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Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e Setorial •
PCDRS
Desenvolvimento Tecnológico Regional •
DTR
Região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera •
AMREC
Revi
são
04
– Ab
ril/
2005
Florianópolis, 2005DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO REGIONAL
DIRETORIA
Presidente José Fernando Xavier Faraco
Diretoria Executiva
Diretor Superintendente Jaime Oltramari
Diretor Técnico Jaime Oltramari
Diretor Administrativo e Financeiro Carlos Henrique Ramos Fonseca
DIRETORIA
Presidente do Conselho Deliberativo Armando César Hess de Souza
Diretoria Executiva
Diretor Superintendente Carlos Guilherme Zigelli
Diretor Técnico Anacleto Angelo Ortigara
Diretor Administrativo Financeiro José Alaor Bernardes
EQUIPE TÉCNICA
Gerência de Projetos Regionais e Setoriais do SEBRAE/SC Marcondes da Silva Cândido
Coordenador da Unidade de Desenvolvimento Regional e Setorial do IEL/SC Osny Taborda Ribas Junior
Gestor da ADR/DTR – SEBRAE/SC Wilson Sanches Rodrigues
Agente de Articulação do SEBRAE/SC Murilo Emanuel Gelosa – Criciúma
Colaboradores do IEL/SC Adriano de Medeiros Caldas
Ana Rúbia Dela Justina Becker André Arthur Dutra
Daniel Bloemer Everaldo Irineu Levartoski de Araújo
Fabio Miguel de Souza Fátima Maria Franz Hermes
Fausto Ricardo Keske Cassemiro Jorge Alberto Saldanha
Nasser Younes Rafael Ernesto Kieckbusch
Ronaldo Cimetta Sandra Grellmann
Sandro Wojcikiewicz da Silveira
Estagiários do IEL/SC Carolina Pereira Laurindo Fernando Machado Pereira
Rodrigo Nicola Sehbe
ÍÍÍnnndddiiiccceee
APRESENTAÇÃO .......................................................................................................XV
CAPÍTULO 1 – CARACTERIZAÇÃO REGIONAL ..................................................... 01
1.1 Introdução ............................................................................................................ 03
1.2 Raízes históricas .................................................................................................. 05
1.3 População Residente ........................................................................................... 13
1.4 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal ................................................ 19
1.5 Instituições de Cultura ......................................................................................... 25
1.6 Infra-Estrutura....................................................................................................... 27
1.6.1 Transporte Rodoviário ......................................................................................... 30
1.6.2 Transporte Ferroviário ......................................................................................... 33
1.6.3 Transporte Hidroviário ......................................................................................... 36
1.6.4 Transporte Aeroviário .......................................................................................... 40
1.6.5 Energia Elétrica ................................................................................................... 42
1.6.6 Gás Natural.......................................................................................................... 46
1.6.7 Telecomunicações............................................................................................... 47
1.6.8 Água e Saneamento............................................................................................ 48
1.7 Atividade Econômica ........................................................................................... 51
1.7.1 Produto Interno Bruto – PIB ................................................................................ 53
1.7.2 Valor Adicionado.................................................................................................. 55
1.7.3 Recolhimento do ICMS........................................................................................ 59
1.7.4 Recolhimento de Impostos Municipais ................................................................ 60
1.7.5 Empregados e Estabelecimentos ........................................................................ 61
1.8 Segmentos Econômicos Estratégicos ............................................................... 69
1.8.1 Metodologia de Identificação de Segmentos Econômicos Estratégicos ............. 70
1.8.2 Metalurgia Básica, Fabricação de Produtos de Metal, Máquinas e Equip. ......... 74
1.8.3 Extração e Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos ......................... 86
1.8.4 Fabricação de Produtos Têxteis e Confecção de Artigos do Vestuário .............. 94
1.8.5 Extração de Carvão Mineral, Fabricação de Produtos Químicos, Material Plástico e
Coquerias ................................................................................................................... 102
1.8.6 Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas................................................113
1.8 Mapa de Oferta Tecnológica .............................................................................119
1.8.1 Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC – Campus Criciúma .......120
1.8.2 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI de Criciúma.................122
1.8.3 Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio – SENAC de Criciúma .........123
1.8.4 Cursos Técnicos na Região de Criciúma e Cocal do Sul...................................124
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO ........................................125
2.1 Introdução ...........................................................................................................127
2.2 Capacitações .......................................................................................................128
2.2.1 Liderança & Motivação para o Desenvolvimento Regional................................128
2.2.2 Técnicas e Instrumentos de Planejamento, Monitoria e Avaliação de Projetos.129
2.3 Painel Temático.....................................................................................................131
2.3.1 Painel Temático da Indústria Química ...............................................................131
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA..................135
3.1 Seção 1 - Introdução ..........................................................................................137
3.2 Seção 2 – Metodologia Utilizada........................................................................138
3.2.1 Fatores Críticos de Sucesso ..............................................................................139
3.2.2 Diamante de Competitividade de Porter ............................................................141
3.3 Seção 3 – Resultados Obtidos...........................................................................144
3.3.1 Fatores Críticos de Sucesso ..............................................................................144
3.3.2 Diamante de Competitividade de Porter ............................................................157
3.4 Seção 4 – Conclusões e Recomendações........................................................167
3.5 Seção 5 – Encaminhamentos das Ações Sugeridas .......................................168
3.5.1 IEL Pesquisa – Pesquisa de Mercado ...............................................................169
3.5.2 Produção + Limpa ..............................................................................................172
3.5.3 Compre Fácil ......................................................................................................176
3.5.4 Projeto Design Catarina .....................................................................................177
3.6 Bibliografia...........................................................................................................180
3.7 Anexos .................................................................................................................181
APRESENTAÇÃO • ADRC
IX
Apresentação
Nos últimos anos ocorreram importantes mudanças no cenário mundial, principalmente
em países em desenvolvimento como o Brasil. Isto requer novas diretrizes
metodológicas e técnicas que sejam capazes de responder efetivamente às questões
relacionadas ao desenvolvimento em âmbito regional. O processo de crescimento
econômico deve ser promovido além do contexto puramente econômico, atentando para
os inevitáveis reflexos sociais, ambientais e políticos, para que se obtenha, efetivamente,
um desenvolvimento integrado na região. Para alcançá-lo, sustentavelmente, faz-se
necessário à existência de empresas bem sucedidas e comprometidas com a qualidade
de vida da população local. Entretanto, essas organizações devem buscar
constantemente a inovação e as maneiras de aumentar sua competitividade. Dessa
forma, é necessária uma nova forma de entender o desenvolvimento regional.
Através da aplicação da metodologia do Desenvolvimento Tecnológico Regional – DTR
criou-se a Agência de Desenvolvimento Regional da AMREC com abrangência em onze
municípios. Os trabalhos tiveram início em dezembro de 2003 sob a coordenação do
Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina – IEL/SC. A figura 1 apresenta um mapa
temático com o território de abrangência da agência.
Com o intuito de intervir no foco do desenvolvimento regional, o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina – SEBRAE/SC, em conjunto
com o Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina – IEL/SC, desenvolvem o Programa
Catarinense de Desenvolvimento Regional e Setorial – PCDRS. Deste programa, fazem
parte algumas metodologias, entre as quais, o Desenvolvimento Tecnológico Regional –
DTR e a Estruturação de Agência de Desenvolvimento Regional – ADR.
APRESENTAÇÃO • ADRC
X
Cocal do Sul
Criciúma
Forquilhinha Içara
Lauro Muller
Morro da FumaçaNova Veneza
Orleans
Siderópolis
Treviso Urussanga
Figura 1 Mapa indicando a região da ADRC no território catarinense
Fonte: Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, 2004.
CARACT L
CAPÍTULO 1
•
ERIZAÇÃO REGIONA
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 2005 • ADRC 3
1.1 Introdução
A AMREC é originária da AMSESC, que compreendia Lauro Muller, Urussanga, Morro
da Fumaça, Içara, até Praia Grande, Passo de Torres e São João do Sul. Em 1983 foi
desmembrada em duas Associações AMREC e AMESC. A AMREC foi fundada em 25
de abril de 1983 com 07 municípios, integrada por Criciúma (sede), Içara, Lauro
Muller, Morro da Fumaça, Nova Veneza, Siderópolis e Urussanga. Posteriormente veio
Forquilhinha, Cocal do Sul e Treviso.
O território que compõe a Associação dos Municípios da Região Carbonífera - AMREC
compreende uma área total de 2.686 km², correspondente a 2,23% do total do Estado,
espalhados por 11 municípios, totalizando 344.778 habitantes e está situada entre os
paralelos 29° 05’, (latitude sul) e 29° 40’ (latitude norte) e meridianos 49° 45’ (longitude
oeste) e 49° 05’ (longitude leste). Limita-se ao norte com a Associação dos Municípios
da Região de Laguna - AMUREL, ao leste com AMUREL e o Oceano Atlântico, ao Sul
com a Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense - AMESC e a oeste
com a Associação dos Municípios da Região Serrana - AMURES.
Convém observar que, devido ao grande crescimento no número de municípios e à
expansão dos perímetros urbanos, estima-se que existam habitantes classificados
como urbanos que vivem da exploração agropecuária, isto porque suas propriedades
estão localizadas dentro dos perímetros urbanos. A tabela 1 apresenta os dados
gerais da região.
Os municípios que são filiados a AMREC são:
Cocal do Sul
Criciúma
Forquilhinha
Içara
Lauro Müller
Morro da Fumaça
Nova Veneza
Orleans
Siderópolis
Treviso
Urussanga
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 2005 • ADRC 4
Tabela 1 - Dados gerais sobre os municípios da região da ADRC
Municípios
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a (2
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% P
opul
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Cocal do Sul 78,5 14.662 83,11% 16,89% 9,93 0,823 7.506 132.592.739,00 3.066 588
Criciúma 210 182.785 89,81% 10,19% 7,11 0,822 6.877 795.277.120,00 41.097 10.484
Forquilhinha 184 20.549 79,33% 20,67% 13,92 0,797 6.342 121.705.446,00 3.905 784
Içara 316 54.041 81,36% 18,64% 15,53 0,780 2.663 156.677.449,00 7.872 1.752
Lauro Müller 267 13.434 72,94% 27,06% 1,86 0,800 4.587 49.958.196,00 1.418 409
Morro da Fumaça 83 15.668 76,65% 23,35% 8,68 0,804 6.539 77.315.092,00 3.974 780
Nova Veneza 290 12.339 62,54% 37,46% 15,48 0,813 5.487 86.689.818,00 4.935 609
Orleans 600 20.026 63,97% 36,03% -5,94 0,814 5.879 60.883.268,00 4.460 1.132
Siderópolis 262 12.776 75,34% 24,66% 10,93 0,817 5.625 84.282.555,00 2.418 409
Treviso 157 3.393 49,65% 50,35% 16,53 0,806 9.674 57.789.175,00 901 66
Urussanga 237 19.110 56,87% 43,13% 3,44 0,845 5.456 108.660.243,00 4.039 822
Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2002.
CAPÍTULO 1 – RAÍZES H
1.2 Raízes Históricas
Bem antes de sua efetiva ocupação, o território que hoje compõe a microrregião da
AMREC fora visitado por exploradores diversos, inclusive bandeirantes notadamente na
primeira metade do Século XIX.
Font
A fundação efetiv
décadas do refer
1878, por 76 fam
Beluno, Treviso,
companhia coloni
Tubarão, em 190
Siderópolis (nasc
ocupada em 1910
descendentes de
ocupação de Cric
ISTÓRICAS 2005 • ADRC
5
Figura 2 - Desmembramentos municipais da AMREC
e: AMREC. Internet: http://www.amrec.com.br/ Acesso em: 06/07/2004.
a desses núcleos, contudo, somente se concretizou nas três últimas
ido século, em três pontos distintos: (a) fundação de Urussanga em
ílias de imigrantes italianos, oriundos do norte da Itália (províncias de
Vicenza, Udine, Pádua, Mântua e Verona) e que faziam parte de uma
zadora. Esse núcleo inicial, logo transformado em vila, emancipou-se de
0 e, do seu território, originaram-se três vilas, futuros municípios:
ida como Nova Bellumo), colonizada em 1891, Morro da Fumaça,
e Cocal do Sul, fundada em 1895, os três colonizados, também, por
imigrantes do norte da península italiana; (b) fundação e efetiva
iúma (batizada como São José de Cresciuma), em 06.01.1880, por 22
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC
6
famílias italianas, das regiões de Veneza, Beluno e Treviso. Essa leva de colonizadores
seria seguida, pouco depois, por poloneses (189I), fixados em Linha Batista e Linha Anta.
Em 1908, diversas famílias oriundas do Vale do Braço do Norte fundaram a colônia São
Bento Baixo, mais tarde, em 1912, Forquilhinha foi colonizada por famílias alemãs vindas
de Vargem Grande e Braço do Norte. Três Vilas de Criciúma tiveram rápido progresso,
foram elevadas à condição de distrito e bem mais tarde municípios: Nova Veneza
(emancipada em 1958), Içara (1961) o Forquilhinha (1989); (c) o município de Lauro
Müller teve sua origem ligada ao carvão. Antes de sua fundação, a região era trilhada por
tropeiros do planalto serrano, em direção ao litoral. Um desses tropeiros teria descoberto,
por acaso, em 1827, as pedras que ardiam ao fogo, mas tarde confirmadas como carvão
mineral. A vila foi efetivamente fundada em 1885, data em que teve início a exploração
do carvão, naquele município. A antiga Estação das Minas cresceu com a atividade
carbonífera, foi elevada a categoria de distrito, em 1921 e emancipada de Orleans, em
1956. Seu nome deve-se ao Governador Lauro Severiano Muller que, quando Ministro da
Aviação e Obras Públicas, do governo Federal, muito fez em prol das atividades
carboníferas da região Sul.
À exceção de Lauro Müller, oriunda do carvão, todos os outros municípios da
microrregião foram fundados e colonizados por agricultores procedentes da Europa ou
descendentes de europeus, sobretudo italianos. Por diversos anos, a atividade
predominante foi a agricultura e pequena pecuária de subsistência. Como a região era
isolada de centros maiores, a agropecuária praticada não obteve muito progresso, os
poucos excedentes econômicos eram comercializados na própria vizinhança. Com a
descoberta do carvão em Criciúma, em 1913, a região passa a dedicar-se à exploração
desse minério, principalmente a partir de 1919, com a chegada do ramal da estrada de
ferro. A atividade carbonífera, então iniciada, haveria de marcar profundamente não só a
região carbonífera, como grande parte do Sul do Estado, até os dias de hoje, pela
exploração de atividades paralelas e complementares, que deram suporte à economia do
carvão. Assim, as atividades de extração do minério concentraram-se nos municípios de
Lauro Müller, Urussanga, Siderópolis e Criciúma. A estrada de ferro, com sede em
Tubarão, conduzia o produto das minas até o porto de Imbituba, com escala em Capivari
(Tubarão), onde o carvão era lavado, com separação das frações metalúrgica e vapor.
Nessa localidade é construída, na década de 60, a Usina Termelétrica Jorge Lacerda, da
SOTELCA (Sociedade termelétrica de Capivari), mais tarde passando a integrar o
CAPÍTULO 1 – RAÍZES H
complexo da ELETROSUL. Com o interesse do governo Federal pelo minério da região
Sul, a atividade carbonífera começa a alternar ciclos de progresso e recessão, situação
que persiste até os dias de hoje, como será abordado mais adiante, no capítulo sobre
indústria carbonífera.
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Font
Com as constante
compreendida po
industrial, nas dé
indústria cerâmic
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hoje, o Sul carreg
As raízes históric
Desenvolvimento
ISTÓRICAS 2005 • ADRC
7
gura 3 - Colonização da região carbonífera da AMREC
e: AMREC. Internet: http://www.amrec.com.br/ Acesso em: 06/07/2004.
s crises geradas pela instabilidade da economia carbonífera, a região
r Criciúma e municípios vizinhos iniciou um processo de diversificação
cadas de 60/70. Alguns ramos tiveram muita prosperidade, como a
a e a do vestuário. Isto, contudo, não foi suficiente para deflagrar na
so de desenvolvimento seguro e auto-sustentável, tanto assim que, até
a o incômodo epíteto de região menos desenvolvida do Estado.
as dos onze municípios da região de abrangência da Agência de
da Região Carbonífera - ADRC são descritos nos tópicos a seguir.
C
8
A colonização do município de Cocal do Sul começou em 1880, com a instalação das
primeiras famílias de imigrantes italianos – Cechinel, Possani e Smânia – vindas da
região do Vêneto. O inspetor de terras do Governo Federal em 1884, Accioly de
Vasconcellos, é considerado o principal responsável pela criação de Cocal do Sul. A
partir de 1890, junto com novas famílias de italianos, chegaram grupos de poloneses que
fugiam da Polônia ocupada. No início, os
colonos praticavam a agricultura de
subsistência, com destaque para o fumo, café,
feijão, cevada, milho, arroz e cana-de-açúcar,
mas a maioria dessas culturas foi abandonada,
restando hoje apenas o cultivo do fumo como
fonte econômica de expressão. A primeira
indústria de Cocal do Sul foi um moinho
construído por Pauli Cechinel. Mais tarde
surgiram os alambiques de cachaça, as serrarias e os engenhos de açúcar. O nome vem
dos coqueirais às margens do rio por onde chegaram os primeiros colonizadores. A
fundação do município ocorreu em 20 de setembro de 1991. Em setembro comemora-se
o aniversário da cidade, a Festa da Padroeira Nossa Senhora da Natividade e as
Olimpíadas Interbairros, em outubro ocorre a
Festa das Flores.
A fundação de Criciúma deu-se no ciclo da
imigração européia do século XIX, com a chegada
das primeiras famílias de imigrantes - 139
pessoas, procedentes das regiões de Veneza e
Treviso, na Itália. Esses imigrantes desbravaram
a região. Construíram casas, estradas, escolas e
tiveram a agricultura como principal atividade
econômica. A partir de 1890 chegaram as
primeiras famílias de poloneses, seguidas de imigran
portugueses vindos da região de Laguna. A funda
janeiro de 1880.
A chegada dos colonizadores ao município de
descendentes de imigrantes alemães. O nome Forq
Criciúma
Cocal do Sul
APÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC
tes alemães e dos descendentes de
ção do município se deu em 06 de
Forquilhinha data de 1911. Eram
uilhinha surgiu devido à junção dos
rios Mãe Luzia e São Bento. A primeira tentativa
de emancipação aconteceu em 1975, mas a
maioria da população preferiu que a localidade
continuasse como distrito. Somente em 1987,
com um plebiscito, ficou decidida a
emancipação, que foi concretizada em 26 de
abril de 1989. Em 26 de abril comemora-se o
aniversário da cidade, em julho ocorre a Festa
Municipal do Colono e em dezembro a Semana
ForquilhinhaCAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC
de Eventos Culturais.
Assim como grande parte das cidades da região,
Içara tem sua História ligada à construção da
estrada-de-ferro Dona Thereza Christina. Com o
início das obras, muitas famílias de origem italiana
deslocaram-se da sede do município para instalar-se
ao longo da ferrovia, fundando povoados e distritos.
Içara desmembrou-se de Criciúma em 1961. O
município de Içara dedica-se especialmente à
apicultura – é a maior produtora de mel do Brasil – e
ao cultivo do fumo, principal produto do município. Tam
o comércio, além do turismo. É o maior produtor de d
Latina.
Colonizada por
é também conh
Carvão Nacion
1827, em fun
mineral, quando
Serra do Rio do
entre os campos
que as pedras
fogueiras eram
efetiva do carvão só começou em 1874, com a cons
Thereza Christina, que ligava o porto de Imbitub
Içara
bém são importantes a indústria e
escartáveis plásticos da América
imigrantes italianos, Lauro Müller ecida como o Berço Histórico do
al. Surgiu aproximadamente em
ção da exploração do carvão
os tropeiros que passavam pela
Rastro, em intercâmbio comercial
de Lages e Laguna, descobriram
pretas com que acendiam as
incandescentes. A exploração
Lauro Müller9
trução da estrada-de-ferro Dona
a à cidade. Em 1922, com a
1
emancipação política de Orleans, Lauro Müller tornou-se vila, passando a município em
20 de janeiro de 1957. Sua fundação se deu em 06 de dezembro de 1956. No dia 04 de
dezembro comemora-se o Dia de Santa Bárbara.
Antes da chegada dos colonizadores europeus, em 1900, a região de Morro da Fumaça
era habitada pelos índios carijós. Os primeiros colonos foram imigrantes adventistas da
Bielo-Rússia. Em 1910 chegaram os italianos. Eles eram originários de Urussanga e das
cidades de Treviso, Belluno e Padova, na Itália. O primeiro casal italiano a se instalar no
município foi José e Hermínia Sóligo Cechinel, considerados os fundadores de Morro da
Fumaça. Há duas versões para explicar a origem
do nome da cidade. Uma delas diz que, quando
o Rio Urussanga subia, interrompendo o
transporte de mercadorias da região, uma
neblina se formava em torno do morro onde hoje
se localiza o Hospital de Caridade São Roque. A
outra versão é uma extensão da primeira e
garante que, devido à neblina, quem se instalava
a
d
d
O
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o
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f
V
N
c
e
d
c
Morro da Fumaça
0
por ali era obrigado a acender uma fogueira no
campamento, o que provocava fumaça. No dia 06 de setembro de 1931 foi instalado o
istrito de Morro da Fumaça, pertencente a Urussanga. A emancipação aconteceu em 20
e maio de 1962
s primeiros imigrantes italianos chegaram às terras de Nova Veneza em junho de 1891,
razidos pela empresa norte-americana Angelo Fiorita & Cia. Miguel Napoli, italiano
riginal da Sicília, veio antes, em janeiro, e comandou a abertura de estradas, a
emarcação das terras e a construção de uma
erraria para receber os colonizadores, num total
e 400 famílias. Em outubro, chegaram mais 500
amílias de italianos, oriundas das regiões de
eneza e de Bergamo, e fundaram a Colônia
ova Veneza. Os colonos construíram casas
om pedras encontradas na região e as
dificações eram tão sólidas que muitas estão
e pé até hoje. Em 1991, durante as
omemorações do centenário de colonização,
Nova Veneza
CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC
os historiadores Zulmar e Newton
Bortolotto, descendentes dos imigrantes, lançaram um livro com a História da cidade. A
fundação do município se deu em 21 de junho de 1958. A base da economia é a
agricultura, com destaque para a produção de milho, soja, arroz, trigo, feijão e fumo. São
igualmente importantes a extração da madeira e a criação de suínos, aves e bovinos. O
turismo cultural e histórico também tem grande participação na renda do município.
O casamento da princesa Isabel com o Conde D’Eu deu início ao que, bem mais tarde,
seria o município de Orleans. O casal recebeu
de presente do imperador Dom Pedro II e da
imperatriz Teresa Cristina um lote de terra de
98 léguas, que poderiam ser escolhidas em
Santa Catarina e no Recife (PE). Os noivos
decidiram-se por uma área no vale do Rio
Tubarão, por causa da descoberta de carvão
mineral no lugar. A demarcação abrangia os
municípios de Orleans, parte de São Ludgero,
OrleansCAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC
Grão-Pará, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima,
parte de Anitápolis, Armazém, São Martinho e São Bonifácio. Foi decidida a implantação
de uma estrada-de-ferro para atender à região carbonífera e em sua construção
trabalharam imigrantes de diversas procedências: italianos, alemães, letões e poloneses.
O nome Orleans e o local exato onde está a
cidade foram escolhidos pelo próprio Conde
D’Eu, em 26 de dezembro de 1884, quando
viajava pela estrada-de-ferro. Trata-se de uma
homenagem à família do Conde, de nobres
franceses.
Os italianos que colonizaram Siderópolis
chegaram em 1891, oriundos de Veneza,
Treviso, Ferrara e Bergamo, na Itália. No início,
quando a localidade se chamava Nova Belluno,
os colonos cultivavam a terra apenas para consum
a região era rica em carvão mineral e surgiram
instalação da Companhia Siderúrgica Nacional
Federal, o povoado passou a se chamar Sid
Siderópolis
11
o próprio. Mais tarde, descobriram que
as primeiras mineradoras. A partir da
(CSN), de propriedade do Governo
erópolis. As mineradoras trouxeram
1
prosperidade e expandiram o povoado, mas a crise do carvão, especialmente na década
de 1980, provocou a retomada da agricultura como base econômica do município. O
Seminário Dom Orioni faz parte da história do lugar. Fundado pelo padre Pattarello, no
início da década de 1960, foi considerado um dos melhores colégios do Estado até 1985,
quando sofreu uma grave crise financeira. Em 1913, Siderópolis foi elevado a distrito de
Urussanga, em 19 de dezembro de 1958 conquistou a emancipação político-
administrativa.
A colonização da região onde hoje se encontra o município de Treviso começou em
1891, com a chegada de imigrantes italianos. Eram famílias vindas das cidades de
Veneza, Ferrara, Bergamo e de Treviso, que
inspirou o nome do município. Nos primeiros
anos, as terras eram cultivadas apenas para
subsistência, mas a riqueza mineral foi
descoberta e durante décadas a extração do
carvão foi a principal fonte de renda na região. A
fundação
do
município
n
F
n
A
1
L
h
2
C
Treviso
C
2
se deu
o dia 08 de julho de 1995
undada em 1878, Urussanga foi o principal
úcleo de imigração italiana da antiga Colônia
zambuja, hoje Pedras Grandes, fundada em
877. Recebeu imigrantes de Longarone,
ombardia, Friuli e Trentino Alto Adige. Era
abitada por índios botocudos até a sua colonização
6 de maio de 1878. no dia 08 de dezembro come
onceição.
Urussanga
APÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2005 • ADRC
. A fundação do município se deu em
mora-se o Dia de Nossa Senhora da
CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2005 • ADRC
13
1.3 População Residente
A região da AMREC apresentou um crescimento populacional de (7,91%) de 1996 a
2000, atingindo um total de 344.778 habitantes. Desta população, 280.985 (81,50%)
encontram-se na área urbana e 63.793 (18,50%) no meio rural em 2000. Destaca-se a
população de Criciúma com 170.420 habitantes, o que representa (49,43%) da população
da AMREC.
Figura 4 - Gráfico da população total da AMREC em 1996 e 2000.
020.00040.00060.00080.000
100.000120.000140.000160.000180.000
Cocal
do Sul
Criciúm
a
Forqu
ilhinh
aIça
ra
Lauro
Müll
er
Morro d
a Fum
aça
Nova V
enez
a
Orlean
s
Sideróp
olis
Trevis
o
Urussa
nga
1996
2000
Fonte: Adaptado de IBGE – Contagem Populacional de 1996, IBGE - Censo Demográfico de 2000.
A figura 4 apresenta um gráfico comparativo da população total de 1996 e 2000 da região
da AMREC.
CAPÍTULO 1– POPULAÇÃO RESIDENTE 2005 • ADRC
14
Tabela 2 - Populações Residentes Total, Urbanas, Rurais e Participação Relativa em 1996 e 2000.
População 1996 População 2000
Urbana Rural Urbana Rural Municípios Total
Hab % s/ total Hab % s/ total
Total Hab % s/
total Hab % s/ total
Cocal do Sul 12.486 9.816 78,62 2.670 21,38 13.726 11.407 83,11% 2.319 16,89%
Criciúma 159.101 143.229 90,02 15.872 9,98 170.420 153.049 89,81% 17.371 10,19%
Forquilhinha 16.106 5.421 33,66 10.685 66,34 18.348 14.556 79,33% 3.792 20,67%
Içara 42.096 30.569 72,62 11.527 27,38 48.634 39.570 81,36% 9.064 18,64%
Lauro Müller 13.355 9.586 71,78 3.769 28,22 13.604 9.923 72,94% 3.681 27,06%
Morro da Fumaça 13.389 9.079 67,81 4.310 32,19 14.551 11.154 76,65% 3.397 23,35%
Nova Veneza 9.968 5.110 51,26 4.858 48,74 11.511 7.199 62,54% 4.312 37,46%
Orleans 21.296 9.983 46,88 11.313 53,12 20.031 12.813 63,97% 7.218 36,03%
Siderópolis 10.892 8.291 76,12 2.601 23,88 12.082 9.103 75,34% 2.979 24,66%
Treviso 2.698 1.058 39,21 1.640 60,79 3.144 1.561 49,65% 1.583 50,35%
Urussanga 18.104 10.389 57,39 7.715 42,61 18.727 10.650 56,87% 8.077 43,13%
Total AMREC 319.491 242.531 75,91% 76.960 24,09% 344.778 280.985 81,50% 63.793 18,50%
Total SC 4.875.244 3.565.130 73,13 1.310.267 26,87 5.356.360 4.217.931 78,75% 1.138.429 21,25%
% AMREC sobre SC 6,55% 6,80% 5,87% 6,44% 6,66% 5,60%
Fonte: Adaptado de IBGE – Contagem Populacional de 1996 e IBGE - Censo Demográfico de 2000.
A tabela 2 apresenta a população residente total e a participação relativa da população
rural e urbana sobre a total da região da AMREC de 1996 e 2000. Os municípios mais
populosos em 2000 são Criciúma (170.420) e Içara (48.634), os menos populosos são
Treviso (3.144) e Nova Veneza (11.511). Os municípios que apresentaram maior
concentração urbana em 2000 foram Criciúma (89,81%), e Cocal do Sul (83.11%), em
contrapartida, os municípios que apresentam as maiores porcentagens no meio rural são
Treviso (50.35%) e Urussanga (43.13%).
CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2005 • ADRC
15
Tabela 3 - Dinâmica populacional da AMREC de 1996 e 2000.
Dinâmica Populacional
Município Total Urbano Rural
Cocal do Sul 9,93 83,11% 16,89%
Criciúma 7,11 89,81% 10,19%
Forquilhinha 13,92 79,33% 20,67%
Içara 15,53 81,36% 18,64%
Lauro Müller 1,86 72,94% 27,06%
Morro da Fumaça 8,68 76,65% 23,35%
Nova Veneza 15,48 62,54% 37,46%
Orleans -5,94 63,97% 36,03%
Siderópolis 10,93 75,34% 24,66%
Treviso 16,53 49,65% 50,35%
Urussanga 3,44 56,87% 43,13%
Total AMREC 8,86 71,96% 28,04%
Total SC 9,86% 18,31% -13.11%
Fonte: Adaptado de IBGE – Contagem Populacional de 1996 e IBGE - Censo Demográfico de 2000.
A tabela 3 apresenta a dinâmica populacional da região da AMREC, ou seja, apresenta a
evolução da população residente total, urbana e rural de 2000 em relação a 1996. Os
municípios que apresentaram os maiores crescimentos da população residente total são
Içara (15,53%), seguido de Nova Veneza (15,48%). O maior crescimento urbano se
verificou em Criciúma.
CAPÍTULO 1– POPULAÇÃO RESIDENTE 2005 • ADRC
16
A figura 5 apresenta a participação relativa da população residente total dos municípios
da região da AMREC em 2000. Destacam-se os municípios de Criciúma e Içara, que
representam, aproximadamente, (50%) e (13%), respectivamente, da população de total
da região.
4,0%
49,4%
5,3%
14,1%
3,9%
4,2%3,3%
5,8%3,5%0,9% 5,4%
Cocal do Sul Criciúma Forquilhinha Içara
Lauro Müller Morro da Fumaça Nova Veneza Orleans
Siderópolis Treviso Urussanga
Figura 5 - Gráfico da participação relativa da população residente total dos municípios da região da AMREC em 2000.
Fonte: IBGE – Contagem Populacional de 1996, IBGE - Censo Demográfico de 2000 e dados primários.
A tabela 4 apresenta a população residente total e por sexo para os municípios da região
da AMREC em 2000. Comparando-se a porcentagem da participação masculina e
feminina da região com o Estado de Santa Catarina, percebe-se que há um relativo
equilíbrio entre o número de homens e de mulheres na região.
CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2005 • ADRC
17
Tabela 4 - População Residente Total e por Sexo para os municípios da região AMREC em 2000.
Municípios Total Homens % Homens Mulheres % Mulheres
Cocal do Sul 13.726 6.853 49,93% 6.873 50,07%
Criciúma 170.420 83.971 49,27% 86.449 50,73%
Forquilhinha 18.348 9.290 50,63% 9.058 49,37%
Içara 48.634 24.487 50,35% 24.147 49,65%
Lauro Müller 13.604 6.862 50,44% 6.742 49,56%
Morro da Fumaça 14.551 7.340 50,44% 7.211 49,56%
Nova Veneza 11.511 5.823 50,59% 5.688 49,41%
Orleans 20.031 10.088 50,36% 9.943 49,64%
Siderópolis 12.082 6.033 49,93% 6.049 50,07%
Treviso 3.144 1.589 50,54% 1.555 49,46%
Urussanga 18.727 9.214 49,20% 9.513 50,80%
Total AMREC 344.778 171.550 49,76% 173.228 50,24
Total SC 5.356.360 2. 669. 311 49,83% 2. 687. 049 50,17%
% AMREC sobre SC 6,44% 6,43% 6,45%
Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2000.
A tabela 5 apresenta a população residente por grupos de idade dos municípios da região
da AMREC em 2000. O maior número de habitantes da região tem entre 10 e 19 anos,
constituindo na maior participação relativa (38,42%), por intervalo de idade, em relação à
região. A faixa de 50 a 59 anos possui a menor participação, apresentando (15,04%) da
população da região.
CAPÍTULO 1– POPULAÇÃO RESIDENTE 2005 • ADRC
18
Tabela 5 - População Residente, por grupos de idade, segundo os municípios da região da AMREC em 2000.
População residente
Grupos de Idade Municípios
Total 0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 19 anos
20 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 59 anos
60 anos ou mais
Cocal do Sul 13.726 1.115 1.336 2.938 2.316 2.480 1.867 882 792
Criciúma 170.420 14.618 15.965 35.835 27.567 29.731 23.100 12.253 11.351
Forquilhinha 18.348 1.831 1.923 3.890 3.272 3.224 2.090 1.106 1.012
Içara 48.634 4.522 4.924 10.394 7.805 8.371 6.039 3.328 3.251
Lauro Müller 13.604 1.090 1.280 2.833 2.097 2.261 1.635 1.144 1.264
Morro da Fumaça 14.551 1.335 1.494 3.128 2.565 2.462 1.753 949 865
Nova Veneza 11.511 989 1.159 2.265 1.865 1.982 1.345 881 1.025
Orleans 20.031 1.729 1.869 3.954 3.475 3.351 2.385 1.526 1.742
Siderópolis 12.082 1.006 1.087 2.452 1.903 1.998 1.665 915 1.056
Treviso 3.144 227 254 631 509 541 396 256 330
Urussanga 18.727 1.329 1.501 3.696 2.861 3.164 2.651 1.551 1.974
Total AMREC 344.778 53. 390 57. 707 132. 448 118. 435 113. 001 89. 451 51. 847 52. 466
Total SC 5.356.360 475. 622 507. 600 1 .062. 038 919. 881 883. 511 667. 822 409. 453 430. 433
% Grupos / ADR 15,49% 16,74% 38,42% 34,35% 32,78% 25,94% 15,04% 15,22%
Fonte: IBGE – Censo Demográfico, 2000.
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC
19
1.4 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
A educação e a qualificação não são apenas necessidades econômicas, constituem-se
em direitos fundamentais e inalienáveis do ser humano. Este direito pode ser garantido
pela educação formal e informal, em todos os níveis de ensino, com base nos princípios
éticos de liberdade, igualdade, diversidade, participação, tolerância e solidariedade. Para
isso é necessário formar e capacitar professores, ter escolas em boas condições
ambientais para todos, criar uma didática de alta qualidade, ter materiais adequados para
os alunos, construir uma abordagem contemporânea para a educação na visão de
sustentabilidade, ter um currículo conectado aos desafios dos novos tempos, estabelecer
uma conexão adequada entre escola e vida e garantir um processo que assegure o
acesso das pessoas5.
São apresentados a seguir os Índices de Desenvolvimento Humano Municipal – IDH-M6,
Índice de Longevidade – IDHM-L7, Índice de Educação – IDHM-E8 e Índice de Renda –
IDHM-R, além da Esperança de Vida ao Nascer9, Taxa de Alfabetização de Adultos10,
Taxa Bruta de Freqüência Escolar11 e a Renda per capita12 para os anos de 1991 e 2000.
Esses índices foram preparados pelo Programa das Nações Unidas para
Desenvolvimento – PNUD13, e retratam, em parte, a realidade da educação para a região
dos municípios da AMREC.
O Brasil melhorou sua posição no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M)
nos últimos nove anos, passando de 0,709, em 1991, para 0,764, em 2000. A mudança
demonstra avanços brasileiros nas três variáveis que compõe o IDH-M: renda,
5 Agenda 21 Catarinense, Documento Preliminar, Outubro de 2002. 6 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M): É obtido pela média aritmética simples de três índices, referentes às dimensões Longevidade (IDHM-Longevidade), Educação (IDHM-Educação) e Renda (IDHM-Renda). 7 Índice do IDHM relativo à dimensão Longevidade: É obtida a partir do indicador esperança de vida ao nascer, através da fórmula: (valor observado do indicador - limite inferior) / (limite superior - limite inferior), onde os limites inferiores e superior são. 8 Índice do IDHM relativo à Educação: Obtido a partir da taxa de alfabetização e da taxa bruta de freqüência à escola, convertidas em índices por: (valor observado - limite inferior) / (limite superior - limite inferior), com limites inferior e superior. 9 Esperança de vida ao nascer (em anos): Número médio de anos que as pessoas viveriam a partir do nascimento. 10 Taxa de alfabetização de adultos (%): Percentual de pessoas acima de 15 anos de idade que sabem ler e escrever. 11 Taxa bruta de freqüência escolar (%): Proporção entre o número total de pessoas em todas as faixas etárias que freqüentam os cursos fundamentais, segundo grau ou superior em relação ao total de pessoas na faixa etária de 7 a 22 anos. 12 Renda per capitã (em R$ de 2000): Razão entre o somatório da renda de todos os indivíduos (incluindo aqueles com renda nula) e a população total. 13 Para maiores informações, acesse http://www.pnud.org.br/ e/ou http://www.undp.org
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC
20
longevidade e educação. Em comparação com 1991, o índice aumentou em todos os
estados e em quase todos os municípios brasileiros. No ano 2000, do total de 5.507
municípios, 23 foram classificados de baixo desenvolvimento, 4.910, de médio e 574, de
alto desenvolvimento humano. Na classificação internacional, o Brasil continua sendo um
país de médio desenvolvimento humano14.
O Índice de Desenvolvimento Humano foi criado originalmente para medir o nível de
desenvolvimento humano dos países a partir de indicadores de educação (alfabetização
e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per capita).
O índice varia de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano
total). Países com IDH até 0,499 têm desenvolvimento humano considerado baixo; os
países com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento
humano; países com IDH maior que 0,800 têm desenvolvimento humano considerado
alto. Para aferir o nível de desenvolvimento humano de municípios as dimensões são as
mesmas – educação, longevidade e renda -, mas alguns dos indicadores usados são
diferentes. Embora meçam os mesmos fenômenos, os indicadores levados em conta no
IDH municipal (IDHM) são mais adequados para avaliar as condições de núcleos sociais
menores15.
A tabela 6 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) em 1991 e
2000 para a região da AMREC. Em 1991 todos os municípios são considerados, de
acordo com o PNUD, como sendo de médio desenvolvimento humano. A região num
todo obteve melhorias comparando o ano de 1991 a 2000. Os municípios de Urussanga
(0,845) e Cocal do Sul (0,823) apresentam os maiores índices da região. Um aspecto
importante é que nenhum município apresentou queda em seus índices de IDH.
14 Novo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, disponível em http://www.undp.org.br, acesso em 27/06/2003. 15 Novo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, Entenda o cálculo do IDH Municipal, disponível em http://www.undp.org.br, acesso em 27/06/2003.
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC
21
Tabela 6 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) em 1991 e 2000 dos municípios da região da AMREC.
1991 2 0 00 Variações
Municípios C
lass
ifica
ção
UF
Cla
ssifi
caçã
o
A
MR
EC
IDH-M
Cla
ssifi
caçã
o U
F
Cla
ssifi
caçã
o
A
MR
EC
IDH-M % 91/00 IDH-M Posições
Cocal do Sul 12 1 0,772 48 2 0,823 6,61% -1
Criciúma 18 2 0,765 49 3 0,822 7,45% -1
Forquilhinha 83 8 0,729 136 10 0,797 9,33% -2
Içara 126 9 0,716 191 11 0,780 8,94% -2
Lauro Müller 168 10 0,704 121 9 0,800 13,64% 1
Morro da Fumaça 67 7 0,735 108 8 0,804 9,39% -1
Nova Veneza 47 5 0,743 73 6 0,813 9,42% -1
Orleans 63 6 0,736 71 5 0,814 10,60% 1
Siderópolis 43 4 0,746 63 4 0,817 9,52% 0
Treviso 170 11 0,703 102 7 0,806 14,65% 4
Urussanga 22 3 0,762 16 1 0,845 10,89% 2
Total AMREC 0,737 0,811 10,00%
SC 0,748 0,822 9,89%
Região Sul 0.737 0.808 9,63%
Brasil 0,696 0,766 10,05%
Fonte: Novo Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.
Os municípios de Treviso e Urussanga foram os que mais ganharam posições, quatro e
duas respectivamente e o município de Içara perdeu duas posições de 2000 em relação a
1991.
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC
22
A figura 6 apresenta o crescimento percentual dos municípios da região da AMREC no
IDH-M de 2000 em relação a 1991. Destaque para Treviso e Lauro Müller que obtiveram
crescimento de 14,65% e 13,64% respectivamente.
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
14,00%
16,00%
Cocal
do Sul
Criciúm
a
Forqu
ilhinh
aIça
ra
Lauro
Müll
er
Morro d
a Fum
aça
Nova V
enez
a
Orlean
s
Sideróp
olis
Trevis
o
Urussa
nga
Figura 6 - Gráfico do crescimento percentual do IDH-M de 2000 em relação a 1991 dos municípios da região da AMREC.
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.
A tabela 7 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – Longevidade
(IDHM-L) em 1991 e 2000 para os municípios da região da AMREC. O município de
Urussanga (0,866) apresentou o maior índice em 2000. Todos os municípios da região
melhoraram o IDHM-L, sendo Lauro Müller o que teve o maior crescimento percentual
com (10,63%), ganhando quatro posições. O município de Treviso subiu cinco posições
de 2000 em relação a 1991
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC
23
Tabela 7 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – Longevidade (IDHM-L) em 1991 e 2000 dos municípios da região da AMREC.
1991 2000 Variações
Municípios C
lass
ifica
ção
AM
REC
Índi
ce d
e lo
ngev
idad
e (ID
HM
-L)
Espe
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nos)
Cla
ssifi
caçã
o A
MR
EC
Índi
ce d
e lo
ngev
idad
e (ID
HM
-L)
Espe
ranç
a de
vi
da a
o na
scer
(e
m a
nos)
% 9
1/00
Posi
ções
Cocal do Sul 1 0,801 73,06 2 0,839 75,32 4,74 -1
Criciúma 10 0,738 69,26 11 0,769 71,17 4,20 -1
Forquilhinha 8 0,745 69,68 9 0,782 71,93 4,97 -1
Içara 7 0,747 69,80 10 0,772 71,30 3,35 -3
Lauro Müller 9 0,743 69,60 5 0,822 74,31 10,63 4
Morro da Fumaça 6 0,756 70,34 4 0,832 74,94 10,05 2
Nova Veneza 5 0,761 70,69 6 0,812 73,73 6,70 -1
Orleans 3 0,795 72,68 3 0,836 75,17 5,16 0
Siderópolis 4 0,763 70,81 6 0,812 73,73 6,42 -2
Treviso 11 0,739 69,31 6 0,812 73,73 9,88 5
Urussanga 2 0,800 73,00 1 0,866 76,93 8,25 1
AMREC 0,762 70,74 0,814 73,84 6,75
SC 0,753 70,15 0,811 73,68 7,70%
Região SUL 0,72 68,2 0,781 71,88 8,47%
BRASIL 0,662 64,73 0,727 68,61 9,81%
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC
24
A tabela 8 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano – Educação (IDHM-E) em
1991 e 2000 para os municípios da região da AMREC. Comparando-se o IDHM-E de
1991 da região com o Estado de Santa Catarina, os municípios de Orleans, Içara e Morro
da Fumaça obtiveram maiores aumentos em seus índices.
Tabela 8 - Índice de Desenvolvimento Humano – Educação (IDHM-E) em 1991 e 2000 dos municípios da região da AMREC.
1991 2000 Variações
Municípios
Cla
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caçã
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Índi
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(IDH
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% 9
1/00
Posi
ções
Cocal do Sul 1 0,846 67,24 93,22 3 0,911 82,19 95,5 7,68% -2
Criciúma 2 0,844 67,21 92,98 1 0,921 85,61 95,31 9,12% 1
Forquilhinha 7 0,789 56,17 90,27 10 0,882 78,04 93,33 11,79% -3
Içara 10 0,773 54,30 88,79 9 0,887 78,95 93,51 14,75% 1
Lauro Müller 7 0,789 59,89 88,35 6 0,897 84,20 92,45 13,69% 1
Morro da Fumaça 11 0,753 49,77 88,11 11 0,865 74,42 92,59 14,87% 0
Nova Veneza 5 0,798 56,05 91,67 7 0,891 77,35 94,98 11,65% -2
Orleans 9 0,774 55,05 88,51 8 0,888 79,27 93,63 14,73% 1
Siderópolis 3 0,843 67,22 92,91 4 0,902 81,53 94,48 7,00% -1
Treviso 6 0,790 55,00 91,06 5 0,900 80,32 94,86 13,92% 1
Urussanga 4 0,830 64,65 92,13 1 0,921 86,68 94,88 10,96% 3
AMREC 0,802 59,32 90,72 0,896 80,77 94,13 11,73
SC 0,722 62.16 90.09 0,906 84.36 93.67 12.12%
Região SUL 0.804 64.49 83.94 0,896 88.37 92.49 11.43%
BRASIL 0,745 63,62 79,93 0,849 81,89 86,37 13,95%
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.
A tabela 9 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano – Renda (IDHM-R) em 1991
e 2000 dos municípios da região da AMREC. Os municípios de Criciúma (0,776) e
Urussanga (0,747) possuem os melhores índices em 2000. O município de Treviso teve o
maior crescimento percentual (21,55%).
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC
25
Tabela 9 - Índice de Desenvolvimento Humano – Renda (IDHM-R) em 1991 e 2000 dos municípios da região da AMREC.
1991 2000 Variações
Municípios C
lass
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ção
AM
REC
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M-R
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200
0)
% 9
1/00
Posi
ções
Cocal do Sul 4 0,670 216,39 6 0,718 288,55 7,16% -2
Criciúma 1 0,712 277,57 1 0,776 407,95 8,99% 0
Forquilhinha 6 0,654 196,16 5 0,727 304,43 11,16% 1
Içara 9 0,627 167,14 10 0,680 228,93 8,45% -1
Lauro Müller 10 0,580 126,03 9 0,681 230,67 17,41% 1
Morro da Fumaça 2 0,696 251,61 8 0,716 284,98 2,87% -6
Nova Veneza 3 0,671 217,43 3 0,736 320,52 9,69% 0
Orleans 7 0,638 178,46 7 0,717 286,13 12,38% 0
Siderópolis 8 0,632 172,33 3 0,736 320,98 16,46% 5
Treviso 10 0,580 126,23 11 0,705 266,25 21,55% -1
Urussanga 5 0,657 199,59 2 0,747 342,75 13,70% 3
AMREC 0,647 193,54 0,721 298,37 11,44%
SC 0,682 232,26 0,750 348,72 9,97%
Região SUL 0,687 239,95 0,746 342,61 8,58%
BRASIL 0,681 230,30 0,723 297,23 6,16%
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.
1.5 Instituições de Cultura
Para a cultura, a premissa básica é a de inserir - através do diálogo entre os saberes
populares, os saberes tradicionais e os saberes científicos - os movimentos, atividades e
ações da cultura popular, num contexto mais amplo, onde possa obter apoio da
sociedade organizada para a sua valorização como postura identificatória de grupos
tradicionais. O maior obstáculo é a falta de investimento e de reconhecimento do valor de
suas manifestações para ajudar na solução de problemas sociais16. A tabela 10
apresenta as instituições ligadas à cultura segundo os municípios da região da AMREC
16 Agenda 21 Catarinense, Documento Preliminar, Outubro de 2002.
CAPÍTULO 1 – IDH-M 2005 • ADRC
26
em 1999. Os municípios de Criciúma e Orleans são os que apresentam maior número de
instituições ligadas à cultura com uma grande vantagem por parte do município de
Criciúma que possui quatro cinemas, duas bibliotecas públicas, dois museus e uma casa
de espetáculo.
Tabela 10 - Instituições ligadas à cultura, por tipo de instituições, segundo os municípios da região da AMREC em 1999.
Municípios Total Bibliotecas Museus Teatros Cinemas
Cocal do Sul
Criciúma 9 2 2 1 4
Forquilhinha 2 1 1 - -
Içara 2 1 1 - -
Lauro Müller 1 - 1 - -
Morro da Fumaça 1 1 - - -
Nova Veneza 2 1 1 - -
Orleans 3 1 2 - -
Siderópolis 1 1 - - -
Treviso
Urussanga 2 1 1 - -
Total AMREC 23 9 9 1 4
Total SC 540 345 109 37 49
%ADR sobre SC 4,26% 2,61% 8,26% 2,70% 8,16%
Fonte: Anuário Estatístico de Santa Catarina, 2000.
C
1.6 Infra-Estrutura
Um dos fatores externos que influenciam a competitividade das empresas é a infra-
estrutura pública. A deterioração da base física e da qualidade dessa infra-estrutura no
Brasil, após mais de uma década de instabilidade macroeconômica, colapso do
financiamento e do investimento públicos, constitui um grande entrave ao esforço de
reestruturação competitiva da indústria3.
S
e
C
A
e
d
APÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
27
Figura 7 - Mapa de Santa Catarina com as principais rodovias, aeroportos e portos. Fonte: Ministério dos Transportes. Acesso em 18 de junho de 2003. http://www.transportes.gov.br
ão apresentadas a seguir informações sobre o sistema rodoviário, ferroviário, hidroviário
aeroviário da região dos municípios da AMREC. A Figura 13 mostra o Estado de Santa
atarina e as principais rodovias federais e estaduais, aeroportos e portos. O território da
MREC fica também localizado entre o mar e a Serra do Rio do Rastro, com acesso a
sta pela SC-438, na direção noroeste de Lauro Müller. Criciúma é a cidade-sede e pólo
a microrregião, o principal centro comercial e industrial de todo o Sul de Santa Catarina
2
e, também, o maior centro urbano, no litoral, entre as cidades de Porto Alegre e
Florianópolis. O Balneário de Praia do Rincão, no município de Içara, é o único da região,
com grande afluxo de veranistas, na alta temporada, sobretudo de moradores da bacia
carbonífera, quando chega a abrigar, em fins de semana, população superior a 60 mil
habitantes.
A
E
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C
p
d
3
P
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
8
Figura 8 - Mapa das Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa Catarina.
Fonte: ONDEE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.
figura 8 apresenta o mapa com as Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento
conômico e Estratégico de Santa Catarina – ONDEE-SC, elaborado com suporte
écnico e a co-supervisão foram da Federação das Indústrias do Estado de Santa
atarina (FIESC), por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL). O ONDEE-SC foi preparado
ela ADTP – Agência de Desenvolvimento Tietê Paraná. Vale ressaltar que o conteúdo
o ONDEE-SC não representa, necessariamente, a visão do governo do Estado de Santa
COUTINHO, Luciano; FERRAZ, João Carlos. Estudo da Competitividade da Indústria Brasileira. Campinas, SP: apirus, 1994. P. 145.
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
29
Catarina, da FIESC, do IEL ou dos patrocinadores. É uma visão integrada e orientada,
representando o contexto atual e os projetos de infra-estrutura para o mercado de uma
determinada região.
Trata-se de um processo de identificação de oportunidades para investimento em
projetos estruturantes de infra-estrutura, aqueles empreendimentos-chave que permitam
promover ou estimular o desenvolvimento, particularmente nos setores em que Santa
Catarina goza de vantagens naturais. Busca oferecer visão prospectiva e dentro dela
levantar os projetos essenciais para sua efetiva realização. Entre os projetos âncoras
são:
Gasoduto TransCatarinense: construção de um gasoduto com aproximadamente
650 quilômetros, 32 polegadas, capacidade para transportar 30 milhões de m3/dia,
que, entrando pela região Oeste do Estado conecta-se com a região de Joinville. Com
intuito de formar um importante elo estratégico na emergente rede brasileira de
gasodutos. Entre os benefícios para o Estado está um forte estímulo ao
desenvolvimento econômico e social no interior do Estado; aumento de
competitividade para segmentos industriais importantes; aumento da segurança
energética no Estado inteiro. O valor aproximado é de R$ 1,25 bilhão.
Ferrovia TransCatarinense: ligação ferroviária do interior até o litoral de Santa
Catarina. A Ferrovia TransCatarinense será, potencialmente, trecho integrante da
Ferrovia Bioceânica.
Complexo Portuário de Babitonga: ampliação do complexo do porto de São
Francisco do Sul.
Reflorestamento em Escala Comercial: proposta ousada, que visa transformar o
Estado de Santa Catarina em um dos principais pólos nacionais que fornecem
matéria-prima florestal, com possibilidade para atender todos os integrantes da cadeia
produtiva do setor madeireiro. Estima-se reflorestar um milhão de hectares com
espécies do gênero pinus em regiões apropriadas do território catarinense.
Eliminando o déficit de madeira para uso industrial, além de contribuir para elevação
da renda rural e para preservação do meio ambiente no Estado. Ampliação da renda,
dos empregos e da arrecadação de impostos para o governo estadual e municipal;
fixação do proprietário rural e sua família no campo; uso de terras inaptas à
agricultura; segurança no fornecimento de matéria-prima, garantindo a ampliação da
cadeia produtiva do setor madeireiro. Valor aproximado de R$ 1,5 bilhão ao longo de
20 anos.
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
30
1.6.1 Transporte Rodoviário
A região da AMREC é servida pela rodovia federal BR-101, que a percorre no sentido
norte-sul, numa extensão de 36 Km, cortando os municípios de Içara e Criciúma.
Servem-na, também, importantes rodovias estaduais, como a SC-438, 444, 445, 446 e
447. Na direção ao Norte, a região é cortada pelas rodovias SC-446, que facilita o acesso
para a BR-101, entrando, assim, na Rota do Mercosul, facilitando a logística de acesso
aos portos.
Tabela 11 - Principais distâncias (em km)
Município Florianópolis Curitiba Porto Alegre
Criciúma 200 496 284
Fonte: www.amrec.org.br.
De acordo com a FIESC4 e, com intuito de atender a demanda do importante pólo
cerâmico, carvoeira e desenvolver a sustentabilidade o setor turístico rico em praias, os
seguintes projetos rodoviários estão em desenvolvimento:
Anel de contorno viário de Criciúma e Região;
Ampliação do Aeroporto Diomício Freitas – Forquilhinha – SC;
BR 475 – Grão Pará / Urubici – SC.
Além disso, está em andamento a duplicação o trecho sul da BR-101, de Palhoça (SC) a
Osório (RS) representando 288,9 quilômetros. Com o objetivo de solucionar o gargalo
rodoviário do sul do país. O trecho foi projetado para um fluxo de 4,6 mil veículos/dia
quando atualmente, o fluxo é de 18.000 veículos/dia. Este trecho representa um
importante eixo de ligação do sul do Brasil e dos países do MERCOSUL com o restante
do país e vice e versa, além de ser a ligação da região sul com os principais portos e
aeroportos do país. O seu custo é estimado em US$ 800 milhões. A figura 9 apresenta o
mapa com os pontos mais perigosos do trecho sul da BR-101, de Palhoça/SC até
Osório/RS.
4 Projetos de Infra-Estrutura Estratégicos para a Indústria de Santa Catarina. Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC, maio de 2004.
C
A
APÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
31
Figura 9 - Pontos mais perigosos da BR-101 Sul – Palhoça/SC a Osório/RS. Fonte: ClicRBS. Especial 101. Internet: http://www.clicrbs.com.br/br101
figura 10 a seguir apresenta o mapa rodoviário completo da região da AMREC.
CAP
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LO 1
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ESTR
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RA 2
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ADRC
32
Figu
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cess
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: 15/
out/2
003
C
1.6.2 Transporte Ferroviário
O transporte ferroviário do Estado de Santa Catarina é operado através da empresa
concessionária América Latina Logística – ALL. A ALL foi fundada em março de 1997,
quando a Ferrovia Sul Atlântico venceu o processo de privatização da malha sul da Rede
Ferroviária Federal, passando a operar a malha nos estados do Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul. A figura 11 apresenta o mapa das linhas férreas que a empresa
América Latina Logística tem concessão, o qual duas de suas linhas cortam o Estado de
Santa Catarina não passam pela região da AMREC. São as ferrovias Mafra-Lages a
leste, e Porto União-União da Vitória-Uruguai a oeste.
O
u
E
i
d
p
APÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
33
Figura 11 - Mapa Geral das linhas férreas da América Latina Logística – ALL Fonte: Ministério dos Transportes – Internet: http://www.transportes.gov.br/bit/ferro/all/mapa-all.jpg acesso
em 30/06/03
mapa da Ferrovia TransCatarinense, figura 12, apresenta a construção e operação de
ma ferrovia destinada ao transporte de carga, principalmente entre o centro e oeste do
stado e os portos. Uma nova ferrovia que, certamente, vai oferecer condições
nteressantes de operação. Pode ser construída como projeto privado, público ou misto,
ependendo do resultado de um estudo de viabilidade econômica. Grande potencial para
romover o crescimento econômico e a melhoria das condições sociais no interior do
34
Estado, com impacto significativo nos setores de aves, suínos, madeira reflorestada e
seus derivados. O valor aproximado é de R$ 1 bilhão.
Fon
A fig
cons
cata
Inclu
dese
inter
por
Com
em
cont
trech
conj
proje
econ
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
Figura 12 - Mapa da Ferrovia TransCatarinense. te: ONDEE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa
Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.
ura 13 apresenta o mapa com o projeto da ferrovia litorânea, com o objetivo da
trução e/ou operação de uma ferrovia de carga, com 235,6km, percorrendo o litoral
rinense e interligando os principais portos às grandes cidades da faixa litorânea.
i conexões com a rede ferroviária existente. Com grande potencial para promover o
nvolvimento, não somente na faixa litorânea, mas também em regiões produtoras do
ior. Potencial para aumentar as cargas de outros Estados, exportadas ou importadas
meio dos portos catarinenses, aumentando, desta forma, a receita fiscal do Estado.
valor aproximado de R$ 415 milhões. A figura 14 apresenta o mapa com o projeto
estado embrionário visando a construção e a operação de uma ferrovia que cruza o
inente sul-americano, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. Poderá aproveitar os
os ferroviários existentes, conforme for apropriado. Deve ser analisado
untamente com o projeto Ferrovia TransCatarinense. Pode ser construída como
to privado, público ou misto, dependendo do resultado de estudo de viabilidade
ômica.
CAPÍTULO 1 –
Figura 13 - Mapa da Ferrovia Litorânea. Fonte: ONDEE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa
Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.
Embora não se trate de um projeto catarinense, em termos geográficos, a Ferrovia
Bioceânica teria, potencialmente, enorme impacto para a economia do Estado e para as
regiões Sul e Sudeste do Brasil. Estimularia o crescimento econômico e melhoraria as
condições sociais no interior de Santa Catarina, com impacto, principalmente, nos setores
de aves, suínos, madeira reflorestada e seus derivados. Poderia melhorar também a
competitividade dos setores de manufaturados do leste catarinense, principalmente
cerâmica e metal-mecânico, nos mercados asiáticos.
Fonte: OND
INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC35
Figura 14 - Mapa da Ferrovia Bioceânica. EE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa
Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.
36
1.6.3 Transporte Hidroviário
Fonte: S
A região dos munic
Catarina:
Porto de Imbituba
As principais ativid
soda cáustica e em
quatro trechos disti
Cais velho ou
compreendend
1.600m2 e capa
Cais novo, com
É atendido po
25.000m2, perm
Cais roro, de 2
retaguarda, de
O porto possui, ain
armazéns junto à I
arrendados a Biogr
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
Figura 15 - Portos Catarinenses ANTUR. Internet: http://www.santur.sc.gov.br Acesso em: 04/set/2003.
ípios da AMREC tem a sua disposição três portos no Estado de Santa
ades desempenhadas pelo porto são: Desembarque de fertilizante e
barque de açúcar. As instalações de acostagem estão distribuídas em
ntos de cais, totalizando 582m de extensão:
cais de carvão, com 160m de comprimento e 9,5m de profundidade,
o um berço, servido por um pátio descoberto, para coque, com
cidade de 5.000t, e dois berços para carga geral.
250m de comprimento, contendo três berços e 10m de profundidade.
r um pátio descoberto, para contêineres e carvão, com área de
itindo a estocagem de 90.000t.
4m, com profundidade de 7,5m, servido por um pátio descoberto, de
5.000m2.
da, dois tanques para soda cáustica, com capacidade de 8.760t. Os
ndústria Carboquímica Catarinense S.A. (ICC), com 19 módulos, estão
an Produtos Agrícolas e Naturais Ltda. e são utilizados para salitre.
CAPÍTULO 1 – INFRA-E
Porto de São Fra
Essencialmente e
soja (grãos, farel
Kraft, motores el
entre outros. O
malha ferroviária
através da estrad
com São Paulo,
interligando os oc
com três armazén
Existem na reta
Desenvolvimento
toneladas, e tanq
5 SANTA CATARINA. http://www.apsfs.sc.gov
STRUTURA 2005 • ADRC
37
Figura 16 - Porto de Imbituba Fonte: www.santur.sc.gov.br
ncisco do Sul
xportador tem como principais produtos movimentados em seu cais a
o e óleo), azulejos, madeira serrada, milho, frangos congelados, papel
étricos, móveis de madeira, motocompressores, auto-peças e têxteis,
porto está situado a 40 Km de Joinville, a maior cidade do Estado. A
conecta o porto com várias regiões economicamente importantes
a de ferro 485, na cidade de Mafra. Podendo deste ponto ser acessada
Porto Alegre e o oeste do Paraná, bem como todo o Mercosul,
eanos Pacíficos e Atlântico. Sua infra-estrutura de armazenagem conta
s internos com capacidade de 76.500 m3, numa área total de 13.500m2.
guarda os armazéns de granel sólido da Companhia Integrada de
Agrícola (CIDASC), que tem capacidade estática total de 120 mil
ue para óleo vegetal com capacidade nominal para 9 mil m³. 5
Administração do Porto de São Francisco do Sul. Acesso em 20 de junho de 2003. .br/
38
Figu
Porto de Itajaí
Os principais produtos
frangos congelados, az
Suas instalações têm m
38.000 m² de área des
de Itajaí têm a sua di
toneladas para auxíli
operacionais do Porto
ainda com uma Estaç
sincronizada com o P
armazenagem de cont
movimentar uma média
mundo.6
6 PORTO DE ITAJAÍ. Instalaçhttp://www.portoitajai.com.br/
PORTO DE ITAJAÍ. Sobhttp://www.portoitajai.com.br/
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
ra 17 - Foto do Porto São Francisco do Sul Fonte: http://www1.apsfs.sc.gov.br
movimentados são têxteis, motores elétricos, madeiras, móveis,
ulejos e pisos, açúcar e derivados de petróleo, papel, entre outros.
ais de 15.000 m² de área coberta para estocagem de produtos e
coberta para armazenagem de contêineres. Os usuários do Porto
sposição mais de 70 equipamentos, com capacidade de 1 a 37
o na carga e descarga de suas mercadorias. As unidades
de Itajaí são totalmente informatizadas. O Porto de Itajaí conta
ão Aduaneira de Interior (porto seco), totalmente alfandegada e
orto, com 31.500 m² para armazenagem coberta e pátios de
êineres com mais de 120.000 m² de área. Esse porto chega a
de 10 contêineres por hora, igualando-se aos principais portos do
ões e Maquinários. Capturado em 13 de outubro. 2000. On-line. Disponível na Internet instal.htm re o Porto. Capturado em 20 de junho. 2003. On-line. Disponível na Internet institucional/sobre.php
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
39
Figura 18 - Foto do Porto de Itajaí Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/portos/itajai/poitajai.htm
Tabela 12 - Distância Rodoviária em Km, dos municípios da região da AMREC, aos municípios onde estão localizados os portos de Imbituba, Itajaí e São Francisco do
Sul.
Município Imbituba Itajaí São Francisco do Sul
Criciúma 114 290 389
Fonte: SANTA CATARINA. Departamento de Infra-Estrutura. Distâncias entre as cidades.
40
1.6.4 Transporte Aeroviário
O estado de Santa Catarina dispõe de 32 aeroportos. Dentre os públicos, 16 têm pistas
pavimentadas, sendo que seis estão capacitados para operações de pousos e
decolagens por instrumento e noturna.
Fonte
A região da AM
Navegantes e Flo
Aeroporto Serafkm do centro d
comprimento, ofe
lanchonete, box
equipamentos de
Aeroporto Afonpistas asfaltadas
grandes pólos re
Jaraguá do Sul.
Aeroporto de Npossui pistas asf
de Navegantes
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
Figura 19 - Aeroportos Catarinenses : SANTUR. Internet: http://www.santur.sc.gov.br Acesso em: 04/set/2003.
REC tem a sua disposição os aeroportos polarizadores de Joinville,
rianópolis, principalmente o de Chapecó.
in Ernesto Bertaso – localizado no município de Chapecó, distante 10
a cidade, o Aeroporto possui pista asfaltada com 2.060 metros de
recendo vôos diários para diversas partes do país. Dispõe de sala vip,
para check-in, 02 guichês (Rio Sul e Transbrasil), estacionamento,
segurança VOR, DME e balizamento noturno.
so Pena – localizado no município de Joinville, este aeroporto possui
, dimensões de 1.640m x 45m e uma altitude de 4 metros. Atende a
gionais, como a região de Joinville, Blumenau e à própria região de
avegantes – Localiza-se no município de Navegantes. O aeroporto
altadas, dimensões de 1.700m x 45m e altitude de 5 metros. O aeroporto
foi inaugurado em 19/10/1978. Atende principalmente, as cidades
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
41
situadas no vale do Itajaí, como Blumenau, Brusque, Gaspar, Porto Belo, Tijucas,
Pomerode, Penha e Piçarras e as cidades turísticas litorâneas, como Balneário
Camboriu, Itajaí e o parque do Beto Carrero World em Penha. O acesso ao aeroporto
pela cidade de Blumenau é por meio da BR 101 e BR 470; por Itajaí o acesso deverá ser
feito pelo ferry boat, na travessia do rio Itajaí-Açú, que separa as duas cidades.
Aeroporto Internacional Hercílio Luz – Localiza-se no município de Florianópolis. É um
aeroporto internacional compartilhado, com dimensões de 2.300m x 45m e 1.500m x 45m
e altitude de 6 metros. Atende principalmente à demanda do turismo, em especial no
verão, de pessoas vindas da Argentina.
Além disso, tem a disposição o seguinte aeroporto:
Forquilhinha: dimensões (metros): 1.491 x 30, natureza da pista: asfalto e altitude
(metros): 28.
Segundo a FIESC7, a construção de um aeroporto na cidade de Jaguaruna visa atender
a região sul do Estado e os municípios de Tubarão, Criciúma, Imbituba, Araranguá entre
outros. Com objetivo disponibilizar uma melhor infra-estrutura aeroviária para o
importante pólo mineral (extração e de produtos minerais não metálicos) com
investimento previsto de R$ 20,5 milhões.
Tabela 13 - Distância Rodoviária em Km, dos municípios da região da AMREC, aos municípios onde estão localizados os aeroportos.
Município Joinville Navegantes Florianópolis
Criciúma 345 281,8 200
Fonte: SANTA CATARINA. Departamento de Estradas e Rodagens. Distâncias entre as cidades.
7 Projetos de Infra-Estrutura Estratégicos para a Indústria de Santa Catarina. Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC, maio de 2004.
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
42
1.6.5 Energia Elétrica
Conforme indica a figura 20 os maiores consumos de energia elétrica encontram-se no
setor industrial com (45%) e o rural com (35%).
12,88%
44,55%7,33%
35,24%
Residencial Industrial Comercial Rural
Figura 20 - Consumo Anual de Energia Elétrica (mercado CELESC), por classe de consumidores, da região da AMREC em 2001.
Fonte: CELESC, 2001 apud Anuário Estatístico de Santa Catarina, 2001.
A tabela 14 apresenta o consumo de energia elétrica por classes de consumidores e
municípios da região da AMREC em 2001. Os municípios de Criciúma e Içara são os
maiores consumidores de energia elétrica da região da AMREC.
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
43
Tabela 14 - Consumo de Energia Elétrica por municípios da região e classe de consumidores da AMREC em 2001
Classes de consumidores (kwh) Municípios Total
Residencial Industrial Comercial Rural
Cocal do Sul 42.772.392 - 31.227.992 - 11.544.400
Criciúma 378.893.169 94.207.390 203.602.604 56.704.325 64.275
Forquilhinha 106.472.500 72.821 47.994.172 29.577 58.206.380
Içara 108.999.032 909.830 11.802.379 87.371 95.819.229
Lauro Müller 23.419.365 5.740.649 7.978.323 1.349.118 6.972.264
Morro da Fumaça 71.793.830 - 9.970.127 - 61.823.703
Nova Veneza 38.512.972 1.758.007 11.441.181 1.096.281 23.795.864
Orleans 61.355.612 7.566.320 39.370.020 3.672.426 9.016.484
Siderópolis 41.110.394 971.256 8.960.590 318.468 10.302.063
Treviso 14.998.812 - 10.401.772 - 4.597.040
Urussanga 72.434.975 - 1.974.716 - 22.212.400
Total AMREC 960.763.053 111.226.273 384.723.876 63.257.566 304.354.102
Total Sc 12.633.300.853 2.976.195.291 5.652.084.908 1.652.457.119 1.288.636.687
% AMREC sobre SC 7,61% 3,74% 6,81% 3,83% 23,62%
Fonte: CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina.
A tabela 15 apresenta o consumo de energia elétrica por municípios da classe industrial
da AMREC de 1999 a 2001. Os municípios de Criciúma e Içara são os principais
consumidores da região. O crescimento ficou abaixo do esperado em relação aos anos
2000 e 2001, obtendo o índice negativo de – (3,42%).O município de Urussanga teve
enorme queda de (49,04%), em contrapartida Lauro Muller cresceu positivamente em
36,66% no consumo.
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
44
Tabela 15 - Consumo de Energia Elétrica por municípios da região da classe industrial da AMREC em 1999 a 2001
Industrial (Kwh) Municípios
1999 2000 Variação 99/00 2001 Variação 00/01
Cocal do Sul 40.961.487 36.376.257 -11,19% 31.227.992 -14,15%
Criciúma 211.227.737 210.463.744 -0,36% 203.602.604 -3,26%
Forquilhinha 44.261.046 50.272.141 13,58% 47.994.172 -4,53%
Içara 13.332.265 14.149.395 6,13% 11.802.379 -16,59%
Lauro Müller 2.580.941 5.838.262 126,21% 7.978.323 36,66%
Morro da Fumaça 9.177.204 9.939.089 8,30% 9.970.127 0,31%
Nova Veneza 7.805.206 10.381.926 33,01% 11.441.181 10,20%
Orleans 32.142.531 36.802.802 14,50% 39.370.020 6,98%
Siderópolis 12.145.810 10.608.779 -12,65% 8.960.590 -15,54%
Treviso 7.902.124 9.642.139 22,02% 10.401.772 7,88%
Urussanga 2.840.542 3.874.933 36,42% 1.974.716 -49,04%
Total AMREC 384.376.893 398.349.467 3,64% 384.723.876 -3,42%
Total Sc 4.974.569.138 5.405.468.541 8,66% 5.652.084.908 4,56%
% AMREC sobre SC 7,73% 7,37% 6,81%
Fonte: CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina.
A tabela 16 apresenta o consumo de energia elétrica por municípios da região da classe
rural da AMREC de 1999 a 2001. A média ficou positiva de 2001 em relação a 2000 com
resultado de 6,35%. Os municípios de Içara e Morro da Fumaça são os maiores
consumidores da região.
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
45
Tabela 16 - Consumo de Energia Elétrica por municípios da região da classe rural da AMREC em 1999 a 2001
Rural (Kwh) Municípios
1999 2000 Variação 99/00 2001 Variação 00/01
Cocal do Sul 24.928.400 26.658.800 6,94% 11.544.400 -56,70%
Criciúma 49.149 53.509 8,87% 64.275 20,12%
Forquilhinha 65.963.762 71.330.051 8,14% 58.206.380 -18,40%
Içara 88.137.000 90.840.148 3,07% 95.819.229 5,48%
Lauro Müller 3.141.624 5.417.603 72,45% 6.972.264 28,70%
Morro da Fumaça 52.180.800 59.640.000 14,29% 61.823.703 3,66%
Nova Veneza 231.571 3.943.052 1602,74% 23.795.864 503,49%
Orleans 7.851.607 8.529.336 8,63% 9.016.484 5,71%
Siderópolis 7.822.840 8.943.679 14,33% 10.302.063 15,19%
Treviso 3.235.120 4.199.440 29,81% 4.597.040 9,47%
Urussanga 6.969.200 6.619.200 -5,02% 22.212.400 235,58%
Total AMREC 260.511.073 286.174.818 9,85% 304.354.102 6,35%
Total SC 1.152.294.307 1.241.001.426 7,69% 1.288.636.687
% AMREC sobre SC
22,61% 23,06% 23,62%
Fonte: CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina.
46
1.6.6 Gás Natural
O Gasoduto Bolívia-Brasil transporta para o Brasil o gás natural proveniente da Bolívia.
Em Santa Catarina o gasoduto cruza o Estado a partir de Guaruva, divisa com o Paraná,
até a cidade de Timbó do Sul, na divisa com o Rio Grande do Sul, passando a leste de
Blumenau.
Fo
O gás natural d
modernização da
Entre as principai
Menor custo
Maior vida ú
Inexistência
Melhoria do
resíduos pol
A figura 22 a
aproximadamente
e capacidade par
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
Figura 21 - Mapa da rede de distribuição da SCGás. nte: SCGás. Internet: http://www.scgas.com.br Acesso em: 11/jul/2003.
eve contribuir para o aumento da produtividade, competitividade e
indústria local, substituindo o carvão, a lenha e o óleo combustível.
s vantagens do gás natural estão:
de manutenção;
til dos equipamentos;
de custo de estocagem;
s padrões ambientais, pois a combustão completa evita impurezas e
uentes, além disso, não necessita de frete rodoviário.
presenta o mapa do Gasoduto da Integração – GASIN com
5.250 quilômetros em seu traçado total — ver detalhamento abaixo —
a transportar cerca de 60 milhões de m3/dia de gás natural, ligando os
CAPÍTULO 1 – INFR
campos produtores da Argentina e Bolívia com os mercados consumidores das Regiões
Sul, Sudoeste e Centro-Oeste do Brasil, constituindo-se em mais um elo da emergente
rede brasileira gasodutos — conhecer também o projeto Gasoduto TransCatarinense no
ONDEE-SC. Viabilizando o desenvolvimento de usinas termelétricas próximas a centros
consumidores e em locais estratégicos do sistema de transmissão; diversificar as
potencialidades da matriz energética do Estado; promover o desenvolvimento econômico
e social nos municípios da área de influência do traçado do gasoduto; incrementar a
receita fiscal. Com valor aproximado de US$ 5 bilhões.
Fonte: ONDEE-S
1.6.7 Telec
O Estado de
eficiente, que
som e imagem
marítimo, perm
planeta.
A-ESTRUTURA 2005 • ADRC
47
Figura 22 - Mapa do Gasoduto da Integração – GASIN C. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa
Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.
omunicações
Santa Catarina dispõe de um sistema de comunicações relativamente
permite contatos com qualquer localidade do país e do exterior por meio de
, texto, dados e voz. Além disso, o estado está interligado ao serviço móvel
itindo contato por telefone ou envio de mensagem para qualquer ponto do
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
48
Tabela 17 - Linhas telefônicas instaladas na região da AMREC em 2000.
Municípios Domicílios Total
Linhas telefônicas instaladas
Part.% no total de domicílios
Cocal do Sul 3.752 1.494 39,80
Criciúma 48.034 24.027 50,00
Forquilhinha 4.935 1.343 27,20
Içara 13.337 5.190 38,90
Lauro Müller 2.817 1.082 28,30
Morro da Fumaça 3.927 1.384 35,20
Nova Veneza 3.011 920 30,80
Orleans
Siderópolis 3.286 1.754 53,40
Treviso 832 29 3,50
Urussanga 5.194 2.260 43,50
Total AMREC 89.125 39.483 31,87
Total SC 1.498.742 656.351 43,80%
AMREC sobre SC % 5,95% 6,02%
Fonte: SDE – Anuários Estatística de Santa Catarina – 2001.
A principal concessionária dos serviços de telecomunicações de SC, TELESC Brasil
Telecom S.A., atende aos 293 municípios do estado. No âmbito nacional, o atendimento
é feito através da Embratel – Empresa Brasileira de Telecomunicações S.A., da Intelig
Telecomunicações Ltda. e da GVT – Global Village Telecom.
A tabela 17 apresenta o número de linhas telefônicas instaladas em 2000. A média da
participação percentual de residências com linhas telefônicas é de (31,87 %) em 2000.
1.6.8 Água e Saneamento
Em Santa Catarina os Sistemas de Abastecimento de Água, operados pela Casan,
beneficiam 322 localidades e um Município do Estado do Paraná. Além do abastecimento
de água, os 27 sistemas de Esgotos Sanitários operados pela Casan, atendem a 16
Municípios e 2 Distritos.8
8 SANTA CATARINA. Companhia Catarinense de Águas e Saneamento. Capturado em 18 de junho de 2003. On-line. Disponível na Internet http://www.casan.com.br
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
49
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social, Urbano e Meio Ambiente de
Santa Catarina, “com relação ao abastecimento de água o Estado possui uma cobertura
de aproximadamente 90% da população urbana em água tratada, não se podendo
garantir, no entanto, que a quantidade de água oferecida à população possua um
controle da qualidade adequado”. Em termos de esgotamento sanitário no estado,
apenas 6,85% da população urbana possui coleta de esgoto e apenas parte desse
volume coletado consegue ter tratamento satisfatório. De acordo com estudos realizados,
Santa Catarina, a fim de resgatar o déficit sanitário em coleta e tratamento de esgoto
sanitário, necessitaria investir em média 0,37% de seu PIB por ano para atingir uma meta
de atendimento de 41% da população urbana do estado em 10 anos.9
De acordo com dados da Secretaria do Desenvolvimento Municipal – SDM, referente ao
lançamento de esgotos industriais, tem-se que:
27,47% lançam na rede pública com tratamento e 72,53% sem tratamento; e.
26,08% lançam diretamente em cursos d’água com tratamento e 73,92% sem
tratamento.
Em nível estadual, são disponibilizadas pela SDM as seguintes informações:
aproximadamente 50% dos municípios utilizam o sistema individual de tratamento;
28,11% dos municípios utilizam o sistema de coleta de águas pluviais com um
sistema unitário de coleta;
25,91% utilizam vala negra10 para dispor os dejetos; e.
22,72% lança diretamente nos cursos d’água a carga orgânica proveniente do
esgotamento sanitário doméstico.
A população atendida na região da AMREC por serviços de coleta de resíduos sólidos é
de 224.843 habitantes, correspondendo a (68,87%) da população da região, conforme
indica a tabela 18, ficando sem atendimento um grande percentual de (31,13%).
9 SANTA CATARINA. Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social, Urbano e Meio Ambiente. Capturado em 18 de junho de 2003. On-line. Disponível na Internet: http://www.sds.sc.gov.br/ 10 A vala negra é uma solução sanitária condenável para a disposição de dejetos.
CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2005 • ADRC
50
Tabela 18 - Resíduos sólidos por municípios da AMREC em 1999
População Censo 2000
Municípios Total Urbano Rural
Popu
laçã
o co
m
cole
ta
% A
tend
imen
to
Qtid
ade
Perc
apita
(K
g/ha
bxdi
a)
Ger
ado
Pop
Tota
l To
n/di
a
Ger
ado
Pop
Urb
ana
Ton/
dia
Tipo
Adm
Col
etas
Sel
etiv
as
Cocal do Sul 13.726 11.407 2.319 8.003 70,17 0,44 6,03 5,01 Ad.Direta Não Possui
Criciúma 170.420 153.049 17.371 13.7660 90,00 0,66 112,4 100,95 Ad.Indireta Não Possui
Forquilhinha 18.348 14.556 3.792 11.820 81,20 0,57 10,45 8,29 Ad.Direta Não Possui
Içara 48.634 39.570 9.064 33.602 85,00
Lauro Müller 13.604 9.923 3.681 7.071 71,27 0,8 10,86 7,92 Ad.Direta Não Possui
Morro da Fumaça 14.551 11.154 3.397 8.261 74,07 0,5 7,28 5,58 Ad.Direta Não Possui
Nova Veneza 11.511 7.199 4.312 3.690 51,26 1,18 Ad.Direta Não Possui
Orleans 20.031 12.813 7.218
Siderópolis 12.082 9.103 2.979 6.785 74,64 0,99 Ad.Direta Não Possui
Treviso 3.144 1.561 1.583 1.560 100,00
Urussanga 18.727 10.650 8.077 6.392 60,00 1,42 26,61 15,14 Ad.Direta Não Possui
Total 344.778 280.985 63.793 224.843 68,87 173,6
Fonte: Diagnóstico do levantamento de dados dos resíduos sólidos nos municípios do Estado, com revisão das diretrizes para a formulação da política estadual dos resíduos sólidos. Secretaria de Estado do
Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente – SDM, Florianópolis, Outubro de 2001.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
51
1.7 Atividade Econômica
O perfil da estrutura industrial de Santa Catarina é marcado pela forte presença de
setores tradicionais têxtil-vestuário e alimentos, mas com um setor eletro-metal-
mecânico ganhando importância e, em grande parte, sustentando o crescimento do
produto industrial do Estado nos anos recentes.
Os principais setores industriais do estado encontram-se concentrados em regiões
específicas, registrando-se evidentes especializações regionais, resultado de um
processo histórico e descentralizado de formação industrial. Essa diversidade regional
alia-se, em cada indústria, a uma estrutura constituída por algumas grandes
empresas, muitas delas líderes nacionais, e por uma infinidade de empresas de
pequeno e médio porte, de origem tipicamente familiar1.
É apresentado a seguir, informações sobre o PIB dos municípios da região da
AMREC, bem como dados sobre o valor adicionado na região, características dos
vínculos empregatícios e dos estabelecimentos, bem como as contribuições do ICMS.
Este capítulo apresenta ainda os Segmentos Econômicos Estratégicos da região da
AMREC. A identificação e análise dos segmentos serão realizadas através de uma
metodologia específica, identificando as principais vocações econômicas existentes na
região.
A execução desta metodologia ocorre em várias etapas, observando-se a relevância
de duas variáveis (número de empregados e o número de estabelecimentos) em
comparação à média encontrada no Estado de Santa Catarina. Em seguida, verificar-
se-á a abrangência desses segmentos na região, levando-se em consideração os
segmentos integrantes e correlatos. Isto é, agrupam-se os segmentos econômicos de
maneira a formarem possíveis cadeias produtivas ou aglomerações econômicas,
baseadas nos elos principais das mesmas. A próxima etapa, diz respeito, aos
possíveis elos das cadeias produtivas, com enfoque em outras variáveis (número de
1 CAMPOS, Renato Ramos; NICOLAU, José Antônio; CÁRIO, Silvio Antônio Ferraz. Sistemas Locais de Inovação: um estudo preliminar de casos selecionados no Estado de Santa Catarina. Rio de Janeiro: Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro: [s.n.], 1998. 39 p. Faz parte do “Projeto de Pesquisa Globalização e Inovação Localizada: Experiências de Sistemas Locais no Âmbito do Mercosul e Proposições Políticas de C&T”. Coordenação Geral do Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil, patrocínio da Organização dos Estados Americanos.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
52
empregados, número de estabelecimentos, média salarial, valor adicionado e tamanho
dos estabelecimentos).
Através da aplicação da metodologia verificou-se uma predominância econômica na
região da AMREC para as atividades ligadas à extração e fabricação de produtos de
minerais não-metálicos, considerando o valor adicionado gerado por essa atividade,
outro setor de importância para a região é o de extração de carvão mineral, fabricação
de produtos químicos, material plástico e coquerias. Essas e outras atividades serão
detalhadas no decorrer deste capitulo.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
53
1.7.1 Produto Interno Bruto – PIB
O PIB per capita municipal é o valor aproximado do produto interno bruto, originado do
valor adicionado. Compreende o valor global que as unidades econômicas de
produção da agropecuária, da indústria, do comércio e dos serviços agregam aos seus
produtos, a medidas que esses passam adiante, desde o setor primário até os
consumidores finais.
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
18.000
Cocal
do Sul
Criciúm
a
Forqu
ilhinh
aIça
ra
Lauro
Müll
er
Morro d
a Fum
aça
Nova V
enez
a
Orlean
s
Sideróp
olis
Trevis
o
Urussa
nga
19962000
Figura 23 - Gráfico comparativo do PIB per capita de 1996 em relação a 2000. Fonte: DURB/SDM – SC
A tabela 19 apresenta o PIB per capita para a região da AMREC, ela se encontra
classificada em ordem crescente do PIB per capita para o ano 2000. A região
apresenta um PIB per capita de R$ 6.057,00 capita, inferior à média do Estado de
Santa Catarina, que possui R$ 7.406,60 (no período compreendido entre os anos de
1996 a 2000). O Estado de Santa Catarina apresentou uma queda de (2,10%) neste
indicador no período analisado contra um decréscimo de (–20,22%) da região. Dos
onze municípios, segundo a figura 23, apenas quatro apresentaram crescimento do
PIB per capita no período analisado. O município de Lauro Müller (127,81%)
apresentou o maior crescimento e Cocal do Sul (-48,51%) foi o destaque negativo.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
54
Tabela 19 - Estimativa do PIB per Capita, Segundo Valor Adicionado Fiscal a Preços de 1999 (IGP/DI FGV) - 1996-2000.
PIB PER CAPITA (R$ 1,00/hab) Município
1996 1997 1998 1999 2000 Crescimento
do PIB
Cocal do Sul 14.577 13.561 12.169 13.467 7.506 -48,51%
Criciúma 5.931 6.272 6.558 6.179 6.877 15,95%
Forquilhinha 8.583 12.020 11.313 10.245 6.342 -26,11%
Içara 4.970 4.688 4.262 4.448 2.663 -46,43%
Lauro Müller 2.013 3.107 3.798 3.156 4.587 127,81%
Morro da Fumaça 5.743 7.663 7.398 6.959 6.539 13,86%
Nova Veneza 5.384 9.166 10.369 8.443 5.487 1,92%
Orleans 6.103 4.730 4.143 4.994 5.879 -3,67%
Siderópolis 5.800 6.476 6.657 6.415 5.625 -3,02%
Treviso 16.864 23.244 25.192 22.130 9.674 -42,64%
Urussanga 7.552 8.634 7.328 7.980 5.456 -27,76%
Média AMREC 7.592 9.501 9.017 8.583 6.057 -20,22%
Média SC 7.540 7.378 7.364 7.370 7.381 -2,10%
Fonte: Elaboração: DURB/SDM – SC OBS: O PIB de 1996 a 1998 foi calculado a partir do valor adicionado; O PIB de 1999 foi calculado
levando-se em consideração a média aritmética do Valor Adicionado dos anos de 1996 a 1998. (PIP PER CAPITA = VALOR ADICIONADO MUNICIPAL X PIB SC / VALOR ADICIONADO SC / POPULAÇÃO DO
MUNICÍPIO).
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
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1.7.2 Valor Adicionado
A tabela 20 apresenta o valor adicionado2 por municípios da região da AMREC de
2000 a 2002. Os municípios de Criciúma (45,92%), Içara (9,05%) e Cocal do Sul
(7,66%) são os principais arrecadadores do valor adicionado da região em 2002. A
região obteve um crescimento de (14,08%) de 2001 para 2000, e de (20,33%) de
2001 a 2002, inferior à média de crescimento estadual, que foi de (46,82%) no mesmo
período.
Tabela 20 - Valor Adicionado por municípios da região da AMREC de 2000 a 2002.
2000 2001 2002 Municípios
Total R$ % Total R$ % %01/00 Total R$ % %02/01
Cocal do Sul 83.664.234,00 6,63 96.182.449,00 6,68 14,96 132.592.739,00 7,66 37,86
Criciúma 541.632.545,00 42,93 602.834.788,00 41,88 11,3 795.277.120,00 45,92 31,92
Forquilhinha 126.660.625,00 10,04 186.957.245,00 12,99 47,6 121.705.446,00 7,03 -34,9
Içara 119.809.613,00 9,5 112.434.412,00 7,81 -6,16 156.677.449,00 9,05 39,35
Lauro Müller 31.298.178,00 2,48 40.059.516,00 2,78 27,99 49.958.196,00 2,88 24,71
Morro da Fumaça 58.861.743,00 4,67 68.128.384,00 4,73 15,74 77.315.092,00 4,46 13,48
Nova Veneza 64.008.699,00 5,07 90.023.018,00 6,25 40,64 86.689.818,00 5,01 -3,7
Orleans 31.264.201,00 2,48 42.245.269,00 2,94 35,12 60.883.268,00 3,52 44,12
Siderópolis 83.876.081,00 6,65 72.949.783,00 5,07 -13,03 84.282.555,00 4,87 15,54
Treviso 41.749.998,00 3,31 43.771.236,00 3,04 4,84 57.789.175,00 3,34 32,03
Urussanga 78.783.773,00 6,24 83.685.477,00 5,81 6,22 108.660.243,00 6,27 29,84
Total AMREC 1.261.609.690 1.439.271.577 14,08 1.731.831.101 20,33
Total SC 18.287.574.230 21.644.699.496 18,36 31.778.541.671 46,82
% AMREC sobre SC 6,90% 6,65% 5,45%
Fonte: Valor Adicionado (DIEF) 1999 a 2001.
2 Valor Adicionado corresponde, para cada Município, ao valor das mercadorias saídas acrescido do valor das prestações de serviços (da incidência do ICMS), no seu território, deduzido o valor das mercadorias entradas, em cada ano civil, computando-se, inclusive: a) as operações e prestações que constituam fato gerador do imposto, mesmo quando o pagamento for antecipado ou diferido, ou quando o crédito tributário for diferido, reduzido ou excluído em virtude de isenção ou outros benefícios, incentivos ou favores fiscais; b) as operações imunes do imposto.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
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Figura 24 - Gráfico da participação relativa do Valor Adicionado dos municípios da região da AMREC em 2002.
8%
46%
7%9%
3%4%
5%4%
5% 3% 6%
Cocal do Sul Criciúma Forquilinha Içara
Lauro Müller Morro da Fumaça Nova Veneza Orleans
Siderópolis Treviso Urussanga
Fonte: RAIS 2002.
A figura 24 apresenta o gráfico da participação referente à contribuição de valor
adicionado dos municípios pertencentes à AMREC. Observa-se a importante posição
do município de Criciúma para a região, em relação aos outros municípios.
A tabela 21 a seguir apresenta o montante de valor adicionado gerado por cada
atividades específica dos diversos setores econômicos presentes na região, onde
notamos a relevância das atividades ligadas à Indústrias de Transformação, que
geraram (R$ 1.017.172.711,00) na ano de 2002.
Tabela 21 - Valor Adicionado da região da AMREC por setores econômicos em 2002.
Agricultura, pecuária, silvicultura e Exploração Florestal
Agricultura, pecuária e serviços relacionados 5.118.594,00
Silvicultura, exploração florestal e serviços relacionados 460.826,00
Total 5.579.420,00
Alojamento e alimentação
Alojamento e alimentação 6.520.601,00
Atividades Imobiliárias, Aluguéis e Serviços Prestados às Empresas
Atividades de informática e serviços relacionados 27.670,00
Atividades imobiliárias 341.711,00
Pesquisa e desenvolvimento 17.686,00
Serviços prestados principalmente às empresas 5.918.262,00
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
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Total 6.305.330,00
Comércio; Reparação de Veículos Automotores, Objetos Pessoais e Domésticos
Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas; e comércio a varejo de combustíveis 75.438.402,00
Comércio por atacado e representantes comerciais e agentes do comércio 89.318.251,00
Comércio varejista e reparação de objetos pessoais e domésticos 125.120.264,00
Total 289.876.917,00
Construção
Construção 1.597.484,00
Indústrias de Transformação
Confecção de artigos do vestuário e acessórios 76.376.258,00
Edição, impressão e reprodução de gravações 2.991.397,00
Fabricação de artigos de borracha e de material plástico 129.268.465,00
Fabricação de celulose, papel e produtos de papel 6.632.928,00
Fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool 41.971.243,00
Fabricação de equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, instrumentos de precisão e ópticos, equipamentos para automação industrial, cronômetros e relógios 618.677,00
Fabricação de máquinas e equipamentos 28.260.539,00
Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 731.674,00
Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos 2.522.712,00
Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicações 68.954,00
Fabricação de móveis e indústrias diversas 18.532.849,00
Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 126.252.184,00
Fabricação de produtos de madeira 13.608.470,00
Fabricação de produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos 23.325.979,00
Fabricação de produtos de minerais não-metálicos 411.083.852,00
Fabricação de produtos do fumo 1.391.019,00
Fabricação de produtos químicos 99.943.066,00
Fabricação de produtos têxteis 9.228.763,00
Fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias 7.216.786,00
Metalurgia básica 14.069.644,00
Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados 719.466,00
Reciclagem 2.357.786,00
Total 1.017.172.711,00
Indústrias extrativas
Extração de carvão mineral 188.508.060,00
Extração de minerais metálicos 547.113,00
Extração de minerais não-metálicos 10.179.536,00
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
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Total 199.234.709,00
Intermediação financeira
Intermediação financeira 622
Outros serviços coletivos
Atividades associativas 4.704.623,00
Atividades recreativas, culturais e desportivas 7.514.613,00
Serviços pessoais 2.754.672,00
Total 14.973.908,00
Produção e Distribuição de eletricidade, Gás e Água
Eletricidade, gás e água quente 35.026.472,00
Saúde e Serviços Sociais
Saúde e serviços sociais 27.915,00
Sem Classificação
Sem classificação 5.145.920,00
Transporte, Armazenagem e Comunicações
Atividades anexas e auxiliares dos transportes e agências de viagem 408.041,00
Correio e telecomunicações 40.089,00
Transporte aéreo 146.351,00
Transporte terrestre 88.891.343,00
Total 89.485.824,00
Fonte: Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina, Valor Adicionado, 2002.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
59
1.7.3 Recolhimento do ICMS
A arrecadação de ICMS está relacionada ao nível de desenvolvimento alcançado
pelos setores produtivos da economia, à medida que incide sobre a produção de bens
e serviços, constituindo o principal item orçamentário da receita estadual.
Tabela 22 - Contribuição do ICMS - 1998 a 2002
Município 1998 1999 2000 2001 2002
Cocal do Sul 3.405.884 1.870.365 3.098.585 4.823.722 4.073.480
Criciúma 47.421.592 54.316.023 63.353.707 70.347.649 73.271.703
Forquilhinha 981.765 1.379.411 1.978.635 1.944.371 2.222.750
Içara 11.778.839 12.554.366 18.592.446 18.622.355 25.139.177
Lauro Müller 215.627 232.090 391.238 517.239 567.446
Morro da Fumaça 6.378.589 7.372.902 9.319.935 8.863.332 8.953.366
Nova Veneza 2.020.746 1.749.409 2.257.533 2.972.817 6.093.831
Orleans 2.363.791 2.947.990 4.548.086 4.744.679 3.503.971
Siderópolis 1.156.719 1.705.381 2.041.049 2.738.077 3.300.626
Treviso 85.881 141.705 181.993 207.465 444.796
Urussanga 6.070.638 4.770.644 6.544.038 5.817.328 6.395.905
Total AMREC 81.880.071 89.040.286 112.307.245 121.599.034 133.967.051
Total SC 1.607.844.324 1.850.502.989 2.213.992.978 2.616.521.022 3.217.492.130
% AMREC sobre Sc 5,09% 4,81% 5,07% 4,65% 4,16%
Fonte: Secretaria do Estado da Fazenda de SC. Internet: (http://www.sef.sc.gov.br. Acesso em 16/04/2004)
Embora o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) seja
considerado na determinação do valor adicionado, demonstrado anteriormente, ele
constitui-se num importante instrumento para a observação do volume da atividade
econômica desenvolvida.
Na tabela 22 consta o valor da contribuição sobre as mercadorias e serviços dos
municípios da região da AMREC. A participação da AMREC na arrecadação de ICMS
catarinense foi de 4,16%, somando um total de R$ 133.967.051. Os municípios que
mais se destacaram no ano de 2002 foram Criciúma e Içara, como se observa na
presente tabela.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
60
1.7.4 Recolhimento de Impostos Municipais
A tabela 23 apresenta o somatório dos impostos municipais "Imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU", "Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza- ISS" e “Outros Tributos”. Os valores são de 1997 a 2001 com valores
deflacionados para o ano 2001.
Tabela 23 - Recolhimento de Impostos Municipais da região da AMREC
Municípios 1997 1998 1999 2000 2001 % 97/01
Cocal do Sul 171.758,93 349.850,39 103,69%
Criciúma 5.563.868,66 6.145.065,49 4.127.068,81 4.668.284,96 5.204.935,53 -6,45%
Forquilhinha 178.435,55 258.013,78 385.629,89 436.557,17 433.312,05 142,84%
Içara 861.881,35 1.135.792,69 1.357.328,01 1.427.646,28 1.613.379,09 87,19%
Lauro Müller 119.167,83 110.413,05 102.720,78 146.666,95 23,08%
Morro da Fumaça 124.860,57 145.577,91 174.235,14 321.581,33 240.900,04 92,9%
Nova Veneza 109.274,90 254.817,37 220.819,82 354.444,46 279.382,67 155,66%
Orleans 456.823,36 501.635,80 482.108,06 5,53%
Siderópolis 80.468,86 110.715,57 111.541,31 140.194,06 527.009,13 554,92%
Treviso 35.154,21 47.504,73 46.679,16 45.448,44 72.887,48 107,33%
Urussanga 602.458,14 511.402,91 581.827,95 -3,42
Total SC (R$ 1.000,00) 227.023,59 247.257,00 268.378,91 307.330,85 334.937,39 47,53%
% AMREC sobre SC 1,65% 1,79% 1,89% 2,04% 1,93%
Fonte: Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional – STN.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
61
1.7.5 Empregados e Estabelecimentos
Esse tópico apresenta informações sobre número de empregados, número de
estabelecimento, grau de instrução e o tamanho dos estabelecimentos dos municípios
que compõem a região da AMREC. Essas informações foram extraídas da RAIS3 e
são baseadas apenas em dados formais. Isto é, não estão computados profissionais
que trabalham em setores informais. Conforme indica a tabela 24 a seguir, o número
de empregados registrados na região aumentou em (1,55%) no período de 2001 a
2002, apresentando em 2003 um crescimento de (3,09%), abaixo, entretanto, do
índice registrado no Estado como um todo, que foi de (4,60%).
Tabela 24 - Número de Empregados por municípios da região da AMREC - 2000-2002
Municípios 2001 2002 %01/02 2003 %02/03
Cocal do Sul 2.314 2.413 4,28 3.066 27,06
Criciúma 41.815 41.798 -0,04 41.097 -1,68
Forquilhinha 3.136 3.278 4,53 3.905 19,13
Içara 6.788 7.653 12,74 7.872 2,86
Lauro Muller 1.292 1.408 8,98 1.418 0,71
Morro da Fumaça 3.728 3.826 2,63 3.974 3,87
Nova Veneza 3.970 4.560 14,86 4.935 8,22
Orleans 4.043 4.253 5,19 4.460 4,87
Siderópolis 2.473 2.488 0,61 2.418 -2,81
Treviso 305 325 6,56 901 177,23
Urussanga 3.432 3.744 9,09 4.039 7,88
Total AMREC 73.296 75.746 3,34 78.085 3,09
Total SC 1.155.712 1.235.612 3,34 1.292.407 4,60
AMREC sobre SC 9,38% 8,91% 6,04
Fonte: RAIS 2000, 2001 e 2002.
3 RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) - tem por objetivo o suprimento às necessidades de controle da atividade trabalhista no País, e ainda, o provimento de dados para a elaboração de estatísticas do trabalho e a disponibilização de informações do mercado de trabalho às entidades governamentais. As informações são repassadas pelas empresas para o Ministério do Trabalho e Emprego. Internet: http://www.mte.gov.br Acesso em: 01/07/03.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
62
A figura 25 expressa o gráfico da participação de trabalhadores de cada município na
região. O município de Criciúma apresenta a maior participação no número de
empregos formais da região da AMREC (53%).
Figura 25 - Gráfico da participação relativa do número de empregados dos municípios da região da AMREC em 2003..
4%
53%
5%10%
2%
5%6%
6% 3% 1% 5%
Cocal do Sul Criciúma Forquilhinha Içara
Lauro Muller Morro da Fumaça Nova Veneza Orleans
Siderópolis Treviso Urussanga
Fonte: RAIS 2003.
A tabela 25 a seguir apresenta o número de empregados por setores de atividade
econômica presentes na região da AMREC no ano de 2003. O município de Criciúma
possui o maior número de empregados registrados em todos os setores da economia.
A maioria dos trabalhadores da região encontram-se no setor de comércio que
apresenta quase o dobro do número de trabalhadores industriais. No Estado como um
todo a situação é inversa, o número de trabalhadores industriais é praticamente o
dobro do número de trabalhadores empregados no comércio.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
63
Tabela 25 - Número de Empregados por setores econômicos e municípios da região da AMREC em 2003.
Municípios
Indú
stria
Con
stru
ção
Civ
il
Com
érci
o
Serv
icos
Agr
opec
uaria
Tota
l
Cocal do Sul 142 8 234 197 7 588
Criciuma 1.850 286 4.598 3710 40 10484
Forquilhinha 122 16 382 252 12 784
Icara 390 53 809 488 12 1752
Lauro Muller 62 7 188 150 2 409
Morro da Fumaca 297 15 293 171 4 780
Nova Veneza 197 28 199 172 13 609
Orleans 184 42 458 425 23 1132
Sideropolis 120 11 163 112 3 409
Treviso 9 2 25 29 1 66
Urussanga 198 25 279 301 19 822
Total 3.571 493 7.628 6.007 136 17.835
Total SC 435.385 42.779 214.045 507.298 36.105 1.235.612
AMREC sobre SC 0,82 1,15 3,56 1,18 0,38 1,44
Fonte: RAIS 2003.
É apresentado a seguir, na tabela 26, o número de estabelecimentos por setores da
atividade econômica na região da AMREC, onde observamos que a exemplo do que
ocorre com o número de trabalhadores, o município de Criciúma também apresenta o
maior número de estabelecimentos em todos os setores analisados. Na região, assim
como no Estado de Santa Catarina como um todo, o número de estabelecimentos
ligados ao comércio excedem aos referentes ao setor industrial.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
64
Tabela 26 - Número de Estabelecimentos por setores econômicos e municípios da região da AMREC em 2003.
Município
Indu
stria
Con
str c
ivil
Com
erci
o
Serv
icos
Agr
opec
uaria
Tota
l
Cocal do Sul 142 8 234 197 7 588
Criciúma 1.850 286 4.598 3.710 40 10.484
Forquilhinha 122 16 382 252 12 784
Içara 390 53 809 488 12 1.752
Lauro Muller 62 7 188 150 2 409
Morro da Fumaça 297 15 293 171 4 780
Nova Veneza 197 28 199 172 13 609
Orleans 184 42 458 425 23 1.132
Siderópolis 120 11 163 112 3 409
Treviso 9 2 25 29 1 66
Urussanga 198 25 279 301 19 822
Total AMREC 3.571 493 7.628 6.007 136 17.835
Total SC 23.200 5.104 49.348 45.115 6.336 129.103
Total AMREC sobre SC 15,29 10,65 15,11 12,78 2,05 13,51 Fonte: RAIS 2003
A tabela 27 apresenta o número de estabelecimentos por municípios da região da
AMREC de 2001 a 2003. Os municípios de Criciúma, Içara e Orleans possuem o
maior número de estabelecimentos registrados na região. Podemos observar um
aumento bem mais expressivo do número de estabelecimentos no ano de 2001 para
2002 (6,63%), do que em 2003, ano em que esse crescimento foi de (2,23%).
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
65
Tabela 27 - Número de Estabelecimentos por municípios da região da AMREC 2001/2003.
Municípios 2001 2002 %01/02 2003 %02/03
Cocal do Sul 613 607 -0,98% 588 -3,13
Criciúma 9.474 10.133 6,96% 10.484 3,46
Forquilhinha 706 785 11,19% 784 -0,13
Içara 1.702 1.808 6,23% 1.752 -3,10
Lauro Muller 408 424 3,92% 409 -3,54
Morro da Fumaça 716 766 6,98% 780 1,83
Nova Veneza 561 581 3,57% 609 4,82
Orleans 1.029 1.095 6,41% 1.132 3,38
Siderópolis 368 390 5,98% 409 4,87
Treviso 53 71 33,96% 66 -7,04
Urussanga 732 786 7,38% 822 4,58
Total AMREC 16.362 17.446 6,63% 17.835 2,23
Total SC 284.228 299.295 5,30% 310.980 3,90
Total AMREC sobre SC 5,75 5,82 5,74
Fonte: RAIS 2001, 2002 e 2003.
O gráfico expresso na figura 26 abaixo apresenta a participação relativa do número de
estabelecimentos dos municípios da região da AMREC. O município de Criciúma
apresenta aproximadamente 60% dos estabelecimentos da região. Içara e Orleans
apresentam, respectivamente (11%) e (6%).
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
66
Figura 26 - Gráfico da participação relativa do número de estabelecimentos dos municípios da região da AMREC em 2002.
3%
60%4%
11%
2%4%
3%6% 2%0% 5%
Cocal do Sul Criciúma Forquilhinha Içara
Lauro Muller Morro da Fumaça Nova Veneza Orleans
Siderópolis Treviso Urussanga
Fonte: RAIS 2003
A tabela 28 apresenta a média salarial (em R$) de 2001 a 2003 por municípios da
região da AMREC. Os municípios de Cocal do Sul (R$ 940,06) e Treviso (R$ 892,68)
possuem as melhores médias salariais em 2003. A região obteve de 2002 para 2003
um crescimento de (12,68%), inferior ao verificado no ano anterior (43,16%).
A figura 27 apresenta um gráfico comparativo da média salarial do período de 2001 a
2003. Em todos os municípios da região observa-se um crescimento nas médias
salariais, entretanto, no município de Treviso observou-se um crescimento mais
acentuado em relação aos demais municípios.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
67
Tabela 28 - Média Salarial de 2001 a 2003 por municípios da região da AMREC em R$.
Município 2001 2002 %01/02 2003 %03/02
Cocal do Sul 550,31 843,84 53,34 940,06 11,40
Criciúma 462,16 677,96 46,69 756,39 11,57
Forquilhinha 582,59 632,01 8,48 687,22 8,74
Içara 379,67 587,93 54,85 674,82 14,78
Lauro Muller 390,36 524,21 34,29 659,62 25,83
Morro da Fumaça 370,67 537,43 44,99 617,28 14,86
Nova Veneza 332,92 487,72 46,50 569,93 16,86
Orleans 350,14 493,88 41,05 576,45 16,72
Siderópolis 481,73 640,05 32,86 664,64 3,84
Treviso 448,75 571,98 27,46 892,68 56,07
Urussanga 488,67 647,63 32,53 722,34 11,54
Média AMREC 445,11 637,22 43,16 717,99 12,68
Média SC 661,57 725,77 9,70 799,96 10,22
‘ Fonte: RAIS 2001, 2002 e 2003..
Figura 27 - Gráfico comparativo da média salarial de 2001 e 2002 da região da AMREC
0100200300400500600700800900
1000
Cocal
do S
ul
Criciúm
a
Forquil
hinha
Içara
Lauro
Mull
er
Morro d
a Fum
aça
Nova V
enez
a
Orlean
s
Sideróp
olis
Trevis
o
Urussa
nga
2001 2002 2003F
Fonte: RAIS 2001 e 2002.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
68
A tabela 29 apresenta o grau de instrução por municípios da região da AMREC em
2003. Os municípios de Cocal do Sul (11,8%) e Criciúma (11,1%) possuem a maior
participação relativa de empregados com nível superior completo ou em andamento. O
maior índice de analfabetismo verificou-se também em Criciúma e a maior parte da
população da região como um todo apresenta o segundo grau completo (25,7%).
Tabela 29 - Grau de instrução por municípios da região da AMREC em 2003.
Município
% A
nalfa
beto
% 4
.ser
ie
inco
mpl
eta
% 4
.ser
ie
com
plet
o
% 8
.ser
ie
inco
mpl
eto
% 8
.ser
ie
com
plet
o
% 2
.gra
u in
com
plet
o
% 2
.gra
u co
mpl
eto
% s
uper
ior
inco
mpl
eto
% s
uper
ior
com
plet
o
Tota
l
Cocal do Sul 0,1 1,44 6,72 8,74 17,3 19,3 28,1 6,52 11,8 3.066
Criciúma 0,5 2,64 8,21 15,3 19,7 10,8 27,7 4,16 11,1 41.097
Forquilhinha 0,3 3,05 15 20,6 18,3 11,5 23,6 2,69 4,97 3.905
Içara 0,7 2,29 9,29 24,5 24,8 9,21 21,2 2,5 5,5 7.872
Lauro Muller 0,3 4,8 20,4 14,5 17,8 7,48 27,4 2,19 5,22 1.418
Morro da Fumaça 0,4 9,41 22,5 21,9 14,3 7,85 14,6 3,32 5,64 3.974
Nova Veneza 0,3 1,56 13,2 21 23,9 16,8 17,6 2,13 3,4 4.935
Orleans 0,4 4,87 14,7 14,2 13,3 8,03 33,7 3,74 7,04 4.460
Siderópolis 0,2 2,73 8,89 17 22,1 17 21,4 2,44 8,23 2.418
Treviso 0,1 3,77 16,8 18,2 25,6 7,99 21,3 2,11 4,11 901
Urussanga 0,1 3,86 11,1 15,9 16,9 11,7 29,1 4,38 6,91 4.039
Total 0,4 3,1 10,5 17 19,7 11,2 25,7 3,72 8,76 78.085
Fonte: RAIS 2003.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
69
1.8 Segmentos Econômicos Estratégicos Identificados
A partir da metodologia utilizada, identificaram-se os segmentos econômicos
estratégicos para a região da AMREC. Os segmentos econômicos de maior relevância
foram agrupados em cinco setores. Isto não significa que a totalidade dos segmentos
econômicos da região da AMREC foi identificada e analisada. Cabe ressaltar que este
capítulo faz parte da metodologia de Desenvolvimento Tecnológico Regional – DTR,
com objetivo de contribuir como fonte de informações para a realização de painéis
temáticos e na análise tecnológica da cadeia produtiva estratégica.
Os segmentos econômicos estratégicos identificados são apresentados a seguir:
Tabela 30 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos dos Segmentos Econômicos da AMREC em 2001.
Atividades Econômicas Valor Adicionado (R$) Empregados Estabelecimentos
Metalurgia Básica, Fabricação de Produtos de Metal, Máquinas e Equipamentos. 13.576.988,00 3.862 576
Extração e Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos 401.664.382,00 6.310 418
Fabricação de Produtos Têxteis e Confecção de Artigos do Vestuário. 82.428.108,00 7.523 1046
Extração de Carvão Mineral, Fabricação de Produtos Químicos, Material Plástico e Coquerias.
380.679.366,00 8.303 283
Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas 79.711.278,00 2.209 269
Fonte: elaborado a partir do próprio documento.
Com base nos dados formais de emprego, estabelecimentos e valor adicionado, pode-
se considerar o setor de Extração e Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos
o mais significativo na região, pelo montante de valor adicionado gerado, embora não
seja o que apresenta maior número de empregados da região. As atividades
relacionadas à Extração de Carvão Mineral, Fabricação de Produtos Químicos,
Material Plástico e Coquerias também destacam-se em relação aos outros setores.
Informações mais detalhadas sobre cada um deste setores serão expostas no
decorrer deste trabalho.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
70
1.8.1 Metodologia de Identificação de Segmentos Econômicos
Estratégicos
A metodologia de Identificação de Segmentos Econômicos Estratégicos4 utiliza-se do
Quociente Locacional para identificar os segmentos econômicos mais relevantes na
região em comparação ao Estado de Santa Catarina e, do Gini Locacional para
apresentar a distribuição espacial das mesmas na região de aplicação da metodologia.
Primeiramente será apresentada uma breve classificação dos cinco segmentos
analisados, considerando, com base em dados secundários, os setores que mais
contribuem com o Valor Adicionado para a região, bem como o número de
empregados e de estabelecimentos, caracterizando, dessa forma a relevância de cada
um deles na região da AMREC.
Na etapa seguinte, calcula-se o Quociente Locacional – QL para as variáveis número
de empregados e número de estabelecimentos para três séries históricas da região de
aplicação em comparação ao Estado de Santa Catarina. Neste caso, utilizou-se a
base de informações da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) fornecida pelo
Ministério de Trabalho e Emprego para os anos de 1999 a 2001 no terceiro nível do
CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Como resultado têm-se os
segmentos econômicos que apresentam maior relevância em comparação ao Estado
de Santa Catarina.
O Quociente Locacional compara a participação percentual de uma região em um
setor particular com a participação percentual da mesma região no total da variável-
base da economia nacional (HADDAD, 1989, p. 232).
4 A metodologia utilizada é uma variação da proposta na dissertação de mestrado “Metodologia de Identificação de Atividades Econômicas Potenciais” Florianópolis: PPGEP/UFSC, 2004, de Rafael Ernesto Kieckbusch. Maiores informações sobre o Quociente Locacional e Gini Locacional ver a referida dissertação.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
71
Quociente locacional do setor i na região j é dada pela seguinte fórmula:
..
.
.
EEEE
QLj
i
ij
ij =
Onde:
ijE Variável-base do setor i da região j.
.iE Somatório da variável-base dos setores da região j.
jE. Somatório da variável-base dos setores i da economia nacional.
..E Somatório da variável-base dos setores da economia nacional.
Se o valor do quociente locacional for maior do que 1 isto significa que a região é
relativamente mais importante, no contexto nacional, em termos de setor, do que em
termos gerais de todos os setores.
Em seguida, será apresentado o cálculo do Gini Locacional – GL para a variável
número de empregados na região de aplicação em uma série de três anos. Neste
caso, utilizou-se a base da RAIS como mencionado no QL.
Além do método gráfico, outra alternativa de se calcular o Gini Locacional é através de
uma fórmula, conforme (Traistaru & Iara, 2002, p. 7-8), é dada por::
⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡−= ∑
=
m
jjj
Ci CC
CmGINI
12
2D
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
72
Onde:
j
Cij
j ss
C = ∑
=
=m
jjCm
C1
1
Além disso, entende-se:
j Região de aplicação da fórmula.
m Número de sub-regiões da região de aplicação da
fórmula.
jD Indica a posição da região em ordem decrescente de
, Calculado a partir da participação relativa de Cj
no total de Cj .
Cj
∑==
j
Cij Eij
EijEiEijS
Como a distribuição da variável-base do setor i na
região j no total da variável-base do setor i.
∑∑∑==i j
ijj Eij
EijEE
S Como a distribuição do total da variável-base da
região j no total da variável base.
A partir da equação do coeficiente de concentração industrial a partir do Gini é
possível calcular o Gini Locacional sem a necessidade do uso do gráfico. Isto é, esta
equação calcula o α. Desta forma, a aplicação da fórmula torna-se mais prática e
rápida, ou seja, basta multiplicar por dois o valor do α que se tem o Gini Locacional.
Os valores variam entre zero e um. Estando mais próximo de zero, menos
concentrado é aquele setor no território e, mais próximo de um, mais concentrado esta
atividade será. Após o calculo do Gini Locacional, fez-se o agrupamento dos
segmentos econômicos em setores, de forma a se ter uma análise por possível
aglomeração ou cadeia produtiva, utilizando-se um conjunto de variáveis (número de
empregados, número de estabelecimentos, valor adicionado e tamanho dos
estabelecimentos) em tabelas para os segmentos econômicos.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
73
Na última etapa, fez-se uma análise das informações obtidas de dados secundários e,
em alguns casos, utilizaram-se outras bases de dados para complementar as
informações identificadas.
Na tabela de tamanho dos estabelecimentos, adotou-se a seguinte divisão:
Micro: até quatro empregados;
Pequeno: de cinco a quarenta e nove empregados;
Médio: de cinqüenta e quatrocentos e noventa e nove empregados;
Grande: mais de quinhentos empregados.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
74
1.8.2 Metalurgia Básica, Fabricação de Produtos de Metal, Máquinas e
Equipamentos.
Dos cinco setores selecionados este é o que apresenta o menor valor adicionado no
ano de 2001, o que não ofusca sua significância para a região. A tabela 31 a seguir
apresenta os índices de Quociente Locacional de empregados, por atividades
econômicas da região da AMREC. As atividades relacionadas à Siderurgia, à
Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada e à Fabricação de
máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e construção se apresentam
duas vezes mais concentradas na região do que no restante do Estado de Santa
Catarina no decorrer dos anos analisados.
Tabela 31 - Quociente Locacional de Empregados, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Quociente Locacional de Empregados Atividades Econômicas
1998 1999 2000 2001 2002
Siderurgia 1,9108 2,1144 2,3119 2,4321 2,0096
Metalurgia de metais não-ferrosos 0,8599 0,7334 0,4538 0,7334 0,7931
Fundição 2,0168 0,5353 0,9261 0,9886 1,0324
Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada 1,7210 1,9608 1,9668 1,7817 2,3248
Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais 2,1192 1,7136 1,2970 1,2307 1,3732
Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas manuais 1,9549 1,2859 2,0909 1,3653 1,4921
Fabricação de produtos diversos de metal 0,6760 0,5944 0,4628 0,7514 0,8470
Fabricação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão 0,1013 0,1873 0,1911 0,4689 0,4997
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral 0,8708 0,9231 1,0355 0,9792 0,8610
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais
1,4206 1,3549 1,6666 1,1432 1,0790
Fabricação de máquinas-ferramentas 1,3854 2,0138 1,1328 0,8836 0,8989
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e construção 2,1466 4,8137 12,5406 2,5518 2,7867
Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 1,2145 1,3745 0,9876 1,0371 1,0477
Fabricação de eletrodomésticos 0,2596 0,3945 0,4942 0,5019 0,5969
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
75
Tabela 32 - Quociente Locacional de Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas
1998 1999 2000 2001 2002
Siderurgia 2,5155 2,3090 0,9715 2,0437 1,8058
Metalurgia de metais não-ferrosos 1,6770 1,5775 1,3751 1,1817 1,4577
Fundição 2,3216 2,0964 2,5774 2,7971 2,9900
Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada 0,8975 0,8503 0,9547 0,9845 1,1126
Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais 1,1772 1,3466 1,4128 1,6159 1,7785
Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas manuais 1,2900 1,2291 1,3898 1,4085 1,6324
Fabricação de produtos diversos de metal 1,6162 1,7238 1,7612 1,8035 1,7345
Fabricação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão 1,7701 1,8770 1,4367 1,4650 2,1444
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral 1,2656 1,6464 1,8166 1,9603 1,8483
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais
1,2530 1,1989 1,3533 1,1280 0,8962
Fabricação de máquinas-ferramentas 0,6927 1,8472 0,6939 0,5604 0,6216
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e construção 4,2484 4,1562 8,5005 6,7974 6,1270
Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 0,8961 1,4192 1,3567 1,1980 1,3145
Fabricação de eletrodomésticos 0,6373 0,4055 0,3778 0,7721 0,4085
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
Na tabela 32 estão expostos os índices de Quociente Locacinal de estabelecimentos
por setores econômicos da região, onde destaca-se a fabricação de máquinas e
equipamentos de uso na extração mineral e construção, que se encontram seis vezes
mais concentradas que o índice do Estado como um todo.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
76
A tabela 33 apresenta os índices de Gini Locacional por atividades econômicas na
região da AMREC. Como foi definido na metodologia, quanto mais próximo de zero for
o índice, menos concentrado na território em questão é o setor. Nota-se, observando a
tabela, que apenas as atividades ligadas à fabricação de máquinas e equipamentos de
uso na extração mineral e construção se apresenta concentrado no território. A maioria
das atividades apresentaram baixa concentração do índice de Gini Locacional.
Tabela 33 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Gini Locacional Atividades Econômicas
1998 1999 2000 2001 2002 Distribuição Espacial
Siderurgia 0,9944 0,9941 - - - -
Metalurgia de metais não-ferrosos 0,1963 0,2145 0,5546 0,3687 0,1337 Baixa Concentração
Fundição 0,1568 0,0952 0,1504 0,1470 0,1887 Baixa Concentração
Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada 0,0569 0,0671 0,0471 0,0347 0,0418 Regular
Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais 0,1991 0,1044 0,0887 0,1690 0,1808 Baixa
Concentração
Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas manuais 0,2528 0,2423 0,2991 0,2480 0,0865 Baixa
Concentração
Fabricação de produtos diversos de metal 0,0583 0,1033 0,0964 0,0575 0,0832 Baixa
Concentração
Fabricação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão
0,8215 0,7361 0,9066 0,6558 0,6169 Baixa Concentração
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral 0,1232 0,1266 0,0659 0,0462 0,0576 Baixa
Concentração
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais
0,6128 0,4834 0,5218 0,2302 0,1821 Baixa Concentração
Fabricação de máquinas-ferramentas 0,5490 0,3509 0,7428 0,5501 0,5035 Super Concentrado
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e construção
0,7665 0,8981 0,8750 0,4203 0,3803 Concentrado
Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 0,2571 0,2145 0,3568 0,1697 0,1636 Baixa
Concentração
Fabricação de eletrodomésticos - - - - - -
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
77
A figura 28 apresenta o Mapa temático, por atividades econômicas, das atividade
pertencentes à Cadeia Produtiva de Metalurgia Básica, Fabricação de Produtos de
Metal, Máquinas e Equipamentos.
Observando a figura percebemos que as maiores participações de empregados na
região foi observado nas atividades ligadas à fundição, que apresenta alto índice de
participação de trabalhadores, ou seja, 5% a 10% dos trabalhadores de Nova Veneza
estão ocupados nessa atividade. O município de Forquilhinha apresenta índice médio
de participação de trabalhadores (2,5% à 5%) nas atividades de forjaria, estamparia,
metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais. As demais atividades analisadas
pertencentes à essa Cadeia Produtiva apresentam participação baixa e muito baixa
nos municípios da AMREC.
A faixas seguem o seguinte princípio:
Zero: nenhum emprego registro;
Super baixo: até 1% de empregados do município;
Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;
Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;
Alto: de 5% a 10% de empregados do município
Super alto: acima de 10% de empregados do município.
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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
83
Tabela 34 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Valor Adicionado Empregados
Atividades Econômicas
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Siderurgia 250.039,00 0,02% -17,63% 145 0,19% 68,60% 2
Metalurgia de metais não-ferrosos 440.640,00 0,03% -96,09% 44 0,06% 51,72% 13
Fundição 7.615.597,00 0,54% 85,50% 698 0,92% 67,39% 61
Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada - - - 595 0,79% 85,36% 74
Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais 358.708,00 0,03% -84,27% 364 0,48% 21,74% 48
Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas manuais 2.465.683,00 0,17% 67,75% 133 0,18% 54,65% 55
Fabricação de produtos diversos de metal 93.814,00 0,01% 440,12% 370 0,49% 50,41% 110
Fabricação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão
- - - 236 0,31% 218,92% 12
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral - - - 294 0,39% 36,11% 71
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais
- - - 136 0,18% 7,09% 14
Fabricação de máquinas-ferramentas - - - 54 0,07% -20,59% 5
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e construção - - - 294 0,39% 36,11% 71
Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico - - - 326 0,43% 3,82% 39
Fabricação de eletrodomésticos 2.352.507,00 0,17% 39,47% 173 0,23% 67,96% 1
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
Como evidencia a tabela 34, as atividades ligadas à fundição apresentam o maior
valor adicionado frente às demais atividades selecionadas, apresentando também o
maior número de trabalhadores em 2001. As atividades relacionadas à fabricação de
produtos diversos de metal apresentaram um crescimento na geração de valor
adicionado de (440%) de 1999 à 2002. Essa atividade apresenta também o maior
número de estabelecimentos em 2001 na área da AMREC.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
84
Tabela 35 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.
Atividades Econômicas Valor
Adicionado per capita (R$ 1,00)
Média Salarial
Siderurgia - R$ 444,18
Metalurgia de metais não-ferrosos 160.397,93 R$ 286,81
Fundição 9.946,92 R$ 437,54
Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada 313,18 R$ 493,05
Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais 14.433,64 R$ 512,13
Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas manuais 10.352,67 R$ 463,00
Fabricação de produtos diversos de metal 80,39 R$ 453,67
Fabricação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral - R$ 537,32
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais - R$ 657,89
Fabricação de máquinas-ferramentas - R$ 629,06
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e construção - R$ 598,52
Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico - R$ 768,02
Fabricação de eletrodomésticos 10.427,27 R$ 350,12
Fonte: elaborado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1998 a 2002.
A tabela 35 apresenta a valor adicionado per capita e a média salarial das atividades
analisadas da Cadeia Produtiva em questão. Observando os dados, podemos notar o
expressivo valor adicionado per capita das atividades ligadas à metalurgia de metais
não-ferrosos (R$ 160.397,93). O menor valor foi observado nas atividades de
fabricação de produtos diversos do metal (R$ 80,39). A maior média salarial das
atividades que compõem essa cadeia verificam-se na fabricação de outras máquinas e
equipamentos de uso específico (R$ 768,02).
A tabela 36 apresenta o tamanho dos estabelecimentos por empregados e por
municípios, ou seja, mostra a porcentagem dos empregados presentes nos grupos de
empresas (micro, pequena, média, grande). Mostra também a participação dos
diferentes tamanhos de estabelecimentos sobre o total dos números de
estabelecimentos na região. Nota-se a partir dos dados a inexistência de grandes
estabelecimentos em todos os setores. As atividades de siderurgia concentram-se em
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
85
médias empresas. As demais atividades variam entre micro, pequeno e médio
estabelecimentos.
Tabela 36 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.
Empregados (%) Estabelecimentos (%)
Atividades Econômicas
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Mic
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Siderurgia 0,00 0,00 100,00 0,00 0,00 0,00 100,00 0,00
Metalurgia de metais não-ferrosos 19,23 80,77 0,00 0,00 84,62 15,38 0,00 0,00
Fundição 6,75 57,67 35,58 0,00 57,38 37,70 4,92 0,00
Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada 11,38 26,11 62,51 0,00 72,97 24,32 2,70 0,00
Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais 11,55 45,77 42,68 0,00 72,92 22,92 4,17 0,00
Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas manuais 32,04 67,96 0,00 0,00 89,09 10,91 0,00 0,00
Fabricação de produtos diversos de metal 16,28 83,72 0,00 0,00 73,64 26,36 0,00 0,00
Fabricação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão
2,13 42,55 55,32 0,00 66,67 16,67 16,67 0,00
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral 18,50 57,14 24,36 0,00 78,87 19,72 1,41 0,00
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais
5,03 38,19 56,78 0,00 71,43 21,43 7,14 0,00
Fabricação de máquinas-ferramentas 19,72 80,28 0,00 0,00 60,00 40,00 0,00 0,00
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e construção
23,68 76,32 0,00 0,00 60,00 40,00 0,00 0,00
Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 6,34 60,00 33,66 0,00 66,67 30,77 2,56 0,00
Fabricação de eletrodomésticos 0,00 0,00 100,00 0,00% 0,00 0,00 100,00 0,00
Fonte: elaborado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2002.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
86
1.8.3 Extração e Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos
O conjunto das atividades que formam essa Cadeia Produtiva geram o maior valor
adicionado das cadeias selecionadas (R$ 401.664.382,00), o que retrata a importância
dessa Cadeia Produtiva para a região da AMREC.
A tabela 37 a seguir apresenta o Quociente Locacional de empregados por atividades
econômicas da região. Nota-se que em todas as atividades há uma concentração
maior que a observada no restante do Estado como um todo, em especial a extração
de outros minerais não-metálicos e a fabricação de produtos cerâmicos, que
apresentam essa concentração quatro vezes maior que em Santa Catarina.
Tabela 37 - Quociente Locacional de Empregados, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Quociente Locacional de Empregados Atividades Econômicas
1998 1999 2000 2001 2002
Extração de pedra, areia e argila 1,4261 1,6263 2,6098 2,2942 2,3642
Extração de outros minerais não-metálicos 5,1458 5,5722 5,1062 4,3875 4,8507
Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque 3,3281 2,7756 2,9369 2,7395 3,0476
Fabricação de produtos cerâmicos 4,9900 4,9402 5,0842 4,6452 4,8083
Aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais não-metálicos 2,5631 2,9386 3,7273 3,0878 2,9820
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
O Quociente Locacional de estabelecimentos por atividade econômica está expresso
na tabela 38 onde destaca-se a concentração das atividades ligadas à fabricação de
produtos cerâmicos, que se mostra três vezes mais concentrados que no restante do
Estado de Santa Catarina.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
87
Tabela 38 - Quociente Locacional de Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas
1998 1999 2000 2001 2002
Extração de pedra, areia e argila - - - - -
Extração de outros minerais não-metálicos 3,7485 3,2936 3,7283 3,5891 2,8330
Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque 1,2255 1,3778 1,4390 1,2674 1,3364
Fabricação de produtos cerâmicos 3,7601 3,4936 3,3371 3,4712 3,5120
Aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais não-metálicos 1,5931 1,5166 1,6777 1,5328 1,5639
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
A tabela 39 apresenta os índices de Gini Locacional por atividades econômicas na
região da ADR–AMREC. Nota-se, através da observação dos dados que as atividades
ligadas à fabricação de produtos cerâmicos, ao aparelhamento de pedras e fabricação
de cal e de outros produtos de minerais não-metálicos encontram-se super
concentradas, segundo a metodologia utilizada, indicando que essas atividades estão
super concentradas no território em questão.
Tabela 39 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Gini Locacional Atividades Econômicas
1998 1999 2000 2001 2002 Distribuição Espacial
Extração de pedra, areia e argila 0,0458 0,1325 0,2235 0,2251 0,2073 Baixa Concentração
Extração de outros minerais não-metálicos 0,5263 0,4319 0,4692 0,6934 0,8360 Baixa
Concentração
Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque
- - - - - -
Fabricação de produtos cerâmicos 3,7601 3,4936 3,3371 3,4712 3,5120 Super Concentrado
Aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais não-metálicos
1,5931 1,5166 1,6777 1,5328 1,5639 Super Concentrado
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
88
A figura 29 apresenta o mapa temático das atividades pertencentes à Cadéia
Produtiva de Extração e Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos, por
municípios da região, onde nota-se a presença mais atuantes de tais atividades. A
extração de pedra, areia e argila apresenta índice médio de participação de
trabalhadores em Içara, indicando que de 2,5% a 5% dos trabalhadores desse
município dedicam-se a essa atividade. No município de Morro da Fumaça observou-
se o mesmo índice para as atividades ligadas à extração de outros minerais não-
metálico.
A fabricação de produtos cerâmicos está presente na maioria dos municípios da
região, apresentando índice de participação de trabalhadores super alto (mais de 10%)
em Cocal do Sul e Morro da Fumaça, Alto em Urussanga e Içara e médio em
Criciúma e Lauro Muller.
O aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais não-
metálicos apresentam índice médio de participação de trabalhadores em Nova
Veneza, os demais municípios apresentam índice de participação de trabalhadores
baixo e muito baixo para várias das atividades mencionadas (vide figura 29 para mais
detalhes).
A faixas seguem o seguinte princípio:
Zero: nenhum emprego registro;
Super baixo: até 1% de empregados do município;
Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;
Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;
Alto: de 5% a 10% de empregados do município
Super alto: acima de 10% de empregados do município.
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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
92
Tabela 40 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Valor Adicionado Empregados
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Extração de pedra, areia e argila 3.569.745,00 0,25% -67,04% 319 0,42% 99,38% 38
Extração de outros minerais não-metálicos 3.601.047,00 0,25% 2006,61% 135 0,18% -8,78% 18
Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque
43.654.776,00 3,08% 184,83% 834 1,10% 29,70% 86
Fabricação de produtos cerâmicos 350.741.125,00 24,74% 40,37% 4735 6,25% 0,98% 243
Aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais não-metálicos
97.689,00 0,01% -77,29% 287 0,38% 36,67% 33
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
A tabela 40 apresenta o valor adicionado de 2002 bem como informações sobre
empregados e estabelecimentos das atividades que compõem essa Cadeia Produtiva
em 2001. A fabricação de produtos cerâmicos gera (R$ 350.741.125,00) de valor
adicionado. Estas atividades também apresentam o maior número de
estabelecimentos em relação às demais relacionadas.
A tabela 41 a seguir apresenta o valor adicionado per capita e a média salarial, por
atividades econômicas da região da AMREC em 2002. As atividades ligadas ao
aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais não-
metálicos apresentam o maior valor adicionado per capita (R$ 387,30). A maior média
salarial verifica-se nas atividades de extração de outros minerais não-metálicos.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
93
Tabela 41 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.
Atividades Econômicas Valor Adicionado per capita (R$ 1,00)
Média Salarial
Extração de pedra, areia e argila R$ 24.730,63 R$ 848,92
Extração de outros minerais não-metálicos R$ 20.097,36 R$ 1.124,50
Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque R$ 33.307,38 R$ 632,71
Fabricação de produtos cerâmicos R$ 59.711,06 R$ 653,29
Aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais não-metálicos R$ 387,30 R$ 479,09
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1998 a 2002.
Com a exceção da fabricação de produtos cerâmicos que apresenta aproximadamente
(17%) dos empregados trabalhando em grandes estabelecimentos, que representam
(0,41%) do total dos estabelecimentos da região, as demais atividades distribuem-se
entre os estabelecimentos micro, pequeno e médios, como demonstra a tabela 42.
Tabela 42 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.
Empregados (%) Estabelecimentos (%)
Atividades Econômicas
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Extração de pedra, areia e argila 4,92 12,30 82,77 0,00 86,84 10,53 2,63 0,00
Extração de outros minerais não-metálicos 3,45 53,79 42,76 0,00 72,22 22,22 5,56 0,00
Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque 5,06 37,20 57,73 0,00 67,44 29,07 3,49 0,00
Fabricação de produtos cerâmicos 4,73 35,15 42,98 17,14 52,67 41,15 5,76 0,41
Aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais não-metálicos
7,36 32,18 60,46 0,00 72,73 21,21 6,06 0,00
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2002.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
94
1.8.4 Fabricação de Produtos Têxteis e Confecção de Artigos do
Vestuário.
A Cadeia Produtiva das atividades de Fabricação de Produtos Têxteis e Confecção de
Artigos do Vestuário apresenta o maior número de empregados e estabelecimentos
dentre as selecionadas neste documento, caracterizando a predominância de
pequenas propriedades.
A tabela 43 a seguir apresenta os índices de Quociente Locacional de empregados,
por atividades econômicas de região de AMREC, onde observamos que as atividades
de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros e a confecção de
artigos do vestuário apresentam concentração superior à observada no Estado de
Santa Catarina como um todo.
Tabela 43 - Quociente Locacional de Empregados, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Quociente Locacional de Empregados Atividades Econômicas
1998 1999 2000 2001 2002
Acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros 1,3083 1,2853 0,8490 1,3437 1,3772
Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exceto vestuário - e de outros artigos têxteis 1,1266 0,9033 0,6254 0,3906 0,4709
Fabricação de tecidos e artigos de malha 0,3313 0,3261 0,4284 0,2871 0,3650
Confecção de artigos do vestuário 1,7042 1,7461 1,7610 1,6154 1,7311
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
A tabela 44 expressa o índice de Quociente Locacional dos estabelecimentos, por
setores de atividades e assim como o índice de empregados, as atividades de
acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros e a confecção de artigos
do vestuário apresentam concentração superior à média estadual.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
95
Tabela 44 - Quociente Locacional de Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas
1998 1999 2000 2001 2002
Acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros 1,4382 0,9003 1,1148 1,3193 1,5460
Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exceto vestuário - e de outros artigos têxteis 0,5494 0,3918 0,3291 0,3504 0,2012
Fabricação de tecidos e artigos de malha 0,7022 0,8299 0,8680 0,7410 0,7849
Confecção de artigos do vestuário 1,6174 1,7304 1,7215 1,7077 1,7113
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
A tabela 45 apresenta os índice de Gini Locacional das atividades pertencentes à essa
cadeia, onde observa-se uma distribuição super concentrada para atividades de
Fabricação de tecidos e artigos de malha e concentrada na confecção de artigos do
vestuário.
Tabela 45 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Gini Locacional Atividades Econômicas
1998 1999 2000 2001 2002 Distribuição Espacial
Acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros 0,7353 0,7454 0,5524 0,2495 0,2443 Baixa
Concentração
Fabricação de tecidos e artigos de malha 0,0914 0,0778 0,2506 0,3574 0,5474 Super
Concentrado
Confecção de artigos do vestuário 0,0614 0,0697 0,0402 0,0397 0,0346 Concentrado
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
A figura 30 a seguir apresenta um esboço das atividades pertencentes à Cadeia
Produtiva genérica do Têxtil e Vestuário, identificando as atividades e componentes
dos insumos, a infra-estrutura e outros serviços relacionados, o setor de
transformação e os aspectos mercadológicos, interno e externo dos produtos.
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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
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A faixas seguem o seguinte princípio:
Zero: nenhum emprego registro;
Super baixo: até 1% de empregados do município;
Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;
Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;
Alto: de 5% a 10% de empregados do município
Super alto: acima de 10% de empregados do município.
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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
100
Tabela 46 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Valor Adicionado Empregados
Atividades Econômicas
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Acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros 464.085,00 0,03% -81,00% 361 0,48% 46,15% 31
Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exceto vestuário - e de outros artigos têxteis
3.785.623,00 0,27% 316,16% 292 0,39% -1,68% 53
Fabricação de tecidos e artigos de malha 1.932.699,00 0,14% -67,43% 235 0,31% 8,29% 28
Confecção de artigos do vestuário 76.245.701,00 5,38% 72,72% 6635 8,76% 29,89% 934
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
Dentre as atividades pertencentes à essa Cadeia Produtiva, as de confecção de
artigos do vestuário são as que apresentam maior valor adicionado, valor este que
corresponde a (5,38%) do valor adicionado da AMREC, são também as que
apresentam maior valor adicionado, bem como o maior número de estabelecimentos.
O valor adicionado das atividades de fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos
- exceto vestuário - e de outros artigos têxteis cresceu (316,16%) no período que
compreende os anos de 1999 à 2002.
Tabela 47 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.
Atividades Econômicas Valor Adicionado per capita (R$ 1,00)
Média Salarial
Acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros R$ 10.692,78 R$ 263,29
Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exceto vestuário - e de outros artigos têxteis R$ 6.083,26 R$ 311,55
Fabricação de tecidos e artigos de malha R$ 10.591,96 R$ 324,00
Confecção de artigos do vestuário R$ 246,57
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1998 a 2002.
A tabela 47 apresenta o valor adicionado per capita e a média salarial das atividades
dessa cadeia, entretanto não foi possível identificar o valor adicionado per capita das
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
101
atividades relacionadas à confecção de artigos do vestuário, o que deixa prejudicada a
análise comparativa das atividades. A maior média salarial verificou-se nas atividades
de fabricação de tecidos e artigos de malha.
Tabela 48 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.
Empregados (%) Estabelecimentos (%)
Atividades Econômicas
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Acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, por terceiros 13,09 56,31 30,60 0,00 61,29 35,48 3,23 0,00
Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exceto vestuário - e de outros artigos têxteis
0,00 100,00 0,00 0,00 50,00 50,00 0,00 0,00
Fabricação de tecidos e artigos de malha 2,65 15,88 81,47 0,00 67,86 21,43 10,71 0,00
Confecção de artigos do vestuário 6,63 42,67 39,03 11,68 79,23 17,67 3,00 0,11
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2002.
Como mostra a tabela 48, apenas as atividades de confecção de artigos do vestuário
apresentam grandes estabelecimentos, embora seja apenas (0,11%) dos mesmos. A
maioria dos empregados envolvidos na fabricação de tecidos e artigos de malha e na
confecção de artigos do vestuário trabalham em estabelecimentos de porte médio.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
102
1.8.5 Extração de Carvão Mineral, Fabricação de Produtos Químicos,
Material Plástico e Coquerias.
As atividades dessa Cadeia Produtiva somam juntas o segundo maior valor adicionado
da região da AMREC e possuem também o maior número de trabalhadores
envolvidos.
O Quociente Locacional de empregados, por setor econômico da região estão
expostos na tabela 49 a seguir, onde destaca-se as atividades relacionadas
à extração de carvão mineral e as de coquerias, que apresentam concentração
superior à 15 e 16 vezes, rerspectivamente, à observada no Estado de Santa Catarina
como um todo.
A fabricação de resinas e elastômeros e de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e
produtos afins também apresentam destaque, a medida que apresentam o índice
superior a seis. A fabricação de produtos e preparados químicos diversos também
apresentam concentração superior a quatro vezes à obsrevada em Santa Catarina.
Tabela 49 - Quociente Locacional de Empregados, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Quociente Locacional de Empregados Atividades Econômicas
1998 1999 2000 2001 2002
Extração de carvão mineral 16,6185 16,6605 16,9812 15,4798 16,0543
Fabricação de produtos químicos inorgânicos 1,5407 1,1117 1,4484 0,1261 0,4049
Fabricação de produtos químicos orgânicos 2,2710 4,2716 0,2399
Fabricação de resinas e elastômeros 6,0561 4,5796 16,2155 6,4926 6,5250
Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins 9,4918 8,9038 5,8838 6,6012 6,7018
Fabricação de produtos e preparados químicos diversos 4,9900 4,8521 5,7687 5,0245 4,2611
Fabricação de artigos de borracha 0,6023 0,7256 0,3556 0,6157 0,7289
Fabricação de produtos de material plástico 3,4789 3,4954 3,2530 3,2454 3,2436
Coquerias 16,6543 16,7919 16,0937 15,7677 15,6999
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
103
Tabela 50 - Quociente Locacional de Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas
1998 1999 2000 2001 2002
Extração de carvão mineral 15,1143 14,6689 13,7455 13,5775 13,5736
Fabricação de produtos químicos inorgânicos - - - - -
Fabricação de produtos químicos orgânicos - - - - -
Fabricação de resinas e elastômeros 3,9828 2,7708 4,6366 3,1584 2,8593
Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins 3,7050 3,2812 2,9249 3,6480 3,6290
Fabricação de produtos e preparados químicos diversos 3,5217 3,4557 3,5930 3,4913 3,4311
Fabricação de artigos de borracha 1,2041 1,4041 1,0948 1,2408 1,2072
Fabricação de produtos de material plástico 1,9189 1,9514 1,8056 1,9155 1,9084
Coquerias 15,9313 15,7498 15,3009 15,5427 14,8161
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
Os índices de Quociente Locacional de estabelecimentos expressos na tabela 50
também evidenciam a alta concentração das atividades de extração de carvão mineral
e coquerias em relação ao Estado catarinense.
O índice de Gini Locacional expresso na tabela 51 mostra a distribuição das atividades
dentro da região, onde o índice próximo a 1 (um) reflete uma alta concentração em
algum, ou alguns municípios da região. Dentre as atividade selecionadas para essa
Cadeia Produtiva, a que apresenta maior concentração são as relacionadas à
fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins que apresentam a
distribuição espacial super concentrada. A fabricação de produtos químicos
inorgânicos e as atividades ligadas à coquerias apresentam-se concentradas na
região. As demais atividades apresentam baixa concentração.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
104
Tabela 51 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Gini Locacional Atividades Econômicas
1998 1999 2000 2001 2002 Distribuição Espacial
Extração de carvão mineral 0,1929 0,1073 0,0569 0,0701 0,0633 Baixa Concentração
Fabricação de produtos químicos inorgânicos 0,9312 0,9638 1,0000 - 0,2622 Concentrado
Fabricação de produtos químicos orgânicos - - - - - -
Fabricação de resinas e elastômeros - - 0,9887 - - -
Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins 0,3310 0,2966 0,5811 0,5977 0,6714 Super
Concentrado
Fabricação de produtos e preparados químicos diversos 0,1324 0,3152 0,1959 0,1520 0,1482 Baixa
Concentração
Fabricação de artigos de borracha 0,2393 0,2494 0,1891 0,0739 0,2295 Baixa Concentração
Fabricação de produtos de material plástico 0,0787 0,0855 0,0860 0,0835 0,0847 Baixa
Concentração
Coquerias 0,4393 0,8471 0,2232 0,3061 0,2503 Concentrado
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
A figura 32 apresenta o mapa temático, por setores, das atividades que pertencem a
Cadeia Produtiva em questão, onde observa-se que a extração de carvão mineral
apresenta índice de participação de empregados super alto em Lauro Muller
Siderópolis e Forquilhinha, o que significa que mais de (10%) dos trabalhadores
desses municípios dedicam-se a essas atividades. Em Treviso o índice de participação
é alto (5% a 10% dos trabalhadores do município).
Em Siderópolis o índice de participação de trabalhadores envolvidos na fabricação de
tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins é alto. As fabricação de produtos e
preparados químicos diversos apresenta, no município de Morro da Fumaça índice
médio de participação de empregados, (2,5% a 5% dos mesmos).
A fabricação de produtos de material plástico apresenta índice super alto de
participação de trabalhadores em Orleans, Urussanga e Içara, ou seja, mais de (10%)
dos trabalhadores destes municípios dedicam à fabricação de material plástico.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
105
A faixas seguem o seguinte princípio:
Zero: nenhum emprego registro;
Super baixo: até 1% de empregados do município;
Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;
Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;
Alto: de 5% a 10% de empregados do município
Super alto: acima de 10% de empregados do município.
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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
110
Tabela 52 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Valor Adicionado Empregados
Atividades Econômicas
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Extração de carvão mineral 188.357.258,00 13,29% 36,75% 2362 3,12% -19,03% 72
Fabricação de produtos químicos inorgânicos 1.314.015,00 0,09% -
90,36% 7 0,01% -63,16% 7
Fabricação de produtos químicos orgânicos - - - 1 0,00% -96,55% 2
Fabricação de resinas e elastômeros - - - 10 0,01% 233,33% 2
Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins
31.862.630,00 2,25% 22,78% 470 0,62% -16,22% 22
Fabricação de produtos e preparados químicos diversos - - - 553 0,73% 44,76% 43
Fabricação de artigos de borracha - - - 129 0,17% 53,57% 19
Fabricação de produtos de material plástico 159.145.463,00 11,23% 50,82% 4566 6,03% 29,09% 97
Coquerias - - - 205 0,27% 7,33% 19
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
A tabela 52 apresenta o valor adicionado das atividades pertencentes à essa Cadeia
Produtiva no ano de 2001, bem como o número de empregados e de
estabelecimentos. A coleta de alguns dados do valor adicionado estavam
indisponíveis, o que prejudicou a análise, entretanto, observando os dados disponíveis
notamos que o maior valor adicionado verificou-se na extração de carvão mineral,
seguido das atividades de fabricação de produtos de material plástico, atividade esta
que comporta também o maior número de estabelecimentos desta cadeia.
O valor adicionado per capita das atividades de fabricação de produtos químicos e
inorgânicos é o maior, sendo registrado (R$ 3.221.926,00) A maior média salarial
verificou-se também nas atividade relacionadas à extração de carvão, mineral (R$
797,84), conforme indica a tabela 53.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
111
Tabela 53 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.
Atividades Econômicas Valor Adicionado per capita (R$ 1,00)
Média Salarial
Extração de carvão mineral R$ 84.354,97 R$ 797,84
Fabricação de produtos químicos inorgânicos R$ 3.221.926,00 R$ 180,05
Fabricação de produtos químicos orgânicos R$ 144.822,00 R$ 400,00
Fabricação de resinas e elastômeros - R$ 162,79
Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins R$ 101.622,63 R$ 842,18
Fabricação de produtos e preparados químicos diversos R$ 6.589,14 R$ 134,71
Fabricação de artigos de borracha R$ 386,30 R$ 498,62
Fabricação de produtos de material plástico R$ 29.906,27 R$ 572,76
Coquerias - R$ 626,57
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1998 a 2002.
As atividades ligadas à fabricação de produtos químicos inorgânicos e à fabricação de
produtos químicos orgânicos apresentam (100%) dos trabalhadores em micro
empresas. A extração de carvão mineral apresenta(1,39%) de estabelecimentos de
grande porte e (11,11%) dos estabelecimentos classificados como de médio porte, que
incorporam a maior participação de trabalhadores (53,13%) dos mesmos. A fabricação
de produtos de material plástico também apresenta um pequeno número de grandes
estabelecimentos (1,03%). As demais atividades distribuem-se em estabelecimentos
de micro, pequeno e médio porte, como pode-se observar na tabela 54.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
112
Tabela 54 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.
Empregados (%) Estabelecimentos (%)
Atividades Econômicas
Mic
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Pequ
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Méd
io
Gra
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Mic
ro
Pequ
eno
Méd
io
Gra
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Extração de carvão mineral 0,75 18,53 53,13 27,59 59,72 27,78 11,11 1,39
Fabricação de produtos químicos inorgânicos 100,00 0,00 0,00 0,00 100,00 0,00 0,00 0,00
Fabricação de produtos químicos orgânicos 100,00 0,00 0,00 0,00 100,00 0,00 0,00 0,00
Fabricação de resinas e elastômeros 0,00 100,00 0,00 0,00 50,00 50,00 0,00 0,00
Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins 1,84 18,86 79,30 0,00 63,64 22,73 13,64 0,00
Fabricação de produtos e preparados químicos diversos 5,14 23,19 71,67 0,00 69,77 18,60 11,63 0,00
Fabricação de artigos de borracha 13,14 86,86 0,00 0,00 63,16 36,84 0,00 0,00
Fabricação de produtos de material plástico 0,66 12,63 73,82 12,88 50,52 27,84 20,62 1,03
Coquerias 8,47 52,42 39,11 0,00 73,68 21,05 5,26 0,00
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2002.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
113
1.8.6 Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas.
A tabela 55 a seguir apresenta os índices de Quociente Locacional de empregados,
por atividades econômicas da região da AMREC no período que compreende os anos
de 1998 à 2002. Foram selecionadas três atividades relacionadas à essa cadeia,
sendo que a moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas
para animais são as que apresentam índice mais elevado.
Tabela 55 - Quociente Locacional de Empregados, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Quociente Locacional de Empregados Atividades Econômicas
1998 1999 2000 2001 2002
Abate e preparação de produtos de carne e de pescado 0,8156 0,0425 0,0599 0,0427 0,4544
Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas para animais 1,2857 1,2331 1,4001 1,3296 1,3345
Fabricação de outros produtos alimentícios 1,0232 1,0563 0,9409 0,8388 0,8513
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
O Quociente Locacional de estabelecimentos expresso na tabela 56 evidencia que as
atividades de moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas
para animais e a fabricação de outros produtos alimentícios apresentam concentração
pouco superior à observada no Estado de Santa Catarina como um todo.
Tabela 56 - Quociente Locacional de Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas
1998 1999 2000 2001 2002
Abate e preparação de produtos de carne e de pescado 0,6779 0,6016 0,6348 0,5094 0,5694
Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas para animais 1,1701 1,0534 1,0409 1,0798 1,1753
Fabricação de outros produtos alimentícios 1,1008 1,1459 1,0759 1,0511 1,1869
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
O índice de Gini Locacional mostra a distribuição das atividades dentro da região da
AMREC. A tabela 57 mostra uma distribuição espacial concentrada para as atividades
relacionadas ao abate e preparação de produtos de carne e de pescado, baixa para a
moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas para animais e
regular para a fabricação de outros produtos alimentícios.
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
114
Tabela 57 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Gini Locacional Atividades Econômicas
1998 1999 2000 2001 2002 Distribuição Espacial
Abate e preparação de produtos de carne e de pescado 0,5889 0,0567 0,1323 0,0508 0,4152 Concentrado
Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas para animais
0,1631 0,1398 0,1451 0,1471 0,1344 Baixa Concentração
Fabricação de outros produtos alimentícios 0,0409 0,0466 0,0417 0,0472 0,0342 Regular
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002.
A figura 33 a seguir apresenta o mapa temático das atividades pertencentes à Cadeia
Produtiva de Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas. O abate e preparação de
produtos de carne e de pescado apresenta índice de participação de empregados
super alto em Forquilhinha, ou seja, mais de (10%) dos trabalhadores do município
dedicam-se a essas atividades. A moagem, fabricação de produtos amiláceos e de
rações balanceadas para animais apresenta-se, em Morro da Fumaça com índice alto
(5% a 10%) de participação e médio em Forquilhinha (2,5% a 5%). A fabricação de
outros produtos alimentícios está presente na maioria dos municípios da região,
entretanto, apresentando índices de participação baixo e super baixo.
A faixas seguem o seguinte princípio:
Zero: nenhum emprego registro;
Super baixo: até 1% de empregados do município;
Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;
Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;
Alto: de 5% a 10% de empregados do município
Super alto: acima de 10% de empregados do município.
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116
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
117
Tabela 58 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC.
Valor Adicionado Empregados
Atividades Econômicas
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2002
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Abate e preparação de produtos de carne e de pescado
74.853.225,00 5,28% 61,60% 1114 1,47% 1258,54% 23
Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas para animais
609.646,00 0,04% 15,92% 523 0,69% 17,79% 52
Fabricação de outros produtos alimentícios 4.248.407,00 0,30% 48,58% 572 0,76% -5,45% 194
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.
A tabela 58 apresenta os valores adicionados gerado pelas três atividades selecionadas
para essa cadeia, onde evidencia-se a predominância das atividades relacionadas ao
abate e preparação de produtos de carne e de pescado, que gerou (R$ 74.853.225,00)
em 2002. Estas atividades são também as que possuem o maior número de
trabalhadores. As atividades ligadas à fabricação de outros produtos alimentícios
possuem o maior número de estabelecimentos dentre as atividades listadas.
Tabela 59 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.
Atividades Econômicas Valor Adicionado per capita (R$ 1,00)
Média Salarial
Abate e preparação de produtos de carne e de pescado R$ 146.577,05 R$ 554,77
Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas para animais R$ 82.530,28 R$ 527,90
Fabricação de outros produtos alimentícios R$ 5.567,85 R$ 217,21
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1998 a 2002 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1998 a 2002.
O abate e preparação de produtos de carne e de pescado são as atividades que
apresentam o maior valor adicionado per capita e também a maior média salarial,
CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2005 • ADRC
118
conforme indica a tabela 59, dentre as atividades componentes da Cadeia Produtiva de
Produtos Alimentícios e Bebidas.
Com base na tabela 60, pode-se notar a predominância dos trabalhadores em micro e
pequenos estabelecimentos nas atividades de moagem, fabricação de produtos
amiláceos e de rações balanceadas para animais e fabricação de outros produtos
alimentícios. A maioria dos funcionários empregados no abate e preparação de produtos
de carne e de pescado encontram-se em grandes estabelecimentos. Contudo, nas três
atividades há um predomínio de micro estabelecimentos.
Tabela 60 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da AMREC em 2002.
Empregados (%) Estabelecimentos (%)
Atividades Econômicas
Mic
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Pequ
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Méd
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Gra
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Mic
ro
Pequ
eno
Méd
io
Gra
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Abate e preparação de produtos de carne e de pescado
0,78% 12,54% 0,00% 86,68% 65,22% 30,43% 0,00% 4,35%
Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas para animais
6,91% 59,81% 33,28% 0,00% 61,54% 34,62% 3,85% 0,00%
Fabricação de outros produtos alimentícios 23,07% 66,60% 10,33% 0,00% 85,05% 14,43% 0,52% 0,00%
Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2002.
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2005 • ADRC
119
1.8 Mapa de Oferta Tecnológica
A eficiência da aprendizagem tecnológica depende do nível de inteligência social
resultante do esforço educacional e da formação profissional dos trabalhadores.
Assim sendo, o sistema precisa formar profissionais polivalentes, com capacidade de
aprender continuamente. Não basta apenas o mero domínio da leitura e da escrita, “a
capacidade de entendimento de informações mais complexas e de comunicação é
essencial. No processo de apropriação de tecnologia, são necessários profissionais,
em todos os níveis, com capacidade de aprender e de tomar decisões”. 1
A análise da quantidade de estabelecimentos de ensino, de cursos técnicos,
profissionalizantes e de universidades em cada região, revela o cenário de possíveis
potencialidades e deficiências em relação ao desenvolvimento tecnológico, quando
analisado juntamente com outros dados, como índice de desenvolvimento humano,
número de empresas que essa mão-de-obra qualificada tem que atender, etc. Outro
ponto fundamental para avaliação deste item é a percepção que as lideranças
empresariais locais têm sobre a qualidade desta mão-de-obra.
1 SEBRAE; CNPq; IEL; EMBRAPA. Agropolo: uma proposta metodológica. Brasília: ABIPTI, 1999. 364 p. P. 36.
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2005 • ADRC
120
1.8.1 Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC – Campus
Criciúma
Inicialmente denominada FUCRI foi criada pela lei n. 697, de 22 de junho de 1968,
com cursos voltados para o Magistério e, com o crescimento do Sul do Estado, foram
criados outros, visando satisfazer a demanda empresarial. A FUCRI sofreu alteração
estatutária em 1973 e em 1988, e foi reconhecida de utilidade pública pelo Decreto
Federal n. 72454/73, pelo Decreto Estadual n. 4336/69 e pelo Decreto Municipal n.
723/69. A FUCRI iniciou suas atividades nas dependências do Colégio Madre Tereza
Michel, com o curso pré-vestibular. Em 1971 passou a funcionar na Escola Técnica
General Oswaldo Pinto da Veiga - SATC - e em junho de 1974 mudou para o atual
Campus Universitário, localizado no Bairro Universitário em Criciúma.
A FUCRI é a mantenedora da primeira escola de nível superior criada no Sul de Santa
Catarina. A entidade emergiu de um movimento comunitário regional que culminou
com a realização de um seminário de estudos pró-implantação do ensino superior no
Sul Catarinense. O evento contou com a participação de educadores, intelectuais,
políticos, magistrados, lideranças comunitárias da sociedade civil organizada e
imprensa.
Até setembro/91 a FUCRI, mantinha quatro Unidades de Ensino: A FACIECRI, a
ESEDE, a ESTEC e a ESCCA. Com o desencadeamento do Processo de
Universidade, algumas ações foram executadas. Entre elas, a unificação regimental e
a criação da UNIFACRI, União das Faculdades de Criciúma, resultante da integração
das quatro escolas.
Em novembro de 1991, foi protocolado na SENESU/MEC a Carta-Consulta com vistas
à transformação da FUCRI em Universidade: UNESC - Universidade do Extremo Sul
Catarinense. Também a aprovação pelo Conselho Estadual de Educação para
extensão, em Araranguá, dos cursos de Ciências Contábeis e Pedagogia a partir de
1992. Em 19 de fevereiro de 1993, o Conselho Estadual da Educação constituía a
Comissão de Acompanhamento, para efetivamente acompanhar o processo de
transformação em UNIVERSIDADE.
Em 03 de Junho de 1997 o Conselho Estadual da Educação aprova por
UNANIMIDADE o parecer do Conselheiro Relator e em sessão plenária dia 17 de
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2005 • ADRC
121
Junho de 1997, também por UNANIMIDADE aprova definitivamente a transformação
da FUCRI em UNESC, que definiu como missão "promover o desenvolvimento
regional para melhorar a qualidade do ambiente de vida".
Já no dia 11 de agosto daquele ano a Universidade recebeu sua homologação, que
equivale à "certidão de nascimento", assinada pelo secretário de Educação, João
Mattos, com a presença do vice-governador José Augusto Hülse. E no dia 18 de
novembro ocorreu a instalação oficial da Unesc, no Teatro Elias Angeloni, com a
participação de autoridades, empresários, professores, alunos e funcionários da
instituição.
Cursos de Graduação:
Administração Comércio Exterior
Administração de Empresas
Arquitetura e Urbanismo
Artes Cênicas
Ciências da Computação
Ciências Biológicas
Ciências Contábeis
Direito
Economia
Educação Física
Enfermagem
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia de Materiais
Engenharia de Agrimensura
Farmácia
Fisioterapia
Geografia
História
Letras - Português e Espanhol
Letras - Português e Inglês
Matemática
Medicina
Pedagogia
Psicologia
Secretariado Executivo
Tecnologia em Cerâmica
Tecnologia em Moda
Tecnólogo em Automação
Tecnólogo em Eletrônica
Tecnólogo em Polímeros
Tecnólogo em Telecomunicações
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2005 • ADRC
122
1.8.2 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI de
Criciúma
O Centro de Educação e Tecnologia de Criciúma iniciou suas atividades em 10 de
abril de 1963. Suas atividades eram voltadas inteiramente ao ensino profissionalizante.
Mais tarde, em virtude do desenvolvimento industrial, foi implantado o ensino técnico
de segundo grau. Atualmente vem atuando em convênio com a Sociedade de
Assistência aos Trabalhadores do Carvão (SATC) promovendo e ampliando sua
assistência educacional e profissional, no sentido de melhorar os padrões sócio-
econômicos das famílias dos empregados das empresas carboníferas e comunidade
catarinense. Atende também o segmento industrial realizando atividades de
assistência técnica e tecnológica .
Há outra atividade do Senai em Criciúma denominada Centro de Tecnologia em
Materiais, Instalado em Criciúma – SC, o maior pólo cerâmico do sul do país, o
CTCmat é um centro de pesquisa e de formação de recursos humanos. Iniciou suas
atividades em junho de 1995 com a missão de contribuir para a otimização e
modernização dos processos industriais e organizacionais.
Sua instalação foi viabilizada por uma parceria inovadora envolvendo a FIESC
(Federação das Indústrias de Santa Catarina), através do SENAI (Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial); A UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina),
representada pelo LABMAT (Laboratório de Materiais); o Governo do Estado de Santa
Catarina e as indústrias cerâmicas, lideradas pelo SINDICERAM (Sindicato das
Indústrias Cerâmicas e Olarias de Criciúma).
O investimento já realizado em infra-estrutura física e de equipamentos é da ordem de
R$ 6 milhões. Uma planta piloto de fabricação de revestimentos cerâmicos faz parte
de suas dependências, e foi viabilizada a partir da aprovação de um projeto PADCT-
CEMAT.
Também conta com a estrutura de uma incubadora de empresas de base tecnológica,
viabilizada através do Projeto Pégaso, que envolveu o SENAI/SC, SEBRAE e o BID.
O CTCmat, a princípio chamado CTC, devido sua atuação somente no setor cerâmico,
teve sua origem no LABMAT do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC,
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2005 • ADRC
123
com a implantação em 1993 do LPCA (Laboratório de Produtos Cerâmicos Acabados).
O LPCA foi criado com a missão de viabilizar um sistema de certificação de qualidade
de produtos cerâmicos, iniciado em março de 1994, a nível nacional, com o Programa
de Certificação de Qualidade de Produtos, sob a coordenação do CCB (Centro
Cerâmico do Brasil), o qual fornece o Certificado de Qualidade NBR 13818 e ISO
13006.
Em 2000, com a reestruturação dos núcleos de negócio todos os laboratórios foram
incorporados em um único, o LDCM (Laboratório de Desenvolvimento e
Caracterização de Materiais). Em abril de 1997, o LDCM – CPCA recebeu o
credenciamento do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial)
como laboratório pertencente a RBLE (Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio)
para a prestação de serviços laboratoriais.
Em 2002, devido as exigências do mercado nas áreas de polímeros e metais, o então
Centro de Tecnologia em Cerâmica teve sua atuação ampliada para as demais áreas
de materiais, por solicitação da comunidade empresarial da região, sendo renomeado
como Centro de Tecnologia em Materiais.
Neste ano, formalmente transformado em Centro de Tecnologia em Materiais, iniciou o
processo de transformação e adequação da estrutura, objetivando atender as demais
áreas de materiais, com a mesma qualidade e competência que vem atuando na área
cerâmica.
1.8.3 Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio – SENAC de
Criciúma.
São oferecidos atualmente no SENAC de Criciúma os seguintes cursos:
• Momento de Decisão - Ser ou não ser Empresário
• Montando seu Próprio Negócio
• Como ter Uma Empresa Legal
• Crédito e Fontes De Recursos Financeiros Gestão e Estratégias Financeiras - Ind.
Com.
• Negociações Eficazes
CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2005 • ADRC
124
• Preparando A Empresa Para Vender Mais E Melhor - Ind. E Serviços
No setor de comércio é oferecido o curso de :
• Vendas
1.8.4 Cursos Técnicos na Região de Criciúma e Cocal do Sul
O Colégio Maximiliano Gaidzinski faz parte do Projeto de Educação da Eliane, que tem
uma vocação natural para o ensino e o domínio tecnológico, cuja razão de ser é
voltada para a elevação do nível técnico das unidades cerâmicas através da
qualificação e especialização de mão-de-obra.
Numa visão geral, o CMG tem conquistado resultados extremamente satisfatórios. Já
são mais de 250 técnicos formados com a principal função de desempenhar técnicas
relacionadas com transformações físicas e químicas das matérias-primas e
acompanhar o processo de fabricação dos produtos cerâmicos. Estes técnicos atuam
em indústrias de revestimentos cerâmicos, indústrias de transformação de matérias-
primas cerâmicas, representações comerciais de matérias-primas, instituições de
pesquisa, indústrias de cerâmica vermelha, indústrias de produtos refratários e outros,
onde já conquistaram os mais diversos cargos como: superintendentes, gerentes,
chefes de fábricas, técnicos especialistas, laboratoristas, programadores de produção,
assistentes comerciais, vendedores técnicos, assistentes de exportação, assistentes
de logística, assistentes de marketing, etc.
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC
125
CAPÍTULO 2
•
CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC
127
2.1 Introdução
Este capítulo aborda as capacitações e o painel temático realizado pela equipe técnica
do IEL/SC na região da ADRC. Verifica-se que essas ações fazem parte das
metodologias de Estruturação de Agências de Desenvolvimento Regional (ADR) e
Desenvolvimento Tecnológico Regional (DTR).
São oferecidas, de acordo com a metodologia da ADR, as capacitações em Liderança
& Motivação para o Desenvolvimento Regional, Técnicas e Instrumentos de
Planejamento, Monitoria e Avaliação de Projetos (que aborda a elaboração e gestão).
O painel temático tem como objetivo subsidiar o processo como um todo através da
análise parcial de determinados segmentos da economia que não foram contemplados
no estudo principal da cadeia produtiva estratégica, mas que são de interesse da
região.
A seqüência metodológica consiste na identificação, análise da situação atual e
propostas de projetos para determinados segmentos da economia regional, onde as
escolhas dos segmentos se dão através da indicação dos próprios atores regionais,
baseado na análise dos segmentos econômicos estratégicos.
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC
128
2.2 Capacitações
O objetivo das capacitações é instrumentalizar o grupo técnico da ADRC na liderança
e motivação regionais, na elaboração e na gestão de projetos. A metodologia é
composta por três capacitações vinculadas à estruturação da Agência, são elas:
Liderança & Motivação, Técnicas e Instrumentos de Planejamento e Monitoria e
Avaliação de Projetos. Essas capacitações visam preparar seus participantes para
identificar necessidades, estruturar, executar e acompanhar projetos em seus
ambientes de trabalho. Entre os objetivos específicos estão:
Dominar técnicas de moderação de processos participativos no contexto de
programas e projetos;
Desenvolver habilidades para a análise de situações e o desenho de alternativas
de intervenção junto a pontos carentes de ação;
Dominar processos de estruturação de projetos – estratégico, operacional e
orçamentário;
Deter conhecimentos sobre os métodos e instrumentos adaptados para a monitoria
e avaliação dos impactos de programas e projetos.
2.2.1 Liderança & Motivação para o Desenvolvimento Regional
A oficina de Liderança e Motivação para o Desenvolvimento Regional apresentou ao
corpo técnico da ADRC os principais conceitos, instrumentos e informações sobre
liderança e a motivação, com foco no desenvolvimento do relacionamento interpessoal
para aprimorar as competências adquiridas. Estiveram presente vinte e duas pessoas,
que representaram as instituições parceiras da ADRC. A capacitação ocorreu nos dias
19 e 20 de abril de 2004 com uma carga horária de 16 horas no auditório da CIDASC
em Criciúma. Ainda, no mesmo período, foram apresentados os conceitos e resultados
alcançados por algumas ADRs no Estado de Santa Catarina.
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC
129
Foram abordados os seguintes temas:
Conceitos de liderança e características de um líder;
Liderança no contexto do desenvolvimento regional;
Administrando pessoas, abordando instituições, organizações e grupos;
Desafios dos líderes nas localidades;
Instrumentos para viabilizar a cooperação regional.
2.2.2 Técnicas e Instrumentos de Planejamento, Monitoria e Avaliação de Projetos
A capacitação em Técnicas e Instrumentos de Planejamento, Monitoria e Avaliação de
Projetos foi oferecida em duas etapas. A primeira compreendeu o período de 26 a 30
de julho de 2004 e a segunda foi entre os dias 23 a 27 de agosto de 2004 com uma
carga de 80 horas. Teve a participação de vinte integrantes da ADRC. O curso foi
ministrado pelo consultor Sr. Sérgio Cordioli, no município de Criciúma.
Esta oficina foi concebida visando instrumentalizar consultores que atuam no contexto
das Agências de Desenvolvimento Regional de Santa Catarina, buscando capacitá-los
no domínio de metodologias e instrumentos de planejamento, elaboração e gestão de
projetos. Assim, ao longo da oficina, procurou-se abordar princípios e instrumentos
que poderão ser utilizados na análise de situação – problemas e objetivos, desenho de
alternativas, elaboração do plano de ações, estruturação e gerenciamento de projetos.
Esta abordou os seguintes temas:
• Enfoque participativo;
• Visualização móvel;
• Problematização;
• Coleta e estruturação de idéias;
• Visão sistêmica da gestão de um projeto;
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC
130
• Planejamento participativo – princípios e elementos (Ciclo de Planejamento e de
Execução de um Projeto);
• Técnicas e instrumentos de planejamento participativo;
• Análise de situação (Problemas, Potenciais, Ameaças e Oportunidades);
• Definição de objetivos;
• Desenho e análise de estratégias;
• Elaboração de um planejamento operacional;
• Estruturação e Avaliação de projetos de planejamento;
• Análise de viabilidade de projetos;
• Métodos e Instrumentos de Monitoria e Avaliação voltados aos impactos;
• Elementos da gestão de um projeto.
Durante a capacitação os participantes se dividiram em três grupos e elaboraram os
seguintes projetos:
1. Desenvolvimento Turístico no Entorno da Barragem do Rio São Bento;
2. Aprenda a Planejar;
3. Observatório Econômico da Região Carbonífera Catarinense – OERC.
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC
131
2.3 Painel Temático
Na região da ADRC foi realizado um painel temático com o tema da Indústria Química.
O Painel Temático é uma oportunidade para discutir pontos importantes sobre cada
segmento. A partir daí as partes interessadas passam a visualizar sua situação atual e
o que é possível fazer para o melhorar o desempenho do segmento. As ações de
continuidade identificadas e levantadas no painel temático ficam a cargo da ADRC.
2.3.1 Painel Temático da Indústria Química
O painel temático da indústria química ocorreu em 10 de novembro de 2004 dás 9 às
12 horas, com a participação de 13 integrantes (IEL/SC, ADRC, SEBRAE/SC e
empresários) e do moderador Ronaldo Cimetta do IEL/SC.
Considerações preliminares
Antes de levar adiante novos projetos de desenvolvimento é importante considerar o
cenário em que está inserido o ramo químico catarinense. Os esforços das
organizações envolvidas no desenvolvimento regional da AMREC precisam ser
analisados e alinhados, dentro das possibilidades existentes.
A partir da necessidade de complementaridade das ações de identificação da cadeia
produtiva prioritária e do elo principal, a atividade do Painel Temático da Indústria Química é uma oportunidade para os interessados discutirem as questões
importantes do seu segmento. A partir dessas discussões, os interessados têm uma
visão sobre sua situação atual e do que é possível realizar para um melhor
desempenho.
Os fatores críticos que foram identificados, muitas vezes podem expressar apenas
sensações individuais, que não necessariamente serão questionadas quanto à sua
validade. Na verdade, podem demonstrar os ânimos e as tendências comportamentais
do grupo. Essas manifestações devem ser consideradas e analisadas futuramente.
Portanto, o resultado é fruto de conhecimento e experiências individuais dos
participantes deste painel e refletem uma versão da realidade expressa por eles.
Durante a identificação desses fatores críticos, foram agregados, na medida do
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC
132
possível, conhecimentos técnicos e acadêmicos sobre o segmento para contribuir
com o processo de análise e elaboração positiva de objetivos e ações futuras.
Espera-se que as informações colhidas sejam úteis aos envolvidos e que possam
contribuir com a adequação e o desenvolvimento de novos projetos.
Fatores críticos do desenvolvimento da indústria química
Quais são os principais fatores que impulsionam e que restringem o desenvolvimento
da indústria química na região da AMREC?
Fatores restritivos:
Ausência de recurso financeiro a custos acessíveis;
Ausência de um destino aos resíduos industriais;
Parque fabril da indústria cerâmica desatualizado;
Carga tributária excessiva;
Alto custo de frete;
Inadimplência da indústria cerâmica;
Obrigatoriedade do pagamento antecipado de impostos;
Dificuldade de aquisição de matéria-prima importada;
Distância geográfica do mercado consumidor e fornecedor;
Ausência de fornecedor local de embalagens;
Fabricação de produtos de baixo valor agregado;
Dificuldade de mão-de-obra qualificada de tinteiros;
Oscilação de cotas de produtos controlados;
O segmento de coloríficos é dependente da indústria cerâmica;
Ausência de cursos técnicos e de gestão voltados ao segmento;
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC
133
Ausência de vôos para São Paulo saindo da região;
Informalidade dos compradores;
Ausência de empresas qualificadas no tratamento de resíduos;
A não duplicação da BR 101.
Fatores Impulsionadores:
A indústria química possui fornecedores nacionais de matérias-primas;
A região de AMREC dispõe de transportadoras rodoviárias;
A região da AMREC é considerada Pólo Químico;
A região de AMREC é considerada empreendedora;
A mão-de-obra é comprometida;
Baixa rotatividade do setor
O inter-relacionamento das empresas;
Custo baixo da mão-de-obra operacional;
Imagem positiva das empresas do Sul;
Boa qualidade de vida da região.
CAPÍTULO 2 – CAPACITAÇÕES E PAINEL TEMÁTICO 2005 • ADRC
134
Tabela 61 - Quadro com os objetivos e primeiras ações para os próximos 5 anos
Objetivos Primeiras Ações
Obter Recursos Financeiros Viabilizar uma instituição que favoreça os recursos financeiros
Baixar Impostos Criação de cesta básica da construção civil com a redução de alíquota
Aumentar Prazo para Pagamento de Impostos
Cobrança de impostos em prazo diferenciado e de acordo com o pagamento
Qualificação de Mão-de-Obra Buscar entidades e fornecedores para viabilizar treinamentos
Preservação Meio Ambiente e Reutilização de Resíduos Industriais
Desenvolver as empresas que possam viabilizar este objetivo
Baixar Custo do Frete Negociação conjunta com transportadora
Importar matérias-primas com custos competitivos Negociação conjunta das matérias-primas
Reduzir Custos com Embalagens Viabilizar montadora de embalagens na região
Facilitar o Acesso à Região Mobilização política
Melhorar Performance Tecnológica e Liquidez do Setor Cerâmico Realizar fórum para discussão desse tema
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
135
CAPÍTULO 3
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ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
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3.1 Seção 1 - Introdução
O sucesso da implantação do processo de desenvolvimento regional exige mudanças de
comportamentos e atitudes das comunidades locais, que devem cooperar na busca de
objetivos comuns visando o desenvolvimento do território em função das suas
competências, habilidades e culturas existentes, objetivando o desenvolvimento através
da potencialização das vantagens competitivas e comparativas, bem como do ato de
eliminar ou, ao menos, amenizar as desvantagens existentes.
O intuito deste Diagnóstico Tecnológico Regional - DTR, fruto da união de esforços entre
o IEL/SC, SEBRAE/SC e demais parceiros locais, é identificar as vantagens e
desvantagens competitivas das empresas ligadas à de transformadoras de Plástico
localizadas na região da AMREC – Associação dos Municípios da Região Carbonífera.
Em função do resultado alcançado com este diagnóstico, pretende-se priorizar projetos
para o desenvolvimento de ações que visem o aumento da competitividade das
empresas do referido segmento.
Ao final do processo de diagnosticar e priorizar os projetos de desenvolvimento por parte
dos empresários, fazendo-os em conjunto com as lideranças da região, ficará a cargo da
Agência de Desenvolvimento – em parceria com outros atores locais, como por exemplo,
a Agência Regional de Articulação do Sebrae/SC, a Secretaria de Desenvolvimento
Regional - SDR, as prefeituras municipais que formam a AMREC, as Associações
Comerciais e Industriais da região, a SATC, o SENAI dentre outros – a concepção, o
planejamento e a elaboração dos projetos priorizados, bem como a possível gestão dos
mesmos.
A definição do segmento das Transformadoras do Plástico como sendo o segmento a ser
estudado mais profundamente, foi feita com base na metodologia do Desenvolvimento
Tecnológico Regional – DTR, exposta anteriormente e validada por parte de lideranças
da região.
Na seção 2, é descrita a metodologia utilizada para a realização das entrevistas e
avaliação do nível de competitividade das empresas entrevistadas.
A seção 3 apresenta os resultados obtidos com as entrevistas, bem como a estruturação
dos resultados de forma gráfica.
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E finalmente, na seção 4, se apresentam as considerações finais e os indicativos de
projetos com potencial de serem desenvolvidos pela região, visando o aumento da
competitividade das empresas do segmento eleito.
3.2 Seção 2 - Metodologia Utilizada
Após a determinação do segmento considerado estratégico – Empresas Transformadoras
de Plástico, delimitou-se uma amostra significativa de empresas fabricantes, nas quais
foram realizadas entrevistas técnicas com os empreendedores com o intuito de
diagnosticar tecnologicamente o segmento.
Nestes encontros, com duração média de uma hora, foi aplicado um questionário que
avalia a situação da empresa e, conseqüentemente, a do segmento em quatro Fatores
Críticos de Sucesso e nas quatro faces do Diamante de Competitividade de Porter. O
questionário, ferramenta utilizada para coletar a informação na empresa, possui dois tipos
de indicadores, o quantitativo e o qualitativo.
O indicador quantitativo foi mensurado através do questionário cujo modelo é explicado
abaixo e foi formatado segundo um sistema de pontuação que varia de 1 a 5, conforme
mostra a Figura 34. A escala descreve três situações correspondentes às práticas
implantadas ou ao desempenho obtido pelas empresas. A nota 1 irá equivaler a 20% do
nível de prática implantada ou desempenho alcançado, a nota 3 irá equivaler a 60% do
nível de prática implantada ou desempenho alcançado e a nota 5 equivalerá a 100% do
nível de prática implantada ou desempenho alcançado. As notas 2 e 4 correspondem a
situações intermediárias entre as descritas e deverão ser escolhidas quando a empresa
apresentar características em ambas as colunas.
Para facilitar a análise dos resultados e torná-la didática são utilizados dois gráficos do
tipo Radar, sobre os quais estão expostos os resultados relativos aos Fatores Críticos de
Sucesso - FCS, bem como, os resultados da análise do Diamante de Competitividade de
Porter.
Assim, ambos os gráficos apresentam uma visão dos indicadores pontuados no
questionário, dispostos numa escala que varia de 0 a 100%. Esta variação é relativa à
pontuação destes indicadores no questionário, cuja escala está baseada em intervalos
que estão dispostos entre os números inteiros de 1 a 5, sendo, posteriormente,
transformada em porcentagem mediante a multiplicação por um fator igual a vinte. Desta
forma, a pontuação obtida pela empresa no questionário é multiplicada por vinte e estes
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valores geram os percentuais possíveis nos gráficos, ilustrando os resultados da empresa
analisada.
1 2 3 4 5 Pontos
Código Nome doindicador Descrição 1 Descrição 2
Descrição 2 é a maisapropriada para aempresa. Logo, apontuação é 3.
Descrição 3 3
Figura 34 - Sistema de pontuação do questionário
3.2.1 Fatores Críticos de Sucesso
Matéria-prima
A matéria-prima, principalmente para o setor de plásticos, apresenta-se como fator
fundamental para atingir uma condição desejada que possibilite contribuir
consideravelmente para a competitividade das empresas do segmento. Para ponderar
sobre este fator, foram consideradas as questões apresentadas abaixo:
Quais as principais matérias-primas que a empresa utiliza?
Qual a principal procedência destas matérias-primas?
Para a finalidade de uso na empresa, como é considerada a matéria-prima adquirida?
Quais os principais defeitos das matérias-primas?
Como é considerada a qualidade das matérias-primas disponíveis?
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Tecnologia – Máquinas
Como em todos os setores da atividade produtiva, a tecnologia disponível em termos de
equipamentos a preços razoáveis para a produção dos bens de consumo, representa um
Fator Crítico de Sucesso. Logo, nas entrevistas realizadas foram tratados os seguintes
aspectos:
Como está a Organização no “Chão de Fábrica”?
Qual o Grau de Mecanização do processo produtivo?
Sobre os equipamentos, qual a idade média deles na empresa?
Há necessidade de investimento em equipamentos? Estimativa de valor, quando for o
caso.
Sobre o Sistema de Informação, quais os que são utilizados.
Como e quando são efetuados os Serviços de Manutenção dos equipamentos e
máquinas, bem como nas instalações elétricas e hidráulicas?
Capacitação da Mão-de-obra
Este fator apresenta-se como decisivo para a competitividade do segmento, pois a
qualidade do produto depende, basicamente, do treinamento e qualidade da mão-de-obra
existente e por ser este o fator de uso mais intensivo na produção. Portanto, por ocasião
das entrevistas, foram abordadas as seguintes questões:
Informações sobre os aspectos de Treinamento e Educação?
Qual é o nível médio de Escolaridade dos empregados?
Qual o tipo específico de profissional que as empresas mais precisam?
Qual o treinamento adequado para os empresários, neste momento?
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Design – Desenvolvimento de Produtos – Inovação
Este fator é um dos que mais influencia o consumidor na hora de decidir pela compra de
um produto, decorrendo daí, uma parcela importante na formação do preço de mercado
auferido pelo produto. Logo, o ato de trabalhar a melhoria do design se mostra
indispensável para a evolução da competitividade e lucratividade do segmento:
Quais as características relevantes do Investimento em P&D?
Quais as características relevantes aplicadas no Desenvolvimento de Novos
Produtos?
Quais são as fontes usuais de informação da empresa?
Quais as Estratégias Tecnológicas que a empresa utiliza?
3.2.2 Diamante de Competitividade de Porter
Segundo Michael Porter (1993), o desenvolvimento sócio-econômico está diretamente
relacionado à competitividade territorial, a qual o autor denominou de Diamante de
Competitividade. Ainda segundo ele, a resposta reside em quatro atributos que,
individualmente ou como um sistema, definem o campo de ação que cada nação
estabelece e opera para suas indústrias:
Estratégia, Estrutura e Rivalidade entre as Empresas
É o contexto no qual as empresas são criadas, organizadas e dirigidas, e também como a
natureza da rivalidade interna da indústria se processa no ambiente competitivo.
Qual o Conhecimento sobre a Concorrência?
Como se efetiva a Estruturação dos Canais de Venda?
Quais as principais ações em Planejamento de Marketing?
O ambiente empresarial no qual a empresa opera tem mudado significativamente ao
longo dos últimos anos?
Qual o Grau de Cooperação Atual entre as empresas do mesmo setor, com atuação
em âmbito local ou regional?
Qual a principal dificuldade para melhorar a cooperação entre a sua empresa e as
demais do mesmo setor da região?
Condições dos Fatores
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São os elementos necessários para se alcançar competitividade em qualquer ramo
industrial: terra cultivável, mão-de-obra, trabalhos, recurso naturais, capitais e infra-
estrutura.
Como considera o relacionamento com as instituições existentes no território?
Condições de Demanda
Ela determina o rumo e o caráter da melhoria e inovação pelas empresas do território.
Três atributos gerais da demanda interna são significativos: a composição (natureza das
necessidades do comprador), o tamanho e padrão de crescimento e os mecanismos
pelos quais a preferência interna é transmitida aos mercados estrangeiros.
Para quais regiões a empresa vende seus produtos diretamente?
Especifique, em Reais, o quanto é vendido para cada região?
Para quais clientes você vende a maior parte de sua produção?
Quanto representa percentualmente sobre o total das vendas?
A empresa elabora Estimativa de Demanda para o próximo ano?
Como a empresa efetua a Pesquisa das Necessidades dos Clientes?
Em relação ao volume das vendas mensais, qual é o seu comportamento durante o
decorrer do ano?
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Indústrias Correlatas e de Apoio
É a presença, no país, de empresas especializadas e indústrias que possam abastecer
com insumos e serviços a produção industrial e, dar suporte administrativo aos serviços,
dentro de uma cadeia de valor.
Em relação aos Fornecedores de Materiais e Serviços, bem como sobre as empresas
Subcontratadas, como se comporta o mercado regional?
Quais as informações relevantes sobre o Planejamento Logístico de recebimento de
insumos e a entrega de produtos acabados, na local da montagem?
Quantos são seus principais fornecedores? (os que representam 80% dos custos /
volume de compra)
Geograficamente, onde se localizam os principais fornecedores?
Quanto representa em cada região?
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3.3 Seção 3 - Resultados Obtidos
É apresentado a seguir o resultado alcançado com a aplicação da metodologia nas
empresas da indústria plástica.
3.3.1 Fatores Críticos de Sucesso
Matéria-prima
O fato da região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC)
apresentar uma diversidade de atividades econômicas, não diminui a importância do
segmento de transformadoras de plástico no contexto da economia global do território.
Este segmento serve, em algumas ocasiões, de suporte horizontal aos outros segmentos,
como por exemplo, o segmento das agroindústrias de derivados de leite, doces e mel.
Além do farmacêutico, cosméticos, perfumes, produtos de limpeza, dentre muitos outros.
A metodologia do DTR - Desenvolvimento Tecnológico Regional constatou a relevância
regional deste segmento e as lideranças regionais decidiram por estudá-lo. O estudo
iniciou-se pela avaliação do rol das principais matérias-primas oriundas dos pólos
petroquímicos, que, por conseguinte, abastecem as empresas que realizam o
beneficiamento, agregando-lhe valor e facilitando as etapas posteriores, operadas pelo
segmento de transformadores de plástico.
As principais matérias primas utilizadas pelas empresas do segmento transformador de
plástico são conhecidas como PEBD – polietileno de baixa densidade; PS – poliestireno;
PP – polipropileno; PVC – policloreto de vinila e o PELBD – polietileno linear de baixa
densidade, cuja procedência está dividida entre os pólos petroquímicos de Camaçari/BA,
Triunfo/RS e São José dos Campos/SP. A matéria-prima de origem nacional compete
com a de origem estrangeira em igualdade de condições – preço e qualidade –
dependendo da maior ou menor cotação do dólar americano e quando ocorre a
importação deste importante insumo, a maior quantidade é originária da Argentina.
Em relação aos aspectos da qualidade dos insumos recebidos, as avaliações das
entrevistas apresentaram o conceito ótimo. Principalmente, em função da característica e
do grande porte de alguns dos beneficiadores da matéria-prima produzida nos pólos
petroquímicos, que, por questão de competitividade nos mercados interno e externo, não
comercializam produtos com defeito.
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Infelizmente, os entrevistados foram unânimes em afirmar que não entendem o porquê
da atual política de exploração do petróleo implementada pelo Governo Federal, pois em
decorrência de decisão estratégica, o preço dos seus derivados cresceu até 80% (oitenta
por cento) no ano de 2004, devido à possibilidade de carência desta matéria-prima no
mercado mundial. Informaram ainda, que parte deste acréscimo se deve à expansão
econômica dos países asiáticos, inclusive a China, que, em última análise, vem
competindo cada vez mais com a nossa indústria de manufaturados.
Como sugestão de iniciativa a ser desenvolvida pelo segmento é a organização de uma
ação para a compra conjunta. Para tanto, será necessária uma articulação entre as
diversas entidades públicas e privadas (SEBRAE, SATC, SENAI, Bancos de
Desenvolvimento) que possuam interesse no segmento transformador de plástico,
objetivando identificar e provar que, aproveitando os avanços tecnológicos alcançados na
execução de propostas cooperativas, as pequenas empresas podem se beneficiar dos
recursos existentes (consultorias, financeiros, organizacionais, dentre outros).
Dentro da necessidade de conhecer a problemática do setor, foi obtida a informação de
que o conceito sobre a qualidade da matéria-prima recebida pelas empresas do
segmento é ótimo, com nota média de 4,10 pontos.
Conceito 1 3 5
Qualidade das matérias-primas
As matérias-primas chegam as suas empresa em más condições.
Índice de aceitação menor
que 70%.
As matérias-primas chegam na empresa em
condições regulares. Índice de aceitação em
torno de 90%.
Índice de aceitação maior que 95%. Os
critérios de aceitação previamente definidos
são sempre cumpridos. O índice é
medido e avaliado.
Nota Média obtida pelas empresas = 4,10
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0.00%
10.00%
20.00%
30.00%
40.00%
50.00%
60.00%
70.00%
80.00%
90.00%
de boa qualidade de qualidadeaceitável
de qualidade ruim
Figura 35 - Qualidade da Matéria-Prima
Tecnologia - Máquinas
O segmento transformador do plástico da região da AMREC aproxima-se, no aspecto
tecnológico de máquinas e equipamentos, dos conceitos que regem o desenvolvimento
da mecanização do trabalho, do que aqueles que se relacionam com outros elos desta
mesma cadeia produtiva. Portanto, estas organizações se diferenciam dos grandes
fornecedores, caracterizados pelo uso intenso de tecnologia avançada, equipamentos e
máquinas de última geração, com o intuito de obterem ganhos de escala.
Isto é, a importância da consideração tecnológica no processo de fabricação está ligada
aos processos de novos produtos, criativos em reduzir custos de fabricação, utilizando
diferentes formas de produzir, consignando à aparência estética um valor relevante de
dessemelhança e competitividade. Estas ações inovadoras são idealizadas pelos
próprios empresários ou por profissionais especializados em fabricação de copos, pratos,
embalagens rígidas e flexíveis, como por exemplo, os ex-funcionários das grandes
indústrias ou representantes comerciais que trabalham diariamente junto aos
consumidores.
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
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As máquinas, equipamentos e procedimentos industriais utilizados por este segmento,
variam bastante em relação ao porte das empresas. As maiores adquirem, inclusive no
exterior, boa parte das máquinas e equipamentos contendo alta tecnologia de fabricação,
exigindo mão-de-obra e organização do “chão de fábrica” especializado para operá-las.
Portanto, para se manterem competitivos, estão sempre investindo em novas máquinas e
equipamentos, reduzindo significativamente a idade média do parque fabril.
Entretanto, na medida em que o porte das organizações deste segmento diminui, os
problemas vão se alterando e intensificando, principalmente, na maior importância da
qualificação operadora do colaborador. Pois os instrumentos de trabalho que utiliza não
são constituídos de expressivos conceitos tecnológicos. A maioria das fábricas é
constituída de máquinas simples, resistentes, de pequeno porte, cujo avanço tecnológico
tem ocorrido na linha da redução da espessura do produto. Possibilitando que o estado
de Santa Catarina tenha muitas indústrias semelhantes, comercializando os produtos a
preços tão baixos que a produção regional atende a 80% do mercado brasileiro.
É compreensível que o padrão tecnológico das empresas do setor transformador de
plástico também seja muito diverso, influenciando a organização do denominado “chão
de fábrica” – expressão que envolve a racionalidade do espaço e do arranjo físico das
máquinas, a quantidade de tempo improdutivo no processo, a posição do almoxarifado na
fábrica, considerando-se, inclusive, a limpeza e a guarda das ferramentas e utensílios
manuais. Verifica-se que uma das características relevantes encontradas na maioria
expressiva das empresas está na satisfatória Organização do “Chão de Fábrica”
(avaliação média obteve pontuação de 3,40), considerando-se a disposição física dos
equipamentos. Pois a movimentação não racional da matéria-prima e insumos acarreta
aumento de custos – mão-de-obra, tempo, risco de defeito, circulação de pessoas,
higiene, limpeza, etc.
Os itens como arranjo físico, ergonomia, arrumação do instrumental nos locais de
trabalho e guarda das máquinas foram aqui consideradas para avaliação, conforme
quadro abaixo:
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
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Conceito 1 3 5
Organização do “Chão de
Fábrica”
Materiais e equipamentos
organizados de maneira descontínua; excesso
de movimentação entre os postos de trabalho; materiais obsoletos na
fábrica.
Materiais organizados e identificados; uma pessoa é responsável pela limpeza;
Equipamentos dispostos de forma lógica, de acordo com fluxo dos produtos.
Empresa limpa e conservada, sempre
“pronta para inspeção”; a disposição das
máquinas e equipamentos permite a
flexibilidade na produção.
Nota Média obtida pelas empresas = 3,40
Mecanização
Em seqüência, serão avaliados os aspectos referentes à mecanização das fábricas,
através da introdução de processos mecânicos de produção, guiados por sistemas
eletrônicos e nos quais a participação do homem é reduzida. O objetivo é a substituição
da mão-de-obra por equipamentos e máquinas com propósito de aumentar a
produtividade da empresa e melhorar a performance da qualidade no processo.
Respondida a questão sobre a conveniência tecnológica de trabalhar os aspectos
práticos da automação, registra-se que a idade média dos equipamentos que compõem a
linha de fabricação das empresas deste segmento é de pouco mais de nove anos. Isto é,
são máquinas relativamente novas que ainda possibilitam trabalhos com a qualidade
desejada pelo mercado, desde que os colaboradores possuam a capacitação adequada
para operá-las com perícia e destreza. Assim mesmo, a grande maioria dos entrevistados
afirmou que necessita realizar investimentos em máquinas ou equipamentos para
aumentar a produção, ou fabricar novos produtos, ou melhorar a qualidade dos produtos
existentes, cujo montante ascende a R$ 20 milhões de reais.
Portanto, avaliando o setor, principalmente sob ponto de vista econômico, deduz-se,
seguindo diretriz traçada na caracterização da operação manual do processo de
fabricação, que a automação do controle dos processos produtivos é compatível em
estágios mais simples com esta atividade no que concerne às empresas de pequeno e
médio porte, apesar da importância que ela possui para o monitoramento mais eficaz das
etapas de produção.
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
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A avaliação constou dos aspectos citados no quadro abaixo:
Conceito 1 3 5
Mecanização
Alguma mecanização;
intenso trabalho manual.
Automação em algumas etapas do processo; computadores são
utilizados para o controle e planejamento da
produção.
Automação integrando etapas do processo
produtivo; computadores conectados às
máquinas gerenciam a qualidade dos produtos; computadores utilizados
para facilitar o desenvolvimento de produtos e prever
falhas.
Nota Média obtida pelas empresas = 3,40
Sistemas de Informação
Outro ponto muito importante na definição do estágio de utilização da tecnologia
disponível no mercado por parte das empresas do segmento transformador de plástico,
está na informatização dos processos produtivos e gerenciais, sistematizando a coleta de
dados e a geração de informações sobre a gestão da empresa. Estes sistemas podem
ser operados automaticamente por softwares adequados ou através do preenchimento de
fichas de acompanhamento dos processos.
A gestão deste sistema de informações disponível e confiável deve proporcionar as
informações de como as tarefas estão sendo trabalhadas, auxiliando no gerenciamento
dos principais processos e no alcance das metas estabelecidas. Neste aspecto, como
característica principal, as empresas de maior porte tratam a informação
sistematicamente, elevando a média, como se pode ver no quadro abaixo, onde a
avaliação média recebeu nota 3,90.
Entretanto, na razão em que a empresa reduz o porte, a informação migra para a forma
manual, iniciando pela fábrica e mantendo a informatização na área administrativa;
seguindo esta tendência natural, quanto menor a empresa, a execução manual dos
processos aumenta, até atingir, inclusive o setor administrativo.
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
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Conceito 1 3 5
Sistemas de Informação
O tratamento da informação é manual e não sistematizado.
O tratamento da informação é
sistematizado e eletrônico; existem algumas funções integradas, porém restringindo-se aos
controles operacionais.
O sistema de informação é eletrônico e amplamente utilizado;
a comunicação é integrada em toda empresa, com os
clientes e fornecedores; o sistema de produção
permite otimizar a utilização de recursos,
sistematizando e rastreando a produção
Nota Média obtida pelas empresas = 3,90
Manutenção de Máquinas e Equipamentos
Por último, foi avaliado se a empresa cria medidas práticas para permitir aos
colaboradores realizarem tarefas de manutenção de rotina, sem necessitar recorrer ao
pessoal especializado, terceirizado, através de manutenção planejada para evitar
paradas inesperadas. Na organização das tarefas de manutenção preventiva, as causas
de paradas dos equipamentos devem ser registradas, bem como os mecanismos de
execução da manutenção corretiva, dando-se ênfase para a situação real e não para
intenções ou procedimentos escritos.
Conceito 1 3 5
Manutenção de equipamento
Manutenção corretiva
(equipamentos são concertados quando
apresentam problemas)
As paradas para manutenção são
realizadas em períodos planejados
Há um programa de manutenção preventiva que é cumprido e cada operário participa nas operações básicas de
manutenção
Nota Média obtida pelas empresas = 3,60
Capacitação da Mão-de-Obra ou Treinamento e Educação
É fato que a mão-de-obra é de crucial importância para o aumento da competitividade de
todo o segmento transformador de plástico, partindo da micro até a grande empresa e,
assim podemos entendê-la e considerá-la como um importante e insubstituível
componente no processo de inovação tecnológica.
No entanto, é verdade que somente após a abertura do mercado nacional para o acesso
das empresas de classe mundial, no início da década de 90, a continuidade do processo
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
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de capacitação e treinamento de colaboradores assumiu importância decisiva para a
execução da inovação tecnológica e, desde então, a sua importância vem sendo
difundida com maior ênfase no meio empresarial. Ainda mais quando a informação obtida
das entrevistas com os empresários do setor assinala que a maioria – setenta por cento
(70%) – dos operadores dos processos industriais possui nível escolar de 2° grau.
Entretanto, a existência de capacitação regular e permanente dos operadores resulta,
principalmente, no hábito de atender somente o mercado interno, tradicional comprador
de produto previamente definido e com a aplicação da política do preço mínimo
conhecida por ele. Mas para crescer, o empreendedor deste segmento precisa
implementar a cultura de estar sempre desenvolvendo produtos novos, criativos,
procurando seguir a tendência mundial do setor que é de oferecer ao mercado produtos
com valor agregado cada vez maior. Logo, é possível concluir que a estratégia da
capacitação apresenta-se como uma excelente oportunidade de melhoria tecnológica,
resultando em aumento de competitividade da indústria local.
Complementando o entendimento sobre o item capacitação e treinamento, o questionário
aborda a questão da falta de algum tipo de profissional específico para as empresas,
resultando na conclusão de que também existe ausência de profissionais tecnólogos e de
nível superior, como engenheiros em polímeros e de produção na formação de 3° grau.
Na formação intermediária (2° grau) – nível técnico – as necessidades apontam para
capacitações profissionalizantes em polímeros, impressão e extrusão nas diversas
modalidades, mecânica e eletrônica prática, bem como operadores e auxiliares em para
ocuparem cargos próximos ao engenheiro e/ou gerente de produção.
Portanto, treinamento e educação são as tarefas de capacitar e desenvolver as
habilidades dos colaboradores. A capacitação da mão-de-obra é algo importante e
necessário na era da gestão do conhecimento, onde a atuação do colaborador deve
ocorrer de forma participativa e pró-ativa.
Então as perguntas “Existe algum planejamento de capacitação e treinamento para os
funcionários?” e “Na decisão tomada para programar as capacitações e treinamentos
anualmente, em que medida a empresa compara os atuais conhecimentos e habilidades
de seus empregados com aqueles que precisariam possuir para desempenhar bem suas
tarefas?” A pontuação dependerá do tipo, importância e abrangência dos programas de
treinamento e educação realizados através da própria empresa. A avaliação média de
2,40 obtida para o indicador treinamento e educação foi considerada média/baixa e
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
152
traduz a realidade do comportamento em relação a esta política pela maioria das
organizações do segmento, representado pela média e pequena empresa.
Apesar de todos os empreendedores considerarem a falta de qualificação da mão-de-
obra um dos grandes entraves para o crescimento da sua empresa, poucos tem se
preocupado em planejar ou promover os treinamentos necessários para o
aperfeiçoamento da mão-de-obra. Geralmente eles acontecem quando há oferta de
cursos na cidade ou região, seja por parte de alguma entidade profissionalizante, a
exemplo do SATC - SENAI/SC, ou quando é oferecido por alguma grande empresa
fornecedora de matéria-prima ou insumo, o que nem sempre atende às necessidades
mais relevantes da empresa demandante.
Em contrapartida, na razão em que aumenta o porte da empresa, cresce
significativamente o investimento em capacitação e treinamento no colaborador realizado
internamente ou com auxílio de outras entidades especializadas.
No nível gerencial, os principais problemas apontados foram: na área comportamental, no
conhecimento da computação, na falta de treinamento em ferramentas financeiras, no
desconhecimento de técnicas de vendas, no insipiente planejamento estratégico das
empresas e conseqüente ausência de transparência nas metas, no desconhecimento e
controle inadequado dos custos de produção, bem como no treinamento para os
sucessores dos atuais proprietários das grandes empresas.
Conceito 1 3 5
Treinamento e educação
Não há planejamento. É realizado somente quando há oferta de
cursos.
Algum treinamento e qualificação para
todos, realizados de acordo com
planejamento, subsidiados
parcialmente pela empresa.
Mais de 60 horas de treinamento por funcionário por ano, com forte ênfase em qualidade. O número
de horas vem crescendo nos últimos anos. É feito um
acompanhamento dos resultados após os treinamentos.
Nota Média obtida pelas empresas = 2,40
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
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Desenvolvimento de Produtos – Inovação
Para que a empresa obtenha uma melhor pontuação neste indicador é imprescindível ter
um plano formal de investimento em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, buscando
atualização tecnológica em termos de máquinas, processo, embalagem e capacitação
dos colaboradores.
Somente as grandes e médias empresas do setor costumam investir em desenvolvimento
de novos produtos por conhecerem os reais benefícios, sobretudo, por entenderem que é
um investimento adicional e necessário para o crescimento da empresa e que o retorno
financeiro pode ser mais demorado em alguns casos, mas é certo e acumulativo.
O desenvolvimento de novos produtos é um fator de extrema relevância para a
competitividade de uma empresa, não só pelo fato da novidade representar um
diferencial, mas também pela possibilidade permitir a valorização das funções do produto,
potencializando a otimização dos processos produtivos, aprimorando desempenhos,
adequando a aparência às expectativas dos consumidores, aumentando o nível de
segurança e higiene, economizando insumos, reduzindo matéria-prima e racionalizando
mão-de-obra.
A empresa que valoriza e investe em pesquisa e desenvolvimento e utiliza a inovação
como vantagem competitiva, pode alcançar vários benefícios, como por exemplo, a
imagem da empresa, pois esta passa a ser vista como uma organização inovadora e
atualizada com as tendências mundiais.
As pequenas empresas do segmento têm que passar por mudanças profundas para
crescerem e consolidarem-se, seguindo na direção da inovação e do desenvolvimento
tecnológico, sobretudo em função do novo perfil do consumidor e da concorrência
mundial num mercado globalizado. Ora, em função do número de organizações menores
ser maior, a nota que avaliou o conjunto de empresas neste quesito foi de apenas 1,60,
considerada baixa para um tema tão relevante.
Para obter as mudanças necessárias, as atitudes pró-ativas estão relacionadas à
capacitação e treinamento dos gestores e colaboradores, devendo ser implementadas, se
possível, dentro do menor tempo. O Governo Federal está, em parte, procurando fazer o
seu papel, criando instrumentos legais e financeiros de incentivo às pesquisas aplicadas
nas empresas em parceria com as universidades. Cabe aos gestores interessados em se
desenvolver, tomarem a atitude de elaborar projetos para captar estes recursos
financeiros disponíveis no mercado e começar uma nova fase na sua existência.
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
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Conceito 1 3 5
Ip
do
P
eH
d
nvestimento em esquisa &
esenvolvimento
Não há um rçamento
planejado para &D.
Planejamento limitado eventual dos
ecursos, que são reservados para
atividades críticas.
á planejamento dos investimentos em P&D, com percentuais pré-efinidos dos recursos.
r
Nota Média obtida pelas empresas = 1,60
Desenvolvimento de Produtos
O conjunto das empresas pesquisadas pontuou a nota média de 2,30 neste indicador,
retratando o grau de importância razoável que os empresários das médias e grandes
empresas do segmento dão a questão da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e,
conseqüentemente, refletindo o montante dos recursos financeiros do investimento que
lhe é destinado.
Entretanto, muitas vezes o objetivo principal do estudo foi reduzir a espessura da lâmina
que formata o copo, o prato e os outros utensílios, buscando diminuir custos para
competir. Infelizmente esta estratégia resultou em competição desenfreada entre as
empresas, que hoje elas fabricam um produto de baixa qualidade. A sociedade teve que
intervir no processo através de ação do Ministério Público, exigindo a adoção de padrão
mínimo de espessura.
Portanto, o desenvolvimento de produto compreende a etapa da concepção da idéia,
transformando-a em amostra de produto real. Para tanto, é necessária interação entre as
pessoas, formando grupos de trabalho que utilizam os conhecimentos e as experiências
individuais, formais e informais, em conhecimento organizacional. Igualmente, é preciso
responder as perguntas “Quem participa no desenvolvimento de novos produtos?”;
“Como áreas diferentes da empresa participam dos processos?”; “Até que ponto existe
trabalho em equipe, em vez de somente consultas entre os colaboradores?”.
A nota obtida pelo segmento neste indicador faz acreditar que insistir numa iniciativa
nesta direção é uma excelente oportunidade de melhoria para todas as organizações,
pois o desenvolvimento de produto, com padrão de qualidade, é tido, por parte dos
entrevistados, como fator de diferenciação regional.
Para tanto, as empresas procuram responder à demanda dos clientes e dos
representantes de venda, desenvolvendo produtos baseados em outros produtos
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
155
lançados pelas grandes empresas nacionais e internacionais vistos em feiras ou revistas
especializadas. Portanto, as diversas fontes de informação das empresas podem ser
descritas da seguinte forma:
• SATC, SENAI/SC, SEBRAE, Centros Tecnológicos Públicos ou Privados e
Universidades, dentre outras;
• Feiras e Eventos;
• Mercados líderes;
• Representantes Comerciais, clientes, vendedores independentes;
• Vivência adquirida nos anos de atuação no mercado nacional.
Conceito 1 3 5
Desenvolvimento de produtos
Responsabilidade exclusiva de um grupo ou de uma
única pessoa; falta de integração entre as
etapas de desenvolvimento de produtos e produção.
Baseado em grupos de trabalho, com
participação da área de produção.
Novos produtos lançados
freqüentemente, orientados pela política
de marketing e/ou necessidades dos
clientes; o desenvolvimento de
novos produtos é feito com a participação de
clientes e fornecedores.
Nota Média obtida pelas empresas = 2,30
Introdução de Novos Produtos
Este índice avalia o grau de inventividade da empresa, medindo o número de novos
produtos lançados, suas características diferenciais e o valor agregado.
A pontuação média do indicador foi de 1,90 caracterizando que o segmento apresenta
grau de inovação médio-baixo e que necessita de uma estratégia para potencializar mais
a competitividade no que se refere à introdução de novos produtos. Apesar de
desenvolver produtos com alguma diferença, atendem, exclusivamente, as aspirações
dos consumidores, pois o novo se limita a seguir uma tendência bastante comum e
semelhante a atual, o que não caracteriza inovação. Por senso comum, existe a
pretensão de que a inovação irá se caracterizar pela utilização de diferentes processos
produtivos, resultando em formas e aspectos diferenciados e arrojados.
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
156
Conceito 1 3 5
Introdução de novos produtos (últimos 2 anos)
Nos últimos 2 anos a empresa tem
conservado os mesmos produtos; segue
tendência da concorrência.
Colocou no mercado dois ou mais
produtos, alguns com características
diferenciais em relação aos produtos
concorrentes.
A empresa tem estabelecido tendências
no setor? tem introduzido mudanças
radicais na(s) linha(s) de produto(s), nos
processos industriais e serviços aos clientes.
Nota Média obtida pelas empresas = 1,90
Estratégia de Tecnologia
Este indicador avalia a estratégia da empresa em relação à tecnologia dos seus produtos.
De que forma a empresa investe em tecnologia? É uma estratégia pró-ativa, com
políticas bem definidas de pesquisa e investimentos, ou a empresa assume uma posição
de reação, procurando resolver problemas ou limitações tecnológicas atuais?
As empresas do segmento pontuaram 1,70 neste indicador refletindo a estratégia atual
das empresas, onde o investimento em tecnologia é feito parcialmente (somente nas
grandes e médias empresas), pois a preocupação da maioria dos empreendedores das
pequenas empresas está centrada em atender a demanda atual, mantendo uma posição
de imobilidade em relação às tendências nacionais e internacionais, no que se refere à
tecnologia de novos produtos. É comum praticar a cópia de projetos de novos produtos
que estejam expostos em catálogos ou os que são vistos em feiras especializadas.
Conceito 1 3 5
Estratégia de tecnologia
As necessidades de novas tecnologias são
orientadas por necessidades
funcionais atuais; há limitações e problemas
devido às limitações tecnológicas.
Análise das necessidades de
novas tecnologias a cada novo projeto,
com processos sistemáticos para sua
obtenção.
Possui uma política explícita de investimento em novas tecnologias, com monitoramento do
nível tecnológico da concorrência.
Nota Média obtida pelas empresas = 1,70
Na figura a seguir, está apresentado um gráfico radar dos fatores críticos de sucesso
para o segmento dos Transformadores de Plástico da AMREC. Em cada eixo do gráfico
consta a média dos indicadores de cada fator, bem como um comparativo com os
cenários de estado satisfatório, soluções equacionadas e cuidado necessário.
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
157
Fatores Críticos de Sucesso
010
2030
405060
708090
100(%) Matéria-prima
(%)Tecnologia - Máquinas
(%) Capacitação da Mão-de-obra
(%) Inovação
Média Empresas Transformadoras de Plástico AMRECCuidado NecessárioSoluções equacionadasEstado Satisfatório
Figura 36 - Gráfico Radar dos Fatores Críticos de Sucesso
3.3.2 Diamante de Competitividade de Porter
Estratégia, Estrutura e Rivalidade das Empresas.
Com a função de compor o Diamante de Competitividade de Porter, alguns indicadores
são apresentados a seguir.
Conhecimento da Concorrência
Avalia de que forma a empresa observa seus concorrentes. Uma análise sistemática da
concorrência mostra-se importante para todas as empresas, uma vez que a comparação
do preço, da forma de pagamento, do design, da qualidade, da garantia, da durabilidade,
do atendimento pós-venda e da estratégia de promoção entre as empresas concorrentes
é realizada a todo o momento pelos clientes. A empresa deve conhecer a concorrência
tal qual conhece os seus clientes, pois dessa forma pode enfatizar seus pontos fortes e
atacar os pontos fracos dos concorrentes nas negociações.
As empresas entrevistadas da AMREC obtiveram uma avaliação média de 3,30 estando
no terceiro cenário evolutivo, como pode ser observado na tabela abaixo, pois mantém
registro atualizado com os dados principais da atuação dos concorrentes (preço,
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
158
garantias, qualidade) que são analisados e utilizados para as melhorias internas;
possuem vendedores treinados para enfatizar os pontos fracos dos concorrentes
diretamente. Outro ponto que é explorado pelas empresas é o fato dos concorrentes
serem importantes fontes de informações e podem dar início ao processo de
desenvolvimento de novos produtos, ou mesmo, a adoção de estratégias de marketing.
É o contexto no qual as empresas são criadas, organizadas e dirigidas, e também de
como a natureza da rivalidade interna da indústria se processa no ambiente competitivo.
A região sul de Santa Catarina é considerada o maior pólo estadual de fabricação de
produtos de plástico, pela presença de empresas de classe nacional (Plazom e Cangurú),
fato que eleva o nível de competitividade de todo o segmento da região da AMREC,
dentro da qual se encontram todas as empresas visitadas.
As grandes e médias empresas adotam, basicamente, a estratégia de diferenciação,
industrializando produtos de alto valor agregado e os comercializando em todo Brasil.
Deste fato surge uma lacuna para as pequenas organizações atuarem - a comercialização de produtos de menor valor agregado no mercado regional e estadual - adotando a estratégia de competir pela liderança de custo.
Conceito 1 3 5
Conhecimento da concorrência
Os concorrentes não são conhecidos nem
pesquisados.
A empresa estuda e pesquisa apenas o
preço e as campanhas
publicitárias dos concorrentes.
A empresa conhece seus concorrentes; há um registro atualizado dos seus dados (preço, garantias, qualidade) que são analisados e
utilizados para melhorias; vendedores treinados a enfatizar os
pontos fracos da concorrência.
Nota Média obtida pelas empresas = 3.30
Estruturação dos Canais de Venda
Canais de venda são o conjunto de organizações interdependentes envolvidas no
processo de tornar o bem ou serviço disponível para consumo. Diversas configurações
de canais de venda podem ser estruturadas conforme a necessidade dos clientes quanto
ao tamanho do lote, tempo de espera, conveniência espacial, variedade de produtos
desejada e retaguarda de serviços. Quanto melhor o planejamento do canal, maior será a
eficiência dos recursos investidos em marketing para todos os envolvidos.
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
159
A nota média alcançada 3,30 pelo segmento transformador de plástico da região AMREC
oferece a certeza de que as administrações das empresas atribuem caráter estratégico à
estruturação do canal de vendas, proporcionando agregação de valor aos produtos e
serviços, bem como esta integração promove a sinergia com os esforços despendidos
em marketing.
Portanto, as empresas estão num bom nível no quesito estruturação dos canais de
venda, adotando critérios de atuação próprios e focados no bom atendimento dos
clientes. Estas organizações trabalham com um rol de vendedores nas áreas de
comercialização dos produtos e estes são considerados estratégicos para os negócios.
Conceito 1 3 5
Estruturação dos canais de venda
Formado em decorrência do processo de vendas da empresa;
enfoque somente na diminuição dos custos de distribuição, não é
considerado estratégico.
Focado no atendimento, a
quantidade, variedade, suporte,
deslocamento e tempo de espera desejado pelos consumidores; canais adotam
critérios de atuação próprios.
A administração do canal possui caráter
estratégico; a estruturação do canal agrega valor adicional
aos produtos e serviços, e sua integração
promove sinergia nos esforços de marketing
Nota Média obtida pelas empresas = 3,30
Planejamento de Marketing
O planejamento de marketing é o processo de transformar as estratégias de marketing
em programas, através da tomada de decisões básicas quanto aos investimentos e nas
quatro áreas: produto, preço, praça e promoção. Um bom planejamento maximiza as
chances de sucesso da campanha de marketing da organização.
Durante as entrevistas, foi observado que as empresas não se preocupam com o
planejamento de marketing, tomando decisões baseadas na experiência dos gestores ou
dos vendedores. Esta prática pode elevar a susceptibilidade das empresas aos altos e
baixos do mercado onde atuam, fato ressaltado pelos empresários que relataram o
acirramento da concorrência e o dinamismo do mercado no qual estão inseridos.
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
160
Conceito 1 3 5
Planejamento de Marketing
Não existe um planejamento de marketing formal;
decisões são tomadas com base na
percepção e experiência do
gestor.
Existe um planejamento formal que se restringe aos
programas de promoção.
Existe um programa formal, que orientado
pelas metas da empresa, define uma
estratégia com orçamento de gastos,
composto de marketing (produto, praça, preço e promoção), programa de ação e resultados
esperados.
Nota Média obtida pelas empresas = 1,60
Condições dos Fatores
São os insumos necessários para competir em qualquer indústria como:
1) Recursos Humanos - implica na capacidade, quantidade e custo da mão-de-obra
presentes no território;
2) Recursos Físicos - o posicionamento geográfico do território em questão é
extremamente importante para esta análise, pois se considera a qualidade, acesso,
abundância e custo dos recursos físicos;
3) Recursos de Conhecimento - relaciona-se diretamente à capacidade intelectual
disponível no território, ou seja, as capacitações da mão-de-obra presente na região;
4) Recursos de Capital - resume-se na capacidade econômica e na definição das
garantias que o território dispõe para o financiamento de investimentos tecnológicos;
5) Infra-Estrutura - tipo, qualidade e valor de uso da infra-estrutura disponível que afeta
a competição, inclusive os sistemas de transportes, os sistemas de
telecomunicações, pagamentos ou transferências de fundos.
As condições dos fatores foram mensuradas através da análise do relacionamento entre
as empresas com as instituições de suporte da região, pois são mecanismos importantes
que podem aumentar a competitividade do segmento através do fornecimento de
serviços dentro das suas respectivas competências.
Foi possível observar que apesar da inexistência de cooperação entre as empresas, há
um relacionamento de regular a bom com instituições de suporte como o SATC, SENAI,
SEBRAE, EPAGRI, FIESC (SESI e IEL), ACI, AMPE, Bancos de Desenvolvimento,
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
161
Universidade, Governo Municipal e Estadual, podendo ser intensificado caso a demanda
pelos serviços prestados por estas instituições seja melhor estruturada.
Outro ponto avaliado, durante as entrevistas, foi o crédito e onde ele é captado. A maior
parte das empresas analisadas encontram-se em dificuldades financeiras, usam cheque
especial e possuem dívidas vencidas. No entanto, foi possível verificar que os Bancos de
Desenvolvimento (BADESC e BRDE) chegaram até estas empresas em outras
oportunidades, mas atualmente estão concedendo crédito com muita parcimônia,
restando aos empresários captarem recursos para investimento nos bancos comerciais.
Condições de Demanda
Determina o rumo e o caráter da melhoria e inovação pelas empresas do território. Três
atributos gerais da demanda interna são significativos: a composição (natureza da
necessidade do comprador), o tamanho e padrão de crescimento e o mecanismo pelo
qual a preferência interna é transmitida aos demais mercados.
Como dito anteriormente, a maioria das empresas do segmento vende os seus produtos
no mercado nacional como pode ser comprovado no gráfico apresentado a seguir. Este
mercado apresenta como principal característica a demanda por produtos de menor
preço, relegando a qualidade, pelo fato do consumidor estar acostumado com produtos
de qualidade sofrível.
0.00
10.00
20.00
30.00
40.00
50.00
60.00
70.00
80.00
90.00
100.00
No Município Na Região No Estado No País No Exterior
Regiões onde a empresa vende seus produtos diretamente (%)
Figura 37 - Regiões onde vende diretamente seus produtos (%)
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
162
Estimativa de Demanda
A Estimativa de Demanda desempenha um papel essencial, uma vez que é utilizada pelo
empreendedor para prever o volume dos recursos financeiros necessários para a
operação como um todo: a manufatura propriamente dita, o estabelecimento da
capacidade de produção, o volume de compras para suprir-se dos materiais e a atitude
de contratar as pessoas necessárias para atingir as metas de produção. Se a previsão for
distante da realidade, a empresa poderá ter problemas de liquidez financeira devido ao
estoque excessivo; ou se o estoque for insuficiente, terá que repô-lo a custo elevado,
diminuindo a lucratividade de qualquer forma.
A nota da avaliação de 3,60 é boa, demonstrando que as empresas planejam os
próximos meses.
Conceito 1 3 5
Estimativa de demanda
A demanda não é estimada formalmente.
Demanda estimada com base no
histórico de vendas.
Além do histórico de vendas, a demanda é
estimada com base em fontes de informação
como contato com canais de vendas e
distribuidores, informações sócio-econômicas, entre
outras.
Nota Média obtida pelas empresas = 3,60
Pesquisa das Necessidades dos Clientes
A pesquisa das necessidades dos clientes consiste numa das práticas mais importantes
para a orientação das empresas. O levantamento destas informações é fundamental para
diversas áreas da empresa, como desenvolvimento de produtos, distribuição, transporte e
marketing, fazendo com que todas atendam às expectativas dos consumidores. A
empresa não deve somente reagir às reclamações, mas identificar antes do consumidor,
os possíveis pontos que não atendem as necessidades e expectativas dos mesmos.
O canal de venda utilizado é o vendedor que tem papel fundamental, pois traz as
informações referentes às necessidades dos clientes. Entretanto, estas organizações não
formalizam estas informações nem as disseminam para todos os colaboradores. Os
clientes devem ser as principais fontes de informações da empresa, tanto para o
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
163
aprimoramento dos produtos existentes, bem como para a identificação de oportunidades
para o desenvolvimento de novos produtos.
Conceito 1 3 5
Pesquisa das necessidades dos
clientes
Não são feitas pesquisas sobre as necessidades dos
clientes; a empresa baseia-se em informações isoladas de
relacionamento com poucos
consumidores.
Pesquisas esporádicas para
conhecer as necessidades e expectativas dos
clientes; existe um canal disponível para
reclamações ou críticas.
Possui uma verba destinada à pesquisa de
mercado e as realiza constantemente.
Nota Média obtida pelas empresas = 2,80
Variação nas Vendas
O conceito para a Variação nas Vendas é utilizado como medida ativa do desempenho
da empresa e é avaliado mediante a razão calculada entre as vendas do período atual e
do período anterior. Este indicador é medido com base na variação do volume e valores
das vendas dos últimos anos.
Como pode ser observado pelo indicador, as empresas entrevistadas apresentam
crescimento nas vendas e bons resultados, em decorrência do sucesso da sua estratégia
básica (liderança de custo) e da entrada em novos mercados.
Conceito 1 3 5
Variação nas vendas
Em declínio Estável Em crescimento
Nota Média obtida pelas empresas = 4,10
Indústrias Correlatas e de Apoio
É a presença no território de organizações que possam abastecer a produção industrial e
dar suporte aos serviços necessários para realizar as operações normais. Como já
comentado no presente trabalho, a região Sul de Santa Catarina é o maior pólo estadual
na industrialização de produtos de plástico, portanto, tanto os fornecedores quanto os
prestadores de serviços suprem as necessidades das empresas.
Fornecedores e Subcontratados
A maioria das empresas compra alguns itens importantes baseados somente no preço,
mas reconhecem outros fatores que afetam o sucesso comercial, como, por exemplo, o
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
164
prazo de entrega e a flexibilidade de adaptação na fase da montagem e acabamento
final.
Um processo com método formal e sistêmico é importante para garantir e avaliar a
confiabilidade do fornecedor. Manter parcerias abertas com os fornecedores, baseadas
em confiança mútua e no interesse maior de todas as partes envolvidas é importante
para conquistar uma posição competitiva, visto que, fornecedores devem estar
ativamente encorajados a contribuir para o desenvolvimento e melhoria do processo e do
produto.
A empresa participa de programas de qualidade em parceria com os fornecedores? A
empresa utiliza política de incentivos com os fornecedores sub contratados, motivando-os
a melhorar a qualidade dos serviços? Quais outros fatores são levados em consideração
no momento da compra?
A maioria das empresas realiza a compra baseando-se em dois critérios principais –
preço e qualidade - possuindo alguns fornecedores preferenciais e têm buscado
desenvolver parcerias. Como industrializam produtos de plástico, a formação de
parcerias com os produtores de matéria-prima é fundamental para garantir a qualidade
dos produtos.
Conceito 1 3 5
Fornecedores e subcontratados
Muitos fornecedores; compra baseada
somente no preço.
Alguns fornecedores preferenciais; além do
fator preço alguns outros fatores são
levados em consideração; a empresa tem
buscado desenvolver parcerias.
Fornecedores cadastrados e avaliados
periodicamente; parcerias com
fornecedores no desenvolvimento de novos produtos e na
programação da produção.
Nota Média obtida pelas empresas = 2,60
Planejamento Logístico
Neste segmento, cujos materiais se caracterizam por ter baixo peso específico, a
logística adquire importância significativa, seja na aquisição dos insumos ou na
distribuição dos produtos acabados. As questões como quantidade, qualidade, prazo e
local, tornam-se essenciais no planejamento logístico a médio e longo prazo. Muitas
vezes a definição incorreta de fornecedor e cliente alvo acaba prejudicando o
desempenho da empresa, incorrendo em problemas com a compra e distribuição de
materiais/produtos.
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
165
O bom planejamento define prioridades e necessidades que devem nortear a logística da
empresa. Apesar do planejamento logístico estar a cargo de algumas pessoas e não
haver planejamento sistemático de médio ou longo prazo, os gestores relataram que não
têm enfrentado dificuldades neste tópico, pois a maioria possui frota própria de
caminhões, dimensionada para cumprir a função, independente de empresas
especializadas.
Conceito 1 3 5
Planejamento logístico
Não há planejamento com relação à
logística; imprevistos freqüentes nas
compras ou distribuição.
Algumas pessoas (chefia) responsáveis
pelas decisões referentes à aquisição e
distribuição; elas definem
fornecedores e clientes baseados na
experiência, contatos,
localização.
Há um planejamento de médio ou longo prazo onde são definidas as
necessidades relacionadas ao
material, quantidade e transporte; são definidas
as prioridades (qualidade, prazo e
preço) e segmentação do mercado.
Nota Média obtida pelas empresas = 3,30
Enfim, como pode ser observado na figura a seguir, o segmento do plástico encontra-se
muito próximo do cenário Soluções Equacionadas, nas quatro áreas do Diamante de
Competitividade de Porter. Especificamente, na área Estratégia, Estrutura e Rivalidade das Empresas, a média das pontuações obtida pelas empresas foi próxima a 68, em
uma escala de 0 a 100, como maior deficiência no indicador de Planejamento de
Marketing.
A situação diagnosticada na área Condições dos Fatores demonstra uma evolução –
média dos indicadores próxima a 60 – mister a indesejável condição financeira de
algumas das organizações e uma aproximação entre a referida classe empresarial e as
instituições que podem dar suporte para um futuro aumento de competitividade.
A média obtida dos indicadores: Estimativa de Demanda, Pesquisa das Necessidades
dos Clientes e Variação nas Vendas, que compõem a área Condições de Demanda foi
75, expressando uma situação intermediária.
A última área do diamante – Indústrias Correlatas e de Apoio – com uma média de
60% nos indicadores: Fornecedores e Subcontratados e Planejamento Logístico, segue a
tendência dos demais, estando numa situação intermediária. Portanto, é relevante a
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
166
adoção das ações propostas no presente relatório, para que haja aumento de
competitividade das empresas do segmento.
Diamante de Competitividade de Porter
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Rivalidade das empresas
Condições dos Fatores
Condições de Demanda
Indústrias Correlatas e de Apoio
Média Empresas Transformadoras de Plástico da AMRECCuidado NecessárioSoluções equacionadasEstado Satisfatório
Figura 38 - Gráfico Radar do Diamante de Competitividade de Porter
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
167
3.4 Seção 4 - Conclusões e Recomendações
Entre as recomendações e conclusões a respeito do trabalho, listam-se:
Melhorar o design dos produtos plásticos, por meio de projetos de pesquisa,
desenvolvimento e inovação;
Estabelecer padrão mínimo de resistência funcional para os produtos fabricados pelo
setor;
Diversificar as vendas no mercado interno, aproveitando novos nichos de clientes;
Curso e palestras sobre metodologias de processos associativos;
Desenvolver Central de Compra Conjunta para as pequenas e médias empresas do
setor;
Desenvolver mecanismos cooperativos (empresas e instituições de suporte) para
capacitação da mão-de-obra;
Cursos e palestras orientando sobre as diversas linhas de crédito, principalmente as
que possibilitam a captação de recursos não reembolsáveis para serem aplicados em
projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica;
Aumentar a produtividade e a qualidade em geral das empresas, para reduzir
desperdícios;
Desenvolver parcerias com as empresas do segundo elo da cadeia produtiva para o
desenvolvimento de novas composições químicas das resinas.
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
168
3.5 Seção 5 – Encaminhamento das Ações Sugeridas
A última fase da metodologia é a realização de um Seminário Tecnológico Regional,
ocorrido no mês de dezembro de 2004, durante o qual foram apresentados os principais
pontos identificados pelo diagnóstico, bem como as sugestões e recomendações. Neste
evento, os empresários e representantes de instituições de suporte presentes validaram o
quê foi apresentado pela equipe do IEL/SC, solicitando um encaminhamento das ações
sugeridas. Para tal, os técnicos da Unidade de Desenvolvimento Regional e Setorial
buscaram parceiros que pudessem suprir as deficiências identificadas nas empresas do
Segmento Plástico.
A tabela exposta a seguir apresenta o projeto sugerido, as ações que serão
desenvolvidas e os respectivos responsáveis.
Tabela 40 - Projeto, ações e contatos para as recomendações e sugestões
Projeto Ações Contato
Melhorar o design dos produtos plásticos, por
meio de projetos de pesquisa,
desenvolvimento e inovação;
Articular com as entidades participantes do Projeto
Design Catarina, a inserção do segmento do Plástico da
região da AMREC no referido projeto.
Paulo de Tarso Mendes Luna – Coordenador do Centro de Inovação e Design – Projeto Design Catarina
www.designcatarina.com.br
Estabelecer padrão mínimo de resistência
funcional para os produtos fabricados pelo
setor;
Realizar testes de resistência nos principais produtos do
segmento.
Antônio Pedro Novaes de Oliveira – CTCMAT / Senai de Criciúma
www.ctc.org.br
Diversificar as vendas no mercado interno,
aproveitando novos nichos de clientes;
Elaborar projeto para a realização de pesquisas de
mercado para os produtos das empresas, com a aplicação da
ferramenta IEL / Pesquisa.
Nilson Neves Motta – Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina – IEL
/ Pesquisa. www.iel-sc.com.br
Curso e palestras sobre metodologias de
processos associativos;
Encaminhar projeto para o Edital conjunto Finep e
Sebrae (e outros parceiros) para projetos cooperativos
ICT’s (Instituições de Ciência e Tecnologia) e empresas
inseridas em APLs.
Newton Barata – ADRC (Agência de Desenvolvimento da Região
Carbonífera).
Desenvolver Central de Compra Conjunta para as
pequenas e médias empresas do setor;
Elaborar plano de ação para a realização de compra conjunta, utilizando a
ferramenta Compre Fácil.
José Maurício Coelho – Superintendente do CIESC
www.comprefacil.ind.br
Desenvolver mecanismos Articular a realização de Newton Barata – ADRC (Agência de
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
169
Projeto Ações Contato cooperativos (empresas e
instituições de suporte) para capacitação da mão-
de-obra;
capacitações para os colaboradores das empresas
com o SENAI, a UNESC e demais parceiros.
Desenvolvimento da Região Carbonífera).
Aumentar a produtividade e a qualidade em geral
das empresas, para reduzir desperdícios.
Elaborar plano de ação para a aplicação das metodologias –
Produção Mais Limpa e Benchmarking – nas
empresas do segmento.
Janete Moro – Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina – IEL / Produção
Mais Limpa. www.iel-sc.com.br
Após a identificação dos projetos citados acima, foi organizada uma reunião na cidade de
Criciúma, no dia 17 de março de 2005, para a exposição dos projetos pelos provedores
de solução, com o intuito de firmar parcerias entre a Agência de Desenvolvimento da
Região Carbonífera (ADRC), empresários do segmento e instituições de suporte. No final
da reunião, o Superintendente da ADRC relatou que articulará empresas e provedores de
solução, visando o desenvolvimento do Segmento do Plástico.
Para ilustrar os projetos apresentados estes serão descritos sucintamente na forma de
resumo executivo.
3.5.1 IEL Pesquisa – Pesquisa de Mercado
Introdução
Elabora e executa projetos de Pesquisa de Mercado e Opinião.
Tipos de Pesquisa:
Produto: Satisfação e expectativas, Teste de conceito e de produto, Hábitos e atitudes,
Imagem de produto e de marca;
Preço: Avaliação de preço para produtos/ serviços, Teste de sensibilidade a preços,
Avaliação de custo x benefícios;
Comunicação: Pré-teste de propaganda, Pós-teste de propaganda, Avaliação de
conceitos para campanhas;
Distribuição: Satisfação e expectativas dos canais, Avaliação/ aceitação para novos
canais;
Mercado Alvo: Segmentação psicográfica, Potencial para produtos/ serviços.
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
170
Tabela 41 - Tipos de Segmentação de Mercado
Tipos Características Gerais
Demográfica Idade, sexo, educação, renda, raça, família, altura
Geográfica Localização regional, densidade demográfica, cidade e número de habitantes, clima
Psicográfica Estilo de vida, personalidade, interesses, valores e atitudes
Benefício Benefícios proporcionados pelo produto ou serviço
Volume Montante de uso
O papel da Pesquisa de Mercado durante o desenvolvimento de produtos
Auxiliar a tarefa de desenvolver produtos, servindo como mecanismo de captação das
necessidades dos clientes, monitoramento de seus hábitos e atitudes e de avaliação de
conceitos, protótipos e produtos.
Tabela 42 - Pesquisa de Mercado no gerenciamento do portfólio de produtos
Fases Dados Necessários Resultados Obtidos
Buscar informações de mercado
Histórico de demanda do produto
Resultados de demanda futura
Taxa de crescimento do mercado
Buscar informações sobre concorrentes
Número de concorrentes Produtos Faturamento
Consumo de cada marca existente
Síntese e visualização das informações
Tabela 43 - A pesquisa de mercado para identificação de oportunidades
Fases Dados necessários Resultados obtidos
Pesquisa qualitativa com consumidores (entrevistas
individuais ou grupos focais)
Necessidades, hábitos, atitudes, valores e percepções dos consumidores
Pesquisa quantitativa com consumidores para avaliação dos atributos dos produtos, preferência ou similaridade
entre produtos
Mapa de percepção dos produtos
Segmentação do mercado
Geração e Seleção de Idéias
Dados dos concorrentes Visualização de estratégias dos concorrentes
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
171
Tabela 44 - A pesquisa de mercado para definição e teste de conceito
Fases Dados Necessários Resultados obtidos
Definição de conceitos Pesquisa da preferência ou
intenção de compra com relação a vários conceitos
Identificação de atributos que mais afetam a preferência
Seleção do melhor conceito
Teste de Conceitos Avaliação da percepção dos conceitos
Mapa de percepção Pontos fortes e fracos dos
conceitos
Atividades da Pesquisa de Mercado
Definir o problema de pesquisa;
Especificar as informações necessárias;
Determinar o método para coletar os dados necessários;
Tomar decisões sobre população e amostra;
Elaborar o instrumento de coleta de dados;
Planejar e implementar a coleta de dados;
Tabular, analisar e interpretar os resultados;
Comunicar as descobertas e suas implicações.
Possibilidades de Contratação:
1. Pesquisa Completa
2. Projeto de Pesquisa
3. Análise de Dados
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
172
3.5.2 PRODUÇÃO + LIMPA
Introdução
Este documento foi elaborado para fornecer informações adicionais sobre a Produção +
Limpa, incluindo seus benefícios, processo de implementação e resultados obtidos, além
de depoimentos de executivos de empresas que já passaram pelo processo.
O que é a Produção + Limpa?
O desenvolvimento da Produção + Limpa significa a aplicação contínua de uma
estratégia econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos, a fim
de aumentar a eficiência no uso de matérias primas, água e energia, através da não-
geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados em todos os setores
produtivos.
O método utilizado é originário da UNIDO (Organização das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Social) e da UNEP (Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente), e vem sendo aplicado pelo IEL/SC desde 1998, com significativos benefícios
ambientais e econômicos para as empresas.
Por que adotar a Produção + Limpa?
Partindo da premissa que todos os resíduos que a empresa gera custam-lhe dinheiro, já
que foram comprados a preço de matéria-prima e consumiram insumos como água e
energia, o princípio básico da Produção + Limpas é a redução do desperdício e a
diminuição da geração de resíduos durante o processo de produção. Além do que, estes
resíduos consomem mais recursos, seja sob a forma de tratamento e armazenamento ou
sob a forma de multas pela falta desses cuidados, causando ainda, danos à imagem e à
reputação da empresa. Desta forma, a Produção + Limpa ajuda e empresa a repensar a
geração de resíduos e a ganhar dinheiro com isso, contribuindo para a economia dos
recursos naturais, a melhoria da imagem e o aumento da competitividade.
O que a Produção + Limpa pode fazer por uma empresa?
As empresas que adotam a Produção + Limpa reduzem significativamente a utilização de
matéria-prima, insumos, água e energia, reduzindo assim seus custos de produção e
aumentando sua produtividade. A intensa avaliação no processo de produção resultantes
do método de Produção + Limpa induz um processo de inovação dentro da empresa.
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
173
Os números são o maior indicativo de eficácia da Produção + Limpa nas empresas. Nas
26 empresas que já adotaram o método com a ajuda do IEL/SC, os resultados
econômicos anuais superaram em cinco vezes o investimento inicial. Foram identificadas
ao todo 225 oportunidades de melhoria, com o objetivo de racionalizar a produção e o
uso de matéria-prima e insumos no processo. Para pôr as ações em prática, as empresas
investiram R$ 2,2 milhões e obtiveram resultados anuais da ordem de R$11 milhões.
Ainda como resultados, o grupo obteve uma economia de 1 milhão de quilowatts anuais
em energia elétrica e o consumo de água diminuiu em 230 milhões de litros por ano. A
geração de efluentes foi reduzida em 100 milhões de litros por ano e a produção de
resíduos perigosos teve uma queda de 50 mil quilos anuais.
Os resultados das empresas mostram que a Produção + Limpa, além de gerar lucros
para as empresas pela melhor utilização da matéria-prima, água e energia e pela redução
ou reciclagem de resíduos gerados no processo produtivo, também facilita a
implementação da ISO14001 e alavanca a competitividade da empresa, na medida que
reduz os custos de produção.
Como funciona a implementação da Produção + Limpa na empresa?
O processo de implementação da Produção + Limpa na empresa segue as seguintes
etapas:
Etapa 1 – Comprometimento da direção da empresa;
Etapa 2 – Sensibilização dos funcionários e formação e treinamento do
Ecotime;
Etapa 3 – Pré-avaliação, elaboração dos fluxogramas e tabelas quantitativas;
Etapa 4 – Definição dos indicadores e avaliação dos dados coletados;
Etapa 5 – Balanço de Massa e de Energia;
Etapa 6 – Análise das informações obtidas e identificação das oportunidades
de Produção + Limpa;
Etapa 7 – Avaliação técnica ambiental e econômica;
Etapa 8 – Implementação e plano de monitoramento e continuidade.
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
174
Benefícios
Obter ganhos financeiros pela otimização dos processos produtivos através da melhor
utilização da matéria-prima, água, energia e da não-geração de resíduos;
Aumentar a competitividade através da redução de custos de produção;
Utilizar o marketing ambiental para consolidar uma imagem positiva no mercado;
Adequar-se à legislação ambiental e colaborar para o bem-estar das comunidades
local e global;
Reduzir o impacto ambiental pela reciclagem dos efluentes e resíduos;
Fornecer subsídios para a formulação de políticas de desenvolvimento industrial,
apoiadas na inovação científica e tecnológica.
Empresas catarinenses que já adotaram a Produção + Limpa
Afonso da Silva – Ind. Com. De Arroz Ltda
Alimentos Nardelli Ltd
Brametal – Brandão Metalúrgica Ltda
Cooperativa Agrícola Mista Juriti Ltda
Cooperativa Central Oeste Catarinense – Aurora
Cooperativa Regional Agropecuária Vale do Itajaí - Cravil
Dalfovo Irmãos e Cia Ltda – Beneficiamento de arroz
Metalúrgica Mecril
Rudolph Usinados de Precisão
Electro Aço Altona
Caracol Geologia e Mineração Ltda. - Cerâmica Bosse
Papenborg Comércio de Laticínios Ltda.- Laticínios Holandês
Marisol S.A Ind do Vestuário
Marmoraria Florianópolis Ltda.
Megaturbo Retífica de Turbos Ltda. - Turbosul
Pesqueira Oceânica Ltda.
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
175
Stylo – Indústria, Comércio e Prestação de Serviços em Alumínio Ltda.
Fares Engenharia
DVA Automóveis
Cooperativa Agrícola de Jacinto Machado – COOPERJA
Cooperativa Agrícola de Turvo – COOPERSULCA
Cerâmica CEUSA
Metalúrgica Riosulense
H.Effting – Grupo Moldurarte
Eliane Revestimentos Cerâmicos
Cerâmica Portinari
Depoimentos de algumas empresas
“Os benefícios ambientais e econômicos alcançados pela implantação desta metodologia
superaram nossas expectativas. Vale ressaltar também que o trabalho de Produção +
Limpa foi de suma importância, pois permitirá que a Eliane consolide a imagem na
sociedade de empresa preocupada com a melhoria ambiental”.
Leandro Medeiros – Diretor Industrial – Eliane Revestimentos Cerâmicos
“A Metalúrgica Riosulense decidiu implantar, em 2002, a metodologia de Produção +
Limpa do Instituto Euvaldo Lodi, procurando melhorar a qualidade ambiental da empresa,
através da redução do desperdício de matérias-primas, água e energia.
O ponto mais importante a ser destacado no trabalho foi que, produzir de forma mais
limpa, ajudou a Riosulense a contribuir para a melhora do meio ambiente e,
conseqüentemente, da relação da empresa com a sociedade.”
João Stramosk – Diretor Presidente – Metalúrgica Riosulense
“As empresas Moldurarte, preocupadas com a melhoria ambiental em seus processos
produtivos e também com a qualidade de vida da comunidade, identificaram a
metodologia de Produção + Limpa, do Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, como
uma oportunidade para atender a estes anseios em uma de suas unidades, a indústria de
molduras H.Effting. Os resultados foram custos menores para a empresa e benefícios
ambientais para a comunidade. No âmbito interno da empresa, além do retorno
econômico, os maiores benefícios observados referem-se à mudança na cultura
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
176
organizacional e ao desenvolvimento de uma consciência ambiental entre os
funcionários.”
Gilberto Zanetti – Diretor Presidente – H.Effting
3.5.3 Compre Fácil
Comprefacil.ind.br é uma ferramenta digital disponível na Internet, baseada na integração
comercial entre empresas compradoras e empresas fornecedoras na aquisição de
insumos e serviços, diminuindo a distância entre as empresas surgem vantagens para
todos os lados. É através dessa ferramenta que empresários poderão otimizar negócios,
ganhar maior agilidade em processos internos e proporcionar maior organização das
informações.
O Comprefacil.ind.br foi criado com o intuito de fomentar negócios promovendo redução
de custos.
Tem como objetivo potencializar o setor de compras das empresas e promover junto aos
fornecedores uma significativa ampliação em sua atuação no mercado reduzindo também
o custo operacional de vendas.
A iniciativa do Portal é do CIESC (Centro das Indústrias do Estado de Santa Catarina) em
parceria com a Outplan.com.
Modalidades de Participação
Compra
Essa solução é ideal para comprar qualquer produto. Escolha o item desejado, defina a
forma de pagamento, prazo de entrega, quantidade e outras características de sua
preferência. Após a análise das ofertas comerciais enviadas, o Portal indica o melhor
negócio e basta você autorizar a ordem de compra, tudo em tempo real.
Compra Conjunta
A solução de Compra Conjunta é voltada para o comprador que não tem urgência em
adquirir um produto. Funciona como uma compra programada, ou seja, é estabelecida
uma data para a aquisição dos itens e os interessados inserem os pedidos. Com o
grande volume de pedidos, o Portal ganhará poder para negociar, conseguindo assim
preços mais competitivos.
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
177
Leilão Reverso
O Leilão Reverso facilita seu poder de negociação. Sua empresa informa o produto que
deseja adquirir e o valor máximo a pagar. No decorrer do processo, os fornecedores
apresentam os lances sempre abaixo da proposta inicial. Vence quem oferecer a melhor
proposta, incluindo preços, condições de pagamento e prazos de entrega.
Oferta
Se sua empresa tem uma oferta especial, esse é o melhor espaço para divulgá-la.
Através de um contrato de divulgação de oferta, todos os fornecedores podem publicar os
melhores preços dos seus produtos e serviços em geral.
3.5.4 Projeto Design Catarina
Objetivos
Disseminar a cultura do design, divulgar a competência estadual na área, estimular o
desenvolvimento de um sistema de pesquisas relacionadas ao design, análise e difusão
de tendências, promover a capacitação e o aperfeiçoamento de recursos humanos,
integrar diversas entidades que promovem o design, estimular programas regionais e
setoriais, bem como a oferta e demanda de serviço no Estado.
Missão
Disseminar a cultura do design, valorizar o "Design Catarina", estimular e articular o
estabelecimento de uma rede de relações, parcerias e informações, criar uma sinergia
entre seus participantes, contribuir para a "excelência em design" e aumentar a
competitividade e capacidade de inovação em diversos setores e ramos de atividade da
economia catarinense, de forma a contribuir para o desenvolvimento econômico e social
sustentável.
Visão
Até 2007 consolidar a Rede Catarinense de Design como uma referência nacional,
fundamentada nos princípios da cooperação e participação, reconhecida pelo seu
contínuo e sólido crescimento e capacidade de responder com efetividade aos desafios
propostos pela sociedade catarinense, em especial pelo setor produtivo.
Área de Atuação
Articulação institucional, informação, capacitação e serviços relacionados à área de
design para diversos setores e ramos de atividade da economia catarinense.
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
178
Participantes
Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina - SEBRAE/SC
Função na Rede: Entidade de Fomento
Programa SEBRAE Design: Luciana Sayuri Oda - Consultora
Home Page: www.sebrae-sc.com.br
Email: [email protected]
Fone: (48) 221 0876
Endereço: Av. Rio Branco, 611, Centro 88015-203, Florianópolis – SC
Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina - IEL/SC
Função na Rede: Coordenação do Centro de Inovação e Design
Coordenador do Centro: Paulo de Tarso Mendes Luna
Home Page: www.designcatarina.com.br
Email: [email protected]
Fone: (48) 334 9857
Endereço: Rodovia Sc 401, Km 01, Parque Tec Alfa, Bairro João Paulo 88030-000,
Florianópolis – SC
Fundação Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
Função na Rede: Gerir o Núcleo de Inovação e Design - Cadeia Têxtil
Coordenadora do Núcleo: Bianka Cappucci Frisoni
Home Page: www.univali.br
Email: [email protected]
Fone: (47) 261-1235
Endereço: Rua Uruguai, 458, Centro 88302-202, Balneário Camboriú – SC
Fundação Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC
Função na Rede: Gerir o Núcleo de Inovação e Design - Embalagem
Coordenador do Núcleo: Luiz Cláudio Mazolla Vieira
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
179
Home Page: http://www.unoesc.com.br
Email: [email protected]
Fone: (49) 441-7000
Endereço: Rua Dirceu Giordani, 696, Bairro Jardim Tarumã, 89820-000, Xanxerê - SC
Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC
Fundação de Arte e Tecnologia - FUNDARTEC
Função na Rede: Gerir o Núcleo de Inovação e Design - Artesanato
Coordenadora do Núcleo: Silvana Bernardes Rosa
Home Page: www.udesc.br
Email: [email protected]
Fone: (48) 231-1637
Endereço: Av. Madre Benvenuta, 1907, Bairro Itacorubi 88035-001, Florianópolis - SC
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina - FEESC
Função na Rede: Gerir o Núcleo de Inovação e Design - Cerâmica
Coordenadora do Núcleo: Orestes Alarcon
Home Page: www.ufsc.br
Email: [email protected]
Fone: (48) 331-7605
Endereço: Campus Universitário, CP 5040, Trindade 88040-900, Florianópolis – SC
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI-DR/SC
Função na Rede: Gerir o Núcleo de Inovação e Design - Moveleiro
Coordenadora do Núcleo: José Luiz de Oliveira
Email: [email protected]
Fone: (47) 631-1600
Endereço: Centro de Tecnologia do Mobiliário de São Bento do Sul. Rua Hans Dieter
Schmidt, 879, Bairro Centenário, 89290-000, São Bento do Sul - SC
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
180
3.6 Bibliografia
CASAROTTO FLHO, N. PIRES, L. H. Redes de pequenas e médias empresas e
Desenvolvimento Local – Estratégia para conquista da competitividade Global com base
na experiência Italiana. São Paulo: Atlas, 1999.
FERRAZ, João Carlos. Made in Brazil: desafios competitivos para indústria. Tradução,
João Carlos Ferraz, David Kupfer, Lia Haguenauer. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
Fundação Economia de Campinas – Fecamp. Estudo da Competitividade da Indústria
Brasileira: Plásticos. Coordenador do Estudo: Coutinho, Luciano G. Campinas, 2002.
MAZO, Evandro Minuce. Benchstar – Metodologia de Benchmarking para Análise da
Gestão da Produção nas Micro e Pequenas Empresas, 2003. Dissertação (Mestrado em
Engenharia de Produção) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção,
UFSC, Florianópolis.
__________, Metodologia Radargest, Manual Operacional, Florianópolis, IEL/FIESC,
2001.
__________, Metodologia MADE IN BRAZIL, Manual Operacional, Florianópolis,
IEL/FIESC, 2001.
PORTER, M.E. Competitive Strategy. New York: The Free Press, 1980.
PORTER, M.E. The competitive advantage of nations. New York: The Free Press, 1990.
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
181
3.7 Anexos
Questionário Utilizado
Perfil Empresarial
Nome da Empresa _______________________________________________________
Marca da Empresa _______________________________________________________
Endereço ______________________________________________________________
Nome dos Sócios ________________________________________________________
Data de Fundação _______________________________________________________
Telefone _______________________________
e-mail _________________________________
Número de Funcionários __________________________________________________
Número de Familiares que trabalham na empresa ______________________________
Data da Entrevista _______________________________________________________
Matéria-Prima
Quais as principais matérias-primas que a empresa utiliza?
____________________________________________________________________________________________________________________________________
Procedência da matéria-prima:
____________________________________________________________________________________________________________________________________
Para a finalidade de uso na empresa, a matéria-prima adquirida é considerada:
de boa qualidade de qualidade aceitável de qualidade ruim
Quais os principais defeitos das matérias-primas?
____________________________________________________________________________________________________________________________________
Qualidade das matérias-primas
Qualidade dos insumos é aplicada como atributo de produtos que satisfazem a quem se destinam (cliente). O termo qualidade se refere aos produtos que estejam em condições perfeitas de uso e no momento necessário. Por isso, o termo qualidade, além de características do próprio produto, também avalia a questão de confiabilidade, ou seja, a quantidade e o prazo de entrega devem estar em conformidade com condições pré-definidas.
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
182
Qualidade das matérias-primas
As matérias-primas chegam a sua empresa em más condições.
Índice de aceitação menor que 70%.
As matérias-primas chegam a sua empresa em condições regulares.
Índice de aceitação em torno de 90%.
Índice de aceitação maior que 95%. Os critérios de aceitação previamente definidos são sempre cumpridos. O índice é medido e avaliado.
Tecnologia – Máquinas
Organização no chão de fábrica
Qual é a disposição física do equipamento? A empresa deve necessariamente avaliar a movimentação de materiais com objetivo de definir um fluxo mais racional e econômico da produção e de circulação de objetos e pessoas, minimizando o transporte entre os postos de trabalho. Neste indicador são avaliados os itens: lay-out, 5´s, ergonomia.
Organização no chão de fábrica
Materiais e equipamentos organizados de maneira descontínua; excesso de movimentação de-para postos de trabalho; materiais obsoletos na fábrica
Materiais organizados e identificados. Uma pessoa é responsável pela limpeza.
Equipamentos dispostos de forma lógica de acordo com fluxo dos produtos.
Empresa limpa; auto-mantida; sempre “pronta para inspeção”. A disposição das máquinas e equipamentos permite flexibilidade na produção
Por quê?___________________________________________________________
__________________________________________________________________
Mecanização
Introdução de processo mecânicos de produção guiados por sistemas eletrônicos e nos quais a participação do homem é mínima. O objetivo é a substituição da mão-de-obra por equipamentos/máquinas com propósito de aumentar a produtividade da empresa e melhorar a performance da qualidade no processo. A automação ou automatização do controle dos processos produtivos é importante para um monitoramento mais eficaz das etapas de produção.
Automação
Alguma mecanização, intenso trabalho manual
Automação em algumas etapas do processo; computadores são utilizados para o controle e planejamento da produção
Automação integrando etapas do processo produtivo.
Computadores conectados às máquinas gerenciam a qualidade dos produtos.
Computadores utilizados para facilitar o desenvolvimento de produtos e prever falhas
Idade média dos equipamentos = Em média, quantos anos têm os equipamentos da empresa? ______________________________________
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
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Há necessidade de investimento em equipamentos? Estimativa de valor.
____________________________________________________________________________________________________________________________________
Sistema de informação
É uma forma sistemática de coleta, avaliação de dados e de geração de informações sobre a gestão da empresa. Os sistemas de informação, preferencialmente, podem ser geridos automaticamente por software adequados, ou através de fichas de acompanhamento. A gestão de um sistema de informação deve proporcionar informações que serão utilizadas no gerenciamento dos principais processos e metas da empresa. A informação deve estar sempre disponível e ser confiável.
Sistemas de Informação
O tratamento da informação é manual e não sistematizado.
O tratamento da informação é sistematizado e eletrônico. Existem algumas funções integradas, porem se restringindo a controles operacionais.
O sistema de informação é eletrônico e amplamente utilizado.
A comunicação é integrada em toda empresa, com os clientes e fornecedores. O sistema de produção permite otimizar a utilização de recursos, seqüenciar e rastrear a produção.
Como?_____________________________________________________________
_______________________________________________________________
Manutenção
A empresa deve criar medidas práticas para permitir aos funcionários realizarem tarefas de manutenção de rotina, sem recorrer a pessoal especializado. A manutenção deve ser planejada para evitar paradas inesperadas. Na manutenção preventiva as causas de parada dos equipamentos devem ser registradas e mecanismos devem ser criados para reduzir o tempo perdido no trabalho de manutenção. A ênfase deve ser para a situação real, não para intenções ou procedimentos escritos.
Manutenção de equipamentos
Manutenção corretiva (equipamentos são concertados quando apresentam problemas)
As paradas para manutenção são realizadas em períodos planejados
Há um programa de manutenção preventiva que é cumprido e cada operário participa nas operações básicas de manutenção
Como?_____________________________________________________________
__________________________________________________________________
Capacitação da mão-de-obra
Treinamento e Educação
É a capacitação e o desenvolvimento das habilidades dos empregados. A capacitação da mão-de-obra é algo importante e necessário, na era da gestão do conhecimento, onde a participação do funcionário deve ocorrer de forma participativa e pró-ativa, o maior diferencial competitivo de qualquer empresa é a capacitação de seus recursos humanos. Existe algum planejamento de treinamento para os empregados? A pontuação dependerá do tipo, importância e abrangência dos
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
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programas de treinamento e educação através de toda a organização. Nas decisões de treinamento, em que medida a empresa compara os conhecimentos e habilidades de seus empregados com aqueles que precisariam possuir para desempenhar bem suas tarefas.
Treinamento e educação
Não há planejamento.
É realizado somente quando há oferta de cursos.
Algum treinamento e qualificação para todos, realizados de acordo com planejamento, subsidiados parcialmente pela empresa.
Mais de 60 horas de treinamento por funcionário por ano, com forte ênfase em qualidade. O número de horas vem crescendo nos últimos anos. É feito um acompanhamento dos resultados após os treinamentos.
Qual é o nível médio de escolaridade dos empregados?
__________________________________________________________________________
Há falta de algum tipo de profissional específico para as empresas?
______________________________________________________________________________________________________________________________
Há falta de algum tipo de treinamento para os empresários?
______________________________________________________________________________________________________________________________
Design – Desenvolvimento de produtos – Inovação
Investimento em P&D
Refere-se aos recursos destinados às atividades de Pesquisa & Desenvolvimento. De que forma a empresa investe em pesquisa (tendências do setor, tecnologia de produto e processo) e em desenvolvimento (novos produtos ou aperfeiçoamento dos atuais)? Este processo é formalizado e previsto no orçamento ou somente atividades críticas são atacadas?
Investimentos em pesquisa & desenvolvimento
Não há um orçamento planejado para P&D.
Planejamento limitado e eventual dos recursos, que são reservados para atividades críticas.
Há planejamento dos investimentos em P&D, com percentuais pré-definidos dos recursos.
Indique o percentual do faturamento líquido: ______________________________
Desenvolvimento de produtos
São as etapas do desenvolvimento de uma idéia ou amostra em produto. Interação entre pessoas, formação de grupos de trabalho é uma forma de transformar conhecimento individual, informal, experiência individuais em conhecimento organizacional. Quem participa no desenvolvimento de novos produtos? Como diferentes áreas da empresa participam dos processos? Até que ponto existe trabalho em equipe, em vez de somente consultas?
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
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Desenv. de
de produtos
Responsabilidade exclusiva de um grupo ou de uma única pessoa. Falta de integração entre as etapas de desenvolvimento de produtos e produção.
Baseado em grupos de trabalho, com participação da área de produção.
Novos produtos lançados freqüentemente, orientados pela política de marketing e/ou necessidades dos clientes. O desenvolvimento de novos produto é feito com a participação de clientes e fornecedores.
Como?_____________________________________________________________
__________________________________________________________________
Quais são as fontes de informação da empresa?
______________________________________________________________________________________________________________________________
Introdução de novos produtos
Este índice avalia o grau de inovatividade da empresa. Mede o número de novos produtos lançados, as características diferenciais e o valor agregado adicionado.
Introdução de
novos produtos
(últimos 2 anos)
Nos últimos 2 anos sua empresa tem conservado os mesmos produtos; segue tendência da concorrência.
Colocou no mercado dois ou mais produtos, alguns com características diferenciais em relação aos produtos concorrentes.
A empresa tem estabelecido tendências no setor; tem introduzido mudanças radicais na(s) linha(s) de produto(s), nos processos industriais e serviços aos clientes.
Por quê?___________________________________________________________
__________________________________________________________________
Estratégia de Tecnologia
Este indicador avalia a estratégia da empresa com relação à tecnologia dos seus produtos. De que forma a empresa investe em tecnologia? É uma estratégia pró-ativa, com políticas bem definidas de pesquisa e investimentos, ou a empresa assume uma posição de reação, procurando resolver problemas ou limitações tecnológicas atuais?
Estratégia de tecnologia
As necessidades de novas tecnologias são orientadas por necessidades funcionais atuais. Há limitações e problemas devido à limitações tecnológicas.
Análise das necessidades de novas tecnologias a cada novo projeto, com processos sistemáticos para sua obtenção.
Possui uma política explícita de investimento em novas tecnologias, com monitoramento do nível tecnológico da concorrência.
Por quê?__________________________________________________________
__________________________________________________________________
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
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Estratégia, Estrutura e Rivalidade das Empresas
É o contexto no qual as empresas são criadas, organizadas e dirigidas, bem como a natureza da rivalidade interna.
Conhecimento da Concorrência
Avalia de que forma a empresa observa seus concorrentes. Uma análise sistemática da concorrência mostra-se importante para toda empresa, uma vez que comparações de preço, qualidade, garantias, estratégias de promoção, desempenho de produtos entre empresas concorrentes são realizadas a todo momento pelos clientes. A empresa deve conhecer a concorrência melhor do que seus clientes, pois dessa forma pode enfatizar seus próprios pontos fortes e os pontos fracos dos concorrentes nas negociações.
Conhecimento da concorrência
Os concorrentes não são conhecidos nem pesquisados.
A empresa estuda e pesquisa apenas o preço e as campanhas publicitárias dos concorrentes.
A empresa conhece seus concorrentes. Há um registro atualizado dos seus dados (preço, garantias, qualidade) que são analisados e utilizados para melhorias. Vendedores treinados a enfatizar os pontos fracos da concorrência.
Como?_____________________________________________________________
__________________________________________________________________
Estruturação dos Canais de venda
Canais de venda são o conjunto de organizações interdependentes envolvidas no processo de tornar o produto ou serviço disponível para consumo. Diversas configurações de canais de venda podem ser estruturadas conforme a necessidade dos clientes quanto ao tamanho do lote, tempo de espera, conveniência espacial, variedade de produtos desejada e retaguarda de serviços. Quanto melhor o planejamento do canal, maior será a eficiência dos recursos investidos em marketing para todos os envolvidos.
Estruturação dos canais de venda
Formado em decorrência do processo de vendas da empresa. Enfoque somente na diminuição dos custos de distribuição. Não é considerado estratégico.
Focado no atendimento a quantidade, variedade, suporte, deslocamento e tempo de espera desejados pelos consumidores. Canais adotam critérios de atuação próprios.
A administração do canal possui caráter estratégico.
A estruturação do canal agrega valor adicional aos produtos e serviços, e sua integração promove sinergia nos esforços de marketing
Por quê?___________________________________________________________
__________________________________________________________________
Planejamento de Marketing
O planejamento de marketing é o processo de transformar as estratégias de marketing em programas através da tomada de decisões básicas quanto aos investimentos e mix de marketing
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
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nas quatro áreas: produto, preço, praça e promoção. Um bom planejamento de marketing maximiza as chances de sucesso da campanha de marketing da organização.
Planejamento de Marketing
Não existe um planejamento de marketing formal. Decisões são tomadas com base na percepção e experiência do gestor.
Existe um planejamento formal que se restringe aos programas de promoção.
Existe um programa formal, que orientado pelas metas da empresa, define uma estratégia com orçamento de gastos, composto de marketing(produto, praça, preço e promoção), programa de ação e resultados esperados.
O ambiente empresarial no qual a empresa opera tem mudado significativamente ao longo dos últimos anos?
____________________________________________________________________________________________________________________________________
Grau de Cooperação Atual:
1 – Péssimo 2 – Ruim 3 – Regular 4 – Bom 5 – Ótimo
Aquisição de MP
Treinamento
Desenvolvimento Tecnológico
Vendas em conjunto
Exportação em conjunto
Publicidade
Participação em feiras e missões empresariais
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
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Qual a principal dificuldade para melhorar a cooperação entre a sua empresa e as demais do mesmo setor da região?
Falta de articulador que fomente a cooperação
Desconfiança entre empresas
Disputa pelos mesmos mercados
Não reconhecer c/ forma do aumento da competitividade
Outra:
Condições dos Fatores
São os insumos necessários para competir em qualquer indústria como terra cultivável, trabalho, recursos naturais, capital e infra-estrutura. Os fatores são dotados de:
1) Recursos Humanos - implica na capacidade, quantidade e custo da mão-de-obra, considerando-se a carga horária semanal e a ética de trabalho.
2) Recursos Físicos - o posicionamento geográfico é extremamente importante para esta análise, considera-se a qualidade, acesso, abundância e custo de itens como terra, água, minérios, fontes de energia etc.
3) Recursos de Conhecimento - relaciona-se diretamente à capacidade intelectual disponível no país.
4) Recursos de Capital - resume-se na capacidade econômica e garantias que o país dispõe para o financiamento de investimentos tecnológicos.
5) Infra-Estrutura - tipo, qualidade e valor de uso da infra-estrutura disponível que afeta a competição, inclusive os sistemas de transportes, os sistemas de telecomunicações, pagamentos ou transferências de fundos, assistência médica etc.
Como considera o relacionamento com as seguintes instituições:
1 – Péssimo 2 – Ruim 3 – Regular 4 – Bom 5 – Ótimo
Sebrae SENAI/SENAC
Epagri Inst. de tecn./design
Sindicato/Fiesc Inst. de Capacitação
ACI Governo municipal
AMPE Governo estadual
Bancos de Desenvolvimento
Universidade
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
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Condições de Demanda
Ela determina o rumo e o caráter da melhoria e inovação pelas empresas do país. Três atributos gerais da demanda interna são significativos: a composição (natureza das necessidades do comprador), o tamanho e padrão de crescimento e os mecanismos pelos quais a preferência interna é transmitida aos mercados estrangeiros.
Para quais regiões a empresa vende seus produtos diretamente? Especifique, em Reais, o quanto é vendido para cada região?
No Município
Na Região
No Estado
No País
No Exterior
Para quais clientes você vende a maior parte de sua produção? Quanto representa sobre o total das vendas?
Para o comércio (%)
Direto p/ o cliente final (%)
Para distribuidores (%)
Indústria (%)
Outros (%)
Estimativa de Demanda
A previsão de demanda desempenha um papel essencial uma vez que é utilizada pelos departamentos financeiros para levantar dinheiro para as operações, manufatura, para estabelecer a capacidade e níveis de produção, de compras adquirir materiais e RH contratar pessoas. Se as previsões forem distantes a empresa terá problemas de liquidez, perderá dinheiro com estoques e níveis baixos de produção.
Estimativa de demanda
A demanda não é estimada.
Demanda estimada com base no histórico de vendas.
Além do histórico de vendas, a demanda é estimada com base em fontes de informação como contato com canais de vendas e distribuidores, informações sócio-econômicas, entre outras.
Como?_____________________________________________________________
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CAPÍTULO 3 – ANÁLISE TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA 2005 • ADRC
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Pesquisa das Necessidades dos Clientes
A pesquisa das necessidades dos clientes consiste numa das práticas mais importantes para a orientação das empresas. O levantamento destas informações é fundamental para diversas áreas da empresa, como desenvolvimento de produtos, distribuição e marketing, todas atendendo às expectativas dos consumidores. A empresa não deve somente reagir às reclamações, mas sim, identificar antes do consumidor os possíveis pontos que não atendem as necessidades e expectativas dos mesmos.
Pesquisa das necessidades dos clientes
Não são feitas pesquisas sobre as necessidades dos clientes. A empresa baseia-se em informações isoladas de relacionamento com poucos consumidores.
Pesquisas esporádicas para conhecer as necessidades e expectativas dos clientes. Existe um canal disponível para reclamação/críticas.
Possui uma verba destinada à pesquisa de mercado e as realiza constantemente.
Como?_____________________________________________________________
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Variação nas vendas
A variação nas vendas é usada como medida ativa do desempenho da empresa, é avaliada mediante razão entre as vendas do período atual e do período anterior. Este indicador é medido com base na variação do volume e valores das vendas dos últimos anos.
Variação nas vendas
Em declínio Estável Em crescimento
Por quê?___________________________________________________________
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Indústrias Correlatas e de Apoio
É a presença no país de indústrias que possam abastecer a produção industrial e dar suporte administrativo aos serviços, dentro de uma cadeia de valor.
Fornecedores e Subcontratados
A maioria das empresas compra alguns itens baseados somente no preço, mas são reconhecidos outros fatores que afetam o sucesso comercial, como por exemplo, o prazo e a flexibilidade na entrega. Um processo de avaliação formal e sistêmico dos fornecedores é importante para garantir e avaliar a confiabilidade do fornecedor. Manter parcerias abertas com fornecedores, baseadas em confiança mútua e trabalhando no melhor interesse de todas as partes é importante para conquistar uma posição competitiva, visto que, fornecedores devem estar ativamente encorajados a contribuir para o desenvolvimento e melhoria do processo e do produto. A empresa participa de programas de qualidade em parceria com os fornecedores? A empresa utiliza política de incentivos com os fornecedores/subcontratados, motivando-os a melhorar a qualidade dos serviços? Quais outros fatores são levados em consideração no momento da compra?
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Fornecedores e subcontratados
Muitos fornecedores; compra baseada somente no preço.
Alguns fornecedores preferenciais. Além do fator preço alguns outros fatores são levados em consideração.
A empresa tem buscado desenvolver parcerias.
Fornecedores cadastrados e avaliados periodicamente. Parcerias com fornecedores no desenvolvimento de novos produtos e na programação da produção.
Como?_____________________________________________________________
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Planejamento Logístico
Dada a importância, seja na logística de aquisição ou de distribuição, de questões como quantidade, qualidade, prazo e local, torna-se essencial um planejamento logístico a médio e longo prazo. Muitas vezes a definição incorreta de fornecedores e clientes alvo acaba prejudicando o desempenho da empresa, incorrendo em problemas com a compra e distribuição de materiais/produtos. Um bom planejamento define prioridades e necessidades que devem nortear a logística da empresa.
Planejamento
logístico
Não há planejamento com relação à logística. Imprevistos freqüentes nas compras ou distribuição.
Algumas pessoas (chefia) responsáveis pelas decisões referentes à aquisição e distribuição. Elas definem fornecedores e clientes baseados na experiência, contatos, localização.
Há um planejamento a médio ou longo prazo onde são definidas as necessidades relacionadas ao material, quantidade e transporte. São definidas as prioridades (qualidade, prazo e preço) e segmentação do mercado.
Como?_____________________________________________________________
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Quantos são seus principais fornecedores? (os que representam 80% dos custos / volume de compra)______________________________________
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Geograficamente, onde se localizam os principais fornecedores? Quanto representa em cada região?
M. P. (%) Equipamentos (%) Embalagens (%) Outros Especificar
No Munic.
Na Região
No Estado
No País
No Exterior