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PROFESSOR WELLINGTON ALBANO ATIVIDADE DE HISTÓRIA 1. (Unisinos 2012) “A ditadura brasileira, assim como qualquer outra, não está desvinculada da sociedade. Ao contrário, constituiu-se e organizou-se em função de referências nela enraizadas. É, antes de tudo, seu produto. A permanência do regime militar por tantos anos não se explicaria, exclusiva nem fundamentalmente, devido à repressão, à tortura, à censura, ao arbítrio, etc., e sim por relações de identidade, afinidade, consenso e consentimento – de variados matizes e que se alteraram ao longo do tempo –, de parcelas expressivas da sociedade com ideias, valores e propostas ao regime” (ROLLEMBERG, Denise. Prefácio. In: CORDEIRO, Janaína Martins. Direitas em movimento. Rio de Janeiro: FGV, 2009, p. 15). O estudo do período da história brasileira recente (1964-1985), governado por presidentes militares (generais do Exército), passa por uma importante revisão. Não é mais possível pensar que os militares agiram sozinhos. Também não é mais possível pensar que os civis foram submetidos pelos militares contra a sua vontade. Nenhum regime se impõe apenas pela força, como bem lembra a historiadora Denise Rollemberg. Qual(is) dos fatos abaixo comprova(m) essas afirmações? I. Não existe memória positiva sobre o regime militar, já que os militares executaram seu projeto de modernização conservadora do país com o intuito mal disfarçado de prejudicar significativos setores sociais. II. Importantes setores sociais organizados respaldaram o golpe de 31 de março de 1964 e deram sustentação política aos governos que se instalaram desde então. III. A chamada “resistência” ao golpe foi numericamente insignificante no âmbito das principais forças políticas do país, na conjuntura do acontecimento. Sobre os fatos acima, é correto afirmar que a) apenas I está correto. b) apenas I e II estão corretos. c) apenas I e III estão corretos. d) apenas II e III estão corretos. e) I, II e III estão corretos. 2. Ato Institucional nº 5 de 13 de dezembro de 1968 Art. 10 – Fica suspensa a garantia de habeas corpus, nos casos de crimes políticos, contra a segurança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular. Art. 11 –_Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de acordo com este Ato Institucional e seus Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos. Disponível em: http://www.senado.gov.br. Acesso em: 29 jul. 2010. O Ato Institucional nº 5 é considerado por muitos autores um “golpe dentro do golpe”. Nos artigos do AI-5 selecionados, o governo militar procurou limitar a atuação do Poder Judiciário, porque isso significava a) a substituição da Constituição de 1967. b) o início do processo de distensão política. c) a garantia legal para o autoritarismo dos juízes. d) a ampliação dos poderes nas mãos do Executivo. e) a revogação dos instrumentos jurídicos implantados durante o golpe de 1964. 3. A figura do coronel era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. Normalmente, tratava-se de grandes fazendeiros que utilizavam seu poder para formar uma rede de clientes políticos e garantir resultados de eleições. Era usado o voto de cabresto, por meio do qual o coronel obrigava os eleitores de seu “curral eleitoral” a votarem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas, para que votassem de acordo com os interesses do coronel. Mas recorria-se também a outras estratégias, como compra de votos, eleitores-fantasma, troca de favores, fraudes na apuração dos escrutínios e violência. Disponível em: http://www.historiadobrasil.net/republica. Acesso em: 12 dez. 2008 (adaptado). Com relação ao processo democrático do período registrado no texto, é possível afirmar que a) o coronel se servia de todo tipo de recursos para atingir seus objetivos políticos. b) o eleitor não podia eleger o presidente da República. c) o coronel aprimorou o processo democrático ao instituir o voto secreto. d) o eleitor era soberano em sua relação com o coronel. e) os coronéis tinham influência maior nos centros urbanos.

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PROFESSOR WELLINGTON ALBANO ATIVIDADE DE HISTÓRIA

1. (Unisinos 2012) “A ditadura brasileira, assim como qualquer outra, não está desvinculada da sociedade. Ao contrário, constituiu-se e organizou-se em função de referências nela enraizadas. É, antes de tudo, seu produto. A permanência do regime militar por tantos anos não se explicaria, exclusiva nem fundamentalmente, devido à repressão, à tortura, à censura, ao arbítrio, etc., e sim por relações de identidade, afinidade, consenso e consentimento – de variados matizes e que se alteraram ao longo do tempo –, de parcelas expressivas da sociedade com ideias, valores e propostas ao regime”

(ROLLEMBERG, Denise. Prefácio. In: CORDEIRO, Janaína Martins. Direitas em movimento. Rio de Janeiro: FGV, 2009, p. 15). O estudo do período da história brasileira recente (1964-1985), governado por presidentes militares (generais do Exército), passa por uma importante revisão. Não é mais possível pensar que os militares agiram sozinhos. Também não é mais possível pensar que os civis foram submetidos pelos militares contra a sua vontade. Nenhum regime se impõe apenas pela força, como bem lembra a historiadora Denise Rollemberg. Qual(is) dos fatos abaixo comprova(m) essas afirmações? I. Não existe memória positiva sobre o regime militar, já que os militares executaram seu projeto de modernização

conservadora do país com o intuito mal disfarçado de prejudicar significativos setores sociais. II. Importantes setores sociais organizados respaldaram o golpe de 31 de março de 1964 e deram sustentação

política aos governos que se instalaram desde então. III. A chamada “resistência” ao golpe foi numericamente insignificante no âmbito das principais forças políticas do

país, na conjuntura do acontecimento. Sobre os fatos acima, é correto afirmar que a) apenas I está correto. b) apenas I e II estão corretos. c) apenas I e III estão corretos. d) apenas II e III estão corretos. e) I, II e III estão corretos. 2. Ato Institucional nº 5 de 13 de dezembro de 1968 Art. 10 – Fica suspensa a garantia de habeas corpus, nos casos de crimes políticos, contra a segurança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular. Art. 11 –_Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de acordo com este Ato Institucional e seus Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos.

Disponível em: http://www.senado.gov.br. Acesso em: 29 jul. 2010. O Ato Institucional nº 5 é considerado por muitos autores um “golpe dentro do golpe”. Nos artigos do AI-5 selecionados, o governo militar procurou limitar a atuação do Poder Judiciário, porque isso significava a) a substituição da Constituição de 1967. b) o início do processo de distensão política. c) a garantia legal para o autoritarismo dos juízes. d) a ampliação dos poderes nas mãos do Executivo. e) a revogação dos instrumentos jurídicos implantados durante o golpe de 1964. 3. A figura do coronel era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. Normalmente, tratava-se de grandes fazendeiros que utilizavam seu poder para formar uma rede de clientes políticos e garantir resultados de eleições. Era usado o voto de cabresto, por meio do qual o coronel obrigava os eleitores de seu “curral eleitoral” a votarem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas, para que votassem de acordo com os interesses do coronel. Mas recorria-se também a outras estratégias, como compra de votos, eleitores-fantasma, troca de favores, fraudes na apuração dos escrutínios e violência.

Disponível em: http://www.historiadobrasil.net/republica. Acesso em: 12 dez. 2008 (adaptado). Com relação ao processo democrático do período registrado no texto, é possível afirmar que a) o coronel se servia de todo tipo de recursos para atingir seus objetivos políticos. b) o eleitor não podia eleger o presidente da República. c) o coronel aprimorou o processo democrático ao instituir o voto secreto. d) o eleitor era soberano em sua relação com o coronel. e) os coronéis tinham influência maior nos centros urbanos.

4. A figura de Getúlio Vargas, como personagem histórica, é bastante polêmica, devido à complexidade e à magnitude de suas ações como presidente do Brasil durante um longo período de quinze anos (1930-1945). Foram anos de grandes e importantes mudanças para o país e para o mundo. Pode-se perceber o destaque dado a Getúlio Vargas pelo simples fato de este período ser conhecido no Brasil como a "Era Vargas". Entretanto, Vargas não é visto de forma favorável por todos. Se muitos o consideram como um fervoroso nacionalista, um progressista ativo e o "Pai dos Pobres", existem outros tantos que o definem como ditador oportunista, um intervencionista e amigo das elites. Considerando as colocações apresentadas, responda à questão seguinte, assinalando a alternativa correta: Provavelmente você percebeu que as duas opiniões sobre Vargas são opostas, defendendo valores praticamente antagônicos. As diferentes interpretações do papel de uma personalidade histórica podem ser explicadas, conforme uma das opções a seguir. Assinale-a. a) Um dos grupos está totalmente errado, uma vez que a permanência no poder depende de ideias coerentes e de

uma política contínua. b) O grupo que acusa Vargas de ser ditador está totalmente errado. Ele nunca teve uma orientação ideológica

favorável aos regimes politicamente fechados e só tomou medidas duras forçado pelas circunstâncias. c) Os dois grupos estão certos. Cada um mostra Vargas da forma que serve melhor aos seus interesses, pois ele foi

um governante apático e fraco - um verdadeiro marionete nas mãos das elites da época. d) O grupo que defende Vargas como um autêntico nacionalista está totalmente enganado. Poucas medidas

nacionalizantes foram tomadas para iludir os brasileiros, devido à política populista do varguismo, e ele fazia tudo para agradar aos grupos estrangeiros.

e) Os dois grupos estão errados, por assumirem características parciais, e às vezes conjunturais, como sendo posturas definitivas e absolutas.

5. Leia atentamente os documentos abaixo e em seguida assinale a alternativa correta.

I) "Excelentíssimo Sr. Deputado Ranieri Mazzilli.

DD. Presidente da República em exercício.

Senhor Presidente:

Em face da próxima chegada do Sr. Doutor João Belchior Marques Goulart a Brasília, com o fito de prestar compromisso perante o Congresso Nacional e indicar à aprovação dele o nome do Presidente do Conselho e a composição do Primeiro Conselho de Ministros, bem como para receber em sessão do Congresso Nacional posse, juntamente com aquele Conselho e o seu Presidente, tudo nos termos do Artigo 21, parágrafo único da Emenda Constitucional no 4 (Ato Adicional de 02/09/1961), venho, na minha condição de Presidente do Congresso, solicitar de Vossa Excelência as indispensáveis garantias ao desembarque, permanência em Brasília e investidura na Presidência da República do Senhor Doutor João Goulart (...)".

Auro de Moura Andrade. (Presidente do Congresso Nacional, em 03/09/1961).

II) "Excelentíssimo Senhor Senador Auro de Moura Andrade:

Senhor Presidente:

Nos termos e para os efeitos do Ato Adicional, tenho a honra de comunicar a Vossa Excelência e ao Congresso Nacional que indico para o Cargo de Primeiro-Ministro o Senhor Tancredo de Almeida Neves, que, por meu intermédio, submete à patriótica consideração desse plenário o seguinte Gabinete: (segue-se a lista dos Ministros) (...)."

João Belchior Marques Goulart.(Presidente da República, em 08/09/1961). a) Os dois documentos contêm indícios que revelam ser presidencialista o sistema de governo na ocasião. b) Estes documentos não contêm informações que permitam saber se o sistema de governo, na ocasião, era o

presidencialismo, ou o parlamentarismo. c) O primeiro documento - e somente ele - revela que era parlamentarista o sistema de governo na ocasião. d) Os dois documentos contêm informações que revelam ser parlamentarista o sistema de governo na ocasião. e) O segundo documento - e somente ele - revela que era parlamentarista o sistema de governo na ocasião.

6. Observe a tirinha abaixo.

A tirinha corrobora uma posição da historiografia brasileira que sustenta o raciocínio de que a Abolição dos escravos, em 1888, foi uma medida a) expressiva social e juridicamente, já que não preconizou nenhuma indenização pecuniária aos influentes

proprietários de escravos. b) ineficaz politicamente, visto que não conseguiu aumentar a popularidade do Imperador e evitar o advento da

República. c) irrelevante do ponto de vista econômico, uma vez que os imigrantes europeus constituíam a mão de obra mais

importante nas lavouras. d) paliativa, do ponto de vista social, já que a Lei de Terras de 1850 não permitia a emancipação econômica dos

negros libertos. 7. “O exemplo [...] britânico e o desejo de preservar politicamente o monarca levaram à criação, em 1847, do cargo do Conselho de Ministros, escolhido pelo Imperador. Se o ministério (ou Conselho de Ministros) não possuísse maioria [...], a Câmara seria dissolvida, convocando-se novas eleições”

(BARBEIRO; CANTELE; SCHNEEBERGER, 2007) Esse sistema utilizado no Brasil, em parte do 2º Reinado, ficou conhecido como a) Presidencialismo Monárquico. b) Parlamentarismo Tradicional. c) Parlamentarismo às avessas. d) Autoritarismo Monárquico.

8. A partir da segunda metade do século XIX, o Brasil viu surgir gradativamente o declínio da mão de obra escrava e a introdução da mão de obra livre do imigrante, que se dirigiu à lavoura cafeeira. Sobre a relação entre café e mão de obra, assinale a alternativa correta. a) o café prosperou na Bahia, que já se destacava com o fumo e o cacau; a mão de obra utilizada era a do imigrante

espanhol que logo se adaptou ao calor e costumes baianos, sendo assalariado. b) a lavoura cafeeira se estendeu do norte do Paraná até o oeste de Santa Catarina, sendo os alemães e poloneses

trazidos da Europa para trabalharem como meeiros ou terceiros. c) o café se instalou desde o Pará até São Paulo. Foi o responsável pela chegada dos japoneses, que tiveram muita

dificuldade de adaptação (dada a diferença da língua e dos costumes), logo superadas. São eles, os responsáveis pela instalação de sítios e chácaras no Brasil.

d) a lavoura cafeeira, por se adaptar melhor às áreas temperadas, encontrou na zona da Mata (MG) e na província de São Paulo as condições ideais. Na região do Vale do Paraíba, a produção ocorreu de maneira tradicional, sendo utilizada a mão de obra escrava. Estendendo-se para o interior paulista, a mão de obra do imigrante italiano substituiu a escrava, inicialmente através da parceria e, depois, através do sistema de colonato.

9. Em 1570, a Província de Santa Cruz contava com 60 engenhos. Destes, 41 situavam-se nas capitanias de Pernambuco e da Bahia. Quinze anos depois, o número de engenhos nestas duas regiões mais do que triplicou, atingindo a marca dos 131. No final do século, em 1590, a colônia contava com 150 engenhos espalhados pelas capitanias de Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Vicente. As duas primeiras capitanias, entretanto, continuavam a concentrar o maior número de unidades produtivas, que correspondia a 80% do total (...). Em 1584, cerca de 40 navios eram utilizados para transportar o açúcar de Recife para Lisboa. No início do século XVII, em 1614, mais de 130 navios eram utilizados no transporte do açúcar de Pernambuco para a metrópole.

(Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil, uma interpretação, 2008.)

Infere-se do texto que a) a produção açucareira distribuiu-se de forma equilibrada por toda a colônia. b) os lucros propiciados pelo açúcar inibiram o desenvolvimento da pecuária em larga escala. c) a prosperidade das regiões dependia da capacidade administrativa dos donatários. d) a cana forneceu a base material para o estabelecimento dos portugueses nos trópicos. 10. O trabalho cria riquezas sociais que, nem sempre, são divididas e servem para efetivar sociedades equilibradas. O uso da escravidão mostra a existência da exploração, mesmo nos tempos modernos. A escravidão a) foi utilizada nas colônias europeias até o século XVIII, na agricultura, apresentando grande lucratividade nos

negócios agrícolas. b) tinha lugar no trabalho doméstico, apenas nas colônias portuguesas e inglesas, sendo ineficaz no comércio. c) conseguiu se firmar nas colônias espanholas; sem êxitos expressivos, nas colônias inglesas, devido aos

preconceitos raciais. d) deu condições para favorecer o crescimento da burguesia, que lucrava com o comércio da época e firmava seus

interesses. 11. Leia o texto a seguir.

[…] se me representou que, pelas notícias que tinham adquirido com as entradas que haviam feito pelos sertões dessa América, se lhes fazia certo haver neles minas de ouro e prata, e pedras preciosas, cujo descobrimento senão havia intentado pela distância em que ficaram as tais terras, aspereza dos caminhos, e povoações de índios bárbaros que nelas se achavam aldeados; […] e porque deste descobrimento de minas podiam resultar grandes interesses à minha fazenda, se ofereciam a me irem fazer esse serviço tão particular, à sua custa, não só conquistando com guerra aos gentios bárbaros que se lhes opuserem mas também procurando descobrir os haveres que nas ditas terras esperavam achar, […] e que fazendo o serviço que se ofereciam esperavam ser-lhes remunerado com as honras e prêmios. Resposta de D. João V ao pedido de licença dos bandeirantes, 14 de fevereiro de 1721. In: PALACÍN, Luís; GARCIA,

Ledonias; AMADO, Janaína. História de Goiás em documentos. Goiânia: Editora da UFG, 1995. p. 22. (Adaptado). O documento remete às relações entre o Rei e os súditos, no período colonial no Brasil, estabelecendo que

a) a exploração aurífera seria feita com base nos investimentos da Coroa nas expedições. b) os gentios seriam protegidos por meio da proibição de sua escravização. c) o conhecimento da fauna e da flora do sertão seria prioritário para os interesses da Coroa. d) a recompensa dos bandeirantes estaria assegurada em caso de sucesso da expedição.

12. Após a abdicação de D. Pedro I ao trono, o Brasil foi governado por Regências Trinas, conforme previa a Constituição do Império, mas o Ato Adicional de 1834 provocou algumas mudanças, entre as quais se estabelecia: a) a regência UNA, para a qual o candidato era eleito e não mais indicado pela Assembleia Nacional, saindo vitorioso

no primeiro pleito o Padre Diogo Antônio Feijó. b) a eleição direta e secreta de um regente, cuja candidatura era efetivada por seu partido político, ganhando em

primeiro lugar o brigadeiro Francisco de Lima e Silva. c) a nomeação de um regente escolhido pelo presidente do Senado, a partir de uma lista composta dos nomes de

três deputados, sendo nomeado o ministro Diogo Antônio Feijó. d) as regências unas provisórias, cujo regente seria escolhido entre os deputados provinciais, que se revezavam no

poder, sendo o primeiro, José da Costa Carvalho. . 13. A pintura é uma manifestação artística que pode ser utilizada como fonte histórica, reforçando uma versão da história. Nesse sentido, observe o quadro do pintor paraibano Pedro Américo:

No campo da historiografia, essa imagem: a) sintetiza o verdadeiro sentimento de toda a nação em relação a Portugal. b) expõe a luta de classes existente no país no período da independência. c) expressa o apoio popular ao processo de autonomia política do Brasil. d) representa uma visão heroica e romanceada da separação política do país. 14. “Temos a tendência de pressupor que todas as mudanças que decorreram de um movimento de independência foram para o melhor. Raramente, por exemplo, consideramos um movimento de independência como uma regressão, um triunfo do despotismo sobre a liberdade, de um regime imposto sobre um regime representativo. Apesar disso, no caso da independência do Brasil, essas acusações foram na época imputadas ao novo regime”.

(Adaptado de MAXWELL, K. “Por que o Brasil foi diferente? O contexto da independência”. In: MOTTA, C. G. (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira. São Paulo: Editora Senac, 2000, p 181.)

Qual dos eventos citados a seguir gerou as acusações mencionadas no texto? a) A outorga da Constituição de 1824, feita por D. Pedro I depois de dissolvida a Assembleia Constituinte que

elaborava o texto constitucional. b) O tratado de comércio que estipulou vantagens econômicas para a Inglaterra. c) O incentivo à imigração europeia e a gradual emancipação dos escravos, resultado de políticas públicas realizadas

no período monárquico com objetivo de promover a transição do trabalho escravo para o trabalho livre. d) A decretação da maioridade de D. Pedro II que, em 1840, favoreceu as medidas de centralização do poder,

chamadas à época de “regresso”. 15. Leia atentamente e compare os dois excertos dados. A- “D. Pedro I, por graça de Deus e unânime aclamação dos povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil: Fazemos saber a todos os nossos súditos, que tendo-nos requerido os povos deste Império, junto em Câmaras, que nós quanto antes jurássemos e fizéssemos jurar o projeto da Constituição (...)” (Preâmbulo da Constituição Política do Império Brasileiro, 1824) B- “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça, como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos (...) promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição(...) “(Preâmbulo da Constituição da República Federativa do Brasil, 1988) I. As duas Constituições foram feitas por Assembleias Constituintes (no século XIX, chamadas de Câmaras) e,

portanto, as duas Cartas foram promulgadas. II. Na primeira Constituição Brasileira há a ideia de que o poder Executivo existe pela graça de Deus, enquanto, na

atual, a Assembleia Constituinte se colocou sob a proteção de Deus. III. A Constituição Imperial trazia quatro poderes, sendo o poder Moderador o mais importante, pois dele dependiam

os outros poderes; na Constituição de 1988, não se apresenta a superioridade de nenhum poder sobre os demais, pois tornou- se fundamental, à época, a busca da igualdade perante a lei e a prática da justiça.

Assinale a alternativa a) se I, II e III forem corretas. b) se apenas II e III forem corretas.

c) se apenas I e II forem corretas. d) se apenas I e III forem corretas. 16. Leia atentamente os artigos abaixo:

- Art. 91 - Têm voto nestas eleições primárias:

10. - os cidadãos brasileiros que estão no gozo de seus direitos políticos. [...]

Art. 92 - São excluídos de votar nas assembleias paroquiais: [...]

50. - os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos.

[...]

Art. 94 - Podem ser eleitores e votar nas eleições dos Deputados, Senadores e membros dos Conselhos de Província os que podem votar na Assembleia Paroquial.

Excetuam-se:

10. - os que não tiverem de renda líquida anual duzentos mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou emprego. [...].

Art. 95 - Todos os que podem ser eleitores são hábeis para serem nomeados Deputados.

Excetuam-se:

10. - os que não tiverem quatrocentos mil réis de renda líquida, na forma dos artigos 92 e 94. [...]

30. - os que não professarem a religião do Estado.

(Constituição Política do Império do Brasil, de 25 de março de 1824.)

De acordo com o texto e seus conhecimentos, é correto afirmar que a constituição:

I. Era democrática, considerando-se que os cargos para o poder Legislativo eram ocupados através do voto universal e secreto.

II. Adotava o chamado "voto censitário".

III. Garantia a liberdade religiosa a todos os residentes no Brasil, inclusive para os candidatos a cargos eletivos.

IV. Foi outorgada por D. Pedro I.

Estão corretas apenas: a) I e II. b) II e III. c) I e IV. d) II e IV. 17. Logo após a Independência brasileira teve início a discussão de um projeto constitucional para regulamentar a política nacional. O anteprojeto, chamado de Constituição da Mandioca, foi rejeitado pelo Imperador D. Pedro I que, em pouco tempo, outorgou a Constituição de 1824. A primeira constituição brasileira:

I) foi elaborada pela Assembleia Nacional Constituinte e estabelecia o Padroado, sistema pelo qual o Imperador se submetia a cumprir as determinações da Santa Sé.

II) foi elaborada pela Assembleia Nacional Constituinte que aprovou a monarquia parlamentarista como forma de governo.

III) foi imposta a todos e determinava a criação de quatro poderes: o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o Moderador, de competência exclusiva do Imperador.

Está(ão) correta(s) somente: a) I. b) II. c) III. d) I e II.

18. (Uff 2012) Como “mito de origem nacional” para a Bahia, a Guerra de Independência, de 2 de julho de 1823, é sempre relembrada em festas e comemorações oficiais. Assinale a alternativa que melhor identifica o papel dos baianos no contexto da independência brasileira. a) A articulação revolucionária das camadas populares da capital baiana esteve restrita aos interesses dos libertos e

dos homens livres e pobres, sem o apoio de parte dos intelectuais da cidade de Salvador. b) As independências do Brasil e da Bahia ocorreram no mesmo contexto político, sem particularismos locais. Nesse

sentido, não é possível considerar a existência de duas datas que marcam a independência do país. c) A sedição de 1798 na Bahia sepultou os desejos separatistas dos baianos e os afastou da política brasileira de

1822. Por essa razão, a população baiana esteve alijada do contexto político da independência. d) A comemoração da independência da Bahia justifica-se, pois nessa data, as tropas do Exército e da Marinha

expulsaram definitivamente os portugueses da cidade do Salvador. e) A independência do Brasil esteve estritamente associada aos interesses ingleses e holandeses, instalados no

Brasil e beneficiários da Abertura dos Portos. 19. (Ufg 2012) Analise os mapas a seguir.

No Brasil, entre 1822 e 1889, ocorreram mudanças nas unidades administrativas, fruto de uma política de Estado, conforme a representação gráfica dos mapas. Essas mudanças objetivavam a) a punição das províncias envolvidas em movimentos separatistas, como no caso da Confederação do Equador,

em Pernambuco. b) o alcance de maior equilíbrio político-administrativo entre as províncias, como no caso da criação do Paraná com a

divisão de São Paulo. c) o cumprimento de acordos diplomáticos externos, como no caso da concessão da província da Cisplatina à

Argentina. d) o aumento do controle fiscal nas regiões produtoras de ouro para garantir recursos ao governo, como no caso de

Goiás e Minas Gerais. e) a dinamização econômica dos espaços distantes do litoral com a criação de novos territórios, como no caso da

divisão da província do Grão-Pará. 20. (Uff 2012) “Aqui poderia eu concluir este livro, se não tivesse dado o propósito de contribuir, na medida do possível, para aplacar a febre da imigração. (...) Eu vos peço, meus amigos, peço-vos encarecidamente e para vosso bem: meditai um momento e escutai a voz da razão, deixai que abrande a febre de partir para mundos remotos e considerai o passo que ides dar, antes que seja tarde.”

DAVATZ, Thomas. Memórias de um colono no Brasil (1850). Tradução de Sérgio Buarque de Holanda. São Paulo.

Martins Fontes/EDUSP, 1972, p. 188. Na passagem acima, Davatz procura alertar os seus conterrâneos suíços – e, de certa forma, também as autoridades europeias – para os graves problemas da emigração para o Brasil, a partir da experiência conhecida como colônias de parceria. O sistema organizado pelo Senador Vergueiro, em meados do século XIX, como forma de alternativa à mão de obra escrava, resultou em um grande fracasso, cujas razões podem ser encontradas

a) no alto custo do transporte, que deveria ser pago pelos próprios colonos e pela coexistência do trabalho do imigrante com o braço escravo, interferindo diretamente nas relações com os proprietários.

b) na desqualificação do trabalhador imigrante, que era desempregado nas cidades europeias e pouco afeito ao trabalho na agricultura, compondo um grupo marginal, que causou muitos problemas.

c) no desvio dos recursos destinados pelo governo imperial para cobrir os custos das viagens dos colonos, implicando a necessidade de os proprietários arcarem com todas as despesas, tomando o café produzido muito caro.

d) na pobreza das terras da fazenda Ibicaba, escolhida como laboratório para a experiência, o que exigia um grande esforço dos trabalhadores e resultava em baixa produção de café, tomando muito dispendioso o empreendimento.

e) na pouca oferta de mão de obra imigrante, pois o crescimento da economia europeia, no período, absorvia um grande número de trabalhadores, com altos salários, havendo pouco interesse dos europeus em se mudarem para a América.

21. (Unicamp 2012) A política do Império do Brasil em relação ao Paraguai buscou alcançar três objetivos. O primeiro deles foi o de obter a livre navegação do rio Paraguai, de modo a garantir a comunicação marítimo-fluvial da província de Mato Grosso com o restante do Brasil. O segundo objetivo foi o de buscar estabelecer um tratado delimitando as fronteiras com o país guarani. Por último, um objetivo permanente do Império, até o seu fim em 1889, foi o de procurar conter a influência argentina sobre o Paraguai, convencido de que Buenos Aires ambicionava ser o centro de um Estado que abrangesse o antigo vice-reino do Rio da Prata, incorporando o Paraguai.

(Adaptado de Francisco Doratioto, Maldita Guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 471.)

Sobre o contexto histórico a que o texto se refere é correto afirmar que: a) A Guerra do Paraguai foi um instrumento de consolidação de fronteiras e uma demonstração da política externa do

Império em relação aos vizinhos, embora tenha gerado desgastes para Pedro II. b) As motivações econômicas eram suficientes para empreender a guerra contra o Paraguai, que pretendia anexar

territórios do Brasil, da Bolívia e do Chile, em busca de uma saída para o mar. c) A Argentina pretendia anexar o Paraguai e o Uruguai, mas foi contida pela interferência do Brasil e pela pressão

dos EUA, parceiros estratégicos que se opunham à recriação do vice-reino do Rio da Prata. d) O mais longo conflito bélico da América do Sul matou milhares de paraguaios e produziu uma aliança entre

indígenas e negros que atuavam contra os brancos descendentes de espanhóis e portugueses. 22. (Ufpr 2011) “Temos a tendência de pressupor que todas as mudanças que decorreram de um movimento de independência foram para o melhor. Raramente, por exemplo, consideramos um movimento de independência como uma regressão, um triunfo do despotismo sobre a liberdade, de um regime imposto sobre um regime representativo. Apesar disso, no caso da independência do Brasil, essas acusações foram na época imputadas ao novo regime”.

(Adaptado de MAXWELL, K. “Por que o Brasil foi diferente? O contexto da independência”. In: MOTTA, C. G. (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira. São Paulo: Editora Senac, 2000, p 181.)

Qual dos eventos citados a seguir gerou as acusações mencionadas no texto? a) A outorga da Constituição de 1824, feita por D. Pedro I depois de dissolvida a Assembleia Constituinte que

elaborava o texto constitucional. b) O tratado de comércio que estipulou vantagens econômicas para a Inglaterra. c) O incentivo à imigração europeia e a gradual emancipação dos escravos, resultado de políticas públicas realizadas

no período monárquico com objetivo de promover a transição do trabalho escravo para o trabalho livre. d) A guerra empreendida contra o Paraguai na década de 1860. e) A decretação da maioridade de D. Pedro II que, em 1840, favoreceu as medidas de centralização do poder,

chamadas à época de “regresso”. 23. (Ufg 2010) A ocorrência de rebeliões, tais como a Cabanagem (1835-1840), no Pará, a Sabinada (1837-1838), na Bahia, e a Balaiada (1838-1841), no Maranhão, determinou a caracterização da Regência como um período conturbado. Todavia, a ocorrência de rebeliões tão distintas apresenta como aspecto comum a a) reivindicação popular pela abolição da escravatura, tornando inviável o apoio das camadas médias urbanas aos

movimentos contra a ordem regencial. b) influência da experiência republicana da América Hispânica, decorrente da proximidade intelectual entre as elites

imperiais e os criollos. c) mobilização das camadas populares pelos segmentos da elite, objetivando o controle do poder nas referidas

províncias. d) tentativa de restabelecer o poder moderador, transferindo- o para a Regência Una como forma de resistir às

reformas liberais. e) rejeição ao regime monárquico, revelador da permanência do privilégio concedido ao português desde a Colônia. 24. (Enem cancelado 2009) A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais, incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de independência e a ascensão

de D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder central fez com que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram então a questionar não apenas o autoritarismo do poder central, mas o da própria aristocracia da província. Os líderes mais democráticos defendiam a extinção do tráfico negreiro e mais igualdade social. Essas ideias assustaram os grandes proprietários de terras que, temendo uma revolução popular, decidiram se afastar do movimento. Abandonado pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu resistir à violenta pressão organizada pelo governo imperial.

FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996 (adaptado). Com base no texto, é possível concluir que a composição da Confederação do Equador envolveu, a princípio, a) os escravos e os latifundiários descontentes com o poder centralizado. b) diversas camadas, incluindo os grandes latifundiários, na luta contra a centralização política. c) as camadas mais baixas da área rural, mobilizadas pela aristocracia, que tencionava subjugar o Rio de Janeiro. d) as camadas mais baixas da população, incluindo os escravos, que desejavam o fim da hegemonia do Rio de

Janeiro. e) as camadas populares, mobilizadas pela aristocracia rural, cujos objetivos incluíam a ascensão de D. Pedro I ao

trono. 25. (Ufpel 2007)

O gráfico está diretamente relacionado a) à estabilidade do sistema escravista e à emigração europeia no século XIX, quando iniciou a industrialização

paulista. b) à crise do escravismo e à imigração europeia para o Brasil, em período de desenvolvimento da cafeicultura. c) ao Ciclo da Mineração, quando escravos e imigrantes formaram o principal contingente de mão de obra. d) ao processo de transição do escravismo colonial brasileiro para o trabalho assalariado durante o Primeiro Reinado. e) à necessidade de manutenção de uma força de trabalho em torno de 150 mil pessoas no processo de

industrialização paulista, durante o Período Regencial. 26. (Ufscar 2006) Analise o quadro.

A partir da análise do quadro, é correto afirmar, sobre a economia brasileira, que a) há a tendência, ao longo do século XIX, de concentração da produção agrícola de exportação na região Nordeste. b) há, no final do século XIX, uma descentralização regional e uma diversificação equitativa de produtos agrícolas

produzidos para exportação. c) a exportação de produtos agrícolas tendeu a entrar em progressiva decadência ao longo do século XIX. d) se caracterizava pela predominância de exportação de produtos agrícolas tradicionalmente vinculados à

agricultura de subsistência. e) tende, no século XIX, a ter uma exportação predominantemente agrícola e a concentrar essa produção, ao longo

das décadas, na região Sudeste. 27. (Unitau 1995) “Principal responsável pelas transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas no Brasil na segunda metade do século XIX, reintegrou a economia brasileira nos mercados internacionais, contribuiu decisivamente para o incremento das relações assalariadas de produção e possibilitou a acumulação de capital que, disponível, foi aplicado em sua própria expansão e em alguns setores urbanos como a indústria, por exemplo. Foi ainda responsável pela inversão na balança comercial brasileira que, depois de uma história de constantes deficits, passou a superavitária entre os anos de 1861 a 1885".

O parágrafo acima refere-se: a) à Borracha. b) ao Cacau. c) ao Algodão. d) à Cana-de-Açúcar. e) ao Café. 28. (Unesp 1992) O transporte ferroviário no Brasil, da segunda metade do Século XIX ao início do Século XX, mereceu prioritariamente o interesse estatal e particular. As condições históricas relacionadas com a ampliação da rede em ritmo crescente foram: a) expansão da cafeicultura, principalmente em São Paulo, e o escoamento da produção para o exterior. b) reservas de minério de ferro, do quadrilátero ferrífero, pouco acessíveis e demasiado distantes dos centros

urbanos mais expressivos. c) políticas de industrialização e de reflorestamento. d) capitais externos em busca de lucros para a indústria automotiva e para as empresas distribuidoras de petróleo. e) devastações de pinhais para a extração de madeira e para a produção de papel.

29. (Uerj 2014) Observe as imagens abaixo

Os governos de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubitschek foram momentos marcantes da história econômica brasileira, especialmente no que se refere ao desenvolvimento industrial do país. Uma semelhança entre o processo de industrialização brasileiro verificado no governo de Vargas e no de JK está apontada em: a) expansão do mercado interno b) flexibilização do monetarismo c) regulação da política ambiental d) autonomia do progresso tecnológico e) política da boa vizinhança

30. (Uerj 2013) Entre a posse do presidente João Goulart, em 1961, e a abertura política, iniciada em 1979-1980, a economia brasileira enfrentou conjunturas de crise e de prosperidade, perceptíveis nas variações dos índices econômicos apresentados na tabela a seguir.

As particularidades do período conhecido como “Milagre Econômico” foram caracterizadas por: a) redução das taxas de inflação e crescimento do PIB b) incremento da dívida externa e retração das importações c) estagnação das exportações e manutenção das taxas de inflação d) estabilização da balança comercial e diminuição da dívida externa e) crescimento dos salários e redução da mortalidade infantil 31. (Pucrj 2013) Observe a capa desse periódico semanal.

Podemos afirmar que o evento caracterizado na capa da Revista Veja é a expressão: a) do contexto político do Governo Médici, com a instituição da ditadura e a proibição de qualquer manifestação

política de oposição. b) do clima libertário, relacionado ao movimento hippie internacional, que era compartilhado pelos estudantes

brasileiros, compreendido como desregramento moral pelo governo brasileiro. c) de manifestações violentas de estudantes, vinculados à União Nacional dos Estudantes, posta na ilegalidade

desde o governo João Goulart, em 1962. d) do acirramento das tensões políticas que gerou mobilização da sociedade contra as medidas autoritárias do

governo e que culminou, no final de 1968, no decreto do AI-5. e) da intolerância do regime militar a qualquer manifestação política, razão pela qual o Congresso Nacional ficou

fechado desde 1964. 32. (Unesp 2013) Observe o quadro abaixo

Durante o regime militar brasileiro (1964-1985), ocorreram: a) fim do intervencionismo estatal na economia, ampliação da autonomia dos estados e controle militar do sistema de

informações. b) ampliação dos programas sociais voltados à saúde e à educação, crescimento industrial e saneamento completo

das contas públicas. c) limitação dos investimentos estrangeiros no país, erradicação da inflação e pagamento da dívida externa brasileira. d) fortalecimento do poder executivo, relativo esvaziamento do legislativo e do judiciário e aumento da participação

estatal na economia. e) modernização tecnológica nas comunicações, incremento dos transportes aéreo e ferroviário e maior equilíbrio na

distribuição de renda. 33. (Uftm 2012) A palavra de ordem do movimento queremista, articulado em 1945 e representado na imagem acima, era: Nós queremos Getúlio. Sobre o queremismo, é correto afirmar que a) se tratou de um movimento popular, nascido nas fábricas do ABC paulista. b) foi organizado por intelectuais e propunha a continuação de Vargas na presidência. c) resultou da união dos maiores partidos políticos, que temiam as eleições livres. d) nasceu nas Forças Armadas, assustadas com a popularidade de Luis Carlos Prestes. e) foi articulado a partir do Palácio do Catete, numa tentativa de manter Vargas no poder. 34. (Fgv 2012) Recentemente, em julho de 2011, faleceu o ex-presidente Itamar Franco. A respeito da sua chegada ao poder e do seu governo, é correto afirmar: a) Venceu Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro turno das eleições disputadas em 1994, graças ao sucesso do Plano

Real, implementado no governo de Fernando Henrique Cardoso. b) Venceu Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 1989 e organizou um governo de coalizão nacional, do qual

participaram todos os demais partidos políticos brasileiros, inclusive o PT. c) Assumiu a presidência após o processo de impeachment do presidente Fernando Collor de Mello e, com seu

ministro Fernando Henrique Cardoso, implementou o Plano Real. d) Foi eleito em janeiro de 1985, em eleição direta pelo colégio eleitoral, e organizou um governo de reformas

políticas e econômicas que permitiram sua reeleição em 1994. e) Foi eleito em 1994 devido ao sucesso do Plano Real implementado no governo do presidente Fernando Henrique

Cardoso, do qual participou como ministro da Fazenda. 35. (Espm 2012) No dia 25 de agosto de 2011 completaram-se cinquenta anos da renúncia do presidente Jânio Quadros.

A imagem apresentada nesta questão remete para uma das passagens mais polêmicas do governo do presidente Jânio Quadros. Sobre ela é correto afirmar: a) mostra o presidente Jânio Quadros, que havia sido eleito pela ARENA, partido situado à direita do cenário político

brasileiro da época, condecorando, com a Ordem do Cruzeiro do Sul, o revolucionário cubano-argentino Che Guevara;

b) mostra o presidente Jânio Quadros, que havia sido eleito pelo Partido Comunista Brasileiro, condecorando, com a Ordem do Cruzeiro do Sul, o revolucionário cubano-argentino Che Guevara;

c) mostra a condecoração, com a Ordem do Cruzeiro do Sul, do revolucionário cubano-argentino Che Guevara, pelo presidente Jânio Quadros, fato que levou o exército brasileiro a exigir a renúncia do presidente;

d) mostra a condecoração de Che Guevara pelo presidente Jânio Quadros, que levou a embaixada dos Estados Unidos a articular com o exército brasileiro o movimento que produziu a renúncia do presidente;

e) mostra a condecoração do revolucionário cubano-argentino Che Guevara, com a Ordem do Cruzeiro do Sul, ato que pretendia expressar a adoção pelo Brasil de uma Política Externa Independente.

36. (Ufg 2012) Analise a imagem a seguir.

“Para um lar que está se formando agora… ou para a dona de um lar que já se formou há muito tempo… não há outro presente tão desejado, útil e oportuno como estes belíssimos Aparelhos ARNO!”. Publicado na revista O Cruzeiro, na década de 1950, a imagem integra um anúncio publicitário que, associado às mudanças na política brasileira, expressa a) a acessibilidade aos produtos domésticos para as distintas parcelas da população, que podiam consumir tendo em

vista o cenário de pleno emprego. b) a presença feminina no mercado de trabalho, que permitia à mulher tornar-se uma consumidora privilegiada dos

produtos industrializados. c) o crescimento do setor de bens de consumo, que advinha do investimento externo e transformava o cotidiano

doméstico. d) a ausência de diversidade na indústria, que investia na fabricação de um único modelo por produto em virtude da

produção em série. e) o incentivo governamental ao casamento, que ampliava o mercado consumidor de produtos domésticos para o

conforto familiar. 37. (Enem 2ª aplicação 2010) A dependência regional maior ou menor da mão de obra escrava teve reflexos políticos importantes no encaminhamento da extinção da escravatura. Mas a possibilidade e a habilidade de lograr uma solução alternativa – caso típico de São Paulo – desempenharam, ao mesmo tempo, papel relevante.

FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2000. A crise do escravismo expressava a difícil questão em torno da substituição da mão de obra, que resultou a) na constituição de um mercado interno de mão de obra livre, constituído pelos libertos, uma vez que a maioria dos

imigrantes se rebelou contra a superexploração do trabalho.

b) no confronto entre a aristocracia tradicional, que defendia a escravidão e os privilégios políticos, e os cafeicultores, que lutavam pela modernização econômica com a adoção do trabalho livre.

c) no “branqueamento” da população, para afastar o predomínio das raças consideradas inferiores e concretizar a ideia do Brasil como modelo de civilização dos trópicos.

d) no tráfico interprovincial dos escravos das áreas decadentes do Nordeste para o Vale do Paraíba, para a garantia da rentabilidade do café.

e) na adoção de formas disfarçadas de trabalho compulsório com emprego dos libertos nos cafezais paulistas, uma vez que os imigrantes foram trabalhar em outras regiões do país.

38. (Enem 2ª aplicação 2010) Ó sublime pergaminho Libertação geral A princesa chorou ao receber A rosa de ouro papal Uma chuva de flores cobriu o salão E o negro jornalista De joelhos beijou a sua mão Uma voz na varanda do paço ecoou: “Meu Deus, meu Deus Está extinta a escravidão”

MELODIA, Z.; RUSSO, N.; MADRUGADA, C. Sublime Pergaminho. Disponível em http:// www.letras.terra.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010.

O samba-enredo de 1968 reflete e reforça uma concepção acerca do fim da escravidão ainda viva em nossa memória, mas que não encontra respaldo nos estudos históricos mais recentes. Nessa concepção ultrapassada, a abolição é apresentada como a) conquista dos trabalhadores urbanos livres, que demandavam a redução da jornada de trabalho. b) concessão do governo, que ofereceu benefícios aos negros, sem consideração pelas lutas de escravos e

abolicionistas. c) ruptura na estrutura socioeconômica do país, sendo responsável pela otimização da inclusão social dos libertos. d) fruto de um pacto social, uma vez que agradaria os agentes históricos envolvidos na questão: fazendeiros,

governo e escravos. e) forma de inclusão social, uma vez que a abolição possibilitaria a concretização de direitos civis e sociais para os

negros. 39. (Enem 2ª aplicação 2010) Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra pela sobrevivência. De todo modo, uma guerra contra dois gigantes estava fadada a ser um teste debilitante e severo para uma economia de base tão estreita. Lopez precisava de uma vitória rápida e, se não conseguisse vencer rapidamente, provavelmente não venceria nunca.

LYNCH, J. “As Repúblicas do Prata: da Independência à Guerra do Paraguai”. BETHELL, Leslie (Org.). História da América Latina: da independência até 1870, v. III. São Paulo: EDUSP, 2004.

A Guerra do Paraguai teve consequências políticas importantes para o Brasil, pois a) representou a afirmação do Exército Brasileiro como um ator político de primeira ordem. b) confirmou a conquista da hegemonia brasileira sobre a Bacia Platina. c) concretizou a emancipação dos escravos negros. d) incentivou a adoção de um regime constitucional monárquico. e) solucionou a crise financeira, em razão das indenizações recebidas. 40. (Enem 2ª aplicação 2010) O alfaiate pardo João de Deus, que, na altura em que foi preso, não tinha mais do que 80 réis e oito filhos, declarava que “Todos os brasileiros se fizesse franceses, para viverem em igualdade e abundância”.

MAXWELL, K. Condicionalismos da independência do Brasil. SILVA, M. N. (Org.). O império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.

O texto faz referência à Conjuração Baiana. No contexto da crise do sistema colonial, esse movimento se diferenciou dos demais movimentos libertários ocorridos no Brasil por a) defender a igualdade econômica, extinguindo a propriedade, conforme proposto nos movimentos liberais da

França napoleônica. b) introduzir no Brasil o pensamento e o ideário liberal que moveram os revolucionários ingleses na luta contra o

absolutismo monárquico. c) propor a instalação de um regime nos moldes da república dos Estados Unidos, sem alterar a ordem

socioeconômica escravista e latifundiária.

d) apresentar um caráter elitista burguês, uma vez que sofrera influência direta da Revolução Francesa, propondo o sistema censitário de votação.

e) defender um governo democrático que garantisse a participação política das camadas populares, influenciado pelo ideário da Revolução Francesa.

41. (Enem 2ª aplicação 2010) Chegança Sou Pataxó, Sou Xavante e Carriri, Ianomâmi, sou Tupi Guarani, sou Carajá. Sou Pancaruru, Carijó, Tupinajé, Sou Potiguar, sou Caeté, Ful-ni-ô, Tupinambá Eu atraquei num porto muito seguro, Céu azul, paz e ar puro... Botei as pernas pro ar. Logo sonhei que estava no paraíso, Onde nem era preciso dormir para sonhar. Mas de repente me acordei com a surpresa: Uma esquadra portuguesa veio na praia atracar. Da grande-nau Um branco de barba escura, Vestindo uma armadura me apontou pra me pegar. E assustado dei um pulo da rede, Pressenti a fome, a sede, Eu pensei: “vão me acabar”. Levantei-me de Borduna já na mão. Aí, senti no coração, O Brasil vai começar.

NÓBREGA, A.; FREIRE, W. CD Pernambuco falando para o mundo, 1998.

A letra da canção apresenta um tema recorrente na história da colonização brasileira, as relações de poder entre portugueses e povos nativos, e representa uma crítica à ideia presente no chamado mito a) da democracia racial, originado das relações cordiais estabelecidas entre portugueses e nativos no período

anterior ao início da colonização brasileira. b) da cordialidade brasileira, advinda da forma como os povos nativos se associaram economicamente aos

portugueses, participando dos negócios coloniais açucareiros. c) do brasileiro receptivo, oriundo da facilidade com que os nativos brasileiros aceitaram as regras impostas pelo

colonizador, o que garantiu o sucesso da colonização. d) da natural miscigenação, resultante da forma como a metrópole incentivou a união entre colonos, ex-escravas e

nativas para acelerar o povoamento da colônia. e) do encontro, que identifica a colonização portuguesa como pacífica em função das relações de troca estabelecidas

nos primeiros contatos entre portugueses e nativos. 42. (Enem 2ª aplicação 2010) Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou oito. Eram pardos, todos nus. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros. Os cabelos seus são corredios.

CAMINHA, P. V. Carta. RIBEIRO, D. et al. Viagem pela história do Brasil: documentos. São Paulo: Companhia das Letras, 1997 (adaptado).

O texto é parte da famosa Carta de Pero Vaz de Caminha, documento fundamental para a formação da identidade brasileira. Tratando da relação que, desde esse primeiro contato, se estabeleceu entre portugueses e indígenas, esse trecho da carta revela a a) preocupação em garantir a integridade do colonizador diante da resistência dos índios à ocupação da terra. b) postura etnocêntrica do europeu diante das características físicas e práticas culturais do indígena. c) orientação da política da Coroa Portuguesa quanto à utilização dos nativos como mão de obra para colonizar a

nova terra.

d) oposição de interesses entre portugueses e índios, que dificultava o trabalho catequético e exigia amplos recursos para a defesa recursos para a defesa da posse da nova terra.

e) abundância da terra descoberta, o que possibilitou a sua incorporação aos interesses mercantis portugueses, por meio da exploração econômica dos índios.

43. (Enem 2ª aplicação 2010) A solução militar da crise política gerada pela sucessão do presidente Washington Luís em 1929-1930 provoca profunda ruptura institucional no país. Deposto o presidente, o Governo Provisório (1930-1934) precisa administrar as diferenças entre as correntes políticas integrantes da composição vitoriosa, herdeira da Aliança Liberal.

LEMOS, R. A revolução constitucionalista de 1932. SILVA, R. M.; CACHAPUZ, P. B.; LAMARÃO, S. (Org). Getúlio Vargas e seu tempo. Rio de Janeiro: BNDES.

No contexto histórico da crise da Primeira República, verifica-se uma divisão no movimento tenentista. A atuação dos integrantes do movimento liderados por Juarez Távora, os chamados “liberais” nos anos 1930, deve ser entendida como a) a aliança com os cafeicultores paulistas em defesa de novas eleições. b) o retorno aos quartéis diante da desilusão política com a “Revolução de 30”. c) o compromisso político-institucional com o governo provisório de Vargas. d) a adesão ao socialismo, reforçada pelo exemplo do ex-tenente Luis Carlos Prestes. e) o apoio ao governo provisório em defesa da descentralização do poder político 44. (Enem 2ª aplicação 2010) Os generais abaixo-assinados, de pleno acordo com o Ministro da Guerra, declaram-se dispostos a promover uma ação enérgica junto ao governo no sentido de contrapor medidas decisivas aos planos comunistas e seus pregadores e adeptos, independentemente da esfera social a que pertençam. Assim procedem no exclusivo propósito de salvarem o Brasil e suas instituições políticas e sociais da hecatombe que se mostra prestes a explodir.

Ata de reunião no Ministério da Guerra, 28/09/1937. BONAVIDES, P.; AMARAL. R.Textos políticos da história do Brasil, v. 5. Brasília: Senado Federal, 2002 (adaptado).

Levando em conta o contexto político-institucional dos anos 1930 no Brasil, pode-se considerar o texto como uma tentativa de justificar a ação militar que iria a) debelar a chamada Intentona Comunista, acabando com a possibilidade da tomada do poder pelo PCB. b) reprimir a Aliança Nacional Libertadora, fechando todos os seus núcleos e prendendo os seus líderes. c) desafiar a Ação Integralista Brasileira, afastando o perigo de uma guinada autoritária para o fascismo. d) instituir a ditadura do Estado Novo, cancelando as eleições de 1938 e reescrevendo a Constituição do país. e) combater a Revolução Constitucionalista, evitando que os fazendeiros paulistas retomassem o poder perdido em

1930.