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ATUALIDADES Prof. Orlando Stiebler Transcrição | Aula 01 CEF

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ATUALIDADESProf. Orlando Stiebler

Transcrição | Aula 01

C E F

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Atualidades

AULA 01 – PARTE 01

Olá, pessoal! Eu sou professor de atualidades, me formei em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e ministro aulas de História e de Atualidades que é o que mais é cobrado em concurso público hoje em dia.

Hoje eu trouxe pra vocês alguns temas nacionais e internacionais de atualidades, mas, antes, eu gostaria de apresentar para vocês algumas bibliografias para começarmos a estudar Atualidades, uma vez que esta matéria é muito fluida.

Para começar, temos a revista Atualidades, do Guia do Estudante, que apresenta os principais temas da atualidade de maneira muito didática. Também indico programas de televisão como Globo News, a revista Diplomatique, bem como os sites Politize e Nexo.

Dessa forma, pessoal, o meu curso de Atualidades eu divido em alguns capítulos para ficar mais organizado. O primeiro capítulo eu denomino de “Organismos, Organizações e Siglas Importantes”.

I – ORGANISMOS, ORGANIZAÇÕES E SIGLAS IMPORTANTES

Nesse capítulo eu sempre começo por uma data muito importante, 1944, esse é meu ponto de partida em “Atualidades”, pois, nesse ano é quando acontece uma Conferência na reta final da Segunda Guerra Mundial e são criados os organismos internacionais que até hoje estão vigentes. Foi a famosa Conferência de Bretton Woods, nos Estados Unidos.

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Dentro desse contexto, foi criado o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento), ambos tem sede na mesma cidade, em Whashington.

Uma curiosidade entre eles é que sempre quem dirige o FMI é um cidadão europeu, hoje, interessantemente, pela primeira vez, uma mulher ocupa esse espaço, a francesa Christine Lagarde, que substituiu o seu compatriota, Dominique Strauss-Kahn.

Outra curiosidade, é que sempre quem dirige o BIRD ou Banco Mundial, é um norte-americano, isso não é uma regra, mas, como atualmente a Europa e Estados Unidos são os que mais injetam dinheiro nesses organismos, eles mandam nas direções.

Uma questão interessante para a prova é saber quais são as maiores economias do mundo e são esses organismos quem dizem isso.

O Brasil ocupa, atualmente, a 9ª (nona) posição na economia mundial, a primeira posição é ocupada pelos Estados Unidos, a China, com a metade do PIB americano, ocupa o 2º lugar no ranking. A terceira economia do mundo, que disputa politicamente com a China, é o Japão. E, a Alemanha ocupa a quarta posição na economia mundial.

A França é a 5ª (quinta) economia do mundo, presidida atualmente por Emmanuel Macron, enfrenta a “crise dos coletes amarelos”, uma vez que a população pertencente à classe média passou a realizar protesto nas grandes e pequenas cidades francesas em virtude do aumento do preço do diesel que ocasionou um efeito cascata em toda economia.

O Reino Unido, com a 6ª sexta posição, respectivamente a Índia com a 7ª (sétima), a Itália com a 8 (oitava) economia mundial, o Brasil com a 9ª (nona) e o Canadá ocupa a 10ª (décima) posição da economia mundial.

Só para lembrar, pois já caiu em prova, o FMI empresta dinheiro apenas para países. Ele é como se fosse um banco, empresta dinheiro e exige que o país ofereça garantias de que irá devolvê-lo.

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Um fato interessante é que o Brasil, atualmente, não é devedor do FMI, por muitos anos o Brasil foi devedor, desde 1987, no governo Sarney que foi posteriormente no governo de Lula. Entretanto, o Brasil deve a outras instituições como o Clube de Paris, deve a ONU, a nossa grande dívida hoje não é externa, mas interna.

As moedas que o FMI considera como internacionais para transações internacionais são: o Dólar, o Euro, a Libra Esterlina, o Iene e por último foi incluída a moeda da China, o Yuan.

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AULA 01 – PARTE 02

Agora, eu fiz toda essa introdução falando do FMI e do Banco Mundial para falar da crise econômica mundial, que é velha, é de 2008, mas as repercussões estão aí, porque eclodiu com mais força os nacionalismos, vários governos da Europa tem líderes autocratas, que foram eleitos democraticamente, mas são reacionários.

Além disso, gira um movimento antiglobalização, que é um tema que cai muito em prova, esses movimentos como “Black Bloc”, a questão sobre as mulheres e nesse contexto eu vou começar a falar sobre a crise econômica.

CRISE ECONÔMICA MUNDIAL

A crise econômica mundial teve início em 2008 e o epicentro, os senhores se lembram, foi nos Estados Unidos com a crise do mercado imobiliário, chamada subprime, em que as pessoas tiveram facilidade de crédito, mas depois não conseguiram pagar os imóveis, além do aumento do valor dos próprios imóveis, então eles estavam pagando um valor por algo muito mais caro que eles iriam ter ao final não tendo dinheiro para pagar.

Essa crise surgiu entre os americanos e foi se espalhando para o mundo inteiro, porque quando há uma crise e o epicentro é os Estados Unidos, é natural que no capitalismo isso se torne global. Aqui no Brasil o presidente da época até brincou chamando a crise no Brasil de “marolinha”, mas o Brasil também foi afetado por ela. Entretanto, a Europa foi a mais atingida.

CRISE EUROPEIA

Nessa ocasião, eu gostaria de falar mais dos efeitos da crise econômica mundial especialmente na Europa, até porque os Estados Unidos conseguiu se recuperar e eu não tenho dúvida que o brexit também tem muito haver com a crise econômica.

Vários episódios tem haver com isso, a crise dos refugiados, países terem fechados fronteiras, partidos de extrema direita terem crescido, é óbvio que isso tem haver com a crise, porque em toda crise econômica esses grupos mas extremistas surgem com força. Isso aconteceu na crise de 1929, isso acontece agora. Nos Estados Unidos quando eles sofreram este colapso, o fenômeno Trump tem muito haver com isso, com essa ideia de “fazer a América grande de novo”, então, percebemos que esse é um discurso que agradava aos trabalhadores que perderam seus empregos.

Nesse momento surgiu uma sigla para identificar os países que enfrentaram o pior da crise que é “PIIGS”, que no original é para fazer alusão a palavra porcos, mas posteriormente outros país com a letra “I” ingressou no grupo e a sigla ficou dessa forma.

O “P” refere-se a Portugal, um país que já se recuperou da crise e hoje é endereço de muitos europeus, de brasileiros e de americanos e hoje a coalisão que o governa se chama geringonça,

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inclusive isso já foi cobrado em prova de concurso. Essa coalisão ocorreu com a união do partido comunista e do socialista, o interessante é que eles não seguiram as determinações do FMI que era basicamente, cortes de gastos, reduzir o consumo e o que o governo português fez foi justamente o contrário, incentivando os gastos, o Estado passou a gastar mais e deu certo.

Outros países que enfrentaram a crise de maneira mais severa foram a Irlanda e a Itália, mas atualmente já se recuperaram. A Grécia, por sua vez, que representa 3% do PIB da Europa, ainda sofre com os efeitos da crise.

O 5º (quinto) país que compõe este grupo é a Espanha (S de Spain), no auge da crise, o Rei da Espanha, Juan Carlos, abdicou em favor do seu filho, Príncipe Felipe de Borbón, isso é até um fato curioso, porque ele abdicou por questão de corrupção e nesse momento cresceu na Espanha um movimento republicano, que inclusive, muitos especialistas em monarquia argumentam que a única monarquia que irá sobreviver aos tempos é a da Inglaterra. Lembrando que na monarquia espanhola quem manda é o parlamento, a única monarquia absolutista da Europa chama-se Vaticano.

SEPARATISMOS

Além dos PIIGS, outro tema que é muito recorrente sobre a Europa, e que eu acho um tema fundamental é que com a crise tem crescido vários movimentos separatistas na Europa, vários lugares querem se tornar independentes. E o caso mais comentando na atualidade é o caso da Espanha, que já é uma “colcha de retalhos”, mas que tem uma região chamada Catalunha que quer virar um país independente.

A Catalunha quer se tornar um país independente porque, só para vocês terem uma ideia, ela representa 20% do PIB da Espanha. Dessa forma, sozinhos, eles se garantiriam, em termos de população, eles têm um número maior do que muitos países da Europa, para vocês entenderem, a Islândia têm 300.000 mil habitantes. Contudo, para que a Catalunha se torne independente é necessário que a Espanha autorize.

Diferentemente, a Escócia, que é uma outra região separatista do Reino Unido e que pela legislação local, pôde fazer um plebiscito em 2014 e que se dissesse “sim” sairia, mas o resultado na época foi negativo.

O País Bascos, localizada na região norte da Espanha, também uma região separatista, só não é tão mais, porque nos anos 80 a Espanha concedeu a eles uma autonomia econômica que a Catalunha não têm, eles podem tomar decisões econômicas por conta própria, isso arrefeceu o movimento separatista do País Basco, que inclusive chegou a ter um grupo terrorista famoso nos anos 60, 70 e 80 chamado ETA, quer dizer: “pátria basca e liberdade”.

Uma curiosidade é que o time de futebol Barcelona é um time separatista, eles fazem manifestações com os dizeres “Catalunha não é Espanha”. A UEFA puniu o time Barcelona em 40 mil euros por expor a bandeira da Catalunha.

Outra região separatista da Europa encontra-se na Itália, em Vêneto, capital Verona, da famosa Veneza. No Canadá, Quebec é considerada uma região separatista, a língua dominante nesta região é o francês uma peculiaridade é que esta região realizou um acordo com o Canadá para possuir uma autonomia econômica, e dessa forma, consequentemente, perdeu a força do separatismo.

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A Bélgica, por sua vez, provavelmente se separará, entre a região da Valônia e a região de Flandres. A Bélgica sempre teve uma história separatista muitos forte e pode ser que essa separação ocorra pacificamente, tal como ocorreu na República Tcheca e Eslováquia que se separaram tranquilamente em 1º de janeiro de 1993.

No caso da separação da Escócia, a população que apoiava a separação quase foi vencedora, o Primeiro Ministro na época era David Cameron, ele não acreditou que seria uma disputa tão ferrenha, se quer fez campanha, acreditava que o separatismo não fosse acontecer, mas por pouco o separativismo não venceu, de modo que a Escócia permanece com o Reino Unido.

CRESCIMENTO DOS REGIMES (PARTIDOS) DE EXTREMA-DIREITA

Saindo das questões do separatismo, outro tópico muito importante que se destaca é o crescimento dos regimes (partidos) de extrema-direita. E aí, galera, extrema-direita na prática representa quais tipos de ideias? Racismo, xenofobia, ou seja, a aversão ao estrangeiro, sendo ainda mais especifico, a islamofobia, até por conta dos atentados terroristas atuais que tem sido claramente ligados a grupos fundamentalistas em todo o mundo, então, os grupos de extrema-direito se caracterizam por estes itens.

E os países que tem chamado a atenção de grupos neonazistas são, por exemplo, a Hungria, que tem um presidente absolutamente conservador, chamado Viktor Orban, ele fecha fronteiras com outros países, para evitar que refugiados entrem, tem um discurso muito duro, quer continuar no Poder mudando a legislação.

O que é interessante hoje é que os ditadores não são iguais aqueles do passado, eles chegam ao Poder via eleição, eles mudam o Sistema por dentro, um exemplo disso é o Putin, ele foi eleito na Rússia em 1999. Maduro, por sua vez, permanece no Poder há longos anos, e nele permanece mudando as leis, os cargos. Recep Tayyip Erdoğan, na Turquia, é presidente desde 2003, já foi presidente, já foi primeiro-ministro, já mudou de presidencialismo para parlamentarismo, assim realiza manobras políticas de acordo com os seus interesses.

Alguns grupos de extrema direita se destacam, na França, existe um chamado “Frente Nacional”, presidido pela Marine Le Pen. Na Alemanha também tem crescido bastante, não só o alternativa para a Alemanha, mas também o PEGIDA, que é um partido que reúne várias pessoas anti mulçumanos, anti-estrangeiros, teve uma manifestação com 15 mil pessoas em Dresden.

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Agora, uma polêmica interessante, desde 2015, não sei se os senhores sabem, mas o “Mein Kampf” (“Minha Luta”), que é o livro do Hitler, que deu origem a conceitos como o espaço vital, teoria da raça ariana, ele passou a entrar em circulação, pois, depois de 70 anos qualquer obra se desvincula do autor, entra em domínio público, com isso, três editoras no Brasil começaram a publicar, uma sem contextualizar e outras duas contextualizando os aspectos da obra.

Na Noruega, Anders Behring Breivik foi autor confesso de atentado em Oslo que matou 77 pessoas e feriu outras 51, e matou porque fez um manifesto de mil páginas na internet dizendo que o mal da humanidade é a mistura racial, que quanto mais misturado um país, menos desenvolvido ele é. E o único país que ele citou 14 vezes como exemplo de subdesenvolvimento pela mistura, foi o Brasil.

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AULA 01 – PARTE 03

Ainda sobre os grupos de extrema-direita, na Áustria, Sebastian Kurz se destaca por seu posicionamento extremista. Na Grécia, por sua vez, o partido chamado “Aurora Dourado” que consiste em um grupo radical que se assemelha ao nazismo, a bandeira e as cores do grupo lembram a suástica nazista. O líder do grupo “Aurora Dourada” chegou até a matar um rapper que era contra o facismo, recentemente.

O protestos em Budapeste, está dentro da temática da crise entre os países, e eu acho que esse pode ser assunto cobrado em provas de concursos.

É o seguinte, pessoal, Budapeste é a capital da Hungria, eu diria que hoje dois países chamam mais a atenção que a Hungria, que é a Venezuela, que trataremos posteriormente, e da Argélia, que está passando por um protesto muito forte porque o presidente está no Poder há 20 anos, desde 1999 e decidiu que não irá disputar eleições esse ano e por isso, o povo está em festa depois da pressão que eles fizeram.

O interessante, é que o caso argelino se encaixa perfeitamente no caso da primavera árabe. A “primavera árabe”, para quem não lembra, ocorreu no final de 2010 para 2011, que foi quando vários países tiveram os seus ditadores derrubados, porque o povo tomou as ruas e foi protestando até cair. Começou na Tunísia, depois foi para o Egito, Líbia, Iêmen e depois a crise que acontece na Síria, que é uma guerra civil sem fim para derrubar o ditador Bashar al-Assad. Nesse sentido, o que ocorre hoje na Argélia é muito parecido, pois, trata-se de um país árabe, com população majoritariamente jovem, desempregada, então eu colocaria a Argélia, mesmo que tardiamente, na categoria do episódio histórico conhecido como “primavera árabe”.

No caso dos protestos em Budapeste, nos últimos dias o povo saiu às ruas para protestar contra a “lei da escravidão”, a qual tratava acerca de questões trabalhistas.

Uma questão interessante que se destaca é que na posse do presidente Bolsonaro, chamaram a atenção a presença de dois líderes mundiais, um foi a do Viktor Orban, primeiro-ministro húngaro, e do Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, o que mostra uma aproximação destes países com o Brasil.

Uma possível questão de prova em atualidades diz respeito à promessa que o Brasil fez a Israel, pois o presidente Bolsonaro ainda durante a campanha propôs a troca da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém.

AUTOCRATAS NO PODER

Autocratas, é um novo personagem no presente, é um novo ator político que usurpa o Poder, mas se utilizando da democracia, contudo, dentro do Poder, da estrutura do Sistema, começaram a maquinar a mudar o Sistema e ir se perpetuando, como é o caso do presidente Daniel Ortega da Niquarágua, Nicolás Maduro, na Venezuela, Putin, na Rússia e Evo Morales na Bolívia, por exemplo.

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MOVIMENTOS ANTIGLOBALIZAÇÃO

Para falarmos de movimentos antiglobalização, antes precisamos entender que globalização é diferente de globalismo. Globalização é a integração econômica, é essa ideia de livre circulação de mercadorias, serviços, teoricamente, pessoas, mas a esquerda discute porque é uma globalização injusta, pois existem países muito pobre e outros muito ricos.

Contudo, existe uma crítica da direita, do Bolsonaro, do Olavo de Carvalho, em relação do Brasil participar de acordos internacionais que possam lesar o Brasil de alguma maneira, isso é globalismo, é uma unidade política, por exemplo, é o Brasil fazer parte do acordo de Paris.

Vocês sabem o que é o Acordo de Paris? O Acordo de Paris é aquele acordo climático que irá substituir o Protocolo de Kyoto. O que o governo atual prometeu fazer, mas também não cumpriu? Deixar o Acordo de Paris, entendendo que aceitar esse acordo é reduzir o nosso crescimento em favor de algo que não é comprovado, isso é o que a direita acredita, isso é globalismo, é diferente.

Os movimentos antiglobalização que eu irei citar agora são grupos de esquerda que protestam por vários motivos, um exemplo é o movimento que existe na Espanha chamado de “Indignados”, eles protestavam pelo aumento do número desempregados, consequentemente por conta disso, o aumento do número de despejos e pela a quantidade de suicídios que cresceu no país. Nos Estados Unidos, isso caiu muito em prova de atualidades, surgiu o movimento que em português chama-se “Ocupem Wall Street”, que é movimento dos americanos contra o capitalismo não a favor do socialismo, mas do capitalismo de como ele tá atualmente, o qual favorece aos mais ricos, de modo que estes são pouco cobrados nos impostos, dessa forma, esse grupo defende um capitalismo de forma mais igualitária, mais justa.

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AULA 01 – PARTE 04

Em continuação aos estudos sobre os movimentos antiglobalização, um movimento famoso é o “Black Bloc”. Originalmente, este é um movimento alemão anarquista.

Outro movimento interessante é o “Femen”, que é aquele grupo de mulheres da Ucrânia que tiram a roupa. O movimento se espalhou pelo mundo, não atua só na Ucrânia, já teve, inclusive, no Brasil. Então, esse grupo de mulheres usam a nudez como forma transgressora de chocar e chamar atenção para alguma causa.

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Na Rússia, o movimento “Pussy Riot” é composto por um grupo de meninas que usam aquela máscara russa e elas pedem para derrubar o Putin. Esse grupo realizou uma manifestação em uma catedral ortodoxa pedindo a queda do Putin, mas foram presas.

Um dos movimentos de maior destaque que facilmente pode ser cobrado em provas é o “Me Too”. Ele consiste em um movimento feminista que começou em Hollywood contra os abusos sexuais nos bastidores de Hollywood, quando o produtor Harvey Weinstein abusou sexualmente de várias atrizes e que aquelas que não se relacionaram com ele não tiveram careira prolongada e algumas famosas resolveram denunciá-lo, como a Angelina Jolie, Cate Blanchett e outras grandes atrizes que denunciaram o produtor.

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Outro movimento feminista interessante é o “Guerrilla Gilrs”, em seus protestos, as mulheres aparecem com uma máscara de macaco, elas fizeram em São Paulo e em nenhum momento elas tiraram a máscara, isso com a intenção de que o movimento seja horizontal, ou seja, para que não haja uma liderança, o que tem sido uma característica ultimamente, as pessoas de forma anônima se organizam em redes sociais para protestar.

Dentre todos os movimentos mencionados, eu destacaria o “Me Too”, que mais tem sido cobrado em provas, não só por conta do assédio sexual em Hollywood, mas em outras áreas. Eu lembro que a Cate Blanchett, que é uma atriz muito famosa, no tapete do Festival de Cannes ela fez um pronunciamento explicando que as atrizes do cinema tem voz, pois ganham muito bem, têm empoderamento, estão em uma situação muito melhor do que outras mulheres que sofrem o assédio, mas não tem voz ativa na sociedade.

Ganhou como personalidade do ano da Revista Times, que todo ano elege alguém ou um grupo, os manifestantes os protestantes, agora, não sei se vocês viram. Quem foi que ganhou ano passado o título de personalidade do ano? Foram os jornalistas que estão sendo perseguidos em seus países. Em cima daquele caso do jornalista saudita, Jamal Khashoggi, que foi morto pelo príncipe assassino da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman, dentro da embaixada saudita em Estrasburgo. E no ano retrasado, a capa de personalidades da Times foi o movimento “Me Too”, referente à luta contra o assédio sexual.

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AULA 01 – PARTE 05

Continuando a falar à respeito da crise de 2008, a foto a seguir demonstra a origem da crise, um policial se certificando de que a casa de fato está vazia quando as pessoas começaram a deixar as casas porque não tinham mais condição de pagar a hipoteca ou o aluguel. Tanto é que Sacramento, que é a capital da Califórnia, o estado mais rico dos Estados Unidos, virou a cidade das tendas, porque as pessoas viviam nas tendas, e quem governava na época era o Arnold Schwarzenegger.

Então pessoal, eu, inicialmente, estava falando do FMI e do Banco Mundial, falei da Conferência de Bretton Woods e abri um parêntese para falar dos seus efeitos. Nessa parte final da nossa primeira aula nós vamos falar sobre a ONU.

ONU

Em 1945, após a Segunda Guerra Mundial, é criada a Organização das Nações Unidas. Agora, eu te pergunto. Onde fica a sede internacional da ONU? Isso, fica nos Estados Unidos, em Nova Iorque. Uma curiosidade é que a sua sede foi desenhada por Oscar Niemeyer. Vamos dividir os nossos estudos sobre a ONU em parte e finalizar a nossa primeira aula com a análise da Assembleia Geral.

a) Assembleia Geral

A Assembleia Geral é a reunião da ONU que acontece uma vez por ano, sempre no mês de setembro reunindo os 193 países que a compõem. Uma curiosidade é que o mais recente país que ingressou na ONU é também o mais novo país criado, o Sudão do Sul, capital Juba, surgiu do sul do Sudão em 2011.

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Além disso, a ONU têm países que são chamados membros observadores, os quais não são plenos, não estão entre os 193 países que o compõem. O Vaticano e a Palestina, por exemplo, são membros observadores.

Outra curiosidade, na Assembleia Geral quem inaugura todo ano é o Brasil, é uma tradição, o Brasil abre a Assembleia porque ele foi um dos países mais importante na criação da ONU nos bastidores. Um gaúcho chamado Oswaldo Aranha, que foi chanceler de outro grande gaúcho, o Getúlio Vargas, que por sua vez foi presidente do Rio Grande do Sul, na época o cargo era presidente, depois foi o Ministro de Washington Luis e depois foi Presidente da República.

No governo dele, ao final de 1945, Oswaldo Aranha era um grande participante da formação da ONU e ele seria o Primeiro Secretário-Geral, que é o cargo máximo, mas acabou não sendo, mas ele foi o voto de minerva para a criação de Israel, por exemplo. Então, para homenagear o Brasil que não conseguiu adentrar ao Conselho de Segurança, o órgão mais importante, ficou como um “prêmio de consolação” abrir a Assembleia, em seguida são os Estados Unidos e os demais países em ordem alfabética.

E para finalizar, o cargo mais importante da ONU é o cargo de Secretário-geral. Atualmente o cargo é exercido por Antônio Gutierrez.

Uma curiosidade, Lenín Moreno, presidente do Equador é o segundo presidente da história das Américas cadeirante. O primeiro presidente das Américas cadeirante foi Franklin Delano Roosevelt, sofria de poliomielite.

Um episódio que chamou atenção na Assembleia-geral da ONU é que a primeira-ministra da Nova Zelândia amamentou o seu bebê durante a Assembleia e enquanto ela discursava, seu esposo cuidou da criança.