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ENSINO DE ARTE NA CONTEMPORANEIDADE: reflexões e desafios Profª Drª Guiomar Josefina Biondo Profº Esp. José Vitor Fernandes Bertizoli MÓDULO I Aula 02

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ENSINO DE ARTE NA CONTEMPORANEIDADE: reflexões e desafios

Profª Drª Guiomar Josefina Biondo

Profº Esp. José Vitor Fernandes Bertizoli

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU Estado de São Paulo

SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO

Departamento de Planejamento, Projetos e Pesquisas Educacionais

FORMAÇÃO CONTINUADA - EAD

Ensino de arte na contemporaneidade: reflexões e desafios

Profª Drª Guiomar Josefina Biondo

Profº Esp. José Vitor Fernandes Bertizoli

MÓDULO I – AULA 02

Bauru

2013

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Atividades – Módulo I – Aula 02 Ensino de arte na contemporaneidade: reflexões e desafios

Acessar e conhecer o ambiente virtual.

Atividade de integração da turma:

apresentação na ferramenta FÓRUM.

Preenchimento e envio do questionário.

Leitura dos textos visuais e verbais constantes na

apostila.

Realização da atividade avaliativa e envio da

mesma.

Para assistir ao vídeo de apresentação da

disciplina siga os passos a seguir:

1- Esteja em um computador conectado a

internet;

2- Clique na imagem ao lado. O link abrirá o

vídeo direto no site do Youtube;

3- Caso tenha alguma dificuldade copie o link:

e cole no seu navegador.

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APRESENTAÇÃO

Olá professores, sejam todos bem-vindos ao nosso curso! Iniciaremos, a partir

de agora, nossas atividades de reflexão sobre o ensino de nossa área de arte.

Durante esse primeiro módulo, trataremos especificamente sobre a Arte

Contemporânea e seus desdobramentos no nosso tempo.

Iniciaremos as nossas conversas, como não poderia deixar de ser, com

manifestações artísticas. Apresentamos, a seguir, algumas obras para que sejam

lidas por vocês como um processo introdutório das reflexões que serão colocadas

para esse semestre. Existem vários caminhos para a leitura de imagens, serão

apresentadas três imagens, comece por aquela que lhe chamar mais atenção.

Trace comparações entre elas, analise todos os detalhes, verifique os materiais

utilizados no processo de elaboração dos objetos, compare os aspectos formais,

busque referências pessoais, o que cada uma dessas imagens lhes diz? Boa viagem!

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VASO GREGO

Atribuído ao “pintor de Coghill” Ática, c. 440 a.C.

Terracota

A. 42; Ø 44 cm

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VASO RUIM

Nuno Ramos

1998

Cerâmica e vaselina

Dimensões variáveis

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VASO DECORATIVO

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Cada uma das imagens apresenta uma estética diferente. Cada um desses

objetos foi criado em contextos diferentes. São produtos da cultura material

humana, porém inserem-se em posições diferentes de acordo com a leitura e valor

que lhes são atribuídos. Nesse sentido faremos alguns questionamentos para que

seja instaurado um processo de leitura dessas imagens. Coloque-se frente a elas

levando em consideração seu posicionamento profissional de educador na

atualidade.

Anote suas impressões, as relações que conseguiu traçar entre as imagens.

Pense nas igualdades existentes e nas oposições também, esses registros serão úteis

para a realização da tarefa referente a essa aula.

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Agora leremos um trecho da apresentação do livro: O que Resta – arte e

crítica de arte de Lorenzo Mammi. Este fragmento justifica o porquê do título e

poderá colaborar para a leituras das imagens bem como nas próximas atividades

que serão desenvolvidas.

Não queremos com esse curso apresentar respostas. Respostas não

combinam com a arte, que é nosso objeto de estudo diariamente nas salas de aula,

pensamos que o mais importante é levantar questionamentos, pensar por outro

Por fim, o título. É tirado da conclusão do primeiro texto, onde alude à constatação de que a

arte encontra espaços sempre mais precários e problemáticos no mundo contemporâneo; mas que, no

entanto, ela continua sendo a atividade essencial para o sistema de valores sobre os quais nossa

cultura se baseia. E que cabe ao artista (e com ele ao crítico) detectar os espaços onde essa atividade

possa ainda ser exercida com um grau aceitável de liberdade e consistência. E quando falo de arte,

não entendo nem as estruturas institucionais, nem um conjunto de commodities (desse ponto de vista,

a arte vai muito bem, obrigado), mas a possibilidade de gerar novas experiências significativas a

partir de objetos singulares.

No entanto (e sem nada tirar da especificidade e urgência da situação atual), com o tempo

sempre mais me pareceu que a questão da sobrevida fosse essencial para o próprio conceito de arte

em geral. Ela sempre se impôs como algo ao mesmo tempo fundamental e precário. É próprio da

arte, desde seu surgimento no fim da Idade Média, não estabelecer um campo claramente delimitado

de atuação, mas instalar-se no intervalo entre os campos existentes (entre as ideias e as coisas, o

conhecimento e a ação, a natureza e a liberdade). Ocupa um resto, um lugar de passagem, e essa

posição ambígua costuma ser indicada por formulações aparentemente paradoxais: coisa mental,

finalidade sem fim. É nesse sentido, a meu ver, que a ideia de autonomia da arte continua central:

não como um campo em que se coloquem objetos, mas como a maneira pela qual os objetos de arte,

quando bem-sucedidos, se desvencilham de todas as grades conceituais existentes e as recriam a

partir de si próprios. O resto, então, seria o lugar próprio da arte, e obra de arte é o que resta a dizer,

uma vez esgotados todos os outros discursos.

Há ainda um terceiro sentido que gostaria transparecesse no título: o que resta é também o

que permanecesse no título: o que resta é também o que permanece, quando tudo mais acaba. É

consensual que o sentido de uma obra de arte – a partir do Renascimento e retrospectiva, graças aos

instrumentos forjados no Renascimento, até a pré-história – é inesgotável. É uma qualidade que

antes só era atribuída aos textos sagrados. Podemos incluir (e foi incluído) na lista das obras de arte

qualquer objeto que tenha inicialmente essa finalidade (uma máscara, um vaso, um utensílio), desde

que consideramos que seu significado ainda está em aberto, ainda influencia diretamente o

significado que atribuímos a todas as outras coisas. Uma pedra lascada indica que existiu um povo

de caçadores. É um documento, nos diz algo que já foi. Mas, no caso das pinturas das grutas de

Lascaux, o que conta é que elas ainda são. Desde que foram descobertas em 1940, inauguraram um

campo de experiências que não existia na cultura e na arte moderna, e muito menos quando foram

pintadas, 17 mil anos antes de Cristo. Seu significado pertence ao dia de hoje, mas como algo que

provém de um passado antiquíssimo; e, por outro lado, só poderia produzir-se hoje, e não naquele

tempo. Talvez seja próprio da obra de arte não pertencer a nenhum tempo específico – ou talvez a

todos, mas sempre como se proviesse de outro tempo, passado ou futuro. Quem sabe um dia outra

civilização, ou outra fase desta, desvele a valência artística de uma luta de Ali, ou de um número de

dança de Astaire. Uma obra de arte é um objeto que sobrevive à vida e à intenção que gerou, e a

todos os discursos produzidos sobre ela. Nesse sentido “o que resta” é, simplesmente, sinônimo de

“arte”.

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ângulo. Nesse sentido, durante o semestre, serão apresentadas situações que

reflexão sobre o papel da arte, da educação e da arte-educação no contexto

contemporâneo. O que podemos fazer enquanto arte-educadores para buscar a

melhoria da educação em nossa sala de aula? Nem sempre paramos para pensar

sobre as mudanças ocorridas no campo educacional e em alguns casos não

acompanhamos as transformações existentes no campo da arte... Somos nós então

contemporâneos do nosso tempo? Estamos contribuindo para a formação de

pessoas contemporâneas? Todas as dificuldades, problemáticas, diversidades, etc

encontradas em sala de aula são características de um novo tempo? Existe resposta

para isso? Podemos contribuir com tudo isso? E como já foi proposto, pensamos

criticamente sobre essa situação, visto que estamos imersos nesse universo? O que

resta para a arte enquanto linguagem e área de conhecimento inserida no

currículo escolar? O que restou das obras apresentadas nas imagens no início de

nossa reflexão? Seus sentidos, funções e qualidades estéticas e artísticas são

imutáveis? E nós? O que nos resta enquanto professores? Estamos prontos?

Acabados?

AUTORES

PROFª DRª GUIOMAR JOSEFINA BIONDO

PROFº ESP. JOSÉ VITOR FERNANDES BERTIZOLI

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REFERÊNCIAS

MAMMI, Lorenzo. O que resta – arte e crítica de arte. São Paulo: Companhia das

letras, 2012.

Material Pedagógico da 8ª Bienal do Mercosul – Caderno de Artes.

Material educativo da mostra “Em nome dos artistas”- Arte contemporânea Norte-

americana na coleção Astrup Fealrnley- 2011.

Material Educativo da trigésima Bienal de São Paulo “A Iminência das Poéticas

2012”.

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Rodrigo Antonio de Agostinho Mendonça

Prefeito Municipal de Bauru

Prefeitura Municipal de Bauru

Praça das Cerejeiras, 1-59 - Vila Santa Isabel

PABX: (14) 3235-1000

Prof.ª Dr.ª Vera Mariza Regino Casério

Secretária Municipal da Educação

Secretaria Municipal da Educação

Rua Padre João, 8-48 – Vila Noemi

Fone: (14) 3234-1977

Prof.ª Esp. Fernanda Carneiro Bechara Fantin

Diretora do Dep. de Planejamento, Projetos e Pesquisas Educacionais

Prof.ª Dr.ª Maria Angélica Savian Yacovenco

Diretora de Divisão de Formação Continuada

Prof.ª Ms. Rita de Cássia Bastos Zuquieri

Diretora de Divisão de Projetos e Pesquisas Educacionais

Prof.ª Ms. Sirlei Sebastiana Polidoro Campos

Diretora de Divisão de Coordenação de Áreas

Prof.ª Esp. Adriana Yara Dantas Canuto Minozzi

Prof.ª Esp. Alessandra Moreira Cavalieri

Prof. Esp. Meire Cristina dos Santos Dangió

Prof.ª Regina Conceição do Amaral Santos

Prof.ª Esp. Rita Regina Santos

Prof. Roberto Vergílio Soares

Prof.ª Esp. Sara Regina Rossi Felipe

Prof.ª Esp. Solange da Silva Castro

Prof. Esp. Wagner Antonio Junior

Prof.ª Esp. Yaeko Nakadakari Tsuhako

Prof.ª Esp. Yara Moraes Rapini Zalaf

Maria Lucia Bueno Toledo Milano - Secretária do Departamento

Capa:

Sense of Space (2000)

Gao Brothers

Fotografia

Fonte: http://tecnoartenews.com/