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Prof. Helian Nunes de Oliveira *

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Prof. Helian Nunes de Oliveira

*

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*O que é saúde para você?

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*

*Conceito e usos da Epidemiologia

* Indicadores de morbidade: fontes, taxas

*Epidemiologia descritiva

* Indicadores de mortalidade: fontes, taxas

*Medidas de mortalidade

* Investigação de Epidemias

*Vigilância Epidemiológica

*Análise situacional de saúde

*Métodos epidemiológicos – Vantagens e limitações dos métodos

*Análise de estudos epidemiológicos: erros sistemáticos e aleatórios;

*Teste de hipótese

*Medidas de associação

*Estudo caso-controle

*Estudo de coorte

*Validade e Precisão de testes diagnósticos

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*

*Epidemiologia

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*

* “A transferência de novos conhecimentos obtidos a partir de estudosepidemiológicos ao planejamento de programas de políticas decontrole de enfermidades tanto a nível individual quanto a nívelpopulacional.”

* Epidemiologia translacional e a acadêmica: “Enquanto o objetivo daprimeira é aplicação de conhecimento, o da segunda é o estudo daetiologia e os mecanismos de doença. A translacional avalia aefetividade; a acadêmica, a eficácia”.

Moyses Szklo

Professor da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health(Conferência Magna do 11º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva)

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*

* “O processo da epidemiologia translacional é a tradução de conhecimento epidemiológico quecomeça por evidências, que são os resultados dos estudos. Idealmente, essas evidências sãosumarizadas através de uma revisão sistemática e, às vezes, decisões têm de ser tomadasbaseadas em único estudo sobre determinado tema”, comentou Szklo. “As evidênciasfrequentemente se chocam com obstáculos de natureza ética e política e do ponto de vista dosrecursos”, ponderou.

* Porém, a tradução de conhecimento não é uma ciência exata. Daí o desafio dos pesquisadores,segundo Szklo. “Existe um lado subjetivo. Temos que derivar inferências dos dados objetivos”,constatou o professor.

* “Níveis de tradução”: o mais alto, A, representa um forte grau de certeza de que o benefício ésubstancial; abaixo, nível B, o benefício é moderado – nesse caso, deve ser implementado oprograma, a intervenção ou a política. Já o nível C, onde há um grau de certeza forte oumoderado de que o benefício é pequeno, a intervenção, programa ou política deve serimplementada, mas, talvez, a decisão deve ser feita a nível individual, e não populacional; onível D apresenta um grau de certeza forte ou moderado de que não há benefício ou que o danoé maior que o benefício. O último nível da escala aponta o quadro no qual a evidência não existeou é inconsistente ou de baixa qualidade. “Por exemplo, quando ela é baseada na opinião deespecialistas sem base em estudos epidemiológicos. Nesse caso, se a intervenção forimplementada, os indivíduos devem saber que a sua efetividade é duvidosa”, explanou oconferencista.

* Várias meta-análises têm demonstrado que estudos financiados pela indústria têm umaprobabilidade mais elevada de favorecer os seus produtos do que estudos financiadospublicamente, afirma Moyses Szklo

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*

“Eu não acho que evidências epidemiológicas sejam o único instrumento da Saúde Coletiva, que também exige o “input” de áreas não quantitativas, como por exemplo, a ética, a gestão e a política. Embora não suficientes para a Saúde Pública, as evidências

epidemiológicas são absolutamente necessárias.”

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*

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* https://www.youtube.com/watch?t=23&v=BhtSrNOgz0w

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* https://www.youtube.com/watch?v=BwQ2AhPC-ek

https://www.youtube.com/watch?v=EnMytitR-_4

https://www.youtube.com/watch?v=I8mM1FkxFAs

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*

*Indicadores

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Razão o numerador não está incluído no denominador

Ex: Razão entre nascidos vivos do masculino e feminino em BH, 2007

15 563 ÷14966 = 1,04 meninos para 1,0 meninas

Proporção compreende toda razão em que o numerador está contid

o no denominador; informa qual fração da população é afetada

Ex: proporção de nascidos vivos masculino em BH, 2007

15 563 ÷ (15 563 + 14 966) = 0,5098

Taxa mede o número de casos pelo tempo em risco, ou seja, nos mo

stra a dinâmica que a doença está ocorrendo na população

Ex: Taxa de incidência de TB em BH, 2010

Número de casos novos de TB em BH x 103=

População em risco em BH

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Os índices correspondem a categorias de uso mais restrito, estando constituídos por medidas que integram múltiplas dimensões ou elementos de diversa natureza. Devido ao seu caráter multidimensional, o índice integra, numa medida, vários aspectos de uma determinada situação de saúde-doença.1

A primeira é através de uma divisão que representa a relação entre entidades de distinta natureza, isto é, numerador e denominador expressam distintas dimensões. Ressaltamos dois aspectos: o primeiro, que a magnitude resultante não expressa mudança instantânea no tempo, não sendo, portanto, uma função; o segundo, que o resultado não constitui uma proporção em que o denominador é constituído por indivíduos em risco. Exemplos: Índice de Quetelet (massa corporal): peso / altura elevada ao quadrado; óbitos em acidente de trânsito por número de carros na frota; número de leitos hospitalares por população.

A segunda forma de elaboração de índices é por meio de uma escala de pontos (score) que representa a soma de unidades de diversa magnitude em diversas dimensões, algumas das quais podem ser qualitativas.

Exemplos: escala de avaliação de independência funcional - FIM (Functional Independence Measure) para pacientes portadores de seqüelas neurológicas, em que seis grupos de critérios qualitativos são pontuados; de maneira semelhante, a escala de Glasgow para avaliação clínica e prognóstica do coma neurológico e o índice APGAR para avaliação da vitalidade de neonatos.

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INCIDÊNCIA

Incidência: é a medida do número de casos novos, chamados casos incidente,

de uma doença, originados de uma população em risco de sofrê-la, durante

um período de tempo determinado. A incidência é um indicador da

velocidade de ocorrência de uma doença ou outro evento de saúde na

população e, consequentemente, é um estimador do risco absoluto de vir a

padecer da mesma.

Existem duas medidas de incidência:

Incidência acumulada ou risco: fornece uma estimativa da probabilidade de um indivíduo de uma determinada população desenvolver a doença durante um período específico de tempo. Assume que todos os indivíduos da população em risco estiveram efetivamente em risco de apresentar a doença durante todo o tempo observado.

Densidade de incidência (ou coeficiente de incidência média): relaciona os casos novos em uma população, levando em conta o tempo que cada pessoa é observada (acompanhada) e permanece exposta ao risco de desenvolver a doença. Mede com exatidão o tempo que cada indivíduo esteve em risco de adoecer e obtém-se o número total de “pessoa-tempo” de observação.

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PREVALÊNCIA

Prevalência: é a medida do número total de casos existentes, chamados casos prevalentes, de uma doença em um ponto ou período de tempo e em uma população determinada, sem distinguir se são casos novos ou não. A prevalência é um indicador da magnitude da presença de uma doença ou outro evento de saúde na população.

Existem três medidas de prevalência:

Prevalência de ponto: mede a frequência de um evento num dado instante de tempo excluídos os óbitos, os que curaram e os que migraram.

Prevalência de período: frequencia de casos existentes de um evento relacionado à saúde ao longo de um período ou intervalo de tempo

(t0 a t1).

Prevalência de toda a vida: expressa a quantidade de indivíduos que já apresentaram a doença em qualquer momento desde o nascimento e a realização do estudo.

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Quando um evento relacionado à saúde tem baixa prevalência e duração e incidência estáveis

(sem grandes variações ao longo do tempo) pode-se calcular a prevalência a partir da

seguinte relação:

Prevalência ~ taxa de incidência x duração média da doença

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LETALIDADE

A letalidade mede a GRAVIDADE de uma doença e é definida como a

proporção de mortes dentre aqueles doentes por uma causa específica, em

certo período de tempo. No indicador de letalidade o denominador é

limitado àqueles que já têm a doença, diferindo da taxa de mortalidade que

inclui toda a população com risco de morte pela doença.

Letalidade (%) = número de mortes por determinada doença no período x 100

número de casos da doença no mesmo período

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* https://www.youtube.com/watch?v=xzGalHQv8e0

https://www.youtube.com/watch?v=077VOth4CEQ

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*

*Epidemiologia descritiva

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*

*TEMPO

*LUGAR

*PESSOA

*GRÁFICOS, TABELAS, HIPÓTESES

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* https://www.youtube.com/watch?v=o8SHdtxiWQc

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*

*Indicadores de mortalidade: fontes, taxas

• Declaração de óbito

• Classificação da cau do óbito

• Nascimento vivo

• Óbito fetal

• Causa da morte

• Causa básica de morte

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*

*CAUSA TERMINAL OU DIRETA

*CAUSA CONSEQUENCIAL

*CAUSA CONSEQUENCIAL

*CAUSA BÁSICA

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CAUSA BÁSICA DE MORTE

A Sexta Conferência Internacional para Revisão Decenal da CID definiu

que a causa de morte para tabulação primária deve ser designada com

o a “causa básica de morte”.

O objetivo em saúde pública é prevenir a ação da causa precipitante.

Para esse fim, a causa básica tem sido definida como:

“a doença ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos

patológicos que conduziram diretamente à morte ou as circunstâncias

do acidente ou violência que produziram a lesão fatal”.

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*

*Taxa de mortalidade infantil

• Número de óbitos de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, em determinado espaço geográfico, no ano considerado

oNeonatal precoce (0-6 dias de vida)

oNeonatal tardio (7-27 dias)

o Pós-neonatal (28 dias e mais)

• Classificação

Alta (50 ou mais)

Média (20 a 49)

Baixa (menos de 20)

• Refletem níveis de saúde, desenvolvimento e condições de vida

• Usos: analisar variações geográficas e temporais, avaliação e subsídio para processos de planejamento

• Limitações: tendências passadas, restrição no uso em pequenas populações, abrange períodos diferentes.

nº de óbitos de residentes com

menos de um ano de idade

_________________________________ X 1000

nº total de nascidos vivos de mães

residentes

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*

*Taxa de mortalidade materna

• Número de óbitos de mulheres por causas maternas, por 100 mil

nascidos vivos, em determinado espaço geográfico e ano.

• Morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o

término da gestação.

• Reflete a qualidade de assistência a saúde da mulher.

• Usos: analisar variações geográficas e temporais, avaliação e subsídio

para processos de planejamento

• Limitações: consistência, definição, faixa etária

nº de óbitos de mulheres residentes por

Causas ligadas a gravidez, parto e puerpério

______________________________________________ X 1000

nº total de nascidos vivos de mães

residentes

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*

*Taxa de mortalidade neonatal precoce

*Número de óbitos de 0 a 6 dias de vida completos, por mil

nascidos vivos, em determinado espaço geográfico e ano

considerado.

• Reflete a qualidade de assistência no pré-natal, no parto e ao recém-

nascido.

• Usos: analisar variações geográficas e temporais, comparar e

subsidiar planejamento e ações.

• Limitações: subenumeração de óbitos (principalmente região norte e

nordeste)nº de óbitos de residentes de 0 a 6 dias

de vida completos (SIM)

_________________________________ X 1000

nº total de nascidos vivos de mães residentes

(SINASC)

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*

*Taxa de mortalidade neonatal tardia

*Número de óbitos de 7 a 27 dias de vida completos, por mil

nascidos vivos, em determinado espaço geográfico e ano

considerado.

• Reflete a qualidade de assistência no pré-natal, no parto e ao recém-

nascido.

• Usos: analisar variações geográficas e temporais, comparar e

subsidiar planejamento e ações.

• Limitações: subenumeração de óbitos (principalmente região norte e

nordeste)nº de óbitos de residentes de 7 a 27 dias

de vida completos

_________________________________ X 1000

nº total de nascidos vivos de mãe residentes

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*

*Taxa de mortalidade perinatal ou coeficiente de mortalidade

perinatal

*Número de óbitos fetais a partir de 22 semanas completas de

gestação (154 dias) até o sétimo dia completo de vida, por mil

nascidos vivos, em determinado espaço geográfico e ano

considerado.

• Usos: analisar variações geográficas e temporais, comparar e

subsidiar planejamento e ações. Muito usado por obstetras e

neonatologistas.

• Limitações: subenumeração de óbitos (principalmente região norte e

nordeste)

nº de óbitos fetais a parti de 22 semanas

de gestação e crianças até 6 dias completos de vida

___________________________________________ X 1000

nº de nascimentos totais de mães residentes

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*

Como padronizar

O principio da padronização é a introdução de uma população cuja composição, em relação à variável a ser controlada é conhecida, e é considerada como padrão. Os coeficientes de mortalidade das populações a serem comparadas são então ajustados em relação à composição desta população padrão.

Para o cálculo do coeficiente padronizado, em primeiro lugar se seleciona a população padrão. Como população padrão pode-se utilizar a soma das populações estudadas, somente uma delas ou uma terceira outra população. Em seguida, as taxas de mortalidade específicas por idade das populações estudadas são aplicadas nos grupos etários respectivos da população padrão, ou seja, multiplica-se cada taxa específica pelo número de pessoas no grupo etário da população padrão. Calcula-se assim, o número de óbitos esperados em cada grupo etário. A soma desses óbitos representa o número total de óbitos esperados nas populações estudadas se elas tivessem a distribuição etária padrão. Esta soma constitui o numerador do coeficiente padronizado. Este numerador dividido pelo total da população padrão (geralmente multiplicado por 1.000,) nos dá o coeficiente de mortalidade padronizado por idade.

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*

*Investigação de Epidemias

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*

*Vigilância epidemiológica

*Controle de zoonoses

*Vigilância ambiental e saneamento

*Saúde do trabalhador

*Alimentação e nutrição

*Sangue, hemocomponentes e hemoderivados

*Vigilância sanitária

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*

*Funções da Vigilância Epidemiológica

• Coleta de dados

• Processamento

• Análise e interpretação

• Recomendações

• Promoção

• Avaliação de eficácia e efetividade

• Divulgação de informações

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Notificar a simples suspeita de doença, sem aguardar a confirmação

do caso, para não atrasar a adoção das medidas de prevenção e

controle indicadas. Existem doenças que somente são notificados os

Casos confirmados.

A notificação deve ser sigilosa, não devendo ser divulgada fora do

âmbito médico-sanitário, exceto no caso de risco para a comunidade;

Mesmo na ausência de casos, a fonte notificadora deve enviar a

notificação negativa.

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*

*Análise situacional de saúde

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*

*Métodos epidemiológicos – Vantagens e

limitações dos métodos

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*

*Análise de estudos epidemiológicos: erros siste

máticos e aleatórios;

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*

*Teste de hipótese

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*Para aplicação dos testes estatísticos é necessário elaborar duas

hipóteses:

1. A hipótese alternativa ou de investigação (HA)

2. A hipótese nula ou de não-diferença (HO), sobre as quais são focados os

resultados da análise estatística

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*

*Medidas de associação

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*O objetivo é comparar, encontrar igualdades ou diferenças, a partir de

hipóteses.

*Associação: relação de dependência estatística entre dois ou mais

eventos, características ou outras variáveis. Uma associação está

presente se a probabilidade de ocorrência de um evento depende da

ocorrência de outro ou outros.

*Fator de risco: característica ou circunstância detectável nos indivíduos

ou grupos, associada com uma probabilidade incrementada de

experimentar um dano ou efeito adverso à saúde. Geralmente, um fator

de risco é um atributo ou exposição que incrementa a probabilidade de

ocorrência de uma doença ou outro dano à saúde.

*Risco relativo: razão entre o risco absoluto de adoecer ou morrer

daqueles com a exposição de interesse e o risco absoluto de adoecer ou

morrer daqueles sem a exposição de interesse. O risco relativo indica

quanto mais risco tem os expostos em relação aos nao expostos.

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*Odds: probabilidade do evento

1-probabilidade do evento

*Razão de chances: é o quociente entre dois odds. Em um estudo de

caso-controle, a razão de chances (OR) é o quociente entre as

vantagens (odds) a favor da exposição nos casos (a/c) e nos controles

(b/d) (OR de exposição)

*ESTATISTICA INFERENCIAL

MÉDIAS OU EM PROPORÇÕES

TESTES DE SIGNIFICANCIA

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*Riscos atribuíveis

A comparação de duas medidas de incidência acumulada permite quantificar o excesso de risco entre 2 grupos com diferentes níveis de exposição ao fator de interesse. Esse excesso de risco pode ser medido pela diferença de taxas, obtendo o risco atribuível em expostos

Risco atribuível nos expostos indica quanto o risco absoluto original ficaria reduzido se fosse eliminada a exposição ao fator de risco

RAe= Ie-Ine

Risco atribuível na população é a magnitude absoluta de incidência de doença que se atribui à exposição, já não somente nos expostos e sim no conjunto da população.

RAp= Ip-Ine

Frações Atribuíveis: é simplesmente o risco atribuível expresso percentualmente , isto é, a proporção da incidência ( nos expostos ou na população ) que se considera devida à exposição ao fator de risco

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* https://www.youtube.com/watch?v=Jl18GmGOyiI

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Tipo de

estudo

Delineamento Referência

temporal

Tipo

operativo

Características Vantagens Desvantagens

Experi

menta

l

Ensaio Clínico Prospectivo Individuado compara dois grupos

randomizados (tratamento

e placebo). O fator de

exposição é um

medicamento.

Fornece medida direta

do risco (incidência)

Maior controle de viés ou

bias (seleção,

informação, aferição)

Muito caro

Só é possível avaliar

fatores de proteção

Intervenção Prospectivo Individuado Normalmente compara

dois grupos (exposto e não

exposto). O fator de

exposição é vacina,

educação

IDEM IDEM

Obse

rvacio

nal

Transversal ou seccional Pontual Individuado Mede exposição e evento,

características de um

conjunto de indivíduos,

em um mesmo momento

(fotografia)

Rápido; baixo custo

Alto potencial descritivo

(subsídio ao

planejamento)

Permite avaliar uma

gama de eventos e de

exposições

Não fornece medida

direta do risco

Causalidade Reversa

Não é útil para estudo

de exposições e

eventos raros

Ecológico Pontual Agregado Mede exposição e evento,

características de uma

comunidade/agregado,

em um mesmo momento

(fotografia)

Facilidade de execução

Baixo custo relativo

Simplicidade analítica

Capacidade de gerar

hipóteses

Baixo poder analítico

Vulnerável à chamada

falácia ecológica

Caso-Controle

(retrospectivo)

Retrospectivo Individuado Compara um grupo de

indivíduos doentes com

um grupo de não doentes,

para investigar possíveis

fatores associados ao

evento estudado

Mais rápido; menos caro

Adequado para estudo de

doenças raras

Permite estudar

múltiplas exposições

Não é útil para estudo

de exposição rara

Viés de seleção

Viés ou bias de

informação

Viés ou bias de

memóriaCoorte

Concorrente/ prospectiva:

estudo inicia com a observação

das pessoas expostas

Não Concorrente/retrospectiva:

a observação das pessoas

expostas inicia-se no passado

Prospectivo Individuado Compara um grupo de

indivíduos expostos com

um grupo de não expostos,

para investigar a

ocorrência da doença

nesses grupos

Fornece medida direta

do risco

Adequado para estudo de

exposição rara

Maior controle de viés ou

bias

Requer amostra

grande

Normalmente

demorado

Caro

Não é útil para o

estudo de doenças

raras

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*

*Estudo caso-controle

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*

*Estudo de coorte

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*

*Validade e Precisão de testes diagnósticos

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SITUAÇÃO VERDADEIRA

Positivo Negativo Total

RESULTADOS

DO TESTE

PositivoVerdadeiro

positivo (A)

Falso

positivo (B)

Total de testes

positivos

NegativoFalso

negativo (C)

Verdadeiro

negativo (D)

Total de testes

negativos

Total Total positivo Total negativo

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Sensibilidade é a probabilidade que um resultado de um exame seja

positivo, quando administrado em pessoas que realmente estejam

doentes.

Sensibilidade = A/(A + C)

Especificidade é a probabilidade que um resultado de um exame seja

negativo, quando administrado em pessoas que realmente não estejam

doentes.

Especificidade = D/(B + D)

Valor Preditivo Positivo é a probabilidade de uma pessoa com um

resultado do exame positivo apresente realmente a doença.

Valor Preditivo Positivo = A/(A + B)

Valor Preditivo Negativo é a probabilidade de uma pessoa com um

resultado do exame negativo não apresente realmente a doença.

Valor Preditivo Negativo = D/(C + D)

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*

Percentual de concordância=núm.diagnósticos concordantes X 100

Total casos avaliados por ambos

Estatística de Kappa de Cohen = concord. observada – concord. esperada

1 – concordância esperada

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ESTIMADORES DE CONFIABILIDADE MAIS UTILIZADOS

Variáveis categóricas

*Percentagem de concordância (medida bruta)

*Estatística de Kappa de Cohen (medida ajustada para variações

devidas ao acaso)

Variáveis contínuas

*Erro padrão [EP] ou desvio padrão [DP] (quanto menor o EP ou o DP,

melhor a precisão.

* Coeficiente de variação (obtida pela divisão entre o DP e a média,

sendo uma medida que facilita comparações).

* Coeficientes de correlação (por exemplo, coeficiente de correlação

de Pearson), que é uma medida de associação que indica o grau no

qual duas variáveis estão correlacionadas linearmente

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* https://www.youtube.com/watch?v=qKQuCYkt3BI&list=PLcqv7rBglz3wP-bUzVJPtcHzSVCBqyBAC

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*

• É uma medida epidemiológica usada para a avaliar a efetividade de uma

intervenção ou mesmo de um tratamento sobre um desfecho de cura ou melhora.

• NNT significa o número de indivíduos nos quais é necessário instituir o tratamento a

Fim de obter uma cura, melhora ou quaisquer dos desfechos possíveis do estudo.

• O NNT é o inverso da Redução do Risco Absoluto (RPA), cuja definição é a diferença

entre a taxa no grupo controle e a taxa no grupo exposto.

NNT = 1

(PEA-POT)

PEA = probabilidade do evento adverso esperado

POT= probabilidade observada no grupo em tratamento

RRR =1- ( PRD ) x 100

PRM

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*

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• COEP

• TCLE

• GRUPOS CONTROLE