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ATUALIDADESProf. Orlando Stiebler

Transcrição | Aula 06

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Atualidades

AULA 06

Olá pessoal! Estamos aqui de volta para mais uma aula.

UNIÃO EUROPEIA (Continuando...)

Como paramos a aula passada no assunto União Europeia, falaremos agora do BREXIT.

Antes de começar esse tema, é bom ressaltar que o Parlamento Europeu tem uma característica diferente do Parlasul (Parlamento do Mercosul): no Mercosul são 18 deputados por país independente do tamanho da população de cada país membro; na UE, a quantidade de deputados depende do tamanho da população de cada país membro (Por exemplo: países mais populosos têm maior número de deputados, ao passo que países menos populosos têm menor número de deputados). Desse modo, a Alemanha é o país com maior número de deputados (Em torno de 95 deputados); e os países de Chipre e de Malta são os que possuem menor número de deputados (Em torno de 9 deputados cada um).

Agora, definitivamente, falaremos do BREXIT, que é um dos temas mais comentados e polêmicos da atualidade. Desde o início da UE, só houve a entrada de países no Bloco e jamais houve a saída. Então, pela primeira vez, um país sairá da UE, ou seja, o Reino Unido. Nesse jogo entre a UE e o Reino Unido, o caso está sendo levado muito à sério pela UE, tendo em vista um possível desmantelamento do Bloco com um efeito dominó de saída de países.

O BREXIT (Abreviação para “British exit” – “saída britânica”, na tradução literal para o português) é a saída do Reino Unido da União Europeia. Os motivos da saída são variados, mas, resumidamente, está ligado ao sentimento dos mais velhos, que foram os que votaram pela saída, de que queriam de volta um Reino Unido independente e soberano, sem ter que

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depender de regras e de determinações de Bruxelas, sede da UE. Um exemplo disso seria a falta de autonomia sentida pelos britânicos para definir sua cota de refugiados (A UE definiu as cotas de refugiados de cada país e o Reino Unido não queria aceitar isso). Em 2016, houve um referendo (Consulta Popular) sobre se deveria o Reino Unido permanecer membro da União Europeia ou deveria deixá-la, e o resultado dessa consulta foi que deveria deixar o Bloco Econômico (“Permanecer” ficou com 48,11%; e o “Deixar” ficou com 51,89%). Essa diferença mínima que resultou na vitória do “Deixar” foi atingida por dois motivos: primeiro, os jovens não saíram de casa para votar porque o voto era facultativo. Caso tivessem ido, o resultado com certeza seria outro; segundo motivo, as diversas fake news sobre o tema (Fake News – mistura de fatos verdadeiros com fatos mentirosos que é direcionada para um público inculto/ignorante).

A diferença foi de 1,2 milhão de votos, e a opção “Deixar” o bloco europeu ganhou, em 2016.

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, que queria a permanência do país na UE, deixou o cargo após o resultado do referendo, visto que venceu a opção por “Deixar” o bloco europeu. Sua sucessora foi Theresa May, que é à favor da saída.

CEF (Superação) – Atualidades – Prof. Orlando Stiebler


O Reino Unido é formado pela Inglaterra, Escócia, País de Gales, e Irlanda do Norte. O resultado do referendo foi diferente na Irlanda do Norte, pequena maioria dos votos, e na Escócia, grande maioria dos votos (Cerca de 62% dos votos), visto que venceu a opção “Permanecer” na UE. Vale detalhar que, dois anos antes do BREXIT, a Escócia tentou se separar do Reino Unido com o objetivo de se tornar um país independente. Naquela época, a Escócia desistiu da separação porque o Reino Unido deixou claro que não deixaria o bloco europeu. Com isso, se o Reino Unido deixar a UE, a tendência é que a Escócia tome uma decisão plebiscitária de separação e vire o mais novo país do mundo.

Abaixo, tem-se Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido. Ela é a segunda mulher a assumir esse posto na história do Reino Unido (A primeira mulher a ser premiê do Reino Unido foi Margaret Thatcher, conhecida como a Dama de Ferro).


O que a premiê atual negocia para afastar o Reino Unido da União Europeia:

1. Acesso ao mercado comum, mas sem o livre trânsito de cidadãos;

2. Nenhuma fronteira entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda; e

3. Desconto na conta a ser paga pelo Reino Unido para deixar o Bloco.

Resultado do BREXIT (“Permanecer” no Bloco teve 48%; e “Deixar” o Bloco indicou 52%):

O nome correto é Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte porque é formado pela Ilha da Grã-Bretanha (Inglaterra, Escócia e País de Gales) e pela Irlanda do Norte, que fica na Ilha da Irlanda. Então, na Ilha da Irlanda há dois países: Irlanda (Capital: Dublin), que é um país independente, e Irlanda do Norte (Capital: Belfast), que quer se separar do Reino Unido e se juntar com a Irlanda para formar um único país na Ilha da Irlanda. Durante alguns anos, essa questão separatista da Irlanda do Norte se acalmou. Contudo, com a saída do Reino Unido da UE, a tendência é o separatismo aparecer novamente porque haverá definitivamente uma fronteira entre as duas Irlandas. Com isso, as diferenças podem ficar mais acentuadas, podendo gerar a volta de um grupo terrorista como o IRA (Irish Republican Army), ou de uma violência, ou de uma tentativa de separação, ou da própria independência da Irlanda do Norte.



A seguir, vê-se uma foto de ativistas britânicos que querem novo referendo sobre o BREXIT, em 2018. Diga-se que a primeira data da saída do Reino Unido da UE foi dia 28 de março de 2019, que já passou. Daí, a segunda data é para o final de maio de 2019, mas a premiê britânica ainda estava negociando questões sobre valores para sair do bloco europeu. Com isso, a data de saída foi esticada para dia 31 de outubro de 2019.

Desde o século XVII, quem manda oficialmente na Inglaterra é o Parlamento. Abaixo, aparece a premiê do Reino Unido, Theresa May, sendo nomeada pela Rainha Elizabeth II:


Sabe-se que a Rainha não pode emitir opinião sobre política. Contudo, na abertura do ano parlamentar, ela foi vestida de UE, segundo o professor observou na segunda imagem acima, visto que a Rainha Elizabeth II foi vestida com as cores do Bloco. Dizem ainda que, a Rainha é a favor da permanência do Reino Unido no bloco europeu.

Em seguida, observa-se os quatro fatores que provocaram o BREXIT:

1. Fim da discriminação dos países que não pertencem à zona do euro (Caso do Reino Unido);

2. Mais poder para os parlamentos nacionais;

3. Menos restrições burocráticas para aumentar a competitividade;

4. Maior controle sobre a política de migração, pois não querem obedecer às cotas de refugiados definidas pela UE.

Voltando à questão da União Europeia, percebe-se que o Euro não foi adotado em três países porque a decisão tem que ser plebiscitária, ou seja, é o povo que decide. Os países que disseram não ao Euro foram o Reino Unido (Libra Esterlina), a Suécia (Coroa Sueca) e a Dinamarca (Coroa Dinamarquesa). Como são 28 países membros da UE, sobram 25 países ao tirar os três países acima que disseram não ao Euro. Desses 25 países que restam, ainda têm seis que decidirão por plebiscito se adotam ou não o Euro como moeda, que são: Polônia; Croácia; Bulgária; República Tcheca; Hungria; e Romênia. Atualmente, são 19 países que adotam o Euro.



As notas de 500 euros saíram de circulação como forma das autoridades europeias, entre elas a Europol, combaterem as atividades ilícitas, como o terrorismo.


A seguir, tem-se a figura de Churchill na nova nota de 5 libras como homenagem ao primeiro-ministro britânico na época da Segunda Guerra Mundial; e uma sugestão de filme:

Feito em 2007 e posto em circulação em 2009, tem-se o último Tratado da UE, chamado de Tratado de Lisboa, que foi assinado no Mosteiro dos Jerónimos, em Portugal. Esse Tratado tornou a UE ainda mais fechada do ponto de vista institucional ao criar novas instituições e, segundo o professor, foi o ponta pé inicial do BREXIT. Nesse Tratado, há o projeto de transformar a UE em um tipo de país, há um projeto de criar um exército comum, há o projeto de ter o presidente da Europa. Então, quando o Reino Unido percebeu isso, decidiu que não queria mais ficar no Bloco.

Existem alguns países que querem fazer parte da UE e que têm grande chance de entrar para o bloco europeu, que são: Islândia; Montenegro; Sérvia; e Noruega. Já a Turquia é um país que tem vontade de entrar na UE, mas que não tem muita chance. A Europa vive uma aversão aos muçulmanos. E, mesmo sendo um Estado laico, a Turquia é um país composto majoritariamente por muçulmanos.



A Croácia foi o último país a entrar no Bloco, em 1º de julho de 2013.

Por fim, para finalizar esse assunto, vamos falar dos outros Blocos Econômicos:


ALIANÇA DO PACÍFICO

É um Bloco Econômico formado por Chile, Colômbia, Peru e México que foi criado em 2012, possuindo mais de 100 acordos comerciais com outros países. Os países membros podem fazer livre comércio com o país que quiser e não são engessados com regras que restringem o comércio por estarem no Bloco.

Brasil e Argentina têm muita chance de futuramente entrar para esse Bloco. Todavia, precisam mudar algumas regras do Mercosul para poderem fazer parte de outros Blocos e fazerem acordos de livre comércio com outros países. Vale dizer, que isso é proibido atualmente no Mercosul.

UNIÃO AFRICANA

Não é um Bloco Econômico, e sim uma reunião dos 54 países da África. Sendo que o único país não integrante é Marrocos, uma vez que não reconhece a independência de uma região chamada de Saara Ocidental, e vê essa região como dele. Por sua vez, a União Africana reconhece essa região como país independente e, por isso, o Marrocos decidiu não integrar essa União.



A União Africana possui vários blocos econômicos internos. Destaca-se a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), pelo fato de possuir relações comerciais com o Brasil. Dentro da SADC, destaca-se também dois países: Angola, que além das relações comerciais possui relações culturais intensas com o Brasil; e África do Sul, que possui relações comerciais fortes com o Brasil e que também faz parte dos BRICS.

Abaixo, percebe-se duas frases polêmicas ditas pelo ex-presidente Lula em sua visita a Windhoek, capital da Namíbia:

Em seguida, tem-se imagens dos líderes mais recentes da Angola. Após 33 anos no poder, o presidente, José Eduardo dos Santos, sofreu um golpe e perdeu o poder. Desde 2017, o país é governado pelo historiador João Lourenço, visto pela oposição como um bom governante.


As imagens seguintes retratam as empresas da Angola e do Brasil que negociam atualmente em ambos os países:

Abaixo, segue um drive thru do Bob’s na Angola:



A história da África do Sul está muito ligada ao regime segregacionista conhecido como Apartheid, que durou de 1948 até 1994. Esse regime segregacionista separava a população do país em quatro raças: brancos; negros; indianos; e mestiços. Nesse contexto, o líder Nelson Mandela, advogado e participante de um grupo armado (Conhecido como “Lança da Nação”), insurge contra isso e acaba sendo preso em 1962. Em 1990, Mandela é libertado. Com o fim do Apartheid, torna-se presidente da África do Sul, em 1994.

Após sair da prisão, Mandela fez questão de se entender com os brancos, e não praticou a perseguição dos mesmos. Dessa forma, estava criando um país plural e de todas as cores, ao invés de criar um país marcado pela vingança. Na opinião do professor, esse é o grande mérito de Nelson Mandela.

Mandela morreu com 95 anos, no ano de 2013.


Abaixo, segue imagem de Mandela com Lula e FHC. Ressalta-se que, Mandela era amigo pessoal de FHC (Grupo The Elders – Os Anciãos).

Abaixo, primeira imagem, o ator Morgan Freeman que interpretou Nelson Mandela no filme.

Na outra imagem, tem-se o presidente que veio após Mandela e que ficou por oito anos no poder, proveniente da etnia Zulu, Jacob Zuma.



Na etnia Zulu é permitida a poligamia, e o presidente Jacob Zuma é casado com três mulheres. Na primeira imagem, tem-se o dia da sua posse como presidente da África do Sul, onde teve que escolher uma das três esposas para o acompanhar, visto que não era permitido ser acompanhado pelas três cônjuges. Esse presidente foi envolvido em uma série de escândalos de corrupção e foi pressionado pelo seu partido a deixar o cargo.

O atual presidente do país é Cyril Ramaphosa, que foi eleito em 2018, e tem sido muito elogiado pelo seu trabalho.

ALBA

A Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA) é um bloco para os países de esquerda. Esse Bloco foi criado quando a Venezuela estava no auge com Hugo Chávez, e tinha a participação de presidentes de países de esquerda. O espectro político da América está mais para a direita nos dias de hoje, e a Alba perdeu sua importância.


NAFTA

O NAFTA ( North American Free Trade Agreement – traduzindo, Acordo de Livre Comércio da América do Norte) é um bloco econômico entre EUA (Presidente Donald Trump), Canadá (Primeiro-Ministro Justin Trudeau) e México (Presidente López Obrador), criado em 1994, e que terminou esse ano, 2019. Para Trump, esse Acordo beneficiava apenas o Canadá e o México e, por isso, acabou com o NAFTA. Foi feito um novo acordo entre os três países com o intuito de reformular o NAFTA. Esse novo acordo não desagradou Canadá e México, e eles aceitaram.



O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau é do Partido Liberal:

Promessas de Justin Trudeau em sua campanha, vistas como ousadas:

1. Implementar limites de emissões de carbono no país;

2. Legalizar o uso da maconha;

3. Facilitar o processo de imigração para o país (No caso do Brasil, não haverá mais exigência de vistos para brasileiros em breve);

4. Receber 25 mil refugiados sírios;

5. Retirar as tropas canadenses da coalizão internacional, liderada pelos EUA, que luta contra o grupo radical Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

Na figura abaixo, observa-se o ex-primeiro ministro Pierre Trudeau, que é pai do atual primeiro-ministro Justin Trudeau.

A seguir, tem-se a sigla do novo NAFTA ou novo acordo: USMCA, correspondente aos nomes dos países em inglês (United States, Mexico, Canada).


Em seguida, imagem em que Justin Trudeau e Donald Trump concordam com o novo pacto trilateral: Acordo Estados Unidos-México-Canadá, o USMCA:

Na imagem seguinte, o atual presidente do México, López Obrador, que aceitou integrar o USMCA:

Tarifa zero pelo novo acordo, o USMCA:



Dilma Rousseff e Justin Trudeau em 2015 (Sobre a facilitação da questão de vistos para brasileiros que querem viajar para o Canadá):

APEC

A Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC – Asia-Pacific Economic Cooperation) foi criada em 1989, e possui 21 países membros. É um bloco econômico que possui vários países de continentes diferentes. Pelo mapa a seguir que ilustra esse Bloco, percebe-se que houve um deslocamento do centro comercial mundial, passando do Oceano Atlântico, período das Grandes Navegações, para o Oceano Pacífico.


ASEAN

A Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) foi criada em 1967, e possui 10 países membros. Nesse Bloco, há países muito desenvolvidos, como: Malásia, e Cingapura.

Tem-se ainda o caso do Vietnã (Capital: Hanói), país que não para de crescer. O Vietnã, país sofisticado e moderno, é visto como uma “pequena China”, pois é capitalista na economia e comunista na política.



Sobre essa região da Ásia, vamos destacar o massacre que está acontecendo em um país chamado de Mianmar (Também já foi chamado de Birmânia, no passado). Esse país fica entre Bangladesh, que fica do lado da Índia; China; e Tailândia. Mianmar é um país budista, e os budistas radicais, fundamentalistas, estão massacrando uma minoria chamada Rohingyas, que é muçulmana. Os Rohingyas são considerados apátridas (Não tem pátria), visto que o governo de Mianmar nega a cidadania a essa população.


Mianmar é governado por Aung San Suu Kyi, ela foi Nobel da Paz em 1991, por ter lutado contra a ditadura militar no seu país. Ela seria a presidenta do seu país, mas é casada com um estrangeiro (A Lei do seu país não permite que ela seja presidenta sendo casada com um estrangeiro). Nesse caso, o presidente do país é um “ventríloquo” dela, porque ela derrubou a ditadura militar, abriu o país para a democracia com “eleições limpas”, e assumiu como “sombra” desse presidente, pois quem manda é ela. Contudo, ela faz “vista grossa” para esse massacre, o que deixa o mundo todo perplexo. Chegou-se a cogitar a retirada do prêmio Nobel da Paz que ela ganhou.



Ainda dessa região da Ásia, tem-se as Filipinas, que possui um presidente completamente “louco”, chamado Rodrigo Duterte. Ele veio de uma milícia de extermínio de viciados em drogas, e declarou guerra contra o tráfico e contra o consumo de drogas, principalmente.


Dessa região da Ásia também, temos a Tailândia. O Rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej, o rei mais longevo da história, morreu após 70 anos no poder.

Com a morte desse Rei da Tailândia, a Rainha Elizabeth II passa a ser a rainha mais longeva do mundo.



ALCA

A Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) é um bloco econômico que nunca saiu do papel. Esse Bloco seria composto por todos os países do Continente Americano, com exceção de Cuba. Segundo o professor, a ALCA não saiu do papel porque o PT não quis.


CARICOM

A Comunidade do Caribe (CARICOM) reúne todos os países do Caribe e foi criado em 1973.

Na América Central, tem-se a situação da Nicarágua. Desde 2018, com as manifestações ocorridas no país, dezenas de pessoas já morreram. O presidente da Nicarágua é Daniel Ortega, que é de esquerda. Ele se tornou um ditador e não quer deixar o poder. Há várias manifestações no país e estão cada vez mais crescentes.

Daniel Ortega chegou ao poder como líder do Movimento Sandinista de 1979, ao derrubar a família Somoza, que foi uma família ditatorial que comandou a Nicarágua desde os anos 1930.

Temos um detalhe: quem manda no país não é Daniel Ortega, e sim sua esposa, Rosario Murillo. Sabe-se que Ortega estuprava a filha da própria mulher, a enteada. A enteada cresceu



e denunciou o presidente. Contudo, sua esposa e mãe da sua enteada o defendeu e disse que a menina mentiu. Com isso, a menina fugiu do país e, agora, quem manda na Nicarágua é a esposa de Ortega. Pois, ela encurralou o esposo e disse que se ele não desse o poder, ela o entregaria a justiça.



Sobre o Panamá, que também fica na América Central, tem-se que o país é uma “ilha fiscal”, ou seja, muitos países “lavam dinheiro” nesse país (Transformam dinheiro ilícito em dinheiro lícito, através da abertura de empresas offshore para fazer essa lavagem de dinheiro).

Nesse contexto, houve um escândalo chamado de Panama Papers, onde várias personalidades foram descobertas com “empresas fantasmas” nesse país para lavagem de dinheiro.


Na segunda imagem, observa-se algumas celebridades do escândalo do Panama Papers:



CEI

A Comunidade dos Estados Independentes (CEI) é uma organização que reúne os países que integravam a URSS.

Agora, vamos começar o terceiro capítulo do curso de Atualidades: Cenários e Tendências.

Em seguida, veremos o quarto e quinto capítulos do curso, que são Meio Ambiente e Brasil, respectivamente.

CENÁRIOS E TENDÊNCIAS

Esse capítulo é sobre o que está rolando pelo mundo. Para ficar organizado, a divisão desse assunto será feita por Continente. E o primeiro continente a ser estudado será a América.


AMÉRICA

Antes, era abordado apenas a América Latina. Com o presidente Trump, figura polêmica, é importante estudar um pouco os EUA.

Estados Unidos

Na visão do professor, os EUA é um país exemplar quanto à democracia. Desde a criação da democracia americana, nunca houve um golpe de Estado. Tudo bem que houve uma eleição em que o Bush ganhou de forma roubada de Al Gore, com a recontagem de votos na Flórida, mas enfim.

A própria eleição americana é um pouco esquisita, pois é através de um colégio eleitoral. Essa eleição é indireta, e ganha o candidato que tem mais delegados nos colégios eleitorais do país. Os EUA possuem 50 estados e cada estado tem uma demografia diferente (Alguns possuem mais população do que outros). Um exemplo é o estado mais populoso, a Califórnia, que tem direito a 55 delegados. Já os estados menos populosos – Alasca, Havaí e Maine – têm direito a 3 delegados cada. Então, a eleição é disputada estado por estado. E, caso o candidato ganhar no estado de Nova Iorque, por exemplo, leva os 29 votos dos 29 delegados.

Com esse formato de eleição, pode acontecer de um presidente com menos votos populares ganhar a eleição presidencial porque teve mais votos dos delegados dos colégios eleitorais. Um exemplo disso foi a última eleição, em que Donald Trump teve menos votos populares do que Hillary Clinton, mas somou mais votos de delegados. Vale dizer que, Trump é do Partido Republicano, mais conservador; e Hillary do Partido Democrata, mais progressista.



As imagens abaixo, Revistas New York e Time, mostram que ninguém acreditava na vitória de Trump nas eleições de 2016:

Contudo, ele acabou ganhando as eleições e virou capa da Revista Time ao ser escolhido a personalidade do ano de 2016:

Trump foi eleito em cima de um discurso que agradou muito a um determinado eleitorado. Esses eleitores eram as pessoas que perderam o emprego na indústria automobilística ou na siderúrgica, indústria mais antiga e do capitalismo mais antigo (Ver mapa abaixo – Cinturão da Ferrugem). O capitalismo moderno está no Vale do Silício, na Califórnia. Hoje uma empresa de tecnologia vale mais do que uma montadora.


Trump conseguiu atingir o coração dos trabalhadores conhecidos como Rednecks (Pescoço vermelho – Trabalhador de sol a sol), no Cinturão da Ferrugem, lugar onde as indústrias declinaram. Por exemplo, uma cidade dessa região é Detroit, que decretou falência. Nas eleições, Trump dizia, por exemplo, que esses empregos tinham sido roubados pelos chineses, paquistaneses, entre outros. Segundo o professor, isso é uma Fake News de Trump, porque os empregos dessas pessoas tinham sido roubados pelo capitalismo, que tinha se desconcentrado daquela região e tinha buscado, cada vez mais, uma produção mais barata em outros cantos do mundo. Se esse presidente vai contra isso, está sendo deletério com o próprio sistema capitalista, o que não faz sentido.

A esposa de Trump, Melania Trump, é a segunda primeira-dama estrangeira da história dos EUA, pois nasceu na Eslovênia. Para deixar registrado, na segunda imagem, segue a primeira primeira-dama estrangeira dos EUA, Louisa Catherine Johnson Adams, britânica e esposa do presidente John Quincy Adams.



Posse de Trump:

Trump e o Muro na fronteira com o México:

Trump e Angela Merkel, chanceler da Alemanha, em 2017. Na primeira imagem, Trump ignora pedido de aperto de mãos entre eles. Na segunda imagem, vê-se a grande característica do presidente dos EUA, que é o isolacionismo norte-americano (Exemplo: saiu do Acordo de Paris; retirou-se da Parceria Transpacífico; saiu da Unesco; não validou acordo nuclear com o Irã; etc.):


Todo ano, o Dicionário Oxford escolhe uma palavra que não era muito falada, mas que começou a ser muito falada e virou a palavra do ano. Em 2016, a palavra escolhida foi Post-truth (Traduzindo, Pós-verdade), que possui um instrumento conhecido como Fake News (Não adianta só a mentira, mas deve existir um interlocutor interessado em ouvir a mentira e espalhar/compartilhar. Isso depende ainda do nível educacional do interessado, para buscar comprovar antes de acreditar):

Segundo o Oxford Dictionaries, os três principais casos de Fake News foram: BREXIT (Falava-se que os gastos para o Reino Unido permanecer na UE eram maiores do que os verdadeiros gastos – Era Mentira); TRUMP (Falou que iria brigar com a China e trazer os empregos dos americanos de volta para os EUA, sendo que as empresas têm interesse em ficar na China por causa dos baixos custos – Era Mentira); e Caso da COLÔMBIA e as FARC (O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que ganhou o Nobel da Paz por celebrar um acordo de paz com as FARC, colocou esse acordo para ser referendado pelos colombianos e, em meio a Fake News, o acordo de paz foi rejeitado pelo povo).



Em 2015, a “palavra do ano” foi um pictograma (Emoji da “carinha com a lágrima de alegria”):


No ano de 2017, a palavra do ano foi Youthquake (Traduzindo, terremoto jovem). A ideia é que os jovens estão tomando as rédeas do mundo ao participar de ativismos, de política, de marchas etc.

Tendo em vista os massacres ocorridos, os estudantes realizaram marchas contra armas nos EUA, em 2018:

Massacre ocorrido em Las Vegas/EUA, em 2017 (59 mortos):



Massacre da Boate Pulse em Orlando/EUA, em 2016 (49 mortos):

Massacre da Universidade da Virgínia em Blacksburg/EUA, em 2007 (32 mortos);

Massacre na escola primária de Sandy Hook em Newtown/EUA, em 2012 (26 mortos):


Massacre na Stoneman Douglas High School em Parkland/EUA, em 2018 (17 mortos):

O caso mais famoso foi o massacre de Columbine, que inspirou o massacre de Suzano/Brasil (Será estudado mais para frente), em Columbine/EUA, em 1999 (13 mortos):

Sugestões de filmes e de documentário sobre essa questão:



Movimento contra armas nos EUA, chamado #NeverAgain:

Outro movimento contra armas nos EUA é o Marcha por Nossas Vidas (March for our Lives):


A Associação Nacional do Rifle defende o lobby das armas nos EUA:



A Segunda Emenda, ratificada em 1791, garante o direito do povo a possuir e portar armas nos EUA (Atualmente, o porte de armas não é permitido em todos os estados):

O Brasil é o segundo maior exportador de armas para os EUA, segundo dados do Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos Estados Unidos (ATF, na sigla em inglês):

Regras de controle de armas nos EUA:


O governo Trump fechou a fronteira para os imigrantes em geral. Sua política migratória prevê deportar os imigrantes que foram ainda crianças para os EUA. Assim, esses imigrantes não terão direito à cidadania e alguns já até perderam a cidadania estadunidense. Com isso, haverá a separação de famílias, visto que esses imigrantes foram para os EUA quando crianças e construíram famílias no país.



Cuba

O país está se abrindo economicamente, mas não há abertura política. Cuba está saindo do seu velho e retrógrado socialismo/comunismo, e está fazendo uma transição para o capitalismo.


O motivo é simples: o capitalismo venceu, e Cuba era “o último dos moicanos”. Antigamente, o país foi bancado pela URSS, que acabou. E, mais recentemente, estava sendo bancado pela Venezuela, que também acabou. Nesse momento, a única saída encontrada foi abrir a economia do país. Esse processo começou com a renúncia de Fidel Castro, em 2008. E, posteriormente, com a saída do poder de Raúl Castro. O presidente atual chama-se Miguel Díaz-Canel, que tomou posse em 2018.

Fidel Castro, líder da Revolução Cubana e figura histórica de Cuba, morreu em 2016.



Com a abertura econômica de Cuba, houve aproximação dos EUA e os dois países retomaram relações em 2014. Nesse contexto, em 2016, o presidente Barack Obama visitou a capital Havana, e foi recebido por Raúl Castro, irmão de Fidel Castro que estava no poder.

Com o governo de Donald Trump, a relação entre EUA e Cuba deu uma esfriada, mas não foi rompida de vez. Trump é um homem de negócios, e sabe do potencial a ser explorado do mercado cubano, uma vez que deve demandar cada vez mais serviços e produtos com a abertura da economia.

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