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Programa Capixaba de Redução da Pobreza Incluir Vitória 2012

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Programa Capixaba de Redução da Pobreza Incluir

Vitória 2012

Programa Capixaba de Redução da Pobreza Incluir

Renato Casagrande Governador

Givaldo Vieira da SilvaVice-Governador

Rodrigo Coelho do CarmoSecretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEADH)

Sandra Shirley de AlmeidaSubsecretária de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social (SUBADES)

Perly CiprianoSubsecretário Estadual de Direitos Humanos (SUBDH)

Eliane Cabrini RamalhoWagner Antônio Baraldi de OliveiraGerentes do Programa Capixaba de Redução da Pobreza

Marielle Kelly do PatrocínioGerência Estadual de Proteção Social Básica (PSB)

Clerismar LírioGerência Estadual de Proteção Social Especial (PSE)

Mabel Meira Grillo Vieira SiqueiraGerência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (GESAN)

Clarice Romeiro CamposChefe do Núcleo de Avaliação e Gestão da Informação (NAGI)

Maria Julia DeptulskiPresidente do Colegiado de Gestores Municipais de Assistência Social do Espírito Santo (COGEMASES)

José Edil BeneditoDiretor Presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN)

SumárioApresentação .........................................................................................................................................05

1 Introdução ...........................................................................................................................................07

2 Programa Incluir ..................................................................................................................................11

2.1 Diretrizes ......................................................................................................................................11

2.2 Objetivo Geral ..............................................................................................................................11

2.3 Objetivos Específicos ...................................................................................................................11

2.4 Público-Alvo .................................................................................................................................11

2.5 Eixos de Atuação .........................................................................................................................12

2.5.1 Acompanhamento das Famílias (SUAS) ..........................................................................12

2.5.2 Acesso aos Serviços do Estado ......................................................................................13

2.5.3 Inclusão Produtiva ............................................................................................................14

2.6 Projetos .............................................................................................................................................14

3 Referências ..........................................................................................................................................19

Anexo .....................................................................................................................................................20

Protocolo de Atendimento ......................................................................................................................20

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Apresentação

O Governo do Estado do Espírito Santo vem empreendendo esforços no sentido de reduzir a pobreza, reconhecendo que ainda há muito por fazer em áreas cruciais para o desenvol-vimento sustentável e para os padrões contemporâneos de qualidade de vida e inclusão social (ESPÍRITO SANTO, 2011).

Dentre as diretrizes estratégicas firmadas em seu Plano Estratégico 2011-2014, intitula-do “Novos Caminhos”, destacam-se a redução da pobreza, das desigualdades sociais e regionais e a geração de oportunidades para todos os capixabas, visto que parcela considerável da população ainda vive em situação de pobreza. Esse cenário exige o fortalecimento das políticas de transferência de renda e, principalmente, investimentos na inclusão socioprodutiva dos cidadãos que não foram alcançados pelo processo de desenvolvimento estadual, observando os dois focos prioritários apontados: o atendimento aos extratos mais vulneráveis da população e a correção das desigualdades regionais (ESPÍRITO SANTO, 2011).

Nesse contexto, foi idealizado o Programa Capixaba de Redução da Pobreza – Programa Incluir, resultado de um trabalho conjunto e que impõe o desafio de enfrentar a pobreza e erradicar a extrema pobreza. Trata-se de buscar alcançar resultados relacionados, de um lado, ao enfrentamento da exclusão social e, do outro, ao acesso aos direitos funda-mentais, com a função de viabilizar o exercício da cidadania e fomentar o protagonismo, a autonomia e a emancipação daqueles que vivenciam as situações de pobreza e extrema pobreza no Estado, estimulando sua participação social, o combate a qualquer tipo de discriminação e a facilitação do acesso ao emprego (ESPÍRITO SANTO, 2011).

Descrição Do Desenvolvimento Dos centros De referência De assistência social (cras) no espírito santo 5

O Programa (manter a inicial em maiúsculo em todo o texto) tem como premissa avançar na construção de uma sociedade mais justa e democrática, através da interação de va-riado projetos, que ultrapassam a setorialidade da política de Assistência Social. Logo, procura utilizar estratégias e instrumentos que possibilitam enfrentar as especificidades e a multidimensionalidade da pobreza, de forma intersetorial e articulada. Pretende-se com o Incluir, além da garantia de renda, criar oportunidades para que a população mais necessitada possa alcançar condições dignas de vida e ampliar o acesso aos serviços socioassistenciais e às demais políticas públicas.

Ressalta-se o papel primordial da Secretaria de Estado da Assistência Social e Direitos Humanos (SEADH) para a elaboração, coordenação e execução do Incluir, sendo a res-ponsável pela articulação entre os três níveis de gestão, principalmente com os municípios, que têm papel preponderante em sua implantação, e com as demais secretarias de Estado, organizações da sociedade civil e empresas públicas e privadas.

Estão articuladas ao Incluir, direta ou indiretamente, dentre outros, as seguintes secretarias e órgãos estaduais: Secretaria de Estado de Economia e Planejamento (SEP), Secretaria de Estado de Saúde (SESA), Secretaria de Estado de Desenvolvimento (SEDES), Secretaria de Estado da Educação (SEDU), Secretaria de Estado de Cultura (SECULT), Secretaria de Estado dos Transportes e Obras Públicas (SETOP), Secretaria de Estado de Esportes (SESPORT), Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (SESP), Secre-taria de Estado Extraordinária de Ações Estratégicas (SEAE), Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (SEAG), Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (SECTTI), Secretaria de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (SEDURB), Agência de Desenvol-vimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (ADERES), Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES), Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER) e Companhia Espírito Santense de Saneamento (CESAN).

Destaca-se que esta é uma publicação destinada a todos os atores envolvidos com a elaboração e execução do Incluir, bem como à sociedade de modo geral, trazendo um conjunto de informações sobre a estrutura e as características desse Programa, bem como tem o intuito de apoiar o Estado e os municípios na sua implantação.

Esta apresentação é finalizada com a reafirmação de que é dever do Estado e tarefa de todos os cidadãos assumirem a missão de reduzir a pobreza e erradicar a extrema pobreza no Espírito Santo, apesar de todas as expectativas e dificuldades a serem enfrentadas e superadas. Nessa caminhada, é preciso ter em mente que o Incluir é um programa cujos “Novos Caminhos” rumam para a igualdade e a justiça social.

Rodrigo Coelho do CarmoSecretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEADH)

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1 IntroduçãoA Constituição Federal de 1988 estabeleceu a noção de Estado democrático, trazendo ideias ampliadas no que tange aos direitos dos indivíduos. Os avanços proporcionados apontam na direção de diminuir as desigualdades sociais existentes no país, delimitando sua responsabilidade no atendimento às necessidades básicas dos cidadãos brasileiros por meio de políticas sociais.

A partir da Carta Magna, a Assistência Social passou a ser reconhecida como política pú-blica, dever do Estado e direito do cidadão, não contributiva, que prevê o atendimento de necessidades sociais e o enfrentamento da pobreza através de um conjunto integrado de ações da iniciativa pública e da sociedade (BRASIL, 1993).

A Assistência Social é política estratégica de inclusão social, direcionada a

cidadãos e grupos que se encontram em situações de vulnerabilidade e riscos, tais como: famílias e indivíduos com perda ou fragilidade de vínculos de afetividade, pertencimento e sociabilidade; ciclos de vida; identidades estigmatizadas em termos étnico, cultural e sexual; desvantagem pessoal resultante de deficiências; exclusão pela pobreza e, ou, no acesso às demais políticas públicas; uso de substâncias psicoativas; diferentes formas de violência advinda do núcleo familiar, grupos e indivíduos; inserção precária ou não inserção no mercado de trabalho formal e informal; estratégias e alternativas diferenciadas de sobrevivência que podem representar risco pessoal e social (BRASIL, 2005, p. 33).

A Lei Orgânica da Assistência Social/LOAS (Lei nº 8.742/1993) exige que as provisões assistenciais sejam prioritariamente pensadas no âmbito das garantias de cidadania sob a vigilância do Estado, cabendo a este a universalização da cobertura e a garantia de direitos e acesso para serviços, programas e projetos sob sua responsabilidade (BRASIL, 2005).

Nesse sentido, o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), consubstanciado na Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004), introduz mudanças profundas nas referências conceituais, na estrutura organizativa e na lógica de gerenciamento e controle das ações da Assistência (BRASIL, 2008).

O SUAS, cujo modelo de gestão é descentralizado e participativo, constitui-se na regulação e organização em todo o território nacional das ações socioassistenciais. [...] Pressupõe, ainda, gestão compartilhada, cofinanciamento da política pelas três esferas de governo e definição clara das competências técnico-políticas da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com a participação e mobilização da sociedade civil [...]. [...] define e organiza os elementos essenciais e imprescindíveis à execução da política de assistência social possibilitando a normatização dos pa-drões nos serviços, qualidade no atendimento, indicadores de avaliação e resultado, nomenclatura dos serviços e da rede socioassistencial [...] (BRASIL, 2005, p. 39).

Atento a essas definições e considerando o “Planejamento Estratégico 2011-2014: Novos Caminhos”, que preconizou a consolidação e o fortalecimento do SUAS como uma das ações essenciais para o desafio de reduzir a pobreza e erradicar a extrema pobreza na esfera estadual, o Estado do Espírito Santo idealizou a adoção de medidas primordiais para o seu enfrentamento (ESPÍRITO SANTO, 2011).

Descrição Do Desenvolvimento Dos centros De referência De assistência social (cras) no espírito santo 7

Dessa necessidade, e pari passu ao Plano Brasil sem Miséria1, do Governo Federal, foi lançado em 6 de junho de 2011 o Programa Incluir, pactuado pelo Conselho Estadual de Assistência Social (CO-NEAS) e pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB) como integrante do SUAS no âmbito do Estado.

O Brasil sem Miséria foi utilizado como referência norteadora para as diretrizes e eixos do In-cluir, mas este o ultrapassa, visto que seu público-alvo foi expandido para além da população extremamente pobre (conforme os valores referenciais de renda utilizados pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS).

Entretanto, o ponto de partida para sua estruturação pautou-se na política de Assistência Social. Dessa maneira, o Incluir busca conferir centralidade à família (matricialidade sociofamiliar), à territorialização, à defesa de direitos e à integração às políticas setoriais para o enfrentamento da pobreza. Também reconhece o potencial mobilizador das redes protetivas e das unidades públicas, como os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centros de Refe-rência Especializados de Assistência Social (CREAS), nos territórios de maior incidência de vulnerabilidade e risco social para o enfrentamento da pobreza.

O Incluir pretende desenvolver um trabalho correlacionado entre novas iniciativas e outras já desenvolvidas pelo Estado no combate à pobreza, bem como com a incorporação de demais ações que venham a surgir para tal, no intuito de atingir todas as Microrregiões capixabas, de acordo com a nova divisão administrativa estabelecida na Lei nº 9.768/2011.

Quadro 1: RecoRtes de Renda poR valoResem Reais (R$), distRibuídos poR micRoRRegiões

MicrorregiõesRenda de

até R$ 70,00Renda entre

R$ 70,01 a R$ 140,00Renda domiciliar de até

03 salários mínimos

Caparaó 11.840 20.763 119.728

Central Serrana 5.361 7.577 52.681

Central Sul 12.830 20.551 167.638

Centro-Oeste 11.997 18.125 143.915

Litoral Sul 9.141 14.231 95.518

Metropolitana 79.057 74.621 714.253

Nordeste 19.332 27.352 162.477

Noroeste 13.145 16.365 102.336

Rio Doce 13.871 22.390 147.704

Sudoeste Serrana 7.982 13.330 80.074

Total 184.556 235.305 1.786.324

Fonte: Microdados do Censo de 2010Elaboração: Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN)Nota: um salário mínimo de julho de 2010: R$ 510,00. Não é considerado o rendimento de empregado doméstico, parente do empregado doméstico, individual em domicílio coletivo e pensionista.

1 Com o Plano Brasil sem Miséria, o país assume o desafio de acabar com a miséria e aperfeiçoar e ampliar o melhor da experiência brasileira na área social. O plano tem por objetivos elevar a renda familiar per capita, ampliar o acesso aos serviços públicos, às ações de cidadania e bem-estar social e às oportunidades de ocupação e renda através de ações de inclusão produtiva nos meios urbano e rural, melhorando as condições de bem-estar da população (BRASIL, 2011).

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No Quadro 1 são apresentados dados referentes à pobreza, de acordo com as respectivas Mi-crorregiões, observada tão somente a dimensão da renda2 (por pessoas), considerando que ela é medida através do rendimento monetário, sem esquecer, contudo, seu caráter multidimensional.

A pobreza se evidencia quando parte da população não é capaz de gerar renda suficiente para ter acesso sustentável a recursos básicos, como água, saúde, educação, alimentação, moradia, renda e cidadania, que possibilitem viver com dignidade. Logo, as estratégias de ação para seu enfrentamento necessitam abarcar um amplo leque de iniciativas (GOMES; PEREIRA, 2005).

Dessa forma, o Incluir tem ainda como propósito trabalhar intersetorialmente, visto que a interse-torialidade é um princípio que vem sendo considerado estratégico para a superação da pobreza, apesar do desafio de concretizá-la e observando que:

1. Em relação às competências do Estado, somente este “dispõe de mecanismos fortemente estruturados para coordenar ações capazes de catalisar atores em torno de proposta abrangente, que não percam de vista a universalização das políticas, combinada com a garantia da equidade” (BRASIL, 2005, p. 47);

2. Promover a integração das ações intersetoriais, estimular o desenvolvimento econômico e social em bases regionais e elevar a qualidade de serviços prestados são elementos constitutivos para a atuação regionalizada, conforme a Lei nº 9.768/2011, que dispõe so-bre a definição das Microrregiões e Macrorregiões de Planejamento no Estado do Espírito Santo; Manter as maiúsculas;

3. A Assistência Social é a política pública mais afeita a estabelecer interfaces e vínculos com as demais políticas (MARTINS; PAIVA, 2003). A própria LOAS estabelece que, para o enfrentamento da pobreza, a Assistência realiza-se de forma integrada às políticas se-toriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender contingências sociais e promovendo a universalização dos direitos sociais (redação dada pela Lei nº 12.435/2011). Todavia, convém assinalar que a articulação intersetorial não está sob a governabilidade da política de Assistência Social (BRASIL, 2012, p. 68) e,

4. A interdependência entre as políticas setoriais demanda ações comprometidas com a ga-rantia de direitos das famílias, logo, a intersetorialidade é uma necessidade (BRASIL, 2012).

Feitas essas considerações, foi realizada a contextualização do Programa Incluir, apresentando suas diretrizes, objetivos geral e específicos, o público-alvo, os eixos de atuação (acompanha-mento das famílias – pela perspectiva adotada pelo próprio SUAS, acesso aos serviços do Estado e inclusão produtiva) e os projetos correlacionados ao mesmo.

Por fim, em Anexo, será apresentado o Protocolo de Atendimento, direcionado ao eixo do acom-panhamento das famílias, a ser realizado no âmbito dos CRAS.

2 A pobreza, no que se refere à dimensão da renda foi caracterizada através dos valores referenciais utilizados pelo MDS para sua caracterização: 1) Até R$ 70,00 – extrema pobreza; 2) De R$ 70,01 até R$ 140,00 – pobreza e, 3) Renda de até três salários mínimos – baixa renda. Esses valores podem ser majorados pelo Poder Executivo, em razão da dinâmica socioeconômica do país e de estudos técnicos sobre o tema (BRASIL, 2004). Ressalta-se que nem todos os projetos que possuem interface com o Incluir utilizam, necessariamente, esses recortes de renda para a caracterização de seu público-alvo. Entretanto, esses valores são oficialmente adotados pela política de Assistência Social para cadastramento e a seleção de beneficiários de seus programas e outras ações direcionadas ao enfrentamento da pobreza.

Descrição Do Desenvolvimento Dos centros De referência De assistência social (cras) no espírito santo 9

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2 Programa Incluir

O Programa Incluir representa um compromisso do Governo do Estado com as famílias que não participam do processo de desenvolvimento capixaba, que vivenciam situações de pobreza e vulnerabilidades, que merecem atenção e prioridade na adoção de medidas que possibilitem mudanças nas suas condições de vida e levem à sua inclusão socioprodutiva, em prol de uma vida mais digna e igualitária.

2.1 Diretrizes

• Garantia dos direitos sociais;• Garantia de acesso aos serviços públicos e às oportunidades de ocupação e renda;• Garantia de desenvolvimento econômico e social em bases regionais, e• Desenvolvimento de ações intersetoriais para o enfrentamento e redução da pobreza.

2.2 Objetivo Geral

Reduzir a pobreza e erradicar a extrema pobreza no Estado do Espírito Santo, através do fomento do protagonismo, da autonomia e da emancipação das famílias que vivem nessas condições, viabilizando o exercício de sua cidadania e inclusão socioprodutiva.

2.3 Objetivos Específicos

• Realizar o acompanhamento das famílias, na perspectiva adotada pelo SUAS;• Ampliar o acesso das famílias aos serviços ofertados pelo Estado, e• Oportunizar o acesso à ocupação e renda das famílias, por meio de ações de inclusão

produtiva.

2.4 Público-alvo

Famílias em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, do precário ou nulo acesso aos serviços públicos, da fragilização de vínculos de pertencimento e sociabilidade e/ou qualquer outra situação de vulnerabilidade e risco social. Todavia, os Projetos correlacionados ao Incluir terão o público detalhado de acordo com os respectivos Termos de Abertura de Projetos do Sistema de Gerenciamento Estratégico de Projetos do Governo do Espírito Santo (SIGES).

Famílias prioritárias:

1. Famílias em situação de extrema pobreza ainda não beneficiadas por programa de transferência de renda (recorte de renda do PBF);

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2. Famílias em situação de extrema pobreza beneficiárias do PBF (recorte de renda do PBF); 3. Famílias em situação de pobreza ainda não beneficiadas por programa de transferência

de renda (recorte de renda do PBF);4. Famílias beneficiárias do PBF e de outros benefícios assistenciais;5. Famílias com perfil CadUnico ainda não inscritas no Cadastro e encaminhadas para o

cadastramento;6. Famílias com perfil CadUnico inscritas no Cadastro, e7. Famílias em situação de vulnerabilidade, beneficiárias de outros programas, projetos e

ações voltados (refere-se aos programas, projetos e ações) ao enfrentamento da pobreza, desenvolvidos pela Assistência Social e demais políticas setoriais.

2.5 Eixos de Atuação

2.5.1 Acompanhamento das famílias (SUAS)

Trata-se de um processo de caráter continuado e planejado, por período de tempo determinado, no qual há, a partir de vulnerabilidades, demandas e potencialida-des apresentadas pelas famílias, a definição dos objetivos a serem alcançados, realizada de forma conjunta entre os profissionais e famílias. Tem como finalidade enfrentar as situações de vulnerabilidade social, prevenir a ocorrência de riscos e, ou violações de direitos, identificar e estimular as potencialidades das famílias e territórios, afiançar as seguranças de assistência social e promover o acesso das famílias e seus membros a direitos (BRASIL, 2011a, p. 14), [...] demandando, para isso, uma atenção diferenciada, um olhar mais atento dos profissionais do CRAS (BRASIL, 2011a, p. 15).

O acompanhamento das famílias aqui preconizado busca atender à proposta acima discrimina-da, a ser ofertado nos CRAS, considerados como unidades de referência para o atendimento e o encaminhamento aos projetos correlacionados ao Incluir.

Acompanhamento das famílias (SUAS)

Acesso aos serviços do Estado

Inclusão Produtiva

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As famílias prioritárias ao acompanhamento familiar serão aquelas com perfil para atendimento do Projeto Bolsa Capixaba (PBC) – correlacionado ao Incluir – e do Benefício de Superação da Pobreza (Brasil Carinhoso), sendo que os técnicos dos CRAS, a partir das vulnerabilidades familiares apresentadas, analisarão quais necessitam de acompanhamento e quais demandam apenas atendimento e encaminhamento para a rede socioassistencial e demais políticas setoriais.

Esse eixo será discutido com maior acuidade no Protocolo de Atendimento, em anexo.

Os encaminhamentos, para sua efetividade, dependem das diretrizes traçadas pelo órgão gestor da política de Assistência Social, bem como da capacidade de gestão e de operacio-nalização local dos CRAS para o estabelecimento de fluxos de encaminhamentos no âmbito do SUAS (BRASIL, 2012a, p. 41).

Os encaminhamentos para as demais políticas setoriais dependem do investimento das prefei-turas (órgãos gestores municipais), na promoção da intersetorialidade local, criando espaços de discussão e construção de fluxos de informação e encaminhamentos entre as diversas políticas públicas, visando à garantia do direito das famílias de atendimento (BRASIL, 2012a, p. 41).

2.5.2 Acesso aos serviços do Estado

Eixo que engloba a expansão e o fortalecimento das redes de Proteção Social Básica (PSB) e Proteção Social Especial (PSE) da Assistência Social, através da construção de novos CRAS e CREAS e a ampliação da oferta de cofinanciamento para os serviços socioassistenciais através de repasse regular e automático de recursos do Fundo Estadual de Assistência Social para os Fundos Municipais de Assistência Social (BRASIL, 2011).

O provimento de ações de cidadania e de bem-estar social e os encaminhamentos com refe-rência, contrarreferência (para a rede socioassistencial) e para as demais políticas e serviços do Estado (educação, saúde, saneamento básico etc) também são englobados por esse eixo.

Enfatiza-se que os encaminhamentos feitos sem a responsabilização e garantia de atendimento dos serviços receptores são características de serviços assistencialistas (BRASIL, 2012a, p. 42). Nesse sentido, é importante a constituição de uma rede de serviços articulada.

Para constituir articulações em rede é necessário a realização de planejamento conjunto pelas diferentes áreas e que cada serviço, seja setorial ou socioassistencial, assuma a responsabilidade pelas ofertas necessárias para o alcance de determinado objetivo, tendo por foco o acesso aos direitos pela população (BRASIL, 2012, p. 69).

Quanto à materialização da articulação em rede (serviços socioassistenciais de PSB e PSE; serviços públicos locais de educação, saúde, trabalho, cultura, esporte, segurança pública e outros, conforme necessidades; conselhos de políticas públicas e de defesa de direitos a segmentos específicos; instituições de ensino e pesquisa; serviços de enfrentamento à pobreza; programas e projetos de preparação para o trabalho e de inclusão produtiva; e redes sociais

Descrição Do Desenvolvimento Dos centros De referência De assistência social (cras) no espírito santo 13

locais: associações de moradores, ONGs, entre outros), ela também é de responsabilidade do órgão gestor municipal da política de Assistência Social, que decide quais articulações são necessárias e possíveis, bem como as consolidam e gerenciam. Compete aos CRAS, em seu território de abrangência, cumprir as determinações quanto às articulações em rede definidas pelo órgão gestor (BRASIL, 2012, p. 65).

Ressalta-se que a articulação da rede socioassistencial de PSB e a promoção da articulação intersetorial constituem ações de gestão territorial do CRAS, com a finalidade de proporcionar a melhoria das condições de vida das famílias, pos-sibilitando a constituição de redes de proteção social nos territórios. Portanto, o PAIF, para viabilizar o efetivo acesso da população aos seus direitos, por meio de encaminhamentos, demanda que o CRAS busque o estabelecimento de articulações da rede socioassistencial e da rede intersetorial no seu território, que, por sua vez, depende das articulações realizadas no âmbito dos órgãos gestores das políticas setoriais (BRASIL, 2012, p. 66).

2.5.3 Inclusão produtiva

Compreende-se como inclusão produtiva todo processo conducente à formação de cidadãos integrados ao mundo pelo trabalho, tendo como perspectiva a conquista de autonomia para uma vida digna sustentada por parte de todas as pessoas apartadas ou fragilmente vincu-ladas à produção de renda e riqueza (BRASIL, 2012).

É também o eixo que abarca a oferta de oportunidades nas áreas urbanas e rurais. A inclusão produtiva na área urbana envolve ações de qualificação profissional, intermediação/oportu-nidades, economia solidária, microcrédito e Microempreendedor Individual (MEI), visando a gerar ocupação e renda. Na área rural, visa ao acesso aos meios de produção, assistência técnica (aumentando a quantidade e a qualidade da produção) e acompanhamento das famílias, bem como ao acesso aos mercados e ao autoconsumo (BRASIL, 2011).

2.6 Projetos

Os projetos relacionados abaixo fazem parte da proposta de se agrupar novas iniciativas a aquelas já existentes identificadas como prioritárias para o enfrentamento da pobreza no Es-tado, podendo as mesmas passarem por ajustes no decorrer do processo de implementação do Programa, de modo a obter o efetivo alcance de seus objetivos.

Destaca-se que foram descritos os projetos correlacionados ao Programa Incluir, constantes no Sistema de Gerenciamento Estratégico de Projetos do Governo do Espírito Santo (SIGES), conforme as especificações constantes nos Termos de Abertura de Projetos. Apesar disso, podem existir outros programas e projetos correlatos ao Incluir que não foram relacionados aqui, como, por exemplo, o Projeto Comida na Mesa, que está passando por reestrutura-ção. É importante frisar que novos programas ou projetos de enfrentamento à pobreza que porventura venham a ser estruturados pelo Estado poderão ser incorporados ao Incluir no decorrer de sua implementação.

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Regulamentação do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (FUNCOP)

O FUNCOP foi instituído em 2005 e regulamentado pela Lei Complementar nº 615, publicada no Diário Oficial do Estado (DIO-ES) em 20 de dezembro de 2011.

É um instrumento que tem como objetivo viabilizar o acesso a níveis dignos de subsistência à população do Estado, em cumprimento ao disposto no Artigo 82 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), da Constituição Federal. Seus recursos orçamentários serão repassados aos municípios, observados os critérios para tal, e deverão ser aplicados em despesas de custeio e de investimento para ações que visem à inclusão social e produ-tiva, com foco no combate à pobreza. O critério de distribuição dos recursos obedecerá aos índices de participação dos municípios, que deverão formalizar sua adesão junto à SEADH.

Projeto Bolsa Capixaba (PBC)

Projeto criado pelo Governo do Estado através da Lei nº 9.753, publicada no DIO-ES no dia 19 de dezembro de 2011, destinado a ações de transferência de renda, com foco na erradi-cação da extrema pobreza.

O PBC tem por público-alvo as famílias em situação de extrema pobreza inscritas no CadUnico, que, mesmo recebendo o benefício do PBF, ainda continuam em situação de extrema pobreza.

Sua meta é atender ao hiato da extrema pobreza existente no Estado até o ano de 2013, de acordo com a disponibilidade financeira e com os critérios de inserção no Projeto.

Ampliação e melhoria da focalização do CadUnico

O CadUnico é o instrumento de identificação e caracterização socioeconômica das famílias brasileiras de baixa renda utilizado para a seleção de beneficiários e a integração de pro-gramas sociais do Governo, permitindo que os municípios e os estados conheçam melhor os riscos e as vulnerabilidades aos quais SUAS populações estão expostas (BRASIL, 2008).

Buscar uma melhor e efetiva qualidade das informações cadastradas é preponderante para nortear a implementação de políticas públicas voltadas para as famílias em situação de vul-nerabilidade socioeconômica, através da construção de diagnósticos e da análise das reais necessidades dos cidadãos (BRASIL, 2008).

Nesse sentido, o Estado vem desenvolvendo ações que considera fundamentais para a am-pliação e a melhoria da focalização do CadUnico, como o Seminário Capixaba do CadUnico e o uso do Software Gestão Estratégica para Políticas Sociais (Geps), contratado pelo Estado.

O Seminário Capixaba do CadUnico é uma ação que tem como objetivo mobilizar os municípios para a execução e o aperfeiçoamento da atualização cadastral, o monitoramento periódico, a ampliação e a melhoria de sua focalização e a busca ativa das famílias.

Descrição Do Desenvolvimento Dos centros De referência De assistência social (cras) no espírito santo 15

O GEPS é um instrumento a ser utilizado pelos municípios para o aumento da efetividade do CadUnico, auxiliando-os no saneamento do cadastro atual, além de outras inúmeras possibilidades, como a extração de informações e elaboração de diagnósticos que facilitam o planejamento estratégico, o monitoramento, a avaliação e a focalização de programas e outras ações, o cálculo do Índice de Desenvolvimento das Famílias (IDF), o armazenamento dos formulários do CadUnico etc.

Construções de CRAS e CREAS

É uma estratégia para o fortalecimento da rede de proteção social da Assistência, organizada em proteções sociais afiançadas (PSB e PSE), cujos serviços, programas, projetos e benefícios, que têm como foco prioritário a atenção às famílias, seus membros e indivíduos e o território como base de organização, são ofertados nos CRAS e CREAS, respectivamente (BRASIL, 2005).

A construção de equipamentos que atendam diretamente às famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social e em situação de risco, na esfera dos municípios, é primordial para o êxito do Incluir, ampliando, assim, o acesso aos serviços da rede socioassistencial.

As metas de construção dos equipamentos (CRAS E CREAS), no período de 2011 a 2014, são:

Fortalecimento da Economia Solidária e do Artesanato

Tem por objetivo implantar Centros Públicos de Economia Solidária do Artesanato na Região Metropolitana e nos Territórios da Cidadania do Norte do Espírito Santo e do Caparaó capixa-ba e fortalecer as Unidades Produtivas para geração de trabalho e renda nas Microrregiões administrativas do Estado, contribuindo para a redução da pobreza.

O público-alvo são os Empreendimentos Econômicos Solidários (EES), artesãos e gestores públicos municipais dos meios urbano e rural. Está prevista a entrega de três Centros Pú-blicos da Economia Solidária e do Artesanato na Região Metropolitana, no Território Norte e no Território do Caparaó, entre 2013 a 2015. Também está previsto o fortalecimento de 30 unidades produtivas para geração de trabalho e renda no período de 2012 a 2014.

Metas de construção – Governo do Estado do Espírito Santo (2011/ 14)

2011 CRAS 23

2012 CRAS 08

2013CRAS 07

CREAS 06

2014CRAS 09

CREAS 07

Total de equipamentos construídos 60

Fonte: SIGESElaboração: NAGI

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Fortalecimento da Estratégia dos Bancos Comunitários

Objetiva fortalecer e implantar os Bancos Comunitários, tendo como público-alvo as famílias em situação de vulnerabilidade social do Espírito Santo. Tem como previsão a entrega de quatro Bancos até 2014, sendo um em Camata (Pedro Canário), um em Vila Nova de Colares e em Central Carapina (Serra) e um em Jesus de Nazareth (Vitória).

Fortalecimento do Cooperativismo

Objetiva implantar e capacitar as Cooperativas no Espírito Santo para atuação no mercado, visando a contribuir para a redução da extrema pobreza, sendo o público-alvo os grupos produtivos que se organizam para a produção e o mercado. Dentre as principais entregas destacam-se: a implantação e capacitação de Cooperativas, bem como o seu fortalecimento; implantação da Escola Fábrica Cooperativista, da Incubadora de Cooperativas de Trabalho e do Centro Vocacional Tecnológico do Cooperativismo e 18 mil novas pessoas cooperadas, entre os anos de 2012 a 2014.

Fortalecimento do Programa Empreendedor Individual

O seu objetivo é a formalização e a capacitação de Empreendedores Individuais e o fomento ao associativismo, tendo como público-alvo os Empreendedores Individuais formais e infor-mais do ES. Abrange os projetos Atenda e Unidade Móvel. Dentre as entregas previstas, estão: a formalização de 30 mil Empreendedores Individuais, a criação e o fortalecimento de Associações e a aquisição de Unidade Móvel, entre 2012 a 2014.

Superintendências Regionais de Assistência Social

Objetiva a criação de Superintendências Regionais de Assistência Social (SRAS) para o assessoramento na organização dos serviços, na coordenação, no monitoramento e na avaliação das atividades e ações do SUAS, mediante a promoção de articulações interinsti-tucionais e de mobilização social. O público-alvo é o grupo de gestores e técnicos do SUAS pertencentes aos municípios das Macrorregionais do Espírito Santo. Está prevista a entrega de quatro Superintendências até 2014.

Carteira Nacional de Habilitação (CNH Social)

Objetiva fornecer CNH para contribuir para a geração de emprego e renda, sendo o públi-co-alvo pessoas de baixa renda (renda familiar de até dois salários mínimos) que estejam desempregados há mais de dois anos, egressos do sistema prisional, estudantes e benefi-ciários do PBF, de acordo com os critérios adotados.

O projeto vai disponibilizar em quatro anos – de 2011 a 2014 –, 10 mil vagas, sendo mil vagas em 2011 e três mil vagas por ano até 2014. Do montante total, 50% serão destinadas para a região da Grande Vitória e 50% para os demais municípios.

Descrição Do Desenvolvimento Dos centros De referência De assistência social (cras) no espírito santo 17

CREdItAR

O CREDITAR tem por objetivo liberar crédito para empreendedores em situação de vulnera-bilidade social, no sentido de promover oportunidades. Dentre as entregas, está prevista a liberação de 3.600 operações de crédito, de 2012 a 2014.

Elaboração e implementação do Protocolo de Atendimento

e do Plano de Acompanhamento Familiar

O Protocolo é um instrumento que traça orientações e procedimentos destinados ao atendi-mento e ao acompanhamento das famílias, através do Plano de Acompanhamento Familiar, sugerindo um fluxo operacional aos municípios, podendo contribuir para a normatização de padrões e rotinas para a atuação dos técnicos na esfera local. O Protocolo, dentro das possibilidades, poderá ser utilizado como parâmetro para a operacionalização de outras ações estabelecidas no SUAS.

Nossocrédito

Tem por objetivo conceder crédito aos empreendedores, preferencialmente informais, para promover oportunidades. Dentre as principais previsões de entrega, está a liberação de 48.700 operações de crédito Nossocrédito, de 2012 a 2014.

Selo Capixaba de Redução da Pobreza

Tem por objetivo promover a certificação aos municípios através do atendimento e acompa-nhamento das famílias identificadas no ano de 2011 que se encontram abaixo da linha da extrema pobreza, com renda per capita igual ou inferior a R$ 70,00. O selo encontra-se em processo de construção pela SEADH.

Por fim, descritos os projetos, é importante frisar que compete aos gerentes do Programa Incluir potencializar a integração entre as ações desenvolvidas por cada projeto listado (bem como os novos que venham a ser acrescidos), assim como destacar que seu monitoramento será de acordo com cada projeto, sendo o SIGES o instrumento utilizado para o acompanha-mento das entregas.

18

3 ReferênciasBRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Editais para Projetos de Inclusão Produtiva. Disponível em: <http://www.fomezero.gov.br/editais-de-inclusao-produtiva/>. Acesso em: 25 mai. 2012.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Comissões Intergestores Tripartite. Protocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e transferências de

Renda no âmbito do Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Brasília, 2009.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Capacitação para imple-

mentação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS e do Programa Bolsa Família

– PBF. Rio de Janeiro: Consórcio IBAM – Unicarioca; Brasília: MDS, 2008.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Conselho Nacional de Assistência Social. Resolução nº 269, de 13 de dezembro de 2006. Aprova a Norma Ope-racional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência Social – NOB-RH/SUAS. Brasília, 2006.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Política Nacional de Assistência Social PNAS/2004. Brasília, 2005.

______. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº

10.836, de 9 de janeiro de 2004. Cria o Programa Bolsa Família e dá outras providências.

______. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 8.742,

de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. Brasília. 7 de dezembro de 1993.

ESPÍRITO SANTO. Plano Estratégico 2011-2014. Novos Caminhos. Governo do Estado do Espírito Santo. Secretaria de Economia e Planejamento. Vitória, 2011.

GOMES, M.A.; PEREIRA, M.L.D. Família em situação de vulnerabilidade social: uma questão de políticas públicas. In: Ciência & Saúde Coletiva, 10 (2), 2005, p. 357-363.

MARTINS, V.; PAIVA, B.B. A implantação da Lei Orgânica da Assistência Social: uma nova agenda para a cidadania no governo Lula. Revista Serviço Social & Sociedade, n. 73, São Paulo: Cortez, março, 2003, p. 46-74.

Descrição Do Desenvolvimento Dos centros De referência De assistência social (cras) no espírito santo 19

Anexo Protocolo de atendimento

SumárioIntrodução .................................................................................................... .........................................35

1 Acompanhamento das Famílias .......................................................... ...............................................36

1.1 Busca Ativa ............................................................................................... ..................................37

1.2 Atendimento ............................................................................................ ....................................38

1.3 Diagnóstico Familiar ............................................................................ ........................................42

1.4 Plano de Acompanhamento Familiar ............................................. .............................................44

1.5 Monitoramento e Avaliação do Plano de Acompanhamento Familiar ........................................45

2 Referências ................................................................................................ .........................................48

Anexos ............................................................................................................. .........................................50

Anexo A: Registro da busca ativa ..........................................................................................................51

Anexo B: Encaminhamento para a rede de serviços socioassistenciais

(referência e contrarreferência) ........................................................................... ..............................52

Anexo C: Formulário de informações complementares ao CadUnico .............. ....................................53

Anexo D: Formulário do Plano de Acompanhamento Familiar ......................... ....................................57

Anexo E: Parâmetros para o monitoramento e a avaliação

do Plano de Acompanhamento Familiar .............................................................................................59

20

IntroduçãoTrata-se de um documento que possui caráter propositivo, cabendo aos gestores e equipes optarem por outras estratégias, procedimentos e instrumentos para a sua ação, desde que mais adequadas ao atendimento das necessidades familiares.

Esperamos que este instrumento de gestão contribua para subsidiar o desenvolvimento das ações junto às famílias e para consolidar a rede de proteção socioassistencial preconizada pelo SUAS.

1 Acompanhamento das famíliasO acompanhamento familiar consiste no incremento de intervenções desenvolvidas em serviços continuados 1, com objetivos estabelecidos, e que possibilite à família2 o acesso a um espaço onde possa refletir sobre sua realidade, construir novos projetos de vida e transformar suas rela-ções – sejam familiares, sejam comunitárias (BRASIL, 2009). Pressupõe a elaboração do Plano de Acompanhamento Familiar, a inserção em ações do PAIF e o alcance gradativo de aquisições e superação das vulnerabilidades vivenciadas (BRASIL, 2011a). O acompanhamento visa a:

Valorizar e fortalecer vínculos, sejam eles familiares e/ou comunitários, capacidades e potencialidades das famílias;

Favorecer a participação da família em proposta de seu processo de inclusão social e de mudança e melhorias esperadas, na transformação das relações intrafamiliares e sociais;

Construir, em conjunto com as famílias, a compreensão da realidade na qual está inserida e planos de emancipação que concretizem projetos de vida, e

Valorizar e fortalecer a cultura do diálogo e dos direitos, combatendo as formas de

violência, discriminação e estigmação social (BRASIL, 2008, p. 392).

[...] é destinado às famílias que apresentam situações de vulnerabilidades, que requerem a proteção da assistência social para garantia de seus direitos socioas-sistenciais, acesso aos direitos sociais e ampliação de sua capacidade protetiva, demandando para isso, uma atenção diferenciada, um olhar mais atento dos profissionais do CRAS [...] (BRASIL, 2012a, p. 50).

“Trata-se de um processo de caráter continuado e planejado, por período de tempo deter-minado, o que não impossibilita que as famílias continuem participando das ações do PAIF3” (BRASIL, 2012a, p. 57-59. Grifos nossos). Ou seja, é um processo que precisa ser revisado

1 O PAIF, por exemplo.

2 Conceito de família: grupo formado pelos pais ou por um dos progenitores e seus descendentes, bem como as diferentes combinações resultantes de agregados sociais, formados por relações consanguíneas, relações afetivas ou de subsistência e que assumem a função de desenvolver afetos, cuidados e condições de reprodução social e da espécie (BRASIL, 2008).

3 Ações que compõem o PAIF: acolhida, oficinas com famílias, ações comunitárias, ações particularizadas e encaminhamentos (BRASIL, 2012a)

Descrição Do Desenvolvimento Dos centros De referência De assistência social (cras) no espírito santo 21

de acordo com a evolução das famílias, até que chegue o momento em que elas demandem atendimento e não acompanhamento.

Para o acompanhamento, sugere-se que sejam priorizadas as famílias com perfil do Pro-jeto Bolsa Capixaba (PBC) e do Benefício de Superação da Pobreza (Brasil Carinhoso). A necessidade dessa ação será analisada pelas equipes técnicas dos municípios, a partir das vulnerabilidades apresentadas e desde que as famílias aceitem participar do processo de acompanhamento. Cada equipe terá como meta o acompanhamento de até 60 famílias por semestre, podendo alcançar 120 famílias/por ano. O Estado, por intermédio da SEADH, deverá garantir aos municípios, o acesso à listagem de famílias beneficiárias do PBC e do Benefício de Superação da Pobreza (Brasil Carinhoso).

Salienta-se que o processo de acompanhamento das famílias é antecedido por algumas ações, dentre as quais, sugere-se:

1.1 Busca Ativa

A busca ativa, no contexto do Programa Incluir, é entendida como a realização de ações para localizar as famílias que vivem fora da rede de proteção e promoção social, cuja demanda não é espontânea ou encaminhada por outras instâncias – rede socioassistencial e de outros setores (BRASIL, 2011).

Tem como objetivo identificar as situações de vulnerabilidade e risco social,

ampliar o conhecimento e a compreensão da realidade social, para além dos

estudos e estatísticas. Contribui para o conhecimento da dinâmica do cotidiano

das populações (a realidade vivida pela família, sua cultura e valores, as relações

que estabelece no território e fora dele); os apoios e recursos existentes e seus

vínculos sociais (BRASIL, 2009a, p. 29).

As famílias identificadas por intermédio da realização das ações de busca ativa ainda não inseridas no CadÚnico serão continuamente encaminhadas para o cadastramento. O mo-delo de instrumento proposto para o registro das informações provenientes da busca ativa encontra-se no Anexo A.

Para a realização do processo de busca ativa, é imprescindível a articulação com a rede de serviços socioassistenciais e demais serviços ofertados pelo Estado e a troca de informações junto a várias fontes, como:

• IBGE;

• UnidadesBásicasdeSaúde;

• Escolas;

• Igrejas;

• Associaçõesdemoradores;

• Liderançascomunitárias;

• InstitutoCapixabadePesquisa,AssistênciaTécnica e Extensão Rural (INCAPER);

• InstitutodeDefesaAgropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF);

• Restaurantespopulares;

• SindicatosdosTrabalhadoresRurais;

• Comunidadestradicionais;

• Assentamentos,e

• Centrosdedistribuiçãodealimentos.

22

1.2 AtendimentoO atendimento às famílias deve compreender a garantia dos direitos socioassis-tenciais, o acesso à rede de serviços socioassistenciais e as demais políticas pú-blicas, o desenvolvimento do protagonismo, da autonomia e a convivência familiar e comunitária, a partir do perfil da família e suas potencialidades, e a situação de vulnerabilidade e risco social em que se encontra (BRASIL, 2009, p. 8).

O atendimento visa a subsidiar a identificação das famílias que necessitam de acompanha-mento ou aquelas para as quais o atendimento é suficiente (BRASIL, 2009). Sugere-se para o atendimento, as ações de acolhimento e os encaminhamentos.

O acolhimento consiste no

[...] processo de contato inicial com o usuário. Seu objetivo é a constituição de vínculos, o estabelecimento de relações iniciais de confiança, de segurança, de afeto e de reconhecimento da equipe de trabalho como pessoas confiáveis, ou seja, formar o vínculo inicial necessário para que possa ser dada continuidade ao trabalho (BRASIL, 2008, p. 424).

Após o acolhimento, ocorre a identificação da necessidade de iniciar o acompanhamento familiar (BRASIL, 2009).

Os encaminhamentos consistem

[...] no processo de orientação e direcionamento das famílias ou algum de seus membros para a inserção em serviços socioassistenciais, acesso a serviços se-toriais, benefícios assistenciais e programas de transferência de renda e para a inserção ou atualização do CadÚnico (BRASIL, 2011a, p. 18).

A formalização dos encaminhamentos ocorre por meio de algum tipo de documento ou formu-lário entregue ao usuário ou enviado para as unidades de destino (BRASIL, 2012a). O modelo sugerido para os encaminhamentos à rede socioassistencial (referência e contrarreferência) encontra-se no Anexo B.

Sugere-se também que as referências e as contrarreferências para a rede socioassistencial e os encaminhamentos para os demais serviços setoriais (e o retorno das informações) sejam anexados ao Plano de Acompanhamento Familiar, caso as famílias venham a ser acompanha-das, considerando-se que “o atendimento pode se encerrar na resolução de uma demanda específica dos indivíduos ou famílias, com ou sem retorno, ou pode dar início a um processo de acompanhamento familiar” (BRASIL, 2012a, p. 55).

Abaixo, segue o esquema que diferencia o atendimento do processo de acompanhamento, de acordo com o Caderno de Orientações Técnicas sobre o PAIF (BRASIL, 2012a).

Descrição Do Desenvolvimento Dos centros De referência De assistência social (cras) no espírito santo 23

Busca Ativa

Acolhida

Estudo Social

Acompanhamento

AcompanhamentoParticularizado

Intervenção em ações par-ticularizadas Mediações

periódicas

Intervenção em grupo de famílias

Inserção em açõesdo PAIF

Avaliação

Alcançou os objetivos propostos

no Plano de Acompanhamento

Familiar

Não alcançou os objetivos propostos

no Plano de Acompanhamento

Familiar

Encerramento do Acompanhamento

Familiar

Adequação do Plano de Acompanhamento

Familiar

Inserção em ações do PAIF

Plano de Acompanhamento Familiar

Acompanhamentoem Grupo

Atendimento

Ações do PAIF

Oficinas com Famílias

Ações Particularizadas

Ações Comunitárias

Encaminhamentos

Demanda Espontânea

Encaminhamento de outros setores

Encaminhamento darede socioassistencial

24

Identificada a necessidade de acompanhamento, recomenda-se que seja iniciado o processo de construção do diagnóstico familiar, que norteará o planejamento e a elaboração do Plano de Acompanhamento Familiar, permitindo o início do processo de acompanhamento.

1.3 Diagnóstico FamiliarO diagnóstico representa uma leitura da realidade, ou seja, a compreensão e a sistematização dos problemas e necessidades das famílias, assim como o conhe-cimento de suas características culturais e socioeconômicas. Diagnosticar uma realidade requer o conhecimento das causas e consequências dos problemas vivenciados pelas famílias, e como estes influenciam e são influenciados por fatores econômicos, políticos e sociais (BRASIL, 2008, p. 434).

O instrumental e os procedimentos para a construção do diagnóstico deverão ser elaborados pelos próprios técnicos. Todavia, sugere-se, para a análise diagnóstica das famílias, a utilização dos dados/informações do CadÚnico e os registros de atendimento/acompanhamento das famílias utilizados pelos técnicos do PAIF ou de outras ações realizadas nos CRAS.

O software GEPS é uma importante ferramenta para auxiliar no processo de construção de diagnósticos das famílias, sendo possível identificar:

• Onúmerodecomponentesdafamília;• Arendafamiliar;• Ograudeescolaridade;• Asituaçãohabitacional;etc.

O Consulta Extração Seleção de Informações do CadÚnico (CECAD) também é uma ferramenta que pode ser utilizada. Segundo o MDS, com ela, é possível realizar consultas e tabulações com os dados e identificar as principais vulnerabilidades da população, de forma a subsidiar os planos de ação; conhecer a realidade socioeconômica das famílias inseridas no Cadastro e acessar informações sobre as características do domicílio, o acesso a serviços públicos pelo núcleo familiar e para cada um dos componentes da família.

Caso sejam requeridas informações complementares ao CadÚnico para auxiliar nesse proces-so, orienta-se a utilização do modelo apresentado no Anexo C – Formulário de Informações Complementares ao CadÚnico.

Outro instrumento recomendado para a construção do diagnóstico familiar é a realização de visitas domiciliares. As visitas têm como objetivos:

• Intensificarovínculoentreasequipeseasrespectivasfamílias;

• Conhecercomponentesfamiliaresqueaindanãosãoconhecidospelasequipes;

• Compreender,registrareanalisarosdadossobreadinâmicadavidafamiliar,suasvulnerabilidades e, especialmente, suas potencialidades;

Descrição Do Desenvolvimento Dos centros De referência De assistência social (cras) no espírito santo 25

• Proverestímuloeorientaçãoàfamílianabuscadesoluçõesenaconstruçãodeumprojeto de superação de suas vulnerabilidades;

• Identificarasnecessidadeserealizarencaminhamentosparaarededeatendimentos,realizando o acompanhamento dos mesmos, e

• Estimularemobilizara famíliaparaparticipaçãonosserviçossocioassistenciais,em conformidade com as demandas apresentadas no Plano de Acompanhamento Familiar (CURITIBA, 2009, p. 18).

A visita domiciliar é essencialmente realizada para a apreensão técnica de dados subjetivos que traduzem a maneira de ser e viver da família e de outras informações importantes que vão além das palavras, captadas pelo olhar técnico, e que poderão também ser utilizadas no processo de acompanhamento das famílias (CURITIBA, 2009). Por isso, dadas as suas características, também é sugerida para o processo de acompanhamento das famílias, propondo-se o seguinte número de visitas:

Frequência Mensal Bimestral Trimestral Quadrimestral

Meses 01 02 03 04 05 a 06 07 a 09 10 a 12 13 a 16 17 a 20 21 a 24

Nº de visitas por família

01 01 01 01 01 01 01 01 01 01

Ressalta-se que o número das visitas poderá ser ajustado de acordo com as necessidades identificadas pelos técnicos.

Ressalta-se que as visitas são consideradas um passo essencial para a realização do acom-panhamento familiar, porém, isso não significa que sejam a única estratégia de ação para que ele aconteça. É imprescindível afirmar a importância da visita domiciliar enquanto instrumento fundamental para o desenvolvimento desse protocolo em níveis satisfatórios, sendo orientada aos municípios a sua realização para uma oferta qualificada no que concerne à efetividade do acompanhamento familiar.

1.4 Plano de acompanhamento familiar[...] pode-se afirmar que somente se realiza o acompanhamento familiar quando as famílias e os profissionais definem conjuntamente os objetivos a serem atingi-dos, as aquisições a serem alcançadas e o percurso a ser trilhado para acesso a direitos e superação de situações de vulnerabilidade vivenciadas, construindo um Plano de Acompanhamento Familiar, realizando mediações periódicas com profissionais e com inserção planejada em ações do PAIF, se verificada a neces-sidade (BRASIL, 2011a, p. 22).

A construção de um Plano de Acompanhamento Familiar indica que o tipo de acompanha-mento é o particularizado (BRASIL, 2011a). Esse Plano consiste na elaboração/planejamento de um plano de ação a ser definido em conjunto com as famílias e os técnicos de referência do PAIF/Incluir, em momentos específicos para tal, no qual serão analisadas e visualizadas suas necessidades, vulnerabilidades e potencialidades. Ou seja, trata-se de um planejamento detalhado do processo de acompanhamento a ser realizado, tendo em vista os objetivos a serem alcançados (BRASIL, 2011a). O modelo sugerido para a construção do respectivo plano de ação encontra-se no Anexo D – Formulário do Plano de Acompanhamento Familiar.

26

1.5 Monitoramento e avaliação do plano de acompanhamento familiar

O monitoramento consiste no acompanhamento contínuo das ações pactuadas com as famílias em seus respectivos planos (particularizados de acordo com as necessidades das mesmas) e na evolução dos objetivos e das metas, permitindo a adoção de medidas corretivas para melhor execução dos mesmos.

A avaliação será efetuada com base nos resultados almejados/alcançados, englobando o desempenho, ou seja, os produtos tais como definidos nas metas e nos objetivos, pactuados com cada família, e no impacto, que se refere às mudanças na situação dos beneficiários, provocados diretamente pelas ações desenvolvidas.

Sugerem-se os parâmetros apontados no Anexo E para o monitoramento e a avaliação do Plano de Acompanhamento Familiar.

Destaca-se que os parâmetros apresentados nesse anexo deverão ser utilizados de acordo com as metas pactuadas com cada família. Os técnicos dos CRAS, se assim o desejarem, poderão utilizar outros parâmetros que considerarem necessários. Além disso, esses profis-sionais deverão criar os indicadores necessários à mensuração do alcance das metas pac-tuadas (ou utilizar indicadores existentes e disponibilizados pelos sistemas de informações do MDS) e definir os instrumentos, a metodologia e os procedimentos (reuniões, aplicação de formulários, entrevistas etc) para tal.

Os seguintes fatores também precisam ser avaliados:

1. O Estado ofereceu respostas adequadas às demandas e necessidades apresentadas pelas famílias?

2. A família cumpriu o estabelecido no planejamento de acompanhamento familiar?

3. A família avalia que as motivações para o acompanhamento familiar foram superadas, com a concordância do profissional que o acompanhou?

4. As potencialidades e recursos das famílias foram identificados e potencializados?

5. Quais aquisições foram alcançadas pelas famílias? (BRASIL, 2012a, p. 74)

Importa ressaltar que a oferta das respostas adequadas às demandas e necessidades apresentadas pelas famílias deve perpassar de forma articulada os três níveis de governo (federal, estadual e municipal).

Há que se considerar também que cada família tem uma dinâmica diferente. Assim sendo, a periodicidade do monitoramento e da avaliação deve ser de acordo com os prazos es-tabelecidos junto às famílias para os cumprimentos das metas. Avaliar-se-á o alcance das

Descrição Do Desenvolvimento Dos centros De referência De assistência social (cras) no espírito santo 27

aquisições desejadas, as dificuldades encontradas e a elaboração de estratégias para sua superação, de acordo com mudanças que porventura tenham ocorrido no âmbito familiar (BRASIL, 2012a).

É o resultado alcançado nas avaliações que permitirá a tomada de decisão no que se refere à continuidade das ações de acompanhamento e do momento oportuno para o seu encerra-mento. Se as famílias não superarem suas vulnerabilidades, o processo de acompanhamento deve ser mantido, e os respectivos Planos sofrerem as adequações às novas necessidades (BRASIL, 2012a).

Caso a família, no processo de acompanhamento, tenha sido atendida por vários serviços setoriais, é importante que o município se organize para realizar uma avaliação intersetorial conjunta dos resultados alcançados, para contribuir com a organização do processo de acompanhamento, bem como para o aprimoramento dos fluxos de trabalho (BRASIL, 2012a, p. 64).

Para finalizar, ressalva-se que o presente protocolo é uma proposta de organização do processo de acompanhamento das famílias, a ser realizado pelas equipes técnicas. Assim sendo, é um parâmetro para o desenvolvimento dessa ação, baseada na publicação do MDS “Orientações Técnicas sobre o PAIF”, não esquecendo “que cada acompanhamento familiar possui caráter particularizado e que a abordagem e os procedimentos metodológicos adotados, por cada equipe, poderão dar lugar a outras formas de acompanhamento familiar” (BRASIL, 2012a, p. 71). Em suma, são oferecidas orientações gerais, cujas possibilidades existentes não se esgotam aqui, não devendo restringir o fazer técnico-operacional, nem a autonomia dos municípios.

28

2 ReferênciasBRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Sistema Único de Assistência Social. Orientações técnicas sobre o

PAIF. O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF, segundo a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. v. 1. 1. ed. Brasília, 2012.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de As-sistência Social. Sistema Único de Assistência Social. Orientações técnicas sobre o PAIF. Trabalho Social com Famílias do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF. v. 2. 1. ed. Brasília, 2012a.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Extraordinária de Superação da Extrema pobreza. Plano Brasil sem Miséria, Brasília: 2011.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de As-sistência Social (SNAS). O CRAS que temos: o CRAS que queremos. Volume 1. Orientações Técnicas – Metas de Desenvolvimento dos CRAS. Período 2010/2011. Versão preliminar não diagramada. Brasília, 2011a.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Comissão Intergestores Tripartite. Protocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e transferências de

Renda no âmbito do Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Brasília: 2009.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome: Sistema Único de Assis-tência Social – Proteção Social Básica. Orientações técnicas: Centro de Referência de

Assistência Social – CRAS. 1. ed. Brasília: 2009a.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Capacitação para a imple-

mentação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS e do Programa Bolsa Família

– PBF. Coordenação Geral: Tereza Cristina Barwick Baratta [et al.]. Rio de Janeiro: IBAM/Unicarioca; Brasília: MDS, 2008.

______. Secretaria Nacional de Assistência Social. Política Nacional de Assistência Social/

PNAS 2004. Brasília: 2005.

______. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 8.742,

de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. Brasília, 1993.

CURITIBA. Prefeitura Municipal de Curitiba. Protocolo de Gestão dos Centros de Referência

da Assistência Social de Curitiba. Coordenação Geral: Ana Luiza Suplicy Gonçalves [et al.]. Curitiba: Prefeitura Municipal de Curitiba; FAS/Fundação de Ação Social; Curitiba: 2009.

ESPÍRItO SANtO. Secretaria de Economia e Planejamento. Plano Estratégico do Governo do Espírito Santo 2011-2014: Novos caminhos. Vitória, 2011.

Descrição Do Desenvolvimento Dos centros De referência De assistência social (cras) no espírito santo 29

anexo a: RegistRo da busca ativa

Registro da Busca Ativa

Nome EndereçoNº de

membrosna família

Renda familiarAção de busca

ativa realizada para identificação da família

Anexos

30

anexo B: encaminhamento paRa a Rede de seRviçossocioassistenciais (RefeRência e contRaRRefeRência)

ENCAMINhAMENtO/REFERêNCIA

DE (unidade de origem):

PARA (unidade de destino):

Encaminhamos o(a) usuário(a):

Para/motivo:

_____/_____/_____ Responsável técnico

CONtRARREFERêNCIA

DE

PARA

Atendimento realizado no dia: /

Serviço ofertado:

Resumo do procedimento:

_____/_____/_____ Responsável técnico

Descrição Do Desenvolvimento Dos centros De referência De assistência social (cras) no espírito santo 31

anexo C: foRmuláRio de infoRmaçõescomplementaRes ao cadÚnico

ENCAMINhAMENtO/REFERêNCIA

Nome do responsável:

Código familiar:

Número de Identificação Social - NIS (do responsável):

CONvIvêNCIA COMuNItáRIA

( ) CRAS ( ) Associação de moradores ( ) Igrejas ( ) Organizações Não-Governamentais (ONGs) ( ) Movimentos sindicais ( ) Associação de produtores

AtENDIMENtOS À FAMÍLIA NA REDE

Saúde

Estratégia de Saúde da Família (ESF)/Saúde/Saúde Mental:

( ) Mulheres que utilizam métodos contraceptivos

( ) Homens que utilizam métodos contraceptivos

( ) Acompanhamento médico de idosos

( ) Acompanhamento médico de pessoas com deficiência

( ) Controle de doenças crônicas

( ) Acompanhamento de casos de dependência química

( ) Acompanhamento de gestantes

( ) Acompanhamento de nutrizes

( ) Realização de vacinação de crianças, adultos e idosos

( ) Saúde do homem

( ) Acompanhamento de pessoas com deficiência que tenham possibilidade de reabilitação

( ) Atendimentos odontológicos

( ) Atendimentos psicológicos

( ) Atendimentos psiquiátricos

Assistência Social:

CRAS:

( ) PAIF

( ) Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

( ) Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas

Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS):

( ) Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI)

( ) Serviço Especializado em Abordagem Social

( ) Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de prestação de serviços à comunidade (PSC)

Especifique: _______________________________________

( ) Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias

( ) Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua

( )Centro Especializado para População em Situação de Rua (CENTRO POP)

( ) Serviço de Acolhimento Institucional Especifique: _______________________________________

( ) Serviço de Acolhimento em República Especifique: ____________________________________

( ) Serviço de proteção em situações de calamidades públicas e de emergências

( ) Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora

32

Se tiver assinalado acolhimento institucional informar:

Qual membro da família?_______________________________________________________________

Tempo de acolhimento: ________________________________________________________________

Nome da instituição:___________________________________________________________________

Tem contato com o familiar acolhido? ( )Sim, de que forma é realizado o contato? _____________

( ) Não, por quê?_______________________________________________________________________

CONDIÇÃO DE ALIMENtAÇÃO

A família tem acesso a alimentação em quantidade suficiente?

( ) Sim ( ) Não. Por quê?______________________________________________________

A família consegue ter acesso regular e permanente à alimentação?

( ) Sim ( ) Não. Por quê? ______________________________________________________

Aquisição de alimentos: produção própria? ( ) Sim. O que produz?________ ( ) Não.

Em caso de produção: produz apenas para o consumo próprio? ( ) Sim ( ) Não. Para quem comercializa? _______________

Aquisição no mercado: ( ) Sim ( )Não

A família vive em condição de insegurança alimentar? ( ) Sim. Por quê? ___________ ( ) Não

PRINCIPAIS vuLNERABILIDADES

( ) Moradia inadequada

( ) Crianças que ficam sozinhas em casa

( ) Idosos dependentes na família

( ) Desemprego

( ) Problemas graves de saúde

( ) Situação de trabalho infantil

( ) Trabalho escravo

( ) Adolescente em medida socioeducativa

( ) Preconceito de raça, gênero, orientação sexual

( ) Negligência familiar. Especifique: _______________

( ) Famílias chefiadas por mulheres

( ) Pessoas com deficiência na família

( ) Renda insuficiente para atender as necessidades da família

( ) Baixa escolaridade

( ) Conflitos familiares

( ) Reclusão penitenciária

( ) Acolhimento institucional

( ) Violência doméstica

Especifique contra quem: _________________

( ) Familiares em situação de rua

SItuAÇÃO DE MORADIA

( ) Própria ( ) Alugada ( ) Cedida ( ) Coabitação ( ) Invasão

Vive em local de difícil acesso?

( ) Sim. Qual o tipo de dificuldade de acesso?______________ ( ) Não

Há quanto tempo vive no local? __________

Em caso de moradia própria, o proprietário do imóvel foi contemplado por programas habitacionais?

( ) Sim. Qual? ________________________ ( ) Não

Possui documento de posse do imóvel e do lote onde o mesmo está construído?

( ) Sim ( ) Não. Por quê? _____________

Área de risco: ( ) Sim ( ) Não

Se sim, qual o tipo de risco: ( ) Encosta ( ) Margens de rio ( ) Ocupação irregular/desordenada

Descrição Do Desenvolvimento Dos centros De referência De assistência social (cras) no espírito santo 33

SItuAÇÃO DE DESEMPREGO

Nº de desempregados:________

Nome:______________________________________________________________________________________________

Há quanto tempo: ___________________ Último emprego: _______________________________________________

Escolaridade:__________________ Profissão: _______________________________

Qualificação:________________________________________________________________________________________

Nome:______________________________________________________________________________________________

Há quanto tempo: ___________________ Último emprego:________________________________________________

Escolaridade:__________________ Profissão: _______________________________

Qualificação:________________________________________________________________________________________

Nome:______________________________________________________________________________________________

Há quanto tempo: ___________________ Último emprego: _______________________________________________

Escolaridade:__________________ Profissão: _______________________________

Qualificação:________________________________________________________________________________________

Tem desempregados inscritos em Agência do Trabalhador ou outro órgão/agência de recrutamento/seleção:

( ) Sim. Quantos ( ) Não

QuALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Já participou em cursos de qualificação e formação profissional?

( ) Sim. Onde e quando? ____________________________ ( ) Não

Está participando em cursos de qualificação e formação profissional?

( ) Sim. Onde? ________________________ ( ) Não

PROBLEMAS DE SAÚDE

Nome:________________________________ Idade: _____ Problemas de saúde diagnosticados: _______________

Nome:________________________________ Idade: _____ Problemas de saúde diagnosticados: _______________

Está em acompanhamento médico? [ ] Sim [ ] Não. Onde:______________________________________________

CONvIvêNCIA FAMILIAR

Há ocorrência de conflitos familiares: ( ) Sim ( ) Não. Se sim, quais os principais motivos:

( ) Uso de álcool ( ) Uso de outras drogas ( ) Desemprego ( ) Violência intra familiar

Existem vínculos familiares rompidos ou fragilizados? ( ) Sim. Quais? ______________________________ ( ) Não

RECLuSÃO PENItENCIáRIA

Qual o grau de parentesco do recluso? ________________________

Há quanto tempo está recluso? _______________ Previsão de saída:________________

Auxilio reclusão: ( ) Sim ( ) Não Faz visitas regularmente? ( ) Sim Periodicidade das visitas: _____ ( ) Não

Por quê? ____________ Há familiares egressos do sistema prisional: [ ] Sim. Quais? _________________ ( ) Não

DESPESAS

Aluguel: ______________________ Telefone: ______________________ Medicamentos: ______________________

Água: ______________________ Gás: ______________________ Transporte: ______________________

Vestuário: ______________________ Luz: ______________________ Alimentação: ______________________

Total de despesas: ______________________

34

RENDA AtuAL

Trabalho assalariado: ______________________ Mercado informal ou autônomo: _________________________ Pensões: ______________________ Pensão alimentícia: _____________________ BPC: ______________________ Bolsa Família: _____________________ Aposentadoria: ______________________ Diarista: ___________________ Renda Familiar: ____________________ Renda Per Capita: ______________________ Outra: __________________

DOCuMENtAÇÃO

Os componentes familiares do sexo masculino possuem Certificado de Reservista? [ ] Sim [ ] Não

OBSERvAÇÕES

Assinatura do técnico / Carimbo Assinatura do responsável familiar

CONvIvêNCIA FAMILIAR

Há ocorrência de conflitos familiares: ( ) Sim ( ) Não. Se sim, quais os principais motivos:

( ) Uso de álcool ( ) Uso de outras drogas ( ) Desemprego ( ) Violência intra familiar

Existem vínculos familiares rompidos ou fragilizados? ( ) Sim. Quais? ______________________________ ( ) Não

RECLuSÃO PENItENCIáRIA

Qual o grau de parentesco do recluso? ________________________

Há quanto tempo está recluso? _______________ Previsão de saída:________________

Auxilio reclusão: ( ) Sim ( ) Não Faz visitas regularmente? ( ) Sim Periodicidade das visitas: _____ ( ) Não

Por quê? ____________ Há familiares egressos do sistema prisional: [ ] Sim. Quais? _________________ ( ) Não

DESPESAS

Aluguel: ______________________ Telefone: ______________________ Medicamentos: ______________________

Água: ______________________ Gás: ______________________ Transporte: ______________________

Vestuário: ______________________ Luz: ______________________ Alimentação: ______________________

Total de despesas: ______________________

Descrição Do Desenvolvimento Dos centros De referência De assistência social (cras) no espírito santo 35

anexo d: foRmuláRio do planode acompanhamento familiaR

Nome do CRAS:

Família:

Data da elaboração do Plano:

Data do desligamento:

PLANO DE AÇÃO

Necessidades familiares/

potencialidades da família

Ações a desenvolver/estratégias adotadas

Compromissos assumidos Objetivos

e metasestabelecidas

Prazo para execução

Resultados obtidos/

aquisições alcançadasTécnico Família

Técnicos responsáveis:

Assinatura do responsável pela família:

PLANO DE AÇÃO

Monitoramento

Metas Indicadores utilizadosPercentual

Realizado Déficit

Especificar as adequações que o Plano requer, a partir dos déficits apresentados:

Técnicos responsáveis:

Assinatura do responsável pela família:

PLANO DE AÇÃO

Avaliação

Procedimentos utilizados Periodicidade

Pontos positivos Pontos negativos Resultados alcançadosTécnicos Família Técnicos Família

Técnicos responsáveis:

Assinatura do responsável pela família:

36

anexo e: paRâmetRos paRa o monitoRamentoe a avaliação do plano de acompanhamento familiaR

Cidadania Saúde Educação Assistência Social

1. Certidões de nascimento, de casamento ou de óbito emitidas;

2. Registros Administrativos de Nascimentos Indígenas (Rani) emitidos;

3. Registros Gerais (RG) emitidos;

4. Cadastros de Pessoas Físicas (CPFs) emitidos;

5. Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS) emitidas;

6. Títulos de eleitor emitidos;

7. Certificados de reservista (homens com idade igual ou superior a 18 anos) emitidos.

8. Acompanhamento pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) realizado;

9. Acompanhamento de mulheres e homens que utilizam métodos contraceptivos realizado, bem como da saúde do homem e da mulher;

10. Acompanhamento médico regular de idosos realizado;

11. Acompanhamento médico regular de pessoas com deficiência realizado, bem como de pessoas com deficiência que tenham possibilidade de reabilitação;

12. Controle de doenças crônicas realizado;

13. Acompanhamento dos casos de dependência química realizado;

14. Acompanhamento de gestantes e nutrizes realizado;

15. Crianças com o cartão de vacina atualizado;

16. Adultos e idosos vacinados;

17. Serviços odontológicos realizados;

18. Atendimentos psicológicos e psiquiátricos realizados.

19. Adultos alfabetizados;

20. Acompanhamento da matrícula e frequência escolar mensal mínima de 85% para crianças e adolescentes entre seis e 15 anos realizado;

21. Acompanhamento da matrícula e frequência escolar mensal mínima de 75% para jovens de 16 e 17 anos realizado;

22. Acompanhamento da matrícula de crianças de zero a três anos em creche realizado;

23. Acompanhamento da matrícula de crianças de quatro a seis anos realizado;

24. Acompanhamento da matrícula de pessoas com deficiência na rede regular de ensino realizado.

25. Famílias inseridas nos serviços ofertados pelo CRAS;

26. Famílias inseridas nos serviços de Proteção Social Especial ofertados pelos CREAS

Descrição Do Desenvolvimento Dos centros De referência De assistência social (cras) no espírito santo 37

habitação Inclusão Produtiva Renda Segurança Alimentar

27. Documentação de posse do imóvel/lote regularizado;

28. Imóveis concedidos em programas habitacionais;

29. Saneamento básico adequado;

30. Acessibilidade adequada;

31. Disponibilidade de banheiros;

32. Condição de acomodação familiar adequada;

33. Condição de salubridade adequada;

34. Famílias retiradas de moradias de área de risco.

35. Adultos com emprego formal;

36. Inscritos no Sistema Nacional de Emprego (SINE) ou Agências do Trabalhador realocados no mercado de trabalho;

37. Cursos de qualificação e formação profissional realizados;

38. Nº de adultos participantes em cursos de qualificação e formação profissional;

39. Inserção dos egressos do sistema prisional no mercado de trabalho;

40. Microcrédito concedido;

41. Microempreendedores individuais;

42. Ações de Economia Solidária desenvolvidas;

43. Ações de aumento da produção rural realizadas.

44. Benefícios sociais concedidos;

45. Transferências de renda concedidas;

46. Aposentadorias concedidas;

47. Pensões concedidas.

48. Acesso à alimentação adequada de forma regular e em quantidade suficiente.

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