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Comentários ao Festival de Bandas Filarmónicas III Ciclo - 1ª Edição Filarmonia ao Mais Alto Nível Europarque - 17 de Novembro 2013 Prof. Manuel Carvalho Maestro Luís Macedo Maestro Abel Riveira Maestro Vitor Silva Maestro Carlos Diéguez Maestro Jorge P. Margaça Maestro Alejandro Vásquez Maestro José Carlos Maestro António Ribeiro Maestro Carlos Lopes Organização:

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Comentários ao

Festival de Bandas Filarmónicas

III Ciclo - 1ª Edição

Filarmonia ao Mais Alto Nível

Europarque - 17 de Novembro 2013

Prof. Manuel Carvalho

Maestro Luís Macedo

Maestro Abel Riveira

Maestro Vitor Silva

Maestro Carlos Diéguez

Maestro Jorge P. Margaça

Maestro Alejandro Vásquez

Maestro José CarlosMaestro António RibeiroMaestro Carlos Lopes

Organização:

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BANDA MUSICAL DE LOIVOSDirigida pelo Maestro: Luciano André Pinto Pereira

Abriu a tarde e envolveutodo o auditório a partir dopalco. Gostaria, no entanto,de aproveitar para recordarque o posicionamento empalco visa, também, questões

de equilíbrio sonoro em que se acautelam osinstrumentos de maior projecção sonora e seexpõem os menos sonoros. Assim, éimportante a escolha de repertório, com assuas dinâmicas, a sua construção e estruturaharmónica mais ou menos densa, fazendoprevalecer determinados naipes, etc.Gostaria que os clarinetes, por exemplo, nãosoassem sempre tão tímidos em razão dosmetais e percussão poderosos. Gostaria queo repertório resultasse menos monótono, quese sentissem mais as dinâmicas, a criação deexpectativa e que os valores individuaisviessem ao de cima, porque foi notória aexistência de pequenos grande músicos quesão visíveis promessas de excelentesmúsicos, desde que trabalhem e sejamorientados para isso. 

Por fim, a conhecida Marcha “ZéPedro”, em que a Banda se revelou

completamente e assim descontraída, asonoridade e a prestação colectiva da Bandafoi maior.

Sendo a primeira vezque ouvi esta Banda,confesso que fiquei muitosatisfeito com o bom nívelmusical em conformidadecom os valores individuais e

coletivos da banda e na forte personalidademusical do maesto com uma direçãoexpressiva, enérgica, competente, segura,resultando numa perfeita relação maestro emúsicos.

Na minha ótica, o repertório apresentadofoi muito bem escolhido, de grandequalidade, envolvendo o ouvinte numaatmosfera musical recheada de emoções,momentos de grande força, excelentescontrastes de intensidades e tempos,excelentes sonoridades aveludadas euniformes, com muita sensibilidade e umaafinação muito interessante. Foi sem dúvida,um excelente trabalho, atendendo ao facto dese tratar de uma banda bastante jovem, como

“O que começa com cólera termina com vergonha”Benjamin Franklin

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resultado da forte aposta dos diretores,professores e maestro, na formação dos seusexecutantes como garantia da evolução dabanda e consequente afirmação no universofilarmónico.

A banda iniciou a sua participação com aMarcha “Augusto Alves”, de autoria docompositor português Nuno Osório, comaspetos muito bons ao nível da interpretação,sonoridade e articulação, rigor rítmico erigor nas intensidades. As transições entre asdiferentes secções da obra foram realizadascorrectamente, com bom gostointerpretativo, dentro do espírito da obra. Ascambiantes de intensidade foram agradáveisde se ouvir, sempre com muita segurança ecorreta afinação. Interessante performancedo jovem trompetista com boa qualidadesonora, perfeita dicção, com fraseadoscuidados e bom gosto interpretativo, apesardo precalço ocorrido antes da última parte daobra, aspeto que a meu ver, não ofusca aqualidade e sensibilidade musicalevidenciadas pelo jovem solista. A Banda,enquanto suporte melódico e harmónico dosolista, apresentou leveza e sensibilidademusical, boa gestão das intensidades e damassa sonora.

Seguidamente, na obra “Persis” docompositor James L. Hosay, a banda foisublime no ambiente sonoro das diferentesvozes, com bons contrastes de intensidade etempos, sempre com a preocupação em nãosobrepor as vozes solistas. Adorei o solo deoboé, cujo executante foi irrepreensível,sentindo o que tocava, através da boaqualidade sonora, perfeita dicção,articulação e fraseados sempre cuidados euma boa interpretação. Os naipesfuncionaram na perfeição, com muitaqualidade, bons contrastes de intensidade etempos. Como exemplo desta apreciação,cito o contraponto oboé/trompa, etrompas/eufónios, com uma sonoridadeenvolvente, perfeita afinação, bom equilíbrioharmónico e perfeita afinação. O naipe da

percussão apresentou sempre bom requintetécnico, muito carácter, com rigor rítmiconos tempos e com um colorido tímbrico comqualidade. Na terceira e última parte da obra,no qual predomina o contraponto imitativo,com uma determinada ideia musical (tema) a“percorrer” os diversos naipes, aapresentação do tema nos primeiros esegundos clarinetes, oboés, flautas e flautim(c. 135) não foi bem conseguida nocontraponto com saxofones altos trompetes etrompas, comparativamente à qualidadeverificada nas anteriores intervenções:primeiro, tema nas trompas e saxofonesaltos, seguidamente, tema nos primeiros esegundos trompetes em contraponto com ocontratema nas trompas e saxofones altos.Acho fundamental corrigir a presença dosrestantes naipes, quando os clarinetesapresentam o tema principal, com vista àcoerência da estrutura contrapontística.Todavia, a partir do compasso 144, aqualidade patenteada na primeira e segundaparte, foi retomada, tendo a banda finalizadoa obra com uma carga emocional muito bemalcançada..

A introdução (cc. 0-9) da obra “LesMisérables” do compositor C. Schoenbergfoi interpretada com caráter, energia e umatextura sonora requintada na qual destaco odesempenho dos metais, com intensidade esonoridade equilibrada. Nas restantessecções e partes, a banda revelou momentosmusicais com muita qualidade, fruto da boapreparação, bom sentido rítmico, leveza naslinhas melódicas. No solo de oboé (cc. 63-70) apreciei com agrado a performance dosolista revelando boa qualidade sonora,perfeita dicção, interpretação de bom gosto,dentro do espírito da obra, com os restantesnaipes a funcionar na perfeição, comosuporte harmónico do solista: primeiro (cc.63-70) nos saxofones altos e tenores e depois(cc. 71-78) saxofones altos, tenores,trompas, clariente baixo e fagote, uma fusãotímbrica equlibrada, valorizando o plano

“Esvazia teu bolso em tua mente, e tua mente encherá teu bolso.”Anónimo

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ais alto nível harmónico, que harmonizou a melodiaprincipal (tema) nos oboés e clarinetes, como contratema nas flautas. Realço ainda, aperfeita simbiose tímbrica saxofones altos,tenores, barítono, clarinetes, clarinete baixoe fagotes, nos cc. 99-109: sonoridadeenvolvente, com uma afinação notável, ricaharmonicamente e um fraseado muitocuidado.

Na obra “Flying Mallets”, todos osplanos sonoros, como suporte melódico eharmónico do solista, apresentaram umdiscurso musical pautado pela leveza,sensibilidade musical, boa gestão tímbrica,das intensidades mesmo quando umdeterminado instrumento coloria a melodiado solista. Apesar da tenra idade, o jovemRafael revela já uma maturidade musical aomais alto nível: muito caráter, andamentosprecisos, com alma, energia rítmica, boagestão das intensidades e uma perfeitacoordenação com o maestro e o tutti. Muitosparabéns.

A banda finalizou o seu recital, com ainterpretação da Marcha “Zé Pedro”homenageando o saudoso compositorAlexandre Fonseca, que continua vivo emtodos nós, por todos os espaços da vida quedeixou repartidos em diversos momentosmusicais. No geral, o tutti apresentousensibilidade musical, precisão rítmica, comequilíbrio timbrico e dinâmico agradáveisentre todas as “cores tímbricas” da paletaorquestral. No entanto, em determinadosmomentos, a afinação no naipe dosclarinetes, oboés e flautas não era estável,assim como a expressividade e articulaçãopouco cuidada na descrição do segundotema. O acompanhamento/harmonia, porvezes algo pesado, dificultou aexpressividade da componente melódica,assim como desajustes na afinação, aquandoda apresentação do tema em forte, nostrombones, eufónios e saxofones tenores.

Parabéns maestro Luciano Pereira,directores e músicos, pelo trabalho que têm

vindo a desenvolver, empenho e dedicaçãomusical, fundamental para a correção deaspetos/pormenores menos conseguidos.Mantenham esta conduta de trabalho,conjuguem as devidas energias de modo amelhorar cada vez mais a já boa qualidadeartística da banda.

Antes de realizar osmeus comentários, queroagradecer, o convite do Sr.Cardoso e contar comigo noIII Ciclo do Festival deBandas Filarmónicas

Filarmonia ao mais alto nível, poder disfrutardeste grande evento, e poder fazer eco daimportância que tem para a cultura em gerale a música em particular.

Atos como este, um festival onde asbandas se apresentam para demonstrar todoo seu potencial, não sendo um concurso, émotivador para toda a comunidade querodeia os ditos agrupamentos, e ainda,actuando num espaço tão especial como é oauditório do Europarque.

Destacar a maravilhosa organização detodo o evento, tanto para os músicos, comopara os comentadores. Quero agradecertambém o apoio do maravilhoso e respeitosopúblico que nos acompanhou, aoscomentadores e aos músicos presentes.

Em relação à Banda Musical de Loivosquero destacar a juventude dos membrosassim como a sua valentia na interpretaçãonum cenário como é o auditorio doEuroparque e com tão numeroso público.

No Pasodoble Augusto Alves, foi umreglao ouvir o grande solo de trompete comgrande projeção de som, mas com umainterpretação muito mecânica devida,suponho eu, ao nervosismo de cena. Todasas madeiras e metais graves interpretaram aobra com grande elegância e musicalidade.

Seguiram o seu programa subindo onível com Persis e Les miserables, onde háque destacar a grande leitura feita pelo

“Censura teus amigos em particular e elogia-os em público.”Públilius Syrius

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maestro da partitura, sabendo destacar aspartes da obra com astúcia e vigor. Destacartambém o naipe das trompas, pela suaprojeção de som assim como pela suaexcelente interpretação. A família dosclarinetes quiçá um pouco fria em relação aoresto do agrupamento.

A surpresa do programa da BandaMusical de Loivos chegou com ainterpretação de Flying Mallets, com RafaelPicamilho como solista. Um jovempercussionista, que não só tocou a obra auma velocidade vertiginosa, tocando todasas notas escritas na partitura, como foitambém capaz de fazer uma grandeinterpretação deixando todo o público deboca aberta. A Banda fez um grandeacompahamento, deixando sempre emprimeiro plano o solista. BRAVO!!!

Gostei muito desta Banda Musical deLoivos, com um programa muito variado emuito bem interpretado, por uma banda tãojovem. Uma banda muito elegante comgrande disciplina em palco. Antevejo edesejo-lhes grandes êxitos.

Excelente. Trás-os-Montes estiveram muitobem representados, pelos188 anos da Banda Musicalde Loivos, ao mais altonível. Conduzidos

superiormente pelo Maestro LucianoPereira. Chamo a atenção para o programaescolhido que primou por grande qualidade.Realço a obra “Les Misérables” docompositor C. Schoenberg, talvez como ogrande momento da tarde. Destacar ainda osolista da obra “Flying Mallets” não só pelasua juventude mas sobretudo pelos dotesartísticos apresentados. Bravo Loivos. BravoLuciano Pereira.

Apresentou-se noEuroparque uma Bandahistórica fundada em 1826,formada por músicos muitojovens que asseguram umfuturo próspero ao

agrupamento.Gostei da seleção do programa de

Concerto. Variada e amena para um Festivalde Bandas. Não conhecia a primeira obra doconcerto, Augusto Alves, mas fez-melembrar a Maribel de Ferrer Ferrán, umacomposição espetacular para começar umconcerto.

Nota-se na banda que há um bomtrabalho de ensaio por detrás. Um maestrocom gesto claro de batuta, que conseguiubom resultado no concerto.

A banda tem musicalidade, mas deve deprocurar mais cuidado nas coneções dasfrases entre as madeiras e os metais, assimcomo o equilíbrio do som dentro dummesmo naipe como pode ser o dastrompetes, em que sobressaía a 1ª voz sobreas demais.

Falando sobre a sonoridade de grupo dabanda digo que é boa, faz contrastesdinâmicos mas deve procurar que aqualidade de som seja igual tanto nofortíssimo como no pianíssimo. Sucede àsveces que cando os músicos chegam aolimite no ff não cuidam do controle do some às vezes a qualidade fica prejudicada.

Quanto ao solista de xilofone, pouco hápara dizer: é um músico e tanto!

Faz música antes de tudo apesar de tenraidade. A ele digo-lhe que continue a estudare a disfrutar da música e da sua banda, e quecontinue a trabalhar com humildade eesforço; assim poderá chegar muito longe.

Meus parabéns a todos. Oxalá que naGaliza tivéssemos “bandas de aldeia” com aqualidade da Banda Musical de Loivos.

“Deus deu-nos os nossos parentes, mas teve a bondade de nos deixar escolheros nossos amigos.” Ethel Munford

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ais alto nível A Banda Musical de

Loivos apresentou-nos umrepertório bastante agradávelde ouvir, de excelente efeito,algo exigente técnicamente,e que certamente constituíu

um desafio e estímulo para os músicos. Derealçar a excelente postura e seriedadeevidenciada ao longo de todo o Concerto poresta Banda constituída por músicos aindamuito jovens.

Na primeira obra, O Pasodoble AugustoAlves, penso que a Banda não estavacompletamente à vontade a tocar, o que écompreensível. Mesmo assim, mostraramum bom conjunto e um bom balanço nainterpretação desta peça. Uma referência aosolo de Trompete, que apesar das falhas,denotou boa dicção e sonoridade, parabéns.

No Persis, tenho alguns apontamentos afazer: entrada muito receosa; o músico deXylofone foi fantástico, parabéns; o solistade Oboé, ainda muito jovem, terá certamenteum futuro muito promissor à sua frente,parabéns; foi pena o Bombardino estardesafinado na intervenção antes do solo deoboé. O Naipe de Trompas foi muito bom,parabéns. Considero muito positiva ainterpretação desta obra, assim com aseguinte, Les Misérables, apesar de algunsdesacertos quer nos metais quer nasmadeiras em certas partes.

No Flying Mallets, dar os parabéns aosolista. Jovem e muito talentoso.

Na Marcha Zé Pedro, bonita marcha deAlexandre Fonseca, podendo as dinâmicasserem mais exploradas.

Para terminar o meu comentário querodizer que, apesar dos pequenos pormenoresjá apontados, o seu maestro, que nos temhabituado sempre com excelentes trabalhos,e a sua Banda estão no bom caminho eapresentaram um trabalho de muito bomnível. Parabéns!

Antes de realizar osmeus comentarios, querommanifestar o meuagradecimento pelo tempo ea atenção que me brindouMário Cardoso durante a

minha estadiaa em Sta. Mª da Feira etambém o felicito pelo seu trabalho comopromotor e organizador do festival"Filarmonia ao mais alto nível", de sumaimportância como meio de dinamização dopatrimónio cultural e social da vossa região.

Banda Musical de Loivos dirigida pelomaestro Luciano André Pinto Pereira.

Banda jovem, pelo que em algunsmomentos se nota esta falta de maturidade.Mas é precisamente isto que a faz grande nosentido artístico. Bonito concerto, fresco,onde se pode ver o trabalho de conjunto dejovens e adultos demonstrando como unsaprendem com os outros e potenciandoassim os valores mais importantes que sãointegrantes numa banda.

Quanto à interpretação do repertóriocabe realçar a nível geral dois parâmetrosmusicais com o intuito de melhorá-los:

- O controlo sonoro entre distintasseções. Falta de compensação e equilíbriodinámico entre madeiras e metais,sobressaindo estes últimos sobre toda aseção de madeiras; muito discreta e sembrilho durante todo o concerto.

- O controlo sonoro dentro de cadaseção. Provocando a ausência dum som maisuniforme e redondo dentro de cada uma.

A falta de controlo sonoro entre distintasseções pode ver-se reflectido na primeiraobra, Augusto Alves de Nuno Osório, ondefaltou esse equilíbrio entre madeiras emetais, o que provocou umadescompensação sonora unida a umaausência dinâmica. Da mesma forma na obraLes Misérables de C.Schoenberg.

Na obra Persis de James L Hosay ocontrolo sonoro entre distintas seções não foitão marcado, mas foi dentro de cada seção.

“De entre todas as dívidas, a mais sagrada é a do reconhecimento.”Benjamin Franklin

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A uniformidade é essencial para quecada plano sonoro esteja no seu lugar ecumpra a função para que foi composto.

Mas tenho de felicitar o jovempercussionista pelo grande rigor queacrescentou ao conjunto e segurança quetransmitiu ao público durante todo oconcerto.

Mestre Luciano André Pinto Pereira,tem uma grande banda e uma boa equipa detrabalho.

Tendes todas as ferramentas de quenecessitam: disciplina, liderança, carater esobretudo, o que nos transmitiram, muitoamor pelo vosso trabalho.

Parabéns a todos!

A Banda Musical deLoivos foi para mim umaagradável surpresa. De ummodo geral equilibrada, comboa sonoridade e afinação.Um programa bem escolhido

com bons momentos musicais.Quero salientar o naipe de percussão que

teve um excelente desempenho em todas asobras, com nota muito alta para o solista emlâminas e para o maestro.

É uma banda com um futuro promissor,estão de parabéns as pessoas envolvidasneste projeto.

A Banda de Loivos deuinício ao seu concerto comum pasodoble de NunoOsório e imprimiu uma boadinâmica com manifestosalero espanhol. O

trompetista, que demonstrou muitascapacidades musicais, acusou a granderesponsabilidade do momento. Tem quesaber aproveitar os dias menos bons paralançar um desafio a si mesmo, mostrandoque tem potencial musical para brilhar, comesta peça, em qualquer palco.

Relativamente à obra em si, constateimais uma vez que Nuno Osório é um doscompositores portugueses com mais talento,a escrever para Banda filarmónica.

Na peça “Persis” de James L. Hosay, abanda teve uma prestação interessante. Nãoé indiferente o facto de o Maestro LucianoAndré denotar uma evolução artística desdea sua aparição anterior neste festival.

O Jovem Rafael Picamilho demonstrougrande talento e deixou um bom sentimentono festival.

A entrada no andamento lento foi algohesitante, mas logo a Banda retomou o seucaminho e, apesar de se notar algumaimaturidade aqui e ali, assistimos a umainterpretação muito digna.

A peça “Les Misérables” de C.Schoenberg, teve momentos interessantescom os jovens intérpretes respeitando asindicações contidas na partitura e ainterpretação do próprio Maestro. É naturalque um grupo de jovens intérpretes, nosmomentos mais lentos e menos densos, e,num palco com tanta visibilidade, se sintamdesamparados e deixem transparecer algumnervosismo. Quando assim é, este traduz-senormalmente numa interpretação não fluentee com alguns problemas técnicos. Mas,atendendo à média de idades da Banda, estaesteve muito bem.

A Banda, com a peça “Flyng mullets” devan der Velde, iluminou a sala com ummomento cintilante, através do talentosojovem Rafael Picamilho.

A Marcha “Zé Pedro” reportou-me paramuitos anos atrás em que as nossas Bandastocavam as grandes marchas deste tãosaudoso compositor, Alexandre Fonseca.Obrigado respeitado compositor.

Muitos parabéns ao Maestro, músicos edireção.

“A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.”Aristóteles

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ais alto nível Caros leitores, como

tinha referido no início daminha intervenção no últimofestival, sendo este oencerramento do II Ciclo do“ Filarmonia ao Mais Alto

Nível ”, deixei expresso o meu desejo, deque um festival desta grandiosidade viesse ater muitos mais ciclos… pois, felizmente,aqui estou preparado para dar início aosmeus comentários acerca das 4 bandas queparticipam neste novo ciclo. Na 1ª Edição doIII Ciclo da “ Filarmonia ao Mais AltoNível”, foi com uma enorme alegria esatisfação saber que um novo ciclo se iainiciar, desde já e novamente, felicito ogrande visionário e impulsionador desteFestival e de outras iniciativas, como já nostem vindo habituar, sempre em prol dacultura, principalmente das bandasfilarmónicas, ao Sr. Mário Cardoso felicitodando os meus mais sinceros parabéns.

A Banda Musical de Loivos apresentou-se no Europarque bem composta, contudo asmadeiras deviam ser reforçadas, apesar donaipe ter realizado um excelente trabalho,mas mesmo assim apresentaram um bomregisto como também um bom planotímbrico. Deixo, no entanto, uma ressalva “havendo 2 oboés porque foi um clarinete adar a breve nota de afinação ”, No geral, abanda teve uma boa prestação. Na primeiraobra o passodoble “ Augusto Alves ”, gosteido bom registo rítmico, assim como doequilíbrio nas dinâmicas, contudo houvealgumas entradas onde a articulação não foia melhor; ao trompetista que fez o solo, osmeus parabéns, mesmo não tendo sidoconcebido na sua plenitude, gostei mesmodo seu registo. Na minha perspetiva, énecessário alguma frieza, que foi o quefaltou, parabéns!

Na segunda obra “ Persis ” e na terceiraobra “ Les Misérables ”, continuei a gostardo bom registo dinâmico como rítmico,neste último registo manteve-se em alguns

momentos a falta de articulação. É desalientar que nestas duas obras, se foiperdendo um bocadinho a afinação, comotambém a concentração; registei com bomagrado a prestação dos jovens solistas,destacando-se o percussionista que estavanas lâminas, muito bom, como havíamos deconstatar mais à frente. Mas todos estiverammuito bem, apesar das suas tenras idades,mais uma vez muitos parabéns a todos.

Nesta quarta obra “ Flying Mallets ”a banda esteve mais solta, destacando o bomenquadramento banda/solista; ao promissorsolista nas lâminas e de tão tenra idade osmeus sinceros parabéns, pois esteveirrepreensível. A banda de Loivos finalizou ebem, com a marcha “ Zé Pedro ” docompositor Alexandre Fonseca.

Parabéns aos músicos, maestro edireção, pelo trabalho apresentado, comvotos de um excelente futuro.

“A felicidade não é uma estação onde chegamos, mas uma maneira de viajar.”Margareth Lee Rimbeuk

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BANDA MUSICAL DE SãO tIAgO DE SILVALDEDirigida pelo Maestro: Filipe Fonseca

Desde a última vez quevi esta Banda é visível umcrescimento importante.Assim, só me resta dizer queos passos dados dessa parteaté agora,

independentemente de quais foram, tiverambons resultados e recomendam-se. 

Valores individuais interessantes emcada um dos naipes solicitados nas obrasapresentadas. Colectivo a reagir em bloco,denotando boa orientação. Continuem!

Comparativamente coma anterior presença nesteFestival, é visível a evoluçãoartística da banda, cujaqualidade musical digna deregisto, assenta na perfeita

articulação entre maestro e músicos, muitoatentos e empenhados, perante as directrizesdo maestro Filipe Fonseca. Felicito esteúltimo pela escolha do repertório, a qualrevela o objetivo em proporcionar aosmúsicos evolução artística e novos desafios.Embore a banda tenha uma paletainstrumental interessante com um número

considerável de madeiras, por vezes o gruposentiu alguma dificuldade em colmatar onúmero reduzido de clarinetes,comparativamente com os trompetes emetais em geral, resultando emdeterminados momentos, uma intensidadesonora algo desiquilibrada a nível tímbrico.Sou da opinião que, a inclusão de maisclarinetes, clarinete baixo, dois oboés, maisum ou dois fagotes valorizam e muito, o jáagradável e bem trabalhado timbre da banda.

Na interpretação da obra “Thus Do YouFare, My Jesus” de J. S. Bach, tratando-se deuma obra do período barroco, comorquestração para Orquestra de Sopros, aafinação, as dinâmicas, o fraseado(principalmente nas madeiras) assim como oequilíbrio tímbrico e harmónico, comsonoridades muito cuidadas, foram aspectosdignos de registo, devido ao trabalho de baseque o seu maestro tem vindo a realizar.Contudo, é fundamental corrigir aintervenção dos trompetes nas frases emtutti, devido ao timbre por vezes algobrilhante em conformidade com as madeiras.Trata-se de um pormenor que serácorretamente corrigido pelo maestro.

“Se nada de estranho te surpreendeu durante o dia, é porque não houve dia.”John Archibald

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ais alto nível A pequena sinfonia “Give us this day” do

compositor David Maslanka, sendo umaobra com um grau de dificuldadeconsiderável, é sem dúvida um grandedesafio para esta banda. Na minha opinião, abanda revelou um bom nível musical quantoà sonoridade, articulação, afinação eequilíbrio entre os diferentes naipes;precisão rítmica, com muito carácter e umasonoridade harmónica rica e coesa. O naipeda percussão esteve muito bem, precisa,coerente, com perfeita sincronia e energiarítmica, sempre que necessário mas comintensidades muito cuidadas. Apenas algunsreparos: no final da primeira parte,intervenção pouco feliz da fagotista, comdesacertos de índole rítmico e melódica; nasintervenções caracterizadas pela textura tipoCoral, foram visíveis alguns desacertos aonível da afinação nas trompas, e poucocolorido nos graves, na base harmónica,fundamental para que a sonoridade do gruposeja mais compacta, mais equilibrada.

“Macarena”, sendo uma obra com umaidentidade estilística e estética muito própria,pois requer uma boa performance dosdiferentes naipes e do solista, quanto àexpressividade, fraseado, intensidade,coordenação rítmica, definição da pulsação,foi interpretada com cuidado, com uma boaatitude rítmica, grande potência emocional,resultante da correta articulação, afinação eequilíbrio entre as diferentes secções;sonoridade harmónica muito rica e coesa.Mais uma vez, o naipe da percussão estevemuito presente com bom requinte técnico,muito carácter, bom ritmo/bom tempo. Otutti, como suporte melódico e harmónico dosolista, apresentou um discurso musical leve,sensibilidade musical, equilíbrio em toda apaleta de timbres, boa gestão da dinâmica eda massa sonora, não se sobrepondo aodiscurso musical do solista/trompetista, comuma postura irrepreensível, revelando muitasensibilidade e bom gosto interpretativo,com dicção e uma sonoridade aveludada,

muito cuidada. Muitos parabéns Luís Sousa.Na interpretação da obra “Navegar,

Navegar”, com arranjo do ilustre compositorJorge Salgueiro, músicos e maestroestiveram muito bem na mensagem eespírito da obra. Os naipes funcionaram naperfeição, com uma sonoridade equilibradado tutti, bom plano harmónico, a percussão aser preponderante no equilíbrio da banda eno andamento fluído e preciso. As tubasestiveram melhor quer ao nível de presençados graves, assim como no que diz respeitoà articulação, algo que nas obras anteriores,nem sempre foi conseguido com a devida enecessária qualidade. A jovem fagotista,sempre atenta e determinada nas suasintervenções, por vezes, revelou uma certaoscilação a nível rítmico e incoerência notempo, assim como alguns problemas aonível da afinação e qualidade do som. Apesardestes reparos, acho que esta jovem temcapacidades para melhorar os pormenoresmenos conseguidos e alcançará outrospatamares, devendo melhorar os índices deauto-confiança e dar continuidade aotrabalho semanal, com a ajuda preciosa doscolegas, professor e maestro, associada àexperiência adquirida com a participação emeventos como este.

A banda finalizou a sua actuação com aconhecida marcha “Homenagem ao DoutorManuel Vaz” do compositor portuguêsAlexandre Fonseca, uma grande referênciado nosso panorama musical, justamentehomenageado nesta Edição do “Filarmoniaao mais alto nível”. Apreciei a forma como otema e contratema foram articulados naprimeira e última secção, com sonoridade eequilíbrio agradáveis, bom coloridoharmónico, com todas as vozes da texturaharmónica equilibradas; a boa presença donaipe da percussão, seguro e com requintena forma de tocar. Na minha opinião, amarcha foi bem preparada tecnicamente pelomaestro Filipe Fonseca e músicos.

Concluo, endereçando as minhas

“O homem é um aprendiz, a dor a sua mestra.”Alfred Musset

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sinceras felicitações aos directores, músicose ao maestro Filipe Fonseca, pela forteaposta, arrojo e empenho num projetobaseado num trabalho honesto, com basessólidas, cujos resultados artísticos são pordemais evidentes.

A Banda Musical de SãoTiago de Silvade,apresentou-nos umprograma, que poderíamosdividir em duas partes. Umaprimeira parte com um

programa difícil e atrevido, e uma segundaparte com um programa mais “popular”.

Nota-se à primeira vista que esta banda éuma banda de ampla experiência, sólida,com grandes músicos solistas em todos osnaipes, com grande experiência e com umgrande maestro, apesar de jovem, possuigrande potencial.

A primeira parte a que me refiro sendoBach e Maslanka parte do programa, sãoobras de grande dificultade grupal, ao quebanda soube responder prontamente. EmBach como em Maslanka (do meu ponto devista) o maestro abusa excesivamente derubatos o que conduz a distintas impressõesnas entradas.

Bach deveria ser interpretado maisbarroco, mais mecânico no tempo, nota-seque a banda trabalhou aspectos interessantes,a nível sonoro e afinação, apesar de, emalgumas ocasiões, as vozes secundáriasdesequilibravam os planos sonoros.

Em Maslanka, faltaram algumas cores nainterpretação, mais agressividade nas partesfortes, sobretudo no naipe da percussão, paramim, a mais fraca de toda a banda. A falta derecursos tímbricos, em suma de excessos derubatos nas partes lentas, levou a que a bandasoasse sem força, sem garra, e pequenasimprecisões nas entradas, notando-se que osmúsicos não estabavam muito à vontade nainterpretação esta obra. Faltou o pianoacústico nesta obra.

Na segunda parte, a qual chamo de“popular”, a banda soava de outra formamuito distinta.

Macarena, um tema de Ernesto Valverde,e arranjo de Naohiro Iwai da Tokyo Kosei,apresentou-nos o tema em diferentes estilosmusicais, criando uma nova versão das jáconhecidas, exigindo um grande nível aotrompete solista. Trompete solista que comum som muito doce, com projeção, defendeua obra com garra, grande versatilidade emusicalidade. Não gostei da posição dosolista virado dessa forma para o maestro, jáque se perdia toda a claridade do trompete,soando a banda muito forte em relação aosolista. A banda neste tema soou muitodistinta dos primeiros temas. Os músicosestavam mais “cómodos” com este tema,conseguindo mais cores em todos os planossonoros, tanto rítmicos como harmónicos.

A banda musical de São Tiago deSilvade acabou a sua grande interpretaçãocom um tema português, Navegar, Navegar.Tanto neste tema como no anterior a bandarespondeu com a dinâmica que a partituraexigia, grande vivacidade e uma grandeenergia positiva.

Bravo pelo concerto, o meu bem haja aomaestro pelo grande trabalho que se vê estáfazendo com este agrupamento.

O maestro FilipeFonseca fez uma boaescolha do repertório, comuma boa resposta da bandana interpretação do mesmo.Gostei particularmente  da

obra “Thus Do You Fare, My Jesus” de J. S.Bach, com um admirável trabalho do grupofilarmónico. O solista da obra “Macarena”merece realce pela irrepreensívelinterpretação com que nos presenteou.

“Coisas curiosas, os hábitos. As próprias pessoas nunca souberam que ospossuem.” Agatha Christie

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ais alto nível Em 2010 tive a

oportunidade de escutar estaBanda no 2º ciclo doFilarmonia e posso dizer quetrês anos mais tarde a Bandamelhorou considerablemente.

Parabéns por isso!As duas primeiras obras (Bach e

Maslanka) são de grande dificuldade.Entendendo por dificuldade, não o facto de“dar mais ou menos notas rápidas”, mas simpor fazer música.

É muito importante introduzir osmúsicos das bandas à linguagem dos Coraispara que aprendam a escutarem-se, a frasearem conjunto, a afinar segundo o acorde,...um mundo complexo. Quizás peladificuldade, notaram-se na banda pequenosdesajustes.

Nas outras duas obras do concerto, osom da banda mudou. Basta às vezes, é umaquestão psicológica para os músicos, tocaruma obra popular, de festa, e mudam sempensar o cuidado pelas notas ou o controloda sonoridade. Dou exemplos:

O solo de improvisação de trompetea nasMacarenas foi bom, mas o equilíbrio de somna banda, e da banda com o solista passoutotalmente despercebido.

Em Navegar, Navegar; obra interessantepela combinação de tradição com inovação(percussões corporais e instrumentais), amatiz dinâmica foi sempre forte, perdendo aobra interesse, caindo na monotonia.

O meu bem haja à Banda e ao maestroFilipe Fonseca pelo grande trabalho queestão a desenvolver. Agradeço também ofacto de publicarem as notas o programa quenos ilustram e esclarecem. Sigam por essebom caminho!

A Banda Musical de S.Tiago de Silvaldeproporcionou um bommomento musical, com umasonoridade muito agradável,

sempre muito bem controlada e com umaboa afinação. Em todas as obras notou-seuma interpretação muito cuidada, muitoclara e com ideias muito bem definidas. ADireção do seu Maestro foi sempre muitoprecisa, clara e consistente. Parabéns.

Na Primeira Obra, Thus do you fare, MyJesus, registo o bom contraste de dinâmicas,pena foi a desafinação entre Flautas eClarinetes.

Na peça Give us this day, realçonovamente o excelente contraste deintensidades e a execução das partes Tutti foimuito equilibrada e precisa, parabéns.

Quanto à peça Macarena, embora algoreceosa o solista e a banda conseguiram umaboa performance. Assim como Navegar,Navegar, que foi pena terem iniciado algodesconcertados, mas que corrigiram e foimais uma boa interpretação.

Na Marcha de Alexandre Fonseca, Dr.Manuel Vaz, a afinação e o balançoestiveram como é a marcha – excelente. Notrio a intervenção da Flauta foi sublime,muitos parabéns.

Para terminar o meu comentário querodizer que, apesar dos pormenores jáapontados, a Banda teve uma prestação demuito bom nível. Parabéns ao seu maestropelo excelente trabalho realizado e registonovamente a direção sempre muito clara eeficaz – Parabéns!

A Banda Filarmónica Ovarense teve umaprestação sempre a subir de nível. Ascoreografias foi um acrescento a estaexcelente apresentação que começou algoreceosa na primeira peça , EncantosSabrosis. Algumas notas que gostaria deregistar: Na duas primeiras peças estiveramreceosos, acusaram nitidamente o ambiente ea excelente sala em que estavam. Mas depoisestabilizaram e afinação, balanço, rigorrítmico foram aspetos exemplares, parabéns.A inclusão do acordeão e as coreografias napeça Oblivion, foram felizes e resultaram empleno. Na peça Amor a Portugal a cantora

“Esquecer é uma necessidade. A vida é uma ardósia, em que o destino, paraescrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito. .” Machado de Assis

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esteve perfeita, com excelente voz –parabéns! Na última peça, Caravan, ainclusão da Escola de Dança encheu oauditório de entusiasmo, ritmo e alegria.Parabéns, pois, à Banda Ovarense e ao seuMaestro pela prestação que nostrouxeram.

Dirigida pelo maestroFilipe Fonseca.

Bom conjunto e boasonoridade. Como resultadofinal notou-se o entusiasmona hora de tocar as obras.

Banda equilibrada com timbre bonito demadeiras e capacidade para criar atmosferas.Bom equilíbrio e controlo do nível deintensidades o que ajudou a um claroentendimento de frases e estruturas das obrasque interpretaram durante o concerto.

Iniciaram com Thus do you fare, MyJesus de J. S. Bach, bonito começo esonoridade. Apesar de ainda necessitar demuito cuidado ao interpretar Bach; emalgumas partes afastavam-se do estilo,asemelhando-se mais com o estilo doromanticismo.

A segunda e arriscada proposta foi Giveus this day, do compositor norte americanoDavid Maslanka, bom exemplo de que aprópria composição e uma boa orquestraçãodesta, forçou a saída para toda umavariedade planos, texturas, timbres,atmosferas que o maestro Filipe Fonsecajunto com a sua banda foi capaz de sacar dapartitura.

Em resumo, boa banda e cheia devivacidade. Os meus mais sinceroparabéns.

A Banda Musical SãoTiago de Silvaldeapresentou um programainteressante e é notório quenestes últimos anos o seu

nível tem vindo a melhorar. De um modogeral, gostei como a banda se apresentou. Nomeu entender esta banda tem reunidas ascondições para atingir um nível maiselevado. Haverá alguns aspetos a melhorarcomo: definir melhor as articulações,ataques mais cuidados em algumaspassagens e creio que poderia haver emalguns momentos melhor ligação entremaestro e banda.

Os meus parabéns ao maestro, músicose direção pelo trabalho desenvolvido.

Com um coral de Bach“Thus do you fare, MyJesus”, a Banda de Silvaldedeu início ao seu concertocom grande sentido estéticoque resultou numa ótima

interpretação. Grupo equilibrado com bomfraseado e legato e boa coesão entre osnaipes. Pequenas coisas ao nível vertical nãomancharam a boa interpretação da obra.

“Give us this day” – David Maslanka –Nesta obra, o primeiro andamento, maissombrio, iniciou-se com alguma indefinição,mas logo quase tudo foi posto na ordem. ABanda soube, transmitir ao auditório ocarácter contido na partitura. O segundoandamento, com harmonias modais,confirmou um grupo coeso, musical e commaturidade acima da média, que culminounum arrebatamento merecido.

“Macarena” – Ernesto Valverde –Arranjo de N. Iwai – o trompetista estevenum bom plano ao nível técnico, maspareceu-me cansado e pouco à-vontade. Paratocar esta obra, teria que ter descansado naobra anterior ou tocá-la no início doconcerto, ou então, encontrar-se em grandeforma o que não me pareceu ser o caso. Abanda soube interpretar com eficácia omerengue e salsa que o arranjador introduziuna obra.

“Navegar, navegar” de F. G. Dias – Foi

“Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é odefeito que sustenta o nosso edifício inteiro.” Clarice Lispector

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ais alto nível com profissionalismo puro, o que daperformance transpareceu para o auditório,pela atitude dos executantes. Gostei muito depoder observar, nesta obra, a formasincronizada e cuidadosa como os músicosbateram palmas. A parte estética éigualmente importante e este grupo temvindo a demonstrá-lo muito bem,especialmente nestes últimos tempos. Maisuma vez, parabéns Maestro pela exigênciaimprimida. Os resultados estão à vista.

Mais uma vez, na performance destabanda, senti uma certa coerência eorganização nas diferentes expressõestemáticas que nos permitiu reter e relacionargenuinamente cada motivo que ia surgindoem cada obra.

Houve pequenas coisas menos bemconseguidas que não me sinto com nenhumamotivação para as apontar, pois, constatocom grande agrado que este talentosomaestro está a transformar positivamenteesta banda.

Muitos parabéns ao Maestro, músicos edireção.

A Banda Musical de SãoTiago de Silvalde,demonstrou ser uma bandacom potencial,apresentando-se noEuroparque a um bom nível,

com um bom programa e com o seu grau dedificuldade, mas atingiu plenamente oobjetivo, entrou em palco com rigor,disciplina e muito bem posicionada empalco, com uma boa sonoridade, uma boaafinação, bons registos nas dinâmicas erítmicos, como também na articulação com omaestro, a banda de Silvalde, esteve bem emtodos os planos.

Quanto ao programa apresentado, nogeral, estiveram muito bem, salientando sóque na obra “ Navegar,Navegar ”, houve alguma desatenção naentrada e em certos momentos oenquadramento rítmico não esteve tãoperfeito, dar ainda os parabéns ao solistaLuís Sousa pelo seu excelente desempenho,no solo que fez na obra “ Macarena ” estevebem em todos os registos.

Ao jovem maestro Filipe Fonseca osmeus sinceros parabéns pela direção segura,precisa e expressiva, demonstrando rigor ecompetência, excelente prestação; aosmúsicos também os profundos parabéns pelaboa prestação e à direção os parabéns portodo o esforço e trabalho realizado, maisuma vez muitos parabéns a todos.

“A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca.”Carlos Drummond de Andrade

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“O homem não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar.”Charles Chaplin

BANDA FILARMÓNICA OVARENSEDirigida pelo Maestro: Ascendino Silva

Nasci em Ovar. A BandaFilarmónica Ovarense, queconheço muito bem, deupalco a muitos músicos queconheci e a mim também,diga-se de passagem.

Excelentes amigos!...Alguns já partiram,mas não deixaram de estar presentes noscorações dos amigos e familiares que osestimavam, bem como na alma desta Bandacuja maior riqueza sempre esteve muito paralá da música. De facto, para mim e mais oumenos para todos os elementos músicos oudirectores que conheci até hoje e com quemme relacionei, esta Filarmónica ofereceusempre humor, sinceridade, camaradagem,bondade e filarmonia a todos os seusmúsicos, fazendo-os criativos e felizes. Essaatmosfera projetou-se na sua apresentaçãoem palco, onde a música fluiu sempreconceitos pelo auditório do Europarque,denotando a experiência bicentenária demuitos concertos ao ar livre nas váriasromarias para as quais é solicitada,projectando a sua sonoridade colorida efranca, capaz de se fazer ouvir seja ondefor!... O repertório foi bem escolhido e o seumomento alto aconteceu com a voz angelical

da cantora Laura Santos, que cantandoexpressou sentimentos e impressões,mostrando domínio e técnica vocal, juntocom musicalidade e sensibilidade dignas deuma artista em ascensão. Também einteligentemente, como cartão de visita deOvar, terra onde o Carnaval reina quasesempre e não só uma vez por ano, A BandaOvarense partilhou o seu espaço com umarepresentação da excelente Escola de Samba“Costa de Prata” de Ovar, trazendo ao palcoo samba e os seus ritmos com uma trilogiade percussão, sambistas e banda, fechandocom chave de ouro a sua prestação. Força aoJoão Ascendino, pelo trabalho que tem vindoa desenvolver!

A Banda FilarmónicaOvarense protagonizou umtrabalho honesto e eficaz,interpretando um repertórioaliado às características dotrabalho que tem sido

desenvolvido pelos músicos e pelo maestroAscendino Silva, desde Dezembro de 2011,quando este substituiu o carismático maestroAntónio Covas.

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ais alto nível Apesar da audácia na escolha do

repertório, variado e interessante a nívelestilístico, devo salientar a importância emcorrigir alguns aspectos essenciais para oequilíbrio e sonoridade do grupo: ausênciade colorido nos graves, na conceção da baseharmónica, aspeto preponderante para umasonoridade mais compacta, mais equilibrada;a fragilidade das madeiras, motivada pelaquantidade de metais comparatiuvamentecom as madeiras, nomeadamente, osclarinetes, por vezes com um timbre maisbrilhante; retificar o equilíbrio entre osdiferentes naipes da textura orquestral,melhorar os planos sonoros essencialmenteao nível das intensidades, de modo avalorizar a harmonia, melodia, contraponto,dinâmica.

A banda iniciou a sua intervenção,homenageando o nosso compositorAlexandre Fonseca, com a interpretação daMarcha “Encantos Sabrosis”. Emdeterminados momentos, a afinação no naipedos clarinetes não era estável, aliada a poucaleveza no discurso musical. Por vezes osmetais sobrepunham-se às madeiras, no quediz respeito às intensidades, e aindarelativamente às intensidades, cito os poucoscontrastes a nível das intensidades ao longoda obra. Na secção central, a componenteharmónica nos trombones, por vezessobrepunha-se à componentemelódica/temática e na fusão tímbricaclarinete/flauta, apesar da sonoridadeenvolvente, verificaram-se alguns desacertosao nível da afinação.

Na obra “Plegaria Taurina” docompositor Rafael Méndez, verificaram-sealguns problemas de afinação, imprecisõesrítmicas, hesitações nas entradas, poucoscontrastes a nível das intensidades e osmetais com um timbre algo brilhante emrelação aos restantes naipes, criando algunsdesiquilíbrios tímbricos. A banda nemsempre esteve bem no apoio harmónico aosolista (trompete) essencialmente no

controlo das intensidades. A intervenção dotrompetista, revelou aspetos muitointeressantes: boa fluidez e projecção sonora,boa expressividade, assente numaarticulação cuidada, indo ao encontro datemática proposta pelo compositor.

Na interpretação da obra “AppalachianOverture” do compositor James Barnes, abanda esteve melhor, revelando diferente einteressante nível musical, relativamente àsonoridade, afinação, contrastes interessantese sonoridade harmónica rica e coesa, emboraseja preponderante rectificar a sonoridade dostrompetes e trombones, por vezes algobrilhante, diluindo a massa sonora dasmadeiras, a afinação instável nos graves(tubas) na conceção harmónica de algumassecções, assim como alguma instabilidaderítmica e no tempo na transição de secções.

A qualidade artística da obra “AdiosNonino” de autoria do compositor AstorPiazolla, é um bom atributo pedagógico paraalterar o paradigma musical das bandasfilarmónicas: abordagem de outrassonoridades melódicas (ex: inclusão doacordeão) harmónicas, novas interpretações.No geral, a banda apresentou umasonoridade e equilíbrio agradáveis, bomcolorido harmónico, com todas as vozes do“esqueleto” harmónico equilibradas, emboraseja fundamental rever a articulação efraseado pouco cuidados, algumaincoerência na pulsação e afinação no naipedas tubas, quando a banda desempenha umafunção específica de suporte melódico eharmónico do solista. A intervenção doacordeonista foi de boa qualidade, com boafluidez, boa expressividade, indo aoencontro da temática da obra. Deixo aqui umreparo: em futuros eventos, o maestro devereajustar a afinação da banda emconformidade com o acordeão, antes dainterpretação da obra, de modo a evitarinstabilidade ao nível desta competênciafundamental para o qualidade tímbrica doconjunto.

“Não é nenhuma vergonha ser feliz; vergonhoso é ser feliz sozinho.”Albert Camus

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“A preguiça faz com que tudo seja difícil; o trabalho o torna tudo fácil.”Benjamin Franklin

Na obra temática “Amor a Portugal”, abanda revelou contrastes ao nível dasintensidades e tempos, correctos e cuidados,com o intuito em não sobrepor as belaslinhas melódicas da jovem cantora. Aprecieia boa articulação, sensibilidade, sonoridadecuidada, aveludada, boa perceção frásica dacantora. Todavia, há que retificar algo queocorreu nas anteriores obras, no naipe datubas: rever a articulação e fraseado poucocuidados, alguma incoerência na pulsação ena afinação.

Contrastando com a interpretação dasanteriores obras, a banda esteve mais estável,mais solta, na interpretação da obra“Caravan”, o que aliás, ocorre nageneralidade com as bandas filarmónicas,quando interpretam obras de cariz ligeiro, omesmo nem sempre acontece, na execuçãode outros géneros musicais. A coreografia acargo de simpáticas e alegres dançarinas daEscola de Samba “Costa de Prata” de Ovar,valorizou a atuação da banda e foi aoencontro da temática da obra, provocando nopúblico agradáveis sensações, quecorrespondeu com palmas. A banda reveloubom ritmo, bom tempo, embora sejanecessário retificar o equilíbrio entre osdiferentes naipes da textura orquestral emelhorar os planos sonoros essencialmenteao nível das intensidades.

Uma palavra de incentivo pela audácia eentrega demonstrada pelo maestro, músicose diretores da banda. Participar neste evento,foi um verdadeiro ensinamento no percursomusical da banda, assimilar as críticassempre construtivas associadas a umtrabalho honesto, com vista à evoluçãoartística desta ilustre Associação que soube esaberá dignificar o nome da região.

A Banda FilarmónicaOvarense apresentou paraeste concerto um grandeprograma, num registro

muito distinto e variado, ao quenormalmente estamos acostumados a esperarno concerto de uma Banda. O programa foimuito variado e muito atrevido, ao qualbrindo com meu aplauso e encorajo acontinuação. Creio que temos (inclusive eu)trabalhar para que as pessoas queiramassistir aos concertos. O público necessita,de ser surpreendido, excitado, comovido,que o alegremos, que se sinta feliz, e tudoisto foi o que a Banda Filarmónica Ovarenseprovocou em mim.

Abriu este maravilhoso programa comEncantos Sabrosis, notando-se um poucoque os músicos estavam encaixando noconcerto e no auditório. Faltou bastantemobilidade musical, e houve bastantedesafinação no trio final por parte das flautascom os clarinetes.

Seguiu com um grande pasodoble.Excelente solo de trompeta muito bemcolocado na sonoridade, fazendo uma grandeinterpretação. A banda deveria no entanto tê-lo acompanhado um pouco mais e fazê-losentir-se mais cómodo.

Uma das surpresas da noite foi Oblivionde Piazzola. Tocar Acordeon e banda no énada fácil, pela falta de projeção do som queo acordeon tem. No entanto esta dificultadefoi superada com cresendos por parte dabanda. Além disso este tema foiacompanhado por uma linda coreografia egrandes bailarinas: Sonhos Violeta, aos quaisbrindo com o meu aplauso.

Outra das surpresas foi Amor a Portugal,tema de Ennio Morricone e Dulce Pontes,desta vez na voz magistral de Lausa Santos.Foi interpretada, sem sombra de dúvida pelocoração de todos os artistas ali presentes.Pecou por colocarem um microfone usandoa amplificação do auditório, confundiu umpouco a banda e o maestro. Deveria ter-seusado a amplificação do próprio palco parapoder realizar uma melhor sintonia, melhorentendimento da música, já que às vezes avoz sobressaía por cim da banda.

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ais alto nível A pérola final sobre esta actuação foi

Caravan, arranjo de Naohiro Iwai e com asurpresa da escola de Samba “Costa dePrata”. Como disse no início do meucomentário, a música tem de chegar aopúblico e criar espectáculo. Sem dúvida estabanda conseguido o feito, com muitosingredientes diferentes, tocando diversosestilos para chegar a todos os públicos.

O meu bem haja ao Maestro, como àdireção da banda pelo maravilhoso trabalhorealizado e pela sua aposta neste espectáculo.

A minha inteira aprovação e apaluso.

A Banda FilarmónicaOvarense dirigida pelomaestro Ascendino Silva,escolheu  um bom repertóriobastante variado.

Destaco como melhormomento a interpretação da obra“Appalachian Overture” do compositorJames Barnes, assim como do tema  “Amora Portugal” sempre agradável de ouvir e comuma interpretação bem conseguida.

A filarmónica Ovarense,com mais de 200 anos devida, apresentou-se noEuroparque com uma bandaformada por juventude eveterania. Durante todo o

concerto transmitiram entusiasmo e energia,algo que chegava ao público.

O programa de concerto foi muitocompleto e variado. A seleção dos artistasconvidados e sua participação fez com queo concerto fosse diferente: acordeon solista,bailarinas, cantora, grupo de samba... Todoum espectáculo que a banda ofereceu. Asminhas felicitações por entusiasmar opúblico em todos os momentos.

Somente um comentário da minha parte,e trata-se da sonoridade colectiva. A bandatem bom som, mas dependendo dainstrumentação, muda, isto é, quando soam

poucos instrumentos “Música de câmara” abanda soa muito bem, flexível, comfraseado, mas quando tocam todos no forte osom não é da mesma qualidade, não háfraseado nem equilíbrio. Dois exemplos:

Em plegaria Taurina a bandasobrepunha-se em som ao solista. EmOblivion igual. Na obra de acordeon solistaquizás era bom porque em algumas partesnão tocavam todos os músicos, sobretudo astubas onde havia desajustes, já que oacordeon não estava amplificado e perdia-sea essência da obra.

Em resumo, uma actuação original, comgrande aposta no cenário, coreografica ecom muita paixão posta no palco.

Falta-me dizer que gostei desta frase docurriculum que nos ofreceu a banda:“celebrou o seu bicentenário, renovando assuas responsabilidades com a Música, bemcomo, com a filarmonía”

Que asim seja, por muitos anos.Parabéns.

A Banda FilarmónicaOvarense teve uma prestaçãosempre a subir de nível. Ascoreografias foi umacrescento a esta excelenteapresentação que começou

algo receosa na primeira peça , EncantosSabrosis. Algumas notas que gostaria deregistar: Na duas primeiras peças estiveramreceosos, acusaram nitidamente o ambiente ea excelente sala em que estavam. Mas depoisestabilizaram e afinação, balanço, rigorrítmico foram aspetos exemplares, parabéns.A inclusão do acordeão e as coreografias napeça Oblivion, foram felizes e resultaram empleno. Na peça Amor a Portugal a cantoraesteve perfeita, com excelente voz –parabéns! Na última peça, Caravan, ainclusão da Escola de Dança encheu oauditório de entusiasmo, ritmo e alegria.Parabéns, pois, à Banda Ovarense e ao seuMaestro pela prestação que nos trouxeram.

“Talvez as melhores amizades sejam aquelas em que haja muita discussão,muita disputa e mesmo assim muito afeto. .” George Eliot

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“A melhor vingança é conquistar o que os outros dizem que não somos capazesde conseguir.” Anónimo

Dirigida pelo maestroAscendino Silva.

Agradável e divertidaproposta da BandaFilharmónica Ovarense.

Um dos aspectos maisesquecidos ou pouco explorados das bandas,orquestras ou ensembles é a interação comas distintas artes e como o público.

A música é uma arte abstrata, tem esseinconveniente, não se pode tocar nem verpelo que é uma arte efémera, que vive namemória. Por iso temos a obrigação dechegar ao público com aspectos que omaestro Ascendino Silva soube resolverplanificando un concerto diversificado.

Muito bem incluída a dança noespetáculo já que demonstra que têm umamentalidade jovem e muito saudável nostempos que correm e que vos farádiferenciar-vos do resto da bandas.

Felicito-vos pela vossa vontade pordesenvolver propostas musicais queapresentam uma perspetiva artística global eum forte compromisso com as artes.

A Banda FilarmónicaOvarense com um programabem escolhido,proporcionou-nos momentosmuito agradáveis.

Adorei ouvir, Amor aPortugal na voz da Laura Santos.

Muitos parabéns ao maestro, músicos,direção e todos que colaboraram para osucesso deste lindo espetáculo.

A Banda Ovarense deuinício ao seu concerto com“Encantos Sabrosis” deAlexandre Fonseca erevelou-se muito presa e semvivacidade o que terá

originado algumas desafinações na contramelodia.

Na segunda obra “Plegaria Taurina” deRafael Méndes, foi interessante ouvirmosum jovem trompetista que se apresentoucom potencial para num futuro próximo sepoder exibir em bom plano. Tem talento.Agora é só trabalhar bem para alcançar onível desejado.

Na obra “Appalachian Overture” deJames Barnes, a banda demonstrou melhorclarividência ao nível da execução técnica,relativamente à sua 1.ª participação nestefestival, mas esteve menos expressiva e comalgumas desafinações nas partes de menordensidade.

“Oblivion” de Astor Piazzola – Aquiassistimos a uma música mais fresca esensual com a banda a mostrar o seu outrolado que lhe é tão peculiar e a sair-se muitobem. Com a dança e o acordeão a trazeremfrescura ao grupo, assistimos a uma bonitacoreografia, e, a capitanear a equipa, umacordeonista que com a sua positivaperformance extraiu da banda boaelasticidade.

“Amor a Portugal” é uma obra muitoingrata para uma banda amadora compoucos recursos. Neste contexto osequilíbrios entre os naipes, o bom fraseado,legato e sonoridade de grupo, requeremmuito tempo e trabalho, cuidados muitoespeciais e uma contínua evoluçãoindividual. A banda está em transformação echegará lá a médio prazo.

A cantora Laura Santos foi corajosa aointerpretar esta canção que foi gravada pelagrande Dulce Pontes.

A Banda Ovarense ganhou ao nível daexecução mas tem que trabalhar muito aonível da emoção. Acredito que num futuropróximo a letargia pertença ao passado.

Parabéns ao Maestro Ascendino,músicos e direção.

“Homenagem a Domingos Matos” deAlexandre Fonseca foi gravada pela bandade souto há alguns anos e sentiu-se bem afamiliaridade.

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ais alto nível “Entre o Céu e a terra” de Afonso Alves,

teve momentos de interesse assinalável, comos aspetos técnicos no devido lugar e osequilíbrios entre os naipes quase sempreconseguidos, pese embora se tenha notado,durante a interpretação da peça, ligeirasprecipitações no que aos andamentos dizrespeito, mas nada que comprometesse obom desempenho.

No tributo a Carlos Paião a ideia dejuntar à banda os coros da paróquia é semprede aplaudir.

A junção de ambos os grupos nemsempre foi bem conseguida mas ficou a boaimpressão subjacente ao ato em si.

A Hallelujah proporcionou um ensejo àintrospeção. A Banda desempenhou bem oseu papel mas a cantora deu-lhe um toquemuito especial. Tem de facto uma voz muitobonita, aliás, ao nível da sua figura. Foi umbom momento musical e estético.

A Banda finalizou o seu concerto de umaforma entusiasta com a marcha de JohannStrauss “Radetzky March.

Parabéns ao Maestro Manuel Luís, aosmúsicos e à Direção.

A Banda FilarmónicaOvarense, apresentou-sebem composta noEuroparque, com vontade derealizar um bom trabalho eparticipar neste evento será

um marco para a banda Ovarense, assimcomo um bom incentivo para futuroobjetivos. Devem trabalhar mais a afinaçãogeral da banda, em certos momentos nãohouve enquadramento rítmico, fraseados,não se respeitaram dinâmicas,

principalmente quando há solistas, mas tudomuito compreensível quando há um grupomuito jovem em palco. É, no entanto, umabanda com boa margem de progressão,devido à sua juventude e com a maturidade,certamente abordarão essas questõestécnicas.

Quanto ao programa, foram na minhaperspetiva muito originais, trouxeram som ecor a este festival. No geral estiveram muitobem, à parte das questões mais técnicas,iniciaram com uma bonita marcha deAlexandre Fonseca “ Encantos Sabrosis ”;gostei do agradável ritmo imposto a estamarcha, já a afinação e enquadramento, devemelhorar. Na segunda obra “ PlegariaTaurina ” a banda não respeitou as dinâmicasno que diz respeito banda/solista, na terceiraobra “Appalachian Overture ”, referencio asmesmas questões, afinação, enquadramento,dinâmicas e ataques, onde os metais seexcederam um bocadinho. Na quarta obra “Oblivion “ a banda soltou-se um bocadinhomais, houve uma boa articulação com oacordeonista Ricardo Rodrigues e com ogrupo coreografo “ Sonhos Violeta ”,parabéns a ambos, estiveram bem,proporcionando um agradável momento. Naquinta obra “ Amor a Portugal ”, as questõestécnicas mantiveram-se, o que foi pena, poisa prestação da cantora Laura Santos foifantástica, esta música é absolutamentemagnífica e muito emotiva, a cantora Lauraconseguiu transmitir isso mesmo, parabéns.Finalizando a sua participação com grandeanimação, deixando o europarquemaravilhado com calorosa obra “ Caravan ”.

Muitos parabéns ao maestro, músicose sua direção.

“Desenvolva o interesse pela vida, como você a vê, as pessoas, coisas,literatura, música, o mundo é tão rico, simplesmente pulsando com seustesouros, com as almas das pessoas bonitas e interessantes. .”

Henry Miller

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“A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto.”Francis Bacon

SOCIEDADE DA BANDA MUSICAL DE SOUtODirigida pelo Maestro:

Manuel Luís Ferreira de Azevedo

Banda em francaascensão e equilibrada emtermos de naipes.Articulação, fraseado edinâmicas, bem como asincronia do colectivo,

revelam trabalho bem conduzido eorientado.

O Coro veio acrescentar valor àprestação da Banda e trazer Carlos Paião deuma forma bonita e com uma simplicidadeincrível. Também a cantora de amarelo,fazendo jus à cor de canário, encantou ecomoveu todo o auditório com os seustrinados, transportando a primavera paradentro do Europarque. Aleluia!

Por fim a obra Radetzky acompanhadacom aplausos do público colaborante, apósuma extensa tarde de espectáculo, fechandocom chave de ouro o palco e abrindo-o parao que vem a seguir. Aguardemos!

Sob a direcção artísticado professor Manuel Luís,maestro dotado de umadireção sóbria, elegante,dinâmica, muito bem

preparada, a banda conseguiu transmitiratravés dos sons, as temáticas descritas nasdiferentes obras, sendo esta atuação, o claroindicador da evolução artística ocorrida aolongo dos tempos, aliada aos atributosmusicais dos instrumentistas, e ao arrojadoe bem escolhido repertório interpretado emConcertos, distinto do repertório idiomáticodas bandas filarmónicas. Nota-se umelevado grau de motivação dos músicos naabordagem à estética do repertóriointerpretado transmitindo ao públicomomentos de sublime beleza musical, comofoi o caso das obras respetivamente com vozsolista e coros.

O equilíbrio e homogeneidade dassonoridades, rigor a nível rítmico e nasmudanças de andamento, assim como aafinação, foram pormenores musicais dignosde registo, apesar da disposição da Banda empalco, nomeadamente a colocação das tubase dos trombones. Acho que a paletainstrumental estava algo incompleta:ausência de fagotes e apenas umbombardino. O número reduzido declarinetes em relação ao naipe de trompetes,não se fez notar, devido à qualidade sonora

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ais alto nível digna de registo, bom equilíbrio, semprecuidada dos metais e do tutti.

A banda iniciou a sua prestação musicalinterpretando a Marcha “Homenagem aDomingos Matos”, uma homenagem aoilustre e carismático compositor AlexandreFonseca. Por vezes, o saxofone barítonoestava desajustado ao tutti em termos deintensidade, interferindo na qualidade daharmonia tímbrica; na secção em forte apóso primeiro tema, faltou potencial sonoro nonaipe de trombones, e o motivo melódico emtercina de colcheias, nem sempre foiperceptível ao nível da articulação das notas.Todavia, a banda esteve bem na mensagemcom os naipes a revelarem sonoridades ricasdo ponto de vista melódico e harmónico,andamento preciso, com alma e energia, nogeral, boa gestão das intensidades e da massasonora, determinada e afinada.

Foi a primeira que escutei a Abertura"Entre o Céu e a Terra" do compositorAfonso Alves, sem dúvida, uma obra muitointeressante do ponto vista estética eestilístico. Acho que a mensagem, espírito ededicatória da obra foram bem conseguidas,pois os músicos sentiram aquilo quetocaram, interpretando-a com carácter,energia e muita sensibilidade musical, bonscontrastes ao nível da intensidade e dotempo, uma textura sonora requintada naqual destaco o desempenho dos metais, comintensidade e sonoridade equilibradas,sempre com o intuito de não sobrepor osrestantes planos sonoros.

Na interpretação da obra “Hallelujah”,a Banda obteve na minha opinião, um bomnível musical quanto à sonoridade,articulação, afinação e equilíbrio entre osdiferentes naipes, precisão rítmica, commuito carácter e uma sonoridade harmónicarica e coesa. O tutti, enquanto suportemelódico e harmónico da cantora, estevemuito bem, revelando leveza e sensibilidademusical, boa gestão das intensidades e damassa sonora.

Para terminar a brilhante prestação empalco, a banda interpretou a obra “Tributo aCarlos Paião”, um medley com temasimortais do cantor e compositor Carlos Paião,com arranjo bem elaborado a cargo de ÁlvaroReis, Presenciamos momentos musicais comqualidade, assentes na boa preparação dabanda para este evento: bom sentido rítmico,interessantes cambiantes de intensidade e deandamento, leveza nas linhas melódicas, naspassagens mais expressivas, sonoridadeharmónica sempre aveludada. muito precisae envolvente, com a redução da paletainstrumental no acompanhamento ao coro esolista, muito bem conseguida, com todos osnaipes a revelar muita segurança. Felicitoigualmente Rui Soares, pelo excelente arranjoelaborado para os coros da Paróquia de SãoMiguel de Souto, emocionando o ouvinte,com o espírito e mensagem musical da obra,através das belas melodias e harmonias queemergiam naquela sala.

Parabéns aos músicos e ao maestro,professor Manuel Luís, pelo trabalho quetêm desenvolvido, pela maneira comosouberam dignificar o nome da banda e aarte musical, assim como a todos oselementos da Direcção, pela organizaçãocom sólidos alicerces, uma competênciafundamental para a continuidade desteexcelente trabalho artístico.

A Sociedade da BandaMusical de Souto,apresentou-nos um programaao mais alto nível.

Uma banda onde se notaestablilidade, com grande

trabalho e larga experiência nas suas fileiras.A sonoridade que projectou esta banda

durante todo o seu concerto fez notar queestes músicos tocam muito tempo juntos,fazendo um trabalho excelente nos planossonoros, assim como em harmonia eafinação, assim demostraram interpretandoHomenajem a Domingos Matos.

“As vezes é preciso parar e olhar para longe, para podermos enxergar o queestá perto de nós. .” Anónimo

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“A pior solidão é aquela que se sente na companhia de outros.”Anónimo

Sinto-me muito feliz por ter descobertocompositores e obras portugueses tais comoEntre Céu e Terra, uma grande obra docompositor Afonso Alves, onde a bandaMusical de Souto conseguiu encher-nos deenergia, e mostrar-nos todas as colores que apartitura exigia, tocando mais além dasnotas.

É de destacar o lindo fraseado durantetoda a obra, nos clarinetes e uma excelenteinterpretação, com força, técnica emusicalidade de toda a percussião. Bravo!!

A Sociedade da Banda Musical de Souto,junto com os coros da paróquia de SãoMiguel de Souto interpretou-nos Tributo aPaião de Álvaro dos Reis e Hallelujah deLeonard Cohen. Na minha opinião, o coronão deveria ter sido amplificado, se omaestro achava necessário pois deveria tersido amplificado no palco, já que haviamomentos em que não se percebiaperfeitamente o acompanhamento da banda.Na verdade o maestro foi muito inteligentefacend “tacet” a muitos músicos para darmais presença ao coro, no entanto às vezesacontecia o contrário do pretendido.

O coro fez uma grande interpretação emambas as obras, fazendo sentir a músicacomo tinha de ser!!!

Para acabar o programa a banda encerroucom a marcha Radetzky, na qual o públicoacompanhou com grande entusiasmo.

Uma grande Banda, com um grandetrabalho, continuem assim!!!!

Prestação muitoagradável dos músicosconduzidos pelo  maestroManuel Luís

Sem dúvida que aAbertura "Entre o Céu e a

Terra" do compositor Afonso Alves, foi omomento alto da atuação desta Banda

Terminou a tarde ao mais alto nível como “Tributo a Carlos Paião”, um medley

agradável e interpretado com elevadaqualidade. 

Abraço.

Uma banda histórica,fundada em 1849 apresentou-se no Europarque comgrande disciplina eprofessionalismo em palco.

Ao programa escolhido,fixo especial referência aos compositoresportugueses conseguindo entusiasmar opúblico que se divertiu na sala e que cantouos temas populares ao som da banda. Issoconseguiram-no com a obra Tributo a CarlosPaião, com a colaboração dos coros daparóquia de São Miguel de Souto. O facto deserem acompanhados pelo coro é muitoimportante a nível social, já que a filarmoníaconeta a vários níveis da freguesia,conseguindo a banda um maior apoio ecarinho dos seus vizinhos.

Esta banda, é um agrupamentocompensado entre madeiras e metais. Nasmadeiras pode atingir um bom equilíbrio nobalanço tímbrico graças aos seus 17clarinetes, 6 flautas/flautín e 2 oboés; noentanto têm de equilibrar e conseguirharmonia com os 10 saxofones (7 altos e 3tenores). Nos metais idem entre os naipes.

A sonoridade da banda é boa, no entantopor vezes pouco flexível no fraseado e nasmatizes dinámicas. A experiência do maestroajuda a banda neste aspeto, como noHalleluia onde não tocaram todos os músicose ouvia-se equilibradamente a banda, o coroe a solista cada um no seu perfeito planosonoro.

A marcha Radetzky pôs fim a umaactuação e a um festival brillante.

Parabéns ao maestro Luis Azevedo e àbanda pelo seu trabalho. Obrigado porincluir as notas de programa do concerto. Éseguir por esse bom caminho!

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ais alto nível A Sociedade da Banda

Musical de Souto apresentouum repertório muito variadoe de bom gosto. A Bandaapresentou um nível desonoridade, timbre,

articulação, balanço rítmico, fraseado eafinação excelente, resultando numa bandamuito agradável de ouvir. Do Maestrotranspareceu confiança, eficiência, direçãomuito clara e boa comunicação com osmúsicos. A execução das obras foi feita coma energia e entusiasmo que era exigido, frutode uma grande dedicação e organizaçãodemontradas por todos os elementos dabanda. Parabéns!

Posto isto, na marcha Homenagem aDomingos Matos, a banda evidenciou desdelogos os aspetos que referi anteriormente deforma exemplar – Sonoridade, balanço,dinâmicas, equilíbrio e afinação. Parabéns.

Quanto à obra Entre o Céu e a Terra,excelente obra do compositor Afonso Alves,a Banda apresentou uma interpretaçãoentusiasta e dirigida de forma muito segurapelo seu Maestro, que nos habitua sempre aexcelentes trabalhos. Mais duas notas derealce: Excelentes intervenções dos Metaise conjunto excelente de dois naipes –trompas e saxofones.

Quanto à obra Tributo a Carlos Paiãocom coro, foi para mim um dos momentosaltos da tarde. Excelente interpretação docoro e acompanhamento bastanteequilibrado e eficiente por parte da banda.Fui um dos ouvintes que não acompanhei abanda com palmas, pois uma excelenteinterpretação deve ser ouvida e usufruídainteiramente. Palmas bati sim e muitos nofinal da obra. Perfeito! Excelente!

Quanto às duas últimas obras, Hallelujahe Radetzky March, de notar a excelente vozda cantora e a fantástica interação da Bandacom a Audiência.

Foi um trabalho fantástico, excelente.

Parabéns ao Maestro, direcção e, aosintervenientes principais, os músicos.

Filarmonia ao Mais Alto Nível é istomesmo: Qualidade, dedicação, Seriedade,Alegria, Ritmo.

Parabéns mais uma vez ao Sr. Mário portudo o que já fez e certamente continuará afazer pelo Mundo Filarmónico Português,que cada vez tem mais qualidade e interesse!Muito obrigado.

Dirigida pelo maestroManuel Luis Ferreira deAzevedo.

Banda muito correta,equilibrada, disciplinada,elegantes durante todo o

concerto. Souberam diferenciar planos, criarbons contrastes e sacar da partitura bonitosefeitos coloridos. Todas os naipes sabiamqual era o seu papel dentro da partitura ecom uma harmonia formidável,demonstrando um bom trabalho prévio.

Como é de esperar, o traballo ajudasempre, pelo que traballar não é realizar oque um imaginava, mas sim descobrir o quecada um leva dentro de si.

Excelente Banda.

Sociedade da BandaMusical do Souto – EstaBanda apresentou-se comum programa muito bemescolhido.

Foi um concertoagradável. Entre o céu e a terra é uma obraque produz um bom efeito no público, naminha opinião a banda conseguiu uma boaprestação.

Tributo a Carlos Paião e Halleluyahresultaram em pleno. Foi um momento altoneste festival.

Parabéns ao maestro Manuel Luis,direção e todos que ajudaram nestemagnifico concerto.

“Se o desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menospor desonestidade. .” Sócrates

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“Amar não é aceitar tudo. Aliás, onde tudo é aceito, desconfio que haja faltade amor.” Vladimir Maiakovski

“Homenagem aDomingos Matos” deAlexandre Fonseca foigravada pela banda de soutohá alguns anos e sentiu-sebem a familiaridade.

“Entre o Céu e a terra” de Afonso Alves,teve momentos de interesse assinalável, comos aspetos técnicos no devido lugar e osequilíbrios entre os naipes quase sempreconseguidos, pese embora se tenha notado,durante a interpretação da peça, ligeirasprecipitações no que aos andamentos dizrespeito, mas nada que comprometesse obom desempenho.

No tributo a Carlos Paião a ideia dejuntar à banda os coros da paróquia é semprede aplaudir.

A junção de ambos os grupos nemsempre foi bem conseguida mas ficou a boaimpressão subjacente ao ato em si.

A Hallelujah proporcionou um ensejo àintrospeção. A Banda desempenhou bem oseu papel mas a cantora deu-lhe um toquemuito especial. Tem de facto uma voz muitobonita, aliás, ao nível da sua figura. Foi umbom momento musical e estético.

A Banda finalizou o seu concerto de umaforma entusiasta com a marcha de JohannStrauss “Radetzky March.

Parabéns ao Maestro Manuel Luís, aosmúsicos e à Direção.

A Sociedade da BandaMusical de Souto,apresentou-se muito bemcomposta e mais ou menosbem distribuída em palco,apenas trocaria os trompetes

com os trombones e com um programainteressante.

Na primeira obra “ Hom. A Domingosde Matos ”, mais uma marcha do carismáticocompositor Alexandre Fonseca, homenagemlhe seja feita com todo o mérito ereconhecimento que merece, a banda estevebem em todos os planos. Na segunda obra “Entre o Céu e a Terra ” a banda teve uma boaprestação, deve apenas tentar melhorar oequilíbrio tímbrico e alguns desacertos queexistiram na mudança de andamentos, mastirando esses pormenores, estiveram muitobem. Na terceira obra “ Tributo a carlosPaião ”, viveu-se mais um momentoagradável, a banda esteve bem, comotambém esteve muito bem o coro e asimbiose entre banda/coro resultou muitobem, repercutindo esse espirito no público.Na quarta obra “ Hallelujah ” assistimos amais um bom momento e quero destacar edar os parabéns à cantora convidada, poisesteve fantástica. Finalizando com “Radetzky March ” devo dizer que a bandafinalizou com brilhantismo.

Parabéns ao maestro, músicos e seusdiretores, pelo excelente trabalho.

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ais alto nível

Oportunidade deverificar o trabalho que sefaz na ESMAE e o excelenteprofessor e músico, bemcomo excelente amigo que éo Hugues Kesteman e que

sabe rodear-se de bons amigos. Abraçoamigo Hugues e parabéns por todos osexcelentes artistas que tens formado emPortugal!

As diferentes formações(trio, quarteto, ensemble)que nos ofereceram osalunos do professorKesteman fizeram vibrar oAuditório do Europarque.

Num primeiro momento viram-se unsfagotes conectarem-se com o público atravésdum repertório que as bandas filarmónicasinterpretam habitualmente.

É de agradecer ao professor e alunos,que participaram num evento como oFilarmonía e que inclusive um aluno dopróprio ensemble tenha feito um arranjoduma marcha de Alexandre Fonseca;momento único e irrepetível.

Meus parabéns pela vossa musicalidade,entusiasmo e apoio ao mundofilarmónico!

O Ensemble de fagotesfoi outro momento degrande interesse musical epedagógico.

O Professor Kestemandeve ser o maior e melhor

divulgador do fagote neste país. Bem-haja!

“O único modo de evitar os erros é adquirindo experiência; mas a única maneirade adquirir experiência é cometendo erros. .” Anónimo

ENSEMBLE DE FAgOtES DA CLASSE DOProf. Hugues Kesteman da ESMAE