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Programa Oficial Tema Oficial A Psicoterapia no século XXI: possibilidades, novas perspectivas e desafios.

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ProgramaOficial

Tema OficialA Psicoterapia no século XXI:possibilidades, novasperspectivas e desafios.

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2 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Índice/índice

:: Carta de Apresentação/Carta de Presentacíon ............................................................3

:: Comissões do Congresso/Comités del Congreso ........................................................4

:: Diretoria ABRAP Biênio 2013-2015/Junta ABRAP Bienio 2013-2015.............................5

:: Diretoria WCP/Junta WCP ............................................................................................6

:: Diretoria FLAPSI/Junta FLAPSI ....................................................................................7

:: Programa/Programación :: 19 agosto ...........................................................................8

:: Programa/Programación :: 20 agosto .........................................................................13

:: Programa/Programación :: 21 agosto ..........................................................................17

:: Programa/Programación :: 22 agosto ........................................................................22

:: Índice Remessivo da Programação Científica/ Índice Remessivo del Programa Científico ................................................................26

:: Pôster/Poster ..............................................................................................................28

:: Atividades Especiais/Actividades especiales .............................................................30

:: Resumo e trabalhos dia 19 de agosto/Resúmenes y Trabajos día 19 agosto ...........32

:: Resumo e trabalhos dia 20 de agosto/Resúmenes y Trabajos día 20 agosto ..........44

:: Resumo e trabalhos dia 21 de agosto/Resúmenes y Trabajos día 21 agosto ...........68

:: Resumo e trabalhos dia 22 de agosto/Resúmenes y Trabajos día 22 agosto ..........90

:: Pôster-trabalhos/Poster-Trabajos ...............................................................................96

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::3

Caros colegas,

A Associação Brasileira de Psicoterapia – ABRAP e a Federação Latino-

Americana de Psicoterapia – FLAPSI realizam o XI Congresso

Latino-Americano de Psicoterapia e o II Congresso Brasileiro de Psicoterapia.

Esperamos reunir e congregar especialistas e interessados no campo

terapêutico psicológico, para compartilharmos conhecimentos e práticas na

área, visando promoção da saúde.

Esperamos que os psicoterapeutas, terapeutas e interessados em geral

possam trazer e levar conhecimentos, trocando experiências, promovendo o

melhor desenvolvimento da Psicoterapia como tratamento, ciência e profissão,

em todo âmbito da América Latina: atendendo a formação, as condições de

trabalho e as relações entre si, fomentando a interlocução e investigação para

um melhor intercâmbio científico.

Damos as boas vindas, desejando que todos tenhamos um

bom e consistente trabalho.

Emilia Afrange Sylvia Mancheno DuránPresidente da ABRAP Presidente da FLAPSI

Caros colegas

La Asociación Brasileña de Psicoterapia - ABRAP y la Federación Latinoamericana

de Psicoterapia - FLAPSI realizan el XI Congreso Latinoamericano de Psicoterapia y

el II Congreso Brasileño de Psicoterapia.

Esperamos recoger y reunir expertos e interesados en el campo terapéutico, para

compartir conocimientos y prácticas en el área, dirigidos a la promoción de la salud.

Esperamos que los psicoterapeutas, terapeutas y los interesados en general

puedan traer y llevar conocimiento, intercambiar experiencias, promoviendo

el mejor desarrollo de la psicoterapia como tratamiento, ciencia y profesión,

en cualquier parte de América Latina: teniendo en cuenta la capacitación, las

condiciones de trabajo y las relaciones con los demás, fomentando el diálogo

y la investigación para un cambio mejor científico.

Bienvenidos, deseando a todos nosotros tengamos un buen y

consistente trabajo.

Emilia Afrange Sylvia Mancheno DuránPresidenta da ABRAP Presidenta da FLAPSI

Apresentacão/Presentación

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4 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

COMISSÃO ORGANIZADORAComisión organizador

COORDeNADORA/Coordinadora

Emilia Afrange

COMpONeNteS/Componentes

Rachel Zausner SkarbnikRôde Cardoso Soares

COMISSÃO CIeNtÍFICA NACIONALComisión CientÍFiCa naCionaL

COORDeNADORA DA COMISSÃO/Coordinador de La Comisión

Profa. Dra. Angela Hiluey

MeMbROS/miembro

Profª. Mª. Ana Patrícia de Sá Leitão PeixotoProfa. Dra. Glaucia Mitsuko Ataka da RochaProf. Dr. Henrique J. Leal F. RodriguesProfa. Dra. Ivonise Fernandes da MottaProf. Me. José Ricardo Pinto de AbreuProf. Dr. José Toufic ThoméProfa. Dra. Mathilde NederProf. Dr. Tales Vilela Santeiro

COMISSÃO CIeNtÍFICA INteRNACIONAL/Comisión CientÍFiCa internaCionaL

COORDeNADORA/Coordinadora

Profa. Mg. Oriana Vilches- Álvarez (Chile)

MeMbROS/miembro

APRA- ARGENTINA: Alejandra Pérez Ps.ABRAP- BRASIL: Emila AfrangeACHIPSI- CHILE: Profa. Mg. Oriana Vilches- Álvarez AMEPAC- MEXICO: Dra. Lorena Fernández RodriguezAPPSIC - PERÚ: Luis Pérez Flores SOPAPSI- PANAMÁ: Dr. Ramón Mon FUPSI- URUGUAY: Lic. Julia Ojeda AVEPSI - VENEZUELA: Jesus Miguel Martinez

Comissões do Congresso/ Comités del Congreso

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::5

DIRetORIA AbRAp bIÊNIO 2013-2015JUnta abrap bienio 2013-2015

pReSIDÊNCIA/presidenCia

Emilia Afrange

VICe-pReSIDÊNCIA/ViCepresidenCias

Angela HilueyJosé Toufic Thomé

DIRetORIA CIeNtÍFICA/direCtor CientÍFiCo

Mathilde Neder

DIRetORIA De DIVuLGAçÃO e AFILIAçõeS/diVULgaCión de La JUnta y

aFiLiaCiones

Ana Patrícia de Sá Leitão Peixoto

DIRetORIA De pubLICAçÃO/JUnta de pUbLiCaCión

Sâmia Aguiar Brandão Simurro

DIRetORIA De eVeNtOS/JUnta de eVentos

José Ricardo Pinto de Abreu

DIRetORIA De SeCRetARIA/seCretarÍa de La JUnta

Rôde Cardoso Soares

DIRetORIA De teSOuRARIA/departamento deL tesoro

Rachel Zausner Skarbnik

CONSeLhO SupeRVISOR/ConseJo de sUperVisión

Amélia Thereza de Moura VasconcellosElisa Medici Pizão YoshidaMaria Rosa Spinelli

CONSeLhO FISCAL/ConseJo FisCaL

Norka BonettiRegina GribelRuy de Mathis

Diretoria ABRAP Biênio 2013-2015/ Junta ABRAP Bienio 2013-2015

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6 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

pReSIDeNte/presidente

Alfred Pritz - Austria

teSOuReIRO

Nicole Aknin - France

SeCRetáRIO GeRAL/seCretário generaL

Guillermo Garrido - Venezuela

SeGuNDA SeCRetáRIA GeRAL/segUndo seCretario generaL

Darlyne G. Nemeth - USA

VICe pReSIDeNteS DA euROpA/ViCe presidentes da eUropa

Mony Elkaim – BelgiumPeter Schulthess - Switzerland Victor Makarov – Russia

VICe pReSIDeNteS DA áSIA/ViCe presidentes de asia

Yuji Sasaki - JapanQian Mingyi – China Xudong Zhao - ChinaGanesh Shankar – India Abbas Makke – Lebanon

VICe pReSIDeNteS DA áFRICA/ViCe presidentes de áFriCa

Sylvester Ntomchukwu Madu – South AfricaEdward Bantu – KenyaKamal Raddaou – Morroco (Linguas Árabes/ Idiomas árabe)

VICe pReSIDeNte AMéRICA LAtINA/ViCe presidente LatinoameriCa

Alejandra Pérez – Argentina

VICe pReSIDeNte AMéRICA DO NORte/ViCepresidente de amériCa deL norte

Kelly Paulk Ray - USAGloria Mulcahy-Alvernaz – Canada

VICe pReSIDeNte AuStRALIA/NOVA ZeLâNDIA e pACÍFICO/ViCepresidente

aUstraLia/nUeVa zeLanda y eL paCÍFiCo

Anthony Korner – AustraliaRoy A. Bowden – New Zealand

AuDItORA/aUditor

Regina Bader – AustriaMichelle Vinot – FranceNicole Attali – France Volker Tschuschke – GermanyGianpaolo Lombardi – ItalyRony Alfandary – Israel Eugenijus Laurinaitis - Lithuana

RepReSeNtANte NA ONu/ representante ante La onUJudy Kuriansky - USA

Diretoria WCp/JUnta WCp

Diretoria WCP/Junta WCP

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::7

pReSIDÊNCIA/presidenta

Sylvia Mancheno Durán (Equador)

VICe-pReSIDÊNCIA/ViCepresidenta

Mariela Golberg (Uruguai)

SeCRetARIA/seCretarÍa

Profa. Mg. Oriana Vilches- Álvarez

teSOuReIRO/tesorero

Roberto Manieri (Panamá)

VOCAL/VoCaLes

Lucio Balarezo (Equador)Thelma Leticia García Banda (México)

COMISSÃO De CeRtIFICAçÃO/Comisión de aCreditaCión

Verónica Bagladi Letelier (Chile)Lorena Fernández (México)María Esther Lagos (Uruguai)

COMISSÃO De étICA e FISCALIZAçÃO/Comision de

étiCa y FisCaLizaCion

Ramón Mon (Panamá)Edith Vega (Argentina)Gioconda Medrano (Venezuela)

RepReSeNtANte DO WCp/representante ante eL WCpAlejandra Pérez Ps. (Argentina)

FLApSI eStá INteGRADA AtuALMeNte pOR DeZ ASSOCIAçõeS NACIONAIS

DOS ReSpeCtIVOS pAÍSeS

e CADA ASSOCIAçÃO teM DOIS RepReSeNtANteS:/FLapsi está integrada aCtUaLmente por diez asoCiaCiones

naCionaLes de Los respeCtiVos paÍses y Cada asoCiaCión tiene dos

representantes:

ApRA - ASSOCIAçÃO De pSICOteRApIA DA RepúbLICA ARGeNtINA -ARGeNtINA/asoCiaCión de psiCoterapia de La repúbLiCa de argentina -argentina

Alejandra Pérez Ps.Edith Vega

Abp - ASSOCIAçÃO bOLIVIANA De pSICOteRApIA - bOLÍVIA/ asoCiaCión

boLiViana de psiCoterapia - boLÍVia

José Manuel Rojas Pradel

AbRAp - ASSOCIAçÃO bRASILeIRA De pSICOteRApIA - bRASIL

Emilia AfrangeAngela Hiluey

AChIpSI - ASSOCIAçÃO ChILeNA De pSICOteRApIA - ChILe/asoCiaCión

ChiLena de psiCoterapia - ChiLe

Oriana Vilches- Álvarez Verónica Bagladi Letelier

SepS – SOCIeDADe equAtORIANA De pSICOteRApIA - equADOR/soCiedad

eCUatoriana de psiCoterapia integratiVa - eCUador

Sylvia Mancheno DuránLucio Balarezo

AMepAC - ASSOCIAçÃO MexICANA De pSICOteRApIA - MéxICO/asoCiaCión

mexiCana de psiCoterapia - méxiCo

Lorena Fernández RodriguezThelma Leticia García Banda

SOpApSI - SOCIeDADe pANAMeNhA De pSICOteRApIA - pANAMá/soCiedad

panameña de psiCoterapia - panamá

Melva Palacios de MonJosé Eloy Hurtado

AppSIC - ASSOCIAçÃO peRuANA De pSICOteRApIA - peRu/asoCiaCión

perUana de psiCoterapia – perú

Luis Oswaldo Pérez FloresMario Ledesma

FupSI- FeDeRAçÃO uRuGuAIA De pSICOteRApIA - uRuGuAI/FederaCión

UrUgUaya de psiCoterapia – UrUgUay

Eliseo González Regadas

AVepSI - ASSOCIAçÃO VeNeZueLANA De pSICOteRApIA -VeNeZueLA/asoCiaCión VenezoLana de psiCoterapia - VenezUeLa

Gioconda Medrano DelgadoJesus Martínez

DIRetORIA FLApSIJUnta FLapsi

Diretoria FLAPSI/Junta FLAPSI

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8 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

08h00 - 09h00

09h00 - 12h00

12h00 - 13h00

13h30 - 15h30

13h30 - 15h30

13h30 - 15h50

Teatro

Teatro

Teatro

Sala 301

Sala 302

14Credenciamento

24Dialogando Sobre

34Almoço/Almuerzo

44Dialogando Sobre

54Mesa redonda

64Mesa redonda

CReDeNCIAMeNtO

Compartilhando o funcionamento e ações realizadas de cada associaçãoem seu país.Compartiendo sobre el funcionamiento y las acciones realizadas por cada asociácion nacional.ABRAP - Associação Brasileira de Psicoterapia - Brasil - EMILIA AFRANGEACHIPSI - Associação Chilena de Psicoterapia - Chile - ORIANA VILCHES-ÁLVAREZAMEPAC - Associação Mexicana de Psicoterapia - México - LORENA FERNÁNDEZ RODRIGUEZAPPSIC - Associação Peruana de Psicoterapia - Peru - LUIS OSWALDO PÉREZ FLORESAPRA - Associação de Psicoterapia da República Argentina - Argentina - ALEJANDRA PÉREZABP - Associação Boliviana de Psicoterapia - Bolívia - JOSÉ MANUEL ROJAS PRADELAVEPSI - Associação Venezuelana de Psicoterapia - Venezuela - GIOCONDA MEDRANO DELGADOFUPSI - Federação Uruguaia de Psicoterapia - Uruguai - MARGARITA DUBOURDIEU SEPs - Sociedade Equatoriana de Psicoterapia - Equador - SYLVIA MANCHENO DURÁN SOPASI - Sociedade Panamenha de Psicoterapia - Panamá - MELVA PALACIOS DE MONMODeRADORA: MARIELA GOLBERG - Uruguai

Os dilemas atuais na prática clínica. Los dilemas actuales en la práctica clínica.AVELINO LUIZ RODRIGUES (Brasil) SYLVIA MANCHENO DURÁN (Equador) Vivência acelerada do tempo e o vazio interior na clínica contemporânea. acelerado experiencia del tiempo y el vacío en la clínica contemporánea.ALMIR LINHARES DE FARIA (Brasil) MODeRADORA: ANGELA HILUEY (Brasil)

A formação dos futuros psicoterapeutas: uma perspectiva generalista oude especialista? La formación de los futuros psicoterapeutas: ¿Una perspectivageneralista o de especialista?:: O Campo das psicoterapias: problemáticas e competencias na formação básica generalista. :: el campo de las psicoterapias: problemas y formación básica en habilidades generales.

LUIZ EDUARDO VALIENGO BERNI (Brasil) JULIO SCHRUBER FILHO (Brasil)

:: Formação do psicoterapeuta. :: Los titulos de psicoterapeuta y la especialidad a la que pertenecen.

RAMÓN ARTURO MON PINZON (Panamá) COORDeNADORA/Coordinadora: IVONISE FERNANDES DA MOTTA (Brasil)

em foco a pessoa do terapeuta: estratégias propostas na formação para a do terapeuta. Centrados en la persona del terapeuta: estrategias propuestas en la formación de la persona del terapeuta. :: O que faz de uma pessoa um psicoterapeuta?::¿Qué hace a una persona, ser un psicoterapeuta?RICARDO REGO (Brasil) :: estratégias de formação em psicoterapia no âmbito universitário. :: estrategias de formación en psicoterapia en el ambito universitario. GUILLERMO GARRIDO (Panamá) COORDeNADORA/COORDINADORA: MARIELA GOLBERG (Uruguai)

Horário Local Atividade

Programação/Programación :: 19 agosto

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::9

Horário Local Atividade

13h30 - 15h30

13h30 - 15h30

13h30 - 15h50

13h30 - 15h30

13h30 - 15h30

13h30 - 15h30

15h30 - 16h00

Sala 305

Sala 307

Sala 308

Sala 309

Sala 310

TA

74Mesa redonda

84Mesa redonda

94Mesa redonda

104Workshop/taller

114Workshop/taller

124Workshop/taller

4Intervalo

quem pode exercer a função de psicoterapeuta? ¿Quién puede ejercer la función de psicoterapeuta? :: história da formação do campo de trabalho do psicoterapeuta moderno e sua relação

com a psicologia clínica.:: historia de la formación en el campo del trabajo del psicoterapeuta moderno

y su relación con la psicología clínica.MARCELO NICARETTA (Brasil)

: Desafios do exercício da psicoterapia no atual cenário de Demandas Sócio Sanitárias na América Latina.

:: desafios del ejercicio de la psicoterapia en el actual escenario de demanda socio sanitaria en Latinoamérica.RICARDO WERNER SEBASTIANE (Brasil)

:: tornar-se psicoterapeuta: Demandas, dificuldades, aprendizados e leituras possíveis em contextos de formação e transformação.

:: hacerse psicoterapeuta: demandas, dificultades, aprendizados y lecturas posibles encontextos de formación y transformación. FABIO SCORSOLINI (Brasil)

COORDeNADORA/Coordinadora: GIOCONDA MEDRANO (Venezuela)

Desafios terapêuticos na atualidade.desafios terapêuticos en la atualidad.:: psicoterapia nas situações traumáticas e catastróficas. :: psicoterapias en situaciones traumáticas y catastróficas.

JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil) :: A psicoterapia nos serviços públicos.:: La psicoterapia en los servicios públicos.

CINTIA BRAGHETO FERREIRA (Brasil) :: A psicoterapia frente a violência familiar incluindo o agressor. :: La psicoterapia frente a la violencia familiar incluyendo al agresor.

DALKA CHAVES DE ALMEIDA FERRARI (Brasil) COORDeNADOR/Coordinador: JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil)

Refletindo sobre a implicação da religião na prática clínica.reflexionando sobre las implicaciones de la religión en la práctica clínica. :: Algumas concorrências entre a psicologia e a religião. :: algunas concurrências entre la psicología y la religión.

ÊNIO BRITO PINTO (Brasil) :: Os psicólogos e as demandas religiosas na clínica psicológica.:: Los psicólogos y las demandas religiosas en la psicología clínica.

MARILIA ANCONA LOPES (Brasil) :: A ética na prática clínica das questões religiosas.:: La ética en la práctica clínica de las cuestiones religiosas.

MARIA LUIZA SCROSOPPI PERSICANO (Brasil) COORDeNADOR/COORDINADOR: ÊNIO BRITO PINTO (Brasil)

O self do psicoterapeuta.el self del psicoterapeuta. MARIA VILMA CHIORLIN (Brasil)

O brinquedo e o espaço energético na relação terapeuta-brinquedo-criança.el juego y el espacio energético en la relación terapeuta-juego-niño.BRASILDA ROCHA (Brasil)

Arte-psicoterapia: cores, símbolos, imagens e formas com expressão desi e caminho de autoconhecimento.psicoterapia de arte: colores, símbolos, imágenes y formas con expresiónde ruta de autoconocimiento.SELMA CIORNAI (Brasil)MARIA BETANIA PAES NORGREN (Brasil)

19 agosto :: Programação/Programación

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10 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Horário Local Atividade

16h00 - 17h30

16h00 - 17h30

16h00 - 17h30

6h00 - 17h30

16h00 - 17h30

TA

Sala 301

Sala 302

Sala 303

Sala 305

134poster

144Comunicação oral/Comunicación oral

154Comunicação oral/Comunicación oral

164Comunicação oral/Comunicación oral

174Comunicação oral/Comunicación oral

CO16:: Reatividade e evitação no DSM-5: uma análise dos critérios diagnósticos dostranstornos de personalidade e seu modelo alternativo. área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.TULIO R. T. PEIXOTOCO18:: Características del self en pacientes con transtorno obsesivo compulsivo: unaaproximación desde enfoque integrativo supraparadigmatico.área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.TEXIA BEJER TAJMUCH CO65:: transferência e contra-transferência na psicoterapia de pacientes bordelines.área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.ELIANA DE OLIVEIRA TEIXEIRACO70 :: psicoterapia basada em la mentalización.área temática: 11. psicoterapia e psicopatologiaGUSTAVO LANZA CASTELLICOORDeNADORA/Coordinadora: RACHEL ZAUSNER SKARBNIK (Brasil)

CO03:: Da escuta e do silêncio: uma outra possibilidade compreensiva para a Daseinsanalyse.área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.GUILHERME CONTI MARCELLOCO04 :: A psicoterapia breve na abordagem gestáltica: discutindo preconceitos. área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.ÊNIO BRITO PINTOCO15 :: Diálogos entre Rudolf Steiner e Jacob Levy Moreno- Reflexões para a práxispsicoterapêutica, a partir da Antroposofia e do psicodrama.área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.DENISE SILVA NONOYA CO42 :: O que é psicoterapia? uma perspectiva comportamental contemporânea.área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.THIAGO PACHECO DE ALMEIDA SAMPAIOCOORDeNADOR/Coordinador: TALES VILELA SANTEIRO (Brasil)

CO05 :: A expressão da socialização juvenil a partir do rap.Comunicación oral área temática: 14. psicoterapia e as Artes.CLÁUDIA YAÍSA GONÇALVES DA SILVA, IVONISE FERNANDES DA MOTTA.CO17 :: Desastres e perdas na família: análise do filme a Indomável Sonhadora.área temática: 14. psicoterapia e as Artes.ELISÂNGELA DE MELO PAES LEME DE MENEZES, MARIA HELENA PEREIRA FRANCOCO44 :: Corpos marcados: Arte e testemunho.área temática: 14. psicoterapia e as Artes.Ida Kublikowski, Cibele L. Barbará, Isabela G. R. Hispagnol, Maria de Lourdes T. Neves, Sandro J. S. Leite.CO50 :: psicoterapia, Diálogo e Arte - uma visão da Gestalt-terapia.área temática: 14. psicoterapia e as artes.Lara Danyla Freitas Garcia SantosCOORDeNADORA/COORDINADORA: RACHEL ZAUSNER SKARBNIK (Brasil)

CO41 :: Genograma: instrumento mediador no trabalho com idosos hIV+

área temática: 16. psicoterapia e equipe interdisciplinar.MARIA IRENE FERREIRA LIMA NETA, EDNA MARIA SEVERINO PETERS KAHHALECO51 :: O amor patológico sob o enfoque da Gestalt-terapia.área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.ARMINDA BRITO DE SOUSA, MS. LUIZA COLMÁN, MS. DANILO SUASSUNA, ISADORASAMARIDI, BÁRBARA MAGALHãES, FABIANNE OLIVEIRA, JOACYLANNY ARAÚJO.CO60 :: planos de Saúde - o desafio das novas configurações do atendimento psicoterápico. área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.HELEN C.D. SPANOPOULOS, SONIA PIRES.CO71 :: psicoterapia em Saúde Suplementar: impasses e desafios práticos e éticos.área temática: 7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública e politicas públicas.ALEXANDRE TRZAN ÁVILA, EDUARDO FRIEDERICHS HOFFMANN, TATIANE BAGGIO, SIMONE BAMPI.COORDeNADOR/Coordinador: HENRIQUE J. LEAL F. RODRIGUES (Brasil)

Programação/Programación :: 19 agosto

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::11

Horário Local Atividade

16h00 - 17h30

16h00 - 17h30

16h00 - 17h30

Sala 307

Sala 308

Sala 309

184Comunicação oral/Comunicación oral

194Comunicação oral/Comunicación oral

204Comunicação oral/Comunicación oral

CO56 :: A psicologia econômica como contribuição às psicoterapias.área temática: 18. Contribuições Recentes VALÉRIA M. MEIRELLES, ADRIANA RODOPOULOS, MARCIA SOARES, SUELY ONGARO.CO58 :: psicoterapia e Novas tecnologias: uma pesquisa de campo.área temática: 2. psicoterapia, novas tecnologias e mídiasRIBEIRO-ANDRADE, ÉRICA HENRIQUE, PASSOS, MARCO ANTONIO VILLAR DOS; FILHO,SÉRGIO DA SILVA MELLO.CO61 :: A Clínica da Adolescência.área temática: 5. psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos.SANDRA RIBEIRO DE ALMEIDA LOPES, BERENICE CARPIGIANI.CO68 :: uma análise do processo de acolhimento após a identificação das principaisvariáveis psicodinâmicas e psicossociais identificadas em mulheres vítimas de umepisódio de estupro atendidas no hospital pérola byington – São paulo- brasil.área temática :18. Contribuições Recentes FLÁVIA BELLO COSTA DE SOUZA, ROBERTO GARCIA, JEFFERSON DREZZET, DENISE G. RAMOS.COORDeNADORA/Coordinadora: ANA PATRICIA DE SÁ LEITãO PEIXOTO (Brasil)

CO01 :: Na fronteira entre o psicodrama e a Gestalt-terapia: as dinâmicas entre asubjetividade do terapeuta, as comunidades científicas e a articulação teoria e prática.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.ÉRICO DOUGLAS VIEIRA, LUC VANDENBERGHE.CO19 :: estudio preliminar sobre un modelo de intervención psicológica de emergenciapara prevenir internamiento.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.MSTR. PATRICIA AGUIRRE ESPINOZA, MSTR PILAR GUZMÁN PAREDES.CO64 :: Avaliação de mudanças na psicoterapia psicanalítica de crianças.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.CIBELE CARVALHO, GUILHERME PACHECO FIORINI, MARINA BENTO GASTAUD, LUCIARECH GODINHO, VERA REGINA RöHNELT RAMIRESCO69 :: Abandono em psicoterapia psicanalítica na Adolescência: um estudo de processo.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.MARIA CRISTINA VIEWEGER DE MATTOS, GEORGIUS CARDOSO ESSWEIN, ALINE ALVARESBITTENCOURT, SILVIA PEREIRA DA CRUZ BENETTI.COORDeNADORA/CoordinadorA: GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil)

CO33 :: A teoria da psicoterapia psicodramática.área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.ANDRÉA CLAUDIA DE SOUZA, ISABELLA DOS SANTOS TEADA CASSANECO34 :: estudo de processo em psicoterapia psicodinâmica: um caso bordeline.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.SILVIA PEREIRA DA CRUZ BENETTI, SUZANA CATANIO DOS SANTOS NARDI, LISIANEGEREMIA, ALINE ALVARES BITTENCOURT, NATHALIA BOHN DA SILVA .CO39:: Genograma e ecomapa como ferramentas de cuidado em saúde.área temática: 7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública e politicas públicas.EDNA MARIA S. PETERS KAHHALE, THAINÁ GRECO, MIRIAN CONCEIÇãO, BIANCA LEAL, MCRISTINA VICENTIN, ELIZA ROSA.CO59 :: Núcleo de Apoio à Saúde da família: Novo campo de práticas para a psicologia.área temática: 7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública e politicas públicas.ALICE MENEZES, IMS, ANGELA MACHADO, CAROLINA MANSO, DANIELA PIMENTA, KALIALVES, KAREN ATHIÉ, SANDRA FORTES.COORDeNADOR/Coordinador: JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil)

19 agosto :: Programação/Programación

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12 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Horário Local Atividade

16h00 - 17h30

18h00 - 19h00

19h00 - 20h30

Sala 310

Teatro

Teatro

214Comunicação oral/Comunicación oral

224Solenidade deAbertura/aperturasolemne

234Conferência de abertura/Conferencia de apertura.

CO.07 :: Dinâmica de Grupo Focal como estratégia de pré-testar a compreensão de casosclínicos fictício-projetivos e perguntas de pesquisa.área temática: 9. psicoterapia e processos grupais.FLAVIA BELLO COSTA DE SOUZA, ROBERTO GARCIA, FERNANDO LEFEVRE, ANALICE DE OLIVEIRA.CO28 :: Integração entre pesquisa e prática clínica psicanalítica: um estudo ilustrativo.área temática: 8. psicoterapia em diferentes instittuições.ALINE ÁLVARES BITTENCOURT, FERNANDA BARCELLOS SERRALTA.CO48 :: Laços e Amarras Conjugais. transformações e Mitos.área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.PATRICIA CRISTINA DE CONTI BERTAGLIACO67 :: A respiração diafragmática como preparo para cirurgia: relato de experiência.área temática: 7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública e politicas públicas.MôNICA APARECIDA FERNANDESCOORDeNADORA/Coordinadora: IVONISE FERNANDES DA MOTTA (Brasil)

Solenidade de Abertura.apertura solemne.ALFRED PRITZ (Presidente do WCP) ALEJANDRA PÉREZ (Vice Presidente pela América Latina WCP)ANGELA HILUEY (Coordenadora da Comissão Científica Nacional)EMILIA AFRANGE (Presidente da ABRAP, dos Congressos e Comissão Organizadora)GUILLERMO GARRIDO (Secretário Geral WCP)JOSÉ TOUFIC THOME (Membro Honorário WCP) ORIANA VILCHES-ÁLVAREZ (Coordenadora da Comissão Científica Internacional)SYLVIA MANCHENO DURÁN (Presidente da FLAPSI)

A psicoterapia no século xxI: possibilidades, novas perspectivas, desafios. La psicoterapia en el siglo xxi: posibilidades, nuevas perspectivas y desafíos.GILBERTO SAFRA (Brasil) pReSIDeNte/presidenta: EMILIA AFRANGE (Brasil)

Programação/Programación :: 19 agosto

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::13

20 agosto :: Programação/Programación

Horário Local Atividade

8h30 - 9h00

09h00 - 12h00

12h00 - 13h30

13h30 - 15h30

13h30 - 15h30

13h30 - 15h30

Teatro

Teatro

Teatro

Sala 301

Sala 302

Laban

244Conferênciasinaugurais/Conferenciasinaugurales.

254Almoço/Almuerzo

264Conferências/Conferencias

274Mesa redonda

284Mesa redonda

Laban - Arte do Movimtento no brincar e na Arte. Como Assim?"arte movimtento en Jugar y arte. Qué Quieres decir? "MARIA CECÍLIA - CILô - P. LACAVA Obs.: Em respeito aos participantes, não será permitida a entrada após às 8h40. Precisamente nestehorário, as portas serão fechadas, pois interrupções inviabilizam a concepção do trabalho. A atividade éaberta a todos os participantes do evento e não exige inscrição prévia. Vale a pena conferir!Obs.: En lo que respecta a los participantes, la entrada no está permitida después de la 8:40 a.m ..Precisamente en este momento, las puertas estarán cerradas, debido a interrupciones hacen que seaimposible diseñar el trabajo. La actividad está abierta a todos los participantes del evento y no requiereregistro previo. Vale la pena echarle!

psicoterapia no séc xxI: possibilidades, novas perspectivas, desafios.A psicoterapia no século xxIpsicoterapia en el siglo xxi. La psicoterapia en el siglo xxi:posibilidades, nuevas perspectivas y desafíos.RYAD SIMON (Brasil) Supervisão clínica. uma atualização. supervisión clínica: Una actualización.HECTOR FERNANDEZ ÁLVAREZ (Argentina) A supervisão no contexto da Formação: deslizamentos e enquadre. supervisión en el contexto de la Formación: resbalones y marco.BÁRBARA DE SOUZA CONTE (Brasil)pReSIDeNte/presidenta: SYLVIA MANCHENO DURÁN (Equador)

posmodernidade e psicoterapia. posmodernidad y psicoterapia. LUCIO BALAREZO (Equador)psicoterapia e sua relação com o paradigma da complexidade.psicoterapia y su relación con el paradigma de complejidades.GILDO KATZ (Brasil)pReSIDeNte: JOSÉ MANUEL ROJAS PRADEL (Bolívia)

As pesquisas em psicoterapia. La investigación en psicoterapia. :: Intervenções terapêuticas em pacientes diagnosticados com depressão.

Resultdados da pesquisa. :: interviciones terapéuticas en pacientes diagnosticados con depresión.

resultados de la investigación. PAULA DAGNINO (Chile)

:: pesquisa em psicoterapia: uma proposta integrativa.:: investigación en psicoterapia: Una propuesta integrativa.

VERÓNICA BAGLADI LETELIER (Chile) :: panorama atual das pesquisas em psicoterapia com o psychotherapy process Q-set.:: panorama actual de la investigación en psicoterapia en el psychotherapy process Q-set.

FERNANDA BARCELLOS SERRALTA (Brasil) COORDeNADORA/Coordinadora: VERÓNICA BAGLADI LETELIER (Chile)

As distintas abordagens psicoterapêuticas frente a psicopatologiacontemporânea. Los diferentes abordajes psicoterapéuticos frente a la psicopatologíacontemporánea.:: Mundo moderno, compulsão e psicoterapia. :: el mundo moderno, la coacción y la psicoterapia.

ANA MARIA LOPEZ CALVO DE FEIJOO (Brasil) :: A psicoterapia breve como modalidade de atendimento no campo institucional.:: La psicoterapia breve como una modalidad de atención en el campo institucional.

RYAD SIMON (Brasil):: O atendimento a crianças sob o enfoque da Gestalt.:: La atención de los niños según el enfoque de la gestalt.

LORENA FERNÁNDEZ RODRÍGUEZ (México) COORDeNADORA/Coordinadora: LORENA FERNÁNDEZ RODRÍGUEZ (México)

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14 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Horário Local Atividade

13h30 - 15h30

13h30 - 15h30

13h30 - 15h30

13h30 - 15h30

Sala 303

Sala 305

Sala 307

Sala 308

294Mesa redonda

304Mesa redonda

314Mesa redonda

324Mesa redonda

psicopatologias contemporâneas ou novos recursos psicoterapêuticos deinvestigação?psicopatología contemporánea o nuevas investigaciones y recursospsicoterapéuticos?:: psicoterapia nos transtornos alimentares: Desafios no tratamento da anorexia

nervosa e bulimia. :: psicoterapia en trastornos de la alimentación: desafíos en el tratamiento de la anorexia

nerviosa y la bulimia. MARINA MIRANDA (Brasil)

:: psicanálise somática e Orgonoterapia.:: psicoanálisis somático y orgonoterapia.

NICOLAU MALUF JR. (Brasil) :: psicoterapia e depedência química. :: psicoterapia y depedencia química.

FLÁVIA SEREBRENIC JINGERMAN (Brasil) COORDeNADORA/Coordinadora: IVONISE FERNANDES DA MOTTA (Brasil)

Mudaram as intervenções psicoterapêuticas? Cambios en las intervenciones psicoterapéuticas?:: O perdão no casal e a forma de abordá-lo na psicoterapia.:: el perdón en la pareja y cómo abordarlo en la terapia.

MARIELA GOLBERG (Uruguai) :: transmissão psíquica transgeracional e violência intrafamiliar.:: transmisión psíquica transgeneracional y violencia intrafamiliar.

MARIA LUIZA DIAS GARCIA (Brasil) :: A modernidade da clínica psicorporal em um mundo marcado pelo fundamentalismo.:: La modernidad de la clínica psicorporal en un mundo marcado por el fundamentalismo.

CLAUDIO MELLO WAGNER (Brasil) COORDeNADOR/Coordinador: HENRIQUE J. LEAL F. RODRIGUES (Brasil)

estratégias e táticas no planejamento em psicoterapia. estrategias y tácticas en el planificación en psicoterapia. :: planejamento em psicoterapia de orientação analítica.:: planificación en psicoterapia de enfoque analítico.

JOSÉ RICARDO PINTO DE ABREU (Brasil):: As políticas públicas e o atendimento psicoterapêutico.:: Las políticas públicas y la atención psicoterapéutica

MARIA ERMÍNIA CILIBERTI (Brasil) :: terapia Dialógica: A perspectiva construcionista social e práticas colaborativas. :: terapia dialógica: a perspectiva construccionista social y las prácticas colaborativas.

ORIANA VILCHES-ÁLVAREZ (Chile) COORDeNADOR/Coordinador: JOSÉ RICARDO PINTO DE ABREU (Brasil)

Formação e prática em psicoterapia.La formación y práctica en psicoterapia.:: Formação em psicoterapia breve voltada ao atendimento em diferentes contextos e adiferentes grupos de pacientes nas modalidades breve e em grupo. :: Formación en psicoterapia breve enfocada en la atención en diferentes contextos y paradiferentes grupos de pacientes. modalidades breves y grupales.

GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil) :: processos grupais de orientação psicanalítica./:: procesos grupales de orientación psicoanalítica.

WALDEMAR FERNANDES (Brasil) :: A especialização em psicoterapia Cognitivo comportamental da universidade San pedro.:: La especialización en psicoterapia Cognitivo comportamental en la Universidad san pedro.

LUIS OSWALDO PÉREZ FLORES (Peru) COORDeNADORA/COORDINADORA: GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil)

Programação/Programación :: 20 agosto

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::15

20 agosto :: Programação/Programación

Horário Local Atividade

13h30 - 15h30

13h30 - 15h30

15h30 - 16h00

16h00 - 18h00

16h00 - 18h00

16h00 - 18h00

16h00 - 18h00

16h00 - 18h00

16h00 - 18h00

16h00 - 18h00

Sala 309

Sala 310

TA

TA

Teatro

Sala 301

Sala 302

Sala 303

Sala 305

Sala 307

334Mesa redonda

344Mesa redonda

4Intervalo

4pôster

354Discussão de caso clínico anônimo. discusión de casoclínico anónimo.

364Workshop/taller

374Workshop/taller

384Workshop/taller

394Workshop/taller

404Workshop/taller

O psicodiagnóstico na prática clínica.:: psicodiagnóstico interventivo e a clínica winnicottiana.:: ntervención psicodiagnóstica en la clínica winnicottiana.

MARIA DE BETÂNIA PAES NORGREN (Brasil) :: psicodiagnóstico na prática clínica com crianças e adolescentes.:: psicodiagnóstico en la práctica clínica con niños y adolescentes.

AMELIA THEREZA DE MOURA VASCONCELLOS (Brasil) :: Diagnóstico multidimensional em psicoterapia. Fundamentos desde Neurociências a

psiconeuroinmunoendocrinología (pNIe).:: diagnóstico multidimensional en psicoterapia. Fundamentos desde las neurociencias y la

psiconeuroinmunoendocrinología (pnie).MARGARITA DUBOURDIEU (Uruguai)

COORDeNADOR/COORDINADORA: MARGARITA DUBOURDIEU (Uruguai)

O atendimento terapêutico em diferentes tipos de Instituições.La atención terapéutica en diferentes tipos de institución.:: O atendimento terapêutico em hospitais. :: La atención terapéutica en hospitales

MATHILDE NEDER (Brasil):: A psicoterapia na atenção primária. :: La psicoterapia en la atención primaria.

ALEJANDRA PÉREZ (Argentina):: O atendimento terapêutico no Ambulatório de prematuros da uNIFeSp-epM.:: La atención terapéutica en el ambulatorio de prematuros de UniFesp-epm.

EMILIA AFRANGE (Brasil) COORDeNADORA/Coordinadora: ALEJANDRA PÉREZ (Argentina)

é indicado o encaminhamento para avaliação psiquiátríca? Medicação epsicoterapia potencializando a intervenção terapêutica?está indicada la referencia a una evaluación psiquiátrica? La medicacióny la psicoterapia mejora la intervención terapéutica?DebAteDOR: RICARDO WERNER SEBASTINI (Brasil) DebAteDORA: CARMEM BEATRIZ NEUFELD (Brasil)CO-DebAteDOR: RICARDO FRANZIN (Brasil)MODeRADOR: JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil)

terapia individual fenomenológico-existencial (Daseinsanalyse)terapia individual fenomenológico-existencial (daseinsanalyse)PAULO EDUARDO RODRIGUES ALVES EVANGELISTA (Brasil)

Abordagem multidisciplinar no tratamento da Drogadição. enfoque multidisciplinar en el tratamiento de la drogadicción.IZABEL CRISTINA FERRAZ SUANO e equipe (Brasil)

psicoterapia com pacientes e familiares candidatos a transplante de órgãos. psicoterapia con pacientes y familiares de los candidatos a transplantede órganos.NICOLE CAMPAGNOLO (Brasil)

Supervisor de estágio – uma identidade em construção... supervisor de prácticas - Una identidad em construcción ...ROSÉLIA BEZERRA PAPARELLI (Brasil)

A linguagem do afeto: como o amor modela nossa vida? el lenguaje del amor: cómo el afecto da forma a nuestra vida?ANA PATRÍCIA PEIXOTO (Brasil)

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16 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Horário Local Atividade

16h00 - 18h00

16h00 - 18h00

16h00 - 18h00

18h10 - 19h40

Sala 308

Sala 309

Sala 310

Teatro

414Workshop/taller

424Workshop/taller

434Workshop/taller

43A4Comunicação Oral/Comunicación oral

A construção do planejamento através de casos clínicos.La construcción de la planificación a través de los casos clínicos.JOSÉ RICARDO PINTO DE ABREU (Brasil)GILDO KATZ (Brasil)

transtornos alimentares, anorexia nervosa, bulimia nervosa e vigorecia:Famílias e características.transtornos alimentarios, anorexia nerviosa, bulimia nerviosa y vigorecia:Características e familiares.HELENA CENTENO HINTZ (Brasil)IEDA ZAMEL DORFMAN (Brasil)

Desenvolvimento de habilidades emocionais para adolescentes.desarrollo de habilidades emocionales en adolescentes.THELMA LETICIA GARCÍA BANDA (México)

CO13 :: psicoterapia psicanálita; Crianças e pais.área temática: 11. psicoterapia e psicopatologiaLUIZ RONALDO DE FREITAS DE OLIVEIRA, VERA REGINA RöHNELTH RAMIRES.CO21 :: O idoso e o ciclo de violência- psicoterapia de suporte .área temática: 12. psicoterapia e violência.GIOVANA KREUZ, MARIA HELENA PEREIRA FRANCO.CO25 :: estratégias de resolução de conflitos em casamentos de longa duração:apontamentos para a clínica de casal.área temática: 5. psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos.FABIO SCORSOLINI-COMIN, JÚNIA DENISE ALVES-SILVA, MANOEL ANTôNIO DOS SANTOS.CO53 :: Intervenção grupal com mulheres que tiveram sua gestação decorrente deviolência sexual.área temática: 12. psicoterapia e violência. SILVIA RENATA LORDELLO, LIANA FORTUNATO COSTA.COORDeNADORA/Coordinadora: RACHEL ZAUSNER SKARBNIK (Brasil)

Programação/Programación :: 20 agosto

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::17

Horário Local Atividade

09h00 - 12h00

12h00 - 13h30

13h30 -15h30

13h30 -15h30

13h30 -15h30

Teatro

Teatro

Sala 301

Sala 302

444ConferênciaMagistral e MesaRedonda

454Almoço/Almuerzo

464Conferências/Conferencias

474Mesa redonda

484Mesa redonda

Conferência Magistral:: políticas de Saúde para a psicoterapia.:: políticas de salud para la psicoterapia.

DAVID UIP (Brasil)Secretário de Saúde do Estado de São Paulo

Mesa Redonda psicoterapia para dependentes em drogas. psicoterapia para dependientes de drogas. :: psicoterapia para drogra-aditos: possibilidades e resultados.:: psicoterapia para drogra-adictos: posibilidades y resultados.

GUILLERMO GARRIDO (Panamá) :: políticas de Saúde para o tratamento do Crack.:: políticas de salud para el tratamiento del Crack .

SERGIO SEIBEL (Brasil):: tratamento e suas complicações para usuários de maconha.:: tratamiento y complicaciones para los usuarios de marijuana.

CIRILO TISSOT (Brasil)MODeRADOR: JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil)

Seis fatores-chave para mudanças psíquicas (e como terapeutas podem utilizá-los na clínica).seis factores clave para cambios mentales (y como terapeutas pueden utilizarlos en la clínica).LUIS ALBERTO HANNS (Brasil) trabalho clínico em equipe multidisciplinar.trabajo clínico en el equipo transdisciplinarioMARIA INÊS BADARÓ MOREIRA (Brasil) pReSIDeNte/PRESIDENTA: JOSÉ MANUEL ROJAS PRADEL (Bolívia)

Contribuições recentes em psicoterapia.Contribuciones recientes en psicoterapia.:: O Ressentimento e o perdão na psicoterapia de casal.:: el resentimiento y el perdón en la psicoterapia de parejas.

LUIS OSWALDO PÉREZ FLORES (Peru):: psicoterapia breve com vitimas da violência urbana.:: psicoterapia breve con las víctimas de la violencia urbana.

IDA ELIZABETH CARDINALLI (Brasil):: psicoterapia e gerontologia.:: psicoterapia y gerontologia.

MARIA ROSA SPINELLI (Brasil) COORDeNADOR/COORDINADOR: LUIS OSWALDO PÉREZ FLORES (Peru)

prática clínica e os meios de comunicação.práctica clínica y los medios de comunicación.:: Cinema e psicanálise: reflexões acerca das reações filmicas do espectador.:: Cine y el psicoanálisis: reflexiones sobre las reacciones fílmicos del espectador.

MOISÉS FERNANDES LEMOS (Brasil):: trabalho de terapia virtual e relaxamento sistemático em estudantes com fobia social.:: trabajo de terapia virtual y la relajación sistemática para estudiantes con fobia social.

SISSI GRYZBOWSKI GAÍNZA (Bolívia) ROSA FLORES MORALES (Bolivia) co-autora

:: O uso do Facebook por estagiários de psicologia Clínica: estudo exploratório.:: el uso del Facebook por estagiários de psicología Clínica: estudio exploratório.

TALES VILELA SANTEIRO, JARDEL GUIMARãES CARNEIRO (Brasil)COORDeNADORA/Coordinadora: SISSI GRYZBOWSKI GAÍNZA (Bolívia)

21 agosto :: Programação/Programación

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18 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Horário Local Atividade

13h30 -15h30

13h30 -15h30

13h30 -15h30

13h30 -15h30

Sala 303

Sala 305

Sala 307

Sala 308

494Mesa redonda

504Mesa redonda

514Mesa redonda

524Mesa redonda

A família no século xxI.La família en el siglo xxi.:: Novas configurações familiares contribuições da psicanálise. :: nuevas configuraciones familiares contribuciones del psicoanálisis.

SILVIA PEREIRA DA CRUZ BENETTI (Brasil):: As novas configurações familiares na psicoterapia de casal e de família.:: Las nuevas configuraciones familiares en psicoterapia de parejas y familia.

THELMA LETICIA GARCIA BANDÁ (México):: Relacionamentos familiares na pós-modernidade. :: Las relaciones familiares en la posmodernidad.

HELENA CENTENO HINTZ (Brasil) COORDeNADORA/COORDINADORA: AMELIA THEREZA DE MOURA VASCONCELLOS (Brasil)

Acolhimento, prevenção e rede social.acogida, prevención y red social.:: Acolhimento institucional e adoção: uma interlocução necessária.:: adopción y acogida institucional: Una interlocución necesaria.

MARTHA FRANCO DINIZ HUEB (Brasil):: Narrativas familiares: famílias de idosos com Doença de Alzheimer.:: narrativas familiares: las familias de las personas mayores con enfermedad

de alzheimer.ANGELA HILUEY (Brasil)

:: Representações parentais de prematuridade em um hospital privado na cidade de buenos Aires.(CAbA)

:: representaciones parentales sobre la prematuridad en un hospital privado de la ciudad autónoma de buenos aires.(Caba)EDITH VEGA (Argentina)

COORDeNADORA/Coordinadora: ANGELA HILUEY (Brasil)

quais os fatores que podem garantir a qualidade de uma proposta deformação em psicoterapia?.¿Qué factores pueden garantizar la calidad de una propuesta deformación en psicoterapia?.:: Formação e supervisão do psicoterapeuta: práticas dialógicas e colaborativas.:: Formación y supervisión en psicoterapia: prácticas dialógicas y colaborativas.

ORIANA VILCHES-ÁLVAREZ (Chile) :: A auto revelação do terapeuta. Alcances e limitações.:: La auto-develación del terapeuta: alcances y limitaciones.

HECTOR FERNANDEZ-ÁLVAREZ (Argentina) :: A Importância da supervisão na formação de psicoterapeutas infantis com orientação Gestalt. :: La importancia de la supervisión en la formación de los psicoterapeutas infantiles

con orientación gestalt. LORENA FERNANDEZ RODRÍGUEZ (México) GABRIELA GARCÍA LICEA (México) co-autora

COORDeNADORA/Coordinadora: EMILIA AFRANGE (Brasil)

A contribuição das neurociências.La contribución de las neurociencias.:: Jung e suas relações com a ciência moderna.:: Jung y sus relaciones con la ciencia moderna.

TERESA MACHADO (Brasil) AUREA AFONSO CAETANO co-autora (Brasil)

:: Neurociência e resiliência.:: neurociencia y resiliencia.

GIOCONDA MEDRANO (Venezuela) :: Interface - psicoterapia e neurociências.:: interfaz -psicoterapia y neurociencias.

MARIA APARECIDA MELLO (Brasil) COORDeNADORA/Coordinadora: RôDE SOARES (Brasil)

Programação/Programación :: 21 agosto

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::19

Horário Local Atividade

13h30 -15h30

13h30 -15h30

15h30 -16h00

16h00 - 18h00

16h00 - 18h00

16h00 - 18h00

16h00 - 18h00

Sala 309

Sala 310

TA

TA

Teatro

Sala 301

Sala 302

534Mesa redonda

544Mesa redonda

4Intervalo

4pôster

554Discussão de casoclínico anônimo/discusión anónimacaso clínico

564Workshop/taller

574Comunicação oral/Comunicación oral

psicoterapia, diversidade sexual e processos de inclusão.psicoterapia, diversidad sexual y procesos de inclusión.:: entrecruzamentos políticos, psicoterapia e diversidade sexual: ética,

laicidade e promoção de direitos.:: entrecruzamientos políticos, psicoterapia y diversidad sexual:ética,

laicicidad y promoción de derechos.PEDRO PAULO GASTALHO DE BICALHO (Brasil)

:: papel da psicoterapia focada na sexualidade com diversidade sexuais e inclusões.:: papel de la psicoterapia focalizada en la sexualidad considerando la diversidad

sexual y la inclusión.OSWALDO M. RODRIGUES JR. (Brasil)

COORDeNADOR/Coordinador: LUCIO BALAREZO (Equador)

Novas tecnologias e a prática clínica.nuevas tecnologías y la práctica clínica.:: Reflexão sobre as práticas psicoterápicas em ambiente mediado por tecnologias.:: reflexión sobre las prácticas psicoterapéuticas en el ambiente mediado

por tecnologías.ALEXANDRE TRZAN ÁVILA (Brasil)

:: O enquadre terapêutico e as novas tecnologias. :: el encuadre terapéutico y las nuevas tecnologias.

MELVA PALACIOS DE MON (Panamá) :: A prática clinica com crianças e adolescentes na era da Internet.:: La práctica clínica con niños y adolescentes en la era del internet.

BEATRIZ FERNANDES (Brasil) COORDeNADORA/Coordinadora: MELVA PALACIOS DE MON (Panamá)

:: qual a modalidade terapêutica a ser indicada em função dos dados do psicodiagnósticoinfantil apresentado.

:: Cual modalidad terapéutica debe ser indicada en función de la presentación delos datos del psicodiagnóstico infantil.

DebAteDORA 1: AMELIA THEREZA DE MOURA VASCONCELLOS (Brasil) DebAteDORA 2: MYRIAN BOVE FERNANDES (Brasil) MODeRADORA: MARIA ROSA SPINELLI (Brasil)

A psicoterapia psicodramática.La psicoterapia psicodramática.AutORA: MôNICA R. MAURO (Brasil)CO-AutORA: ANDREA CLÁUDIA DE SOUZA (Brasil)

CO02 :: A validação do luto na deficiência física.área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.CAMILA CARRASCOZA VASCO, MARIA HELENA PEREIRA FRANCO.CO37 :: O que é psicoterapia do ponto de vista cognitivo narrativo.área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.RODRIGO PACHECO DE ALMEIDA SAMPAIO.CO43 :: O sofrimento psicológico e a natureza humana: um olhar behaviorista(contextualista funcional).área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.THIAGO PACHECO DE ALMEIDA SAMPAIO.CO45 :: teoria e Clínica psicanalítica: correlações emergentes do registro do discurso.área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.RIBEIRO ANDRADE, ÉRICA HENRIQUE. COORDeNADORA/Coordinadora: MATHILDE NEDER (Brasil)

21 agosto :: Programação/Programación

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20 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Horário Local Atividade

16h00 - 18h00

16h00 - 18h00

16h00 - 18h00

16h00 - 18h00

Sala 303

Sala 305

Sala 307

Sala 308

584Comunicação oral/Comunicación oral

594Comunicação oral/Comunicación oral

604Comunicação oral/Comunicación oral

614Comunicação oral/Comunicación oral

CO14 :: Relato de Caso Clínico- Manejando um luto complicado.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.GABRIELLA COSTA PESSOA, GIOVANA KREUZ, MARIA HELENA PEREIRA FRANCO.CO46 :: bioética na Reprodução humana Assistida - Os impactos éticos e emocionais nadoação de embriões: Narrativas familiares.área temática:18. Contribuições Recentes CYNTHIA SILVA MACHADO, HELEN RAIZ BARBOSA ENGLER.CO49 :: empreendedorismo: um possível caminho para a ampliação da consciência.área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.PATRICIA CRISTINA DE CONTI BERTAGLIA.CO66 :: O trabalho da Díade terapeuta-paciente na AeDp-Neuropsicoterapiaárea temática:18. Contribuições Recentes.MARIA CÂNDIDA SOBRAL SOARES.COORDeNADORA/Coordinadora: ANA PATRÍCIA DE SÁ LEITãO PEIXOTO (Brasil)

CO10 :: entre o dito e o vivido: dilemas da transição para a vida adulta na psicoterapia.área temática: 5. psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos.CLARISSA MAGALHãES RODRIGUES SAMPAIO, IDA KUBLIKOWSKI.CO23 :: prática clínica autônoma: aspectos administrativos e financeiros.área temática: 3.psicoterapia e processos de formaçãoVALÉRIA MARIA MEIRELLES.CO57 :: A redesignação que não é apenas Sexual: alterações no campo familiar em eintervenções em Gestalt-terapia.área temática: 10. psicoterapia, diversidade sexual e processos de inclusão.GR. GUSTAVO VINICIUS MARTINS LEAL , ESP. ARMINDA BRITTO, MS. DANILO SUASSUNA,JANICRIS RESENDE, DRA. MARILUZA TERRA SILVEIRA, MS. LUIZA TERRA COLMA.COORDeNADORA/Coordinadora: RôDE SOARES (Brasil)

CO20 :: Suporte ao paciente oncológico idoso hospitalizado – Reflexões sobre o manejopsicoterápico.área temática: 8. psicoterapia em diferentes instittuições.GIOVANA KREUZ, MARIA HELENA PEREIRA FRANCOCO22 :: Método tatadrama: o papel social da gestante emergindo do ato de brincar.área temática: 9. psicoterapia e processos grupais.ELISETE LEITE GARCIACO26 :: Saúde e cuidado na espiritualidade: a clínica etnopsicológica em terreiro de umbanda.área temática: 8. psicoterapia em diferentes instituições.FABIO SCORSOLINI-COMINCO27 :: práticas Clínicas e valores espirituais: relato de experiência de um serviço de psicologia em uma faculdade confessional.área temática: 8. psicoterapia em diferentes instituições.JESSICA SOUSA SILVA, IDA KUBLIKOWSKICOORDeNADOR/COORDINADOR: ELISETE LEITE GARCIA (Brasil)

CO08 :: A prática sexual de risco de homens que fazem sexo com homens vivendo com hIV.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.ROBERTO GARCIA, DENISE GIMENEZ RAMOSCO38 :: panorama dos profissionais de psicologia nos planos de Saúde do Rio Grande do Sul.área temática:7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública e politicas públicasEDUARDO FRIEDERICHS HOFFMANN.CO47 :: Consequências emocionais de um episódio de estupro na vida de mulheres adultas. área temática: 12. psicoterapia e violência.FLAVIA BELLO COSTA DE SOUZA, ROBERTO GARCIA, JEFFERSON DREZZET, DENISE G. RAMOS.CO71 :: el acompañamiento terapéutico como recurso psicoterapéutico con personas en situación de dependencia.área temática: 11 psicoterapia e psicopatologia. MÓNICA MEJIA PACHECO COORDeNADORA/COORDINADORA: GRAZIETA BOTELHO MEGALE(Brasil)

Programação/Programación :: 21 agosto

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::21

Horário Local Atividade

16h00 - 18h00

16h00 - 18h00

18h10 - 20h00

20h15 - 22h00

Sala 309

Sala 310

Teatro

Teatro

624Comunicação oral/Comunicación oral

634Comunicação oral/Comunicación oral

63A4Comunicação oral/Comunicación oral

teatro de Repriseteatro de reprise

CO06 :: terapia Daseinsanalítica de uma senhora com afasia de expressão devido a AVCs– o resgate de uma história pelo compartilhar comunicativo.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.PAULO EDUARDO RODRIGUES ALVES EVANGELISTA.CO55 :: efectividad de un programa terapéutico aplicado a un grupo de adolescentesinfractores albergados en un centro juvenil de atención integral.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.JOSÉ MOGROVEJO SÁNCHEZ.CO62 :: A terapeuta Grávida no processo psicoterápico psicanalítico de Crianças.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.FERNANDA MUNHOZ DRIEMEIER SCHMIDT, VERA REGINA RöHNELT RAMIRES.CO63 :: A relação entre processo e resultado na psicoterapia psicanalítica: Resultadospreliminares de um estudo de caso sistemático.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.PRICILLA BRAGA LASKOSKI, FERNANDA BARCELLOS SERRALTA, CLÁUDIO LAKS EIZIRIK.COORDeNADORA/COORDINADORA: GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (BRASIL)

CO09 :: Devolvendo os pais à criança: uma nova modalidade de consulta terapêutica.área temática: 9. psicoterapia e processos grupais.LELIANE MARIA APARECIDA GLICOSE MOREIRA. CO11 :: Os desafios e a potência de uma clínica psicanalítica grupal no mundocontemporâneo.área temática: 9. psicoterapia e processos grupais.THAÍS SELTZER GOLDSTEIN.CO40 :: Vivência de vulnerabilidade entre idosos que vivem com hIV/Aids.área temática:7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública e politicas públicas.MARIA IRENE FERREIRA LIMA NETA, EDNA MARIA SEVERINO PETERS KAHHALE.CO54 :: psicoterapia de adolescentes numa perspectiva sistêmica: incluindo a família noatendimento grupal.área temática: 5 . psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos. ou 9. psicoterapia eprocessos grupais.SILVIA RENATA LORDELLO.COORDeNADOR/Coordinador: HENRIQUE J. LEAL F. RODRIGUES (Brasil)

CO12 :: A entrevista psicológica com técnica projetiva no contexto do hIV/AIDS.área temática: 18. Contribuições Recentes.ROBERTO GARCIA, DENISE GIMENEZ RAMOS.CO24 :: A representação do vitiligo em intervenção psicológica grupal.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia AUGUSTA RENATA ALMEIDA DO SACRAMENTO, IDA KUBLIKOWSKI .CO30 :: Análise clínica e empírica de um caso de interrupção precoce em psicoterapia psicanalítica.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia .LÍVIA FRAÇãO SANCHEZ, CLARICE KERN RUARO, PRICILLA BRAGA LASKOSKI, RAFAELWELLAUSEN, SILVIA PEREIRA DA CRUZ BENETTI, FERNANDA BARCELLOS SERRALTA.CO32 :: trauma em Crianças em Acolhimento Institucional: Avaliação e transformação pormeio do processo psicoterapêutico da terapia do Sandplay.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia .REINALDA MELO DA MATTA,DENISE GIMENEZ RAMOS.CO36 :: Sofrimento psicológico e a natureza humana: um olhar cognitivo narrativo.RODRIGO PACHECO DE ALMEIDA SAMPAIO.COORDeNADORA/COORDINADORA: MARIA ROSA SPINELLI (Brasil)

ROSANe RODRIGueS e o Grupo Improvise.(brasil)

21 agosto :: Programação/Programación

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22 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Horário Local Atividade

09h00 - 10h30

09h00 - 10h30

09h00 - 10h30

09h00 - 10h30

09h00 -10h30

09h00 -10h30

Teatro

Sala 301

Sala 302

Sala 303

Sala 305

Sala 307

644Discussão de casoclínico anônimo/discusión anónimacaso clínico

654pôsteres premiados

664Roda de Conversa/rueda de Conversación

674Comunicação Oral/Comunicación oral

684Mesa Redonda

694Mesa redonda

O atendimento terapêutico frente ao segredo: como proceder.La atención terapéutica frente al secreto: Cómo proceder.DebAteDORA: HELENA CENTENO HINTZ (Brasil) DebAteDORA: EDITH VEGA (Argentina)MODeRADORA: ANGELA HILUEY (Brasil)

COORDeNADOReS/COORDINADORES: TALES VILELA SANTEIRO (Brasil); GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil); ANGELA HILUEY (Brasil)

Modelo de educação do IAMb - Instituto Agricola de Menores de batatais.modelo de educación do iamb - instituto agricola de menores de batatais.ABILIO BARBOSA DA SILVA (Brasil) JORGE BROIDE (Brasil)RITA SEIXAS (Brasil)SONIA MARIA B. A. PARENTE (Brasil)

CO29 :: processo de Mentalização e Contratransferência.área temática: 11. psicoterapia e psicopatologiaELIANA RIBERTI NAZARETH.CO31 :: psicoterapia psicanalítica do paciente psicossomático.área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.MARIA BEATRIZ SIMõES ROUCO.CO35 :: Corpo na psicanálise.área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.YOSHIAKI OHKI.COORDeNADOR/Coordinador: YOSHIAKI OHKI (Brasil)

Século xxI: a imagem do pai e mãe na prática clínica.siglo xxi: la imagen del padre y la madre en la práctica clínica.:: Imagens do pai na clínica - funções paternas e expressões do pai no

contexto psicoterápico. :: imágenes del padre en la clínica - funciones del padre y expresiones en el

contexto psicoterapéutico.DURVAL LUIZ DE FARIA (Brasil)

:: A psicoterapia de questões maternas nos sonhos.:: Questiones maternas en sueños en la psicoterapia.

MARION RAUSCHER GALLBACH (Brasil):: A influência das relações entre pais e filhos nas trajetórias empreendedoras:

uma visão junguiana.:: La influencia de las relaciones entre padres y hijos en una carrera empresarial:

Una visión de Jung.PATRICIA CRISTINA DE CONTI BERTAGLIA (Brasil)

COORDeNADORA/Coordinadora: GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil)

psicoterapia contemporânea.psicoterapia contemporánea.:: A psicoterapia de pacientes em trânsito.:: La psicoterapia en los pacientes en tránsito.

GLEY P. COSTA (Brasil) :: A influência da psicoterapia na flexibilização do setting na análise clássica.:: La influencia de la psicoterapia en la flexibilización del setting, en el análisis clásico.

JOSÉ LUIZ PETRUCCI (Brasil) :: "e Dodô tinha mesmo razão ...":: "y dodó tenía razón ..."

REGINA PONTES (Brasil) COORDeNADORA/Coordinadora: SYLVIA MANCHENO DURÁN (Equador)

Programação/Programación :: 22 agosto

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::23

22 agosto :: Programação/Programación

Horário Local Atividade

09h00 -10h30

09h00 -10h30

09h00 - 10h30

10h30 - 11h0

11h00 - 14h00

Sala 308

Sala 309

Sala 310

TA

Teatro

704Mesa redonda

714Mesa redonda

724Mesa redonda

4Intervalo

734Solenidade de encerramento/ Cerimonia de Clausura

Desafios psicopatológicos da atualidade.desafíos psicopatológicos de la actualidad.:: psicopatologia experimental:: psicotapología experimental.

ANDRÉ BRAVIN (Brasil) :: psicoterapia na presença da violência. :: psicoterapia en la presencia de la violencia.

CIBELE CARVALHO (Brasil) :: O uso da resiliência na prática clínica.:: el uso de la resiliencia en la práctica clínica.

GEORGE BARBOSA (Brasil) Coordenador/Coordinador: LUIS OSWALDO PÉREZ FLORES (Peru))

psicoterapia e as questões teóricas-filosóficas.psicoterapia y preguntas teórico-filosóficas.:: A filosofia, a ciência e as artes como conexões na formação do psicoterapeuta.:: La filosofía, la ciencia y las artes como conexiones en la formación del psicoterapeuta.

HENRIQUE J. LEAL F. RODRIGUES (Brasil) :: A questão da alteridade: Articulações entre estética, arte e clínica.:: La cuestión de la alteridad: articulación entre la estética, la psicología social y la

clínica psicoanalítica.JOãO FRAYSE-PEREIRA (Brasil)

:: transtorno bipolar e expressão artística.:: trastorno bipolar y expresión artística.

GIOCONDA MEDRANO (Venezuela) COORDeNADORA/Coordinadora: GIOCONDA MEDRANO (Venezuela)

A interpretação- sua importância e seu papel nos métodospsicoterapêuticos da atualidade. La interpretación – su importancia y su papel en los métodospsicoterapéuticos de la actualidad. :: A interpretação na Análise Reichiana :: La interpretación en el análisis reichiano .

MARCUS VINICIUS DE ARAUJO CÂMARA (Brasil) :: Atendimento e manejo psicoterapêutico para pessoas com comportamento suicida.:: atención y manejo psicoterapéutico para personas con comportamiento suicida.

KARINA OKAJIMA FUKUMITSU (Brasil) :: Contratransferência e transgressões em psicoterapia. :: Contratransferencia y transgresiones en psicoterapia.

ELISEO MIGUEL GONZÁLEZ REGADAS (Uruguai) COORDeNADOR/Coordinador: ELISEO MIGUEL GONZÁLEZ REGADAS (Uruguai)

Diálogo sobre as perspectivas Futuras na psicoterapia.diálogo sobre las perspectivas futuras de la psicoterapia.GUILLERMO GARRIDO (Panamá) ALCEU ROBERTO CASSEB (Brasil) pReSIDeNte/presidenta: EMILIA AFRANGE (Brasil): entrega de prêmios aos pôsteres, Certificados e nomeação da nova diretoria da FLApSI.:: entrega de premios a los pôsteres, Certificados y nombramiento de la nueva

dirección de la FLapsi.

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6. Pesquisa em psicoterapia

6. Pesquisa em psicoterapia

6. Pesquisa em psicoterapia

6. Pesquisa em psicoterapia

6. Pesquisa em psicoterapia

6. Pesquisa em psicoterapia

6. Pesquisa em psicoterapia

6. Pesquisa em psicoterapia

6. Pesquisa em psicoterapia

6. Pesquisa em psicoterapia

3. Psicoterapia e processos deformação.

5. Psicoterapia nos diferentesestágios evolutivos.

5. Psicoterapia nos diferentesestágios evolutivos.

5. Psicoterapia nos diferentesestágios evolutivos.

7. Psicoterapia, Saúde, SaúdeMental, Saúde Pública ePoliticas Públicas

3. Psicoterapia e processos deformação.

15. Acolhimento, prevenção e asredes sociais.

7. Psicoterapia, Saúde, SaúdeMental, Saúde Pública ePoliticas Públicas 8.Psicoterapiaem diferentes instituições. 16.Psicoterapia e equipeinterdisciplinar.

3. Psicoterapia e processos deformação.

3. Psicoterapia e processos deformação.

INTERVENÇõES BASEADAS

Depresión: Sus característicasEstruturales y la Relevancia Clínica

A Terapia Cognitivo-Comportamental para o Transtornode Compulsão Alimentar Periódica:uma revisão sistemática

Caracterização da população e doprocesso de psicoterapia breve deadolescentes em uma clínica-escola.

Adesão do processo de umapsicoterapia ao seu protótipo ideal

Avaliação de indicadores dofuncionamento vincular do casal ecritérios para indicação depsicoterapia psicanalítica vincular –Um projeto de pesquisa

A capacidade de mentalização demães de crianças diagnosticadascom Transtorno do Espectro Autista.

Estilos de vínculo depsicoterapeutas que cuidam depacientes terminais

Adesão do processo de umapsicoterapia ao seu protótipo ideal

Estruturas de Interação naPsicoterapia Psicodinâmica deCrianças: Estudos Preliminares

A experiência no estágio clínicosupervisionado de psicologia nocampus campo grande daufms:expectativa versus realidadena relação com o paciente

A associação entre retraímentosocial e dificuldade escolar.

Preparação para a aposentadoriacomo convite à escuta clínica:Aconselhamento psicológico comservidores públicos

Motivos ou explicações para manterum casamento de longa duração:reflexões para a clínica de casal

Psicoterapia psicanalítica paracrianças que enfrentam situação dealienação parental

Experimentos e técnicas deexpressão corporal na formação emPsicoterapia.

Grupo de Acolhimento: Prazer emConhecer-Se

O Psicoterapeuta no Ambulatório dePrematuros da UNIFESP-EPM.

Estagiários de psicologia: primeirasexperiências em atendimento clínico

A representação social do psicólogoe de seu trabalho para os pacientesde uma clínica-escola

Daniel Santos Martins, Thiago P. A. Sampaio

Paula Dagnino

Mônica Aparecida Fernandes

Sandra Ribeiro de Almeida Lopes, Yuri Benigno Claudino e ElizeuCoutinho de Macedo

Fernanda Barcellos Serralta, Carolina Palmeiro Lima, GibsonJuliano Weydmann e Vitória Waikamp

Fernanda Munhoz Driemeier Schmidt, Camila Piva da Costa(Coordenadora), Angela Piva, Gabriela Martins, Mariana Saldanhada Fonseca e Maricéia Duarte Cossio

Marciele Ana Devaliere e Vera Regina Röhnelt Ramires

Marilia Barban e Gláucia Mitsuko A. da Rocha

Fernanda Barcellos Serralta, Carolina Palmeiro Lima, GibsonJuliano Weydmann e Vitória Waikamp

Guilherme Pacheco Fiorini Bruno Matte Dutra, Maiara Castro deFreitas, Vera Regina Röhnelt Ramires (orientadora/coordenadorado projeto)

Lariane Marques Pereira, Mariana Quinziani Leonardo, TiagoRavanello

Yano, Y, Freitas, L.G., Costa, S.

Fabio Scorsolini-Comin, Júnia Denise Alves-Silva, Mayara Colleti

Fabio Scorsolini-Comin, Lúcio Andrade Silva, Manoel Antônio dosSantos

Luiz Ronaldo de Oliveira, Tainá Katiúcia Simor e Simor

Ribeiro-Andrade, Érica Henrique

Irma Oliveira Leite Bulcão, Rosangela Silva Freitas, FernandaBlanco Vidal

Rozane Lapolli Sanz Casseb, Emilia Aparecida Calixto Afrange

Rafael Alberto da Silva, Sandra Ribeiro de Almeida Lopes

Yuri Benigno Claudino, Sandra Ribeiro de Almeida Lopes

Pôster/Poster

Data Nº área temática tema trabalho AutoresLocal: piso tA

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::25

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15. Acolhimento, prevenção e asredes sociais

3. Psicoterapia e processos deformação.

14. Psicoterapia e as Artes

8. Psicoterapia em diferentesinstituições

11. Psicoterapia epsicopatologia

11. Psicoterapia epsicopatologia

17. A vida contemporânea e aspráticas clínicas

8. Psicoterapia em diferentesinstituições

16. Psicoterapia e equipemultidisciplinar

17. A vida contemporânea e aspráticas clínicas

9. Psicoterapia e processosgrupais.

17. A vida contemporânea e aspráticas clínicas

14. Psicoterapia e as Artes

Aconselhamento psicológico e suainserção na pastoral universitária daUniversidade do Vale dp Itajaí(UNIVALI)

O recurso do follow up como práticade encaminhamento implicado paraos equipamentos da rede.

Perdas e luto na família: Análise dofilme Reine Sobre Mim.

Psicoterapia em uma comunidadereligiosa: Aspectos doaconselhamento multiculturalaplicados às intervençõesetnopsicológicas

Modificações e o tempo: a evoluçãoda psicopatologia

Terapia Cognitivo-Comportamentalpara Crianças no Transtorno deDéficit de Atenção e Hiperatividade

A relação mãe e filha e suasimplicações na anorexia nervosa

Modelo Integrado no tratamento dotranstorno de personalidadeBordelaine

Grupo Terapêutico: um relato deexperiência interdisciplinar nohospital psiquiátrico.

O Acompanhamento Terapêuticocomo técnica clínicadesinstitucionalizante

Cuidando do Cuidador: PsicoterapiaGrupal com cuidadores de pacientescom Doença de Alzheimer.

Trabalho de acolhimento aos pais,frente à condição de prematuridadede seus filhos – Sala de espera –Unidade Saúde da Família eComunidade - USFC.

Emoção, sentimento e melancoliana vidad de Oscar Penha

Aline Passos, Ana Paula Karkotli

Sandra Ribeiro de Almeida Lopes (1) Jaqueline Souza Parisoto (2)

Elisangela de Melo Paes Leme Menezes, Maria Helena PereiraFranco

Fabio Scorsolini-Comin

Moema Schifino Linkiwcz, Francelise de Freitas, Aline ÁlvaresBittencourt

Cristina Pilla Della Méa, Tainá Katiúcia Simor e Simor

Catiane Pinheiro da Rosa, Tânia Maria Cemin Wagner

Eliana de Oliveira Teixeira

Marisanta Araujo Nogueira

Igor Nunes Brito, Milena Lisboa

Paula Crivelin Cavinatto

Ana Claudia Fabricio, Chaiane dos Santos, Edmir Junior, EdnaBatista, Kamila Pereira e Larissa Fernanda, Ana Paula Karkotli

Ednalva Queiroz

Data Nº área temática tema trabalho AutoresLocal: piso tA

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26 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Abilio Barbosa da Silva

Alceu Roberto Casseb

Alejandra Pérez

Alexandre Trzan Ávila

Alfred Pritz

Almir Linhares de Faria

Amelia Thereza de Moura Vasconcellos

Ana Maria Lopez Calvo de Feijoo

Ana Patrícia de Sá Leitão Peixoto

André Bravin

Angela Hiluey

Aurea Afonso Caetano

Avelino Luiz Rodrigues

Bárbara de Souza Conte

Beatriz Fernandes

Carmem Beatriz Neufeld

Cintia Bragheto Ferreira

Cirilo Tissot

Claudio Mello Wagner

Dalka Chaves de Almeida Ferrari

David Uip

Durval Luiz de Faria

Edith Vega

Eliseo Miguel González Regadas

Emilia Afrange

Enio Brito Pinto

Fabio Scorsolini

Fernanda Barcellos Serralta

Flávia Serebrenic Jingerman

Gabriela García Licea

George Barbosa

Gilberto Safra

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19h00 às 20h30

Índice Remessivo da Programação Científica/ Índice Remessivo del Programa Científico

Nome Data horário

66 - Roda de Conversa/ Rueda de Conversación

73 - Solenidade de Encerramento / Cerimonia de Clausura

2 - Dialogando Sobre

22 - Solenidade de Abertura / Apertura Solene

34 - Mesa Redonda

54 - Mesa Redonda

22 - Solenidade de Abertura / Apertura Solemne

4 - Dialogando Sobre

33 - Mesa Redonda

49 - Mesa Redonda

55 - Discussão de caso clínico anônimo/Discusión anónima caso clínico

28 - Mesa Redonda

18 - Comunicação Oral / Comunicación Oral

58 - Comunicação Oral / Comunicación Oral

70 - Mesa Redonda

4 - Dialogando Sobre

22 - Solenidade de Abertura / Apertura Solemne

50 - Mesa Redonda

64 - Discussão de caso clínico anônimo./Discusión anónima caso clínico

52 - Mesa Redonda

4 - Dialogando Sobre

24 - Conferências inaugurais / Conferencias Inaugurales

54 - Mesa Redonda

35 - Discussão de caso clínico anônimo / Discusión de caso clínico anónimo

8 - Mesa Redonda

44 - Conferência Magistral e Mesa Redonda

30 - Mesa Redonda

8 - Mesa Redonda

44 Conferência Magistral e Mesa Redonda

68 - Mesa Redonda

50 - Mesa Redonda

72 - Mesa Redonda

22 - Solenidade de Abertura / Apertura Solene

23 - Conferência de Abertura / Conferencia de Apertura

34 - Mesa Redonda

73 - Solenidade de encerramento / Cerimonia de Clausura

2 - Dialogando Sobre

51 - Mesa Redonda

9 - Mesa Redonda

7 - Mesa Redonda

27 - Mesa Redonda

29 - Mesa Redonda

51 - Mesa Redonda

70 - Mesa Redonda

23 - Conferência de Abertura / Conferencia de Apertura

Sessão

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Teatro

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::27

Gildo Katz

Gioconda Medrano Delgado

Glaucia Mitsuko Ataka da Rocha

Gley P. Costa

Guillermo Garrido

Hector Fernandes Álvarez

Helena Centeno Hintz

Henrique J. Leal F. Rodrigues

Ida Elizabeth Cardinalli

Ivonise Fernandes da Motta

Jardel Guimarães Carneiro

João Frayse-Pereira

Jorge Broide

José Luiz Petrucci

José Manuel Rojas Pradel

José Ricardo Pinto de Abreu

José Toufic Thomé

Julio Schruber Filho

Karina Okajima Fukumitsu

Lorena Fernandez Rodriguez

Lucio Balarezo

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16h00 às 17h30

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13h30 às 15h30

Nome Data horário

26 - Conferências/Conferencias

2 - Dialogando Sobre

7 - Mesa Redonda

52 - Mesa Redonda

71 - Mesa Redonda

19 - Comunicação Oral /Comunicación Oral

62 - Comunicação Oral /Comunicación Oral

68 - Mesa Redonda

32 - Mesa Redonda

69 - Mesa Redonda

6 - Mesa Redonda

44 - Conferência Magistral e Mesa Redonda

73 - Solenidade de encerramento / Cerimonia de Clausura

24 - Conferências inaugurais / Conferencias Inaugurales

51 - Mesa Redonda

49 - Mesa Redonda

64 - Discussão de caso clínico anônimo./Discusión anónima caso clínico

17 - Comunicação Oral / Comunicación Oral

30 - Mesa Redonda

63 - Comunicação Oral / Comunicación Oral

71 - Mesa Redonda

47 - Mesa Redonda

5 - Mesa Redonda

21 - Comunicação Oral / Comunicación Oral

29 - Mesa Redonda

61 - Comunicação Oral / Comunicación Oral

48 - Mesa Redonda

71 - Mesa Redonda

66 - Roda de Conversa/ Rueda de Conversación

69 - Mesa Redonda

2 - Dialogando Sobre

26 - Conferências/Conferencias

31 - Mesa Redonda

8 - Mesa Redonda

20 - Comunicação Oral / Comunicación Oral

22 - Solenidade de Abertura / Apertura Solemne

35 - Discussão o de caso clínico anônimo / Discusión de caso clínico anónimo

44 Conferência Magistral e Mesa Redonda

5 - Mesa Redonda

72 - Mesa Redonda

51 - Mesa Redonda

2 - Dialogando Sobre

28 - Mesa Redonda

26 - Conferências/Conferencias

33 - Mesa Redonda

53 - Mesa Redonda

Sessão

Teatro

Teatro

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Teatro

Teatro

Teatro

307

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303

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302

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Teatro

Teatro

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Teatro

Teatro

Teatro

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Teatro

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Sala

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28 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia28 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Luis Alberto Hans

Luis Oswaldo Pérez Flores

Luiz Eduardo Valiengo Berni

Marcelo Nicaretta

Marcus Vinicius de Araujo Câmara

Margarita Dubourdieu

Maria Aparecida Mello

Maria Ermínia Ciliberti

Maria Inês Badaró Moreira

Maria Luiza Dias Garcia

Maria Luiza Scrosoppi Persicano

Maria Rosa Spinelli

Mariela Golberg

Marilia Ancona Lopes

Marina Miranda

Marion Rauscher Gallbach

Marluce Muniz de Souza Pedro

Martha Franco Diniz

Mathilde Neder

Melva Palacios de Mon

Moisés Fernandes Lemos

Myriam Bove Fernandes

Nicolau Maluf Jr.

Oriana Vilches-Álvarez

Oswaldo M. Rodrigues Jr.

Patrícia Cristina de Conti Bertaglia

Paula Dagnino

Pedro Paulo Gastalho de Bicalho

Rachel Zausner Skarbinik

21/8

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13h30 às 15h30

09h00 às 12h00

13h30 às 15h30

13h30 às 15h30

09h00 às 10h30

13h30 às 15h30

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18h10 às 19h40

09h00 às 12h00

13h30 às 15h30

13h30 às 15h30

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16h00 às 18h00

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13h30 às 15h30

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13h30 às 15h30

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13h30 às 15h30

13h30 às 15h30

09h00 às 10h30

13h30 às 15h30

13h30 às 15h30

16h00 às 17h30

18h10 às 19h40

Índice Remessivo da Programação Científica/ Índice Remessivo del Programa Científico

Nome Data horário

46 - Conferência/Conferencia

2 - Dialogando Sobre

32 - Mesa Redonda

47 - Mesa Redonda

70 - Mesa Redonda

5 - Mesa Redonda

7 - Mesa Redonda

72 - Mesa Redonda

2 - Dialogando Sobre

33 - Mesa Redonda

52 - Mesa Redonda

31 - Mesa Redonda

46 - Conferência/Conferencia

30 - Mesa Redonda

9 - Mesa Redonda

47 - Mesa Redonda

63A - Comunicação Oral / Comunicación Oral

2 - Dialogando Sobre

6 - Mesa Redonda

30 - Mesa Redonda

9 - Mesa Redonda

29 - Mesa Redonda

68 - Mesa Redonda

32 - Mesa Redonda

55 - Discussão de caso clínico anônimo/Discusión anónima caso clínico

50 - Mesa Redonda

16 - Comunicação Oral / Comunicación Oral

34 - Mesa Redonda

57 - Comunicação Oral / Comunicación Oral

2 - Dialogando Sobre

54 - Mesa Redonda

48 - Mesa Redonda

55 - Discussão de caso clínico anônimo/Discusión anónima caso clínico

29 - Mesa Redonda

2 - Dialogando Sobre

22 - Solenidade de Abertura / Apertura Solemne

31 - Mesa Redonda

46 - Conferência/Conferencia

51 - Mesa Redonda

53 - Mesa Redonda

68 - Mesa Redonda

27 - Mesa Redonda

53 - Mesa Redonda

14 - Comunicação Oral / Comunicación Oral

43 A - Comunicação Oral / Comunicación Oral

Sessão

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Sala

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::29XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::29

Ramon Arturo Mon Pinzon

Regina Pontes

Ricardo Rego

Ricardo Werner Sebastine

Rita Seixas

Rôde Soares

Rosa Flores Morales

Ryad Simon

Sergio Seibel

Silvia Pereira da Cruz Benetti

Sissi Gryzbowski Gaínza

Sonia Maria B.A. Parente

Sylvia Mancheno Durán

Tales Vilela Santeiro

Teresa Machado

Thelma Letícia Garcia Bandá

Valéria Barbieri

Vera Regina Rohnelt Ramires

Verónica Bagladi Letelier

Waldemar Fernandes

Yoshiaki Ohki

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13h30 às 15h30

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13h30 às 15h30

09h00 às 10h30

Nome Data horário

5 - Mesa Redonda

69 - Mesa Redonda

6 - Mesa Redonda

7 - Mesa Redonda

35 - Discussão de caso clínico anônimo / Discusión de caso clínico anónimo

66 - Roda de Conversa/ Rueda de Conversación

52 - Mesa Redonda

59 - Comunicação Oral / Comunicación Oral

48 - Mesa Redonda

24 - Conferências inaugurais / Conferencias Inaugurales

28 - Mesa Redonda

44 - Conferência Magistral e Mesa Redonda

49 - Mesa Redonda

48 - Mesa Redonda

66 - Roda de Conversa/ Rueda de Conversación

2 - Dialogando Sobre

4 - Dialogando Sobre

22 - Solenidade de Abertura / Apertura Solene

24 - Conferências inaugurais / Conferencias Inaugurales

69 - Mesa Redonda

6 - Mesa Redonda

15 - Comunicação Oral / Comunicación Oral

48 - Mesa Redonda

60 - Comunicação Oral / Comunicación Oral

65 - Pôsteres Premiados

52 - Mesa Redonda

49 - Mesa Redonda

33 - Mesa Redonda

70 - Mesa Redonda

27 - Mesa Redonda

64 - Discussão de caso clínico anônimo./Discusión anónima caso clínico

32 - Mesa Redonda

67 - Comunicação Oral / Comunicación Oral

Sessão

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Teatro

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Sala

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30 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Informações Uteis/ Información Útil

Local/LocalizaciónCampus Paraíso/Vergueiro - UNIP - Estação Metrô VergueiroRua Vergueiro, 1211 - Aclimação - 01504-001 - São Paulo - SP

Distribuição das Atividades/ distribución de actividadesAndar/piso Sala(s) Atividade/ ActividadTA Teatro Programa Cientifico/ Programa CientíficoTA Exposição e Atividades Especiais/

Exposiciones y Actividades EspecialesCafé e Expositores/ Café y ExpositoresPrograma Científico/ Programa Científico

3ª andar 301, 302, Programa Científico/ Programa Científico303, 305,307, 308309, 310

Crachá/tarjeta de identificación:: Todo congressista receberá um crachá pessoal e intransferível,codificado através de cores. Sua utilização é obrigatória paraacesso a todas atividades dos Congressos.

:: Cada congresista recibirá una tarjeta de identificación personaly intransferible, con código de color. Su uso es obligatorio parael acceso a todas las actividades del Congresos.

Codificação dos Crachás/ Codificación das Tarjetas

Comissão Organizadora/ Comité OrganizadorDourado/ Dorado

Comissão Cientifica/ Comité CientíficoPrata/ Plata

Programação Científica/ Programa CientíficoAzul/Azul

Expositor - Vermelho/Rojo

Congressista/ Congresista - Branco/Blanco

Staff - Preto/ Negro

Certificado/Certificación:: Participação - serão distribuídos a todos inscritos, dia 21 de agosto, sexta-feira, após as 17h.

:: Participación - serán distribuidos a todos los registrados, 21 de agosto de viernes después de las 17 tarde.

:: Programação Científica- serão entregues no momento de suaapresentação

:: Programación Científica - serán entregados en el momento dela presentación.

:: Comunicação Oral, Workshop e Pôsteres - será emitido umcertificado para cada trabalho apresentado/ se emitirá uncertificado para cada trabajo presentado.

Funcionamento da Secretaria/ Funcionamiento de la secretaría.:: dia 19/08 das 8h às 19h:: dia 20/08 das 8h às 18h:: dia 21/08 das 8h30 às 18h:: dia 22/08 das 8h45 às 13h

estruturas das modalidades/ estructura de las actividades :: Dialogando com (a convite das comissões científicas)Nessa atividade que antecede a abertura dos Congressos, trêsprofissionais convidados pelas comissões científicasestabelecem um diálogo focando a prática clínica e seusdilemas. O objetivo desse diálogo é tanto evidenciar os pontosque veem inquietando aqueles que se ocupam da prática clínicacomo vislumbrar caminhos a serem trilhados.

:: diálogos con (la invitación de los comités científicos)En esta actividad que antecede a la apertura del Congreso, tresprofesionales invitados por los comités científicos estableceránun diálogo centrado en la práctica clínica y sus dilemas. Elobjetivo de este diálogo es poner de relieve tanto los puntos quevan inquietando a aquellos quienes se preocupan de la prácticaclínica y ver a su vez cómo se vislumbran los caminos a seguir.

:: Conferências (a convite das comissões científicas)As conferências tanto magistral como as conferência 01 e 02 serãoministradas por pesquisadores e/ou profissionais com significativaprodução nacional e/ou internacional em sua área de atuação, aconvite das comissões científicas. O objetivo é fomentar umadiscussão teórica e prática com vistas a responder questões queinquietam aqueles que se dedicam à atuação clínica.

Informações Uteis/

8h as 18h - Atividades Especiais/Actividades especiales

:: exposição no espaço tA: IAMb - Instituto Agrícola de Menores de batatais: Memória em construção.:: exposición en el espacio ta: iamb- instituto agrícola de menores de batatais: memoria en la construcción.

SONIA MARIA B. A. PARENTE E GILBERTO SAFRA (IPUSP) – BRASIL

:: exposição no espaço tA – Mamãe: Associação de Assistência a Criança Santamarense.:: exposición en el espacio ta - mamãe: associação de assistência a Criança santamarense.

expositores:: Instituto Gestalt de São paulo.:: Mamãe: Associação de Assistência a Criança Santamarense

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::31

:: Conferencias (por invitación de los comités científicos)Las conferencias tanto la magistral como las conferencia 01 y02 serán impartidas por investigadores y / o profesionales consignificativa producción nacional y / o internacional en su áreade trabajo. . El objetivo es fomentar una discusión teórica y lapráctica con el fin de responder a las preguntas que perturbanlos que participan en esa área clínica..

:: Mesa Redonda (a convite das comissões científicas)As mesas serão constituídas por três componentes (as) e um(a)coordenador(a). A duração total para tais apresentações será de02h. Cada componente (a) contará com 30min para suaapresentação e nos 30min finais ocorrerá um debate com opúblico presente. O objetivo desta modalidade de atividade épromover uma discussão teórica e/ou prática sobre a atuaçãoclínica tendo como foco fundamental a atuação profissional nasáreas temáticas dos congressos. Os expositores serãoconvidados pelas comissões científicas.

:: mesa redonda (por invitación de los comités científicos)Las mesas estarán constituidad por tres componentes (as) y uncoordinador (a). La duración total de este tipo depresentaciones será de 2 horas. Cada expositor (a) tendrá 30minutos para la presentación y los 30 minutos tarde finales seráun debate con el público. El objetivo de este tipo de actividades promover una discusión teórica y / o práctica sobre lactividad clínic que tiene como foco fundamental la prácticaprofesional en las áreas temáticas del congreso.

:: WorkshopSerão ministrados por pesquisadores e/ou profissionaismotivados a compartilhar sua experiência na área clínica por umperíodo de 02 horas com os participantes do workshop. Oobjetivo desta atividade é mostrar como conhecimento e práticase articulam através de uma experiência prática onde sereconhece novas perspectivas, limitações e desafios.

:: talleres Serán impartidos por investigadores y / o profesionalesmotivados a compartir su experiencia en el área clínica por unperíodo de 02 horas con los participantes del taller. El propósitode esta actividad es mostrar cómo se articulan los conocimientosy la práctica a través de una experiencia práctica donde sereconocen nuevas perspectivas, limitaciones y desafíos.

:: Comunicação OralAs mesas para essa apresentação oral serão constituídas por trêsexpositores(as) e um(a) coordenador(a). A duração total para taisapresentações se dará ora em 1h30 ora em 02h dependendo dodia de apresentação. Cada expositor(a) contará, então, com 20minou 30min para sua apresentação. Nos minutos finais haverá umdebate com o público presente. O objetivo desta modalidade deatividade é relatar de modo oral pesquisas e/ou experiênciaspráticas na atuação clínica nas áreas temáticas dos congressos.

:: Comunicación Oral Las mesas para la presentación de comunicación oral constaráde tres oradores (as) y un ) coordinador (a). La duración totalpara estas presentaciones será ya sea en 1.30 hrs o de 02horas dependiendo del día de la presentación. Cada expositor(a) tendrá 20 minutos o 30 minutos para su presentación. En losminutos finales, habrá un debate con el público.El objetivo deeste tipo de actividad es dar a conocer de modo oral lainvestigación y / o la experiencia práctica en el trabajo clínicoen áreas temáticas del congreso.

:: pôsterSão apresentações que priorizam aspectos visuais e devemsintetizar as investigações e/ou as experiências práticas, focadasem quaisquer das 18 Áreas Temáticas dos congressos (acesseaqui o modelo de poster). Há previsão de que o material fiqueexposto durante todo o dia, em suportes destinados a esse fim.O(s) autor(es) será(ão) comunicados sobre o horário e local nosquais deverão estar presentes, para seu pôster ser examinadopor algum integrante da Comissão Examinadora dos trabalhos.Haverá premiação para os melhores trabalhos.

:: posterSon las presentaciones que hacen hincapié en los aspectosvisuales y debe resumir la investigación y / o la experienciapráctica, centradas en cualquiera de las 18 Áreas temáticas delCongreso (indique aquí el modelo del ´poster). Tenga prevención aque el material estará expuesto durante todo el día, en soportesdestinados para este propósito. El autor (s) (s) estará (n) notificadode la hora y el lugar que deben estar presentes, para que suposter sea examinado por un miembro de la Comisión.

:: Discussão de caso clínico anônimo (a convite das comissões científicas)Um caso clínico de psicoterapeuta anônimo será relatado paraque dois debatedores possam comentar e mostrar comoprocederiam em tal situação. O objetivo é expandir a óticaterapêutica diante de um dado caso clínico quando respaldadaem evidências, conceitos teóricos e investigações.

:: Discusión anónima caso clínico (por invitación de los comités científicos)Un caso de psicoterapeuta anónima será reportado a dospolemistas puedo opinar y mostrar la forma de proceder en talsituación. El objetivo es ampliar la terapia óptica antes de uncaso clínico dado cuando se acompaña de pruebas, conceptosteóricos y la investigación.

Agradecimentos especiais/ gracias especialespatrocinadores/ Patrocinadores

Agência Oficial de Viagens e hospedagem/agencia oficial de Viajes y alojamento.Tel. (55-11)5561.5004

[email protected]

Organização/organización

Tel. (55-11) [email protected]

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32 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Resumos e Trabalhos dia 19 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 18 agosto

09h00 - 12h00Teatro24Dialogando SobreCompartilhando o funcionamento e ações realizadas decada associação em seu país.Compartiendo sobre el funcionamiento y las accionesrealizadas por cada asociácion nacional.ABRAP - Associação Brasileira de Psicoterapia - Brasil - EMILIA AFRANGEACHIPSI - Associação Chilena de Psicoterapia - Chile - ORIANA VILCHES-ÁLVAREZAMEPAC - Associação Mexicana de Psicoterapia - México - LORENAFERNÁNDEZ RODRIGUEZAPPSIC - Associação Peruana de Psicoterapia - Peru - LUIS OSWALDOPÉREZ FLORESAPRA - Associação de Psicoterapia da República Argentina - Argentina -ALEJANDRA PÉREZABP - Associação Boliviana de Psicoterapia - Bolívia - JOSÉ MANUELROJAS PRADELAVEPSI - Associação Venezuelana de Psicoterapia - Venezuela - GIOCONDAMEDRANO DELGADOFUPSI - Federação Uruguaia de Psicoterapia - Uruguai - MARGARITADUBOURDIEU SEPs - Sociedade Equatoriana de Psicoterapia - Equador - SYLVIAMANCHENO DURÁN SOPASI - Sociedade Panamenha de Psicoterapia - Panamá - MELVAPALACIOS DE MONMODeRADORA MARIELA GOLBERG – Uruguai

Bom dia a todos!Como Presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia, queremos de-

dicar este momento para expor a atuação da nossa entidade, concernentesaos temas do XI Congresso Latino-Americano de Psicoterapia e II CongressoBrasileiro de Psicoterapia, qual seja, as expectativas, as possibilidades e osdesafios da Psicoterapia e dos profissionais psicoterapeutas neste século 21.

A Associação Brasileira de Psicoterapia foi fundada no ano de 2004 e, desdeentão, vimos pautando nossa diretiva pelo favorecimento dos pacientes, dosprofissionais e da sociedade como um todo, outorgando a cada um deles omesmo grau de importância.

Ao longo destes onze anos de sua história, a Abrap vem promovendo a in-tegração e o diálogo entre os profissionais psicoterapeutas representantesdas diversas tendências existentes na atualidade, com respeito incondicionalà diversidade e aos temas pertinentes a seus específicos espaços de atuação.

O intercâmbio de práticas, de experiências clínicas, de conhecimento cien-tífico e acadêmico tem sido concretizado por meio dos eventos periodica-mente promovidos pela Associação Brasileira de Psicoterapia, em diversasregiões do Brasil e no exterior.

Estes eventos têm sido ocasiões propícias para se tratar da diversidade deinteresses teórico-práticos dos participantes, abrangendo a filosofia, a ética,a cultura, a mídia, as artes, as políticas públicas, as redes sociais, a formaçãoe a investigação no âmbito da Psicoterapia.

Promovemos, também, reuniões científicas mensais com o objetivo de bus-car dados relativos aos resultados positivos no contexto da experiência clínica,para uma reflexão sobre os possíveis fatores implicados na eficácia psicote-rapêutica.

Os boletins mensais da Abrap e nossa página na internet, alimentados cominformações, artigos científicos e dicas de eventos, são também ferramentasque utilizamos para envolver todos profissionais da área e para divulgar seutrabalho individual ou coletivo.

A Associação Brasileira de Psicoterapia tem estado sempre pronta para ga-rantir que princípios éticos estejam presentes na prática da Psicoterapia.

Propagamos a importância de que a Psicoterapia seja exercida por pessoasdevidamente preparadas e qualificadas nos domínios teórico, técnico e expe-rimental da Psicologia, conformados por parâmetros curriculares específicosde uma formação acadêmica de qualidade.

No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia, por meio do Artigo primeirode sua Resolução número dez, datada de 20 de dezembro de 2000, afirmaque o exercício da Psicoterapia cabe ao Psicólogo “por se constituir, técnicae conceitualmente, em um processo científico de compreensão, análise e in-tervenção, que se realiza através da aplicação sistematizada e controlada demétodos e técnicas psicológicas reconhecidas pela ciência, pela prática e pelaética profissional”.

No entanto, acreditamos que em todo o mundo, profissionais da Medicinatambém praticam com igual competência esta que é, segundo Sigmund Freud“a forma mais antiga de terapia existente”.

Para os psicólogos, a lisura da prática psicoterapêutica, cuja meta é pro-

mover a saúde mental, propiciando condições para o enfrentamento de con-flitos e/ou transtornos psíquicos de indivíduos ou grupos, está alicerçada noseu Código de Ética Profissional.

Entretanto, sentimos a necessidade de uma regulação, um direcionamentodos diversos referenciais teóricos e das diferentes práticas clínicas, para queestas garantias não sejam inoperantes, e para evitar que a Psicoterapia setorne “terra de muitos e de ninguém”.

Sem pretender sermos senhores de um conhecimento que originalmente éde todos os que se debruçam sobre ele, é imprescindível não negligenciar asimplicações éticas e sociais da prática psicoterapêutica. Uma formação emba-sada e contínua, baseada no tripé: conhecimento científico, autoconhecimentoe supervisão, podem garantir a eficácia da Psicoterapia na promoção do bem-estar, da melhoria da qualidade e da saúde integral dos nossos semelhantes.

Deste modo, o ordenamento das práticas psicoterapêuticas vem sendo pautanacional de discussão nos Conselhos Regionais de Psicologia. Diversos gruposde trabalho foram constituídos em distintas regiões do nosso País, com a tarefade ouvir todas as entidades vinculadas à pesquisa, ao ensino e à prática da Psi-coterapia, com o objetivo de estabelecer parâmetros comuns de discussão.

Para que os panoramas presente e futuro se descortinem mais promisso-res, a Abrap tem igualmente propagado a importância de se constituir e ins-tituir escolas comprometidas com a qualidade e a atualidade do saber e doestado da arte no campo terapêutico psicológico, durante todo o processo deinformação e formação dos futuros profissionais.

Além disso, a boa prática da Psicoterapia passa “por um constante apri-moramento do profissional psicoterapeuta, dando continuidade e complemen-tariedade à sua formação por meio de centros especializados que se pautempelo respeito ao campo teórico, técnico e ético da Psicologia como ciência eprofissão”, como está explicitado no primeiro parágrafo do Artigo segundoda Resolução número 10 que anteriormente mencionamos.

Por tudo isto exposto, a Associação Brasileira de Psicoterapia tem comometa de curto prazo aumentar os espaços de interlocução entre os envolvidosna prática e na pesquisa da Psicoterapia, promovendo a aproximação cominstituições e ciências afins.

Pois queremos, acima de tudo, contribuir cada vez mais para o desenvol-vimento da área da saúde mental, atenuando a angústia existencial, a depres-são, a ansiedade epidêmica e tantos outros males que assolam a sociedadecontemporânea.

Reafirmamos, então, o empenho e o envolvimento incondicional da Asso-ciação Brasileira de Psicoterapia com os objetivos do XI Congresso Latino-Americano de Psicoterapia e II Congresso Brasileiro de Psicoterapia:

• Promover o melhor desenvolvimento da Psicoterapia como tratamento,ciência e profissão em todo âmbito da América Latina;

• Atender a formação, as condições de trabalho e as relações entre si dosterapeutas de diversas nacionalidades e orientações científicas; e

• Fomentar a relação entre as associações de cada um dos países-mem-bros, para um melhor intercâmbio de informação científica e de investigação.

Obrigada!Emilia Afrange

!Buenos días para todos!Como presidente de la Asociación Brasileña de Psicoterapia, queremos de-

dicar este momento que muestran la actuación de nuestra entidad.Relativos a los temas del XI congreso Latino americano de Psicoterapia y

congreso Brasileño de Psicoterapia, cual lo sea ellas las expectativas las po-sibilidades y los desafíos de la psicoterapia e de los profesionales de la psi-coterapia de este siglo 21.La asociación Brasileña de Psicoterapia fuera fundada en lo año de 2004 y

desde entonces, seguimos pautando nuestra directiva favoreciendo de los pa-cientes, de los profesionales y de la sociedad de una manera general, otor-gando para cada uno de ellos en lo mismo grado de importancia.Durante los once años de su historia, ha sido la promoción de la ABRAP la

integración y el diálogo entre los profesionales de la psicoterapia represen-tantes de las diversas tendencias existentes hoy en día, con el respeto incon-dicional a la diversidad y las cuestiones relacionadas con sus áreas específicasde conocimientos.Lo intercambio de prácticas, de experiencias clínicas, del conocimiento

científico y académicos se ha realizado a través de los eventos periódicos.Promovidos por la asociación brasileña de Psicoterapia, en diversas regio-

nes del Brasil y en el Exterior.En eses eventos han sido propicias para el tratamiento de la diversidad de

intereses teórico-prácticos de los participantes, abarcando la filosofía, ética,la cultura, los medios de comunicaciones, las políticas publicas, redes socia-les, la formación y la investigación adentro de la psicoterapia.Promovemos, también, reuniones científicas mensuales con el objetivo de

obtener datos relativos a los resultados positivos en El contexto de la expe-

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::33

riencia clínica, para una reflexión de acuerdo con los factores implicados enla eficacia de la psicoterapia. Los boletines mensuales de la ABRAP y nuestro sitio de la web, cargados

con las informaciones, artigo científicos y agendas de eventos, son tambiénherramientas que utilizamos para involucrar a todos los profesionales de laárea para dar conocimiento a su trabajo individual o colectivo.La asociación Brasileña de Psicoterapia ha estado lista para asegurar que los

principios éticos queda se presentes en la práctica de la Psicoterapia que deacuerdo con Sigmund Freud es “ La manera más antigua de terapia existente.”Nosotros propagamos la importancia de que la psicoterapia sea ejercida

por profesionales con la debida preparación y calificadas en los dominios téc-nicos y experimentales de la Psicología, ” debido a constituir se, técnicamentey conceptualmente, en un proceso científico de comprensión, análisis e inter-vención, que se lleva a cabo mediante la aplicación sistematizada y controladade métodos y técnicas psicológicas reconocidas por la ética profesional (Ar-tículo primero de su resolución número diez, con la fecha de 20 de diciembrede 2000 del Consejo Federal de Psicología).Independientemente de su origen académica, es imperativo que cada tera-

peuta, en primer lugar, que se comprometan a ayudar a la recuperación desalud mental de su paciente, comprometiendo se con la restauración del nivelde calidad de vida cognitiva o emocional, para dar la adquisición de repertoriopara enfrentar sus conflictos y/o trastornos psicológicos.Específicamente para los psicólogos, el comprometimiento con la práctica

psicoterapéutica que se basa en su código de Ética Profesional.Si, embargo sentimos la necesidad de una regulación de los diversos refe-

rencias teóricas y de las diferentes practicas clínicas, para que las garantíasya conquistadas suministran, y para evitar que la Psicoterapia se convierta“Tierra de muchos y de nadie.”Sin la pretender de ser dueños de los un conocimiento que en principio es

todo acurrucada sobre el, es fundamental no pasar por alto las implicacioneséticas y sociales de la práctica en la psicoterapia. Una formación con base y decontinuidad, basada en tres pilares: Conocimiento, autoconciencia y supervi-sión, puede garantizar la eficacia de la psicoterapia en la promoción del bie-nestar, de la mejora de calidad y da salud general de nuestros semejantes.Por lo tanto, el orden de las prácticas en la psicoterapia ha sido del orden

nacional la discusión en los consejos Regionales de Psicología. Varios gruposde trabajo se crearon en diferentes regiones de nuestro país, con la tarea deescuchar todas las entidades vinculadas a instituciones de investigación, parala enseñanza y la práctica de la psicoterapia, con el objetivo de establecer pa-rámetros comunes de una discusión.Para que las visiones de presente y futuro para descubrir los más prome-

tedor, la ABRAP también tiene se propagado a la importancia de establecer yconfigurar escuelas comprometidas con la calidad y pertinencia de los cono-cimientos en el campo terapéutico psicológico a través del proceso de infor-mación y formación de los futuros profesionales.

Además, la buena práctica de la psicoterapia pasa “ por una evolucióncontinua y del profesional de la Psicoterapia, de manera complementaria a suformación que son guiados por el respecto a la esfera teórica y ética da psi-cología como ciencia y profesión ", como se explica en el primer párrafo delartículo dos de la Resolución número 10 se ha mencionado anteriormente.Por todo esto, la Asociación Brasileña De Psicoterapia tiene como objetivo

de corto plazo, aumentar los espacios de diálogo entre los involucrados en lapráctica y en la busca de la Psicoterapia, la promoción de vínculos con lasinstituciones y ciencias.Como queremos, sobretodo, contribuir cada vez más al desarrollo de la

área mental, el alivio de la angustia, la depresión, la ansiedad y la epidemia demuchos otros males que aquejan nuestra sociedad contemporánea. Reafirmamos entonces, el compromiso y la implicación incondicional de la

Asociación Brasileña de Psicoterapia con los objetivos do XI Congreso Latino– Americano de Psicoterapia e II Congreso Brasileño de Psicoterapia.• Promover un mejor desarrollo de la Psicoterapia como tratamiento, cien-

cia y profesión en todos los sectores de la América Latina;• Asistir la formación, las condiciones de trabajo y de las relaciones de unos

y otros terapeutas de diversas nacionalidades y orientaciones científicas;• Fomentar la relación entre las asociaciones de cada un de los países-miem-

bros, para un mejor intercambio de información científica y de investigación.Gracias.

13h30 - 15h30Teatro44Dialogando Sobre

Os dilemas atuais na prática clínica. Los dilemas actuales en la práctica clínica.AVELINO LUIZ RODRIGUES (Brasil) SYLVIA MANCHENO DURÁN ( Equador)

Vivência acelerada do tempo e o vazio interior na clínicacontemporânea. acelerado experiencia del tiempo y el vacío en la clínicacontemporánea.ALMIR LINHARES DE FARIA (Brasil) MODeRADORA: ANGELA HILUEY (Brasil)

Sala 3015 4 Mesa redonda

A formação dos futuros psicoterapeutas: uma perspectivageneralista ou de especialista? La formación de los futuros psicoterapeutas: ¿Unaperspectiva generalista o de especialista?

:: O Campo das psicoterapias: problemáticas e competencias naformação básica generalista.

:: el campo de las psicoterapias: problemas y formación básica enhabilidades generales.LUIZ EDUARDO VALIENGO BERNI (Brasil) JULIO SCHRUBER FILHO (Brasil)

:: Formação do psicoterapeuta.:: Los titulos de psicoterapeuta y la especialidad a la que pertenecen.

RAMON ARTURO MON PINZON (Panamá)AutOR ReSpONSAbLe: Ramón Arturo Mon

Institución de origen que representa Sociedad Panameña de Psicoterapia-SOPAPSI

Trataré de exponer en líneas generales cuales son los pilares de la forma-ción de un psicoterapeuta según el Consejo Mundial de Psicoterapia y las re-comendaciones que ha hecho FEAP (Federación Española de Asociaciones dePsicoterapia) con la intención de resolver la controversia sobre la TitulaciónGeneral vs. Especial de los Psicoterapeutas.pALAbRAS CLAVeS: Titulación, General, EspecialidadRequeRIMIeNtOS pARA LA pReSeNtACIóN: micrófono, data, etcMINI CuRRICuLuM AutOR: Doctor en Psicología Clínica Universidad NacionalAutónoma de Mexico (UNAM); Psicoanalista. Sociedad Psicoanalitica deMéxico (SPM-IPA). Maestría em estudios de Asia y Africa en el Colegio deMéxico. Miembro fundador de la Sociedad Panameña de Psicoterapia(SOPAPSI), de la Sociedad Psicoanalítica de México (SPM), de AmericanPsychoanalitic Association (ApsaA) y de la American PsychologicalAssociation (APA).COORDeNADORA/COORDINADORA: IVONISE FERNANDES DA MOTTA (Brasil)

Sala 30154 Mesa redonda

O CAMpO DAS pSICOteRApIAS: pRObLeMátICAS eCOMpetÊNCIAS NA FORMAçÃO báSICA GeNeRALIStA1Luiz Eduardo V. Berni2

ReSuMO: Apresenta-se a psicoterapia como campo complexo, fazer que com-põe a identidade do profissional da Psicologia, área de atuação multiprofissio-nal. Problematiza-se a origem do campo psicoterápico compartilhado com a“terapia da alma” terapêutica de origem religiosa e/ou tradicional. Analisando-se a prática à luz da legislação, conclui-se que se trata de um fazer generalistacomum à todas as práticas psicológicas, sem que com isso, se exclua a pos-sibilidade de aprofundamento por meio de formação especializada.

pALAVRAS-ChAVeS: Psicoterapia, Terapia da Alma, Psicologia, Regulamentação

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34 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Resumos e Trabalhos dia 19 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 18 agosto

Profissional, Atuação Generalista/EspecializadaNo Brasil, quando falamos em Psicoterapia é imediata a associação com a

Psicologia, embora não se trate de um fazer exclusivo do psicólogo. Aliás,psicoterapia não consta do rol das práticas privativas do psicólogo segundoa legislação vigente (Lei 4.119/62), sendo um campo de atuação multiprofis-sional. O termo evoca também, uma associação direta com sua forma abre-viada – Terapia - sendo muitas vezes compreendida como sinônimo. Noimaginário popular a Psicoterapia, ou simplesmente

Terapia, como é abreviadamente conhecida, é uma ação Clínica individua-lizada, exercida pelo psicólogo, psiquiatra, psicanalista ou simplesmente te-rapeuta – ninguém sabe definir ao certo – mas, por um profissional liberal emconsultório particular. Não há dúvida, porém, que a psicoterapia faz parte daidentidade do profissional da Psicologia.

É com estas questões iniciais que pretendo, nessa breve apresentação, dis-cutir o campo das psicoterapias e as problemáticas e competências envolvidasna formação básica do psicólogo, com foco na descrição do campo e dos pro-blemas a ele circunscritos.

É bastante comum que se encontre psicólogos, inseridos em qualquercampo de atuação profissional, mesmo fora da Psicologia, ou da área daSaúde, que, além de sua prática regular, de onde obtém seu sustento, atuemtambém como psicoterapeutas. Isso configura essa prática como sendo ma-joritária em termos de atuação profissional, ainda que muitos pratiquem a psi-coterapia apenas como “bico”, ou seja, uma atuação profissional que, emtermos de renda, é apenas assessória, ou complementar, quando não é ape-nas uma atuação de voluntariado, ligada a uma instituição religiosa, ou assis-tencial, portanto sem remuneração.

Quando se olha para esse campo de atuação profissional, nem sempre éfácil divisar sua complexidade, isso torna bastante difícil definir o que sejaPsicoterapia. Tal complexidade tem raízes históricas, que se perdem na aurorados tempos, pois uma visão especializada, disciplinar, ou cientifica é algo bas-tante recente, mesmo na Cultura Ocidental.

Numa perspectiva histórica, integral ou holística a “Terapia da Alma”, formaevocada pela etimologia do termo psicoterapia, cunhado apenas no séculoXIX pelo médico Daniel Hack Tuke (ROUDINESCO, 2005, II, pág. 1), pode sersituada entre a Religião e a Saúde, um reflexo de uma ação humana no sentidode favorecer, facilitar, uma propensão inerente ao organismo, qual seja a au-torecuperação. Aliás, a grande maioria das formas de “cura” é baseada nessefator constitucional aos organismos vivos.

Como todo Saber Tradicional (conhecimento prático), a Terapia da Almase construiu (perenizou) ao longo do tempo, em diferentes culturas tendocomo método a tentativa/erro (método tradicional) e a transmissão oral. Nosdizeres de uma das Tradições Africana: “de boca perfumada a ouvidos dó-ceis3”. A Religião, qualquer uma que seja, é permeada de recursos psicoló-gicos, para a prática da Terapia da Alma.

Evidentemente seus fundamentos residem na compreensão e aplicação doselementos da doutrina (dogma) às necessidades do paciente (irmão) e se pe-reniza socialmente, a partir de uma eficácia mito-simbólica (acordo intersub-jetivo a partir da confissão de fé) cujo sentido é construído de pessoal, ao seajustar o comportamento individual ao sentido dado à coletividade (dever)pela Tradição.

A estrutura terapêutica a Terapia da Alma, se dá a partir da escuta que é deordem simpática, do grego symphatheia4 (capacidade de sentir o mesmo queo outro), ou do latim simphathia (comunhão de sentimentos)5. Uma escutaqualificada que proporciona o acolhimento da demanda e o entendimento daqueixa. A simpatia é centrada exclusivamente na intuição emocional e se rea-liza por semelhança (ROGERS, KINGET, 1975) seu ponto fulcral é a capaci-dade de esquecer a si mesmo e mergulhar no universo do outro.

Além da capacidade de intuir o outro, a capacidade de influenciar o outro aagir de determinado modo é igualmente fundamental6. Este é o fundamentoda sugestão – base tradicional no tratamento, que é o “processo pelo qual umapessoa, sem discutir, dar ordens ou coagir, induz diretamente outra pessoa aatuar de certo modo ou aceitarcerta opinião.” (NICK, 1982). A sugestão7 é oapoio da cura imediata promovida pelo terapeuta, na adaptação à ordem domundo (ajustamento ao fundamento da tradição) que irá ativar aquilo que hojeé conhecido como “efeito placebo” (ou a capacidade organísmica para auto-recuperação) (ROUDINESCO, 2005) é a raiz, também, para o estabelecimentode uma relação de confiança que possibilita o vínculo. Cabe destacar que a im-portância social que as profissões regulamentadas têm na sociedade por si sóconfere aos profissionais um lugar confiável no imaginário da população.

Algumas vezes a confiança pode ser aprofundada pelo vínculo, por meiode recursos complementares, ou na Prescrição Terapêutica Tradicional ado-tada pelo terapeuta, sempre à luz da Tradição. Estas podem ser realizadas peloprofissional, tais como a imposição de mãos (passes, bênçãos, trabalhos,simpatias, etc.), ou ainda por práticas mediadas pelo próprio paciente (autos-sugestão), (orações, meditações, rituais, reflexões, etc.)

Como Prática Profissional (conhecimento técnico-teórico), a Psicoterapia

se construiu apenas muito recentemente, a partir do modelo da Terapia daAlma, atrelada ao discurso científico (ROUDINESCO, 2005), em função da ne-cessidade imposta à Ciência Psicológica de ocupar o lugar outrora pertencenteà Tradição Religiosa (WILBER, 1998) na produção (coletiva) de subjetivida-des. Sobretudo a partir do Iluminismo tendo como método “o científico”, fun-damentando-se, portanto, na análise do comportamento, ao buscar oselementos comuns às populações (sociedades) estudadas, que acabam porencontrar sua expressão nos diferentes construtos teóricos.

A forma desse conhecimento se perenizar na sociedade é dá a partir da evi-dência lógico-epistêmica (acordo intersubjetivo a partir da laicidade, ou daexclusão metodológico do transcendente), na construção pessoal da indivi-dualidade. A Psicanálise seja, talvez, seu modelo paradigmático8.

Duas coisas são importantes de serem destacadas: Primeiro - Esses doismodelos convivem ainda hoje na sociedade ocidental;

Segundo - Os recursos utilizados para a prática de ambos são basicamenteos mesmos.

O recurso fundamental para o diagnóstico da problemática é o da EscutaQualificada e para o tratamento é a Sugestão.

No caso da Psicoterapia a escuta é igualmente fundamental, todavia esta éde ordem empática, função que se assemelha à simpatia, mas difere destapor incluir elementos racionais, analíticos, tratando-se, pois, de um conceitopróprio da Psicologia

(ROGERS, KINGET, 1975). Fundamenta-se não no reconhecimento intuitivodas semelhanças, mas na percepção analítica das diferenças, pressupondo,portanto a alteridade, sem que se perca a comunhão estabelecida com o outro.O ponto fulcral da empatia é capacidade de manutenção da individualidade doterapeuta, ou seja, a capacidade do terapeuta de manter-se ciente das dife-renças entre ele a seu paciente.

A sugestão (o hipnotismo) todavia, são recursos metodológicos básicosigualmente utilizados, todavia, o que se busca é a ativação dos processos idios-sincrásicos inerentes à pessoa atendida que são, normalmente, descritos pelasabordagens9, por meio das construções teóricas que se materializam nos Pro-jetos Terapêuticos Singulares que delas decorrem onde devem estar garantidoso respeito à liberdade de orientação e a capacidade de escolha do paciente.

Procurando-se o termo Psicoterapeuta na Classificação Brasileira de Ocu-pação (CBO) encontraremos os seguintes indicadores: a) Médico Psicotera-peuta e b) Psicoterapeuta. Tanto a descrição dos médicos quanto dospsicoterapeutas incluem todas as especialidades médicas e psicológicas. Ouseja, à luz da CBO do Ministério do Trabalho todos os psicólogos (todas asPsicologias) são compreendidas como formas de psicoterapia, elemento re-forçado pela ANS (Agência Nacional de Saúde), por meio Resolução Norma-tiva 167/2007 que apresenta regulamentação para a Lei 9.656/98, em seuArtigo 14, alínea IV, reconhece que tanto o médico, quando devidamente ha-bilitado (portanto nem todos estão), quanto o psicólogo (sem fazer distinção,portanto todos estão) podendo atuar como psicoterapeutas.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Psi-cologia traz por uma de suas metas, como não poderia deixar de ser, o focona atuação profissional, com direcionamento para a área da Saúde em todosos seus âmbitos (promoção, proteção e reabilitação). Essa articulação na for-mação se dá numa perspectiva de desenvolvimento de competências com-preendidas como a capacidade para mobilizar, conhecimentos, habilidades eatitudes adequadas frente aos problemas impostos pela realidade dos profis-sionais, nos diferentes contextos de atuação. O elenco de competências con-templa a psicoterapia (Art.8º, XII). As competências, por sua vez, apoiam-seem habilidades de “observação” (Art.9º, III), “entrevista” (Art.9º, IV); “descre-ver, analisar e interpretar manifestações verbais e não verbais como fonts pri-márias de acesso aos estados subjetivos (Art. 9º, VI), todos elementos queajudam o profissional a qualificar a Escuta.

Assim, tomando as linhas gerais aqui apresentadas, e, considerando-se ocampo compartilhado, ainda que de forma problemática; e, fugindo-se de umavisão estereotipada e reducionista, parece ser possível afirmar que a formaçãoem Psicologia no Brasil, quando bem realizada, é claro, confere ao profissionalcondições para que ele possa atuar como psicoterapeuta, sendo esta a funçãobásica prevista em sua formação.

Isso não exclui a possibilidade de que, ao término da formação generalistaos profissionais possam especializar seus conhecimentos técnicos por meiode formações específicas, de modo a profundar seus conhecimentos uma de-terminada linha de atuação teórica e, neste, sentido tornem-se especialistasnuma determinada abordagem.1 Trabalho apresentado no XI Congresso Latino-Americano de Psicoterapia, II Con-gresso Brasileiro de Psicoterapia – Mesa Redonda “A formação dos futuros psicotera-peutas: Uma perspectiva generalista ou de especialista?” em 19/08/2015.2 Psicólogo (CRP06-35863), Doutor em Psicologia (USP), Mestre em Ciências da Re-ligião (PUCSP), Conselheiro Presidente da Comissão de Orientação e Fiscalização (COF)do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRPSP) gestão 2013-2016. E-mail:[email protected] Conforme mencionado pela Profa Dra Ronilda Iyakemi Ribeiro, estudiosa da tradição

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::35

Ioruba. 4 Pathos do grego (sentimento, paixão)5 http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/simpatia/6 Trata-se de uma capacidade inerente ao humano, quando rimos há uma tendência dooutro responder com um sorriso, o mesmo com o choro, etc.7 Segundo Roudinesco (2005), em termos psicanalíticos, a sugestão é o fundamentoda relação transferencial.8 Refiro-me aqui à estrutura da teoria psicanalítica, bem como ao modelo de formaçãoestruturado no tripe (Estudo, Supervisão, Análise).9 Individuação (Jung); Autoatualização (Maslow); Autorealização (Rogers), entre outros.

ReFeRÊNCIAS

BRASIL, Conselho Federal de Psicologia, Resolução 10/05 – Código deÉticaProfissional. DF: 2005.____. Ministério da Educação, Resolução 5/2011 – Diretrizes CurricularesNacionais para o Curso de Graduação em Psicologia. DF: 2001.____. Ministério da Saúde, ANS, Resolução 167/07. DF: 2007.CABRAL, A. NICK, E. Dicionário Técnico de Psicologia. SP: Cultrix, 1982.ROGERS, C.R. KINGET G.M. Psicoterapia e Relações Humanas. Vol. 1. BH:Interlivros, 1975.ROUDINESCO, E. O Paciente, o Terapeuta e o Estado. RJ: J. Zahar, 2005.(ebook).WILBER, K. A União da Alma e dos Sentidos. SP: Cultrix, 1998.

Sala 30154 Mesa redonda

LOS tÍtuLOS De pSICOteRApeutA Y LA eSpeCIALIDAD ALA que peRteNeCeN.Dr. Ramón A. Mon

Confrontados con problemas similares a los nuestros en Latinoamérica conrespecto a la práctica de la psicoterapia, La Federación Española de Psicote-rapeutas, promulgó un Documento Marco de Consenso en el que abordan lafalta de regulación de la Psicoterapia y de sus diferentes modelos. Se refirierona la “atomización y comportamiento aislado de las organizaciones que se in-teresan por la promoción de la Psicoterapia científica y de calidad”. Sugeríanque la acreditación se basara en una definición de parámetros y requisitosteórico-prácticos que los interesados deben presentar en forma rigurosa parapoder obtener dicha acreditación.

Iniciemos esta presentación con una definición de Psicoterapia, a la quenos hemos adherido en SOPAPSI, y que bien sirve a los propósitos y fines delos diferentes modelos de psicoterapia por ser abarcadora.

Como definir psicoterapia: “Un tratamiento científico, de naturaleza psicológica que, a partir de ma-

nifestaciones psíquicas o físicas del malestar humano, promueve el logro decambios o modificaciones en el comportamiento, la adaptación al entorno, lasalud física o psíquica, la integración de la identidad psicológica y el bienestarde las personas o grupos tales como la pareja o la familia”

E igualmente nos adherimos a la Declaración de Estrasburgo firmada enoctubre de 1990 y que ha servido para fundamentar, desde sus principios, elmodelo de acreditación que proponemos.

DeCLARACIóN De eStRASbuRGO SObRe LA pSICOteRApIA De 1990 Tomando en cuenta los fines de la Organización de la Salud (WHO) y los

acuerdos válidos de no-discriminación y al principio de movimiento libre de per-sonas y servicios dentro del marco de la Unión Europea y dirigido a los paísesdel Área Económica Europea, los firmantes sostienen los siguientes puntos:

1. La Psicoterapia es una disciplina científica independiente, cuya prácticarepresenta una profesión libre e independiente.

2. El entrenamiento en psicoterapia tiene lugar a un nivel avanzado, califi-cado y científico.

3. Los multiples métodos psicoterapéuticos se garantizan y reconocen.4. Un entrenamiento en psicoterapia involucra la teoría, la experiecia per-

sonal y la práctica bajo supervision. Se adquiere además, el conocimiento cor-recto de varios procesos psicoterapéuticos.

5. El acceso al entrenamiento se logra mediante varias calificaciones preli-minares, en particular en ciencias sociales y humanas.

Estrasburgo, 21 de octubre de 1990.II

Con respecto al primer principio debo aclarar que el ejercicio de la Psico-terapia en Panamá, como una profesión libre e independiente, no esta reco-nocida ni regulada. Sin embargo, existe un Consejo de Psicología quereconoce la práctica de la Psicoterapia por profesionales que sean PsicólogosClínicos Idóneos, es decir, que hayan cursado sus estudios de Licenciatura y

Especialización en un centro educativo reconocido por el Estado y avalado porel Consejo Técnico de Psicología. Igualmente sucede con los Psiquiatras,quienes para poder ejercer, deben obtner la acreditación dada por el ConsejoTéctico del Ministerio de Salud.

Existen en nuestro país distintos métodos y modelos psicoterapéuticos enfuncionamiento y que son reconocidos por la Sociedad Panameña de Psico-terapia (SOPAPSI) como son la Psicoterapia Psicodinámica, la Terapia Cog-nitiva-Conductual, la Terapia de Familia y Pareja y las Terapias Humanisticasdentro de las cuales se incluye a la Terapia Gestaltica y a la Transaccional. Esdecir, con respecto a los principios de la Declaración de Estrasburgo, cum-plimos con el III Principio habla de reconocer multiples métodos psicotera-péuticos de bases reconocidas.

Igualmente, a Sociedad Panameña de Psicoterapia se adhiere a los tresaspectos básicos de la formación en Psicoterapia, estipulados en la Decla-ración de Estrasburgo que son a) Teoría, b) Supervisión y c) Experiencia te-rapéutica personal.

A partir de este punto los requisitos básicos comienzan a variar porque losdistintos modelos exigen diferentes cantidades y tipos de horas de supervisióny de cantidad de horas y tipos de experiencia terapéutica personal. Algunos deestos requisitos son obtenidos en los claustros universitarios y otros en Ins-titutos y Centros Privados de formación que difieren bastante en sus exigen-cias. Por ejemplo, los estudiantes del Doctorado en Psicología Clínica de laUniversidad Santa María la Antigua (USMA) cumplen en el claustro universi-tario con los requisitos de la Teoría y la Supervisión pero deben adquirir sushoras de psicoterapia personal fuera de la universidad con profesionales quehayan sido previamente aprobados por el Consejo de Posgrado de la USMA.

En forma similar los Terapeutas Familiares y de Pareja se forman en el ámbitouniversitario y adquieren su experiencia terapéutica personal, por lo general y sinser un requisito indispensable en su formación, con psicoterapeutas del medio.Tamto los Terapeutas Familiares y de Pareja, de la Maestría en Psicología Clínicade Niños y Adolescentes como los candidatos doctorales en Psicología Clínicapueden utilizar la Clínica Psicológica Universitaria María Eugenia de Alemán pararealizar sus prácticas. Sin embargo, no es obligatorio llevaras a cabo en esta clí-nica sino que lo pueden hacer en agencias privadas de carácter social o ONGs.

Los Terapeutas Cognitivo-Conductuales pueden obtener su formación teó-rica en la Universidad pero las horas de supervisión las realizan con un Insti-tuto Privado como es el Albert Ellis o el Aaron Beck en los Estados Unidos.Los estudiantes del modelo Cognitivo-Conductual tienen pocas horas de ex-periencia terapéutica personal, no siendo un requisito formal de su entrena-miento, y en nuestro país lo hacen mediante sesiones grupales que hasta elmomento han sido conducidas por terapeutas del exterior.

Como se puede observar, las variaciones en los requisitos de un modelo aotro en lo concerniente a los tres pilares de la formación estipulados por Es-trasburgo, son grandes y nos aboca a buscar una solución en cuanto a la acre-ditación de Psicoterapeuta que ofrece la Federación Latinoamericana dePsicoterapia (FLAPSI). Me inclino a pensar que dadas estas diferencias, seemita un certificado de Psicoterapeuta con nombre y apellido, es decir, sepuede emitir como Psicoterapeuta - modelo Psicodinámico o Psicoterapeuta- modelo Cognitivo-Conductual etc. siempre y cuando las distintas Sociedadesque conforman la Federación sean las encargadas de presentar a los candi-datos, previa revisión de sus credenciales y que estas certificaciones sean re-visadas y avaladas por la Comisión de Acreditación de FLAPSI.

En Panamá, a través de la Sociedad Panameña de Psicoterapia, estamos deacuerdo con los cinco principios de la Declaración de Estrasburgo y trataremosde mantenernos funcionando dentro de ellos con un espíritu abierto pero almismo tiempo exigentes del cumplimiento de los principios que señalan.

1. Federación Española de Asociaciones de Psicoterapeutas (FEAP). 2011. www.featf.org/guia-de-procedimiento.php2. Sociedad Panameña de Psicoterapia. https://psicoterapia3.wordpress.com/tag/declaracion-de-estrasburgo-sobre-la-psicoterapia/

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36 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Resumos e Trabalhos dia 19 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 18 agosto

13h30 - 15h30Sala 302

64Mesa redondaem foco a pessoa do terapeuta: estratégias propostas naformação para a pessoa do terapeuta. Centrados en la persona del terapeuta: estrategiaspropuestas en la formación de la persona del terapeuta.

:: O que faz de uma pessoa um psicoterapeuta?:: ¿Qué hace a una persona, ser un psicoterapeuta?

RICARDO REGO (Brasil)

tema: O que faz de uma pessoa um psicoterapeuta?Formação e informação.

ReSuMO: Formar um psicoterapeuta requer o desenvolvimento de diversostipos de habilidades. Uma parte dos requisitos necessários diz respeito à ab-sorção de informações relevantes: teorias que propiciem um embasamentopara a compreensão das dinâmicas psíquicas, elementos para a compreensãodo manejo do setting, uma visão de psicopatologia, ética, entre outros. Masexiste toda uma outra parte que não pode ser passada desta forma: a capaci-dade de empatia e de introspecção, o treinamento quanto à percepção de ele-mentos de comunicação não-verbal, a postura de neutralidade etc.

Em muitos cursos de formação, é dada ênfase praticamente absoluta à in-formação, às aulas que buscam capacitar o aluno a se apoderar dos conceitosfundamentais da abordagem ensinada. O desenvolvimento dos demais aspec-tos é deixado quase que inteiramente à análise didática. Em cursos de forma-ção é muito raro encontrar-se dispositivos como os existentes em faculdadesde Psicologia, salas especiais nas quais o aluno em formação atende enquantoa sessão é observada pelo supervisor e depois comentada.

Nos cursos de Psicologia Biodinâmica, do mesmo modo que em outrasescolas neorreichianas, há o costume de que as vivências e a experiênciacom exercícios corporais sejam parte das aulas, o que cria uma forma di-ferente de ensino. Serão comentadas algumas das vantagens e desvanta-gens desta metodologia.

:: estratégias de formação em psicoterapia no âmbito universitário. :: estrategias de formación en psicoterapia en el ambito universitario.

GUILLERMO GARRIDO (Panamá)ESTRATEGIAS DE FORMACION EN PSICOTERAPIA EN EL AMBITO UNIVERSITARIO

ReSuMeN: En base a la relación originaria entre el Psicoanálisis y su ense-ñanza en las universidades, discutida a partir del trabajo publicado por Freuden 1919 titulado; “ Debe enseñarse psicoanálisis en las universidades?”, sediscute la importancia de que la psicoterapia psicoanalítica y otras psicote-rapias diferentes, pueden y deben ser enseñadas en la universidades, a tra-vés de diferentes niveles académico, desde cursos elementales en los nivelde pregrado, como en cursos especializados en niveles de postgrado, hastala formación completa de un psicoterapeuta entrenado y certificado deacuerdo a los estándares internacionales. Se enfatizan los modelos actualesy ofertas de formación por parte de diferentes universidades en el mundoahora existentes, un hecho que no habría sido imaginado hasta hace muypocos años y que ha hecho posible el estudio y formación de psicoterapeu-tas desde el pregrado y licenciaturas como resultado y consecuencia del re-conocimiento y establecimiento de la psicoterapia no sólo como ciencia sinotambién como profesión independiente.

Finalmente de discute la importancia de esta relación entre psicoterapia yuniversidades no solo para los psicoterapeutas y las universidades mismas,sino fundamentalmente para el desarrollo, crecimiento y validación ante la co-munidad de la psicoterapia por la posibilidad de beneficiarse y enriquecersede programas de investigación auspiciados y desarrollados por los recursosy metodologías que le son propios a las universidades.pALAbRAS CLAVeS: Formación psicoterapeuta; Universidades, validación,investigación.

CuRRICuLuM bReVe: Médico especialista en medicina interna y psiquiatria dela Universidad Central de Venezuela. Psicoanalista de la Asociacion Venezo-lana de Psicoanalisis, miembro IPA y FEPAL. Psicoanalista didacta directordel Instituto de Psicoanalisis de Panamá. Secretario general, miembro fun-dador y representante ante ONU del World Council for Psychotherapy. Expresidente y miembro fundador de la Federacion Latinoamericana de Psico-terapia. Fundador y ex presidente de la Asociacion Venezolana de Psicotera-pia (AVEPSI). Psicoterapeuta y Supervisor certificado por la Asociacion

Venezolana de Psicoterapia, la Federacion Latinoamericana de Psicoterapiay el World Council for Psychotherapy. Profesor invitado de la Universidad“Sigmund Freud” de Viena, Austria.

:: estratégias propostas para a formação do psicoterapeuta em âmbitouniversitário

:: propuesta de estrategias para la formación de los psicoterapeutas enel ambito universitario.TALES VILELA SANTEIRO (Brasil)

Neste trabalho problematizam-se aspectos da formação de psicoterapeutasem cursos de bacharelado em Psicologia. Para tanto se consideram: (1) asDiretrizes Curriculares Nacionais (DCNs); (2) a psicoterapia como desdobra-mento da Clínica mais reconhecido pela população como prática do psicólogobrasileiro; (3) a carga horária mínima prevista para formação de psicólogos;e (4) a inexistência de mecanismos que requeiram formação continuada, apósa graduação, para a prática da psicoterapia no Brasil. Nos cursos de Psicologiaa formação em psicoterapia tem ocorrido integrada ao rol de atividades queum psicólogo pode desenvolver, porém, nem sempre ela é focalizada comoalgo prioritário. Isso ocorre devido à natureza das atuais DCNs, que permitemproposições de ênfases curriculares flexíveis o suficiente para não haver apro-fundamento no campo das psicoterapias. Assim, a Psicologia brasileira con-cebe bacharéis habilitados de modo genérico para a prática psicoterapêutica,ainda que: (a) não tenham tido treinamento para tal, ou (b) tenham tido ex-periências em estágios clínicos, mas que não necessariamente contemplempráticas específicas e fundamentais requeridas ao trabalho do psicoterapeuta,sendo a psicoterapia pessoal um exemplar. A partir dessas considerações, épossível a Psicologia propor diretrizes que o graduado deve seguir para pres-tar serviços como psicoterapeuta, sem com isso incorrer no raciocínio da “es-pecialização”? Esse tipo de reflexão/debate é desejável para a categoriaprofissional? Defende-se o momento histórico como oportuno para institui-ções reguladoras e formadoras de psicólogos esclarecerem estratégias polí-ticas e didático-pedagógicas, que objetivem consolidar o papel social daprofissão dos psicoterapeutas e a prática psicoterapêutica no país.COORDeNADORA/COORDINADORA: MARIELA GOLBERG (Uruguai)

13h30 - 15h30Sala 30374Mesa redonda

quem pode exercer a função de psicoterapeuta? ¿Quién puede ejercer la función de psicoterapeuta?

:: história da formação do campo de trabalho do psicoterapeutamoderno e sua relação com a psicologia clínica.

:: historia de la formación en el campo del trabajo del psicoterapeutamoderno y su relación con la psicología clínica.MARCELO NICARETTA (Brasil)

:: Desafios do exercício da psicoterapia no atual cenário de DemandasSócio Sanitárias na América Latina.

:: desafios del ejercicio de la psicoterapia en el actual escenario dedemanda socio sanitaria en Latinoamérica.RICARDO WERNER SEBASTIANE (Brasil)

:: tornar-se psicoterapeuta: Demandas, dificuldades, aprendizados eleituras possíveis em contextos de formação e transformação. :: hacerse psicoterapeuta: demandas, dificultades, aprendizados y

lecturas posibles en contextos de formación y transformación.FABIO SCORSOLINI (Brasil)

O objetivo desta apresentação é refletir sobre as experiências de aproxima-ção de jovens psicoterapeutas do universo clínico, abarcando possíveis difi-culdades, demandas e aprendizados decorrentes desse processo. Para tanto,sirvo-me de duas experiências: a primeira delas refere-se ao contexto de for-mação, como supervisor de estágio clínico junto a estudantes de Psicologia,em um projeto de preparação para a aposentadoria; a segunda refere-se aocontexto de transformação e recupera minha experiência como psicoterapeutaem uma comunidade religiosa ligada à umbanda. No estágio, foram destaca-

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::37

dos aspectos como os treinamentos para os primeiros atendimentos, as in-seguranças inerentes ao processo de entrar em contato com um outro atéentão desconhecido, bem como a dificuldade de tratar do tema da aposenta-doria com jovens psicoterapeutas que estavam iniciando as suas atividadesprofissionais. Na comunidade religiosa, o desafio foi desenvolver uma pro-posta clínica em um ambiente relacionado à cura e às práticas espirituais, aco-lhendo a espiritualidade do outro e promovendo reflexões sobre como ésituar-se como psicoterapeuta nesse cenário religioso, místico e que compar-tilha determinadas crenças que se atualizam no domínio clínico. Ambas as ex-periências relatadas revelam o processo de tornar-se psicoterapeuta comoalgo relacionado não apenas ao domínio de um conjunto de técnicas e sabe-res, mas a uma atitude de disponibilidade de estar com o outro, conhecer suacomunidade de referência, suas crenças e cultura, a fim de permitir uma es-cuta autêntica, próxima e que potencialize o crescimento pessoal.

Prof. Dr. Fabio Scorsolini-Comin é psicólogo, com mestrado, doutorado epós-doutorado em Psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letrasde Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP). Professor adjunto doDepartamento de Psicologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro(UFTM), onde é Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Psicologia.Coordenador do Laboratório de Investigações sobre Práticas Dialógicas e Re-lacionamentos Interpessoais (PROSA-CNPq).COORDeNADORA/COORDINADORA: GIOCONDA MEDRANO (Venezuela)

13h30 - 15h30Sala 30584Mesa redondaDesafios terapêuticos na atualidade.desafios terapêuticos en la atualidad.

:: psicoterapia nas situações traumáticas e catastróficas. :: psicoterapias en situaciones traumáticas y catastróficas.

JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil)

:: A psicoterapia nos serviços públicos.:: La psicoterapia en los servicios públicos.

CINTIA BRAGHETO FERREIRA (Brasil)

ReSuMO: A Psicologia é uma profissão que tem sido convidada a construir pos-sibilidades de cuidado cada vez mais articuladas com as demandas dos indiví-duos que buscam os serviços públicos de Psicologia para atendimento, assimcomo adaptadas às próprias características institucionais dos referidos serviços.Todo esse contexto requer que o profissional de Psicologia construa adequa-ções de referenciais teóricos capazes de responderem de forma eficaz a todasessas demandas. Portanto, tomando como ponto de partida todas essas cons-truções, relata-se como algumas possibilidades oferecidas pela posição cons-trucionista social, como o engajamento relacional com a comunidade, acuriosidade e a abertura à multiplicidade dos discursos e à mudança, podempotencializar o cuidado em saúde articulado ao campo da clínica ampliada, pos-sibilitando assim transformações em duas grandes frentes, a saber: no próprioatendimento clínico, assim como na formação de futuros psicoterapeutas.

pALAVRAS-ChAVe: saúde pública, clínica ampliada, construcionismo social.MINI CuRRÍCuLO: Psicóloga. Mestre e Doutora em Enfermagem em Saúde Pú-

blica pela USP. Tem experiência na área de Psicologia com concentração emPsicologia da Saúde e ênfase em intervenção terapêutica, atuando principal-mente nos seguintes temas: psicologia da saúde, saúde pública, equipe desaúde, família e construcionismo social. Atualmente é professora adjunta docurso de Psicologia da Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí.

Créditos que caracterizam a produção científica e experiência profissionalda autora responsável: FERREIRA, Cintia Bragheto ; ALMEIDA, Ana Maria de.Breast cancer and marriage. 1. ed. Saarbrücken: VDM Verlag Dr. Müller, 2010.v. 01. 10

:: A psicoterapia frente a violência familiar incluindo o agressor. :: La psicoterapia frente a la violencia familiar incluyendo al agresor.

DALKA CHAVES DE ALMEIDA FERRARI (Brasil)COORDeNADOR/COORDINADOR: JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil)

13h30 - 15h30Sala 30794Mesa redonda

Refletindo sobre a implicação da religião na prática clínica.reflexionando sobre las implicaciones de la religión en lapráctica clínica.

:: Algumas concorrências entre a psicologia e a religião. :: algunas competiciones entre la psicología y la religión. ÊNIO BRITO PINTO (Brasil)

ReSuMO: Partindo de minha experiência clínica e de uma visão baseada naabordagem gestáltica, apoiando-me também em observações que faço emdiscussões com psicólogos sobre a religião, pretendo levantar aqui algumasreflexões sobre uma área de encontros (e desencontros) entre a psicologia ea religião que precisa ser mais debatida, a área delimitada pelas concorrênciasentre a religião e a psicologia em nossos dias. Minha esperança é ajudar es-pecialmente os psicólogos a adentrarem com o mínimo de preconceito pos-sível nos estudos sobre o campo religioso em sua interface com a psicologia,em especial com a psicoterapia.

Há uma inevitável concorrência entre esses importantes meios humanos decompreensão da realidade. Este trabalho visa clarear um pouco mais essa con-corrência, na esperança de que uma vez explicitado e compreendido esse fato,ambas, psicologia e religião, possam cumprir seu fim último – colocar-se a ser-viço do homem em seu mundo – de forma ainda mais inteira, honesta e útil.

Caminharei com Eliade, para quem não dispomos de uma palavra melhorque religião para exprimir a experiência do sagrado: “o termo religião é útildesde que se veja que ele não implica uma crença em Deus ou deuses, masrefere-se à experiência do sagrado, e, conseqüentemente, é ligado às idéiasde ser, de significação e de verdade.”

A discussão do tema se apoiará nas acepções da palavra “concorrer” pararefletir sobre as concorrências entre a religião e a psicologia. Seguirei a ordemdos principais sentidos registrada no Dicionário Houaiss da Língua Portu-guesa disponível na internet (www.houaiss.uol.com.br).

ReFeRÊNCIAS bIbLIOGRáFICAS: BERNI, L. E. V. Subjetividade Transdisciplinar: A Construção de um Campo

Epistemológico Integrado. Anais I do Congresso Internacional Pessoa e Co-munidade: fenomenologia, psicologia e teologia e III Colóquio Internacionalde humanidades e humanização da saúde. IPUSP, 2014.

CRPSP. – Conselho Regional de Psicologia de São Paulo. Psicologia, Lai-cidade, Espiritualidade Religião e os Saberes Tradicionais. SP: CRPSP, 2014.

ELIADE, M. La Nostalgie des Origines – Méthodologie et Histoire des Reli-gions. Paris: Éditions Gallimard, 1978

PARGAMENT, K. I. Spiritually Integrated Pisichotherapy: Understandingand addressing the sacred. New York: The Guilford Press, 2007

PASSOS, J. D. e USARSKI, F. Compêndio de Ciência da Religião. São Paulo:Paulinas e Paulus, 2013

PINTO, Ê B. Espiritualidade e Religiosidade: Articulações. Disponível emwww.pucsp.br/rever/rv4_2009/t_brito.pdf, acess. em 23/03/2010. As Ciênciasda Religião Aplicadas à Psicologia. em PASSOS, J D. e USARSKI, F. Compên-dio de Ciência da Religião. São Paulo: Paulinas e Paulus, 2013, p. 677-690.

RODRIGUES, R. L. O fim da respublica christiana: as dinâmicas confessio-nais e a pré-história da noção de laicidade. Revista Teologia em Questão, anoXII, Taubaté: Faculdade Dehoniana, 2013, p. 09 - 36

:: Os psicólogos e as demandas religiosas na clínica psicológica.:: Los psicólogos y las demandas religiosas en la psicología clínica.

MARILIA ANCONA LOPES (Brasil)

:: A ética na prática clínica das questões religiosas.:: La ética en la práctica clínica de las cuestiones religiosas.

MARIA LUIZA SCROSOPPI PERSICANO (Brasil)COORDeNADOR/COORDINADOR: ENIO BRITO PINTO (Brasil)

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38 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Resumos e Trabalhos dia 19 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 18 agosto

3h30 - 15h30Sala 308104Workshop/taller

O self do psicoterapeuta.el self del psicoterapeuta. MARIA VILMA CHIORLIN (Brasil)

3h30 - 15h30Sala 309

114Workshop/tallerO brinquedo e o espaço energético na relação terapeuta-brinquedo-criança.el juego y el espacio energético en la relación terapeuta-juego-niño.BRASILDA ROCHA (Brasil)

13h30 - 15h30Sala 310124Workshop/taller

Arte-psicoterapia: cores, símbolos, imagens e formas comexpressão de si e caminho de autoconhecimento.psicoterapia de arte: colores, símbolos, imágenes y formascon expresión de ruta de autoconocimiento.SELMA CIORNAI (Brasil)MARIA BETANIA PAES NORGREN (Brasil)

144Comunicação oral/ Comunicación Oral

CO16:: Reatividade e evitação no DSM-5: uma análise dos critériosdiagnósticos dos transtornos de personalidade e seu modeloalternativo. área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.TULIO R. T. PEIXOTO

A prática clínica demonstra que quem procura assistência em saúde mentaltem duas dificuldades básicas: estabelecer/manter relacionamentos interpes-soais positivos; e sustentar um sentido de valor pessoal (autoestima). Partindodessa constatação, este autor analisou os critérios diagnósticos de Transtornosde Personalidade do DSM-5, relacionados a Medo (nas relações interpessoais).A metodologia utilizada foi de análise de conteúdo, trabalhando com categorias,num enfoque interpretativo social-construcionista. Consistiu em três etapas:1) Leitura intensiva dos capítulos específicos no DSM-5 (Seções II e III), con-comitante à interpretação e codificação dos termos e expressões relacionadasa Medo, utilizadas nos critérios diagnósticos e na caracterização dos transtor-nos de personalidade; 2) Categorização dos termos coletados; e 3) Análise dosdados. Os resultados revelam, entre outras coisas, haver descritores explícitosou implícitos relacionados a medo em todos os tipos de transtornos de per-sonalidade. Entre os tipos de medos presentes estão: medo de crítica (e/ou ne-cessidade de reconhecimento); rejeição; abandono; inadequação; submissão;dano; imperfeição; descontrole. Basicamente, evocando dois tipos de atitudespor parte do indivíduo: reatividade e evitação (podendo esta última, em algunscasos, ser considerada reatividade). Foi possível também inferir que quantomaior a sensibilidade (medo) e a inflexibilidade, maior a reatividade, que afetae é afetada pela autoimagem. Essas e outras constatações ampliam a com-preensão diagnóstica desses transtornos, beneficiam as respectivas estratégiasde intervenções terapêuticas e ensejam pesquisas posteriores.

pALAVRAS-ChAVe: Relações Interpessoais, Auto-imagem, Medo, Reatividade,Evitação.

MINI-CuRRICuLO: Psicólogo, Psicoterapeuta, Especializando em Logoterapia eAnálise Existencial pela ALVEF - Curitiba/PR.

CO18:: Características del self en pacientes con transtorno obsesivocompulsivo: una aproximación desde enfoque integrativosupraparadigmatico.área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.TEXIA BEJER TAJMUCH

En la presente investigación, se intenta comprender el trastorno ObsesivoCompulsivo (TOC) más allá de los síntomas, como una forma de planear es-trategias de intervención diferentes y que ayuden a aliviar el sufrimiento delos pacientes. Se toma el marco referencial del Enfoque Integrativo Suprapra-digmático, así el objetivo general sería describir las funciones del Self pro-puestas por este enfoque, en pacientes que sufre TOC. El tipo de investigaciónes no experimental, descriptiva y transaccional. La muestra es de 18 pacientesdel consultorio dependiente del Instituto Chileno de Psicoterapia Integrativay que responden la Ficha de Evaluación Clínica Integral (FECI). El análisis serealizó con el programa SPSS en los estadísticos Chi cuadrado y t-student.De los resultados se obtiene que las funciones del Self se verían todas com-prometidas, habiendo una “irradiación” desde los aspectos biológicos que in-terfieren y definen el como el sujeto se ve a sí mismo, como interpreta elmundo. como logra armarse internamente y cuanto es capaz de plantearsemetas más allá del trastorno. Así aunque las funciones del Self aparecen al-teradas, se puede observar una alteración “diferencial” en donde algunas po-drían estar más determinadas desde el funcionamiento más estable del sujetoy otras más desde los aspectos biológicos.

pALAbRAS CLAVeS: TOC, EIS, Funciones del Self.Requerimientos para la presentacion: microfono, dataMINI CuRRICuLuM AutORA: Es psicoterapeuta y supervisora acreditado, realiza do-

cencia en pre y post-grado en diversas universidades del país. Siendo docentede planta en la Universidad Santo Tomas y encargada del área clínica adulta enel Centro de atención CAPs de la Escuela de Psicología de esta casa de estudios.Por otro lado ejerce como Psicoterapeuta clínico en forma particular y comoparte del equipo clínico de los consultorios del Instituto Chileno de PsicoterapiaIntegrativa (desde 1997). Autora de varios artículos de revista ACPI

CO65:: transferência e contra-transferência na psicoterapia de pacientesbordelines.área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.ELIANA DE OLIVEIRA TEIXEIRA

Situado como um eixo mediano entre duas formas de organização distintas- a neurose e a psicose, a patologia borderline se caracteriza por sintomas di-versos, confusos e mutáveis possuindo, entretanto, uma organização específica,coerente e estável. Esta especificidade pode ser percebida graças ao papel de-sempenhado pelos mecanismos de defesa no decorrer da psicoterapia. A exis-tência de um ego dividido, de uma angústia difusa, de uma idealização primitiva,da necessidade de controle, da identificação projetiva, da denegação, emergemdurante o tratamento, caracterizado por uma grande ambivalência transferencial.Partindo de tais considerações teóricas nosso trabalho, metodologicamente ba-seado em pesquisas bibliográficas e na observação de casos clínicos, objetivouidentificar a natureza da relação transferencial e contra-transferencial em pa-cientes portadores desta patologia. Nossa investigação nos mostrou três ele-mentos distintos, confirmando dados já apontados pela literatura psicanalítica.I) Durante o tratamento psicoterápico pacientes borderlines mostram-se inca-pazes de conflitualizar, de criar compromissos, de acessar a ambivalência. Sus-tentados pela própria atividade inconsciente e pela força de seus mecanismosde defesa, demonstram inaptidão para mediar sentimentos extremos, como oamor e o ódio II) Tais características transferenciais não dizem respeito unica-mente ao terapeuta, sendo também encontradas nos vínculos estabelecidospelo paciente com o quadro institucional III) Esta modalidade de transferência,intensa e fragmentada, marcada pela labilidade afetiva, implica em uma atividadecontra-transferencial com características específicas, diferente daquela desen-volvida pelo terapeuta diante de quadros neuróticos. Nosso trabalho sugere queo paciente borderline deve beneficiar de um tratamento psicoterápico adequadoao seu modo de funcionamento psíquico.

pALAVRAS-ChAVe: terapia, borderline, transferência, contra-transferéncia.MINI-CuRRÍCuLO: Psicóloga. Integrante do ambulatório Integrado dos Trans-

tornos de Personalidade e do Impulso, no Hospital das Clinicas (São Paulo).Doutoranda em Psicologia pela Universidade de Nantes (França), Mestre emPsicanálise pela Universidade de Paris VIII (França), Mestre em PsicologiaSocial pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais/Sorbonne (França).

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CO70 :: psicoterapia basada em la mentalización.área temática: 11. psicoterapia e psicopatologiaGUSTAVO LANZA CASTELLI

La psicoterapia basada en la mentalización, formalizada por Peter Fonagyy Anthony Bateman (2004, 2006), a partir de los desarrollos teóricos en tornoa la función reflexiva o mentalización (Allen, Fonagy, 2006; Allen, Fonagy, Ba-teman, 2008; Fonagy et al., 2002), se aplicó inicialmente al tratamiento de pa-cientes borderline, con muy buenos resultados evaluados en estudios deseguimiento rigurosos.

Posteriormente su ámbito de aplicación se amplió a pacientes con trastor-nos de la alimentación, depresivos, adictos, traumatizados, etc. y se utilizó envariados formatos: terapia individual, terapia de pareja, familia y grupo, terapiade niños y adolescentes (Bateman, Fonagy, 2012).

En los últimos años se ha expandido de manera notable en Estados Unidos,Europa, Australia y América Latina. En noviembre del 2013 tendrá lugar enLondres el primer congreso internacional dedicado a ese tema específico.

En el presente trabajo, deseo señalar ciertos aspectos claves de esta formade psicoterapia. Para ello, realizo en primer término una puntuación de algu-nos conceptos fundamentales incluidos en el constructo mentalización. Trasello caracterizo una serie de aspectos del abordaje psicoterapéutico. Concluyoilustrando estas ideas con dos viñetas clínicas.

pALAbRAS CLAVeS: mentalización- psicoterapia- psicopatologiaMINI CuRRICuLuM AutORA ReSpONSAbLe: Lic en Psicologia

Vice Presidente de APRA.Presidente de la Asociación Internacional para el Estudio y Desarrollo de laMentalización Director de Mentalización: Revista de Psicoanálisis y PsicoterapiaDirector de la Revista de la Asociación de Psicoterapia de la RepúblicaArgentinaHa diseñado y publicado dos instrumentos para la evaluación de lamentalizaciónCOORDeNADORA/COORDINADORA : RACHEL ZAUSNER SKARBNIK (Brasil)

6h00 - 17h30Sala 302154Comunicação oral/Comunicación OralCO03:: Da escuta e do silêncio: uma outra possibilidade compreensivapara a Daseinsanalyse.área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.GUILHERME CONTI MARCELLO

Este trabalho propõe um retorno à segunda fase da filosofia de Martin Hei-degger em busca de um ponto específico: a linguagem. Ainda, o que se inten-ciona é pensar quais as contribuições do pensamento tardio do autor acercada linguagem para a psicoterapia. Nessa perspectiva e em traços gerais seráapresentada uma possibilidade de fundamentação da prática daseinsanalíticaa partir de dois dos conceitos heideggerianos ligados à linguagem, escuta esilêncio. É importante ressaltar que não se pretende confrontar a visão demundo e de homem adotadas pela Daseinsanalyse, mas agregar contribuiçãoà prática de tal corrente psicológica. Se a proposta da Daseinsanalyse se es-trutura a partir do ser-no-mundo do Dasein, fundamental em Ser e Tempo,pensar a linguagem como a possibilidade que integra existência, finitude ecompreensão se faz coerente, no horizonte da segunda fase heideggeriana. Aoadotar a ideia de que o ser do Dasein está permanentemente em jogo e, por-tanto, a angústia se mostra como a possibilidade afetiva que o conduziria àapropriação de sua finitude como uma questão fundamental, silenciar e escutara voz do Ser que chama é prudente. Portanto, a psicoterapia, baseada nas con-siderações que enlaçam o Dasein e o sentido de Ser (Seyn), sugere que a de-mora sobre algo não diga respeito ao passar das horas, e sim ao modo de serpelo qual algo seja compreendido, principalmente, em sua possibilidade deabertura que, ao mesmo tempo, é destino e envio do próprio Ser.

pALAVRAS-ChAVe: Psicoterapia, Daseinsanalyse, escuta, silêncio, linguagem.MINI CuRRÍCuLO: Psicólogo graduado pela PUC-SP e mestre em filosofia pela

PUC-SP com ênfase no pensamento de Martin Heidegger. É professor dasdisciplinas de Psicologia Fenomenológica, História da Psicologia, História daFilosofia, Ética e Cidadania e Ética Profissional na UNIP - Universidade Pau-lista. Atualmente atua em consultório particular como psicoterapeuta adoles-centes, adultos, casais e grupos. É professor colaborador do projeto JovemAprendiz do SENAC, ministrando aulas sobre diversos temas complementaresà formação profissional. Atua, também, como acompanhante terapêutico notrabalho com adultos. Se dedica à pesquisa das relações entre a fenomeno-logia heideggeriana, a psicologia e a Daseinsanalyse clínica.

CO04 :: A psicoterapia breve na abordagem gestáltica: discutindopreconceitos. área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.ÊNIO BRITO PINTO

Há uma ideia corrente, apenas em parte correta, de que uma psicoterapiaé um processo longo. Em muitas situações um processo psicoterapêuticopode acontecer de maneira relativamente rápida e ser tão eficaz quanto osprocessos longos. É a psicoterapia breve. Mesmo que essa modalidade depsicoterapia, quando praticada com boa fundamentação teórica e ética, sejasuficientemente útil para a maioria das pessoas que procuram ajuda psicoló-gica, há ainda no meio dos profissionais da área da psicologia e das profissõesafins algumas restrições mal fundamentadas com relação a ela, gerando umavisão distorcida, num posicionamento que se baseia mais em preconceitosque em estudos, mais em olhares de longe e superficiais que em experiênciasclínicas, mais em ouvir dizer que em verificações. Pretendo discutir algunsdesses preconceitos, com a expectativa de esclarecer as possibilidades e aspotencialidades dos trabalhos breves em psicoterapia. Abordarei,a partir daGestalt-terapia, algumas das peculiaridades e limites dessa forma de se tra-balhar em psicologia, para então apresentar alguns preconceitos sobre essetipo de trabalho que tenho ouvido em cursos que ministro sobre o tema. Den-tre outros preconceitos, discutirei os seguintes: é superficial, não se alcançamas motivações e conflitos profundos; o sintoma voltará de outra forma; não éde fato uma psicoterapia, mas uma pedagogia; termina sem lidar com ques-tões importantes para o cliente; só serve para resolver situações específicas.Espero provocar em quem participar do debate um desejo de estudar e com-preender melhor essa modalidade de trabalho psicoterapêutico.

pALAVRAS-ChAVe: psicoterapia breve; Gestalt-terapia; Gestalt-terapia de CurtaDuração; preconceitos teóricos

MINI CuRRÍCuLO: psicólogo e psicopedagogo; mestre e doutor em Ciências daReligião pela PUC/SP, onde fez seu pós-doutorado em Psicologia Clínica. Ges-talt-terapeuta, é professor e coordenador do Instituto Gestalt de São Paulo eprofessor convidado de diversos cursos de formação e especialização emGestalt-terapia no Brasil. Possui livros, artigos e capítulos de livros publicadosnas áreas de psicoterapia, sexualidade e de psicologia da religião. http://lat-tes.cnpq.br/5004533171970373

CO15 :: Diálogos entre Rudolf Steiner e Jacob Levy Moreno- Reflexõespara a práxis psicoterapêutica, a partir da Antroposofia e dopsicodrama.área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.DENISE SILVA NONOYA

ReSuMO: A proposta deste trabalho é a promoção de um diálogo entre asconcepções de Rudolf Steiner e de Jacob Levy Moreno, a fim de estabeleceranalogias e considerações que direcionem a práxis psicoterapêutica. A con-temporaneidade tem apontado aumento da complexidade das demandas naclínica psicoterápica, exigindo aprimoramento e sensibilidade no atendimento.Por conseguinte, reforça a necessidade de refletir sobre o panorama das psi-coterapias, bem como a busca de uma visão integradora que dê continênciaàs angústias do homem atual. Neste aspecto, analisa qual o lugar da Psico-terapia Antroposófica neste panorama e examina a contribuição sistematizadadas Técnicas Psicodramáticas, como um recurso no manejo da aproximaçãoantroposófica. Conclui que o Movimento de Integração de Psicoterapias as-sociado aos estudos Transdisciplinares trazem perspectivas para o aprofun-damento do presente diálogo e enriquecimento de novos olhares.

pALAVRAS-ChAVe: Psicologia, Práxis Psicoterapêutica, Psicoterapia Antropo-sófica, Psicodrama.

MINI CuRRÍCuLO: Psicóloga. Psicodramatista. Especialista em Psicologia Sociale do Trabalho, Análise Transacional e em Psicologia Clinica. Professora Su-pervisora (em formação) pela Sociedade de Psicodrama de São Paulo –SOPSP. Coordenadora Pedagógica do Curso de Educação Continuada em Psi-codrama da SOPSP. Atua nos contextos Sócio-Organizacional (UNESP - Ges-tão Universitária, Desenvolvimento de Pessoas, Fatores Humanos noTrabalho) e no contexto Psicoterápico (Consultório Particular - atendimento:adolescentes, adultos, psicoterapia em grupo).

CO42 :: O que é psicoterapia? uma perspectiva comportamentalcontemporânea.área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.THIAGO PACHECO DE ALMEIDA SAMPAIO

A concepção do que é psicoterapia varia de acordo com a abordagem teó-rica que a sustenta. Uma definição genérica poderia concebê-la como um

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40 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Resumos e Trabalhos dia 19 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 18 agosto

atendimento clínico psicológico com objetivo de tratar condições psicopato-lógicas, dirimindo o sofrimento psíquico e reestabelecendo o padrão de fun-cionamento saudável do indivíduo. Entretanto, ao utilizarmos noções como,“psicológico”, “psicopatologia”, “psiquismo”, “sofrimento” e “funcionamentosaudável”, faz-se necessário um exame crítico das diferentes perspectivas deentendimento a cerca destas. Os diferentes entendimentos derivam de teoriascom bases ontológicas e epistemológicas distintas e culminam em projetosterapêuticos bastante particulares, mais ou menos diretivos, mais ou menostécnicos, mais ou menos estruturados; e com objetivos que enfatizam dife-rentes aspectos do processo de mudança: aceitação, autoconhecimento, ela-boração, ressignificação, modificação do comportamento, entre outros.Dentre as muitas nuances dignas de reflexão a cerca dessa questão, este tra-balho busca, a partir da perspectiva teórica comportamental, contribuir paraa proposição de um entendimento que explicite e descreva os processos queconstituem o processo psicoterapêutico, a partir da designação clara e precisade seus elementos e objetivos.

pALAVRAS-ChAVe: sofrimento emocional, processos clínicos, behaviorismoMINI CuRRÍCuLO: Thiago Pacheco de Almeida Sampaio. Psicólogo; mestre em

ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HC-FMUSP); Professor supervisor do curso de especialização em terapias com-portamentais e cognitivas aplicadas à saúde mental e coordenador da equipede psicologia do Programa Ansiedade (AMBAN) do IPq-HC-FMUSP.

COORDeNADOR/COORDINADOR: TALES VILELA SANTEIRO (Brasil)

6h00 - 17h30Sala 303164Comunicação oral/Comunicación OralCO05 :: A expressão da socialização juvenil a partir do rap.área temática: 14. psicoterapia e as Artes.CLÁUDIA YAÍSA GONÇALVES DA SILVA, IVONISE FERNANDES DA MOTTA.

A socialização é um processo que se destaca nos grupos juvenis, pois é apartir dela que os jovens se associam a padrões norteadores e estruturantes,que os conduzem a um modo de ser. Buscamos investigar como o conceitode socialização pode ser experienciado pelos jovens apreciadores do estilomusical rap, por meio da análise psicanalítica de excertos musicais do cenáriopaulistano. Verificamos que os rappers adotam a função de difusores do co-tidiano das periferias. Por outro lado, também se tornam modelos de identi-ficação, postura pessoal e profissional para a juventude que segue essemovimento musical. A associação aos demais jovens que dividem as mesmasinquietudes e experiências, sustenta entre eles uma relação de irmandade, aponto de se intitularem de "manos". Essa relação fraterna contribui para aconstrução do sentimento de pertencimento a um contexto que oferece aco-lhimento e sustentação, favorecendo a organização da identidade pessoal deuma juventude que muitas vezes carece de figuras norteadoras. Concluímosque a socialização, pelo viés da música, é um aspecto estruturante para os jo-vens do entorno do estilo musical. Assim, nos trabalhos psicoterápicos rea-lizados com essa população, propõe-se levar em consideração que o rap podeser um instrumento mediador apropriado para uma intervenção contextuali-zada e permeada de sentido para essa juventude.

pALAVRAS-ChAVe: socialização, juventude, rap, psicanálise.MINI CuRRÍCuLO: Psicóloga. Mestranda em Psicologia Clínica pelo Instituto de

Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP). Bolsista CAPES. Especia-lista em Psicanálise pelo Núcleo de Educação Continuada do Paraná (Nec-par/Unicesumar).

CO17 :: Desastres e perdas na família: análise do filme a IndomávelSonhadora.área temática: 14. psicoterapia e as Artes.ELISÂNGELA DE MELO PAES LEME DE MENEZES, MARIA HELENAPEREIRA FRANCO

As cenas dos desastres, sejam elas por fenômeno da natureza ou pela im-prudência do homem estão presentes no cotidiano como quase naturais, vistoque são frequentes. As autoridades, apesar de tantas reproduções de tragé-dias, nem sempre apropriam-se da experiência para pensar em prevenção.Pode-se pensar em três procedimentos para amenizar o sofrimento de pes-soas que vivenciam esta situação de tragédia e até mesmo evitar. Alguns de-sastres acontecem por negligência das autoridades. No Brasil, por exemplo,muitas áreas são de risco e as comunidades não recebem informação ade-quada sobre a situação do espaço em risco. Outras comunidades sabem dosriscos, são informadas, mas não compreendem o perigo. O filme IndomávelSonhadora (2012), título na tradução brasileira que gera discórdia entre os

críticos do cinema (Beasts of the Southern Wild) envolve os interessados emcinema numa trama de sobrevivência. O filme é a história do relacionamentoentre pai e filha, (Wink e Hushpuppy) numa comunidade pobre do sul dos Es-tados Unidos, Louisiana, local em que aconteceu a tragédia do furacão Ka-trina, (2005) e o furacão Isaac (2012). O objetivo deste trabalho é analisar ofilme a partir da realidade que acontece no cotidiano em relação as perdaspelos desastres considerados “naturais”. O filme, assim como a realidade so-cial, demonstra o quanto ainda precisa ser feito para evitar os desastres e me-lhorar os atendimentos em situações de perda.

pALAVRAS-ChAVe: família, luto, desastres naturais, apego ao lugar, cinemaMINI CuRRÍCuLO: (1).Doutoranda em psicologia clínica PUC- SP. Especializando

em Casal e família pelo Núcleo de Estudos e Reciclagem da Família - Laços.Mestre em Educação: Culturas escolares e linguagens UFMT. (2). É professoratitular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, no Programa de EstudosPós-Graduados em Psicologia Clinica, fundadora (1996), fundadora e coorde-nadora do Laboratório de Estudos e Intervenções sobre o Luto - LELu, da PUC-SP. Coordenadora do GT Formação e Rompimento de Vínculos na ANPEPP.

CO44 :: Corpos marcados: Arte e testemunho.área temática: 14. psicoterapia e as Artes.Ida Kublikowski, Cibele L. Barbará, Isabela G. R. Hispagnol, Maria deLourdes T. Neves, Sandro J. S. Leite.NOMe DO AutOR/AutORA ReSpONSáVeL: Ida KublikowskiCO-AutOReS: Cibele L. Barbará; Isabela G. R. Hispagnol; Maria de Lourdes T.Neves, Sandro J. S. Leite.

O presente ensaio foi elaborado visando abordar o discurso de Frida Khaloe Nazareth Pacheco em relação às suas obras e a possibilidade destas seremtestemunhos das suas experiências vividas. As duas artistas foram selecio-nadas em função de as obras revelarem o caráter autobiográfico (a possibili-dade de representação plástica da experiência vivida) e que remonta àproblemática de contar sobre experiências relacionadas ao adoecimento físicoe às marcas do corpo. Em uma análise, quando o testemunho do artista é le-vado em consideração, insights podem ocorrer acerca da elucidação do pro-cesso criativo, vinculando-se a fala à obra. Fazendo isso, passa a adentrar ocampo da experiência artística e revelação do humano. Esse exercício podeser aplicado no estudo dessas duas artistas, cujas experiências de vida mar-cantes revelam a conexão íntima entre o testemunho e a obra de arte, e apon-tam para o psicoterapeuta o caminho da escuta, representação eressignificação do sofrimento gerado por corpos marcados.

pALAVRAS-ChAVe: corpos marcados; arte; testemunho.MINI CuRRÍCuLO: Ida Kublikowski – Profa. Dra. do Depto. de Psicologia do De-

senvolvimento da Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde, Curso de Psi-cologia e do Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Clínica daPUC-SP; Cibele L. Barbará – Mestranda no Programa de Estudos Pós-Gra-duados em Psicologia Clínica da PUC-SP; Isabela G. R. Hispagnol, Maria deLourdes T. Neves e Sandro J. S. Leite – Doutorandos no Programa de EstudosPós-Graduados em Psicologia Clínica da PUC-SP.

CO50 :: psicoterapia, Diálogo e Arte - uma visão da Gestalt-terapia.área temática: 14. psicoterapia e as Artes.Lara Danyla Freitas Garcia Santos

A arte sempre esteve presente no universo humano desde os primórdiosdos tempos. Tomemos como exemplo as pinturas nas paredes das cavernasdo Homem primitivo até os dias de hoje, nas suas mais diferentes manifes-tações plásticas, promovendo formas de expressão e comunicação. A artepode ser compreendida como o constante esforço do homem em criar parasi mesmo um espaço de realidade diferente daquela que lhe é dada, abrindouma nova possibilidade no manejo de sua existência a partir de si mesmo.Assim, a pessoa ao desenvolver uma atividade artística, nesse intervir na rea-lidade, estará estruturando-se de forma mais adequada, isto é, saudável e efi-ciente. A Gestalt-terapia, abordagem humanista-existencial-fenomenológica,dá essa possibilidade ao indivíduo; ele se realiza como um projeto integradoe harmonioso. O terapeuta, por meio do diálogo, em uma postura acolhedora,compreensiva e amorosa, convida o cliente a perceber-se, aceitar-se e atua-lizar-se para que assim desperte nele um desejo ontológico de se perceber,de se definir e ser como um todo. Essa reconfiguração interna acontece nocontexto terapêutico, em que o indivíduo toma posse de suas resistências epossibilidades favorecendo sua genuinidade. Logo, o Ser se descobre e sedescobre um Ser de possibilidades.

pALAVRAS-ChAVe: Arte, diáologo, Gestalt-terapiaMINI CuRRÍCuLO: Graduada e Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade

Católica de Goiás (2003). Formação em Gestalt-terapia pelo Instituto de Trei-

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::41

namento e Pesquisa em Gestalt-Terapia de Goiânia. Professora e supervisoraclínica em Gestalt-terapia das Faculdades ALFA-GO. Professora do ITGT-GO.Tem experiência na área de Psicologia Clínica com ênfase nos seguintestemas: Gestalt-terapia, Fenomenologia e Relação Dialógica. Psicoterapeuta deadolescentes, adultos e casal.COORDeNADORA/COORDINADORA: MATHILDE NEDER (Brasil)

6h00 - 17h30Sala 305174Comunicação oral/Comunicación Oral

CO41 :: Genograma: instrumento mediador no trabalho com idosos hIV+área temática: 16. psicoterapia e equipe interdisciplinar.Maria Irene Ferreira Lima Neta, Edna Maria Severino Peters KahhaleAutora responsável: Maria Irene Ferreira Lima NetaCO-AutOReS: Edna Maria Severino Peters Kahhale

O genograma é um importante instrumento de coleta de dados no estudoda família, pois proporciona uma visualização estrutural e dinâmica da família.Todas as vivências, vínculos, desligamentos e funcionamento da família in-corporam no genograma. A construção deste é contínuo ao longo dos aten-dimentos no serviço de atenção básica e por isso este instrumento pode serum grande diferencial se for trabalhado em conjunto com a equipe de saúde.Este vínculo entre a equipe multidisciplinar e os instrumentos de coleta dedados do indivíduo pode ser uma ferramenta para modificações no atendi-mento ao usuário das unidades básicas de saúde, bem como auxiliar a famíliana apropriação de sua história e aos profissionais pensar possibilidades deenfrentamento das dificuldades e potencias de cada familiar. Assim, objetiva-mos analisar e discutir diretrizes para um trabalho multiprofissional a partirdo genograma, sendo este instrumento uma possibilidade para facilitar as co-municações entre os profissionais da saúde com informações de cada indi-víduo. Esta discussão partirá de um trabalho de mestrado realizado com idosoHIV+ a respeito de suas relações familiares após o diagnóstico de HIV+. Par-ticiparam 37 idosos que fizeram seus genogramas com no mínimo 3 gera-ções. Neste estudo percebemos como ficaram as relações afetiva-sexuaisentre os membros bem como afastamentos de familiares. Pensamos que am-pliar estes dados com os demais profissionais que acompanham estes idosospodem proporcionar o protagonismo deste usuário, bem como melhores for-mas de ações da equipe com o usuário e familiares do mesmo.

pALAVRAS-ChAVe: Genograma, HIV, Equipe Multiprofissional.MINI CuRRÍCuLO: Psicóloga Clínica e Hospitalar, formada pela Universidade Ca-

tólica de Pernambuco (UNICAP) e pós-graduada pela Faculdade Franssinettido Recife (FAFIRE). Mestra em Psicologia Clínica pela Pontifícia UniversidadeCatólica de São Paulo (PUC/SP). Atualmente doutoranda em Psicologia Clínicano núcleo de Psicossomática e Psicologia Hospitalar pela Pontifícia Universi-dade Católica de São Paulo (PUC/SP).

CO51 :: O amor patológico sob o enfoque da Gestalt-terapia.área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.Arminda Brito de Sousa, Ms. Luiza Colmán, Ms. Danilo Suassuna, IsadoraSamaridi, Bárbara Magalhães, Fabianne Oliveira, Joacylanny Araújo.AutORA ReSpONSáVeL: Arminda Brito de SousaCO-AutOReS: Ms. Luiza Colmán, Ms. Danilo Suassuna, Isadora Samaridi,Bárbara Magalhães, Fabianne Oliveira, Joacylanny Araújo

A arte sempre esteve presente no universo humano desde os primórdiosdos tempos. Tomemos como exemplo as pinturas nas paredes das cavernasdo Homem primitivo até os dias de hoje, nas suas mais diferentes manifes-tações plásticas, promovendo formas de expressão e comunicação. A artepode ser compreendida como o constante esforço do homem em criar parasi mesmo um espaço de realidade diferente daquela que lhe é dada, abrindouma nova possibilidade no manejo de sua existência a partir de si mesmo.Assim, a pessoa ao desenvolver uma atividade artística, nesse intervir na rea-lidade, estará estruturando-se de forma mais adequada, isto é, saudável e efi-ciente. A Gestalt-terapia, abordagem humanista-existencial-fenomenológica,dá essa possibilidade ao indivíduo; ele se realiza como um projeto integradoe harmonioso. O terapeuta, por meio do diálogo, em uma postura acolhedora,compreensiva e amorosa, convida o cliente a perceber-se, aceitar-se e atua-lizar-se para que assim desperte nele um desejo ontológico de se perceber,de se definir e ser como um todo. Essa reconfiguração interna acontece nocontexto terapêutico, em que o indivíduo toma posse de suas resistências epossibilidades favorecendo sua genuinidade. Logo, o Ser se descobre e sedescobre um Ser de possibilidades.

pALAVRAS-ChAVe: Arte, diáologo, Gestalt-terapiaMINI CuRRÍCuLO: Graduada e Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade

Católica de Goiás (2003). Formação em Gestalt-terapia pelo Instituto de Trei-namento e Pesquisa em Gestalt-Terapia de Goiânia. Professora e supervisoraclínica em Gestalt-terapia das Faculdades ALFA-GO. Professora do ITGT-GO.Tem experiência na área de Psicologia Clínica com ênfase nos seguintestemas: Gestalt-terapia, Fenomenologia e Relação Dialógica. Psicoterapeuta deadolescentes, adultos e casal.COORDeNADORA/COORDINADORA: MATHILDE NEDER (Brasil)

CO60 :: planos de Saúde - o desafio das novas configurações doatendimento psicoterápico.área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.Helen C.D. Spanopoulos, Sonia Pires.

As regulamentações brasileiras da Agencia Nacional de Saúde que deter-minam e orquestram a exigência de oferecimento de atendimento psicológicopelos planos de saúde ocasionaram abalos nos pilares fundamentais da rela-ção terapêutica. A pressão para que o atendimento psicológico viesse a fazerparte do rol de atendimentos cobertos pelos planos de saúde, iniciou-se amais de vinte anos, quando alguns planos considerados diferenciados ofere-ciam esse tipo de atendimento como forma de tornar o plano mais atraente.Objetivos: Propomos-nos a acolher, problematizar e encontrar caminhos parao momento enquanto parte das transformações contemporâneas a que esta-mos inevitavelmente sujeitos. Discussão: Questões como o tempo de atendi-mento da sessão, a duração dos tratamentos inauguram-se com aequiparação dos atendimentos psicológicos aos médicos. Um impasse inso-lúvel, visto que estas áreas de atuação tem como objeto de trabalho o sujeito,a doença e a saúde a partir de óticas totalmente diferentes. Discussão: Comoa demanda de atendimento é grande e a necessidade de responder a essa de-manda pelos planos de saúde está sob os olhos das “leis” da ANS, não exis-tem parâmetros balizadores do que vem sendo oferecido. Conclusão: Oatendimento psicológico virou terra de ninguém, muito mais sujeito às leis doconsumo do que ao conhecimento, ao estudo e à construção de saberes, fun-damentais para a prática psicológica.

Sonia Pires: Psicóloga, psicanalista membro do departamento de formaçãoem psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, responsável pela implantaçãodo projeto Espaço de Construção em clínica psicológica visando a formaçãoatravés do atendimento aos pacientes oriundos de Planos de Saúde. Coorde-nadora do Ciclo: Psicanálise e Planos de Saúde no Instituto Sedes Sapientiaeem 2014, Supervisora e coordenadora de grupos de atendimento em consul-tório desde 1981. Autora livros: Desamparo na Infância (2013) e Psicanálisee Planos de Saúde (2014).

Helen C. D. Spanopoulos: Psicóloga, com especialização em atendimentode adolescentes e adultos em psicanálise, NEEP, pós-graduada em Adminis-tração Hospitalar pela UNAERP e especializanda em Psicossomática Psicana-lítica pelo Sedes Sapientiae. Idealizadora e diretora do CEAAP, supervisora erepresentante da direção de todos seus projetos e iniciativas. Experiência demais de 30 anos em atendimentos clínicos, coordenação e orientação profis-sional para psicólogos recém-formados.

CO71 :: psicoterapia em Saúde Suplementar: impasses e desafiospráticos e éticos.área temática: 7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública epoliticas públicas.Alexandre Trzan Ávila, Eduardo Friederichs Hoffmann, Tatiane Baggio,Simone Bampi.

MINI CuRRÍCuLO: Psicólogo. Doutorando e Mestre pelo Programa de Pós-Gra-duação em Psicologia Social (PPGPS) da Universidade do Estado do Rio deJaneiro (UERJ). Professor da graduação em Psicologia da Universidade Es-tácio de Sá (UNESA) e da Universidade Santa Úrsula (USU). Professor da Es-pecialização em Saúde Mental da UNESA. Conselheiro Efetivo da XIII e XIVPlenária do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ), ges-tões 2010-2013 e 2013-2016.

CO-AutOReS: Eduardo Friederichs Hoffmann, Psicólogo graduado pela Uni-versidade de Caxias do Sul, CRP 07/19366, Especialista em Gestalt-Terapia,Conselheiro do Conselho regional de Psicologia do RS gestão 2013-2016,Membro da Comissão de Psicoterapia.

Tatiane Baggio, CRP 07/19487 Psicóloga graduada pela Universidade de Ca-xias do Sul, Especialista em psicossomática pela Universidade do Vale dos Sinos,Conselheira do Conselho de Psicologia do RS gestão 2013-2016, membro daComissão de Psicoterapia, Conselheira Municipal de saúde/ Caxias do Sul.

Simone Bampi, psicóloga CRP 07/11809, Mestre em Inclusão Social e

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42 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Resumos e Trabalhos dia 19 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 18 agosto

Acessibilidade. Especialista em Educação Inclusiva. Especialista em ClínicaInterdisciplinar em Estimulação Precoce. Conselheira do CRP 07, gestão 2013- 2016. Membro da comissão de psicoterapia. Membro do núcleo de educa-ção. Presidente em exercício do CRP 07.

A atuação dos(as) psicólogos(as) no campo da Psicoterapia privada se en-contra fortemente relacionada a serviços prestados a Operadoras de Saúde(Planos de Saúde). Esta área de atuação denomina-se Saúde Suplementar,que como o nome diz deveria complementar a Saúde, notadamente a SaúdePública. A Saúde Suplementar ganha um papel de destaque para os brasilei-ros, pois há mais de 63 milhões de brasileiros beneficiários (clientes) de Pla-nos de Saúde em todo o país e mais de 1.400 operadoras de planos privados.Neste cenário ocorre a atuação de centenas de psicólogos pelo Brasil que mui-tas vezes serão o primeiro contato de muitos cidadãos com a prática profis-sional do Psicólogo, tornando a perspectiva da atuação do(a) psicólogo(a) naSaúde Suplementar uma pauta para debate e reflexão no campo da Psicologia.Portanto este trabalho visa oferecer uma panorama geral dos principais ques-tionamentos e insatisfações dos(as) psicólogos(as), tais como: os valoresdos honorários pagos pelas operadoras de saúde, o número limitado de ses-sões por ano liberados pelo plano (a revelia das regulamentações do setor),a ausência de contrato formal entre profissional e a prestadora de saúde, anecessidade do encaminhamento médico e/ou diagnósticos do Código Inter-nacional de doenças (CID-10). E relatar a experiência do Conselho Regionalde Psicologia do Rio Grande do Sul (CRP-RS) que, realizou em abril de 2015uma pesquisa sobre atuação da Psicologia junto aos Planos de Saúde no RioGrande do Sul

pALAVRAS-ChAVe: psicoterapia, saúde suplementar; ética profissional.COORDeNADOR/COORDINADOR: HENRIQUE J. LEAL F. RODRIGUES (Brasil)

184Comunicação oral/Comunicación OralCO56 :: A psicologia econômica como contribuição às psicoterapias.área temática: 18. Contribuições Recentes

Valéria M. Meirelles, Adriana Rodopoulos, Marcia Soares, Suely Ongaro.AutORA ReSpONSáVeL: Valéria M. MeirellesCO-AutOReS: Adriana Rodopoulos, Marcia Soares, Suely Ongaro.

Embora exista há mais de 100 anos, com direito a três prêmios Nobel,como reconhecimento dos trabalhos publicados na área, a Psicologia Econô-mica no Brasil ainda é pouco conhecida. Esta importante abordagem teóricafoi introduzida em nosso país pela Dra. Vera Rita de Mello Ferreira, que em2007 solidificou-a com a defesa da tese “Psicologia Econômica: origens, mo-delos e propostas”, junto ao Programa de Estudos Pós-Graduados em Psico-logia Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, abrindo novasperspectivas de pensar o comportamento econômico dos indivíduos, asso-ciada à grande vantagem de ser multidisciplinar, possibilitando maior com-preensão do comportamento dos indivíduos e da sociedade em relação àalocação de recursos escassos e finitos, como por exemplo, tempo, saúde edinheiro.Sendo o comportamento pautado tanto pela emoção como pelarazão, a irracionalidade está presente no comportamento econômico dos in-divíduos, determinando limitações nos processos de tomadas de decisão. Nosdias atuais, os conflitos gerados nas relações familiares e no trabalho sãotambém influenciados por decisões quanto ao consumo e ao uso do dinheiro,uma realidade para a qual a PE oferece um conhecimento agregador.Além deser uma importante ferramenta na prática clínica, a Psicologia Econômica temum campo de aplicação mais amplo, passando pelas políticas públicas e porprogramas de educação financeira em diversos contextos. O propósito destenosso trabalho é difundi-la e estimular seu conhecimento na Psicologia, e nocaso específico, como sólida e útil abordagem para a compreensão do com-portamento humano, inclusive nas psicoterapias.

pALAVRAS ChAVe: Prática clínica, decisões, Psicologia Econômica.MINI CV: Adriana Spacca Olivares Rodopoulos: Economista (PUCSP), com

extensão em Psicologia Econômica (COGEAE – PUCSP), mestranda em Edu-cação: História, Política, Sociedade (PUCSP), membro da IAREP (InternationalAssociation for Research in Economic Psychology) e do GET-PE (Grupo deEstudos e Trabalho em Psicologia Econômica). Atua como palestrante e faci-litadora na Oficina de Escolhas.

Marcia de Oliveira Soares – Formação em Psicologia desde 1977, supervi-sora clínica, colaboradora em educação empresarial no Banco do Brasil SAdesde 1990, cursos de Semiótica e Psicanalise, Políticas Públicas, Clinica La-caniana e Psicologia Econômica no COGEAE-PUC. Participação em grupo deEstudos em Psicologia Econômica desde 2009. Integrante do GET-PE.

Suely Ongaro-Psicóloga, docente aposentada da UNESP, doutorado emPsicologia Social, curso de Psicologia Economica da FIPECAFI, integrante doGrupo de Estudos em Psicologia Economica GET-PE.

Valéria M. Meirelles- Psicóloga(USP), Mestre e Doutora em Psicologia Clí-

nica (PUC-SP) Especialização em Terapia Familiar e de Casal e extensão uni-versitária em Psicologia Econômica (PUc-SP). Psicoterapeuta , professora emcursos de pós-graduação.

CO58 :: psicoterapia e Novas tecnologias: uma pesquisa de campo.área temática: 2. psicoterapia, novas tecnologias e mídiasRIBEIRO-ANDRADE, Érica Henrique, PASSOS, Marco Antonio Villar dos;FILHO, Sérgio da Silva Mello.AutORA ReSpONSáVeL: RIBEIRO-ANDRADE, Érica Henrique. CO-AutOReS: PASSOS, Marco Antonio Villar dos; FILHO, Sérgio da Silva Mello.

Este trabalho focou o estudo sobre o uso de novas tecnologias em atendi-mentos psicológicos. Conjugou-se uma inicial metodologia bibliográfica coma realização de uma pesquisa de campo na cidade de Campos dos Goytaca-zes/RJ. Na coleta de dados utilizou-se um questionário fechado contendo dezquestões do tipo Escala Likert com 280 sujeitos que atendessem aos seguin-tes critérios de inclusão: ter nível superior completo, ser residente na referidacidade e que consentisse em participar da pesquisa. Os questionários foramaplicados em locais públicos, onde os sujeitos eram abordados. Os resultadosrevelaram que 90% da amostra ainda não tinha tido nenhum contato com talrealidade virtual, remetendo-nos ao caráter inovador do serviço e à pouca di-vulgação do mesmo. Aferindo se a possibilidade de haver uma psicoterapiaon line parecia positiva ou negativa aos sujeitos, observou-se que a referidaquestão divide bastante as opiniões, não tendo sido possível uma tendênciahomogênea das respostas. Sobre a confidenciabilidade como um aspecto decomparação entre a Psicoterapia presencial e a psicoterapia on line, 24% dosentrevistados não vêem uma diferença entre estes tipos de terapia. No en-tanto, 63% dos sujeitos acredita que a psicoterapia presencial confere umamaior segurança quanto ao sigilo. Conclui-se que a psicoterapia on line aindaconstitui-se em uma modalidade pouco conhecida, que o histórico precon-ceito quanto a área da Psicologia ainda é um desafio a ser administrado, eque a representatividade da pesquisa será maior quando de sua associaçãoao cálculo amostral da cidade em questão.

pALAVRAS-ChAVe: Psicoterapia, Novas Tecnologias, Pesquisa de Campo.MINI CuRRÍCuLO: * Psicóloga. Mestre em Cognição e Linguagem pela Universi-

dade Estadual Norte Fluminense. Especialista em Psicopedagogia. Especialistaem Psicanálise Clínica. Graduada em Teologia. Professora Universitária ISE-CENSA/RJ e FAMESC, cursos: Psicologia, Pedagogia, Enfermagem e Direito.

** Graduandos em Psicologia, sétimo período. ISECENSA.

CO61 :: A Clínica da Adolescência.área temática: 5. psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos.Sandra Ribeiro de Almeida Lopes, Berenice Carpigiani.

A adolescência é conhecida como a etapa da vida que mais promove des-cobertas, transformações, inquietações, alegrias e angustias. O adolescenteé mobilizado por processos psicológicos profundos, que podem provocar so-frimento emocional com consequências importantes para o seu desenvolvi-mento global. Pretende-se apresentar um modelo de clínica direcionada àsespecificidades desta população. A modalidade de atendimento em psicote-rapia breve do adolescente funciona há 16 anos na Clínica-escola da UPM pro-piciando aos graduandos em psicologia a experiência no atendimento clínico,além de oferecer um serviço de qualidade aos jovens e a seus responsáveis.O atendimento se inicia com uma entrevista de triagem, que pode resultar,dependendo da demanda, em encaminhamento externo ou interno (psicodiag-nóstico ou psicoterapia). Na etapa da avaliação 03 eixos são considerados: aetapa evolutiva, os sintomas apresentados e a dinâmica familiar. A inserçãodos pais no processo é de fundamental importância, e a forma de participaçãodestes dependerá da idade, queixa e nível de maturidade do jovem. Em geralas queixas se referem a dificuldades escolares, problemas de relacionamento,problemas de comportamento e estados de ansiedade e depressão. O pro-cesso de psicoterapia pode ocorrer no prazo de até 02 anos, porém o tempomédio de permanência é de 01 ano. Embora haja um número de desistênciase desligamentos expressivo, compatível com os outros serviços, descritos naliteratura, os resultados podem ser considerados bastante satisfatórios.Palavras chaves: adolescência, psicoterapia breve, clínica-escola

MINI CuRRÍCuLO: (1) Psicóloga, Mestre em Psicologia Clínica, Doutora emCiências da Saúde. Professora e Supervisora das áreas clínica e da saúde.Coordenadora da Clínica Psicológica “Alvino Augusto de Sá” da UniversidadePresbiteriana Mackenzie.

(2) Psicóloga; Especialista em Psicologia Clínica e Didática do ensino su-perior, Doutora em Comunicação e Saúde. Professora, Supervisora Clínica.Diretora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Pres-biteriana Mackenzie.

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::43

CO68 :: uma análise do processo de acolhimento após a identificaçãodas principais variáveis psicodinâmicas e psicossociais identificadas emmulheres vítimas de um episódio de estupro atendidas no hospitalpérola byington – São paulo- brasil.área temática :18. Contribuições Recentes Flávia Bello Costa de Souza, Roberto Garcia, Jefferson Drezzet, Denise G.Ramos .AutORA ReSpONSáVeL: Flávia Bello Costa de SouzaCO-AutOReS: Roberto Garcia, Jefferson Drezzet, Denise G. Ramos

ReSuMO: O atendimento às mulheres vitimas de estupro tem demandado dosprofissionais de saúde, em suas diversas especificidades, conhecimento, ha-bilidade e sensibilidade. O objetivo deste trabalho quaquantitativo foi identificaras principais variáveis psicodinâmicas e psicossociais de mulheres vítimas deum episódio de estupro; e analisar a influência desta no processo de acolhi-mento. Foram entrevistadas 37 mulheres vítimas de estupro sob tratamentomédico no Serviço de Saúde Pública do Hospital Pérola Byington, na cidadede São Paulo, Brasil. Os instrumentos utilizados foram: roteiro de entrevistasemiestruturada, escala Post-Traumatic Stress Disorder Checklist – CivilianVersion – PCL-C (BERGER et al., 2004), Inventário de Depressão Beck – BDI(CUNHA, 2011) e a Escala de Autoestima de Rosenberg (DINI et al., 2004).Entre as principais variáveis psicodinâmicas encontradas destacamos elevadosíndices de depressão associado ao TEPT, constante estado de alerta, impactonegativo na qualidade da vida sexual, vergonha, culpa e descomiseração. Noque se refere às variáveis psicossociais, o estudo apontou para altos índicesde sentimentos de exclusão social, distanciamento das relações, e isolamento;em oposição a uma minoria que apresentou relatou o apoio e o acolhimentofamiliar, social e religioso. Assim, o acolhimento de pacientes que se dispuse-ram a contar com uma rede social demonstrou-se colaborar diretamente paraos comportamentos resilientes e protetores, contrastado pela grande maioriaque se apresentou em isolamento e fragilizada. Assim sendo, a análise da iden-tificação destes elementos psicodinâmicos e psicossociais poderão ajudar osprofissionais envolvidos a qualificar cada vez mais seus protocolos de acolhi-mentos nas unidades de serviço especializadas.

MINI-CuRRICuLuM: Mestre em Psicologia Clínica pela PUC - SP - Núcleo de Psi-cossomática e Estudos Junguianos. Professora do Curso de Graduação emPsicologia da Universidade São Judas Tadeu. Psicóloga Clínica em consultórioparticular. Pós-Graduada em Psicanálise e Psicologia Analítica. Formação emLudoterapia, Avaliação Diagnóstica/Psicopedagógica e Psicologia Analítica.

COORDeNADORA/COORDINADORA: ANA PATRICIA DE SÁ LEITãO PEIXOTO (Brasil)

194Comunicação oral/Comunicación Oral

CO01 :: Na fronteira entre o psicodrama e a Gestalt-terapia: asdinâmicas entre a subjetividade do terapeuta, as comunidadescientíficas e a articulação teoria e prática.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.Érico Douglas Vieira, Luc Vandenberghe.Autor responsável: Érico Douglas Vieira Co-autor: Luc Vandenberghe

O campo das psicoterapias oferece uma profusão de saberes e práticas queinclui diversos pressupostos epistemológicos e ontológicos sobre o ser hu-mano e a natureza da mudança. A partir desta diversidade,o objetivo da pre-sente pesquisa foi investigar como gestalt-terapeutas e psicodramatistaspercebem e vivenciam, na prática, as possibilidades de integração entre suasabordagens. Através de entrevistas individuais narrativas de 22 profissionaisforam colhidas, 11 de cada abordagem. A Teoria Fundamentada nos Dadosfoi adotada como método para construir um modelo teórico que explana comoos terapeutas percebem e vivenciam as possibilidades de integração. Forammapeadas forças que aproximam e afastam as duas abordagens. Três eixosdominam a dinâmica dessas forças: a articulação entre teoria e prática, as co-munidades científicas e a subjetividade do psicoterapeuta. A interface entreabordagens é governada pelas dinâmicas entre as comunidades e as institui-ções profissionais envolvidas. A competição por recursos simbólicos e ma-teriais é uma força importante que afasta o diálogo e a integração. Por outrolado, a constituição e evolução das abordagens são viabilizadas pela circula-ção e incorporação de conceitos. A prática de trocas entre as abordagens éeclipsada pela desqualificação da “outra” abordagem no discurso acadêmicoe institucional. Um processo de fusão da identidade profissional com concei-tos e ideias da comunidade à qual o profissional pertence enseja forte laço delealdade com a abordagem. Os estudos sobre diálogos entre abordagens de-veriam levar em consideração não somente as implicações clínicas e episte-mológicas, mas também questões subjetivas, sociais e institucionais.

pALAVRAS-ChAVe: Psicodrama; Gestalt-terapia; Integração; Epistemologia; Sub-jetividade do terapeuta.

O presente trabalho teve apoio recebido da FAPEG – Fundação de Amparoà Pesquisa do Estado de Goiás

Mini-currículos: Érico Douglas Vieira – Possui graduação em Psicologiapela Universidade Federal de Minas Gerais, Especialização em Psicodramapelo Instituto Mineiro de Psicodrama Jacob Levy Moreno, Mestrado em Psi-cologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Doutorado emPsicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, exercendo a Docên-cia como Professor Adjunto do curso de Psicologia da Universidade Federalde Goiás – Regional Jataí.

Luc Vandenberghe - Possui Graduação e Mestrado em Psicologia Clínicada RijksUniversiteit Gent, Bélgica e Doutorado em Psicologia pela Universitéde l’Etat à Liège, Bélgica. É Professor Adjunto da Pontifícia Universidade Ca-tólica de Goiás e orientador dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensuem Psicologia e em Ciências Ambientais e de Saúde.

CO19 :: estudio preliminar sobre un modelo de intervención psicológicade emergencia para prevenir internamiento.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.Mstr. Patricia Aguirre Espinoza, Mstr Pilar Guzmán Paredes.Autora responsable: *Mstr. Patricia Aguirre Espinoza. Co-autores: **Mstr. Pilar Guzmán Paredes.

El modelo de intervención psicológica de emergencia es desarrollado y eje-cutado durante 5 años por el CEPSI en Quito - Ecuador. El objetivo de estetrabajo es dar a conocer los resultados de 80 casos tratados entre hombresy mujeres de 18 a 65 años. Mediante este modelo de intervención se há bus-cado restablecer y recuperar la salud mental del paciente, promoviendo sureinserción familiar, social y académica, en personas con psicopatologías gra-ves, agudas y crónicas que eventualmente podrían ser internadas. El modelode intervención supone cuatro etapas:

1. Evaluación psicopatológica para situar la problemática individual del pa-ciente y evaluación familiar, para la integración del entorno familiar y la de-tección de dificultades relacionales.

2. Articulación multidisciplinaria con contención farmacológica, permi-tiéndo la estabilización química del paciente, posibilitando óptimos resultadosen tiempos cortos.

3. Uso de técnicas de intervención cognitivas - conductuales, sistémicas yproyectivas.

4. Atención 24/7; el trabajo familiar desde la perspectiva de la cronicidadhace que las personas y sus familias se sientan sostenidas permanentementedesde la concepción del apego seguro.

el proyecto posterior de investigación tiene como propósito final realizarun grupo focal para valorar el cambio del estilo de vida del individuo.

pALAbRAS CLAVeS: reinserción, intervención, evaluación familiar, emergência,salud mental.

MINI CuRRICuLA: **Máster en Psicoanálisis de la UBA-Argentina, PsicólogaClínica de la PUCE-Ecuador. Ha trabajado con niños/as y jóvenes en situaciónde calle y también dentro de programas de protección especial en lo referentea adopciones y reinserción familiar. Ha publicado una Guía de Prevención deAbuso Sexual Infantil desde la comunidad Educativa y ha colaborado en el di-seño y armado conceptual de una aula virtual de Violencia de Género para elMinisterio de Salud Pública – Ecuador.

*Máster en Intervención, Asesoría y Terapia Familiar Sistémica de la UPSQuito – Ecuador. Acreditación como Psicoterapeuta por la Sociedad Ecuato-riana de Psicoterapia Filial the World Council for Psychoterapy y FederaciónLatinoamericana de Psicoterapia. Doctorado sobre Problemas de Lenguaje enUAM Madrid-España. Propietaria y Directora del Centro Especializado de Psi-cología Integral “CEPSI”. Quito – Ecuador.

CO64 :: Avaliação de mudanças na psicoterapia psicanalítica de crianças.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.AutORA ReSpONSáVeL: Cibele CarvalhoCO-AutOReS: Guilherme Pacheco Fiorini, Marina Bento Gastaud, Lucia RechGodinho e Vera Regina Röhnelt Ramires

A avaliação sistemática de mudanças na psicoterapia psicanalítica comcrianças ainda é um desafio para os pesquisadores, devido a sua complexi-dade e a escassez de instrumentos que possam ser utilizados nos tratamentoscom essa população. Tendo isso em visto, o objetivo deste estudo foi analisarpossíveis mudanças na organização psíquica de crianças em psicoterapia psi-

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Resumos e Trabalhos dia 19 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 18 agosto

canalítica, no decorrer do primeiro ano desses tratamentos, de acordo com oMétodo de Rorschach (Sistema Exner). Trata-se de um estudo de caso siste-mático. Participaram quatro crianças, em idade escolar. A prova de Rorschachfoi aplicada no início dos tratamentos e após, a cada seis meses. Os resulta-dos foram analisados na esfera das relações interpessoais e do afeto. Análisespreliminares mostraram que os pacientes evidenciavam déficits relacionaisimportantes, exibindo atitudes imaturas e regressivas, associadas a uma ten-dência para manter relacionamentos superficiais. Na esfera afetiva, demons-travam controle acentuado das emoções, negação dos afetos e evitação daestimulação emocional. No decorrer do primeiro ano, houve melhora nas ha-bilidades de relacionamento interpessoal e diminuição da evitação da estimu-lação emocional, na maioria dos casos. As mudanças numa psicoterapia nãoconstituem um movimento linear, mas sim são caracterizadas por avanços eretrocessos. O Rorschach mostrou-se como um instrumento capaz de cap-turar mudanças no decorrer do primeiro ano dos tratamentos analisados.

pALAVRAS-ChAVe: Psicoterapia com crianças; pesquisa de resultado; psicote-rapia psicanalítica.

MINI CuRRÍCuLO: Psicóloga; Doutoranda em Psicologia Clínica pela Universi-dade do Rio dos Sinos (UNISINOS) – Bolsista PROSUP/CAPES; Mestre emPsicologia Clínica pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

CO69 :: Abandono em psicoterapia psicanalítica na Adolescência: umestudo de processo.Maria Cristina Vieweger de Mattos, Georgius Cardoso Esswein, AlineAlvares Bittencourt, Silvia Pereira da Cruz Benetti.AutORA ReSpONSáVeL: Maria Cristina Vieweger de MattosCo-autores: Georgius Cardoso Esswein, Aline Alvares Bittencourt, SilviaPereira da Cruz Benetti

ObJetIVO: As taxas de abandono em Psicoterapia são elevadas. No que concerneà adolescência, algumas vicissitudes devem ser consideradas ao analisar estefenômeno, visto que um dos marcos dessa fase, a busca de autonomia, podeconstituir um obstáculo para a aderência em um processo psicoterápico. O ob-jetivo deste estudo é apresentar uma análise qualitativa do processo de psicote-rapia psicanalítica de uma adolescente que abandonou o tratamento na 12ªsessão. Método: As 12 sessões foram codificadas com o Adolescent Psychot-herapy Q-Set (APQ), um instrumento concebido para avaliar sessões de psico-terapia. O instrumento de 100 itens descreve o terapeuta, as atitudes e oscomportamentos do paciente, bem como interações terapeuta-paciente. Foramselecionados para descrever o processo, os 10 itens de cada sessão com as mé-dias de maior e menor relevância. Resultados: As sessões iniciais demonstramengajamento da paciente no processo, com assiduidade e colaboração, relataconteúdos significativos relevantes ao seu funcionamento dinâmico. A terapeutamostra-se atenta aos estados emocionais da jovem, entretanto, a medida em quea psicoterapia evolui e a terapeuta encoraja a reflexão de seus conflitos internos,a paciente resiste e inicia sucessão de faltas. Discussão: No caso em análise, evi-dencia-se o estabelecimento de uma aliança terapêutica positiva, entretanto aaderência na psicoterapia fica prejudicada pelo uso de defesas imaturas da pa-ciente e por sua incapacidade na aquisição de insight. Palavras-chave: abandonoem psicoterapia psicanalítica, adolescência, pesquisa de processo

MINI CuRRÍCuLO: Maria Cristina Vieweger de Mattos. Psicóloga; Mestranda emPsicologia Clínica pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS),especialista em Psicoterapia de Orientação Psicanalítica pelo ICPT (InstitutoContemporâneo de Psicanálise e Transdisciplinaridade)

Georgius Cardoso Esswein. Acadêmico em psicologia pela Universidade doVale do Rio dos Sinos (UNISINOS), Bolsista de Iniciação CientificaPIBIC/CNPq.

Aline Alvares Bittencourt. Psicóloga; Mestranda em Psicologia Clínica pelaUniversidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), especialista em Psicote-rapia de Orientação Psicanalítica pelo ESIPP (Estudos Integrados de Psicote-rapia Psicanalítica).

Silvia Pereira da Cruz Benetti. Psicóloga; PHD.COORDeNADORA/COORDINADORA: GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil)

204Comunicação oral/Comunicación Oral

CO33 :: A teoria da psicoterapia psicodramática.área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.Andréa Claudia de Souza, Isabella dos Santos Teada CassaneAutORA ReSpONSáVeL: Andréa Claudia de Souza CO-AutOReS: Isabella dos Santos Teada Cassane

O nome Psicodrama é tanto para a teoria que o fundamenta como uma me-todologia psicoterápica. Jacob Levy Moreno, criador do Psicodrama, deno-mina a teoria como Socionômia, a ciência que estuda as relações. Seusprincipais fundamentos teóricos estão na Sociodinâmica - forma como as re-lações acontecem, na Sociometria, que por meio de medidas mostra estas re-lações e suas intensidades, e a Sociatria que propõe a metodologia de trabalhopsicoterápico. A visão de Homem e Mundo do Psicodramatista permeia seutrabalho. A teoria de Papéis, a teoria do Encontro, o fator Tele, o conceito deEspontaneidade e de Conserva cultural são algumas das referências que nãopodem ser retiradas do contexto metodológico. O vínculo estabelecido entreterapeuta e paciente é fonte de ação e intervenção para a saúde de todos. Par-tindo do pressuposto que somos seres bio-psico-sociais e atualmente tam-bém considerados espirituais, o paciente é trabalhado individualmente ou emgrupo, mas sempre em função de seu papel na família, na sociedade, no tra-balho, e nunca isolado como indivíduo. São inúmeros os trabalhos nacionaise estrangeiros que discutem o Psicodrama e seus ganhos para as mais diver-sas formas de adoecimento. Temos como exemplo, Dillen, et al (2009) e Costae Vanin (2005), que relatam os resultados positivos com Psicodrama infantil.Gonçalves e Gomes (2013), Chiantaretto e Pinel (2011) com adolescentes,Tomasulo e Raza (2006), com pacientes psiquiátricos, Palermo (2012) cominabilidades intelectuais, entre muitos outros. Este trabalho propõe apresentarum pouco mais da teoria por trás do método.

pALAVRAS-ChAVe: psicodrama; biopsicossocial; relacional.MINI CuRRÍCuLO: Doutoranda em Psicologia pela Universidade Autônoma de Lis-

boa. Mestre em Psicologia da Saúde na Universidade Metodista de São Paulo.Graduada em Psicologia pela Universidade Metodista de São Paulo (1987). Es-pecialista em Psicodrama e Sexualidade Humana. Diretora de Eventos da Fe-brap. Psicóloga e professora de Psicodrama em São Paulo, São Caetano, SãoJosé do Rio Preto, Aracajú e Porto Alegre. Autora do livro Sociodrama nas Or-ganizações da Ed. Ágora; capítulos de livros e artigos em revistas especializadascom trabalhos em Congressos Nacionais e Internacionais..

CO34 :: estudo de processo em psicoterapia psicodinâmica: um casobordeline.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.Silvia Pereira da Cruz Benetti, Suzana Catanio dos Santos Nardi , LisianeGeremia, Aline Alvares Bittencourt , Nathalia Bohn da Silva .AutORA ReSpONSáVeL: Silvia Pereira da Cruz Benetti1CO-AutOReS: Suzana Catanio dos Santos Nardi 2, Lisiane Geremia3, Alinealvares Bittencourt 4, Nathalia Bohn da Silva 5 .

O objetivo deste estudo e descrever o processo psicoterápico de uma psi-coterapia psicanalítica de uma jovem com diagnostico de Transtorno de Per-sonalidade Borderline (TPB). Estudar o processo psicoterápico emdelineamentos de caso único contribui para a compreensão dos aspectos en-volvidos em relação ao paciente, ao terapeuta e a interação entre a dupla nodecorrer do tratamento. Sobretudo, essa abordagem se torna indispensávelquando se leva em consideração os desafios da psicoterapia do paciente bor-derline. Método: O Psychotherapy Process Q-Set (Jones, 1985) é um instru-mento que avalia o processo da psicoterapia através de cada sessão individualde psicoterapia. Composto por 100 itens, o instrumento descreve as atitudese os comportamentos do terapeuta, do paciente e a interação entre ambos.Duplas de juízes treinados assistiram uma a cada três sessões do total de 34sessões, resultando assim em 12 sessões que representam os primeiros seismeses da psicoterapia psicodinâmica, de uma jovem paciente diagnosticadacom o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). Resultados: Análisesdas sessões apontam para atitude colaborativa entre o paciente e o terapeutaatravés das intervenções direcionadas para a reconstrução de experiênciaspassadas até a 7ª sessão. Depois, a paciente se engaja em uma interação maisconflituosa com a terapeuta, a qual responde com atitude de apoio e tecnica-mente menos interpretativa. Discussão: Os resultados demostram um padrãode interação próprio do paciente limítrofe quando enfrenta conflitos. Assim,é exigido do terapeuta adaptação à capacidade do paciente para elaborar asintervenções interpretativas.

pALAVRAS-ChAVe: Transtorno de personalidade borderline, psicoterapia psica-nalítica, Padrão de interação.

Professora do Pós Graduação em Psicologia da Unisinos. São Leopoldo,

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::45

RS,Doutoranda do Pós Graduação em Psicologia da Unisinos. São Leopoldo,RS, Mestranda do Pós Graduação em Psicologia da Unisinos. São Leopoldo,RS, Mestranda do Pós Graduação em Psicologia da Unisinos. São Leopoldo,RS ,Bolsista de Iniciação Cientifica FAPERGS. Unisinos. São Leopoldo, RS

CO39:: Genograma e ecomapa como ferramentas de cuidado em saúde.área temática: 7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública epoliticas públicas.AutORA ReSpONSáVeL: Edna Maria S. Peters KahhaleCO-AutOReS: Thainá Greco;Mirian Conceição,Bianca Leal; M Cristina Vicentin;Eliza Rosa

Este trabalho insere-se na experiência do Programa de Reorientação Pro-fissional e Educação pelo Trabalho (PRO/PET/Saúde) do Ministério da Saúdedo Brasil em parceria com a PUCSP e a Subprefeitura da Freguesia do Ó/Bra-silândia do Município de São Paulo. Neste trabalho destacamos a construçãode metodologias de escuta que qualifiquem a atuação da Estratégia Saúde daFamília no diagnóstico de demandas em saúde mental e no desenvolvimentode estratégias de cuidado. O objetivo é analisar a potência do ecomapa comoferramenta de diagnóstico e de cuidado em saúde mental, como facilitador daconstrução e acompanhamento de projetos terapêuticos singulares e comopotencializador da autonomia de usuários e/ou equipes de saúde. Esta análisefoi construída a partir de estudos de casos, que relatam a história de vida eos itinerários de cuidado vividos por doze usuários vinculados aos serviçosde saúde do território. Para a construção da ‘história de vida’ foram utilizadasanotações contidas em prontuário multiprofissional, conversas realizadaspelos bolsistas e preceptores do PET/Saúde, com usuários, parentes, traba-lhadores e/ou equipes de saúde. Pode-se identificar neste processo três po-tências no uso do ecomapa: “a equipe apropria-se de sua potência: nós temosa força!”; “a reflexão mediada pelo ecomapa amplia a autonomia: posso maise ser saudável!” e “o ecomapa e os itinerários de vida são meus!”. A análisedas potências indica que sua efetividade supõe espaços coletivos de cuidado;também, aponta as dificuldades próprias dos serviços, que extrapolam a go-vernabilidade das equipes.

pALAVRAS-ChAVe: itinerários (comportamento de procura de cuidados desaúde), genograma, ecomapa, cuidado, protagonismo (acesso aos serviçosde saúde)

DeSCRItOReS: atenção a saúde, desenvolvimento tecnológico, assistência àsaúde, resolução de problemas, saúde da família, atenção básica, saúde mental

CO59 :: Núcleo de Apoio à Saúde da família: Novo campo de práticaspara a psicologia.área temática: 7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública epoliticas públicas.Alice Menezes, IMS, Angela Machado, Carolina Manso, Daniela Pimenta,Kali Alves, Karen Athié, Sandra Fortes.DADOS DA AUTORA: ALICE MENEZES, IMS / UERJ, PSICÓLOGA,DOUTORANDA EM SAÚDE COLETIVA, MEMBRO DO LIPAPS/UERJ.CO-AutORAS: Angela Machado, Carolina Manso, Daniela Pimenta, Kali Alves,Karen Athié, Sandra Fortes.Psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde Pública. e Políticas Públicas

Seguindo tendências mundiais, o Brasil implantou a Estratégia de Saúdeda Família (ESF). Para aumentar a resolutividade, foi criado o Núcleo de Apoioà Saúde da Família (NASF). Atualmente, 38.151 equipes ESF e 3.695 NASFsatendem 118 milhões de brasileiros, 61,01% de cobertura populacional. Emcada NASF deve haver pelo menos um profissional de saúde mental, geral-mente psicólogo. Através de método de análise documental e da literatura,objetiva-se discutir o papel do psicólogo no NASF pois, tradicionalmente, opsicólogo não é formado para a saúde pública. Na atenção primária, os psi-cólogos trabalham via sistemática de Apoio Matricial às equipes ESF, atuaçãoque difere da prática de psicoterapia individual feita em consultório particularou nos ambulatórios especializados de saúde mental. Dentre outros, utilizam-se conhecimentos de saúde pública, epidemiologia, território, trabalho cola-borativo e as ferramentas mais utilizadas são: consulta conjunta, visitadomiciliar conjunta, discussão de caso, construção de projeto terapêutico sin-gular, grupos. Perfil da atuação: sensibilizar profissionais da ESF para lidarcom questões de saúde mental e vulnerabilidades psicossociais; avaliar e tra-tar pacientes com problemas emocionais, transtornos mentais comuns, trans-tornos mentais graves e persistentes, álcool ou abuso de drogas, famílias emcrise, doenças crônicas ou outras condições médicas; intervenções multidis-ciplinares; promoção de saúde mental e prevenção de transtornos mentais.Na escassez de ambulatórios, o psicólogo faz "ambulatório de retaguarda"atendendo individualmente casos que exigem atenção especializada. Conclui-

se que o NASF surge como importante campo de prática para Psicologia. CuRRÍCuLO LAtteS: http://lattes.cnpq.br/1317713403009122Doutoranda em Saúde Coletiva com bolsa CNPq e Mestre em Saúde Cole-

tiva pelo Instituto de Medicina Social (IMS-UERJ), com tema de pesquisa vol-tado para as práticas da Psicologia no campo da Atenção Primária à Saúde eda Estratégia de Saúde da Família. Leciona no Curso de Graduação em Psi-cologia da (IP-UFRJ), na Unidade Docente Assistencial de Saúde Mental e Psi-cologia Médica do Hospital Universitário Pedro Ernesto (UERJ/FCM/HUPE),e em cursos FIOCRUZ. Membro do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisaem Atenção Primária à Saúde (LIPAPS - UERJ) e do grupo de pesquisa CNPqde Saúde Mental e Atenção Primária.COORDeNADOR/COORDINADOR: JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil)

214Comunicação oral/Comunicación Oral

CO.07 :: Dinâmica de Grupo Focal como estratégia de pré-testar acompreensão de casos clínicos fictício-projetivos e perguntas depesquisa.área temática: 9. psicoterapia e processos grupais.Flavia Bello Costa de Souza, Roberto Garcia, Fernando Lefevre, Analice deOliveira.AutOR ReSpONSáVeL: Flávia Bello de Souza.CO-AutOReS: Roberto Garcia, Fernando Lefevre, Analice de Oliveira.

O grupo focal tem entre seus diversos objetivos avaliar dinamicamente opi-niões sobre determinado assunto, oferecendo aos participantes um espaçode discussão e entendimento em grupo das questões propostas. Dada taiscircunstâncias, este trabalho teve como objetivo pré-testar a compreensão decasos clínicos fictício-projetivos e perguntas de pesquisa relacionadas às di-ficuldades na negociação do uso do preservativo, pertencentes à pesquisa"Prevenção secundária em pessoas vivendo com HIV (PVHIV): perspectivas,dilemas e estratégias de enfrentamento no Brasil e na Espanha". Foram reali-zadas duas sessões de grupo focal, de 180 minutos cada, com PVHIV do Cen-tro de Referência e Tratamento CRT/DST/HIV/AIDS Vila Mariana - São Paulo,Brasil. A condução do grupo focal foi composta por dois psicólogos e umaassistente social. Foram selecionadas pela equipe da instituição 10 PVHIVcom os seguintes perfis: mulher heterossexual, casada, com relacionamentoestável; homem ou mulher profissional do sexo; homem ou mulher usuáriode droga; bissexual, homem homossexual não usuário de droga; homem oumulher heterossexual não usuário de droga, homem ou mulher homossexualusuário de droga; homem ou mulher heterossexual usuário de droga; travesti;e transexual. Dentre os principais resultados destacamos interatividade e ime-diata identificação entre os participantes e o material proposto. Como conclu-são, esta técnica demonstrou-se funcional para o objetivo deste trabalho, euma dinâmica indicada para futuras ações de prevenção e intervenção psico-terapêutica no CRT/DST/HIV/AIDS investigado.

pALAVRAS-ChAVe: Grupo Focal, HIV/AIDS, PVHIV.MINI CuRRÍCuLO: Psicólogo, Mestre e Doutorando em Psicologia Clínica: Nú-

cleo de Psicossomática e Psicologia Hospitalar da Pontifícia Universidade Ca-tólica de São Paulo, PUCSP.

CO28 :: Integração entre pesquisa e prática clínica psicanalítica: umestudo ilustrativo.área temática: 8. psicoterapia em diferentes instittuições.Aline Álvares Bittencourt, Fernanda Barcellos Serralta.AutORA ReSpONSáVeL: Aline Álvares BittencourtCOAutORA: Fernanda Barcellos Serralta

Entre as alterativas para superar a dissociação entre investigação científicae prática psicanalítica, encontram-se a utilização de procedimentos empíricosque avaliem questões clinicamente importantes, a inclusão da perspectiva dopsicoterapeuta no estudo, e a publicação de resultados de pesquisa em lin-guagem acessível ao psicoterapeuta. O presente trabalho ilustra, através deum estudo sistemático de um caso único de psicoterapia psicanalítica comuma paciente borderline, como dados clínicos e empíricos podem ser conju-gados para ampliar a compreensão da paciente e das mudanças observadasno seu funcionamento ao longo do 1º ano do tratamento. A sistematização docaso foi baseada nas anotações clínicas da psicoterapeuta, que também é umadas pesquisadoras, e na aplicação de diferentes instrumentos psicométricosque avaliam personalidade (SWAP-200), funcionamento defensivo (DSQ-40)e sintomatologia (SCL-90-R). O SWAP-200 foi preenchido por dois avaliado-res independentes, considerando a análise dos vídeos das sessões do inícioe do final do 1º ano de tratamento. O DSQ-40 e o SCL-90-R foram preenchidos

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46 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Resumos e Trabalhos dia 19 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 18 agosto

pela paciente no início, aos 6 meses e aos 12 meses de tratamento. Essesdados foram integrados para formular uma hipótese compreensiva de baseclínico-empírica sobre o processo psicoterápico e as mudanças no funciona-mento da paciente no 1º ano de tratamento. A conclusão indica que emboranão seja uma tarefa simples, a integração entre pesquisa e prática psicanalíticaé possível e potencialmente útil para ambos os campos. A superação dessahistórica separação depende do esforço conjunto de psicoterapeutas e pes-quisadores.

pALAVRAS-ChAVe: pesquisa em psicoterapia psicanalítica, estudo de caso sis-temático, processo psicoterápico.

MINI CuRRÍCuLO: Aline Álvares Bittencourt: Psicóloga; Mestranda em PsicologiaClínica pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) e Especialistaem Psicoterapia de Orientação Psicanalítica pelo ESIPP (Estudos Integradosde Psicoterapia Psicanalítica).Fernanda Barcellos Serralta: Doutora em Ciências Médicas: Psiquiatria(UFRGS), professora do programa de pós-graduação em psicologia daUNISINOS.

CO48 :: Laços e Amarras Conjugais. transformações e Mitos.área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.Patricia Cristina De Conti Bertaglia

Diante das grandes transformações sócias e mudanças de paradigmas, osantigos modelos de conjugalidade se tornam inadequados. Os cônjuges bus-cam maneiras de lidar com a trama formada pelo enlace de desejos, fantasiase expectativas de cada um dos parceiros. Na pratica da psicoterapia, frequen-temente encontramos pessoas envolvidas por uma trama complexa, na qual,no transcorrer do tempo, os laços afetivos se transformaram em amarras. Opresente trabalho teve por objetivo compreender os conteúdos psíquicos en-volvidos na excessiva dependência afetiva dos vínculos conjugais, analisar asfantasias sobre esses vínculos e buscar os fundamentos arquetípicos, consi-derando o ponto de vista da psicologia analítica e de seus seguidores. Para odesenvolvimento da pesquisa foi utilizado o método qualitativo, com entre-vistas individuais semi dirigidas e desenhos. Foram entrevistadas três mulhe-res casadas, com idade entre 30 e 45 anos e que apresentaram conflitos entreo desejo de permanência e o desejo de separação conjugal, caracterizado porsofrimento emocional e excessiva dependência afetiva de seus vínculos con-jugais. Os resultados da pesquisa sugerem que a excessiva dependência fe-minina dos vínculos conjugais pode estar apoiada em problemas com aautoimagem e dificuldades em lidar com limites, assim como em complexosparentais, em fantasias românticas e idealizações conjugais, que negligenciama subjetividade mais profunda das pessoas. Na análise e discussão foi utilizadaa amplificação pelos mitos de Hera, Narciso e Eco.

pALAVRAS-ChAVe: autoimagem, conjugalidade, dependência, limites, transfor-mação.

MINI CuRRÍCuLO: Psicóloga, Especialista em Psicologia Analítica pelo CO-GEAE/PUC-SP, Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP e Doutoranda emPsicologia Clínica pela PUC-SP. Atua há 22 anos como psicóloga clínica, psi-coterapeuta, docente, supervisora clínica e coordenadora de grupos de es-tudo. Ministrou cursos voltados a ampliação da consciência edesenvolvimento pessoal. Desenvolveu pesquisas sobre mitologia e relacio-namentos interpessoais.

CO67 :: A respiração diafragmática como preparo para cirurgia: relato deexperiência.área temática: 7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública epoliticas públicas.Mônica Aparecida Fernandes

A respiração diafragmática é uma técnica de relaxamento eficaz para o con-trole da ansiedade (ARAÚJO, 2011; KING et al., 2011), mas necessita ser as-sociada à Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) para garantir a efetividadedos resultados (KING et al., 2007). Dadas tais circunstâncias, esta autora ana-lisou uma experiência profissional, a qual propõe aqui relatar. Investigou ela,a técnica da respiração diafragmática como principal recurso de intervençãodiante a ansiedade de alguns pacientes que possuíam uma cirurgia programano plano terapêutico hospitalar. Tal investigação objetivou avaliar a eficáciada respiração diafragmática em associação a outras técnicas da TCC, além deanalisar a efetividade das técnicas propostas como recurso de preparo à ci-rurgia. Os atendimentos individuais ocorreram em dias alternados para 14 pa-cientes mulheres, tendo duração total variada de acordo com o tempo deinternação. Assim, a intervenção ocorreu através da TCC (BECK, 2013), sendotambém a perspectiva de análise dos dados. Alguns dos resultados encontra-dos foram: melhor percepção das pacientes sobre a ligação entre pensamen-

tos e sentimentos; sensação imediata de bem estar após o exercício da res-piração; feedback positivo do atendimento; possibilidade de associação comoutras técnicas; e mudança positiva observada na verificação de humor. Es-pera-se que a divulgação deste trabalho possa estimular a produção de novaspesquisas científicas sobre a temática, enriquecendo os dados da literaturarelacionados à prática profissional.

pALAVRAS-ChAVe: Terapia Cognitivo-Comportamental; respiração diafragmá-tica; psicologia hospitalar.

MINI CuRRÍCuLO: Psicóloga pela PUC-Minas; Pós-graduada em Gestão Estra-tégica de Pessoas pela Faculdade Pitágoras; Residente em Psicologia peloprograma Saúde da Mulher, da residência multiprofissional da PUC-Campi-nas; Membro da SBPH – Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar; possuitrabalhos publicados pela abordagem da TCC – Terapia Cognitivo-Comporta-mental.COORDeNADORA/COORDINADORA: IVONISE FERNANDES DA MOTTA (Brasil)

16h00 - 17h30TA

pôsteres:

224Solenidade de Abertura/Apertura Solemne.Solenidade de Abertura.apertura solemne.ALFRED PRITZ (Presidente do WCP) ALEJANDRA PÉREZ (Vice Presidente pela América Latina WCP)ANGELA HILUEY (Coordenadora da Comissão Científica Internacional)EMILIA AFRANGE (Presidente da ABRAP, dos Congressos e ComissãoOrganizadora)JOSÉ TOUFIC THOME (Membro Honorário WCP) ORIANA VILCHES-ÀLVAREZ (Coordenadora da Comissão CientíficaInternacional)SYLVIA MANCHENO DURÁN (Presidente da FLAPSI)

Boa noite! Sejam todos muito bem-vindos ao XI Congresso Latino-Americano de Psi-

coterapia e II Congresso Brasileiro de Psicoterapia que inauguramos hoje, dia19 de agosto de 2015, aqui na cidade de São Paulo.

Estaremos juntos até o próximo dia 22, dialogando em torno de um temaque nos apaixona – a PSICOTERAPIA –, analisando e elencando suas possi-bilidades neste século 21, pensando e propondo pontos de vista, técnicas eabordagens para o enfrentamento dos desafios que o mundo contemporâneonos lança em relação à saúde mental e ao melhoramento da qualidade de vidado indivíduo e da coletividade.

Como Presidente do XI Congresso Latino-Americano de Psicoterapia e IICongresso Brasileiro de Psicoterapia, da Comissão Organizadora destes even-tos e como Presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia, a Abrap, que-remos registrar nossa gratidão e reconhecimento

• Aos coordenadores das Comissões Científicas Nacional e Internacional,Professora Doutora Angela Hiluey e Professora Mestre Oriana Vilches-Alvarez,e aos seus membros, que estiveram ao nosso lado durante todo o processode elaboração do programa que vamos apresentar;

• Aos dirigentes, aos representantes e aos integrantes das associações quecompõem a Federação Latino-Americana de Psicoterapia por terem aceitadoprontamente nosso convite. A presença de vocês engrandece sobremaneiranossos Congressos;

• Igualmente, queremos agradecer a participação dos ilustres convidadospalestrantes, que nos apresentarão suas práticas, suas pesquisas, experiên-cias e seu conhecimento no campo da Psicoterapia;

• Também somos gratos às entidades que nos deram sua colaboração eapoio durante o preparo e a efetivação destes dois importantes Congressos:o Conselho Federal de Psicologia, o Conselho Regional de Psicologia de SãoPaulo, o Instituto Sedes Sapientiae por meio do Departamento de Formaçãoem Psicanálise e do Departamento de Arteterapia, a Federação Brasileira deTerapias Cognitivas, a Federação Brasileira de Psicodrama, a UniversidadePaulista (Unip), a Associação de Assistência à Criança Santamarense, a SãoPaulo Convention Visitors Bureau, o Instituto Zero a Seis, o Instituto de Psi-cologia Somática, a Associação Brasileira de Terapia Familiar, a ONG Viver eSorrir, o Centro de Estudos da Família, a Associação Brasileira de Ensino emPsicologia e o Instituto Paulista de Sexualidade.

• E, por fim, mas com idêntico reconhecimento, queremos registrar nossomuito obrigado aos psicólogos, médicos, assistentes sociais, profissionais eestudantes da área de saúde e educação que nos prestigiam com sua pre-sença e acolhimento.

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::47

Como Presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia, a Abrap, umadas associações participantes XI Congresso Latino-Americano de Psicoterapiae II Congresso Brasileiro de Psicoterapia, nos sentimos honrados por integrara Federação Latino-Americana de Psicoterapia, juntamente com as associa-ções da Argentina, da Bolívia, do Chile, do Equador, do México, do Panamá,o Peru, do Uruguai e da Venezuela, países aqui representados.

Sentimo-nos também orgulhosos por estar trabalhando para o fortaleci-mento da Psicoterapia como instrumento eficaz de melhoria da qualidade devida da coletividade humana através da realização destes dois Congressos.

Esperamos que a programação proposta para desenvolvermos estes trêsdias atenda as expectativas, as necessidades e os interesses de todos, enri-quecendo as atividades que cada um oferece em seu respectivo país, dentrodos múltiplos campos de ação da Psicoterapia, em benefício da saúde mentalde seus compatriotas.

Abordaremos, através de atividades múltiplas, como palestras, mesas-re-dondas, painéis, espaços abertos de discussão, as seguintes áreas temáticas:

• a Psicoterapia e questões teórico-filosóficas; • a Psicoterapia, novas tecnologias e mídias; • processos de formação; • a identidade do psicoterapeuta; • a Psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos; • pesquisas em Psicoterapia; • a Psicoterapia, saúde, saúde mental, saúde pública e políticas públicas;• a Psicoterapia em diferentes instituições; • a Psicoterapia e processos grupais; • a Psicoterapia, diversidade sexual e processos de inclusão; • a Psicoterapia e a psicopatologia; • a Psicoterapia e a violência; • a Psicoterapia, a psicofarmacologia e as neurociências; • a Psicoterapia e as Artes; • Acolhimento, prevenção e as redes sociais; • a Psicoterapia e a equipe interdisciplinar; • a vida contemporânea e as práticas clínicas; e • contribuições recentes. Desejamos, igualmente, que sua estadia em nossa cidade seja prazerosa e

memorável. São Paulo é uma das maiores metrópoles do mundo, rica de atra-tivos, aconchegante e acolhedora.

É uma cidade de todas as nacionalidades. Podemos admirar isto na arqui-tetura de seus prédios, nos seus bairros típicos, nas inúmeras opções e es-paços de lazer, nos trajes e trejeitos de sua gente e, principalmente, no seuuniverso gastronômico. É possível viajar pelo Brasil e pelo mundo nas mesasdos mais de dez mil restaurantes e bares que existem em São Paulo.

Desfrutem! Obrigada!

Buenas noches!Sean todos bienvenidos al XI Congreso Latino - Americano de Psicotera-

pia y II Congreso Brasileño de Psicoterapia que se inauguró hoy,día 19 de agosto de 2015, acá en la ciudad de São Paulo.Quedaremos juntos hasta el próximo día 22, hablando sobre el tema que

nos encanta – La Psicoterapia –, nosotros analizaremos y nos poner en unadiscusión de sus posibilidades en ese siglo 21, pensando y proponiendo pun-tos de vista, técnicas y enfoques para afrontamiento de los desafíos que elmundo contemporáneo nos lanza en relación a la salud mental y el mejora-miento de la calidad de vida del individuo y da colectividad.

Como presidente do XI Congreso Latino – Americano de Psicoterapia eII Congreso Brasileño de Psicoterapia, el comité organizador de estos eventosy como presidente de la Asociación Brasileña de Psicoterapia, la ABRAP, que-remos dejar constancia de nuestro agradecimiento y reconocimiento• Los Coordinadores Científicos nacional e internacional, Profesora Doctora

Angela Hiluey e Profesora maestro Oriana Vilches-Alvarez, y sus miembros,que estaban al nuestro lado durante todo el proceso de elaboración del pro-grama que vamos a presentar;• Los directores, los representantes y miembros de las asociaciones que

integran la Federación Latino-Americana de Psicoterapia por haber aceptadonuestra invitación. La presencia de todos ustedes aumenta en gran medidanuestro congreso.• También quiero dar gracias la participación de oradores invitados, alta-

voces, que presentarán sus practicas, sus investigaciones, experiencias y suconocimiento en el campo de la Psicoterapia;• También damos gracias a las organizaciones que nos han dado su coo-

peración durante la preparación y la ejecución de estos dos importantes con-gresos: el consejo federal de Psicología, el Consejo Regional de Psicología deSão Paulo, el Instituto Sedes Sapientiae a través del Departamento de Forma-

ción en psicoanálisis y el Departamento de Arte Terapia, la Federación Brasi-leña de Terapias Cognitivas, la Federación Brasileña de Psicodrama, la Uni-versidad Paulista (UNIP), la Asociación de Ayuda a los Niños Santamarense,a la São Paulo Convention Visitors Bureau, el Zero a Seis, el instituto de Psi-cología Somática, la asociación Brasileña de Terapia Familiar, la ONG Viver eSorrir, el centro de Estudios de la Familia, la asociación Brasileña de la Edu-cación en Psicología y el Instituto Paulista de la Sexualidad.• Y por ultimo, mas con el mismo reconocimiento, queremos grabar nues-

tro agradecimiento, gracias a los psicólogos, médicos, trabajadores sociales,profesionales estudiantes de la Salud y educación en prestigio con su prestigioy acogimiento .Como Presidente de la Asociación Brasileña de Psicoterapia, la ABRAP,una

de las asociaciones participantes XI Congreso Latino-Americano de Psicote-rapia y II Congreso Brasileño de Psicoterapia, Nos sentimos honrados de hacer parte de la Federación Latina-Americano

de Psicoterapia junto con las Asociaciones de la Argentina, de la Bolivia, delChile, ecuador, México, Panamá, Perú, Uruguay e de la Venezuela, países aquípresentados.También estamos orgullosos de trabajar para el fortalecimiento de la Psi-

coterapia como un instrumento eficaz para mejorar la calidad de la comunidadhumana mediante la realización de estos dos congresos. Esperamos que la programación propuesta para el desarrollo de estos tres

días cumple las expectativas, las necesidades y los intereses de todos, enri-queciendo las actividades que cada uno ofrece en sus respectivos Países, den-tro de los múltiplos campos de acción de la Psicoterapia, en beneficio de lasaludad mental y se sus compatriotas.Iremos discutir a través de actividades múltiplas como conferencias, mesas

redondas, tableros, espacios abiertos de discusión, las siguientes áreas te-máticas:• La psicoterapia y cuestiones teórico-filosóficas;• La psicoterapia, nuevas tecnologías y medios de comunicación;• Proceso de formación;• La identidad del sicoterapeutico;• La psicoterapia en los diferentes estadios evolutivos;• Investigación en Psicoterapia;• La psicoterapia en diferentes institucionales;• La psicoterapia y procesos de grupo;• La psicoterapia y la psicopatología;• La psicoterapia y la violencia; • La psicoterapia, la psicofarmacología y las neurociencias;• La psicoterapia y las artes;• Acogimiento, prevención y las redes sociales;• La psicoterapia y la equipe indisciplinar• La vida contemporánea y las practicas clínicas; y • Contribuciones recientes Deseamos también, que su estadía en nuestra ciudad sea agradable y me-

morable. São Paulo es una de las metrópolis más grandes del mundo, rica enatractivos, cálido y acogedor.Es una ciudad de todas las nacionalidades. Podemos admirarlas en la arquitectura de sus edificios, en sus barrios tí-

picos, en las numerosas opciones de ocio, en los trajes y gestos de su puebloy, sobre todo en su universo gastronómico. Es posible viajar por el Brasil ypor el mundo y por el mundo de las mesas de los más de diez mil restaurantesy bares que existen en São Paulo.

¡Disfruten! ¡Gracias!

234Conferência de AberturaConferencia de apertura.A psicoterapia no século xxI: possibilidades, novas perspectivas,desafios. La psicoterapia en el siglo xxi: posibilidades, nuevas perspectivas ydesafíos.GILBERTO SAFRA (Brasil) Presidente/Presidenta: EMILIA AFRANGE (Brasil)

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Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto

08h30 - 09h00Teatro

Laban

"Laban - Arte do Movimtento no brincar e na Arte. ComoAssim?"arte movimtento en Jugar y arte. Qué Quieres decir? "MARIA CECÍLIA - CILô - P. LACAVA Obs.: Em respeito aos participantes, não será permitida a entrada após às 8h40.Precisamente neste horário, as portas serão fechadas, pois interrupções inviabilizama concepção do trabalho. A atividade é aberta a todos os participantes do evento enão exige inscrição prévia. Vale a pena conferir!Obs.: En lo que respecta a los participantes, la entrada no está permitida después dela 8:40 a.m .. Precisamente en este momento, las puertas estarán cerradas, debido ainterrupciones hacen que sea imposible diseñar el trabajo. La actividad está abierta atodos los participantes del evento y no requiere registro previo. Vale la pena echarle!

09h00 - 12h00Teatro244Conferencias Inaugurales.

psicoterapia no séc xxI: possibilidades, novasperspectivas, desafios.a psicoterapia no século xxi. psicoterapia en el siglo xxi.RYAD SIMON (Brasil)

O tema que estaremos examinando lembrou-me algo semelhante abordadopor Freud ao final da Primeira Grande Guerra no texto de 1919: Linhas de pro-gresso na terapia psicanalítica, momento em que confrontava a prática da Psi-canálise – restrita a poucos pacientes – com a necessidade de estender seusbenefícios a maior parcela da população, concluindo: "É muito provável, tam-bém, que a aplicação em larga escala de nossa terapia nos compelirá a fundirlivremente o ouro puro da análise com o cobre da sugestão" (...). Hoje, comquase 90 anos de distância do texto citado, deparamo-nos com dificuldadesnão muito diferentes. Dada a extensão de minha prática clínica e didática emPsicoterapia Psicanalítica, me aterei a seguir mormente a essa modalidade.

Creio que uma boa maneira de pensar o presente e formular uma perspec-tiva futura é começar pelo passado. Iniciei minha Especialização em PsicologiaClínica em 1960 – (com os mestres Durval Marcondes e Aníbal Silveira) pelaUniversidade de São Paulo – após concluir minha formação em Filosofia pelamesma Universidade. Nesses 55 últimos anos de atividade pude acompanharpessoalmente – e através de meus colegas – no Departamento de PsicologiaClínica do Instituto de Psicologia da USP, no Departamento de Medicina Pre-ventiva da Escola Paulista de Medicina (atual UNIFESP onde militei 25 anos)e na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo os desdobramentos daevolução e "das modas" em Psicoterapia.

Qual a razão da existência da Psicoterapia? Toda vez que uma pessoa nãoconsegue por si encontrar uma solução adequada para uma dificuldade adap-tativa, busca alguma coisa, ou alguém, que a auxilie a descobrir uma soluçãomais adequada. À medida que o homem foi se distanciando do funcionamentoselvagem pela necessidade direta de alimento e sexo e precisando viver emgrupos mais amplos para melhor atender seus interesses, foi precisando criarregras de convivência e de propriedade, acarretando relações interpessoaismais complexas, resultando dificuldades de adaptação amplas. As perplexi-dades geradas pela participação em grupos; as dificuldades emocionais e deinteresses que a vida comunitária foi colocando criaram conflitos que ohomem não conseguia sozinho resolver satisfatoriamente. Foi sendo procu-rado alguém para ajudar na resolução dos problemas: o homem mais idosoe mais sábio; ou o mais sensitivo e em contato com o sobrenatural. No pas-sado – mas também no presente (e provavelmente até o fim dos tempos) –as pessoas procuraram a magia, a religião ou algo semelhante. Em fins doséculo XIX os médicos recorriam aos tratamentos termais, à sugestão, à hip-nose. Freud começou aplicando a hipnose e, graças a sua excepcional capa-cidade de observação, reflexão científica e inventividade, desenvolveu aPsicanálise. E esta, naturalmente, foi se transformando através dos tempos:quer na teoria, quer na técnica de sua aplicação.

Um dado singelo que utilizo como esboço para sintetizar as mudanças quea Psicoterapia Psicanalítica tem sofrido desde a segunda metade do séculopassado pode ser apreciado através de minhas análises pessoais e minha prá-tica psicoterápica. Na década de 60 por necessidade de formação em Psico-terapia Psicanalítica submeti-me a análise cinco vezes por semana duranteoito anos seguidos. Terminei essa análise dita "terapêutica" para iniciar minha

análise "didática" por outros oito anos, comparecendo quatro vezes por se-mana ao consultório de minha analista. Na década de 60 a 70 eu atendia pa-cientes com três a quatro sessões semanais. Da década de 90 a 2005 trabalheicom os pacientes três vezes por semana. Nos anos recentes os pacientescomparecem duas vezes por semana; mas a maioria só consegue vir uma ses-são semanal – seja por dificuldade de tráfego ou de pagamento; ou ambos.Era inevitável que essa variação na frequência semanal às sessões tivesse re-percussões no modo de praticar a Psicoterapia Psicanalítica bem como emseus resultados.

Qual o significado da redução paulatina da frequência semanal às sessões?A principal delas, a meu ver, é a variação naquilo que Freud (1914) denominou"neurose transferencial". Esta, dificilmente acontece com intensidade no traba-lho psicoterápico de apenas uma sessão por semana. Assim, pacientes consi-derados "quadros graves" em minha classificação adaptativa (vide Simon, R.1989, 2005 e 2010), ou seja, sofrem de neuroses e psicoses bem caracteriza-das – e que necessitariam de mudanças estruturais da personalidade – nãoobteriam alteração mais ampla e permanente do quadro clínico com psicote-rapia psicanalítica tão sumária; e estariam mais sujeitos a recaídas. Para alte-rações na estrutura da personalidade é necessário refazer as formaçõescaracterológicas estabelecidas na infância. Estas construções intrapsíquicas,resultado das interações entre impulsos (instintos e consequentes fantasiasinconscientes); angústias despertadas por esses impulsos e fantasias; defesascontra essas angústias e impulsos, vão se cristalizando em várias formas deadequações para lidar com as exigências da realidade psíquica e da realidadeobjetiva. O conjunto dessas formas inadequadas de funcionamento constituemtipos de Adaptação menos eficazes que acima denominei de "quadros graves".Para modificar essas estruturas arcaicas é necessário favorecer a regressãodo paciente, o que geralmente se consegue com o manejo da neurose trans-ferencial dentro da situação analítica. Com apenas uma sessão semanal de psi-coterapia psicanalítica dificilmente se chegaria à neurose de transferência. Pior:se chegasse, com apenas um atendimento semanal, pouco se conseguiria fazerterapeuticamente para atender às angústias e impulsos revividos por essa re-gressão. Seria como fundir um objeto metálico no cadinho da transferência e,devido à falta de condições para refazê-lo, retorná-lo à forma anterior. Com oaumento das angústias e impulsos resultantes da evolução psicoterápica, massem elaboração suficiente dos conflitos inconscientes – por escassez de tempode trabalho – as atuações (acting out) seriam mais frequentes.

Outra consequência importante da redução do número de sessões por se-mana é dificultar o aprofundamento da análise do inconsciente. O nível de pe-netração da psicoterapia psicanalítica vai se tornando mais superficial quantomenos o paciente comparece, com o efeito de que os conflitos inconscientesficam menos acessíveis à observação e elaboração. Os assuntos trazidos àpsicoterapia psicanalítica vão sendo as situações problemáticas externas comque o paciente vai se deparando no dia a dia. Muitas vezes a intensidade daangústia do paciente com problemas urgentes leva o psicoterapeuta a enve-redar por uma via suportiva, amparando e aconselhando o paciente, abando-nando a postura de neutralidade que favorece a emergência e investigação doinconsciente. Essa postura benigna do psicoterapeuta bloqueia a emergênciada transferência negativa e limita o aprofundamento da análise para níveismais profundos (Klein: The origins of transference, 1952). Para atender a essademanda de dificuldades atuais que o paciente vai trazendo a atenção do psi-coterapeuta focaliza-se na evolução das angústias contemporâneas fazendocom que a Psicoterapia Psicanalítica acabe se tornando uma "psicoterapiabreve de longo prazo" destituída de investigação do inconsciente no aqui-e-agora da sessão. No modelo de Psicoterapia Breve Operacionalizada que de-senvolvi ao longo de 45 anos (Simon, R. 2005) o psicoterapeuta se utiliza doque denominei "interpretação teorizada".Esta, consiste numa "construção" (ba-seada na contribuição de Freud, 1937: Construções em análise) efetuada pelacombinação do histórico do paciente e sua repetição nas escolhas que realizana vida atual ("cotransferência" ). Nada a objetar se a finalidade do trabalho éa psicoterapia breve; mas se o intuito é praticar psicoterapia psicanalítica, opropósito do trabalho não é atingido. A Psicoterapia Breve Operacionalizadaque desenvolvi ajuda o paciente a encontrar soluções atuais mais adequadaspara os problemas vividos no presente, mas não proporciona reestruturaçãoda personalidade (Wolberg, 1967). Pelo envolvimento com as emergênciasquotidianas do paciente vai se exacerbando o desejo do psicoterapeuta deajudá-lo em seu apelo atual. E, para compreender as complexidades do pre-sente trazidas pelo paciente o psicoterapeuta vai recorrendo à memória doque conseguiu captar nas entrevistas e nas sessões anteriores – além da me-mória das teorias psicanalíticas – para ajudar o entendimento do relatado nasessão. Essa ocorrência da utilização de memória e desejo é a que Bion (1957)recomenda que o psicanalista deva evitar para poder se colocar em condiçõesde descobrir o desconhecido, o novo, possível de ser alcançado em cada ses-são; mas, principalmente, para favorecer o estado de atenção flutuante quepermite a intuição do inconsciente. . Com isso, o psicoterapeuta que trabalhacom uma sessão semanal oferece ao paciente uma compreensão momentâ-

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nea das complicações vividas. Mas a "descoberta" do inconsciente do pacientevai ficando mais longínqua.

Lembro-me que há muitos anos atrás, ainda no Departamento de MedicinaPreventiva da Escola Paulista de Medicina, resolvi formar um pequeno grupocom quatro médicos que atendiam pacientes adultos no Centro de Saúde dainstituição. Um dos achados que me deixou espantado (e essa concepçãodeve perdurar nos médicos ainda hoje) é que, numa certa reunião com essegrupinho, um dos médicos mais expansivos assim manifestou sua indignaçãocom os pacientes que acorriam ao Centro de Saúde: "Porra! A gente gasta umtempo enorme com um bando de gente que vem aqui e não tem nada! Oitentae cinco por cento dos pacientes que vem aqui ocupar o tempo da gente nãoprecisam de médico!" O aumento da população que já sabe que "não precisade médico", em consequência de maior divulgação das formas de ajuda (oumesmo por indicação dos próprios médicos mais esclarecidos) incrementa abusca por atendimento psicoterápico. Todavia, a maioria destes buscadoresde psicoterapia não tem recursos para custear uma psicoterapia psicanalíticatradicional; utiliza-se de Convênios que só podem arcar com reduzido númerode sessões: atualmente de 12 (e até 60 sessões os mais refinados). E, quandocessa o custeio do Convênio têm de tirar do próprio bolso o pagamento doshonorários, o que limita inevitavelmente o número de sessões semanais.

Do lado dos psicoterapeutas psicanalistas a redução do número de sessõesvai abrindo "janelas" em sua agenda. Por necessidade de subsistência elepreenche essas janelas com novos pacientes. Desse modo duplica ou triplicao número de pessoas atendidas diariamente. Com tantas pessoas e tantosproblemas angustiantes exigindo sua participação ocorre uma sobrecarga defadiga e diminuição natural do interesse no acompanhamento de cada caso;até mesmo pela limitação mental de abarcar tantas situações individuais. Aempolgação pelo trabalho psicoterápico arrefece; a tarefa de aprofundar o en-tendimento é dificultada pela menor frequência às sessões; a atividade psico-terápica psicanalítica acaba se assemelhando a um trabalho braçal no qual aquantidade se sobrepõe à qualidade.

Recapitulando ligeiramente o que foi visto acima: a redução do número desessões semanais dificulta o envolvimento transferencial do paciente, resul-tando na diminuição de elementos para observação no aqui-e-agora, indu-zindo o terapeuta a se concentrar no "lá-e-então" dos problemas externos dopaciente, o que superficializa a observação e produz distanciamento do focoda Psicoterapia Psicanalítica que é a investigação do inconsciente. Isto é, vaise tornando mais difícil intuir o inconsciente no momento em que o pacientevai fazendo suas comunicações. Assim, de tanto desviar sua atenção para osproblemas externos do paciente, de tanto ter de refletir sobre as soluções parasuas agruras quotidianas, de tanto ter que lidar com emergências, o psicote-rapeuta psicanalista deixa de atentar para a relação transferencial, de intuir oinconsciente, resultando que seu próprio funcionamento mental vai se dete-riorando, com embotamento da capacidade analítica. Uma exceção a essaregra é quando o paciente já foi analisado durante tempo suficiente com váriassessões semanais e procura reanálise com apenas uma sessão por semana.Nesse caso, como a familiaridade com a percepção dos conflitos inconscien-tes já é mais ampla, o próprio paciente se dá conta, ou capta mais facilmente,o significado inconsciente das associações e até participa das interpretações.Ou, quando o psicoterapeuta envereda por uma senda menos clara, o ajudaa separar os descaminhos e calibrar as interpretações.

A perspectiva é a de que a Psicoterapia Psicanalítica trabalhada cada vezcom menos sessões vá criando para os psicoterapeutas psicanalistas obstá-culos cada vez mais difíceis de superar. Estes desafios me levam a pensar emsoluções para tentar deter essa deterioração da capacidade analítica nos te-rapeutas mais experientes, bem como incrementar essa capacidade nosrecém-formados. Em minha experiência: primeiro como participante, depoiscomo coordenador de grupos de estudos, notei ser esta uma prática que ajudaa incrementar o conhecimento da teoria e também desenvolver a técnica psi-coterápica. Os grupos de estudos que coordeno são repartidos em dois tem-pos: na primeira parte usamos um texto para breve leitura como pretexto paradesenvolver uma discussão que envolve raciocínio e prática dos participantes.Contudo, ainda que o texto lido seja um pretexto para animar uma discussão,não deixo de ressaltar as complexidades, consequências, profundidades e al-cance dos conceitos envolvidos na leitura. Essa prática nos ajuda a nos elevarna compreensão mais ampla dos conceitos sem perder o pé da base onde seoriginam. É como empinar uma pipa: quanto mais ela sobe, mais necessitade uma linha consistente para suportar o esforço. Se a linha for frágil, o tera-peuta se dispersa em divagações; a linha se rompe e a pipa se perde. A linhasólida que nos mantém suspensos sem perder o chão são leituras de Freud,Klein e Bion . No segundo tempo dos grupos de estudos um colega de cadavez faz a apresentação de uma sessão de psicoterapia psicanalítica por eleatendida, a qual é acompanhada por comentários dos colegas e finalizada pormim. Essa prática é útil principalmente para auxiliar o terapeuta experiente –tão ocupado em resolver os problemas atuais do paciente – que desatende àsinterações da transferência. Quando se dá conta, percebe simultaneamente

as implicações da contratransferência, recuperando a percepção das mani-festações inconscientes e recuperando sua capacidade analítica. Para os psi-coterapeutas psicanalistas iniciantes essa segunda parte do grupo de estudos,na qual apresenta uma sessão de seu atendimento, reconhece que por angús-tia tenta aliviar logo as dores do paciente realizando terapia suportiva; e deixade ver as implicações inconscientes das comunicações. Ou, angustiado como silêncio do paciente, intervém com indagações sobre a vida atual e passadadeste, transformando a sessão numa entrevista psicológica.

É bem de ver que apesar da participação em grupos de estudos ser benéficapara evitar a deterioração da capacidade analítica, se o psicoterapeuta sentirque sua compreensão do material dos pacientes em nível profundo vai ficandoopaca; e até a captação do próprio inconsciente vai se tornando difícil, a buscade mais supervisão e de reanálise deve ser cogitada.

Uma solução mais recente para tentar superar os inconvenientes da distân-cia entre o consultório do psicoterapeuta e a residência do paciente é o uso doSkype (ou equivalente), principalmente quando a residência fica em outra ci-dade ou mesmo outro país. Para o psicoterapeuta psicanalista habituado a tra-balhar com o paciente no divã essa forma de atendimento face a face compacientes através de uma tela – em vez de pessoalmente – gera uma estranhezae um constrangimento inegáveis. Talvez para o terapeuta formado há pouco eque se utiliza dessa prática logo após o início de sua atividade essa estranhezaseja menor. Algo que contribui para esse desconforto é certamente o fato deque o paciente está "em outro lugar"; em um ambiente que não é o consultóriodo terapeuta; e o paciente "vê" o terapeuta num consultório ao qual não temacesso. Esse constrangimento pode ser menor se o paciente já esteve sendoatendido pelo terapeuta anteriormente e ambos tiveram uma familiaridade. Pa-rece paradoxal: o trabalho psicanalítico deve ser feito com a anonimidade dopsicoterapeuta para facilitar as projeções do mundo interno do analisando; masno skype, a anonimidade – provocada pela falta de contato pessoal entreambos – e mediada por um artefato, produza uma transferência dificilmentemodificável, dado que o "distanciamento" do contato pouco favoreceria umamodificação dessa transferência. Explicando melhor: é provável que aquilo queStrachey denominou "interpretação mutativa" em seu magistral artigo "A natu-reza da ação terapêutica da psicanálise" (1934) dificilmente ocorra com uso doskype (ou outro equipamento análogo que procure substituir o contato face aface ). Portanto, se pelo skype o paciente consegue a superação do tempo –consegue "chegar à sessão" na hora certa – não evita a "distância pessoal"; istoé, fica faltando a proximidade concreta entre ambos, que cria a sintonia afetivanecessária para a elaboração do trabalho psicanalítico em profundidade. Essaconstatação é palpável nos momentos em que ocorre silêncio. Com o pacienteno divã o silêncio é bem mais suportável; este pode se deter minutos ou atémesmo a sessão inteira sem pronunciar uma palavra, sem provocar sobres-salto em ambos. Intuitivamente o psicoterapeuta capta a comunicação, sen-tindo se o paciente se cala por angústia, vergonha, culpa (caso em que formulauma interpretação), ou por estar vivendo uma situação de calma bemaventu-rada que deve ser respeitada. No contato frente a frente pelo skype o silêncioprolongado desperta constrangimento de parte a parte.

Vale mencionar ainda as interrupções da comunicação por problemas téc-nicos: ora a fala de um ou de outro se perde, e se tornaria incômodo ficar pe-dindo para repetir o que não foi ouvido; ora a interrupção técnica se intrometenum momento crucial, prejudicando a compreensão afetiva. De modo que meparece demasiado esperar que a psicoterapia psicanalítica feita por instru-mentos à distância substitua adequadamente a relação pessoal que se esta-belece nos encontros na sala de consulta. Ademais, se a duração doatendimento excede alguns meses (segundo o relato de colegas que traba-lham mais amiúde com essa modalidade) o relacionamento se esgarça, vaise desfigurando, o paciente sente necessidade de contato pessoal com o te-rapeuta para revitalizar o relacionamento. Penso que, até demonstração emcontrário, a prática da psicoterapia psicanalítica por instrumentos não vai alémda superfície e seus benefícios não parecem diferentes dos resultados obtidospor psicoterapias mais suportivas.

Nenhuma atividade humana pode ser efetuada sem a influência do ambientecultural. Em tempos recentes a conectividade interpessoal tem se expandidoenormemente, graças a dispositivos que utilizam a fala ou a escrita, sem queisso implique em ampliação do entendimento além da superfície entre as pes-soas. Pelo contrário, a superficialização parece ser a norma. Dada a pressaem transmitir uma mensagem por computador ou por celular, a escrita é trun-cada, as palavras são reduzidas a alguns grunhidos ou rabiscos, vogais e con-soantes sem nexo, sem pontuação, só inteligíveis pelos iniciados. Não hácuidado com a clareza, o estilo, a profundidade; só a rapidez comanda os con-tatos, como se cada comunicação fosse urgentíssima! É comum passar poruma mesa num restaurante e encontrar cinco pessoas cada qual ocupada comseu celular, interagindo não se sabe com quem, mas certamente sem comu-nicação entre si. Os celulares estão invadindo até a sala de atendimento empsicoterapia psicanalítica. Frequentemente se ouve um celular tocando du-rante a sessão e geralmente o paciente o ignora ou desliga. No entanto, tenho

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Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto

um paciente que vem com dois celulares ligados durante a sessão, às vezesos consulta para saber de novas mensagens e os atende quando supõe umacomunicação importante. Interpreto esse comportamento de ânsia de comu-nicação como expressão de uma voracidade dominadora cuja falta de controleimpele para a exterioridade, o distanciamento de si mesmo, da reflexão pro-funda para discriminar o que é importante do que é aleatório, e do recolhi-mento narcísico que é necessário para se cuidar física e mentalmente. Etambém, do isolamento para pensar detidamente no relacionamento com aspessoas significativas de seu universo pessoal, apurar sua gratidão, reconhe-cer seus equívocos e fazer reparações. Essa alienação compartilhada e domi-nante em nossos costumes atuais repele o interesse pelo subjetivo, peloâmbito da Psicanálise, conduzindo ao distanciamento da procura pela psico-terapia psicanalítica. Se algo o incomoda, se um sintoma o martiriza, recorreàs drogas – lícitas ou ilícitas. E se nem assim obtém alívio, procura algumaforma de terapia que faça cessar o distúrbio.

A pressa em obter resultados impulsiona a busca por outras modalidadesde terapias que atualmente têm tido procura crescente. Essas são consequên-cias da mesma avidez comunicacional, da mesma busca por rapidez de resul-tados que prevalece na cultura atual. É de se indagar se a busca de alívio dosefeitos sem conhecimento das causas é uma prática preventiva inteligentepara um ser humano. Permanecendo as causas os efeitos vão se manifestarem outras áreas do comportamento porque os dinamismos inconscientes emconflito vão procurar outra saída. Mas, se o sujeito tem alívio imediato, já estábem:quando outro distúrbio surgir no futuro se pensará em como afastá-lo...E assim por diante.

Como resultado da postura atual de nossa cultura imediatista a busca depsicoterapia psicanalítica pode diminuir. Mas a perseverança e a paciência ine-rente ao praticante da psicoterapia psicanalítica preservará a esperança em suapermanência. Quando tudo tiver sido feito e vivido os achados verdadeiros daPsicanálise prevalecerão. A roda da vida dá uma volta e outra atitude culturalmais reflexiva colocará novamente a Psicoterapia Psicanalítica em evidência.

ReSuMO: Mudanças sociais e econômicas sofridas nos últimos 50 anos –trânsito emperrado, aumento da procura de ajuda psicológica por pacientescom menores recursos econômicos – só conseguindo custear uma sessãosemanal de Psicoterapia Psicanalítica – impuseram necessidades de adapta-ção que Freud sugeriu após a Primeira Grande Guerra: fundir o ouro da análiseao cobre da sugestão. Apenas uma sessão por semana leva o paciente a trazerproblemas atuais (bloqueando a livre associação), forçando o terapeuta adeles se ocupar (bloqueando sua atenção livremente flutuante) distanciando-se do manejo da transferência e da captação dos conflitos inconscientes. APsicoterapia Psicanalítica acaba se transformando numa Psicoterapia Breveprolongada. Progressos recentes na indústria da informática (computadores,celulares) facilitam as comunicações, mas superficializam o contato exacer-bando um exibicionismo pueril e escrita truncada, acarretando capacidade depensar empobrecida. Tal atitude imediatista que permeia a Cultura impele àbusca de resultados rápidos, dispensando o conhecimento das causas: o su-jeito quer se livrar dos sintomas. Essa urgência de resultados aumenta abusca por outras formas de terapias em detrimento das psicoterapias psica-nalíticas. Uso de artefatos para superar distâncias (skype) também dificultamcaptação do inconsciente. Esperemos que outra reviravolta cultural recru-desça o interesse pela Psicoterapia Psicanalítica.

pALAVRAS ChAVe: Psicoterapia Psicanalítica –Fatores Socioculturais – Mudan-ças Técnicas

ReFeRÊNCIAS bIbLIOGRáFICAS

Bion, W. R. (1967) – Notes on memory and desire. In The PsychoanalyticForum, 2: 272-3, 279-80Freud, S. (1914) – On narcissism: an introduction. Standard Edition (S.E.)trad. James Strachey – London: Hogarth Press vol. XIV., 1974(1919) – Lines of advance in Psycho-analytic therapy. S. E. vol. XVII(1937) – Constructions in analysis. S. E. vol. XXIIIKlein, M. (1952) – The origins of transference. In The Writings of MelanieKlein London: Hogarth Press, vol. III – 1975.Simon, R. (1989) – Psicologia Clínica Preventiva. S. Paulo: EditoraPedagógica e Universitária. (2ª edição 2010).(2005) – Psicoterapia Breve Operacionalizada S. Paulo: Casa do Psicólogo.(2010) – Psicoterapia Psicanalítica – Concepção Original. S. Paulo: Casa doPsicólogoStrachey, J. (1934) – The nature of the therapeutic action of Psycho-Analysis. In The International Journal of Psycho-Analysis, 15 (2/3):127-159, 1934.Wolberg, L. R. (1967) – The Technique of Psychotherapy. N. York: Grune &Straton

Supervisão clínica. uma atualização. supervisión clínica: Una actualización. HECTOR FERNANDEZ ÁLVAREZ (Argentina) Institución de origen que representa: Fundación AIGLELA AUTO-DEVELACION DEL TERAPEUTA: ALCANCES Y LIMITACIONES

La formación de psicoterapeutas es un proceso donde intervienen diferen-tes elementos y no se limita a la mera adquisición de habilidades terapéuticassino que se va configurando una actitud y un estilo personal como terapeutaasí como un marco teórico que sirve de referencia para la toma de decisionesdel psicoterapeuta. Se presentarán evidencias del peso que tienen las carac-terísticas personales de los terapeutas en la optimización de los recursos deayuda de los programas de formación. De aquí se desprende la importanciade trabajar aspectos de autoobservación y autorreflexión del terapeuta en loscursos de formación de psicoterapeutas para conseguir convertir la experien-cia en aprendizaje. Al mismo tiempo, en los últimos años se han incrementadolas investigaciones que tienen como objetivo estudiar la contribución del te-rapeuta al proceso y al resultado psicoterapéutico (Hill, 2006, (Wampold &Brown, 2005). Las características del estilo comunicativo del terapeuta vanestructurando su perfil personal de operar en la terapia, incluyendo su manerade relacionarse con el paciente. El conjunto de estas características constituyeel estilo personal del terapeuta (Fernández-Álvarez, 1998; Corbella et al, 2009).En este marco se presentará el concepto de la autodevelación del terapeutacomo una herramienta esencial, no sólo en la construcción del vínculo, sinoen la mantención del mismo y en la recuperación de las rupturas. El terapeutapuede auto-revelar aspectos de su persona.dentro del proceso y al serviciode este, lo que lo hace más real.

Se presentarán lmodalidades y tipos de la auto-revelación que indican cla-ramente cuál es el camino correcto y cuáles las alternativas que merecen serdescartadas o evitadas por su negatividad.

pALAbRAS CLAVeS: auto develación, dimensiones, relación real, limitacionesMINI CuRRICuLuM. AutOR: Doctor en Psicología y Psicoterapeuta. Fundador de

la Fundación AIGLE Director Revista Argentina de Clínica Psicológica, Directorde las Carreras de Especialización en Psicoterapia, en covenio Universidades:Nacional de Mar del Plata y Maimonides; y el Ackerman Institute for the Familyof New York, Estados Unidos. Director y Profesor Maestría en Clínica Psico-lógica Cognitiva, Universidad de Belgrano y Codirector y en Maestría en In-tervención Multidisciplinaria para trastornos de la conducta alimentaria,trastornos de la personalidad y trastornos emocionales, de la Universidad deValencia (ADEIT) Docente de Posgrado en diversas Universidades Latinoame-ricanas y Europeas.Coordinador del “Training and Education Committee” dela Society for the Exploration of Psychotherapy Integration ( S.E.P.I) Miembrode “Interest Section on Therapist Training and Development” (SPRISTAD), dela Society for Psychotherapy Research (SPR) Delegado Internacional de la In-ternational Association of Cognitive Psychotherapy (IACP) “Premio Interna-cional Sigmund Freud Award for Psychotherapy otorgado por el World Councilfor Psychotherapy (WCP), 2002. Premio:“Trayectoria como Investigador-Se-nior Research Career Award,” otorgado por la Society for Psychotherapy Re-search (SPR), 2013

A supervisão no contexto da Formação: deslizamentos e enquadre. supervisión en el contexto de la Formación: resbalones y marco.BÁRBARA DE SOUZA CONTE (Brasil) Supervisão no contexto da formação: deslizamentos e enquadre

ReSuMO: O trabalho propõe percorrer, a partir do campo psicanalítico, aconstrução do modelo de formação a partir dos deslizamentos ocorridosquanto ao tema da transmissão do método no que diz respeito à analise pes-soal e à supervisão. A supervisão será discutida a partir da prática terapêuticae dos interrogantes teórico-clínicos que dela decorrem, analisando o desliza-mento de um modelo de pesquisa para um modelo de supervisão como con-trole no campo da formação. Tece considerações sobre o lugar delegitimidade da prática da supervisão a partir de um enquadre que considerao supervisor enquanto alteridade e o efeito do encontro supervisor /supervi-sionando como uma ressignificação do fazer ético.

pALAVRAS ChAVeS: supervisão, formação, alteridade. INtRODuçÃO: Trabalhar como foi se instaurando, na psicanálise, a supervisão

no contexto da formação é o objetivo deste trabalho. Foi uma escolha moti-vada pela filiação ao pensamento psicanalítico e sua prática que nortearam asideias que aqui serão expostas. No entanto, penso que este percurso e asquestões que daí decorrem são possíveis de ser pensadas para correntes teó-ricas no campo das psicoterapias.

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::51

Esta afirmativa parte da premissa que uma prática é sustentada por ummétodo e que este método precisa ser aprendido mediante conceitosteóricos, supervisão e experiência terapêutica do terapeuta. Estas condiçõesfundamentam o fazer ético.

1. histórico: as origens da formaçãoFreud (1905/1990) reunido com seus colegas no Colégio de Médicos de

Viena fala dos fundamentos do procedimento terapêutico por ele denominadode “método analítico de psicoterapia”, que se distinguia do método catárticoe da sugestão. Assegura frente aos colegas que sua terapia “(...) é a de maispenetrantes efeitos, a que permite avançar mais longe, aquela pela qual seconsegue a modificação mais ampla do doente” (p.249).

Ao descrever um dos fundamentos da psicoterapia analítica remarca o des-cobrimento e a tradução do inconsciente que se realiza sob uma permanenteresistência por parte do doente e que o tratamento seria uma pós-educaçãopara vencer as resistências interiores.

Assim, a partir das palavras de Freud, podemos pensar que psicoterapia epsicanálise, naquela época, eram entendidas como sinônimas, uma vez quese referiam a um método capaz de lidar com as resistências inconscientes,fruto da sexualidade infantil. A análise da transferência se opunha à sugestãoconsciente, do então método catártico.

Um século se passou e, hoje em dia, se faz necessário diferenciar a psica-nálise (enquanto terapia analítica) da psicoterapia (dita de orientação analí-tica), uma vez que se armou uma confusão conceitual no campo dotratamento psíquico, que tem como resultado um abandono de recomenda-ções sobre o fazer psicoterápico e um descuido ético da posição do terapeuta,que nos leva a discutir quais os parâmetros para pensar as psicoterapias. Fa-lamos do que é o fazer e de quem faz, tornando indissociável a reciprocidadeentre o terapeuta e o método que baliza o campo da prática. Apesar da neces-sária diferenciação entre a psicanálise e a psicoterapia, marcamos que o temada formação se mantém pertinente a ambos os campos.

Sabemos que a psicoterapia, enquanto teoria que passa a sustentar ummodo de fazer é uma prática anterior ao surgimento da psicanálise, e teve suaorigem em 1872, pelo médico inglês Daniel Tuke (1827-1895) e foi populari-zada por Hippolyte Bernheim (1840-1919), neurologista, como um métodode tratamento das doenças ditas psíquicas, através da hipnose.

Freud trabalhou a diferença de abordagem em relação a seus mestres e en-sinou que um Método de tratamento pressupõe uma teoria que o sustente,que os procedimentos estejam em consonância com essa teoria e afirmou anecessidade de treinamento para quem aplica o método, que supõe a super-visão. Esse conjunto é chamado de formação. O profissional assim habilitadose distingue do charlatão, uma vez que sua prática é ética.

Entendemos que a diversidade das psicoterapias da mente surgidas aolongo deste tempo e o afrouxamento dos critérios relativos à formação, con-forme marcamos acima, se inter-relacionam e produzem extravios e desviosno campo da prática psicoterápica. Esta, por vezes, é exercida à margem dequalquer critério ético e técnico ou, se guarnece com normatizações.

Roudinesco (2005) aponta que as escolas psicoterápicas agrupam-se es-truturalmente em três categorias e, historicamente, em três gerações suces-sivas. A primeira – e mais antiga – é a das práticas oriundas da hipnose e dasugestão de onde derivou a psicanálise. A segunda, surgida a partir dos anos1930, provém das correntes dissidentes da psicanálise implantadas nas gran-des clínicas norte-americanas voltadas para o tratamento das psicoses ou daspatologias ditas “culturais”. A terceira teve origem nas demandas místicas,de higiene psíquica, corporais dos anos 1960 - essa última incluindo correntespsicoterápicas como a Terapia Familiar, a Análise Transacional, a Gestalt-Te-rapia, o Psicodrama e, atualmente a Psicoterapia Cognitivo-Comportamental.

Cada uma das inúmeras formas de psicoterapia se inscreve nestas linhasde origem e têm métodos específicos, a partir dos pressupostos que susten-tam essa inscrição, a saber: a transferência, a sugestão ou a medicação.Porém, o descuido na formação frente a essa diversidade introduz o tema docharlatanismo, dito o outro da ciência e da razão, ou seja, “aquele que em-preende um tratamento sem possuir conhecimentos e capacidades requeri-das” (Roudinesco, 2005, p.30). Esse parece ser o ponto da questão que hojese apresenta uma vez que a diversidade de práticas vai dispensando ou afrou-xando o conhecimento das capacidades necessárias para seu exercício, dasteorias que as sustentam e do conhecimento auferido no meio acadêmico.

Não por acaso, este ponto também foi objeto de discussão nos primórdiosda psicanálise, ou seja, de que forma seria feita a transmissão dos princípiostécnicos e éticos e quem estaria apto para o exercício da psicanálise? A his-tória do movimento psicanalítico ensina que inicialmente a um “Comitê Se-creto” (Grosskurth, 1992) estava destinado pensar o futuro da psicanálise.Posteriormente, a função soberana do poder foi entregue por Freud à Inter-national Psychoanalysis Association (IPA), instituição criada em 1910, e con-siderada instância legítima de transmissão e controle de seus membros. Noentanto, múltiplas cisões ocorreram desde lá até nossos dias, até não mais

se sustentar uma legitimidade única. Inúmeras associações buscam transmitire assegurar o adequado exercício da prática entre seus membros, reassegu-rando um pressuposto freudiano que é da ciência moderna, o descentramentodo sujeito, ou seja, o homem, em sua razão, não detém o domínio do conhe-cimento. O inconsciente existe e as pulsões sofrem seus embates com a cul-tura para serem transformadas e dominadas.

Está marcado, desta forma, o lugar de alteridade que a psicanálise perseguiuquanto à formação marcando o inconsciente, o desejo e as pulsões como con-ceitos desde onde o sujeito emerge de seu universo estranho e familiar aomesmo tempo. Da mesma forma, as práticas psicoterápicas se legitimam natransmissão de seus paradigmas a partir da alteridade de outro. Justifico esteponto à partir da crítica ao sujeito da modernidade que considera o eu como au-tônomo, racional e auto–suficiente. Se o sujeito é sempre um sujeito histórico,que se constitui na relação com o outro, nesta mesma linha e na intersubjetivi-dade da prática que a transmissão ocorre . Não há uma prática sustentada umsujeito auto-suficiente e único, senão corre-se o risco de que a transmissão eprática psicoterápica tornem-se dogmáticas e centradas em um crença não pas-sível de questionada e reformulada de acordo os achados da clínica. Cada asso-ciação psicoterápica que se proponha a discutir os fundamentos de seu fazernecessita que seus pressupostos sejam expostos ao exercício do debate clínico.

Outro ponto não menos importante, além da legitimação da transmissãoatravés das sociedades formadoras, é o de quem está habilitado a exercer aprática terapêutica das doenças psíquicas. Freud (1926/1990), no início doséculo passado, escreveu sobre a questão da análise leiga, uma vez que haviauma denúncia de exercício ilegal da profissão contra Theodor Reik. Freud odefendeu neste artigo, em um debate com um suposto interlocutor com oqual vai descrevendo o que entende por análise leiga.

Refere-se a três significados: o leigo (não médico), o profano (não reli-gioso) e o amador (não competente). Verificamos assim que desses três pos-síveis sentidos de leigo, como sinônimo de charlatão, Freud deu precisão aotermo leigo, descrevendo-o como aquele que: 1) não estava familiarizado coma ciência da vida sexual, com seu inconsciente, através da sua própria análisee, 2) com a delicadeza da técnica da psicanálise, através da arte da interpre-tação, do combate às resistências e do lidar com a transferência. “Qualquerum que tenha realizado tudo isso não é mais leigo no campo da psicanálise,(...) ninguém deve praticar a análise se não tiver adquirido o direito de fazê-lo através de uma formação específica. Se essa pessoa é ou não um médico,a mim me parece sem importância” (Freud, 1926/1990,p.214). Desta forma,tornou claros os princípios que habilitavam o analista para seu ofício.

Freud ensinou que a formação é o que capacita o analista em sua prática, eque a transmissão da psicanálise se processa com rigor e independência, po-dendo seus analistas/membros ser de várias origens do campo do conheci-mento (médicos, psicólogos, educadores). Instituiu um debate sobre a questãoda análise leiga e gerou um embate entre seus pares uma vez que havia posi-ções como a de Ernst Jones (Kohon, 1994) de que “a Sociedade Britânica é,de modo praticamente unânime, da opinião de que, na maioria, os analistasdeveriam ser médicos, mas que uma proporção de analistas leigos deveria serlivremente admitida, desde que certas condições sejam preenchidas” (p.26).

A questão da análise leiga e os impasses de quem poderia fazer formaçãoforam armando as determinações da formação, até que em 1925 foi padroni-zada a análise didática. As “Diretivas” de 1929 (Tardits,2011, p.39) especifi-cam as condições de formação dos não médicos na prática psicanalítica emarcam a cisão entre a análise pessoal terapêutica, que até então tinha comoobjetivo a cura das neuroses e a análise didática, conduzida por analistas-di-datas autorizados, e que passa a ser instrumento da formação, ou seja, dosaber psicanalítico.

Esta cisão apontada do monopólio dos analistas didatas marca a brecha,na atualidade, onde a regulamentação se inscreve justamente na ambiguidadeou ambivalência frente à legitimidade para o exercício de uma prática. O des-lizamento a que me refiro na questão da análise ocorre da legitimidade da for-mação para a regulamentação do ofício, como prática. Houve o momento quese perdeu a especificidade da análise pessoal como forma de conhecimentodo inconsciente – objeto da análise – para o controle de quem poderia ou nãoser analista, e aí aparecer a figura do didata. Este deslizamento deu lugar aotema da regulamentação ou regulação do exercício da prática. Quando se ins-tala a ruptura, abre-se o caminho da cisão que cria um novo dispositivo decontrole, neste caso a regulamentação.

2.Supervisão como um dos eixos da legitimidade da prática O ponto desde onde se inscreve o tema da supervisão na formação é o de uma

função de transmitir o fazer prático e ampliar o conhecimento desta prática a par-tir de um lugar de alteridade sobre o material clínico, gerando um novo saber,um saber ampliado sobre o que foi realizado em um enquadre terapêutico.

Na mesma direção do dogmatismo e controle que apontamos quanto à im-portância da análise pessoal caminha a questão da supervisão. Na história dapsicanálise as análises passaram de condições de reconhecimento da ferra-

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52 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto

menta de trabalho que é o inconsciente, para serem utilizadas como controledos candidatos para a formação, conforme apontei anteriormente. As super-visões ou controles (como eram chamadas e ainda são em alguns casos) to-maram rumo semelhante no sentido de um deslizamento de sua funçãoprimeira, que é legitimar a prática.

Em 1947, a Sociedade britânica de psicanálise discute o sistema de forma-ção e Michel Balint, como voz dissidente, aponta a constatação de que porvários anos havia a ausência de publicação, inibição do pensamento e “au-sência de discussão científica sobre os objetivos e métodos da formação”(Tardits,2011,p.70). Desde a dissidência entre Ana Freud e Melanie Klein haviaa querela entre autoridade analítica, autoridade doutrinal e poder institucional,sugerindo uma ruptura entre a produção de conhecimento e autoridade ins-titucional marcando exatamente a ausência da alteridade uma vez que ao invésda troca de ideias e do debate clínico o que havia era a briga pelo poder queencastela o grupo, ao modelo de funcionamento eclesial.

Ao longo do tempo a supervisão também sofreu uma cisão uma vez quepassa a “validar a passagem de uma posição de analisante a um estatuto deanalista”(Tardis,2011,p.134). A supervisão cumpriu inicialmente no grupo deanalistas que se reunia com Freud, como Sandor Ferenczi, Paul Federn,Edoardo Weiss, a função de discutir a técnica, escrever as experiências empublicações, e trocas de correspondências sobre a condução e entraves doscasos atendidos. Esta forma encontrada no relato da condução dos casoscriou uma forma de conhecimento que foi, no meu ponto de vista, precursorada pesquisa em psicanálise, ou seja, a apresentação do caso clínico com seusinterrogantes e a interpretação da experiência clínica. Este é o ponto impor-tante da supervisão enquanto dispositivo para uma pensar a prática e que fun-ciona como produção, como pesquisa, que sofre um deslizamento e passa ater a função de controle, de autorização do supervisor sobre a prática do ana-lista em formação. Esse deslizamento acaba tendo como consequência umaproteção frente ao trabalho realizado, um retraimento na prática de apresentare discutir o que é realizado na privacidade da sessão.

Destaco com este recorte histórico um ponto que me parece fundamentalsobre o tema da supervisão que é seu lugar de produção de conhecimentodos interrogantes da clínica e também como forma de transmissão e filiação.As supervisões ou discussões de casos são realizadas para aprofundar, com-provar, questionar os achados do processo e do fazer analítico e psicoterápicocom um colega mais experiente. Apontamos que cumprem o papel de pes-quisa, uma vez que os novos achados teóricos são discutidos e reformuladosa partir do desafio da clínica e com o olhar deste terceiro – o supervisor, quese coloca entre o terapeuta e o paciente, para discutir o fazer clínico.

A alteridade é uma condição da supervisão em qualquer forma de exercícioda psicoterapia. Diferença do sujeito e no sujeito em seu lugar de construção dosaber. Supervisão supõe, portanto, a presença de um terceiro entre o terapeutae o paciente. O campo da supervisão abarca esta abertura do par paciente/tera-peuta para um terceiro que pode privar, elucidar, pontuar, o que está ocorrendocomo repetição ou endereçamento na dupla. Isto é bem diferente de controlar.

A diversidade que caracteriza as práticas psicoterápicas deve ser discutidamais além de enquadramentos, títulos, listas e regulamentações. O diálogoentre os diversos fóruns, como os institutos de formação, os órgãos de fis-calização e as relações éticas entre os psicoterapeutas e suas práticas é queentendemos que poderá direcionar os rumos da psicoterapia, resguardandoa autonomia necessária para que a laicidade tome o rumo a que se referiuFreud. Mais do que o regulado por uma instituição, que arbitre o direito de le-gislar, é preciso reconhecer a necessidade de etapas, instâncias, auto e hete-roreguladoras, evadindo-se do pressuposto de que a transmissão deconhecimento possa estar restrita a um grupo” (Hausen & Conte, 2008, p.65).

Desta forma está proposto o lugar da supervisão como uma forma de pes-quisa e lugar de filiação que supõe a legitimação do fazer e a troca de expe-riência com ética.

Retomo a questão da legitimidade. Legitimar-se é ter a outorgação de outroou outros pela prática que é exercida. Essa legitimação requer que se endereceao outro o trabalho realizado pelo sujeito. É necessário dar conhecimento aoutro do que é produzido. Primeiro passo para que o trabalho no campo daspsicoterapias (utilizada em todo o texto em sua acepção ampla como formade tratamento do sujeito) seja legitimado é que seu método, sua cientificidadee seu rigor incluam a questão da alteridade. Alteridade que quer dizer dife-rença, uma vez que o outro vai instaurar a marca de sua presença e interrogapara que se produza algo novo. Diferente de prescrição ou sugestão do quefazer. Isto é possível entre pares e entre fóruns distintos. Exemplo disto foi ocaso Anna O discutido entre Freud e Breuer, quando da mudança de terapeutae os efeitos de sua paixão; as reuniões das quartas feiras, onde estudavam osachados clínicos e teóricos, buscando afirmação do método; e o caso Hansonde o pai levava o relato dos diálogos entre ele e seu filho para que Freud oorientasse quanto ao “procedimentos interpretativos”.

Alteridade é o olhar do outro em mim; o endereçamento a alguém que vai sertocado pelo que é endereçado e responde desde aí como a transferência. Alteri-

dade também o efeito desta passagem do outro por e em mim – as identificações.Alteridade é a possibilidade de encontro entre o que é de um e de outro que produzalgo novo. Esse é o efeito da alteridade e a criação possível do novo pela introdu-ção da diferença. Se quisermos, onde a repetição dá lugar ao inédito.

As resistências que verificamos nesta prática da supervisão são evidentes,pois é justamente nesta situação de demonstrar um fazer é que é colocadoem cena o privado, confidencial, da dupla terapeuta/paciente. Aí aparece o quefaz sentido em um tratamento, o fazer ético que produz conhecimento.

A partir da alteridade do supervisor, tomo outro dispositivo para pensar asupervisão, o efeito por posterioridade do encontro do terapeuta com o su-pervisor que coloca em cena o encontro terapêutico. Après coup, só depois,posterioridade, é o trauma que diz respeito tanto à sexualidade quanto à des-trutividade. É uma palavra que vem do alemão Nachtraglick(keit), onde o su-fixo keit substantiva a palavra, transformando-a em o efeito do trauma eintroduz a ideia de um tempo em espiral. (Laplanche, 2012,p.71) A supervisãonão opera como para adjetivar um fazer: se é bom ou ruim, mas para ressig-nificar a partir da intromissão de outro em um outro tempo a relação de tra-balho clínico entre o analista / terapeuta e seu paciente / cliente.

Sabemos que o conflito não é fruto dos acontecimentos, mas sim do efeitode novos acontecimentos em outro tempo, onde o sujeito pode produzir algodiferente ou continuar a repetir. Assim também podemos pensar que a super-visão se inscreve como uma “nova volta”, “outro olhar” no processo terapêu-tico para produzir novo efeito. A supervisão encontra sentido à medida queabre vias de pensamento às interrogações como qual o conflito escutado?Qual a fonte do sofrimento narrado? Onde houve a interrupção da escuta e asugestão se inscreve para obturar a fala? Onde o terapeuta foi tocado ou per-turbado pela fala do paciente? Perguntas que recolocam o pensar sobre oefeito do encontro dito terapêutico.

Assim, os dispositivos do enquadre levam em conta a alteridade do super-visor, no material que abarca o material do paciente e o que suscita no tera-peuta o material do cliente/analisando. A supervisão supõe uma combinaçãode tempo e valor que garantam um espaço de escuta e de circulação do pul-sional, da sexualidade, do transferencial (independente de ser utilizado ou le-vado em conta) que se produz no registro da posterioridade, do efeitoproduzido no terapeuta a partir do material produzido em supervisão e doefeito da supervisão no encontro terapêutico.

Esta é a pesquisa incessante que supõe que a teoria se evidencie na práticae que a prática interrogue a teoria, quando o que é sabido não alcança os im-passes da clínica. Esse permear entre teoria e prática e o que produz novosconhecimentos.

Para concluir, marcar que no decorrer do tempo de exercício das práticaspsicanalítica e psicoterápicas os rumos da transmissão dos fundamentos eos deslizamentos ocorridos desviaram em muitas situações o foco do cha-mado tripé de uma formação – a análise pessoal, os seminários teóricos e asupervisão para formas de controle e de poder nas instituições e grupos for-madores. Defendo a criação de instâncias de participação e discussões entrepares ao modelo do enfocado como uma filiação na alteridade, em uma tem-poralidade por après coup, ou seja, em uma temporalidade em espiral queleva em conta o efeito do acontecimento , neste caso o encontro entre pa-ciente e terapeuta e a função da supervisão como uma forma de pesquisa daprática que está sendo realizada e como parâmetro ético da clínica.

ReFeRÊNCIAS bIbLIOGRáFICAS: Freud, S. (1990). Sobre Psicoterapia. SigmundFreud Obras Completas (vol.7)[pp. 243-258]. Buenos Aires: Amorrortu (Ori-ginal publicado em 1905).

Freud, S. (1990). Pueden los legos ejercer el análisis? Diálogos con un juezimparcial. Sigmund Freud Obras Completas (vol. 20) [165-245 ] Buenos Aires:Amorrortu (Original publicado em 1926)

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nhia de Freud.Presidente/Presidenta: SYLVIA MANCHENO DURÁN (Equador)

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::53

3h30 - 15h30Teatro264Conferências/Conferencias

:: posmodernidade e psicoterapia. :: posmodernidad y psicoterapia.

LUCIO BALAREZO (Equador) En el ejercicio psicoterapéutico de hoy, es una condición básica plantearse

las características que posee el mundo actual en los diferentes terrenos.Así, los cambios económicos permiten una tendencia marcada al consu-

mismo con injerencia en el desarrollo social competitivo y devorador paramantener primacía y poder sobre opositores y rivales. En el campo tecnoló-gico el avance logrado en estos últimos treinta años supera, en mucho, lo lo-grado en toda la historia pasada de la humanidad. En el campo mediático, eldesarrollo asombroso logrado, nos comunicamos al instante con cualquierparte del mundo y probablemente del universo. En lo social se observan ra-dicales cambios reflejados en la equidad de género, las perspectivas nuevassobre la sexualidad y las drogas. En lo psicológico las transformaciones sonevidentes apareciendo características de pragmatismo, utilitarismo, individua-lismo, culto a la belleza del cuerpo, a la liberación personal y sexual, pérdidadel idealismo y trastocación de los valores tradicionales. En el presente trabajose pretende reorientar la psicoterapia hacia la comprensión y manejo de lapsicopatologia social que asoma como um campo demasiado importante sise quiere contribuir al desarrollo de la salud mental de los habitantes..

pALAbRAS CLAVeS:Postmodernidad, psicoterapia, psicopatologia social.MINI CuRRICuLuM AutOR: Magíster en Desarrollo del Talento Humano. Psicote-

rapeuta Acreditado por La Federación Latinoamericana de Psicoterapia, conAval del WCP. Gestor del Modelo Integrativo del Modelo Integrativo Focalizadoen la Personalidad. Primer Presidente de la Federación Latinoamericana dePsicoterapia, FLAPSI. Autor de 10 libros sobre Consejería y Psicoterapia. Re-conocimiento al “Mérito en el Quehacer Psicoterapéutico otorgado por la Fe-deración Latinoamericana de Psicoterapia

:: psicoterapia e sua relação com o paradigma da complexidade.:: psicoterapia y su relación con el paradigma de complejidades.

GILDO KATZ (Brasil) OS NOVOS pARADIGMAS e O FutuRO DA pSICOteRApIA: OpeNSAMeNtO COMpLexOGildo Katz

ReSuMO: O autor examina o futuro da psicoterapia de orientação analítica e suarelação com o paradigma criado a partir do pensamento complexo. Parte de umabreve revisão histórica da psicoterapia, sustentando que existe uma nítida dife-rença com a psicanálise. Acredita que o futuro da psicoterapia passe pela modi-ficação do modelo empírico, de cunho determinista porque, na atualidade, oindivíduo é menos influenciado pelas pulsões e mais motivado pela necessidadede relação e de adaptação em um mundo complexo. Além disso, precisamos en-contrar novas formas de atender as patologias que “extrapolam os limites dosimbólico” e caracterizam-se pela ausência do afeto e de subjetividade. Salientaque o paradigma da simplicidade é baseado em um conceito central e reducio-nista. O pensamento complexo não considera um conceito mestre, valoriza redesde objetos, atividade multidisciplinar, noção de limite, e toma o observador comoparte ativa da experiência, o que aumenta a interação da dupla. (intersubjetivi-dade). O conceito de limite consiste na criação de um espaço no qual se agru-pam, divergem e se interpenetram diferentes objetos para produzir pensamentonovo. Acredita que o futuro das psicoterapias reside em não esquecermos quea realidade é mutante, que o novo pode surgir, e de todo o modo, vai surgir. Atra-vés de um exemplo clínico, ilustra a articulação destes conceitos com a clínica.Finaliza, enfatizando que o intercâmbio entre a visão clássica determinista e opensamento complexo é parte indissolúvel da experiência.

pubLICAçõeS CIeNtÍFICAS

1-O adulto jovem e o adulto intermediário. In. Cataldo Nebo, A et alli. Psi-quiatria para Estudantes de Medicina. Porto Alegre: EDIPUCRS. 2013. Cap.26. p 234-241.

2-A vida muito próxima da morte. In A Clínica Psicanalítica das Psicopato-logias Contemporâneas. Costa G. P. e cols. 2ª Ed. P. 113-39-125. Porto Ale-gre: Artmed. Cap. 6. 2015

3-Um corpo que cai. In. A Clínica Psicanalítica das Psicopatologias Con-temporâneas, Costa G.P. e cols. 2ª Ed P. 194-202. Porto Alegre: Artmed. Cap.10. 2015

4-Um corpo estranho na mente. In. A Clínica Psicanalítica das Psicopato-logias Contemporâneas, Costa G.P. e cols. 2ª Ed P. 312-21. Porto Alegre: Art-med. Cap. 11.2015

5-Sofrimento referido, mas não sentido In. A Clínica Psicanalítica das Psi-

copatologias Contemporâneas, Costa G.P. e cols. 2ª Ed P. 322-31. Porto Ale-gre: Artmed. Cap. 12. 2015

Médico, psiquiatra formado pela Universidade Federal do Rio Grande doSul, Psicanalista Didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio Grandedo Sul, professor e supervisor do Curso Pro. David Zimmermann e do Cursode Psicoterapia de Porto Alegre da Fundação Universitária Mario Martins dePorto Alegre, doutorando em psicologia do desvalimento da UCES, BuenosAires, ArgentinapReSIDeNte: JOSÉ MANUEL ROJAS PRADEL (Bolívia)

13h30 - 15h30Sala 301274Mesa redonda

As pesquisas em psicoterapia.La investigación en psicoterapia. :: Intervenções terapêuticas em pacientes diagnosticados com depressão.

Resultdados da pesquisa. :: interviciones terapéuticas en pacientes diagnosticados con depresión.

resultados de la investigación. PAULA DAGNINO (Chile)

:: pesquisa em psicoterapia: uma proposta integrativa.:: investigación en psicoterapia: Una propuesta integrativa.

VERÓNICA BAGLADI LETELIER (Chile) INVESTIGACIÓN Y PSICOTERAPIA: UNA PROPUESTA INTEGRATIVA

A través de varias décadas la investigación en psicoterapia guiada por elcriterio de cientificidad ha puesto de manifiesto la “eficacia” de la psicoterapia;sin embargo, aún nos vemos afectados por la “paradoja de la equivalencia” yla contradicción entre validez interna vs. validez externa. Son estos los dosgrandes problemas de la investigación en psicoterapia: la tendencia de los in-vestigadores de encontrar evidencias consistentes con su propio enfoque (al-legiance effect), y la limitación que muchas de nuestras teorías imponen almomento de la metodología de investigación.

Así las cosas, enfrentamos grandes demandas en el terreno de la psicote-rapia y su investigación, siendo además un desafío para los clínicos el tenderadecuados puentes entre investigación y práctica clínica.

En esta conferencia se propone un nuevo marco integrativo para la meto-dología y la investigación en psicoterapia; buscando y seleccionando el cono-cimiento “válido”, esto es el que aporte a nuestras predicciones y a nuestrasfuerzas de cambio en psicoterapia. En este contexto, la práctica clínica nosproporciona hipótesis y la investigación nos aporta pruebas, que a su vez per-miten enriquecer la práctica clínica.

Finalmente, se presenta una actualización de distintas formas de aplicaciónde la investigación en contextos y problemáticas clínicas.

pALAbRAS CLAVeS: investigación, psicoterapia, enfoque integrativo.RequeRIMIeNtOS pARA LA pReSeNtACION: microfono y data.MINI CuRRICuLuM: Psicóloga de la Universidad Católica de Chile y Doctora en

Psicología Clínica de la Universidad Nacional de San Luis. Certificada comoPsicoterapeuta y Supervisora por FLAPSI y como Psicoterapeuta Integrativapor la ALAPSI. Sub-Directora del Instituto Chileno de Psicoterapia Integrativa(ICPSI). Miembro Fundador de La Federación Latinoamericana de Psicoterapiay actualmente Delegada de Chile ante esta Federación. Miembro fundadora deAsociación Chilena de Psicoterapeutas (ACHIPSI) Distinguida como socio deHonor por la Sociedad Chilena de Psicología Clínica.

:: panorama atual das pesquisas em psicoterapia com o psychotherapyprocess q-set.

:: panorama actual de la investigación en psicoterapia en elpsychotherapy process Q-set.FERNANDA BARCELLOS SERRALTA (Brasil) COORDeNADORA/COORDINADORA: VERÓNICA BAGLADI LETELIER (Chile)

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54 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto

13h30 - 15h30Sala 302284Mesa redonda

As distintas abordagens psicoterapêuticas frente apsicopatologia contemporânea. Los diferentes abordajes psicoterapéuticos frente a lapsicopatología contemporánea. :: Mundo moderno, compulsão e psicoterapia. :: el mundo moderno, la coacción y la psicoterapia.

ANA MARIA LOPEZ CALVO DE FEIJOO (Brasil)

:: A psicoterapia breve como modalidade de atendimento no campoinstitucional.

:: La psicoterapia breve como una modalidad de atención en el campoinstitucional.RYAD SIMON (Brasil)PSICOTERAPIA BREVE EM INSTITUIÇõESRyad Simon – Professor Titular pelo IP- USP; Coordenador dos Cursos de

Pós-Graduação –Especialização em Psicoterapia Psicanalítica e Especializaçãoem Psicoterapia Breve Operacionalizada - UNIP

Desenvolvi de 1970 até 1985 no Departamento de Medicina Preventiva daEscola Paulista de Medicina (atual UNIFESP) um Setor de Saúde Mental dosAlunos. Meu intuito foi desenvolver atendimento preventivo na população uni-versitária. Minha equipe constitui-se de residentes R-2 em Psiquiatria e psi-cólogos pós-graduandos de meu Curso Prevenção de Distúrbios Mentais emUniversitários no IP-USP. Utilizamos minha Escala Diagnóstica AdaptativaOperacionalizada (EDAO) que permite separar rapidamente quem precisaajuda psicológica e iniciamos o desenvolvimento de um método que hoje játem 45 anos de aperfeiçoamento, designado como Psicoterapia Breve Ope-racionalizada (PBO). Essa experiência preventiva pode ser estendida a váriasmodalidades de instituições adequando-a às características próprias. Sendoa PBO um instrumento terapêutico sua aplicação enquadra-se no estágio de"Prevenção Secundária" (diagnóstico precoce e tratamento imediato e eficaz).O procedimento consiste em iniciar pelo "diagnóstico precoce" da populaçãoinstitucional aplicando a EDAO. Os indivíduos diagnosticados com"AdaptaçãoIneficaz" seriam convidados para atendimento em PBO. Aplicando-lhes aEDAO minuciosamente serão detectadas "situações-problema", bem comoconstruídas "conjecturas psicodinâmicas" que permitirão formular "interpre-tações teorizadas" as quais darão ao paciente possibilidade de integrar conhe-cimento sobre seus dados significativos do passado que são "cotransferidos"para o presente, favorecendo encontro de soluções mais adequadas.

:: O atendimento a crianças sob o enfoque da Gestalt.:: La atención de los niños según el enfoque de la gestalt.

LORENA FERNÁNDEZ RODRÍGUEZ (México) COORDeNADORA/COORDINADORA: LORENA FERNÁNDEZ RODRÍGUEZ (México)

Sala 302284Mesa redonda

Mundo Moderno, Compulsão e psicoterapiaAna Maria Lopez Calvo de Feijoo

ReSuMO: Para poder falar de uma psicoterapia existencial que resiste às deter-minações próprias ao mundo moderno temos que, primeiramente, situar o modocomo essa atividade prática da psicologia, encontra-se posicionada, no mundoatual. Ao traçarmos o modo como o mundo moderno se constitui tomaremos otexto de Heidegger em que ele desenvolve as orientações sedimentadas na Erada técnica. A Era da técnina ou mundo moderno com suas determinações mas-sificantes obscurece outras possibilidades de ser. Assim, o homem esquece-sede seu caráter de poder ser e coloca-se no mundo de modo autônomo. A psico-terapia, nas perspectivas modernas, é tomada quase que de modo hegemônicoem Psicologia como uma atividade tecnocrata. Pretendemos pensar a psicologiae consequente a psicoterapia como resistindo às determinações hegemônicasque valorizam a soberania do querer em detrimento ao poder ser. Para falar demundo atual e de tecnocracia vamos tomar o pensamento de Heidegger, princi-palmente, aquele que se denomina Heidegger tardio. E, assim, poderemos pensarcomo seria uma clínica psicológica de bases fenomenológico-existenciais emum mundo cuja cadência é a da compulsão.

pALAVRAS-ChAVeS: Psicoterapia Fenomenológico-Existencial; Heidegger; com-pulsões.

INtRODuçÃO:A psicoterapia é tomada, quase que de modo hegemônico, pelaPsicologia como uma atividade tecnocrata. Para falar de mundo atual e de tec-nocracia vamos tomar o pensamento de Heidegger, principalmente, aqueleque se denomina Heidegger tardio. Em Ser e tempo (Heidegger, 1927/2013)o filósofo descreve mundo (existencial) como significatividade, ou seja, certasdisposições afetivas que foram legadas historicamente. Mais tarde, Heidegger(1954/1958) passará a pensar o mundo como unidade epocal, medida de umtempo historicamente constituído, que na modernidade aparece com o sentidodominante da produtividade cujo aspecto marcante é a compulsão. Com essasconsiderações é que podemos pensar em uma clínica psicológica com basesfenomenológico-existenciais em um mundo cuja cadência é a da compulsão.

A unidade é o acontecimento-apropriativo que sustenta todas as mobilida-des existenciais. Trata-se, então, de desdobramentos existenciários de con-creções existenciais dentro de um mundo epocal. O mundo epocal onde nósnos encontramos, Heidegger (1958) denominou de Era da técnica no qual im-peram o funcionalismo e o instrumentalismo. Trata-se de, a partir desses en-vios epocais do ser, pensar em duas questões que dizem respeito à clínicapsicológica: 1- Como a psicologia passa a funcionar em um mundo em quea determinação de sentido acontece por meio ao funcionalismo e ao instru-mentalismo? Parece que a clínica psicológica nasce dessa condição de pos-sibilidade em nosso mundo epocal, ou seja, a clínica aparece como gestell -com a ideia de funcionalidade e instrumentalização.

bases existencial e hermenêutica da Clínica psicológicaPara pensar em uma clínica psicológica com bases existenciais e herme-

nêuticas teremos que trabalhar com campos intencionais historicamenteconstituídos. Daí surge um embate, por meio as seguintes questões: 1- Fazsentido falar em uma clínica existencial, ou seja, que resiste às determinaçõesde sentido pela funcionalidade e pela instrumentalização? 2- Como em ummundo que opera sentidos por meio a funcionalidade, podemos falar de umaclínica psicológica que não atua pela ideia de algo que tem uma função pre-viamente definida? 3- Como saber-fazer uma clínica psicológica que não teminstrumentos para modificação da realidade?

A grande cegueira em que nos encontramos, no nosso tempo, é a de acre-ditar que essa ótica unidimensional da técnica é a única e absoluta verdade.Para poder começar a abrir um horizonte de possibilidades para a clínica, cabeperguntar: funciona para quê e instrumentaliza-se para quê? Vamos buscarnas palavras de Fogel (1999) a resposta que nos é dada pelas determinaçõesde sentido na era da técnica: “Sem dúvida, uma opção filosófica pelos pobres,oprimidos e desvalidos” (p.20). E, conclui Fogel “No entanto, nós, homensdo século XX, homens-massa, somos, por isso mesmo, mestres em dissimu-lar ou escamotear cinismo e hipocrisia com palavras douradas e altissonan-tes” (p. 20). Assim, o homem da técnica responderá que a psicoterapia é umamáquina capaz de transformar os homens e a humanidade. Essa prática empsicologia nos fornecerá modelos que tornam possível fazer com que funcio-nemos para que possamos tornar os homens mais autênticos, mais verda-deiros, mais assertivos, mais equilibrados, sensatos, mais funcionais em seusrelacionamentos.

Mas como responder a questão do “para que” e “do que é” uma clínica psi-cológica que não se quer funcionalista e instrumentalista, ou seja, que querresistir à consolidação da medida que se instaura pela função (para quê serve)e pelo instrumento (como intervir). Primeiramente, renunciando a dar essasrespostas e apenas sustentando a possibilidade da experiência do poder fazer- se nessa própria experiência. Fogel (1999) nos diz como isso pode se darpor meio a um exemplo do aprendizado do “canto” como experiência em umatribo de Angola:

Há uma espécie de couro infantil, do qual participam todas ou quase todasas crianças da tribo por ocasião das festividades. Em tais ocasiões, os mais ve-lhos dentre os que, também, cantam, vão percebendo nesse coro, aqui e ali,uma ou outra criança que notoriamente “tem chispa para a coisa”. Esta (ouestas) criança é destacada do grupo e como que “adotada” por um adulto, con-siderado o mestre do canto. E esta criança passa a cantar junto com este mes-tre, fazendo “coro” com ele. Assim, cantando junto, toda a sua atividaderesume-se em “copiar”, em “imitar” o mestre. Durante o período de aprendizado- que pode ser longo ou curto, porém jamais definido o quão longo ou o quãocurto, pois isso dependerá do desenvolver-se do aprendizado – dão se natural-mente muitos e muitos exercícios de canto e que são quase sempre em público.Os erros, os ‘“desafinos”, são inevitáveis por parte do discípulo e a comunidadeexerce uma crítica, sua correção ao discípulo, sempre que este erra, isto é, “des-toa”, “desafina”, “vacila”: a assistência então, também composta por crianças,ri. É o riso que é a crítica, a advertência e, daí, o mecanismo de correção e ades-tramento do cantor-discípulo. O sentido possivelmente é este: diante do riso oaprendiz “se envergonha”, isto é, se retrai, dá um passo atrás e, assim, retomao caminho do qual se desviara, isto é, o canto, o “embalo” e prossegue na ca-dência ditada pelo canto do mestre que com ele faz coro e o qual imita. Este re-gime de ensino e de aprendizagem dura até que o mestre e o discípulo

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reconheçam que o discípulo não precisa mais da tutela do mestre, pois ele já écapaz não só de cantar o já conhecido, mas é até de, indo além do mestre, mu-sicar e enriquecer o repertório de cantos do grupo (p.70).

O exemplo acima ilustra uma situação de ensinar e aprender que com-preende uma relação, uma adoção (escolha) mútua e a própria coisa é deci-siva na mutua adoção, no caso acima, o canto. E, então, eles se põem acaminho, diz Fogel (1999): “O ensinar do mestre é ensinar este caminhar e oaprender do discípulo é aprender desse caminhar. E esse caminho, este ca-minhar que designamos acima como experiência” (p.71).

Vamos, então, tomados pelo relato de Fogel, prosseguir nestas reflexões,para pensarmos o saber-fazer na clínica psicológica, como um mover-se naexperiência, em que mover-se é um fazer. A atuação clínica é uma experiênciaque se determina por ser tocado para entrar na cadência daquilo que toca. Aaprendizagem do saber-fazer na clínica também se daria assim em um pro-cesso de afinação (supervisão).

Caracterizarmos a clínica como existencial podendo, dessa forma, subtrairtotalmente a necessidade de operarmos com um objeto próprio à Psicologia.Ou melhor, tomar seu objeto como totalmente destituído de realidade, ou seja,aquilo que aparece no campo hermenêutico: a existência. Consideramos queé preciso, para articular uma proposta em Psicologia nessas bases, descreveras concreções existenciais condicionadas pelos envios historiais. Nesse sen-tido, a Psicologia que queremos pensar não parte de objetividades categoriais,mas sim como propõe Heidegger (1920/ 2010) de indicativos formais: "Nametodologia chamamos de indício formal (Formale Anzeige) o emprego deum sentido que guia a explicação fenomenológica. Aquilo que o sentido for-malmente indicado traz constitui o horizonte no qual os fenômenos que sepretende distinguir serão vistos." (p.52). Isso, no entanto, sem emitir opiniões,nem nada que traga pressuposições ou preconceitos acerca daquilo que sepretende analisar.

Seguir os indicativos formais quer dizer partir de indícios, forma, que sóganha materialidade na existência ou na história. O acontecimento-apropria-tivo constitui a identidade–forma que vai conquistar a diferença com a mate-rialidade historicamente constituída, para assim preencher o sentido, que serásempre epocal, ou seja, conquistado na existência. Para pensar o mundo queé o nosso ao qual Heidegger denomina Era da técnica, entendemos que é pormeio da materialidade, ou seja, das determinações desse mundo, que acon-tece a cadência daquilo que conduz nosso modo de ser. Logo, são as deter-minações da técnica tais como: efetivação, funcionalidade, correção, quepreenchem existencialmente o acontecimento-apropriativo que é o nosso.

A era da técnica e Suas Determinações de SentidoA era da técnica, época em que nos encontramos, guarda em seu cerne uma

total autonomia com relação ao homem. Época marcada pela causalidade efi-ciente, tal como esclarecida por Aristóteles, com o total abandono de todas asoutras causalidades: formal, material e teleológica (citado por Heidegger, 1958)no ato de produzir. Assim uma ação que desconhece a medida (forma) e o paraque de cada ação (teológica) nunca cessa, na medida em que nunca se realiza,tornando-se a marca de uma época compulsiva. Mas como nos diz Heidegger(1958), parafraseando Hördelin: “Mas onde há perigo, cresce também a sal-vação” (p.47). Como poderíamos nos salvar? O título Angústia culpa e liber-tação, de Boss (1988) sugere uma resposta. Seriam nessas condições própriasde nosso horizonte histórico que estaria o caminho da salvação? Estaria namobilização da cadência do mundo pela angústia e pela culpa a possibilidadede quebra da dinâmica da era da técnica? Boss vai referir-se as neuroses denosso tempo como neuroses do tédio. Parece, então, que esse estudiosoaponta para a relação entre uma era compulsiva e o tédio que nos abarca.

Heidegger (1958) nos diz que o mundo, horizonte de sentido em que nos en-contramos é aquele que ele mesmo denominou de Era da Técnica. O filósofo(Heidegger, 2013) insiste em destacar o caráter de esquecimento da essencia-lidade da existência como herança da metafísica, da qual a ciência é debitária.Na tentativa de despertar o homem desse total esquecimento, o filósofo vai es-crever um texto denominado a Era da Técnica (1958) em que afirma que onosso tempo é “em sua essência um destino ontológico-historial da verdadedo ser que reside no esquecimento” (p.11). Esquecer, então, consiste em en-curtar sentidos. A Psicologia ao abandonar a tradição (limite que, ao mesmotempo, aponta para uma restrição, abre também novas possibilidades) e con-siderar que tudo tem seu inicio na ciência moderna, vai se encontrar, totalmente,inserida nas determinações da era da técnica quais seja: provocação (explora-ção), fundo de reserva (acumulação), maquinação, funcionalidade (serventia)e a produtividade; não estaria, assim a psicologia clínica apoiando o seu fazerna técnica oriunda dos avanços científicos? Desse modo, a psicologia estariarestringindo o seu fazer a uma produtividade que se mede pela qualidade devida, pela felicidade e o bem estar, encurtando assim sentidos possíveis?

Vamos tomar as quatro causas aristotélicas que podem ser traduzidas porquatro formas de ocasionar para ilustrar os comportamentos que ocorrem nacadência do mundo da técnica. Os quatro modos de ocasionamentos (causas)

das coisas são: eficiente, material, formal e final. E, no mundo da técnica,mundo em que nós nos encontramos, todas as causas ficam obscurecidas eatuamos apenas com a causalidade eficiente, que diz respeito, justamente, aação do homem. Aristóteles (citado por Heidegger, 1958) exemplifica a atua-ção das quatro causas pela realização de uma taça. Para fazer uma taça essesquatro elementos devem estar presentes, quais sejam: a matéria da qual ataça é feita; a forma, que é justamente a medida (os limites); a ação humana,ou seja, causa eficiente, e uma realização, isto é, uma finalização.

No mundo moderno, na medida em que todas as causas se obscurecem,e atuamos apenas pela causa eficiente, o quê acontece? Orientar-nos-emospor esse modo de ocasionamento das coisas, abandonando os outros três.Então, movimentarmo-nos, por meio dessa cadência, ou seja, nesse fazer queao desconhecer limites, nunca cessa. Por outro lado, o homem se constituiem sua indeterminação originária. Quando chega ao mundo, alcança umacompreensão prévia, uma atitude prévia, ou seja, as coisas já estão estabele-cidas, e ele vai se movimentando por meio a esse mundo previamente esta-belecido, previamente compreendido. Assim, o homem tende a tomar para sias orientações que se encontram no seu mundo, ou melhor, no nosso mundo,com o total obscurecimento de outras medidas possíveis.

Heidegger (1958), referindo-se as determinações do mundo em que nósnos encontramos, diz que o Gestell é o acontecimento-apropriativo do hori-zonte histórico em que nos encontramos. Gestell é, portanto, pensado porHeidegger como Ereignis, ou seja, o acontecimento apropriativo no qual acon-tecem as concreções existenciais na cadência de uma produção que nuncacessa, pois, desconhece limites. Nesse total obscurecimento daquilo que lheé próprio, a existência se automatiza seguindo as determinações de seu ho-rizonte histórico, de modo a tornar-se totalmente absorvido pelo mundo. E,em um homem que se automatiza e age na absoluta ausência de limites, amarca de sua ação é a compulsão. Compreendemos, assim, o como e o por-quê da insistência e da desistência aparecerem frequentemente como queixana clínica psicológica.

As queixas Na Clínica psicológicaPara esclarecer como as determinações da era da técnica em seu aconte-

cimento-apropriativo estão presentes no mundo atual e, ainda, como elas seapresentam na clínica psicológica, é que iremos mostrar como essas ques-tões aparecem nos motivos pelos quais as pessoas buscam um acompanha-mento psicológico.

A procura de psicoterapia em crianças, frequentemente, ocorre a pedidodos pais. As preocupações por parte dos responsáveis pela criança, aliás,muito frequentes na atualidade, são do tipo: medo que a criança não respondaàs solicitações do mundo moderno, preocupação da mãe em agir conformerecomendam os manuais de psicologia, modos diferentes com que os paisentendem a educação dos filhos. Essa procura, às vezes, se dá por solicitaçãoda escola, às vezes por solicitação do pediatra e algumas vezes são os pró-prios pais que concluem da necessidade que ou filhos se submetam à psico-terapia infantil. Na maioria das vezes, no entanto, o pedido de psicoterapiavem da escola e a queixa diz respeito ao fraco desempenho escolar. No en-tanto, mais frequentemente, a questão refere-se à improdutividade da criançae a pretensão com a psicoterapia é de que a criança possa entrar na cadênciadas determinações do mundo moderno. Espera-se que a criança seja estu-diosa, alegre, comunicativa, esperta, ou seja, tenha as características neces-sárias para se tornar um adulto produtivo. Aquelas que não se mostram comorecurso, potencial para a produtividade, são alvos da preocupação da escolae dos pais. E por não corresponderem ao potencial requerido no mundo datécnica, recebem o rótulo de criança-problema. E os pais, consequentemente,também são rotulados como incapazes e culpados por não terem tratado demodo suficiente um manancial energético.

A família neste contexto acaba por buscar na psicoterapia respostas, crité-rios, referenciais de como lidar com os filhos para que eles sejam adultos bemsucedidos. Coimbra (1995) refere-se a esta tendência da psicologia no Brasilcom o seguinte subtítulo A psicologização e os especialistas PSI. A autoraafirma que se rejeitam os movimentos políticos e sociais para assumir umprojeto individual de ascensão social, sucesso profissional, equilíbrio familiar.Nesta perspectiva, o filho que não quer estudar ou que não se insere nestemodelo de ascensão, o casal que não se insere no modelo de casal 20 deverecorrer aos conselheiros psicólogos que dispõe de técnicas eficientes paratornar estas famílias adaptadas ao sistema de perfeição, que, aliás, constitui-se na promessa da modernidade.

Outra questão que vem aparecendo com muita frequência nos consultóriosde psicologia é aquilo que no cotidiano denominamos preguiça, que apressa-damente remete a uma interpretação psicológica como depressão, desinte-resse ou ainda como tentativa de chamar a atenção. A preocupação queaparece, seja por parte dos pais ou de adolescentes ou adultos, é de que elenão consegue estudar, trabalhar ou ocupar-se das coisas de forma a se tornarprodutivo. Assim a preocupação é com o futuro, perguntam: o que será de

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Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto

seu futuro? Como ganhará a vida? Ainda temos a interpretação reducionistade que esse desinteresse é um sintoma de depressão.

Os ingleses denominam esse modo de se relacionar com o trabalho ou es-tudo de Oblomovismo. Oblómov (1859/ 2012) é um romance russo, escritopor Ivan Gontcharóv (1812-1891). Por meio deste ensaio ou ficção, Gontcha-róv tentava esclarecer as transformações decorrentes da acelerada introduçãodas relações capitalistas numa sociedade agrária (avaliadas então como ar-caicas). A introdução de outra atmosfera, ritmo ao qual a maioria rapidamentese insere, é refletida pelo comportamento do dinâmico empreendedor Stolz.Por outro lado, não é acompanhada por Oblomóv, senhor de terras que nãoacompanhando o ritmo que se impõe, apresenta um modo peculiar de com-portar-se que recebeu a denominação de oblomovismo. A forma como Gont-charóv aborda esse tipo de comportamento se aproxima com o que Heidegger(1929/2006) vai denominar de tédio. Assim, nessa tonalidade afetiva, parecedesaparecer a causalidade teleológica, aquela que fala da ação não comocausa para se chegar a um resultado, mas alcançar a plenitude daquilo quese realiza. Oblómov poderia receber vários diagnósticos, no entanto, o desin-teresse pelo modo que o mundo solicitava que se deveria produzir, não eraaquele que o protagonista conduzia sua vida. Nesse momento de transiçãoda sociedade agrária para a capitalista, o não querer fazer nada se apresentavacomo possibilidade de modo muito claro para Oblómov.

Na Idade Moderna, não há espaço para o querer não fazer. Quando essa si-tuação aparece, ela recebe logo uma explicação psicológica passível de sercurada. E tudo que há na natureza deve se dispor como um recurso a ser ex-plorado. Tudo tem que ser uma potencialidade, um fundo energético que pre-cisa ser explorado para fins de produção. Trata-se de um requerer que nãocessa de requisitar. Heidegger (1958) conclui:

Entretanto, também a preparação do campo entrou numa esteira de um tipode preparação diferente, um tipo que põe a natureza. O ‘pôr’ desafia as ener-gias naturais, é um extrair de duplo sentido, é um extrair na medida em queexplora e destaca. Esse extrair, contudo, permanece previamente disposto aexigir outra coisa (p.14).

Com os esclarecimentos acima, somamos elementos para compreendercomo vamos pensar a clínica existencial com as noções de mundo. Mais es-pecificamente, na atualidade, o mundo se articula como horizonte de consti-tuição de sentido na era da técnica. Vamos mostrar como a marca dacompulsividade, que caracteriza o nosso mundo, faz-se presente nas queixasque aqui apresentaremos. Trataremos de duas situações criadas a partir defragmentos reais de atendimentos clínicos. A primeira refere-se a um homemde 38 anos e a segunda trata-se de uma mulher de 32 anos. Ambos chamammuita atenção pelo motivo com o qual a psicoterapia se tornara urgente. Osdois, muito bem posicionados profissionalmente e financeiramente, trazemos seus problemas.

O rapaz, que chamaremos aqui de Manoel, dizia que desde muito novo tinhacomo objetivo enriquecer, ainda enquanto jovem, assim poderia desfrutar detudo que o dinheiro proporcionar. E foi o que aconteceu, agora aos 38 anosde idade já possuía um capital que cresce por si só e, ele pode viajar, fazergrandes festas, morar onde desejar, etc. Diz ele que conquistou o que proje-tara, no entanto, está sofrendo muito, pois não consegue parar de pensar ede planejar. Com isso, nunca está bem onde se encontra. Por exemplo, estavaem Paris com a família e amigos, no entanto, só pensava nos países que aindanão conhecera e precisava conhecer. Tinha sempre a preocupação de que nãodaria tempo, caso perdesse muito tempo em Paris. Olhava o mapa e todas aspossibilidades de viagens, fazia as contas e concluía que se não se apressassenão daria tempo ou porque estaria muito velho ou estaria morto. Esses cál-culos foram dominando-o de tal forma que, agora, não conseguia sequer teruma noite de sono. Com isso estava emagrecendo e os familiares vinham sepreocupando com a sua saúde. Primeiramente, ele procurou um clínico geral,fez todos os exames e nada foi constatado. Esse médico, então, encaminhou-o ao psiquiatra que o aconselhou a procurar um psicólogo. E como Manoelprefere não utilizar remédios por muito tempo, prefere ser acompanhado porum psicoterapeuta.

A moça de 32 anos, que chamaremos aqui de Marisa, apresenta-se comuma aparência muito bem cuidada sentando, falando e gesticulando de umaforma muito refinada. Ela diz que anda muito preocupada com o fato de seunoivo querer casar-se. Não que ela não queira o casamento, mas tem medode que esse não seja o rapaz certo para se casar. O noivo, segundo ela, temtodas as qualidades que a maioria das mulheres gostaria em um homem: bemsucedido, bonito, sarado, equilibrado, gentil, extremamente apaixonado, as-sume a família da moça da mesma forma que assume a sua. Enfim, um prín-cipe, no entanto, ela fica totalmente mobilizada, pois uma vez tendo secomprometido com o casamento, ela não poderá encontrar um rapaz quetenha todas essas qualidades e ainda outras, como por exemplo, falar váriosidiomas e conhecer arte e literatura, etc. Essa dúvida quanto ao fato de casar-se e a pressão do rapaz para o casamento a vêm atormentando. O rapaz aindanão percebeu a sua indecisão, mas ela sabe que em pouco tempo, isso irá

acontecer e isso poderá fazer com que haja arranhões na relação.Podemos observar nas duas situações a dificuldade de cessar, para ambos

tornou-se necessário adquirir sempre mais. Trata-se da perda dos limites edo elemento realizador, assim, é preciso não perder nada e ter para si todosos possíveis, sob pena, de desperdiçar a vida. Como nos diz Kierkegaard(1846/2001), no mundo atual, aquilo que é da ordem das possibilidades foiconvertido em necessidade, daí o desespero. Mas cabe perguntar o que fazerpara sustentar um espaço no qual aquele que se encontra na desmesurapossa encontrar a sua medida? Essa só pode ser encontrada na própria ex-periência, como no exemplo acima do canto, logo ao psicólogo clínico cabeacompanhar aquele que se encontra em situação híbrida de modo a permitirque a medida venha ao encontro daquele que a perdeu.

Assim, a clínica psicológica aparece como uma modalidade de atuação ins-titucionalizada no mundo da técnica: Gestell. Nesta a atuação clínica nascecom a ideia de interioridade, verdade, correção, poder pastoral, funcionali-dade, superação. Em síntese, a clínica psicológica surge na Gestell – provo-cação - caráter histórico epocal que propicia seu aparecimento.

Considerando os esclarecimentos acima e, com base no saber que se ins-taura por meio da fenomenologia hermenêutica, cabe agora perguntar sobreo fazer clínico: como passar a fazer uma clínica em que, hegemonicamente,somos interpelados a lidar com esse outro em uma ordem provocativa to-mada como natural? Como essa experiência para a qual somos provocadospode se modificar para, nessa tarefa, podermos conquistar uma condição deliberdade? Como corresponder a outro apelo? Como manter-se na experiênciafenomenológica (dar um passo atrás) na medida em que somos provocadospelo mundo que é o nosso, onde impera a Gestell?

Vale aqui acompanhar o caminho seguido por Heidegger quando desafiadoa pensar sobre o caráter de duplicidade, que se encontra naquilo do qual atécnica se origina. Diz Heidegger (1958), ao citar Hördelin: “Mas onde há pe-rigo, cresce também a salvação” (p.91). Podemos, lado a lado, ao percursode pensamento de Heidegger sobre a técnica, pensar que no lugar onde nascea psicologia clínica tecnocrata, também medra a possibilidade de pensar oque resiste, ou seja, uma psicologia do cuidado de si. Assim, abre-se a opor-tunidade de pensar a clínica em sua duplicidade: a tecnocrata e a que resisteao domínio da técnica, ou seja, que escuta a diferença. Clínica esta que res-guarda o espaço do pensamento que medita e que não tem pretensões dechegar a um lugar determinado, apenas resiste, sabendo que a resistência éuma tarefa contínua.

Não pretendemos, com este trabalho denegrir ou encontrar um caminho desuperação da técnica, mas sim saber que esse é o nosso horizonte de consti-tuição de sentidos e determinações. Trata-se de deixar estar no horizonte datécnica, deixar aparecer o caráter epocal que é o nosso, para ao mesmo tempo,poder estar nele, sem ser dele, sem deixar subtrair-se por ele, ou seja, paranão estar nele ao modo do autômato. Frente a essa afirmativa surge imediata-mente outra questão: como esse saber-fazer se apresenta em sua concretudeôntica no espaço destinado a clínica psicológica, propriamente dita?

Todas essas questões, acima descritas, só se tornam problemas quandonão se pode contar com uma teoria que sustente uma prática, no sentido deque possamos saber de antemão como vamos conduzir aquele que nos pedeorientação. Obviamente, não iremos saber como conduzir o outro, pois issoimplicaria em ter uma verdade previamente estabelecida, para assim tomar olugar do outro em suas decisões e decidir por ele. Mas essa resposta mesmajá nos indica um caminho a seguir, ou seja, de que uma vez assumindo quenão se tem respostas, saber que não há como responder. Por outro lado, apergunta que nos foi encaminhada já nos implica no processo. Não tenhocomo respondê-la, mas tenho como sustentá-la, de modo que aquele que pederespostas possa alcançar o seu próprio caminho na condução de sua tensão.Isso significa que o encaminhamento do clínico, em uma perspectiva existen-cial, não se orienta em um sentido que aponta para uma positividade, ao con-trário, ele pretende, uma vez mantendo o espaço de negatividade, que o outroassuma e tome para si o seu caráter de liberdade e, portanto, de possibilidades.

Pensamos poder mostrar que, para um saber-fazer clínico prescindimosda necessidade da constituição de um objeto bem como de uma teoria quesustente uma prática. Mattar e Sá (2008) compartilham com a proposta desteestudo quando afirmam que para sustentar um espaço para a realização deuma clínica existencial devemos atentar-nos em que:

Uma vez que as demandas do sofrimento existencial, endereçadas à clínicapsicoterápica, cada vez mais estão relacionadas ao nivelamento histórico desentido que pode ser computado no cálculo global de exploração e consumo,é imprescindível, para que a psicoterapia possa se constituir em um espaço dereflexão propiciador de outros modos de existir, que ela própria não permaneçasubordinada a esse mesmo horizonte histórico de redução de sentido (p.191).

Feijoo (2012) acrescenta:Na clínica existencial, o psicólogo analista apenas participa, mas não co-

manda, nem determina, nem posiciona. No entanto, a sua participação é de-

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::57

cisiva para que aconteça um jogo em que o analista e o analisando abramum espaço de abertura às possibilidades que se encontram obscurecidas,para que essas possam transparecer. Para tanto, esse analista precisa aomenos, como diz Kierkegaard (1987), da adição. Isso quer dizer que já tenhaquestionado as imposições, orientações sedimentadas ou retóricas hegemô-nicas presentes em nosso horizonte histórico. Só assim o psicólogo clínicopoderá no mínimo não sedimentar ainda mais a retórica, que, no final dascontas, nos mantém totalmente aprisionados às determinações hegemônicasdesse horizonte (p. 982).

Considerações FinaisO cuidado como a estrutura relacional que abre a possibilidade de dife-

rentes modos de relação, tanto substitutiva como por anteposição, vaisempre nos remeter as nossas possibilidades de relação. O que nós, psi-cólogos, como técnicos totalmente absorvidos pelo mundo da técnica,somos desafiados a fazer, é nos relacionarmos ao modo da substituição,orientando o outro no sentido do que é mais certo e favorável fazer. Nós,psicólogos tecnocratas teremos que provocar a natureza, seja das crianças,seja do adulto, para que todo o seu potencial energético possa vir à tona.E, assim, cada homem poderá participar com a sua cota na demanda globalde produção. Cabe agora perguntar como é possível fazer uma clínica queresista a essas provocações do mundo que é o nosso, já que hegemonica-mente somos interpelados a lidar com esse outro em uma ordem provo-cativa tomada como natural?

Para conduzir uma resposta a questão acima proposta, vamos tomar umapassagem de Heidegger (1958): “O fazer do camponês não desafia o solo docampo. Ao semear a semente, ele entrega a semeadura às forças do cresci-mento e protege o seu desenvolvimento” (p. 17). Essa não é uma atitude depassividade nem mesmo de indiferença. O camponês joga as sementes ecuida ao modo da anteposição, ou seja, ele se relaciona, de modo a estar como que lhe cabe, mas deixando que o que lhe cabe se dê por si próprio.

Podemos, lado a lado, acompanhando o percurso do pensamento de Hei-degger sobre a técnica, pensar que a Psicologia clínica que queremos apa-rece na possibilidade de pensar o cuidado ao modo da anteposição(Heidegger, 2013), ou seja, uma psicologia que resguarda o espaço do pen-samento que medita.

ReFeRÊNCIAS

Boss, M. (1988). Angústia, culpa e libertação. São Paulo: Livraria Duas Ci-dades.

de Psicologia – UFF, 7(3), 70-74.Coimbra, C. (1995). Guardiães da ordem. Rio de Janeiro: Oficina do Autor.Feijoo, A.M. (2012). A clínica psicológica em uma inspiração fenomenoló-

gica – hermenêutica. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 12(3), pp 973-986Gilvan. F.( 1999). Da solidão perfeita. Rio de Janeiro, Petrópolis: Vozes. Gontcharóv, I. (2012). Oblomóv. (Rubens Figueiredo, Trad.) São Paulo:

Cosac Naify. (Original publicado em 1859).Heidegger, M. (2010). A fenomenologia da vida religiosa. ( Enio Paulo Gia-

chini, Jairo Ferradin & Renato Kirchner, Trad.). Petrópolis: Vozes; Bragançapaulista: Editora Universitária São Francisco. ( Original publicado em 1920).

Heidegger, M. (2013). Ser e tempo. ( Fausto Castilho, Trad.). Campinas,Editora da Unicamp; Petrópolis, RJ: Editora Vozes. (Original publicado em1927).

Heidegger. M. (1958). La question de la technique. In: Essais et conféren-ces. Paris: Gallimard, pp. 9-49. ( Original publicado em 1954).

Kierkegaard, S. (2001). La época presente. Santiago do Chile: Editorial Uni-versitária. (Original publicado em 1846)

Mattar, C. M. & Sá, R.N(2008). Os sentidos da “análise” e “analítica” nopensamento de Heidegger e suas implicações para a psicoterapia. Estudos ePesquisas em Psicologia, Rio de Janeiro, 8 (2), 191-203.

Autora: Ana Maria Lopez Calvo de Feijoo - Universidade do Estado do Riode Janeiro - Professora Adjunta do Instituto de Psicologia e do Programa dePós-graduação em Psicologia Social. Autora de vários livros e artigos, publi-cados em revistas nacionais e internacionais A1, A2, B1, que também versamsobre Psicoterapia. Rua Barão de Piracinunga, 62 –Tijuca, Rio de Janeiro. E-mail: [email protected]

13h30 - 15h30Sala 303294Mesa redonda

psicopatologias contemporâneas ou novos recursospsicoterapêuticos de investigação?psicopatología contemporánea o nuevas investigaciones yrecursos psicoterapéuticos?:: psicoterapia nos transtornos alimentares: Desafios no tratamento da

anorexia nervosa e bulimia. :: psicoterapia en trastornos de la alimentación: desafíos en el

tratamiento de la anorexia nerviosa y la bulimia. MARINA MIRANDA (Brasil) ANOREXIA E BULIMIA: DESAFIOS NO TRATAMENTO

Neste trabalho, apresento reflexões e inquietações sobre os fenômenos ano-réxicos e bulímicos, que acometem especialmente adolescentes e jovens nasua maioria do sexo feminino, e discuto aspectos desafiadores do tratamentoem psicoterapia psicanalítica. Questões sobre a especificidade da técnica sãoabordadas como evidências da intensa singularidade dessas perturbações, querequerem dos profissionais que delas cuidam uma sensibilidade clínica paraser continente da duplicidade incongruente que faz parte da dinâmica emocio-nal desses quadros e a coragem para acompanhá-las por caminhos sombrios,de fios fronteiriços entre a vida e a morte. Enfim, perturbações antigas, denovas vestes, que compõem a clínica da atualidade e que nos remetem a pen-sar e investigar ampliando as frentes de pesquisa em Psicanálise.

MINI-CuRRÍCuLO: Profª Drª Marina Ramalho Miranda Psicóloga e Psicanalista, membro efetivo e Docente na Sociedade Brasileira de

Psicanálise de SP. Mestre e Doutora em Psicologia Clínica pela PUCSP. Especia-lista em Saúde Mental pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Profª convidadano curso de especialização em transtornos alimentares do CEPSIC - Centro deEstudos em Psicologia da Saúde da Divisão de Psicologia do Instituto Central doHC-FMUSP. Supervisora pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paul o.

:: psicanálise somática e Orgonoterapia.:: psicoanálisis somático y orgonoterapia.

NICOLAU MALUF JR. (Brasil) RESUMO: A Psicanálise Somática e a Orgonomia de W.ReichNicolau José Maluf Jr. – IFP-REICH

A Psicanálise Somática de base Orgonômica surge da conjugação das pro-postas clínicas reichianas da Análise do Caráter e da Orgonoterapia. Em es-pecial, a Orgonomia, como consequência das investigações reichianas embiologia e física, oferece um rico cabedal de possibilidades de atravessamen-tos teóricos e clínico-teóricos que fazem da proposta reichiana algo aindamais complexo e valioso que a corporeidade e seus princípios e dinâmicas nasituação da clínica psicológica – psicorporal. Esta corporeidade, já acessadae teorizada por Reich, torna-se passível de instrumentalização mesmo quandoo corpo não é o objeto central da atenção na situação clínica, e quando é apsicodinâmica e a transferência que estão em foco. A descoberta das proprie-dades sintética e holística da função do orgasmo, e da dialógica corpo-mentenas correntes vegetativas permite como desdobramento conceitual a inclusãodo analista e sua sensorialidade na situação clínica. Fornece ainda meios paraestender e conceituar de forma sólida as observações da assim chamada “psi-canálise de campo” e com isso retirar o psiquismo do seu isolamento herme-nêutico, ao permitir o contato com outros saberes, inclusive o científico, semno entanto perder sua identidade.

MINI CuRRÍCuLO: Nicolau Maluf Jr. é Psicólogo, Analista Reichiano, um dos pio-neiros no estabelecimento do pensamento reichiano no Brasil, Doutor em “His-tória das Ciências, Técnicas e Epistemologia” pelo HCTE-UFRJ. Membrofundador e Coordenador do IFP-REICH. Organizador e co-autor dos livros “ReichContemporâneo, Perspectivas Clínicas e Sociais” e “Reich: O Corpo e a Clínica”.

:: psicoterapia e depedência química. :: psicoterapia y depedencia química.

FLÁVIA SEREBRENIC JINGERMAN (Brasil) COORDeNADORA/COORDINADORA: IVONISE FERNANDES DA MOTTA (Brasil)

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58 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto

13h30 - 15h30Sala 305304 Mesa redonda

Mudaram as intervenções psicoterapêuticas? Cambios en las intervenciones psicoterapéuticas?:: O perdão no casal e a forma de abordá-lo na psicoterapia.:: el perdón en la pareja y cómo abordarlo en la terapia.

MARIELA GOLBERG (Uruguai)

:: transmissão psíquica transgeracional e violência intrafamiliar.:: transmisión psíquica transgeneracional y violencia intrafamiliar.

MARIA LUIZA DIAS GARCIA (Brasil)

A violência encontrada em unidades familiares, presente nas relações con-jugais e, por decorrência, irradiando para todos os vínculos domésticos, é fe-nômeno de consideração de terapeutas. Nestas unidades, o conteúdo psíquicopartilhado assume fisionomia violenta e se expressa por meio de condutashostis e afrontosas. Este trabalho pretende discutir o fenômeno da violênciadoméstica (física, sexual, psicológica) e de sua transmissão geracional. Tempor objetivo pensar algumas questões relacionadas à transmissão psíquicatransgeracional de padrões de identificação com conduta violenta, via socia-lização de crianças. Para facilitar a compreensão destes aspectos será apre-sentado um caso de atendimento em psicoterapia. A ideia de que as criançasinternalizam o que vêem nos padrões adultos e que se ressentem de apren-dizados importantes não realizados, em determinadas etapas evolutivas deseu desenvolvimento, é foco de atenção, na discussão da temática. Como con-clusão dessa reflexão, encontra-se o fato de que a dificuldade de vivenciar,manejar e solucionar tensões e conflitos na família promove a necessidadede simbolizar por outras gerações o que não foi elaborado por seus ascen-dentes, contexto no qual a criança funciona como o elo geracional, condu-zindo o fenômeno de uma esfera intrapsíquica para outra inter-relacional etranspsíquica. O fenômeno da violência intrafamiliar compreendido nesta óticatraz novas implicações ao enquadre terapêutico.

pALAVRAS ChAVe: Transmissão transgeracional, violência doméstica, psicote-rapia.

NOtA CuRRICuLAR: Psicóloga, Terapeuta de Casal e Família, Orientadora Profis-sional, Docente Universitária, Mestre pela PUC/SP, Doutora em Antropologiapela USP, Autora de livros e artigos, membro da APTF, ABRATEF, AIPCF.

:: A modernidade da clínica psicorporal em um mundo marcado pelofundamentalismo.

:: La modernidad de la clínica psicorporal en un mundo marcado por elfundamentalismo.CLAUDIO MELLO WAGNER (Brasil) COORDeNADOR/COORDINADOR: HENRIQUE J. LEAL F. RODRIGUES (Brasil)

13h30 - 15h30Sala 307314Mesa redonda

estratégias e táticas no planejamento em psicoterapia.estrategias y tácticas en el planificación en psicoterapia.

:: planejamento em psicoterapia de orientação analítica.:: planificación en psicoterapia de enfoque analítico.

JOSÉ RICARDO PINTO DE ABREU (Brasil) planejamento em psicoterapia de Orientação psicanalítica: um ou muitosplanejamentos?

Apesar da sua reconhecida importância o tema do planejamento em psico-terapia não tem o devido destaque. Planejamento deve ser entendido comoum procedimento que precede o inicio da psicoterapia, sendo indispensávelser delineado antes de fazer o contrato psicoterapêutico. No planejamento empsicoterapia de orientação analítica é indispensável, o estabelecimento de umdiagnóstico psicodinâmico, de objetivos claros a serem alcançados, escolhaum foco e da melhor tática. Os progressos na compreensão da psicopatologiae da técnica psicoterapêutica teve reflexo no planejamento das psicoterapiascom a percepção de que os quadros clínicos não tinham uma psicopatologiaúnica e purificada; foram identificados em cada paciente aspectos de déficit

e de conflito que precisavam ser abordados dentro do mesmo tratamento. Ospsicoterapeutas tanto podiam ser objetos do self como objetos reais e sepa-rados na vida dos pacientes. Ao lado das intervenções habituais com relevopara a interpretação passou a ser valorizado o contexto empático no trata-mento dos aspectos mais regressivos do todos os pacientes em especial aosportadores de transtornos de déficit. O conceito de correntes psíquicas estu-dado e aprofundado por Maldavsky é utilizado para compreensão dos casossendo muito útil para o planejamento. Este deve ser apresentado através deum diálogo interativo de modo que o paciente compreenda o que vai tratar,como e aonde se pretende chegar. Destaca as vantagens para o paciente epara o terapeuta quando o planejamento inicial é realizado.

MINI CuRRÍCuLO: Médico, psiquiatra e mestre formado pela Universidade Fe-deral do Rio Grande do Sul, psicanalista pela Sociedade Brasileira de Psica-nálise de Porto Alegre, professor e supervisor dos cursos de Psiquiatria e dePsicoterapia da FUMM. Publicações em livros e revistas. Últimas publicações:O ensino e os fundamentos do tratamento psicoterápico de orientação dinâ-mica: a experiência de 24 anos da Fundação Universitária Mário Martins ParteI e II nas Revista Debates em Psiquiatria n. 2 Março/ abril ; n. 3 mai/jun ; As-sociação Brasileira de Psiquiatria, Rio de Janeiro,2011. Interrupção em Psi-coterapia Psicodinâmica : Uma atualização Revista Debates em Psiquiatria, n.3 Mai/jun 2013, Associação Brasileira de Psiquiatria, Rio de Janeiro, 2013.

:: As políticas públicas e o atendimento psicoterapêutico.:: Las políticas públicas y la atención psicoterapéutica

MARIA ERMÍNIA CILIBERTI (Brasil)

:: terapia Dialógica: A perspectiva construcionista social e práticascolaborativas.

:: terapia dialógica: a perspectiva construccionista social y las prácticascolaborativas. ORIANA VILCHES-ÁLVAREZ (Chile)

FORMACIóN Y SupeRVISIóN DeL pSICOteRApeutA: pRáCtICASDIALóGICAS Y COLAbORAtIVAS

El desarrollo actual de la psicoterapia hace evidente y necesario, considerara la Supervisión Clínica como una especialidad en sí misma, que requiere for-mación y no sólo experiencia clínica, así como trabajo personal sobre las for-talezas y debilidades para el ejercicio de tal rol. En la formación del terapeutadesde el modelo de terapia dialógica y colaborativa, el foco es el uso del len-guaje en la reflexión y el diálogo que favorezca la resignificación de los dilemasque presenta el terapeuta en formación al relacionarse con el consultantecomo también con el-supervisor. Se establece una relación simétrica y se fo-caliza en los recursos y habilidades personales del terapeuta para escuchar alconsultante en la narración de sus experiencias de vida, a través del uso depreguntas que abren el diálogo y la reflexión que de sentido y nuevos signifi-cados a las interacciones personales. Se desarrolla una postura ética de ho-nestidad, respeto, curiosidad y humildad, para fortalecer las competencias yhabilidades del supervisado, y aumentar la eficacia en su rol de terapeuta, fa-voreciendo la autoexploración de sus experiencias de vida. Es un trabajo deindagación compartida y apreciativa..

pALAbRAS CLAVeS: Formación-supervisión terapeutas. Prácticas dialógicas- co-laborativas

MINI CuRRICuLuM: Magister en Psicología Clínica. Pontificia Universidad Cató-lica de Chile; Magister en Psicología © y Especialista en Terapia del compor-tamiento. U. Simón Bolivar; Especialista en psicoterapia y Supervisoraacreditada –CONAPC, FLAPSI y WCP; Directora Centro Construccionismo So-cial Anairova Terapia dialógica; Docente pre y postgrado en diferentes Univer-sidades. Investigadora en área psicoterapia. Miembro Asamblea,representante Programas Tutoriales y Comisión Internacional CONAPC, So-ciedad Chilena de Psicología Clínica (SCPC), Society for Psychotherapy Re-search (SPR), TAOS Institute; Consejo Latinoamericano Taos –TILAC y . Redde diálogos Productivos. Fundadora Asociación Chilena de Psicoterapeutas(ACHIPSI). Secretaria Junta directiva Federación Latinoamericana de Psico-terapia (FLAPSI) Coordinadora Comisión Científica Internacional XI CongresoLatinoamericano de Psicoterapia y II Congreso Brasilero de Psicoterapia

COORDeNADOR/COORDINADOR: JOSÉ RICARDO PINTO DE ABREU (Brasil)

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::59

Sala 307314Mesa redondaterapia dialógica y prácticas colaborativas. unaperspectiva Construccionista Sociales. terapia dialógica e práticas colaborativas. Umaperspectiva construcionista social.

estrategias y tácticas en el planificación en psicoterapia.estratégias e táticas no planejamento de psicoterapia.

1.-Como marco teórico deseo plantear los conceptos básicos de la episte-mología posmoderna que enmarca la terapia dialógica.

1.-Como referencial teórico desejo levantar os conceitos básicos da epis-temologia pós-moderna que enquadra a terapia dialógica.

Ellos son Eles são

- El conocimiento Conhecimento- La realidad Realidade- La importancia del uso del lenguaje. A importância do uso da linguagem- La posición y postura del terapeuta A posição e postura do terapeuta

___________________________________________- 2.-El conocimiento está sustentado por los procesos sociales - 2.- Conhecimento é sustentado por processos sociais- Las comunidades científicas y sociales no sólo construyen el conoci-

miento sino que lo legitiman como algo verdadero As comunidades científicas e sociais não só constroem o conhecimento,

mas legitimam como a única verdadeira- Las formas de conocimiento que prevalecen dependerá del discurso do-

minante del momento As formas de conhecimento que prevalecem, dependerá do discurso do-

minante do momentoEstablecemos conceptos y categorías los cuales son producto de las rela-

ciones e interacciones en el mundo y en la época en que vivimos Estabelecemos conceitos e categorias que são o resultado das relações e

interações do mundo e do tempo em que vivemos- El conocimiento es resultado de la acción colaborativa de personas en re-

laciónO conhecimento é o resultado da ação colaborativa das pessoas em rela-

ção- ____________________________________________3.-La realidad Realidade- Cuestiona la idea de una realidad observable, medible por una mente in-

dividual.- Questiona a idéia de uma realidade observável, mensurável por uma

mente individual.- La realidad no está fuera de nosotros y no la puedo conocer por la

razón…no es objetivaA realidade não está fora de nós, e eu não posso conhecer pela razão ...

não é objetiva- La realidad la construimos a través del lenguaje al relacionarnos y comu-

nicarnos con otro. Es diversa, cambiante y transformadora, producto de la in-teracción

Construímos a realidade através da linguagem para se relacionar e se co-municar com o outro. É diversificada, mudando e transformando, produto dainteração

- Lo que consideramos “la realidad” y “la verdad” es co- construida en unaépoca determinada (período histórico) y en una cultura definida

- O que nós consideramos "realidade" e "verdade" é co-construída em umdeterminado momento (período histórico) e em uma cultura definida

_____________________________________________4.-Uso del lenguaje Uso de linguagem- Construimos esa realidad, nuestro mundo, a través del lenguaje. Asi se

genera el significado entre los participantes, construyendo la historia del “yo”,la del “otro” y del mundo en que vivimos

Nós construímos esta realidade, o nosso mundo, através da linguagem.Assim, o significado é gerado entre os participantes, construindo a históriade "eu", o "outro" e o mundo em que vivemos

- La realidad, la vida es construida por cada quien que la vive como propia.en los diferentes contextos que se habitan. Es resultado de la acción colabo-rativa de personas en relación

A realidade, a vida é construída por todos os que vivem como seus própriosem diferentes contextos em que habitam. É o resultado da ação colaborativade pessoas em relação

- Los procesos sociales, comunicacionales, conversacionales modifican la

comprensión de los fenómenos. Os processos sociais, comunicacionais, de conversação modificam a com-

preensão dos fenômenos.- Todo fluye… todo cambia… todo se transforma… nosotros nos trans-

formamos en el diálogo.Tudo flui ... tudo muda ... tudo se transforma ... nós nos transformamos no

diálogo._________________________________________________5.-Proceso terapéutico Processo terapêuticoEn el proceso terapéutico dialógico se privilegia la conversación y la re-

construcción de significados que den nuevos sentido a los participantesNo processo terapêutico dialógico se privilegia a conversação e a recons-

trução de significados que dão novos sentidos aos participantes.¿Qué sucede durante la terapia? O que acontece durante a terapia?Cuando trabajamos desde las prácticas colaborativas y dialógicasQuando trabalhamos a partir de práticas colaborativas e dialógicas?El dilema narrado por el cliente es un tema a tratar en el discurso, en su

narrativa.O problema narrado pelo cliente é uma questão a ser abordada no discurso,

em sua narrativa.Escuchamos el motivo que lo perturba, lo preocupa, lo alarma…lo que el

cliente define y describe a través de su lenguaje Escutamos o motivo que o perturba, o preocupa, o aflige... o que o cliente

define e descreve através da linguagem• El o la cliente desea cambiar ‘algo’ en la interacción con otro y han fraca-

sado aunque lo han intentado innumerables veces.• O cliente quer mudar "algo" na interação com o outro e podem ter falhado,

ainda que tentaram inúmeras vezes.

______________________________________________• 6.- “… hay un informe de la psiquiatra y hay otro de la psicóloga del co-

legio…que mi hijo presenta déficit atencional…yo la verdad no se, lo únicoque en realidad busco es tratar de ayudarlo ,,, independiente de los problemasque uno tenga... entonces hoy por hoy yo siento que él no está bien y no sesiente feliz la mayoría del tiempo… siento que está constantemente enojado ,irritado … será por presentar deficit atencional o sera por nuestras relaciones

• "... há um relatório da psiquiatra e outro da psicóloga da escola ... que omeu filho tem déficit de atenção ... Eu honestamente não sei, realmente aúnica coisa que eu procuro é tentar ajuda-lo ,,, independente dos problemasque ele tenha ...então, hoje eu sinto que ele não está bem e na maioria dasvezes não se sente feliz, sinto que ele está constantemente com raiva, irritado... será apresentar déficit de atenção ou será por nossas relações

• _____________________________________7.- Cada problema es específico de las interacciones comunicacionales de

la madre con su hijo y hay que estar atento a su uso del lenguaje --- como ellatransmite lo que vive en esa relacion .

Cada problema é específico das interações de comunicação de mãe comseu filho e deve prestar atenção ao seu uso da linguagem. Como ela transmiteo que vive nessa relação

• Le da un significado, como que el hijo es poseedor de una identidad “esun hijo difícil” . “tiene déficit atencional Esa identidad no le explica todo sucomportamiento el cual ha sido diagnosticado como poseedor de un déficitatencional ´por el profesional que lo ha evaluado

• Dá um significado, como que o filho é possuidor de uma identidade "éuma criança difícil." Tem déficit de atenção. Essa identidade não explica todoo comportamento que foi diagnosticado como tendo deficit de atenção peloprofissional que avaliou

__________________________________________8.-¿Cómo es nuestro (qué)hacer en la terapia?Como é nosso (o que) fazer na terapia?Nos interesamos en escuchar atentamente al consultanteEstamos interessados em ouvir atentamente o consultor• Quién está hablando Quem está falando• Qué está diciendo O que você está dizendo• Cómo lo está diciendo Como ele está dizendo• A quién se lo está diciendo Para quem está dizendo• Clarificamos las palabras que son usadas en su lenguaje Esclarecemos

as palavras que são usadas em sua linguagem__________________________________________9.- • ¿Cómo es nuestro (que)hacer en la terapia? Como é que o nosso (que)

fazer na terapia?• Nos preocupamos de ir adecuando nuestro lenguaje a su lenguaje coti-

diano. Nós nos preocupamos em ir adequando nossa linguagem a sua lingua-gem cotidiana.

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60 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto

• Usamos las mismas palabras del cliente o algunas muy cercanas a ellas,las cuales pueden y deben hacerle sentido al cliente.

Nós usamos as mesmas palavras do cliente ou algumas muito próximo aelas, as quais podem e devem fazer sentido ao cliente.

• Promovemos el diálogo para que se discutan opiniones, creencias y va-lores. Pueden ser divergentes pero en la interacción y reflexión conjunta varían.su significado.

• Promovemos o diálogo para que se discutam opiniões, crenças e valores.Eles podem ser divergentes, mas a interação e reflexão conjunta variam seusignificado.

• No se desechan ni se abandonan los valores tradicionales que el consul-tante manifiesta y que pueden ser diferente a los nuestros. Se conversa y dia-loga sobre ello

Não se descarta nem se abandonam os valores tradicionais que o consultormanifesto e que podem ser diferente aos nossos. Conversa-se e dialoga-sesobre isso.

• Ello Implica ampliar y complejizar el rango de valores, considerados enel momento preciso que el cliente desea conversar

Isto implica expandir e complexificar a gama de valores considerados nomomento preciso que o cliente deseja conversar

__________________________________________• 10.-¿Cómo es nuestro (que)hacer en la terapia?Como é nosso (que) fazer na terapia?• Nunca descartar los valores tradicionales que son transmitidos social-

menteNunca descartar os valores tradicionais que são transmitidos socialmente.• Cada cliente y cada terapeuta tiene un lenguaje construido y compartido

en la familia, pero también un lenguaje particular producto de su contexto re-lacional mas amplio

Cada cliente e cada terapeuta tem uma linguagem construída e comparti-lhada na família, mas também uma linguagem particular produto de seu con-texto relacional mais amplo.

• Con ese lenguaje nos narramos a nosotros mismos y a los otros, origi-nando las historias que contamos a través del tiempo y la visión personal delproblema, su problema.

Com essa linguagem nós narramos a nós mesmos e aos outros, originandoas histórias que contamos através do tempo e a visão pessoal do problema,seu problema.

• Las historias, son formas de ordenar los acontecimientos y no son unarealidad en sí misma

As histórias são maneiras de classificar eventos e não são uma realidadeem si

• Son construcciones reflexivas de la realidad, que se van modificando enlas nuevas interacciones

São construções reflexivas da realidade, que vão se modificando nas novasinterações

• Incluirán las ideas, opiniones, explicaciones y significados que cada unoda a la situación o historia dialogada.

Incluirão idéias, opiniões, explicações e significados que cada um dá a si-tuação ou história dialogada

_______________________________________________11.-Postura y posición del terapeutaPostura e posição do terapeutaNos focalizamos en reflexionar y dialogar sobre sus experiencias cotidia-

nasPodemos concentrar-se na reflexão e diálogo sobre suas experiências co-

tidianasT: oye Gabriela qué ha pasado desde la última vez que conversamos?T: Gabriela, o que aconteceu desde a última vez que conversamos?C: buuu…hartos cambiosC: buuu ... mudançasT: y me podrías contar algunos de esos cambios?T: e você poderia me dizer algumas dessas mudanças?C: uuuhmm… bueno mi mamá ya no sube a la pieza a regañarme por el

desorden… y además he estado subiendo todas mis notas… C: uuuhmm ... bem minha mãe já não sobe até o quarto para repreender a

bagunça ... e também aumentado todas as minhas notas...T: a que atribuyes ese cambio de tu mamá que no sube a regañarte?T: a que você atribui essa mudança de sua mãe não subir para te repreen-

der?C: quizás porque se ve contenta…he subido mis notasC: talvez porque está feliz ... pelas minhas notasT: ah!! Mira ese es una novedad… me dices que mamá ha hecho cambios

de no revisar tu pieza y al mismo tiempo tu has hecho cambios al subir tusnotas ¿ y crees que el subir tus notas en el colegio ha influido en el compor-

tamiento de tu mamá? de no subir a tu pieza a regañarte porque la pieza estáordenada o porque está contenta porque subiste las notas?.

T: ah !! Olha isto é uma novidade ... você me diz que a mamãe mudou denão olhar seu quarto e, ao mesmo tempo que você melhorou as notas. Vocêacredita que melhorar suas notas no colégio influenciou o comportamento desua mãe? De não subir ate o quarto para repreender porque a peça está or-denada ou porque está feliz, porque você melhorou as notas?.

C: Yo creo que si porque está contenta con mis resultados en el colegio …tengo notas que me salvan…

C: Eu acho que sim, porque você está feliz com os meus resultados na es-cola ... Tenho boas notas e elas me salvam ...

____________________________________________12.- ¿INDAGAMOS SOBRES SUS SIGNIFICADOS?Perguntamos sobre seus significados?• Debemos estar atentos al hecho que no entendemos todo lo que la otra

persona nos dice con su uso de lenguaje Devemos estar atentos ao fato de que nós não entendemos tudo o que a

outra pessoa nos diz com seu uso da linguagem• “T: explícame más cómo es eso, de qué manera ¿las notas te salvan? "T: me explica melhor como é que isso, de que maneira as notas te salvam?• C: Que puedo pasar al otro cursoC: Posso passar para outro curso• No podemos captar plenamente las ideas que otro expresa con sus pala-

bras Nós não podemos captar plenamente as idéias que o outro expressa com

suas palavras• T: eso significaría que te estás preocupando de tus estudios?T: isso significaria que você está se preocupando com seus estudos?• C: Si mi mamá también me dijo…que bueno que ahora te veo estudiarC: Sim, a minha mãe também me disse ... que bom que agora eu te vejo

estudar____________________________________________13.- Preguntamos al cliente para clarificar si hemos entendido lo que nos

quiso decir Nós perguntamos ao cliente para esclarecer se compreendemos o que que-

ria nos dizer• Sometemos a verificación nuestra comprensión de lo que otro dice y aún

lo que nosotros decimos permitiendo la fluidez en el lenguaje. Nós nos submetemos a verificaão de nossa compreensão do que outro diz

e ainda o que dizemos permitindo fluência na linguagem.T: ¿ y que crees que te ha ayudado a tu cambio el que tu estés estudiando?T: E você acha que te ajudou a sua mudança no que você está estudando?C: ando con mas ganas de hacerlo quizás porque no peleo con ella C: Eu ando com mais vontade de faze-lo porque não brigo com ela____________________________________________14- ¿Cómo favorecemos el diálogo? Como podemos favorecer o diálogo?Utilizamos preguntas Usamos perguntas• A veces y quizás muchas veces preguntamos una y otra vez … son pre-

guntas en forma secuencial. Às vezes, e talvez muitas vezes perguntamos de novo e de novo ... são per-

guntas em forma sequencial.• En la medida que nos complementamos en el discurso nos va ‘asaltando’

la curiosidad por lo nuevo por construirÀ medida em que nos complementamos no discurso, vai aumentando a cu-

riosidade pelo novo a construir• Eso nos permitirá no sólo clarificarnos a nosotros mismos sino también

clarificarse al propio consultanteIsto irá permitir-nos não só esclarecer nós mesmos, mas também clarifi-

car-se ao próprio consultante.• Otras veces las menos utilizamos aseveraciones, asentimientos, negacio-

nes …. aún a veces guardamos silencioÀs vezes, as menos que usamos afirmações, acenos, negações .... às vezes

ainda ficamos em silêncio_________________________________________________

15- ¿Qué hacemos ante la dificultad de compresión u opiniones muy diver-sas?

O que vamos fazer com a dificuldade de compressão ou opiniões muito di-ferentes?

• Cuando nos damos cuenta que no comprendemos el significado de lo quenos expresan y … estamos confundimos expresamos nuestra propia confu-sión

Quando percebemos que não compreendemos o significado do que nosdizem ... e estamos confusos, nós expressamos a nossa própria confusão

• La relación que se establece con esta mirada es de profundo respeto a lavisión personal y aceptación de la existencia de multiples alternativas ante una

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::61

misma situación. A relação estabelecida com esta visão é de profundo respeito pela visão

pessoal e aceitação da existência de várias alternativas para a mesma situa-ção.

• Son las diversas ideas y opiniones de las diferentes personas que parti-cipan en el diálogo conversacional las que construirán otros posibles caminosde solución ante un problema.

São as várias idéias e opiniões das diferentes pessoas que participam nodiálogo de conversação que vão construir as outras formas possíveis de so-lução para um problema.

___________________________________________16.- ¿Cómo es la conversacion con varios miembros de una familia?Como é a conversa com vários membros de uma família?• Veamos lo que sucede en este diálogo cuando se conversa con varias per-

sonas de una familia• Vamos ver o que acontece neste diálogo quando se conversa com várias

pessoas de uma família• T: Aquí esta presente su hija…ella nos puede dar su opinion..le parece?

No se trata de juzgar a nadie sino conversar y reflexionar acerca de las dife-rentes visiones?

T: Aqui está presente a sua filha ... ela pode nos dar o sua opinião...o queacha? Isto não é para julgar ninguém, mas falar e pensar sobre os diferentespontos de vista?

• Diálogo de una hija sobre su madreDiálogo de uma filha sobre sua mãe• C2: Si en realidad cuando la escucho aquí… porque en la casa ni la es-

cucho ya que anda siempre peleando con todos… quizas tiene demasiadascosas que hacer… los demas estamos todo el dia afuera… ella lava… co-cina… ordena… limpia y ademas tiene que cuidar a mi hija … que es comoella dice super inquieta… quizas debieramos entre todos aliviarla un poco …y yo hacerme cargo de la niña y no desautorizarla cuando ella la corrige…ademas ninguna de las dos debemos pegarle y gritarle… mas inquieta y re-belde se pone ”

C2: Se de fato quando ouço aqui ... porque em casa e eu ouço e que estásempre brigando com todo mundo ... talvez tem muito o que fazer ... os outrosestão o dia todo fora ... ela lava ... cozinha ... arruma ... limpa, também temque cuidar da minha filha ... que é como ela diz Super inquieta ... Talvez de-vêssemos entre todos aliviar um pouco ... e eu cuidar da criança e não desa-prová-la quando ela corrige ... além de que nenhuma das duas deve bater egritar ... mais inquieta e rebelde ela fica"

____________________________________________17.-Logros de esta perspectiva dialógica y colaborativaRealizações desta perspectiva dialógica e colaborativaEsta perspectiva, mirada, postura del terapeuta permitiráEsta perspectiva, olhar, postura do terapeuta irá permitir • Facilitar la conversaciónFacilitar a conversa• Establecer una relación terapéutica más cercana• Estabelecer uma relação terapêutica mais perto• Conocerse , comprenderse pero a su vez reconocer los valores y creen-

cias de quienes participan,Conhecer-se, compreender-se, mas, por sua vez reconhecer os valores e

crenças das pessoas envolvidas,• Co-construir nuevos significados personales y relacionales. entre y en el

cliente y el terapeutaCo-construir novos significados pessoais e relacionais entre o cliente e o

terapeuta ____________________________________________ 18.-La terapia dialógica, centrada en el lenguaje facilita la narración en la

cual se ha integrado ese problema. Terapia Dialógica, com foco na linguagem facilita a narrativa na qual foi in-

tegrado esse problema.• El motivo de perturbación… será motivo de diálogo y de disolución del

problema.A razão para perturbação ... será motivo para o diálogo e a dissolução do

problema.• El lenguaje utilizado en estas nuevas interacciones durante la terapia ge-

nerará nuevas conversaciones y nuevos usos de lenguaje, pero a su vez ge-nerará una transformación en las personas que participan en esa relación.

A linguagem usada nestas novas interações durante a terapia gerará novasconversas e novos usos da linguagem, mas por sua vez, gerará uma trans-formação nas pessoas envolvidas nessa relação.

• “Fluye la conversación, la utilización y la interpretación de las palabras,y sólo en su transcurso éstas tienen significados”

“Flui a conversação, a utilização e a interpretação das palavras, e somentedurante estas tem significados

19 Las construcciones lingüísticas de las relaciones … ellas crean su sig-nificado

As construções lingüísticas das relações criam o seu significadoT: Ud me dice que ahora no se llevan bien… que cree que pasó en su rela-

ción? T: Você me diz agora que não estão bem ... o que acha que aconteceu no

seu relacionamento?C: “ no puedo entender… no nos llevábamos bien … hace tiempo que yo

andaba enojona … casi no hablábamos … el llegaba … se ponía a leer el dia-rio o a ver televisión … pero por el bien de los niños yo no decía nada … yono lo quiero … pero … después que él me dijo - hace tres días atrás… ‘quierosepararme …yo ya no te quiero’ … no he parado de llorar … no sé qué pensarni qué hacer … ¿cómo se lo digo a los niños? … el me quiere abandonar …si antes era yo que queria que se fuera ..y ahora que me dice que no me quiere…como que todo cambió”

C: "Eu não consigo entender ... não estávamos bem há algum tempo ... Fazum tempo que eu estava com raiva ... quase não falávamos... ele chegava....lia o jornal ou ia ver televisão...... mas pelo bem das crianças eu não dizianada.... eu não o quero mais .... mas ....depois ele me disse – faz três diasatrás...... quero me separar.... eu já não te quero..... não paro de chorar.....não sei o que pensar nem o que fazer... como que eu digo as crianças? Elequer me abandonar... antes era eu que queria que ele fosse embora.... e agorame dizque não me quer....... como que tudo mudou

______________________________________20.-La importancia del uso del lenguaje en la terapia A importância do uso da linguagem em terapiaEn las conversaciones entre los diferentes participantes de la terapia se lo-

grarán nuevos … nuevos significados … sólo y cuando exista complemen-tariedad en el diálogo.

Nas conversas entre os diferentes participantes da nova terapia vão con-seguir novos significados ... ... apenas quando há complementaridade no diá-logo.

Las palabras no tienen un significado en sí mismas, adquieren su signifi-cación a través de los sentidos con que se usan en las pautas de intercambioconversacional

As palavras não têm um significado em si mesmas, adquirem o seu signi-ficado através dos sentidos usados nos padrões de troca de conversação

“Yo quería que se fuera …pero es él quien me dice que quiere separarse yque no me quiere…cómo no me di cuenta que el queria irse antes que yo selo dijera? …esto no tiene sentido para mi “

"Eu queria que ele fosse embora ... mas é ele quem me diz que quer sepa-rar-se e que não me quer ... como eu não me dei conta de que ele queria irantes que eu lhe dissesse? ... Isso não faz sentido para mim

____________________________________________21.- La importancia de las construcciones lingüísticas y de significados de

las relaciones A importância das construções linguísticas e de significados das relaçõesTe amo …Eu amo você ...Yo también te amo …Eu também te amo ...

Te amo …Eu amo você ...Yo no te amo… yo ya dejé de amarteEu não te amo ... Eu já deixei de te amarLas declaraciones crean una relación totalmente diferente, se pone de ma-

nifiesto una nueva realidad. As demonstrações criam uma relação totalmente diferente, revela uma nova

realidade._____________________________________________22.- La importancia de las construcciones lingüísticas de las relacionesA importância das construções linguísticas das relaçõesT: Ud dice que está enojona… aparte que se siente asi con su esposo… se

siente asi con alguien mas en su familia?T: Você diz que está com raiva... distante de modo que seu marido se sente

... ele se sente assim com alguém na sua família?C:“ si, con mi nieta, pero paso yo sola con ella… es terrible… inquieta…

tiene rabietas… lanza cosas … da portazos … yo no le pego … sólo la me-choneo… tiene sólo seis años… la mamá trabaja todo el día y cuando ellaestá en casa y la niña se porta mal ella la grita y la castiga muy fuerte … lagolpea … yo no estoy de acuerdo … y me enojo con ella

C: "Sim, com minha neta, mas só passou com ela ... é terrível ... inquieta... ... faz birras atira coisas ... bate portas.... Eu não bato nela ... só mechoneo... tem apenas seis anos ... mãe trabalha o dia todo e quando ela está em casae a criança se comporta mal ela grita e a castiga muito forte ... golpeia ... eu

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62 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto

não estou de acordo ... e fico bravo com ela y me tengo que meter… otras veces yo la tengo castigada y se mete mi

otra hija y le quita el castigo… creo que ando enojada con todos en la casa…pero nadie me comprende …. y ahora el se quiere ir de la casa

eu tenho que me meter..... outras vezes eu castigo e ela se mete com aminha outra filha e a tira do castigo Eu acho que estou com raiva de todos nacasa ... mas ninguém me entende .... e agora ela quer ir-se de casa

Seré yo la que soy difícil en la casa y hago que todos peleen”Será que sou eu a difícil na casa e faço com que todos briguem "_________________________________________________23..- ¿Qué acciones comunicacionales se observan en el proceso terapéu-

tico? Quais ações de comunicação são observadas no processo terapêutico?• Consultante y terapeuta reflexionan y dialogan en conjunto, escuchando

al otro y a sí mismo. …pero a su vez traen otras voces a la sesión …las vocesde aquellos con quienes comparte

Cliente e Terapeuta refletem e conversam juntos, ouvindo o outro e a simesmo. ... Mas, por sua vez trazem outras vozes para a sessão ... as vozesdaqueles com quem compartilham

• “…el diálogo es una conversación dinámica y creativa con espacio paratodas las voces, con cada persona incondicionalmente presente y con un am-plio sentido de pertenencia (Anderson)

"... o diálogo é uma conversa dinâmica e criativa com espaço para todas asvozes, com cada pessoa incondicionalmente presente e com um amplo sen-tido de pertencimento (Anderson)

• El consultante expresa sus ideas, necesidades, deseos, sentimientos, pre-juicios diferenciando los diversos contextos de interacción.

O cliente expressa suas idéias, necessidades, desejos, sentimentos, pre-conceitos distinguindo os diversos contextos de interação.

• Durante el diálogo y la reflexión conjunta cambia el uso del lenguaje, lanarración y los significados personales, los significados respecto a los otrosy la relación, lo que lleva después y habitualmente a un cambio en la acción.

Durante o diálogo e reflexão conjunta muda o uso da linguagem, a narrativae significados pessoais, os significados a respeito dos outros e a relação egeralmente depois leva a uma mudança na ação.

____________________________________________24.-¿Cuál es la postura del terapeuta centrado en el uso del lenguaje y en

el diálogo?Qual é a posição do terapeuta centrado no uso da linguagem e diálogo?• El terapeuta es experto en el preguntar, lo que les permite reflexionar e

indagar en forma conjunta y colaborativa acerca de las experiencias del con-sultante.

• O terapeuta é hábil em perguntar, o que lhes permite refletir e investigarde forma conjunta e colaborativamente sobre as experiências do cliente

• El consultante es experto en su dilema, en su experiencia. O consultor é um especialista em seu dilema, em sua experiência.• Ambos son actores participante en el escenario terapéutico.Ambos são atores que participam do ambiente terapêutico.• La responsabilidad en el desarrollo del proceso terapéutico es compar-

tida.A responsabilidade pelo desenvolvimento do processo terapêutico é com-

partilhada.• Es una postura ética, de profundo respeto, humildad, transparencia y ho-

nestidad entre ambos.É uma postura ética, de profundo respeito, humildade, transparência e ho-

nestidade entre eles.____________________________________________ • 25.- ¿Qué acciones comunicacionales se observan en el proceso terapéu-

tico?• Quais ações de comunicação são observadas no processo terapêutico?• Las preguntas nos permiten obtener información y clarificar o verificar

información. As perguntas permitem-nos para obter informações e esclarecer ou verifi-

car as informações.• Hemos utilizado diferentes intenciones comunicacionales para lograr sin-

tonía en el diálogo, poder ofrecer nuevas alternativas de visión, comprensióny de resignificación, tanto de lo dicho como lo aún no verbalizado.

Usamos diferentes intenções de comunicação para alcançar a harmonia nodiálogo, para oferecer novas alternativas de visão, compreensão e de ressig-nificação tanto do que é dito como ainda não verbalizado

• Hemos utilizado diferentes técnicas como medio de incentivar no sólo eldiálogo sino aumentar la reflexión en el consultante.

Foram utilizadas técnicas diferentes como meio para estimular não só diá-logo mas aumentar a reflexão no cliente.

• _________26.- ¿Cuál es la postura del terapeuta centrado en el uso del lenguaje?

Qual é a postura do terapeuta centrado no uso da linguagemSe focaliza en el proceso relacional más que en el contenido. Ele se concentra no processo relacional mais do que do conteúdo.No juzga ni se enmarca en el deber ser o patrón de normalidad.• Não julga nem se é parte do padrão de normalidade.Acepta la incertidumbre, la duda, la confusión en el otro y en sí mismo.Aceita a incerteza, dúvida, confusão no outro e em si mesmoEl terapeuta y el supervisor desarrolla la creatividad y la curiosidad para

que en una actividad conjunta y colaborativa se desarrolle la reflexión y el diá-logo, escuchando las diferentes voces de cada uno y de aquellas que consti-tuyen sus experiencias y sus historias que le hacen y dan sentido a su vida

O terapeuta e supervisor desenvolvem a criatividade e curiosidade para queem uma atividade conjunta e colaborativa se desenvolva a reflexão e o diálogo,escutando as diferentes vozes de cada um e daqueles que constituem suasexperiências e suas histórias que fazem você e dão sentido à sua vida.

13h30 - 15h30Sala 308324Mesa redonda

Formação e prática em psicoterapia.La formación y práctica en psicoterapia.:: Formação em psicoterapia breve voltada ao atendimento em diferentes

contextos e a diferentes grupos de pacientes nas modalidades breve eem grupo.

:: Formación en psicoterapia breve enfocada en la atención en diferentescontextos y para diferentes grupos de pacientes. modalidades breves ygrupales.GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil)AutORA: Glaucia Mitsuko A. da Rocha – Pós-doutoranda no Instituto de Psi-

cologia da Universidade de São PauloInstituição: Instituto de Psicologia – Universidade de São PauloA formação do psicoterapeuta necessita fazer o trânsito entre a teoria e seus

modelos de homem e conflito e a realidade, especialmente a nossa, carentede recursos e com alta demanda por atendimento psicológico. O atendimentode pacientes na rede pública e em clínicas particulares que atendem por con-vênio têm desafiado a nossa capacidade de oferecer psicoterapia com com-promisso ético e técnico. Assim sendo, o objetivo geral desta proposta éapresentar nossa experiência com a formação em psicoterapias breves deorientação psicanalítica. Esta modalidade de atendimento permite esse trân-sito entre teoria e prática de maneira satisfatória pois possibilita: 1) a articu-lação das teorias do desenvolvimento na compreensão e etiologia daspsicopatologias com a prática; 2) uma visão clara do processo psicoterapêu-tico completo (começo, meio e fim); 3) articulação entre a teoria e a técnica;4) visão dos limites e potencial da psicoterapia em função do contexto emque é oferecida, das condições do paciente/cliente e das condições do psico-terapeuta. Assim sendo, as diversas modalidades de psicoterapia brevepodem ser aplicadas flexivelmente em diferentes contextos e a fim de atendera diferentes demandas; logo, 5) mantêm a qualidade técnica do atendimentoe garantem a prática dentro dos limites éticos necessários.

pALAVRAS-ChAVe: Psicoterapia Focal; Psicoterapia de Tempo Limitado; Psico-terapia psicanalítica.

MINI- CuRRICuLuM: Pós-doutoranda no Departamento de Psicologia Clínica daUniversidade de São Paulo, Doutora em Psicologia e Mestre em PsicologiaClínica pela PUC Campinas. Membro da Society for Psychotherapy Researche Society for Exploration on Psychotherapy Integration. Foi responsável pelosEstágios Supervisionados do Curso de Psicologia da Universidade Presbite-riana Mackenzie assim como supervisora em Psicoterapia Breve de Adulto eprofessora da disciplina de Psicoterapia Breve.

:: processos grupais de orientação psicanalítica.:: procesos grupales de orientación psicoanalítica.

WALDEMAR FERNANDES (Brasil)

:: A especialização em psicoterapia Cognitivo comportamental dauniversidade San pedro.

:: La especialización en psicoterapia Cognitivo comportamental en laUniversidad san pedro.LUIS OSWALDO PÉREZ FLORES (Peru) COORDeNADORA/COORDINADORA: GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil)

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::63

13h30 - 15h30Sala 309334Mesa redonda

O psicodiagnóstico na prática clínica.el psicodiagnóstico en la práctica clínica:: psicodiagnóstico interventivo e a clínica winnicottiana.:: intervención psicodiagnóstica en la clínica winnicottiana.

MARIA DE BETÂNIA PAES NORGREN (Brasil)

:: psicodiagnóstico na prática clínica com crianças e adolescentes.:: psicodiagnóstico en la práctica clínica con niños y adolescentes.

AMELIA THEREZA DE MOURA VASCONCELLOS (Brasil)

:: Diagnóstico multidimensional em psicoterapia. Fundamentos desdeNeurociências a psiconeuroinmunoendocrinología. (pNIe).

:: diagnóstico multidimensional en psicoterapia. Fundamentos desde lasneurociencias y la psiconeuroinmunoendocrinología. (pnie).MARGARITA DUBOURDIEU (Uruguai)

Las Neurociencias y la Psiconeruoinmunoendocrinología han demostradola intermodulaciòn de los distintos sistemas y dimensiones que constituyenal ser humano. Será necesario al realizar una evaluación diagnóstica y abor-daje terapeútico el considerar distintos factores que desde las dimensionesbiológica, cognitiva, psicoemocional vincular, socioecológica y espiritual pue-dan estar contribuyendo en el malestar presente en el motivo de consulta.

La neuro y PNIE plasticidad otorgan sustento a la psicoterapia siendo ne-cesaria la evaluación multidimensional a fin de potenciar una mayor eficáciaterapêutica aL considerar: la convergencia de la historia , la actualidad y ex-pectativas futuras , los vínculos: cuerpo –mente- entorno, afectos , cognicio-nes , personalidad y regulaciòn emocional, y factores socioecológicos yespirituales .

pALAbRAS CLAVeS: Evaluaciòn diagnóstica, Multidimensionalidad . Convergênciatemporal Consiliencia. Psicoterapia. Neuro y Pnie plasticidade

CuRRICuLuM AutORA: Miembro Fundadora de Fupsi y Honorífico Asociación La-tinoamericana Psicoterapias Integrativas . Miembro SEPI. Member Interna-tional Society of PNIE

Presidente Honorífico Federación latinoamericana y Uruguaya PNIE y Psi-coterapia Integrativa. Coordinadora Postgrado Salud Universidad Católica yÁrea Psicoterapia Integrativa Hospital Universitario y Hospital de Niños Uru-guay. Docente Universidades exterior. Libro Psicoterapia Integrativa PNIE yotras publicaciones

COORDeNADOR/COORDINADOR: LUCIO BALAREZO (Equador)

13h30 - 15h30Sala 310344Mesa redonda

O atendimento terapêutico em diferentes tipos de Instituições.La atención terapéutica en diferentes tipos de institución.:: O atendimento terapêutico em hospitais. :: La atención terapéutica en hospitales

MATHILDE NEDER (Brasil)

:: A psicoterapia na atenção primária. :: La psicoterapia en la atención primaria.

ALEJANDRA PÉREZ (Argentina)

:: O atendimento terapêutico no Ambulatório de prematuros da uNIFeSp-epM.

:: La atención terapéutica en el ambulatorio de prematuros de UniFesp-epm.EMILIA AFRANGE (Brasil) COORDeNADORA/COORDINADORA: ALEJANDRA PÉREZ (Argentina)

Lidando com o psíquico na prematuridade: Relato de uma experiência noAmbulatório de prematuros da uNIFeSp-epM Casseb R, Afrange E

ReSuMO - Este trabalho apresenta uma experiência realizada no Ambulatório de Pre-

maturos do Departamento de Pediatria da UNIFESP-EPM. Discutiremos algu-mas vicissitudes que ocorrem na relação da mãe com seu filho prematuro.

Nosso trabalho visa facilitar a construção de uma mente capaz de dar contados processos de elaboração das frustrações e assim poder modificar o Egoque se organiza sobre defesas projetivas. Estas aquisições no plano de fun-ções do Ego podem trazer a mãe uma melhor concepção da situação adversa,ela pode inclusive vir a perceber que o bebê é um vencedor, mais do que ape-nas um sobrevivente.

Constituindo um lugar psíquico que componha o mal estar da mãe e as ne-cessidades neonatais do prematuro.

A fim de ilustrar as colocações teóricas, descreveremos um fragmento deatendimento.

Lidando com o psíquico na prematuridade: Relato de uma experiência noAmbulatório de prematuros da uNIFeSp-epM Casseb R, Afrange E

“De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que estamos sempre come-çando, a certeza de que é preciso continuar, e a certeza de que seremos in-terrompidos antes de terminar. Portanto, devemos fazer da interrupção umcaminho novo, da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sonhouma ponte, da procura um encontro.”

Fernando Pessoa

Trata-se de uma experiência de trabalho realizado no Ambulatório de Pre-maturos do Departamento de Pediatria da UNIFESP-EPM. Este trabalho foca-liza algumas vicissitudes que ocorrem especificamente na relação mãe-filhoprematuro.

O tipo de intervenção que desenvolvemos apoia-se no atendimento emgrupo. Inicialmente juntamos as crianças de zero a três anos com suas mãese cuidadores. Depois que as crianças completam quatro anos é que se formao grupo de mães separado das crianças.

No grupo de mães e cuidadores a proposta é oferecer um campo que pos-sibilite a construção de um espaço para troca de experiências relativas às an-gústias específicas desta condição. Cria-se a oportunidade das mães ecuidadores buscarem respostas e instrumentação, muitas vezes atenuandoculpas e estados acusatórios.

Com as crianças, o trabalho está ancorado nas técnicas lúdicas, associadoao brincar em grupo. Perspectiva interessante para buscar desenvolver so-ciabilização e melhor manejo com as potenciais sequelas oriundas da prema-turidade.

Na técnica lúdica oferece-se às crianças a “Caixa Lúdica” com materiaisque são utilizados como ferramentas para expressar seus conflitos e anseiosque em geral são comunicados como traumáticos. Frequentemente essas ex-periências não contém linguagem verbal, sendo desta forma pouco acessívelpara o entendimento das mães e cuidadores. A composição desta “Caixa Lú-dica” varia conforme a idade da criança e pode conter materiais diversos comobonecos, animais, carros, material gráfico, massa de modelar, tesoura, cola,jogos de encaixe e sucata em geral.

Não há dúvida que a melhor instrumentação do Ego é fundamental paraestas pessoas que sofrem com precariedades humanas originadas pela pre-cocidade. Ao desenvolver o aparelho para vir a utilizar os pensamentos eassim criar uma tendência para a reflexão. Observamos que é possível criarum espaço mental onde antes predominava a confusão. Trabalhar o mundoafetivo ajuda a conter as emoções e a processar a ansiedade, a angustia e aaflição que são tão presentes nas vidas dessas pessoas.

Inquestionavelmente a chegada de um filho é um momento de imensas de-mandas biológicas, psíquicas e sociais. Constituir um lugar psíquico para aexperiência desta realização implica em revisar a si mesmo como genitor, ge-rador da nova situação. Darwin chamou de “Instinto de Preservação da Es-pécie” e Freud assinalou que a transmissão dos genes para outras gerações,é a única experiência possível de imortalidade que o homem pode realizar.Tendo este plano de importância simbólica podemos inferir que qualquer al-teração no andamento deste processo atinge profundamente “o grande pro-jeto humano de preservação e imortalidade”. Vista por este ângulo aprematuridade frequentemente é um fator complicador deste processo.

Entendemos que a Intervenção Psicoterápica começa com pequenas atitu-des daqueles que se propõem a atender esta complexa situação humana. Aequipe precisa estar coesa, e no que tange as ações, o posicionamento ideo-lógico da equipe precisa ser constantemente revisto. Um fator importante quenos auxilia a posicionarmo-nos é buscar atitudes que funcionem como agen-

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Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto

tes facilitadores, como produtores de uma peça que proporciona o cenário, eassim os pacientes trazendo seus relatos acabam por adquirir alguma ajuda.

Em geral lidamos com solicitações relacionadas à subjetividade não verba-lizada da dupla mãe-filho, ou seja, suas fantasias pouco conscientes. O mundoobjetivo, pragmático dos cuidados médicos não é nosso foco, da mesmaforma que atender a pedidos de amparos sociais.

As mães diante de seus bebês que nasceram prematuros podem experi-mentar sensações de culpa, fracasso e incompetência que dificultam o pro-cesso de Vínculação Primária . Aspectos das diferenciações entre o psico e osoma tornam a sobrevivência uma tarefa muito mais árdua quando este Vín-culo Primário se constitui com reservas.

Brazelton (1994), afirma que “o nascimento de uma criança prematura é umchoque”. A gravidez é cessada bruscamente e toda a preparação para o parto epara a chegada do novo bebê é interrompida. Não há tempo para ocorrer astransformações necessárias das representações maternas para o bebê. Essasprimeiras relações são essenciais para proteger o bebê e a mãe de possíveis con-flitos intersubjetivos que se processam com ou sem percepção dos cuidados.

Outro aspecto importante que notamos ao acompanhar essas duplas dizrespeito aos processos depressivos que acompanham as experiências de se-paração. A separação é por si só um processo complexo que frequentementedeixa significativas marcas.

Considerando a prematuridade, observamos muitas vezes registros confu-sionais de uma experiência de quase morte, a vivência de uma tênue linhaentre vida e morte. Todo o curso de desenvolvimento da relação materno-filialpode vir a ter este marcante emblema.

Como é a atitude (intuitiva) da mãe? Como ela dirige o desenvolvimentosomato-psíquico do bebê? Como ela lida com a intensidade dos fatos queaterrizaram em seu despreparado aeroporto psíquico?

Muitas mães de bebês prematuros tendem a viver a maternidade de formaculpada e ambivalente. Frequentemente tentam compensar suas culpas comreparações maníacas, se entregando não ao bebê, mas a seu próprio psi-quismo machucado. Estas iniciativas geram uma espécie de calmante de curtaduração. O resultado desse remédio precário é o incremento da ansiedade eculpa com intensificação do desejo por mais reparação, gerando um ciclo vi-cioso altamente prejudicial para o desenvolvimento tanto da maternidadecomo do próprio bebê. Uma das manifestações desta repetição pode ser vistaatravés de uma espécie de “rejeição” de ter que assumir cuidados extras queela nada fez para merecer. Seu mal estar, pode aparentemente ser dirigido aobebê ou a equipe que cuida do prematuro. De qualquer forma está relacionadoà situação de dor e punição. Nosso trabalho visa facilitar a construção de umamente capaz de dar conta dos processos de elaboração das frustrações eassim poder modificar o Ego que se organiza sobre defesas projetivas.Quando conseguimos constituir um lugar psíquico que componha o mal estarda mãe e as necessidades neonatais do prematuro, o desenvolvimento dobebê se assemelha ao de um bebê a têrmo. Estas aquisições no plano de fun-ções do Ego podem trazer a mãe uma melhor concepção da situação adversa,ela pode inclusive vir a perceber que o bebê é um vencedor, mais que apenasum sobrevivente.

Mazet e Stoleru (1990) observaram a mesma perspectiva que estamos dis-cutindo, ou seja, que o trabalho psicoprofilático nestas condições deve prio-rizar a elaboração das angústias, medos e ambivalência da mãe antes queestas se organizem em estruturas psicopatológicas e ou que venham a criaradversidades durante a estabilização da condição de prematuro.

Spitz (1988) publicou diversos artigos sobre a observação direta de crian-ças em instituições de saúde, considerava esta situação como uma espéciede privação emocional, da mesma forma que se poderia proceder a lavagemcerebral. Com o auxílio dos métodos da Psicologia Experimental, destacou opapel vital da relação mãe-filho, descrevendo como a privação do contato ma-terno poderia causar debilitação física e um enorme empobrecimento psíquicodos bebês que chamou de hospitalismo.

Também trabalhando com a observação direta de bebês, Mahler (1982) des-creveu como os problemas de crianças muito pequenas estavam enraizadosna relação com a mãe. Para ela, a principal tarefa no desenvolvimento humanoseria a aquisição de um equilíbrio entre a dependência materna e a necessidadede maior autonomia, em um movimento de individuação da criança. Percebeu,também, que a mãe poderia contribuir ativamente no tratamento, quando for-necia suas interpretações sobre o comportamento da criança.

Stern (1997) estudou alguns elementos sensoriais que transitam na díademãe-bebê. Observou que as trocas de olhar, de voz, de proximidade e de suascaracterísticas de ritmo, sincronia, contingência e não contingência criavamum código de comunicação para a relação. Esta linha de pesquisa mostrou aimportância das atitudes receptivas precoces e, com isso, passou-se a estudaros componentes interativos como elementos consistentes para lidarmos comas demandas do desenvolvimento emocional. Sem dúvida, os prematuros re-querem estudos em maiores detalhes.

Para a mãe, este nascimento prematuro pode confirmar suas fantasias de

castração, pois ela foi "forçada" a dar à luz a um bebê “não acabado”, “incom-pleto”, assim como sua experiência de maternidade, que desabrocha próximoao parto, ficou mutilada.

Como constituir atitude materna em tais condições de "violência e castra-ção"? Instala-se um sentimento ambivalente diante do nascimento prematuroque coloca em primeiro plano a sensação de que ela, mãe, é um ser perigosopara seu bebê.

Como sentir-se mãe desse bebê que nasce fora de sua concepção? Consi-derando Winnicott, a separação precoce empresta para a mãe uma sensaçãode não ser suficientemente boa para proteger seu bebê.

Diante desta situação as mães sentem-se desorganizadas e ansiosas sendoincapazes de compreender o que está acontecendo e de responder adequa-damente as solicitações mais complexas que estas condições exigem.

Deste quadro de prematuridade pode surgir sequelas emocionais, dificul-tando a relação da mãe com o bebê. Winnicott chamou de preocupação ma-terna primária ao estado de empatia da mãe com seu bebê, tornando-se capazde colocar-se no lugar dele, possibilitando uma sintonia com as necessidadesbásicas do recém-nascido.

A fim de ilustrar as colocações teóricas descrevemos abaixo algumas vi-nhetas de situações clínicas:

M, na época do atendimento contava com 5 anos de idade, nasceu prema-tura de 30 1/7 semanas com o diagnóstico de um teratoma sacrococcígeno(TSC), que requereu cirurgia neonatal para correção. Houveram sequelas quenão puderam ser corrigidas com a cirurgia, acarretando perdas funcionais.Não houve perda da função locomotora, porém apresentou perda do funcio-namento do esfíncter anal e vesical.

Em nosso ambulatório os pediatras haviam solicitado à esta paciente umEnema Opaco para avaliar novos procedimentos corretivos. Porém, M nãopermitia a realização do exame. Houveram duas tentativas frustradas que evi-dentemente impossibilitaram qualquer planejamento cirúrgico. A família mos-trava-se pouco esperançosa e quase nada colaboradora com a instituição. Suamãe alegava não poder trazê-la para as consultas em função do seu trabalho.O pai (separado da mãe) alegava não ter tempo. A avó paterna que as vezesacompanhava a menina, deixava claro que não queria se comprometer. Porter incontinência fecal, M tinha que usar fraldas o que acarretava problemasextras. Por exemplo na escola, a professora se sentia constrangida por nãosaber lidar com M, ela defecava e não pedia para se limpar, exalando odor defezes, causando inquietação no grupo.

O estado de mente de M não permite que ela se aproxime de suas dificul-dades, o que pode explicar sua ausência de colaboração em qualquer assuntoque inclua suas limitações neonatais, que a distinguem negativamente de sen-tir-se comum.

Foi nesta condição que iniciamos um trabalho com M e seus cuidadores,depois do pedido da pediatria por um acompanhamento psicológico para apaciente.

Parecia que M vivia incontinências diversas, biológicas que a pediatria bus-cava corrigir, familiar e escolar onde suas necessidades pareciam ser evacua-das. A condição de prematuridade se estendia, e as fraldas deveriam substituirem parte a sua deficiência orgânica. Mas como isso se processa com o incre-mento da complexidade da vida em M, a necessidade de sociabilização e au-tonomia frente as suas excretas? Quais repercussões destes fatos seprocessaram no psiquismo desta menina? Poderíamos ainda indagar que ou-tras perdas ocorreram? Como operam desesperança, adaptação e incompa-tibilidade social?

Nosso olhar com M foi de forma que ela pudesse trabalhar suas dificulda-des inatas. Com os cuidadores, seguiu na direção de restituir a crença em diasmelhores. Com a escola tentando ajudá-los a perceber que quanto mais M fortratada como diferente das demais crianças, mais seu quadro será agravado.Além disso, se sua diferença for colocada em evidência, corre-se o risco decomprometer gravemente a capacidade de sociabilização da menina.

Atualmente M está em aceitando fazer seus exames, com isto seu trata-mento está em andamento. Aprendeu a identificar o momento que necessitase trocar, facilitando sua relação com a escola. A família se uniu, apesar dasdiferenças, para se ajudarem e ajudar M. Se interessam pela situação de M eaceitam buscar ajuda e estabelecer parceria com a equipe do ambulatório.

Temos buscado psicoterapeuticamente ajudá-la a reconhecer sua condiçãolimitada e integrar em sua personalidade outra atitude, em que sua colabora-ção possa ajudá-la sofrer menos com esta fatalidade.

ReFeRÊNCIAS:• BOWBY, J. Apego. São Paulo: Martins Fontes, 1984.• BRAZELTON, T. B. Momentos decisivos do desenvolvimento infantil. SãoPaulo: Martins Fontes, 1994.• MAZET, P. e STOLERU, S. Manual de psicopatologia do recém-nascido.Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.• SPTIZ, R. A. O primeiro ano de vida. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::65

• MAHLER, M. O Processo de separação e individuação, Porto Alegre: ArtesMédicas, 1982.• WINNICOTT, D.W. Tudo começa em casa. São Paulo: Martins Fontes, 1999.• WINNICOTT, D. W. A família e o desenvolvimento individual. São Paulo:Martins Fontes, 2001.STERN, D.N. A constelação da maternidade: o panorama da psicoterapiapais/bebê. Porto Alegre: Artes M

trabajando con el psíquico em la precocidad: relato de una experienciaen el dispensario de prematuros da UniFesp_epmCasseb R. Afrange E

RESUMEN -Ese trabajo presenta una experiencia retenida en el Dispensario de Prema-

turos del Departamento de Pediatría de la UNIFESP-EPM. Vamos a discutir al-gunos eventos que se producen me la relación de la Madre con su hijoprematuro.

Nuestro trabajo tiene como objetivo de facilitar la construcción de unamente capaz de dar cuenta de los procesos de elaboración de las frustracionesy así puedo modificar el ego que organiza en las defensas proyectivas. EsasAdquisiciones en el plan de las funciones del ego puede llevar la madre unamejor concepción de la situación adversa, incluso puede darse cuenta que elbebé es un ganador, algo más que un sobreviviente.

Constituyendo un lugar psíquico que compone el malestar de la madre yde las necesidades neonatal del prematuro.

Con el fin de ilustrar las ubicaciones teóricas, describiremos un fragmentode comprensión.

trabajando con el psíquico en la precocidad: relato de una experiencia enel dispensario de prematuros da UniFesp_epmCasseb R. Afrange E

“En todo fueron tres cosas: La certeza de que siempre estamos empezando,la certeza de que es necesario seguir y la certera que seremos interrumpidosantes del final. Por lo tanto, debemos hacer la interrupción de un camino,caerá un paso de danza, del miedo de una escalera, el sueño de un puente, enbusca de una cita.'' Fernando Pessoa.

Se trata de una experiencia de trabajo en el Dispensario de Prematuros delDepartamento de Pediatría de la UNIFESP-EPM. Ese trabajo se centra en al-gunos eventos que se producen específicamente en la relación de madre-hijoprematuro.

El tipo de intervención que hemos desarrollado se basa en el grupo de asis-tentes. Inicialmente se unió a los niños de cero a tres años con sus madres ycuidadores. Después de que los niños completan cuatro años es que está for-mado el grupo separado de las madres de niños.

En el grupo de las madres y cuidadores de la propuesta es proporcionar uncampo que permite la construcción de un espacio de intercambio de expe-riencias relativas a las angustias específicas de esta condición. Se crea laoportunidad para que las madres y los cuidadores que buscan respuestas yla instrumentación, a menudo aliviar la culpa y estado acusatório.

Con los niños, el trabajo está anclado en las técnicas de reproducción aso-ciados con el grupo de juego. Interesante perspectiva de buscar y desarrollarmejor la gestión social con las consecuencias que pudieran derivarse de laprecocidad.

En la técnica lúdica ofrece a los niños '' Caja Lúdica'' con los materialesque se utilizan como herramientas para expresar sus conflictos y ansiedadesque en general se reportan como postraumático. A menudo, estas experien-cias no contiene lenguaje verbal, y esta pequeña manera práctica de la com-prensión de las madres y los cuidadores. La composición de este '' CajaLúdica'' varía según la edad del niño y puede contener diversos materialestales como muñecas, animales, coches, gráficos, plastilina, tijeras, pega-mento, juegos y residuos en general.

No hay duda de que la mejor instrumentación del Ego instrumentación escrítico para estas personas que sufren de la precariedad humana causada porla precocidad. En el desarrollo del aparato usaría pensamientos y crear asíuna tendencia a la reflexión. Tomamos nota de que se puede crear un espaciomental donde antes la confusión reinante. Trabajar el mundo afectivo ayudaa contener las emociones y la ansiedad del proceso, la angustia y la angustiaque están tan presentes en la vida de estas personas.

Sin lugar a dudas la llegada de un hijo es un momento de enormes deman-das biológicas, psicológicas y sociales. Constituir un lugar psíquico para ex-perimentar esta realización requiere repensar como padres, generador de lanueva situación. Darwin llamó " La Preservación de la especie" y Freud señaló

que la transferencia de genes a otras generaciones, es la única experienciaposible de la inmortalidad que el hombre puede lograr. Con este plan de im-portancia simbólica.

Podemos inferir que cualquier cambio en la evolución de este proceso al-canza profundamente en "el gran proyecto humano de la preservación y la in-mortalidad." Visto desde este ángulo la precocidad es a menudo un factor decomplicación en este proceso.

Entendemos que la intervención Psicoterapia comienza con pequeñas ac-ciones de aquellos que pretenden hacer frente a esta compleja situación hu-mana. El equipo tiene que ser coherente, y con respecto a las acciones, elposicionamiento ideológico del equipo debe ser revisado constantemente. Unfactor importante que nos ayuda a posicionarnos está buscando actitudes quefuncionan como agentes que facilitan, como productores de una obra de te-atro que ofrece el escenario, y lo que los pacientes traen sus historias termi-nan adquiriendo un poco de ayuda.

Generalmente nos ocupamos de las solicitudes relacionadas con la subje-tividad implícita “ No Hablada” de la madre-hijo, o sus pequeñas fantasíasconscientes. El mundo objetivo, pragmático de la atención de los médicos noes nuestro foco, como llenamos los pedidos de protección social.

Las madres antes de que sus bebés nacieron prematuramente pueden ex-perimentar sentimientos de culpa, fracaso e incompetencia que dificultan elproceso de vinculación primaria. Aspectos de las diferencias entre lo psico-lógico y la suma hace que la supervivencia en una tarea mucho más difícilcuando el enlace primario está constituido con reservas.

Brazelton (1994), afirma que "el nacimiento de un niño prematuro es unchoque". El embarazo se termina abruptamente y toda la preparación para elparto y para la llegada del nuevo bebé se interrumpe. No hay tiempo para re-alizar las transformaciones necesarias de las representaciones maternas parael bebé. Estas primeras relaciones son esenciales para proteger al bebé y lamadre de los posibles conflictos interjectivos que se llevan a cabo con o sinla percepción de los cuidados.

La teoría del Vinculo Afectivo o vinculación primaria entienden el creci-miento de un niño como resultado de la relación de precocidad el mantienecon sus padres. Para John Bowlby (1907-1990), esta relación que el bebétiene con la madre es fundamental para su desarrollo tanto físico como psí-quico.

Otro aspecto importante que llevamos en cuenta de acompañar eses dúo,Cuando hablamos de los procesos depresivos que acompañan a los experi-mentos de separación. La separación en sí es un proceso complejo que a me-nudo deja marcas importantes.

Teniendo en cuenta la precocidad, se observa a menudo confusión en re-gistros de una experiencia casi muerte, la vivencia de una delgada línea entrela vida y la muerte. Todo el curso del desarrollo de la relación materno-filial,es probable que tenga este llamativo emblema.

¿Cómo es la actitud (intuitivo) de la madre? Como ella se dirige el desarro-llo psíquico-somática del bebé? ¿Cómo ella acepta la intensidad de los even-tos que aterrizaron en su aeropuerto psíquico sin preparación?

Muchas madres de bebés prematuros tienden a vivir la maternidad culpabley ambivalente. A menudo tratan de compensar su culpabilidad con las repa-raciones maníacas, si no entregar el bebé, pero su propia psique magullado.Estas iniciativas generan una especie de calmante a corto plazo.

El resultado de este remedio precario es el aumento de la ansiedad y laculpa con la intensificación

del deseo de más reparaciones, generando un círculo vicioso muy perjudi-cial para el desarrollo tanto de la maternidad y el propio bebé. Una manifes-tación de esta repetición se puede ver a través de una especie de "rechazo" detener que tener un cuidado especial que ella no hizo nada para merecer. Sumalestar, aparentemente puede ser dirigida a la bebé o el equipo que se en-carga de la prematura. De cualquier manera está relacionado con la situaciónde dolor y el castigo. Nuestro trabajo tiene como objetivo facilitar la construc-ción de una mente capaz de dar cuenta en la elaboración de las frustracionesy así puede modificar el Ego que se organiza en las defensas proyectivas.Cuando somos capaces constituir un lugar psíquico que componen el males-tar de la madre y las necesidades nacidos prematuros, el desarrollo de su bebése parece al de un bebé a térmo. Estas adquisiciones no plan de funciones delEgo puede llevar a la madre una mejor concepción de la situación adversa, in-cluso puede llegar a darse cuenta de que el bebé es un ganador, algo más queun sobreviviente.

Mazet y Stoleru (1990) observaron la misma perspectiva que estamos dis-cutiendo, o sea que el trabajo psicoprofiláctico en estas condiciones debe prio-rizar la elaboración de las angustias miedos y ambivalencia de la madre antesde que estos se organizan en estructuras de la psicopatologías, o que puedancrear dificultades para la estabilización de la condición prematura.

Spitz (1988) Ha publicado varios artículos sobre la observación directa delos niños en las instituciones de salud, consideraba esa situación como unaespecie de privación emocional de la misma manera que uno puede llevar a

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66 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto

cabo el lavado de cerebro. Con la ayuda de los métodos de la psicología ex-perimental, destacó el papel vital de la relación madre-hijo, que describe laprivación de contacto materno podría causar debilitamiento físico y un enormeempobrecimiento psíquico de los bebés llamados Hospitalismo.

También trabajando con la observación directa de los bebés, Mahler (1982)describió cómo estaban arraigados los problemas de los niños de muy cortaedad en la relación con la madre. Para ella, la tarea principal en el desarrollohumano estaría adquiriendo un equilibrio entre la dependencia materna y la ne-cesidad de una mayor autonomía, en el movimiento de individualidad del niño.Se dio cuenta, también, que la madre podría contribuir activamente al trata-miento, cuando se proporciona a sus interpretaciones de la conducta del niño.

Stern (1997) estudió algunos elementos sensoriales que transitan no día adía de madre-hijo. Señaló que el intercambio de mirada, la voz, la proximidady sus características de ritmo, sincronía, la contingencia y no contingenciacreado un código de comunicación a la relación. Esta línea de investigaciónque ha demostrado la importancia de las actitudes receptivas precoces y, coneso, hemos comenzado a estudiar los componentes interactivos como ele-mentos coherentes para hacer frente a las exigencias del desarrollo emocio-nal. Sin lugar a dudas prematuro requieren estudios en más detalle.

Para la madre, este nacimiento prematuro puede confirmar sus fantasíasde castración porque estaba "obligado" para dar a luz a un bebé "inacabado","incompleto", así como su experiencia de maternidad que se desarrolla cercadel parto, fue mutilado.

Cómo construir una actitud maternal en esas condiciones "violencia y cas-tración"? Se instala una sensación ambivalente ante el nacimiento prematuroque pone en primer plano la sensación de que su madre es un ser peligrosopara su bebé.

Como sentir se mamá de ese bebé que nació nace de su sueño Conside-rando Winnicott, La separación de manera prematura e presta para la madreun sentimiento de no ser lo suficientemente bueno para proteger a su bebé.

En esta situación, las madres se sienten desorganizadas y ansiosas e inca-paz de entender lo que está pasando y de responder adecuadamente a las so-licitudes más complejas que estas condiciones requieren.

Este marco en el cuadro de la precocidad puede surgir secuelas emociona-les, dejando com dificultad la relación de la madre con el bebé. Winnicott hallamado la preocupación maternal primaria al estado empatía de la madre consu bebé, convirtiéndose capaz de ponerse en su lugar, lo que permite a las ne-cesidades básicas del recién nacido.

Con el fin de ilustrar las colocaciones teóricas descritos a continuación vi-ñetas de algunas situaciones clínicas:

M, En temporada de la comprensión contaba con 5 años de edad, nacióprematura de 30 1/7 semanas con el diagnóstico de un sacrococcígeno (TSC),que requirió cirugía neonatal para la corrección. Había consecuencias que nopodían ser corregidas con cirugía, causando la pérdida funcional. No hubopérdida de la función locomotora, pero había perdido el funcionamiento delesfíncter anal y vesical.

En nuestras clínicas pediátricas que habían pedido para este un pacienteEnema Opaco para evaluar nuevos procedimientos correctivos. Pero, M nopermitió el examen. Hubo dos intentos fallidos que, obviamente, impidieroncualquier planificación quirúrgica. La familia presentó poco esperanzada y casinada colaboradora con la institución. Su madre afirmó que no podría llevarloa consultas de acuerdo con su trabajo. El padre (separado de su madre)afirmó no tener tiempo. La abuela paterna que a veces acompaña a la niña,dejó claro que no quería comprometerse. Al tener incontinencia fecal, M tuvoque usar pañales que causó problemas adicionales. Por ejemplo en la escuela,la maestra se sintió avergonzada por no saber cómo tratar M, se defecó y nopidió que limpiar, exhalando olor de los excrementos, causando malestar enel grupo.

Estado de la mente del M no lo permite acercarse a sus dificultades, lo quepuede explicar su falta de cooperación sobre cualquier tema, incluyendo suslimitaciones neonatales que distinguían negativamente a sentir común.

Fue en esta condición que se inició un trabajo con M y sus cuidadores, des-pués de la aplicación de Pediatría para el asesoramiento psicológico para elpaciente.

Parecía que M vivió incontinencia diversa biológico que trató de corregirpediátrica, la familia y la escuela donde sus necesidades parecían ser evacua-dos.

Condición Prematuridad estiró, y los pañales deben sustituir parte de sudisfunción.

Pero ¿cómo funciona este proceso con el aumento de la complejidad de lavida en M, la necesidad de socialización y de autonomía en sus excrementos?¿Qué repercusiones de estos hechos fueron procesados en la psique de estachica?

También podríamos pedirle otras pérdidas ocurrido? Operan desesperanza,la adaptación y la incompatibilidad social?

Nuestra mirada con M era para que pudiera trabajar sus dificultades inna-

tas. Con cuidadores, seguido en la dirección de la restauración de la creenciaen días mejores. Con la escuela tratando de ayudarles a darse cuenta de quecuanto más M es tratado como diferente de los otros niños, se agravará aúnmás su marco. Además, si su diferencia se pone en evidencia, se corre elriesgo de comprometer seriamente habilidades de socialización de la niña.

M está en aceptar hacer sus exámenes, con este tratamiento está en curso.Aprendió a identificar el momento en que tiene que cambiar, lo que facilita surelación con la escuela. La familia estaba unida, a pesar de sus diferencias,para ayudarse a sí mismos y ayudar a M. Si está interesado en situación deM y acepta buscar ayuda y colaborar con el personal de la clínica.

Hemos buscado psicoterapeuticamente ayuda a reconocer su condición li-mitada e integrar en su actitud personalidad diferente en su colaboraciónpuede ayudar a usted sufre menos de esta fatalidad.

LAS REFERENCIAS:• BOWBY, J. Apego. São Paulo: Martins Fontes, 1984.• BRAZELTON, T. B. Momentos decisivos do desenvolvimento infantil. SãoPaulo: Martins Fontes, 1994.• MAZET, P. e STOLERU, S. Manual de psicopatologia do recém-nascido.Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.• SPTIZ, R. A. O primeiro ano de vida. São Paulo: Martins Fontes, 1988.• MAHLER, M. O Processo de separação e individuação, Porto Alegre: ArtesMédicas, 1982.• WINNICOTT, D.W. Tudo começa em casa. São Paulo: Martins Fontes, 1999.• WINNICOTT, D. W. A família e o desenvolvimento individual. São Paulo:Martins Fontes, 2001.STERN, D.N. A constelação da maternidade: o panorama da psicoterapiapais/bebê. Porto Alegre: Artes M.

13h30 - 15h30Sala 310344Mesa redonda

LA pSICOteRApIA eN LA AteNCION pRIMARIAAutORA ReSpONSAbLe: ALEJANDRA PÉREZINStItuCIóN De ORIGeN que RepReSeNtA: Fundación AIGLE

La paradoja de la Salud Mental puede sintetizarse diciendo que en los últi-mos 50 años mejoramos nuestras tecnologías terapéuticas pero no logramosreducir el flagelo de los trastornos mentales. Re pensar el aporte de la Psico-terapia al campo de la Salud Mental exige varias determinaciones fuertes.

Se presentará una reseña de la evolución de la Psicoterapia y se analizarála situación de la Salud Mental y su incidência en la Psicoterapia. Los grandestemas de debate: controversias sobre la realación costo-beneficio, factorescomunes/terapia basada en la evidencia/terapia basada en principios; crisisdel sistema diagnóstico y de clasificación, relación entre programas de inves-tigación y práctica de la Psicoterapia.

Se ofrecerán recomendaciones para la atención primaria: dictaminar sobrela calidad de las intervenciones, utilizar dispositivos n mayor a 1, desarrollarmodelos vinculados a la ciencia básica, redefinir el papel de la prevención,agilizar las técnicas como el empleo de recursos a distancia y propuestas paracuidar a los agentes y equipos de salud

pALAbRAS CLAVeS: atencion primaria, prevención, nuevas tecnologias, abordajestransdiagnosticos

MINI CuRRICuLuM: Licenciada en Psicología. Psicoterapeuta. Docente de Pos-grado de las Carreras de Especialización en Psicoterapia y Maestrías Funda-ción Aigle en convenio con la Universidad Nacional de Mar del Plata,Universidad Nacional de San Luis, Universidad de Belgrano, Universidad Mai-monides, Universidad de Valencia-España. Integrante de la Comisión Directiva,Fundación Aigle. Presidenta de la Asociación Argentina de Terapia CognitivaPresidenta de la Asociación Latinoamericana de Psicoterapias Integrativas(ALAPSI).Miembro Fundadora de la Federación Latinoamericana de Psicote-rapia.(FLAPSI)Vice-Presidenta para Latinoamérica del World Council for Psy-chotherapy (WCP).

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::67

16h00 - 18h00TA4pôsteres

16h00 - 18h00Teatro354Discussão de caso clínico anônimo. /Discusión de caso clínicoanónimo.

é indicado o encaminhamento para avaliação psiquiátríca? Medicação e psicoterapia potencializando a intervençãoterapêutica?está indicada la referencia a una evaluación psiquiátrica?La medicación y la psicoterapia mejora la intervenciónterapéutica?DebAteDOR RICARDO WERNER SEBASTINI (Brasil) DebAteDORA CARMEM BEATRIZ NEUFELD (Brasil)CO-DebAteDOR RICARDO FRANZIN (Brasil)MODeRADOR JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil)

6h00 - 18h00Sala 301364Workshop/taller

terapia individual fenomenológico-existencial(Daseinsanalyse)terapia individual fenomenológico-existencial(daseinsanalyse)PAULO EDUARDO RODRIGUES ALVES EVANGELISTA (Brasil)

16h00 - 18h00Sala 302374Workshop/taller

Abordagem multidisciplinar no tratamento da Drogadição. enfoque multidisciplinar en el tratamiento de ladrogadicción.IZABEL CRISTINA FERRAZ SUANO e equipe (Brasil)

16h00 - 18h00Sala 303384Workshop/taller

psicoterapia com pacientes e familiares candidatos atransplante de órgãos. psicoterapia con pacientes y familiares de los candidatos atransplante de órganos.NICOLE CAMPAGNOLO (Brasil)

16h00 - 18h00Sala 305394Workshop/taller

Supervisor de estágio – uma identidade em construção... supervisor de prácticas - Una identidad en construcción ...ROSÉLIA BEZERRA PAPARELLI (Brasil)

6h00 - 18h00Sala 307404Workshop/taller

A linguagem do afeto: como o amor modela nossa vida? el lenguaje del amor: cómo el afecto da forma a nuestravida?ANA PATRÍCIA PEIXOTO (Brasil)

16h00 - 18h00Sala 308

414Workshop/tallerA construção do planejamento através de casos clínicos.La construcción de la planificación a través de los casos clínicos.JOSÉ RICARDO PINTO DE ABREU (Brasil) GILDO KATZ (Brasil)

16h00 - 18h00Sala 310434Workshop/taller

Desenvolvimento de habilidades emocionais para adolescentes.desarrollo de habilidades emocionales en adolescentes.THELMA LETICIA GARCÍA BANDA (México)

18h10 - 19h40Teatro434A Comunicação Oral/Comunicación Oral

CO13 :: psicoterapia psicanálita; Crianças e pais.área temática: 11. psicoterapia e psicopatologiaLuiz Ronaldo de Freitas de Oliveira, Vera Regina Röhnelth Ramires.

CO21 :: O idoso e o ciclo de violência- psicoterapia de suporte .área temática: 12. psicoterapia e violência.Giovana Kreuz, Maria Helena Pereira Franco

CO25 :: estratégias de resolução de conflitos em casamentos de longaduração: apontamentos para a clínica de casal.área temática: 5. psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos.Fabio Scorsolini-Comin, Júnia Denise Alves-Silva, Manoel Antônio dos Santos.

CO53 :: Intervenção grupal com mulheres que tiveram sua gestaçãodecorrente de violência sexual.área temática: 12. psicoterapia e violência. Silvia Renata Lordello, Liana Fortunato CostaCoordenadora/Coordinadora :RACHEL ZAUSNER SKARBNIK (Brasil)

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68 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/Resúmenes y Trabajos día 21 agosto

09h00 - 12h00

Teatro444Conferência Magistral e Mesa Redonda

Conferência Magistral:: políticas de Saúde para a psicoterapia.:: políticas de salud para la psicoterapia.DAVID UIP (Brasil)Secretário de Saúde do Estado de São Paulo

OS DILEMAS ATUAIS NA PRÁTICA CLÍNICA VIVÊNCIA ACELERADA DO TEMPO E VAZIO INTERIORAlmir Linhares de Faria

Este trabalho consiste numa reflexão sobre os desafios com os quais a clínicapsicológica se encontra diante das subjetividades atuais, marcadas pelavivência acelerada do tempo que implica em uma busca imediata de realizaçãoe sa tisfação, de eficiência e novidades, juntamente com a evitação sistemáticados riscos, sofrimento e conflitos inerentes ao viver. Discute-se a instalaçãode uma subjetividade esvazida, empobrecida e considera-se a diferença entreo vazio vivo e o vazio morto e também entre o tempo medido apenas cro -nologicamente e o tempo oportuno, significativo. Finaliza-se o trabalhoapontando importantes mudanças na técnica psicoterápica na busca demelhor lidar com as subjetividades contemporâneas. Trabalhos daspsicanalistas Maria Rita Kehl e Alicia Lisondo sobre o tema em questão sãoas referências guias no percurso aqui traçado.

Mesa Redonda

Psicoterapia para dependentes em drogas.Psicoterapia para dependientes de drogas.:: Psicoterapia para drogra-aditos: possibilidades e resultados.:: Psicoterapia para drogra-adictos: posibilidades y resultados.GUILLERMO GARRIDO ( Panamá)

:: Políticas de Saúde para o tratamento do Crack.:: Políticas de salud para el tratamiento del Crack .SERGIO SEIBEL (Brasil)

:: Tratamento e suas complicações para usuários de maconha.:: Tratamiento y complicaciones para los usuarios de marijuana.CIRILO LIBERATORI TISSOT (Brasil)MODERADOR: JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil)

13h30 -15h30

Teatro464Conferência/Conferencia

Seis fatores-chave para mudanças psíquicas (e comoterapeutas podem utilizá-los na clínica).Seis factores clave para cambios mentales (y comoterapeutas pueden utilizarlos en la clínica).LUIS ALBERTO HANNS (Brasil)

Trabalho clínico em equipe multidisciplinar.Trabajo clínico en el equipo transdisciplinarioMARIA INÊS BADARÓ MOREIRA (Brasil)PRESIDENTE/PRESIDENTA: ORIANA VILCHES-ÁLVAREZ (Chile)

13h30 -15h30

Sala 301474Mesa redonda

Contribuições recentes em psicoterapia.Contribuciones recientes en psicoterapia.

:: O Ressentimento e o perdão na psicoterapia de casal.:: El resentimiento y el perdón en la psicoterapia de parejas.LUIS OSWALDO PEREZ FLORES (Peru)

:: Psicoterapia breve com vitimas da violência urbana.:: Psicoterapia breve con las víctimas de la violencia urbana.IDA ELIZABETH CARDINALLI (Brasil)

RESUMO:O aumento da violência urbana nas cidades brasileiras e o seu impactoem suas vítimas tem sido objeto de preocupação dos profissionais de saúde edos organismos nacionais e internacionais de saúde. Considerando esta proble-mática, a autora realizou a pesquisa de doutorado intitulada "Transtorno de Es-tresse Pós-Traumático: um estudo fenomenológico-existencial da violênciaurbana", defendida no Programa de Pós-Graduação de Psicologia Clínica daPUC/SP em 2011 e se propõe apresentar alguns aspectos importantes relativosa psicoterapia breve baseada na fenomenologia existencial com vítimas de vio-lência urbana. A metodologia da pesquisa e da psicoterapia breve foram pensa-das segundo a explicitação fenomenológico-existencial de Martin Heidegger, queconsidera a existência humana como ser-aí, ser-nomundo e a temporalidade, vi-sando à compreensão da experiência da vítima de violência em sua totalidade. Apsicoterapia breve foi o instrumento escolhido para o levantamento de dadosque permitiram o esclarecimento da experiência da vítima de violência urbanacomo assalto e sequestro relâmpago. Neste trabalho observamos ainda que apsicoterapia breve se mostrou um instrumento efetivo para a superação do so-frimento decorrente de violência. No decorrer do processo terapêutico, conformeas vítimas puderam aceitar e compreender como foram afetadas pela violênciapaulatinamente deu início à superação do sofrimento.

PALAVRAS CHAVE: violência urbana, psicoterapia breve, fenomenologia existencial.INTRODUÇÃO: A presente apresentação sobre a psicoterapia breve fenomeno-

lógico-existencial com vítimas de violência urbana foi baseada na minha pes-quisa da tese de doutorado "Transtorno de Estresse Pós-Traumático: umestudo fenomenológico-existencial da violência urbana", defendida no Pro-grama de Pós-Graduação de Psicologia Clínica da PUC/SP em 2011, soborientação da Profa. Dra. Marlise Aparecida Bassani.A tese focalizou o estudo do impacto da violência urbana na saúde e adoe-

cimento em suas vítimas, visando o esclarecimento do sentido e dos signifi-cados da experiência de quem sofreu violência urbana como assalto e/ousequestro de curta duração. Inicialmente, para contextualizar a problemáticada violência na atualidade, foram apresentados os resultados de pesquisascolhidos em um extenso levantamento bibliográfico sobre a violência, as con-sequências da violência no existir humano e também sobre os impactos daviolência urbana em suas vítimas nos eventos como assalto e sequestro.Percebemos, inicialmente, que apesar da existência de grande quantidade de

artigos sobre a violência e o adoecimento, há a escassez de publicações que tra-tassem especificamente de assalto e sequestro de curta duração, uma vez queencontramos apenas sete pesquisas que tratam diretamente destas temáticas.Destacamos também que há o predomínio do modelo médico, que prioriza

a investigação da relação dos diversos eventos violentos com os critériosdiagnósticos estabelecidos pelo DSM (Manual diagnóstico e estatístico detranstornos mentais) e CID (Classificação Internacional das Doenças). Assim,a maioria das pesquisas tem entre seus objetivos verificar a relação desteseventos com o desenvolvimento de Transtorno de Estresse Pós-Traumático(TEPT) . Nesta perspectiva Vieira Neto (2004); Carbonell e Carvajal (2004);Ferreira-Santos (2006) e Richards (2000) mostram que as vítimas de violênciacomo assalto e sequestro apresentam sintomas compatíveis com TEPT comoideações intrusivas, medo, ansiedade, isolamento, irritação, evitação de pes-soas e lugares que lembrem o evento de violência, prejuízo na vida social eocupacional. Carbonell e Carvajal (2004) acrescentam ainda insônia, pesade-los, hipervigilância e sentimentos bloqueados.Posteriormente, buscamos investigar a experiência das vítimas de violência

urbana por meio de intervenção psicoterápica breve fenomenológica existen-cial. Como o estudo do impacto da violência urbana em suas vítimas priorizouo esclarecimento da experiência destas pessoas e não discussão da descriçãodo quadro psicopatológico, optamos em nos basearmos na perspectiva feno-menológico-existencial, ao considerarmos que ela propiciaria o esclareci-mento e a compreensão da vivencia decorrente da violência. Esta perspectiva teórica permitiu que a caracterização do abalo decorrente da

violência urbana não ficasse circunscrita aos critérios diagnósticos descritos napsiquiatria atual como Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Pudemos, destemodo, perceber as contribuições da abordagem fenomenológico-existencial parao estabelecimento da psicoterapia breve e para o esclarecimento e compreensãodo sofrimento vivenciado por quem viveu uma situação de violência.Para o desenvolvimento da pesquisa foi organizado um serviço de

atendimento às vítimas de violência na Clínica Psicológica "Ana MariaPoppovic" do Curso de Psicologia da PUC/SP entre 2006 a 2010, que acolheupacientes vítimas de diversas formas de violência através de entrevistasclínicas e psicoterapia breve.Pensando na população-alvo da tese, desde o primeiro semestre de 2006,

foi providenciado, com a direção da Clínica Psicológica “Ana Maria Poppovic”um fluxo de encaminhamento da triagem de pacientes vítimas de violência parao Setor de Atendimento denominado Transtorno de Estresse Pós-Traumático,para serem acompanhados sob a responsabilidade da pesquisadora.Salientamos que este procedimento inserido no fluxo de atendimento da clínicavisava facilitar o encaminhamento dos pacientes, com queixas decorrentes de

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::69

situações violentas, por parte dos profissionais responsáveis pelo setor detriagem e o acompanhamento destes pacientes pela pesquisadora.A pesquisadora propôs também o Aprimoramento Clínico-Institucional

“Atendimento de Transtorno de Estresse Pós-Traumático e outras modalidadespatológicas complexas na abordagem fenomenológico-existencial” na ClínicaPsicológica “Ana Maria Poppovic”, com o objetivo de garantir um espaço deatendimento psicoterápico aos pacientes que não contemplassem os critériospara participação na pesquisa da tese. Assim, a pesquisadora poderia selecio-nar as pessoas que apresentavam os critérios estabelecidos, isto é, pessoasque sofreram violência urbana como assalto e sequestro relâmpago ou de curtaduração e apresentavam sofrimento significativo. Este procedimento permitiaconvidar aqueles que apresentavam os critérios estabelecido a participar dapsicoterapia breve e da pesquisa e garantir que as pessoas que procuraram aclínica e que mostraram sofrimento decorrente de outros eventos violentosfossem atendidas pelos estagiários do Aprimoramento Clínico-Institucional.Assim, entre 2006 a 2007, os pacientes encaminhados pelo Setor de Triagem

foram atendidos em psicoterapia pelos estagiários do Aprimoramento Clínico-Institucional coordenado pela pesquisadora. Neste período, seis pacientes foramatendidos pelos estagiários, uma vez que eles haviam sofrido violência urbana,mas não especificamente assalto e/ou sequestro. Esses pacientes viveram si-tuações violentas como agressão física; atropelamento de dois pedestres, coma morte de um deles; acidente grave de carro, em que sua mãe faleceu. Umdeles presenciou um ato suicida e, finalmente, uma paciente, vítima de assaltono qual assistiu à morte da sua filha, e que foi acompanhada por um estagiário,uma vez que ela já estava em psicoterapia quando ocorreu o evento violento.Entre 2008 a 2009, a pesquisadora agendou sete pessoas para entrevista ini-

cial, mas apenas quatro compareceram. Destas quatro pessoas, três foram se-lecionadas para participar da pesquisa, uma vez que apresentavam os critériosestabelecidos pela pesquisa, ou seja, demonstravam muito sofrimento após so-frer assalto/sequestro e, inicialmente, aceitaram a proposta de psicoterapiabreve. A quarta pessoa foi encaminhada ao setor de psicoterapia de adultos,pois não correspondia aos critérios da pesquisa, uma vez que constatamos queas suas dificuldades não estavam vinculadas ao evento de violência. Outras trêspessoas não compareceram a nenhuma das entrevistas agendadas, embora te-nham sido remarcadas diversas vezes, por telefone, em função das justificativasdas faltas e a insistência quanto à necessidade de ajuda.Assim, inicialmente, foram selecionados três participantes para a realização

da pesquisa, no entanto, duas abandonaram a psicoterapia logo no início dotrabalho. Deste modo, a pesquisadora atendeu apenas um paciente em psi-coterapia breve, pois foi o único que seguiu o trabalho psicoterápico entreaqueles que apresentavam os critérios estabelecidos para a seleção dos pa-cientes. Portanto, a pesquisa foi baseada nas entrevistas e sessões de psico-terapia focal de um participante, e nas entrevistas iniciais de duas pessoasque sofreram violência urbana.A metodologia da pesquisa, as entrevistas e a psicoterapia breve foram pen-

sadas segundo a explicitação fenomenológico-existencial de Martin Heideg-ger, que considera a existência humana como ser-aí, ser-no-mundo e atemporalidade, visando à compreensão da experiência da vítima de violênciaem sua totalidade.Os resultados da pesquisa permitiram explicitar uma nova compreensão

da experiência da vítima de violência urbana em comparação aos descritosnos manuais psiquiátricos como DSM-IV e CID-10, elaborar proposições deintervenções às vítimas de violência e também observar que a psicoterapiabreve se mostrou um instrumento efetivo para a superação do sofrimento de-corrente de violência.Caracterização da psicoterapia breve fenomenológico-existencial: A psico-

terapia breve é a modalidade psicoterápica que foi utilizada como instrumentodesta pesquisa, pois consideramos que apenas algumas entrevistas não se-riam suficientes para contemplar o nosso objetivo - descrever e caracterizaros significados da experiência de quem sofreu violência urbana, buscandocompreender o sentido desta experiência na totalidade do existir do partici-pante. Habitualmente, o significado e o sentido deste tipo de experiência nãose mostram explícitos de imediato ao ser humano.Na abordagem fenomenológico-existencial, consideramos que a metodo-

logia da psicoterapia breve pode ser caracterizada como intervenção focal e,assim, a denominação terapia focal esclareceria mais precisamente sua pro-posição, pois é possível delimitar um foco, ou um campo de trabalho, deacordo com a problemática e as questões trazidas pelo paciente em suas quei-xas, suas dificuldades, seus sintomas e como está se relacionando consigmesmo e com o mundo.Na psicoterapia fenomenológico-existencial orientada pela explicitação hei-

deggeriana do existir humano como ser-aí, o paciente, no contexto terapêu-tico, é compreendido como sendo no mundo. O mundo do paciente se revelacomo um contexto significativo, que se apresenta através da aproximação edistanciamento, assim como da solicitação e retração daquilo que apresentapara alguém específico, tanto de coisas, como de pessoas, que podem ser,

por sua vez, concretas, imaginadas, desejadas etc.No atendimento psicoterápico, o paciente é compreendido com base em

seus modos de existir no mundo, isto é, como ele se relaciona consigomesmo, com os outros e com tudo o que se apresenta em seu mundo que semostra sempre em um contexto significativo e temporal. Assim, o objetivoprincipal do trabalho psicoterápico é favorecer a aproximação e a compreen-são do paciente de sua própria experiência. Para isto, muitas vezes, é neces-sário ajudar o paciente, inicialmente, a aceitar o modo como está podendoviver neste momento de sua vida, dado que a compreensão de si mesmo seapresenta, com muita frequência, de modo confuso e encoberto.O objetivo do trabalho psicoterápico não pode ficar atrelado às queixas, di-

ficuldades ou sintomas explicitados pelo paciente com a preocupação de eli-miná-los. Deste modo, é importante também que o terapeuta auxilie o pacienteno esclarecimento dos motivos pelos quais ele procurou ajuda, assim comodo significado e do sentido da sua queixa, dificuldade ou sintomas, procu-rando a compreensão destes na totalidade do seu existir. A relação terapêuticaestá apoiada na explicitação heideggeriana dos modos de ser-com-o-outro,que Boss (1963) denomina como um cuidar antecipativo em oposição aomodo substitutivo, quando diz que “o analista não deve substituir o pacienteem seus encargos, mas procurar devolver-lhe o que tem que ser cuidado. (...)Esse modo de cuidar ajuda o outro a se tornar, em seu cuidar, transparentepara si mesmo e livre para sua existência.” (p. 73)A psicoterapia tradicional tem entre seus objetivos principais o favorecimento

da aproximação do paciente de si mesmo, possibilitando seu autoconheci-mento. Assim, considerando este objetivo, não é possível saber antecipada-mente o tempo necessário para o desenvolvimento do paciente e, portanto, nãose pode estabelecer previamente o prazo do trabalho. Deste modo, destacamosque a psicoterapia breve é assim denominada em oposição à psicoterapia tra-dicional, que além de não apresentar uma delimitação prévia de duração do tra-balho terapêutico, habitualmente, é bem prolongada nas diversas proposiçõesteóricas, como da psicanálise, junguiana, existencial ou daseinsanalítica.Portanto, a psicoterapia breve é caracterizada, habitualmente, como um

processo de curta duração em comparação ao da psicoterapia tradicional, quecostuma ser longo. No entanto, de acordo com Fiorini (1978), Lemgruber(1995), Ribeiro (1999), Hegenberg (2004), a psicoterapia breve não deve serdefinida apenas em função de um critério temporal estabelecido previamenteacerca da duração do trabalho ou do número de sessões, mas, sim, por ummétodo específico, que é definido pelo foco do trabalho.

Percebemos, desta maneira, que a diferença principal entre a psicoterapiabreve e a psicoterapia tradicional não se mostra na maneira como o terapeutaacolhe e compreende as dificuldades do paciente. A diferença entre elas apa-rece, sobretudo, na priorização de algum(s) âmbito(s) da vida do pacientedentre os seus diversos modos de ser no mundo.

Nesta pesquisa, focalizamos os âmbitos da vida do participante, no qualele encontrava maiores dificuldades em decorrência do evento de violência.Ao mesmo tempo, foi necessário que estes âmbitos fossem considerados natotalidade do seu existir, no decorrer do processo terapêutico, para permitirmelhor compreensão das suas dificuldades, e assim, poder esclarecer o sig-nificado e o sentido da sua experiência.Deste modo, na psicoterapia focal com vítimas de violência como assalto e

sequestro, consideramos como foco inicial as decorrências da violência na ex-periência do participante. No esclarecimento do que o paciente buscava (de-manda), quando procurava ajuda, foi possível definir com o paciente a propostade trabalho. No entanto, percebemos que é importante combinar com o pacienteapenas um horizonte do prazo da terapia, em vez de já ter um prazo prévio queé usado para qualquer paciente, pois foi importante considerar as especificida-des da experiência do paciente, suas necessidades e suas dificuldades.A pesquisadora realizou a psicoterapia focal com duração das sessões de 50

minutos, que ocorreram uma vez por semana em horário previamente combi-nado. Com o participante que deu seguimento ao trabalho psicoterápico foramrealizadas 23 sessões. A definição do número de sessões na etapa final da psi-coterapia se deu em função das necessidades do participante, uma vez que de-cidimos definir o número em função da problemática e da necessidade doparticipante, a fim de que o método proposto não limitasse a sua necessidade.No decorrer das sessões terapêuticas, buscamos auxiliar o participante a se

aproximar da sua experiência para ajudá-lo a esclarecer como ele a vivenciava,focalizando como ele sentia, reagia e compreendia o que estava vivendo, tendoem vista o esclarecimento dos significados e o sentido desta experiência na to-talidade da sua vida. Percebemos também a importância de que a pesquisa-dora/terapeuta ajudasse o participante a perceber, em cada momento, o que oestava mantendo aprisionado em suas dificuldades, o que o mantinha em ummodo mais restrito de viver e o impedia de corresponder a novas possibilidadesde seu existir. Portanto, a psicoterapia focal buscou que o participante com-preendesse como a situação de violência estava repercutindo em sua maneirade viver, para esclarecer o sentido e os significados desta experiência na tota-lidade de seu existir, para que, assim, pudesse resignificá- la e transformá-la.

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Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/Resúmenes y Trabajos día 21 agosto

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A compreensão heideggeriana do existir humano possibi-litou perceber que o impacto da violência pode abalar a compreensão de simesmo, do outro e do mundo. As vítimas têm uma sensação de estranheza emrelação a elas mesmas e o mundo em que viviam, pois não conseguem se reco-nhecer quando percebem que sentiam e agiam de modo diferente. Elas não en-contram mais o mundo seguro e conhecido em que viviam anteriormente ao seaproximarem das dimensões de imprevisibilidade, precariedade e vulnerabilidadeque são desdobramentos da angustia fundamental abertas pela situação de vio-lência. Assim, as vítimas de violência mostram sofrimento significativo, man-tendo-se aprisionadas ao sentido de risco, ameaça e perigo da vida e do mundo.Elas procuram ajuda psicológica, mas a sua vontade é de esquecer e de se

afastar o mais rapidamente do que foi vivido, e de não querer entrar em contatocom o sofrimento para não "sofrer novamente". Esta constatação nos permitiudestacar algumas considerações e também sugerir proposições para o atendi-mento de vítimas de violência.Se, de um lado, observamos que a psicoterapia breve se mostrou um instru-

mento efetivo para a superação do sofrimento decorrente de violência, poroutro, destacamos que no início da psicoterapia foi necessário ajudar os pa-cientes a se aproximarem de seus sentimentos, de suas reações e de seu so-frimento. No decorrer do processo terapêutico, conforme as vítimas de violênciapuderam aceitar e compreender como foram afetadas pela violência, pois vive-ram uma ruptura de sua percepção de si mesmo e do mundo, deu início à su-peração de seu sofrimento. Paulatinamente, puderam encontrar soluções parasuas dificuldades pessoais e materiais em função do assalto ou sequestro. Apsicoterapia breve permitiu também a ampliação da compreensão que elas ti-nham de si mesmo e de sua vida, ao incluírem as dimensões de finitude, pre-cariedade e vulnerabilidade em seu existir.Ao mesmo tempo, considerando a dificuldades das vítimas de violência urbana

em procurar e aderir à psicoterapia, percebemos a importância do desenvolvi-mento de projetos no campo da saúde que visem à sensibilização dos profissio-nais para o reconhecimento do sofrimento das vítimas de violência, tendo ocuidado de não banalizá-lo ou transformá-lo em apenas sintomas patológicos.Assim, tendo em vista o âmbito de nosso estudo, sugerimos proposições

voltadas ao cuidado com as pessoas que sofreram violência, no sentido de aco-lher a vítima e, assim, contribuir para a diminuição de seu sofrimento e evitarque este se torne um problema mais grave e crônico. Salientamos que o pontocentral de nossa proposta é a sensibilização dos profissionais de saúde para oreconhecimento do sofrimento das vítimas de violência no sentido de consi-derá-lo seriamente, sem transformá-lo em sintomas patológicos.Em relação ao Serviço Público de Saúde, seria importante sensibilizar os pro-

fissionais das equipes do Programa de Saúde da Família para observar como asvítimas e suas famílias reagem às diferentes situações de violência e esclarecer aimportância de compartilhar o sofrimento para a sua superação. Indicamos a for-mação de grupos de acolhimento abertos, a fim de que as pessoas participem con-forme sua necessidade e disponibilidade e que os possíveis encaminhamentos devítimas que necessitem atendimento especializado ocorram com estes cuidados.Em relação ao serviço de saúde em geral, seria interessante também sensibilizar

os profissionais de saúde na identificação do sofrimento das vítimas de violênciae esclarecê-los da importância do compartilhamento do sofrimento e da indicaçãode ajuda psicológica, quando necessário. Inicialmente, esta capacitação poderiaocorrer nas Clínicas Escolas de Psicologia e, mesmo, nos ambulatórios dos hos-pitais gerais, pois, assim, é possível desenvolver um trabalho multiplicador.Finalmente, salientamos que as consequências da violência são graves e afe-

tam a saúde individual e coletiva, exigindo a formulação de políticas específicase organização de práticas de intervenção e de serviços específicos para a pre-venção e o tratamento de suas vítimas.

REFERÊNCIAS

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York: Jason Aronson.Bruns, M. A. T. & Trindade , E. (2001) Metodologia fenomenológica: a con-

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de Saúde; trad. Maria Lúcia Domingues. Porto Alegre: Artes Médicas.

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em vítimas de sequestro. 247f. Tese (Doutorado). Faculdade de Medicina daUniversidade de São Paulo, São Paulo.Ferreira-Santos, E. (2007). Transtorno de estresse pós-traumático em vítimas

de sequestro. São Paulo: Summus. p. 157.Fiorini, H.J. (1978). Teoria e técnica de psicoterapias. São Paulo: Livraria

Francisco Alves Editora S.A.Hegenberg, M. (2004). Psicoterapia Breve. Coleção Clínica Psicanalítica. São

Paulo: Casa do Psicólogo. p.191.Heidegger, M. (1927/1988). Ser e tempo. Vol. I. Petrópolis, RJ: Ed. Vozes.Heidegger, M. (1927/1989). Ser e tempo. Vol. II. Petrópolis, RJ: Ed. Vozes.Heidegger, M. e Boss, M. (ed.) (1987/2009). Seminários de Zollikon. Petró-

polis, RJ: Ed. Vozes. Bragança Paulista: Ed. Universitária São Francisco.Caminha, R. M. (Coord.). (2005). Transtorno do estresse pós-traumático (TEPT):

da neurobiologia à terapia cognitiva. São Paulo: Casa do Psicólogo. p. 15-35.Lemgruber, V. (1995). Psicoterapia focal: o efeito carambola. Rio De Janeiro:

Revinter.Martins, J.M. e Bicudo, M. A. V.(1994). A pesquisa qualitativa em Psicologia.

São Paulo: Editora Moraes. p.110.Minayo, M. C. S. (2005). Violência: um problema de saúde para os brasileiros.

In: Souza, E. R. e Minayo, M.C.S. (Org.). Impacto da violência na saúde dos bra-sileiros. Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde. 340p. (Série B. Textos Básicos de Saúde).Ministério da Saúde. (2005). Impacto da violência na saúde dos brasileiros.

Souza, E. R. e Minayo, M.C.S. (Org.). Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília:Ministério da Saúde. 340 p. (Série B. Textos Básicos de Saúde).Navia, C. E. (2008). Afrontamiento familiar em situaciones extorsivo econó-

mico de cativeiro. Revista Latinoamericana de Psicologia. V. 40 nº 1, Bogotá.Organização Pan-Americana da Saúde. (2002). Informe mundial de la violen-

cia y la salud: resumen. Washington D.C.: Oficina Regional para las Américasde la Organización Mundial de la Salud. p. 92.Ribeiro, W. S. et al. (2009). Exposição à violência e problemas de saúde men-

tal em países em desenvolvimento: uma revisão da literatura. Revista Brasileirade Psiquiatria, Vol. 31, supl. 2. São Paulo.Spanoudis, S. (1978). Conhecer o outro na entrevista. Revista da Associação

Brasileira de Daseinsanalyse, no. 4, São Paulo, A B D.Vieira Neto, O. ( 2004). Transtorno de estresse pós-traumático em bancários

vítimas de assalto ou sequestro. Dissertação (Mestrado em Psicologia daSaúde) - Universidade Metodista de São Paulo. São Bernardo do Campo.Vieira Neto, O.; Vieira, C.S. (2005). Transtorno de estresse Pós-Traumático:

uma neurose de guerra em tempo de paz. São Paulo: Vetor.MINI-CURRÍCULO:Doutora em Psicologia Clínica pela PUC/SP; professora e super-

visora do Curso de Psicologia da PUC/SP e do Aprimoramento Clínico- Institu-cional da Clínica Psicológica da PUC/SP; professora do Curso de Pós- Graduaçãoem Psicologia Clínica - PUC/SP; Vice Diretora da Clínica Psicológica “Ana MariaPoppovic” da PUC/SP, Membro fundador, professora e supervisora da As.

:: Psicoterapia e gerontologia.:: Psicoterapia y gerontologia.MARIA ROSA SPINELLI (Brasil)

O aumento na expectativa de vida da população é um fenômeno observadono mundo todo.A maneira de viver esta etapa de existência tem levado a varias considerações

e descobertas na vida prática de cada pessoa com mais de 65 anos.Faz-se necessário uma nova leitura e uma descoberta de como considerar não

só os problemas relacionados a saúde física, mas também como ancorar asquestões psicológicas deste período de vida: perdas , mudanças de papeis, novasconvivências e a capacidade de novos relacionamentos, morte.Existe uma diferença entre o corpo envelhecer e a cabeça (sugerindo a

mente) permanecer ativa em contato com o mundo dentro de uma estagnaçãode evolução.O idoso sabe de sua própria limitação, ou sua limitação lhe é imposta ?PALAVRAS-CHAVE: idosos, famílias, novos amores, finitudeMINI-CURRÍCULO: Psicóloga clinica, Doutora e Mestre pela Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo, Conselheira da Associação Brasileira de Psicoterapia, eda Associação Brasileira de Medicina Psicossomática; Membro Honorário da As-sociação brasileira de Medicina Psicossomática-SP; Professora e Orientadora deTeses de Pós Graduação Profissional das Faculdades Educatie; Organizadora dedois livros sobre Psicossomática; Parecerista de Revistas Cientificas; Pesquisa-dora no IPSC.

COORDENADOR/COORDINADOR: LUIS OSWALDO PEREZ FLORES (Peru)

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::71

13h30 -15h30Sala 302484Mesa redonda

prática clínica e os meios de comunicação.práctica clínica y los medios de comunicación.:: Cinema e psicanálise: reflexões acerca das reações filmicas do

espectador.:: Cine y el psicoanálisis: reflexiones sobre las reacciones fílmicos del

espectador.MOISÉS FERNANDES LEMOS (Brasil)

CINeMA e pSICANáLISe: ReFLexõeS ACeRCA DASReAçõeS FÍLMICAS DO eSpeCtADOR

(Universidade Federal de Goiás, Regional Catalão – UFG/RC)Resumo: Considerando a desafiadora relação entre o cinema e a psicaná-

lise, produtos da mesma época, mas constituídos como áreas de estudo dis-tintas, o presente estudo objetiva refletir sobre a inter-relação psicanálise ecinema, visando compreender as reações fílmicas do espectador. Trata-se deum estudo teórico que recorre a conceitos fundamentais da área da psicaná-lise e busca articulá-los a processos transcorridos fora da situação analítica,notadamente, o cinema. No seu desenvolvimento recorre-se à obra freudiana,aos textos de seus comentadores, bem como à elaboração de Lacan, pesqui-sando os conceitos de identificação e sublimação, pensando-os como pontosde articulação entre as áreas em discussão. A pesquisa implicou na retomadade uma parte complexa da teoria freudiana, nos possibilitando refletir proble-mas caros às duas áreas. Ela implicou também na retomada lacaniana da teo-ria de Freud, levantando uma série de indagações que ampliaram acompreensão do tema. Enfim, embora o estudo não seja conclusivo, ele per-mitiu-nos conhecer como se deu o desenvolvimento conceitual da interfacepsicanálise e cinema, bem como situar algumas lacunas na compreensão dasreações fílmicas do espectador.

pALAVRAS-ChAVe: cinema, psicologia, psicanáliseMINI-CuRRICuLO: Possui graduação em Psicologia (1987), especialização em

Filosofia (1990), especialização em Psicologia Clínica (2001), mestrado emPsicologia (2006) e doutorado em Educação (2014). Atualmente é professoradjunto da Universidade Federal de Goiás (Regional Catalão). Tem experiênciana área de Psicologia, com ênfase em intervenção terapêutica, atuando prin-cipalmente em nos temas: psicologia clínica, psicanálise, filosofia da psica-nálise e processos de formação em psicologia.

:: trabalho de terapia virtual e relaxamento sistemático em estudantescom fobia social.

:: trabajo de terapia virtual y la relajación sistemática para estudiantescon fobia social.SISSI GRYZBOWSKI GAÍNZA (Bolívia) ROSA FLORES MORALES (Bolivia) co-autora

:: O uso do Facebook por estagiários de psicologia Clínica: estudoexploratório.

:: el uso del Facebook por estagiários de psicología Clínica: estudioexploratório.TALES VILELA SANTEIRO, JARDEL GUIMARãES CARNEIRO (Brasil) COORDeNADORA/COORDINADORA: SISSI GRYZBOWSKI GAÍNZA (Bolívia)

13h30 -15h30Sala 302484Mesa redonda

CINeMA e pSICANáLISe: ReFLexõeS ACeRCA DASReAçõeS FÍLMICAS DO eSpeCtADOR Moisés Fernandes Lemos(Universidade Federal de Goiás, Regional Catalão – UFG/RC)

ReSuMO: Considerando a desafiadora relação entre o cinema e a psicanálise,produtos da mesma época, mas constituídos como áreas de estudo distintas,o presente estudo objetiva refletir sobre a inter-relação psicanálise e cinema,visando compreender as reações fílmicas do espectador. Trata-se de um es-tudo teórico que recorre a conceitos fundamentais da área da psicanálise e

busca articulá-los a processos transcorridos fora da situação analítica, nota-damente, o cinema. No seu desenvolvimento recorre-se à obra freudiana, aostextos de seus comentadores, bem como à elaboração de Lacan, pesquisandoos conceitos de identificação e sublimação, pensando-os como pontos de ar-ticulação entre as áreas em discussão. A pesquisa implicou na retomada deuma parte complexa da teoria freudiana, nos possibilitando refletir problemascaros às duas áreas. Ela implicou também na retomada lacaniana da teoria deFreud, levantando uma série de indagações que ampliaram a compreensãodo tema. Enfim, embora o estudo não seja conclusivo, ele permitiu-nos co-nhecer como se deu o desenvolvimento conceitual da interface psicanálise ecinema, bem como situar algumas lacunas na compreensão das reações fíl-micas do espectador.

pALAVRAS-ChAVe: cinema, psicologia, psicanálise.INtRODuçÃO: Considerando que em conformidade com os ditames da cultura,

ou não, o sujeito é convocado, no jogo das pulsões, a se haver com a impos-sibilidade de uma satisfação total, nosso estudo tem por objetivo refletir sobrea inter-relação psicanálise e cinema, visando compreender as reações fílmicasdo espectador. Trata-se de um estudo teórico que recorre a conceitos funda-mentais da área da psicanálise e busca articulá-los a processos transcorridosfora da situação analítica, notadamente, o cinema.

Uma abordagem conhecida é que esses processos facultam a passagemdo princípio de desprazer-prazer ao princípio de realidade, sem grandes trans-tornos. Quanto a isso, por exemplo, todos nós sabemos bastante sobre aidentificação entre os fãs e seus ídolos do cinema. No entanto nos interessainvestigar o conceito psicanalítico de identificação, dentro do referencial teó-rico aqui estabelecido, inclusive, no tocante às diferenças com relação à leituraque temos da linguagem popular. O mesmo tratamento se dará com a subli-mação, cuja abordagem pretende caminhar desde o entendimento que ela sejaum dos destinos da pulsão, presente, por exemplo, na relação do espectadorcom os filmes, até os principais impasses situados por Freud e Lacan comrelação a esse conceito.

Discutiremos também as reações dos espectadores frente ao texto fílmico,destacando a similaridade dos pressupostos implícitos na criação e as técni-cas de projeção de um filme com os sonhos. Assim procedendo, pensamosestabelecer a base conceitual de nosso estudo, podendo interrogar o que ateoria psicanalítica, como método de análise fílmica, depreende de sua relaçãocom o cinema.

Sobre a IdentificaçãoNo quotidiano é comum ouvir alguém dizer que fulano se identificou com

beltrano, ao ponto de imitar seu comportamento e reproduzir seus hábitos eestilo de vida, tornando-se quase uma cópia fiel da outra pessoa. Há filhosque se identificam com os pais, no modo de vestir, de andar, de cortar o ca-belo, nos valores e nas escolhas profissionais; muitos desejam ser iguais aospais quando adultos. É comum observarmos as atitudes de fás que se iden-tificam com seus ídolos, extrapolando os limites do razoável. Alguns fazemcirurgias plásticas, alterando seus traços físicos para ficar mais parecidoscom a figura idolatrada. Esses fãs podem associar entre si, formando fãs clu-bes e verdadeiras comunidades constituídas em torno de um objetivo comum:a existência de outra pessoa. Esse comportamento imitativo, meio irracional,quase mimético, é bastante encontrado no mundo das artes, seja na música,na poesia ou no cinema.

No meio cinematográfico, ídolos são produzidos e reproduzidos pela in-dústria cultural de massa a cada grande lançamento, espalhando-se rapida-mente pelos diversos “cantos do mundo”. Mas como entender esse fenômenode crítica e público que se tornou o cinema? Pensamos que uma das maneirasde compreendê-lo seja investigando-o à luz das contribuições psicanalíticas,como estamos tentando proceder agora ao analisar em nosso trabalho o pro-cesso de identificação.

Numa concepção geral, segundo Laplanche e Pontalis (1986), o substan-tivo identificação pode ser tomado num sentido transitivo, relacionado aoverbo identificar ou num sentido reflexo, correspondendo ao verbo identifi-car-se, cabendo-nos, portanto, diferenciar suas duas acepções:

a) A ação de identificar-se, reconhecer como idêntico; por exemplo, a iden-tificação de uma pessoa na multidão ou ainda a identificação de uma pintura,por um perito (sentido transitivo).

b) O ato pelo qual uma pessoa se torna idêntica à outra, ou pelo qual doisseres se tornam idênticos, por assimilarem-se (sentido reflexivo).

Embora, Freud tenha usado o termo nas duas acepções, a identificação paraa psicanálise corresponde à segunda delas, sendo que o processo de identi-ficação pode dar-se tanto por meio de um movimento ativo e consciente deum sujeito que deseja tornar-se idêntico a outro, quanto por meio de um mo-vimento ativo de assimilação do outro, na totalidade ou em parte, mas semque a pessoa tenha consciência de seus atos. Para Laplanche e Pontalis(1986, p. 295), a identificação pode ser entendida como um “processo psi-cológico pelo qual um indivíduo assimila um aspecto, uma propriedade, um

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atributo do outro e se transforma, total ou parcialmente, segundo o modelodessa pessoa. A personalidade constitui-se e diferencia-se por uma série deidentificações.”

Encontramos, em Freud, diferentes modalidades de identificação, todas in-conscientes, mas em função dos limites de nossa apresentação, faremosmenção aqui a apenas duas delas, a saber:

a) Identificação primária: forma originária de laço afetivo imediato, situadoanteriormente a qualquer busca do objeto, pois o sujeito, o eu e o outro aindanão são independentes. Esse tipo de identificação é marcado pela oralidadeprimitiva, pelo processo de incorporação, no qual a criança coloca o objetocomo um outro autônomo e desejável, correspondendo ao narcisismo primá-rio (fase do espelho). Lacan (2008a, p.182), ao discorrer sobre essa fase, nosafirma que “o primeiro efeito que aparece da imago no ser humano é um efeitode alienação do sujeito. É no outro que o sujeito se identifica e até se experi-menta a princípio”. Sendo assim, essa modalidade de identificação pode nosfornecer elementos para entender as reações do espectador fílmico, compa-rando-as às reações das crianças.

b) Identificação secundária: em que há uma regressão à fase edípica. Por-tanto, ela pode ser tomada como a regressão a uma escolha de objeto aban-donada, cuja solução ocorre por meio da identificação com as figurasparentais. Para Lacan, nesse processo, o Édipo assinala uma transformaçãoradical do ser humano, passando da relação dual do imaginário para o registrosimbólico, como condição para instaurar sua singularidade.

Não obstante, às distinções entre os tipos de identificação, nós observamosque a identificação implica um movimento ativo, mas a pessoa tem sempreconsciência disso? Ela tem noção das transformações que ocorrem em seu psi-quismo em decorrência da identificação com o outro? O processo de identifi-cação admite duas modalidades, ambas ativas, no entanto, uma se dá demaneira voluntária e consciente, enquanto a outra se dá de forma espontâneae irrefletida, ou seja, o sujeito não tem consciência dos efeitos que ela causa emseu psiquismo. Esse é o tipo de identificação, imaginária, que particularmentenos interessa; quando se dá a alienação de um sujeito à imagem do outro.

Segundo Násio (1997, p. 101), embora, a identificação seja um conceitocentral em Freud, sua definição encontra-se permeada de problemas. “Freudpropõe o nome de identificação para qualificar a relação de intricação entreduas instâncias inconscientes – o eu e o objeto”. Assim, ele modifica o es-quema tradicional da identificação em que A se identifica com B, tomando-ocomo modelo e modificando-se em função do outro. Por conseguinte, Freudpromove uma mudança radical na compreensão do processo de identificação,quando “transplanta o esquema tradicional, deslocando-o do espaço psico-lógico e tridimensional para o espaço inconsciente”. Dessa forma, ele apre-senta uma inovação no entendimento da identificação e ao diferenciá-la dosenso comum abre novas perspectivas para a compreensão desse processo.Talvez aqui o grande problema seja conceituar objeto, pois com Freud elepassa a designar não uma pessoa exterior que se percebe conscientemente,mas a representação psíquica inconsciente desse outro.

Freud começa a usar o termo identificação na análise de sonhos das histé-ricas, fazendo sua distinção com relação ao que seria imitação. O autor res-salta que “a identificação não é, portanto, simples imitação, mas a apropriaçãopor causa de uma etiologia idêntica; exprime um ‘exatamente como se’ e estáafeita a uma comunhão que persiste no inconsciente” (Freud, 1987a, p. 75).Todavia, o conceito de identificação está diretamente associado à questão docomplexo de Édipo, noção central em Freud, mais especificamente ao pro-cesso de identificação com as figuras parentais, quando os investimentos nospais são abandonados e substituídos por identificações. Esse processo, re-sumidamente, ocorre da seguinte maneira: em um primeiro momento o me-nino rivaliza-se com o pai pelo amor da mãe, mas, frente à impossibilidadede possuí-la, ele se identifica com o opositor, assimilando suas característi-cas. Com a menina, o processo é um pouco mais complexo, pois primeiro elatoma a mãe como objeto de amor, mas ao se perceber desprovida de pênis,responsabiliza a mãe pela suposta castração, passando a odiá-la e a desejaro pai. Todavia, ameaçada de perdê-lo na disputa com a mãe, em um segundomomento, a menina se identifica com a oponente na busca do amor do pai;sendo interditada ela volta a identificar-se com a mãe e, simbolicamente,passa a fazer jus ao amor do pai, do qual deseja um bebê. Sendo assim, nocaso da menina, há identificação em dois momentos específicos de sua vida.

No ensaio À Guisa de Introdução ao Narcisismo (2004a), Freud associa aescolha objetal à própria pessoa, ou seja, ela se identificaria consigo mesmae investiria a pulsão em seu próprio corpo. Dessa maneira, o autor amplia suateoria pulsional, acrescentando a ela novos e prováveis destinos das pulsões,dentre os quais a possibilidade de autorrealização da pulsão. Esse tipo deidentificação pressupõe um estado de carência similar às reações do espec-tador fílmico, implicando a possibilidade de restauração do objeto ausente ouperdido no eu. O sujeito nesse estado tenderia a valorizar a solidão e a relaçãofantasmática, evitando uma relação com o objeto. Em condições similares oespectador fílmico encontraria refúgio na identificação com os personagens,

sublimando suas pulsões nas produções culturais.Para que ocorra a identificação não há necessidade de incidência total com

a pessoa tomada como modelo; em certos casos a identificação dá-se pormeio da assimilação de um ou mais de seus traços. Sendo assim, o termoidentificação deve ser diferenciado dos termos incorporação, introjeção ouinteriorização, os quais, segundo Laplanche e Pontalis (1986), são protótiposda identificação, ou ainda, algumas modalidades desse processo psíquico, vi-vidas e simbolizadas como uma operação corporal (referência à fase oral, de-vorar, incorporar, etc.).

Na releitura que Lacan faz da noção de identificação em Freud, ele promoveuma reviravolta no conceito, contribuindo para diminuir os problemas neleencontrados. Segundo Lacan (2008c), a identificação designa o nascimentode uma nova instância psíquica, a produção de um novo sujeito, em que seuagente é o objeto, e não mais o eu. Portanto, a função preponderante da iden-tificação, que, com Freud, era dedicada ao eu (ego), com Lacan passa a serdestinada ao objeto. Essa posição representa uma reviravolta de grandes pro-porções na discussão do tema, exigindo a ampliação do arcabouço teóricopsicanalítico, como forma de enfrentar seus desdobramentos.

Para Násio (1997), nós temos três modalidades de identificação, em Lacan:a identificação simbólica do sujeito com um significante, que estaria na origemdo sujeito do inconsciente; a identificação imaginária do eu, com a imagemdo outro; e a identificação fantasística do sujeito com o objeto enquanto emo-ção, diretamente relacionada à produção de uma fantasia.

A identificação simbólica: para compreendermos essa modalidade de iden-tificação, antes de qualquer coisa, nos cabe perguntar: o que é o significante?“[...] o significante representa na ordem formal e abstrata o fato concreto deum equívoco que surpreende e confunde o ser falante” (Násio, 1997, p. 112).Pode ser uma palavra, um gesto, um tropeço, um sonho, um silêncio ou qual-quer manifestação humana. Todavia, ele só produz sentido na presença deoutro significante, nunca se apresentando sozinho. Conforme Lacan (1988,p. 854), “o registro do significante institui-se pelo fato de um significante re-presentar um sujeito para outro significante. Essa é a estrutura do sonho,lapso e chiste, de todas as formações do inconsciente”.

Não existe uma personificação para o sujeito do inconsciente; ele não de-signa a parte consciente do falante, tampouco é a sua inconsciência. Con-forme Lacan, o sujeito do inconsciente é uma função, advinda de umaexperiência concreta de um equívoco, que produz um efeito formal na repe-tição. Ele é um traço ausente de minha história, que, no entanto, a marca deforma indelével, consistindo-se em algo para além da relação de significantes.Sendo assim, a identificação simbólica designaria a produção do sujeito doinconsciente, de um sujeito a menos na vida de alguém, em que o traço au-sente a marcaria para sempre.

A identificação imaginária: o momento inaugural dessa modalidade de iden-tificação estaria no estágio do espelho, a que nos referimos anteriormente,no qual de um arcabouço vazio a criança seria captado por uma visão global,estabelecendo o contorno de uma imagem única de si, a qual dá origem aoeu-imaginário. Para a psicanálise lacaniana, o mundo não se compõe de seres,mas é composto, essencialmente, por imagens. Portanto, a relação entre in-terno e externo é abolida, e o eu situaria aparentemente na imagem externa.Todavia, não se trata de qualquer imagem, o eu se identifica com as imagensnas quais ele se reconhece; imagens que evocam a figura humana do outro,seu semelhante. E ainda: “a única coisa que prende, atrai e aliena o eu na ima-gem do outro é justamente aquilo que não se percebe na imagem, a saber, aparte sexual desse outro” (Násio, 1997, p. 117). Dessa conotação sexual, re-lativa à possibilidade do prazer, adviria o eu, que “só se forma nas imagenspregnantes que lhe permitem, de perto ou de longe, voltar-se sobre si mesmoe confirmar sua natureza imaginária de ser sexual”, só admitindo o prazercomo advindo de si mesmo.

A identificação fantasística: essa forma de identificação é representada pelafórmula s◊a, em que o losango indica a própria operação da identificação como objeto. Nesse caso, a fantasia inconsciente pode manifestar-se por palavrasou mais diretamente sob a forma de uma ação, cabendo distinguir o afeto ea tensão dominante na origem de cada fantasia. O objeto a (noção a que Lacadedica muitas elaborações) coincidiria com o excesso de energia constante,não conversível em fantasia, mas que se constituiria como causa de outrasfantasias. Por conseguinte, a fantasia é uma formação psíquica, cuja funçãoseria responsável por entreter sem permitir a consumação total da pulsão, ouseja, sua função seria impedir o gozo hipotético intolerável, que significa adescarga total da pulsão. Para Násio (1997, p. 119), “a fantasia é uma defesa,uma proteção do eu da criança contra o medo do aniquilamento representadopela descarga total de suas pulsões”. Então, no momento da identificação fan-tasística, há uma identificação do sujeito com o objeto, de maneira que todaa tensão da descarga da pulsão não chega a se realizar, ou seja, no momentocrítico a pulsão, não é consumada, ficando parte da energia sexual investidana fantasia e disponível para outras fantasias futuras.

Como o processo de identificação pode afetar o espectador fílmico? Como

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entender a identificação dos fãs com o ídolo do cinema? Considerando que,para Freud, a identificação seja um processo relativo aos primeiros anos devida, regidos pelo processo primário de funcionamento psíquico, uma prová-vel explicação para a identificação, enquanto fenômeno social de massa seriao estado regredido do psiquismo que o cinema mobiliza. A atmosfera criadanas salas de cinema, em que as luzes são apagadas, o som e a temperaturaambiente são controlados, as poltronas, geralmente, são confortáveis, con-tribuem para a regressão a um estado alterado do psiquismo, induzindo a re-gressão à primeira infância. Então, a voracidade dos fãs é perfeitamenteexplicável pela referida regressão pulsional.

Se tomadas pela lógica do significante, as experiências fílmicas podemmuito bem contribuir para que o espectador entre em contato com registrosde sua história inacessíveis de outra forma, haja vista que um significante sófaz sentido numa cadeia de significantes. Ainda que o traço ausente jamaisseja encontrado, essas situações podem contribuir para a manutenção do es-tado psíquico do público assistente. No que tange à identificação imaginária,o espectador pode muito bem identificar-se com um traço do ator e vivenciaruma fantasia, na qual ele seja o personagem principal a contracenar com seuídolo, haja vista que para a psicanálise lacaniana esse tipo de identificaçãoprioriza as imagens, imagens essas bastantes pertinentes ao se referir à sé-tima arte. Retornando às imagens pregnantes do eu-narcísico, o espectadordaria vazão aos seus conteúdos pulsionais, sem, contudo, ver-se ameaçadopela consumação total da pulsão, sem que o gozo pleno e intolerável, repre-sente um risco para os padrões culturais.

A Sublimação em Freud e LacanOs filósofos, dos gregos até Kant, fazem uso do termo sublimação como

um conceito do campo das belas-artes, para designar uma produção que su-gere grandeza, elevação, ou seja, tudo aquilo que pertence a uma ordem su-perior e em determinadas situações. O conceito pode ser associado ao belo.Entretanto, há diferença entre o belo e o sublime: ambos os termos pertencemà ordem estética, mas a beleza pressupõe a materialização, sendo o belo ob-servável, tocável, tangível, aplicável às coisas finitas; enquanto que o sublimenão se encontra em lugar nenhum, transcende à materialidade, é intangível.

Ademais, anteriormente às contribuições freudianas, a sublimação tinhaainda um segundo significado, advindo da química, que designava um pro-cesso de passagem de um corpo diretamente do estado sólido ao estado ga-soso, do gelo ao vapor. Sendo assim, o termo é usado por Freud de maneirametafórica, indicando o caráter incorpóreo da operação sublimatória, ou seja,quando a pulsão sexual é realizada por meio de fins mais elevados, sem suaefetivação nas atividades sexuais primitivas (Laplanche & Pontalis, 1986;Kaufmann, 1996).

No ensaio Fragmentos da Análise de um Caso de Histeria, mais conhecidocomo Caso Dora (1987b, p. 53), o autor faz menção ao conceito de sublima-ção, ao descrever as perversões sexuais em diferentes estágios do desenvol-vimento. Nesse texto, Freud defende que as perversões não são bestialidadesnem degenerações, mas estão previstas no desenvolvimento da sexualidadeda criança “cuja supressão ou redirecionamento para objetivos mais elevados– sua ‘sublimação’ – destina-se a fornecer energia para um grande númerode nossas realizações culturais”. Conforme Guimarães (2010), nesse mo-mento, nós observamos uma estreita relação entre a sublimação, o seu caráterassexual e a cultura. O fato de ela ser apontada como fornecedora de energiapara as realizações culturais contrasta com a capacidade da libido de fixar-seem qualquer objeto, inutilizando seus efeitos.

Desde o início, Freud já admitia a possibilidade da sublimação das pulsõessexuais, principalmente por meio do olhar (pulsão escopofílica), não impli-cando a realização pulsional conforme o esperado para os primeiros estágiosde vida, em que ela só podia ser realizada de uma forma padrão, prevista nodesenvolvimento humano. Da maneira agora concebida, por meio dos pro-cessos sublimatórios, a pulsão seria desviada para outro objeto que não o ori-ginal, prioritariamente aqueles relacionados às atividades culturais. ParaFreud, o processo sublimatório envolveria “as forças utilizáveis para o trabalhocultural provindas, em grande parte, da repressão daquilo a que se chamamelementos perversos da excitação sexual” (Freud, 1987c, p.141). Há aqui, por-tanto, um salto em relação à concepção de corpo, pois o que antes era vistocomo uma função essencialmente biológica passa a ser tomado como umafunção psíquica, admitindo-se, inclusive, a troca de objeto e objetivos da pul-são, distinguindo assim o homem dos outros animais. O homem troca o ob-jetivo e a meta sexual, podendo, inclusive, postergar sua realização, coisa queoutros animais jamais poderão fazer.

No belo ensaio Leonardo da Vinci e uma Lembrança de sua Infância(1987d), Freud relaciona a criação artística à sublimação das pulsões sexuaisinfantis. Ele reconstitui importantes momentos da constituição psíquica deDa Vinci ao associá-los à sua história psicossexual, destacando a contundên-cia da privação sexual do artista em sua produção. Nessa obra Freud confirmaseu entendimento referente à noção de sublimação. Diz ele:

A observação da vida cotidiana das pessoas mostra-nos que a maioria con-seguiu orientar uma boa parte das forças resultantes do instinto sexual parasua atividade profissional. O instinto sexual presta-se bem a isso, já que é do-tado de uma capacidade de sublimação: isto é, tem a capacidade de substituirseu objetivo imediato por outros desprovidos de caráter sexual e que possamser mais altamente valorizados. (Freud, 1987d, p. 72)

Portanto, nessa fase do desenvolvimento de sua teoria, Freud concebe asublimação como um desvio da pulsão sexual para fins mais elevados, comocondição para o desenvolvimento intelectual e cultural, implicando, para tanto,uma restrição da atividade sexual, conforme já aparecia nas primeiras refe-rências ao termo, ou seja, seu pensamento pouco mudou desde sua apresen-tação, ainda que a noção seja agora importante à sua teorização. Nesse textode 1910, ele associa a capacidade de sublimação, diretamente, à atividadeprofissional, à criação, tomando-a como uma atividade mais elevada que arealização das pulsões sexuais. Há a troca do sensível por algo da ordem dointeligível, implicando nesse processo que se converte em ganho civilizatóriopara a humanidade. Se pensarmos em sua origem, a natureza da energia su-blimada continua sexual, mas, se tomarmos como referência o tipo de satis-fação obtida e o objeto que a proporciona, ela é transformada em uma energianão sexual (Cf. Cruxên, 2004).

No artigo À Guisa de Introdução ao Narcisismo (Freud, 2004a) ele apre-senta inovações importantes no tocante ao nosso conceito, pois nele se iniciaa revisão da teoria pulsional adotada até então, haja vista que a referida teoriamostrou-se insuficiente para explicar o autoerotismo e o narcisismo, ou seja,o fato de a pulsão ser direcionada e realizar-se no próprio corpo. Nesse textoFreud assim conceituava o termo em discussão: “a sublimação é um processoque ocorre na libido objectal e consiste no fato de a pulsão se lançar em di-reção à outra meta, situada em um ponto distante da satisfação sexual; a ên-fase diferente e afastada da finalidade sexual” (Freud, 1987e, p. 112). Aqui sedestacam não mais as trocas de metas e objetos pertinentes à sublimação,mas a pulsão em si e seus prováveis destinos, verificáveis no próximo texto,Pulsões e Destinos da Pulsão, tendendo a uma visão mais consolidada da pul-são, conforme brevemente comentada neste trabalho, quando da discussãodo método em Freud.

Foi no texto Pulsões e Destinos da Pulsão (2004c) que Freud nos apresentouos possíveis destinos das forças pulsionais sexuais, quais sejam: 1) a transfor-mação em seu contrário; 2) o redirecionamento contra a própria pessoa (pro-cessos que geralmente convergem ou coincidem); 3) o recalque; e 4) asublimação. Há nesse texto uma mudança importante no enfoque freudiano; eleprioriza as pulsões sexuais em detrimento das pulsões do eu ou de autocon-servação. Embora Freud fale apenas das pulsões sexuais, evitando a descriçãodo embate entre as pulsões de vida (eros) e as pulsões de morte (thanatos),como são vários os destinos da pulsão, ainda pode haver aqui um conflito, con-trapondo o avanço das pulsões ao modo de defesa contra elas mesmas.

Ao tratar da transformação em seu contrário como um dos destinos da pul-são, ele admite duas possibilidades de manifestações: a) por meio do redire-cionamento da atividade para a passividade, por exemplo, os pares de opostossadismo/masoquismo e voyerismo/exibicionismo; b) por meio da inversãodo conteúdo, como, por exemplo, pode ser encontrada no caso de transfor-mação do amor em ódio. Quanto às primeiras oposições, Freud (2004b, p.156) diz que elas são “as mais conhecidas entre as pulsões sexuais que semanifestam de forma ambivalente”; nesses pares, a transformação em con-trários só se refere às metas da pulsão (a meta ativa. torturar, ficar olhando,é substituída pela passiva, ser torturado, ser olhado). Já quanto às segundas,ele diz que “o amar admite não apenas um par de opostos, mas três. Além daoposição amar ─ odiar, existe outra, amar ─ ser amado, e, ademais, se to-marmos o amor e o ódio em conjunto, poderemos opô-lo ao estado de indi-ferença.” Então, para compreendermos melhor os diversos pares deoposições do amar, é oportuno nos lembrarmos de que toda vida psíquica édominada por três polaridades: sujeito (Eu) ─ objeto (mundo exterior); prazer─ desprazer; ativo ─ passivo.

Com relação ao redirecionamento contra a própria pessoa, Freud nos con-voca a pensar, mais uma vez, no par sadismo/masoquismo nós observamos,nesse caso, que o processo de redirecionamento da pulsão contra a própriapessoa se dá no par de opostos, que, segundo Freud, ocorre da seguinteforma: a) o sadismo consiste em violência, em exercício de poder contra outrapessoa tomada como objeto (exemplo de voz ativa); b) nesse caso o objeto édeixado de lado e substituído agora pela própria pessoa (esse direcionamentotransforma, ao mesmo tempo, a meta pulsional ativa em passiva – voz refle-xiva média – por exemplo, neurose obsessivo-compulsiva, em que encontra-mos o redirecionamento contra a própria pessoa, sem fazer-se acompanharda passividade perante outra pessoa); c) novamente outra (fremde) pessoa éprocurada como objeto, a qual, devido à transformação ocorrida na meta, tementão de assumir o papel de sujeito (voz passiva), masoquismo, cuja satisfa-ção ocorre pela via do sadismo original (o Eu passivo se transporta, fantasis-ticamente, ao seu lugar anterior, o qual havia sido deixado ao encargo de outro

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(fremd) sujeito que agora o ocupa). (Cf. Freud, 2004b, p. 153.)Nessa situação a pulsão sádica parece perseguir em paralelo à sua meta

genérica (ou até mesmo no interior dessa meta), a qual visa a uma ação diri-gida bastante específica além de humilhar e subjugar: infligir dores. Em sín-tese, o processo se dá assim: primeiro infligir dor do sadismo original; depois,sentir dor como meta masoquista (importância da fantasia); e, por fim, retro-ativamente a meta sádica de infligir dores, sendo que “nós mesmos, em nossaidentificação com o objeto que sofre, poderemos fruí-las (geniesst), de modomasoquista” (Freud, 2004b, p. 154).

Quanto ao processo que se dá no par de opostos voyerismo–exibicionismo,ele nos diz que podem ser consideradas as mesmas etapas que foram encon-tradas no caso anterior: a) o ato de ficar olhando como atividade voltada paraum objeto estranho (fremd); b) a renúncia ao objeto, a reorientação da pulsãode olhar agora voltada em direção a uma parte do corpo e, com isso, a trans-formação da atividade em passividade e a escolha de uma nova meta, a deser olhado; c) a introdução de um novo sujeito, ao qual nos mostramos, e apossibilidade de sermos contemplados por ele. No entanto, há uma impor-tante diferença com relação ao caso do sadismo: trata-se do fato de que a pul-são de olhar contém uma fase ainda anterior àquela apresentada no item “a”.No início de sua atividade, a pulsão de olhar é autoerótica, isto é, tem um ob-jeto, mas o encontra no próprio corpo. Somente mais tarde há a troca desseobjeto por outro, com características análogas, situado em outro corpo, con-forme previsto na referida fase. (Freud, 2004b)

Para Freud (2004b, p. 156), existe uma relação entre o narcisismo e os des-tinos da pulsão. Na fase inicial de desenvolvimento do Eu, durante a qual aspulsões sexuais se satisfazem de maneira autoerótica, a etapa preliminar dapulsão de olhar “pertence ao narcisismo, ou seja, é uma formação narcísica,ao passo que a pulsão de olhar passiva manterá o objeto narcísico aprisio-nado”. De maneira similar, pode-se dizer que “a transformação do sadismoem masoquismo significaria um retorno ao objeto narcísico”. “Em ambos oscasos, por meio da identificação, o sujeito narcísico sofre uma troca por outroEu estranho (fremd).” Contudo, “os destinos pulsionais de redirecionamentocontra o próprio Eu e de transformação de atividade em passividade são de-pendentes da organização narcísica do Eu e carregam a marca dessa fase”.

Considerando, portanto, a relação entre os dois últimos textos freudianosaqui referenciados e buscando concluir essa síntese relativa aos destinos dapulsão, recorremos, novamente, ao momento em que Freud (2004b, p. 159)deduz: “[...] os destinos da pulsão consistem essencialmente em que as mo-ções pulsionais estão submetidas às influências das três grandes polaridadesque dominam a vida psíquica: atividade ─ passividade (biológica); Eu ─mundo exterior (real); prazer ─ desprazer (econômica)”.

O recalque, que se constitui em um dos pilares da construção do edifícioda psicanálise, recebeu um artigo específico onde Freud trabalha detalhada-mente os aspectos teóricos e técnicos a ele concernentes. Podemos dizer, re-sumidamente, que sua função seja impedir a realização da pulsão, mantendono inconsciente suas representações, tais como imagens, pensamentos, re-cordações. Nesse sentido, o recalque se opõe à sublimação, haja vista que oprimeiro se contrapõe ao movimento das pulsões, barra sua realização, en-quanto que o segundo se constitui, em consonância com os ditames da cul-tura, na consumação de um destino possível da pulsão, facultando, ainda queparcialmente, sua realização, ou seja, ele se transforma num mecanismo dedefesa contra a possibilidade de a pulsão ser recalcada.

Em Além do Princípio do Prazer (2006), Freud não se refere diretamente àsublimação nem menciona tal conceito. Contudo, esse artigo modifica nossacompreensão quanto a ela, pois traz importantes alterações na teoria das pul-sões. Nesse momento, Freud revisa três destacados aspectos de sua teoria:a) detalha o uso da palavra angst (geralmente traduzida como medo, mas noBrasil foi traduzida também como ansiedade e angústia, em conformidadecom a tradução francesa e inglesa; schrek (susto), angst (medo) e furcht (re-ceio/temor)); b) retoma o fenômeno da compulsão à repetição como derivadoda natureza das pulsões, considerando-o suficientemente poderoso ao pontode desprezar o princípio de prazer; e c) introduz a noção de pulsão de morte,como forma de enfrentar o problema da destrutividade. Ele contrapõe a pulsãode morte às pulsões de vida, concebendo-a como tendência à completa re-dução das tensões, ou seja, reconduzindo o ser vivo ao estado inorgânico,estágio entendido como anterior à vida na evolução dos organismos vivos.(Cf. Freud, 1920/2006).

Foi com o texto O Ego e o Id (1987e) que Freud “completou sua revisãoteórica”, apresentando-nos sua segunda teoria do aparelho psíquico (isso, eue supereu). A passagem da primeira teoria do aparelho psíquico (inconsciente,pré-consciente, consciente) para a segunda ocorre por meio da retomada dealguns conceitos e da alteração e introdução de outros, sendo fundamentalpara tais mudanças a noção do narcisismo, haja vista que a ideia de investi-mento do eu pela libido, não permite mais a manutenção de um suposto con-flito pulsional entre as pulsões sexuais e as pulsões do ego, conforme antescomentado. Embora o objetivo da propositura da segunda tópica não tenha

sido suplantar a primeira, mas sim ampliá-la, sanando as possíveis falhas naexplicação do funcionamento psíquico, há, com a nova teoria, um desloca-mento temático: sua ênfase não recai mais sobre o material recalcado, massim sobre o recalcador. Noutras palavras, enquanto a primeira tópica era vol-tada para a economia da libido, a segunda está voltada para um confronto dalibido com algo que lhe é externo: a exigência de renúncia imposta pela culturae executada pelo superego.

Sabemos que das estruturas da segunda tópica a única que o indivíduonasce com ela é o Isso, reservatório de pulsão, entendida como energia, cheiode desejos e pulsões, as quais estão sempre ativas. Assim sendo, ele não éinfluenciado pela realidade, nem a ela se conforma. Seguindo nessa linha ar-gumentativa, movido pelo princípio do desprazer-prazer, ele exige a satisfaçãoimediata das pulsões sexuais. Para complicar ainda mais a situação do Isso,é também dele que derivam as outras duas estruturas psicológicas (Eu e Su-pereu). Então, há aqui na teoria um problema a ser solucionado: como explicaros mecanismos defensivos e dentre eles a sublimação?

Frente à necessidade de responder a esse e a outros questionamentos, dei-xando mais clara a relação entre as instâncias da segunda tópica e as duascategorias pulsionais, observando-se que elas não coincidem com o dualismopulsional, Freud foi instigado a se posicionar sobre o assunto. Nesse sentido,ele argumenta que não se pode limitar uma ou outra das pulsões fundamen-tais às instâncias psíquicas, atribuindo ao Eu (ego) um papel mediador, con-forme observado nas afirmações abaixo relatadas:

A transformação da libido do objeto em libido narcísica, que assim se efe-tua, obviamente implica um abandono de objetivos sexuais, uma dessexuali-zação - uma espécie de sublimação, portanto. Em verdade, surge a questão,que merece consideração cuidadosa, de saber se este não será o caminhouniversal à sublimação, se toda sublimação não se efetua através da mediaçãodo ego, que começa por transformar a libido objetal sexual em narcísica e,depois, talvez, passa a fornecer-lhe outro objetivo. (Freud, 1987e, p. 44)

Ademais, há em Freud uma teoria do sublime? Encontramos em Freud osfundamentos para subverter a teoria do sublime, conforme pensada até Kant,o que seria o mesmo que dizer que há uma teoria do sublime a ser depreendidanos textos freudianos. Por um lado, Freud utiliza o termo ao longo de toda suaobra na tentativa de explicar atividades alimentadas pelo desejo, do ponto devista econômico e dinâmico, que não visam, manifestadamente, a alvos sexuais;por outro, é certo depreender, também do conjunto de sua obra, que esse de-sejo é sexual, pois insistentemente ele leva suas dicotomias aos extremos eprioriza, no caso desse estudo, as pulsões sexuais e a pulsão de morte, permi-tindo-nos pensar como fundamento a predominância do Isso, do qual depen-dem os desejos inconscientes. Não é possível, portanto, atrelar o conceito desublimação à dimensão estritamente intelectual das atividades cinema, escul-tura, literatura, poesia, pintura, teatro, etc.; ao contrário, essa dimensão somentepoderá ser tomada como um dos efeitos de uma dimensão mais ampla.

Considerando que a discussão sobre a sublimação seja polêmica e carentede mais pesquisas, alguns dos sucessores de Freud esforçaram-se na buscade solução da celeuma relativa ao conceito, e dentre os mencionados esforçoscabe destaque o trabalho de Jacques Lacan, que, direta ou indiretamente, in-fluenciou os estudos de pensadores no mundo todo. Conforme Safatle (2006,p. 269), um dos pontos privilegiados na teoria lacaniana é que “uma reflexãosobre o pensamento psicanalítico da arte se impõe, na medida em que a for-malização estética pode nos fornecer protocolos para um pensamento do quese apresenta como resistência à apreensão conceitual e à repetição fantasmá-tica”.

Nessa discussão, Safatle diz que há em Lacan dois regimes de recurso psi-canalítico à arte. O primeiro nos remete à interpretação do material estéticocomo desvelamento da gramática do desejo, pensada a partir dos conceitosde falo e nome-do-pai, principalmente, tomando a arte como campo legitima-dor da metapsicologia, em que caberia ao psicanalista mostrar a distinçãoentre os campos do imaginário e do simbólico. Comenta que, para Lacan, odestaque não recai sobre o papel criativo do psicanalista, mas isso não o im-pede de servir-se da literatura para “mostrar a amplitude dos conceitos me-tapsicológicos” (p. 273), deixando em aberto a contribuição desses recursospara a compreensão da obra como acontecimento singular. Já segundo giraem torno do problema do estatuto próprio ao objeto estético em sua irredu-tibilidade. Conforme Safatle (2006, p 273), Lacan se põe à procura de “coor-denadas que lhe permitam compreender a especificidade da formalizaçãoestética e seus modos de subjetivação”, e por meio das mencionadas refle-xões torna-se possível encontrar um verdadeiro programa de definição de fe-nômenos estéticos em Lacan, o qual nos traz reflexões mais amplas sobre asublimação, como, por exemplo, suas reflexões encontradas nO seminário,livro 7: a ética da psicanálise (1988).

Nesse seminário, Lacan chama a atenção para a contradição de Freud aoestabelecer o conceito de sublimação. Para ele, os postulados da sublimaçãonão poderiam implicar a satisfação direta e, ao mesmo tempo, necessitar doselo internalizado da aprovação social. Aprofundando-se em sua análise,

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Lacan recorre ao termo Das Ding, a Coisa, ou seja, o objeto perdido de umasatisfação mítica. Para ele, a Coisa está presente na cultura sob a forma deum mal radical, exterior e íntimo. Comenta que, na obra kleiniana, simbolica-mente, ela é representada pelo corpo materno em relação ao qual a criançadirige sua destrutividade, buscando a reparação do mal causado. Por um lado,ele não concorda com a redução da noção de sublimação a um esforço res-titutivo do sujeito em relação à fantasia lesada do corpo materno, carecendoo conceito de melhor explanação. Por outro lado, não discorda radicalmenteda posição de Klein, mas explora o tema apresentando outras facetas.

Lacan (1988, p. 135) toma a sublimação como uma modalidade discursivasituada historicamente, pois “não há avaliação correta possível da sublimaçãona arte se não pensamos nisto – que toda a produção da arte, especialmentedas belas-artes, é historicamente datada”. A arte não é única, e os valoresagregados aos objetos de arte dependem do contexto e da época nos quaiseles foram criados, aproximando a situação de um dilema ético: “julgar essasublimação enquanto criadora de tais valores, socialmente reconhecidos”. Deacordo com Safatle (2006, p. 281), podemos dizer que a sublimação é “ummovimento que transforma o impossível a escrever em uma espécie de es-critura do impossível”, permitindo a apresentação do que há de real no objeto.

Considerando que o alvo da pulsão seja a negação do desejo, para Safatle(2006, p. 283), “a pulsão pode se satisfazer no gozo de um objeto que tragaem si sua própria negação”, pois ela pode ser tomada como uma contradiçãodas condições objetivas. Nessa direção, Lacan afirma que “a pulsão de morteé uma sublimação criacionista” (1988, p. 251), já que a sublimação se vincula,necessariamente, à negação do objeto da pulsão de morte. Safatle comentaainda que “a sublimação [...] necessita de uma figura da negação que possasuportar a irredutibilidade da negação ontológica no interior do pensamento”,e a relação da sublimação com o negativo “marca exatamente um retorno aoprimado do objeto na clínica” (2006, p. 284), dando forma ao objeto imagi-nário na contradição entre a fantasia e o vazio da Coisa.

Enquanto que para Freud a sublimação é um mecanismo de defesa vincu-lado ao princípio do desprazer-prazer, ou seja, ela é regida pelo processo pri-mário de funcionamento psíquico, Lacan a situa como um destino pulsionalque pode trazer sofrimento psíquico, pois a sublimação nos remete à insis-tência do real, ou seja, no processo criativo, o sujeito seria forçado a se con-frontar com o para-além do princípio do prazer. Nesse contexto, a obra dearte teria uma função organizadora capaz de se desfazer, podendo o temor doartista advir de sua destruição. Ele a coloca no lugar de uma báscula, que os-cila do confortável ao profundamente desconfortável. Assim, a sublimaçãoestaria mais diretamente relacionada à pulsão de morte.

Lacan (2008b) analisa também a plasticidade das pulsões, lembrando quenem toda sublimação é possível no indivíduo, ou seja, sempre há algumacoisa que não pode ser sublimada. Haveria, portanto, uma exigência libidinalde certa dose de satisfação direta, sem a qual resultaria em danos e pertur-bações graves ao psiquismo. Ele argumenta que, no caso de sua vinculaçãoà aceitação social, caberia melhor determinar o que seja a referida aceitação,haja vista que a cultura está diretamente relacionada aos hábitos de um povoe circunstancialmente delimitada. Então, a sublimação não poderia ser tomadasomente como algo positivo e esperado no processo analítico, equivalente auma satisfação direta, em que a própria pulsão se saturaria de maneira quesó teria por característica receber a estampilha da aprovação coletiva. Sendoassim, a definição de sublimação em Lacan pressupõe a vinculação da pulsãoao objeto, permitindo a apresentação do que há de real nesse objeto. Não podeser pensada sem levar em consideração o vazio da Coisa, das Ding.

No melhor estilo lacaniano, ele se refere ao conceito assim: “[...] a fórmulamais geral que lhes dou da sublimação é esta, ela eleva um objeto [...] à dig-nidade da Coisa” (Lacan, 1988, p. 140-141). Conforme comenta Safatle (2006,p. 289), podemos observar que “o tempo da estética lacaniana é o momentohistórico no qual a arte aparece como maneira sensível de sustentar o quenão pode encontrar determinação para se afirmar positivamente em uma rea-lidade totalmente fetichizada”, pois a arte se organiza em torno do vazio. Se-gundo ele, a sublimação é apresentada por Lacan em conformidade com trêsprotocolos: a subtração, o deslocamento no interior da aparência e a literali-zação. Cada um desses protocolos incide sobre um problema específico: “oestatuto da presença e da ausência no objeto estético (a Coisa), a relação daarte com a irredutibilidade da aparência (semblante) e a resistência do materialna formalização estética (a letra)”, sendo que essas questões convergem naprodução lacaniana de um pensamento estético e, consequentemente, naconstituição da noção de sublimação.

Como exemplo da primeira situação, temos a mulher no amor cortês, es-vaziada de todo traço imaginário da individuação. Portanto, conforme Safatle(2006, p. 290), dessa mulher “resta uma imagem infinitamente reprodutível,impessoal, inexpressível, indiferente ao ponto de ser fria e cruel; imagem des-sensibilizada [...]”. Ele ainda comenta: “[...] para que a coisidade que marcaa singularidade do objeto possa aparecer, faz-se necessário, primeiramentedessensibilizar a imagem e liberar o objeto das amarras do imaginário”. Pela

dessensibilização do material o sujeito se libera do aprisionamento do materialnatural, “é pela destruição da imagem que a negatividade da Coisa pode vir àluz sob a forma de objeto”. Essa é uma condição necessária, visto que “sema destruição da imagem idealizada, não há sublimação, mas apenas feti-chismo” (p. 293).

No segundo protocolo – o deslocamento no interior da aparência – Lacanretorna ao problema da visibilidade da imagem estética, conforme já propostoa respeito do lugar da mulher no amor cortês. Ao afirmar que o mimetismo eo trompe l’oeil são equivalentes da função exercida pela pintura, Lacan indicaque o reconhecimento da irredutibilidade da aparência, na lógica do imaginá-rio, é tomado como momento de formalização estética, ressaltando a impor-tância da aparência (Cf. Safatle, 2006). Não obstante, a arte pode serabsorvida pela dimensão do simulacro e dos jogos de aparência que se reen-viam, pois, para Lacan (1988, p. 163), “o que procuramos na ilusão é algoatravés do qual a própria ilusão se transcende, se destrói, mostrando que estálá apenas como significante”.

Segundo Safatle (2006, p. 297), foi no terceiro protocolo da sublimação, aliteralização, que Lacan pôde organizar os problemas vinculados à resistênciado material através da letra. O autor pergunta: mas por que a letra? E nos res-ponde que em Lacan “a essência do significante consiste em articular-se como imaginário a fim de produzir um sistema estruturado, fechado e totalizante”,em que um conjunto de elementos múltiplos tem relações como parte de umsistema, chegando a uma escritura serial (grifo do autor). Em Lacan o materialutilizado pela linguagem pode produzir relações próprias à instância sistêmicado significante. O escrito, que se mostra como um limite à simbolização e re-sistência à interpretação, “também é literalização do que inicialmente apareceucomo o ponto vazio da coisa. Essa rasura é modo de presença, maneira deformalizar a negação que vem da não-identidade do material.” (Safatle, 2006,p. 297) Ainda conforme Safatle (2006, p. 298), podemos afirmar que “umaobra de arte parece ser sempre obra da perda da crença na força comunica-cional da língua. Perda que se inscreve nos dispositivos de sua produção.Nesse sentido, a escritura da letra só pode se realizar como escritura de ruí-nas”, sendo esse o destino de toda formalização estética, pois toda subjetivi-dade reconhece sua certeza a partir da existência das ruínas.

Tentemos agora uma síntese, na tentativa de concluir este item. Com Freud,podemos, para pensar a questão da sublimação, recorrer à sua elaboraçãosobre a constituição do psiquismo, em que o processo primário, regido peloimpositivo princípio do desprazer-prazer, evolui com a aquisição do processosecundário, desenvolvido sob a batuta do princípio de realidade e seus con-dicionantes sociais, concorrendo, portanto, ambos na busca do difícil equilí-brio entre as inegociáveis demandas do Isso e os imperativos do Supereu. Jácom Lacan essa questão ganha novos contornos, devido, sobretudo, ao es-tatuto que Lacan atribui ao objeto, modificando radicalmente o conceito depulsão. A sublimação, então, para ele, não diz respeito a uma energia deslo-cada, e sim à relação com o objeto, isto é, tem a ver com a dimensão de nãoser do sujeito. Pensar o cinema, portanto, como indústria do entretenimento,como função social, ou ainda como arte, requer articulações diferentes como conceito de sublimação aqui discutido.

As Reações do espectador FílmicoA interação entre o público e a evolução da estética dos filmes é fato incon-

teste, assim como as evidências de que o filme promove variadas reações emseus espectadores. Interessa-nos, particularmente. refletir nesse tópico, a re-lação do espectador com o filme e para tal nos propomos a pensá-la comouma atividade que pode ser discutida a partir das contribuições dos conceitospsicanalíticos. Mas como influenciar e impressionar o espectador fílmico? Éclaro que, por inúmeras razões, todo cineasta se interessa pelos efeitos queseus filmes causam no público espectador.

Ademais, se por um lado nos faltam elementos para calcular os efeitos reaisda ação exercida por um filme sobre o espectador, por outro não temos comonegar uma série de estímulos elementares que provocam efeitos previsíveisno público, por exemplo, quando coincide o movimento com as bordas doquadro, manipulando o tempo e o ritmo de exibição de cada plano, dosandoa tensão de cada cena, de forma a torná-los mais perceptíveis, ao mesmotempo em que causam uma pressão emocional sobre o espectador e confun-dem fantasia e realidade.

Aumont e outros (2011) constatam que essa reflexão não foi conclusiva,pois as teorias psicológicas subjacentes, na busca racional de uma verdade,apresentavam um caráter mecânico, principalmente em sua versão norte-americana, reduzindo a amplitude das reações ao condicionamento dos es-pectadores. Outro fator que precipitou o fim dessa forma de abordagem,ocorrido na década de 1930, foi o surgimento do cinema falado, que propor-cionou a passagem para a linguagem verbal, introduzindo nessas discussõesvariáveis linguísticas, sociológicas, ideológicas e psicológicas, próprias deuma teoria do sujeito.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o interesse pelo espectador volta

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Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 21 agosto

à tona, tendo em vista, principalmente, o poder do impacto emocional dasimagens, usadas na prática do cinema de propaganda, seja ela da iniciativapública ou privada. Sendo assim, o interesse por esse fenômeno aumentou evários periódicos associados à análise fílmica passaram a ser publicados,principalmente na França. Os esforços desses estudiosos da análise fílmicaestavam voltados pelas condições psicofisiológicas da percepção das ima-gens dos filmes, aplicando sobre elas métodos que permitissem observar asreações de um espectador nas mais variadas condições, notadamente, na-quelas que tangem à qualidade e fidedignidade da fotografia, condição essen-cial para sua perfeita percepção das imagens. “Essas observações levaram aconcluir que a percepção visual não é um simples registro passivo de umaexcitação externa, mas que consiste em uma atividade do sujeito que a per-cebe”. (Aumont e outros, 2011, p. 233) Dessa constatação originaram inú-meros estudos com várias categorias de espectadores, por exemplo, crianças,adolescentes, povos primitivos, etc. Um deles demonstrou que a influênciado filme no espectador prolonga sua duração para além da projeção da pelí-cula, exercendo influência profunda no público, por uma espécie de impreg-nação de modelos de comportamento. Um exemplo dessa reação é aexpectativa criada na veiculação de um cartaz ou na projeção do trailer de umfilme antes da exibição dos filmes a que escolhemos assistir. Esse tipo de es-tratégia antecipa o interesse do espectador pelo lançamento do filme, garan-tindo o retorno da indústria cinematográfica.

Para Metz (1980a, p. 141), “face ao sonho que é engajado pelo lado do prin-cípio do prazer, o estado fílmico repousa mais sobre o princípio de realidade[...]”, ou seja, “[...] o processo alucinatório só pode estabelecer, em regimenormal, mas nas condições econômicas do sonho”. Então, guardadas as de-vidas proporções e considerando as condições técnicas projetivas das salasde cinema, a ausência ou atrofia das atividades motoras, o filme promove apassividade do espectador colocando-o numa situação regressiva, similar àinfantilização, ou seja – conforme sustentam alguns autores – no centro deuma neurose artificialmente criada, promovendo e aumentando os efeitos deprojeção-identificação. Dessa maneira, frente à ausência-presença da imagem,“a percepção do mundo pela mentalidade arcaica e pela mentalidade infantil,cuja característica comum é de, a princípio, não estarem conscientes da au-sência do objeto e de acreditarem na realidade de seus sonhos tanto quantona de suas vigílias” (Aumont e outros, 2011, p. 236).

Já avançando com seus comentários para outra perspectiva histórica, Au-mont e outros (1994/2011) nos diz que a década de 1950 é dominada pelomodelo da linguística, em que a atenção estava, primeiramente, voltada paraa leitura de seus códigos, quase excluindo a figura do sujeito. Todavia, numsegundo momento dessa perspectiva, inicia-se um movimento de redesco-berta do sujeito, ainda que seja por meio do vazio no próprio texto, desem-bocando em trabalhos que tratam a questão do espectador fílmico, de umponto de vista metapsicológico, como os trabalhos dos autores como Jean-Louis Baudry e Christian Metz.

Conforme Lacan (2008a) nos propõe a fase do espelho como etapa crucialà constituição do sujeito. Essa fase é caracterizada pela indistinção entre osujeito e o objeto, e ocorre, aproximadamente, entre os 6 e os 18 meses devida, conforme mencionado numa nota de rodapé da página 91. Frente às li-mitações motoras, a criança coordena o mundo à sua volta pelo olhar, des-cobrindo a si e aos semelhantes numa relação de espelho. Segundo Lacan(2008a, p.187): “é em função desse atraso do desenvolvimento que a matu-ração precoce da percepção visual adquire seu valor de antecipação funcional.Daí resulta, por um lado, a acentuada prevalência da estrutura visual no reco-nhecimento muito precoce [...] da forma humana”.

Embora Lacan já se preocupasse com esse tema em 1946, para Aumont eoutros (2011), foi J. L Baudry que constatou que haveria uma analogia duplaentre a situação da criança na fase do espelho e do espectador fílmico. A pri-meira diz respeito ao espelho e à tela, estruturados como uma espécie de mol-dura, limitando e isolando o objeto do mundo ao mesmo tempo em que otoma como objeto total. Conforme Metz (1980b) a tela é equivalente, de certamaneira, a um espelho primordial, embora, ela não reflita o próprio especta-dor, o que a diferencia da fase do espelho e consequentemente a criança e oespectador. Fundamentando-se no texto lacaniano, acima referenciado, Bau-dry nos propõe a segunda analogia. Ela diz respeito ao estado de impotênciamotora da criança e a postura do espectador, determinada pelas condiçõestécnicas de exibição do filme. A prematuridade biológica da criança é que de-termina a constituição imaginária do eu. Sua imaturidade neurológica e suadesorientação motora e espaço-temporal levam-na a criar uma imagem cor-poral, na fase do espelho, maturando, precocemente, a organização visual.Também, no cinema, com a inibição da motricidade, o papel preponderantepassa a ser da função visual, característica essencial ao espectador fílmico.

Como se o dispositivo colocado pela instituição cinematográfica (a tela quenos remete à imagem de outros corpos, a posição sentada e imóvel, o inves-timento exagerado da atividade visual centra na tela em virtude da escuridãoambiente) imitasse ou reproduzisse, parcialmente, as condições que presidi-

ram, na primeira infância, a constituição imaginária do eu quando da fase doespelho. (Aumont e outros, 2011, p. 246-247)

Outro conceito com que os realizadores fílmicos, constantemente, se põema haver é o de Complexo de Édipo, que se encontra relacionado com o que jádiscutimos, paginas anteriores, sobre a identificação. A identificação secundá-ria implica o resgate da identificação com o pai ou com a mãe, ou seja, com afase triangular edipiana do desenvolvimento da sexualidade. Conforme pro-posta por Freud, a ambivalência dessa fase é carregada de medos, frustraçõese sentimentos hostis incontroláveis, os quais são abundantemente exploradosno cinema, possibilitando a identificação do espectador, de alguma maneira,com as reminiscências de sua infância. Pelo dispositivo cinematográfico, essesujeito reencontra algumas características e condições vividas no imaginário,relativas à cena primitiva, ocorridas na primeira infância. Sendo assim, o es-pectador vivencia o mesmo sentimento de exclusão diante da tela de cinemae dos vários planos e cortes, identificando-se com os personagens que parti-cipam da cena da qual ele fora excluído. Dessa forma se reproduz a mesmapulsão de voyeur; a impotência motora, em que predomina a visão e a audição.

Para os teóricos do cinema está em questão o fato de as experiências cul-turais, como o teatro e o cinema, desempenharem um papel importante noprocesso das identificações secundárias, levando o espectador a se implicarcom a superação de suas dificuldades emocionais, ou seja, dessas identifica-ções poderá advir o ideal do eu, justapondo sentimentos e ideais diversos naconstituição de um sujeito.

No começo, admitiam a existência dos fenômenos da identificação primáriae secundária, no entanto, tinham desses fenômenos uma compreensão bastantediferente da compreensão psicanalítica, dedicando-lhes pouca ou quase ne-nhuma atenção. O termo identificação era muito vago, servindo para justificara existência do espectador, o qual durante a projeção compartilhava seus sen-timentos, esperanças, desejos e angústias com o este ou aquele personagem,tomando-se momentamente por ele. A identificação primária era vista como aidentificação com o sujeito da visão, como condição para que se estabelecessea identificação secundária, ou seja, a identificação com o personagem.

Com as confusões surgidas quanto ao emprego do conceito e os avançosobservados no estudo desse fenômeno, Christian Metz (1980b) propôschamá-lo de o fenômeno fílmico de identificação cinematográfica primária,para definir a identificação do espectador com seu próprio olhar. ConformeAumont e outros. (2011), a identificação primária no cinema é

[...] aquela pela qual o espectador se identifica com seu próprio olhar e sesente como foco da representação, como sujeito privilegiado, central e trans-cendental da visão. É ele que vê essa paisagem a partir desse ponto de vistaúnico, seria possível dizer também que a representação dessa paisagem seorganiza por inteiro para um lugar preciso e único que é precisamente o deseu olho. (Aumont e outros, 2011, p. 260)

Esses autores se referem à identificação secundária como a identificaçãocom o representado, enquanto que a identificação primária seria a identifica-ção com o representante, consigo mesmo. Então, a capacidade do espectadorde identificar-se com sua visão, com o olho da câmera que viu a cena antesque ele, sem a qual o filme não faria o menor sentido, “não seria senão umasucessão de sombras, de formas, de cores, literalmente, ‘não identificáveis’em uma tela” (Aumont e outros, 2011, p. 259). Dessa primeira modalidadede identificação adviria a concepção de que “a identificação secundária no ci-nema seja fundamentalmente uma identificação com o personagem, com orepresentado, como figura semelhante na ficção, como foco dos investimen-tos afetivos do espectador”, constituindo-se como um mero efeito da simpatiaentre espectador e personagem. Sendo assim, essa modalidade de identifica-ção é extremamente ambivalente e permutável, haja vista que as reações doespectador podem mudar durante a projeção de um filme.

Considerações FinaisConsiderando o conteúdo e o alcance de uma pesquisa que se propõe a

trabalhar, ao mesmo tempo, com a teoria psicanalítica e a teoria do cinema,é impossível dizer tudo, como também é impossível chegar a uma respostaconclusiva. No entanto, podemos afirmar que o presente estudo nos possibi-litou discutir questões caras a essas duas teorias, abrindo espaços para novaselaborações. Nesse sentido, a teoria pulsional, em Freud e Lacan, representaum enorme desafio, principalmente no que tange aos desdobramentos dasespeculações decorrentes da hipótese da pulsão de morte. Outro aspecto quenos instiga é o conceito de inconsciente. Embora, Lacan tenha retornado aFreud, ampliando a compreensão que temos desse conceito, pelo lugar queocupa no edifício psicanalítico, o tema merece novos estudos.

Enfim, embora a pesquisa não seja conclusiva, ela permitiu-nos conhecermelhor como se deu o desenvolvimento conceitual da interface psicanálise ecinema. Nosso estudo transitou por um percurso árduo, implicando a reto-mada de uma parte complexa da teoria freudiana, que gerou várias reformu-lações no decorrer de sua trajetória. Sabemos que ainda existem lacunas nanossa elaboração e pontos conceituais em aberto, carecendo de investigação

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e reformulações. Este percurso abriu, portanto, várias perspectivas e sinalizoupara a necessidade de novos estudos. Uma análise aprofundada dos proces-sos sublimatórios talvez seja nossa próxima empreitada.

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Rio de Janeiro: Jorge Zahar (originalmente publicado no período de 1960 a1964).

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MINI-CuRRICuLO: Possui graduação em Psicologia (1987), especialização emFilosofia (1990), especialização em Psicologia Clínica (2001), mestrado emPsicologia (2006) e doutorado em Educação (2014). Atualmente é professoradjunto da Universidade Federal de Goiás (Regional Catalão). E.mail: [email protected]

13h30 -15h30Sala 302484Mesa redondapSICOteRApIA De DeSeNSIbILIZACIóN CON expOSICIóN ASItuACIONeS VIRtuALeS eN CASOS De FObIA SOCIAL.Autora responsable: Dra.Sissi Gryzbowski Gaínza Co-autora: Mg. Rosa Flores MoralesInstitución de origen que representa: Universidad Mayor de San AndrésUMSA, ABP

La innovación tecnológica en el mundo de la psicoterapia se incrementa díaa día. Experiencias clínicas reportan la eficacia de la terapia de exposición asituaciones virtuales en el tratamiento de fobias. En Bolivia no se conocen in-vestigaciones que utilicen esta tecnología. Por ello la importancia de la pre-sente investigación que tiene como objetivo la implementación de un gabinetede psicología clínica con tecnología de realidad virtual (RV) en la UniversidadMayor de San Andrés. Objetivo: Realizar psicoterapia de desensibilización sis-temática mediante la exposición a situaciones de realidad virtual y técnicas derelajación, a fin de brindar tratamiento a estudiantes con diagnóstico de fobiasocial, que interfiere su rendimiento académico y social. Metodología: El di-seño de investigación es preexperimental: pretest y postest de grupo único.En el primer año de trabajo se logró implementar el gabinete virtual, adqui-riendo y calibrando los equipos, y adaptando las situaciones virtuales. Resul-tados: Los sujetos en estudio demostraron la efectividad de este programa ennuestro medio y un alto grado de tolerância a la exposición debido a que lainmersión en los ambientes virtuales es parcial permitiendo una relación di-recta con el terapeuta. Conclusión: La RV constituye una herramienta queaporta a la psicología facilitando el abordaje clínico utilizando escenarios vir-tuales como alternativa a la exposición en vivo o imaginaria. Otra ventaja esel control por parte de los terapeutas en los ambientes simulados, adecuandolos escenarios al medio y al sujeto.

pALAbRAS-CLAVe: Realidad Virtual, fobia social, desensibilizaciónMINI CuRRÍCuLuM AutOR ReSpONSAbLe: Sissi Ana Miroslava Gryzbowski GaínzaDoctorado en Psicología Clínica (U.A.N.L. Monterrey, Nuevo León - Mé-

xico). Psicoterapeuta. Publicaciones en Psicología en Psicología Clínica y Neu-ropsicología. Miembro Fundador de la Asociación Boliviana de Psicoterapia ypresidenta 2005-2010. Docente e Investigadora de la Universidad Mayor deSan Andrés. La Paz – Bolivia.

13h30 -15h30Sala 303494Mesa redonda

A família no século xxI.La família en el siglo xxi.:: Novas configurações familiares contribuições da psicanálise. :: nuevas configuraciones familiares contribuciones del psicoanálisis.

SILVIA PEREIRA DA CRUZ BENETTI (Brasil)

:: As novas configurações familiares na psicoterapia de casal e de família.:: Las nuevas configuraciones familiares en psicoterapia de parejas y

familia.THELMA LETICIA GARCIA BANDÁ (México)

La familia fue y sigue siendo un modelo que puede estimular o no el desar-rollo sano de sus hijos. La mayoría de los adultos alguna vez siendo niños ju-gamos los roles de papá o mamá y siendo padres pocas veces nosimaginamos actuando como niños. El rol materno y paterno requiere actuali-zar sus funciones en cada época ya que las necesidades de los integrantes dela familia son diferentes de la generación que la antecede. La propuesta conlos padres es que aprendan nuevas habilidades socioemocionales con una vi-sión holística. La psicoterapia Gestalt permite vivir la experiencia de conver-tirse en su propio hijo y actuar como él o ella, dándose cuenta de lasnecesidades reales de cada miembro y descubrir nuevas formas de comuni-cación, afecto y límites, que permitan acciones congruentes para impulsar ypromover la formación de nuevas generaciones de niños y adolescentes conun fuerte sentido de sí mismos, guiándolos en el camino adecuado para ellogro de su autonomía y felicidad. Sólo en el interior de la familia se logra elaprendizaje de experiencias cognitivas y emocionales que permiten el sanocrecimiento de los hijos y/o hijas, en un ambiente de respeto, cuidado y amor.

Palabras claves: habilidades socioemocionales, necesidades reales, rolesparentales, amor.

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78 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 21 agosto

MINI CuRRICuLuM AutORA: Maestría en Psicoterapia Gestalt Infantil, Doctoradoen Psicoterapia, estudios realizados en Centro de Investigación y Entrena-miento en Psicoterapia Gestalt "Fritz Perls", S.C., 30 años de servicio en aten-ción a niños, jóvenes, padres de familia, Secretaria Asociación Mexicana dePsicoterapia-AMEPAC, Docente en posgrados

:: Relacionamentos familiares na pós-modernidade.:: Las relaciones familiares en la posmodernidad.

HELENA CENTENO HINTZ (Brasil) COORDeNADORA/COORDINADORA: AMELIA THEREZA DE MOURA VASCONCELLOS (Brasil)

13h30 -15h30Sala 303494Mesa redondatranstornos Alimentares, Anorexia Nervosa, bulimiaNervosa e Vigorexia: Famílias e Características AutORAS: Helena Centeno Hintz – Domus – Centro de Terapia de Casal e Família,Porto Alegre, RS.Ieda Zamel Dorfman - Programa de Transtornos Alimentares CAPSi do Hos-pital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA); Atendimento Multidisciplinar de Ano-rexia e Bulimia Nervosa (AMAB-RS)

textO: Atualmente os padrões de beleza impulsionam um número conside-rável de indivíduos em busca de maior aceitação junto aos seus pares atravésdo culto da beleza física. O ideal de beleza está ligado a fatores socioculturaisque contribuem para o surgimento de transtornos de alimentação, uma vezque a busca pela beleza corporal torna-se uma busca obsessiva, causando àpessoa prejuízos físicos e psicológicos frequentemente graves. O objetivodeste workshop é apresentar as características da anorexia nervosa, bulimianervosa e vigorexia, transtornos estes que têm aumentado entre os jovens eas características das famílias com um membro que apresente um destestranstornos alimentares. A insatisfação corporal afeta ambos os sexos, as mu-lheres buscam a magreza como ideal e os homens desejam adquirir músculosa fim de se sentirem mais fortes e atraentes. Desta forma, tanto a anorexianervosa, como a bulimia nervosa e também a vigorexia apresentam distorçõesda imagem corporal, levando a um ideal corporal fora do parâmetro de saúdereal. As causas destes transtornos são multifatoriais, envolvendo aspectosbiológicos, psicológicos, socioculturais e familiares, necessitando de trata-mentos de cunho multidisciplinar. Como conclusão, esperamos oferecer aosprofissionais alguns elementos que possam ser utilizados em sua prática aotrabalharem com as famílias de portadores de transtornos alimentares.

pALAVRAS-ChAVe: Transtornos alimentares, família, dinâmica relacional.

ReFeRÊNCIAS:Assumpção, C. L. & Cabral, M. D. (2002). Complicações clínicas da anore-

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Pinzon, V.; Gonzaga, A. P.; Cobelo, A.; Labaddia, E.; Belluzzo, P. & Fleitlich-Bilyk, B. (2004).

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MINI CuRRÍCuLO: Helena Centeno Hintz

Psicóloga, Psicoterapeuta especialista em Psicoterapia Individual, de Casale Família. Fundadora, docente e supervisora do DOMUS – Centro de Terapiade Casal e Família. Editora da Revista Pensando Famílias. Presidente da As-sociação Brasileira de Terapia Familiar – 2014/2016. Presidente da AssociaçãoGaúcha de Terapia Familiar – 2002/2004; 2006/2008. Membro do ConselhoDeliberativo e Científico da Associação Brasileira de Terapia Familiar – ABRA-TEF. Editora da Revista da ABRATEF – 2008/2014. Membro do Comité AsesorInternacional da Revista Sistemas Familiares – ASIBA. Autora e co-autora decapítulos e artigos sobre casal e família.

Ieda Zamel DorfmanPsicóloga, Especialista em Psicologia Clínica; Psicoterapeuta de Casal e Fa-

mília; Presidente da Associação Gaúcha de Terapia Familiar-2014/2016 (AGA-TEF); Pesquisadora Visitante do Hospital de Clínicas de Porto Alegre;Supervisora Colaboradora do Programa de Transtornos Alimentares CAPSi doHospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA); Coordenadora da Comissão dePesquisa da ABRATEF (2014-2016); Membro de Clínica AGATEF; Professorada Clínica de Atendimento Psicológico da Área de Terapia de Casal e Família -UFRGS; Fundadora do Atendimento Multidisciplinar de Anorexia e Bulimia Ner-vosa (AMAB-RS); coautora de vários artigos de Transtornos Alimentares.

13h30 -15h30Sala 305504Mesa redonda

Narrativas familiares: famílias de idosos com Doença deAlzheimer.Autora responsável: Angela Gonçalves da Silva HilueyNome da Instituição de origem: CEF, ABRAP, LIDE-USP.

O aumento na expectativa de vida da população é um fenômeno observadono mundo todo. Junto à ele, novas doenças e novos desafios são enfrentadospelos profissionais encarregados destes doentes e de suas famílias. Dadastais circunstâncias, esta autora realizou uma investigação de pós-doutorado,a qual propõe aqui relatar. Investigou ela, famílias onde houvesse um idosocom Doença de Alzheimer (DA). Tal investigação objetivou conhecer como vi-viam 10 famílias e, também, determinar os fatores no contexto familiar, quefavoreciam ou bloqueavam a nutrição relacional, conforme definida por Lina-res. A análise incidiu sobre a sistematização dos dados do sentir, pensar eagir encontrados nas 10 narrativas familiares sobre como viviam com esteidoso. Os dados foram analisados numa perspectiva fenomenológica para aAnálise em Etapas nas diretrizes de Amedeo Giorgi. Alguns dos resultadosencontrados foram: a família se contradiz quanto ao estado emocional do pa-ciente e ignora seu estado orgânico; a família experimenta a agonia diante doincompreensível e inadmissível que representa este idoso; o idoso é o mal dafamília; a admiração é um fator que favorece a presença da nutrição relacionale o medo bloqueia. Espera-se que o relato desta investigação ofereça elemen-tos a serem considerados pelos diferentes profissionais para sua prática bemcomo possa influir no trabalho das equipes interdisciplinares.

pALAVRAS-ChAVe: idosos, famílias, Doença de Alzheimer, nutrição relacionalMINI CuRRÍCuLO: Psicóloga; Pós-Doutora em Terapia Familiar pela Escola de

Terapia Familiar da Universidade Autônoma de Barcelona – Espanha; Doutoraem Educação pela Universidade de São Paulo – USP; Membro Efetivo da EFTA– European Family Therapy Association; Vice-presidente da Associação Bra-sileira de Psicoterapia; Pesquisadora do LIDE – Instituto de Psicologia da Uni-versidade de São Paulo – USP; Fundadora e Diretora do CEF Itupeva SP,escola associada à RELATES. Coordenadora, Professora e Supervisora da es-pecialização em Terapia de Casal e Família no CEF.

13h30 -15h30Sala 305504Mesa redonda

Acolhimento, prevenção e rede social.acogida, prevención y red social.

:: Acolhimento institucional e adoção: uma interlocução necessária.:: adopción y acogida institucional: Una interlocución necesaria.

Martha Franco Diniz Hueb A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a

medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube, pertencer é viver(Clarice Lispector, 2009).

ReSuMO: A Lei 12.010/09 determina que o acolhimento institucional de crian-

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ças/adolescentes, medida provisória e excepcional, privilegie a reinserção nafamília de origem sem ultrapassar o período de dois anos, tornando-se umatransição para o processo de adoção, quando não há mais possibilidades dareinserção. Objetiva-se problematizar a importância do preparo dacriança/adolescente e da interlocução entre equipes da Instituição e do Judi-ciário para efetivar uma adoção com menor risco de devolução. A despeito deo ECA indicar a necessidade de “preparação gradativa para o desligamento”,nem sempre tal medida tem sido realizada a contento. Aponta-se que tanto odesligamento da família biológica, quanto à espera pela família adotante, vemacompanhada de ansiedade inerente à construção de novos vínculos, fato quesinaliza para importantes aspectos psicossociais carentes de intervenções.Conclui-se que a criança/adolescente a ser adotado necessita saber de ime-diato, que esta medida lhe foi aplicada, sendo-lhe oportunizada a participaçãodo seu Projeto de Vida. Técnicos do contexto institucional devem criar um es-paço seguro para que a criança possa ser ouvida e compreendida ao viver talprocesso, além de comunicar hábitos, gostos e preferências para a equipepsicossocial do Judiciário com finalidade de facilitar a transferência de valorese de afeto para família substituta.

pALAVRAS-ChAVe: Acolhimento institucional; Adoção; Crianças/adolescentes.

Da Família ao acolhimento institucional: uma dor inevitávelO Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), criado em 1990, através da

Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, dispõe proteção integral e cuidados es-peciais a todas as crianças e adolescentes. Todavia, é importante ressaltar,que tal proteção, trata-se de um verdadeiro consórcio de responsabilidadesentre Família, Estado, e Sociedade, os quais devem garantir prioridade abso-luta ao direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profis-sionalização, à convivência familiar e comunitária, além de proteção a criançase adolescentes de toda forma de negligência, discriminação, exploração e vio-lência (Brasil, 2009)

Destaca-se que a dita proteção a ser oferecida pelo Estado e pela Sociedade,é secundária à proteção familiar. Cabe a esta, primordialmente, a assistênciamaterial, moral e educacional, de forma a prover o desenvolvimento natural eo bem-estar de crianças e adolescentes. É na família, fenômeno universal eunidade social complexa, que se estabelece um espaço destinado à aprendi-zagem de respeito para com o outro, à constituição de vínculos, à vivência deemoções e afetos em contínua relação com o contexto socio-cultural em quese insere (Gomes & Pereira, 2005; Nunes, 2008). Unidade social complexa, afamília deve prezar pela provisão da satisfação de necessidades básicas entreseus membros, pelo desenvolvimento da personalidade e da socialização devalores ( Salomé, Espósito & Moraes, 2007). Entretanto, algumas famílias porquestões diversas, não conseguem ser provedoras de fatores de proteção, epassam a ser geradoras de risco à vida de seus integrantes.

Sempre que os direitos dos vulneráveis forem violados ou ameaçados, cabeà autoridade judiciária utilizar de medidas protetoras, e, dependendo da situa-ção, a melhor proteção é retirá-los da família de origem e inserí-los em pro-grama de acolhimento familiar ou institucional. Contudo, reconhece-se que noBrasil, país com tradição na institucionalização de crianças e de adolescentesem situação de vulnerabilidade, a retirada do ambiente familiar que deveria serrealizada apenas quando se colocasse verdadeiramente em risco o bem estarde seus membros, pode se dar de maneira atropelada. Muitas vezes, o Estadoe a Sociedade, não conseguem prestar atendimento adequado à família de ori-gem de tais crianças e adolescentes para que possam se reorganizar o que lhesdá a conotação de desqualificada aos olhos de muitos, levando a instituciona-lização de seus filhos de forma precipitada (Moreira & Miranda, 2014). Namaioria das vezes, trata-se de genitores com reduzida capacidade de provisãode sustento e educação de suas proles, desencadeando a privação da convi-vência familiar e comunitária, devido em especial a escassez de recursos so-cioeconômicos de seus responsáveis (Rizzini, Rizzini, Naifi & Batista,2006;Cavalcante, Silva & Magalhães, 2010; Moreira & Miranda, 2014).

Ademais, é importante destacar que relatórios das instituições de acolhi-mento em geral são falhos, ao apontar que os motivos da perda do poder fa-miliar são descritos em termos genéricos como sendo em função da“pobreza”, “drogadição”, “negligência” e “doença mental” de seus genitores,pouco revelando sobre as reais condições dessas famílias, que quando nãodesqualificadas, se tornam invisíveis e frágeis diante de todo o processo. Emgeral, faltam informações sobre a família de origem, dificultando a visão docenário histórico-social e econômico que envolve o contexto familiar a fim decompreender a realidade dessas crianças (Rossetti-Ferreira, Almeida, Costa,Guimarães & Mariano, 2012).

Por outro lado, em algumas regiões já se vislumbram estudos que lançamluz sobre esta realidade. Pesquisa realizada na Comarca de Uberaba-MG re-tratou o perfil dessas crianças e/ou adolescentes acolhidos no ano de 2012.Eram, em sua maioria meninas, na faixa etária entre quatro a seis anos e entretreze a quinze anos de idade que não frequentavam a escola regularmenteantes de serem acolhidas. Quando não residiam na família extensa, o contexto

familiar geralmente monoparental, era chefiado por mulheres com alto índicede desemprego, uso de bebidas alcoólicas, drogas e criminalidade. O estudoidentificou que o principal motivo de acolhimento institucional, decorria desituações de negligência, seguido da precariedade das condições socioeco-nômicas e de abuso de álcool e drogas pelos responsáveis (Gontijo, Buiati,Santos & Ferreira, 2012). Informações de estudos como este, poderão sus-tentar e direcionar formas de atuação das equipes institucionais e do Judiciá-rio, a fim de reduzir danos.

Neste contexto, destaca-se que são necessários incentivos para que sejamfortalecidos laços familiares e comunitários, que visem à manutenção ou rein-serção da criança/adolescente em sua família natural ou extensa, e caso nãoseja possível, que sejam direcionados para família substituta (Brasil, 2009).O encaminhamento para uma instituição de acolhimento somente deve se darquando esgotadas todas as possibilidades de permanecerem em seu núcleode origem, pois por mais rápido que possa ser retirar uma criança de sua fa-mília, o seu retorno é bastante longo (Silva, 2012; Silva & Arpini, 2013), prin-cipalmente do ponto de vista da criança ou adolescente, para os quais o temponeste período de desenvolvimento vital é muito significativo. Schettini ( 2015)afirma que o tempo da criança é outro, pois são como sementes no envelope,possuem prazo de validade, e precisam de encontrar um solo fértil para sedesenvolver. A instituição de acolhimento por melhor que seja não é um lar,ressalta Schettini. Nesse sentido, estudo recente realizado com crianças deseis a 12 anos de uma Casa de Proteção, identificou ansiedades e angústiasintensas nos participantes, e observou independente do tempo de institucio-nalização, ser comum o desejo de retornarem o quanto antes para suas famí-lias, a despeito de serem bem tratadas na instituição e da negligência oumaus-tratos lhes dispensado pela família (Arduini & Hueb, 2013). Reforça-seque condições socioeconômicas desfavoráveis, não deve ser motivo de aco-lhimento institucional. Deve-se avaliar os vínculos entre seus membros e seestes forem satisfatórios, tanto a criança quanto o adolescente devem sermantidos no contexto familiar, promovendo a inclusão da família em progra-mas de apoio do governo. Estudos apontam que a família neste contexto, deveser vista tanto como origem, quanto como fonte de recursos para a soluçãoda situação envolvendo seus membros (Lopes & Arpini, 2009; Rizzini etal.,2006; Moreira & Miranda, 2014).

Segundo a Nova Lei da Adoção, o acolhimento em instituições é consideradouma medida provisória e excepcional, não devendo ultrapassar o período dedois anos. De seis em seis meses é preciso que a instituição emita um relatório,visando à reavaliação da situação da criança e de sua família, fato que facilitao acompanhamento dos menores pelas equipes psicossociais, e permita quea reintegração se dê no menor tempo possivel, para que as referências fami-liares não sejam perdidas, ou que se processe a adoção (Lei 12.010/09).

Bowlby (2006) enfatizou que é essencial à saúde mental e ao desenvolvi-mento da personalidade do bebê e da criança pequena a vivência de uma re-lação calorosa, íntima e contínua com a mãe biológica ou substitutapermanente. Winnicott (2005) apontou o quão prejudicial é os maus-tratos nainfância, fato que pode acarretar sentimentos de insegurança e atraso no de-senvolvimento. No entanto as instituições de acolhimento, com suas práticasprioritariamente disciplinadoras, nem sempre apresentam estrutura capaz depromover um real acolhimento, como preconizado pelos ultimos autores cita-dos, fato que pode dificultar a reinserção familiar ou a transição para a adoção,como será discutido a seguir. Mister destacar que, embora os avanços cientí-ficos tenham realçado a importância da família para o desenvolvimento hu-mano, também revelam a necessidade de se empreenderem esforços nosentido de adequar suas contribuições às práticas institucionais, quando essaé a alternativa mais viável (Azôr & Vectore 2008). A aplicabilidade dessas con-tribuições, em nosso entendimento, poderia ser redutora da dor inevitávelquando se dá a separação da família de origem para a maioria dos envolvidos.

Do Acolhimento institucional à adoção: dor ou travessia compartilhada?Compreendendo o acolhimento institucional como uma forma de espera

pela reestruturação familiar e de preparo para o retorno à família biológica da-quela criança ou adolescente que se encontra em situação de risco social oupessoal, assinala-se que este também pode ser visto, como uma transiçãopara o processo de adoção, quando não há mais possibilidades de reinserçãona família de origem ou substituta. Se por um lado a institucionalização acolhee contém, por outro pode provocar ansiedade devido a mudanças no am-biente, na rotina, nas pessoas com quem a criança passa a conviver, levando-a, a ter de se adaptar às novas situações. Neste sentido, a equipe técnica dainstituição de acolhimento deve ser preparada para atuar em uma ou outra si-tuação, ou seja, para a reinserção, ou para a adoção. Para tanto, é de extremaimportância, que esta equipe composta por psicólogos e assitentes sociais,elabore o Plano Individual de Atendimento (PIA), assim que a criança ou ado-lescente chegue a instituição (Brasil, 2009). É o PIA que traçará o caminhopara o atendimento demandado por cada criança ou adolescente em suas par-ticularidades e necessidades, constituindo-se em um instrumento de signifi-

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Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 21 agosto

cativa importância, uma vez que ao olhar individualmente para cada acolhidopoderá fornecer-lhe uma melhor provisão ambiental dentro de uma concepçãowinnicottiana (2005).

Enquanto meninos e meninas estiverem acolhidos, serão os monitores, soba supervisão da equipe técnica, que servirão de modelos identificatórios, pro-tegendo-os e orientando-os, cumprindo, assim, um papel central na vida des-tes. Igualmente, a convivência com pares, em situação de vida semelhante,pode ser considerada como um apoio afetivo e social, agindo como fator deproteção. Ao compartilhar experiências, que foram parecidas, conseguem am-parar-se mutuamente (Oliveira & Pereira, 2011). É fundamental que, ao lidarcom a criança institucionalizada, considerada carente do ponto de vista afe-tivo, saiba-se respeitar os objetos e fenômenos transicionais já existentes, oque pode ser um brinquedo, uma música, um paninho trazido de casa ou atémesmo uma atividade autoerótica. Nesse sentido uma criança, que é retiradada família de origem, e inserida na instituição, à espera angustiante do retornoao lar ou de uma adoção restauradora, pode suportar melhor a invasão am-biental, decorrente das várias mudanças em sua rotina, se houver a possibi-lidade de ter em sua companhia um objeto que lhe seja significativo,representativo de alguém. Também conseguirá suportar melhor as invasõesambientais se tiver suas atividades autoeroticas - uma vez apresentadas - su-portadas, toleradas e compreendidas pelos cuidadores como meio de viabi-lizar a adaptação (Winnicott, 1950/1993).

Importante apontar que a adoção é uma medida excepcional e irrevogávelque deve ocorrer apenas quando estiverem esgotados todos os recursos demanutenção da criança ou adolescente em sua família natural ou extensa (Lei12.010/09). Pode ser definida como o estabelecimento de relações parentaisentre pessoas que não estão ligadas pelo vínculo biológico direto, mas quepodem vir a se vincular afetivamente através de uma construção conjunta deligações materno-paterno-filial, ao se compartilhar desejos, sonhos, afetos emedos (Hueb, 2002).

Todavia, é importante ressaltar que, quase sempre o processo adotivo éum remexer nas entranhas dos envolvidos. Intrincados nela, encontram-sepais que desejam gerar um filho e não conseguem; pais que não desejam ofilho e o procriam e rejeitam; pais, que apesar de amarem seus filhos não con-seguem mantê-los, precisam doá-los em decorrência da ausência de políticaspúblicas de emprego, moradia, saúde e educação. Porém ainda há pais, quese dispõe a acolher este filho ora rejeitado, ora doado, e que uma vez desli-gado de sua família de origem, necessita de um meio familiar afetivo, que pro-mova o estabelecimento de laços e lhe possibilitem crescer e desenvolver-se( Hueb, 2002; Hueb, 2012; Rocha, Arpini & Savegnago, 2015)

Neste sentido a adoção vista como outra possibilidade de constituição fa-miliar, que pode trazer resultados tão satisfatórios quanto a filiação biológica,também pode ser vista na atualidade, como uma das alternativas apresentadaspara encaminhar crianças e adolescentes a uma resolução da situação de de-samparo familiar ( Amazonas, Dias & Schettini, 2006). Para uma criança pri-vada da família, a adoção é o meio mais completo de recriar vínculos afetivos,sendo também um movimento humano ao encontro do outro, um gesto deamor e solidariedade (Trindade, 2010). Entretanto, a adoção não deixa de serum fenômeno social complexo, pois tanto o desligamento da família biológica,com suas implicações, tais como, tristeza, luto, quanto a espera pela famíliaadotante, quando não mais se faz possível a reinserção familiar, vem acom-panhada de ansiedade inerente à construção de um novo vínculo filial, envol-vendo esperança, desafios, possibilidades e impossibilidades, fato que apontaimportantes aspectos psicossociais que necessitam de acompanhamento, es-tudo e uma profunda sensibilidade no trato desse fenômeno.

Entre os pesquisadores que se destacam no trato científico dessa questão,existe relativo consenso em torno da ideia de que, nos primeiros anos de vida,são graves as sequelas físicas, cognitivas, afe¬tivas e sociais derivadas dotempo passado em instituições de acolhimento, uma vez que a criança afas-tada do seu ambiente familiar passa a con¬viver com pessoas e situações es-tranhas, o que pode acarretar intensas manifestações emocionais comoangústia e medo. Se o tempo passado longe de casa for demasiadamentelongo, a possibili¬dade das sequelas decorrentes dessa experiên¬cia seremmais graves e persistentes tende a ser ainda maior, como mostram observa-ções clínicas e pesquisas longitudinais que acompanharam a colocação decrianças em instituições, e depois, a sua convivência em lares adotivos ( Ca-valcante & Magalhães, 2012).

Se por um lado a Lei n º 12.010/09, visando aperfeiçoar as relações entreadotantes e adotandos, em especial na construção de laços familiares dura-douros, determina através de seu artigo 50, que os candidatos à adoção ob-rigatoriamente participem de um curso preparatório, por conseguinte há depreparar também o indivíduo que virá a ser adotado. É no curso preparatórioque se podem esclarecer aos pretendentes à adoção, os meandros da adoção,seu procedimento e dificuldades de forma a minimizar a possibilidade de de-volução da criança ou do adolescente, que quando ocorre, faz aumentar aindamais a vivência de abandono, e é na instituição de acolhimento que tem que

se dar a preparação para o adotando. Os postulantes precisam ser lembrados,que as crianças a serem adotadas, não passaram diretamente da maternidadepara a família adotiva, mas tiveram progenitores e uma história de vida, his-tória que geralmente consta do processo da criança (Palacios, 2010). Essahistória não pode ser perdida, não pode ser negada.

A confecção de um álbum de fotografias, ou em formato de scrapbook comrecordações da instituição de acolhimento muito tem beneficiado esta transi-ção para a adoção, pois se trata da historia viva daquele tempo em que vín-culos afetivos e sociais foram estabelecidos. Estudo recente (Contente,Cavalcante & Silva, 2013) observou que a preparação de crianças que vivemem instituições de acolhimento pode contribuir sob vários aspectos para quea adoção tenha êxito, particularmente ao prevenir ou minimizar o sentimentode medo diante da necessidade de se adaptar a um novo contexto familiar. Apartir do momento em que a equipe técnica tiver certeza de que esse ou aquelevirá a ser adotado, independente da idade em que se encontra, a criança ouadolescente deve receber informações acerca de sua futura família. Tal medidaé uma forma de dotá-los de conhecimentos que poderão prepará-los emocio-nalmente para as novas exigências de adaptação que certamente encontrarãopela frente e para o reconhecimento dos vínculos que estabelecerão a ligaçãoentre os envolvidos nesse processo transitório.

Vale lembrar que os adotados ao serem inseridos em uma nova família, tra-zem consigo como bagagem inúmeros padrões de comportamentos e fun-cionamentos estabelecidos além de história de relacionamentos vivenciados,como ressaltado anteriormente. A integração numa nova família requer váriastarefas pelas quais a criança/adolescente tem que passar, sendo que esta temque se adaptar a uma nova realidade, muito distinta da sua. Músicas, cheiros,alimentos, vocabulário utilizado, hábitos diferentes daqueles da familia de ori-gem e da instituição, serão percebidos e recebidos de forma impactante. Nãohá como negar que a adaptação a uma nova família é marcada por um “cho-que cultural”, onde o adotado é confrontado com exigências de uma famíliaque tem diferentes padrões de comportamento que os seus, tendo que ne-cessáriamente ajustar suas expectativas às daquela (Palacios, 2010). Deforma romanceada, diferentemente do real, costuma possuir uma ideia esta-belecida de como será a sua nova casa, seu novo estilo de vida e como sedará o relacionamento com os novos pais. Nesta fase de integração e adap-tação, a criança necessita, portanto, aprender todo um conjunto de regras,rotinas e hábitos da nova família e adequar-se a estas, o que não é uma tarefafácil, nem para ela e nem para os novos pais. Muitas vezes tem de vivenciaro luto da idealização de uma familia novelesca, ou semelhante a de um co-mercial midiático, a fim de que o real se sobreponha ao ideal, ao possível.

Para que tal tarefa seja bem-sucedida, ressalta-se que a família adotiva porsua vez, deve dar tempo à criança e respeitar as suas dificuldades em se com-portar dentro do que é esperado, uma vez que esta provém de um meio comdiferentes regras e padrões de comportamento. Além disso, os pais adotivosdevem respeitar a sua história de vida para criarem um sistema familiar queincorpore aspetos das experiências de vida de todos em separado (Cruz,2013). Ao se adotar alguém, para além da história de vida adotam-se tambémas marcas de contínuas exposições a situações de risco em contextos ante-riores (Contente, Cavalcante & Silva, 2013).

A fim de que se evitem devoluções de crianças e que este processo sejatendência ao crescimento tanto dos pais quanto dos filhos envolvidos, faz-senecessário, tanto a preparação de postulantes a adoção, quanto a preparaçãoda criança/adolescente para travessia de um caminho até então desconhecido,que pode desencadear conflitos, ansiedades, medos, mas que pode promoveralegrias no estabelecimento de um novo encontro. A Lei 12.010/09 é claraquanto à obrigatoriedade legal da preparação de ambos os extremos: pais efilhos. Todavia, compreende-se que entre a criança desejante de uma famíliae uma familia desejante de filhos, exite outra unidade intermediária, nãomenos relevante que não pode ser esquecida e que se torna de fundamentalimportância: a instituição de acolhimento. Esta se bem sustentada, pode vira funcionar como um espaço potencial na concepção Winnicottiana (1975),viabilizando o compartilhamento de angústias, redução do estresse e enfren-tamento das novas condições que então serão submetidos.

É preciso que tanto os Grupos de Apoio a Adoção (GAAs) quanto as uni-versidades com seus Serviços-Escola de Psicologia e de Assitencia Social,possam aliar-se a equipe do Judiciário e estabelecer parceiras com equipesde instituições de acolhimento para ajudá-los a se prepararem para o forne-cimento de suporte à criança ou adolescente no que diz respeito a convivênciana instituição assim como no desligamento dessa. Destaca-se que, para aequipe técnica, o suporte adequado torna-se uma tarefa delicada e difícil, pois,requer sensibilidade, habilidade e conhecimento a fim de que consigam ajudá-los a lidar com a quase sempre dolorosa situação. Entende-se que, a atuaçãoe o manejo adequados poderão permitir aos acolhidos uma condição maistranquila e segura (Winnicott, 1958/2000), que refletirá também no trabalhoda equipe, tornando-se uma via de mão dupla.

Além do preparo da equipe da instituição os Serviços-Escola podem ser

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mediadores de intervenções durante o processo institucional, adotivo e pós-adoção. Tal manejo favorece aos institucionalizados a expressão de sentimen-tos, o sanar de dúvidas e o ressignificar de acontecimentos, tornando-se,portanto, sujeitos ativos diante do processo de separação da família originale transição para a adotiva, quando se é possivel.

Exemplifica-se com o recorte de um caso, atendido em psicoterapia de fun-damentação psicanalítica por uma estagiária. Trata-se de um garotinho de seisanos, institucionalizado desde os dois anos de idade, portanto, por quatroanos, para além do que permite a lei. Entretanto, a institucionalização de qua-tro anos se deu em decorrência de duas tentativas de recoloção infrutíferas eintempestiva. Destaca-se que a primeira, totalmente inadequada, tentou a rein-serção na família de origem, a qual naquele momento não possuía nenhumacondição da prática do cuidado, e que inclusive colocou a vida da citadacriança em risco ocasionando-lhe o retorno a casa de acolhimento. A segunda,também precipitada encaminhou, uma criança cheia de energia, para um casalquase septuagenário, que não conseguiu fornecer-lhe o manejo e sustentaçãofísica e psíquica de que necessitava (Winnicott, 1958/2000).

Este garoto, aqui designado como Antônio , pode expressar seus senti-mentos, após a contação de uma história infantil com personagens adotivos.A psicoterapia fornecida logo após a adoção, pelo Serviço-Escola, o mesmoque, em parceria com o Judiciário também prepara os postulantes à adoçãoatravés de oficinas interventivas, permitiu que Antônio pudesse ressignificare nomear seus sentimentos antes, durante e pós a adoção. Ao término da lei-tura do livro (Weber, 2004), criou espontaneamente o que nomeou de “umanovela” intitulando-a de Guerra de Amor. Em voz alta, pôs-se a dizer:

Já faz amor. Em um dia, no coração, quando não se é adotado o co-ração é todo preto, mas quando vem uma família..., no primeiro dia que a fa-mília chega prá adotá... Ainda nois não somo adotado, quando nois ainda táno abrigo (fala bem baixinho). Quando, eu fui adotado no abrigo, aí quandoas pessoa da família chegou meu coração ficou vermelhinho e branco. E essaparte aqui, desses peito aqui, uma parte ficou um pouco preta. Então... ai ficoude outro jeito, ficou com cor de ouro.

Com expressão oral aparentemente confusa, e sem muita estruturação ló-gica de começo, meio e fim, Antônio conseguiu poeticamente expressar a in-quietude de sua vida em uma novela, que foi resignificada pela estagiáriapsicoterapeuta. Compreendeu-se que através do simbolismo expresso pelacitação de um coração antes preto, vivendo em um mundo de sombras, e quevem a se tornar vermelhinho, aquele que é cheio de amor, para em seguidatransmutar para cor de ouro, pode reviver e expressar sua história, com muitaansiedade pela chegada dos novos pais, marcado pelos acontecimentos e vín-culos desfeitos, porém, esperançoso para ser verdadeiramente precioso paraalguém: cor de ouro!(Andrade, Alves & Hueb, 2013)

Considerações finaisHá de se destacar que embora a Nova Lei de Adoção apresente medidas

que muito tem beneficiado as crianças e adolescentes, inclusive assegurandoàqueles em condições de serem adotados, que antes da inserção na famíliasubstituta ou adotiva, passem por período gradativo de preparação e poracompanhamento posterior realizado pelos profissionais da Justiça da Infân-cia e Juventude, muito ainda tem de ser feito em nosso país. A precariedadeda equipe técnica em grande parte de instituições de acolhimento no Brasiltem sido uma triste realidade. Não são todos os municípios que possuem pro-fissionais suficientes para atendimento da demanda institucional, e quandohá, geralmente não se sentem totalmente seguros. Analistas do judiciário, par-ticipantes de estudo recente (Contente, Cavalcante & Silva, 2013), declararamque não se sentiam capacitados para atuar no preparo de crianças como regea Lei 12.010/09. Alegaram que a exigência legal da preparação das criançaspara a travessia para a adoção gerou uma demanda nova em termos profis-sionais, o que poderia estar dificultando a elaboração de estratégias metodo-lógicas adequadas a um trabalho interdisciplinar com a atuação integrada deórgãos do Judiciário e instituições de acolhimento. Reconheceram que a pre-paração tanto de postulantes como de adotandos, devem visar um conjugadode estratégias interventivas de forma a permitir à criança visualizar por que ecomo seria seguro viver em outra família, que não a de origem.

Portanto, resalta-se que o trabalho de preparação e integração numa novafamília deve ser composto por uma equipe interdisciplinar que vise uma pre-paração concomitante de pais e filhos, envolvendo relato de histórias de vida,preferencialmente de forma lúdica e pictórica para com as crianças e adoles-centes, como tem sido a experiência na Universidade Federal do Triângulo Mi-neiro. Dentro desta ótica, destaca-se a importância social das universidadese dos GAAs nesta travessia, de forma a dar continuidade para além do quesustenta a Lei 12.010/09. O cuidado ainda precisa ser mantido, e cabe em es-pecial as universidades o envolvimento ético e responsável para auxiliar noprocesso que envolve a adoção: antes, durante e depois. Na medida do pos-

sível devem promover projetos de extensão que preparem postulantes à ado-ção, fornecer psicoterapia para pais e filhos intrincados neste processo, e tam-bém capacitar, em parceria com técnicos do Judiciário e GAAs as equipes dasinstituições de acolhimento. Sobretudo cabe às universidades e aos GAAs, odesenvolvimento da atitude adotiva, aquela, que segundo Schettini (2015) ébaseada no afeto, é uma escolha de viver.

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Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 21 agosto

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1 - Mestre em Psicologia Clinica (Psicanálise) e Doutora em Ciências Médicas (SaúdeMental) é Professora Adjunta do Departamento de Psicologia da Universidade Federaldo Triângulo Mineiro e Coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisa em PsicologiaAplicada da UFTM. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Psicanálise (GEPPSE).Membro Fundadora do Grupo Interinstitucional Pró-Adoção ( GIPA) de Uberaba- MG.2 - Nome fictício, como medida para preservar o anonimato.

:: Narrativas familiares: famílias de idosos com Doença de Alzheimer.:: narrativas familiares: las familias de las personas mayores con

enfermedad de alzheimer.ANGELA HILUEY (Brasil)

:: Representações parentais de prematuridade em um hospital privado nacidade de buenos Aires.(CAbA)

:: representaciones parentales sobre la prematuridad en un hospitalprivado de la ciudad autónoma de buenos aires.(Caba)EDITH VEGA (Argentina) COORDeNADOR/COORDINADOR: ANGELA HILUEY (Brasil)

13h30 -15h30Sala 305504Mesa redonda

RepReSeNtACIONeS pAReNtALeS SObRe LApReMAtuRIDAD eN uN hOSpItAL pRIVADO De LA CIuDADAutóNOMA De bueNOS AIReS (CAbA)AutORA ReSpONSAbLe: Edith VegaCO-AutOReS: Chardon Estela, Gomez, F, Gomez, C., Guiragossian SInstitución de origen que representa APRA, Fundacion Aigle, UBA, UAI

La prematuridad es un serio problema a nivel nacional y mundial, es la pri-mera causa de muerte neonatal y la segunda en niños menores a cinco añossegún el Ministerio de Salud. UNICEF ha impulsado una campaña “Semanadel prematuro”; para concientizar sobre esta problemática y divulgar los de-rechos del niño prematuro y su familia. A partir de este evento se ha elaboradouna Encuesta a padres para obtener información acerca de las creencias delos padres de niños prematuros en Fundación Hospitalaria. La recolección dedatos se ha realizado en los años 2011, 2012 y 2013, con un total de 40 casos.Los resultados arrojan, en el año 2013, un incremento en las respuestas cor-recta en los padres acerca de la edad gestacional considerada para que unniño sea incluido dentro del grupo de prematuros. A su vez, a lo largo de lostres años, los padres hacen referencia al stress como una de las causas másimportantes que producirían partos prematuros, además de considerar a lasvisitas de abuelos y hermanos un factor positivo de sostén. Destacamos queentre los años 2011 a 2013 los padres le dan gran importancia al seguimientotras el alta.

pALAbRAS CLAVeS: Prematuridad, UCIN (Unidad de Cuidados Intensivos Neo-natales), Padres, Encuesta, Semana del prematuro

MINI CuRRICuLuM: Licenciada en Psicología y Dra en Psicología, Universidadde Buenos Aires. Psicoterapeuta. Supervisora. Investigadora. Coord. Docentede la Carrera de Especialidad. en Psicoterapia individual y grupal de la U. Mai-mónides- Fundadora de Aiglé. Psicoterapeuta de familias con niños. Evalua-dora de Carreras de Psicología - Consultora CONEAU. Directora de ProyectoUBACyT. Docente en Diplomado. Universidad de Valencia. Tutora del Pos-grado en Psic. Perinatal- Ciipme – Conicet. Titular de Clínica de Niños y Ado-lescentes. de la UAI. Public. Nac. e internacionales. Acreditada comoPsicoterapeuta Integrativa, cognitivo por FLAPSI y WCP. Presidente de APRA.

3h30 -15h30Sala 307514Mesa redonda

quais os fatores que podem garantir a qualidade de umaproposta de formação em psicoterapia?¿Qué factores pueden garantizar la calidad de unapropuesta de formación en psicoterapia?:: Formação e supervisão do psicoterapeuta: práticas dialógicas e

colaborativas.:: Formación y supervisión en psicoterapia: prácticas dialógicas y

colaborativas. ORIANA VILCHES-ÁLVAREZ (Chile) FORMACIÓN Y SUPERVISIÓN DEL PSICOTERAPEUTA: PRÁCTICAS DIA-

LÓGICAS Y COLABORATIVAS

El desarrollo actual de la psicoterapia hace evidente y necesario, considerara la Supervisión Clínica como una especialidad en sí misma, que requiere for-mación y no sólo experiencia clínica, así como trabajo personal sobre las for-talezas y debilidades para el ejercicio de tal rol. En la formación del terapeutadesde el modelo de terapia dialógica y colaborativa, el foco es el uso del len-guaje en la reflexión y el diálogo que favorezca la resignificación de los dilemasque presenta el terapeuta en formación al relacionarse con el consultantecomo también con el-supervisor. Se establece una relación simétrica y se fo-caliza en los recursos y habilidades personales del terapeuta para escuchar alconsultante en la narración de sus experiencias de vida, a través del uso depreguntas que abren el diálogo y la reflexión que de sentido y nuevos signifi-cados a las interacciones personales. Se desarrolla una postura ética de ho-nestidad, respeto, curiosidad y humildad, para fortalecer las competencias yhabilidades del supervisado, y aumentar la eficacia en su rol de terapeuta, fa-voreciendo la autoexploración de sus experiencias de vida. Es un trabajo deindagación compartida y apreciativa..

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::83

pALAbRAS CLAVeS: Formación-supervisión terapeutas. Prácticas dialógicas- co-laborativas

MINI CuRRICuLuM: Magister en Psicología Clínica. Pontificia Universidad Cató-lica de Chile; Magister en Psicología © y Especialista en Terapia del compor-tamiento. U. Simón Bolivar; Especialista en psicoterapia y Supervisoraacreditada –CONAPC, FLAPSI y WCP; Directora Centro Construccionismo So-cial Anairova Terapia dialógica; Docente pre y postgrado en diferentes Univer-sidades. Investigadora en área psicoterapia. Miembro Asamblea,representante Programas Tutoriales y Comisión Internacional CONAPC, So-ciedad Chilena de Psicología Clínica (SCPC), Society for Psychotherapy Re-search (SPR), TAOS Institute; Consejo Latinoamericano Taos –TILAC y . Redde diálogos Productivos. Fundadora Asociación Chilena de Psicoterapeutas(ACHIPSI). Secretaria Junta directiva Federación Latinoamericana de Psico-terapia (FLAPSI) Coordinadora Comisión Científica Internacional XI CongresoLatinoamericano de Psicoterapia y II Congreso Brasilero de Psicoterapia

:: A auto revelação do terapeuta. Alcances e limitações.:: La auto-develación del terapeuta: alcances y limitaciones.

HECTOR FERNANDEZ-ÁLVAREZ (Argentina)

La formación de psicoterapeutas es un proceso donde intervienen diferen-tes elementos y no se limita a la mera adquisición de habilidades terapéuticassino que se va configurando una actitud y un estilo personal como terapeutaasí como un marco teórico que sirve de referencia para la toma de decisionesdel psicoterapeuta. Se presentarán evidencias del peso que tienen las carac-terísticas personales de los terapeutas en la optimización de los recursos deayuda de los programas de formación. De aquí se desprende la importanciade trabajar aspectos de autoobservación y autorreflexión del terapeuta en loscursos de formación de psicoterapeutas para conseguir convertir la experien-cia en aprendizaje. Al mismo tiempo, en los últimos años se han incrementadolas investigaciones que tienen como objetivo estudiar la contribución del te-rapeuta al proceso y al resultado psicoterapéutico (Hill, 2006, (Wampold &Brown, 2005). Las características del estilo comunicativo del terapeuta vanestructurando su perfil personal de operar en la terapia, incluyendo su manerade relacionarse con el paciente. El conjunto de estas características constituyeel estilo personal del terapeuta (Fernández-Álvarez, 1998; Corbella et al, 2009).En este marco se presentará el concepto de la autodevelación del terapeutacomo una herramienta esencial, no sólo en la construcción del vínculo, sinoen la mantención del mismo y en la recuperación de las rupturas. El terapeutapuede auto-revelar aspectos de su persona.dentro del proceso y al serviciode este, lo que lo hace más real.

Se presentarán lmodalidades y tipos de la auto-revelación que indican cla-ramente cuál es el camino correcto y cuáles las alternativas que merecen serdescartadas o evitadas por su negatividad.

pALAbRAS CLAVeS: auto develación, dimensiones, relación real, limitacionesMINI CuRRICuLuM. autor: Doctor en Psicología y Psicoterapeuta. Fundador de

la Fundación AIGLE Director Revista Argentina de Clínica Psicológica, Directorde las Carreras de Especialización en Psicoterapia, en covenio Universidades:Nacional de Mar del Plata y Maimonides; y el Ackerman Institute for the Familyof New York, Estados Unidos. Director y Profesor Maestría en Clínica Psico-lógica Cognitiva, Universidad de Belgrano y Codirector y en Maestría en In-tervención Multidisciplinaria para trastornos de la conducta alimentaria,trastornos de la personalidad y trastornos emocionales, de la Universidad deValencia (ADEIT) Docente de Posgrado en diversas Universidades Latinoame-ricanas y Europeas.Coordinador del “Training and Education Committee” dela Society for the Exploration of Psychotherapy Integration ( S.E.P.I) Miembrode “Interest Section on Therapist Training and Development” (SPRISTAD), dela Society for Psychotherapy Research (SPR) Delegado Internacional de la In-ternational Association of Cognitive Psychotherapy (IACP) “Premio Interna-cional Sigmund Freud Award for Psychotherapy otorgado por el World Councilfor Psychotherapy (WCP), 2002. Premio:“Trayectoria como Investigador-Se-nior Research Career Award,” otorgado por la Society for Psychotherapy Re-search (SPR), 2013

:: A Importância da supervisão na formação de psicoterapeutas infantiscom orientação Gestalt.

:: La importancia de la supervisión en la formación de los psicoterapeutasinfantiles con orientación gestalt.LORENA FERNANDEZ RODRÍGUEZ (México) GABRIELA GARCÍA LICEA (México) co-autora COORDeNADORA/COORDINADORA: EMÍLIA AFRANGE (Brasil)

13h30 -15h30Sala 308524Mesa redondaA contribuição das neurociências.La contribución de las neurociencias.:: Jung e suas relações com a ciência moderna.:: Jung y sus relaciones con la ciencia moderna.

TERESA MACHADO (Brasil) AUREA AFONSO CAETANO co-autora (Brasil)

ReSuMO DO tRAbALhO: As apresentadoras desta mesa se propõe a abordar asinterfaces entre a Psicologia Analítica, a neurociência e a psiquiatria moderna.

No final do século 20 paradigmas do funcionamento do sistema NervosoCentral são revisados, trazendo o conceito da plasticidade neural, que permiteencontrar no âmbito do funcionamento fisiológico, arcabouço para conceitosaté então abarcados pela psicologia do inconsciente.

Diante destes novos conhecimentos da neurociência se faz possível umanova aproximação destes campos: Psiquiatria, Psicologia Analítica e Neuro-ciência.

A mesa fala das pontes que os conceitos propostos por Jung permitemcriar com os novos conhecimentos que a ciência nos proporciona, assimcomo a sua repercussão na prática clinica.

As autoras discutem as inter-relações entre: arquétipo/epigenética, e com-plexo/memoria, ancorando-as no conhecimento atual das neurociências.

Assim como Jung propõe que o funcionamento saudável está no transitoentre os vários campos psíquicos, esta mesa convida a uma dialética entre asáreas da psicologia analítica e neurociência.

MINI-CuRRÍCuLO: Aurea Afonso M. Caetano, psicóloga, trabalha em consultóriocom atendimento de adolescentes, adultos e casais. Analista Junguiana for-mada pela SBPA- IAAP (Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica).Coorde-nadora do Núcleo de Integração Neurociências, Psiquiatria e PsicologiaAnalítica da SBPA.

MINI-CuRRÍCuLO:Teresa Cristina Machado é medica psiquiatra e analista Jun-guina. Membro da SBPA (Sociedade Brasileira de Psicologia Analitica)e coor-denadora do Núcleo Integração, Psicologia Analítica e Psiquiatria, da Clinicada SBPA.

:: Neurociência e resiliência.:: neurociencia y resiliencia.

GIOCONDA MEDRANO (Venezuela)

Entendiendo la Resiliencia como la capacidad del ser humano para hacerfrente a la adversidad de la vida, adaptarse, recuperarse, superarla e inclusiveser transformado por ella y resultar fortalecido, nos preguntamos: ¿ Qué su-byace en la base de este fenómeno? ¿ qué hace posible que unos sujetos so-metidos a altos niveles de estrés , logren adaptarse y salir fortalecidos? Desdelos estudios de la personalidad , de la família y más recientemente desde laneuroquímica se intenta comprender la configuración de la resiliencia .

Cambios plásticos y funcionales, mecanismos neuroquímicos , estudiossobre el neuropéptido Y, parecen brindar luces sobre este fenómeno que nosobliga a integrar la química cerebral y su íntima relación con el ambiente.

pALAbRAS CLAVeS: Resiliencia, neuroquímicaMINI CuRRICuLuM AutORA: Médico Psiquiatra. Universidad Central de VenezuelaDocente de la cátedra de Neuropsiquiatría en curso de Especialización en

Psicología Clínica. Universidad Central de Venezuela.Psicoterapeuta EstratégicoPsicoterapeuta Certificado por FLAPSI Coordinadora de la sección de psicoterapia del capítulo Venezolano de la

Sociedad Internacional de Trastorno Bipolar (ISBD)Presidente Asociación Venezolana de Psicoterapia

:: Interface - psicoterapia e neurociências.:: interfaz -psicoterapia y neurociencias.

MARIA APARECIDA MELLO (Brasil) COORDeNADORA/COORDINADORA: RôDE SOARES (Brasil)

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Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 21 agosto

13h30 -15h30Sala 309534Mesa redonda

psicoterapia, diversidade sexual e processos de inclusão.psicoterapia, diversidad sexual y procesos de inclusión.:: entrecruzamentos políticos, psicoterapia e diversidade sexual: ética,

laicidade e promoção de direitos.:: entrecruzamientos políticos, psicoterapia y diversidad sexual:ética,

laicicidad y promoción de derechos.PEDRO PAULO GASTALHO DE BICALHO (Brasil)

:: papel da psicoterapia focada na sexualidade com diversidade sexuais einclusões.

:: papel de la psicoterapia focalizada en la sexualidad considerando ladiversidad sexual y la inclusión.OSWALDO M. RODRIGUES JR. (Brasil)

A psicoterapia focada na sexualidade se desenvolve a partir das abordagenscomportamentais desde a década de 1950 dedicando-se ao tratamento de disfun-ções sexuais em indivíduos e casais com estas queixas. Técnicas básicas especí-ficas foram desenvolvidas para facilitar o desempenho fisiológico sexual em cadadisfunção. O reconhecimento da condição interpessoal na qual a atividade sexualexiste também passou a ser considerado desde a década de 1960 e reforçado nofinal do século XX associando a psicoterapia sexual à psicoterapia de casal.

Atualmente existe um leque maior de considerações sobre as diversida-des sexuais: variações de orientação sexual (homossexualidade, bissexua-lidade, assexualidade, celibato, Poliamor), variações de objeto sexual(parafilias) e diversidades funcionais (paralisia cerebral, síndromes genéti-cas, paraplegias). Uma circunstância especial que deve ser acrescida é a dapopulação de HIV positivos.

A compressão conceitual da psicoterapia em produzir o estabelecimentode bem estar emocional quando existe a percepção de um mal estar deve seraplicada nas diversas condições considerando as limitações inerentes ou va-riações de possibilidades, da mesma forma que se procede com casais per-cebidos como “normais” numa cultura.

Auxiliar as pessoas percebidas como diversidades sexuais a desenvolver ascapacidades sexuais e administrar as ansiedades relacionadas à expressão dasexualidade, a obtenção de prazer e aquelas associadas à diversidade em si.

A psicoterapia deve reconhecer as variáveis envolvidas em cada situação ecomo se associam as emoções contrárias e favoráveis ao desempenho sexualobjetivado pelo cliente, compreendendo as limitações físicas e possibilidadesinter-relacionais permitindo inclusão a despeito das limitações pelas quaisestas populações são conhecidas.

Psic. Oswaldo M. Rodrigues Jr. CRP 06/20610 Instituto Paulista de Sexualidade - Clinica de Psicologia em Sexualidadehttp://www.oswrod.psc.br - www.inpasex.com.br COORDeNADOR/COORDINADOR: LUCIO BALAREZO (Equador)

13h30 -15h30Sala 310544Mesa redonda

Novas tecnologias e a prática clínica.nuevas tecnologías y la práctica clínica.:: Reflexão sobre as práticas psicoterápicas em ambiente mediado por

tecnologias.:: reflexión sobre las prácticas psicoterapéuticas en el ambiente mediado

por tecnologías.ALEXANDRE TRZAN ÁVILA (Brasil)

Muitos foram os impactos da difusão da Internet sobre as relações inter-pessoais e os processos de subjetivação de homens e mulheres na atualidade,um destes impactos diz respeito ao modo como as Psicoterapias podem serrealizadas, não mais de forma exclusivamente presencial, mas sim a distânciaem ambiente mediado por tecnologias. Esta possibilidade de psicoterapia tema cada dia mais se tornado realidade e fomentado o debate sobre seu exercícioe revisão de sua regulamentação pelo Conselho Federal de Psicologia para osprofissionais psicólogos, entre os questionamentos destacam-se: o profis-sional psicólogo esta realmente familiarizado com as ferramentas de comu-nicação tecnológicas, podendo assim garantir a disponibilidade do serviço e

a segurança das informações trafegadas? Como se dará e quais devem seros procedimentos de manejo das situações de crise? E principalmente oquanto a não presença física do cliente e psicoterapeuta no mesmo espaçopoderá afetar a relação e o processo psicoterápico? E como nossas teoriaspsicológicas podem dar conta desta questão? E acima de tudo devemos re-fletir e não naturalizarmos que no mundo atual a falta de tempo, o trânsitolento, e a comodidade de realizar atividades via internet torne a psicoterapia,espaço privilegiado de reflexão e cuidado pessoal, mais uma prática realizadaa distancia e mediada por algum meio tecnológico sem o devido comprome-timento que muitas vezes marcam as relações e ações no ciberespaço.

pALAVRAS-ChAVe: psicoterapia, atendimento mediado por computador; éticaprofissional.

textO: Refletir sobre a prática da Psicoterapia realizada em ambiente mediadopor tecnologias é uma questão urgente e importante na atualidade, pois esta mo-dalidade de psicoterapia tem crescido a cada dia, seja pela procura por este tipode atendimento ou pelos questionamentos dos psicoterapeutas. Alguns fatoresfomentam a emergência desta modalidade de psicoterapia em nossa sociedade,tais como o crescente uso de computadores e acesso a internet, a dificuldade delocomoção nas grandes cidades, a familiaridade com o uso de redes sociais ondea exposição e compartilhamento de experiências pessoas boas ou dolorosas setornam cada dia mais comum, estes fatores e possivelmente outros tem tornadoa prática da psicoterapia e/ou orientação psicológica mediada por tecnologiasuma realidade. Esta prática começou a ser debatida e posteriormente legitimadano Brasil para os profissionais psicólogos a partir do interesse de alguns psicó-logos, em sua maioria paulistas, que desejavam expandir suas possibilidades deatendimento e prática profissional ao oferecer atendimento psicoterápico me-diado por computador, expressão inicialmente utilizada, hoje também referidacomo “serviços psicológicos realizados por meios tecnológicos de comunicaçãoa distância”. Partindo destas discussões alguns Conselhos Regionais de Psico-logia e o Conselho Federal de Psicologia (CFP) realizaram debates e eventos queculminaram com a aprovação da resolução 12/2005 do CFP, já em 2011 foicriado um grupo de trabalho composto por alguns conselheiros de alguns re-gionais, entre eles eu, para rever esta resolução, e em 21 de junho de 2012 foipublicada a resolução 11/2012. Portanto hoje esta prática se encontra dissemi-nada por todo o país e legitimada no campo da psicologia. Vale destacar que areferida resolução 11/2012, define: “...os meios tecnológicos de comunicação einformação são entendidos por todas as mediações computacionais com acessoà internet, por meio de televisão a cabo, aparelhos telefônicos, aparelhos conju-gados ou híbridos, ou qualquer outro modo de interação que possa vir a ser im-plementado”, ou seja, qualquer meio tecnológico de comunicação a distancia,independente da nomenclatura utilizada para se referir ao serviço. Ao longo detodo este tempo, e até os dias de hoje, muitas dúvidas e polêmicas surgiramsobre esta prática, pois é necessário refletir sobre os possíveis impactos da di-fusão da Internet sobre a subjetividade do homem na era da revolução digital ouda informação. Acredito que a compreensão deste momento histórico é funda-mental para a psicologia, pois esta revolução digital introduz alterações nos es-paços físicos, nas relações estabelecidas com os próprios corpos e a geraçãode espaços alternativos, devemos assim nos aventurar em novos olhares sobreos novos fenômenos humanos, entre eles a prática da psicoterapia e dos demaisserviços de viés psicológico. Entre os questionamentos e pontos de reflexãotemos, por exemplo: o profissional psicólogo esta realmente familiarizado comas ferramentas de comunicação tecnológicas, podendo assim garantir a dispo-nibilidade do serviço e a segurança das informações? Dependendo do meio tec-nológico utilizado, como é possível garantir que estão realmente “conectados”cliente e profissional? Como se dará e quais devem ser os procedimentos demanejo das situações de crise? No caso de ocorrer problemas de conexão, taiscomo queda ou lentidão na comunicação, como isso afeta o atendimento? E prin-cipalmente o quanto a não presença física do cliente e terapeuta no mesmo es-paço poderá afetar a relação e o processo psicoterápico? E como nossas teoriaspsicológicas podem dar conta desta questão? Sejam as teorias psicanalíticascom os conceitos de transferência e contratransferência, humanistas como a deCarl Rogers e a atitude de empatia ou Jung e o conceito de sincronicidade entretantas outras teorias e práticas no campo da psicoterapia. Vale esclarecer queainda não é permitido ao psicólogo, conforme resolução 11/2012, prestar o ser-viço de psicoterapia em caráter comercial, a principal razão é de que esta ativi-dade ainda não foi suficientemente pesquisada pela comunidade científica e entãonão existe ainda conhecimento acumulado suficiente para que isto seja oferecidoem forma de serviços remunerados e fora da perspectiva de uma pesquisa.Porem a mesma resolução normatiza a prática da Orientação Psicológica quedeve tratar de algum problema especifico, limitada a 20 sessões. Entretanto, issoem si já não é uma psicoterapia em si? Atualmente temos a prática do “PlantãoPsicológico” que por si só é uma prática que pode ser realizada em poucos en-contros, às vezes somente um, e muitas vezes se configura como uma psicote-rapia, portanto 20 atendimentos podem ser facilmente vivenciados pelo clientee psicólogo como psicoterapia, mesmo a resolução apontando isso de forma di-versa. Defendo que deva ser constantemente estimulado o aprofundamento de

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observações reflexivas sobre as implicações psicológicas do surgimento da Ci-bercultura nos diversos campos do existir humano, tais como: as novas formasde estruturação da subjetividade, de interação e relacionamento humano, alémdas novas vias de construção do saber, características da era das comunicações,de modo a podermos abordar de modo consistente os limites e possibilidadesda utilização das novas tecnologias informatizadas em diferentes formas de in-tervenção e atendimento psicológico. Ou seja, o debate em torno da psicoterapiaa distância deve levar em conta as implicações psicológicas da interação homem-máquina na atualidade, assim como os reflexos do uso da rede mundial de com-putadores e suas ferramentas de relacionamento na clínica presencial, aemergência de novos modos de relação com a tecnologia o que muitas vezespoderão ser entendidos como novos diagnósticos, a postura do psicólogo frenteà utilização das novas tecnologias: questões éticas e técnicas, impactos da in-formatização na saúde do trabalhador, a possível inserção de disciplinas que dis-cutam a relação homem-máquina no currículo da formação profissional dospsicólogos, ensino e supervisão à distância na formação do psicólogo. E nãomenos importante é necessário o avanço no desenvolvimento de softwares queatenda as exigências éticas e técnicas requeridas pelos serviços psicológicosmediados por computadores, com a garantia do registro, sigilo e segurança dosdados coletados nos serviços psicológicos informatizados. E todas estas ques-tões tornam urgente a promoção do diálogo e colaboração com profissionais daárea do Direito, visando a reflexão conjunta sobre os critérios éticos e legais en-volvidos na prestação dos diversos serviços psicológicos informatizados, taiscomo: o “cliente” como “consumidor de serviços psicológicos” e o profissionalde Psicologia como “prestador de serviços”, ambos mediados por tecnologias.Por fim, entendo que cabe a sociedade, aos profissionais, e aos seus respectivosconselhos de classe e as associações que pesquisam e estudam a prática da Psi-coterapia em suas muitas modalidades estarem atentas ao uso e principalmenteaos abusos desta prática, tendo sempre em vista uma perspectiva ética e queresguarde a sociedade e sempre apoiar que mais pesquisas sejam realizadassobre esta prática de modo a validar sua eficiência e eficácia. E acima de tudodevemos refletir e não naturalizarmos que no mundo atual a falta de tempo, otrânsito lento, e a comodidade de realizar atividades via internet torne a psicote-rapia, espaço privilegiado de reflexão e cuidado pessoal, mais uma prática rea-lizada a distancia e mediada por algum meio tecnológico sem o devidocomprometimento que muitas vezes marcam as relações e ações no ciberes-paço.

MINI CuRRÍCuLO: Psicólogo. Doutorando e Mestre pelo Programa de Pós-Gra-duação em Psicologia Social (PPGPS) da Universidade do Estado do Rio deJaneiro (UERJ). Professor da graduação em Psicologia da Universidade Es-tácio de Sá (UNESA) e da Universidade Santa Úrsula (USU). Professor da Es-pecialização em Saúde Mental da UNESA. Conselheiro Efetivo da XIII e XIVPlenária do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ), ges-tões 2010-2013 e 2013-2016.

:: O enquadre terapêutico e as novas tecnologias. :: el encuadre terapéutico y las nuevas tecnologias.

MELVA PALACIOS DE MON (Panamá) INTRODUCCION

Los avances tecnológicos al día de hoy son tales, que a veces pareciera quelas llamadas “redes sociales” manejaran al mundo. El ser humano funge enocasiones como una especie de “prisionero” de la tecnología; por más quenos resistimos, en algún momento u otro parece que se necesitará de la tec-nología que tenemos disponible, y me refiero a cualquier tecnología, desdelos teléfonos móviles, que pareciera “imposible ya vivir sin ellos”, hasta lastablets, ordenadores, sistemas de GPS, etc. Hablamos de las denominadas:TICS (Tecnologías de la información y la comunicación), hasta los avancesrobóticos en cada campo, y/o avances tecnológicos de cualquier índole. Peroestá claro que no todo tiene un matiz negativo; los avances tecnológicos sontambién los que nos permiten cosas inimaginables hace tan solo 50 años, porejemplo, los avances en los tratamientos médicos que salvan vidas, la infor-mación de interés mundial al instante, y que sin ir más lejos, nos permiten laeducación a distancia, por medio de los estudios en línea o cursos virtuales.

Las nuevas tecnologías han cambiado a generaciones enteras. Lo que seconocemos como la era digital tiene ahora como protagonistas a los nombra-dos: “Generación Net”. Para estos últimos, se ha transformado la manera decomunicarnos entre nosotros, de relacionarnos, de jugar, de leer, de estudiar,de la vida en sí. (Lamas, 2009)

En el campo de las relaciones terapéuticas, no se han hecho excepcionesen ese sentido; es decir, hoy se dan con bastante frecuencia las sesiones depsicoterapia, psicoanálisis o counselling (entre muchas otras técnicas), porvideo-conferencia, existen también por teléfono, por medio de correos elec-trónicos, apartados de chat, en fin, en cuantas disposiciones tecnológicas senos ofrezcan, las relaciones terapéuticas van buscado cabida en ellas.

Por lo que resulta interesante y casi imperativo, detenernos a considerarcómo en las relaciones terapéuticas también hemos tenido que “modernizar-nos o ir al paso de los avances tecnológicos del mundo de hoy sin manualeso mayores estudios/textos al respecto”. ¿Qué se iban a imaginar los padresde la psicoterapia, el psicoanálisis y/o counselling las herramientas a las cua-les tendríamos acceso? Y aunque estas prácticas no fueron tan comuneshasta hace relativamente poco (no más de una década), eso no quiere decirque no se presentaron de cierto modo desde el siglo pasado. Hay documen-tación que señala cómo desde 1961, algunos grupos de psicólogos incorpo-raron la videoconferencia a sus terapias.

No obstante, el uso de internet como vehículo para una terapia integral esbastante innovador. Se podría decir, que estamos ante el nacimiento de unaforma de tratamiento: “la intervención mediante internet”. (Extraído el 08 defebrero del 2015 de: http://www.psicoglobal.com) Y es que a pesar del escep-ticismo que se pueda tener de su efectividad, la realidad es que brinda unacantidad bastante grande de beneficios, y se ha convertido en una alternativamagnífica a la terapia tradicional.

Es importante mencionar el hecho de que, se ha ido creando de una brechaentre terapeutas de la “generación net”, y terapeutas de “la vieja escuela”, porllamarlo de alguna manera. Estos últimos, evidentemente muestran muchasmás resistencias a la utilización de las TICS para desarrollar su labor aunqueno son todos, un buen número de ellos van integrándose estudiando, consi-derando y probando, cada vez más la utilización de nuevas tecnologías de co-municación para trabajar. (Estrada, 2009).

Claro que también incluimos en la utilización de “nuevas tecnologías” mé-todos como correos electrónicos o foros, por ejemplo, y aunque estos casosse trataría de encuentros asincrónicos, los mismos también pueden resultarde gran ayuda para promover la reflexión, por ejemplo, el alivio emocional (através de la escritura), y/o la agilización de la psico-educación del usuario.Por lo que dependiendo del objetivo terapéutico, se debe entonces buscar lautilización de unas u otras metodologías de la información.

beneficios y posibilidades que brinda la internet para el trabajo delterapeuta.

El Internet permite que alguna sesión se pueda guardar y analizarla mástarde, se pueden utilizar los mensajes de correo electrónico para dar segui-miento a algún paciente, se pueden accesar emergencias psiquiátricas, pre-venir suicidios (líneas de auxilio), accesar a pacientes con ubicacionesrestringidas, como es a veces el caso de pacientes aislados por enfermedadesinfectocontagiosas u otras órdenes médicas. La psico-oncología por ejemplo,necesitaría de estos recursos para poder trabajar con pacientes oncológicosen estados críticos.

Pero no solo ofrecen beneficios para los terapeutas, ya que las personasque deciden utilizar el Internet para consultar a un terapeuta, también se pue-den beneficiar mucho de esa decisión. Según el artículo de Psicología Online:Uso y Beneficios de la Terapia Online (Extraído el 08 de febrero del 2015 de:http://www.psicoglobal.com), entre las ventajas se encuentran:

- Se potencia la espontaneidad que cuesta inicialmente, facilitando la sin-ceridad y desinhibición en una relación terapéutica online. Incluso puede po-tenciarse el logro de la intimidad.

- Se aumenta la cobertura y el acceso a personas que por diferentes moti-vos no pueden trasladarse hasta donde atiende su terapeuta, y seguir una te-rapia tradicional, véase: personas con discapacidades de movilidad, personasque tienen que recorrer grandes distancias para encontrar una terapia ajustadaa sus necesidades, personas con determinados trastornos psicológicos o fí-sicos que no les permiten salir de casa, hasta personas que por su problemá-tica se sienten estigmatizadas y nunca irían a una consulta tradicional.

- En algunos casos, se disminuyen los costos, ya que la consulta podríaser menos costosa al no haber costes derivados de mantenimiento de localpor ejemplo, que repercuten en el precio de las sesiones, de la misma maneraque el usuario evita costes derivados de desplazamientos.

- Permite dar seguimiento a la terapia entre sesiones, ya que se puede mo-tivar a la persona a que siga los “ejercicios indicados para la casa”, y le posi-bilita al paciente resolver cualquier duda que tuviese.

- Permite realizar las sesiones sin tener que dejar de hacer otras actividades pormucho tiempo, por efectos de la demora en los desplazamientos en la ciudad.

- Se mantiene la discreción, en el trabajo o centro de estudios, ya que nohay necesidad de pedir permiso y explicar las razones del mismo.

- Es muy adecuada para jóvenes, ya que están muy en contacto con estasherramientas, las manejan bien, y les resultan atractivas y fáciles

- Sería también adecuada para personas con trastornos alimenticios por ejem-plo, ya que no tienen que asumir la ansiedad de mostrar su cuerpo (completo).

- Los estudios que se han hecho hasta el momento revelan también, que através de una terapia sincrónica hecha por video-conferencia, el chat o el te-léfono, se beneficiaron con bastante éxito pacientes con trastornos de ansie-dad, fobias de distintos tipos, ataques de pánico, agorafobia, estrés

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Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 21 agosto

post-traumático, trastornos obsesivo-compulsivos, y hasta en algunos casosde trastornos depresivos se vieron mejoras positivas.

el encuadre y el Contrato terapéuticoEn una terapia “online” se posibilitan, de igual manera, la mayoría de las

acciones de una consulta psicológica tradicional, ya que la “sesión / reunión”se da bajo un mismo momento temporal, lo que hace la hace sincrónica, bá-sicamente en el caso de las video-conferencias o chats.

Podemos estudiar y profundizar sobre los distintos fenómenos clínicos quese dan en una relación terapéutica, desde el Encuadre, tema principal de estaponencia, el contrato terapéutico, la alianza de trabajo, la transferencia contodos los fenómenos que ella implica, la dependencia en la relación terapéuticay el propio uso de las herramientas tecnológicas en el desarrollo del procesoterapéutico.

Por lo reciente de esta práctica todavía no hay mucha teoría sobre escritasobre el tema, por lo que hay más preguntas que respuestas. Algunas de ellasserían:

- ¿Cómo han modificado las tecnologías la forma en que nos relacionamoshoy?

- ¿Existe menos riesgo de dependencia en una relación terapéutica que seda en su mayoría a través del Skype o Internet, o existe el mismo riesgo? Sila dependencia en la relación terapéutica se pueda considerar un riesgo o no.

- ¿Qué es en sí la Dependencia en la Relación Terapéutica?- ¿Se considera beneficiosa o perjudicial para la relación terapéutica?- ¿En qué puntos se considera beneficiosa y en cuáles perjudicial para la

alianza de trabajo?- ¿Por qué son importantes estas preguntas al involucrar las TICS?- ¿ Cuál es la opinión personal de los “involucrados en el tema” y de los ex-

pertos en la materia? - ¿ Qué nos dicen las investigaciones que existen sobre el tema además de

algunos textos y artículos encontrados? ¿Cómo se construye la alianza terapéutica o el vínculo en la relación tera-

péutica? Es imprescindible hablar de la relación terapéutica en sí para poder hablar

de la dependencia en la misma; es decir, el vínculo que se crea entre el tera-peuta y su paciente, y es que al solicitar una terapia, ya sea psicoterapia, psi-coanálisis, counselling o cualquier trabajo de esta índole, una de las cosasmás importantes a tomar en cuenta sería el vínculo que se va a formar entre: el profesional psicoterapeuta y el cliente/solicitante o paciente. El éxito deltrabajo va a depender en gran medida, de que se haya formado un vínculofuerte y sano entre los involucrados, y por tanto sería contraproducente (hastacierto punto) que alguna de las dos partes se sintiese dependiente de la otrapara poder desarrollarse y continuar con su vida. Puede ocurrir por cualquierade las dos partes, inclusive al mismo tiempo; es decir, que tanto pacientecomo terapeuta pueden crear una dependencia del otro.

En la literatura pertinente, se mencionan cuatro (4) etapas en la relación te-rapeuta-paciente/cliente, y éstas resultan una buena guía para recorrer y enten-der el camino que conduce a una alianza de trabajo; nos sirven también comoguía de identificación de las fases “normales” dentro de la relación terapéutica;estas distintas etapas, no deben confundirse con el fenómeno de la dependenciay codependencia, que también se presentan dentro de un proceso terapéutico.

esas cuatro etapas son:1. Indiferenciación: la parte en la que ambos, terapeuta y paciente, están

en cierto estado de ansiedad o nervios, ya que apenas se van a conocer y hayalgo de incertidumbre. No se ha dado un contacto pleno.

2. Identidad: ambos se empiezan a conocer más; se encuentran semejanzasen ideas, por ejemplo, y se empieza a utilizar un lenguaje en común que per-mite estar “en la misma sintonía”.

3. Influencia: empieza a haber una competencia o deseos de control sobreel otro, y esto generalmente ocurre con quien necesita “asegurarse”, y enton-ces paradójicamente lo que procura es la “fusión” con el otro.

4. Intimidad o Colaboración: se dice que esta última es la etapa en la que“se hace terapia” realmente. Aquí ya ambos se conocen bien y de cierto modohan llegado a aceptarse como son.

La Dependencia en el desarrollo de la Psicoterapia. ¿Facilita o dificultan lasnuevas tecnologías este fenómeno?

En el caso del paciente, la dependencia se podría formar por muchas razo-nes; muchas veces el terapeuta es la única persona con la cual el pacientepuede hablar (de forma íntima), es el único “amigo” que tiene, y/o está in-fluenciado por una “deformación social” que ha llevado a entender al terapeutacomo un depositario de problemas, o también de que consultar con un tera-peuta es la única forma de vivir una vida sana y plena, por lo que se le haceindispensable. Después de una larga soledad, o una larga lista de problemas,llegar con alguien que realmente te escuche, con empatía y atención absoluta,que muestre interés sincero por ti, puede ser muy aliviador y des-estresante,

por lo que un mal manejo dentro del Encuadre, podría llevar al paciente a “de-sembocar”, a “engancharse” en una dependencia perjudicial con su terapeuta.

Esta dependencia podría limitar el trabajo de integración, y por tanto con-denar cualquier posibilidad de crecimiento, lo que obviamente lleva a un fra-caso en el trabajo terapéutico. (Extraído el 26 de abril del 2015 de:http://www.apol.fundacionmapfre.org)

Por parte del terapeuta o counselor observamos que se puede dar la de-pendencia, también por muchas razones:

La económica que es obvia y triste a la vez, ya que se puede llegar a obs-truir el crecimiento del paciente por simple avaricia; el terapeuta se llega a“acostumbrar” a recibir cierta cantidad de dinero al mes por ejemplo, y nodesea perderlo o adaptarse a otra cifra, por lo que termina, aunque sea enforma inconsciente “cortando las alas” a su paciente.

Otras veces se ha fallado en establecer bien los límites al principio de unarelación terapéutica, se falla en esclarecer bien el Contrato y se genera con-fusión; es cierto que en muchas ocasiones el terapeuta debe fungir como fi-gura protectora, padre o madre, o simplemente como red de apoyoincondicional, pero esto es delicado,

se pudiese salir de contexto, y sobrepasar los límites necesarios para tra-bajar con la transferencia “normal” requerida por el paciente, lo que puedemalograr el tratamiento.

El paciente también podría estar esforzándose por encontrar respuestasque complazcan a ambos (paciente y terapeuta), y al hacerlo provoca que elterapeuta de cierta forma “siempre esté escuchando lo que desea”, lo quepuede hacerle sentir muy bueno/eficiente, y entonces desear más de eso.

El Encuadre terapéutico tiene que procurar desmitificar la falsa concepciónsocial de que el terapeuta es indispensable o superior. Tanto el terapeuta comoel paciente deben entender y tener claro, que un terapeuta no es un “elegidode Dios”, ni lo sabe todo, ni lo puede resolver todo, o no tiene problema al-guno en su vida. Es cierto que al querer ser consciente y honesto, debe inten-tar y desear por qué no, una vida más “resuelta”; debe buscar el conocimientode sí mismo (terapia personal, trabajos emocionales, etc.) y que esto lo ayudea su estabilidad emocional antes de querer acompañar a otro en su camino,pero eso no quiere decir que sea superior, ni que se tenga que convertir en elresponsable de la paz interior de nadie.

Una relación terapéutica libre de dependencias o codependencias perjudi-ciales, puede ser algo complicado, sobretodo si se tiene en cuenta que existeuna complicidad intrínseca entre terapeuta-paciente, de intimidad y confianzasuficiente entre ambos, dadora de la posibilidad de ayuda. Para un acompaña-miento exitoso, es tan importante que se de esa confianza, como lo es la cons-tancia del paciente, su disposición, la capacidad de trabajar hacia objetivos (porparte de ambos) entre otras muchas cosas. Lo anterior se torna muy natural,si tomamos en cuenta que el paciente deposita sentimientos muy íntimos comoemociones y secretos, como parte de la transferencia; Por otro lado sabemosque también se da una contra-transferencia en las relaciones terapéuticas yque ambos fenómenos podrían confundirse con la denominada dependenciay codependencia, aunque estrictamente hablando no son lo mismo. (Extraídoel 26 de abril del 2015 de: http://www.mundogestalt.com )

Richard G. Erskine (del Instituto Galene de Psicoterapia [IGP], Apuntes2013/2015) define la transferencia como: “cualquier medio, que el paciente uti-lice para demostrar su pasado, las necesidades evolutivas que se vieron frus-tradas y las defensas que se erigieron para compensarlo”, en este casodigamos que utiliza al terapeuta. Agrega que: “la psicoterapia de la transferenciase da, en parte, cuando el psicoterapeuta no se conforma simplemente con elvalor aparente de las palabras o de la conducta de un paciente, sino que buscael significado inconsciente de lo que dicen o no dicen los pacientes, de lo quehacen o no hacen, en su comunicación afectiva y en los gestos de su cuerpo”.Un ejemplo sencillo sería cuando un paciente menciona al terapeuta algo como:“mi padre solía decir lo mismo que usted acaba de decir, todo el tiempo”.

La Contratransferencia según Florenzano (1984) ( del Instituto Galene dePsicoterapia [IGP], Apuntes 2013/2015), simple y sencillamente es: “el con-junto de actitudes, sentimientos y pensamientos que experimente el terapeutaen relación con el paciente”. Un ejemplo claro sería: “cuando el terapeutasiente que hace propios los asuntos de sus pacientes”

Es importante saber manejar bien los límites, límites como los del “amor”con que se debe acoger al paciente, la empatía, la protección, etc. No es po-sible que al paciente nunca se le pueda decir que No por ejemplo; hoy en díamuchos terapeutas pudiesen tener la sensación de que si se le dice que Noen algo a un paciente,

es como si se le estuviese “truncando”, por decirlo de alguna manera. Nose debe llegar a extremos porque los terapeutas son personas que tienen supropia vida real y deben tener su privacidad también.

Donald Winnicott (Fromm & Smith 1989), encontraba la dependencia en larelación terapéutica como absolutamente necesaria para el éxito o fracaso de sus“acompañamientos”. “La dependencia genuina por parte del terapeuta, es nece-saria para poder lograr la regresión de las experiencias traumáticas fijadas de la

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infancia”. Según Winnicott, tuvimos “fijaciones” cuando niños (antes de los 7años); es decir, experiencias puntuales en las cuales sufrimos algún trauma, yque quedaron “guardadas” en el inconsciente; de manera que inconscientementees que el paciente de adulto, recrea aquellos escenarios en el consultorio del te-rapeuta, este último siendo simplemente parte de todo el escenario.

Este mismo autor definía la Dependencia como un estado real entre lamadre y su bebé y consideraba la Madurez como el movimiento que va desdela Dependencia a la Independencia. (Lacruz Navas, 2011). Así, en los bebéshay un período de Dependencia Absoluta que evoluciona hacia una Depen-dencia Relativa hasta llegar a la Independencia y señala que este proceso sepuede ver repetido en la relación terapéutica.

Obviamente es una situación de “alto riesgo”, ya que si las condiciones, queprocura el terapeuta, se repiten como malas (igual que cuando se fijaron), y nohacen el cambio de protección, situación y valía, en ese preciso momento, elterapeuta habrá fallado garrafalmente; no olvidemos que un paciente es alguienque se encuentra en un estado de vulnerabilidad, lo que reduce totalmente laposibilidad de que esté en condiciones de defenderse de nada ni de nadie”.

Destacados psicoterapeutas afirman que dentro de una relación, de psicoa-nálisis al menos, la dependencia no sólo debe darse sino que debe fomen-tarse; “es necesaria para que el paciente pueda generar un cambio positivo”.“Es necesario entonces propiciar la dependencia del paciente, para que even-tualmente se pueda dar la mejoría de la fijación o trauma”.

También se afirma que el paciente llega a un punto en su terapia, en el cuales necesario poder depender de su terapeuta para poder “recrear” y así revivir(de cierta forma) situaciones del pasado, dolorosas que no se pudieran manejaren aquel entonces, y que quedaron “interrumpidas” o marcaron una “fijación”de vida en el mismo. Pero es importante recalcar, lo cuidadosos que deben ser,tanto el paciente como el terapeuta, en no cruzar estos muy “delgados límites”entre la dependencia generada y propicia para la acción terapéutica, y la per-judicial, que más allá de servir para el proceso, lo retrasan o truncan. Precisa-mente, un buen manejo del Encuadre Terapéutico hará posible lo anterior.

Luego de esclarecer el significado que puede tener las dependencia en unarelación terapéutica, ¿Qué opinión tendrían “expertos” (en el tema) sobre siexiste una diferencia entre generarla en un espacio terapéutico tradicional (ofi-cina o consultorio) o generarla a través de Skype o una video-conferencia?¿Podría ser distinto, más fácil o más difícil por ejemplo, generar una depen-dencia dentro de una relación que no es presencial, que no se desarrolla enun espacio real sino virtual? ¿Se dan de manera distinta la Transferencia y laContra-transferencia, al usar estos nuevos medios?

La psicoanalista mexicana Susana Velasco considera que NO y cito: “no meparece que exista ninguna diferencia, pero sÍ considero necesario que al menoshayan algunos encuentros presenciales a lo largo del tratamiento, (concentra-dos presenciales). El encuadre dentro de cualquier relación terapéutica es ne-cesario, y hasta hoy, las técnicas para desarrollarlo no han cambiado muchodesde sus inicios. (Comunicación Personal, 14 de enero del 2015)

Para la psicoanalista Tania Estrada, los fenómenos transferenciales, y laformación de una dependencia en la relación terapéutica tampoco tienen nadaque ver con que si se lleva a cabo de forma presencial o virtual, sino más biencon el tipo de relación/vínculo que el paciente establezca con su terapeuta.

“En el caso de las TICS, hablamos solo de una herramienta la cual se utilizacomo medio para llevar a cabo un encuentro terapéutico”. Y hace énfasis enque el paciente que es incapaz de relacionarse, tendrá la misma dificultad enun consultorio, que por el Skype o video-conferencia, y viceversa; es decir, quede la misma forma pasaría con la formación de la dependencia, y dependeríade las capacidades de relación que tenga el paciente, y no de los medios quese utilicen para promover los encuentros. En cuanto a la formación de la de-pendencia en sí, Estrada sostiene que más que debatir entre si es beneficiosao perjudicial, es importante estar al tanto de las etapas en las que ésta se puede,debe o no debe dar. (Comunicación Personal, 21 de mayo del 2015).

Para la Generación Net, como la llama la autora argentina Ana María Lamas,(2009), los niños, los jóvenes y los adultos jóvenes que cuentan entre 30 y45 años, seguramente que cualquier proceso que se desarrolle de manera vir-tual o en línea, es algo cotidiano, aceptado e incluso preferido. Y el procesoterapéutico podría incluirse entre éstos.

No parece que se que se comprometa el Encuadre terapéutico, lo que ocurrees que se introducen otros elementos en el mismo que se deben “trabajar”. Laherramienta utilizada para el encuentro en las sesiones, podría o no modificarla forma en que se “contacta” al terapeuta. Como ya se ha señalado es impor-tante y un buen complemento, hacer “concentrados presenciales” cada ciertacantidad de meses, También tenemos que considerar la experiencia y capacidadprofesional de los terapeutas y su familiarización con las nuevas tecnologías.

Algunos beneficios de los tratamientos vía Skype- No hay que trasladarse hasta un consultorio. En casi todas las grandes

ciudades el tráfico es fuerte. Y se puede tener una sesión con el terapeuta casique desde cualquier lugar donde haya conexión inalámbrica de internet.

- Si el paciente o el terapeuta están de viaje por ejemplo, no tendrían quere-agendarse las sesiones, simplemente se toman en cuenta los cambios dehorario, si los hay.

- No hay que guardar “formalidades o reglas sociales” relativas a la vesti-menta por ejemplo.

- Se puede escoger un sitio cómo y donde se esté a gusto mientras se de-sarrolla la sesión.

- Permite que se pueda escoger al terapeuta que se desee independiente-mente que viva en la misma ciudad .

Pero tampoco es una modalidad perfecta. Entre las desventajas que pre-sentan se pueden mencionar:

- Habrá que incurrir en gastos de viajes adicionales al tratamiento, parapoder cumplir con los “concentrados presenciales”, lo que pudiera encarecersignificativamente la terapia.

- Aparte está el hecho de la observación del lenguaje gestual y corporal porparte del terapeuta, ya que se obstruye un poco la observación completa delcuerpo, de los gestos no-verbales del paciente. Esta observación es muy im-portante, aunque, no indispensable, y en la pantalla de una Laptop o de uniPad, las expresiones de la cara y torso sí se pueden apreciar.

- Y otro punto muy importante dentro del Encuadre Terapéutico y en la va-loración de los fenómenos transferenciales, es lo que se pacta inicialmenteen cuanto al manejo del dinero; cómo paga el paciente, quien paga su trata-miento, etc. También se ve afectado este aspecto por las nuevas tecnologíasaplicadas al sector bancario, porque cada día es menos frecuente que sepague con dinero en efectivo o con cheques personales, sino que casi todotipo de pago se hace con tarjetas de crédito o débito y los pacientes optantambién por hacer transferencias bancarias a la cuenta del terapeuta, lo quehace todo el manejo del dinero menos personal.

- Un aspecto muy importante de considerar entre las desventajas es lo re-lativo a la “confidencialidad de la información” que debe existir entre el tera-peuta y su paciente y que al estar la misma en una modalidad virtual (Skype,Chats, etc.), se torna vulnerable a la ingerencias de personas ajenas a esteproceso con los conocimientos técnicos para poder accesar a la misma yhacer un uso indebido de esta información.

Finalmente, tomando en cuenta que éste es un tema relativamente de actua-lidad, es difícil encontrar suficiente información en los textos. Por lo que estetrabajo se ha elaborado básicamente con artículos de Internet y de publicacio-nes no-académicas, como Revistas, Periódicos, Apuntes, etc. Se le pidió tam-bién opinión a dos psicoterapeutas mexicanas, ya mencionadas, que hacenuso de estas tecnologías en su práctica clínica y en el caso de la psicoanalistaEstrada ha investigado con mayor profundidad el tema que nos ocupa.

CONCLuSIONeS: Dado que las herramientas tecnológicas por sí mismas propicianuna relación especial de dependencia hacia ellas, incluso en los últimos años sehabla de “adicción” a la tecnología y en ciertos países como en China o Japóntienen programas de “desintoxicación informática, es válido preguntarse:

¿Existe menos riesgo de dependencia transferencial en una relación tera-péutica que se da en su mayoría a través del Skype o Internet, o existe elmismo riesgo que en un proceso presencial?

Podría decir que el riesgo es el mismo, sin considerar que sería menor omayor, que en una consulta tradicional. Pero la respuesta en realidad podríaser un poco más compleja que eso, si se toma en cuenta que el desarrollo dela dependencia en la relación terapéutica es algo controversial.

Para ciertas escuelas y tendencias de la Psicología, como para ciertos te-rapeutas que trabajan con los conceptos de éstas, la dependencia que se de-sarrolle en un proceso de terapia, es algo natural, que además debe serfomentado según la etapa del proceso en el que se encuentren.

Pero lo cierto es que, independientemente de si un proceso terapéutico seda por Skype o en un contexto tradicional, debe poner se el mismo empeñoen trabajar el Encuadre Terapéutico, en Construir la Alianza de Trabajo, en es-tablecer los límites y otras reglas iniciales y se debe estar pendiente de lasetapas que se van dando en este proceso.

Un profesional competente debe saber manejarse ante estas nuevas mo-dalidades que nos impone el desarrollo de la tecnología en el mundo contem-poráneo. Las TICS como se les dice coloquialmente, llegaron para quedarsey la Psicoterapia también tiene que adaptarse a los retos de la modernidad.

ReFeReNCIAS bIbLIOGRáFICAS- Apoyo Online. Fundación Punset, 2012. Recuperado de: http://www.apol.fundacion-

mapfre.org- Estrada, T. 2009. El Psicoanálisis Contemporáneo Frente a la Tecnología de

Telecomunicaciones. Incorporación o Resistencia en la Práctica Analítica. Seme-janzas y Diferencias. Conferencia 77 en: 46th Congress Psychoanalytic Practice:Convergence and Divengences. Chicago, Estados Unidos de Norteamérica.

- Fromm, M.G. & Smith, B.L. 1989. El Entorno Facilitador (The FacilitatingEnvironment). Madison, Connecticut, Estados Unidos de Norteamérica: Inter-national Universities Press, Inc.

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Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 21 agosto

- Lacruz Navas, J. (2011) Donald Winnicott: vocabulario esencial. España:Mira Editores.

- Lamas, A.M. 2009. Generación Net. Buenos Aires, Argentina: EditorialAtlántida S.A.

- Montejano, S. 2010. Psicología Online: Uso y Beneficios de la TerapiaOnline. Psicoglobal. Recuperado de: http://www.psicoglobal.com

- Téllez Sánchez, N.P. 2002. Dependencia y Codependencia Entre el Pa-ciente y el Terapeuta. Universidad Gestalt. Recuperado de: http://mundoges-talt.com

- Winnicott, D. W. (1963) “De la dependencia a la independencia en el de-sarrollo del individuo”. El Proceso de Maduración en el Niño. Barcelona: Laia

16h00 - 18h00TA4pôsteres

16h00 - 18h00Teatro554Discussão de caso clínico anônimo/Discusión anónima caso clínico

:: qual a modalidade terapêutica a ser indicada em função dos dados dopsicodiagnóstico infantil apresentado.

:: Cual modalidad terapéutica debe ser indicada en función de lapresentación de los datos del psicodiagnóstico infantil. DebAteDORA 1: AMELIA THEREZA DE MOURA VASCONCELLOS (Brasil) DebAteDORA 2: MYRIAN BOVE FERNANDES (Brasil) MODeRADORA: MARIA ROSA SPINELLI (Brasil)

16h00 - 18h00Sala 301564Workshop/taller

A psicoterapia psicodramática.La psicoterapia psicodramática.AutORA : MôNICA R. MAURO (Brasil)CO-AutORA : ANDREA CLÁUDIA DE SOUZA (Brasil)

16h00 - 18h00Sala 302574 Comunicação oral/Comunicación oral

CO02:: A validação do luto na deficiência física.área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.Camila Carrascoza Vasco, Maria Helena Pereira Franco.

CO37 :: O que é psicoterapia do ponto de vista cognitivo narrativo.área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.Rodrigo Pacheco de Almeida Sampaio.

CO43 :: O sofrimento psicológico e a natureza humana: um olharbehaviorista (contextualista funcional).área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.Thiago Pacheco de Almeida Sampaio.

CO45 :: teoria e Clínica psicanalítica: correlações emergentes doregistro do discurso.área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.Ribeiro Andrade, Érica Henrique. COORDeNADORA/COORDINADORA: MATHILDE NEDER (Brasil)16h00 - 18h00Sala 303584Comunicação oral/Comunicación oral

CO14 :: Relato de Caso Clínico- Manejando um luto complicado.

área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.Gabriella Costa Pessoa, Giovana Kreuz; Maria Helena Pereira Franco.

CO46 :: bioética na Reprodução humana Assistida - Os impactos éticos eemocionais na doação de embriões: Narrativas familiares.área temática:18. Contribuições Recentes Cynthia Silva Machado, Helen Raiz Barbosa Engler.

CO49 :: empreendedorismo: um possível caminho para a ampliação daconsciência.área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.Patricia Cristina De Conti Bertaglia.

CO66:: O trabalho da Díade terapeuta-paciente na AeDp-Neuropsicoterapiaárea temática:18. Contribuições Recentes.Maria Cândida Sobral SoaresCOORDeNADORA/COORDINADORA: ANA PATRÍCIA DE SÁ LEITãO PEIXOTO (Brasil)

16h00 - 18h00Sala 305594Comunicação oral/Comunicación oral

CO10 :: entre o dito e o vivido: dilemas da transição para a vida adultana psicoterapia.área temática:5. psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos.Clarissa Magalhães Rodrigues Sampaio, Ida Kublikowski.

CO23 :: prática clínica autônoma: aspectos administrativos e financeiros.área temática: 3.psicoterapia e processos de formaçãoValéria Maria Meirelles.

CO57 :: A redesignação que não é apenas Sexual: alterações no campofamiliar em e intervenções em Gestalt-terapia.área temática: 10. psicoterapia, diversidade sexual e processos deinclusão.Gr. Gustavo Vinicius Martins Leal , Esp. Arminda Britto, Ms. Danilo Suassuna,Janicris Resende, Dra. Mariluza Terra Silveira, Ms. Luiza Terra Colma.COORDeNADORA/COORDINADORA: RôDE SOARES (Brasil)

16h00 - 18h00Sala 307604Comunicação oral/Comunicación oral

CO20 :: Suporte ao paciente oncológico idoso hospitalizado – Reflexõessobre o manejo psicoterápico.área temática: 8. psicoterapia em diferentes instittuições.Giovana Kreuz, Maria Helena Pereira Franco

CO22 :: Método tatadrama: o papel social da gestante emergindo do atode brincar.área temática: 9. psicoterapia e processos grupais.Elisete Leite Garcia

CO26 :: Saúde e cuidado na espiritualidade: a clínica etnopsicológica emterreiro de umbanda.área temática: 8. psicoterapia em diferentes instituições.Fabio Scorsolini-Comin

CO27 :: práticas Clínicas e valores espirituais: relato de experiência deum serviço de psicologia em uma faculdade confessional.área temática: 8. psicoterapia em diferentes instituições.Jessica Sousa Silva, Ida KublikowskiCOORDeNADOR/COORDINADOR: TALES VILELA SANTEIRO (Brasil)

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::89

16h00 - 18h00Sala 308614Comunicação oral/Comunicación oral

CO08 :: A prática sexual de risco de homens que fazem sexo comhomens vivendo com hIV.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.Roberto Garcia, Denise Gimenez Ramos

CO38 :: panorama dos profissionais de psicologia nos planos de Saúdedo Rio Grande do Sul.área temática:7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública epoliticas públicasEduardo Friederichs Hoffmann.

CO47 :: Consequências emocionais de um episódio de estupro na vida demulheres adultas. área temática: 12. psicoterapia e violência.Flavia Bello Costa de Souza, Roberto Garcia, Jefferson Drezzet, Denise G.Ramos.

CO71 :: el acompañamiento terapéutico como recurso psicoterapéuticocon personas en situación de dependencia.área temática: 11 psicoterapia e psicopatologia. MÓNICA MEJIA PACHECO COORDeNADORA/COORDINADORA: IVONISE FERNANDES DA MOTTA (Brasil)

16h00 - 18h00Sala 309624Comunicação oral/Comunicación oral

CO06 :: terapia Daseinsanalítica de uma senhora com afasia deexpressão devido a AVCs – o resgate de uma história pelo compartilharcomunicativo.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.Paulo Eduardo Rodrigues Alves Evangelista.

CO55 :: efectividad de un programa terapéutico aplicado a un grupo deadolescentes infractores albergados en un centro juvenil de atenciónintegral.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.José Mogrovejo Sánchez

CO62 :: A terapeuta Grávida no processo psicoterápico psicanalítico deCrianças.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.Fernanda Munhoz Driemeier Schmidt, Vera Regina Röhnelt Ramires.

CO63 :: A relação entre processo e resultado na psicoterapiapsicanalítica: Resultados preliminares de um estudo de casosistemático.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.Pricilla Braga Laskoski, Fernanda Barcellos Serralta, Cláudio Laks Eizirik.COORDeNADORA/COORDINADORA: GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil)

16h00 - 18h00Sala 310634Comunicação oral/Comunicación oral

CO09 :: Devolvendo os pais à criança: uma nova modalidade de consulta

terapêutica.área temática: 9. psicoterapia e processos grupais.Leliane Maria Aparecida Glicose Moreira

CO11 :: Os desafios e a potência de uma clínica psicanalítica grupal nomundo contemporâneo.área temática: 9. psicoterapia e processos grupais.Thaís Seltzer Goldstein .

CO40 :: Vivência de vulnerabilidade entre idosos que vivem com hIV/Aids.área temática:7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública epoliticas públicas.Maria Irene Ferreira Lima Neta, Edna Maria Severino Peters Kahhale.

CO54 :: psicoterapia de adolescentes numa perspectiva sistêmica:incluindo a família no atendimento grupal.área temática: 5 . psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos. ou 9. psicoterapia e processos grupais.Silvia Renata Lordello.COORDeNADOR/COORDINADOR: HENRIQUE J. LEAL F. RODRIGUES (Brasil)

8h10 - 20h00Teatro634AComunicação oral/Comunicación oral

CO12 :: A entrevista psicológica com técnica projetiva no contexto dohIV/AIDS.área temática: 18. Contribuições Recentes.Roberto Garcia, Denise Gimenez Ramos.

CO24 :: A representação do vitiligo em intervenção psicológica grupal.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia Augusta Renata Almeida do Sacramento, Ida Kublikowski .

CO30 :: Análise clínica e empírica de um caso de interrupção precoce empsicoterapia psicanalítica.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia .Lívia Fração Sanchez, Clarice Kern Ruaro, Pricilla Braga Laskoski, RafaelWellausen, Silvia Pereira da Cruz Benetti, Fernanda Barcellos Serralta.

CO32 :: trauma em Crianças em Acolhimento Institucional: Avaliação etransformação por meio do processo psicoterapêutico da terapia do Sandplay.área temática: 6. pesquisas em psicoterapia .Reinalda Melo da Matta,Denise Gimenez Ramos.CO36 :: Sofrimento psicológico e a natureza humana: um olhar cognitivonarrativo.Rodrigo Pacheco de Almeida Sampaio.COORDeNADORA/COORDINADORA: MARIA ROSA SPINELLI (Brasil)

20h15 - 22h00Teatroteatro de Reprise4Teatro de RepriseROSANE RODRIGUES e o Grupo Improvise.(Brasil)22 de agosto

09h00 - 10h30Teatro644Discussão de caso clínico anônimo./Discusión anónima caso clínico:: O atendimento terapêutico frente ao segredo: como proceder.:: La atención terapéutica frente al secreto: Cómo proceder.DebAteDORA: HELENA CENTENO HINTZ (Brasil) DebAteDORA: EDITH VEGA (Argentina) MODeRADORA: ANGELA HILUEY (Brasil)

Page 90: Programa Oficialabrap.org/site/XICongressoLatino-AmericanodePsicoterapia... · 2016-04-29 · el mejor desarrollo de la psicoterapia como tratamiento, ciencia y profesión, en cualquier

90 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia

Resumos e Trabalhos dia 22 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 22 agosto

09h00 - 10h30Teatro644Discussão de caso clínico anônimo./Discusión anónima caso clínico

:: O atendimento terapêutico frente ao segredo: como proceder.:: La atención terapéutica frente al secreto: Cómo proceder.DebAteDORA: HELENA CENTENO HINTZ (Brasil) DebAteDORA: EDITH VEGA (Argentina) MODeRADORA: ANGELA HILUEY (Brasil)

09h00 - 10h30Sala 301654pôsteres premiadosCOORDeNADOR/COORDINADOR: TALES VILELA SANTEIRO (Brasil)

09h00 - 10h30Sala 302664Roda de Conversa/ Rueda de Conversación

Modelo de educação do IAMb - Instituto Agricola deMenores de batatais.modelo de educación do iamb - instituto agricola demenores de batatais.ABILIO BARBOSA DA SILVA (Brasil) JORGE BROIDE (Brasil)RITA SEIXAS (Brasil)SONIA MARIA B. A. PARENTE (Brasil)

09h00 - 10h30Sala 303674Comunicação Oral/ Comunicación Oral

CO29 :: processo de Mentalização e Contratransferência.área temática: 11. psicoterapia e psicopatologiaEliana Riberti Nazareth.

CO31 :: psicoterapia psicanalítica do paciente psicossomático.área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.Maria Beatriz Simões Rouco.

CO35 :: Corpo na psicanálise.área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.Yoshiaki Ohki.COORDeNADOR/COORDINADOR: YOSHIAKI OHKI (Brasil)

Podemos citar alguns quadros clínicos que apresentam sintomas físicos –histeria, hipocondria, delírio somático, somatização e doença psicossomática.Mas meu enfoque será nos quadros que estão situados no nível pré-simbólicocomo a somatização e doença psicossomática. As demais tem sua capacidadesimbólica preservada. A somatização, como o próprio nome diz, é um processoregressivo em direção ao soma, ao ego corporal; enquanto a doença psicos-somática é uma parada no desenvolvimento ao nível de ego corporal. O pro-cesso regressivo da somatização nos mostra um quadro de desintegração,com angústia de aniquilamento, de despedaçamento e sintoma físico de muitador. Na doença psicossomática onde ocorre uma parada no desenvolvimentoao nível de ego corporal, temos um estado de não-integração, no sentido win-nicottiano e seu quadro clínico “puro” é silencioso, onde detectamos apenassinais e sem sintomas. Mas na prática clínica, temos a superposição de ambas.Será nosso trabalho separar e discriminar ambos quadros, pois a abordagemterapêutica será distinta e para isto precisamos usar da nossa contratransfe-rência somática para alcançar a “preocupação materna primária” de Winnicott.

*Membro Efetivo da ABP (Ass. Bras. Psiquiatria), da SBPSP (Soc. Bras.Psicanálise de S.Paulo), da IPA (Int. Psychoanalytical Ass.), ICPM (Int. Collegeof Psychosomatic Medicine), NPsa (Int. Neuropsychoanalysis Soc.), Coorde-nador do Grupo de Estudos CorpoMente da SBPS, Professor do Instituto dePsicanálise da SBPSP. Conferencista em Psicanálise e Neurociências.

09h00 -10h30Sala 305684Mesa Redonda

Século xxI: a imagem do pai e mãe na prática clínica.siglo xxi: la imagen del padre y la madre en la prácticaclínica.:: Imagens do pai na clínica - funções paternas e expressões do pai no

contexto psicoterápico.:: imágenes del padre en la clínica - funciones del padre y expresiones en

el contexto psicoterapéutico.DURVAL LUIZ DE FARIA (Brasil)

:: A psicoterapia de questões maternas nos sonhos.:: Questiones maternas en sueños en la psicoterapia.

MARION RAUSCHER GALLBACH (Brasil)

:: A influência das relações entre pais e filhos nas trajetóriasempreendedoras: uma visão junguiana.

:: La influencia de las relaciones entre padres y hijos en una carreraempresarial: Una visión de Jung.PATRICIA CRISTINA DE CONTI BERTAGLIA (Brasil)

ReSuMO: Na pratica da psicoterapia, frequentemente encontramos pessoasque têm nas suas relações familiares referencias de comportamento e moti-vação para vencerem suas dificuldades. Um movimento na atualidade repre-sentante dessa dinâmica psíquica que transita intensamente entre as antigasreferencias e as novas influências é o empreendedorismo. Os empreendedo-res identificam oportunidades, assumem riscos, iniciam e levam adiante o seupróprio negócio.O presente trabalho tem por objetivo ampliar a visão sobre ainfluência das relações entre pais e filhos nas trajetórias empreendedoras,considerando os aspectos psicológicos e as motivações de empreendedores,assim como fornecer informações que possam apoiar trabalhos de psicote-rapia com essas pessoas. Ele apresenta dados colhidos em uma pesquisa rea-lizada com o método qualitativo de base junguiana. Os resultados indicam quea dinâmica psíquica dos empreendedores tende a ser pauta pela busca doamor e da auto realização; sobretudo nas relações entre pais e filhos; neladestacam-se a força transformadora dos símbolos; o consumo e o comérciocomo elementos de relação e expressão da alma; o conflitos entre desejos epossibilidades; a ampliação da consciência através do movimento reflexivo.Considerando os aspectos simbólicos presentes na dinâmica de empreende-dores foi feita uma ampliação do tema pelo mito do herói.

pALAVRAS ChAVe: amor, empreendedor, pais. tRAbALhO: O presente trabalho tem por objetivo ampliar a visão sobre a in-

fluência das relações entre pais e filhos nas trajetórias empreendedoras, con-siderando os aspectos psicológicos e as motivações de empreendedores,assim como fornecer informações que possam apoiar trabalhos de psicote-rapia com essas pessoas. Ele apresenta dados colhidos em um estudo teóricosobre o tema e em uma pesquisa qualitativa de base junguiana, na qual foramrealizadas entrevistas individuais semi dirigidas com uma mulher empreen-dedora de 33 anos e com um homem empreendedor de 38 anos.

Com o advento da globalização as comunicações se intensificaram e aspessoas recebem cada vez mais influência de inúmeras culturas. Ocorremgrandes transformações sociais e mudanças de paradigmas. Ainda assim, pa-rece que as relações entre pais e filhos representam uma das referências maissignificativas no modo de ser e de viver, sobretudo quando surgem grandesdesafios. Na pratica da psicoterapia, frequentemente encontramos pessoasque têm nas suas relações familiares referencias de comportamento e moti-vação para vencerem suas dificuldades. Um movimento na atualidade repre-sentante dessa dinâmica psíquica que transita intensamente entre as antigasreferencias e as novas influências é o empreendedorismo.

O empreendedorismo é um fenômeno complexo que se baseia essencial-mente no comportamento de certas pessoas que abrem e gerenciam seuspróprios negócios, tendo características inovadoras para o contexto social,econômico e cultural. Ele está relacionado a um processo que envolve reali-zações de ideias; harmonização de interesses; aproximação de sonhos e rea-lidades, desejos e possibilidades. Essa forma de atuação profissional é muitofrequente no Brasil, ela tem apresentado grande destaque na contemporanei-dade, inclusive sendo bastante apoiada por políticas públicas e ações gover-namentais. Os empreendedores são pessoas que identificam oportunidades,assumem riscos, iniciam e levam adiante o seu próprio negócio e, além disso,exercem considerável influência no contexto social, econômico e cultural. Paraobterem sucesso precisam vencer inúmeras dificuldades e limitações devido

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a habilidades ainda não desenvolvidas, ou questões políticas, econômicas,sociais e até culturais.

Considerando os aspectos psicológicos, em geral os empreendedores sãovistos como pessoas egocêntricas, focadas em aumentar seu patrimônio pes-soal. Possivelmente isso se deva ao fato de muitos deles procurarem manteruma persona que transmita autoconfiança, astúcia, sucesso e prosperidade;acreditando que assim estarão expressando posturas socialmente aceitas efacilitando a convivência interpessoal. A aparente ênfase no consumo, na co-municação e no comércio parece ser apenas uma faceta parcial dos empreen-dedores que, de maneira arrojada, conseguem levar adiante suas aspiraçõespessoais. O verdadeiro foco parece estar em alcançar, por meio do empreen-dedorismo, respeito, prestígio e amor de uma pessoa específica.

O amor é considerado por Jung (2007) um dos principais responsáveispela movimentação das forças e da energia nos seres humanos. Jaffe (2002)considera que o amor faz o que nenhuma outra coisa pode fazer, ele com-promete totalmente o ser humano. Segundo Carotenuto (2005), a vivênciade um relacionamento amoroso permite ao ser humano penetrar mais fundona sua psicologia.

Analisando os dados obtidos nessa pesquisa foi possível notar que os entre-vistados acreditam que através de suas ações empreendedoras poderão seaproximar mais daquilo que amam. Uma das entrevistadas é proprietária deuma loja de roupas para meninas, ela acredita que o empreendedorismo lhepropicia, grande liberdade de ação, aproximação com o mundo infantil feminino,flexibilidade de horários para poder conciliar e maternidade e uma atividade re-munerada, além disso acredita que através dele poderá conquistar o amor e ad-miração de sua filha. O outro entrevistado é dono de uma indústria de médioporte, para ele o empreendedorismo possibilita aproximar-se do modelo dehomem que ele vê em seu pai, ser amado e admirado por sua família da mesmamaneira que ama seu pai, e ao mesmo tempo, poder viajar e passear de maneiramais livre. Assim, eles se sentem fascinados por seus empreendimentos, in-clusive porque através deles conseguem unir diferentes pontos de interessepessoal e coletivo, que a princípio seriam divergentes e inconciliáveis.

Esse fascínio denota a existência de conteúdos inconscientes projetadosnos empreendimentos. Esse fenômeno não é algo volitivo, ele surge do in-consciente e se impõe à consciência compulsivamente. (JUNG, 2008). Nessescasos, possivelmente trata-se de uma projeção prospectiva que atua de formacriativa e a serviço do desenvolvimento, pois os conteúdos inconscientes pro-jetados atraem o indivíduo para uma vivência mais dinâmica e iluminada. (JA-COBI, 1991). Deduz-se, então, que a dinâmica psíquica dessesempreendedores usa tais mecanismos para transcenderem limitações.

Os depoimentos dos entrevistados foram carregados de emoção e eviden-ciaram que, em suas trajetórias empreendedoras, enfrentam com enorme en-tusiasmo inúmeras dificuldades, emocionais, financeiras ou tecnológicas. Umdos entrevistados coloca explicitamente que, em seus momentos de maiordificuldade, seu principal ponto de apoio foi a observação do modelo de con-duta de seu pai, assim como a reflexão sobre os valores estabelecidos e sobrea repercussão de suas ações.

O grande impulsionador dessas atitudes empreendedoras é o Self que, porprecisar do ego para se expressar no mundo material, desperta nele um fortedesejo de realização, identificação e valorização. Nessas situações, o ser hu-mano parece ouvir um chamado interior para buscar uma maneira de dar su-porte e expressão à sua alma, em outras palavras, atender a uma designação.Nesse processo identificamos a força transformadora dos símbolos associa-dos a atividade profissional; o consumo e o comércio como elementos de re-lação e expressão da alma; o conflito entre desejos e possibilidades; e aampliação da consciência através do movimento reflexivo. Além disso, é pos-sível notar que esse processo canaliza a energia vital excedente para outrosfins diferentes da satisfação dos instintos; com isso ocorrem mudanças sig-nificativas no mundo interno e no mundo externo, produção de trabalho, cria-ção de leis, de moral e cultura. (JUNG, 1997).

Considerando os aspectos simbólicos, podemos aproximar a dinâmica deempreendedores do mito do herói. Assim como ocorre nesse mito, os em-preendedores enfrentam uma jornada de autodescoberta, transformação ecriação, mobilizada pelo amor a uma pessoa específica. Ela pressupõe ummovimento entre dois eixos de uma condição para outra. Nessa trajetóriaeles constroem sua identidade, ampliam seus conhecimentos, propiciamtransformações no contexto em que estiverem inseridos, criando comunida-des e tecnologias.

ReFeRÊNCIAS:CAROTENUTO, A. (2005) Eros e Pathos: amor e sofrimento. 2. ed. São

Paulo: Paulus. JACOBI, J. (1991) Complexo, arquétipo, símbolo na Psicologia de C. G.

Jung. Cultrix: São Paulo. JAFFE, L. W. (2002) A alma celebra: preparação para a nova religião. São

Paulo: Paulus.

JUNG, C. G. (1997) O desenvolvimento da personalidade. In: O. C., Vol.XVII. São Paulo: Vozes.

___________ Psicologia do Inconsciente. (2008) In: O. C., Vol. VII/1. Pe-trópolis: Vozes.

__________ A natureza da psique. (2007) In: O. C., Vol. VIII/2. Petrópolis:Vozes.

MÍNI CuRRÍCuLO: Psicóloga, Especialista em Psicologia Analítica pelo CO-GEAE/PUC-SP, Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP e Doutoranda emPsicologia Clínica pela PUC-SP.

e-mail: [email protected]/COORDINADORA: GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil)

09h00 -10h30Sala 307694Mesa redonda

psicoterapia contemporânea.psicoterapia contemporánea.:: A psicoterapia de pacientes em trânsito .:: La psicoterapia en los pacientes en tránsito.

GLEY P. COSTA (Brasil) PSICOTERAPIA DE PACIENTES EM TRÂNSITOGLEY P. COSTAFUNDAÇãO UNIVERSITÁRIA MÁRIO MARTINS

ReSuMO: Psicanalista e psicoterapeuta há quatro décadas, o autor registraneste trabalho uma mudança observada em sua prática nos últimos 15 anos,que consiste em um número crescente de pacientes que apresentam emcomum falta de uma definição clara dos seus sintomas e pouca ou nenhumareflexão subjetiva sobre o seu sofrimento. Na sua maioria, são profissionaisque auferem elevados ganhos e que, em função dos seus negócios, passama maior parte do seu tempo em trânsito, exigindo adaptações técnicas paraque seus tratamentos possam ser mantidos. Além de caracterizar o grupo depacientes enfocados neste estudo, o autor descreve o quadro clínico, tececonsiderações sobre os aspectos técnicos, apresenta um caso clínico típicoe finaliza o trabalho com questionamentos sobre a(s) causa(s) dessa mudançaque desafia a psicoterapia do século 21.

MINI CuRRICuLO: Médico, psiquiatra e psicanalista; membro titular da Fe-deração Brasileira de Psicanálise e da Associação Psicanalítica Internacional;analista didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto alegre e pro-fessor dos cursos de psiquiatria e psicoterapia da Fundação UniversitáriaMário Martins; autor de livros, sendo o mais recente A Clínica Psicanalíticadas Psicopatologias Contemporâneas (Artmed, 2015).

:: A influência da psicoterapia na flexibilização do setting na análiseclássica.

:: La influencia de la psicoterapia en la flexibilización del setting, en elanálisis clásico.JOSÉ LUIZ PETRUCCI (Brasil)

:: "e Dodô tinha mesmo razão ...":: "y dodó tenía razón ..."

REGINA PONTES (Brasil) COORDeNADORA/COORDINADORA: SYLVIA MANCHENO DURÁN (Equador)

09h00 -10h30Sala 308704Mesa redonda

Desafios psicopatológicos da atualidade.desafíos psicopatológicos de la actualidad.:: psicopatologia experimental:: psicotapología experimental.

ANDRÉ BRAVIN (Brasil)

:: psicoterapia na presença da violência. :: psicoterapia en la presencia de la violencia.

Profª. Drª. Vera Regina Röhnelt RamiresInstituição: Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica

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Resumos e Trabalhos dia 22 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 22 agosto

Muitas crianças e adolescentes sofrem com a violência praticada no âmbitoda família, justamente o contexto que deveria garantir sua proteção e cuida-dos, sua educação, seu desenvolvimento. A violência doméstica tem umgrande impacto em todas as esferas desse desenvolvimento, podendo atingira dimensão afetiva, cognitiva, social, física e neurológica. Atinge grande quan-tidade de casos e implica em sequelas de significativa magnitude. As crises,dificuldades e os traumas resultantes da violência intrafamiliar requerem al-guma forma de elaboração psíquica. O objetivo desta apresentação será dis-cutir uma abordagem psicoterápica nas situações de violência, no espectroda psicoterapia psicodinâmica, baseada nos conceitos de função reflexiva ecapacidade de mentalização. A função reflexiva e a aquisição da capacidadede mentalizar são parte de um processo intersubjetivo entre a criança e o(a)cuidador(a), que facilita a criação de modelos mentalizantes através de mo-delos linguísticos e quase linguísticos, facultando o alcance da regulação econtrole das próprias emoções, desenvolvendo segurança interna, autoestimae autonomia. A psicoterapia, qualquer que seja sua forma, trata da reativaçãoda mentalização, uma vez que busca estabelecer uma relação de apego segurocom o paciente, tenta utilizar essa relação para criar um contexto interpessoalonde a compreensão dos estados mentais se converta em um foco e tenta re-criar uma situação onde se reconhece o self. Diante dos danos e prejuízoscausados na organização do self pelas vivências de maus-tratos, e da neces-sidade de intervir sobre os mesmos, é importante buscar estratégias de pre-venção e de intervenção para abordagem do problema.

Vera Regina Röhnelt Ramires, psicóloga, Especialista em Psicoterapia Psi-canalítica, Doutora em Psicologia Clínica pela PUCSP, professora e pesquisa-dora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica da UNISINOS, RS.Desenvolve pesquisas sobre processo e resultados de psicoterapia; aborda-gem baseada na função reflexiva e capacidade de mentalização na psicoterapiade crianças e adolescentes vítimas de traumas.

:: O uso da resiliência na prática clínica.:: el uso de la resiliencia en la práctica clínica.

GEORGE BARBOSA (Brasil) COORDeNADOR/COORDINADOR: LUIS OSWALDO PÉREZ FLORES (Peru)

09h00 -10h30Sala 309714Mesa redondapsicoterapia e as questões teóricas-filosóficas.psicoterapia y preguntas teórico-filosóficas.

:: A filosofia, a ciência e as artes como conexões na formação dopsicoterapeuta.

:: La filosofía, la ciencia y las artes como conexiones en la formación delpsicoterapeuta.HENRIQUE J. LEAL F. RODRIGUES (Brasil)

:: A questão da alteridade: Articulações entre estética, arte e clínica.:: La cuestión de la alteridad: articulación entre la estética, la psicología

social y la clínica psicoanalítica.JOãO FRAYSE-PEREIRA (Brasil)

ReSuMO: Na experiência clínica, a relação com o outro é básica. Mas, comose define o outro e a experiência que temos com ele? Quando se pensa emdefinir a alteridade, imediatamente costuma-se pensar na “questão da dife-rença”. E é na diferença existente entre o eu e o outro que se afirma a identi-dade. No entanto, na relação entre identidade e diferença, quando o outro vema ser uma questão? Os autores que trataram dessa temática são muitos,desde a filosofia até a antropologia, à psicanálise, à psicologia e à literatura,por exemplo. Mas, é na filosofia contemporânea que encontramos modos dereflexão que radicalizaram o exame dessa problemática. Ou seja, a reduçãodo outro a um objeto, seja este objetivo ou subjetivo, um fato material ou umarepresentação, se constitui num impasse para o aparecimento da intersubje-tividade. E, segundo o filósofo Maurice Merleau-Ponty, só é possível sair delese renunciarmos à dicotomia sujeito-objeto. Assim, não é no plano da relaçãode uma consciência com outra ou no da interação de um corpo físico-fisioló-gico com outro que esse impasse será ultrapassado. O campo que permite aultrapassagem dessa dicotomia e dos impasses derivados dele é o campoatravessado pela dimensão estética no qual se encontra o corpo não comocoisa objetiva, nem como ideia, mas o corpo como um ser sensível que écapaz de sentir. É nesse campo, simultaneamente estético e reflexivo, que sepoderá fundar do ponto de vista ontológico o advento da intersubjetividade

como intercorporeidade, dimensão essencial para a experiência clínica, en-tendida como experiência psico-estética, análoga à que acontece no campodas artes.

Professor Livre Docente do Instituto de Psicologia-USP e do Programa dePósGraduação em Estética e História da Arte-USP. Psicanalista – membro efe-tivo-docente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Autor devários artigos e livros entre os quais “Arte, Dor. Inquietudes entre Estética ePsicanálise” ( Ed. Ateliê, 2010, 2ª edição) , “Olho d’Água. Arte e Loucura emExposição” ( Ed. Escuta-Fapesp, 1995).

:: transtorno bipolar e expressão artística.:: trastorno bipolar y expresión artística.

GIOCONDA MEDRANO (Venezuela) COORDeNADORA/COORDINADORA: GIOCONDA MEDRANO (Venezuela)

09h00 - 10h30Sala 310724Mesa redonda

A interpretação- sua importância e seu papel nos métodospsicoterapêuticos da atualidade. La interpretación – su importancia y su papel en losmétodos psicoterapéuticos de la actualidad.

:: A interpretação na Análise Reichiana :: La interpretación en el análisis reichiano .

MARCUS VINICIUS DE ARAUJO CÂMARA (Brasil)

:: Atendimento e manejo psicoterapêutico para pessoas comcomportamento suicida.

:: atención y manejo psicoterapéutico para personas con comportamientosuicida.KARINA OKAJIMA FUKUMITSU (Brasil)

1. Anais com trabalho completo (Segundo as Normas da APA-AmericanPsychological Association)

Fukumitsu, Karina Okajima (2015). Atendimento e manejo psicoterapêuticopara pessoas com comportamento suicida. In XI Congresso Latino-americanode Psicoterapia e no II Congresso Brasileiro de Psicoterapia São Paulo. Brasil.

Desde a graduação em psicologia (1989 a 1993), a autora deste trabalhonunca teve alguma aula na qual pudesse aprender a lidar com um cliente compotencial suicida ou uma orientação que oferecesse subsídios para a instrumen-talização quando pessoas tentavam suicídio. Motivada pelas vivências infantisde ter uma mãe que tentou várias vezes se matar, a pesquisadora direcionou seudesenvolvimento profissional em busca da compreensão desta situação-limite,que confronta o senso de preservação da vida humana. No presente estudo, osuicídio é compreendido como morte escancarada e interdita (Kovács, 1992;Ariès, 1977), definida por Kovács (2003) como “[...] o nome que atribuo à morteque invade, ocupa espaço, penetra na vida das pessoas a qualquer hora. Pelasua característica de penetração, dificulta a proteção e o controle de suas con-sequências: as pessoas ficam expostas e sem defesas” (p. 141).

O psicoterapeuta recebe orientações e ensinamentos para lidar com os as-suntos da vida. Nesse sentido, todo manejo do comportamento suicida de-pende da definição que se atribui ao fenômeno multifatorial a ser discutido naapresentação da mesa redonda. A definição da autora é a de que o suicídiopode ser definido como a confirmação concreta da descontinuidade do sen-tido de vida (Fukumitsu, 2012).

Todo e qualquer ser humano pode enfrentar um suicídio de uma pessoa,seja ele paciente, cliente ou até um ente querido, principalmente porque o sui-cídio é um ato do humano que deflagra desespero, desamparo e desesperançado ser. Dessa maneira, a palestrante norteará sua apresentação tecendo con-siderações sobre uma questão fundamental: “Como acolher a pessoa que per-cebe a morte como alívio de seu sofrimento?”.

A resposta se desnuda respaldada pela crença de que é por meio do contato“horizontal”. Acolher, escutar e ter compaixão para com outro não é tarefafácil. No entanto, essa é arte que deve ser foco para quem assume a respon-sabilidade da prevenção do suicídio. Lembrando que “[...] a prevenção nãooferece garantias de que a pessoa não tentará novamente se matar, mas a pre-visão, no sentido de investigar e explorar ao máximo as ideias que a pessoatem sobre sua morte, pode ser facilitador, tanto na lida com a pessoa que co-mete o suicídio, quanto na compreensão do processo do enlutado por suicí-dio” (Fukumitsu, 2013, p. 59). Sendo assim, a linguagem a que se propõe

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::93

este trabalho é a linguagem do ser humano. Independentemente de credo,raça, condição financeira e social, nós, os seres humanos, deveríamos nosportar como seres que vivem em comunidade e que dependemos uns dos ou-tros. Na condição de humanos, temos o mesmo nível existencial e, portanto,podemos utilizar e nos disponibilizar genuína e afetivamente para que o outrose sinta acolhido quando em sofrimento existencial.

Palavras-chave: Suicídio. Prevenção do suicídio. Intervenção na crise. Ma-nejo do comportamento suicida. Suicidologia.

Referências Bibliográficas ARIÈS, P. (1977). O homem diante da morte. Riode Janeiro: Francisco Alves. FUKUMITSU, K.O. (2013). Suicídio e Luto: His-tórias de Filhos sobreviventes. São Paulo: Digital Publish & Print. KOVÁCS,M.J. (1992) Morte, separação, perdas e o processo de luto. In: ______ (Org.).Morte e desenvolvimento humano. (pp. 153-169). São Paulo: Casa do Psicó-logo. ______. (2003). Educação para a morte: temas e reflexões. São Paulo:Casa do Psicólogo.

:: Contratransferência e transgressões em psicoterapia. :: Contratransferencia y transgresiones en psicoterapia.

ELISEO MIGUEL GONZÁLEZ REGADAS (Uruguai) COORDeNADOR/COORDINADOR: ELISEO MIGUEL GONZÁLEZ REGADAS (Uruguai)

Se plantea por parte del autor del trabajo, la relación existente entre un as-pecto de la así llamada contra-transferencia en psicoanálisis (la vertiente tras-gresora de la contra-transferencia), cuáles son aquéllos aspectos de la mismaque conllevan el riesgo potencial de una trasgresión. Luego, se traen ejemplosde lo que podemos considerar zonas grises, que deben ayudarnos a reflexio-nar sobre estos aspectos de nuestra profesión.

pALAbRAS-CLAVe: contra-transferencia, psicoterapia, trasgresiones.MINI CuRRÍCuLuM AutOR: Profesor universitario de posgrado en la Universidad

Católica del Uruguay y en dos Institutos Universitarios de Posgrado (IUPA yCastalia). Escribió más de cincuenta artículos en diversas revistas especiali-zadas y tiene tres libros publicados. Está especializado en psicoterapia en losservicios de salud y posee el certificado uruguayo (FUPSI) y latinoamericano(FLAPSI) de psicoterapia. Es psicoterapeuta supervisor de las mencionadasinstituciones universitarias.

11h00 - 14h00Teatro734Solenidade de encerramento. Cerimonia de Clausura.Diálogo sobre as perspectivas Futuras na psicoterapia.diálogo sobre las perspectivas futuras de la psicoterapia.GUILLERMO GARRIDO (Panamá) ALCEU ROBERTO CASSEB (Brasil)

pReSIDeNte/pReSIDeNtA: EMÍLIA AFRANGE (Brasil):: entrega de prêmios aos pôsteres, Certificados e nomeação da nova

diretoria da FLApSI.:: entrega de premios a los pôsteres, Certificados y nombramiento de la

nueva dirección de la FLapsi.

O FutuRO DA pSICOteRApIA Agradeço o convite para está difícil tarefa. O tema me é complicado porque

não estou em condições de profetizar coisa alguma. Não sou dado a “achis-mos” nem a especulação sobre impressões. Prefiro tratar as impressões ape-nas como impressões. Resta-me procurar delinear algumas reflexões sobreo possível futuro do oficio e o provável futuro da demanda por psicoterapia.Para isso terei que apelar para a paciência e compreensão de vocês de formaa viabilizar minha exposição.

Rei Ricardo: Desperdicei o tempo,agora o tempo perdido me desperdiça.W. Shakespeare(Richard II 1595)

O que será depende obviamente do que é, e o que é depende do que foi, doque tem sido para um possível e desejado vir a ser. Em síntese como anda aética em terapia. Entendo Ética como todo o nosso fazer, e espero que não aconfundamos com a noção de Código de Moral, como deveria chamar-se oCódigo de Ética Médica. Nós nos encontramos presentemente com alguns fa-tores pró e outros nem tão prós para a clinica psicoterápica no futuro.

Fala-se muito do mundo instantâneo, do performance, da cibernética onde

Sr. Google é um ser onisciente, da pós-modernidade e seu vale tudo, do fimdas utopias, da falência dos sistemas religiosos, da implosão progressiva damicro-sociedade conhecida como família, da perda e ou substituição de va-lores, da confusão entre ser e ter, da necessidade de se estabelecer quotaspara tudo, do domínio do non sense nas artes, da exploração comercial atra-vés do marketing em todas as formas de comunicação que resulta em ques-tionamentos críticos onde quase tudo é tratado como mentira oumanipulação, ufa!!! Seriam estes alguns dos fatores anti-humanos, anti-civi-lização ou anti-terapias? Vejamos um deles apenas, o uso do tempo nas te-rapias:

A disputa de mercado para assistência ao emocional torna o tempo um pa-râmetro complexo, e ao mesmo tempo o tempo é um ícone nas discussõesdos leigos no assunto.

Será que a rapidez de resultados é a garantia do sucesso terapêutico? Nospostes das grandes cidades encontramos cartazes garantindo a união entreduas pessoas, não sabemos com que método, mas sabemos que essa práticase prolifera, garante-se a devolução do dinheiro em caso de frustração. Poroutro lado muito se fala do tempo e dinheiro desperdiçado em terapias doprofundo, das teorias superadas. Tenho visto as pessoas elegerem comomuito melhor a “shopping terapia”, ou mesmo uma viagem. Certa feita umpaciente me disse que seu cardiologista lhe havia sugerido uma namoradacomo alternativa à sua frustrante esposa, para variar e apimentar sua insólitavida sexual. O paciente então pediu que o medico oficializasse a orientaçãoatravés de uma receita para ele poder levar a frente o tratamento, foi a últimavez que viu “seu médico”. A variável eficiência à luz do tempo, ou seja, obter-se resultado rápido pode induzir erros irreparáveis. Onde promessas não lo-graram êxito, onde expectativas não foram tratadas de modo cientifico e semque “tivéssemos a intenção” acabamos por alimentar as raposas com os ovosde nosso único galinheiro, depois começa a sumir as próprias galinhas. Umpaciente que foi frustrado pelo tratamento psicoterápico pode contribuir paraum futuro sombrio das psicoterapias, a dele e as de quem ele exerce influên-cia. O boca a boca, ou tecla a tecla, tem funcionado mais rapidamente que adifusão de um vírus.

A disputa não cientifica entre as diferentes escolas e correntes funcionacomo um péssimo referencial para o futuro da prática clínica psicoterápica,cria impasses onde deveria existir debate científico, acirra rivalidades que porvezes são originadas em escolhas emocionais mais que utilização cientificade um método, de um pensamento, indicam endeusamentos mais que com-promisso com o paciente e com o ofício. Mas isso está presente na formaçãoda civilização humana, vejamos:

Os sistemas que vão a falência são aqueles que se apóiam na sustentação da natureza humana e não no seu crescimento e desenvolvimento.Oscar Wilde (The soul of man under socialism 1891)

Em um tempo impreciso o homem precisou se agrupar. Dividindo tarefase co-operações percebeu que poderia enfrentar melhor a natureza, ou seja,cuidar de sua sobrevivência. Desde então foi se estabelecendo que existe umacondição essencial para a sustentação dos agrupamento humanos. A longe-vidade do agrupamento depende de uma certa obediência à um conjunto deregras de convivência, quer essas regras sejam assimiladas quer não. Estasregras criadas para a sustentação inicial sofreram inúmeras alterações, tor-nando-se mais ou menos sofisticadas. Historicamente observamos a partici-pação das catástrofes, dos dramas e das tragédias como referencias destasregras mutantes, mas há também a natureza humana que sobrepuja, submetee impõe-se não apenas pelo agrupamento, mas por seu próprio script natural.

Para nos, ocidentais, a referência histórica-literária que congrega nossosideais grupais desde a antiguidade é formada pelas confluências entre a Bíbliajudaico-cristã e a Mitologia Antiga. Uma espécie de mix estatutário das me-táforas com as tragédias oriunda da natureza humana e a necessidade da for-mação de civilização. Posso simplóriamente supor que deste “quase pensar”mítico religioso criou-se uma ordem (Ideal) civilizatória: Democracia e Traba-lho. São vetores que deveriam balizar as diretrizes para o manejo das tendên-cias humanas de forma a impedir que o grupo vá a falência. Entretanto anatureza humana cria “atalhos” para estas diretrizes mantendo a civilização,e me refiro a 2015, em condições de um precário desenvolvimento humano.Disto inferimos que a formação de uma civilização humana rivaliza-se com anatureza animal, choca-se com suas leis. Mais que um conflito de interessesteremos que lidar com a natureza pré-estabelecida. Somos seres tendencio-sos, ou seja, movidos por forças oriundas dos pensamentos selvagens nemsempre domesticados que nos impelem a reagir à civilização com ações anti-grupais; ao mesmo tempo temos que lidar com a sobrevivência do individuoe da humanidade, portanto dos agrupamentos. Observando o individuo vemosque somos parte de um todo que invariavelmente criticamos. A manutenção

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Resumos e Trabalhos dia 22 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 22 agosto

do civilizatório impõe sofrimentos ao individuo. É intrigante como estes so-frimentos não despertam um processo civilizatório, mas mais parecem entre-ter o homem que promover seu desenvolvimento. Dai advêm a intermináveldiscussão sobre a concepção de sanidade. São é o feliz, a felicidade é o grandeideal. Felicidade passa a ser o objeto de desejo. A Civilização passa a ser “ob-rigatóriamente” uma fonte de Felicidade. Surge um agravante: como conciliara democracia, a obediência ao desejo da maioria, e a individualidade da Feli-cidade? O civilizatório desde sempre se apoiou em duas condições que se-guem sendo essenciais apesar dos discursos pós modernos:

“[1] renuncia ao individualismo e [2]sustentação do coletivo”. .

Sem contrários não há progressão.Atração e repulsão, razão e emoção, amor e ódio,

são necessários para a existência humana.Willian Blake (The marriage of Heaven and Hell 1790)

A hipertrofia da ideologia do ter em nossa civilização não nos permite ab-dicar do individualismo, mas cultuá-lo. A busca pela Felicidade Individual exa-cerba algumas das tendências oriundas da natureza humana. Tornamo-nosselvagens em vigência livre destas tendências. A saída é criarmos condiçõespara uma certa renuncia a estas tendências que possam viabilizar a vida emgrupo. Três áreas de renuncia são essenciais para a sustentação de uma ci-vilização: renuncia ao [1] canibalismo; [2] - Renuncia ao incesto; e, [3] - Re-nuncia a Matar.

Estas renuncias são precariamente assimiladas. Definitivamente podemosdizer que a primeira passou a fazer parte da mente humana voluntária. Todossomos em todos os lugares do planeta guardiões do “anti-canibalismo”. Comoexemplo posso citar as interessantes descrições feitas por “naturalistas” quevieram do velho mundo para dar noticias do “homem primitivo” dos “primiti-vos”habitantes das matas que comem gente. O grande horror naquela épocaera ainda vir a deparar-se com canibais. Recentemente O filme do diretor J.Demme: “O Silêncio dos Inocentes” retomou este assunto reafirmando comoo anti-canibalismo é um “mandamento” assimilado pelo humano, uma refe-rencia de evolução humana dentro do projeto civilizatório. Não atacamos nos-sos semelhantes com a fúria insana para nos alimentar da carne humana nempermitimos que outros o façam, e isso não precisa de policia especial. O per-sonagem Hannibal do filme é uma unanimidade da critica civilizatória.

Observamos que com o Incesto e o matar não existe essa assimilação.Mesmo nas sociedades ditas evoluídas presenciamos grupos de adultos uti-lizando crianças para suas perversões. A civilização não assiste voluntaria-mente a renuncia ao incesto. Há uma certa tolerância à violência com o sexualdas crianças, com a disseminação da prostituição infantil com a obstrução dajustiça e ainda por cima existem grupos de pedófilos querendo instituir a le-galização do “direito ao prazer sexual da criança”.

Também é lamentável pensar a “Renuncia a Matar” como condição civili-zatória. Muitos países ditos evoluídos praticam a pena de morte, ou seja, man-dam matar ou simplesmente em nome de uma ideologia ou regime enviamseus jovens para morrerem por uma causa quase sempre duvidosa. Para ainoperância das renuncias civilizatórias o homem criou sistemas de Coerção.

O conflito, por exemplo, entre a Felicidade Individual e as necessárias re-nuncias resulta em falhas operativas do civilizatório. Estas falhas dão margema eclosão de diferentes distúrbios individuais ou coletivos. Eclode um universoborbulhante de paixões, pathos em grego, ou das patologias. Este estado decoisas garante a demanda por psicoterapia pelos próximos séculos. A psico-terapia rivaliza-se com o suicídio. Quando não é possível abdicar à renunciade matar, o individuo primitivo parti para a guerra. Guerra contra o civilizatório,contra o individual, contra seu próprio eu em síntese assume ação anti-grupal,sempre anti-civilizatória.

A arte do policial refere-se sempre à punição.Napoleão(The mind of Napoleon)

Nenhuma sociedade humana sobrevive sem policia, exército, judiciário esistema prisional. É o remédio amargo para tentar coibir, ou dar sobrevida àcivilização que não assimilou o manejo das tendências anti-grupais. Sentimosqualquer renuncia às nossas tendências como obstrução à nossa “Felicidade”.Sob ação do sistema de coerção esta obstrução é sentida como proibição,uma proibição de sermos “felizes”. Obstruídos e ou proibidos em nossa na-tureza animal podemos com freqüência nos autorizar a dar vazão às nossastendências que estão sob contenção. As drogas, oficiais ou clandestinas alemde vícios ou ritos sociais estão no rol dos mecanismos contentores das ten-dências anti-grupais. Estes mecanismos sofrem tratamentos contraditórios,

proibi-se um e autoriza-se outro, com isso se cria um sem numero de discus-sões vazias onde referenciais passageiros ocupam a busca pela verdade con-vincente. Deste angulo é muito fácil vermos a imensa demanda porpsicoterapia.

No sentido civilizatório as privações deveriam ser universalmente aplicadas,afinal com o ideal de Demócritos ninguém deveria estar autorizado a ter o pri-vilégio de não estar incluído nas renuncias, mas a prática não é bem assim,e estas contradições tem se transformado em um fator desestruturante do ci-vilizatório. A principal finalidade do agrupamento é manejar com as necessi-dades, ou seja distribuir as riquezas. A distribuição das riquezas, apesar dosdiscursos ideológicos, segue um principio darviniano, e o mais forte, nemsempre alinhado aos princípios civilizatórios, torna-se um modelo do culto aoindividualismo e retrocessos humanistas voltam a fazer parte da etiopatogêniasocial dos distúrbios mentais.

Como lidamos então com tal precariedade do desenvolvimento humano nacivilização?

[1]Transferindo parte deste mal negócio para a vida material. Aumentamoso acesso ao conforto e este deve dar algum refresco à “proibição de vir a serFeliz”. Um carro novo é a felicidade?

[2] Criando ideais. Espécie de jogo de busca onde os iniciados terão a “fe-licidade”. Adia-se a felicidade para um outro momento. Um Shangrilá surgiráse tivermos uma aplicação obediente. Preterimos o homem em nome de umideal, místico ou político.

[3] Trabalhando com as renuncias, as privações e as proibições através daestética. Usamos a habilidade humana para expressão: A Arte. De todos, oúnico remédio sem efeito colateral.

A arte não é um espelho que reflete a realidade, é sim um martelo que a esculpe.Bertolt Brecht (In: M. Larsen, Literary Agents 1996)

Este remédio indicado, diferente do aceito ou tolerado, está contido no atoartístico. A mente sã necessita de um senso poético. Apenas através da arteé que criamos este senso, uma perspectiva compensatória para as renunciasimpostas pelo civilizatório. A vida com arte auxilia a discriminar nossas mi-sérias e cria uma saudável compulsão de vir a saber, saber de sappore, sabo-rear. A relação intima com o artístico constrói linguagem, cria saídas. Todavez que olhamos o grito de Munch somos melhor inseridos na realidade hu-mana das profundezas de nossas angustias. Apreciando O Campo dos Trigaisentendemos como o fez Van Cogh nossa pouca significância, nossas preten-sões e arrogância. Ouvindo Vinicius voltamos a nos encantar com o desejo,com a singeleza de um olhar uma praia, mesmo a não tão bela Itapuã real,mas a maravilhosa Itapuã de Vinicius. A arte atinge o individuo na formaçãodo pensamento, na articulação de sua história, no âmago de ser humanocriando caminhos para o civilizatório, que assim possa ser uma psicoterapia.A arte reinventada na relação gera potencial reformulações que não apenasadaptam, mas injetam vida. A arte enquanto resposta ao grupal é a civilizaçãoenvolta no homem. A Psicoterapia é a arte da relação humana.

O medico que apenas medica faz uma péssima psicoterapia.M. Balint(O medico, seu paciente e a doença1984)Com o baixo desenvolvimento humano para a vida em civilização, as obs-

truções ao civilizatório criado por grupos de poder - os privilégios e a forma-ção de oligarquias - que são indiferentes ao humanismo sem dúvida auxilia aaumentar a demanda para Psicoterapia. Estados Oligárquicos são fatores queprecipitam o enlouquecer. Some-se a isso a utilização indiscriminada de me-dicações de eficiência duvidosa e seus efeitos destrutivos, podemos aindaacrescentar a volatilização das relações com a saúde, quer da forma que osprofissionais de saúde vem se tornando menos voltados às relações humanase com isso prendem-se a imediatismos da cultura da instantaneidade, vere-mos a demanda por Psicoterapia aumentar significativamente.

Por outro lado temos fatores que contribuem para a diminuição da de-manda por desenvolvimento psíquico. As relações individualistas preferem asuperficialização do encontro com outro, intimidade revela e incomoda. Estamodalidade defensiva não resulta da internet ou dos “novos” meios de comu-nicação, sempre foram a escolha do homem individualista. Evitando compro-misso evita-se o trabalho imediato, este ser mais primitivo procura adaptar-seao raso. Na pratica medica esses aspectos são evidentes. Cada vez mais omedico não tem compromisso com o paciente, mas com os protocolos desua especialidade. Encaminha-se. Um dos maiores inimigos da Psicoterapiareside neste mesmo eixo. Em muitos consultórios atende-se em psicoterapia,mas se a coisa apertar ai sim se encaminha ao psiquiatra que é quem real-

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::95

mente vai “resolver” a questão. A “des-responsabilização” do ser psíquico,principalmente o terapeuta, associado a pseudo-teorias torna o “tratamento”uma conveniência momentânea e planta na cultura a certeza que aquele é umprocesso de secunda classe. Interesses comerciais criam referenciais pseudo-científicos, acabam por tornar o sofrimento psíquico uma mercadoria de fácilcomercialização, como por exemplo ocorre em alguns dos “novos” diagnós-ticos psiquiátricos inventados para dar conta da venda de psico-fármacos, es-pécie de pedra filosofal redescoberta, como denunciado por ex diretores degrandes multinacionais do ramo.

Cuide dos minutos, as horas se cuidam sozinhasLord Chesterfield (Letter to his Son 6 november 1747)

Indubitavelmente o futuro de qualquer área do saber humano dependerá dodesenvolvimento ético. Necessitamos difundir um senso ético que resulte emum diferencial na atitude dos que praticam a Psicoterapia. Um diferencial quepossa expressar ao mesmo tempo seriedade científica, profundidade de co-nhecimento e aplicação da própria personalidade, sem exageros, na direçãodo trabalho com a verdade. O Futuro do Oficio de Psicoterapeuta não difere doFuturo de nenhuma área do conhecimento humano, não precisa de previsõesotimistas que seduzam novas ovelhas, nem precisa de formulas mágicas, ne-cessita de liberdade científica, de apoio para os que estão iniciando, e de qua-lidade na formação daqueles que realmente desejam exercer esta difícil tarefa.

Alceu Casseb MD PhD

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Pôsteres

16h00 - 17h30 TA pôsteres:

01teMA: psicoterapia e processo de formação

A expeRIÊNCIA NO eStáGIO CLÍNICO SupeRVISIONADO DepSICOLOGIA NO CAMpuS CAMpO GRANDe DA uFMS:expeCtatiVa VersUs reaLidade na reLaÇÃo Com o paCienteLariane Marques Pereira*; Mariana Quinzani Leonardo*; Professor Dr.Tiago Ravanello**; Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Na graduação em Psicologia, o momento do estágio clínico supervisionadocoloca o estagiário diretamente em relação com uma pessoa até então desco-nhecida. O objetivo dessa pesquisa foi descrever a relação entre a expectativae a realidade no relacionamento estagiário-paciente. Para isto, os procedimen-tos metodológicos consistiram em: observação e descrição do Serviço deAtendimento Psicossocial, aplicação de questionários nos estagiários em pro-moção da saúde com enfoque psicanalítico e entrevista semiestruturada comos professores orientadores do estágio. O questionário interrogou os estagiá-rios quanto às características esperadas e encontradas além de verificar se elesacreditam que há uma equivalência entre elas. Os resultados confirmaram quehá diferença entre a expectativa e a realidade na relação estagiário-pacientecomo também apontou uma contradição na concepção dos estagiários(55,5%) que mesmo assinalando características diferentes ainda assim acre-ditam haver uma equivalência entre expectativa e realidade. Em seguida foi feitauma entrevista com os professores-orientadores – acerca das possibilidadesda realização do estágio e como evitar o descompasso existente entre a expec-tativa e realidade – pela qual se concluiu que frente a uma experiência única,como são os atendimentos, tanto a estrutura do local de atendimento, as dis-ciplinas, supervisões e orientações quanto a análise pessoal, aproximam o es-tagiário do aspecto real e imprevisível da clínica.*Acadêmicas do sexto semestre de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grossodo Sul e participantes do Laboratório de Pesquisa em Psicanálise, Epistemologia e Lin-guagem (L.A.P.P.E.L).**Professor Adjunto do Centro de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federalde Mato Grosso do Sul.

02área temática: psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos / psicoterapia e processos de Formação.

A ASSOCIAçÃO eNtRe RetRAÍMeNtO SOCIAL eDIFICuLDADe eSCOLAR. Autores: FREITAS, L.G*., COSTA, S.*, YANO, Y.** Universidade Paulista –Chácara Santo Antônio, São Paulo/SP.

INtRODuçÃO: As habilidades sociais (HS) no desenvolvimento infantil e nodesempenho acadêmico e social das crianças tem sido tema de grande interessenos últimos tempos. A convivência com os pares e modelos familiares são fa-tores fundamentais para desenvolver HS. Este trabalho apresenta o caso de K,11 anos, com grande retraimento social, dificuldades escolares e com compor-tamentos infantilizados. ObJetIVO: O foco foi desenvolver HS mínimas neces-sárias para formar vínculos e favorecer o contato social; desenvolver autonomiae para através dessas favorecer o aprendizado acadêmico. MétODO: Foram rea-lizadas 25 sessões de psicoterapia, no Serviço-Escola, por uma dupla de esta-giários. Foram utilizadas estratégias lúdicas (brincadeiras e jogos), vídeo,dramatizações, para favorecer a modelagem e modelação para expressar-se ver-bal e não verbalmente. ReSuLtADOS: Após análise observamos que: K. sofreupunições ao se expor; familiares apresentavam repertório social empobrecido;não era incentivado a manter relações com pares; poupava-se das tarefas es-colares ou outras, evitando punições. Tais fatos contribuíram para o retraimentosocial/timidez, afetando o desenvolvimento acadêmico (não tirava dúvidas oucumpria as deveres) e afetivo (recebia pouca atenção, aprovação e afeto). Apósintervenções, K. passou a se comunicar verbal e não verbalmente (contato vi-sual, sorrisos, etc), porém o desempenho acadêmico permaneceu baixo. Du-rante todo o processo os familiares foram orientados a participar de forma ativa.CONCLuSÀO: desenvolver HS é fundamental, pois a falta implica em conse-quências prejudiciais nas diversas áreas de funcionamento da criança.* Estagiários-Terapeutas do grupo de Psicoterapia Comportamental, do Serviço-Escolada Universidade Paulista em 2014. ** Profa. Dra. e Supervisora de Estágio em Psico-terapia Comportamental da Universidade Paulista.

03área temática: pesquisas em psicoterapia (6).

INteRVeNçõeS bASeADAS eM MINDFuLNeSS pARApORtADOReS DO hIV: uMA ReVISÃO AtuALIZADADaniel Santos Martins; Thiago P. A. Sampaio (orientador) Instituto de Psiquiatria (IPq) da Faculdade de Medicina da USP

Resumo: Introdução: Originalmente adaptadas para redução de estresse,as Intervenções baseadas em mindfulness passaram a ser aplicadas a queixaspsicológicas como depressão e ansiedade e, atualmente, estão sendo testadaspara variados quadros patológicos crônicos, como câncer, fibromialgia, dorcrônica, artrite reumatoide, entre outros. Dentre eles, destaca-se neste estudoa infecção pelo vírus HIV, cujo estágio avançado de prejuízo imunológico(AIDS) produziu mais de 35 milhões de mortes em todo o mundo, desde suadescoberta em 1981. Objetivo: constituir a primeira revisão bibliográfica comenfoque exclusivo sobre intervenções baseadas em minfulness com pessoascom HIV/AIDS, já que as anteriores incluiam outros quadros crônicos. Mé-todo: as bases de dados pesquisadas foram: PSYCINFO, PUBMED e SCIELO.Utilizou-se as palavras “mindfulness”, “HIV” e “AIDS” nos espaços de buscadesses sites. Para selecionar ou recusar artigos, foram lidos: título e resumode cada resultado. Após obtenção das pesquisas oriundas das bases dedados, a referência bibliográfica de cada artigo foi consultada em busca deoutras pesquisas. Resultados: foram elegíveis onze artigos, com destaquepara cinco ensaios clínicos randomizados. O programa Mindfulness BasedStress Reduction (MBSR) é a principal forma de intervenção, presente emnove pesquisas. Foram obtidos resultados significativamente positivos paravariáveis psicológicas, qualidade de vida e variáveis somáticas. Conclusão:os programas mindfulness MBSR e MBCT despontam como importantes tra-tamentos adjuntos para pessoas portadoras do HIV.

Mini-currículo: Psicólogo e bacharel pela USP; Especialista em TerapiaCognitivo-Comportamental em Saúde Mental pelo Instituto de Psiquiatria daFaculdade de Medicina da USP; cursando licenciatura em Psicologia pela USP.

04

perdas e luto na família: análise do filme Reine sobre mimAutor / Autora responsável (1): Elisângela de Melo Paes Leme MenezesCo-autores (2): Maria Helena Pereira FrancoNome da Instituição: PUC-SP

A família é uma das instituições organizadas pela sociedade, dentre as di-versas atribuições ou influência que ela exerce em relação às pessoas, con-sidero que o vínculo afetivo é de grande relevância. A função do vínculo éfornecer segurança, mas nem sempre essa função é possível. O ambiente fa-miliar está sujeito às diversas situações ameaçadoras. O vínculo de apego dosmembros de uma família é construído pelo amor que unem as pessoas. Pormeio dessas experiências com o outro, constrói-se um mundo de acordo comas crenças individuais, o mundo interior ou mundo presumido, que pode serseguro ou inseguro. A morte de uma pessoa na família pode causar desiqui-líbrio no sistema familiar, muitas vezes interrompendo o funcionamento dafamília, afetando os recursos emocionais e físicos. O objetivo deste trabalhoé a análise e reflexão do filme de Mike Binder, Reine sobre mim (2007), o qualé um estudo de caso sobre luto por mortes violentas. As mortes violentas,sejam por desastres ou acidentes, podem provocar situação traumática outrauma psicológico. As mortes violentas, sejam por desastres ou acidentes,provocam situação traumática ou trauma psicológico. O trauma é uma situa-ção de ruptura no tecido vivo, que é causado por fatores externos. Quandouma pessoa entra em confronto com a ameaça de morte ou a morte, ela podevivenciar uma experiência traumática que pode gerar crise, que resulta eminstabilidade e desiquilíbrio no sistema. Este filme permite um estudo signi-ficativo em relação ao luto por morte violenta.

palavras-chave: família, luto, TEPT, mortes violentas, cinemaMini-currículo: (1).Doutoranda em psicologia clínica PUC- SP. Especiali-

zando em Casal e família pelo Núcleo de Estudos e Reciclagem da Família -Laços. Mestre em Educação: Culturas escolares e linguagens UFMT. (2). Éprofessora titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, no Pro-grama de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Clinica, fundadora (1996),fundadora e coordenadora do Laboratório de Estudos e Intervenções sobre oLuto - LELu, da PUC-SP. Coordenadora do GT Formação e Rompimento deVínculos na ANPEPP.

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psicoterapia em uma comunidade religiosa: Aspectos doaconselhamento multicultural aplicados às intervençõesetnopsicológicasAutOR: Fabio Scorsolini-CominINStItuIçÃO: Universidade Federal do Triângulo Mineiro

A etnopsicologia é uma disciplina que busca refletir sobre o caráter culturaldas produções em saúde mental, situando práticas e noções como normali-dade, saúde e adoecimento. O aconselhamento multicultural apropria-sedesse arcabouço teórico ao propor aos profissionais da Psicologia um modode estar em contato com comunidades distintas da sua, promovendo umaatenção que considere e incorpore a diversidade de cenários, crenças e prá-ticas em saúde. Este estudo teórico tem por objetivo refletir sobre os princi-pais aspectos do aconselhamento multicultural que podem ser aplicados àsintervenções etnopsicológicas, tendo como cenário as vinhetas de práticaspsicológicas ocorridas em um terreiro de umbanda localizado em uma cidadedo interior do Estado de São Paulo. São enfatizados os elementos típicos doaconselhamento multicultural adotados pela Association for MulticulturalCounseling and Development. No atendimento psicoterápico aos médiuns queatuam nessa comunidade de referência, embora na maioria das vezes as quei-xas não se refiram à espiritualidade, há que se considerar constantemente ouniverso religioso de imersão desses clientes, devendo o profissional não ape-nas acolher esses registros, como compreendê-los dentro de um modelocomplexo de referência que leve em conta a autoconsciência cultural, a sen-sibilidade ao próprio patrimônio cultural, bem como a necessidade de reco-nhecer as suas fontes de desconforto com as diferenças que existem entre sie os clientes em termos de etnia e cultura, considerando o propósito de umaprática psicológica mestiça e diversa.

palavras-chave: psicoterapia; espiritualidade; aconselhamento psicológico.Mini-currículo: Fabio Scorsolini-Comin é psicólogo, mestre e doutor em

Psicologia pela Universidade de São Paulo. Pós-doutorado em Tratamento ePrevenção Psicológica pela Universidade de São Paulo. Professor do Depar-tamento de Psicologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, onde écoordenador do Programa de Pós-graduação em Psicologia.

06

preparação para a aposentadoria como convite à escuta clínica: Aconselhamento psicológico comservidores públicosAutOReS: Fabio Scorsolini-Comin, Júnia Denise Alves-Silva, Mayara ColletiINStItuIçÃO: Universidade Federal do Triângulo Mineiro

A aposentadoria é um evento que marca significativamente o ciclo vital.São trazidos dados de um projeto desenvolvido em uma universidade pú-blica, cujo objetivo foi oferecer aos participantes do Programa de Preparaçãopara a Aposentadoria (PPA) um espaço de escuta de demandas ligadas prin-cipalmente ao trabalho. No ano de 2014, foram atendidas na modalidade deaconselhamento psicológico 11 pessoas, com idades entre 53 e 67 anos.Realizou-se uma média de cinco atendimentos com cada participante. Os en-contros incluíram a avaliação do percurso de vida dos participantes; plane-jamento e organização positiva de atividades; reconhecimento, fortalecimentoe desenvolvimento de potenciais para experienciar e ressignificar eventos.As principais demandas foram: a construção da própria carreira; mudançase reorganização da vida; dificuldades financeiras; relação com a família nu-clear e extensa; adoecimento próprio e de familiares; perdas e luto. Quantoaos aspectos positivos, os participantes indicaram que sentiram segurançano espaço oferecido pelo projeto e conseguiram refletir sobre importantesaspectos de sua vida. Negativamente, indicaram o número reduzido de en-contros. A partir desse apontamento, alguns participantes foram encaminha-dos e acompanhados em psicoterapia. Após análise dessas demandas e dosatendimentos realizados, percebeu-se que convidar uma pessoa para tratarda carreira/aposentadoria é um disparador para tratar da própria vida, o queinclui temáticas variadas que influenciam o processo e a decisão de se apo-sentar ou de adiar esse evento para outro momento da vida.

palavras-chave:aposentadoria; carreira; aconselhamento psicológico.Mini-currículo: Fabio Scorsolini-Comin é psicólogo, mestre e doutor em

Psicologia pela Universidade de São Paulo. Pós-doutorado em Tratamento ePrevenção Psicológica pela Universidade de São Paulo. Professor do Depar-tamento de Psicologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, onde écoordenador do Programa de Pós-graduação em Psicologia. Júnia Denise

Alves Silva e Mayara Colleti são psicólogas pela Universidade Federal do Triân-gulo Mineiro.

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título: Motivos ou explicações para manter um casamentode longa duração: reflexões para a clínica de casalAutOReS: Fabio Scorsolini-Comin, Lúcio Andrade Silva, Manoel Antônio dosSantosINStItuIçÃO: Universidade Federal do Triângulo Mineiro e Universidade de SãoPaulo

Na clínica de casal, diversas são as demandas relacionadas à iminência dodivórcio. Em contrapartida, os casais longevos têm possibilitado uma novaleitura acerca do casamento. O objetivo deste estudo foi conhecer as princi-pais motivações para a manutenção do casamento em uniões de longa dura-ção, discutindo possíveis aplicações desses conhecimentos no campo clínico.Foram entrevistados 25 casais heterossexuais com filhos, unidos havia 39,48anos em média e com idade média de 64,06 anos. Foram realizadas entrevis-tas individuais e com os casais, totalizando 75 entrevistas transcritas na ín-tegra. Foi empregada a análise de conteúdo de Bardin, com apoio daPsicologia Positiva. Entre as motivações ou explicações para a manutençãodo casamento, encontramos cinco grandes categorias: (a) casamento comoinstituição tradicional (bens materiais, exemplo na família, compromisso as-sumido, tempo de matrimônio); (b) motivações centradas no afeto (carinho,cuidado, respeito, companheirismo, apoio emocional); (c) motivações cen-tradas no próprio cônjuge (recursos pessoais, medo da solidão, humildade,desejo de não se separar); (d) motivações centradas no parceiro (ausência deviolência, desinteresse para verificar traição do cônjuge); (e) casamento comoalgo positivo (visão otimista, busca da felicidade, objetivos compartilhados).A pluralidade de motivações nos obriga a compreender o casamento de longaduração como algo igualmente múltiplo, embora predominem relatos que rea-firmem a natureza tradicional e indissolúvel do enlace, em contraposição aoaumento do número de divórcios nos primeiros anos de relacionamento, oque tem sido repensado na contemporaneidade e impactado a clínica de casal.

palavras-chave: conjugalidade; motivação; casamento de longa duração. Mini-currículo: Fabio Scorsolini-Comin é doutor em Psicologia pela Uni-

versidade de São Paulo, onde também realizou o pós-doutorado. Professordo Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro,onde é coordenador do Programa de Pós-graduação em Psicologia. Lúcio An-drade Silva é graduando em Psicologia pela Universidade Federal do TriânguloMineiro e Manoel Antônio dos Santos é docente do Programa de Pós-gradua-ção em Psicologia da Universidade de São Paulo.

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Modificações e o tempo: a evolução da psicopatologiaAutoras responsáveis: Moema Schifino Linkiwcz, Francelise de Freitas Coautora: Aline Álvares BittencourtNome da Instituição de origem: PUCRS; Comunidade Terapêutica D. W.Winnicott

A psicopatologia sempre intrigou os pensadores, cientistas e estudiosos quepassaram, então, a estudá-la com afinco para a criação de novos conhecimen-tos e, principalmente, com o intuito de ajudar àqueles que sofrem com adoença mental. Desde então, essa área vem modificando-se constantemente.A partir da prática de estágio supervisionado e o trabalho realizado na Comu-nidade Terapêutica D. W. Winnicott, que atende em ambientoterapia e psico-terapia pacientes com doença mental há 32 anos, interessamo-nos por saberse a psicopatologia e seus tratamentos foram se modificando ao longo dotempo. Foi realizada uma pesquisa histórica nos arquivos da instituição obser-vando-se idade e motivo da busca, tipo de tratamento indicado e diagnósticoinicial principal, que foi acrescida de revisão na literatura. Constatamos que,para além da evolução de um manual de avaliação para o outro, a idade, o tipode indicação de tratamento e o diagnóstico se modificam com a sociedade,apontando para as mudanças culturais ocorridas de 1983 aos dias de hoje.

palavras-chave: psicopatologia; psicoterapias; diagnóstico; pesquisa his-tórica.

Mini currículo: Aline Álvares Bittencourt: Psicóloga; Mestranda em Psico-logia Clínica pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) e Espe-cialista em Psicoterapia de Orientação Psicanalítica pelo ESIPP (EstudosIntegrados de Psicoterapia Psicanalítica); Coordenadora da Ambientoterapia

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Pôsteres

da Comunidade Terapêutica D. W. Winnicott.Moema Schifino Linkiwcz: Graduanda do curso de Psicologia pela Pontifícia

Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), cursando o IX semes-tre; Estagiária da Comunidade Terapêutica D. W. Winnicott.

Francelise de Freitas: Graduanda do curso de Psicologia peça Pontifícia Uni-versidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), cursando o IX semestre;Estágio Curricular em Psicologia Ampliada no Hospital São Lucas da PUCRSde dezembro/2014 até o presente momento; Estágio Extra Curricular na Co-munidade Terapêutica D. W. Winnicott de janeiro/2015 até o presente mo-mento Estágio Curricular em Psicologia Clínica na Comunidade TerapêuticaD. W. Winnicott de janeiro a dezembro/2014.

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psicoterapia psicanalítica para crianças que enfrentamsituação de alienação parentalAutor / Autora responsável: Luiz Ronaldo de Oliveira Co-autores: Tainá Katiúcia Simor e SimorNome da Instituição de origem: Faculdade Meridional- IMED , Passo Fundo-RS

Resumo: O objetivo principal da pesquisa consiste em abordar o tema dapsicoterapia para crianças que enfrentam situação de alienação parental. Aalienação parental é uma prática recorrente, em situação de separação con-jugal litigiosa, onde os filhos são usados pelos pais como ‘munição’ nos ata-ques intrafamiliares. Será realizado um estudo qualitativo-exploratóriobaseado no procedimento de estudo de casos múltiplos (Yin, 2005). Os par-ticipantes serão crianças em idade escolar que tenham sido encaminhadaspara psicoterapia no Serviço Integrado de Atendimento em Psicologia (SI-NAPSI) da Faculdade Meridional (IMED), e que correspondam ao critério deinclusão nesta pesquisa. A proposta fundamenta-se na teoria da técnica psi-canalítica de psicoterapia de crianças e nas pesquisas empíricas disponíveissobre o tema. Pretende-se com esta pesquisa contribuir com avaliação e pro-posição de técnicas que favoreçam as intervenções psicoterápicas com crian-ças que enfrentam situações de alienação parental.

palavras-Chave: Psicoterapia psicanalítica; Alienação Parental; crianças.Mini Currículo: Luiz Ronaldo Freitas de Oliveira. Psicólogo, Professor e

Coordenador da Escola de Psicologia da Faculdade Meridional-IMED, Douto-rando em Psicologia Clínica pela UNISINOS.

Tainá Katiúcia Simor e Simor – Acadêmica de Psicologia 7º semestre, naFaculdade Meridional – IMED (Passo Fundo- RS).

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terapia Cognitivo-Comportamental para Crianças notranstorno de Déficit de Atenção e hiperatividadeAutor / Autora responsável: Cristina Pilla Della MéaCo-autores: Tainá Katiúcia Simor e SimorNome da Instituição de origem: Faculdade Meridional- IMED, Passo Fundo-RS

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) caracteriza-sepor três sintomas: a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade que semanifesta durante a infância e pode continuar durante a vida adulta. Para sa-tisfazer os critérios diagnósticos, os sintomas devem estar presentes antesdos doze anos de idade e apresentar prejuízo no desenvolvimento de ativida-des do cotidiano e da vida escolar. O tratamento envolve farmacoterapia e psi-coterapia, dentre elas a terapia cognitivo-comportamental (TCC). Este estudoconsiste em uma revisão bibliográfica consultada em bases de indexação na-cional e internacional que visa discorrer sobre a TCC para o TDAH na infância.A TCC baseia-se na inter-relação entre pensamento, emoção e comporta-mento. O modelo da TCC para TDAH deve ser adaptado para a realidade dacriança, fazendo uso de brinquedos e atividades lúdicas. As sessões são es-truturadas (12 sessões com o paciente e 4 sessões com a família). As técnicascognitivo-comportamentais mais utilizadas são: psicoeducação sobre modelocognitivo e TDAH, registros de pensamentos disfuncionais, técnica de reso-lução de problemas, tarefas de casa, planejamento e registro de atividades,lista de problemas e lista de recompensas e avaliação. A participação da fa-mília e o contato com a escola são fundamentais para eficácia do tratamento.Concluiu-se que a TCC traz benefícios para crianças com TDAH, pois há me-lhora na atenção, na concentração, o que está diretamente ligado ao rendi-mento escolar, bem como na convivência com familiares e amigos.

Mini currículo: Cristina Pilla Della Méa- Psicóloga; Mestranda em Envelhe-

cimento pela Universidade de Passo Fundo; Especialista em Psicologia Clínicapela Faculdade Meridional-IMED; Especialista em Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos; Docente e Su-pervisora de Estágios da Escola de Psicologia e do Curso de Pós-Graduaçãode Terapia Cognitivo-Comportamental da Faculdade Meridional- IMED (PassoFundo-RS).

Tainá Katiúcia Simor e Simor – Acadêmica de Psicologia 7º semestre ,naFaculdade Meridional – IMED (Passo Fundo- RS).

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DepReSIóN: SuS CARACteRÍStICAS eStRuCtuRALeS YLA ReLeVANCIA CLÍNICAAutora responsable: Paula Dagnino

Nombre de la Institución de origen: Pontificia Universidad Católica de Chile,Universidad Gabriela Mistral, ChileEl trastorno depresivo se encuentra dentrode los desordenes mentales mas prevalentes a nivel mundial (Kessler & Bro-met, 2013). Sin embargo, tanto desde la clínica (e.g. Jiménez, 2003) comodesde un enfoque biológico (e.g. Hasler, 2010) la depresión ha mostrado noser un trastorno homogéneo. Para poder orientar las intervenciones terapéu-ticas se hace necesario describir en detalle las posibles variaciones dentro delcuadro. Una mirada a la heterogeneidad de la depresión es la que Blatt y co-legas (1982) han descrito, a través de la polarización de la experiencia depre-siva en introyectiva o anaclítica. El objetivo del siguiente trabajo es poderdescribir cada una de estas polaridades en relación a las vulnerabilidades es-tructurales que los distinguen. Para ello se utilizará el eje IV del Sistema deDiagn.stico Operacionalizado OPD2 (2008) que a través del instrumento deautoreporte OPD-SQ, permite distinguir cuatro grandes dimensiones estruc-turales. Poder contar con una descripción mas acabada de la depresión nospermitiría realizar intervenciones mas eficientes al estar centradas en el pa-ciente y no en el trastorno. Se mostrarán los resultados preliminares de unamuestra clínica de 43 pacientes con sintomatología depresiva.

palabras-chave: depresión, vulnerabilidades estructurales, Mini curriculum: Psicóloga; Pós-Doutora em Psicoterapia, Pontificia Univer-

sidad Católica de Chile (PUC). Doutora en Psicoterapia, PUC, Universidad de Chiley Universidad de Heidelberg, Alemania. Miembro de SPR (Society for Psychot-herapy Research), IARPP (International Asociation of Relational Psychoanalysis).Investigadora MIDAP (Instituto Milenio para la Investigación en Depresión y Per-sonalidad) Chile. Docente Pontificia Universidad Católica y Universidad GabrielaMistral. Miembro Unidad de Psicoterapia Adultos (UPA, PUC).

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experimentos e técnicas de expressão corporal naformação em psicoterapia.Autor / Autora responsável: RIBEIRO-ANDRADE, Érica Henrique. Co-autores: não há

Nome da Instituição: ISECENSA-RJO presente trabalho registra algumasvivências ocorridas por ocasião de um experimento coletivo desenvolvidocom alunos do nono período de Psicologia, como atividade da disciplina Ges-talt Terapia. Utilizou-se técnicas de relaxamento, dança, expressão corporal ea metodologia hot seat. A sala do experimento foi previamente preparada comcolchonetes e recursos audiovisuais. Ao final do experimento os alunos foramestimulados a registrar suas experiências em um relatório. O experimento pro-pôs como “figura” a percepção do fim de um ciclo que se aproximava. Foipossível identificar na maioria dos participantes uma boa aderência ao mo-mento do relaxamento, contudo, uma maior resistência quando precisavamexpressar sentimentos através do corpo. Ao se escolherem em duplas paracompartilhar em palavras o que expressaram com o corpo, os alunos, em suamaioria, puderam tornar presente, uma série de sentimentos suscitados peloexperimento até então. Na técnica hot seat alguns participantes voluntaria-mente puderam diante do grupo tornar consciente o que gostariam de levardo seu tempo de formação, e o que gostariam de deixar. Conclui-se que astécnicas corporais ainda são insipientemente trabalhadas no processo forma-tivo de psicoterapêutas, o que pode favorecer à uma futura prática profissionalque não considere o corpo como uma forma de expressão terapêutica. A for-mação de psicólogos deve levar em conta questões de sua própria subjetivi-dade, uma vez que ser esta indissociável de sua futura atuação clínica.

palavras chave: Formação em Psicoterapia, Experimentos, Expressão cor-

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poral, Gestalt.Mini currículo: Mestre em Cognição e Linguagem pela Universidade Esta-

dual do Norte Fluminense (UENF/RJ). Pós-Graduada em Psicopedagogia Ins-titucional. Pós-Graduada em Psicanálise Clínica. Graduada em Psicologia.Graduada em Teologia. É professora Universitária do ISECENSA (InstitutosSuperiores de Ensino

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A relação mãe e filha e suas implicações na anorexianervosa

Autor/Autora responsável: Catiane Pinheiro da RosaCo-autores: Tânia Maria Cemin WagnerInstituição de origem: Universidade de Caxias do Sul (UCS)

Essa pesquisa resultou do Trabalho de Conclusão do Curso de Psicologia,em que foi realizado um estudo exploratório sobre a teoria psicanalítica deSigmund Freud e sobre o processo de separação-individuação descrito porMargareth Mahler, com o objetivo principal investigar como a relação mãe efilha pode estar implicada no surgimento da anorexia nervosa. A anorexia ner-vosa é um transtorno alimentar caracterizado por uma busca exagerada pelamagreza por meio da restrição alimentar, acompanhada de um intenso temorde ganhar peso. Tem uma etiologia multifatorial, envolvendo fatores biológi-cos, psicológicos e psicossociais. Como metodologia, foi realizado um deli-neamento qualitativo em uma pesquisa bibliográfica. Para tanto, foramutilizados livros e artigos científicos sobre a anorexia nervosa, sendo selecio-nados aqueles artigos que tinham como referencial a teoria psicanalítica, abor-davam a relação mãe e filha, e compreendiam os anos entre 2003 a 2013. Apartir da análise dos artigos, pode-se constatar que a relação mãe e filha podeinterferir no surgimento da anorexia nervosa, principalmente nos primeirosanos do desenvolvimento infantil.

palavras-chave: anorexia nervosa; relação mãe e filha; psicologia;Mini-currículo: ¹Psicóloga, Mestranda em Psicologia Clínica pela Universi-

dade do Vale do Rio dos Sinos.²Psicóloga, Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande

do Sul. Professora adjunta II da Universidade de Caxias do Sul.

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A terapia Cognitivo-Comportamental para o transtorno deCompulsão Alimentar periódica: uma revisão sistemáticaAutor / Autora responsável: Mônica Aparecida FernandesNome da instituição de origem: PUC-Campinas

O objetivo deste estudo foi empreender uma análise crítica acerca do co-nhecimento científico produzido sobre a manifestação do Transtorno de Com-pulsão Alimentar Periódica (TCAP) através da perspectiva da TerapiaCognitivo-Comportamental (TCC) nas revistas de divulgação da Psicologia. Apartir de buscas nas bases SciELO, Medline e PsycINFO, foram recuperadosdez artigos, categorizados em: artigos revisão; estudos empíricos; estudosdescritivos; e estudos experimentais. A maioria dos artigos ressalta a contri-buição da TCC como uma abordagem assertiva de intervenção do referidotranstorno alimentar, mas os autores também preconizam o uso de tal abor-dagem em associação com outras estratégias. A análise crítica evidenciou ademanda por mais estudos relacionados ao tema em revistas próprias da Psi-cologia, uma vez constatado o expressivo número de artigos relacionados aotema na área da Psiquiatria e em outras áreas (sendo, portanto, descartadospelo critério de exclusão da metodologia do presente trabalho). Deve-se con-siderar as vantagens da publicação sobre o assunto em revistas de outrasáreas, como o reconhecimento da multidisciplinariedade do fenômeno.Porém, o presente estudo evidenciou que a demanda por mais estudos sobreo tratamento da TCC para o TCAP nas revistas científicas de Psicologia repre-senta um estímulo para pesquisas na área como forma de beneficiar a práticasimultaneamente.

palavras-chave: Terapia Cognitivo-Comportamental; Transtorno da Com-pulsão Alimentar Periódica; Psicologia.

Mini currículo: Psicóloga pela PUC-Minas; Pós-graduada em Gestão Estraté-gica de Pessoas pela Faculdade Pitágoras; Residente em Psicologia pelo pro-grama Saúde da Mulher, da residência multiprofissional da PUC-Campinas;Membro da SBPH – Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar; possui traba-lhos publicados pela abordagem da TCC – Terapia Cognitivo-Comportamental.

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Caracterização da população e do processo de psicoterapiabreve de adolescentes em uma clínica-escola. Autora: Sandra Ribeiro de Almeida Lopes (1) Co-autores: Yuri Benigno Claudino (2) Elizeu Coutinho de Macedo (3)Nome da Instituição de origem: Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Estima-se que de 10 a 20% de crianças e adolescentes sofram de transtor-nos mentais, sendo um dos maiores desafios para a área de saúde mental aconstrução de políticas públicas direcionadas às necessidades da populaçãoinfanto-juvenil. Este estudo pretendeu caracterizar a população jovem atendidae a natureza do processo psicoterapêutico no contexto de uma clínica-escola.Foram levantados 315 prontuários de jovens atendidos nos últimos 03 anos.Do total, 176 eram do sexo masculino, cuja média de idade era de 12,9 anos,apresentando queixas que variavam de 01 a 04, dentre elas: dificuldade es-colar, problemas de relacionamento, problemas de comportamento, timideze retraimento, agressividade e impulsividade. O prazo previsto para o pro-cesso era de 02 anos, porém o tempo médio de permanência foi de 06 mesesa um ano. Em grande parte dos casos houve o predomínio da participaçãodos pais/ responsáveis no processo. Os principais desfechos foram: concluí-dos (17,1%), encaminhamento externo (16,6%), desligados (22,2%) e desis-tentes (44,1%). Conclui-se que as clínicas-escola representam importantescentros de atenção à saúde mental e psicológica da população infanto-juvenile que as práticas terapêuticas precisam ser repensadas de modo a melhoratender às especificidades desta população.

palavras chaves: adolescência, psicoterapia breve, clínica-escolaMini currículo : (1) Psicóloga, Mestre em Psicologia Clínica, Doutora em

Ciências da Saúde. Professora e Supervisora das áreas clínica e da saúde.Coordenadora da Clínica Psicológica “Alvino Augusto de Sá” da UPM. (2) Psi-cólogo, formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, tem experiênciaem atendimentos de crianças e adultos. Atualmente trabalha na Clínica Psi-cológica Alvino Augusto de Sá Mackenzie. (3) Psicólogo, Mestre e Doutor emPsicologia Experimental. Professor adjunto da UPM e presidente do Comitêde Ética em Pesquisa.

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Grupo de Acolhimento: prazer em Conhecer-SeAutor / Autoras responsáveis: Irma Oliveira Leite Bulcão / Rosangela SilvaFreitasCo-autores: Fernanda Blanco VidalNome da Instituição de origem: Faculdade São Bento da Bahia

Este projeto é resultado de um trabalho pioneiro de atendimento em grupono Serviço de Psicologia da Faculdade São Bento da Bahia e da experiênciade duas alunas neste Serviço, que, a partir do estágio em acolhimento indivi-dual, perceberam a importância desse espaço para tentar suprir a demandapela ampliação do acolhimento aos usuários na “sala de espera”. Assim, pen-sou-se no acolhimento grupal, de caráter misto, visando a troca de experiên-cias entre os usuários enquanto aguardavam atendimento individual. Osobjetivos do projeto foram proporcionar escuta qualificada frente às deman-das apresentadas; oportunizar a troca de experiências e saberes e facultar ofortalecimento de vínculo por parâmetros de solidariedade e cidadania, per-passando, todo o trabalho, pelo acordo de convivência mútua. A escuta é em-basada nas teorias de abordagem gestáltica, psicodrama e teoria do vínculode Pichón-Riviére. No processo, o grupo foi se revelando com característicaspróprias, constituindo-se em um grupo terapêutico regular, com atendimentoespecífico a mulheres na maturidade. Assim, o acolhimento em grupo anco-rou as dúvidas, incertezas e inseguranças das participantes, sendo um tram-polim para o trabalho com grupos apesar de sermos psicólogas em formação– mas quem, nessa profissão, não o é por toda a sua vida? Uma frase repre-sentativa de uma das participantes do grupo marca este espaço: “Aqui nestelugar estou começando a perceber as coisas de maneira melhor, com a ajudade todas vocês do grupo.”

palavras-chave: Acolhimento. Grupo Terapêutico. MulheresMini currículo: Autoras responsáveis: Irma Oliveira Leite Bulcão Professora, Graduanda em Psicologia pela Faculdade São Bento da Bahia;

Graduada em Filosofia pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL); Es-pecialização em Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade de Educaçãoda Bahia, Salvador/BA; Formação em Ensino da História e Cultura Afro-brasi-leiras pelo Centro de Estudos Afro-Orientais (UFBA); Formação em DançasCirculares Sagradas / Um Caminho de Educação e Cura – Salvador/BA; For-mação em Análise Transacional 202 – Salvador/BA.

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Pôsteres

Rosangela Silva FreitasGraduanda em Psicologia pela Faculdade São Bento da Bahia; Pedagoga

formada pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL); Especialista em Psi-cologia Organizacional com Metodologia do Ensino Superior pela Universi-dade Salvador (UNIFACS); Pós-graduada em Psicopedagogia Aplicada aoDesenvolvimento de Recursos Humanos – Faculdades Integradas Olga Mettig;Formação de Grupo Multirreferencial-LM Desenvolvimento; Cofundadora doCentro de Desenvolvimento Humano e Social – CreSER.

CO-AutORA: Fernanda Blanco VidalPsicóloga formada pela Universidade Federal da Bahia(UFBA); Mestre em

Ciências Sociais pela UFBA; Coordenadora e Professora do Curso de Psico-logia da Faculdade São Bento da Bahia; Professora do Curso de Psicologia daUnião Metropolitana de Educação e Cultura ( Unime). Autora do livro Sauda-des sim, tristeza não – Psicologia, memória social e de descolamentos força-dos. EDUFBA.

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Adesão do processo de uma psicoterapia ao seu protótipo idealAutOR / AutORA ReSpONSáVeL: Fernanda Barcellos SerraltaCO-AutOReS: Carolina Palmeiro Lima, Gibson Juliano Weydmann, VitóriaWaikamp.Nome da Instituição de origem: Universidade do Vale do Rio dos Sinos –UNISINOS

O Psychotherapy Process Q-Set (PQS; Jones, 2000) é um instrumentode avaliação empírico do processo psicoterapêutico. Utilizando os itensdeste instrumento, foram desenvolvidos no LAEPSI (Laboratório de Estu-dos em Psicoterapia e Psicopatologia - UNISINOS) protótipos brasileirospara psicoterapia psicodinâmica breve (PPB) e Terapia Cognitivo-Compor-tamental (TCC). Estes protótipos estão sendo utilizados pelo grupo de pes-quisa para verificar a correspondência de processos de psicoterapias como modelo psicodinâmico ideal e verificar a sua relação com a melhora clí-nica. O objetivo do estudo foi verificar a adesão de uma psicoterapia comuma paciente com transtorno de personalidade dependente com o modelopsicodinâmico ideal. Este é um estudo de caso sistemático. A psicoterapiapsicanalítica está em andamento. A paciente possui 67 anos, transtorno depersonalidade dependente e problemas crônicos de saúde. A terapeuta pos-sui 33 anos, formação em psicoterapia psicanalítica e 10 anos de experiên-cia clínica. Foram consideradas as primeiras 50 sessões do tratamento.Uma a cada duas sessões foram avaliadas com o PQS (n=18). Correlaçõesentre os itens do PQS e os protótipos (PPB e TCC) verificaram o grau deadesão de cada sessão aos dois modelos. Teste t para amostra pareadasexaminou se houve diferença significativa entre a adesão aos modelos.Conforme esperado, o caso aderiu a ambos protótipos, todavia, a adesãoao protótipo PPB foi significativamente maior, confirmando a natureza psi-canalítica da intervenção. Análises futuras deverão indicar em que medidaesta adesão está associada à mudança.

Mini currículo: 1Doutora em Ciências Médicas: Psiquiatria (UFRGS), do-cente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e coordenadora do La-boratório de Estudos em Psicoterapia e Psicologia (LAEPsi) da Universidadedo Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). 2Graduandos em psicologia, bolsistasde iniciação científica do LAEPSI – UNISINOS.

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Avaliação de indicadores do funcionamento vincular docasal e critérios para indicação de psicoterapiapsicanalítica vincular – um projeto de pesquisaAutor / Autora responsável: Fernanda Munhoz Driemeier Schmidt Co-autores: Camila Piva da Costa (Coordenadora), Angela Piva, GabrielaMartins, Mariana Saldanha da Fonseca, Maricéia Duarte CossioNome da Instituição de origem: Contemporâneo: Instituto de Psicanálise eTransdiciplinaridade, Brasil

A perspectiva vincular na Psicanálise vem desenvolvendo-se no mundo eno Brasil com diferentes desenvolvimentos teóricos para dar conta do que sepassa na relação de um com o outro em um contexto de casal, de família, pa-rento-filial e de grupo. Além do aumento do número de casamentos e reca-samentos no Brasil, observa-se também uma maior demanda de casais que

buscam ajuda terapêutica. No entanto, pesquisas acerca deste tema ainda sãobastante incipientes, tornando-se necessário desenvolver um estudo maisaprofundado sobre os critérios para indicação e indicadores de funcionamentovincular no casal. Diante disso, o objetivo é identificar as principais indicaçõesterapêuticas para abordagem vincular de casal e examinar indicadores de fun-cionamento vincular que propiciem uma boa avaliação e intervenção terapêu-tica. Será realizado um estudo com delineamento qualitativo exploratório, emque psicoterapeutas experts na teoria psicanalítica vincular, com pelo menos10 anos de experiência clínica responderão a uma entrevista aberta sobrecomo realizam a avaliação e essa indicação na sua prática clínica. Todas asentrevistas serão gravadas, para posterior análise. As entrevistas serão ana-lisadas com base nas diretrizes para pesquisa clínica-qualitativa. Resultadosesperados: compreensão dos critérios de indicação de psicoterapia psicana-lítica vincular de casal; poder transmitir esses resultados para os clínicos; deforma que promova um aprimoramento teórico-clínico e consequentementedos serviços prestados à população.

palavras-chave: psicoterapia psicanalítica de vincular, psicoterapia de casal Mini currículo: Psicóloga clínica; Mestranda em Psicologia Clínica pela UNI-

SINOS – Bolsista CAPES/Prosup, Especialista em Psicoterapia Psicanaítica deCrianças, Adolescentes e Adultos pelo Contemporâneo: Instituto de Psicaná-lise e Transdiciplinaridade.

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A capacidade de mentalização de mães de criançasdiagnosticadas com transtorno do espectro Autista.Autor / Autora responsável: Marciele Ana Devaliere Co-autores: Vera ReginaRöhnelt RamiresNome da Instituição de origem: Unisinos, Brasil

Este estudo analisará a capacidade de mentalização de mães de criançasdiagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Será baseado nascontribuições teóricas de Fonagy e colaboradores sobre o conceito de funçãoreflexiva e da capacidade de mentalização. O TEA implica em dificuldades noestabelecimento do diagnóstico e no tratamento psicoterapêutico. Há escas-sez de estudos voltados ao atendimento psicoterapêutico, bem como sobrea família. Os estudos referem a gravidade desse espectro, que pode acarretarestressores em potencial para os familiares em função do diagnóstico rece-bido. O estudo seguirá uma abordagem qualitativa-exploratória e adotará oprocedimento de estudo de casos múltiplos, que permite a investigação sis-temática e exaustiva de casos individuais. Estima-se a participação de trêsmães de crianças de até oito anos de idade, diagnosticadas com Transtornodo Espectro Autista. Os participantes serão acessados em uma associaçãoque atende autistas na região Norte, do Rio Grande do Sul. Serão realizadasentrevistas individuais com cada participante, nas modalidades de entrevistaaberta, semiestruturada e entrevista estruturada para avaliação clínica dos in-dicadores da capacidade de mentalização. Será utilizado o Checklist para Ava-liação Clínica da Capacidade de Mentalização.

palavras-chave: autismo, capacidade de mentalização, mães de criançasautistas.

Mini currículo: Psicóloga clínica e educacional, Mestranda em PsicologiaClínica pela UNISINOS, Especialista em Transtornos da Infância e Adolescên-cia, psicóloga do Instituto Anglicano Barão do Rio Branco de Erechim, Psicó-loga da Associação Aquarela-Pró Autista de Erechim.

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tÍtuLO: estilos de vínculo de psicoterapeutas que cuidamde pacientes terminaisAutor/Autora responsável: Marilia BarbanCo-autores: Gláucia Mitsuko A. da RochaNome da Instituição de origem: Universidade Presbiteriana Mackenzie

O termo apego pode ser explicado como um complexo de sentimentos eemoções referentes ao vínculo entre a criança e sua mãe, podendo ele ser se-guro ou inseguro (ansioso ou evitativo). O comportamento de apego tem co-laboração direta na maneira como a criança percebe seu mundo interno eexterno e, uma vez estabelecidos, predeterminarão os relacionamentos du-rante a infância, podendo ser modificados no decorrer da vida. Entendidocomo um modo de enfrentamento, tem como uma de suas finalidades evitaro luto duradouro. O psicólogo, muitas vezes esquecido em relação aos cui-

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dados da equipe de saúde, também está propenso a conflitos emocionais noque tange ao impacto da morte. Espera-se que o psicoterapeuta, conformeseu padrão de apego, apresente reações específicas no momento da mortede seu paciente. O presente estudo teve como objetivo estudar os estilos devínculo e luto do psicoterapeuta que cuida de pacientes terminais de formaexploratória quantitativa e qualitativa, com amostra de 10 psicólogos com ida-des entre 22 e 60 anos. Utilizou-se como instrumento a Escala de Relaciona-mentos Próximos – Estruturas em Relacionamentos Próximos – ECR-RS paraavaliar os estilos de vinculação, e realizou-se uma entrevista semi-estruturadacom dois participantes emblemáticos de estilo inseguro ansioso. Os resulta-dos mostram que a atuação do estilo de vínculo interfere na forma como osujeito elabora sua perda, contudo, como este pode ser desenvolvido a partirde diferentes vivências, a elaboração do luto pelos indivíduos que desenvol-veram um mesmo estilo de apego, pode ocorrer também distintamente,porém com traços e características comuns.

palavras-chave: Apego, luto, psicoterapeutaMini currículo: Psicóloga; Especialista em Psico-Oncologia pelo Hospital

Pérola Byington.

21área temática: ( 8 )

Modelo Integrado no tratamento do transtorno depersonalidade borderlineAutor / Autora responsável: Eliana de Oliveira TeixeiraInstituição de origem: Instituto de Psiquiatria / Hospital das Clínicas - SPInstituição de origem: Instituto de Psiquiatria / Hospital das Clínicas - SP

Definido pela literatura psicanalítica como uma patologia nos limites daneurose e da psicose, do normal e do patológico, o transtorno borderline secaracteriza por sintomas diversos, possuindo, entretanto, uma organizaçãoespecífica e estável. Com uma frágil adaptação social, borderlines mostram-se profundamente perturbados em seus relacionamentos familiares e priva-dos. Considerando esta complexidade, o ambulatório Integrado dosTranstornos de Personalidade, no Hospital das Clinicas, tem como objetivo

atender o paciente em sua globalidade, oferecendo um serviço onde psi-quiatras e psicólogos trabalham em conjunto. Baseado nas contribuições deOtto Kernberg, o trabalho dos psicólogos é organizado em torno de duas mo-dalidades terapêuticas distintas - psicoterapia individual e psicoterapia fami-liar, e tem um papel fundamental na complementação do tratamentofarmacológico. Nossas observações nos permitem concluir que o atendi-mento de portadores da patologia borderline é potencializado com a ação in-tegrada de equipes supervisionadas. A ação conjunta de psiquiatras epsicólogos optimiza o tratamento, levando a uma maior adesão e a umamenor desistência dos usuários. Além disso, o atendimento integrado, ondetambém há suporte do grupo familiar, torna o espaço institucional um localde acolhimento e de referência, favorecendo a transferência positiva com oinstituto de psiquiatria e com a equipe de trabalho. Finalmente, pacientes cujoquadro psicológico é considerado leve ou moderado apresentam uma evolu-ção favorável de seu estado, podendo inclusive receber alta médica. Em pa-cientes graves e muito graves, verificamos uma significativa redução dastentativas de suicídio e de auto-mutilação.

palavras chave: borderline, tratamento integrado, psicoterapia, instituição.Mini-currículo: Psicóloga. Integrante do ambulatório Integrado dos

Transtornos de Personalidade e do Impulso, no Hospital das Clinicas (SãoPaulo). Doutoranda em Psicologia pela Universidade de Nantes (França),Mestre em Psicanálise pela Universidade de Paris VIII (França), Mestre emPsicologia Social pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais/Sor-bonne (França).

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O psicoterapeuta no Ambulatório de prematuros dauNIFeSp-epM.Autor responsável: Rozane Lapolli Sanz Casseb Co-autores: Emilia Aparecida Calixto AfrangeNome da Instituição de origem: UNIFESP-EPM / ABRAP / SBPSP

Texto: Neste pôster apresentaremos uma experiência realizada no Ambu-latório de Prematuros do Departamento de Pediatria da UNIFESP - EPM. Dis-cutiremos algumas vicissitudes que observamos ser importantes através doviés dado pela prematuridade na relação da mãe com seu filho. A atençãoaos aspectos psicológicos do prematuro constitui-se como uma das verten-

tes do trabalho do psicoterapeuta no contexto da saúde pública e envolve di-ferentes campos epistemológicos. As repercussões da prematuridade podemtrazer sequelas emocionais determinantes para o desenvolvimento do pre-maturo e dos envolvidos no processo da prematuridade. A nossa propostaestá centrada na ampliação da atenção à saúde mental. No nível primário asações privilegiam aspectos ligados à psicoprofilaxia. Neste sentido o Psico-terapeuta considera que as relações iniciais entre a mãe e a criança devemser contextualizadas com a organização familiar e as intervenções institucio-nais visando o desenvolvimento integral; e se dispõe a conhecer os diferentesfatores que rapidamente se instalam na dupla mãe – filho, tais como os ex-cessos de zelo ou por outro lado a ausência de cuidados essenciais no planoda relação que o neonatal está iniciando com a realidade comum. Com rela-ção à atenção Primária, o Psicoterapeuta tem como função auxiliar os mem-bros da equipe a compreender o Processo de Desenvolvimento da FunçãoMaterna. Melhor instrumentada a equipe pode lidar com as diferentes de-mandas que a dupla mãe – filho apresenta.

palavras-chave: prematuridade, saúde mental, psicanálise, psicodinâmica.Mini currículo: Rozane Lapolli Sanz Casseb – Psicóloga; coordenadora da

equipe de psicologia do Ambulatório de prematuros UNIFESP-EPM, membrofiliado da Sociedade Brasileira de Psicanalise, Mestranda UNIFESP área SaúdeMaterno Infantil.

Emilia Aparecida Calixto Afrange – Psicóloga Clinica, Professora e Super-visora do Instituto Sedes Sapientiae, Psicóloga da equipe do Ambulatório dePrematuros e do NAPPED – Núcleo de Atendimento e Pesquisa em Psicanálisee dor na UNIFESP-EPM. Colaboradora na ONG Mamãe Associação de Assis-tencia a Criança Santamarense. Fundadora e atual Presidente da ABRAP – As-sociação Brasileira de Psicoterapia. Representante brasileira na FLAPSI –Federação Latino-americana de Psicoterapia. Coordenadora Brasileira no Ca-pítulo Latino-americano da SPR-LA – Society Psychotherapy Research. Mem-bro filiado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.

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Grupo terapêutico: um relato de experiênciainterdisciplinar no hospital psiquiátrico.Autor / Autora responsável: Marisanta Araujo NogueiraNome da Instituição de origem: Hospital de Saúde Mental do Acre –HOSMAC.

Na área da saúde vem sendo discutida a fragmentação do cuidado, pos-sibilitando reflexões acerca dos trabalhos interdisciplinares e impacto dasações sobre os usuários. Nesse sentido o presente trabalho tem o intuitode relatar a experiência com o grupo terapêutico como intervenção interdis-ciplinar direcionada aos usuários em situação de internação. A instituição éreferência na assistência em saúde mental, considerando o atual reordena-mento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) no Estado, que atualmentetem uma população de 790.101 habitantes. Nesta perspectiva, o grupo temcaráter aberto, acontece semanalmente atendendo mulheres e homens e,constituído por 20 usuários em média. É coordenado por um psicólogo coma participação da equipe interdisciplinar composta por educador físico, te-rapeuta ocupacional, assistente social e pedagogo. A ação norteia as pro-duções de conhecimentos e ações em saúde, a partir de reflexões quecompreendem a complexidade dos processos saúde-doença. Após o grupoa equipe se reúne para avaliar as demandas apresentadas almejando as pos-síveis resoluções. A atividade proporciona aos utentes o compartilhamentode assuntos diversos relacionados à família, alta médica, motivo de inter-nação, reconhecimentos e reclamações relacionadas à instituição e, tam-bém, histórias de vida em geral. Além de contar com a equipe favorecendoo olhar diferenciado para o processo do cuidado. Algumas situações trazidaspelos usuários excedem o trabalho em grupo gerando encaminhamentos.Conclui-se que o trabalho interdisciplinar favorece a descentralização doolhar biomédico e medicamentoso contribuindo para atuações próximas acomplexidade do cuidado.

palavras-chave: Grupo Terapêutico, Saúde Mental, InterdisciplinarMini currículo: Psicóloga pela Universidade Paulista UNIP campus Flam-

boyant Goiânia - GO; Especialista em Psicologia da Saúde Hospitalar pela Uni-versidade Paulista UNIP;

Especialista em Gestão da Clínica do SUS: Educação na Saúde para Pre-ceptores do SUS pelo Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa;

Psicóloga do Hospital de Saúde Mental do Acre.

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Pôsteres

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O Acompanhamento terapêutico como técnica clínicadesinstitucionalizanteAutOR / AutORA ReSpONSáVeL: Igor Nunes BritoCO-AutORA: Milena LisboaNome da Instituição de origem: Faculdade São Bento da Bahia

Este trabalho é fruto da parceria entre o Departamento de Psicologia da Fa-culdade São Bento da Bahia e Defensoria Pública do Estado da Bahia. A pro-posta é apresentar nova tecnologia de atuação terapêutica denominadaAcompanhamento Terapêutico-AT para evitar internação compulsória. Pauta-se nos princípios da clínica ampliada e desinstitucionalização e é teoricamenteinfluenciada pela psicanálise e psiquiatria comunitária. A atividade dá-se comvisita domiciliar do psicólogo ao sujeito em sofrimento psíquico grave, obje-tivando estabelecer vínculos com este, no sentido de restabelecer e fortaleceros recursos relacionais e institucionais já fragilizados. O AT mostrou-se po-sitivo nas atuações estabelecidas para as famílias atendidas, entendendo estassuas implicações como agente de promoção de saúde, juntamente com oAcompanhante Terapêutico e demais equipamentos em saúde mental, apla-cando a ansiedade pelo internamento compulsório, evitando este procedi-mento. Em atendimento a um homem com 37 anos, que após o nascimentode sua filha apresentou agressividade contra esposa e filha, tendo a internaçãosido solicitada por sua esposa e evitada, quando da inserção do AT junto a fa-mília, uma vez que o sujeito resistia ao tratamento pelo CAPS e ambulatório,sendo sustentado o tratamento sem a internação. Dessa forma, espera-se queo Acompanhamento Terapêutico consolide-se como meio de atuação desins-titucionalizante do sofrimento psíquico.

pALAVRAS-ChAVe: Acompanhamento Terapêutico, sofrimento psíquico,internação compulsória, desinstitucionalização

Autor: Advogado-monitor em Direito de Família pela UCSAL -UniversidadeCatólica do Salvador, formando em Psicologia pela Faculdade São Bento daBahia, graduado em Direito pela UFBA, sub-coordenador do Projeto Balcãode Justiça e Cidadania pela Faculdade Unijorge (2004/2005), presidente dacomissão de assistência judiciária da OAB – secção Bahia (1998-2000), pós-graduando em Psicologia e Ação Social pela Faculdade São Bento da Bahia

Co-autora: graduação em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia(2005), mestrado e doutorado em Psicologia Social pela Pontifícia Universi-dade Católica de São Paulo (2008), doutorado na Universitat Autònoma deBarcelona, pesquisadora no Núcleo de Práticas Discursivas e Produção deSentidos (PUC-SP e Grupo Fractalidades en Investigación Crítica (UAB) e doGrupo LAICOS - IAPSI, professora de Psicologia na Faculdade São Bento daBahia e de cursos de pós-graduação.

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Cuidando do Cuidador: psicoterapia Grupal com cuidadoresde pacientes com Doença de Alzheimer. AutOR / AutORA ReSpONSáVeL: Paula Crivelin CavinattoNOMe DA INStItuIçÃO De ORIGeM: Clínica Espaço Terapêutico e AssociaçãoBrasileira de Alzheimer (Abraz) – subsede de Limeira – SP

A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência em idosos e re-presenta um significativo problema de saúde pública pela longa extensão ecomplexidade de manifestações funcionais e emocionais, e consequências so-ciais, tanto para a pessoa afetada quanto para seus cuidadores. Tendo em vistatais circunstâncias, a autora realizou um trabalho no qual atendeu, semanal-mente, grupos psicoterapêuticos para cuidadores de pacientes com Alzheimer,durante o período de 2007 a 2013, sendo um grupo por ano, com média decinco cuidadores por grupo. O objetivo do trabalho foi promover a saúde men-tal dos cuidadores e aumento da qualidade de vida dos mesmos, proporcio-nando um ambiente acolhedor e informativo, a fim de que se sentissem maisamparados e preparados para lidar com a doença. Observou-se uma evoluçãosignificativa nos aspectos emocionais, evidenciados pela diminuição de sinto-mas como: estresse, tristeza, ansiedade, insônia, fadiga e insegurança. Os re-sultados foram avaliados qualitativamente, observando-se o comportamentoe os relatos dos cuidadores, que também passaram por entrevista relativa àsmudanças percebidas após a psicoterapia. Cabe ressaltar que durante o traba-lho foram a óbito três cuidadoras. Estima-se que tal estudo possa contribuirpara prática dos profissionais de saúde e das equipes interdisciplinares.

palavras chave: doença de Alzheimer, cuidadores, idosos, familiares.Mini Currículo: Psicóloga Clínica, Mestre em Psicologia Educacional pela

Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

26área temática: (6) marque o número correspondente, de 1 a 18

Adesão do processo de uma psicoterapia ao seu protótipo idealAutOR / AutORA ReSpONSáVeL: Fernanda Barcellos SerraltaCO-AutOReS: Carolina Palmeiro Lima, Gibson Juliano Weydmann, VitóriaWaikamp.NOMe DA INStItuIçÃO: Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS

O Psychotherapy Process Q-Set (PQS; Jones, 2000) é um instrumentode avaliação empírico do processo psicoterapêutico. Utilizando os itensdeste instrumento, foram desenvolvidos no LAEPSI (Laboratório de Estu-dos em Psicoterapia e Psicopatologia - UNISINOS) protótipos brasileirospara psicoterapia psicodinâmica breve (PPB) e Terapia Cognitivo-Compor-tamental (TCC). Estes protótipos estão sendo utilizados pelo grupo de pes-quisa para verificar a correspondência de processos de psicoterapias como modelo psicodinâmico ideal e verificar a sua relação com a melhora clí-nica. O objetivo do estudo foi verificar a adesão de uma psicoterapia comuma paciente com transtorno de personalidade dependente com o modelopsicodinâmico ideal. Este é um estudo de caso sistemático. A psicoterapiapsicanalítica está em andamento. A paciente possui 67 anos, transtorno depersonalidade dependente e problemas crônicos de saúde. A terapeuta pos-sui 33 anos, formação em psicoterapia psicanalítica e 10 anos de experiên-cia clínica. Foram consideradas as primeiras 50 sessões do tratamento.Uma a cada duas sessões foram avaliadas com o PQS (n=18). Correlaçõesentre os itens do PQS e os protótipos (PPB e TCC) verificaram o grau deadesão de cada sessão aos dois modelos. Teste t para amostra pareadasexaminou se houve diferença significativa entre a adesão aos modelos.Conforme esperado, o caso aderiu a ambos protótipos, todavia, a adesãoao protótipo PPB foi significativamente maior, confirmando a natureza psi-canalítica da intervenção. Análises futuras deverão indicar em que medidaesta adesão está associada à mudança.

palavras-chave: Processo terapêutico, psicoterapia psicodinâmica, estudode caso.

Mini currículo: 1Doutora em Ciências Médicas: Psiquiatria (UFRGS), do-cente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e coordenadora do La-boratório de Estudos em Psicoterapia e Psicologia (LAEPsi) da Universidadedo Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). 2Graduandos em psicologia, bolsistasde iniciação científica do LAEPSI – UNISINOS.

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estagiários de psicologia: primeiras experiências ematendimento clínico

AutOR: Rafael Alberto da SilvaCOAutORA: Sandra Ribeiro de Almeida Lopes Universidade Presbiteriana Mackenzie

Discutimos neste estudo, a experiência emocional de alunos de psicologiaem seus primeiros atendimentos clínicos. Objetivou-se a identificação de sen-timentos suscitados e suas influências no manejo do trabalho clínico. Foi ve-rificado em que momento a prática acontece e quais aspectos estãorelacionados aos sentimentos relatados. Participaram deste estudo 42 alunosde Psicologia do Mackenzie. A partir dos dados obtidos com os questionáriose as entrevistas, foram criadas categorias de análise com temáticas levantadaspor meio dos conteúdos dos instrumentos. As exigências pessoais quanto aodesempenho conduziram a uma reflexão crítica associada ao cuidado com ooutro e à postura profissional. Os discursos passeiam entre os papeis de te-rapeuta e de aluno, demonstrando preocupação tanto com os resultados desua atuação frente aos colegas e ao supervisor, quanto com os efeitos/resul-tados que os pacientes obtêm dos atendimentos. Concluiu-se que as sensa-ções, expectativas, exigências observadas são pertinentes ao momentovivenciado pelo aluno, podendo influenciar positiva ou negativamente o ma-nejo do trabalho clínico e a própria formação do aluno. O sentimento maisfrequente é a ansiedade, seu bom manejo pode torná-la favorável à formaçãona medida em que pode proporcionar a produção de maior envolvimento einteresse pelo trabalho clínico. Destaca-se o importante papel da supervisãoe da psicoterapia pessoal no manejo dessa ansiedade.

palavras-chaves: Estagiário de psicologia; Primeiro atendimento; Psicolo-gia Clínica.

Mini currículo: Autor: Psicólogo, formado pela Universidade PresbiterianaMackenzie; Cursa especialização em Psicologia Organizacional e do Trabalhopela Universidade Presbiteriana Mackenzie; Participa do Grupo de Estudos

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XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia ::103

“Discussões psicanalíticas: implicações em nosso fazer clínico”;Coautora: Psicóloga, Mestre em Psicologia Clínica e Doutora em Ciências

da Saúde. Professora e Supervisora Clínica na Universidade PresbiterianaMackenzie.

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tÍtuLO: A representação social do psicólogo e de seutrabalho para os pacientes de uma clínica-escola

AutOR ReSpONSáVeL: Yuri Benigno ClaudinoCOAutOR: Sandra Ribeiro de Almeida LopesNOMe DA INStItuIçÃO: Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)

O presente estudo buscou compreender as Representações Sociais do Psi-cólogo e de seu trabalho para a população que procura atendimento na ClínicaPsicológica Alvino Augusto de Sá (UPM). Participaram desta pesquisa 11 pes-soas, sendo 7 do sexo feminino e 4 do sexo masculino, que responderam umquestionário de 10 perguntas elaboradas com base no levantamento de estu-dos anteriores na área. A partir das respostas dos entrevistados foram criadascategorias e subcategorias a serem analisadas, abordando as seguintes te-máticas voltadas à representação social do psicólogo e seu trabalho: sobreseu fazer e as características necessárias ao profissional; sobre os objetivosdo psicólogo e de que maneira se dá o seu trabalho; sobre os motivos quelevam as pessoas à procura do psicólogo; sobre o período de tempo neces-sário ao trabalho; sobre o alcance da prática e seu contexto institucional e;sobre as prioridades da população quanto a resoluções de problemas. Os re-sultados sugerem que a Representação social do psicólogo para esta popu-lação remete a uma forte associação ao atendimento clínico individual de feitioterapêutico, conotando um aspecto curativo. Dentro desta perspectiva, a fi-gura do psicólogo se mostrou como a de alguém capaz de resolver todos osconflitos e problemas que possam surgir, atribuindo a este profissional amaior parte do esforço requerido pelo processo terapêutico.

palavras-Chave: Representação Social; Psicólogo; Clínica-Escola.Mini currículo: (autor) Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie,

tem experiência em atendimentos de crianças e adultos. Atualmente trabalhana Clínica Psicológica Alvino Augusto de Sá Mackenzie.

(co-autora) Psicóloga, Mestre em Psicologia Clínica e Doutora em Ciênciasda Saúde. Professora e supervisora clínica na Universidade Presbiteriana Mac-kenzie.

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O recurso do follow up como prática de encaminhamentoimplicado para os equipamentos da rede.AutORAS: Sandra Ribeiro de Almeida Lopes (1) Jaqueline Souza Parisoto (2)NOMe DA INStItuIçÃO De ORIGeM: Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Os serviços-escola são ambientes apropriados que aliam a formação pro-fissional à prestação de serviços à comunidade. Dentro desta perspectiva oserviço-escola de Psicologia da UPM tem buscado reorganizar seu planopedagógico para atender às necessidades de seus alunos e da comunidadeque busca assistência psicológica. Até meados de 2012 a proposta de tra-balho envolvia práticas clínicas tradicionais, porém o movimento da atualdireção e coordenação do curso tem sido a oferta de oportunidades de for-mação mais ampla, que sejam congruentes com as demandas do mercadode trabalho atual. Nossos alunos passam a realizar atividades técnicas e prá-ticas a partir da 8ª etapa. Em 2015 foram inseridas atividades que buscamgarantir ao aluno experiências diversas, dentre elas destacamos a realizaçãode follow up com pacientes encaminhados para serviços da rede de atençãoà saúde, assistência e educação. O objetivo foi verificar a eficácia dos enca-minhamentos e o grau de satisfação com relação ao processo realizado emnosso serviço. Foram realizados 113 questionários de follow up. Indicamosque 47% dos pacientes foram até os locais indicados; destes, 83% passa-ram ou ainda estão em atendimento. Com relação ao processo de psicote-rapia realizado em nosso serviço, 85% dos entrevistados afirmaram sesentirem bastante satisfeitos. A realização desta atividade permitiu ao alunoexercitar a escuta qualificada, uma vez que durante a realização do followup o paciente expunha suas ideias a respeito do atendimento, além de atua-lizar sobre sua situação de saúde.

palavras-chave: estagiários de psicologia, serviço-escola, follow up.Mini currículo: (1) Psicóloga, Mestre em Psicologia Clínica e Doutora em

Ciências da Saúde. Professora, Supervisora e Coordenadora da Clínica Psi-cológica do Mackenzie.

(2) Psicóloga; Especialista em Saúde da Família pela Faculdade Santa Mar-celina e Ministério da Saúde; Responsável Técnica do serviço-escola de Psi-cologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

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trabalho de acolhimento aos pais, frente à condição deprematuridade de seus filhos – Sala de espera –unidadeSaúde da Família e Comunidade - uSFC. AutOReS ReSpONSáVeIS: Ana Claudia Fabricio, Chaiane dos Santos, Edmir Junior,Edna Batista, Kamila Pereira e Larissa Fernanda*Co-autora: Ana Paula Karkotli**NOMe DA INStItuIçÃO De ORIGeM: Universidade do Vale do Itajaí – Univali.Ocontexto familiar é um fenômeno amplamente estudado nas mais diversasdemandas. Neste projeto de estágio básico do 6º período do curso depsicologia, observou-se a necessidade de acolhimento aos pais frente àprematuridade, visto que nesta situação os pais se encontram, por vezes,inseguros e com medo em relação a criança. Se teve como finalidadeacolher aos pais e enfatizar a troca de informações entre eles para diminuira sensação de estranheza e isolamento. Inicialmente foi realizado umlevantamento bibliográfico com objetivo de apropriação e aprofundamentodo tema para embasar a construção e a criação de um roteiro de umaentrevista semi- estruturada, a ser realizada com os pais. Esta teve comoobjetivo, identificar a demanda e as possibilidades de propostas paraintervenção. Inicialmente foram realizadas como entrevistas piloto o total deseis entrevistas. Nos seis casos, foi identificada como demanda principal, anecessidade de apoio psicológico aos pais ou cuidadores frente a estasituação, pois alguns se encontram em extremo esgotamento psicológico.Este projeto foi implantado no primeiro semestre, como forma de validarcomo uma práxis a ser instituída no ambulatório da USFC e tem comointuito o acompanhamento semanal dos pais na sala de espera, oferecendoa estes, apoio psicológico inicial por meio do acolhimento.

palavras-chave: famílias, acolhimento, sala de espera, SUS.* Acadêmicos do Curso de Psicologia , Estágio Básico 6º período da Uni-

versidade do Vale do Itajaí. **Psicóloga – Psicoterapeuta Sistêmica. Docentena Universidade do Vale do Itajaí – Curso Psicologia. Mestre em Saúde e Ges-tão do Trabalho com ênfase em Saúde da Família .

31área temática: A vida contemporânea e as práticas clínicas

pLANOS De SAúDe – O DeSAFIO DAS NOVASCONFIGuRAçõeS DO AteNDIMeNtO pSICOteRápICOAutor: Helen C.D. Spanopoulos e Sonia PiresInstituição: CEAAP e Instituto Sedes Sapientiae

Introdução: As regulamentações brasileiras da Agencia Nacional de Saúdeque determinam e orquestram a exigência de oferecimento de atendimentopsicológico pelos planos de saúde ocasionaram abalos nos pilares fundamen-tais da relação terapêutica. A pressão para que o atendimento psicológicoviesse a fazer parte do rol de atendimentos cobertos pelos planos de saúde,iniciou-se a mais de vinte anos, quando alguns planos considerados diferen-ciados ofereciam esse tipo de atendimento como forma de tornar o plano maisatraente. Objetivos: Propomos-nos a acolher, problematizar e encontrar ca-minhos para o momento enquanto parte das transformações contemporâneasa que estamos inevitavelmente sujeitos. Discussão: Questões como o tempode atendimento da sessão, a duração dos tratamentos inauguram-se com aequiparação dos atendimentos psicológicos aos médicos. Um impasse inso-lúvel, visto que estas áreas de atuação tem como objeto de trabalho o sujeito,a doença e a saúde a partir de óticas totalmente diferentes. Discussão: Comoa demanda de atendimento é grande e a necessidade de responder a essa de-manda pelos planos de saúde está sob os olhos das “leis” da ANS, não exis-tem parâmetros balizadores do que vem sendo oferecido. Conclusão: Oatendimento psicológico virou terra de ninguém, muito mais sujeito às leis doconsumo do que ao conhecimento, ao estudo e à construção de saberes, fun-damentais para a prática psicológica.

Sonia pires: Psicóloga, psicanalista membro do departamento de formaçãoem psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, responsável pela implantaçãodo projeto Espaço de Construção em clínica psicológica visando a formação

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Pôsteres

através do atendimento aos pacientes oriundos de Planos de Saúde. Coorde-nadora do Ciclo: Psicanálise e Planos de Saúde no Instituto Sedes Sapientiaeem 2014, Supervisora e coordenadora de grupos de atendimento em consul-tório desde 1981. Autora livros: Desamparo na Infância (2013) e Psicanálisee Planos de Saúde (2014).

helen C. D. Spanopoulos: Psicóloga, com especialização em atendimentode adolescentes e adultos em psicanálise, NEEP, pós-graduada em Adminis-tração Hospitalar pela UNAERP e especializanda em Psicossomática Psicana-lítica pelo Sedes Sapientiae. Idealizadora e diretora do CEAAP, supervisora erepresentante da direção de todos seus projetos e iniciativas. Experiência demais de 30 anos em atendimentos clínicos, coordenação e orientação profis-sional para psicólogos recém-formados.

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