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Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação

Tratamento da Informação na Tratamento da Informação na Educação BásicaEducação Básica

Prof. Ilydio Pereira de SáUSS / UERJ / Pedro II

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Estar alfabetizado, neste final de século supõe saber ler e interpretar dados apresentados, de maneira organizada e construir representações, para formular e resolver problemas que impliquem o recolhimento de dados e a análise dos diversos tipos de informações.

Essa característica da vida contemporânea traz ao currículo de Matemática uma demanda em abordar elementos do tratamento da informação, desde os ciclos iniciais.

Podemos, de forma resumida, definir que o Tratamento da Informação lida com um conjunto de saberes e competências de natureza estatística, combinatória e de análise de códigos existentes em nosso cotidiano.

INTRODUÇÃO

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TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO: DISTINTOS CÓDIGOS EM NOSSA VIDA

Os Parâmetros Curriculares Nacionais sugerem como unidade básica a ser explorada em nossas aulas de matemática a que se refere ao Tratamento das Informações, com os distintos códigos envolvidos nessas informações. O que nos falta normalmente são as informações necessárias de como fazer essa abordagem no cotidiano de nossas aulas de matemática.

Nessa aula, deixaremos algumas sugestões práticas de como esse tópico pode ser abordado, de forma significativa e lúdica na Educação Infantil ou no Ensino Fundamental.Consultando o dicionário (Aurélio), encontraremos a seguinte definição para código: Vocabulário ou sistema de sinais convencionais ou secretos utilizados em correspondências ou comunicações.

Vamos apresentar nesse estudo alguns desses códigos, seu uso no dia-a-dia, bem como sua exploração em situações de sala de aula. Analisaremos os CÓDIGOS DE BARRAS, CPF e a CRIPTOGRAFIA. São exemplos ricos, do dia-a-dia da maioria das pessoas e de grande aplicação em diversas áreas do conhecimento, servindo de suporte para aulas de caráter interdisciplinar.

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1) A CRIPTOGRAFIA

criptografia descriptografia

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A palavra criptografia vem do grego kryptos (escondido) + grafia (escrita): e significa a arte ou ciência de escrever em cifra ou código, ou seja, é um conjunto de técnicas que permitem tornar incompreensível uma mensagem de forma a permitir que, normalmente, apenas o destinatário a decifre e compreenda.

Atualmente, com a era de Internet, a criptografia se tornou fundamental para a transmissão de informações, como nas compras eletrônicas. É a procura, cada vez maior, pela segurança tão importante para os usuários.

Nas aulas de matemática da Educação Básica diversas atividades ricas e interdisciplinares podem ser desenvolvidas, usando algumas noções simples sobre criptografia. Em seguida, apresentaremos algumas dessas atividades.

INTRODUÇÃO

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Exemplo 1: Chave 3 – Julio CésarCada letra do alfabeto era substituída pela 3ª letra, anterior.

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y ZX Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W

atacar xqxzxo

a b c d e f G h i j k l m n o p q r s t u v w x y z

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

Sugestão de atividade: Chave numérica simples.

Exemplo 2 : Somar 4Cada letra fica representada por um número que representa a sua posição no alfabeto. Com essa chave, ela fica substituída pela letra cujo número corresponde ao número original, aumentado de 4. Quando acontecer do resultado ser superior ao 26, voltamos ao início do alfabeto. Por exemplo, o número 28 corresponderá à letra b, pois 28 = 26 + 2 (é o que denominamos, na aritmética modular, congruência módulo 26).

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CIDADE MARAVILHOSA GMHEHI QEVEZMPLSWE +4

GMHEHI QEVEZMPLSWE - 4 CIDADE MARAVILHOSA

Exemplo 3: Anterior (x – 1)O PROFESSOR GANHA POUCO

N OQNEDRRNQ FZMGZ ONTBN

-1

N OQNEDRRNQ FZMGZ ONTBN

+1

O PROFESSOR GANHA POUCO

Comentário: Em classes do Ensino Médio o professor poderia representar cada chave por uma função bijetora (para que tivesse inversa) e o receptor da mensagem criptografada teria que obter a função inversa, para traduzir a mensagem recebida.

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O Código de Polibio (204 a.C. a 122 a.C.)

  1 2 3 4 5

1 A B C D E

2 F G H I J

3 K/Q L M N O

4 P R S T U

5 V W X Y Z

O historiador grego Políbio (204 a.C. a 122 a.C.), no seu livro Histórias, descreve um exemplo muito antigo de um código poligrâmico, que é atribuído aos seus contemporâneos Cleoxeno e Democleto.A idéia é cifrar uma letra com um par de números compreendidos entre 1 e 5, tendo por base uma tabela de 5 x 5. Desta forma, a mensagem pode ser transmitida com dois grupos de 5 tochas. Por exemplo, a letra E é transformada em 1 e 5 (veja abaixo), e pode ser transmitida com 1 tocha à direita e 5 à esquerda.

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TOCHAS DE POLIBIO 443513231143 1415 41353224122435

O que estamos dizendo com a mensagem, usando o código de Polibio? 14151324214211341435 331534431122153443 4315134215441143

Cada letra é representada pela combinação de dois números, os quais se referem à posição ocupada pela letra. Desta forma, A é substituído por 11, B por 12..., L por 31, etc. A mensagem cifrada torna-se uma seqüência de números que variam de 11 a 15, 21 a 25, etc.

O código de Políbio se destaca porque se baseia na decomposição da mensagem em letras individuais, permitindo transmitir qualquer tipo de mensagem (note que a representação de cada letra, por dois números ordenados é muito semelhante ao que fazemos com as coordenadas cartesianas).

DECIFRANDO MENSAGENS SECRETAS

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AS MÁQUINAS DA RENASCENÇA

Na Renascença, a partir de 1300 d.C., que começaram a surgir os primeiros dispositivos criptográficos de importância. Os discos de cifragem foram inventados nesta época. Como exemplo pode-se citar o Disco de Alberti e a Grelha de Cardano.

Cardano

G M P A L O E M T N

P N I S D L A G U R

E M J S R L E T A C

I D R U V N O R A N

H O Q U E Z A P T A

O receptor, de comum acordo com o emissor, colocava uma “máscara” sobre a tabela, lendo a mensagem.

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DESAFIE O SEU RACIOCÍNIONÃO É TÃO DIFÍCIL QUANTO PARECE

1) As letras U,D,T,Q,C,_,_ formam o início de uma série inteligível. Se você conseguir descobrir as duas letras seguintes, você verá um número infinito de letras nesta série.Se isto está com cara de criptologia pura, bem... não tem muito a ver. Você vai entender o conceito assim que descobrir as duas letras.

A próxima letra será o S, pois a seqüência representa as iniciais dos números naturais não nulos (um, dois, três, ...)

2) De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol bçguana que vcoê pdoe anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.

É uma idéia que pode ser bem aproveitada pela criptografia!

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2) OS CÓDIGOS DE BARRA

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Observe com atenção as embalagens a seguir. Verifique que todas têm um código de barra (neste caso com 13 algarismos). Se você comparar essas embalagens, através de informações como: País de origem, produto, empresa, ... poderá tirar uma série de conclusões a respeito desses códigos de barra.

Uma dica: Esse código, que é um dos mais usados no Mundo todo, pode ser subdividido em 4 partes:

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Interpretando os Códigos de Barras

O código de barras, que foi desenvolvido nos Estados Unidos pelo Uniform Code Council (UCC), é lido por raio laser (leitura ótica). Com o domínio de alguns conhecimentos simples, as pessoas também conseguem traduzir esses códigos. O código mais utilizado atualmente é o EAN/UCC-13, que usa um conjunto de 13 dígitos, sendo que o último (chamado de dígito verificador) é obtido mediante operações matemáticas com os outros 12, conforme veremos em nosso estudo.

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Dois produtos da

Nestlé - Brasil

789 1000 25260 4

789

1000

148

10 5

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Dois produtos da Bombril - Brasil

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Dois produtos da

Colgate Palmolive - Brasil

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Dois produtos da

Flashmann Royal - Brasil

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PRODUTOS INTERNACIONAIS

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1) Através da sua observação nos exemplos dados, você saberia inferir alguma conclusão sobre os três primeiros algarismos do código? Representam o País de registro do produto.

2) E sobre o segundo bloco, com 4 algarismos, o que você é capaz de concluir? Representam a Empresa fabricante.

3) E com relação ao terceiro bloco, com 5 algarismos, saberia dizer alguma coisa? Representam o produto daquela embalagem.

4) E sobre o décimo terceiro dígito, você foi capaz de descobrir alguma coisa? A seguir mostraremos.

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SOBRE O DÍGITO VERIFICADOR (13º ALGARISMO)

O sistema do cálculo desse dígito é o seguinte:

1) Escrevemos, abaixo dos demais 12 dígitos, da direita para a esquerda, ordenadamente, os dígitos 3 e 1, repetindo-os, sucessivamente.

2) Multiplicamos cada algarismo do código de barras por esses dígitos, de acordo com a posição ocupada por cada um.

3) Somamos todos os produtos obtidos.

4) Subtraímos essa soma obtida pelo primeiro múltiplo de dez, imediatamente superior ao resultado obtido. Esse será o valor do dígito verificador.

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Exemplo:Verifique o valor do dígito de controle do código de barras abaixo:

Vamos escrever a seqüência dos 12 primeiros dígitos, repetindo abaixo deles, da direita para a esquerda, a seqüência 3, 1, 3, 1, 3, 1,......

7 8 9 4 3 2 1 6 1 4 0 31 3 1 3 1 3 1 3 1 3 1 3

Vejamos agora a soma dos produtos encontrados:S = 7 + 24 + 9 + 12 + 3 + 6 + 1 + 18 + 1 + 12 + 0 + 9 = 102Finalmente, subtraímos 110 – 102, pois 110 é o primeiro múltiplo de 10, após o 102. Resultado 8. Logo, como já esperávamos, o dígito verificador desse código de barras EAN-13 é 8.

? ?

Maiores informações sobre o tema você encontrará no site:

http://www.eanbrasil.org.br

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CADASTRO DAS PESSOAS FÍSICAS (CPF)

Você já sabe que todo trabalhador brasileiro possui um código que o identifica na Receita Federal. É o Cadastro de Pessoa Física (CPF), que é constituído de 11 algarismos, sendo que os dois últimos são chamados dígitos de verificação ou controle.

Visando evitar fraudes, os dois dígitos de verificação são obtidos por meio de operações envolvendo os outros nove, conforme mostraremos a seguir. É um cálculo similar ao que vimos para os códigos de barras, denominado DV 11. É um cálculo que envolve uma parte da matemática que denominamos aritmética modular e o cálculo de restos de divisões envolvendo números naturais.

O DV 11 é obtido através do resto da divisão por 11 do somatório da multiplicação de cada algarismo de uma determinada seqüência (base) pelos dígitos 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1 e 0, respectivamente, da direita para a esquerda. Caso o resto dessa divisão seja igual a 10, usa-se o dígito verificador igual a 0. No caso do CPF, o décimo dígito (que é o primeiro dígito verificador) é o resultado do DV 11 dos outros nove algarismos. O décimo primeiro (que é o segundo dígito verificador) é o DV 11 os outros dez algarismos.

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Vejamos um exemplo: CPF: 862 697 057 – 97

Neste caso, os dois dígitos de verificação são 9 e 7.

Vamos aplicar a regra acima descrita e verificar se tais dígitos de verificação estão corretos.

8 6 2 6 9 7 0 5 7 esses nove formam a 1ª base1 2 3 4 5 6 7 8 9 dígitos a serem multiplicados

8 + 12 + 6 + 24 + 45 + 42 + 0 + 40 + 63 = 240

Se dividirmos 240 por 11, obteremos quociente 21 e resto 9, que é primeiro dígito verificador.

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Vamos agora inserir esse décimo algarismo e formar a segunda base.

8 6 2 6 9 7 0 5 7 9 esses dez formam a 2ª base0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Verifique que agora a multiplicação vai de 9 até 0, já que a base é composta por 10 algarismos. Efetuando as multiplicações, teremos:

0 + 6 + 4 + 18 + 36 + 35 + 0 + 35 +56 + 81 = 271

Se dividirmos 276 por 11, obteremos quociente 24 e resto 7, que é o segundo dígito verificador. Esse cálculo do dígito verificador é mais uma aplicação do que chamamos de CONGRUËNCIA, MÓDULO 11, que se estuda na aritmética modular.

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OBSERVAÇÃO: Temos ainda a informação de que o nono dígito (da esquerda para a direita) representa a região fiscal onde o CPF foi emitido. Verifique esse código na lista abaixo:

1 (DF-GO-MS-MT-TO), 2 (AC-AM-AP-PA-RO-RR), 3 (CE-MA-PI), 4 (AL-PB-PE-RN), 5 (BA-SE), 6 (MG), 7 (ES-RJ), 8 (SP),9 (PR-SC) e 0 (RS).

Trabalhando com seus alunos

Esse tipo de trabalho com o CPF é uma excelente oportunidade de você relacionar o conteúdo de divisibilidade, mais especificamente do resto da divisão por 11, com o cotidiano das pessoas. Você poderia também questionar a seus alunos se eles sabem qual a finalidade do CPF. Com as respostas deles, você poderá desenvolver uma discussão sobre o tema, falando sobre o imposto de renda e a finalidade dos impostos.Atividades como essas com o CPF representam curiosidade e desafio para os alunos e relacionam a Matemática com o cotidiano das pessoas.

Prepare outros desafios desse tipo. Esperamos que seus alunos gostem deles.