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Direito Previdenciário

BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

1 – Pessoa com deficiência

1.1 – Fundamento: CF/88, art. 201, §1º, LC 142/2013, Dec. 8.345/2013, Dec. 3.048/99, art. 70-A a 70-I.

- Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem

impedimentos de longo prazo de natureza física, mental,

intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas

barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na

sociedade em igualdade de condições com as demais

pessoas. (Lei complementar nº 142, art. 2);

- O grau de deficiência será atestado por perícia própria

do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, por meio de

instrumentos desenvolvidos para esse fim. (Lei complementar

nº 142, art. 5);

- A existência de deficiência anterior à data da vigência da

LC 142/2013 deverá ser certificada, inclusive quanto ao seu

grau, por ocasião da primeira avaliação, sendo obrigatória a

fixação da data provável do início da deficiência. (Lei

complementar nº 142, art. 6, §1º);

- Se o segurado, após a filiação ao RGPS, tornar-se

pessoa com deficiência, ou tiver seu grau de deficiência

alterado, os parâmetros mencionados no art. 3o serão

proporcionalmente ajustados, considerando-se o número de

anos em que o segurado exerceu atividade laboral sem

deficiência e com deficiência, observado o grau de deficiência

correspondente, nos termos do regulamento a que se refere o

parágrafo único do art. 3o desta Lei Complementar. (Lei

complementar nº 142, art. 7º);

- A avaliação da deficiência será médica e funcional, nos

termos do Dec. 3.048/99, segundo o qual: para efeito de

concessão da aposentadoria da pessoa com deficiência,

compete à perícia própria do INSS, nos termos de ato conjunto

do Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Direitos

Humanos da Presidência da República, dos Ministros de

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Estado da Previdência Social, da Fazenda, do Planejamento,

Orçamento e Gestão e do Advogado-Geral da União: (Decreto

3.048, art. 70-D)

I - avaliar o segurado e fixar a data provável do início da

deficiência e o seu grau; e

II - identificar a ocorrência de variação no grau de deficiência e

indicar os respectivos períodos em cada grau.

- A comprovação da deficiência anterior à data da vigência

da Lei Complementar no 142, de 8 de maio de 2013, será

instruída por documentos que subsidiem a avaliação médica e

funcional, vedada a prova exclusivamente testemunhal.

(Decreto 3.048, art. 70-D, § 1º);

- A avaliação da pessoa com deficiência será realizada

para fazer prova dessa condição exclusivamente para fins

previdenciários. (Decreto 3.048, art. 70-D, § 2º);

- Ato conjunto do Ministro de Estado Chefe da Secretaria

de Direitos Humanos da Presidência da República, dos

Ministros de Estado da Previdência Social, da Fazenda, do

Planejamento, Orçamento e Gestão e do Advogado-Geral da

União definirá impedimento de longo prazo para os efeitos

deste Decreto. (Decreto 3.048, art. 70-D, § 4º)

- É facultado ao segurado com deficiência optar pela

percepção de qualquer outra espécie de aposentadoria do

RGPS que lhe seja mais vantajosa. (Decreto 3.048, art. 70-G);

- A critério do INSS, o segurado com deficiência deverá, a

qualquer tempo, submeter-se a perícia própria para avaliação

ou reavaliação do grau de deficiência. (Decreto 3.048, art. 70-);

2 - Aposentadoria por idade da pessoa com deficiência

2.1 - Fundamento:

- Constituição Federal de 1988, art. 201, §1º; Lei 8.213,

art. 48/51, Lei complementar nº 142, Decreto 8.145/2013 e

Decreto 3.048/99

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2.2 – Critérios:

- Carência de 180 meses de contribuição ou atividade

rural, conforme o caso;

- Comprovação da condição de pessoa com deficiência na

DER ou na data de implementação dos requisitos para o

benefício (Decreto 3.048, art. 70-A);

- A aposentadoria por idade da pessoa com deficiência,

cumprida a carência, é devida ao segurado aos sessenta anos

de idade, se homem, e cinquenta e cinco anos de idade, se

mulher. (Decreto 3.048, art. 70-C);

- Para efeitos de concessão da aposentadoria de que trata

o caput, o segurado deve contar com no mínimo quinze anos

de tempo de contribuição, cumpridos na condição de pessoa

com deficiência, independentemente do grau, observado o

disposto no art. 70-D. (Decreto 3.048, art. 70-C, § 1º);

- Aplica-se ao segurado especial com deficiência o

disposto nos §§ 1o a 4o do art. 51, e na hipótese do § 2o será

considerada a idade prevista no caput deste artigo, desde que

o tempo exigido para a carência da aposentadoria por idade

seja cumprido na condição de pessoa com

deficiência. (Decreto 3.048, art. 70-C, § 2º)

- A contagem de tempo de contribuição na condição de

segurado com deficiência será objeto de comprovação,

exclusivamente nos termos da LC 142/2013, segundo a qual: a

comprovação de tempo de contribuição na condição de

segurado com deficiência em período anterior à entrada em

vigor desta Lei Complementar não será admitida por meio de

prova exclusivamente testemunhal. (Lei complementar nº 142,

art. 6, § 2º);

•60 anos de idade - homem

•55 anos de idade - mulher

•tempo mínimo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiêcia durante igual período

Independentemente do grau de deficiência

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- A redução do tempo de contribuição prevista Lei

Complementar 142/2013 não poderá ser acumulada, no

tocante ao mesmo período contributivo, com a redução

assegurada aos casos de atividades exercidas sob condições

especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física (Lei

complementar nº 142, art. 10);

- Para fins da aposentadoria por idade da pessoa com

deficiência é assegurada a conversão do período de exercício

de atividade sujeita a condições especiais que prejudiquem a

saúde ou a integridade física, cumprido na condição de pessoa

com deficiência, exclusivamente para efeito de cálculo do valor

da renda mensal, vedado o cômputo do tempo convertido para

fins de carência. (Decreto 3.048, art. 70-F, § 3º)

2.3 – Valor do benefício:

- A renda mensal da aposentadoria devida ao segurado

com deficiência será calculada aplicando-se sobre o salário de

benefício, apurado em conformidade com o disposto no art. 29

da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, os seguintes

percentuais: (Lei complementar nº 142, art. 8º); I - 100% (cem por cento), no caso da aposentadoria por tempo

de contribuiçãoo; ou II - 70% (setenta por cento) mais 1% (um por cento) do salário

de benefício por grupo de 12 (doze) contribuições mensais até

o máximo de 30% (trinta por cento), no caso de aposentadoria

por idade.

2.4 – Cálculo:

- Aplicam-se à pessoa com deficiência: I - o fator previdenciário nas aposentadorias, se resultar em

renda mensal de valor mais elevado; II - a contagem recíproca do tempo de contribuição na condição

de segurado com deficiência relativo à filiação ao RGPS, ao

regime próprio de previdência do servidor público ou a regime

de previdência militar, devendo os regimes compensar-se

financeiramente; III - as regras de pagamento e de recolhimento das

contribuições previdenciárias contidas na Lei no 8.212, de 24 de

julho de 1991; IV - as demais normas relativas aos benefícios do RGPS;

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V - a percepção de qualquer outra espécie de aposentadoria

estabelecida na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que lhe

seja mais vantajosa do que as opções apresentadas nesta Lei

Complementar.

- É garantida a aplicação do fator previdenciário no

cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição e

por idade devidas ao segurado com deficiência, se resultar

em renda mensal de valor mais elevado, devendo o INSS,

quando da concessão do benefício, proceder ao cálculo da

renda mensal inicial com e sem a aplicação do fator

previdenciário (Decreto 3.048, art. 32, § 23); - Para efeitos do disposto no § 23, na aplicação do fator

previdenciário, será considerado o tempo de contribuição

computado para fins de cálculo do salário-de-benefício.” (NR)

(Decreto 3.048, art. 32, § 24)

f = fator previdenciário; Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria; Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria; Id = idade no momento da aposentadoria; a= alíquota de contribuição correspondente a 0,31

2.5 – Data de início

- A aposentadoria por idade será devida: (Decreto 3.048,

art. 52)

I - ao segurado empregado, inclusive o doméstico:

a partir da data do desligamento do emprego, quando

requerida até noventa dias depois dela; ou

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a partir da data do requerimento, quando não houver

desligamento do emprego ou quando for requerida após o

prazo da alínea "a"; e

II - para os demais segurados, a partir da data da entrada do

requerimento.

2.6 – Cessação

- Morte do segurado

3 - Aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência

3.1 - Fundamento

- Constituição Federal de 1988, art. 201, §1º; Lei 8.213,

art. 48/51, Lei complementar nº 142, Decreto 8.145/2013 e

Decreto 3.048/99

3.2 - Critérios

- Carência de 180 meses de contribuição;

- Comprovação da condição de pessoa com deficiência na

Data de entrada do requerimento ou na data de implementação

dos requisitos para o benefício (Decreto 3.048, art. 70-A);

- Segurado empregado, inclusive o doméstico, trabalhador

avulso, contribuinte individual e facultativo, observado o

disposto no art. 199-A (Decreto 3.048, art. 70-B):

I - aos vinte e cinco anos de tempo de contribuição na condição

de pessoa com deficiência, se homem, e vinte anos, se mulher,

no caso de segurado com deficiência grave;

II - aos vinte e nove anos de tempo de contribuição na

condição de pessoa com deficiência, se homem, e vinte e

quatro anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência

moderada; e

III - aos trinta e três anos de tempo de contribuição na condição

de pessoa com deficiência, se homem, e vinte e oito anos, se

mulher, no caso de segurado com deficiência leve.

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- A aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa

com deficiência será devida aos segurados especiais que

contribuam facultativamente, de acordo com o disposto no art.

199 e no § 2o do art. 200. (Decreto 3.048, art. 70-B, parágrafo

único):

- Para o segurado que, após a filiação ao RGPS, tornar-se

pessoa com deficiência, ou tiver seu grau alterado, os

parâmetros mencionados nos incisos I, II e III do caput do art.

70-B serão proporcionalmente ajustados e os respectivos

períodos serão somados após conversão, conforme as tabelas

abaixo, considerando o grau de deficiência preponderante,

observado o disposto no art. 70-A: (Decreto 3.048, art. 70-E)

MULHER

TEMPO A

CONVERTER

MULTIPLICADORES

Para 20 Para 24 Para 28 Para 30

De 20 anos 1,00 1,20 1,40 1,50

De 24 anos 0,83 1,00 1,17 1,25

De 28 anos 0,71 0,86 1,00 1,07

De 30 anos 0,67 0,80 0,93 1,00

HOMEM

TEMPO A

CONVERTER

MULTIPLICADORES

Para 25 Para 29 Para 33 Para 35

De 25 anos 1,00 1,16 1,32 1,40

De 29 anos 0,86 1,00 1,14 1,21

De 33 anos 0,76 0,88 1,00 1,06

De 35 anos 0,71 0,83 0,94 1,00

- Grau de deficiência preponderante será aquele em que o

segurado cumpriu maior tempo de contribuição, antes da

• 25 anos de contribuição - homem

• 20 anos de contribuição - mulherDeficiência grave

• 29 anos de contribuição - homem

• 24 anos de contribuição - mulher

Deficiência moderada

• 33 anos de contribuição - homem

• 28 anos de contribuição - mulher Deficiência leve

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conversão, e servirá como parâmetro para definir o tempo

mínimo necessário para a aposentadoria por tempo de

contribuição da pessoa com deficiência e para a conversão.

(Decreto 3.048, art. 70-E, § 1º); - Quando o segurado contribuiu alternadamente na

condição de pessoa sem deficiência e com deficiência, os

respectivos períodos poderão ser somados, após aplicação da

conversão. (Decreto 3.048, art. 70-E, § 2º);

- A redução do tempo de contribuição da pessoa com

deficiência não poderá ser acumulada, no mesmo período

contributivo, com a redução aplicada aos períodos de

contribuição relativos a atividades exercidas sob

condições especiais que prejudiquem a saúde ou a

integridade física. (Decreto 3.048, art. 70-F); - É garantida a conversão do tempo de contribuição

cumprido em condições especiais que prejudiquem a saúde ou

a integridade física do segurado, inclusive da pessoa com

deficiência, para fins da aposentadoria de que trata o art. 70-B,

se resultar mais favorável ao segurado, conforme tabela

abaixo: (Decreto 3.048, art. 70-F, § 1º)

MULHER

TEMPO A

CONVERTER MULTIPLICADORES

Para 15 Para 20 Para 24 Para 25 Para 28 De 15 anos 1,00 1,33 1,60 1,67 1,87 De 20 anos 0,75 1,00 1,20 1,25 1,40 De 24 anos 0,63 0,83 1,00 1,04 1,17 De 25 anos 0,60 0,80 0,96 1,00 1,12 De 28 anos 0,54 0,71 0,86 0,89 1,00

HOMEM

TEMPO A

CONVERTER MULTIPLICADORES

Para 15 Para 20 Para 25 Para 29 Para 33 De 15 anos 1,00 1,33 1,67 1,93 2,20 De 20 anos 0,75 1,00 1,25 1,45 1,65 De 25 anos 0,60 0,80 1,00 1,16 1,32 De 29 anos 0,52 0,69 0,86 1,00 1,14 De 33 anos 0,45 0,61 0,76 0,88 1,00

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- É vedada a conversão do tempo de contribuição da

pessoa com deficiência para fins de concessão da

aposentadoria especial. (Decreto 3.048, art. 70-F, § 2º)

3.3 – Cálculo:

- Aplicam-se à pessoa com deficiência: I - o fator previdenciário nas aposentadorias, se resultar em

renda mensal de valor mais elevado; II - a contagem recíproca do tempo de contribuição na condição

de segurado com deficiência relativo à filiação ao RGPS, ao

regime próprio de previdência do servidor público ou a regime

de previdência militar, devendo os regimes compensar-se

financeiramente; III - as regras de pagamento e de recolhimento das

contribuições previdenciárias contidas na Lei no 8.212, de 24 de

julho de 1991; IV - as demais normas relativas aos benefícios do RGPS; V - a percepção de qualquer outra espécie de aposentadoria

estabelecida na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que lhe

seja mais vantajosa do que as opções apresentadas nesta Lei

Complementar.

- É garantida a aplicação do fator previdenciário no

cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição e

por idade devidas ao segurado com deficiência, se resultar

em renda mensal de valor mais elevado, devendo o INSS,

quando da concessão do benefício, proceder ao cálculo da

renda mensal inicial com e sem a aplicação do fator

previdenciário (Decreto 3.048, art. 32, § 23);

- Para efeitos do disposto no § 23, na aplicação do fator

previdenciário, será considerado o tempo de contribuição

computado para fins de cálculo do salário-de-benefício.” (NR)

(Decreto 3.048, art. 32, § 24)

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f = fator previdenciário; Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria; Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria; Id = idade no momento da aposentadoria; a= alíquota de contribuição correspondente a 0,31

3.4 – Data de Início

- A aposentadoria será devida: (Decreto 3.048, art. 52)

I - ao segurado empregado, inclusive o doméstico:

a partir da data do desligamento do emprego, quando

requerida até noventa dias depois dela; ou

a partir da data do requerimento, quando não houver

desligamento do emprego ou quando for requerida após o

prazo da alínea "a"; e

II - para os demais segurados, a partir da data da entrada do

requerimento.

3.5 – Cessação

- Morte do segurado

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BASES CONTRIBUTIVAS

Lei 8.213/91, Lei 8.212/91 e Decreto 3.048/99

1 – Salário-de-contribuição 1.1 – Conceito - Entende-se por salário-de-contribuição: (Lei 8.212, art.

28);

Empregado e trabalhador

avulso

A remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;

Empregado doméstico

A remuneração registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para comprovação do vínculo empregatício e do valor da remuneração;

Para o empregado doméstico: a remuneração registrada na Carteira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e Previdência Social, observados os limites mínimo e máximo previstos nos §§ 3º e 5º; (Decreto 3.048, art. 214, II);

Contribuinte individual

A remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite máximo a que se refere o § 5o;

Segurado facultativo

O valor por ele declarado, observado o limite máximo a que se refere o § 5o.

Dirigente sindical -

empregado

A remuneração paga, devida ou creditada pela entidade sindical, pela empresa ou por ambas (Decreto 3.048, art. 214, IV);

Dirigente sindical -

avulso

A remuneração paga, devida ou creditada pela entidade sindical. (Decreto 3.048, art. 214, V);

**O dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato

eletivo, o mesmo enquadramento no Regime Geral de

Previdência Social-RGPS de antes da investidura.

1.2 – Limites para o salário-de-contribuição - O limite mínimo do salário-de-contribuição corresponde ao piso salarial, legal ou normativo, da categoria ou, inexistindo este, ao salário mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou

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horário, conforme o ajustado e o tempo de trabalho efetivo durante o mês. (Lei 8.212, art. 28, § 3º); - O limite mínimo do salário-de-contribuição do menor aprendiz corresponde à sua remuneração mínima definida em lei. (Lei 8.212, art. 28, § 4º);

- O limite máximo do salário-de-contribuição atual é de

R$ 4.390,24, reajustado na mesma época e com os mesmos

índices que os do reajustamento dos benefícios de prestação

continuada da Previdência Social. (Lei 8.212, art. 28, § 5º);

- O limite mínimo do salário-de-contribuição corresponde:

(Decreto 3.048, art. 214, §3º)

I - para os segurados contribuinte individual e facultativo, ao

salário mínimo; e

II - para os segurados empregado, inclusive o doméstico, e

trabalhador avulso, ao piso salarial legal ou normativo da

categoria ou, inexistindo este, ao salário mínimo, tomado no

seu valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o

tempo de trabalho efetivo durante o mês.

1.3 – Integra o salário-de-contribuição

- Integram o salário-de-contribuição pelo seu valor total:

- O total das diárias pagas, quando excedente a cinqüenta

por cento da remuneração mensal; (Lei 8.212, art. 28, § 8º);

- O décimo-terceiro salário (gratificação natalina) integra o

salário-de-contribuição, exceto para o cálculo de benefício, na

forma estabelecida em regulamento. (Lei 8.212, art. 28, § 7º);

- A remuneração adicional de férias de que trata o inciso

XVII do art. 7º da Constituição Federal integra o salário-de-

contribuição. (Decreto 3.048, art. 214, §4º);

- A gratificação natalina - décimo terceiro salário - integra

o salário-de-contribuição, exceto para o cálculo do salário-de-

benefício, sendo devida a contribuição quando do pagamento

ou crédito da última parcela ou na rescisão do contrato de

trabalho. (Decreto 3.048, art. 214, §6º);

- A contribuição sobre a gratificação natalina incidirá sobre

o valor bruto da gratificação, sem compensação dos

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adiantamentos pagos, mediante aplicação, em separado, da

tabela de que trata o art. 198 e observadas as normas

estabelecidas pelo Instituto Nacional do Seguro Social.

(Decreto 3.048, art. 214, §7º);

- O valor mensal do auxílio-acidente integra o salário-de-

contribuição, para fins de cálculo do salário-de-benefício de

qualquer aposentadoria, observado, no que couber, o disposto

no art. 32. (Decreto 3.048, art. 214, § 15º)

1.4 – Não integra o salário-de-contribuição

- Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta

Lei, exclusivamente: (Lei 8.212, art. 28, § 9º)

-

a) os benefícios da previdência social, nos termos e limites

legais, salvo o salário-maternidade;

b) as ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo

aeronauta nos termos da Lei nº 5.929, de 30 de outubro de

1973;

c) a parcela "in natura" recebida de acordo com os programas

de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e da

Previdência Social, nos termos da Lei nº 6.321, de 14 de abril

de 1976;

d) as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e

respectivo adicional constitucional, inclusive o valor

correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata

o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho-CLT;

e) as importâncias:

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f) a parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da

legislação própria;

g) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente

em decorrência de mudança de local de trabalho do

empregado, na forma do art. 470 da CLT;

h) as diárias para viagens, desde que não excedam a 50%

(cinqüenta por cento) da remuneração mensal;

i) a importância recebida a título de bolsa de complementação

educacional de estagiário, quando paga nos termos da Lei nº

6.494, de 7 de dezembro de 1977;

j) a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando

paga ou creditada de acordo com lei específica;

l) o abono do Programa de Integração Social-PIS e do

Programa de Assistência ao Servidor Público-PASEP;

m) os valores correspondentes a transporte, alimentação e

habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado

para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em

canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija

deslocamento e estada, observadas as normas de proteção

estabelecidas pelo Ministério do Trabalho;

previstas no inciso I do art. 10 do Ato das Disposições

Constitucionais Transitórias;

relativas à indenização por tempo de serviço, anterior a 5

de outubro de 1988, do empregado não optante pelo Fundo de Garantia do Tempo

de Serviço-FGTS;

recebidas a título da indenização de que trata o art.

479 da CLT;

recebidas a título de incentivo à demissão;

recebidas a título de abono de férias na forma dos arts.

143 e 144 da CLT;

recebidas a título da indenização de que trata o art.

14 da Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973;

recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos

expressamente desvinculados do salário;

recebidas a título de licença-prêmio indenizada;

recebidas a título da indenização de que trata o art.

9º da Lei nº 7.238, de 29 de outubro de 1984;

Indenizações previstas nos arts. 496 e 497, CLT

Outras indenizações, desde que expressamente previstas

em lei

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n) a importância paga ao empregado a título de

complementação ao valor do auxílio-doença, desde que este

direito seja extensivo à totalidade dos empregados da

empresa;

o) as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da

agroindústria canavieira, de que trata o art. 36 da Lei nº 4.870,

de 1º de dezembro de 1965;

p) o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa

jurídica relativo a programa de previdência complementar,

aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de seus

empregados e dirigentes, observados, no que couber, os arts.

9º e 468 da CLT;

q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou

odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado,

inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos,

aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares e outras

similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos

empregados e dirigentes da empresa;

r) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros

acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local do

trabalho para prestação dos respectivos serviços;

s) o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do

empregado e o reembolso creche pago em conformidade com

a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis

anos de idade, quando devidamente comprovadas as

despesas realizadas;

t) o valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo, que

vise à educação básica de empregados e seus dependentes e,

desde que vinculada às atividades desenvolvidas pela

empresa, à educação profissional e tecnológica de

empregados, nos termos da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro

de 1996, e:

1. não seja utilizado em substituição de parcela salarial; e

2. o valor mensal do plano educacional ou bolsa de estudo,

considerado individualmente, não ultrapasse 5% (cinco por

cento) da remuneração do segurado a que se destina ou o

valor correspondente a uma vez e meia o valor do limite

mínimo mensal do salário-de-contribuição, o que for maior;

u) a importância recebida a título de bolsa de aprendizagem

garantida ao adolescente até quatorze anos de idade, de

acordo com o disposto no art. 64 da Lei nº 8.069, de 13 de

julho de 1990;

v) os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos

autorais;

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x) o valor da multa prevista no § 8º do art. 477 da CLT.

y) o valor correspondente ao vale-cultura.

- O valor da multa paga ao empregado em decorrência da

mora no pagamento das parcelas constantes do instrumento de

rescisão do contrato de trabalho, conforme previsto no § 8º do

art. 477 da Consolidação das Leis do Trabalho. (Decreto 3.048,

art. 214, § 9º, XXII);

- O reembolso creche pago em conformidade com a

legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos

de idade da criança, quando devidamente comprovadas as

despesas; (Decreto 3.048, art. 214, § 9º, XXIII);

- O reembolso babá, limitado ao menor salário-de-

contribuição mensal e condicionado à comprovação do registro

na Carteira de Trabalho e Previdência Social da empregada, do

pagamento da remuneração e do recolhimento da contribuição

previdenciária, pago em conformidade com a legislação

trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade

da criança; e (Decreto 3.048, art. 214, § 9º, XXIV);

- O valor das contribuições efetivamente pago pela

pessoa jurídica relativo a prêmio de seguro de vida em grupo,

desde que previsto em acordo ou convenção coletiva de

trabalho e disponível à totalidade de seus empregados e

dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9o e 468 da

Consolidação das Leis do Trabalho. (Decreto 3.048, art. 214, §

9º, XXV);

- As parcelas referidas no parágrafo anterior, quando

pagas ou creditadas em desacordo com a legislação

pertinente, integram o salário-de-contribuição para todos os fins

e efeitos, sem prejuízo da aplicação das cominações legais

cabíveis. (Decreto 3.048, art. 214, § 10º);

2.5 – Diversos - Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a

falta do empregado ocorrer no curso do mês, o salário-de-

contribuição será proporcional ao número de dias de trabalho

efetivo, na forma estabelecida em regulamento. (Lei 8.212, art.

28, § 1º);

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- O salário-maternidade é considerado salário-de-

contribuição. (Lei 8.212, art. 28, § 2º);

- Para a identificação dos ganhos habituais recebidos sob

a forma de utilidades, deverão ser observados: (Decreto 3.048,

art. 214, § 11º);

I - os valores reais das utilidades recebidas; ou

II - os valores resultantes da aplicação dos percentuais

estabelecidos em lei em função do salário mínimo, aplicados

sobre a remuneração paga caso não haja determinação dos

valores de que trata o inciso I;

- O valor pago à empregada gestante, inclusive à

doméstica, em função do disposto na alínea "b" do inciso II do

art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da

Constituição Federal, integra o salário-de-contribuição,

excluídos os casos de conversão em indenização previstos

nos arts. 496 e 497 da Consolidação das Leis do Trabalho.

(Decreto 3.048, art. 214, § 12º);

- Para efeito de verificação do limite de que tratam o

§ 8º e o inciso VIII do § 9º, não será computado, no cálculo da

remuneração, o valor das diárias. (Decreto 3.048, art. 214, §

13º);

- A incidência da contribuição sobre a remuneração das férias

ocorrerá no mês a que elas se referirem, mesmo quando pagas

antecipadamente na forma da legislação trabalhista. (Decreto

3.048, art. 214, § 14º);

- Não se considera remuneração direta ou indireta os valores

despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino

vocacional com ministro de confissão religiosa, membros de

instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem

religiosa em face do seu mister religioso ou para sua

subsistência, desde que fornecidos em condições que

independam da natureza e da quantidade do trabalho

executado. (Decreto 3.048, art. 214, § 16º);

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NOMENCLATURA DAS VERBAS

Integra salário-de-

contribuição

SIM NÃO

“Pró-labore” dos sócios X

“Venda” de 10 dias de férias X

13º salário X

13º salário proporcional pago na rescisão X

13º salário referente à 1/12 do aviso prévio indenizado X

Abono de 20 dias pago no gozo de férias X

Abono do PIS X

Adicional de 1/3 sobre as férias gozadas X

Adicional de 1/3 sobre as férias indenizadas X

Adicional de quebra de caixa X

Adicional de tempo de serviço X

Adicional de transferência X

Adicional noturno X

Ajuda de custo paga mensamente X

Ajuda de custo para mudança paga em única parcela X

Aluguéis, condomínios e demais despesas domésticas X

Aposentadorias X

Auxílio-creche ou auxílio-babá X

Auxílio-doença, auxílio-acidente, salário-família X

Aviso prévio gozado X

Aviso prévio indenizado X

Bolsa de estágios X

Bolsa de estudos X

Comissões e percentagens de venda X

Complemento de auxílio-doença (extensivo à totalidade dos empregados)

X

Diárias de até 50% da remuneração X

Diárias superiores a 50% da remuneração X

Direitos autorais X

Distribuição de lucros e dividendos X

Férias gozadas X

Férias indenizadas X

Gratificações de desempenho pagas eventualmente X

Gratificações de desempenho pagas habitualmente X

Hiring bônus (está em discussão a incidência ou não) X

Horas extras X

Indenização por Supressão de intervalo Intrajornada X

Luvas e bichos pagos ao jogador de futebol X

Pagamento de 40% do FGTS nas despedidas X

Participação nos lucros ou resultados acordado em conformidade com a Lei 10.101/2000, art. 2º. Caso contrário incide.

X

Periculosidade e insalubridade X

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Plano de educação X

Plano de saúde X

Previdência privada complementar se for extensiva a todos os empregados

X

Programa de demissão voluntária X

Salário X

Salário-maternidade X

Seguro de vida em grupo X

Stock options X

Vale alimentação ou cesta básica X

Vale-cultura X

Vale-transporte X

Valores despendidos com ministros de confissão religiosa X

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2 – Salário Benefício 2.1 – Conceito

- Salário-de-benefício é o valor básico utilizado para

cálculo da renda mensal dos benefícios de prestação

continuada, inclusive os regidos por normas especiais, exceto o

salário-família, a pensão por morte, o salário-maternidade e os

demais benefícios de legislação especial. (Decreto 3.048, art.

31);

- O salário-de-benefício consiste: (Lei 8.213, art. 29)

- Serão considerados para cálculo do salário-de-benefício

os ganhos habituais do segurado empregado, a qualquer título,

sob forma de moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais

tenha incidido contribuições previdenciárias, exceto o décimo-

terceiro salário (gratificação natalina). (Lei 8.213, art. 29, § 3º);

- Não será considerado, para o cálculo do salário-de-

benefício, o aumento dos salários-de-contribuição que exceder

o limite legal, inclusive o voluntariamente concedido nos 36

(trinta e seis) meses imediatamente anteriores ao início do

• Média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário;

Aposentadoria por tempo de contribuição

•Média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, e com aplicação do fator previdenciário, se mais benéfico.

Aposentadoria por idade

• Média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo.

Aposentadoria por invalidez e especial, auxílio-doença e

auxílio acidente

•Média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, incidindo fator previdenciário se resultar em elevação da RMI (LC 142/2013, art. 9º, I)

Aposentadorias da pessoa com deficiência

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benefício, salvo se homologado pela Justiça do Trabalho,

resultante de promoção regulada por normas gerais da

empresa, admitida pela legislação do trabalho, de sentença

normativa ou de reajustamento salarial obtido pela categoria

respectiva. (Lei 8.213, art. 29, § 4º);

- Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver

recebido benefícios por incapacidade, sua duração será

contada, considerando-se como salário-de-contribuição, no

período, o salário-de-benefício que serviu de base para o

cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e

bases dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao

valor de 1 (um) salário mínimo. (Lei 8.213, art. 29, § 5º);

- Para fins de apuração do salário-de-benefício de

qualquer aposentadoria precedida de auxílio-acidente, o valor

mensal deste será somado ao salário-de-contribuição antes da

aplicação da correção a que se refere o art. 33, não podendo o

total apurado ser superior ao limite máximo do salário-de-

contribuição. (Decreto 3.048, art. 32 § 8º);

- No caso dos §§ 3º e 4º do art. 56, o valor inicial do

benefício será calculado considerando-se como período básico

de cálculo os meses de contribuição imediatamente anteriores

ao mês em que o segurado completou o tempo de contribuição,

trinta anos para a mulher e trinta e cinco anos para o homem,

observado o disposto no § 2º do art. 35 e a legislação de

regência. (Decreto 3.048, art. 32 § 9º);

- No cálculo do salário-de-benefício serão considerados

os salário-de-contribuição vertidos para regime próprio de

previdência social de segurado oriundo desse regime, após a

sua filiação ao Regime Geral de Previdência Social, de acordo

com o disposto no art. 214. (Decreto 3.048, art. 32, § 15º);

- Considera-se período contributivo: (Decreto 3.048, art.

32, § 22):

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- Todos os salários-de-contribuição utilizados no cálculo

do salário-de-benefício serão corrigidos, mês a mês, de acordo

com a variação integral do Índice Nacional de Preço ao

Consumidor - INPC, referente ao período decorrido a partir da

primeira competência do salário-de-contribuição que compõe o

período básico de cálculo até o mês anterior ao do início do

benefício, de modo a preservar o seu valor real. (Decreto

3.048, art. 33)

2.2 – Valor mínimo e máximo

- O valor do salário-de-benefício não será inferior ao de

um salário mínimo, nem superior ao do limite máximo do

salário-de-contribuição na data de início do benefício, exceto

para o salário-família e o auxílio-acidente.

2.3 – Segurado especial - O salário-de-benefício do segurado especial consiste no

valor equivalente ao salário-mínimo, ressalvado os casos em

que o segurado recolha na condição de facultativo.

2.4 – Segurado contribuinte individual e facultativo

- Para os segurados contribuinte individual e facultativo

optantes pelo recolhimento trimestral na forma prevista no § 15

do art. 216, que tenham solicitado qualquer benefício

previdenciário, o salário-de-benefício consistirá na média

aritmética simples de todos os salários-de-contribuição

integrantes da contribuição trimestral, desde que efetivamente

recolhidos. (Decreto 3.048, art. 32, § 10º);

Empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso

o conjunto de meses em quehouve ou deveria ter havidocontribuição em razão doexercício de atividaderemunerada sujeita a filiaçãoobrigatória ao regime de quetrata este Regulamento; ou

Demais segurados *inclusive o facultativo

o conjunto de meses deefetiva contribuição ao regimede que trata esteRegulamento.

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2.5 – Fator previdenciário

- O fator previdenciário será calculado considerando-se a

idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição do

segurado ao se aposentar, segundo a fórmula constante

do Anexo desta Lei. (Lei 8.213, art. 29, § 7º);

f = fator previdenciário; Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria; Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria; Id = idade no momento da aposentadoria; a= alíquota de contribuição correspondente a 0,31

- A expectativa de sobrevida do segurado na idade da

aposentadoria será obtida a partir da tábua completa de

mortalidade construída pela Fundação Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística - IBGE, considerando-se a média

nacional única para ambos os sexos. (Lei 8.213, art. 29, § 8º);

- Publicada a tábua de mortalidade, os benefícios

previdenciários requeridos a partir dessa data considerarão a

nova expectativa de sobrevida. (Decreto 3.048, art. 32, § 13º);

- É garantida a aplicação do fator previdenciário no cálculo

das aposentadorias por tempo de contribuição e por idade

devidas ao segurado com deficiência, se resultar em renda

mensal de valor mais elevado, devendo o INSS, quando da

concessão do benefício, proceder ao cálculo da renda mensal

inicial com e sem a aplicação do fator previdenciário. (Decreto

3.048, art. 32, § 23º);

-

- Na aplicação do fator previdenciário, será considerado o

tempo de contribuição computado para fins de cálculo do

salário-de-benefício. (Decreto 3.048, art. 32, § 24º);

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- Para efeito da aplicação do fator previdenciário, ao

tempo de contribuição do segurado serão adicionados: (Lei

8.213, art. 29, § 9º)

2.6 – CNIS

- O INSS utilizará as informações constantes no Cadastro

Nacional de Informações Sociais – CNIS sobre os vínculos e as

remunerações dos segurados, para fins de cálculo do salário-

de-benefício, comprovação de filiação ao Regime Geral de

Previdência Social, tempo de contribuição e relação de

emprego. (Lei 8.213, art. 29-A, caput); - O segurado poderá solicitar, a qualquer momento, a

inclusão, exclusão ou retificação de informações constantes do

CNIS, com a apresentação de documentos comprobatórios dos

dados divergentes, conforme critérios definidos pelo INSS. (Lei

8.213, art. 29-A, § 2º);

- A aceitação de informações relativas a vínculos e

remunerações inseridas extemporaneamente no CNIS,

inclusive retificações de informações anteriormente inseridas,

fica condicionada à comprovação dos dados ou das

divergências apontadas, conforme critérios definidos em

regulamento. (Lei 8.213, art. 29-A, § 3º);

Mulher 5 anos

Professor 5 anos

*comprove exclusivamente tempo de

efetivo exercício das funções de magistério na

educação infantil , fundamental e médio

Professora 10 anos

*comprove exclusivamente tempo de

efetivo exercício das funções de magistério na

educação infantil, fundamental e médio

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- Considera-se extemporânea a inserção de dados

decorrentes de documento inicial ou de retificação de dados

anteriormente informados, quando o documento ou a

retificação, ou a informação retificadora, forem apresentados

após os prazos estabelecidos em regulamento. (Lei 8.213, art.

29-A, § 4º);

- Havendo dúvida sobre a regularidade do vínculo incluído

no CNIS e inexistência de informações sobre remunerações e

contribuições, o INSS exigirá a apresentação dos documentos

que serviram de base à anotação, sob pena de exclusão do

período. (Lei 8.213, art. 29-A, § 5º);

- Os salários-de-contribuição considerados no cálculo do

valor do benefício serão corrigidos mês a mês de acordo com a

variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor -

INPC, calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística - IBGE. (Lei 8.213, art. 29-B);

- O valor mensal do auxílio-acidente integra o salário-de-

contribuição, para fins de cálculo do salário-de-benefício de

qualquer aposentadoria, observado, no que couber, o disposto

no art. 29 e no art. 86, § 5º. (Lei 8.213, art. 31);

2.7 – Prazo para o INSS fornecer informações sobre o CNIS ao segurado - O INSS terá até 180 (cento e oitenta) dias, contados a

partir da solicitação do pedido, para fornecer ao segurado as

informações previstas no caput deste artigo (Lei 8.213, art. 29-

A, § 1º);

2.8 – Segurado com contribuições em atividades concomitantes

- O salário-de-benefício do segurado que contribuir em

razão de atividades concomitantes será calculado com base na

soma dos salários-de-contribuição das atividades exercidas na

data do requerimento ou do óbito, ou no período básico de

cálculo, observado o disposto no art. 29 e as normas seguintes:

(Lei 8.213, art. 32) I - quando o segurado satisfizer, em relação a cada atividade,

as condições do benefício requerido, o salário-de-beneficio

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será calculado com base na soma dos respectivos salários-de-

contribuição; II - quando não se verificar a hipótese do inciso anterior, o

salário-de-benefício corresponde à soma das seguintes

parcelas: o salário-de-benefício calculado com base nos salários-de-

contribuição das atividades em relação às quais são atendidas

as condições do benefício requerido; um percentual da média do salário-de-contribuição de cada

uma das demais atividades, equivalente à relação entre o

número de meses completo de contribuição e os do período de

carência do benefício requerido; III - quando se tratar de benefício por tempo de serviço, o

percentual da alínea "b" do inciso II será o resultante da relação

entre os anos completos de atividade e o número de anos de

serviço considerado para a concessão do benefício.

- O disposto neste artigo não se aplica ao segurado que,

em obediência ao limite máximo do salário-de-contribuição,

contribuiu apenas por uma das atividades concomitantes. (Lei

8.213, art. 32, § 1º);

- Não se aplica o disposto neste artigo ao segurado que

tenha sofrido redução do salário-de-contribuição das atividades

concomitantes em respeito ao limite máximo desse salário. (Lei

8.213, art. 32, § 2º);

- Quando o exercício de uma das atividades

concomitantes se desdobrar por atividades sucessivas, o

tempo a ser considerado para os efeitos deste artigo será a

soma dos períodos de contribuição correspondentes. (Decreto

3.048, art. 34, § 2º);

- Se o segurado se afastar de uma das atividades antes

da data do requerimento ou do óbito, porém em data abrangida

pelo período básico de cálculo do salário-de-benefício, o

respectivo salário-de-contribuição será computado,

observadas, conforme o caso, as normas deste artigo. (Decreto

3.048, art. 34, § 3º);

- O percentual a que se referem a alínea "b" do inciso II e

o inciso III do caput não pode ser superior a cem por cento do

limite máximo do salário-de-contribuição. (Decreto 3.048, art.

34, § 4º);

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- No caso do § 3º do art. 73, o salário-de-benefício da

aposentadoria por invalidez deve corresponder à soma das

parcelas seguintes: (Decreto 3.048, art. 34, § 5º);

I - o valor do salário-de-benefício do auxílio-doença a ser

transformado em aposentadoria por invalidez, reajustado na

forma do § 6º do art. 32; e

II - o valor correspondente ao percentual da média dos salários-

de-contribuição de cada uma das demais atividades não

consideradas no cálculo do auxílio-doença a ser transformado,

percentual este equivalente à relação entre os meses

completos de contribuição, até o máximo de doze, e os

estipulados como período de carência para a aposentadoria

por invalidez.

2.9 – Âmbito dos acordos internacionais - O salário-de-benefício, para fins de cálculo da prestação

teórica dos benefícios por totalização, no âmbito dos acordos

internacionais, do segurado com contribuição para a

previdência social brasileira, será apurado: (Decreto 3.048, art.

32, §18);

I - quando houver contribuído, no Brasil, em número igual ou

superior a sessenta por cento do número de meses decorridos

desde a competência julho de 1994, mediante a aplicação do

disposto no art. 188-A e seus §§ 1º e 2º;

II - quando houver contribuído, no Brasil, em número inferior ao

indicado no inciso I, com base no valor da média aritmética

simples de todos os salários-de-contribuição correspondentes a

todo o período contributivo contado desde julho de 1994,

multiplicado pelo fator previdenciário, observados o § 2º do art.

188-A, o § 19 e, quando for o caso, o § 14, ambos deste artigo;

e

III - sem contribuição, no Brasil, a partir da competência julho

de 1994, com base na média aritmética simples de todo o

período contributivo, multiplicado pelo fator previdenciário,

observados o disposto no § 2ºdo art. 188-A e, quando for o

caso, no § 14 deste artigo.

- Para a hipótese de que trata o § 18, o tempo de contribuição

a ser considerado na aplicação da fórmula do fator

previdenciário é o somatório do tempo de contribuição para a

previdência social brasileira e o tempo de contribuição para a

previdência social do país acordante. (Decreto 3.048, art. 32,

§19)

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3 – Renda mensal inicial (Lei 8.213/91, arts. 33/40)

3.1 - Conceito - A renda mensal do benefício de prestação continuada

que substituir o salário-de-contribuição ou o rendimento do

trabalho do segurado não terá valor inferior ao do salário-

mínimo, nem superior ao do limite máximo do salário-de-

contribuição, ressalvado o disposto no art. 45 desta Lei (Lei

8.213, art. 33);

3.2 - Cálculo - No cálculo do valor da renda mensal do benefício,

inclusive o decorrente de acidente do trabalho, serão

computados: (Lei 8.213, art. 34);

I - para o segurado empregado e trabalhador avulso, os

salários-de-contribuição referentes aos meses de contribuições

devidas, ainda que não recolhidas pela empresa, sem prejuízo

da respectiva cobrança e da aplicação das penalidades

cabíveis;

II - para o segurado empregado, o trabalhador avulso e o

segurado especial, o valor mensal do auxílio-acidente,

considerado como salário-de-contribuição para fins de

concessão de qualquer aposentadoria, nos termos do art. 31;

III - para os demais segurados, os salários-de-contribuição

referentes aos meses de contribuições efetivamente recolhidas.

LEMBRE-SE QUE: 1 - NO CASO DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ COM ADICIONAL DE 25% A RENDA MENSAL INICIAL PODERÁ SER SUPERIOR AO TETO MÁXIMO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL!!! 2 – NO AUXÍLIO-ACIDENTE A RENDA MENSAL INICIAL PODE SER INFERIOR AO SALÁRIO MÍNIMO, POIS TEM CUNHO INDENIZATÓRIO; 3 – SALÁRIO MATERNIDADE E O SALÁRIO FAMÍLIA POSSUEM REGRAS PRÓPRIAS DE VALORES DE BENEFÍCIOS, SENDO QUE O SALÁRIO MATERNIDADE NÃO PODE ULTRAPASSAR A REMUNERAÇÃO DO MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL;

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- Ao segurado empregado e ao trabalhador avulso que

tenham cumprido todas as condições para a concessão do

benefício pleiteado mas não possam comprovar o valor dos

seus salários-de-contribuição no período básico de cálculo,

será concedido o benefício de valor mínimo, devendo esta

renda ser recalculada, quando da apresentação de prova dos

salários-de-contribuição. (Lei 8.213, art. 35);

- Para o segurado empregado doméstico que, tendo

satisfeito as condições exigidas para a concessão do benefício

requerido, não comprovar o efetivo recolhimento das

contribuições devidas, será concedido o benefício de valor

mínimo, devendo sua renda ser recalculada quando da

apresentação da prova do recolhimento das contribuições. (Lei

8.213, art. 36);

- A renda mensal inicial, recalculada de acordo com o

disposto nos arts. 35 e 36, deve ser reajustada como a dos

benefícios correspondentes com igual data de início e

substituirá, a partir da data do requerimento de revisão do valor

do benefício, a renda mensal que prevalecia até então. (Lei

8.213, art. 37);

- A renda mensal inicial será reajustada pelos índices de

reajustamento aplicados aos benefícios, até a data da entrada

do requerimento, não sendo devido qualquer pagamento

relativamente a período anterior a esta data. (Decreto 3.048,

art. 35, § 2º);

- Na hipótese de a média apurada na forma do art. 32

resultar superior ao limite máximo do salário-de-contribuição

vigente no mês de início do benefício, a diferença percentual

entre esta média e o referido limite será incorporada ao valor

do benefício juntamente com o primeiro reajuste do mesmo

após a concessão, observado que nenhum benefício assim

reajustado poderá superar o limite máximo do salário-de-

contribuição vigente na competência em que ocorrer o reajuste.

(Decreto 3.048, art. 35, § 3º);

- A renda mensal inicial da aposentadoria por invalidez

concedida por transformação de auxílio-doença será de cem

por cento do salário-de-benefício que serviu de base para o

cálculo da renda mensal inicial do auxílio doença, reajustado

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pelos mesmos índices de correção dos benefícios em geral.

(Decreto 3.048, art. 36, § 7º);

- A renda mensal inicial, recalculada de acordo com o

disposto nos §§ 2º e 3º do art. 36, deve ser reajustada como a

dos benefícios correspondentes com igual data de início e

substituirá, a partir da data do requerimento de revisão do valor

do benefício, a renda mensal que prevalecia até então.

(Decreto 3.048, art. 37, caput);

- Para fins da substituição da rendam mensal vigente até

à procedência da revisão, o requerimento de revisão deve ser

aceito pelo Instituto Nacional do Seguro Social a partir da

concessão do benefício em valor provisório e processado

quando da apresentação de prova dos salários-de-contribuição

ou de recolhimento das contribuições. (Decreto 3.048, art. 37,

parágrafo único);

- A renda mensal do benefício de prestação continuada

será calculada aplicando-se sobre o salário-de-benefício os

seguintes percentuais: (Decreto 3.048, art. 39);

I - auxílio-doença - noventa e um por cento do salário-de-

benefício;

II - aposentadoria por invalidez - cem por cento do salário-de-

benefício, podendo ser acrescida de 25% no caso de o

segurado necessitar da ajuda de terceiros;

III - aposentadoria por idade - setenta por cento do salário-de-

benefício, mais um por cento deste por grupo de doze

contribuições mensais, até o máximo de trinta por cento;

IV - aposentadoria por tempo de contribuição:

a) para a mulher - cem por cento do salário-de-benefício aos

trinta anos de contribuição;

b) para o homem - cem por cento do salário-de-benefício aos

trinta e cinco anos de contribuição; e

c) cem por cento do salário-de-benefício, para o professor aos

trinta anos, e para a professora aos vinte e cinco anos de

contribuição e de efetivo exercício em função de magistério na

educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio;

d) cem por cento do salário-de-benefício, para o segurado que

comprovar, na condição de pessoa com deficiência, o tempo de

contribuição disposto no art. 70-B;

V - aposentadoria especial - cem por cento do salário-de-

benefício; e

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VI - auxílio-acidente - cinqüenta por cento do salário-de-

benefício.

- Para os segurados especiais que não contribuam na

condição de facultativo, a renda mensal inicial será sempre

salário mínimo.

- O valor mensal da pensão por morte ou do auxílio-

reclusão será de cem por cento do valor da aposentadoria que

o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse

• 91% do salário de benefícioAuxílio Doença

• 100% do salário de benefício.

• Possível acrescer 25% caso o segurado necessitar de ajuda de terceiros

Aposentadoria por Invalidez

• 70% do salário-de-benefício.

• + 1% deste valor por grupo de 12 contribuições mensais (limitado a 30%)

Aposentadoria por idade

• Para Homem: 100% do salário de benefício aos 35 anos de contribuição

• Para Mulher: 100% do salário de benefício aos 30 anos de contribuição

• Para Professor: 100% do salário de benefício aos 30 anos de contribuição

• Para Professora: 100% do salário de benefício aos 25 anos de contribuição

(No efetivo exercício de educação infantil, fundamental e médio)

Aposentadoria por tempo de contribuição

• 100% do salário de benefício (inclusive a da pessoa com deficiência)

Aposentadoria Especial

• 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento.

Pensão por morte e Auxílio reclusão

• 50% do salário de benefício

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aposentado por invalidez na data de seu falecimento,

observado o disposto no § 8º do art. 32. (Decreto 3.048, art. 39,

§ 3º);

- Se na data do óbito o segurado estiver recebendo

aposentadoria e auxílio-acidente, o valor mensal da pensão por

morte será calculado conforme o disposto no parágrafo

anterior, não incorporando o valor do auxílio-acidente. (Decreto

3.048, art. 39, § 4º);

- Após a cessação do auxílio-doença decorrente de

acidente de qualquer natureza ou causa, tendo o segurado

retornado ou não ao trabalho, se houver agravamento ou

seqüela que resulte na reabertura do benefício, a renda mensal

será igual a noventa e um por cento do salário-de-benefício do

auxílio-doença cessado, corrigido até o mês anterior ao da

reabertura do benefício, pelos mesmos índices de correção dos

benefícios em geral. (Decreto 3.048, art. 39, § 5º);

3.3 – Segurados especiais - Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do

art. 11 da Lei 8.213/91, fica garantida a concessão: (Lei 8.213,

art. 39);

I - de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-

doença, de auxílio-reclusão ou de pensão, no valor de 1 (um)

salário mínimo, e de auxílio-acidente, conforme disposto no art.

86, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda

que de forma descontínua, no período, imediatamente anterior

ao requerimento do benefício, igual ao número de meses

correspondentes à carência do benefício requerido; ou

II - dos benefícios especificados nesta Lei, observados os

critérios e a forma de cálculo estabelecidos, desde que

contribuam facultativamente para a Previdência Social, na

forma estipulada no Plano de Custeio da Seguridade Social.

- Para a segurada especial fica garantida a concessão do

salário-maternidade no valor de 1 (um) salário mínimo, desde

que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de

forma descontínua, nos 12 (doze) meses imediatamente

anteriores ao do início do benefício. (Lei 8.213, art. 39,

parágrafo único);

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- Para o segurado especial que não contribui

facultativamente, o disposto no inciso II será aplicado

somando-se ao valor da aposentadoria a renda mensal do

auxílio-acidente vigente na data de início da referida

aposentadoria, não sendo, neste caso, aplicada a limitação

contida no inciso I do § 2º do art. 39 e do art. 183. (Decreto

3.048, art. 36, § 6º);

3.4 – Abono anual - É devido abono anual ao segurado e ao dependente da

Previdência Social que, durante o ano, recebeu auxílio-doença,

auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-

reclusão. (Lei 8.213, art. 40);

- O abono anual será calculado, no que couber, da

mesma forma que a Gratificação de Natal dos trabalhadores,

tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês

de dezembro de cada ano. (Lei 8.213, art. 40, parágrafo único);

3.5 – Acordos internacionais - A renda mensal dos benefícios por totalização,

concedidos com base em acordos internacionais de

previdência social, pode ter valor inferior ao do salário

mínimo. (Decreto 3.048, art. 35, § 1º);

4 – Reajuste do valor do benefício - O valor dos benefícios em manutenção será reajustado,

anualmente, na mesma data do reajuste do salário mínimo, pro

rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do

último reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços

ao Consumidor - INPC, apurado pela Fundação Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. (Lei 8.213, art. 41-

A, caput);

- Nenhum benefício reajustado poderá exceder o limite

máximo do salário-de-benefício na data do reajustamento,

respeitados os direitos adquiridos. (Lei 8.213, art. 41-A, § 1º);

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- Considera-se dia útil aquele de expediente bancário com

horário normal de atendimento. (Lei 8.213, art. 41-A, § 4º);

- O primeiro pagamento do benefício será efetuado até

quarenta e cinco dias após a data da apresentação, pelo

segurado, da documentação necessária a sua concessão. (Lei

8.213, art. 41-A, § 5º);

- É assegurado o reajustamento dos benefícios para

preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real da data de

sua concessão. (Decreto 3.048, art. 40);

- Os valores dos benefícios em manutenção serão

reajustados, anualmente, na mesma data do reajuste do salário

mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de

início ou do último reajustamento, com base no Índice Nacional

de Preços ao Consumidor - INPC, apurado pela Fundação

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. (Decreto

3.048, art. 40, § 1º);

- Nenhum benefício reajustado poderá exceder o limite

máximo do salário-de-benefício na data do reajustamento,

respeitados os direitos adquiridos, nem inferior ao valor de um

salário mínimo. (Decreto 3.048, art. 42);

- O auxílio-acidente, o abono de permanência em serviço,

o auxílio-suplementar, o salário-família e a parcela a cargo do

Regime Geral de Previdência Social dos benefícios por

totalização, concedidos com base em acordos internacionais de

previdência social, poderão ter valor inferior ao do salário

mínimo. (Decreto 3.048, art. 42, parágrafo único)

•serão pagos do primeiro ao quinto dia útil do mês subseqüente ao de sua competência, observada a distribuição proporcional do número de beneficiários por dia de pagamento. (Lei 8.213, art. 41-A, § 2º);

RM superior a um salário

mínimo

•serão pagos no período compreendido entre o quinto dia útil que anteceder o final do mês de sua competência e o quinto dia útil do mês subseqüente, observada a distribuição proporcional dos beneficiários por dia de pagamento. (Lei 8.213, art. 41-A, § 3º);

RM no valor de até um salário

mínimo

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CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL Constituição Federal, art. 195, Lei 8.212/91 e Decreto 3.048/99

1 – Contribuições dos segurados

1.1 – Fundamento

- Constituição Federal, art. 195, inciso II, Lei nº 8.212/91 e

Decreto 3.048/99.

1.2 – Empregado, trabalhador avulso e empregado doméstico - A contribuição do empregado, inclusive o doméstico, e a

do trabalhador avulso é calculada mediante a aplicação da

correspondente alíquota sobre o seu salário-de-contribuição

mensal, de forma não cumulativa, observado o disposto no art.

28, de acordo com a seguinte tabela: (Lei 8.212, art. 20):

- Tabela atualizada de acordo com a Portaria

Interministerial MPS/MF 19 de 10/01/2014:

SALÁRIOS-DE-CONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTAS

até R$ 1.317,07 8,0 %

de R$ 1.317,08 até R$ 2.195,12 9,0 %

de R$ 2.195,13 até R$ 4.390,24 11,0 %

- Os valores do salário-de-contribuição serão reajustados,

a partir da data de entrada em vigor desta Lei, na mesma

época e com os mesmos índices que os do reajustamento dos

benefícios de prestação continuada da Previdência Social. (Lei

8.212, art. 20, § 1º);

- O disposto neste artigo aplica-se também aos segurados

empregados e trabalhadores avulsos que prestem serviços a

microempresas. (Lei 8.212, art. 20, § 2º);

1.2.1 – Caso do trabalhador rural

- A contribuição do segurado trabalhador rural a que se

refere à alínea “r” do inciso I do art. 9o é de oito por cento sobre

o respectivo salário-de-contribuição definido no inciso I do art.

214. (Decreto 3.048, art. 198, parágrafo único)

-

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**Lei 11.718/08 – contratação de trabalhadores rurais por

período de até dois meses em um ano = enquadrado como

empregado do RGPS

1.3 – Contribuinte individual e facultativo - A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte

individual e facultativo será de vinte por cento sobre o

respectivo salário-de-contribuição. (Lei 8.212, art. 21);

- Os valores do salário-de-contribuição serão reajustados,

a partir da data de entrada em vigor desta Lei, na mesma

época e com os mesmos índices que os do reajustamento dos

benefícios de prestação continuada da Previdência Social. (Lei

8.212, art. 21, § 1º);

- No caso de opção pela exclusão do direito ao benefício

de aposentadoria por tempo de contribuição, a alíquota de

contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do salário

de contribuição será de: (Lei 8.212, art. 21, § 2º);

I - 11% (onze por cento), no caso do segurado contribuinte

individual, ressalvado o disposto no inciso II, que trabalhe por

conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou

equiparado e do segurado facultativo, observado o disposto na

alínea b do inciso II deste parágrafo;

II - 5% (cinco por cento):

- no caso do microempreendedor individual, de que trata

o art. 18-A da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de

2006; e

- do segurado facultativo sem renda própria que se

dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de

sua residência, desde que pertencente a família de baixa

renda.

- O segurado que tenha contribuído na forma do §

2o deste artigo e pretenda contar o tempo de contribuição

correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por

tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de

contribuição a que se refere o art. 94 da Lei no 8.213, de 24 de

julho de 1991, deverá complementar a contribuição mensal

mediante recolhimento, sobre o valor correspondente ao limite

mínimo mensal do salário-de-contribuição em vigor na

competência a ser complementada, da diferença entre o

percentual pago e o de 20% (vinte por cento), acrescido dos

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juros moratórios de que trata o § 3odo art. 5o da Lei no 9.430,

de 27 de dezembro de 1996. (Lei 8.212, art. 21, § 3º);

- Considera-se de baixa renda, para os fins do disposto na

alínea b do inciso II do § 2o deste artigo, a família inscrita no

Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal -

CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2 (dois) salários

mínimos. (Lei 8.212, art. 21, § 4º);

- A contribuição complementar a que se refere o §

3o deste artigo será exigida a qualquer tempo, sob pena de

indeferimento do benefício. (Lei 8.212, art. 21, § 5º);

- A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo é de vinte por cento aplicada sobre o respectivo salário-de-contribuição, observado os limites a que se referem os §§ 3º e 5º do art. 214. (Decreto 3.048, art. 199);

- A partir da competência em que o segurado fizer a opção pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, é de onze por cento, sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário-de-contribuição, a alíquota de contribuição: (Decreto 3.048, art. 199-A) I - do segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado; II - do segurado facultativo; e III - do MEI de que trata a alínea “p” do inciso V do art. 9o, cuja contribuição deverá ser recolhida na forma regulamentada pelo Comitê Gestor do Simples Nacional. - O segurado, inclusive aquele com deficiência, que tenha contribuído na forma do caput e pretenda contar o tempo de contribuição correspondente, para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou de contagem recíproca do tempo de contribuição, deverá complementar a contribuição mensal. (Decreto 3.048, art. 199-A, § 1º) - A complementação de que trata o § 1o dar-se-á mediante o recolhimento sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário-de-contribuição em vigor na competência a ser complementada da diferença entre o percentual pago e o de vinte por cento, acrescido dos juros moratórios de que trata o § 3o do art. 5o da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996. (Decreto 3.048, art. 199-A, § 2º); - A contribuição complementar a que se refere os §§ 1o e 2o será exigida a qualquer tempo, sob pena do indeferimento ou cancelamento do benefício. (Decreto 3.048, art. 199-A, § 3º)

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1.4 – Segurado rural e especial - A contribuição do empregador rural pessoa física, em

substituição à contribuição de que tratam o inciso I do art. 201 e

o art.202, e a do segurado especial, incidente sobre a receita

bruta da comercialização da produção rural, é de: (Decreto

3.048, art. 200)

I - dois por cento para a seguridade social; e

II - zero vírgula um por cento para o financiamento

dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de

incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do

trabalho.

- O segurado especial referido neste artigo, além da

contribuição obrigatória de que tratam os incisos I e II do caput,

poderá contribuir, facultativamente, na forma do art. 199.

(Decreto 3.048, art. 200, § 2º);

- O produtor rural pessoa física de que trata a alínea "a"

do inciso V do caput do art. 9º contribui, também,

obrigatoriamente, na forma do art. 199, observando ainda o

disposto nas alíneas "a" e "b" do inciso I do art. 216. (Decreto

3.048, art. 200, § 3º)

- Integra a receita bruta de que trata este artigo, além dos

valores decorrentes da comercialização da produção relativa

aos produtos a que se refere o § 5o, a receita

proveniente: (Decreto 3.048, art. 200, § 4º)

I - da comercialização da produção obtida em razão de contrato

de parceria ou meação de parte do imóvel rural;

II - da comercialização de artigos de artesanato de que trata o

inciso VII do § 8o do art. 9o;

III - de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de

produtos comercializados no imóvel rural, desde que em

atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no

próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção,

recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de

visitação e serviços especiais;

IV - do valor de mercado da produção rural dada em

pagamento ou que tiver sido trocada por outra, qualquer que

seja o motivo ou finalidade; e

V - de atividade artística de que trata o inciso VIII do § 8o do art.

9o;

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- Integram a produção, para os efeitos dos incisos I e II

do caput, observado o disposto no § 25 do art. 9o, os produtos

de origem animal ou vegetal, em estado natural ou submetidos

a processos de beneficiamento ou industrialização rudimentar,

assim compreendidos, entre outros, os processos de lavagem,

limpeza, descaroçamento, pilagem, descascamento,

lenhamento, pasteurização, resfriamento, secagem, socagem,

fermentação, embalagem, cristalização, fundição,

carvoejamento, cozimento, destilação, moagem e torrefação,

bem como os subprodutos e os resíduos obtidos por meio

desses processos. (Decreto 3.048, art. 200, § 5º)

I - o produto vegetal destinado ao plantio e reflorestamento;

II - o produto vegetal vendido por pessoa ou entidade que,

registrada no Ministério da Agricultura e do Abastecimento, se

dedique ao comércio de sementes e mudas no País;

III - o produto animal destinado à reprodução ou criação

pecuária ou granjeira; e

IV - o produto animal utilizado como cobaia para fins de

pesquisas científicas no País.

- A contribuição de que trata este artigo será recolhida:

(Decreto 3.048, art. 200, § 7º)

I - pela empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou a

cooperativa, que ficam sub-rogadas no cumprimento das

obrigações do produtor rural pessoa física de que trata a alínea

"a" do inciso V do caput do art. 9º e do segurado especial,

independentemente de as operações de venda ou consignação

terem sido realizadas diretamente com estes ou com

intermediário pessoa física, exceto nos casos do inciso III;

II - pela pessoa física não produtor rural, que fica sub-rogada

no cumprimento das obrigações do produtor rural pessoa física

de que trata a alínea "a" do inciso V do caput do art. 9º e do

segurado especial, quando adquire produção para venda, no

varejo, a consumidor pessoa física; ou

III - pela pessoa física de que trata alínea "a" do inciso V

do caput do art. 9º e pelo segurado especial, caso

comercializem sua produção com adquirente domiciliado no

exterior, diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física, a

outro produtor rural pessoa física ou a outro segurado especial.

- O produtor rural pessoa física continua obrigado a

arrecadar e recolher ao Instituto Nacional do Seguro Social a

contribuição do segurado empregado e do trabalhador avulso a

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seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração, nos

mesmos prazos e segundo as mesmas normas aplicadas às

empresas em geral. (Decreto 3.048, art. 200, § 8º);

- Sem prejuízo do disposto no inciso III do § 7o, o produtor

rural pessoa física e o segurado especial são obrigados a

recolher, diretamente, a contribuição incidente sobre a receita

bruta proveniente: (Decreto 3.048, art. 200, § 9º);

I - da comercialização de artigos de artesanato elaborados com

matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar;

II - de comercialização de artesanato ou do exercício de

atividade artística, observado o disposto nos incisos VII e VIII

do § 8o do art. 9o; e

III - de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de

produtos comercializados no imóvel rural, desde que em

atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no

próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção,

recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de

visitação e serviços especiais.

- O segurado especial é obrigado a arrecadar a

contribuição de trabalhadores a seu serviço e a recolhê-la no

prazo referido na alínea “b” do inciso I do art. 216. (Decreto

3.048, art. 200, § 10º);

- Equipara-se ao empregador rural pessoa física o

consórcio simplificado de produtores rurais, formado pela união

de produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles

poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores rurais, na

condição de empregados, para prestação de serviços,

exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento

registrado em cartório de títulos e documentos. (Decreto 3.048,

art. 200-A);

- O documento de que trata o caput deverá conter a

identificação de cada produtor, seu endereço pessoal e o de

sua propriedade rural, bem como o respectivo registro no

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária ou

informações relativas à parceria, arrendamento ou equivalente

e à matrícula no INSS de cada um dos produtores

rurais. (Decreto 3.048, art. 200-A, § 1º);

- O consórcio deverá ser matriculado no INSS, na forma

por este estabelecida, em nome do empregador a quem hajam

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.

sido outorgados os mencionados poderes. (Decreto 3.048, art.

200-A, § 2º);

- As contribuições de que tratam o inciso I do art. 201 e o

art. 202, bem como a devida ao Serviço Nacional Rural, são

substituídas, em relação à remuneração paga, devida ou

creditada ao trabalhador rural contratado pelo consórcio

simplificado de produtores rurais de que trata o art. 200-A, pela

contribuição dos respectivos produtores rurais. (Decreto 3.048,

art. 200-B)

1.5 – Resumo

Tabela resumo das contribuições dos segurados

Portaria Interministerial MPS/MF 19 de 10/01/2014

Segurados Base Alíquota

Empregado Até R$ 1.317,07 8,00

Empregado

doméstico

De R$ 1.317,08 até R$ 2.195,12 9,00

Avulso De R$ 2.195,13 até R$ 4.390,24 11,00

Contribuinte

Individual

Atividade por conta própria 20%

Serviço prestado à pessoa jurídica 11%

Serviço prestado à entidade isenta da

cota patronal

20%

Contribuinte individual que recolha

sobre um salário mínimo1

11% sobre um

salário mínimo

Microempreendedor individual com

receita de até R$ 60.000,002

5% sobre um

salário mínimo

Serviço prestado à pessoa física

equiparada à empresa, a produtor

rural pessoa física, à missão

diplomática e repartição consular de

careira estrangeira

20% podendo

deduzir-se de 9%

se o valor foi

declarado pelo

tomador do serviço

Segurado

Valor por ele declarado 20%

Segurado facultativo que recolha 11% sobre um

1 Alíquota exclusiva para o contribuinte individual (não prestador de serviço à pessoa jurídica) que

optar por não ter direito à aposentadoria especial ou por tempo de contribuição, nos termos da Lei Complementar 123/2006 (Plano de Inclusão Previdenciária).

2 Alíquota exclusiva do microempreendedor individual que optar por não ter direito à aposentadoria

por tempo de contribuição ou aposentadoria especial - Lei 12.470 de 31 de Agosto de 2011 – DOU de 01/09/2011.

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facultativo sobre um salário mínimo3 salário mínimo

Donas de casa o CadÚnico4 5% sobre um

salário mínimo

Segurado

especial

Receita bruta da comercialização 2% parcela básica;

0,1% GILRAT;

0,2% Senar

2 – Contribuições dos tomadores de serviço 2.1 – Fundamento

- Constituição Federal, art. 195, inciso II, Lei nº 8.212/91,

Lei 8.213/91, Decreto 3.048/99 e Lei 10.666/03.

2.2 – Incidem sobre:

*previdenciárias -> contribuições sobre a folha de pagamento e

demais rendimentos

*toda a seguridade social -> contribuições sobre a receita ou

faturamento e a incidência sobre o lucro

2.3 – Espécies de tomadores de serviço:

2.3.1 – Doméstico

3 Alíquota exclusiva para o segurado facultativo que optar por não ter direito à aposentadoria por

tempo de contribuição, nos termos da Lei Complementar 123/2006 (Plano de Inclusão Previdenciária).

4Alíquota exclusiva do segurada (o) facultativo de baixa renda que optar por não ter direito à

aposentadoria por tempo de contribuição, sendo requisito para o INSS que só podem se inscrever como segurados facultativos de baixa renda: as donas de casa e os homens que são donos de casa, desde que a família esteja inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). A renda da família não pode ultrapassar a quantia de dois salários mínimos mensais. - Lei 12.470 de 31 de Agosto de 2011 – DOU de 01/09/2011

Folha de salários e demais rendimentos do trabalho

pagos ou creditados, a qualquer título, à PF que lhe preste serviço, mesmo sem

vínculo empreatício

A receita ou faturamento O lucro

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.

- A contribuição do empregador doméstico é de 12%

(doze por cento) do salário-de-contribuição do empregado

doméstico a seu serviço. (Lei 8.212, art. 24);

- Presentes os elementos da relação de emprego

doméstico, o empregador doméstico não poderá contratar

microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei

Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, sob pena

de ficar sujeito a todas as obrigações dela decorrentes,

inclusive trabalhistas, tributárias e previdenciárias. (Lei 8.212,

art. 24, parágrafo único)

2.3.2 – Empresa e equiparado; cooperativa de produção e da

empresa sobre os serviços cooperativos

- A contribuição a cargo da empresa, destinada à

Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de:

(Lei 8.212, art. 22)

I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas,

devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos

segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe

prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer

que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos

habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos

decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços

efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do

empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do

contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de

trabalho ou sentença normativa.

II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58

da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos

em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa

decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das

remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos

segurados empregados e trabalhadores avulsos:

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III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou

creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos

segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços;

IV - quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura

de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são

prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de

trabalho.

- No caso de bancos comerciais, bancos de

investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,

sociedades de crédito, financiamento e investimento,

sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras,

distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de

arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de

seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de

seguros privados e de crédito e entidades de previdência

privada abertas e fechadas, além das contribuições referidas

neste artigo e no art. 23, é devida a contribuição adicional de

dois vírgula cinco por cento sobre a base de cálculo definida

nos incisos I e III deste artigo. (Lei 8.212, art. 22, § 1o);

- Não integram a remuneração as parcelas de que trata o

§ 9º do art. 28. (Lei 8.212, art. 22, § 2o);

- O Ministério do Trabalho e da Previdência Social poderá

alterar, com base nas estatísticas de acidentes do trabalho,

apuradas em inspeção, o enquadramento de empresas para

efeito da contribuição a que se refere o inciso II deste artigo, a

1%empresas em cuja

atividade preponderante o risco de acidentes do

trabalho seja considerado leve

2%empresas em cuja

atividade preponderante esse risco seja

considerado médio

3%empresas em cuja

atividade preponderante esse risco seja

considerado grave

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fim de estimular investimentos em prevenção de acidentes.

(Lei 8.212, art. 22, § 3o);

- O Poder Executivo estabelecerá, na forma da lei, ouvido

o Conselho Nacional da Seguridade Social, mecanismos de

estímulo às empresas que se utilizem de empregados

portadores de deficiências física, sensorial e/ou mental com

desvio do padrão médio. (Lei 8.212, art. 22, § 4o);

- Não se considera como remuneração direta ou indireta,

para os efeitos desta Lei, os valores despendidos pelas

entidades religiosas e instituições de ensino vocacional com

ministro de confissão religiosa, membros de instituto de vida

consagrada, de congregação ou de ordem religiosa em face do

seu mister religioso ou para sua subsistência desde que

fornecidos em condições que independam da natureza e da

quantidade do trabalho executado. (Lei 8.212, art. 22, § 13o);

- As contribuições a cargo da empresa provenientes do

faturamento e do lucro, destinadas à Seguridade Social, além

do disposto no art. 22, são calculadas mediante a aplicação

das seguintes alíquotas: (Lei 8.212, art. 23);

- No caso das instituições citadas no § 1º do art. 22 desta

Lei, a alíquota da contribuição prevista no inciso II é de 15%

(quinze por cento). (Lei 8.212, art. 23, § 1o);

2%sobre sua receita bruta, estabelecida

segundo o disposto no § 1º do art. 1º do Decreto-lei nº 1.940, de 25 de maio de 1982, com a redação dada

pelo art. 22, do Decreto-lei nº 2.397, de 21 de dezembro de 1987, e

alterações posteriores

10%sobre o lucro líquido do período-

base, antes da provisão para o Imposto de Renda, ajustado na

forma do art. 2º da Lei nº 8.034, de 12 de abril de 1990

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- O disposto neste artigo não se aplica às pessoas de que

trata o art. 25. (Lei 8.212, art. 23, § 2o);

- As disposições legais sobre aposentadoria especial do

segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social

aplicam-se, também, ao cooperado filiado à cooperativa de

trabalho e de produção que trabalha sujeito a condições

especiais que prejudiquem a sua saúde ou a sua integridade

física. (Lei 10.666/03, art. 1);

- Será devida contribuição adicional de nove, sete ou

cinco pontos percentuais, a cargo da empresa tomadora de

serviços de cooperado filiado a cooperativa de trabalho,

incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de

prestação de serviços, conforme a atividade exercida pelo

cooperado permita a concessão de aposentadoria especial

após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição,

respectivamente (Lei 10.666/03, art. 1, § 1º);

- A contribuição a cargo da empresa, destinada à

seguridade social, é de: III - quinze por cento sobre o valor

bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços,

relativamente a serviços que lhes são prestados por

cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho,

observado, no que couber, as disposições dos §§ 7º e 8º do

art. 219; (Decreto 3.048, art. 201, III);

- No caso de banco comercial, banco de investimento,

banco de desenvolvimento, caixa econômica, sociedade de

crédito, financiamento e investimento, sociedade de crédito

imobiliário, inclusive associação de poupança e empréstimo,

sociedade corretora, distribuidora de títulos e valores

mobiliários, inclusive bolsa de mercadorias e de valores,

empresa de arrendamento mercantil, cooperativa de crédito,

empresa de seguros privados e de capitalização, agente

autônomo de seguros privados e de crédito e entidade de

previdência privada, aberta e fechada, além das contribuições

referidas nos incisos I e II do caput e nos arts. 202 e 204, é

devida a contribuição adicional de dois vírgula cinco por cento

sobre a base de cálculo definida nos incisos I e II

do caput. (Decreto 3.048, art. 201, § 6º);

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- A contribuição da empresa, destinada ao

financiamento da aposentadoria especial, nos termos dos arts.

64 a 70, e dos benefícios concedidos em razão do grau de

incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos

ambientais do trabalho corresponde à aplicação dos seguintes

percentuais, incidentes sobre o total da remuneração paga,

devida ou creditada a qualquer título, no decorrer do mês, ao

segurado empregado e trabalhador avulso: (Decreto 3.048, art.

202)

I - um por cento para a empresa em cuja atividade

preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado

leve;

II - dois por cento para a empresa em cuja atividade

preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado

médio; ou

III - três por cento para a empresa em cuja atividade

preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado

grave.

- As alíquotas constantes do caput serão acrescidas de

doze, nove ou seis pontos percentuais, respectivamente, se a

atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar

a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou

vinte e cinco anos de contribuição. (Decreto 3.048, art. 202,

§ 1º);

- O acréscimo de que trata o parágrafo anterior incide

exclusivamente sobre a remuneração do segurado sujeito às

condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade

física. (Decreto 3.048, art. 202, § 2º);

- Considera-se preponderante a atividade que ocupa, na

empresa, o maior número de segurados empregados e

trabalhadores avulsos. (Decreto 3.048, art. 202, § 3º);

- A atividade econômica preponderante da empresa e os

respectivos riscos de acidentes do trabalho compõem a

Relação de Atividades Preponderantes e correspondentes

Graus de Risco, prevista no Anexo V. (Decreto 3.048, art. 202,

§ 4º);

- É de responsabilidade da empresa realizar o

enquadramento na atividade preponderante, cabendo à

Secretaria da Receita Previdenciária do Ministério da

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Previdência Social revê-lo a qualquer tempo. (Decreto 3.048,

art. 202, § 5º);

- Verificado erro no auto-enquadramento, a Secretaria da

Receita Previdenciária adotará as medidas necessárias à sua

correção, orientará o responsável pela empresa em caso de

recolhimento indevido e procederá à notificação dos valores

devidos. (Decreto 3.048, art. 202, § 6º);

- O disposto neste artigo não se aplica à pessoa física de

que trata a alínea "a" do inciso V do caput do art. 9º. (Decreto

3.048, art. 202, § 7º);

- Quando se tratar de produtor rural pessoa jurídica que

se dedique à produção rural e contribua nos moldes do inciso

IV do caput do art. 201, a contribuição referida neste artigo

corresponde a zero vírgula um por cento incidente sobre a

receita bruta proveniente da comercialização de sua produção.

(Decreto 3.048, art. 202, § 8º);

- Será devida contribuição adicional de doze, nove ou seis

pontos percentuais, a cargo da cooperativa de produção,

incidente sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao

cooperado filiado, na hipótese de exercício de atividade que

autorize a concessão de aposentadoria especial após quinze,

vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.

(Decreto 3.048, art. 202, § 10º);

- Será devida contribuição adicional de nove, sete ou

cinco pontos percentuais, a cargo da empresa tomadora de

serviços de cooperado filiado a cooperativa de trabalho,

incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de

prestação de serviços, conforme a atividade exercida pelo

cooperado permita a concessão de aposentadoria especial

após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição,

respectivamente. (Decreto 3.048, art. 202, § 11º);

- Para os fins do § 11, será emitida nota fiscal ou fatura de

prestação de serviços específica para a atividade exercida pelo

cooperado que permita a concessão de aposentadoria

especial. (Decreto 3.048, art. 202, § 12º);

- A empresa informará mensalmente, por meio da Guia de

Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e

Informações à Previdência Social - GFIP, a alíquota

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correspondente ao seu grau de risco, a respectiva atividade

preponderante e a atividade do estabelecimento, apuradas de

acordo com o disposto nos §§ 3o e 5o. (Decreto 3.048, art. 202,

§ 13º);

- As alíquotas constantes nos incisos I a III do art. 202

serão reduzidas em até cinqüenta por cento ou aumentadas

em até cem por cento, em razão do desempenho da empresa

em relação à sua respectiva atividade, aferido pelo Fator

Acidentário de Prevenção - FAP. (Decreto 3.048, art. 202-A);

- O FAP consiste num multiplicador variável num intervalo

contínuo de cinco décimos (0,5000) a dois inteiros (2,0000),

aplicado com quatro casas decimais, considerado o critério de

arredondamento na quarta casa decimal, a ser aplicado à

respectiva alíquota. (Decreto 3.048, art. 202-A, § 1o);

- Para fins da redução ou majoração a que se refere

o caput, proceder-se-á à discriminação do desempenho da

empresa, dentro da respectiva atividade econômica, a partir da

criação de um índice composto pelos índices de gravidade, de

frequência e de custo que pondera os respectivos percentis

com pesos de cinquenta por cento, de trinta cinco por cento e

de quinze por cento, respectivamente. (Decreto 3.048, art. 202-

A, § 2o);

- Os índices de freqüência, gravidade e custo serão

calculados segundo metodologia aprovada pelo Conselho

Nacional de Previdência Social, levando-se em conta: (Decreto

3.048, art. 202-A, § 4o);

I - para o índice de freqüência, os registros de acidentes e

doenças do trabalho informados ao INSS por meio de

Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT e de benefícios

acidentários estabelecidos por nexos técnicos pela perícia

médica do INSS, ainda que sem CAT a eles vinculados;

II - para o índice de gravidade, todos os casos de auxílio-

doença, auxílio-acidente, aposentadoria por invalidez e pensão

por morte, todos de natureza acidentária, aos quais são

atribuídos pesos diferentes em razão da gravidade da

ocorrência, como segue:

a) pensão por morte: peso de cinquenta por cento;

b) aposentadoria por invalidez: peso de trinta por cento; e

c) auxílio-doença e auxílio-acidente: peso de dez por cento

para cada um; e

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III - para o índice de custo, os valores dos benefícios de

natureza acidentária pagos ou devidos pela Previdência Social,

apurados da seguinte forma:

a) nos casos de auxílio-doença, com base no tempo de

afastamento do trabalhador, em meses e fração de mês;

e (Incluído pelo Decreto nº 6.957, de 2009)

b) nos casos de morte ou de invalidez, parcial ou total,

mediante projeção da expectativa de sobrevida do segurado,

na data de início do benefício, a partir da tábua de mortalidade

construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística - IBGE para toda a população brasileira,

considerando-se a média nacional única para ambos os sexos.

- O Ministério da Previdência Social publicará anualmente,

sempre no mesmo mês, no Diário Oficial da União, os róis dos

percentis de frequência, gravidade e custo por Subclasse da

Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE e

divulgará na rede mundial de computadores o FAP de cada

empresa, com as respectivas ordens de freqüência, gravidade,

custo e demais elementos que possibilitem a esta verificar o

respectivo desempenho dentro da sua CNAE-

Subclasse. (Decreto 3.048, art. 202-A, § 5o);

- Para o cálculo anual do FAP, serão utilizados os dados

de janeiro a dezembro de cada ano, até completar o período de

dois anos, a partir do qual os dados do ano inicial serão

substituídos pelos novos dados anuais incorporados. (Decreto

3.048, art. 202-A, § 7o);

- Para a empresa constituída após janeiro de 2007, o FAP

será calculado a partir de 1o de janeiro do ano ano seguinte ao

que completar dois anos de constituição. (Decreto 3.048, art.

202-A, § 8o);

- Excepcionalmente, no primeiro processamento do FAP

serão utilizados os dados de abril de 2007 a dezembro de

2008. (Decreto 3.048, art. 202-A, § 9o);

- A metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de

Previdência Social indicará a sistemática de cálculo e a forma

de aplicação de índices e critérios acessórios à composição do

índice composto do FAP. (Decreto 3.048, art. 202-A, § 10o);

- O FAP atribuído às empresas pelo Ministério da

Previdência Social poderá ser contestado perante o

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Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional

da Secretaria Políticas de Previdência Social do Ministério da

Previdência Social, no prazo de trinta dias da sua divulgação

oficial. (Decreto 3.048, art. 202-B);

- A contestação de que trata o caput deverá versar,

exclusivamente, sobre razões relativas a divergências quanto

aos elementos previdenciários que compõem o cálculo do FAP.

(Decreto 3.048, art. 202-B, § 1o);

- Da decisão proferida pelo Departamento de Políticas de

Saúde e Segurança Ocupacional, caberá recurso, no prazo de

trinta dias da intimação da decisão, para a Secretaria de

Políticas de Previdência Social, que examinará a matéria em

caráter terminativo. (Decreto 3.048, art. 202-B, § 2o);

- O processo administrativo de que trata este artigo tem

efeito suspensivo. (Decreto 3.048, art. 202-B, § 3o);

- A fim de estimular investimentos destinados a diminuir

os riscos ambientais no trabalho, o Ministério da Previdência e

Assistência Social poderá alterar o enquadramento de empresa

que demonstre a melhoria das condições do trabalho, com

redução dos agravos à saúde do trabalhador, obtida através de

investimentos em prevenção e em sistemas gerenciais de risco.

(Decreto 3.048, art. 203);

- A alteração do enquadramento estará condicionada à

inexistência de débitos em relação às contribuições devidas ao

Instituto Nacional do Seguro Social e aos demais requisitos

estabelecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência

Social. (Decreto 3.048, art. 203, § 1o);

- O Instituto Nacional do Seguro Social, com base

principalmente na comunicação prevista no art. 336,

implementará sistema de controle e acompanhamento de

acidentes do trabalho. (Decreto 3.048, art. 203, § 2o);

- Verificado o descumprimento por parte da empresa dos

requisitos fixados pelo Ministério da Previdência e Assistência

Social, para fins de enquadramento de que trata o artigo

anterior, o Instituto Nacional do Seguro Social procederá à

notificação dos valores devidos. (Decreto 3.048, art. 203, § 3o);

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- A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida

a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado

sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a

integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e

cinco) anos, conforme dispuser a lei. (Lei 8.213, art 57, caput);

- O benefício previsto neste artigo será financiado com os

recursos provenientes da contribuição de que trata o inciso II

do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas

alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos

percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a

serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria

especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de

contribuição, respectivamente. (Lei 8.213, art 57, § 6º);

- O acréscimo de que trata o parágrafo anterior incide

exclusivamente sobre a remuneração do segurado sujeito às

condições especiais referidas no caput. (Lei 8.213, art 57, §

7º);

2.3.4 - Contribuições substitutivas da parte patronal

2.3.4.1 – Associações desportivas que mantêm equipe de

futebol profissional

- A contribuição empresarial da associação desportiva que

mantém equipe de futebol profissional destinada à Seguridade

Social, em substituição à prevista nos incisos I e II deste artigo,

corresponde a cinco por cento da receita bruta, decorrente dos

espetáculos desportivos de que participem em todo território

nacional em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos

internacionais, e de qualquer forma de patrocínio,

licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade,

Associações desportivas que mantem futebol

profissional

Produtores rurais pessoas físicas e

jurídicasAgroindústrias

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propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos.

(Lei 8.212, art. 22, § 6o);

- Caberá à entidade promotora do espetáculo a

responsabilidade de efetuar o desconto de cinco por cento da

receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos e o

respectivo recolhimento ao Instituto Nacional do Seguro Social,

no prazo de até dois dias úteis após a realização do

evento. (Lei 8.212, art. 22, § 7o);

- Caberá à associação desportiva que mantém equipe de

futebol profissional informar à entidade promotora do

espetáculo desportivo todas as receitas auferidas no evento,

discriminando-as detalhadamente. (Lei 8.212, art. 22, § 8o);

- No caso de a associação desportiva que mantém equipe

de futebol profissional receber recursos de empresa ou

entidade, a título de patrocínio, licenciamento de uso de

marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de

espetáculos, esta última ficará com a responsabilidade de reter

e recolher o percentual de cinco por cento da receita bruta

decorrente do evento, inadmitida qualquer dedução, no prazo

estabelecido na alínea "b", inciso I, do art. 30 desta Lei.

(Lei 8.212, art. 22, § 9o);

- Não se aplica o disposto nos §§ 6º ao 9º às demais

associações desportivas, que devem contribuir na forma dos

incisos I e II deste artigo e do art. 23 desta Lei. (Lei 8.212, art.

22, § 10o);

- O disposto nos §§ 6º ao 9º deste artigo aplica-se à

associação desportiva que mantenha equipe de futebol

profissional e atividade econômica organizada para a produção

e circulação de bens e serviços e que se organize

regularmente, segundo um dos tipos regulados nos arts.

1.039 a 1.092 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 -

Código Civil. (Lei 8.212, art. 22, § 11o);

- O disposto no § 11 deste artigo aplica-se apenas às

atividades diretamente relacionadas com a manutenção e

administração de equipe profissional de futebol, não se

estendendo às outras atividades econômicas exercidas pelas

referidas sociedades empresariais beneficiárias. (Lei 8.212, art.

22, § 11-A);

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- Cabe à empresa ou entidade que repassar recursos a

associação desportiva que mantém equipe de futebol

profissional, a título de patrocínio, licenciamento de uso de

marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de

espetáculos, a responsabilidade de reter e recolher, no prazo

estabelecido na alínea "b" do inciso I do art. 216, o percentual

de cinco por cento da receita bruta, inadmitida qualquer

dedução. (Decreto 3.048, art. 205, § 3º);

- O Conselho Deliberativo do Instituto Nacional de

Desenvolvimento do Desporto informará ao Instituto Nacional

do Seguro Social, com a antecedência necessária, a realização

de todo espetáculo esportivo de que a associação desportiva

referida no caput participe no território nacional. (Decreto

3.048, art. 205, § 4º);

- O não-recolhimento das contribuições a que se referem

os §§ 1º e 3º nos prazos estabelecidos no § 1º deste artigo e

na alínea "b" do inciso I do art. 216, respectivamente, sujeitará

os responsáveis ao pagamento de atualização monetária,

quando couber, juros moratórios e multas, na forma do art. 239.

(Decreto 3.048, art. 205, § 5º);

- O não-desconto ou a não-retenção das contribuições a

que se referem os §§ 1º e 3º sujeitará a entidade promotora do

espetáculo, a empresa ou a entidade às penalidades previstas

no art. 283. (Decreto 3.048, art. 205, § 6º);

- O disposto neste artigo não se aplica às demais

entidades desportivas, que continuam a contribuir na forma dos

arts. 201, 202 e 204, a partir da competência novembro de

1991. (Decreto 3.048, art. 205, § 7º);

- O disposto no caput e §§ 1º a 6º aplica-se à associação

desportiva que mantém equipe de futebol profissional e que se

organize na forma da Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998.

(Decreto 3.048, art. 205, § 8º)

2.3.4.2 – Produtores rurais pessoas físicas e jurídicas e

pescadores

- A contribuição do empregador rural pessoa física, em

substituição à contribuição de que tratam os incisos I e II do art.

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22, e a do segurado especial, referidos, respectivamente, na

alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei,

destinada à Seguridade Social, é de: (Lei 8.212, art. 25)

I - 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua

produção;

II - 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da

sua produção para financiamento das prestações por acidente

do trabalho.

- O segurado especial de que trata este artigo, além da

contribuição obrigatória referida no caput, poderá contribuir,

facultativamente, na forma do art. 21 desta Lei. (Lei 8.212, art.

25, § 1º);

- A pessoa física de que trata a alínea "a" do inciso V do

art. 12 contribui, também, obrigatoriamente, na forma do art. 21

desta Lei. (Lei 8.212, art. 25, § 2º);

- Integram a produção, para os efeitos deste artigo, os

produtos de origem animal ou vegetal, em estado natural ou

submetidos a processos de beneficiamento ou industrialização

rudimentar, assim compreendidos, entre outros, os processos

de lavagem, limpeza, descaroçamento, pilagem,

descascamento, lenhamento, pasteurização, resfriamento,

secagem, fermentação, embalagem, cristalização, fundição,

carvoejamento, cozimento, destilação, moagem, torrefação,

bem como os subprodutos e os resíduos obtidos através

desses processos. (Lei 8.212, art. 25, § 3º);

- Integra a receita bruta de que trata este artigo, além dos

valores decorrentes da comercialização da produção relativa

aos produtos a que se refere o § 3o deste artigo, a receita

proveniente: (Lei 8.212, art. 25, § 10º)

I – da comercialização da produção obtida em razão de

contrato de parceria ou meação de parte do imóvel rural;

II – da comercialização de artigos de artesanato de que trata o

inciso VII do § 10 do art. 12 desta Lei;

III – de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de

produtos comercializados no imóvel rural, desde que em

atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no

próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção,

recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de

visitação e serviços especiais;

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IV – do valor de mercado da produção rural dada em

pagamento ou que tiver sido trocada por outra, qualquer que

seja o motivo ou finalidade; e

V – de atividade artística de que trata o inciso VIII do § 10 do

art. 12 desta Lei.

- Considera-se processo de beneficiamento ou

industrialização artesanal aquele realizado diretamente pelo

próprio produtor rural pessoa física, desde que não esteja

sujeito à incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados

– IPI. (Lei 8.212, art. 25, § 11º);

- Equipara-se ao empregador rural pessoa física o

consórcio simplificado de produtores rurais, formado pela união

de produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles

poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores para

prestação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes,

mediante documento registrado em cartório de títulos e

documentos. (Lei 8.212, art. 25-A);

- O documento de que trata o caput deverá conter a

identificação de cada produtor, seu endereço pessoal e o de

sua propriedade rural, bem como o respectivo registro no

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA

ou informações relativas a parceria, arrendamento ou

equivalente e a matrícula no Instituto Nacional do Seguro

Social – INSS de cada um dos produtores rurais. (Lei 8.212,

art. 25-A, § 1o);

- O consórcio deverá ser matriculado no INSS em nome

do empregador a quem hajam sido outorgados os poderes, na

forma do regulamento. (Lei 8.212, art. 25-A, § 2o);

- Os produtores rurais integrantes do consórcio de que

trata o caput serão responsáveis solidários em relação às

obrigações previdenciárias. (Lei 8.212, art. 25-A, § 3o);

- As contribuições de que tratam os incisos I e II do art. 22

desta Lei são substituídas, em relação à remuneração paga,

devida ou creditada ao trabalhador rural contratado pelo

consórcio simplificado de produtores rurais de que trata o art.

25A, pela contribuição dos respectivos produtores rurais,

calculada na forma do art. 25 desta Lei. (Lei 8.212, art. 22-B);

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- O segurado especial referido neste artigo, além da contribuição

obrigatória de que tratam os incisos I e II do caput, poderá

contribuir, facultativamente, na forma do art. 199. (Decreto

3.048, art. 200, § 2º);

- O produtor rural pessoa física de que trata a alínea "a" do

inciso V do caput do art. 9º contribui, também,

obrigatoriamente, na forma do art. 199, observando ainda o

disposto nas alíneas "a" e "b" do inciso I do art. 216. (Decreto

3.048, art. 200, § 3º);

- Integra a receita bruta de que trata este artigo, além dos

valores decorrentes da comercialização da produção relativa

aos produtos a que se refere o § 5o, a receita proveniente:

(Decreto 3.048, art. 200, § 4º)

- I - da comercialização da produção obtida em razão de contrato

de parceria ou meação de parte do imóvel rural;

- II - da comercialização de artigos de artesanato de que trata o

inciso VII do § 8o do art. 9o;

- III - de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de

produtos comercializados no imóvel rural, desde que em

atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no

próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção,

recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de

visitação e serviços especiais;

- IV - do valor de mercado da produção rural dada em

pagamento ou que tiver sido trocada por outra, qualquer que

seja o motivo ou finalidade; e

- V - de atividade artística de que trata o inciso VIII do § 8o do

art. 9o.

- Integram a produção, para os efeitos dos incisos I e II do caput,

observado o disposto no § 25 do art. 9o, os produtos de origem

animal ou vegetal, em estado natural ou submetidos a

processos de beneficiamento ou industrialização rudimentar,

assim compreendidos, entre outros, os processos de lavagem,

limpeza, descaroçamento, pilagem, descascamento,

lenhamento, pasteurização, resfriamento, secagem, socagem,

fermentação, embalagem, cristalização, fundição,

carvoejamento, cozimento, destilação, moagem e torrefação,

bem como os subprodutos e os resíduos obtidos por meio

desses processos. (Decreto 3.048, art. 200, § 5º);

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- Não integra a base de cálculo da contribuição de que trata este

artigo: (Decreto 3.048, art. 200, § 6º)

- I - o produto vegetal destinado ao plantio e reflorestamento;

- II - o produto vegetal vendido por pessoa ou entidade que,

registrada no Ministério da Agricultura e do Abastecimento, se

dedique ao comércio de sementes e mudas no País;

- III - o produto animal destinado à reprodução ou criação

pecuária ou granjeira; e

- IV - o produto animal utilizado como cobaia para fins de

pesquisas científicas no País.

- A contribuição de que trata este artigo será recolhida: (Decreto

3.048, art. 200, § 7º)

- I - pela empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou

a cooperativa, que ficam sub-rogadas no cumprimento das

obrigações do produtor rural pessoa física de que trata a alínea

"a" do inciso V do caput do art. 9º e do segurado especial,

independentemente de as operações de venda ou consignação

terem sido realizadas diretamente com estes ou com

intermediário pessoa física, exceto nos casos do inciso III;

- II - pela pessoa física não produtor rural, que fica sub-rogada

no cumprimento das obrigações do produtor rural pessoa física

de que trata a alínea "a" do inciso V do caput do art. 9º e do

segurado especial, quando adquire produção para venda, no

varejo, a consumidor pessoa física; ou

- III - pela pessoa física de que trata alínea "a" do inciso V do

caput do art. 9º e pelo segurado especial, caso comercializem

sua produção com adquirente domiciliado no exterior,

diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física, a outro

produtor rural pessoa física ou a outro segurado especial.

- O produtor rural pessoa física continua obrigado a arrecadar e

recolher ao Instituto Nacional do Seguro Social a contribuição

do segurado empregado e do trabalhador avulso a seu serviço,

descontando-a da respectiva remuneração, nos mesmos

prazos e segundo as mesmas normas aplicadas às empresas

em geral. (Decreto 3.048, art. 200, § 8º);

- Sem prejuízo do disposto no inciso III do § 7o, o produtor rural

pessoa física e o segurado especial são obrigados a recolher,

diretamente, a contribuição incidente sobre a receita bruta

proveniente:

- I - da comercialização de artigos de artesanato elaborados com

matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar;

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- II - de comercialização de artesanato ou do exercício de

atividade artística, observado o disposto nos incisos VII e VIII

do § 8o do art. 9o; e

- III - de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de

produtos comercializados no imóvel rural, desde que em

atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no

próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção,

recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de

visitação e serviços especiais. (Decreto 3.048, art. 200, § 9º);

- O segurado especial é obrigado a arrecadar a contribuição de

trabalhadores a seu serviço e a recolhê-la no prazo referido na

alínea “b” do inciso I do art. 216. (Decreto 3.048, art. 200, §

10º);

- Equipara-se ao empregador rural pessoa física o consórcio

simplificado de produtores rurais, formado pela união de

produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles

poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores rurais, na

condição de empregados, para prestação de serviços,

exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento

registrado em cartório de títulos e documentos. (Decreto 3.048,

art. 200-A);

- O documento de que trata o caput deverá conter a identificação

de cada produtor, seu endereço pessoal e o de sua

propriedade rural, bem como o respectivo registro no Instituto

Nacional de Colonização e Reforma Agrária ou informações

relativas à parceria, arrendamento ou equivalente e à matrícula

no INSS de cada um dos produtores rurais. (Decreto 3.048, art.

200-A, § 1º);

- O consórcio deverá ser matriculado no INSS, na forma por este

estabelecida, em nome do empregador a quem hajam sido

outorgados os mencionados poderes. (Decreto 3.048, art. 200-

A, § 2º);

- As contribuições de que tratam o inciso I do art. 201 e o art.

202, bem como a devida ao Serviço Nacional Rural, são

substituídas, em relação à remuneração paga, devida ou

creditada ao trabalhador rural contratado pelo consórcio

simplificado de produtores rurais de que trata o art. 200-A, pela

contribuição dos respectivos produtores rurais. (Decreto 3.048,

art. 200-B);

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- A contribuição a cargo da empresa, destinada à seguridade

social, é de: IV - dois vírgula cinco por cento sobre o total da

receita bruta proveniente da comercialização da produção rural,

em substituição às contribuições previstas no inciso I

do caput e no art. 202, quando se tratar de pessoa jurídica que

tenha como fim apenas a atividade de produção rural. (Decreto

3.048, art. 201, IV);

2.3.4.3 – Agroindústrias

- Para os fins deste artigo, entende-se por receita bruta o

valor total da receita proveniente da comercialização da

produção própria e da adquirida de terceiros, industrializada ou

não. (Decreto 3.048, art. 201-A, § 1º);

- O disposto neste artigo não se aplica às operações

relativas à prestação de serviços a terceiros, cujas

contribuições previdenciárias continuam sendo devidas na

forma do art. 201 e 202, obrigando-se a empresa a elaborar

folha de salários e registros contábeis distintos. (Decreto 3.048,

art. 201-A, § 2º);

- O disposto neste artigo não se aplica: (Decreto 3.048,

art. 201-A, § 4º)

I - às sociedades cooperativas e às agroindústrias de

piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura; e

II - à pessoa jurídica que, relativamente à atividade rural, se

dedique apenas ao florestamento e reflorestamento como fonte

de matéria-prima para industrialização própria mediante a

utilização de processo industrial que modifique a natureza

química da madeira ou a transforme em pasta celulósica.

- Aplica-se o disposto no inciso II do § 4o ainda que a

pessoa jurídica comercialize resíduos vegetais ou sobras ou

partes da produção, desde que a receita bruta decorrente

dessa comercialização represente menos de um por cento de

sua receita bruta proveniente da comercialização da

produção. (Decreto 3.048, art. 201-A, § 5º)

- A contribuição devida pela agroindústria, definida, para

os efeitos desta Lei, como sendo o produtor rural pessoa

jurídica cuja atividade econômica seja a industrialização de

produção própria ou de produção própria e adquirida de

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terceiros, incidente sobre o valor da receita bruta proveniente

da comercialização da produção, em substituição às previstas

nos incisos I e II do art. 22 desta Lei, é de: (Lei 8.212, art. 22-

A);

I - dois vírgula cinco por cento destinados à Seguridade Social;

II - zero vírgula um por cento para o financiamento do benefício

previsto nos arts. 57 e 58 da Lei no 8.213, de 24 de julho de

1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência

de incapacidade para o trabalho decorrente dos riscos

ambientais da atividade.

- O disposto neste artigo não se aplica às operações

relativas à prestação de serviços a terceiros, cujas

contribuições previdenciárias continuam sendo devidas na

forma do art. 22 desta Lei. (Lei 8.212, art. 22-A, § 2o);

- Na hipótese do § 2o, a receita bruta correspondente aos

serviços prestados a terceiros será excluída da base de cálculo

da contribuição de que trata o caput. (Lei 8.212, art. 22-A, § 3o);

- O disposto neste artigo não se aplica às sociedades

cooperativas e às agroindústrias de piscicultura, carcinicultura,

suinocultura e avicultura. (Lei 8.212, art. 22-A, § 4o);

- O disposto no inciso I do art. 3o da Lei no 8.315, de 23 de

dezembro de 1991, não se aplica ao empregador de que trata

este artigo, que contribuirá com o adicional de zero vírgula vinte

e cinco por cento da receita bruta proveniente da

comercialização da produção, destinado ao Serviço Nacional

de Aprendizagem Rural (SENAR). (Lei 8.212, art. 22-A, § 5o);

- Não se aplica o regime substitutivo de que trata este

artigo à pessoa jurídica que, relativamente à atividade rural, se

dedique apenas ao florestamento e reflorestamento como fonte

de matéria-prima para industrialização própria mediante a

utilização de processo industrial que modifique a natureza

química da madeira ou a transforme em pasta celulósica.

(Lei 8.212, art. 22-A, § 6o);

- Aplica-se o disposto no § 6o ainda que a pessoa jurídica

comercialize resíduos vegetais ou sobras ou partes da

produção, desde que a receita bruta decorrente dessa

comercialização represente menos de um por cento de sua

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receita bruta proveniente da comercialização da produção.

(Lei 8.212, art. 22-A, § 7o);

3 – Contribuições da União

- A contribuição da União é constituída de recursos

adicionais do Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente na lei

orçamentária anual. (Lei 8.212, art. 16);

- A União é responsável pela cobertura de eventuais

insuficiências financeiras da Seguridade Social, quando

decorrentes do pagamento de benefícios de prestação

continuada da Previdência Social, na forma da Lei

Orçamentária Anual. (Lei 8.212, art. 16, parágrafo único);

- Para pagamento dos encargos previdenciários da União,

poderão contribuir os recursos da Seguridade Social referidos

na alínea "d" do parágrafo único do art. 11 desta Lei, na forma

da Lei Orçamentária anual, assegurada a destinação de

recursos para as ações desta Lei de Saúde e Assistência

Social. (Lei 8.212, art. 17);

- Os recursos da Seguridade Social referidos nas alíneas

"a", "b", "c" e "d" do parágrafo único do art. 11 desta Lei

poderão contribuir, a partir do exercício de 1992, para o

financiamento das despesas com pessoal e administração

geral apenas do Instituto Nacional do Seguro Social-INSS, do

Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social-

INAMPS, da Fundação Legião Brasileira de Assistência-LBA e

da Fundação Centro Brasileira para Infância e Adolescência.

(Lei 8.212, art. 18);

- O Tesouro Nacional repassará mensalmente recursos

referentes às contribuições mencionadas nas alíneas "d" e "e"

do parágrafo único do art. 11 desta Lei, destinados à execução

do Orçamento da Seguridade Social. (Lei 8.212, art. 19);

4 – Outras receitas da seguridade social

4.1 – Fundamento

- Lei 8.212/91 e Decreto 3.048

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4.2 – Conteúdo

- Constituem outras receitas da Seguridade Social: (Lei

8.212, art. 27 e Decreto 3.048, art. 213)

I - as multas, a atualização monetária e os juros moratórios;

II - a remuneração recebida por serviços de arrecadação,

III - as receitas provenientes de prestação de outros

serviços e de fornecimento ou arrendamento de bens;

IV - as demais receitas patrimoniais, industriais e

financeiras;

V - as doações, legados, subvenções e outras receitas

eventuais;

VI - 50% (cinquenta por cento) dos valores obtidos e

aplicados na forma do parágrafo único do art. 243 da

Constituição Federal;

VII - 40% (quarenta por cento) do resultado dos leilões dos

bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal;

VIII - outras receitas previstas em legislação específica.

- As companhias seguradoras que mantêm o seguro

obrigatório de danos pessoais causados por veículos

automotores de vias terrestres, de que trata a Lei nº 6.194, de

dezembro de 1974, deverão repassar à Seguridade Social 50%

(cinquenta por cento) do valor total do prêmio recolhido e

destinado ao Sistema Único de Saúde-SUS, para custeio da

assistência médico-hospitalar dos segurados vitimados em

acidentes de trânsito. (Lei 8.212, art. 27, parágrafo único)

5 – Contribuição sobre a receita de concursos de prognósticos 5.1 – Fundamento

- Lei 8.212/91 e Decreto 3.048

5.2 – Conteúdo

- Constitui receita da Seguridade Social a renda líquida

dos concursos de prognósticos, excetuando-se os valores

destinados ao Programa de Crédito Educativo. (Lei 8.212, art.

26);

- Consideram-se concursos de prognósticos todos e

quaisquer concursos de sorteios de números, loterias, apostas,

inclusive as realizadas em reuniões hípicas, nos âmbitos

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federal, estadual, do Distrito Federal e municipal. (Lei 8.212,

art. 26, § 1º);

- Para efeito do disposto neste artigo, entende-se por

renda líquida o total da arrecadação, deduzidos os valores

destinados ao pagamento de prêmios, de impostos e de

despesas com a administração, conforme fixado em lei, que

inclusive estipulará o valor dos direitos a serem pagos às

entidades desportivas pelo uso de suas denominações e

símbolos. (Lei 8.212, art. 26, § 2º);

- Durante a vigência dos contratos assinados até a

publicação desta Lei com o Fundo de Assistência Social-FAS é

assegurado o repasse à Caixa Econômica Federal-CEF dos

valores necessários ao cumprimento dos mesmos. (Lei 8.212,

art. 26, § 3º);

- Constitui receita da seguridade social a renda líquida dos

concursos de prognósticos, excetuando-se os valores

destinados ao Programa de Crédito Educativo. (Decreto 3.048,

art. 212);

- Consideram-se concurso de prognósticos todo e

qualquer concurso de sorteio de números ou quaisquer outros

símbolos, loterias e apostas de qualquer natureza no âmbito

federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, promovidos

por órgãos do Poder Público ou por sociedades comerciais ou

civis. (Decreto 3.048, art. 212, § 1º);

- A contribuição de que trata este artigo constitui-se de:

(Decreto 3.048, art. 212, § 2º)

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- Para o efeito do disposto no parágrafo anterior, entende-

se como: (Decreto 3.048, art. 212, § 3º)

6 – Retenção de 11% sobre a nota fiscal dos prestadores de serviços

6.1 – Fundamento

- Lei 8.212/91, Decreto 3.048 e IN RFB 971/09

6.2 – Conteúdo

- A empresa contratante de serviços executados mediante

cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho

temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da

nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em

nome da empresa cedente da mão de obra, a importância

retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão

Co

ntr

ibu

ição

-C

on

curs

o d

e p

rogn

óst

ico

s

renda líquida dos concursos de prognósticos realizados pelos órgãos do

Poder Público destinada à seguridade social de sua esfera de governo

cinco por cento sobre o movimento global de apostas em prado de corridas

cinco por cento sobre o movimento global de sorteio de números ou de quaisquer modalidades de símbolos

ren

da

líqu

ida o total da arrecadação,

deduzidos os valores destinados ao pagamento de prêmios, de impostos e de despesas com administração

mo

vim

ento

glo

bal

das

ap

ost

as total das importâncias relativas às várias modalidades de jogos, inclusive o de acumulada, apregoadas para o público no prado de corrida, subsede ou outra dependência da entidade

mo

vim

ento

glo

bal

de

sort

eio

de

mer

os o total da receita bruta, apurada com a venda de cartelas, cartões ou quaisquer outras modalidades, para sorteio realizado em qualquer condição.

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da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil

imediatamente anterior se não houver expediente bancário

naquele dia, observado o disposto no § 5o do art. 33 desta Lei.

(Lei 8212, art. 31);

- O valor retido de que trata o caput deste artigo, que

deverá ser destacado na nota fiscal ou fatura de prestação de

serviços, poderá ser compensado por qualquer

estabelecimento da empresa cedente da mão de obra, por

ocasião do recolhimento das contribuições destinadas à

Seguridade Social devidas sobre a folha de pagamento dos

seus segurados. (Lei 8212, art. 31, § 1º);

- Na impossibilidade de haver compensação integral na

forma do parágrafo anterior, o saldo remanescente será objeto

de restituição. (Lei 8212, art. 31, § 2º);

- Para os fins desta Lei, entende-se como cessão de mão-

de-obra a colocação à disposição do contratante, em suas

dependências ou nas de terceiros, de segurados que realizem

serviços contínuos, relacionados ou não com a atividade-fim da

empresa, quaisquer que sejam a natureza e a forma de

contratação. (Lei 8212, art. 31, § 3º);

- O cedente da mão-de-obra deverá elaborar folhas de

pagamento distintas para cada contratante. (Lei 8212, art. 31, §

5º);

- Em se tratando de retenção e recolhimento realizados na

forma do caput deste artigo, em nome de consórcio, de que

tratam os arts. 278 e 279 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro

de 1976, aplica-se o disposto em todo este artigo, observada a

participação de cada uma das empresas consorciadas, na

forma do respectivo ato constitutivo. (Lei 8212, art. 31, § 6º)

- Exclui-se da responsabilidade solidária perante a

seguridade social o adquirente de prédio ou unidade imobiliária

que realize a operação com empresa de comercialização ou

com incorporador de imóveis definido na Lei nº 4.591, de 1964,

ficando estes solidariamente responsáveis com o construtor, na

forma prevista no art. 220. (Decreto 3.048, art. 221);

- As empresas que integram grupo econômico de

qualquer natureza, bem como os produtores rurais integrantes

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do consórcio simplificado de que trata o art. 200-A, respondem

entre si, solidariamente, pelas obrigações decorrentes do

disposto neste Regulamento. (Decreto 3.048, art. 222);

- O operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra

são solidariamente responsáveis pelo pagamento das

contribuições previdenciárias e demais obrigações, inclusive

acessórias, devidas à seguridade social, arrecadadas pelo

Instituto Nacional do Seguro Social, relativamente à requisição

de mão-de-obra de trabalhador avulso, vedada a invocação do

benefício de ordem. (Decreto 3.048, art. 223);

- Os administradores de autarquias e fundações públicas,

criadas ou mantidas pelo Poder Público, de empresas públicas

e de sociedades de economia mista sujeitas ao controle da

União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, que

se encontrarem em mora por mais de trinta dias, no

recolhimento das contribuições previstas neste Regulamento,

tornam-se solidariamente responsáveis pelo respectivo

pagamento, ficando ainda sujeitos às proibições do art. 1º e às

sanções dos arts. 4º e 7º do Decreto-lei nº 368, de 19 de

dezembro de 1968. (Decreto 3.048, art. 224);

- O disposto nesta Seção não se aplica à contratação de

serviços por intermédio de cooperativa de trabalho. (Decreto

3.048, art. 224-A)

6.3 – Serviços sujeitos a retenção

- Enquadram-se na situação prevista no parágrafo

anterior, além de outros estabelecidos em regulamento, os

seguintes serviços: (Lei 8212, art. 31, § 4º)

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IN RFB 971/09, art. 117. Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de

mão-de-obra ou empreitada, observado o disposto no art. 149, os serviços de:

I - limpeza, conservação ou zeladoria, que se constituam em varrição, lavagem,

enceramento ou em outros serviços destinados a manter a higiene, o asseio ou a

conservação de praias, jardins, rodovias, monumentos, edificações, instalações,

dependências, logradouros, vias públicas, pátios ou de áreas de uso comum;

II - vigilância ou segurança, que tenham por finalidade a garantia da integridade física de

pessoas ou a preservação de bens patrimoniais;

III - construção civil, que envolvam a construção, a demolição, a reforma ou o acréscimo de

edificações ou de qualquer benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo ou obras

complementares que se integrem a esse conjunto, tais como a reparação de jardins ou de

passeios, a colocação de grades ou de instrumentos de recreação, de urbanização ou de

sinalização de rodovias ou de vias públicas;

IV - natureza rural, que se constituam em desmatamento, lenhamento, aração ou

gradeamento, capina, colocação ou reparação de cercas, irrigação, adubação, controle de

pragas ou de ervas daninhas, plantio, colheita, lavagem, limpeza, manejo de animais,

tosquia, inseminação, castração, marcação, ordenhamento e embalagem ou extração de

produtos de origem animal ou vegetal;

V - digitação, que compreendam a inserção de dados em meio informatizado por operação

de teclados ou de similares;

VI - preparação de dados para processamento, executados com vistas a viabilizar ou a

facilitar o processamento de informações, tais como o escaneamento manual ou a leitura

ótica.

Parágrafo único. Os serviços de vigilância ou segurança prestados por meio de

monitoramento eletrônico não estão sujeitos à retenção.

Limpeza

Conservação

Zeladoria Vigilância

Segurança

Empreitada de mão-de-obra

Contraação de trabalho

temporário (Lei 6.019/74)

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IN RFB 971/09, art. 118. Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de

mão-de-obra, observado o disposto no art. 149, os serviços de:

I - acabamento, que envolvam a conclusão, o preparo final ou a incorporação das últimas

partes ou dos componentes de produtos, para o fim de colocá-los em condição de uso;

II - embalagem, relacionados com o preparo de produtos ou de mercadorias visando à

preservação ou à conservação de suas características para transporte ou guarda;

III - acondicionamento, compreendendo os serviços envolvidos no processo de colocação

ordenada dos produtos quando do seu armazenamento ou transporte, a exemplo de sua

colocação em paletes, empilhamento, amarração, dentre outros;

IV - cobrança, que objetivem o recebimento de quaisquer valores devidos à empresa

contratante, ainda que executados periodicamente;

V - coleta ou reciclagem de lixo ou de resíduos, que envolvam a busca, o transporte, a

separação, o tratamento ou a transformação de materiais inservíveis ou resultantes de

processos produtivos, exceto quando realizados com a utilização de equipamentos tipo

contêineres ou caçambas estacionárias;

VI - copa, que envolvam a preparação, o manuseio e a distribuição de todo ou de qualquer

produto alimentício;

VII - hotelaria, que concorram para o atendimento ao hóspede em hotel, pousada, paciente

em hospital, clínica ou em outros estabelecimentos do gênero;

VIII - corte ou ligação de serviços públicos, que tenham como objetivo a interrupção ou a

conexão do fornecimento de água, de esgoto, de energia elétrica, de gás ou de

telecomunicações;

IX - distribuição, que se constituam em entrega, em locais predeterminados, ainda que em

via pública, de bebidas, de alimentos, de discos, de panfletos, de periódicos, de jornais, de

revistas ou de amostras, dentre outros produtos, mesmo que distribuídos no mesmo

período a vários contratantes;

X - treinamento e ensino, assim considerados como o conjunto de serviços envolvidos na

transmissão de conhecimentos para a instrução ou para a capacitação de pessoas;

XI - entrega de contas e de documentos, que tenham como finalidade fazer chegar ao

destinatário documentos diversos tais como, conta de água, conta de energia elétrica,

conta de telefone, boleto de cobrança, cartão de crédito, mala direta ou similares;

XII - ligação de medidores, que tenham por objeto a instalação de equipamentos

destinados a aferir o consumo ou a utilização de determinado produto ou serviço;

XIII - leitura de medidores, aqueles executados, periodicamente, para a coleta das

informações aferidas por esses equipamentos, tais como a velocidade (radar), o consumo

de água, de gás ou de energia elétrica;

XIV - manutenção de instalações, de máquinas ou de equipamentos, quando

indispensáveis ao seu funcionamento regular e permanente e desde que mantida equipe à

disposição da contratante;

XV - montagem, que envolvam a reunião sistemática, conforme disposição predeterminada

em processo industrial ou artesanal, das peças de um dispositivo, de um mecanismo ou de

qualquer objeto, de modo que possa funcionar ou atingir o fim a que se destina;

XVI - operação de máquinas, de equipamentos e de veículos relacionados com a sua

movimentação ou funcionamento, envolvendo serviços do tipo manobra de veículo,

operação de guindaste, painel eletroeletrônico, trator, colheitadeira, moenda, empilhadeira

ou caminhão fora-de-estrada;

XVII - operação de pedágio ou de terminal de transporte, que envolvam a manutenção, a

conservação, a limpeza ou o aparelhamento de terminal de passageiros terrestre, aéreo ou

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aquático, de rodovia, de via pública, e que envolvam serviços prestados diretamente aos

usuários;

XVIII - operação de transporte de passageiros, inclusive nos casos de concessão ou de

subconcessão, envolvendo o deslocamento de pessoas por meio terrestre, aquático ou

aéreo;

XIX - portaria, recepção ou ascensorista, realizados com vistas ao ordenamento ou ao

controle do trânsito de pessoas em locais de acesso público ou à distribuição de

encomendas ou de documentos;

XX - recepção, triagem ou movimentação, relacionados ao recebimento, à contagem, à

conferência, à seleção ou ao remanejamento de materiais;

XXI - promoção de vendas ou de eventos, que tenham por finalidade colocar em evidência

as qualidades de produtos ou a realização de shows, de feiras, de convenções, de rodeios,

de festas ou de jogos;

XXII - secretaria e expediente, quando relacionados com o desempenho de rotinas

administrativas;

XXIII - saúde, quando prestados por empresas da área da saúde e direcionados ao

atendimento de pacientes, tendo em vista avaliar, recuperar, manter ou melhorar o estado

físico, mental ou emocional desses pacientes;

XXIV - telefonia ou de telemarketing, que envolvam a operação de centrais ou de

aparelhos telefônicos ou de teleatendimento. (IN RFB 971/09, art. 118)

6.4 – Situações que dispensam a retenção (IN RFB 971/09, art.

120)

1• Valor da retenção a ser efetuada é meor

que o mínimo para recolhimento das contribuições

2

• Contratada que não possuir empregados + serviço prestado pelo títular ou sócio + faturamento do mês anterior igual ou inferior a 2x o limite máx do salário de contribuição

3

• Contratação de serviços profissionais de profissão regulamentada/treinamento/ensino, desde que prestados pessoalmene pelos sócios da empresa sem a participação de empregados ou outros contribuintes individuais

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SEGURIDADE SOCIAL – Origem e evolução legislativa no Brasil

1 – Origem da seguridade social

1.1 – Teorias:

- BEVERIDGE (1942 na Ingraterra):

- mínimo existencial;

- seguridade social em sentido mais amplo que

não só a previdência social;

- inserção na seguridade social daqueles sem

capacidade contributiva;

- sociedade contributiva

Revolução Industrial

Desenvolvimento da sociedade

humana

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- BISMARCK (1884 na Alemanhã):

- seguro social em um sistema estatal

centralizado;

- regime capitalização;

- compulsoriedade;

- contributivo (empregados e empregadores);

2 – Evolução da seguridade social no Brasil

2.1 – Implantação - Lei Elói Chaves até o Decreto 20.465/31; - Primeiro sistema amplo de seguros sociais;

- Riscos de invalidez, velhice, morte, auxílio-funeral, assistência médica hospitalar e aposentadoria ordinária; 2.2 – Expansão - Aposentadoria e pensões por categorias e LOPS; 2.3 – Unificação - Criação do INPS; - CLT – 1988; 2.4 – Reestruturação - 1977 –

2.5 – Seguridade Social - CF88 – Estado de Seguridade Social separação em: - previdência (contributiva); - assistência (necessitados, independente de contribuição); - saúde (universal, independente de contribuição)

Implantação

Expansão

Unificação

Reestruturação

Seguridade Social

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3 – Evolução legislativa no Brasil

1890- Montepio Obrigatório dos Empregados do Ministério da Fazenda (Decreto nº 942-A)

1923 - Lei Elói Chaves (Decreto Legislativo nº 4.682)

1966 - INPS (Decreto-Lei nº 72)

1977 - INAMPS (Lei nº 6.439)

1988 - CF -Assistência social, assitência à saúde e previdência social

1990 - INSS (decreto nº 99.350)