profa. dra. maria das · 2015-06-20 · uma engenharia política própria, ... levasse à ditadura...

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Ciência Política Profa. Dra. Maria das Graças Rua

1-(ESAF\CGU\2008) Q. 5 - Um tema central à Ciência Política contemporânea é a democracia e seus procedimentos. Um conceito central a essa discussão é o de poliarquia. Qual dos itens listados a seguir não se inclui entre as garantias institucionais das poliarquias? a) Fontes alternativas de informação, com rigoroso controle sobre a manipulação política dos meios de comunicação. b) Liberdade para constituir e integrar-se em organizações. c) Possibilidade dos líderes políticos competirem por meio de votações. d) Existência de instituições capazes de viabilizar a política do governo, legitimadas pelo voto ou outras manifestações da vontade popular. e) Direito de voto em eleições livres e isentas.

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2-(ESAF\CGU\2008) Q. 6 - O debate contemporâneo mostra que o funcionamento dos regimes democráticos depende de uma complexa engenharia política que deve levar em consideração as características da sociedade. O Modelo de Democracia Majoritário, viável nas sociedades em que existe um amplo consenso acerca das finalidades do governo, não inclui a seguinte característica: a) concentração do poder Executivo, com gabinetes de partido único e maioria estritamente formada pelo partido majoritário. b) regime eleitoral majoritário. c) sistema partidário teoricamente unidimensional, ou seja, orientado para expressar um número restrito de clivagens, idealmente apenas as divergências socioeconômicas. d) sistema multipartidário. e) bicameralismo assimétrico, com concentração do poder de legislar na câmara baixa.

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3-(ESAF\CGU\2008) Q. 7 - As sociedades fortemente pluralistas desenvolveram uma engenharia política própria, evitando que a lógica do Modelo Majoritário levasse à ditadura da maioria e à confrontação civil, em vez da democracia. Essa estrutura institucional, voltada para a incorporação das diversas clivagens sociais, tornou-se conhecida como Modelo de Democracia Consensual ou Consociativa, não inclui entre suas características: a) o princípio da consensualidade permite que todos os partidos mais importantes se integrem numa ampla coligação, repartindo entre si as funções governamentais. b) dispersão do poder, mediante a separação formal e informal dos Poderes, a operação de duas câmaras legislativas e diversos partidos minoritários. c) descentralização e delegação do poder a grupos organizados territorial ou não territorialmente. d) limite formal do poder, mediante o veto das minorias. e) constituição não escrita, que permite recorrer ao costume e às convenções para efetuar a revisão e adaptação das normas legais, facilitando a construção ou reconstrução do consenso no ambiente de múltiplas clivagens sociais. .

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4-(ESAF\Gestor\2005) Q.67- A sociedade democrática poliárquica, conforme Dahl, tem uma série de atributos cuja presença é necessária ao funcionamento dessas sociedades. A seguir são listados alguns atributos. Identifique a opção incorreta. a) Eleição dos governantes com liberdade para concorrer aos cargos eletivos. b) Eleições livres e limpas com sufrágio universal. c) Existência de múltiplas esferas de poder submetidas a diferentes processos eletivos. d) Liberdade de associação. e) Liberdade de expressão e multiplicidade de fontes de informação.

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5-(ESAF\CGU\2008) Q. 8 - Examine os enunciados abaixo sobre a governabilidade e assinale a resposta correta. 1- A crise de governabilidade é o produto conjunto de uma crise de gestão administrativa do sistema e de uma crise de apoio político da sociedade às autoridades e ao governo. 2- As variáveis fundamentais à governabilidade de uma democracia são a autoridade de suas instituições de governo e a força das suas instituições de oposição. 3- A crise de governabilidade expressa um conjunto de problemas de acumulação, de distribuição e redistribuição de recursos, bens e serviços aos cidadãos, associados a uma crise fiscal. 4- A governabilidade depende da capacidade do Estado de controlar e gerenciar o seu quadro administrativo e seus recursos financeiros. a) Todos os enunciados estão corretos. b) Todos os enunciados estão incorretos. c) Somente os enunciados 1 e 2 estão corretos. d) Somente os enunciados 2 e 3 estão corretos. e) Somente os enunciados 3 e 4 estão corretos.

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6-(ESAF\Gestor\2005) Q. 72- No início da década de 90, o Brasil chegou a ser apontado como um caso agudo de crise de governabilidade, nas palavras de Maria Hermínia Tavares de Almeida, atribuída às (más) opções institucionais implementadas no período, basicamente: um sistema federativo descentralizado; um sistema eleitoral, que teve conseqüências fragmentadoras sobre o sistema de partidos e sobre a conduta dos parlamentares; um sistema presidencialista em que o Executivo teve dificuldades para constituir maiorias parlamentares estáveis e um sistema multipartidário cindido, com partidos indisciplinados e de pouca coesão. Examinando esse diagnóstico em perspectiva, você diria que é CORRETO: 1- A hipótese da ingovernabilidade não encontra sustentação em evidências empíricas. 2- As evidências de que a crise de governabilidade era real e tendia a se agravar levaram o Executivo a propor uma série de reformas econômicas. 3- O fato de que a Constituição de 1988 tenha sofrido mais emendas que qualquer outra Carta anterior, confirma a gravidade da crise. 4- A fragmentação político-partidária do Legislativo fez com que o Executivo fosse obrigado a recorrer a numerosos vetos para ter aprovada sua agenda de reformas.

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Em relação a essas afirmações pode-se dizer que: a) estão todas corretas. b) apenas a nº 1 está correta. c) apenas a nº 2 está correta. d) apenas a nº 3 está correta. e) estão todas incorretas.

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7-(ESAF\IPEA\2004) Q. 24- Padrão de intermediação de interesses que persiste por meio de todo o processo de formação do Estado brasileiro, o clientelismo exibe, no Brasil, todas as características abaixo, EXCETO: a) Há um conjunto de redes de relações personalistas que atravessam partidos, burocracias e outras instituições políticas. b) Os partidos que apóiam o governo têm acesso, por meio do aparelho do Estado, a recursos materiais que alocam como privilégios: nomeações para cargos, obras públicas, linhas de crédito, etc. c) Parte da burocracia pública apóia a operação do sistema e suplementa a ação dos partidos, integrando-se ao conjunto da rede mediante contatos pessoais e relações de lealdade política. d) Por meio das nomeações para cargos no aparelho do Estado e da formulação de leis para contemplar interesses particulares, as relações pessoais assumem características formais. e) Constitui-se uma estrutura piramidal que organiza as elites e a sociedade em uma complexa rede de corretagem que se estende dos altos escalões até as localidades menores.

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8-(ESAF\APO\2003) Q.15- Uma das dimensões mais relevantes dos processos de participação e representação política diz respeito à forma e à dinâmica segundo as quais se organiza a disputa partidária, dando origem a diferentes arranjos na distribuição do poder entre as forças políticas. Entre os conceitos abaixo, indique aquele que não está relacionado com a discussão clássica sobre o sistema partidário. a) Presidencialismo de coalizão b) Competição centrípeta c) Multipartidarismo moderado d) Segmentação partidária e) Distância ideológica

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9- (ESAF\CGU\2008) Q. 14- Um dos mecanismos explorados pela literatura sobre a intermediação de interesses políticos refere-se aos vínculos estabelecidos entre as burocracias pública e privada, de forma que partes da primeira são capturadas pelo sistema de interesses privado, ao mesmo tempo que partes do setor privado se aliam a segmentos da burocracia pública, fazendo com que determinados interesses da sociedade civil passem a existir e a operar dentro do Estado. O mecanismo acima descrito denomina-se: a) Clientelismo. b) Anéis burocráticos. c) Associações voluntárias. d) Corpos Intermediários. e) Corporativismo. .

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10-(ESAF\CGU\2008) Q.15- O clientelismo consiste em uma modalidade de intermediação política presente na maior parte das sociedades, sejam tradicionais, sejam modernas. Examine as características listadas a seguir e assinale a resposta correta. 1- O sistema de clientela é organizado em uma estrutura piramidal, tendo no topo o chefe político, que exerce o poder político segundo padrões fortemente personalizados. 2- Os chefes das redes de clientela são reconhecidos pelo Estado como interlocutores autorizados e são diretamente incorporados ao processo de formação e gestão das decisões públicas. 3- A dinâmica da intermediação clientelista baseia-se na troca de bens públicos, privadamente controlados, por bens privados. 4- O sistema de intermediação clientelista organiza-se em cadeias de relações diádicas constituindo redes verticais de lealdades pessoais. a) Todos os enunciados estão corretos. b) Somente o enunciado de número 1 está incorreto. c) Somente o enunciado de número 2 está incorreto. d) Somente o enunciado de número 3 está incorreto. e) Somente o enunciado de número 4 está incorreto.

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11-(ESAF\Gestor\2003) Q. 45- Na maior parte das sociedades, tradicionais ou modernas, constatam-se arranjos diversificados de intermediação política, destacando-se entre eles, pela sua disseminação e generalidade, o clientelismo. Entre as características abaixo, indique aquela que não se aplica ao clientelismo. a) Troca de bens públicos, privadamente controlados, por bens privados, como base das lealdades pessoais. b) Assimetria das relações entre as partes e personalização do exercício do poder político. c) O Estado confere às unidades o seu reconhecimento institucional e o monopólio na representação dos interesses do grupo em uma dada área. d) Não há número fixo ou organizado de unidades constitutivas, e estas disputam o controle de recursos em um dado território utilizando-se de mecanismos de troca. e) Os arranjos hierárquicos que caracterizam as relações entre as partes baseiam-se no consentimento individual, mas são institucionalizados na forma de leis.

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12- (ESAF\APO\2003) Q.09- Identifique, na seqüência abaixo, qual dos conceitos corresponde ao neocorporativismo. a) Formas de mobilização coletiva autônoma, transitória, sem estrutura organizacional, porém dotada de lideranças e objetivos próprios fundados em um conjunto de valores comuns, e que visam a provocar mudanças em um ou mais aspectos da vida em sociedade ou na própria estrutura desta. b) Conjunto de indivíduos dotados de motivações comuns que, sem participar diretamente do processo eleitoral, recorrem a sanções negativas ou positivas, ou ainda a ameaças, a fim de influenciar decisões públicas. c) Arranjo cooperativo entre o poder público e atores privados por meio do qual fazem-se barganhas e estabelecem-se compromissos mediante os quais certas políticas têm a sua implementação garantida pelo consentimento dos interesses privados, os quais se encarregam inclusive de assegurar os necessários mecanismos de controle. d) Estrutura de acesso e contato com o sistema político pela qual políticos profissionais constituem redes de fidelidades pessoais mediante a distribuição de recursos públicos como ajuda a particulares, em troca de legitimação e apoio. e) Arranjo político que se estabelece dentro do Estado, resultante da captura de agências governamentais ou de alguns de seus membros por setores de sua clientela privada e, ao mesmo tempo, da aliança de atores privados, especialmente representantes do empresariado, com segmentos da burocracia, em defesa de propostas de interesse específico.

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13-(ESAF\Gestor\2008) Q. 57- Nos últimos anos, o conceito de Capital Social tem ocupado espaço crescente no debate político, devido à percepção de seus impactos na reformulação das políticas de desenvolvimento. Todos os enunciados abaixo SOBRE CAPITAL SOCIAL estão corretos, EXCETO: a) o conceito de capital social admite aplicação ao plano individual, apontando a capacidade de relacionamento do indivíduo, sua rede de contatos sociais baseada em expectativas de reciprocidade e comportamento confiáveis que, no conjunto, melhoram a eficiência individual. b) no plano coletivo, o capital social ajudaria a manter a coesão social, pela obediência às normas e leis, pela negociação em situação de conflito e pela prevalência da cooperação sobre a competição, o que resultaria em um estilo de vida baseado na associação espontânea e no acatamento às normas de comportamento cívico, tais como os cuidados com os espaços públicos e os bens comuns. c) o capital social se fundamenta nas relações entre os atores sociais que estabelecem obrigações e expectativas mútuas, que estimulam a confiabilidade nas relações sociais e agilizam o fluxo de informações internas e externas. d) o principal obstáculo à formação do capital social são os comportamentos maximizadores dos indivíduos e a ação egoística dos pequenos grupos, para os quais os custos da participação tornam mais vantajoso transferir para terceiros a ação coletiva para conquista de bens públicos. e) o Estado desempenha um papel relevante na criação do capital social, já que evidencia-se uma correlação significativa entre o grau de confiança geral, as normas de cooperação prevalecentes na sociedade e o desenvolvimento econômico e social.

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14-(ESAF\CGU\2008) Q. 17- Entre os enunciados sobre a ação coletiva, apresentados a seguir, identifique o único correto. a) Nas sociedades capitalistas, complexas e diferenciadas, existem várias lógicas possíveis para a ação coletiva, havendo grupos que agem egoisticamente e outros que agem altruisticamente. b) Embora sejam um grande grupo, os trabalhadores agem cooperativamente em uma situação de dilema do prisioneiro que se repete e, com isso, desenvolvem aprendizado para ação coletiva, diferentemente de outros atores. c) Uma das causas dos problemas de ação coletiva para a provisão de bens públicos é o fato desses bens serem não-exclusivos, pois todos os membros do grupo podem desfrutar deles, mesmo que não tenham enfrentado os custos para obtê-los. d) Qualquer grupo, quando movido pela solidariedade, e não pelo egoísmo, supera facilmente os problemas de ação coletiva, independente do tipo de bem a ser provido: privado, público ou semi-público. e) Os grandes grupos têm mais facilidade para conquistar os bens públicos porque podem compensar os problemas de mobilização individual recorrendo ao seu grande número de membros.

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15-(ESAF\CGU\2008) Q.18- Uma sólida tradição teórica da Ciência Políticatem como objeto não as práticas e instituições, mas aspectos menos tangíveis, porém fortemente significativos da vida política da sociedade, que formam o que se conhece como “cultura política”. Sobre essa temática, examine os enunciados abaixo e marque a resposta correta. 1- A cultura política de uma sociedade é composta pela distribuição dos conhecimentos entre os indivíduos; pelas tendências cognitivas, afetivas e valorativas destes; e pelas normas que regem a vida política. 2- A tipologia clássica da cultura política identifica as culturas paroquial, subordinada ou de sujeição e cívica ou de participação. 3- Nas sociedades modernas, costumam coexistir amplos grupos de indivíduos de cultura paroquial, com outros dotados de cultura subordinada ou de sujeição e ainda outros cuja cultura poderia se caracterizar como cívica ou de participação. 4- A coexistência desses diferentes tipos de cultura política caracteriza o fenômeno das subculturas, que é comum em sociedades complexas, resultantes da agregação de comunidades com história e tradições diversas.

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a) Todos os enunciados estão corretos. b) Todos os enunciados estão incorretos. c) Somente o enunciado de número 1 está correto. d) Somente o enunciado de número 3 está incorreto. e) Somente o enunciado de número 4 está incorreto. .

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16-(ESAF\CGU\2008) Q.19- Ao questionar a natureza intrinsecamente participativa do indivíduo, que era um pressuposto essencial de importantes abordagens da ciência política, a famosa análise da lógica da ação coletiva provocou uma revisão da teoria política contemporânea. Examine os enunciados abaixo sobre a ação coletiva e depois indique a resposta correta. 1- Embora o cálculo individual da participação seja racional, o resultado agregado é totalmente irracional e por isso o sucesso da ação coletiva depende da oferta de incentivos seletivos, seja qual for o tamanho dos grupos. 2- Os resultados da ação coletiva são influenciados pela avaliação individual dos custos da participação e nem sempre a alternativa mais racional para um indivíduo é atuar diretamente na defesa dos seus interesses. 3- Ao decidir quanto à participação, atores racionais levam em consideração suas expectativas quanto à conduta dos demais indivíduos envolvidos na ação coletiva. 4- Especialmente devido ao menor custo da coordenação e ao maior custo da não-participação, os pequenos grupos são mais eficazes e eficientes na provisão de bens públicos. a) Todos os enunciados estão corretos. b) Todos os enunciados estão incorretos. c) Apenas o enunciado de número 1 está incorreto. d) Apenas o enunciado de número 2 está incorreto. e) Apenas os enunciados 3 e 4 estão incorretos.

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17-(ESAF\APO\2003) Q.02- O ideal democrático supõe cidadãos atentos ao processo político, informados dos acontecimentos e dos problemas, capazes de se envolver na discussão das alternativas políticas e, sobretudo, interessados em formas diretas e indiretas de participação. Sobre a participação política, assinale a opção incorreta. a) O regime político, as instituições políticas e os padrões de legitimidade das forças de oposição e de situação afetam decisivamente a participação política. b) A cultura associativista e o pluralismo são essenciais à participação política porque são fontes de estímulo político e unem os indivíduos e grupos primários às instituições e forças políticas. c) Quando a atividade política requer ação coletiva, os grandes grupos apresentam uma participação ótima porque, como todos se envolvem, caem os custos de coordenação. d) A participação política tende a se reduzir em contextos de oligarquização das instituições democráticas. e) Os pequenos grupos tendem a exibir participação intensa e a conquistar uma parcela desproporcional de bens públicos nas democracias modernas. .

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18- (ESAF\Gestor\2003) Q. 46- Muitos autores definem cultura política como a totalidade das atitudes e orientações políticas que dada população tem em relação ao sistema político. A partir dessa definição, indique qual das opções abaixo não pode ser considerada como objeto de estudo típico de cultura política. a) As relações entre os poderes central-local próprias do coronelismo. b) As relações entre os partidos políticos e os cidadãos. c) As motivações para a decisão do voto. d) As relações entre democracia e comportamento político. e) As características das instituições políticas.

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19-(ESAF\APO\2003) Q.10- À medida que a análise política reconhece a importância dos fatores não materiais na explicação dos fenômenos que constituem seu objeto de interesse, maior tem sido a relevância atribuída às teorias que levam em conta a cultura política. Examine os enunciados a seguir sobre a cultura política e aponte a OPÇÃO INCORRETA. a) Cultura política designa o conjunto de atitudes, normas e crenças partilhadas pelos membros de uma determinada unidade social, tendo por objeto processos e fenômenos políticos. b) A cultura política, essencial à formação de capital social, é própria das sociedades holísticas e indiferenciadas, nas quais a política não constitui uma esfera própria de atividades, coincidindo com os papéis e estruturas de caráter familiar, religioso ou econômico. c) A cultura política é composta pelos conhecimentos sobre as instituições, práticas e forças políticas operantes num dado contexto; pelas tendências relativas à diversidade; pelas normas que delimitam as estratégias legítimas de ação política; e pela linguagem e símbolos políticos. d) A cultura política subordinada é aquela na qual os indivíduos mostram-se predominantemente passivos, e no máximo se voltam relativamente para o sistema político focalizando especialmente as decisões tomadas pelos governantes. e) A cultura política participativa é aquela na qual predominam padrões ativos e proativos, com forte componente associativista, orientados tanto para o sistema político em sua globalidade como para os processos relativos às demandas, decisões e ações dos governantes.

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20-(ESAF\Gestor\2005) Q.77- É comum encontrar na mídia e entre setores da opinião pública, mesmo entre os chamados “formadores de opinião”, a noção de que algumas características da política brasileira estão na origem de uma suposta crise de governabilidade constante. Essas características estariam relacionadas à falta de maioria parlamentar por parte dos presidentes, à morosidade da atividade legislativa, à dificuldade do Executivo em obter a aprovação para seus projetos e à instabilidade do quadro político partidário. As afirmações a seguir referem-se a essas questões. Identifique a única correta. a) A infidelidade partidária impede que os partidos atuem programaticamente e com base em alianças de longo prazo, fazendo com que as iniciativas individuais dos parlamentares dominem a agenda. b) Há uma crise de governabilidade latente porque o Executivo é obrigado a formar maioria parlamentar a cada oportunidade em que necessita obter a aprovação de suas proposições. c) Apenas uma pequena parcela dos projetos apresentados pelo governo é aprovada. d) Entre a promulgação da Constituição de 1988 e 1998, os presidentes obtiveram a aprovação para suas propostas em níveis semelhantes aos observados nos regimes parlamentaristas, dois terços ou mais. e) A emenda constitucional que limitou a edição de Medidas Provisórias traduziu-se numa drástica redução do número de Medidas Provisórias editadas, limitando ainda mais as iniciativas do Executivo na produção legislativa.

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21-(ESAF\Gestor\2005) Q .80- A experiência democrática brasileira desde a promulgação da Constituição de 1988 tem sido analisada, no que se refere à representação política, à dinâmica parlamentar e à governabilidade como tendente à instabilidade. Com acento em aspectos diferentes, o foco tem sido colocado na natureza do Presidencialismo e na relação entre o Presidente e o Legislativo. As afirmações a seguir referem-se a essas questões: 1- O Presidencialismo brasileiro tem características plebiscitárias, o que gera uma tendência a formar ministérios numerosos e heterogêneos. 2- A relação política entre o Presidente e o Legislativo faz com que se diga que o Brasil tem um Presidencialismo de coalizão. Essa circunstância internaliza divergências, que o presidente é obrigado a arbitrar, entre partidos, interesses regionais transpartidários, afetando as relações entre as bancadas e os governos estaduais. 3- A amplitude das coalizões de governo tem outras causas, além da falta de maioria parlamentar. Entre eles a representação proporcional, o federalismo, o bicameralismo e o pluripartidarismo amplo.

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4- No presidencialismo de coalizão, o presidente assume a condição de árbitro tanto das divergências internas à aliança que o respalda no Legislativo, como das forças políticas regionais representadas na mesma aliança. 5- Apesar das características plebiscitárias de sua eleição e da condição de árbitro em relação às forças que compõem sua base parlamentar, o presidente, ao exercer o cargo sob constante risco de desintegração dessa base, tem seu poder e sua autoridade fragilizados. Em relação a essas afirmações pode-se dizer que: a) estão todas incorretas. b) apenas a nº 1 está correta. c) apenas a nº 2 está correta. d) apenas a nº 3 está correta. e) estão todas corretas. .

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(ESAF\APO\2003) Q.13- O presidencialismo tem sido praticamente uma constante no Brasil republicano. Indique qual das opções abaixo não caracteriza o presidencialismo brasileiro nos últimos 20 anos. a) A concentração do poder no Executivo. b) Forte presença do Executivo na iniciativa de formulação de políticas públicas. c) O Executivo exibe relação assimétrica e conflituosa com os demais poderes. d) O Executivo assume as atribuições dos três poderes. e) O exercício da Presidência é compatível com a atuação partidária.

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22-(ESAF\CGU\2008) Q. 16- Entre os processos participativos de gestão pública destacam-se os conselhos de gestão como uma promissora, ainda que recente, construção institucional. Examine os enunciados abaixo sobre os conselhos e indique o único incorreto. a) Os conselhos são estruturas jurídico-constitucionais de caráter permanente, com representação paritária entre o Estado e a sociedade civil. b) Os conselhos são espaços públicos não-estatais abertos à representação de interesses coletivos. c) Os conselhos distinguem-se de movimentos e manifestações estritas da sociedade civil em virtude da sua estrutura legalmente definida e institucionalizada. d) Os conselhos têm como função agir conjuntamente com o aparato estatal na elaboração e gestão de políticas públicas. e) Os conselhos têm poder de agenda e de interferência significativa nas ações e metas dos governos e em seus sistemas administrativos, mas não têm poderes de controle sobre a política.

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23-(ESAF\APO\2008) Q. 72- Um dos aspectos que vêm caracterizando a gestão pública nas sociedades democráticas a partir da década de 1980 é a adoção de mecanismos e processos destinados a vencer a distância entre o Estado e os cidadãos e construir modalidades participativas de gestão pública. Abaixo encontram-se alguns enunciados sobre processos participativos de gestão pública. Examine cada um dos enunciados e depois assinale a resposta correta. 1. O Orçamento Participativo é um processo educativo que, por meio de um formato institucional que favorece o aprendizado da política como arena de alianças, negociações, conflitos e barganhas, faz com que se chegue, a partir de demandas particularistas e locais, a uma visão mais abrangente dos problemas urbanos e das limitações governamentais. 2. Considera-se que o maior mérito do Orçamento Participativo consiste em combinar as características democráticas e progressistas da participação direta, com a capacidade de competir vantajosamente com as práticas clientelistas.

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3. Embora não chegue a impedir a realização do trabalho das ouvidorias municipais, estaduais e federais, a falta de uma legislação federal específica que regulamente a função das ouvidorias no país é considerada uma das principais falhas do sistema brasileiro de ouvidorias. 4. O debate sobre a governança interna e externa refere-se a uma terceira geração de reformas do Estado, na qual o foco recai sobre a melhoria dos resultados sociais por meio da melhoria na prestação de serviços, mediante arranjos envolvendo organizações governamentais e não-governamentais. a) Os enunciados 1 e 2 estão incorretos. b) Os enunciados 3 e 4 estão incorretos. c) Os enunciados 2, 3 e 4 estão incorretos. d) Todos os enunciados estão incorretos. e) Todos os enunciados estão corretos.

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24-(ESAF/ Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental/ 2009) Q. 37- Segundo Robert Dahl, existem oito condições para que uma sociedade seja democrática. A seguir, são relacionadas algumas dessas características. Aponte a opção falsa . a) Liberdade de criar e associar-se a organizações. b) Direito de voto. c) Elegibilidade para cargos públicos. d) Instituições que tornem as políticas governamentais dependentes de votos e outras manifestações de preferências. e) Inexistência de veículos estatais de informação.

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25-(ESAF/ Analista de finanças e controle – prevenção de corrupção e ouvidoria/ 2012) Q. 1 - Entre a democracia grega e a moderna, há diversas diferenças. Uma delas é radical e se refere ao resultado dos processos decisórios, como salienta o cientista político Giovanni Sartori. Os enunciados a seguir se referem a essa distinção. I. A democracia grega dividia o demos entre vencedorese vencidos. II. Como os processos decisórios diretos em geral, a democracia grega se traduzia em decisões de soma zero. III. Nas democracias modernas o processo decisório está permeado por mediações e se traduz em decisões de soma positiva. Quanto a esses enunciados, assinale a opção correta. a) apenas o I está correto. b) apenas o II está correto. c) apenas o III está correto. d) todos estão corretos. e) nenhum está correto.

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26-(ESAF/ Analista de finanças e controle – prevenção de corrupção e ouvidoria/ 2012) Q. 6 - “Um fio condutor central do desenvolvimento constitucional americano tem sido a evolução de um sistema político no qual todos os grupos ativos e legítimos da população podem se fazer ouvir em algum estágio crucial do processo de tomada de decisões”. Esta frase, amplamente discutida na ciência política, é típica de uma corrente teórica. A seguir, são citadas cinco correntes teóricas. Identifique a que se refere à frase acima. a) Teoria da democracia direta. b) Social Democracia. (gabarito inicial) c) Democracia Federalista. d) Teoria marxista da política. e) Teoria pluralista da democracia. (gabarito final) .

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27-(ESAF/ Analista de Política Orçamentária/2010) Q.47- Sérgio Abranches consagrou o termo ‘Presidencialismo de Coalizão’ para se referir ao sistema político brasileiro em artigo de 1988. Nessa perspectiva, o Poder Executivo se fortalece politicamente com base em grandes coalizões no Parlamento. Para alguns autores, como Fernando Limongi & Argelina Figueiredo, que seguem uma linha mais institucionalista, a Relação de Poderes, no Sistema Político, apresenta as características citadas a seguir, as quais são decisivas para a compreensão do funcionamento do sistema político brasileiro. Assinale a opção que corresponde ao pensamento de Fernando Limongi & Argelina Figueiredo. a) O sistema partidário brasileiro caracteriza-se por ser multipartidário e fragmentado, com partidos frágeis e incapazes de dar sustentação política às propostas do governo. b) Há falta de governabilidade no Brasil, com o governo dando mostras de ser incapaz de governar. c) O Parlamento é o centro das decisões do sistema político brasileiro, de onde provêm as orientações e inclusive a origem das políticas públicas que serão adotados pelo Poder Executivo, que é subordinado ao Poder do Parlamento d) Os Deputados atuam de forma pessoal, reforçando o caráter Personalista do sistema político brasileiro, não seguindo a orientação dos líderes partidários. e) Há um predomínio do Executivo sobre a produção legislativa. O Poder Executivo é bem-sucedido na arena legislativa porque conta com o apoio sólido de uma coalizão partidária. A disciplina partidária é a norma no Parlamento brasileiro. (Gabarito Inicial/Final)

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28-(ESAF/ Analista de Política Orçamentária/2010) Q.48- Muito embora a Constituição de 1988 adote em seus princípios a descentralização de algumas políticas públicas, tais como saúde e educação, a realidade, no entanto, demonstrou a dificuldade de colocar tal princípio em prática. Com efeito, o processo de participação institucionalizada por meio de Conselhos apresenta problemas, que exigem da sociedade muita criatividade para enfrentá-los. Entre tais problemas, podem ser citados todos os mencionados abaixo, EXCETO: a) A atuação dos Conselhos, sem base na mobilização social, com a única preocupação de ocupar espaços, pode levar à reprodução de práticas clientelistas e burocráticas. b) A idealização do papel dos Conselhos pode criar expectativas exageradas e conduzir a maiores frustrações sobre o seu verdadeiro papel. c) A problemática a ser enfrentada pelos Conselhos e pela sociedade civil organizada é por demais complexa e requer maior qualificação para a participação dos Conselheiros nas diversas Políticas Públicas, notadamente aquelas na área social. d) Independente de como ocorreu a formação dos Conselhos e o processo de discussão das suas competências, seu papel, sua composição, plano de ação e forma de escolha dos representantes da sociedade, os Conselhos tendem a espelhar a diversidade social, e os Conselheiros a agir com bastante autonomia frente às Instituições que os selecionaram. (Gabarito Inicial/Final) e) A capacidade dos Conselhos Populares de alterar a destinação dos recursos públicos destinados às políticas sociais é relativamente limitada, uma vez que a maior parte das Políticas Públicas tende a ser decidida no centro do sistema, ou seja, pela União e não pelos Estados e Municípios, que possuem um papel mais voltado para a execução do que para a formulação de novas políticas.