milhões. A figura 14 apresenta o mapa com o projeto

estado embrionário visando a construção e a operação de uma ferrovia que cruza o

inente sul-americano, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. Poderá aproveitar os

os ferroviários existentes, conforme for apropriado. Deve ser analisado

untamente com o projeto Ferrovia TransCatarinense. Pode ser construída como

to privado, público ou misto, dependendo do resultado de estudo de viabilidade

ômica.

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CAPÍTULO 1 –

Figura 13 - Mapa da Ferrovia Litorânea. Fonte: ONDEE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa

Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.

Embora não se trate de um projeto catarinense, em termos geográficos, a Ferrovia

Bioceânica teria, potencialmente, enorme impacto para a economia do Estado e para as

regiões Sul e Sudeste do Brasil. Estimularia o crescimento econômico e melhoraria as

condições sociais no interior de Santa Catarina, com impacto, principalmente, nos setores

de aves, suínos, madeira reflorestada e seus derivados. Poderia melhorar também a

competitividade dos setores de manufaturados do leste catarinense, principalmente

cerâmica e metal-mecânico, nos mercados asiáticos.

Fonte: OND

INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

35

Figura 14 - Mapa da Ferrovia Bioceânica. EE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa

Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.

Page 46: Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e ... · por acaso, em 1827, as pedras que ardiam ao fogo, mas tarde confirmadas como carvão mineral. A vila foi efetivamente fundada

36

1.6.3 Transporte Hidroviário

Fonte: S

A região dos munic

Catarina:

Porto de Imbituba

As principais ativid

soda cáustica e em

quatro trechos disti

Cais velho ou

compreendend

1.600m2 e capa

Cais novo, com

É atendido po

25.000m2, perm

Cais roro, de 2

retaguarda, de

O porto possui, ain

armazéns junto à I

arrendados a Biogr

CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

Figura 15 - Portos Catarinenses ANTUR. Internet: http://www.santur.sc.gov.br Acesso em: 04/set/2003.

ípios da AMREC tem a sua disposição três portos no Estado de Santa

ades desempenhadas pelo porto são: Desembarque de fertilizante e

barque de açúcar. As instalações de acostagem estão distribuídas em

ntos de cais, totalizando 582m de extensão:

cais de carvão, com 160m de comprimento e 9,5m de profundidade,

o um berço, servido por um pátio descoberto, para coque, com

cidade de 5.000t, e dois berços para carga geral.

250m de comprimento, contendo três berços e 10m de profundidade.

r um pátio descoberto, para contêineres e carvão, com área de

itindo a estocagem de 90.000t.

4m, com profundidade de 7,5m, servido por um pátio descoberto, de

5.000m2.

da, dois tanques para soda cáustica, com capacidade de 8.760t. Os

ndústria Carboquímica Catarinense S.A. (ICC), com 19 módulos, estão

an Produtos Agrícolas e Naturais Ltda. e são utilizados para salitre.

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CAPÍTULO 1 – INFRA-E

Porto de São Fra

Essencialmente e

soja (grãos, farel

Kraft, motores el

entre outros. O

malha ferroviária

através da estrad

com São Paulo,

interligando os oc

com três armazén

Existem na reta

Desenvolvimento

toneladas, e tanq

5 SANTA CATARINA. http://www.apsfs.sc.gov

STRUTURA 2005 • ADRC

37

Figura 16 - Porto de Imbituba Fonte: www.santur.sc.gov.br

ncisco do Sul

xportador tem como principais produtos movimentados em seu cais a

o e óleo), azulejos, madeira serrada, milho, frangos congelados, papel

étricos, móveis de madeira, motocompressores, auto-peças e têxteis,

porto está situado a 40 Km de Joinville, a maior cidade do Estado. A

conecta o porto com várias regiões economicamente importantes

a de ferro 485, na cidade de Mafra. Podendo deste ponto ser acessada

Porto Alegre e o oeste do Paraná, bem como todo o Mercosul,

eanos Pacíficos e Atlântico. Sua infra-estrutura de armazenagem conta

s internos com capacidade de 76.500 m3, numa área total de 13.500m2.

guarda os armazéns de granel sólido da Companhia Integrada de

Agrícola (CIDASC), que tem capacidade estática total de 120 mil

ue para óleo vegetal com capacidade nominal para 9 mil m³. 5

Administração do Porto de São Francisco do Sul. Acesso em 20 de junho de 2003. .br/

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38

Figu

Porto de Itajaí

Os principais produtos

frangos congelados, az

Suas instalações têm m

38.000 m² de área des

de Itajaí têm a sua di

toneladas para auxíli

operacionais do Porto

ainda com uma Estaç

sincronizada com o P

armazenagem de cont

movimentar uma média

mundo.6

6 PORTO DE ITAJAÍ. Instalaçhttp://www.portoitajai.com.br/

PORTO DE ITAJAÍ. Sobhttp://www.portoitajai.com.br/

CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

ra 17 - Foto do Porto São Francisco do Sul Fonte: http://www1.apsfs.sc.gov.br

movimentados são têxteis, motores elétricos, madeiras, móveis,

ulejos e pisos, açúcar e derivados de petróleo, papel, entre outros.

ais de 15.000 m² de área coberta para estocagem de produtos e

coberta para armazenagem de contêineres. Os usuários do Porto

sposição mais de 70 equipamentos, com capacidade de 1 a 37

o na carga e descarga de suas mercadorias. As unidades

de Itajaí são totalmente informatizadas. O Porto de Itajaí conta

ão Aduaneira de Interior (porto seco), totalmente alfandegada e

orto, com 31.500 m² para armazenagem coberta e pátios de

êineres com mais de 120.000 m² de área. Esse porto chega a

de 10 contêineres por hora, igualando-se aos principais portos do

ões e Maquinários. Capturado em 13 de outubro. 2000. On-line. Disponível na Internet instal.htm re o Porto. Capturado em 20 de junho. 2003. On-line. Disponível na Internet institucional/sobre.php

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

39

Figura 18 - Foto do Porto de Itajaí Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/portos/itajai/poitajai.htm

Tabela 12 - Distância Rodoviária em Km, dos municípios da região da AMREC, aos municípios onde estão localizados os portos de Imbituba, Itajaí e São Francisco do

Sul.

Município Imbituba Itajaí São Francisco do Sul

Criciúma 114 290 389

Fonte: SANTA CATARINA. Departamento de Infra-Estrutura. Distâncias entre as cidades.

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40

1.6.4 Transporte Aeroviário

O estado de Santa Catarina dispõe de 32 aeroportos. Dentre os públicos, 16 têm pistas

pavimentadas, sendo que seis estão capacitados para operações de pousos e

decolagens por instrumento e noturna.

Fonte

A região da AM

Navegantes e Flo

Aeroporto Serafkm do centro d

comprimento, ofe

lanchonete, box

equipamentos de

Aeroporto Afonpistas asfaltadas

grandes pólos re

Jaraguá do Sul.

Aeroporto de Npossui pistas asf

de Navegantes

CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

Figura 19 - Aeroportos Catarinenses : SANTUR. Internet: http://www.santur.sc.gov.br Acesso em: 04/set/2003.

REC tem a sua disposição os aeroportos polarizadores de Joinville,

rianópolis, principalmente o de Chapecó.

in Ernesto Bertaso – localizado no município de Chapecó, distante 10

a cidade, o Aeroporto possui pista asfaltada com 2.060 metros de

recendo vôos diários para diversas partes do país. Dispõe de sala vip,

para check-in, 02 guichês (Rio Sul e Transbrasil), estacionamento,

segurança VOR, DME e balizamento noturno.

so Pena – localizado no município de Joinville, este aeroporto possui

, dimensões de 1.640m x 45m e uma altitude de 4 metros. Atende a

gionais, como a região de Joinville, Blumenau e à própria região de

avegantes – Localiza-se no município de Navegantes. O aeroporto

altadas, dimensões de 1.700m x 45m e altitude de 5 metros. O aeroporto

foi inaugurado em 19/10/1978. Atende principalmente, as cidades

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

41

situadas no vale do Itajaí, como Blumenau, Brusque, Gaspar, Porto Belo, Tijucas,

Pomerode, Penha e Piçarras e as cidades turísticas litorâneas, como Balneário

Camboriu, Itajaí e o parque do Beto Carrero World em Penha. O acesso ao aeroporto

pela cidade de Blumenau é por meio da BR 101 e BR 470; por Itajaí o acesso deverá ser

feito pelo ferry boat, na travessia do rio Itajaí-Açú, que separa as duas cidades.

Aeroporto Internacional Hercílio Luz – Localiza-se no município de Florianópolis. É um

aeroporto internacional compartilhado, com dimensões de 2.300m x 45m e 1.500m x 45m

e altitude de 6 metros. Atende principalmente à demanda do turismo, em especial no

verão, de pessoas vindas da Argentina.

Além disso, tem a disposição o seguinte aeroporto:

Forquilhinha: dimensões (metros): 1.491 x 30, natureza da pista: asfalto e altitude

(metros): 28.

Segundo a FIESC7, a construção de um aeroporto na cidade de Jaguaruna visa atender

a região sul do Estado e os municípios de Tubarão, Criciúma, Imbituba, Araranguá entre

outros. Com objetivo disponibilizar uma melhor infra-estrutura aeroviária para o

importante pólo mineral (extração e de produtos minerais não metálicos) com

investimento previsto de R$ 20,5 milhões.

Tabela 13 - Distância Rodoviária em Km, dos municípios da região da AMREC, aos municípios onde estão localizados os aeroportos.

Município Joinville Navegantes Florianópolis

Criciúma 345 281,8 200

Fonte: SANTA CATARINA. Departamento de Estradas e Rodagens. Distâncias entre as cidades.

7 Projetos de Infra-Estrutura Estratégicos para a Indústria de Santa Catarina. Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC, maio de 2004.

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

42

1.6.5 Energia Elétrica

Conforme indica a figura 20 os maiores consumos de energia elétrica encontram-se no

setor industrial com (45%) e o rural com (35%).

12,88%

44,55%7,33%

35,24%

Residencial Industrial Comercial Rural

Figura 20 - Consumo Anual de Energia Elétrica (mercado CELESC), por classe de consumidores, da região da AMREC em 2001.

Fonte: CELESC, 2001 apud Anuário Estatístico de Santa Catarina, 2001.

A tabela 14 apresenta o consumo de energia elétrica por classes de consumidores e

municípios da região da AMREC em 2001. Os municípios de Criciúma e Içara são os

maiores consumidores de energia elétrica da região da AMREC.

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

43

Tabela 14 - Consumo de Energia Elétrica por municípios da região e classe de consumidores da AMREC em 2001

Classes de consumidores (kwh) Municípios Total

Residencial Industrial Comercial Rural

Cocal do Sul 42.772.392 - 31.227.992 - 11.544.400

Criciúma 378.893.169 94.207.390 203.602.604 56.704.325 64.275

Forquilhinha 106.472.500 72.821 47.994.172 29.577 58.206.380

Içara 108.999.032 909.830 11.802.379 87.371 95.819.229

Lauro Müller 23.419.365 5.740.649 7.978.323 1.349.118 6.972.264

Morro da Fumaça 71.793.830 - 9.970.127 - 61.823.703

Nova Veneza 38.512.972 1.758.007 11.441.181 1.096.281 23.795.864

Orleans 61.355.612 7.566.320 39.370.020 3.672.426 9.016.484

Siderópolis 41.110.394 971.256 8.960.590 318.468 10.302.063

Treviso 14.998.812 - 10.401.772 - 4.597.040

Urussanga 72.434.975 - 1.974.716 - 22.212.400

Total AMREC 960.763.053 111.226.273 384.723.876 63.257.566 304.354.102

Total Sc 12.633.300.853 2.976.195.291 5.652.084.908 1.652.457.119 1.288.636.687

% AMREC sobre SC 7,61% 3,74% 6,81% 3,83% 23,62%

Fonte: CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina.

A tabela 15 apresenta o consumo de energia elétrica por municípios da classe industrial

da AMREC de 1999 a 2001. Os municípios de Criciúma e Içara são os principais

consumidores da região. O crescimento ficou abaixo do esperado em relação aos anos

2000 e 2001, obtendo o índice negativo de – (3,42%).O município de Urussanga teve

enorme queda de (49,04%), em contrapartida Lauro Muller cresceu positivamente em

36,66% no consumo.

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

44

Tabela 15 - Consumo de Energia Elétrica por municípios da região da classe industrial da AMREC em 1999 a 2001

Industrial (Kwh) Municípios

1999 2000 Variação 99/00 2001 Variação 00/01

Cocal do Sul 40.961.487 36.376.257 -11,19% 31.227.992 -14,15%

Criciúma 211.227.737 210.463.744 -0,36% 203.602.604 -3,26%

Forquilhinha 44.261.046 50.272.141 13,58% 47.994.172 -4,53%

Içara 13.332.265 14.149.395 6,13% 11.802.379 -16,59%

Lauro Müller 2.580.941 5.838.262 126,21% 7.978.323 36,66%

Morro da Fumaça 9.177.204 9.939.089 8,30% 9.970.127 0,31%

Nova Veneza 7.805.206 10.381.926 33,01% 11.441.181 10,20%

Orleans 32.142.531 36.802.802 14,50% 39.370.020 6,98%

Siderópolis 12.145.810 10.608.779 -12,65% 8.960.590 -15,54%

Treviso 7.902.124 9.642.139 22,02% 10.401.772 7,88%

Urussanga 2.840.542 3.874.933 36,42% 1.974.716 -49,04%

Total AMREC 384.376.893 398.349.467 3,64% 384.723.876 -3,42%

Total Sc 4.974.569.138 5.405.468.541 8,66% 5.652.084.908 4,56%

% AMREC sobre SC 7,73% 7,37% 6,81%

Fonte: CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina.

A tabela 16 apresenta o consumo de energia elétrica por municípios da região da classe

rural da AMREC de 1999 a 2001. A média ficou positiva de 2001 em relação a 2000 com

resultado de 6,35%. Os municípios de Içara e Morro da Fumaça são os maiores

consumidores da região.

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

45

Tabela 16 - Consumo de Energia Elétrica por municípios da região da classe rural da AMREC em 1999 a 2001

Rural (Kwh) Municípios

1999 2000 Variação 99/00 2001 Variação 00/01

Cocal do Sul 24.928.400 26.658.800 6,94% 11.544.400 -56,70%

Criciúma 49.149 53.509 8,87% 64.275 20,12%

Forquilhinha 65.963.762 71.330.051 8,14% 58.206.380 -18,40%

Içara 88.137.000 90.840.148 3,07% 95.819.229 5,48%

Lauro Müller 3.141.624 5.417.603 72,45% 6.972.264 28,70%

Morro da Fumaça 52.180.800 59.640.000 14,29% 61.823.703 3,66%

Nova Veneza 231.571 3.943.052 1602,74% 23.795.864 503,49%

Orleans 7.851.607 8.529.336 8,63% 9.016.484 5,71%

Siderópolis 7.822.840 8.943.679 14,33% 10.302.063 15,19%

Treviso 3.235.120 4.199.440 29,81% 4.597.040 9,47%

Urussanga 6.969.200 6.619.200 -5,02% 22.212.400 235,58%

Total AMREC 260.511.073 286.174.818 9,85% 304.354.102 6,35%

Total SC 1.152.294.307 1.241.001.426 7,69% 1.288.636.687

% AMREC sobre SC

22,61% 23,06% 23,62%

Fonte: CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina.

Page 56: Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e ... · por acaso, em 1827, as pedras que ardiam ao fogo, mas tarde confirmadas como carvão mineral. A vila foi efetivamente fundada

46

1.6.6 Gás Natural

O Gasoduto Bolívia-Brasil transporta para o Brasil o gás natural proveniente da Bolívia.

Em Santa Catarina o gasoduto cruza o Estado a partir de Guaruva, divisa com o Paraná,

até a cidade de Timbó do Sul, na divisa com o Rio Grande do Sul, passando a leste de

Blumenau.

Fo

O gás natural d

modernização da

Entre as principai

Menor custo

Maior vida ú

Inexistência

Melhoria do

resíduos pol

A figura 22 a

aproximadamente

e capacidade par

CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

Figura 21 - Mapa da rede de distribuição da SCGás. nte: SCGás. Internet: http://www.scgas.com.br Acesso em: 11/jul/2003.

eve contribuir para o aumento da produtividade, competitividade e

indústria local, substituindo o carvão, a lenha e o óleo combustível.

s vantagens do gás natural estão:

de manutenção;

til dos equipamentos;

de custo de estocagem;

s padrões ambientais, pois a combustão completa evita impurezas e

uentes, além disso, não necessita de frete rodoviário.

presenta o mapa do Gasoduto da Integração – GASIN com

5.250 quilômetros em seu traçado total — ver detalhamento abaixo —

a transportar cerca de 60 milhões de m3/dia de gás natural, ligando os

Page 57: Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e ... · por acaso, em 1827, as pedras que ardiam ao fogo, mas tarde confirmadas como carvão mineral. A vila foi efetivamente fundada

CAPÍTULO 1 – INFR

campos produtores da Argentina e Bolívia com os mercados consumidores das Regiões

Sul, Sudoeste e Centro-Oeste do Brasil, constituindo-se em mais um elo da emergente

rede brasileira gasodutos — conhecer também o projeto Gasoduto TransCatarinense no

ONDEE-SC. Viabilizando o desenvolvimento de usinas termelétricas próximas a centros

consumidores e em locais estratégicos do sistema de transmissão; diversificar as

potencialidades da matriz energética do Estado; promover o desenvolvimento econômico

e social nos municípios da área de influência do traçado do gasoduto; incrementar a

receita fiscal. Com valor aproximado de US$ 5 bilhões.

Fonte: ONDEE-S

1.6.7 Telec

O Estado de

eficiente, que

som e imagem

marítimo, perm

planeta.

A-ESTRUTURA 2005 • ADRC

47

Figura 22 - Mapa do Gasoduto da Integração – GASIN C. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa

Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.

omunicações

Santa Catarina dispõe de um sistema de comunicações relativamente

permite contatos com qualquer localidade do país e do exterior por meio de

, texto, dados e voz. Além disso, o estado está interligado ao serviço móvel

itindo contato por telefone ou envio de mensagem para qualquer ponto do

Page 58: Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e ... · por acaso, em 1827, as pedras que ardiam ao fogo, mas tarde confirmadas como carvão mineral. A vila foi efetivamente fundada

CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

48

Tabela 17 - Linhas telefônicas instaladas na região da AMREC em 2000.

Municípios Domicílios Total

Linhas telefônicas instaladas

Part.% no total de domicílios

Cocal do Sul 3.752 1.494 39,80

Criciúma 48.034 24.027 50,00

Forquilhinha 4.935 1.343 27,20

Içara 13.337 5.190 38,90

Lauro Müller 2.817 1.082 28,30

Morro da Fumaça 3.927 1.384 35,20

Nova Veneza 3.011 920 30,80

Orleans

Siderópolis 3.286 1.754 53,40

Treviso 832 29 3,50

Urussanga 5.194 2.260 43,50

Total AMREC 89.125 39.483 31,87

Total SC 1.498.742 656.351 43,80%

AMREC sobre SC % 5,95% 6,02%

Fonte: SDE – Anuários Estatística de Santa Catarina – 2001.

A principal concessionária dos serviços de telecomunicações de SC, TELESC Brasil

Telecom S.A., atende aos 293 municípios do estado. No âmbito nacional, o atendimento

é feito através da Embratel – Empresa Brasileira de Telecomunicações S.A., da Intelig

Telecomunicações Ltda. e da GVT – Global Village Telecom.

A tabela 17 apresenta o número de linhas telefônicas instaladas em 2000. A média da

participação percentual de residências com linhas telefônicas é de (31,87 %) em 2000.

1.6.8 Água e Saneamento

Em Santa Catarina os Sistemas de Abastecimento de Água, operados pela Casan,

beneficiam 322 localidades e um Município do Estado do Paraná. Além do abastecimento

de água, os 27 sistemas de Esgotos Sanitários operados pela Casan, atendem a 16

Municípios e 2 Distritos.8

8 SANTA CATARINA. Companhia Catarinense de Águas e Saneamento. Capturado em 18 de junho de 2003. On-line. Disponível na Internet http://www.casan.com.br

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

49

De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social, Urbano e Meio Ambiente de

Santa Catarina, “com relação ao abastecimento de água o Estado possui uma cobertura

de aproximadamente 90% da população urbana em água tratada, não se podendo

garantir, no entanto, que a quantidade de água oferecida à população possua um

controle da qualidade adequado”. Em termos de esgotamento sanitário no estado,

apenas 6,85% da população urbana possui coleta de esgoto e apenas parte desse

volume coletado consegue ter tratamento satisfatório. De acordo com estudos realizados,

Santa Catarina, a fim de resgatar o déficit sanitário em coleta e tratamento de esgoto

sanitário, necessitaria investir em média 0,37% de seu PIB por ano para atingir uma meta

de atendimento de 41% da população urbana do estado em 10 anos.9

De acordo com dados da Secretaria do Desenvolvimento Municipal – SDM, referente ao

lançamento de esgotos industriais, tem-se que:

27,47% lançam na rede pública com tratamento e 72,53% sem tratamento; e.

26,08% lançam diretamente em cursos d’água com tratamento e 73,92% sem

tratamento.

Em nível estadual, são disponibilizadas pela SDM as seguintes informações:

aproximadamente 50% dos municípios utilizam o sistema individual de tratamento;

28,11% dos municípios utilizam o sistema de coleta de águas pluviais com um

sistema unitário de coleta;

25,91% utilizam vala negra10 para dispor os dejetos; e.

22,72% lança diretamente nos cursos d’água a carga orgânica proveniente do

esgotamento sanitário doméstico.

A população atendida na região da AMREC por serviços de coleta de resíduos sólidos é

de 224.843 habitantes, correspondendo a (68,87%) da população da região, conforme

indica a tabela 18, ficando sem atendimento um grande percentual de (31,13%).

9 SANTA CATARINA. Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social, Urbano e Meio Ambiente. Capturado em 18 de junho de 2003. On-line. Disponível na Internet: http://www.sds.sc.gov.br/ 10 A vala negra é uma solução sanitária condenável para a disposição de dejetos.

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC

50

Tabela 18 - Resíduos sólidos por municípios da AMREC em 1999

População Censo 2000

Municípios Total Urbano Rural

Popu

laçã

o co

m

cole

ta

% A

tend

imen

to

Qtid

ade

Perc

apita

(K

g/ha

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Pop

Tota

l To

n/di

a

Ger

ado

Pop

Urb

ana

Ton/

dia

Tipo

Adm

Col

etas

Sel

etiv

as

Cocal do Sul 13.726 11.407 2.319 8.003 70,17 0,44 6,03 5,01 Ad.Direta Não Possui

Criciúma 170.420 153.049 17.371 13.7660 90,00 0,66 112,4 100,95 Ad.Indireta Não Possui

Forquilhinha 18.348 14.556 3.792 11.820 81,20 0,57 10,45 8,29 Ad.Direta Não Possui

Içara 48.634 39.570 9.064 33.602 85,00

Lauro Müller 13.604 9.923 3.681 7.071 71,27 0,8 10,86 7,92 Ad.Direta Não Possui

Morro da Fumaça 14.551 11.154 3.397 8.261 74,07 0,5 7,28 5,58 Ad.Direta Não Possui

Nova Veneza 11.511 7.199 4.312 3.690 51,26 1,18 Ad.Direta Não Possui

Orleans 20.031 12.813 7.218

Siderópolis 12.082 9.103 2.979 6.785 74,64 0,99 Ad.Direta Não Possui

Treviso 3.144 1.561 1.583 1.560 100,00

Urussanga 18.727 10.650 8.077 6.392 60,00 1,42 26,61 15,14 Ad.Direta Não Possui

Total 344.778 280.985 63.793 224.843 68,87 173,6

Fonte: Diagnóstico do levantamento de dados dos resíduos sólidos nos municípios do Estado, com revisão das diretrizes para a formulação da política estadual dos resíduos sólidos. Secretaria de Estado do

Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente – SDM, Florianópolis, Outubro de 2001.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

51

1.7 Atividade Econômica

O perfil da estrutura industrial de Santa Catarina é marcado pela forte presença de

setores tradicionais têxtil-vestuário e alimentos, mas com um setor eletro-metal-

mecânico ganhando importância e, em grande parte, sustentando o crescimento do

produto industrial do Estado nos anos recentes.

Os principais setores industriais do estado encontram-se concentrados em regiões

específicas, registrando-se evidentes especializações regionais, resultado de um

processo histórico e descentralizado de formação industrial. Essa diversidade regional

alia-se, em cada indústria, a uma estrutura constituída por algumas grandes

empresas, muitas delas líderes nacionais, e por uma infinidade de empresas de

pequeno e médio porte, de origem tipicamente familiar1.

É apresentado a seguir, informações sobre o PIB dos municípios da região da

AMREC, bem como dados sobre o valor adicionado na região, características dos

vínculos empregatícios e dos estabelecimentos, bem como as contribuições do ICMS.

Este capítulo apresenta ainda os Segmentos Econômicos Estratégicos da região da

AMREC. A identificação e análise dos segmentos serão realizadas através de uma

metodologia específica, identificando as principais vocações econômicas existentes na

região.

A execução desta metodologia ocorre em várias etapas, observando-se a relevância

de duas variáveis (número de empregados e o número de estabelecimentos) em

comparação à média encontrada no Estado de Santa Catarina. Em seguida, verificar-

se-á a abrangência desses segmentos na região, levando-se em consideração os

segmentos integrantes e correlatos. Isto é, agrupam-se os segmentos econômicos de

maneira a formarem possíveis cadeias produtivas ou aglomerações econômicas,

baseadas nos elos principais das mesmas. A próxima etapa, diz respeito, aos

possíveis elos das cadeias produtivas, com enfoque em outras variáveis (número de

1 CAMPOS, Renato Ramos; NICOLAU, José Antônio; CÁRIO, Silvio Antônio Ferraz. Sistemas Locais de Inovação: um estudo preliminar de casos selecionados no Estado de Santa Catarina. Rio de Janeiro: Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro: [s.n.], 1998. 39 p. Faz parte do “Projeto de Pesquisa Globalização e Inovação Localizada: Experiências de Sistemas Locais no Âmbito do Mercosul e Proposições Políticas de C&T”. Coordenação Geral do Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil, patrocínio da Organização dos Estados Americanos.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

52

empregados, número de estabelecimentos, média salarial, valor adicionado e tamanho

dos estabelecimentos).

Através da aplicação da metodologia verificou-se uma predominância econômica na

região da AMREC para as atividades ligadas à extração e fabricação de produtos de

minerais não-metálicos, considerando o valor adicionado gerado por essa atividade,

outro setor de importância para a região é o de extração de carvão mineral, fabricação

de produtos químicos, material plástico e coquerias. Essas e outras atividades serão

detalhadas no decorrer deste capitulo.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

53

1.7.1 Produto Interno Bruto – PIB

O PIB per capita municipal é o valor aproximado do produto interno bruto, originado do

valor adicionado. Compreende o valor global que as unidades econômicas de

produção da agropecuária, da indústria, do comércio e dos serviços agregam aos seus

produtos, a medidas que esses passam adiante, desde o setor primário até os

consumidores finais.

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

18.000

Cocal

do Sul

Criciúm

a

Forqu

ilhinh

aIça

ra

Lauro

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Morro d

a Fum

aça

Nova V

enez

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Orlean

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Sideróp

olis

Trevis

o

Urussa

nga

19962000

Figura 23 - Gráfico comparativo do PIB per capita de 1996 em relação a 2000. Fonte: DURB/SDM – SC

A tabela 19 apresenta o PIB per capita para a região da AMREC, ela se encontra

classificada em ordem crescente do PIB per capita para o ano 2000. A região

apresenta um PIB per capita de R$ 6.057,00 capita, inferior à média do Estado de

Santa Catarina, que possui R$ 7.406,60 (no período compreendido entre os anos de

1996 a 2000). O Estado de Santa Catarina apresentou uma queda de (2,10%) neste

indicador no período analisado contra um decréscimo de (–20,22%) da região. Dos

onze municípios, segundo a figura 23, apenas quatro apresentaram crescimento do

PIB per capita no período analisado. O município de Lauro Müller (127,81%)

apresentou o maior crescimento e Cocal do Sul (-48,51%) foi o destaque negativo.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

54

Tabela 19 - Estimativa do PIB per Capita, Segundo Valor Adicionado Fiscal a Preços de 1999 (IGP/DI FGV) - 1996-2000.

PIB PER CAPITA (R$ 1,00/hab) Município

1996 1997 1998 1999 2000 Crescimento

do PIB

Cocal do Sul 14.577 13.561 12.169 13.467 7.506 -48,51%

Criciúma 5.931 6.272 6.558 6.179 6.877 15,95%

Forquilhinha 8.583 12.020 11.313 10.245 6.342 -26,11%

Içara 4.970 4.688 4.262 4.448 2.663 -46,43%

Lauro Müller 2.013 3.107 3.798 3.156 4.587 127,81%

Morro da Fumaça 5.743 7.663 7.398 6.959 6.539 13,86%

Nova Veneza 5.384 9.166 10.369 8.443 5.487 1,92%

Orleans 6.103 4.730 4.143 4.994 5.879 -3,67%

Siderópolis 5.800 6.476 6.657 6.415 5.625 -3,02%

Treviso 16.864 23.244 25.192 22.130 9.674 -42,64%

Urussanga 7.552 8.634 7.328 7.980 5.456 -27,76%

Média AMREC 7.592 9.501 9.017 8.583 6.057 -20,22%

Média SC 7.540 7.378 7.364 7.370 7.381 -2,10%

Fonte: Elaboração: DURB/SDM – SC OBS: O PIB de 1996 a 1998 foi calculado a partir do valor adicionado; O PIB de 1999 foi calculado

levando-se em consideração a média aritmética do Valor Adicionado dos anos de 1996 a 1998. (PIP PER CAPITA = VALOR ADICIONADO MUNICIPAL X PIB SC / VALOR ADICIONADO SC / POPULAÇÃO DO

MUNICÍPIO).

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

55

1.7.2 Valor Adicionado

A tabela 20 apresenta o valor adicionado2 por municípios da região da AMREC de

2000 a 2002. Os municípios de Criciúma (45,92%), Içara (9,05%) e Cocal do Sul

(7,66%) são os principais arrecadadores do valor adicionado da região em 2002. A

região obteve um crescimento de (14,08%) de 2001 para 2000, e de (20,33%) de

2001 a 2002, inferior à média de crescimento estadual, que foi de (46,82%) no mesmo

período.

Tabela 20 - Valor Adicionado por municípios da região da AMREC de 2000 a 2002.

2000 2001 2002 Municípios

Total R$ % Total R$ % %01/00 Total R$ % %02/01

Cocal do Sul 83.664.234,00 6,63 96.182.449,00 6,68 14,96 132.592.739,00 7,66 37,86

Criciúma 541.632.545,00 42,93 602.834.788,00 41,88 11,3 795.277.120,00 45,92 31,92

Forquilhinha 126.660.625,00 10,04 186.957.245,00 12,99 47,6 121.705.446,00 7,03 -34,9

Içara 119.809.613,00 9,5 112.434.412,00 7,81 -6,16 156.677.449,00 9,05 39,35

Lauro Müller 31.298.178,00 2,48 40.059.516,00 2,78 27,99 49.958.196,00 2,88 24,71

Morro da Fumaça 58.861.743,00 4,67 68.128.384,00 4,73 15,74 77.315.092,00 4,46 13,48

Nova Veneza 64.008.699,00 5,07 90.023.018,00 6,25 40,64 86.689.818,00 5,01 -3,7

Orleans 31.264.201,00 2,48 42.245.269,00 2,94 35,12 60.883.268,00 3,52 44,12

Siderópolis 83.876.081,00 6,65 72.949.783,00 5,07 -13,03 84.282.555,00 4,87 15,54

Treviso 41.749.998,00 3,31 43.771.236,00 3,04 4,84 57.789.175,00 3,34 32,03

Urussanga 78.783.773,00 6,24 83.685.477,00 5,81 6,22 108.660.243,00 6,27 29,84

Total AMREC 1.261.609.690 1.439.271.577 14,08 1.731.831.101 20,33

Total SC 18.287.574.230 21.644.699.496 18,36 31.778.541.671 46,82

% AMREC sobre SC 6,90% 6,65% 5,45%

Fonte: Valor Adicionado (DIEF) 1999 a 2001.

2 Valor Adicionado corresponde, para cada Município, ao valor das mercadorias saídas acrescido do valor das prestações de serviços (da incidência do ICMS), no seu território, deduzido o valor das mercadorias entradas, em cada ano civil, computando-se, inclusive: a) as operações e prestações que constituam fato gerador do imposto, mesmo quando o pagamento for antecipado ou diferido, ou quando o crédito tributário for diferido, reduzido ou excluído em virtude de isenção ou outros benefícios, incentivos ou favores fiscais; b) as operações imunes do imposto.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

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Figura 24 - Gráfico da participação relativa do Valor Adicionado dos municípios da região da AMREC em 2002.

8%

46%

7%9%

3%4%

5%4%

5% 3% 6%

Cocal do Sul Criciúma Forquilinha Içara

Lauro Müller Morro da Fumaça Nova Veneza Orleans

Siderópolis Treviso Urussanga

Fonte: RAIS 2002.

A figura 24 apresenta o gráfico da participação referente à contribuição de valor

adicionado dos municípios pertencentes à AMREC. Observa-se a importante posição

do município de Criciúma para a região, em relação aos outros municípios.

A tabela 21 a seguir apresenta o montante de valor adicionado gerado por cada

atividades específica dos diversos setores econômicos presentes na região, onde

notamos a relevância das atividades ligadas à Indústrias de Transformação, que

geraram (R$ 1.017.172.711,00) na ano de 2002.

Tabela 21 - Valor Adicionado da região da AMREC por setores econômicos em 2002.

Agricultura, pecuária, silvicultura e Exploração Florestal

Agricultura, pecuária e serviços relacionados 5.118.594,00

Silvicultura, exploração florestal e serviços relacionados 460.826,00

Total 5.579.420,00

Alojamento e alimentação

Alojamento e alimentação 6.520.601,00

Atividades Imobiliárias, Aluguéis e Serviços Prestados às Empresas

Atividades de informática e serviços relacionados 27.670,00

Atividades imobiliárias 341.711,00

Pesquisa e desenvolvimento 17.686,00

Serviços prestados principalmente às empresas 5.918.262,00

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

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Total 6.305.330,00

Comércio; Reparação de Veículos Automotores, Objetos Pessoais e Domésticos

Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas; e comércio a varejo de combustíveis 75.438.402,00

Comércio por atacado e representantes comerciais e agentes do comércio 89.318.251,00

Comércio varejista e reparação de objetos pessoais e domésticos 125.120.264,00

Total 289.876.917,00

Construção

Construção 1.597.484,00

Indústrias de Transformação

Confecção de artigos do vestuário e acessórios 76.376.258,00

Edição, impressão e reprodução de gravações 2.991.397,00

Fabricação de artigos de borracha e de material plástico 129.268.465,00

Fabricação de celulose, papel e produtos de papel 6.632.928,00

Fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool 41.971.243,00

Fabricação de equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, instrumentos de precisão e ópticos, equipamentos para automação industrial, cronômetros e relógios 618.677,00

Fabricação de máquinas e equipamentos 28.260.539,00

Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 731.674,00

Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos 2.522.712,00

Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicações 68.954,00

Fabricação de móveis e indústrias diversas 18.532.849,00

Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 126.252.184,00

Fabricação de produtos de madeira 13.608.470,00

Fabricação de produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos 23.325.979,00

Fabricação de produtos de minerais não-metálicos 411.083.852,00

Fabricação de produtos do fumo 1.391.019,00

Fabricação de produtos químicos 99.943.066,00

Fabricação de produtos têxteis 9.228.763,00

Fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias 7.216.786,00

Metalurgia básica 14.069.644,00

Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados 719.466,00

Reciclagem 2.357.786,00

Total 1.017.172.711,00

Indústrias extrativas

Extração de carvão mineral 188.508.060,00

Extração de minerais metálicos 547.113,00

Extração de minerais não-metálicos 10.179.536,00

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

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Total 199.234.709,00

Intermediação financeira

Intermediação financeira 622

Outros serviços coletivos

Atividades associativas 4.704.623,00

Atividades recreativas, culturais e desportivas 7.514.613,00

Serviços pessoais 2.754.672,00

Total 14.973.908,00

Produção e Distribuição de eletricidade, Gás e Água

Eletricidade, gás e água quente 35.026.472,00

Saúde e Serviços Sociais

Saúde e serviços sociais 27.915,00

Sem Classificação

Sem classificação 5.145.920,00

Transporte, Armazenagem e Comunicações

Atividades anexas e auxiliares dos transportes e agências de viagem 408.041,00

Correio e telecomunicações 40.089,00

Transporte aéreo 146.351,00

Transporte terrestre 88.891.343,00

Total 89.485.824,00

Fonte: Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina, Valor Adicionado, 2002.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

59

1.7.3 Recolhimento do ICMS

A arrecadação de ICMS está relacionada ao nível de desenvolvimento alcançado

pelos setores produtivos da economia, à medida que incide sobre a produção de bens

e serviços, constituindo o principal item orçamentário da receita estadual.

Tabela 22 - Contribuição do ICMS - 1998 a 2002

Município 1998 1999 2000 2001 2002

Cocal do Sul 3.405.884 1.870.365 3.098.585 4.823.722 4.073.480

Criciúma 47.421.592 54.316.023 63.353.707 70.347.649 73.271.703

Forquilhinha 981.765 1.379.411 1.978.635 1.944.371 2.222.750

Içara 11.778.839 12.554.366 18.592.446 18.622.355 25.139.177

Lauro Müller 215.627 232.090 391.238 517.239 567.446

Morro da Fumaça 6.378.589 7.372.902 9.319.935 8.863.332 8.953.366

Nova Veneza 2.020.746 1.749.409 2.257.533 2.972.817 6.093.831

Orleans 2.363.791 2.947.990 4.548.086 4.744.679 3.503.971

Siderópolis 1.156.719 1.705.381 2.041.049 2.738.077 3.300.626

Treviso 85.881 141.705 181.993 207.465 444.796

Urussanga 6.070.638 4.770.644 6.544.038 5.817.328 6.395.905

Total AMREC 81.880.071 89.040.286 112.307.245 121.599.034 133.967.051

Total SC 1.607.844.324 1.850.502.989 2.213.992.978 2.616.521.022 3.217.492.130

% AMREC sobre Sc 5,09% 4,81% 5,07% 4,65% 4,16%

Fonte: Secretaria do Estado da Fazenda de SC. Internet: (http://www.sef.sc.gov.br. Acesso em 16/04/2004)

Embora o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) seja

considerado na determinação do valor adicionado, demonstrado anteriormente, ele

constitui-se num importante instrumento para a observação do volume da atividade

econômica desenvolvida.

Na tabela 22 consta o valor da contribuição sobre as mercadorias e serviços dos

municípios da região da AMREC. A participação da AMREC na arrecadação de ICMS

catarinense foi de 4,16%, somando um total de R$ 133.967.051. Os municípios que

mais se destacaram no ano de 2002 foram Criciúma e Içara, como se observa na

presente tabela.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

60

1.7.4 Recolhimento de Impostos Municipais

A tabela 23 apresenta o somatório dos impostos municipais "Imposto sobre a

Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU", "Imposto sobre Serviços de Qualquer

Natureza- ISS" e “Outros Tributos”. Os valores são de 1997 a 2001 com valores

deflacionados para o ano 2001.

Tabela 23 - Recolhimento de Impostos Municipais da região da AMREC

Municípios 1997 1998 1999 2000 2001 % 97/01

Cocal do Sul 171.758,93 349.850,39 103,69%

Criciúma 5.563.868,66 6.145.065,49 4.127.068,81 4.668.284,96 5.204.935,53 -6,45%

Forquilhinha 178.435,55 258.013,78 385.629,89 436.557,17 433.312,05 142,84%

Içara 861.881,35 1.135.792,69 1.357.328,01 1.427.646,28 1.613.379,09 87,19%

Lauro Müller 119.167,83 110.413,05 102.720,78 146.666,95 23,08%

Morro da Fumaça 124.860,57 145.577,91 174.235,14 321.581,33 240.900,04 92,9%

Nova Veneza 109.274,90 254.817,37 220.819,82 354.444,46 279.382,67 155,66%

Orleans 456.823,36 501.635,80 482.108,06 5,53%

Siderópolis 80.468,86 110.715,57 111.541,31 140.194,06 527.009,13 554,92%

Treviso 35.154,21 47.504,73 46.679,16 45.448,44 72.887,48 107,33%

Urussanga 602.458,14 511.402,91 581.827,95 -3,42

Total SC (R$ 1.000,00) 227.023,59 247.257,00 268.378,91 307.330,85 334.937,39 47,53%

% AMREC sobre SC 1,65% 1,79% 1,89% 2,04% 1,93%

Fonte: Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional – STN.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

61

1.7.5 Empregados e Estabelecimentos

Esse tópico apresenta informações sobre número de empregados, número de

estabelecimento, grau de instrução e o tamanho dos estabelecimentos dos municípios

que compõem a região da AMREC. Essas informações foram extraídas da RAIS3 e

são baseadas apenas em dados formais. Isto é, não estão computados profissionais

que trabalham em setores informais. Conforme indica a tabela 24 a seguir, o número

de empregados registrados na região aumentou em (1,55%) no período de 2001 a

2002, apresentando em 2003 um crescimento de (3,09%), abaixo, entretanto, do

índice registrado no Estado como um todo, que foi de (4,60%).

Tabela 24 - Número de Empregados por municípios da região da AMREC - 2000-2002

Municípios 2001 2002 %01/02 2003 %02/03

Cocal do Sul 2.314 2.413 4,28 3.066 27,06

Criciúma 41.815 41.798 -0,04 41.097 -1,68

Forquilhinha 3.136 3.278 4,53 3.905 19,13

Içara 6.788 7.653 12,74 7.872 2,86

Lauro Muller 1.292 1.408 8,98 1.418 0,71

Morro da Fumaça 3.728 3.826 2,63 3.974 3,87

Nova Veneza 3.970 4.560 14,86 4.935 8,22

Orleans 4.043 4.253 5,19 4.460 4,87

Siderópolis 2.473 2.488 0,61 2.418 -2,81

Treviso 305 325 6,56 901 177,23

Urussanga 3.432 3.744 9,09 4.039 7,88

Total AMREC 73.296 75.746 3,34 78.085 3,09

Total SC 1.155.712 1.235.612 3,34 1.292.407 4,60

AMREC sobre SC 9,38% 8,91% 6,04

Fonte: RAIS 2000, 2001 e 2002.

3 RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) - tem por objetivo o suprimento às necessidades de controle da atividade trabalhista no País, e ainda, o provimento de dados para a elaboração de estatísticas do trabalho e a disponibilização de informações do mercado de trabalho às entidades governamentais. As informações são repassadas pelas empresas para o Ministério do Trabalho e Emprego. Internet: http://www.mte.gov.br Acesso em: 01/07/03.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

62

A figura 25 expressa o gráfico da participação de trabalhadores de cada município na

região. O município de Criciúma apresenta a maior participação no número de

empregos formais da região da AMREC (53%).

Figura 25 - Gráfico da participação relativa do número de empregados dos municípios da região da AMREC em 2003..

4%

53%

5%10%

2%

5%6%

6% 3% 1% 5%

Cocal do Sul Criciúma Forquilhinha Içara

Lauro Muller Morro da Fumaça Nova Veneza Orleans

Siderópolis Treviso Urussanga

Fonte: RAIS 2003.

A tabela 25 a seguir apresenta o número de empregados por setores de atividade

econômica presentes na região da AMREC no ano de 2003. O município de Criciúma

possui o maior número de empregados registrados em todos os setores da economia.

A maioria dos trabalhadores da região encontram-se no setor de comércio que

apresenta quase o dobro do número de trabalhadores industriais. No Estado como um

todo a situação é inversa, o número de trabalhadores industriais é praticamente o

dobro do número de trabalhadores empregados no comércio.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

63

Tabela 25 - Número de Empregados por setores econômicos e municípios da região da AMREC em 2003.

Municípios

Indú

stria

Con

stru

ção

Civ

il

Com

érci

o

Serv

icos

Agr

opec

uaria

Tota

l

Cocal do Sul 142 8 234 197 7 588

Criciuma 1.850 286 4.598 3710 40 10484

Forquilhinha 122 16 382 252 12 784

Icara 390 53 809 488 12 1752

Lauro Muller 62 7 188 150 2 409

Morro da Fumaca 297 15 293 171 4 780

Nova Veneza 197 28 199 172 13 609

Orleans 184 42 458 425 23 1132

Sideropolis 120 11 163 112 3 409

Treviso 9 2 25 29 1 66

Urussanga 198 25 279 301 19 822

Total 3.571 493 7.628 6.007 136 17.835

Total SC 435.385 42.779 214.045 507.298 36.105 1.235.612

AMREC sobre SC 0,82 1,15 3,56 1,18 0,38 1,44

Fonte: RAIS 2003.

É apresentado a seguir, na tabela 26, o número de estabelecimentos por setores da

atividade econômica na região da AMREC, onde observamos que a exemplo do que

ocorre com o número de trabalhadores, o município de Criciúma também apresenta o

maior número de estabelecimentos em todos os setores analisados. Na região, assim

como no Estado de Santa Catarina como um todo, o número de estabelecimentos

ligados ao comércio excedem aos referentes ao setor industrial.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

64

Tabela 26 - Número de Estabelecimentos por setores econômicos e municípios da região da AMREC em 2003.

Município

Indu

stria

Con

str c

ivil

Com

erci

o

Serv

icos

Agr

opec

uaria

Tota

l

Cocal do Sul 142 8 234 197 7 588

Criciúma 1.850 286 4.598 3.710 40 10.484

Forquilhinha 122 16 382 252 12 784

Içara 390 53 809 488 12 1.752

Lauro Muller 62 7 188 150 2 409

Morro da Fumaça 297 15 293 171 4 780

Nova Veneza 197 28 199 172 13 609

Orleans 184 42 458 425 23 1.132

Siderópolis 120 11 163 112 3 409

Treviso 9 2 25 29 1 66

Urussanga 198 25 279 301 19 822

Total AMREC 3.571 493 7.628 6.007 136 17.835

Total SC 23.200 5.104 49.348 45.115 6.336 129.103

Total AMREC sobre SC 15,29 10,65 15,11 12,78 2,05 13,51 Fonte: RAIS 2003

A tabela 27 apresenta o número de estabelecimentos por municípios da região da

AMREC de 2001 a 2003. Os municípios de Criciúma, Içara e Orleans possuem o

maior número de estabelecimentos registrados na região. Podemos observar um

aumento bem mais expressivo do número de estabelecimentos no ano de 2001 para

2002 (6,63%), do que em 2003, ano em que esse crescimento foi de (2,23%).

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

65

Tabela 27 - Número de Estabelecimentos por municípios da região da AMREC 2001/2003.

Municípios 2001 2002 %01/02 2003 %02/03

Cocal do Sul 613 607 -0,98% 588 -3,13

Criciúma 9.474 10.133 6,96% 10.484 3,46

Forquilhinha 706 785 11,19% 784 -0,13

Içara 1.702 1.808 6,23% 1.752 -3,10

Lauro Muller 408 424 3,92% 409 -3,54

Morro da Fumaça 716 766 6,98% 780 1,83

Nova Veneza 561 581 3,57% 609 4,82

Orleans 1.029 1.095 6,41% 1.132 3,38

Siderópolis 368 390 5,98% 409 4,87

Treviso 53 71 33,96% 66 -7,04

Urussanga 732 786 7,38% 822 4,58

Total AMREC 16.362 17.446 6,63% 17.835 2,23

Total SC 284.228 299.295 5,30% 310.980 3,90

Total AMREC sobre SC 5,75 5,82 5,74

Fonte: RAIS 2001, 2002 e 2003.

O gráfico expresso na figura 26 abaixo apresenta a participação relativa do número de

estabelecimentos dos municípios da região da AMREC. O município de Criciúma

apresenta aproximadamente 60% dos estabelecimentos da região. Içara e Orleans

apresentam, respectivamente (11%) e (6%).

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

66

Figura 26 - Gráfico da participação relativa do número de estabelecimentos dos municípios da região da AMREC em 2002.

3%

60%4%

11%

2%4%

3%6% 2%0% 5%

Cocal do Sul Criciúma Forquilhinha Içara

Lauro Muller Morro da Fumaça Nova Veneza Orleans

Siderópolis Treviso Urussanga

Fonte: RAIS 2003

A tabela 28 apresenta a média salarial (em R$) de 2001 a 2003 por municípios da

região da AMREC. Os municípios de Cocal do Sul (R$ 940,06) e Treviso (R$ 892,68)

possuem as melhores médias salariais em 2003. A região obteve de 2002 para 2003

um crescimento de (12,68%), inferior ao verificado no ano anterior (43,16%).

A figura 27 apresenta um gráfico comparativo da média salarial do período de 2001 a

2003. Em todos os municípios da região observa-se um crescimento nas médias

salariais, entretanto, no município de Treviso observou-se um crescimento mais

acentuado em relação aos demais municípios.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

67

Tabela 28 - Média Salarial de 2001 a 2003 por municípios da região da AMREC em R$.

Município 2001 2002 %01/02 2003 %03/02

Cocal do Sul 550,31 843,84 53,34 940,06 11,40

Criciúma 462,16 677,96 46,69 756,39 11,57

Forquilhinha 582,59 632,01 8,48 687,22 8,74

Içara 379,67 587,93 54,85 674,82 14,78

Lauro Muller 390,36 524,21 34,29 659,62 25,83

Morro da Fumaça 370,67 537,43 44,99 617,28 14,86

Nova Veneza 332,92 487,72 46,50 569,93 16,86

Orleans 350,14 493,88 41,05 576,45 16,72

Siderópolis 481,73 640,05 32,86 664,64 3,84

Treviso 448,75 571,98 27,46 892,68 56,07

Urussanga 488,67 647,63 32,53 722,34 11,54

Média AMREC 445,11 637,22 43,16 717,99 12,68

Média SC 661,57 725,77 9,70 799,96 10,22

‘ Fonte: RAIS 2001, 2002 e 2003..

Figura 27 - Gráfico comparativo da média salarial de 2001 e 2002 da região da AMREC

0100200300400500600700800900

1000

Cocal

do S

ul

Criciúm

a

Forquil

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Içara

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Morro d

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s

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Trevis

o

Urussa

nga

2001 2002 2003F

Fonte: RAIS 2001 e 2002.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

68

A tabela 29 apresenta o grau de instrução por municípios da região da AMREC em

2003. Os municípios de Cocal do Sul (11,8%) e Criciúma (11,1%) possuem a maior

participação relativa de empregados com nível superior completo ou em andamento. O

maior índice de analfabetismo verificou-se também em Criciúma e a maior parte da

população da região como um todo apresenta o segundo grau completo (25,7%).

Tabela 29 - Grau de instrução por municípios da região da AMREC em 2003.

Município

% A

nalfa

beto

% 4

.ser

ie

inco

mpl

eta

% 4

.ser

ie

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plet

o

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.ser

ie

inco

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ie

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plet

o

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o

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.gra

u co

mpl

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% s

uper

ior

inco

mpl

eto

% s

uper

ior

com

plet

o

Tota

l

Cocal do Sul 0,1 1,44 6,72 8,74 17,3 19,3 28,1 6,52 11,8 3.066

Criciúma 0,5 2,64 8,21 15,3 19,7 10,8 27,7 4,16 11,1 41.097

Forquilhinha 0,3 3,05 15 20,6 18,3 11,5 23,6 2,69 4,97 3.905

Içara 0,7 2,29 9,29 24,5 24,8 9,21 21,2 2,5 5,5 7.872

Lauro Muller 0,3 4,8 20,4 14,5 17,8 7,48 27,4 2,19 5,22 1.418

Morro da Fumaça 0,4 9,41 22,5 21,9 14,3 7,85 14,6 3,32 5,64 3.974

Nova Veneza 0,3 1,56 13,2 21 23,9 16,8 17,6 2,13 3,4 4.935

Orleans 0,4 4,87 14,7 14,2 13,3 8,03 33,7 3,74 7,04 4.460

Siderópolis 0,2 2,73 8,89 17 22,1 17 21,4 2,44 8,23 2.418

Treviso 0,1 3,77 16,8 18,2 25,6 7,99 21,3 2,11 4,11 901

Urussanga 0,1 3,86 11,1 15,9 16,9 11,7 29,1 4,38 6,91 4.039

Total 0,4 3,1 10,5 17 19,7 11,2 25,7 3,72 8,76 78.085

Fonte: RAIS 2003.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

69

1.8 Segmentos Econômicos Estratégicos Identificados

A partir da metodologia utilizada, identificaram-se os segmentos econômicos

estratégicos para a região da AMREC. Os segmentos econômicos de maior relevância

foram agrupados em cinco setores. Isto não significa que a totalidade dos segmentos

econômicos da região da AMREC foi identificada e analisada. Cabe ressaltar que este

capítulo faz parte da metodologia de Desenvolvimento Tecnológico Regional – DTR,

com objetivo de contribuir como fonte de informações para a realização de painéis

temáticos e na análise tecnológica da cadeia produtiva estratégica.

Os segmentos econômicos estratégicos identificados são apresentados a seguir:

Tabela 30 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos dos Segmentos Econômicos da AMREC em 2001.

Atividades Econômicas Valor Adicionado (R$) Empregados Estabelecimentos

Metalurgia Básica, Fabricação de Produtos de Metal, Máquinas e Equipamentos. 13.576.988,00 3.862 576

Extração e Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos 401.664.382,00 6.310 418

Fabricação de Produtos Têxteis e Confecção de Artigos do Vestuário. 82.428.108,00 7.523 1046

Extração de Carvão Mineral, Fabricação de Produtos Químicos, Material Plástico e Coquerias.

380.679.366,00 8.303 283

Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas 79.711.278,00 2.209 269

Fonte: elaborado a partir do próprio documento.

Com base nos dados formais de emprego, estabelecimentos e valor adicionado, pode-

se considerar o setor de Extração e Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos

o mais significativo na região, pelo montante de valor adicionado gerado, embora não

seja o que apresenta maior número de empregados da região. As atividades

relacionadas à Extração de Carvão Mineral, Fabricação de Produtos Químicos,

Material Plástico e Coquerias também destacam-se em relação aos outros setores.

Informações mais detalhadas sobre cada um deste setores serão expostas no

decorrer deste trabalho.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

70

1.8.1 Metodologia de Identificação de Segmentos Econômicos

Estratégicos

A metodologia de Identificação de Segmentos Econômicos Estratégicos4 utiliza-se do

Quociente Locacional para identificar os segmentos econômicos mais relevantes na

região em comparação ao Estado de Santa Catarina e, do Gini Locacional para

apresentar a distribuição espacial das mesmas na região de aplicação da metodologia.

Primeiramente será apresentada uma breve classificação dos cinco segmentos

analisados, considerando, com base em dados secundários, os setores que mais

contribuem com o Valor Adicionado para a região, bem como o número de

empregados e de estabelecimentos, caracterizando, dessa forma a relevância de cada

um deles na região da AMREC.

Na etapa seguinte, calcula-se o Quociente Locacional – QL para as variáveis número

de empregados e número de estabelecimentos para três séries históricas da região de

aplicação em comparação ao Estado de Santa Catarina. Neste caso, utilizou-se a

base de informações da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) fornecida pelo

Ministério de Trabalho e Emprego para os anos de 1999 a 2001 no terceiro nível do

CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Como resultado têm-se os

segmentos econômicos que apresentam maior relevância em comparação ao Estado

de Santa Catarina.

O Quociente Locacional compara a participação percentual de uma região em um

setor particular com a participação percentual da mesma região no total da variável-

base da economia nacional (HADDAD, 1989, p. 232).

4 A metodologia utilizada é uma variação da proposta na dissertação de mestrado “Metodologia de Identificação de Atividades Econômicas Potenciais” Florianópolis: PPGEP/UFSC, 2004, de Rafael Ernesto Kieckbusch. Maiores informações sobre o Quociente Locacional e Gini Locacional ver a referida dissertação.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

71

Quociente locacional do setor i na região j é dada pela seguinte fórmula:

..

.

.

EEEE

QLj

i

ij

ij =

Onde:

ijE Variável-base do setor i da região j.

.iE Somatório da variável-base dos setores da região j.

jE. Somatório da variável-base dos setores i da economia nacional.

..E Somatório da variável-base dos setores da economia nacional.

Se o valor do quociente locacional for maior do que 1 isto significa que a região é

relativamente mais importante, no contexto nacional, em termos de setor, do que em

termos gerais de todos os setores.

Em seguida, será apresentado o cálculo do Gini Locacional – GL para a variável

número de empregados na região de aplicação em uma série de três anos. Neste

caso, utilizou-se a base da RAIS como mencionado no QL.

Além do método gráfico, outra alternativa de se calcular o Gini Locacional é através de

uma fórmula, conforme (Traistaru & Iara, 2002, p. 7-8), é dada por::

⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡−= ∑

=

m

jjj

Ci CC

CmGINI

12

2D

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

72

Onde:

j

Cij

j ss

C = ∑

=

=m

jjCm

C1

1

Além disso, entende-se:

j Região de aplicação da fórmula.

m Número de sub-regiões da região de aplicação da

fórmula.

jD Indica a posição da região em ordem decrescente de

, Calculado a partir da participação relativa de Cj

no total de Cj .

Cj

∑==

j

Cij Eij

EijEiEijS

Como a distribuição da variável-base do setor i na

região j no total da variável-base do setor i.

∑∑∑==i j

ijj Eij

EijEE

S Como a distribuição do total da variável-base da

região j no total da variável base.

A partir da equação do coeficiente de concentração industrial a partir do Gini é

possível calcular o Gini Locacional sem a necessidade do uso do gráfico. Isto é, esta

equação calcula o α. Desta forma, a aplicação da fórmula torna-se mais prática e

rápida, ou seja, basta multiplicar por dois o valor do α que se tem o Gini Locacional.

Os valores variam entre zero e um. Estando mais próximo de zero, menos

concentrado é aquele setor no território e, mais próximo de um, mais concentrado esta

atividade será. Após o calculo do Gini Locacional, fez-se o agrupamento dos

segmentos econômicos em setores, de forma a se ter uma análise por possível

aglomeração ou cadeia produtiva, utilizando-se um conjunto de variáveis (número de

empregados, número de estabelecimentos, valor adicionado e tamanho dos

estabelecimentos) em tabelas para os segmentos econômicos.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

73

Na última etapa, fez-se uma análise das informações obtidas de dados secundários e,

em alguns casos, utilizaram-se outras bases de dados para complementar as

informações identificadas.

Na tabela de tamanho dos estabelecimentos, adotou-se a seguinte divisão:

Micro: até quatro empregados;

Pequeno: de cinco a quarenta e nove empregados;

Médio: de cinqüenta e quatrocentos e noventa e nove empregados;

Grande: mais de quinhentos empregados.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

74

1.8.2 Metalurgia Básica, Fabricação de Produtos de Metal, Máquinas e

Equipamentos.

Dos cinco setores selecionados este é o que apresenta o menor valor adicionado no

ano de 2001, o que não ofusca sua significância para a região. A tabela 31 a seguir

apresenta os índices de Quociente Locacional de empregados, por atividades

econômicas da região da AMREC. As atividades relacionadas à Siderurgia, à

Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada e à Fabricação de

máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e construção se apresentam

duas vezes mais concentradas na região do que no restante do Estado de Santa

Catarina no decorrer dos anos analisados.

Tabela 31 - Quociente Locacional de Empregados, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Quociente Locacional de Empregados Atividades Econômicas

1998 1999 2000 2001 2002

Siderurgia 1,9108 2,1144 2,3119 2,4321 2,0096

Metalurgia de metais não-ferrosos 0,8599 0,7334 0,4538 0,7334 0,7931

Fundição 2,0168 0,5353 0,9261 0,9886 1,0324

Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada 1,7210 1,9608 1,9668 1,7817 2,3248

Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais 2,1192 1,7136 1,2970 1,2307 1,3732

Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas manuais 1,9549 1,2859 2,0909 1,3653 1,4921

Fabricação de produtos diversos de metal 0,6760 0,5944 0,4628 0,7514 0,8470

Fabricação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão 0,1013 0,1873 0,1911 0,4689 0,4997

Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral 0,8708 0,9231 1,0355 0,9792 0,8610

Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais

1,4206 1,3549 1,6666 1,1432 1,0790

Fabricação de máquinas-ferramentas 1,3854 2,0138 1,1328 0,8836 0,8989

Fabricação de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e construção 2,1466 4,8137 12,5406 2,5518 2,7867

Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 1,2145 1,3745 0,9876 1,0371 1,0477

Fabricação de eletrodomésticos 0,2596 0,3945 0,4942 0,5019 0,5969

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

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Tabela 32 - Quociente Locacional de Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas

1998 1999 2000 2001 2002

Siderurgia 2,5155 2,3090 0,9715 2,0437 1,8058

Metalurgia de metais não-ferrosos 1,6770 1,5775 1,3751 1,1817 1,4577

Fundição 2,3216 2,0964 2,5774 2,7971 2,9900

Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada 0,8975 0,8503 0,9547 0,9845 1,1126

Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais 1,1772 1,3466 1,4128 1,6159 1,7785

Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas manuais 1,2900 1,2291 1,3898 1,4085 1,6324

Fabricação de produtos diversos de metal 1,6162 1,7238 1,7612 1,8035 1,7345

Fabricação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão 1,7701 1,8770 1,4367 1,4650 2,1444

Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral 1,2656 1,6464 1,8166 1,9603 1,8483

Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais

1,2530 1,1989 1,3533 1,1280 0,8962

Fabricação de máquinas-ferramentas 0,6927 1,8472 0,6939 0,5604 0,6216

Fabricação de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e construção 4,2484 4,1562 8,5005 6,7974 6,1270

Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 0,8961 1,4192 1,3567 1,1980 1,3145

Fabricação de eletrodomésticos 0,6373 0,4055 0,3778 0,7721 0,4085

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.

Na tabela 32 estão expostos os índices de Quociente Locacinal de estabelecimentos

por setores econômicos da região, onde destaca-se a fabricação de máquinas e

equipamentos de uso na extração mineral e construção, que se encontram seis vezes

mais concentradas que o índice do Estado como um todo.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

76

A tabela 33 apresenta os índices de Gini Locacional por atividades econômicas na

região da AMREC. Como foi definido na metodologia, quanto mais próximo de zero for

o índice, menos concentrado na território em questão é o setor. Nota-se, observando a

tabela, que apenas as atividades ligadas à fabricação de máquinas e equipamentos de

uso na extração mineral e construção se apresenta concentrado no território. A maioria

das atividades apresentaram baixa concentração do índice de Gini Locacional.

Tabela 33 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Gini Locacional Atividades Econômicas

1998 1999 2000 2001 2002 Distribuição Espacial

Siderurgia 0,9944 0,9941 - - - -

Metalurgia de metais não-ferrosos 0,1963 0,2145 0,5546 0,3687 0,1337 Baixa Concentração

Fundição 0,1568 0,0952 0,1504 0,1470 0,1887 Baixa Concentração

Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada 0,0569 0,0671 0,0471 0,0347 0,0418 Regular

Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais 0,1991 0,1044 0,0887 0,1690 0,1808 Baixa

Concentração

Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas manuais 0,2528 0,2423 0,2991 0,2480 0,0865 Baixa

Concentração

Fabricação de produtos diversos de metal 0,0583 0,1033 0,0964 0,0575 0,0832 Baixa

Concentração

Fabricação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão

0,8215 0,7361 0,9066 0,6558 0,6169 Baixa Concentração

Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral 0,1232 0,1266 0,0659 0,0462 0,0576 Baixa

Concentração

Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais

0,6128 0,4834 0,5218 0,2302 0,1821 Baixa Concentração

Fabricação de máquinas-ferramentas 0,5490 0,3509 0,7428 0,5501 0,5035 Super Concentrado

Fabricação de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e construção

0,7665 0,8981 0,8750 0,4203 0,3803 Concentrado

Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 0,2571 0,2145 0,3568 0,1697 0,1636 Baixa

Concentração

Fabricação de eletrodomésticos - - - - - -

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

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A figura 28 apresenta o Mapa temático, por atividades econômicas, das atividade

pertencentes à Cadeia Produtiva de Metalurgia Básica, Fabricação de Produtos de

Metal, Máquinas e Equipamentos.

Observando a figura percebemos que as maiores participações de empregados na

região foi observado nas atividades ligadas à fundição, que apresenta alto índice de

participação de trabalhadores, ou seja, 5% a 10% dos trabalhadores de Nova Veneza

estão ocupados nessa atividade. O município de Forquilhinha apresenta índice médio

de participação de trabalhadores (2,5% à 5%) nas atividades de forjaria, estamparia,

metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais. As demais atividades analisadas

pertencentes à essa Cadeia Produtiva apresentam participação baixa e muito baixa

nos municípios da AMREC.

A faixas seguem o seguinte princípio:

Zero: nenhum emprego registro;

Super baixo: até 1% de empregados do município;

Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;

Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;

Alto: de 5% a 10% de empregados do município

Super alto: acima de 10% de empregados do município.

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Participação Empregados

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2005

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Participação Empregados

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Participação Empregados

Nulo

(4)

Super Baixo(6)

Baixo

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CAPÍ

TULO

1 –

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Participação Empregados

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Participação Empregados

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Participação Empregados

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Participação Empregados

Nulo

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005 •

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Participação Empregados

Nulo

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Participação Empregados

Nulo

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Super Baixo(2)

Baixo

(2)

Médio

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(0)

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

83

Tabela 34 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Valor Adicionado Empregados

Atividades Econômicas

2002

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2002

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Siderurgia 250.039,00 0,02% -17,63% 145 0,19% 68,60% 2

Metalurgia de metais não-ferrosos 440.640,00 0,03% -96,09% 44 0,06% 51,72% 13

Fundição 7.615.597,00 0,54% 85,50% 698 0,92% 67,39% 61

Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada - - - 595 0,79% 85,36% 74

Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais 358.708,00 0,03% -84,27% 364 0,48% 21,74% 48

Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas manuais 2.465.683,00 0,17% 67,75% 133 0,18% 54,65% 55

Fabricação de produtos diversos de metal 93.814,00 0,01% 440,12% 370 0,49% 50,41% 110

Fabricação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão

- - - 236 0,31% 218,92% 12

Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral - - - 294 0,39% 36,11% 71

Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais

- - - 136 0,18% 7,09% 14

Fabricação de máquinas-ferramentas - - - 54 0,07% -20,59% 5

Fabricação de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e construção - - - 294 0,39% 36,11% 71

Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico - - - 326 0,43% 3,82% 39

Fabricação de eletrodomésticos 2.352.507,00 0,17% 39,47% 173 0,23% 67,96% 1

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.

Como evidencia a tabela 34, as atividades ligadas à fundição apresentam o maior

valor adicionado frente às demais atividades selecionadas, apresentando também o

maior número de trabalhadores em 2001. As atividades relacionadas à fabricação de

produtos diversos de metal apresentaram um crescimento na geração de valor

adicionado de (440%) de 1999 à 2002. Essa atividade apresenta também o maior

número de estabelecimentos em 2001 na área da AMREC.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

84

Tabela 35 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.

Atividades Econômicas Valor

Adicionado per capita (R$ 1,00)

Média Salarial

Siderurgia - R$ 444,18

Metalurgia de metais não-ferrosos 160.397,93 R$ 286,81

Fundição 9.946,92 R$ 437,54

Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada 313,18 R$ 493,05

Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais 14.433,64 R$ 512,13

Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas manuais 10.352,67 R$ 463,00

Fabricação de produtos diversos de metal 80,39 R$ 453,67

Fabricação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão

Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral - R$ 537,32

Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais - R$ 657,89

Fabricação de máquinas-ferramentas - R$ 629,06

Fabricação de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e construção - R$ 598,52

Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico - R$ 768,02

Fabricação de eletrodomésticos 10.427,27 R$ 350,12

Fonte: elaborado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1998 a 2002.

A tabela 35 apresenta a valor adicionado per capita e a média salarial das atividades

analisadas da Cadeia Produtiva em questão. Observando os dados, podemos notar o

expressivo valor adicionado per capita das atividades ligadas à metalurgia de metais

não-ferrosos (R$ 160.397,93). O menor valor foi observado nas atividades de

fabricação de produtos diversos do metal (R$ 80,39). A maior média salarial das

atividades que compõem essa cadeia verificam-se na fabricação de outras máquinas e

equipamentos de uso específico (R$ 768,02).

A tabela 36 apresenta o tamanho dos estabelecimentos por empregados e por

municípios, ou seja, mostra a porcentagem dos empregados presentes nos grupos de

empresas (micro, pequena, média, grande). Mostra também a participação dos

diferentes tamanhos de estabelecimentos sobre o total dos números de

estabelecimentos na região. Nota-se a partir dos dados a inexistência de grandes

estabelecimentos em todos os setores. As atividades de siderurgia concentram-se em

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

85

médias empresas. As demais atividades variam entre micro, pequeno e médio

estabelecimentos.

Tabela 36 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.

Empregados (%) Estabelecimentos (%)

Atividades Econômicas

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Mic

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Pequ

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Méd

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Siderurgia 0,00 0,00 100,00 0,00 0,00 0,00 100,00 0,00

Metalurgia de metais não-ferrosos 19,23 80,77 0,00 0,00 84,62 15,38 0,00 0,00

Fundição 6,75 57,67 35,58 0,00 57,38 37,70 4,92 0,00

Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada 11,38 26,11 62,51 0,00 72,97 24,32 2,70 0,00

Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais 11,55 45,77 42,68 0,00 72,92 22,92 4,17 0,00

Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas manuais 32,04 67,96 0,00 0,00 89,09 10,91 0,00 0,00

Fabricação de produtos diversos de metal 16,28 83,72 0,00 0,00 73,64 26,36 0,00 0,00

Fabricação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão

2,13 42,55 55,32 0,00 66,67 16,67 16,67 0,00

Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral 18,50 57,14 24,36 0,00 78,87 19,72 1,41 0,00

Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais

5,03 38,19 56,78 0,00 71,43 21,43 7,14 0,00

Fabricação de máquinas-ferramentas 19,72 80,28 0,00 0,00 60,00 40,00 0,00 0,00

Fabricação de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e construção

23,68 76,32 0,00 0,00 60,00 40,00 0,00 0,00

Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 6,34 60,00 33,66 0,00 66,67 30,77 2,56 0,00

Fabricação de eletrodomésticos 0,00 0,00 100,00 0,00% 0,00 0,00 100,00 0,00

Fonte: elaborado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2002.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

86

1.8.3 Extração e Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos

O conjunto das atividades que formam essa Cadeia Produtiva geram o maior valor

adicionado das cadeias selecionadas (R$ 401.664.382,00), o que retrata a importância

dessa Cadeia Produtiva para a região da AMREC.

A tabela 37 a seguir apresenta o Quociente Locacional de empregados por atividades

econômicas da região. Nota-se que em todas as atividades há uma concentração

maior que a observada no restante do Estado como um todo, em especial a extração

de outros minerais não-metálicos e a fabricação de produtos cerâmicos, que

apresentam essa concentração quatro vezes maior que em Santa Catarina.

Tabela 37 - Quociente Locacional de Empregados, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Quociente Locacional de Empregados Atividades Econômicas

1998 1999 2000 2001 2002

Extração de pedra, areia e argila 1,4261 1,6263 2,6098 2,2942 2,3642

Extração de outros minerais não-metálicos 5,1458 5,5722 5,1062 4,3875 4,8507

Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque 3,3281 2,7756 2,9369 2,7395 3,0476

Fabricação de produtos cerâmicos 4,9900 4,9402 5,0842 4,6452 4,8083

Aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais não-metálicos 2,5631 2,9386 3,7273 3,0878 2,9820

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.

O Quociente Locacional de estabelecimentos por atividade econômica está expresso

na tabela 38 onde destaca-se a concentração das atividades ligadas à fabricação de

produtos cerâmicos, que se mostra três vezes mais concentrados que no restante do

Estado de Santa Catarina.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

87

Tabela 38 - Quociente Locacional de Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas

1998 1999 2000 2001 2002

Extração de pedra, areia e argila - - - - -

Extração de outros minerais não-metálicos 3,7485 3,2936 3,7283 3,5891 2,8330

Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque 1,2255 1,3778 1,4390 1,2674 1,3364

Fabricação de produtos cerâmicos 3,7601 3,4936 3,3371 3,4712 3,5120

Aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais não-metálicos 1,5931 1,5166 1,6777 1,5328 1,5639

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.

A tabela 39 apresenta os índices de Gini Locacional por atividades econômicas na

região da ADR–AMREC. Nota-se, através da observação dos dados que as atividades

ligadas à fabricação de produtos cerâmicos, ao aparelhamento de pedras e fabricação

de cal e de outros produtos de minerais não-metálicos encontram-se super

concentradas, segundo a metodologia utilizada, indicando que essas atividades estão

super concentradas no território em questão.

Tabela 39 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Gini Locacional Atividades Econômicas

1998 1999 2000 2001 2002 Distribuição Espacial

Extração de pedra, areia e argila 0,0458 0,1325 0,2235 0,2251 0,2073 Baixa Concentração

Extração de outros minerais não-metálicos 0,5263 0,4319 0,4692 0,6934 0,8360 Baixa

Concentração

Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque

- - - - - -

Fabricação de produtos cerâmicos 3,7601 3,4936 3,3371 3,4712 3,5120 Super Concentrado

Aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais não-metálicos

1,5931 1,5166 1,6777 1,5328 1,5639 Super Concentrado

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.

Page 98: Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e ... · por acaso, em 1827, as pedras que ardiam ao fogo, mas tarde confirmadas como carvão mineral. A vila foi efetivamente fundada

CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

88

A figura 29 apresenta o mapa temático das atividades pertencentes à Cadéia

Produtiva de Extração e Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos, por

municípios da região, onde nota-se a presença mais atuantes de tais atividades. A

extração de pedra, areia e argila apresenta índice médio de participação de

trabalhadores em Içara, indicando que de 2,5% a 5% dos trabalhadores desse

município dedicam-se a essa atividade. No município de Morro da Fumaça observou-

se o mesmo índice para as atividades ligadas à extração de outros minerais não-

metálico.

A fabricação de produtos cerâmicos está presente na maioria dos municípios da

região, apresentando índice de participação de trabalhadores super alto (mais de 10%)

em Cocal do Sul e Morro da Fumaça, Alto em Urussanga e Içara e médio em

Criciúma e Lauro Muller.

O aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais não-

metálicos apresentam índice médio de participação de trabalhadores em Nova

Veneza, os demais municípios apresentam índice de participação de trabalhadores

baixo e muito baixo para várias das atividades mencionadas (vide figura 29 para mais

detalhes).

A faixas seguem o seguinte princípio:

Zero: nenhum emprego registro;

Super baixo: até 1% de empregados do município;

Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;

Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;

Alto: de 5% a 10% de empregados do município

Super alto: acima de 10% de empregados do município.

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Participação Empregados

Nulo

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Participação Empregados

Nulo

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Super Baixo(3)

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Participação Empregados

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Super Baixo(3)

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Participação Empregados

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

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Tabela 40 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Valor Adicionado Empregados

Atividades Econômicas

2002

(R

$ 1,

00)

% d

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2002

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bele

cim

ento

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Extração de pedra, areia e argila 3.569.745,00 0,25% -67,04% 319 0,42% 99,38% 38

Extração de outros minerais não-metálicos 3.601.047,00 0,25% 2006,61% 135 0,18% -8,78% 18

Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque

43.654.776,00 3,08% 184,83% 834 1,10% 29,70% 86

Fabricação de produtos cerâmicos 350.741.125,00 24,74% 40,37% 4735 6,25% 0,98% 243

Aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais não-metálicos

97.689,00 0,01% -77,29% 287 0,38% 36,67% 33

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.

A tabela 40 apresenta o valor adicionado de 2002 bem como informações sobre

empregados e estabelecimentos das atividades que compõem essa Cadeia Produtiva

em 2001. A fabricação de produtos cerâmicos gera (R$ 350.741.125,00) de valor

adicionado. Estas atividades também apresentam o maior número de

estabelecimentos em relação às demais relacionadas.

A tabela 41 a seguir apresenta o valor adicionado per capita e a média salarial, por

atividades econômicas da região da AMREC em 2002. As atividades ligadas ao

aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais não-

metálicos apresentam o maior valor adicionado per capita (R$ 387,30). A maior média

salarial verifica-se nas atividades de extração de outros minerais não-metálicos.

Page 103: Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e ... · por acaso, em 1827, as pedras que ardiam ao fogo, mas tarde confirmadas como carvão mineral. A vila foi efetivamente fundada

CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

93

Tabela 41 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.

Atividades Econômicas Valor Adicionado per capita (R$ 1,00)

Média Salarial

Extração de pedra, areia e argila R$ 24.730,63 R$ 848,92

Extração de outros minerais não-metálicos R$ 20.097,36 R$ 1.124,50

Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque R$ 33.307,38 R$ 632,71

Fabricação de produtos cerâmicos R$ 59.711,06 R$ 653,29

Aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais não-metálicos R$ 387,30 R$ 479,09

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1998 a 2002.

Com a exceção da fabricação de produtos cerâmicos que apresenta aproximadamente

(17%) dos empregados trabalhando em grandes estabelecimentos, que representam

(0,41%) do total dos estabelecimentos da região, as demais atividades distribuem-se

entre os estabelecimentos micro, pequeno e médios, como demonstra a tabela 42.

Tabela 42 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.

Empregados (%) Estabelecimentos (%)

Atividades Econômicas

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Méd

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Mic

ro

Pequ

eno

Méd

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Gra

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Extração de pedra, areia e argila 4,92 12,30 82,77 0,00 86,84 10,53 2,63 0,00

Extração de outros minerais não-metálicos 3,45 53,79 42,76 0,00 72,22 22,22 5,56 0,00

Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque 5,06 37,20 57,73 0,00 67,44 29,07 3,49 0,00

Fabricação de produtos cerâmicos 4,73 35,15 42,98 17,14 52,67 41,15 5,76 0,41

Aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais não-metálicos

7,36 32,18 60,46 0,00 72,73 21,21 6,06 0,00

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2002.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

94

1.8.4 Fabricação de Produtos Têxteis e Confecção de Artigos do

Vestuário.

A Cadeia Produtiva das atividades de Fabricação de Produtos Têxteis e Confecção de

Artigos do Vestuário apresenta o maior número de empregados e estabelecimentos

dentre as selecionadas neste documento, caracterizando a predominância de

pequenas propriedades.

A tabela 43 a seguir apresenta os índices de Quociente Locacional de empregados,

por atividades econômicas de região de AMREC, onde observamos que as atividades

de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros e a confecção de

artigos do vestuário apresentam concentração superior à observada no Estado de

Santa Catarina como um todo.

Tabela 43 - Quociente Locacional de Empregados, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Quociente Locacional de Empregados Atividades Econômicas

1998 1999 2000 2001 2002

Acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros 1,3083 1,2853 0,8490 1,3437 1,3772

Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exceto vestuário - e de outros artigos têxteis 1,1266 0,9033 0,6254 0,3906 0,4709

Fabricação de tecidos e artigos de malha 0,3313 0,3261 0,4284 0,2871 0,3650

Confecção de artigos do vestuário 1,7042 1,7461 1,7610 1,6154 1,7311

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.

A tabela 44 expressa o índice de Quociente Locacional dos estabelecimentos, por

setores de atividades e assim como o índice de empregados, as atividades de

acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros e a confecção de artigos

do vestuário apresentam concentração superior à média estadual.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

95

Tabela 44 - Quociente Locacional de Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas

1998 1999 2000 2001 2002

Acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros 1,4382 0,9003 1,1148 1,3193 1,5460

Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exceto vestuário - e de outros artigos têxteis 0,5494 0,3918 0,3291 0,3504 0,2012

Fabricação de tecidos e artigos de malha 0,7022 0,8299 0,8680 0,7410 0,7849

Confecção de artigos do vestuário 1,6174 1,7304 1,7215 1,7077 1,7113

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.

A tabela 45 apresenta os índice de Gini Locacional das atividades pertencentes à essa

cadeia, onde observa-se uma distribuição super concentrada para atividades de

Fabricação de tecidos e artigos de malha e concentrada na confecção de artigos do

vestuário.

Tabela 45 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Gini Locacional Atividades Econômicas

1998 1999 2000 2001 2002 Distribuição Espacial

Acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros 0,7353 0,7454 0,5524 0,2495 0,2443 Baixa

Concentração

Fabricação de tecidos e artigos de malha 0,0914 0,0778 0,2506 0,3574 0,5474 Super

Concentrado

Confecção de artigos do vestuário 0,0614 0,0697 0,0402 0,0397 0,0346 Concentrado

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.

A figura 30 a seguir apresenta um esboço das atividades pertencentes à Cadeia

Produtiva genérica do Têxtil e Vestuário, identificando as atividades e componentes

dos insumos, a infra-estrutura e outros serviços relacionados, o setor de

transformação e os aspectos mercadológicos, interno e externo dos produtos.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

97

A faixas seguem o seguinte princípio:

Zero: nenhum emprego registro;

Super baixo: até 1% de empregados do município;

Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;

Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;

Alto: de 5% a 10% de empregados do município

Super alto: acima de 10% de empregados do município.

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Participação Empregados

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(2)

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Participação Empregados

Nulo

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Orle

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Sid

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Trev

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Uru

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Participação Empregados

Nulo

(9)

Super Baixo(2)

Baixo

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Médio

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Alto

(0)

Super Alto(0)

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Participação Empregados

Nulo

(1)

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Médio

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Alto

(2)

Super Alto

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

100

Tabela 46 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Valor Adicionado Empregados

Atividades Econômicas

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2002

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Acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros 464.085,00 0,03% -81,00% 361 0,48% 46,15% 31

Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exceto vestuário - e de outros artigos têxteis

3.785.623,00 0,27% 316,16% 292 0,39% -1,68% 53

Fabricação de tecidos e artigos de malha 1.932.699,00 0,14% -67,43% 235 0,31% 8,29% 28

Confecção de artigos do vestuário 76.245.701,00 5,38% 72,72% 6635 8,76% 29,89% 934

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.

Dentre as atividades pertencentes à essa Cadeia Produtiva, as de confecção de

artigos do vestuário são as que apresentam maior valor adicionado, valor este que

corresponde a (5,38%) do valor adicionado da AMREC, são também as que

apresentam maior valor adicionado, bem como o maior número de estabelecimentos.

O valor adicionado das atividades de fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos

- exceto vestuário - e de outros artigos têxteis cresceu (316,16%) no período que

compreende os anos de 1999 à 2002.

Tabela 47 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.

Atividades Econômicas Valor Adicionado per capita (R$ 1,00)

Média Salarial

Acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros R$ 10.692,78 R$ 263,29

Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exceto vestuário - e de outros artigos têxteis R$ 6.083,26 R$ 311,55

Fabricação de tecidos e artigos de malha R$ 10.591,96 R$ 324,00

Confecção de artigos do vestuário R$ 246,57

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1998 a 2002.

A tabela 47 apresenta o valor adicionado per capita e a média salarial das atividades

dessa cadeia, entretanto não foi possível identificar o valor adicionado per capita das

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

101

atividades relacionadas à confecção de artigos do vestuário, o que deixa prejudicada a

análise comparativa das atividades. A maior média salarial verificou-se nas atividades

de fabricação de tecidos e artigos de malha.

Tabela 48 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.

Empregados (%) Estabelecimentos (%)

Atividades Econômicas

Mic

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Méd

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Gra

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Mic

ro

Pequ

eno

Méd

io

Gra

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Acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros 13,09 56,31 30,60 0,00 61,29 35,48 3,23 0,00

Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exceto vestuário - e de outros artigos têxteis

0,00 100,00 0,00 0,00 50,00 50,00 0,00 0,00

Fabricação de tecidos e artigos de malha 2,65 15,88 81,47 0,00 67,86 21,43 10,71 0,00

Confecção de artigos do vestuário 6,63 42,67 39,03 11,68 79,23 17,67 3,00 0,11

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2002.

Como mostra a tabela 48, apenas as atividades de confecção de artigos do vestuário

apresentam grandes estabelecimentos, embora seja apenas (0,11%) dos mesmos. A

maioria dos empregados envolvidos na fabricação de tecidos e artigos de malha e na

confecção de artigos do vestuário trabalham em estabelecimentos de porte médio.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

102

1.8.5 Extração de Carvão Mineral, Fabricação de Produtos Químicos,

Material Plástico e Coquerias.

As atividades dessa Cadeia Produtiva somam juntas o segundo maior valor adicionado

da região da AMREC e possuem também o maior número de trabalhadores

envolvidos.

O Quociente Locacional de empregados, por setor econômico da região estão

expostos na tabela 49 a seguir, onde destaca-se as atividades relacionadas

à extração de carvão mineral e as de coquerias, que apresentam concentração

superior à 15 e 16 vezes, rerspectivamente, à observada no Estado de Santa Catarina

como um todo.

A fabricação de resinas e elastômeros e de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e

produtos afins também apresentam destaque, a medida que apresentam o índice

superior a seis. A fabricação de produtos e preparados químicos diversos também

apresentam concentração superior a quatro vezes à obsrevada em Santa Catarina.

Tabela 49 - Quociente Locacional de Empregados, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Quociente Locacional de Empregados Atividades Econômicas

1998 1999 2000 2001 2002

Extração de carvão mineral 16,6185 16,6605 16,9812 15,4798 16,0543

Fabricação de produtos químicos inorgânicos 1,5407 1,1117 1,4484 0,1261 0,4049

Fabricação de produtos químicos orgânicos 2,2710 4,2716 0,2399

Fabricação de resinas e elastômeros 6,0561 4,5796 16,2155 6,4926 6,5250

Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins 9,4918 8,9038 5,8838 6,6012 6,7018

Fabricação de produtos e preparados químicos diversos 4,9900 4,8521 5,7687 5,0245 4,2611

Fabricação de artigos de borracha 0,6023 0,7256 0,3556 0,6157 0,7289

Fabricação de produtos de material plástico 3,4789 3,4954 3,2530 3,2454 3,2436

Coquerias 16,6543 16,7919 16,0937 15,7677 15,6999

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

103

Tabela 50 - Quociente Locacional de Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas

1998 1999 2000 2001 2002

Extração de carvão mineral 15,1143 14,6689 13,7455 13,5775 13,5736

Fabricação de produtos químicos inorgânicos - - - - -

Fabricação de produtos químicos orgânicos - - - - -

Fabricação de resinas e elastômeros 3,9828 2,7708 4,6366 3,1584 2,8593

Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins 3,7050 3,2812 2,9249 3,6480 3,6290

Fabricação de produtos e preparados químicos diversos 3,5217 3,4557 3,5930 3,4913 3,4311

Fabricação de artigos de borracha 1,2041 1,4041 1,0948 1,2408 1,2072

Fabricação de produtos de material plástico 1,9189 1,9514 1,8056 1,9155 1,9084

Coquerias 15,9313 15,7498 15,3009 15,5427 14,8161

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.

Os índices de Quociente Locacional de estabelecimentos expressos na tabela 50

também evidenciam a alta concentração das atividades de extração de carvão mineral

e coquerias em relação ao Estado catarinense.

O índice de Gini Locacional expresso na tabela 51 mostra a distribuição das atividades

dentro da região, onde o índice próximo a 1 (um) reflete uma alta concentração em

algum, ou alguns municípios da região. Dentre as atividade selecionadas para essa

Cadeia Produtiva, a que apresenta maior concentração são as relacionadas à

fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins que apresentam a

distribuição espacial super concentrada. A fabricação de produtos químicos

inorgânicos e as atividades ligadas à coquerias apresentam-se concentradas na

região. As demais atividades apresentam baixa concentração.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

104

Tabela 51 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Gini Locacional Atividades Econômicas

1998 1999 2000 2001 2002 Distribuição Espacial

Extração de carvão mineral 0,1929 0,1073 0,0569 0,0701 0,0633 Baixa Concentração

Fabricação de produtos químicos inorgânicos 0,9312 0,9638 1,0000 - 0,2622 Concentrado

Fabricação de produtos químicos orgânicos - - - - - -

Fabricação de resinas e elastômeros - - 0,9887 - - -

Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins 0,3310 0,2966 0,5811 0,5977 0,6714 Super

Concentrado

Fabricação de produtos e preparados químicos diversos 0,1324 0,3152 0,1959 0,1520 0,1482 Baixa

Concentração

Fabricação de artigos de borracha 0,2393 0,2494 0,1891 0,0739 0,2295 Baixa Concentração

Fabricação de produtos de material plástico 0,0787 0,0855 0,0860 0,0835 0,0847 Baixa

Concentração

Coquerias 0,4393 0,8471 0,2232 0,3061 0,2503 Concentrado

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.

A figura 32 apresenta o mapa temático, por setores, das atividades que pertencem a

Cadeia Produtiva em questão, onde observa-se que a extração de carvão mineral

apresenta índice de participação de empregados super alto em Lauro Muller

Siderópolis e Forquilhinha, o que significa que mais de (10%) dos trabalhadores

desses municípios dedicam-se a essas atividades. Em Treviso o índice de participação

é alto (5% a 10% dos trabalhadores do município).

Em Siderópolis o índice de participação de trabalhadores envolvidos na fabricação de

tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins é alto. As fabricação de produtos e

preparados químicos diversos apresenta, no município de Morro da Fumaça índice

médio de participação de empregados, (2,5% a 5% dos mesmos).

A fabricação de produtos de material plástico apresenta índice super alto de

participação de trabalhadores em Orleans, Urussanga e Içara, ou seja, mais de (10%)

dos trabalhadores destes municípios dedicam à fabricação de material plástico.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

105

A faixas seguem o seguinte princípio:

Zero: nenhum emprego registro;

Super baixo: até 1% de empregados do município;

Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;

Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;

Alto: de 5% a 10% de empregados do município

Super alto: acima de 10% de empregados do município.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

110

Tabela 52 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Valor Adicionado Empregados

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Extração de carvão mineral 188.357.258,00 13,29% 36,75% 2362 3,12% -19,03% 72

Fabricação de produtos químicos inorgânicos 1.314.015,00 0,09% -

90,36% 7 0,01% -63,16% 7

Fabricação de produtos químicos orgânicos - - - 1 0,00% -96,55% 2

Fabricação de resinas e elastômeros - - - 10 0,01% 233,33% 2

Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins

31.862.630,00 2,25% 22,78% 470 0,62% -16,22% 22

Fabricação de produtos e preparados químicos diversos - - - 553 0,73% 44,76% 43

Fabricação de artigos de borracha - - - 129 0,17% 53,57% 19

Fabricação de produtos de material plástico 159.145.463,00 11,23% 50,82% 4566 6,03% 29,09% 97

Coquerias - - - 205 0,27% 7,33% 19

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.

A tabela 52 apresenta o valor adicionado das atividades pertencentes à essa Cadeia

Produtiva no ano de 2001, bem como o número de empregados e de

estabelecimentos. A coleta de alguns dados do valor adicionado estavam

indisponíveis, o que prejudicou a análise, entretanto, observando os dados disponíveis

notamos que o maior valor adicionado verificou-se na extração de carvão mineral,

seguido das atividades de fabricação de produtos de material plástico, atividade esta

que comporta também o maior número de estabelecimentos desta cadeia.

O valor adicionado per capita das atividades de fabricação de produtos químicos e

inorgânicos é o maior, sendo registrado (R$ 3.221.926,00) A maior média salarial

verificou-se também nas atividade relacionadas à extração de carvão, mineral (R$

797,84), conforme indica a tabela 53.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

111

Tabela 53 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.

Atividades Econômicas Valor Adicionado per capita (R$ 1,00)

Média Salarial

Extração de carvão mineral R$ 84.354,97 R$ 797,84

Fabricação de produtos químicos inorgânicos R$ 3.221.926,00 R$ 180,05

Fabricação de produtos químicos orgânicos R$ 144.822,00 R$ 400,00

Fabricação de resinas e elastômeros - R$ 162,79

Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins R$ 101.622,63 R$ 842,18

Fabricação de produtos e preparados químicos diversos R$ 6.589,14 R$ 134,71

Fabricação de artigos de borracha R$ 386,30 R$ 498,62

Fabricação de produtos de material plástico R$ 29.906,27 R$ 572,76

Coquerias - R$ 626,57

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1998 a 2002.

As atividades ligadas à fabricação de produtos químicos inorgânicos e à fabricação de

produtos químicos orgânicos apresentam (100%) dos trabalhadores em micro

empresas. A extração de carvão mineral apresenta(1,39%) de estabelecimentos de

grande porte e (11,11%) dos estabelecimentos classificados como de médio porte, que

incorporam a maior participação de trabalhadores (53,13%) dos mesmos. A fabricação

de produtos de material plástico também apresenta um pequeno número de grandes

estabelecimentos (1,03%). As demais atividades distribuem-se em estabelecimentos

de micro, pequeno e médio porte, como pode-se observar na tabela 54.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

112

Tabela 54 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.

Empregados (%) Estabelecimentos (%)

Atividades Econômicas

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Mic

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Pequ

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Méd

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Extração de carvão mineral 0,75 18,53 53,13 27,59 59,72 27,78 11,11 1,39

Fabricação de produtos químicos inorgânicos 100,00 0,00 0,00 0,00 100,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de produtos químicos orgânicos 100,00 0,00 0,00 0,00 100,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de resinas e elastômeros 0,00 100,00 0,00 0,00 50,00 50,00 0,00 0,00

Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins 1,84 18,86 79,30 0,00 63,64 22,73 13,64 0,00

Fabricação de produtos e preparados químicos diversos 5,14 23,19 71,67 0,00 69,77 18,60 11,63 0,00

Fabricação de artigos de borracha 13,14 86,86 0,00 0,00 63,16 36,84 0,00 0,00

Fabricação de produtos de material plástico 0,66 12,63 73,82 12,88 50,52 27,84 20,62 1,03

Coquerias 8,47 52,42 39,11 0,00 73,68 21,05 5,26 0,00

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2002.

Page 123: Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e ... · por acaso, em 1827, as pedras que ardiam ao fogo, mas tarde confirmadas como carvão mineral. A vila foi efetivamente fundada

CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

113

1.8.6 Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas.

A tabela 55 a seguir apresenta os índices de Quociente Locacional de empregados,

por atividades econômicas da região da AMREC no período que compreende os anos

de 1998 à 2002. Foram selecionadas três atividades relacionadas à essa cadeia,

sendo que a moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas

para animais são as que apresentam índice mais elevado.

Tabela 55 - Quociente Locacional de Empregados, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Quociente Locacional de Empregados Atividades Econômicas

1998 1999 2000 2001 2002

Abate e preparação de produtos de carne e de pescado 0,8156 0,0425 0,0599 0,0427 0,4544

Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas para animais 1,2857 1,2331 1,4001 1,3296 1,3345

Fabricação de outros produtos alimentícios 1,0232 1,0563 0,9409 0,8388 0,8513

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.

O Quociente Locacional de estabelecimentos expresso na tabela 56 evidencia que as

atividades de moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas

para animais e a fabricação de outros produtos alimentícios apresentam concentração

pouco superior à observada no Estado de Santa Catarina como um todo.

Tabela 56 - Quociente Locacional de Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas

1998 1999 2000 2001 2002

Abate e preparação de produtos de carne e de pescado 0,6779 0,6016 0,6348 0,5094 0,5694

Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas para animais 1,1701 1,0534 1,0409 1,0798 1,1753

Fabricação de outros produtos alimentícios 1,1008 1,1459 1,0759 1,0511 1,1869

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.

O índice de Gini Locacional mostra a distribuição das atividades dentro da região da

AMREC. A tabela 57 mostra uma distribuição espacial concentrada para as atividades

relacionadas ao abate e preparação de produtos de carne e de pescado, baixa para a

moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas para animais e

regular para a fabricação de outros produtos alimentícios.

Page 124: Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e ... · por acaso, em 1827, as pedras que ardiam ao fogo, mas tarde confirmadas como carvão mineral. A vila foi efetivamente fundada

CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

114

Tabela 57 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Gini Locacional Atividades Econômicas

1998 1999 2000 2001 2002 Distribuição Espacial

Abate e preparação de produtos de carne e de pescado 0,5889 0,0567 0,1323 0,0508 0,4152 Concentrado

Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas para animais

0,1631 0,1398 0,1451 0,1471 0,1344 Baixa Concentração

Fabricação de outros produtos alimentícios 0,0409 0,0466 0,0417 0,0472 0,0342 Regular

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.

A figura 33 a seguir apresenta o mapa temático das atividades pertencentes à Cadeia

Produtiva de Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas. O abate e preparação de

produtos de carne e de pescado apresenta índice de participação de empregados

super alto em Forquilhinha, ou seja, mais de (10%) dos trabalhadores do município

dedicam-se a essas atividades. A moagem, fabricação de produtos amiláceos e de

rações balanceadas para animais apresenta-se, em Morro da Fumaça com índice alto

(5% a 10%) de participação e médio em Forquilhinha (2,5% a 5%). A fabricação de

outros produtos alimentícios está presente na maioria dos municípios da região,

entretanto, apresentando índices de participação baixo e super baixo.

A faixas seguem o seguinte princípio:

Zero: nenhum emprego registro;

Super baixo: até 1% de empregados do município;

Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;

Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;

Alto: de 5% a 10% de empregados do município

Super alto: acima de 10% de empregados do município.

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Participação Empregados

Nulo

(4)

Super Baixo(3)

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Participação Empregados

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

117

Tabela 58 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.

Valor Adicionado Empregados

Atividades Econômicas

2002

(R

$ 1,

00)

% d

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2002

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Abate e preparação de produtos de carne e de pescado

74.853.225,00 5,28% 61,60% 1114 1,47% 1258,54% 23

Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas para animais

609.646,00 0,04% 15,92% 523 0,69% 17,79% 52

Fabricação de outros produtos alimentícios 4.248.407,00 0,30% 48,58% 572 0,76% -5,45% 194

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.

A tabela 58 apresenta os valores adicionados gerado pelas três atividades selecionadas

para essa cadeia, onde evidencia-se a predominância das atividades relacionadas ao

abate e preparação de produtos de carne e de pescado, que gerou (R$ 74.853.225,00)

em 2002. Estas atividades são também as que possuem o maior número de

trabalhadores. As atividades ligadas à fabricação de outros produtos alimentícios

possuem o maior número de estabelecimentos dentre as atividades listadas.

Tabela 59 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.

Atividades Econômicas Valor Adicionado per capita (R$ 1,00)

Média Salarial

Abate e preparação de produtos de carne e de pescado R$ 146.577,05 R$ 554,77

Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas para animais R$ 82.530,28 R$ 527,90

Fabricação de outros produtos alimentícios R$ 5.567,85 R$ 217,21

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1998 a 2002.

O abate e preparação de produtos de carne e de pescado são as atividades que

apresentam o maior valor adicionado per capita e também a maior média salarial,

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC

118

conforme indica a tabela 59, dentre as atividades componentes da Cadeia Produtiva de

Produtos Alimentícios e Bebidas.

Com base na tabela 60, pode-se notar a predominância dos trabalhadores em micro e

pequenos estabelecimentos nas atividades de moagem, fabricação de produtos

amiláceos e de rações balanceadas para animais e fabricação de outros produtos

alimentícios. A maioria dos funcionários empregados no abate e preparação de produtos

de carne e de pescado encontram-se em grandes estabelecimentos. Contudo, nas três

atividades há um predomínio de micro estabelecimentos.

Tabela 60 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.

Empregados (%) Estabelecimentos (%)

Atividades Econômicas

Mic

ro

Pequ

eno

Méd

io

Gra

nde

Mic

ro

Pequ

eno

Méd

io

Gra

nde

Abate e preparação de produtos de carne e de pescado

0,78% 12,54% 0,00% 86,68% 65,22% 30,43% 0,00% 4,35%

Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas para animais

6,91% 59,81% 33,28% 0,00% 61,54% 34,62% 3,85% 0,00%

Fabricação de outros produtos alimentícios 23,07% 66,60% 10,33% 0,00% 85,05% 14,43% 0,52% 0,00%

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2002.

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CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2005 • ADRC

119

1.8 Mapa de Oferta Tecnológica

A eficiência da aprendizagem tecnológica depende do nível de inteligência social

resultante do esforço educacional e da formação profissional dos trabalhadores.

Assim sendo, o sistema precisa formar profissionais polivalentes, com capacidade de

aprender continuamente. Não basta apenas o mero domínio da leitura e da escrita, “a

capacidade de entendimento de informações mais complexas e de comunicação é

essencial. No processo de apropriação de tecnologia, são necessários profissionais,

em todos os níveis, com capacidade de aprender e de tomar decisões”. 1

A análise da quantidade de estabelecimentos de ensino, de cursos técnicos,

profissionalizantes e de universidades em cada região, revela o cenário de possíveis

potencialidades e deficiências em relação ao desenvolvimento tecnológico, quando

analisado juntamente com outros dados, como índice de desenvolvimento humano,

número de empresas que essa mão-de-obra qualificada tem que atender, etc. Outro

ponto fundamental para avaliação deste item é a percepção que as lideranças

empresariais locais têm sobre a qualidade desta mão-de-obra.

1 SEBRAE; CNPq; IEL; EMBRAPA. Agropolo: uma proposta metodológica. Brasília: ABIPTI, 1999. 364 p. P. 36.

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CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2005 • ADRC

120

1.8.1 Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC – Campus

Criciúma

Inicialmente denominada FUCRI foi criada pela lei n. 697, de 22 de junho de 1968,

com cursos voltados para o Magistério e, com o crescimento do Sul do Estado, foram

criados outros, visando satisfazer a demanda empresarial. A FUCRI sofreu alteração

estatutária em 1973 e em 1988, e foi reconhecida de utilidade pública pelo Decreto

Federal n. 72454/73, pelo Decreto Estadual n. 4336/69 e pelo Decreto Municipal n.

723/69. A FUCRI iniciou suas atividades nas dependências do Colégio Madre Tereza

Michel, com o curso pré-vestibular. Em 1971 passou a funcionar na Escola Técnica

General Oswaldo Pinto da Veiga - SATC - e em junho de 1974 mudou para o atual

Campus Universitário, localizado no Bairro Universitário em Criciúma.

A FUCRI é a mantenedora da primeira escola de nível superior criada no Sul de Santa

Catarina. A entidade emergiu de um movimento comunitário regional que culminou

com a realização de um seminário de estudos pró-implantação do ensino superior no

Sul Catarinense. O evento contou com a participação de educadores, intelectuais,

políticos, magistrados, lideranças comunitárias da sociedade civil organizada e

imprensa.

Até setembro/91 a FUCRI, mantinha quatro Unidades de Ensino: A FACIECRI, a

ESEDE, a ESTEC e a ESCCA. Com o desencadeamento do Processo de

Universidade, algumas ações foram executadas. Entre elas, a unificação regimental e

a criação da UNIFACRI, União das Faculdades de Criciúma, resultante da integração

das quatro escolas.

Em novembro de 1991, foi protocolado na SENESU/MEC a Carta-Consulta com vistas

à transformação da FUCRI em Universidade: UNESC - Universidade do Extremo Sul

Catarinense. Também a aprovação pelo Conselho Estadual de Educação para

extensão, em Araranguá, dos cursos de Ciências Contábeis e Pedagogia a partir de

1992. Em 19 de fevereiro de 1993, o Conselho Estadual da Educação constituía a

Comissão de Acompanhamento, para efetivamente acompanhar o processo de

transformação em UNIVERSIDADE.

Em 03 de Junho de 1997 o Conselho Estadual da Educação aprova por

UNANIMIDADE o parecer do Conselheiro Relator e em sessão plenária dia 17 de

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CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2005 • ADRC

121

Junho de 1997, também por UNANIMIDADE aprova definitivamente a transformação

da FUCRI em UNESC, que definiu como missão "promover o desenvolvimento

regional para melhorar a qualidade do ambiente de vida".

Já no dia 11 de agosto daquele ano a Universidade recebeu sua homologação, que

equivale à "certidão de nascimento", assinada pelo secretário de Educação, João

Mattos, com a presença do vice-governador José Augusto Hülse. E no dia 18 de

novembro ocorreu a instalação oficial da Unesc, no Teatro Elias Angeloni, com a

participação de autoridades, empresários, professores, alunos e funcionários da

instituição.

Cursos de Graduação:

Administração Comércio Exterior

Administração de Empresas

Arquitetura e Urbanismo

Artes Cênicas

Ciências da Computação

Ciências Biológicas

Ciências Contábeis

Direito

Economia

Educação Física

Enfermagem

Engenharia Ambiental

Engenharia Civil

Engenharia de Materiais

Engenharia de Agrimensura

Farmácia

Fisioterapia

Geografia

História

Letras - Português e Espanhol

Letras - Português e Inglês

Matemática

Medicina

Pedagogia

Psicologia

Secretariado Executivo

Tecnologia em Cerâmica

Tecnologia em Moda

Tecnólogo em Automação

Tecnólogo em Eletrônica

Tecnólogo em Polímeros

Tecnólogo em Telecomunicações

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CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2005 • ADRC

122

1.8.2 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI de

Criciúma

O Centro de Educação e Tecnologia de Criciúma iniciou suas atividades em 10 de

abril de 1963. Suas atividades eram voltadas inteiramente ao ensino profissionalizante.

Mais tarde, em virtude do desenvolvimento industrial, foi implantado o ensino técnico

de segundo grau. Atualmente vem atuando em convênio com a Sociedade de

Assistência aos Trabalhadores do Carvão (SATC) promovendo e ampliando sua

assistência educacional e profissional, no sentido de melhorar os padrões sócio-

econômicos das famílias dos empregados das empresas carboníferas e comunidade

catarinense. Atende também o segmento industrial realizando atividades de

assistência técnica e tecnológica .

Há outra atividade do Senai em Criciúma denominada Centro de Tecnologia em

Materiais, Instalado em Criciúma – SC, o maior pólo cerâmico do sul do país, o

CTCmat é um centro de pesquisa e de formação de recursos humanos. Iniciou suas

atividades em junho de 1995 com a missão de contribuir para a otimização e

modernização dos processos industriais e organizacionais.

Sua instalação foi viabilizada por uma parceria inovadora envolvendo a FIESC

(Federação das Indústrias de Santa Catarina), através do SENAI (Serviço Nacional de

Aprendizagem Industrial); A UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina),

representada pelo LABMAT (Laboratório de Materiais); o Governo do Estado de Santa

Catarina e as indústrias cerâmicas, lideradas pelo SINDICERAM (Sindicato das

Indústrias Cerâmicas e Olarias de Criciúma).

O investimento já realizado em infra-estrutura física e de equipamentos é da ordem de

R$ 6 milhões. Uma planta piloto de fabricação de revestimentos cerâmicos faz parte

de suas dependências, e foi viabilizada a partir da aprovação de um projeto PADCT-

CEMAT.

Também conta com a estrutura de uma incubadora de empresas de base tecnológica,

viabilizada através do Projeto Pégaso, que envolveu o SENAI/SC, SEBRAE e o BID.

O CTCmat, a princípio chamado CTC, devido sua atuação somente no setor cerâmico,

teve sua origem no LABMAT do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC,

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CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2005 • ADRC

123

com a implantação em 1993 do LPCA (Laboratório de Produtos Cerâmicos Acabados).

O LPCA foi criado com a missão de viabilizar um sistema de certificação de qualidade

de produtos cerâmicos, iniciado em março de 1994, a nível nacional, com o Programa

de Certificação de Qualidade de Produtos, sob a coordenação do CCB (Centro

Cerâmico do Brasil), o qual fornece o Certificado de Qualidade NBR 13818 e ISO

13006.

Em 2000, com a reestruturação dos núcleos de negócio todos os laboratórios foram

incorporados em um único, o LDCM (Laboratório de Desenvolvimento e

Caracterização de Materiais). Em abril de 1997, o LDCM – CPCA recebeu o

credenciamento do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial)

como laboratório pertencente a RBLE (Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio)

para a prestação de serviços laboratoriais.

Em 2002, devido as exigências do mercado nas áreas de polímeros e metais, o então

Centro de Tecnologia em Cerâmica teve sua atuação ampliada para as demais áreas

de materiais, por solicitação da comunidade empresarial da região, sendo renomeado

como Centro de Tecnologia em Materiais.

Neste ano, formalmente transformado em Centro de Tecnologia em Materiais, iniciou o

processo de transformação e adequação da estrutura, objetivando atender as demais

áreas de materiais, com a mesma qualidade e competência que vem atuando na área

cerâmica.

1.8.3 Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio – SENAC de

Criciúma.

São oferecidos atualmente no SENAC de Criciúma os seguintes cursos:

• Momento de Decisão - Ser ou não ser Empresário

• Montando seu Próprio Negócio

• Como ter Uma Empresa Legal

• Crédito e Fontes De Recursos Financeiros Gestão e Estratégias Financeiras - Ind.

Com.

• Negociações Eficazes

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CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2005 • ADRC

124

• Preparando A Empresa Para Vender Mais E Melhor - Ind. E Serviços

No setor de comércio é oferecido o curso de :

• Vendas

1.8.4 Cursos Técnicos na Região de Criciúma e Cocal do Sul

O Colégio Maximiliano Gaidzinski faz parte do Projeto de Educação da Eliane, que tem

uma vocação natural para o ensino e o domínio tecnológico, cuja razão de ser é

voltada para a elevação do nível técnico das unidades cerâmicas através da

qualificação e especialização de mão-de-obra.

Numa visão geral, o CMG tem conquistado resultados extremamente satisfatórios. Já

são mais de 250 técnicos formados com a principal função de desempenhar técnicas

relacionadas com transformações físicas e químicas das matérias-primas e

acompanhar o processo de fabricação dos produtos cerâmicos. Estes técnicos atuam

em indústrias de revestimentos cerâmicos, indústrias de transformação de matérias-

primas cerâmicas, representações comerciais de matérias-primas, instituições de

pesquisa, indústrias de cerâmica vermelha, indústrias de produtos refratários e outros,

onde já conquistaram os mais diversos cargos como: superintendentes, gerentes,

chefes de fábricas, técnicos especialistas, laboratoristas, programadores de produção,

assistentes comerciais, vendedores técnicos, assistentes de exportação, assistentes

de logística, assistentes de marketing, etc.

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CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC

125

CAPÍTULO 2

CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO

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CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC

127

2.1 Introdução

Este capítulo aborda as capacitações e o painel temático realizado pela equipe técnica

do IEL/SC na região da ADRC. Verifica-se que essas ações fazem parte das

metodologias de Estruturação de Agências de Desenvolvimento Regional (ADR) e

Desenvolvimento Tecnológico Regional (DTR).

São oferecidas, de acordo com a metodologia da ADR, as capacitações em Liderança

& Motivação para o Desenvolvimento Regional, Técnicas e Instrumentos de

Planejamento, Monitoria e Avaliação de Projetos (que aborda a elaboração e gestão).

O painel temático tem como objetivo subsidiar o processo como um todo através da

análise parcial de determinados segmentos da economia que não foram contemplados

no estudo principal da cadeia produtiva estratégica, mas que são de interesse da

região.

A seqüência metodológica consiste na identificação, análise da situação atual e

propostas de projetos para determinados segmentos da economia regional, onde as

escolhas dos segmentos se dão através da indicação dos próprios atores regionais,

baseado na análise dos segmentos econômicos estratégicos.

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CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC

128

2.2 Capacitações

O objetivo das capacitações é instrumentalizar o grupo técnico da ADRC na liderança

e motivação regionais, na elaboração e na gestão de projetos. A metodologia é

composta por três capacitações vinculadas à estruturação da Agência, são elas:

Liderança & Motivação, Técnicas e Instrumentos de Planejamento e Monitoria e

Avaliação de Projetos. Essas capacitações visam preparar seus participantes para

identificar necessidades, estruturar, executar e acompanhar projetos em seus

ambientes de trabalho. Entre os objetivos específicos estão:

Dominar técnicas de moderação de processos participativos no contexto de

programas e projetos;

Desenvolver habilidades para a análise de situações e o desenho de alternativas

de intervenção junto a pontos carentes de ação;

Dominar processos de estruturação de projetos – estratégico, operacional e

orçamentário;

Deter conhecimentos sobre os métodos e instrumentos adaptados para a monitoria

e avaliação dos impactos de programas e projetos.

2.2.1 Liderança & Motivação para o Desenvolvimento Regional

A oficina de Liderança e Motivação para o Desenvolvimento Regional apresentou ao

corpo técnico da ADRC os principais conceitos, instrumentos e informações sobre

liderança e a motivação, com foco no desenvolvimento do relacionamento interpessoal

para aprimorar as competências adquiridas. Estiveram presente vinte e duas pessoas,

que representaram as instituições parceiras da ADRC. A capacitação ocorreu nos dias

19 e 20 de abril de 2004 com uma carga horária de 16 horas no auditório da CIDASC

em Criciúma. Ainda, no mesmo período, foram apresentados os conceitos e resultados

alcançados por algumas ADRs no Estado de Santa Catarina.

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CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC

129

Foram abordados os seguintes temas:

Conceitos de liderança e características de um líder;

Liderança no contexto do desenvolvimento regional;

Administrando pessoas, abordando instituições, organizações e grupos;

Desafios dos líderes nas localidades;

Instrumentos para viabilizar a cooperação regional.

2.2.2 Técnicas e Instrumentos de Planejamento, Monitoria e Avaliação de Projetos

A capacitação em Técnicas e Instrumentos de Planejamento, Monitoria e Avaliação de

Projetos foi oferecida em duas etapas. A primeira compreendeu o período de 26 a 30

de julho de 2004 e a segunda foi entre os dias 23 a 27 de agosto de 2004 com uma

carga de 80 horas. Teve a participação de vinte integrantes da ADRC. O curso foi

ministrado pelo consultor Sr. Sérgio Cordioli, no município de Criciúma.

Esta oficina foi concebida visando instrumentalizar consultores que atuam no contexto

das Agências de Desenvolvimento Regional de Santa Catarina, buscando capacitá-los

no domínio de metodologias e instrumentos de planejamento, elaboração e gestão de

projetos. Assim, ao longo da oficina, procurou-se abordar princípios e instrumentos

que poderão ser utilizados na análise de situação – problemas e objetivos, desenho de

alternativas, elaboração do plano de ações, estruturação e gerenciamento de projetos.

Esta abordou os seguintes temas:

• Enfoque participativo;

• Visualização móvel;

• Problematização;

• Coleta e estruturação de idéias;

• Visão sistêmica da gestão de um projeto;

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CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC

130

• Planejamento participativo – princípios e elementos (Ciclo de Planejamento e de

Execução de um Projeto);

• Técnicas e instrumentos de planejamento participativo;

• Análise de situação (Problemas, Potenciais, Ameaças e Oportunidades);

• Definição de objetivos;

• Desenho e análise de estratégias;

• Elaboração de um planejamento operacional;

• Estruturação e Avaliação de projetos de planejamento;

• Análise de viabilidade de projetos;

• Métodos e Instrumentos de Monitoria e Avaliação voltados aos impactos;

• Elementos da gestão de um projeto.

Durante a capacitação os participantes se dividiram em três grupos e elaboraram os

seguintes projetos:

1. Desenvolvimento Turístico no Entorno da Barragem do Rio São Bento;

2. Aprenda a Planejar;

3. Observatório Econômico da Região Carbonífera Catarinense – OERC.

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CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC

131

2.3 Painel Temático

Na região da ADRC foi realizado um painel temático com o tema da Indústria Química.

O Painel Temático é uma oportunidade para discutir pontos importantes sobre cada

segmento. A partir daí as partes interessadas passam a visualizar sua situação atual e

o que é possível fazer para o melhorar o desempenho do segmento. As ações de

continuidade identificadas e levantadas no painel temático ficam a cargo da ADRC.

2.3.1 Painel Temático da Indústria Química

O painel temático da indústria química ocorreu em 10 de novembro de 2004 dás 9 às

12 horas, com a participação de 13 integrantes (IEL/SC, ADRC, SEBRAE/SC e

empresários) e do moderador Ronaldo Cimetta do IEL/SC.

Considerações preliminares

Antes de levar adiante novos projetos de desenvolvimento é importante considerar o

cenário em que está inserido o ramo químico catarinense. Os esforços das

organizações envolvidas no desenvolvimento regional da AMREC precisam ser

analisados e alinhados, dentro das possibilidades existentes.

A partir da necessidade de complementaridade das ações de identificação da cadeia

produtiva prioritária e do elo principal, a atividade do Painel Temático da Indústria Química é uma oportunidade para os interessados discutirem as questões

importantes do seu segmento. A partir dessas discussões, os interessados têm uma

visão sobre sua situação atual e do que é possível realizar para um melhor

desempenho.

Os fatores críticos que foram identificados, muitas vezes podem expressar apenas

sensações individuais, que não necessariamente serão questionadas quanto à sua

validade. Na verdade, podem demonstrar os ânimos e as tendências comportamentais

do grupo. Essas manifestações devem ser consideradas e analisadas futuramente.

Portanto, o resultado é fruto de conhecimento e experiências individuais dos

participantes deste painel e refletem uma versão da realidade expressa por eles.

Durante a identificação desses fatores críticos, foram agregados, na medida do

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CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC

132

possível, conhecimentos técnicos e acadêmicos sobre o segmento para contribuir

com o processo de análise e elaboração positiva de objetivos e ações futuras.

Espera-se que as informações colhidas sejam úteis aos envolvidos e que possam

contribuir com a adequação e o desenvolvimento de novos projetos.

Fatores críticos do desenvolvimento da indústria química

Quais são os principais fatores que impulsionam e que restringem o desenvolvimento

da indústria química na região da AMREC?

Fatores restritivos:

Ausência de recurso financeiro a custos acessíveis;

Ausência de um destino aos resíduos industriais;

Parque fabril da indústria cerâmica desatualizado;

Carga tributária excessiva;

Alto custo de frete;

Inadimplência da indústria cerâmica;

Obrigatoriedade do pagamento antecipado de impostos;

Dificuldade de aquisição de matéria-prima importada;

Distância geográfica do mercado consumidor e fornecedor;

Ausência de fornecedor local de embalagens;

Fabricação de produtos de baixo valor agregado;

Dificuldade de mão-de-obra qualificada de tinteiros;

Oscilação de cotas de produtos controlados;

O segmento de coloríficos é dependente da indústria cerâmica;

Ausência de cursos técnicos e de gestão voltados ao segmento;

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CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC

133

Ausência de vôos para São Paulo saindo da região;

Informalidade dos compradores;

Ausência de empresas qualificadas no tratamento de resíduos;

A não duplicação da BR 101.

Fatores Impulsionadores:

A indústria química possui fornecedores nacionais de matérias-primas;

A região de AMREC dispõe de transportadoras rodoviárias;

A região da AMREC é considerada Pólo Químico;

A região de AMREC é considerada empreendedora;

A mão-de-obra é comprometida;

Baixa rotatividade do setor

O inter-relacionamento das empresas;

Custo baixo da mão-de-obra operacional;

Imagem positiva das empresas do Sul;

Boa qualidade de vida da região.

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CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC

134

Tabela 61 - Quadro com os objetivos e primeiras ações para os próximos 5 anos

Objetivos Primeiras Ações

Obter Recursos Financeiros Viabilizar uma instituição que favoreça os recursos financeiros

Baixar Impostos Criação de cesta básica da construção civil com a redução de alíquota

Aumentar Prazo para Pagamento de Impostos

Cobrança de impostos em prazo diferenciado e de acordo com o pagamento

Qualificação de Mão-de-Obra Buscar entidades e fornecedores para viabilizar treinamentos

Preservação Meio Ambiente e Reutilização de Resíduos Industriais

Desenvolver as empresas que possam viabilizar este objetivo

Baixar Custo do Frete Negociação conjunta com transportadora

Importar matérias-primas com custos competitivos Negociação conjunta das matérias-primas

Reduzir Custos com Embalagens Viabilizar montadora de embalagens na região

Facilitar o Acesso à Região Mobilização política

Melhorar Performance Tecnológica e Liquidez do Setor Cerâmico Realizar fórum para discussão desse tema

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

135

CAPÍTULO 3

ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

137

3.1 Seção 1 - Introdução

O sucesso da implantação do processo de desenvolvimento regional exige mudanças de

comportamentos e atitudes das comunidades locais, que devem cooperar na busca de

objetivos comuns visando o desenvolvimento do território em função das suas

competências, habilidades e culturas existentes, objetivando o desenvolvimento através

da potencialização das vantagens competitivas e comparativas, bem como do ato de

eliminar ou, ao menos, amenizar as desvantagens existentes.

O intuito deste Diagnóstico Tecnológico Regional - DTR, fruto da união de esforços entre

o IEL/SC, SEBRAE/SC e demais parceiros locais, é identificar as vantagens e

desvantagens competitivas das empresas ligadas à de transformadoras de Plástico

localizadas na região da AMREC – Associação dos Municípios da Região Carbonífera.

Em função do resultado alcançado com este diagnóstico, pretende-se priorizar projetos

para o desenvolvimento de ações que visem o aumento da competitividade das

empresas do referido segmento.

Ao final do processo de diagnosticar e priorizar os projetos de desenvolvimento por parte

dos empresários, fazendo-os em conjunto com as lideranças da região, ficará a cargo da

Agência de Desenvolvimento – em parceria com outros atores locais, como por exemplo,

a Agência Regional de Articulação do Sebrae/SC, a Secretaria de Desenvolvimento

Regional - SDR, as prefeituras municipais que formam a AMREC, as Associações

Comerciais e Industriais da região, a SATC, o SENAI dentre outros – a concepção, o

planejamento e a elaboração dos projetos priorizados, bem como a possível gestão dos

mesmos.

A definição do segmento das Transformadoras do Plástico como sendo o segmento a ser

estudado mais profundamente, foi feita com base na metodologia do Desenvolvimento

Tecnológico Regional – DTR, exposta anteriormente e validada por parte de lideranças

da região.

Na seção 2, é descrita a metodologia utilizada para a realização das entrevistas e

avaliação do nível de competitividade das empresas entrevistadas.

A seção 3 apresenta os resultados obtidos com as entrevistas, bem como a estruturação

dos resultados de forma gráfica.

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

138

E finalmente, na seção 4, se apresentam as considerações finais e os indicativos de

projetos com potencial de serem desenvolvidos pela região, visando o aumento da

competitividade das empresas do segmento eleito.

3.2 Seção 2 - Metodologia Utilizada

Após a determinação do segmento considerado estratégico – Empresas Transformadoras

de Plástico, delimitou-se uma amostra significativa de empresas fabricantes, nas quais

foram realizadas entrevistas técnicas com os empreendedores com o intuito de

diagnosticar tecnologicamente o segmento.

Nestes encontros, com duração média de uma hora, foi aplicado um questionário que

avalia a situação da empresa e, conseqüentemente, a do segmento em quatro Fatores

Críticos de Sucesso e nas quatro faces do Diamante de Competitividade de Porter. O

questionário, ferramenta utilizada para coletar a informação na empresa, possui dois tipos

de indicadores, o quantitativo e o qualitativo.

O indicador quantitativo foi mensurado através do questionário cujo modelo é explicado

abaixo e foi formatado segundo um sistema de pontuação que varia de 1 a 5, conforme

mostra a Figura 34. A escala descreve três situações correspondentes às práticas

implantadas ou ao desempenho obtido pelas empresas. A nota 1 irá equivaler a 20% do

nível de prática implantada ou desempenho alcançado, a nota 3 irá equivaler a 60% do

nível de prática implantada ou desempenho alcançado e a nota 5 equivalerá a 100% do

nível de prática implantada ou desempenho alcançado. As notas 2 e 4 correspondem a

situações intermediárias entre as descritas e deverão ser escolhidas quando a empresa

apresentar características em ambas as colunas.

Para facilitar a análise dos resultados e torná-la didática são utilizados dois gráficos do

tipo Radar, sobre os quais estão expostos os resultados relativos aos Fatores Críticos de

Sucesso - FCS, bem como, os resultados da análise do Diamante de Competitividade de

Porter.

Assim, ambos os gráficos apresentam uma visão dos indicadores pontuados no

questionário, dispostos numa escala que varia de 0 a 100%. Esta variação é relativa à

pontuação destes indicadores no questionário, cuja escala está baseada em intervalos

que estão dispostos entre os números inteiros de 1 a 5, sendo, posteriormente,

transformada em porcentagem mediante a multiplicação por um fator igual a vinte. Desta

forma, a pontuação obtida pela empresa no questionário é multiplicada por vinte e estes

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139

valores geram os percentuais possíveis nos gráficos, ilustrando os resultados da empresa

analisada.

1 2 3 4 5 Pontos

Código Nome doindicador Descrição 1 Descrição 2

Descrição 2 é a maisapropriada para aempresa. Logo, apontuação é 3.

Descrição 3 3

Figura 34 - Sistema de pontuação do questionário

3.2.1 Fatores Críticos de Sucesso

Matéria-prima

A matéria-prima, principalmente para o setor de plásticos, apresenta-se como fator

fundamental para atingir uma condição desejada que possibilite contribuir

consideravelmente para a competitividade das empresas do segmento. Para ponderar

sobre este fator, foram consideradas as questões apresentadas abaixo:

Quais as principais matérias-primas que a empresa utiliza?

Qual a principal procedência destas matérias-primas?

Para a finalidade de uso na empresa, como é considerada a matéria-prima adquirida?

Quais os principais defeitos das matérias-primas?

Como é considerada a qualidade das matérias-primas disponíveis?

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Tecnologia – Máquinas

Como em todos os setores da atividade produtiva, a tecnologia disponível em termos de

equipamentos a preços razoáveis para a produção dos bens de consumo, representa um

Fator Crítico de Sucesso. Logo, nas entrevistas realizadas foram tratados os seguintes

aspectos:

Como está a Organização no “Chão de Fábrica”?

Qual o Grau de Mecanização do processo produtivo?

Sobre os equipamentos, qual a idade média deles na empresa?

Há necessidade de investimento em equipamentos? Estimativa de valor, quando for o

caso.

Sobre o Sistema de Informação, quais os que são utilizados.

Como e quando são efetuados os Serviços de Manutenção dos equipamentos e

máquinas, bem como nas instalações elétricas e hidráulicas?

Capacitação da Mão-de-obra

Este fator apresenta-se como decisivo para a competitividade do segmento, pois a

qualidade do produto depende, basicamente, do treinamento e qualidade da mão-de-obra

existente e por ser este o fator de uso mais intensivo na produção. Portanto, por ocasião

das entrevistas, foram abordadas as seguintes questões:

Informações sobre os aspectos de Treinamento e Educação?

Qual é o nível médio de Escolaridade dos empregados?

Qual o tipo específico de profissional que as empresas mais precisam?

Qual o treinamento adequado para os empresários, neste momento?

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141

Design – Desenvolvimento de Produtos – Inovação

Este fator é um dos que mais influencia o consumidor na hora de decidir pela compra de

um produto, decorrendo daí, uma parcela importante na formação do preço de mercado

auferido pelo produto. Logo, o ato de trabalhar a melhoria do design se mostra

indispensável para a evolução da competitividade e lucratividade do segmento:

Quais as características relevantes do Investimento em P&D?

Quais as características relevantes aplicadas no Desenvolvimento de Novos

Produtos?

Quais são as fontes usuais de informação da empresa?

Quais as Estratégias Tecnológicas que a empresa utiliza?

3.2.2 Diamante de Competitividade de Porter

Segundo Michael Porter (1993), o desenvolvimento sócio-econômico está diretamente

relacionado à competitividade territorial, a qual o autor denominou de Diamante de

Competitividade. Ainda segundo ele, a resposta reside em quatro atributos que,

individualmente ou como um sistema, definem o campo de ação que cada nação

estabelece e opera para suas indústrias:

Estratégia, Estrutura e Rivalidade entre as Empresas

É o contexto no qual as empresas são criadas, organizadas e dirigidas, e também como a

natureza da rivalidade interna da indústria se processa no ambiente competitivo.

Qual o Conhecimento sobre a Concorrência?

Como se efetiva a Estruturação dos Canais de Venda?

Quais as principais ações em Planejamento de Marketing?

O ambiente empresarial no qual a empresa opera tem mudado significativamente ao

longo dos últimos anos?

Qual o Grau de Cooperação Atual entre as empresas do mesmo setor, com atuação

em âmbito local ou regional?

Qual a principal dificuldade para melhorar a cooperação entre a sua empresa e as

demais do mesmo setor da região?

Condições dos Fatores

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142

São os elementos necessários para se alcançar competitividade em qualquer ramo

industrial: terra cultivável, mão-de-obra, trabalhos, recurso naturais, capitais e infra-

estrutura.

Como considera o relacionamento com as instituições existentes no território?

Condições de Demanda

Ela determina o rumo e o caráter da melhoria e inovação pelas empresas do território.

Três atributos gerais da demanda interna são significativos: a composição (natureza das

necessidades do comprador), o tamanho e padrão de crescimento e os mecanismos

pelos quais a preferência interna é transmitida aos mercados estrangeiros.

Para quais regiões a empresa vende seus produtos diretamente?

Especifique, em Reais, o quanto é vendido para cada região?

Para quais clientes você vende a maior parte de sua produção?

Quanto representa percentualmente sobre o total das vendas?

A empresa elabora Estimativa de Demanda para o próximo ano?

Como a empresa efetua a Pesquisa das Necessidades dos Clientes?

Em relação ao volume das vendas mensais, qual é o seu comportamento durante o

decorrer do ano?

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Indústrias Correlatas e de Apoio

É a presença, no país, de empresas especializadas e indústrias que possam abastecer

com insumos e serviços a produção industrial e, dar suporte administrativo aos serviços,

dentro de uma cadeia de valor.

Em relação aos Fornecedores de Materiais e Serviços, bem como sobre as empresas

Subcontratadas, como se comporta o mercado regional?

Quais as informações relevantes sobre o Planejamento Logístico de recebimento de

insumos e a entrega de produtos acabados, na local da montagem?

Quantos são seus principais fornecedores? (os que representam 80% dos custos /

volume de compra)

Geograficamente, onde se localizam os principais fornecedores?

Quanto representa em cada região?

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144

3.3 Seção 3 - Resultados Obtidos

É apresentado a seguir o resultado alcançado com a aplicação da metodologia nas

empresas da indústria plástica.

3.3.1 Fatores Críticos de Sucesso

Matéria-prima

O fato da região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC)

apresentar uma diversidade de atividades econômicas, não diminui a importância do

segmento de transformadoras de plástico no contexto da economia global do território.

Este segmento serve, em algumas ocasiões, de suporte horizontal aos outros segmentos,

como por exemplo, o segmento das agroindústrias de derivados de leite, doces e mel.

Além do farmacêutico, cosméticos, perfumes, produtos de limpeza, dentre muitos outros.

A metodologia do DTR - Desenvolvimento Tecnológico Regional constatou a relevância

regional deste segmento e as lideranças regionais decidiram por estudá-lo. O estudo

iniciou-se pela avaliação do rol das principais matérias-primas oriundas dos pólos

petroquímicos, que, por conseguinte, abastecem as empresas que realizam o

beneficiamento, agregando-lhe valor e facilitando as etapas posteriores, operadas pelo

segmento de transformadores de plástico.

As principais matérias primas utilizadas pelas empresas do segmento transformador de

plástico são conhecidas como PEBD – polietileno de baixa densidade; PS – poliestireno;

PP – polipropileno; PVC – policloreto de vinila e o PELBD – polietileno linear de baixa

densidade, cuja procedência está dividida entre os pólos petroquímicos de Camaçari/BA,

Triunfo/RS e São José dos Campos/SP. A matéria-prima de origem nacional compete

com a de origem estrangeira em igualdade de condições – preço e qualidade –

dependendo da maior ou menor cotação do dólar americano e quando ocorre a

importação deste importante insumo, a maior quantidade é originária da Argentina.

Em relação aos aspectos da qualidade dos insumos recebidos, as avaliações das

entrevistas apresentaram o conceito ótimo. Principalmente, em função da característica e

do grande porte de alguns dos beneficiadores da matéria-prima produzida nos pólos

petroquímicos, que, por questão de competitividade nos mercados interno e externo, não

comercializam produtos com defeito.

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

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Infelizmente, os entrevistados foram unânimes em afirmar que não entendem o porquê

da atual política de exploração do petróleo implementada pelo Governo Federal, pois em

decorrência de decisão estratégica, o preço dos seus derivados cresceu até 80% (oitenta

por cento) no ano de 2004, devido à possibilidade de carência desta matéria-prima no

mercado mundial. Informaram ainda, que parte deste acréscimo se deve à expansão

econômica dos países asiáticos, inclusive a China, que, em última análise, vem

competindo cada vez mais com a nossa indústria de manufaturados.

Como sugestão de iniciativa a ser desenvolvida pelo segmento é a organização de uma

ação para a compra conjunta. Para tanto, será necessária uma articulação entre as

diversas entidades públicas e privadas (SEBRAE, SATC, SENAI, Bancos de

Desenvolvimento) que possuam interesse no segmento transformador de plástico,

objetivando identificar e provar que, aproveitando os avanços tecnológicos alcançados na

execução de propostas cooperativas, as pequenas empresas podem se beneficiar dos

recursos existentes (consultorias, financeiros, organizacionais, dentre outros).

Dentro da necessidade de conhecer a problemática do setor, foi obtida a informação de

que o conceito sobre a qualidade da matéria-prima recebida pelas empresas do

segmento é ótimo, com nota média de 4,10 pontos.

Conceito 1 3 5

Qualidade das matérias-primas

As matérias-primas chegam as suas empresa em más condições.

Índice de aceitação menor

que 70%.

As matérias-primas chegam na empresa em

condições regulares. Índice de aceitação em

torno de 90%.

Índice de aceitação maior que 95%. Os

critérios de aceitação previamente definidos

são sempre cumpridos. O índice é

medido e avaliado.

Nota Média obtida pelas empresas = 4,10

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

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0.00%

10.00%

20.00%

30.00%

40.00%

50.00%

60.00%

70.00%

80.00%

90.00%

de boa qualidade de qualidadeaceitável

de qualidade ruim

Figura 35 - Qualidade da Matéria-Prima

Tecnologia - Máquinas

O segmento transformador do plástico da região da AMREC aproxima-se, no aspecto

tecnológico de máquinas e equipamentos, dos conceitos que regem o desenvolvimento

da mecanização do trabalho, do que aqueles que se relacionam com outros elos desta

mesma cadeia produtiva. Portanto, estas organizações se diferenciam dos grandes

fornecedores, caracterizados pelo uso intenso de tecnologia avançada, equipamentos e

máquinas de última geração, com o intuito de obterem ganhos de escala.

Isto é, a importância da consideração tecnológica no processo de fabricação está ligada

aos processos de novos produtos, criativos em reduzir custos de fabricação, utilizando

diferentes formas de produzir, consignando à aparência estética um valor relevante de

dessemelhança e competitividade. Estas ações inovadoras são idealizadas pelos

próprios empresários ou por profissionais especializados em fabricação de copos, pratos,

embalagens rígidas e flexíveis, como por exemplo, os ex-funcionários das grandes

indústrias ou representantes comerciais que trabalham diariamente junto aos

consumidores.

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

147

As máquinas, equipamentos e procedimentos industriais utilizados por este segmento,

variam bastante em relação ao porte das empresas. As maiores adquirem, inclusive no

exterior, boa parte das máquinas e equipamentos contendo alta tecnologia de fabricação,

exigindo mão-de-obra e organização do “chão de fábrica” especializado para operá-las.

Portanto, para se manterem competitivos, estão sempre investindo em novas máquinas e

equipamentos, reduzindo significativamente a idade média do parque fabril.

Entretanto, na medida em que o porte das organizações deste segmento diminui, os

problemas vão se alterando e intensificando, principalmente, na maior importância da

qualificação operadora do colaborador. Pois os instrumentos de trabalho que utiliza não

são constituídos de expressivos conceitos tecnológicos. A maioria das fábricas é

constituída de máquinas simples, resistentes, de pequeno porte, cujo avanço tecnológico

tem ocorrido na linha da redução da espessura do produto. Possibilitando que o estado

de Santa Catarina tenha muitas indústrias semelhantes, comercializando os produtos a

preços tão baixos que a produção regional atende a 80% do mercado brasileiro.

É compreensível que o padrão tecnológico das empresas do setor transformador de

plástico também seja muito diverso, influenciando a organização do denominado “chão

de fábrica” – expressão que envolve a racionalidade do espaço e do arranjo físico das

máquinas, a quantidade de tempo improdutivo no processo, a posição do almoxarifado na

fábrica, considerando-se, inclusive, a limpeza e a guarda das ferramentas e utensílios

manuais. Verifica-se que uma das características relevantes encontradas na maioria

expressiva das empresas está na satisfatória Organização do “Chão de Fábrica”

(avaliação média obteve pontuação de 3,40), considerando-se a disposição física dos

equipamentos. Pois a movimentação não racional da matéria-prima e insumos acarreta

aumento de custos – mão-de-obra, tempo, risco de defeito, circulação de pessoas,

higiene, limpeza, etc.

Os itens como arranjo físico, ergonomia, arrumação do instrumental nos locais de

trabalho e guarda das máquinas foram aqui consideradas para avaliação, conforme

quadro abaixo:

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

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Conceito 1 3 5

Organização do “Chão de

Fábrica”

Materiais e equipamentos

organizados de maneira descontínua; excesso

de movimentação entre os postos de trabalho; materiais obsoletos na

fábrica.

Materiais organizados e identificados; uma pessoa é responsável pela limpeza;

Equipamentos dispostos de forma lógica, de acordo com fluxo dos produtos.

Empresa limpa e conservada, sempre

“pronta para inspeção”; a disposição das

máquinas e equipamentos permite a

flexibilidade na produção.

Nota Média obtida pelas empresas = 3,40

Mecanização

Em seqüência, serão avaliados os aspectos referentes à mecanização das fábricas,

através da introdução de processos mecânicos de produção, guiados por sistemas

eletrônicos e nos quais a participação do homem é reduzida. O objetivo é a substituição

da mão-de-obra por equipamentos e máquinas com propósito de aumentar a

produtividade da empresa e melhorar a performance da qualidade no processo.

Respondida a questão sobre a conveniência tecnológica de trabalhar os aspectos

práticos da automação, registra-se que a idade média dos equipamentos que compõem a

linha de fabricação das empresas deste segmento é de pouco mais de nove anos. Isto é,

são máquinas relativamente novas que ainda possibilitam trabalhos com a qualidade

desejada pelo mercado, desde que os colaboradores possuam a capacitação adequada

para operá-las com perícia e destreza. Assim mesmo, a grande maioria dos entrevistados

afirmou que necessita realizar investimentos em máquinas ou equipamentos para

aumentar a produção, ou fabricar novos produtos, ou melhorar a qualidade dos produtos

existentes, cujo montante ascende a R$ 20 milhões de reais.

Portanto, avaliando o setor, principalmente sob ponto de vista econômico, deduz-se,

seguindo diretriz traçada na caracterização da operação manual do processo de

fabricação, que a automação do controle dos processos produtivos é compatível em

estágios mais simples com esta atividade no que concerne às empresas de pequeno e

médio porte, apesar da importância que ela possui para o monitoramento mais eficaz das

etapas de produção.

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

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A avaliação constou dos aspectos citados no quadro abaixo:

Conceito 1 3 5

Mecanização

Alguma mecanização;

intenso trabalho manual.

Automação em algumas etapas do processo; computadores são

utilizados para o controle e planejamento da

produção.

Automação integrando etapas do processo

produtivo; computadores conectados às

máquinas gerenciam a qualidade dos produtos; computadores utilizados

para facilitar o desenvolvimento de produtos e prever

falhas.

Nota Média obtida pelas empresas = 3,40

Sistemas de Informação

Outro ponto muito importante na definição do estágio de utilização da tecnologia

disponível no mercado por parte das empresas do segmento transformador de plástico,

está na informatização dos processos produtivos e gerenciais, sistematizando a coleta de

dados e a geração de informações sobre a gestão da empresa. Estes sistemas podem

ser operados automaticamente por softwares adequados ou através do preenchimento de

fichas de acompanhamento dos processos.

A gestão deste sistema de informações disponível e confiável deve proporcionar as

informações de como as tarefas estão sendo trabalhadas, auxiliando no gerenciamento

dos principais processos e no alcance das metas estabelecidas. Neste aspecto, como

característica principal, as empresas de maior porte tratam a informação

sistematicamente, elevando a média, como se pode ver no quadro abaixo, onde a

avaliação média recebeu nota 3,90.

Entretanto, na razão em que a empresa reduz o porte, a informação migra para a forma

manual, iniciando pela fábrica e mantendo a informatização na área administrativa;

seguindo esta tendência natural, quanto menor a empresa, a execução manual dos

processos aumenta, até atingir, inclusive o setor administrativo.

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Conceito 1 3 5

Sistemas de Informação

O tratamento da informação é manual e não sistematizado.

O tratamento da informação é

sistematizado e eletrônico; existem algumas funções integradas, porém restringindo-se aos

controles operacionais.

O sistema de informação é eletrônico e amplamente utilizado;

a comunicação é integrada em toda empresa, com os

clientes e fornecedores; o sistema de produção

permite otimizar a utilização de recursos,

sistematizando e rastreando a produção

Nota Média obtida pelas empresas = 3,90

Manutenção de Máquinas e Equipamentos

Por último, foi avaliado se a empresa cria medidas práticas para permitir aos

colaboradores realizarem tarefas de manutenção de rotina, sem necessitar recorrer ao

pessoal especializado, terceirizado, através de manutenção planejada para evitar

paradas inesperadas. Na organização das tarefas de manutenção preventiva, as causas

de paradas dos equipamentos devem ser registradas, bem como os mecanismos de

execução da manutenção corretiva, dando-se ênfase para a situação real e não para

intenções ou procedimentos escritos.

Conceito 1 3 5

Manutenção de equipamento

Manutenção corretiva

(equipamentos são concertados quando

apresentam problemas)

As paradas para manutenção são

realizadas em períodos planejados

Há um programa de manutenção preventiva que é cumprido e cada operário participa nas operações básicas de

manutenção

Nota Média obtida pelas empresas = 3,60

Capacitação da Mão-de-Obra ou Treinamento e Educação

É fato que a mão-de-obra é de crucial importância para o aumento da competitividade de

todo o segmento transformador de plástico, partindo da micro até a grande empresa e,

assim podemos entendê-la e considerá-la como um importante e insubstituível

componente no processo de inovação tecnológica.

No entanto, é verdade que somente após a abertura do mercado nacional para o acesso

das empresas de classe mundial, no início da década de 90, a continuidade do processo

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

151

de capacitação e treinamento de colaboradores assumiu importância decisiva para a

execução da inovação tecnológica e, desde então, a sua importância vem sendo

difundida com maior ênfase no meio empresarial. Ainda mais quando a informação obtida

das entrevistas com os empresários do setor assinala que a maioria – setenta por cento

(70%) – dos operadores dos processos industriais possui nível escolar de 2° grau.

Entretanto, a existência de capacitação regular e permanente dos operadores resulta,

principalmente, no hábito de atender somente o mercado interno, tradicional comprador

de produto previamente definido e com a aplicação da política do preço mínimo

conhecida por ele. Mas para crescer, o empreendedor deste segmento precisa

implementar a cultura de estar sempre desenvolvendo produtos novos, criativos,

procurando seguir a tendência mundial do setor que é de oferecer ao mercado produtos

com valor agregado cada vez maior. Logo, é possível concluir que a estratégia da

capacitação apresenta-se como uma excelente oportunidade de melhoria tecnológica,

resultando em aumento de competitividade da indústria local.

Complementando o entendimento sobre o item capacitação e treinamento, o questionário

aborda a questão da falta de algum tipo de profissional específico para as empresas,

resultando na conclusão de que também existe ausência de profissionais tecnólogos e de

nível superior, como engenheiros em polímeros e de produção na formação de 3° grau.

Na formação intermediária (2° grau) – nível técnico – as necessidades apontam para

capacitações profissionalizantes em polímeros, impressão e extrusão nas diversas

modalidades, mecânica e eletrônica prática, bem como operadores e auxiliares em para

ocuparem cargos próximos ao engenheiro e/ou gerente de produção.

Portanto, treinamento e educação são as tarefas de capacitar e desenvolver as

habilidades dos colaboradores. A capacitação da mão-de-obra é algo importante e

necessário na era da gestão do conhecimento, onde a atuação do colaborador deve

ocorrer de forma participativa e pró-ativa.

Então as perguntas “Existe algum planejamento de capacitação e treinamento para os

funcionários?” e “Na decisão tomada para programar as capacitações e treinamentos

anualmente, em que medida a empresa compara os atuais conhecimentos e habilidades

de seus empregados com aqueles que precisariam possuir para desempenhar bem suas

tarefas?” A pontuação dependerá do tipo, importância e abrangência dos programas de

treinamento e educação realizados através da própria empresa. A avaliação média de

2,40 obtida para o indicador treinamento e educação foi considerada média/baixa e

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

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traduz a realidade do comportamento em relação a esta política pela maioria das

organizações do segmento, representado pela média e pequena empresa.

Apesar de todos os empreendedores considerarem a falta de qualificação da mão-de-

obra um dos grandes entraves para o crescimento da sua empresa, poucos tem se

preocupado em planejar ou promover os treinamentos necessários para o

aperfeiçoamento da mão-de-obra. Geralmente eles acontecem quando há oferta de

cursos na cidade ou região, seja por parte de alguma entidade profissionalizante, a

exemplo do SATC - SENAI/SC, ou quando é oferecido por alguma grande empresa

fornecedora de matéria-prima ou insumo, o que nem sempre atende às necessidades

mais relevantes da empresa demandante.

Em contrapartida, na razão em que aumenta o porte da empresa, cresce

significativamente o investimento em capacitação e treinamento no colaborador realizado

internamente ou com auxílio de outras entidades especializadas.

No nível gerencial, os principais problemas apontados foram: na área comportamental, no

conhecimento da computação, na falta de treinamento em ferramentas financeiras, no

desconhecimento de técnicas de vendas, no insipiente planejamento estratégico das

empresas e conseqüente ausência de transparência nas metas, no desconhecimento e

controle inadequado dos custos de produção, bem como no treinamento para os

sucessores dos atuais proprietários das grandes empresas.

Conceito 1 3 5

Treinamento e educação

Não há planejamento. É realizado somente quando há oferta de

cursos.

Algum treinamento e qualificação para

todos, realizados de acordo com

planejamento, subsidiados

parcialmente pela empresa.

Mais de 60 horas de treinamento por funcionário por ano, com forte ênfase em qualidade. O número

de horas vem crescendo nos últimos anos. É feito um

acompanhamento dos resultados após os treinamentos.

Nota Média obtida pelas empresas = 2,40

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

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Desenvolvimento de Produtos – Inovação

Para que a empresa obtenha uma melhor pontuação neste indicador é imprescindível ter

um plano formal de investimento em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, buscando

atualização tecnológica em termos de máquinas, processo, embalagem e capacitação

dos colaboradores.

Somente as grandes e médias empresas do setor costumam investir em desenvolvimento

de novos produtos por conhecerem os reais benefícios, sobretudo, por entenderem que é

um investimento adicional e necessário para o crescimento da empresa e que o retorno

financeiro pode ser mais demorado em alguns casos, mas é certo e acumulativo.

O desenvolvimento de novos produtos é um fator de extrema relevância para a

competitividade de uma empresa, não só pelo fato da novidade representar um

diferencial, mas também pela possibilidade permitir a valorização das funções do produto,

potencializando a otimização dos processos produtivos, aprimorando desempenhos,

adequando a aparência às expectativas dos consumidores, aumentando o nível de

segurança e higiene, economizando insumos, reduzindo matéria-prima e racionalizando

mão-de-obra.

A empresa que valoriza e investe em pesquisa e desenvolvimento e utiliza a inovação

como vantagem competitiva, pode alcançar vários benefícios, como por exemplo, a

imagem da empresa, pois esta passa a ser vista como uma organização inovadora e

atualizada com as tendências mundiais.

As pequenas empresas do segmento têm que passar por mudanças profundas para

crescerem e consolidarem-se, seguindo na direção da inovação e do desenvolvimento

tecnológico, sobretudo em função do novo perfil do consumidor e da concorrência

mundial num mercado globalizado. Ora, em função do número de organizações menores

ser maior, a nota que avaliou o conjunto de empresas neste quesito foi de apenas 1,60,

considerada baixa para um tema tão relevante.

Para obter as mudanças necessárias, as atitudes pró-ativas estão relacionadas à

capacitação e treinamento dos gestores e colaboradores, devendo ser implementadas, se

possível, dentro do menor tempo. O Governo Federal está, em parte, procurando fazer o

seu papel, criando instrumentos legais e financeiros de incentivo às pesquisas aplicadas

nas empresas em parceria com as universidades. Cabe aos gestores interessados em se

desenvolver, tomarem a atitude de elaborar projetos para captar estes recursos

financeiros disponíveis no mercado e começar uma nova fase na sua existência.

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

154

Conceito 1 3 5

Ip

do

P

eH

d

nvestimento em esquisa &

esenvolvimento

Não há um rçamento

planejado para &D.

Planejamento limitado eventual dos

ecursos, que são reservados para

atividades críticas.

á planejamento dos investimentos em P&D, com percentuais pré-efinidos dos recursos.

r

Nota Média obtida pelas empresas = 1,60

Desenvolvimento de Produtos

O conjunto das empresas pesquisadas pontuou a nota média de 2,30 neste indicador,

retratando o grau de importância razoável que os empresários das médias e grandes

empresas do segmento dão a questão da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e,

conseqüentemente, refletindo o montante dos recursos financeiros do investimento que

lhe é destinado.

Entretanto, muitas vezes o objetivo principal do estudo foi reduzir a espessura da lâmina

que formata o copo, o prato e os outros utensílios, buscando diminuir custos para

competir. Infelizmente esta estratégia resultou em competição desenfreada entre as

empresas, que hoje elas fabricam um produto de baixa qualidade. A sociedade teve que

intervir no processo através de ação do Ministério Público, exigindo a adoção de padrão

mínimo de espessura.

Portanto, o desenvolvimento de produto compreende a etapa da concepção da idéia,

transformando-a em amostra de produto real. Para tanto, é necessária interação entre as

pessoas, formando grupos de trabalho que utilizam os conhecimentos e as experiências

individuais, formais e informais, em conhecimento organizacional. Igualmente, é preciso

responder as perguntas “Quem participa no desenvolvimento de novos produtos?”;

“Como áreas diferentes da empresa participam dos processos?”; “Até que ponto existe

trabalho em equipe, em vez de somente consultas entre os colaboradores?”.

A nota obtida pelo segmento neste indicador faz acreditar que insistir numa iniciativa

nesta direção é uma excelente oportunidade de melhoria para todas as organizações,

pois o desenvolvimento de produto, com padrão de qualidade, é tido, por parte dos

entrevistados, como fator de diferenciação regional.

Para tanto, as empresas procuram responder à demanda dos clientes e dos

representantes de venda, desenvolvendo produtos baseados em outros produtos

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

155

lançados pelas grandes empresas nacionais e internacionais vistos em feiras ou revistas

especializadas. Portanto, as diversas fontes de informação das empresas podem ser

descritas da seguinte forma:

• SATC, SENAI/SC, SEBRAE, Centros Tecnológicos Públicos ou Privados e

Universidades, dentre outras;

• Feiras e Eventos;

• Mercados líderes;

• Representantes Comerciais, clientes, vendedores independentes;

• Vivência adquirida nos anos de atuação no mercado nacional.

Conceito 1 3 5

Desenvolvimento de produtos

Responsabilidade exclusiva de um grupo ou de uma

única pessoa; falta de integração entre as

etapas de desenvolvimento de produtos e produção.

Baseado em grupos de trabalho, com

participação da área de produção.

Novos produtos lançados

freqüentemente, orientados pela política

de marketing e/ou necessidades dos

clientes; o desenvolvimento de

novos produtos é feito com a participação de

clientes e fornecedores.

Nota Média obtida pelas empresas = 2,30

Introdução de Novos Produtos

Este índice avalia o grau de inventividade da empresa, medindo o número de novos

produtos lançados, suas características diferenciais e o valor agregado.

A pontuação média do indicador foi de 1,90 caracterizando que o segmento apresenta

grau de inovação médio-baixo e que necessita de uma estratégia para potencializar mais

a competitividade no que se refere à introdução de novos produtos. Apesar de

desenvolver produtos com alguma diferença, atendem, exclusivamente, as aspirações

dos consumidores, pois o novo se limita a seguir uma tendência bastante comum e

semelhante a atual, o que não caracteriza inovação. Por senso comum, existe a

pretensão de que a inovação irá se caracterizar pela utilização de diferentes processos

produtivos, resultando em formas e aspectos diferenciados e arrojados.

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

156

Conceito 1 3 5

Introdução de novos produtos (últimos 2 anos)

Nos últimos 2 anos a empresa tem

conservado os mesmos produtos; segue

tendência da concorrência.

Colocou no mercado dois ou mais

produtos, alguns com características

diferenciais em relação aos produtos

concorrentes.

A empresa tem estabelecido tendências

no setor? tem introduzido mudanças

radicais na(s) linha(s) de produto(s), nos

processos industriais e serviços aos clientes.

Nota Média obtida pelas empresas = 1,90

Estratégia de Tecnologia

Este indicador avalia a estratégia da empresa em relação à tecnologia dos seus produtos.

De que forma a empresa investe em tecnologia? É uma estratégia pró-ativa, com

políticas bem definidas de pesquisa e investimentos, ou a empresa assume uma posição

de reação, procurando resolver problemas ou limitações tecnológicas atuais?

As empresas do segmento pontuaram 1,70 neste indicador refletindo a estratégia atual

das empresas, onde o investimento em tecnologia é feito parcialmente (somente nas

grandes e médias empresas), pois a preocupação da maioria dos empreendedores das

pequenas empresas está centrada em atender a demanda atual, mantendo uma posição

de imobilidade em relação às tendências nacionais e internacionais, no que se refere à

tecnologia de novos produtos. É comum praticar a cópia de projetos de novos produtos

que estejam expostos em catálogos ou os que são vistos em feiras especializadas.

Conceito 1 3 5

Estratégia de tecnologia

As necessidades de novas tecnologias são

orientadas por necessidades

funcionais atuais; há limitações e problemas

devido às limitações tecnológicas.

Análise das necessidades de

novas tecnologias a cada novo projeto,

com processos sistemáticos para sua

obtenção.

Possui uma política explícita de investimento em novas tecnologias, com monitoramento do

nível tecnológico da concorrência.

Nota Média obtida pelas empresas = 1,70

Na figura a seguir, está apresentado um gráfico radar dos fatores críticos de sucesso

para o segmento dos Transformadores de Plástico da AMREC. Em cada eixo do gráfico

consta a média dos indicadores de cada fator, bem como um comparativo com os

cenários de estado satisfatório, soluções equacionadas e cuidado necessário.

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

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Fatores Críticos de Sucesso

010

2030

405060

708090

100(%) Matéria-prima

(%)Tecnologia - Máquinas

(%) Capacitação da Mão-de-obra

(%) Inovação

Média Empresas Transformadoras de Plástico AMRECCuidado NecessárioSoluções equacionadasEstado Satisfatório

Figura 36 - Gráfico Radar dos Fatores Críticos de Sucesso

3.3.2 Diamante de Competitividade de Porter

Estratégia, Estrutura e Rivalidade das Empresas.

Com a função de compor o Diamante de Competitividade de Porter, alguns indicadores

são apresentados a seguir.

Conhecimento da Concorrência

Avalia de que forma a empresa observa seus concorrentes. Uma análise sistemática da

concorrência mostra-se importante para todas as empresas, uma vez que a comparação

do preço, da forma de pagamento, do design, da qualidade, da garantia, da durabilidade,

do atendimento pós-venda e da estratégia de promoção entre as empresas concorrentes

é realizada a todo o momento pelos clientes. A empresa deve conhecer a concorrência

tal qual conhece os seus clientes, pois dessa forma pode enfatizar seus pontos fortes e

atacar os pontos fracos dos concorrentes nas negociações.

As empresas entrevistadas da AMREC obtiveram uma avaliação média de 3,30 estando

no terceiro cenário evolutivo, como pode ser observado na tabela abaixo, pois mantém

registro atualizado com os dados principais da atuação dos concorrentes (preço,

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

158

garantias, qualidade) que são analisados e utilizados para as melhorias internas;

possuem vendedores treinados para enfatizar os pontos fracos dos concorrentes

diretamente. Outro ponto que é explorado pelas empresas é o fato dos concorrentes

serem importantes fontes de informações e podem dar início ao processo de

desenvolvimento de novos produtos, ou mesmo, a adoção de estratégias de marketing.

É o contexto no qual as empresas são criadas, organizadas e dirigidas, e também de

como a natureza da rivalidade interna da indústria se processa no ambiente competitivo.

A região sul de Santa Catarina é considerada o maior pólo estadual de fabricação de

produtos de plástico, pela presença de empresas de classe nacional (Plazom e Cangurú),

fato que eleva o nível de competitividade de todo o segmento da região da AMREC,

dentro da qual se encontram todas as empresas visitadas.

As grandes e médias empresas adotam, basicamente, a estratégia de diferenciação,

industrializando produtos de alto valor agregado e os comercializando em todo Brasil.

Deste fato surge uma lacuna para as pequenas organizações atuarem - a comercialização de produtos de menor valor agregado no mercado regional e estadual - adotando a estratégia de competir pela liderança de custo.

Conceito 1 3 5

Conhecimento da concorrência

Os concorrentes não são conhecidos nem

pesquisados.

A empresa estuda e pesquisa apenas o

preço e as campanhas

publicitárias dos concorrentes.

A empresa conhece seus concorrentes; há um registro atualizado dos seus dados (preço, garantias, qualidade) que são analisados e

utilizados para melhorias; vendedores treinados a enfatizar os

pontos fracos da concorrência.

Nota Média obtida pelas empresas = 3.30

Estruturação dos Canais de Venda

Canais de venda são o conjunto de organizações interdependentes envolvidas no

processo de tornar o bem ou serviço disponível para consumo. Diversas configurações

de canais de venda podem ser estruturadas conforme a necessidade dos clientes quanto

ao tamanho do lote, tempo de espera, conveniência espacial, variedade de produtos

desejada e retaguarda de serviços. Quanto melhor o planejamento do canal, maior será a

eficiência dos recursos investidos em marketing para todos os envolvidos.

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

159

A nota média alcançada 3,30 pelo segmento transformador de plástico da região AMREC

oferece a certeza de que as administrações das empresas atribuem caráter estratégico à

estruturação do canal de vendas, proporcionando agregação de valor aos produtos e

serviços, bem como esta integração promove a sinergia com os esforços despendidos

em marketing.

Portanto, as empresas estão num bom nível no quesito estruturação dos canais de

venda, adotando critérios de atuação próprios e focados no bom atendimento dos

clientes. Estas organizações trabalham com um rol de vendedores nas áreas de

comercialização dos produtos e estes são considerados estratégicos para os negócios.

Conceito 1 3 5

Estruturação dos canais de venda

Formado em decorrência do processo de vendas da empresa;

enfoque somente na diminuição dos custos de distribuição, não é

considerado estratégico.

Focado no atendimento, a

quantidade, variedade, suporte,

deslocamento e tempo de espera desejado pelos consumidores; canais adotam

critérios de atuação próprios.

A administração do canal possui caráter

estratégico; a estruturação do canal agrega valor adicional

aos produtos e serviços, e sua integração

promove sinergia nos esforços de marketing

Nota Média obtida pelas empresas = 3,30

Planejamento de Marketing

O planejamento de marketing é o processo de transformar as estratégias de marketing

em programas, através da tomada de decisões básicas quanto aos investimentos e nas

quatro áreas: produto, preço, praça e promoção. Um bom planejamento maximiza as

chances de sucesso da campanha de marketing da organização.

Durante as entrevistas, foi observado que as empresas não se preocupam com o

planejamento de marketing, tomando decisões baseadas na experiência dos gestores ou

dos vendedores. Esta prática pode elevar a susceptibilidade das empresas aos altos e

baixos do mercado onde atuam, fato ressaltado pelos empresários que relataram o

acirramento da concorrência e o dinamismo do mercado no qual estão inseridos.

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

160

Conceito 1 3 5

Planejamento de Marketing

Não existe um planejamento de marketing formal;

decisões são tomadas com base na

percepção e experiência do

gestor.

Existe um planejamento formal que se restringe aos

programas de promoção.

Existe um programa formal, que orientado

pelas metas da empresa, define uma

estratégia com orçamento de gastos,

composto de marketing (produto, praça, preço e promoção), programa de ação e resultados

esperados.

Nota Média obtida pelas empresas = 1,60

Condições dos Fatores

São os insumos necessários para competir em qualquer indústria como:

1) Recursos Humanos - implica na capacidade, quantidade e custo da mão-de-obra

presentes no território;

2) Recursos Físicos - o posicionamento geográfico do território em questão é

extremamente importante para esta análise, pois se considera a qualidade, acesso,

abundância e custo dos recursos físicos;

3) Recursos de Conhecimento - relaciona-se diretamente à capacidade intelectual

disponível no território, ou seja, as capacitações da mão-de-obra presente na região;

4) Recursos de Capital - resume-se na capacidade econômica e na definição das

garantias que o território dispõe para o financiamento de investimentos tecnológicos;

5) Infra-Estrutura - tipo, qualidade e valor de uso da infra-estrutura disponível que afeta

a competição, inclusive os sistemas de transportes, os sistemas de

telecomunicações, pagamentos ou transferências de fundos.

As condições dos fatores foram mensuradas através da análise do relacionamento entre

as empresas com as instituições de suporte da região, pois são mecanismos importantes

que podem aumentar a competitividade do segmento através do fornecimento de

serviços dentro das suas respectivas competências.

Foi possível observar que apesar da inexistência de cooperação entre as empresas, há

um relacionamento de regular a bom com instituições de suporte como o SATC, SENAI,

SEBRAE, EPAGRI, FIESC (SESI e IEL), ACI, AMPE, Bancos de Desenvolvimento,

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

161

Universidade, Governo Municipal e Estadual, podendo ser intensificado caso a demanda

pelos serviços prestados por estas instituições seja melhor estruturada.

Outro ponto avaliado, durante as entrevistas, foi o crédito e onde ele é captado. A maior

parte das empresas analisadas encontram-se em dificuldades financeiras, usam cheque

especial e possuem dívidas vencidas. No entanto, foi possível verificar que os Bancos de

Desenvolvimento (BADESC e BRDE) chegaram até estas empresas em outras

oportunidades, mas atualmente estão concedendo crédito com muita parcimônia,

restando aos empresários captarem recursos para investimento nos bancos comerciais.

Condições de Demanda

Determina o rumo e o caráter da melhoria e inovação pelas empresas do território. Três

atributos gerais da demanda interna são significativos: a composição (natureza da

necessidade do comprador), o tamanho e padrão de crescimento e o mecanismo pelo

qual a preferência interna é transmitida aos demais mercados.

Como dito anteriormente, a maioria das empresas do segmento vende os seus produtos

no mercado nacional como pode ser comprovado no gráfico apresentado a seguir. Este

mercado apresenta como principal característica a demanda por produtos de menor

preço, relegando a qualidade, pelo fato do consumidor estar acostumado com produtos

de qualidade sofrível.

0.00

10.00

20.00

30.00

40.00

50.00

60.00

70.00

80.00

90.00

100.00

No Município Na Região No Estado No País No Exterior

Regiões onde a empresa vende seus produtos diretamente (%)

Figura 37 - Regiões onde vende diretamente seus produtos (%)

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

162

Estimativa de Demanda

A Estimativa de Demanda desempenha um papel essencial, uma vez que é utilizada pelo

empreendedor para prever o volume dos recursos financeiros necessários para a

operação como um todo: a manufatura propriamente dita, o estabelecimento da

capacidade de produção, o volume de compras para suprir-se dos materiais e a atitude

de contratar as pessoas necessárias para atingir as metas de produção. Se a previsão for

distante da realidade, a empresa poderá ter problemas de liquidez financeira devido ao

estoque excessivo; ou se o estoque for insuficiente, terá que repô-lo a custo elevado,

diminuindo a lucratividade de qualquer forma.

A nota da avaliação de 3,60 é boa, demonstrando que as empresas planejam os

próximos meses.

Conceito 1 3 5

Estimativa de demanda

A demanda não é estimada formalmente.

Demanda estimada com base no

histórico de vendas.

Além do histórico de vendas, a demanda é

estimada com base em fontes de informação

como contato com canais de vendas e

distribuidores, informações sócio-econômicas, entre

outras.

Nota Média obtida pelas empresas = 3,60

Pesquisa das Necessidades dos Clientes

A pesquisa das necessidades dos clientes consiste numa das práticas mais importantes

para a orientação das empresas. O levantamento destas informações é fundamental para

diversas áreas da empresa, como desenvolvimento de produtos, distribuição, transporte e

marketing, fazendo com que todas atendam às expectativas dos consumidores. A

empresa não deve somente reagir às reclamações, mas identificar antes do consumidor,

os possíveis pontos que não atendem as necessidades e expectativas dos mesmos.

O canal de venda utilizado é o vendedor que tem papel fundamental, pois traz as

informações referentes às necessidades dos clientes. Entretanto, estas organizações não

formalizam estas informações nem as disseminam para todos os colaboradores. Os

clientes devem ser as principais fontes de informações da empresa, tanto para o

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

163

aprimoramento dos produtos existentes, bem como para a identificação de oportunidades

para o desenvolvimento de novos produtos.

Conceito 1 3 5

Pesquisa das necessidades dos

clientes

Não são feitas pesquisas sobre as necessidades dos

clientes; a empresa baseia-se em informações isoladas de

relacionamento com poucos

consumidores.

Pesquisas esporádicas para

conhecer as necessidades e expectativas dos

clientes; existe um canal disponível para

reclamações ou críticas.

Possui uma verba destinada à pesquisa de

mercado e as realiza constantemente.

Nota Média obtida pelas empresas = 2,80

Variação nas Vendas

O conceito para a Variação nas Vendas é utilizado como medida ativa do desempenho

da empresa e é avaliado mediante a razão calculada entre as vendas do período atual e

do período anterior. Este indicador é medido com base na variação do volume e valores

das vendas dos últimos anos.

Como pode ser observado pelo indicador, as empresas entrevistadas apresentam

crescimento nas vendas e bons resultados, em decorrência do sucesso da sua estratégia

básica (liderança de custo) e da entrada em novos mercados.

Conceito 1 3 5

Variação nas vendas

Em declínio Estável Em crescimento

Nota Média obtida pelas empresas = 4,10

Indústrias Correlatas e de Apoio

É a presença no território de organizações que possam abastecer a produção industrial e

dar suporte aos serviços necessários para realizar as operações normais. Como já

comentado no presente trabalho, a região Sul de Santa Catarina é o maior pólo estadual

na industrialização de produtos de plástico, portanto, tanto os fornecedores quanto os

prestadores de serviços suprem as necessidades das empresas.

Fornecedores e Subcontratados

A maioria das empresas compra alguns itens importantes baseados somente no preço,

mas reconhecem outros fatores que afetam o sucesso comercial, como, por exemplo, o

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

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prazo de entrega e a flexibilidade de adaptação na fase da montagem e acabamento

final.

Um processo com método formal e sistêmico é importante para garantir e avaliar a

confiabilidade do fornecedor. Manter parcerias abertas com os fornecedores, baseadas

em confiança mútua e no interesse maior de todas as partes envolvidas é importante

para conquistar uma posição competitiva, visto que, fornecedores devem estar

ativamente encorajados a contribuir para o desenvolvimento e melhoria do processo e do

produto.

A empresa participa de programas de qualidade em parceria com os fornecedores? A

empresa utiliza política de incentivos com os fornecedores sub contratados, motivando-os

a melhorar a qualidade dos serviços? Quais outros fatores são levados em consideração

no momento da compra?

A maioria das empresas realiza a compra baseando-se em dois critérios principais –

preço e qualidade - possuindo alguns fornecedores preferenciais e têm buscado

desenvolver parcerias. Como industrializam produtos de plástico, a formação de

parcerias com os produtores de matéria-prima é fundamental para garantir a qualidade

dos produtos.

Conceito 1 3 5

Fornecedores e subcontratados

Muitos fornecedores; compra baseada

somente no preço.

Alguns fornecedores preferenciais; além do

fator preço alguns outros fatores são

levados em consideração; a empresa tem

buscado desenvolver parcerias.

Fornecedores cadastrados e avaliados

periodicamente; parcerias com

fornecedores no desenvolvimento de novos produtos e na

programação da produção.

Nota Média obtida pelas empresas = 2,60

Planejamento Logístico

Neste segmento, cujos materiais se caracterizam por ter baixo peso específico, a

logística adquire importância significativa, seja na aquisição dos insumos ou na

distribuição dos produtos acabados. As questões como quantidade, qualidade, prazo e

local, tornam-se essenciais no planejamento logístico a médio e longo prazo. Muitas

vezes a definição incorreta de fornecedor e cliente alvo acaba prejudicando o

desempenho da empresa, incorrendo em problemas com a compra e distribuição de

materiais/produtos.

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

165

O bom planejamento define prioridades e necessidades que devem nortear a logística da

empresa. Apesar do planejamento logístico estar a cargo de algumas pessoas e não

haver planejamento sistemático de médio ou longo prazo, os gestores relataram que não

têm enfrentado dificuldades neste tópico, pois a maioria possui frota própria de

caminhões, dimensionada para cumprir a função, independente de empresas

especializadas.

Conceito 1 3 5

Planejamento logístico

Não há planejamento com relação à

logística; imprevistos freqüentes nas

compras ou distribuição.

Algumas pessoas (chefia) responsáveis

pelas decisões referentes à aquisição e

distribuição; elas definem

fornecedores e clientes baseados na

experiência, contatos,

localização.

Há um planejamento de médio ou longo prazo onde são definidas as

necessidades relacionadas ao

material, quantidade e transporte; são definidas

as prioridades (qualidade, prazo e

preço) e segmentação do mercado.

Nota Média obtida pelas empresas = 3,30

Enfim, como pode ser observado na figura a seguir, o segmento do plástico encontra-se

muito próximo do cenário Soluções Equacionadas, nas quatro áreas do Diamante de

Competitividade de Porter. Especificamente, na área Estratégia, Estrutura e Rivalidade das Empresas, a média das pontuações obtida pelas empresas foi próxima a 68, em

uma escala de 0 a 100, como maior deficiência no indicador de Planejamento de

Marketing.

A situação diagnosticada na área Condições dos Fatores demonstra uma evolução –

média dos indicadores próxima a 60 – mister a indesejável condição financeira de

algumas das organizações e uma aproximação entre a referida classe empresarial e as

instituições que podem dar suporte para um futuro aumento de competitividade.

A média obtida dos indicadores: Estimativa de Demanda, Pesquisa das Necessidades

dos Clientes e Variação nas Vendas, que compõem a área Condições de Demanda foi

75, expressando uma situação intermediária.

A última área do diamante – Indústrias Correlatas e de Apoio – com uma média de

60% nos indicadores: Fornecedores e Subcontratados e Planejamento Logístico, segue a

tendência dos demais, estando numa situação intermediária. Portanto, é relevante a

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

166

adoção das ações propostas no presente relatório, para que haja aumento de

competitividade das empresas do segmento.

Diamante de Competitividade de Porter

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Rivalidade das empresas

Condições dos Fatores

Condições de Demanda

Indústrias Correlatas e de Apoio

Média Empresas Transformadoras de Plástico da AMRECCuidado NecessárioSoluções equacionadasEstado Satisfatório

Figura 38 - Gráfico Radar do Diamante de Competitividade de Porter

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

167

3.4 Seção 4 - Conclusões e Recomendações

Entre as recomendações e conclusões a respeito do trabalho, listam-se:

Melhorar o design dos produtos plásticos, por meio de projetos de pesquisa,

desenvolvimento e inovação;

Estabelecer padrão mínimo de resistência funcional para os produtos fabricados pelo

setor;

Diversificar as vendas no mercado interno, aproveitando novos nichos de clientes;

Curso e palestras sobre metodologias de processos associativos;

Desenvolver Central de Compra Conjunta para as pequenas e médias empresas do

setor;

Desenvolver mecanismos cooperativos (empresas e instituições de suporte) para

capacitação da mão-de-obra;

Cursos e palestras orientando sobre as diversas linhas de crédito, principalmente as

que possibilitam a captação de recursos não reembolsáveis para serem aplicados em

projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica;

Aumentar a produtividade e a qualidade em geral das empresas, para reduzir

desperdícios;

Desenvolver parcerias com as empresas do segundo elo da cadeia produtiva para o

desenvolvimento de novas composições químicas das resinas.

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

168

3.5 Seção 5 – Encaminhamento das Ações Sugeridas

A última fase da metodologia é a realização de um Seminário Tecnológico Regional,

ocorrido no mês de dezembro de 2004, durante o qual foram apresentados os principais

pontos identificados pelo diagnóstico, bem como as sugestões e recomendações. Neste

evento, os empresários e representantes de instituições de suporte presentes validaram o

quê foi apresentado pela equipe do IEL/SC, solicitando um encaminhamento das ações

sugeridas. Para tal, os técnicos da Unidade de Desenvolvimento Regional e Setorial

buscaram parceiros que pudessem suprir as deficiências identificadas nas empresas do

Segmento Plástico.

A tabela exposta a seguir apresenta o projeto sugerido, as ações que serão

desenvolvidas e os respectivos responsáveis.

Tabela 40 - Projeto, ações e contatos para as recomendações e sugestões

Projeto Ações Contato

Melhorar o design dos produtos plásticos, por

meio de projetos de pesquisa,

desenvolvimento e inovação;

Articular com as entidades participantes do Projeto

Design Catarina, a inserção do segmento do Plástico da

região da AMREC no referido projeto.

Paulo de Tarso Mendes Luna – Coordenador do Centro de Inovação e Design – Projeto Design Catarina

www.designcatarina.com.br

Estabelecer padrão mínimo de resistência

funcional para os produtos fabricados pelo

setor;

Realizar testes de resistência nos principais produtos do

segmento.

Antônio Pedro Novaes de Oliveira – CTCMAT / Senai de Criciúma

www.ctc.org.br

Diversificar as vendas no mercado interno,

aproveitando novos nichos de clientes;

Elaborar projeto para a realização de pesquisas de

mercado para os produtos das empresas, com a aplicação da

ferramenta IEL / Pesquisa.

Nilson Neves Motta – Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina – IEL

/ Pesquisa. www.iel-sc.com.br

Curso e palestras sobre metodologias de

processos associativos;

Encaminhar projeto para o Edital conjunto Finep e

Sebrae (e outros parceiros) para projetos cooperativos

ICT’s (Instituições de Ciência e Tecnologia) e empresas

inseridas em APLs.

Newton Barata – ADRC (Agência de Desenvolvimento da Região

Carbonífera).

Desenvolver Central de Compra Conjunta para as

pequenas e médias empresas do setor;

Elaborar plano de ação para a realização de compra conjunta, utilizando a

ferramenta Compre Fácil.

José Maurício Coelho – Superintendente do CIESC

www.comprefacil.ind.br

Desenvolver mecanismos Articular a realização de Newton Barata – ADRC (Agência de

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

169

Projeto Ações Contato cooperativos (empresas e

instituições de suporte) para capacitação da mão-

de-obra;

capacitações para os colaboradores das empresas

com o SENAI, a UNESC e demais parceiros.

Desenvolvimento da Região Carbonífera).

Aumentar a produtividade e a qualidade em geral

das empresas, para reduzir desperdícios.

Elaborar plano de ação para a aplicação das metodologias –

Produção Mais Limpa e Benchmarking – nas

empresas do segmento.

Janete Moro – Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina – IEL / Produção

Mais Limpa. www.iel-sc.com.br

Após a identificação dos projetos citados acima, foi organizada uma reunião na cidade de

Criciúma, no dia 17 de março de 2005, para a exposição dos projetos pelos provedores

de solução, com o intuito de firmar parcerias entre a Agência de Desenvolvimento da

Região Carbonífera (ADRC), empresários do segmento e instituições de suporte. No final

da reunião, o Superintendente da ADRC relatou que articulará empresas e provedores de

solução, visando o desenvolvimento do Segmento do Plástico.

Para ilustrar os projetos apresentados estes serão descritos sucintamente na forma de

resumo executivo.

3.5.1 IEL Pesquisa – Pesquisa de Mercado

Introdução

Elabora e executa projetos de Pesquisa de Mercado e Opinião.

Tipos de Pesquisa:

Produto: Satisfação e expectativas, Teste de conceito e de produto, Hábitos e atitudes,

Imagem de produto e de marca;

Preço: Avaliação de preço para produtos/ serviços, Teste de sensibilidade a preços,

Avaliação de custo x benefícios;

Comunicação: Pré-teste de propaganda, Pós-teste de propaganda, Avaliação de

conceitos para campanhas;

Distribuição: Satisfação e expectativas dos canais, Avaliação/ aceitação para novos

canais;

Mercado Alvo: Segmentação psicográfica, Potencial para produtos/ serviços.

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

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Tabela 41 - Tipos de Segmentação de Mercado

Tipos Características Gerais

Demográfica Idade, sexo, educação, renda, raça, família, altura

Geográfica Localização regional, densidade demográfica, cidade e número de habitantes, clima

Psicográfica Estilo de vida, personalidade, interesses, valores e atitudes

Benefício Benefícios proporcionados pelo produto ou serviço

Volume Montante de uso

O papel da Pesquisa de Mercado durante o desenvolvimento de produtos

Auxiliar a tarefa de desenvolver produtos, servindo como mecanismo de captação das

necessidades dos clientes, monitoramento de seus hábitos e atitudes e de avaliação de

conceitos, protótipos e produtos.

Tabela 42 - Pesquisa de Mercado no gerenciamento do portfólio de produtos

Fases Dados Necessários Resultados Obtidos

Buscar informações de mercado

Histórico de demanda do produto

Resultados de demanda futura

Taxa de crescimento do mercado

Buscar informações sobre concorrentes

Número de concorrentes Produtos Faturamento

Consumo de cada marca existente

Síntese e visualização das informações

Tabela 43 - A pesquisa de mercado para identificação de oportunidades

Fases Dados necessários Resultados obtidos

Pesquisa qualitativa com consumidores (entrevistas

individuais ou grupos focais)

Necessidades, hábitos, atitudes, valores e percepções dos consumidores

Pesquisa quantitativa com consumidores para avaliação dos atributos dos produtos, preferência ou similaridade

entre produtos

Mapa de percepção dos produtos

Segmentação do mercado

Geração e Seleção de Idéias

Dados dos concorrentes Visualização de estratégias dos concorrentes

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

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Tabela 44 - A pesquisa de mercado para definição e teste de conceito

Fases Dados Necessários Resultados obtidos

Definição de conceitos Pesquisa da preferência ou

intenção de compra com relação a vários conceitos

Identificação de atributos que mais afetam a preferência

Seleção do melhor conceito

Teste de Conceitos Avaliação da percepção dos conceitos

Mapa de percepção Pontos fortes e fracos dos

conceitos

Atividades da Pesquisa de Mercado

Definir o problema de pesquisa;

Especificar as informações necessárias;

Determinar o método para coletar os dados necessários;

Tomar decisões sobre população e amostra;

Elaborar o instrumento de coleta de dados;

Planejar e implementar a coleta de dados;

Tabular, analisar e interpretar os resultados;

Comunicar as descobertas e suas implicações.

Possibilidades de Contratação:

1. Pesquisa Completa

2. Projeto de Pesquisa

3. Análise de Dados

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

172

3.5.2 PRODUÇÃO + LIMPA

Introdução

Este documento foi elaborado para fornecer informações adicionais sobre a Produção +

Limpa, incluindo seus benefícios, processo de implementação e resultados obtidos, além

de depoimentos de executivos de empresas que já passaram pelo processo.

O que é a Produção + Limpa?

O desenvolvimento da Produção + Limpa significa a aplicação contínua de uma

estratégia econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos, a fim

de aumentar a eficiência no uso de matérias primas, água e energia, através da não-

geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados em todos os setores

produtivos.

O método utilizado é originário da UNIDO (Organização das Nações Unidas para o

Desenvolvimento Social) e da UNEP (Programa das Nações Unidas para o Meio

Ambiente), e vem sendo aplicado pelo IEL/SC desde 1998, com significativos benefícios

ambientais e econômicos para as empresas.

Por que adotar a Produção + Limpa?

Partindo da premissa que todos os resíduos que a empresa gera custam-lhe dinheiro, já

que foram comprados a preço de matéria-prima e consumiram insumos como água e

energia, o princípio básico da Produção + Limpas é a redução do desperdício e a

diminuição da geração de resíduos durante o processo de produção. Além do que, estes

resíduos consomem mais recursos, seja sob a forma de tratamento e armazenamento ou

sob a forma de multas pela falta desses cuidados, causando ainda, danos à imagem e à

reputação da empresa. Desta forma, a Produção + Limpa ajuda e empresa a repensar a

geração de resíduos e a ganhar dinheiro com isso, contribuindo para a economia dos

recursos naturais, a melhoria da imagem e o aumento da competitividade.

O que a Produção + Limpa pode fazer por uma empresa?

As empresas que adotam a Produção + Limpa reduzem significativamente a utilização de

matéria-prima, insumos, água e energia, reduzindo assim seus custos de produção e

aumentando sua produtividade. A intensa avaliação no processo de produção resultantes

do método de Produção + Limpa induz um processo de inovação dentro da empresa.

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

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Os números são o maior indicativo de eficácia da Produção + Limpa nas empresas. Nas

26 empresas que já adotaram o método com a ajuda do IEL/SC, os resultados

econômicos anuais superaram em cinco vezes o investimento inicial. Foram identificadas

ao todo 225 oportunidades de melhoria, com o objetivo de racionalizar a produção e o

uso de matéria-prima e insumos no processo. Para pôr as ações em prática, as empresas

investiram R$ 2,2 milhões e obtiveram resultados anuais da ordem de R$11 milhões.

Ainda como resultados, o grupo obteve uma economia de 1 milhão de quilowatts anuais

em energia elétrica e o consumo de água diminuiu em 230 milhões de litros por ano. A

geração de efluentes foi reduzida em 100 milhões de litros por ano e a produção de

resíduos perigosos teve uma queda de 50 mil quilos anuais.

Os resultados das empresas mostram que a Produção + Limpa, além de gerar lucros

para as empresas pela melhor utilização da matéria-prima, água e energia e pela redução

ou reciclagem de resíduos gerados no processo produtivo, também facilita a

implementação da ISO14001 e alavanca a competitividade da empresa, na medida que

reduz os custos de produção.

Como funciona a implementação da Produção + Limpa na empresa?

O processo de implementação da Produção + Limpa na empresa segue as seguintes

etapas:

Etapa 1 – Comprometimento da direção da empresa;

Etapa 2 – Sensibilização dos funcionários e formação e treinamento do

Ecotime;

Etapa 3 – Pré-avaliação, elaboração dos fluxogramas e tabelas quantitativas;

Etapa 4 – Definição dos indicadores e avaliação dos dados coletados;

Etapa 5 – Balanço de Massa e de Energia;

Etapa 6 – Análise das informações obtidas e identificação das oportunidades

de Produção + Limpa;

Etapa 7 – Avaliação técnica ambiental e econômica;

Etapa 8 – Implementação e plano de monitoramento e continuidade.

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

174

Benefícios

Obter ganhos financeiros pela otimização dos processos produtivos através da melhor

utilização da matéria-prima, água, energia e da não-geração de resíduos;

Aumentar a competitividade através da redução de custos de produção;

Utilizar o marketing ambiental para consolidar uma imagem positiva no mercado;

Adequar-se à legislação ambiental e colaborar para o bem-estar das comunidades

local e global;

Reduzir o impacto ambiental pela reciclagem dos efluentes e resíduos;

Fornecer subsídios para a formulação de políticas de desenvolvimento industrial,

apoiadas na inovação científica e tecnológica.

Empresas catarinenses que já adotaram a Produção + Limpa

Afonso da Silva – Ind. Com. De Arroz Ltda

Alimentos Nardelli Ltd

Brametal – Brandão Metalúrgica Ltda

Cooperativa Agrícola Mista Juriti Ltda

Cooperativa Central Oeste Catarinense – Aurora

Cooperativa Regional Agropecuária Vale do Itajaí - Cravil

Dalfovo Irmãos e Cia Ltda – Beneficiamento de arroz

Metalúrgica Mecril

Rudolph Usinados de Precisão

Electro Aço Altona

Caracol Geologia e Mineração Ltda. - Cerâmica Bosse

Papenborg Comércio de Laticínios Ltda.- Laticínios Holandês

Marisol S.A Ind do Vestuário

Marmoraria Florianópolis Ltda.

Megaturbo Retífica de Turbos Ltda. - Turbosul

Pesqueira Oceânica Ltda.

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Stylo – Indústria, Comércio e Prestação de Serviços em Alumínio Ltda.

Fares Engenharia

DVA Automóveis

Cooperativa Agrícola de Jacinto Machado – COOPERJA

Cooperativa Agrícola de Turvo – COOPERSULCA

Cerâmica CEUSA

Metalúrgica Riosulense

H.Effting – Grupo Moldurarte

Eliane Revestimentos Cerâmicos

Cerâmica Portinari

Depoimentos de algumas empresas

“Os benefícios ambientais e econômicos alcançados pela implantação desta metodologia

superaram nossas expectativas. Vale ressaltar também que o trabalho de Produção +

Limpa foi de suma importância, pois permitirá que a Eliane consolide a imagem na

sociedade de empresa preocupada com a melhoria ambiental”.

Leandro Medeiros – Diretor Industrial – Eliane Revestimentos Cerâmicos

“A Metalúrgica Riosulense decidiu implantar, em 2002, a metodologia de Produção +

Limpa do Instituto Euvaldo Lodi, procurando melhorar a qualidade ambiental da empresa,

através da redução do desperdício de matérias-primas, água e energia.

O ponto mais importante a ser destacado no trabalho foi que, produzir de forma mais

limpa, ajudou a Riosulense a contribuir para a melhora do meio ambiente e,

conseqüentemente, da relação da empresa com a sociedade.”

João Stramosk – Diretor Presidente – Metalúrgica Riosulense

“As empresas Moldurarte, preocupadas com a melhoria ambiental em seus processos

produtivos e também com a qualidade de vida da comunidade, identificaram a

metodologia de Produção + Limpa, do Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, como

uma oportunidade para atender a estes anseios em uma de suas unidades, a indústria de

molduras H.Effting. Os resultados foram custos menores para a empresa e benefícios

ambientais para a comunidade. No âmbito interno da empresa, além do retorno

econômico, os maiores benefícios observados referem-se à mudança na cultura

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

176

organizacional e ao desenvolvimento de uma consciência ambiental entre os

funcionários.”

Gilberto Zanetti – Diretor Presidente – H.Effting

3.5.3 Compre Fácil

Comprefacil.ind.br é uma ferramenta digital disponível na Internet, baseada na integração

comercial entre empresas compradoras e empresas fornecedoras na aquisição de

insumos e serviços, diminuindo a distância entre as empresas surgem vantagens para

todos os lados. É através dessa ferramenta que empresários poderão otimizar negócios,

ganhar maior agilidade em processos internos e proporcionar maior organização das

informações.

O Comprefacil.ind.br foi criado com o intuito de fomentar negócios promovendo redução

de custos.

Tem como objetivo potencializar o setor de compras das empresas e promover junto aos

fornecedores uma significativa ampliação em sua atuação no mercado reduzindo também

o custo operacional de vendas.

A iniciativa do Portal é do CIESC (Centro das Indústrias do Estado de Santa Catarina) em

parceria com a Outplan.com.

Modalidades de Participação

Compra

Essa solução é ideal para comprar qualquer produto. Escolha o item desejado, defina a

forma de pagamento, prazo de entrega, quantidade e outras características de sua

preferência. Após a análise das ofertas comerciais enviadas, o Portal indica o melhor

negócio e basta você autorizar a ordem de compra, tudo em tempo real.

Compra Conjunta

A solução de Compra Conjunta é voltada para o comprador que não tem urgência em

adquirir um produto. Funciona como uma compra programada, ou seja, é estabelecida

uma data para a aquisição dos itens e os interessados inserem os pedidos. Com o

grande volume de pedidos, o Portal ganhará poder para negociar, conseguindo assim

preços mais competitivos.

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

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Leilão Reverso

O Leilão Reverso facilita seu poder de negociação. Sua empresa informa o produto que

deseja adquirir e o valor máximo a pagar. No decorrer do processo, os fornecedores

apresentam os lances sempre abaixo da proposta inicial. Vence quem oferecer a melhor

proposta, incluindo preços, condições de pagamento e prazos de entrega.

Oferta

Se sua empresa tem uma oferta especial, esse é o melhor espaço para divulgá-la.

Através de um contrato de divulgação de oferta, todos os fornecedores podem publicar os

melhores preços dos seus produtos e serviços em geral.

3.5.4 Projeto Design Catarina

Objetivos

Disseminar a cultura do design, divulgar a competência estadual na área, estimular o

desenvolvimento de um sistema de pesquisas relacionadas ao design, análise e difusão

de tendências, promover a capacitação e o aperfeiçoamento de recursos humanos,

integrar diversas entidades que promovem o design, estimular programas regionais e

setoriais, bem como a oferta e demanda de serviço no Estado.

Missão

Disseminar a cultura do design, valorizar o "Design Catarina", estimular e articular o

estabelecimento de uma rede de relações, parcerias e informações, criar uma sinergia

entre seus participantes, contribuir para a "excelência em design" e aumentar a

competitividade e capacidade de inovação em diversos setores e ramos de atividade da

economia catarinense, de forma a contribuir para o desenvolvimento econômico e social

sustentável.

Visão

Até 2007 consolidar a Rede Catarinense de Design como uma referência nacional,

fundamentada nos princípios da cooperação e participação, reconhecida pelo seu

contínuo e sólido crescimento e capacidade de responder com efetividade aos desafios

propostos pela sociedade catarinense, em especial pelo setor produtivo.

Área de Atuação

Articulação institucional, informação, capacitação e serviços relacionados à área de

design para diversos setores e ramos de atividade da economia catarinense.

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Participantes

Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina - SEBRAE/SC

Função na Rede: Entidade de Fomento

Programa SEBRAE Design: Luciana Sayuri Oda - Consultora

Home Page: www.sebrae-sc.com.br

Email: [email protected]

Fone: (48) 221 0876

Endereço: Av. Rio Branco, 611, Centro 88015-203, Florianópolis – SC

Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina - IEL/SC

Função na Rede: Coordenação do Centro de Inovação e Design

Coordenador do Centro: Paulo de Tarso Mendes Luna

Home Page: www.designcatarina.com.br

Email: [email protected]

Fone: (48) 334 9857

Endereço: Rodovia Sc 401, Km 01, Parque Tec Alfa, Bairro João Paulo 88030-000,

Florianópolis – SC

Fundação Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI

Função na Rede: Gerir o Núcleo de Inovação e Design - Cadeia Têxtil

Coordenadora do Núcleo: Bianka Cappucci Frisoni

Home Page: www.univali.br

Email: [email protected]

Fone: (47) 261-1235

Endereço: Rua Uruguai, 458, Centro 88302-202, Balneário Camboriú – SC

Fundação Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC

Função na Rede: Gerir o Núcleo de Inovação e Design - Embalagem

Coordenador do Núcleo: Luiz Cláudio Mazolla Vieira

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

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Home Page: http://www.unoesc.com.br

Email: [email protected]

Fone: (49) 441-7000

Endereço: Rua Dirceu Giordani, 696, Bairro Jardim Tarumã, 89820-000, Xanxerê - SC

Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC

Fundação de Arte e Tecnologia - FUNDARTEC

Função na Rede: Gerir o Núcleo de Inovação e Design - Artesanato

Coordenadora do Núcleo: Silvana Bernardes Rosa

Home Page: www.udesc.br

Email: [email protected]

Fone: (48) 231-1637

Endereço: Av. Madre Benvenuta, 1907, Bairro Itacorubi 88035-001, Florianópolis - SC

Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina - FEESC

Função na Rede: Gerir o Núcleo de Inovação e Design - Cerâmica

Coordenadora do Núcleo: Orestes Alarcon

Home Page: www.ufsc.br

Email: [email protected]

Fone: (48) 331-7605

Endereço: Campus Universitário, CP 5040, Trindade 88040-900, Florianópolis – SC

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI-DR/SC

Função na Rede: Gerir o Núcleo de Inovação e Design - Moveleiro

Coordenadora do Núcleo: José Luiz de Oliveira

Email: [email protected]

Fone: (47) 631-1600

Endereço: Centro de Tecnologia do Mobiliário de São Bento do Sul. Rua Hans Dieter

Schmidt, 879, Bairro Centenário, 89290-000, São Bento do Sul - SC

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

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3.6 Bibliografia

CASAROTTO FLHO, N. PIRES, L. H. Redes de pequenas e médias empresas e

Desenvolvimento Local – Estratégia para conquista da competitividade Global com base

na experiência Italiana. São Paulo: Atlas, 1999.

FERRAZ, João Carlos. Made in Brazil: desafios competitivos para indústria. Tradução,

João Carlos Ferraz, David Kupfer, Lia Haguenauer. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

Fundação Economia de Campinas – Fecamp. Estudo da Competitividade da Indústria

Brasileira: Plásticos. Coordenador do Estudo: Coutinho, Luciano G. Campinas, 2002.

MAZO, Evandro Minuce. Benchstar – Metodologia de Benchmarking para Análise da

Gestão da Produção nas Micro e Pequenas Empresas, 2003. Dissertação (Mestrado em

Engenharia de Produção) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção,

UFSC, Florianópolis.

__________, Metodologia Radargest, Manual Operacional, Florianópolis, IEL/FIESC,

2001.

__________, Metodologia MADE IN BRAZIL, Manual Operacional, Florianópolis,

IEL/FIESC, 2001.

PORTER, M.E. Competitive Strategy. New York: The Free Press, 1980.

PORTER, M.E. The competitive advantage of nations. New York: The Free Press, 1990.

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

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3.7 Anexos

Questionário Utilizado

Perfil Empresarial

Nome da Empresa _______________________________________________________

Marca da Empresa _______________________________________________________

Endereço ______________________________________________________________

Nome dos Sócios ________________________________________________________

Data de Fundação _______________________________________________________

Telefone _______________________________

e-mail _________________________________

Número de Funcionários __________________________________________________

Número de Familiares que trabalham na empresa ______________________________

Data da Entrevista _______________________________________________________

Matéria-Prima

Quais as principais matérias-primas que a empresa utiliza?

____________________________________________________________________________________________________________________________________

Procedência da matéria-prima:

____________________________________________________________________________________________________________________________________

Para a finalidade de uso na empresa, a matéria-prima adquirida é considerada:

de boa qualidade de qualidade aceitável de qualidade ruim

Quais os principais defeitos das matérias-primas?

____________________________________________________________________________________________________________________________________

Qualidade das matérias-primas

Qualidade dos insumos é aplicada como atributo de produtos que satisfazem a quem se destinam (cliente). O termo qualidade se refere aos produtos que estejam em condições perfeitas de uso e no momento necessário. Por isso, o termo qualidade, além de características do próprio produto, também avalia a questão de confiabilidade, ou seja, a quantidade e o prazo de entrega devem estar em conformidade com condições pré-definidas.

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

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Qualidade das matérias-primas

As matérias-primas chegam a sua empresa em más condições.

Índice de aceitação menor que 70%.

As matérias-primas chegam a sua empresa em condições regulares.

Índice de aceitação em torno de 90%.

Índice de aceitação maior que 95%. Os critérios de aceitação previamente definidos são sempre cumpridos. O índice é medido e avaliado.

Tecnologia – Máquinas

Organização no chão de fábrica

Qual é a disposição física do equipamento? A empresa deve necessariamente avaliar a movimentação de materiais com objetivo de definir um fluxo mais racional e econômico da produção e de circulação de objetos e pessoas, minimizando o transporte entre os postos de trabalho. Neste indicador são avaliados os itens: lay-out, 5´s, ergonomia.

Organização no chão de fábrica

Materiais e equipamentos organizados de maneira descontínua; excesso de movimentação de-para postos de trabalho; materiais obsoletos na fábrica

Materiais organizados e identificados. Uma pessoa é responsável pela limpeza.

Equipamentos dispostos de forma lógica de acordo com fluxo dos produtos.

Empresa limpa; auto-mantida; sempre “pronta para inspeção”. A disposição das máquinas e equipamentos permite flexibilidade na produção

Por quê?___________________________________________________________

__________________________________________________________________

Mecanização

Introdução de processo mecânicos de produção guiados por sistemas eletrônicos e nos quais a participação do homem é mínima. O objetivo é a substituição da mão-de-obra por equipamentos/máquinas com propósito de aumentar a produtividade da empresa e melhorar a performance da qualidade no processo. A automação ou automatização do controle dos processos produtivos é importante para um monitoramento mais eficaz das etapas de produção.

Automação

Alguma mecanização, intenso trabalho manual

Automação em algumas etapas do processo; computadores são utilizados para o controle e planejamento da produção

Automação integrando etapas do processo produtivo.

Computadores conectados às máquinas gerenciam a qualidade dos produtos.

Computadores utilizados para facilitar o desenvolvimento de produtos e prever falhas

Idade média dos equipamentos = Em média, quantos anos têm os equipamentos da empresa? ______________________________________

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

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Há necessidade de investimento em equipamentos? Estimativa de valor.

____________________________________________________________________________________________________________________________________

Sistema de informação

É uma forma sistemática de coleta, avaliação de dados e de geração de informações sobre a gestão da empresa. Os sistemas de informação, preferencialmente, podem ser geridos automaticamente por software adequados, ou através de fichas de acompanhamento. A gestão de um sistema de informação deve proporcionar informações que serão utilizadas no gerenciamento dos principais processos e metas da empresa. A informação deve estar sempre disponível e ser confiável.

Sistemas de Informação

O tratamento da informação é manual e não sistematizado.

O tratamento da informação é sistematizado e eletrônico. Existem algumas funções integradas, porem se restringindo a controles operacionais.

O sistema de informação é eletrônico e amplamente utilizado.

A comunicação é integrada em toda empresa, com os clientes e fornecedores. O sistema de produção permite otimizar a utilização de recursos, seqüenciar e rastrear a produção.

Como?_____________________________________________________________

_______________________________________________________________

Manutenção

A empresa deve criar medidas práticas para permitir aos funcionários realizarem tarefas de manutenção de rotina, sem recorrer a pessoal especializado. A manutenção deve ser planejada para evitar paradas inesperadas. Na manutenção preventiva as causas de parada dos equipamentos devem ser registradas e mecanismos devem ser criados para reduzir o tempo perdido no trabalho de manutenção. A ênfase deve ser para a situação real, não para intenções ou procedimentos escritos.

Manutenção de equipamentos

Manutenção corretiva (equipamentos são concertados quando apresentam problemas)

As paradas para manutenção são realizadas em períodos planejados

Há um programa de manutenção preventiva que é cumprido e cada operário participa nas operações básicas de manutenção

Como?_____________________________________________________________

__________________________________________________________________

Capacitação da mão-de-obra

Treinamento e Educação

É a capacitação e o desenvolvimento das habilidades dos empregados. A capacitação da mão-de-obra é algo importante e necessário, na era da gestão do conhecimento, onde a participação do funcionário deve ocorrer de forma participativa e pró-ativa, o maior diferencial competitivo de qualquer empresa é a capacitação de seus recursos humanos. Existe algum planejamento de treinamento para os empregados? A pontuação dependerá do tipo, importância e abrangência dos

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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC

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programas de treinamento e educação através de toda a organização. Nas decisões de treinamento, em que medida a empresa compara os conhecimentos e habilidades de seus empregados com aqueles que precisariam possuir para desempenhar bem suas tarefas.

Treinamento e educação

Não há planejamento.

É realizado somente quando há oferta de cursos.

Algum treinamento e qualificação para todos, realizados de acordo com planejamento, subsidiados parcialmente pela empresa.

Mais de 60 horas de treinamento por funcionário por ano, com forte ênfase em qualidade. O número de horas vem crescendo nos últimos anos. É feito um acompanhamento dos resultados após os treinamentos.

Qual é o nível médio de escolaridade dos empregados?

__________________________________________________________________________

Há falta de algum tipo de profissional específico para as empresas?

______________________________________________________________________________________________________________________________

Há falta de algum tipo de treinamento para os empresários?

______________________________________________________________________________________________________________________________

Design – Desenvolvimento de produtos – Inovação

Investimento em P&D

Refere-se aos recursos destinados às atividades de Pesquisa & Desenvolvimento. De que forma a empresa investe em pesquisa (tendências do setor, tecnologia de produto e processo) e em desenvolvimento (novos produtos ou aperfeiçoamento dos atuais)? Este processo é formalizado e previsto no orçamento ou somente atividades críticas são atacadas?

Investimentos em pesquisa & desenvolvimento

Não há um orçamento planejado para P&D.

Planejamento limitado e eventual dos recursos, que são reservados para atividades críticas.

Há planejamento dos investimentos em P&D, com percentuais pré-definidos dos recursos.

Indique o percentual do faturamento líquido: ______________________________

Desenvolvimento de produtos

São as etapas do desenvolvimento de uma idéia ou amostra em produto. Interação entre pessoas, formação de grupos de trabalho é uma forma de transformar conhecimento individual, informal, experiência individuais em conhecimento organizacional. Quem participa no desenvolvimento de novos produtos? Como diferentes áreas da empresa participam dos processos? Até que ponto existe trabalho em equipe, em vez de somente consultas?

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Desenv. de

de produtos

Responsabilidade exclusiva de um grupo ou de uma única pessoa. Falta de integração entre as etapas de desenvolvimento de produtos e produção.

Baseado em grupos de trabalho, com participação da área de produção.

Novos produtos lançados freqüentemente, orientados pela política de marketing e/ou necessidades dos clientes. O desenvolvimento de novos produto é feito com a participação de clientes e fornecedores.

Como?_____________________________________________________________

__________________________________________________________________

Quais são as fontes de informação da empresa?

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Introdução de novos produtos

Este índice avalia o grau de inovatividade da empresa. Mede o número de novos produtos lançados, as características diferenciais e o valor agregado adicionado.

Introdução de

novos produtos

(últimos 2 anos)

Nos últimos 2 anos sua empresa tem conservado os mesmos produtos; segue tendência da concorrência.

Colocou no mercado dois ou mais produtos, alguns com características diferenciais em relação aos produtos concorrentes.

A empresa tem estabelecido tendências no setor; tem introduzido mudanças radicais na(s) linha(s) de produto(s), nos processos industriais e serviços aos clientes.

Por quê?___________________________________________________________

__________________________________________________________________

Estratégia de Tecnologia

Este indicador avalia a estratégia da empresa com relação à tecnologia dos seus produtos. De que forma a empresa investe em tecnologia? É uma estratégia pró-ativa, com políticas bem definidas de pesquisa e investimentos, ou a empresa assume uma posição de reação, procurando resolver problemas ou limitações tecnológicas atuais?

Estratégia de tecnologia

As necessidades de novas tecnologias são orientadas por necessidades funcionais atuais. Há limitações e problemas devido à limitações tecnológicas.

Análise das necessidades de novas tecnologias a cada novo projeto, com processos sistemáticos para sua obtenção.

Possui uma política explícita de investimento em novas tecnologias, com monitoramento do nível tecnológico da concorrência.

Por quê?__________________________________________________________

__________________________________________________________________

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Estratégia, Estrutura e Rivalidade das Empresas

É o contexto no qual as empresas são criadas, organizadas e dirigidas, bem como a natureza da rivalidade interna.

Conhecimento da Concorrência

Avalia de que forma a empresa observa seus concorrentes. Uma análise sistemática da concorrência mostra-se importante para toda empresa, uma vez que comparações de preço, qualidade, garantias, estratégias de promoção, desempenho de produtos entre empresas concorrentes são realizadas a todo momento pelos clientes. A empresa deve conhecer a concorrência melhor do que seus clientes, pois dessa forma pode enfatizar seus próprios pontos fortes e os pontos fracos dos concorrentes nas negociações.

Conhecimento da concorrência

Os concorrentes não são conhecidos nem pesquisados.

A empresa estuda e pesquisa apenas o preço e as campanhas publicitárias dos concorrentes.

A empresa conhece seus concorrentes. Há um registro atualizado dos seus dados (preço, garantias, qualidade) que são analisados e utilizados para melhorias. Vendedores treinados a enfatizar os pontos fracos da concorrência.

Como?_____________________________________________________________

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Estruturação dos Canais de venda

Canais de venda são o conjunto de organizações interdependentes envolvidas no processo de tornar o produto ou serviço disponível para consumo. Diversas configurações de canais de venda podem ser estruturadas conforme a necessidade dos clientes quanto ao tamanho do lote, tempo de espera, conveniência espacial, variedade de produtos desejada e retaguarda de serviços. Quanto melhor o planejamento do canal, maior será a eficiência dos recursos investidos em marketing para todos os envolvidos.

Estruturação dos canais de venda

Formado em decorrência do processo de vendas da empresa. Enfoque somente na diminuição dos custos de distribuição. Não é considerado estratégico.

Focado no atendimento a quantidade, variedade, suporte, deslocamento e tempo de espera desejados pelos consumidores. Canais adotam critérios de atuação próprios.

A administração do canal possui caráter estratégico.

A estruturação do canal agrega valor adicional aos produtos e serviços, e sua integração promove sinergia nos esforços de marketing

Por quê?___________________________________________________________

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Planejamento de Marketing

O planejamento de marketing é o processo de transformar as estratégias de marketing em programas através da tomada de decisões básicas quanto aos investimentos e mix de marketing

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nas quatro áreas: produto, preço, praça e promoção. Um bom planejamento de marketing maximiza as chances de sucesso da campanha de marketing da organização.

Planejamento de Marketing

Não existe um planejamento de marketing formal. Decisões são tomadas com base na percepção e experiência do gestor.

Existe um planejamento formal que se restringe aos programas de promoção.

Existe um programa formal, que orientado pelas metas da empresa, define uma estratégia com orçamento de gastos, composto de marketing(produto, praça, preço e promoção), programa de ação e resultados esperados.

O ambiente empresarial no qual a empresa opera tem mudado significativamente ao longo dos últimos anos?

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Grau de Cooperação Atual:

1 – Péssimo 2 – Ruim 3 – Regular 4 – Bom 5 – Ótimo

Aquisição de MP

Treinamento

Desenvolvimento Tecnológico

Vendas em conjunto

Exportação em conjunto

Publicidade

Participação em feiras e missões empresariais

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Qual a principal dificuldade para melhorar a cooperação entre a sua empresa e as demais do mesmo setor da região?

Falta de articulador que fomente a cooperação

Desconfiança entre empresas

Disputa pelos mesmos mercados

Não reconhecer c/ forma do aumento da competitividade

Outra:

Condições dos Fatores

São os insumos necessários para competir em qualquer indústria como terra cultivável, trabalho, recursos naturais, capital e infra-estrutura. Os fatores são dotados de:

1) Recursos Humanos - implica na capacidade, quantidade e custo da mão-de-obra, considerando-se a carga horária semanal e a ética de trabalho.

2) Recursos Físicos - o posicionamento geográfico é extremamente importante para esta análise, considera-se a qualidade, acesso, abundância e custo de itens como terra, água, minérios, fontes de energia etc.

3) Recursos de Conhecimento - relaciona-se diretamente à capacidade intelectual disponível no país.

4) Recursos de Capital - resume-se na capacidade econômica e garantias que o país dispõe para o financiamento de investimentos tecnológicos.

5) Infra-Estrutura - tipo, qualidade e valor de uso da infra-estrutura disponível que afeta a competição, inclusive os sistemas de transportes, os sistemas de telecomunicações, pagamentos ou transferências de fundos, assistência médica etc.

Como considera o relacionamento com as seguintes instituições:

1 – Péssimo 2 – Ruim 3 – Regular 4 – Bom 5 – Ótimo

Sebrae SENAI/SENAC

Epagri Inst. de tecn./design

Sindicato/Fiesc Inst. de Capacitação

ACI Governo municipal

AMPE Governo estadual

Bancos de Desenvolvimento

Universidade

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Condições de Demanda

Ela determina o rumo e o caráter da melhoria e inovação pelas empresas do país. Três atributos gerais da demanda interna são significativos: a composição (natureza das necessidades do comprador), o tamanho e padrão de crescimento e os mecanismos pelos quais a preferência interna é transmitida aos mercados estrangeiros.

Para quais regiões a empresa vende seus produtos diretamente? Especifique, em Reais, o quanto é vendido para cada região?

No Município

Na Região

No Estado

No País

No Exterior

Para quais clientes você vende a maior parte de sua produção? Quanto representa sobre o total das vendas?

Para o comércio (%)

Direto p/ o cliente final (%)

Para distribuidores (%)

Indústria (%)

Outros (%)

Estimativa de Demanda

A previsão de demanda desempenha um papel essencial uma vez que é utilizada pelos departamentos financeiros para levantar dinheiro para as operações, manufatura, para estabelecer a capacidade e níveis de produção, de compras adquirir materiais e RH contratar pessoas. Se as previsões forem distantes a empresa terá problemas de liquidez, perderá dinheiro com estoques e níveis baixos de produção.

Estimativa de demanda

A demanda não é estimada.

Demanda estimada com base no histórico de vendas.

Além do histórico de vendas, a demanda é estimada com base em fontes de informação como contato com canais de vendas e distribuidores, informações sócio-econômicas, entre outras.

Como?_____________________________________________________________

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Pesquisa das Necessidades dos Clientes

A pesquisa das necessidades dos clientes consiste numa das práticas mais importantes para a orientação das empresas. O levantamento destas informações é fundamental para diversas áreas da empresa, como desenvolvimento de produtos, distribuição e marketing, todas atendendo às expectativas dos consumidores. A empresa não deve somente reagir às reclamações, mas sim, identificar antes do consumidor os possíveis pontos que não atendem as necessidades e expectativas dos mesmos.

Pesquisa das necessidades dos clientes

Não são feitas pesquisas sobre as necessidades dos clientes. A empresa baseia-se em informações isoladas de relacionamento com poucos consumidores.

Pesquisas esporádicas para conhecer as necessidades e expectativas dos clientes. Existe um canal disponível para reclamação/críticas.

Possui uma verba destinada à pesquisa de mercado e as realiza constantemente.

Como?_____________________________________________________________

__________________________________________________________________

Variação nas vendas

A variação nas vendas é usada como medida ativa do desempenho da empresa, é avaliada mediante razão entre as vendas do período atual e do período anterior. Este indicador é medido com base na variação do volume e valores das vendas dos últimos anos.

Variação nas vendas

Em declínio Estável Em crescimento

Por quê?___________________________________________________________

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Indústrias Correlatas e de Apoio

É a presença no país de indústrias que possam abastecer a produção industrial e dar suporte administrativo aos serviços, dentro de uma cadeia de valor.

Fornecedores e Subcontratados

A maioria das empresas compra alguns itens baseados somente no preço, mas são reconhecidos outros fatores que afetam o sucesso comercial, como por exemplo, o prazo e a flexibilidade na entrega. Um processo de avaliação formal e sistêmico dos fornecedores é importante para garantir e avaliar a confiabilidade do fornecedor. Manter parcerias abertas com fornecedores, baseadas em confiança mútua e trabalhando no melhor interesse de todas as partes é importante para conquistar uma posição competitiva, visto que, fornecedores devem estar ativamente encorajados a contribuir para o desenvolvimento e melhoria do processo e do produto. A empresa participa de programas de qualidade em parceria com os fornecedores? A empresa utiliza política de incentivos com os fornecedores/subcontratados, motivando-os a melhorar a qualidade dos serviços? Quais outros fatores são levados em consideração no momento da compra?

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Fornecedores e subcontratados

Muitos fornecedores; compra baseada somente no preço.

Alguns fornecedores preferenciais. Além do fator preço alguns outros fatores são levados em consideração.

A empresa tem buscado desenvolver parcerias.

Fornecedores cadastrados e avaliados periodicamente. Parcerias com fornecedores no desenvolvimento de novos produtos e na programação da produção.

Como?_____________________________________________________________

__________________________________________________________________

Planejamento Logístico

Dada a importância, seja na logística de aquisição ou de distribuição, de questões como quantidade, qualidade, prazo e local, torna-se essencial um planejamento logístico a médio e longo prazo. Muitas vezes a definição incorreta de fornecedores e clientes alvo acaba prejudicando o desempenho da empresa, incorrendo em problemas com a compra e distribuição de materiais/produtos. Um bom planejamento define prioridades e necessidades que devem nortear a logística da empresa.

Planejamento

logístico

Não há planejamento com relação à logística. Imprevistos freqüentes nas compras ou distribuição.

Algumas pessoas (chefia) responsáveis pelas decisões referentes à aquisição e distribuição. Elas definem fornecedores e clientes baseados na experiência, contatos, localização.

Há um planejamento a médio ou longo prazo onde são definidas as necessidades relacionadas ao material, quantidade e transporte. São definidas as prioridades (qualidade, prazo e preço) e segmentação do mercado.

Como?_____________________________________________________________

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Quantos são seus principais fornecedores? (os que representam 80% dos custos / volume de compra)______________________________________

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Geograficamente, onde se localizam os principais fornecedores? Quanto representa em cada região?

M. P. (%) Equipamentos (%) Embalagens (%) Outros Especificar

No Munic.

Na Região

No Estado

No País

No Exterior