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Oficina. P: 02/18 Texto I Convencionou-se no Brasil designar determinadas doenças, a maioria delas parasitárias ou transmitidas por vetor, como “endemias”, “grandes endemias” ou “endemias rurais”. Essas doenças foram e são, a malária, a febre amarela, a esquistossomose, as leishmanioses, as filarioses, a peste, a doença de Chagas, além do tracoma, da bouba, do bócio endêmico e de algumas helmintíases intestinais, principalmente a ancilostomíase. Essas doenças, predominantemente rurais, constituíram a preocupação central da saúde pública brasileira por quase um século, até que diversos fatores, notadamente a urbanização, desfizeram as razões de sua existência enquanto corpo homogêneo de preocupação. (SILVA, Luiz Jacintho da. O controle das endemias no Brasil e sua história. Ciência & Cultura, São Paulo, v. 55, n. 1, p. 44-7, jan./fev. 2003.) Texto II Em boa parte do Brasil, o ano de 2016 começou com os sinais de alerta acionados para uma epidemia de dengue. De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, em 2015, foram registrados mais de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue no país, um recorde nacional. No ano passado, também foi batido o recorde de mortes decorrentes da doença, que ultrapassou 800 em todo o território brasileiro, com destaque para os estados do Centro-Oeste e do Sudeste. Some aos índices relativos à dengue mais de 20 mil casos suspeitos de febre chikungunya e outros 3 mil casos prováveis de microcefalia relacionados ao zika vírus e estão colocados os milhares de motivos que justificam a organização de uma força-tarefa contra o Aedes aegypti. (https://www.revide.com.br/editorias/capa/uma-missao-compartilhada797/) Texto III (usar como repertório sociocultural) Texto IV Roupa anti-mosquito contra o zika Marca para gestantes lança linha de roupas com citronela e aumenta as vendas em 30% Não é só o Estado que anda mobilizado para combater a epidemia de zika vírus no Brasil que vive sua maior crise de saúde pública desde os anos 80, quando teve de enfrentar a emergência mundial da Aids. Amparada pela ciência, a iniciativa privada busca soluções para proteger a população do Aedes Aegypti e, de quebra, ainda gera negócios em um momento de recessão econômica. É o caso da marca paranaense para gestantes Megadose, que lançou na última quinta-feira, 10 de março, uma linha de roupas com repelente, a MGDO Cares. Qual não foi a alegria de João Ricardo Esteves, diretor da Megadose, com sede em Cianorte, ao saber que ela já existia. “Estávamos instigados com o medo das gestantes por causa do zika. Fizemos uma força-tarefa e descobrimos uma empresa que criou um processo em que a cápsula [de citronela] é inserida na fibra do tecido. Fomos atrás também de fornecedores de citronela e dos tecidos adequados e criamos a coleção em tempo recorde”, conta o executivo, que assinou contratos temporários de exclusividade com os novos parceiros e viu suas vendas crescerem de 20 a 30% na rede de 1.000 multimarcas em que está presente em apenas 20 dias. (…) (brasil.elpais.com) Professor(a): Sérgio Cintra Data:16/08/2018 Proposta de Redação - TEMA 02

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Oficina. P: 02/18

Texto I

Convencionou-se no Brasil designar determinadas doenças, a maioria delas parasitárias ou transmitidas por vetor, como “endemias”, “grandes endemias” ou “endemias rurais”. Essas doenças foram e são, a malária, a febre amarela, a esquistossomose, as leishmanioses, as filarioses, a peste, a doença de Chagas, além do tracoma, da bouba, do bócio endêmico e de algumas helmintíases intestinais, principalmente a ancilostomíase. Essas doenças, predominantemente rurais, constituíram a preocupação central da saúde pública brasileira por quase um século, até que diversos fatores, notadamente a urbanização, desfizeram as razões de sua existência enquanto corpo homogêneo de preocupação.

(SILVA, Luiz Jacintho da. O controle das endemias no Brasil e sua história. Ciência & Cultura, São Paulo, v. 55, n. 1, p. 44-7, jan./fev. 2003.)

Texto II

Em boa parte do Brasil, o ano de 2016 começou com os sinais de alerta acionados para uma epidemia de dengue. De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, em 2015, foram registrados mais de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue no país, um recorde nacional. No ano passado, também foi batido o recorde de mortes decorrentes da doença, que ultrapassou 800 em todo o território brasileiro, com destaque para os estados do Centro-Oeste e do Sudeste. Some aos índices relativos à dengue mais de 20 mil casos suspeitos de febre chikungunya e outros 3 mil casos prováveis de microcefalia relacionados ao zika vírus e estão colocados os milhares de motivos que justificam a organização de uma força-tarefa contra o Aedes aegypti.

(https://www.revide.com.br/editorias/capa/uma-missao-compartilhada797/)

Texto III (usar como repertório sociocultural)

Texto IV Roupa anti-mosquito contra o zika Marca para gestantes lança linha de roupas com citronela e aumenta as vendas em 30% Não é só o Estado que anda mobilizado para combater a epidemia de zika vírus no Brasil – que vive sua maior crise de saúde

pública desde os anos 80, quando teve de enfrentar a emergência mundial da Aids. Amparada pela ciência, a iniciativa privada busca soluções para proteger a população do Aedes Aegypti e, de quebra, ainda gera negócios em um momento de recessão econômica. É o caso da marca paranaense para gestantes Megadose, que lançou na última quinta-feira, 10 de março, uma linha de roupas com repelente, a MGDO Cares. Qual não foi a alegria de João Ricardo Esteves, diretor da Megadose, com sede em Cianorte, ao saber que ela já existia. “Estávamos instigados com o medo das gestantes por causa do zika. Fizemos uma força-tarefa e descobrimos uma empresa que criou um processo em que a cápsula [de citronela] é inserida na fibra do tecido. Fomos atrás também de fornecedores de citronela e dos tecidos adequados e criamos a coleção em tempo recorde”, conta o executivo, que assinou contratos temporários de exclusividade com os novos parceiros e viu suas vendas crescerem de 20 a 30% na rede de 1.000 multimarcas em que está presente em apenas 20 dias. (…) (brasil.elpais.com)

Professor(a): Sérgio Cintra Data:16/08/2018 Proposta de Redação - TEMA 02

Texto V (usar como repertório sociocultural)

Texto VI (usar como repertório sociocultural)

Filmes 01. Contagion (2011); 02. Ensaio sobre a Cegueira (2008);

03. Diários de tuberculose: epidemia oculta (Fiocruz) Epidemias na história 01. PESTE NEGRA - 50 milhões de mortos (Europa e Ásia) – 1333 a 135; 02. CÓLERA - Centenas de milhares de mortos – 1817 a 1824; 03. TUBERCULOSE - 1 bilhão de mortos – 1850 a 1950; 04. VARÍOLA - 300 milhões de mortos – 1896 a 1980; 05. GRIPE ESPANHOLA - 20 milhões de mortos – 1918 a 1919; 06. TIFO - 3 milhões de mortos (Europa Oriental e Rússia) – 1918 a 1922; 07. FEBRE AMARELA - 30 000 mortos (Etiópia) – 1960 a 1962; 08. SARAMPO - 6 milhões de mortos por ano – Até 1963; 09. MALÁRIA - 3 milhões de mortos por ano – Desde 1980; 10. AIDS - 22 milhões de mortos – Desde 1981.

PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo--argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “A responsabilidade social no combate às doenças endêmicas e epidêmicas no Brasil contemporâneo”, apresentando proposta de intervenção (que respeite os

direitos humanos). Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. (Proposta inédita, elaborada por Sérgio Cintra)

INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO

O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

O texto definitivo deve ser escrito à TINTA PRETA, na folha própria, em até 30 linhas.

A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas

copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:

Tiver até 19 linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”;

Fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;

Apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

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