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PROF. EDUARDO GIUGLIANI & PROF. FELIPE BRASIL VIEGAS ESTRUTURAS DE CONCRETO FACULDADE DE ENGENHARIA PUCRS 2013 http://www.feng.pucrs.br/professores/giugliani/ CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO PRODUÇÃO CIVIL: ATUALIZAÇÃO EM SISTEMAS ESTRUTURAIS

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PROF. EDUARDO GIUGLIANI & PROF. FELIPE BRASIL VIEGAS

EESSTTRRUUTTUURRAASS DDEE CCOONNCCRREETTOO

FFAACCUULLDDAADDEE DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA

PPUUCCRRSS

22001133 hhttttpp::////wwwwww..ffeenngg..ppuuccrrss..bbrr//pprrooffeessssoorreess//ggiiuugglliiaannii//

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO PRODUÇÃO CIVIL: ATUALIZAÇÃO EM

SISTEMAS ESTRUTURAIS

2

PP RR OO GG RR AA MM AA

DATA AULA PROF ASSUNTO

27set

02

EDUARDO

CONCRETO COMO MATERIAL ESTRUTURAL

CRITÉRIOS DA NBR 6118/2003 CONCEITOS FUNDAMENTAIS:

CLASSE DE AGRESSIVIDADE, FISSURAÇÃO, FCK E FATOR A/C

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE FLEXÃO, CISALHAMENTO E ANCORAGEM

28set

03

EDUARDO

TOPICOS ESPECIAIS EM CONCRETO ARMADO

CONSOLE CURTO E DENTES GERBER VIGAS PAREDE

RESERVATÓRIOS PATOLOGIAS

04out

04

EDUARDO

INSTABILIDADE GERAL DE EDIFÍCIOS:

FATOR GAMA Z CARACTERÍSTICAS GERAIS E DIMENSIONAIS

PARA O PROJETO DE PAVIMENTOS: Lajes Convencionais, Planas, Nervuradas, Treliçadas,

Alveolares

05out

04

EDUARDO

INDICADORES DE PROJETOS

PARECER TÉCNICO ESTRUTURAL Comentários

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SETEMBRO 2013

3

CONCRETO COMO MATERIAL ESTRUTURAL

TOPICOS ESPECIAIS EM CONCRETO ARMADO

NOTAS DE AULA AULAS 02/03

Prof. Eduardo Giugliani

Prof. Felipe Brasil Viegas

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SETEMBRO 2013

4

CONCRETO COMO ELEMENTO ESTRUTURAL

EVOLUÇÃO DAS NORMAS DE CONCRETO

Linha do Tempo o 1960 o 1978 + 18 anos o 1986 + 8 anos o 2003/07 + 25/29 anos !!!

NORMA 6118/2003

Novos conceitos incorporados

QUALIDADE DE PROJETO

Qualidade de solução adotada, normas Condições impostas ao projeto,

o Contratante o Normas o Limites dos materiais o Durabilidade o Elementos especiais NBRs especiais

Documentação de Projeto o Desenhos, especificações e critérios de projeto o Informações claras e precisas o Informações suficientes para execução da obra o Gerenciamento e equipe multidisciplinar

Avaliação de Conformidade o Contratante ao Contratado

DURABILIDADE

“As estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas de modo que sob as condições ambientais previstas na época do projeto e quando utilizadas conforme preconizado em projeto conservem suas segurança, estabilidade e aptidão em serviço durante o período correspondente à vida útil”.

“Por vida útil de projeto, entende-se o período de tempo durante o qual se mantêm as características das estruturas de concreto ...”

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SETEMBRO 2013

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Visão de futuro

Tendência de uniformização das normas internacionais. Padrão Europeu

Comunidade Comum Européia: CEB (Comitê Europeu do Beton)

Padrão Americano

Aliança de Livre Comércio: ACI (American Concrete Institute)

CONCRETO: CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

o Resistência à compressão: fck o Resistência à tração: ftk o Módulo de Elasticidade Longitudinal

fck: média das resistências obtidas através dos corpos de prova a 28 dias, convencionando que é a esta idade que a estrutura entrará em carga. fck = fcm – 1,645.S, onde S é o desvio padrão das resistências fck >= 20 MPa ftk: Resistência Média

fct,m = 0,3 fck2/3

Resistência Inferior fctk,inf = 0,7 fct,m

Resistência Inferior fctk,sup = 1,3 fct,m

E:

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REQUISITOS DE PROJETO, ORIENTAÇÕES DE NORMA, TABELAS DE REFERÊNCIA: CAA: Classe de Agressividade Ambiental ELS – fissuração Resistência característica do Concreto: fck Fator água – cimento: a/c Cobrimento das armaduras ELS – deformação

CAA: Classe de Agressividade Ambiental

Relacionadas às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independente das ações mecânicas, ações térmicas, retração hidráulica e outras previstas no dimensionamento estrutural do concreto.

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ELS – Fissuração: Estado Limite de Serviço/Utilização O objetivo da norma neste sentido visa atender o bom desempenho da estrutura. Toda e qualquer estrutura de concreto fissura, sua ocorrência é inevitável, principalmente devida à baixa resistência do concreto à tração. Com vistas a obter-se uma proteção adequada da armadura quando à corrosão e à aceitabilidade sensorial, busca-se controlar a abertura desta fissuras.

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fck: Resistência característica do Concreto fator água – cimento: a/c A Norma recomenda que, na falta de ensaio específico de desempenho a durabilidade do da estrutura, a adoção de características mínimas para sua resistência e para o fator água cimento, itens extremamente relevantes quando ao requisito de durabilidade.

Cobrimento das armaduras

Os cobrimentos nominais e mínimos devem estar sempre referidos à superfície da armadura externa, em geral à face externa do estribo, e de acordo com a seguinte tabela, correspondendo o cobrimento mínimo à CAA e à tipologia do elemento estrutural considerado.

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ELS - deformação Estado Limite de Serviço/Utilização Deformações ou deslocamentos limites são valores práticos ‘utilizados’ para a verificação ‘em serviço’ do ‘estado limite de deformações’ excessivas da estrutura. Para efeitos da NBR 6618/2003 estas deformações são classificadas a partir de quatro características básicas, com vistas a estabelecer limites indicados na tabela seguinte:

Aceitabilidade sensorial

Efeitos específicos – vinculados à utilização da edificação

Efeitos de elementos não estruturais – deslocamento que causam o mau funcionamento de elementos não estruturais, mas vinculados a ela.

Efeitos em elementos estruturais, alterando o modelo estrutural adotado.

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10

ELS - deformação Estado Limite de Serviço/Utilização

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SETEMBRO 2013

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CÁLCULO DE DEFORMAÇÕES – FLECHAS

FLECHA instantânea fo = β. M.L2/(E.J) ‘diferida’ ... infinita fi = (1 + αf).fo Fatores de influência:

β: o Vinculação o Tipo de carga

Vão L

Momento fletor M

Módulo de elasticidade longitudinal fck

Inércia da seção b, h, As, As’

ELEMENTOS ESTRUTURAIS TÍPICOS

Lajes Vigas Pilares Pilares Parede

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LAJES 5 cm coberturas sem balanço 7 cm piso / cobertura com balanço 10 cm estacionamento (<30KN) 12 cm estacionamento (>30KN) 16 cm lajes planas

(*) considerar como mínima a As indicada para as VIGAS

Tipo de Armadura Taxa de Armadura (*)

As negativa >= mínima

As positiva (1 direção) >= mínima

As positiva (2 direção) 67% mínima

>= 20%As;

As positiva secundária >=0,9cm2/m; >=50%mínima

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VIGAS

Taxa mínima de armadura de flexão : As - longitudinal

Taxa mínima de armadura de cisalhamento: Asw - estribos

Asw min = [ρw min].100.b = [0,2.(fctm / fyk)].100.b = [0,2.(0,3.fck

2/3 / fyk)].100.b

Ou de forma simplificada:

Asw min = (fck2/3 / fyk).6.b

As de pele (As pele)

NB1 / 78 NBR 6118 / 2003

As = 0,005%. b.h As =0,010%. b.h

Características: Exigência para h > 60 cm Mínimo de 2 barras por face. s < 20 cm (espaçamento) s < d/3

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PILARES bw > 19 cm Para casos de b menor do que 19 cm, a Norma exige que o coeficiente de majoração seja alterado de acordo com a tabela seguinte:

As min pilar

NB1 / 78 NBR 6118 / 2003

As max = 6%.Ac As max = 8%.Ac As min = 0,4%.Ac

∅min:

= 10.0 mm >= 1/8 da menor dimensão transversal da seção

PILARES-PAREDE Características Gerais: a > 5b : maior dimensão é superior a 5x a menor dimensão. Considerar efeitos de 1ª e 2ª ordem. Asw >= 0,25% As

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ANCORAGEM DE ARMADURA NBR 6118/2003 Itens: 9.4;18.3.2.4.1;18.3.3.3.1;22.2.4.2;22.3.2.4.3;22.3.2.4.4 O comprimento básico de ancoragem (Lb) reto de uma barra, necessário para

ancorar a força ydS fA , é dado por:

bd

yd

bf

fL

4

considerando que, fbd = resistência de aderência de cálculo entre a armadura e o concreto (9.3.2.1)

ctdbd ff 321 )3.0(7.03/2

inf, ckctk ff

onde cctkctd ff /inf, (8.2.5) 3/2

inf, 21.0 ckctk ff

e,

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η

valor

característica

η 1

η 1

η 1

η 2

η 2

η 3

η 3

1.0 1.4

2.25 1.0 0.7 1.0

100

)132(

para barras lisas (CA25) para barras entalhadas (CA60) para barras nervuradas (CA50) para situações de BOA aderência (B) para situações de MÁ aderência (M) para mm32

para mm32

O comprimento de ancoragem necessário é dado por:

min,, b

Sef

Scalcbnecb L

A

ALL

onde, o coeficiente α tem, como objetivo principal, permitir uma redução á Lb devido á ocorrência de gancho na armadura, adotando-se:

0.1 para barras sem ganchos.

7.0 para barras tracionadas com ganchos e com cobrimento 3

AS,calc → armadura calculada AS,ef → armadura efetiva

bd

yd

bf

fL

4

mm

L

L

b

b

100

10

3.0

min,

considerando que bb LL 3.0min, , podemos concluir que

b

efS

calcS

bnec LA

ALLb 3.0

,

,

e que o valor máximo para AS efetiva pode ser dado por

calcSefS AA ,, 33.3

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Os ganchos devem observar os seguintes critérios: 2 4

8

Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Devendo ser garantidos os diâmetros mínimos de dobramento, tanto para ganchos como para estribos:

Bitola (mm) CA 25 CA 50 CA 60

≤ 10 10 < Ø ≤ 20

≥ 20

3 Ø 4 Ø 5 Ø

3 Ø 5 Ø 8 Ø

3 Ø - -

Observe-se, ainda, que para os estribos o diâmetro mmt 10 e que os

comprimentos mínimos do gancho são:

TIPO Lgancho Lmin

TIPO 1 TIPO 2 TIPO 3

5 Ø 5 Ø

10 Ø

5cm 5cm 7cm

Assim, calculando a ancoragem básica para os casos mais correntes temos:

ctd

yd

bd

yd

bf

f

f

fL

32144

ydf aço CA50A MPafff ykSykyd 8.43415.1//

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ctdbd ff 321

25.21 ( barras nervuradas – CA50 )

00.12 ( ancoragem em zona de boa aderência )

00.13 ( mm32 )

3/23/2

inf,15.0

4.1

21.0ck

ck

c

ctk

ctd fff

f

( fck em MPa )

então:

3/23/2

322

15.025.2

8.434

4ck

b

ck

bf

Lf

L

( em MPa )

Em anexo, encontra-se planilha elaborada de acordo com os critérios da Norma NBR 6118/2003, para os vários tipos de aço, concreto e diâmetros das barras mais usuais.

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abril.2008

Prof. Eduardo Giugliani, PUCRS

20 21 22 23 24 25 28 30 35 40 50

Tipo mm cm2 kg/m

3,4 0,090 0,072 29 28 27 26 25 25 23 22 20 18 16

4,2 0,140 0,110 35 34 33 32 31 31 28 27 24 22 19

4,6 0,170 0,132 39 38 36 35 34 33 31 30 27 24 21

5,0 0,200 0,160 42 41 40 38 37 36 34 32 29 27 23

6,0 0,280 0,230 51 49 47 46 45 44 40 39 35 32 27

6,4 0,320 0,260 54 52 51 49 48 46 43 41 37 34 29

7,0 0,385 0,300 59 57 55 54 52 51 47 45 41 37 32

eta1 8,0 0,500 0,400 67 65 63 61 60 58 54 51 46 42 37

1,40 84 82 79 77 75 73 67 64 58 53 46

Tipo mm cm2 kg/m

6,3 0,315 0,250 28 27 26 25 24 24 22 21 19 17 15

8,0 0,500 0,400 35 34 33 32 31 30 28 27 24 22 19

10,0 0,800 0,630 44 42 41 40 39 38 35 33 30 28 24

12,5 1,250 1,000 55 53 51 50 48 47 44 42 38 34 30

16,0 2,000 1,600 70 68 66 64 62 60 56 53 48 44 38

20,0 3,150 2,500 87 85 82 80 77 75 70 67 60 55 47

22,5 4,000 3,150 98 95 92 90 87 85 79 75 68 62 53

25,0 5,000 4,000 109 106 103 100 97 94 87 83 75 69 59

eta1 32,0 8,000 6,300 140 135 131 127 124 121 112 107 96 88 76

2,25 44 42 41 40 39 38 35 33 30 28 24

Lb básico comprimento de ancoragem básido = Ø / 4 x fyd / fbd ( para barras comprimidadas/tracionadas)

Ø = diâmetro da armadura

fyd = resitência de cálculo do aço = fyk/1.15

fbd = resistência de aderência de cálculo entre o concreto e a armadura = η1.η2.η3.0,15.(fck)²/³

η = coeficientes para cálculo da tensão fbd: η1=coef. de conformação do aço; η2 = 1.0; η3 = 1.0 (ver item 9.3.2.1)

≥ 10 cm

Lb nec comprimento de ancoragem necessário = α x Lb x Ascal / Asef ≥ Lb min ≥ 10 Ø

α = 1.0 ancoragem reta, sem gancho ≥ 0.33 Lb

α = 0.7 ancoragem com gancho, com cobto no plano normal ao gancho ≥ 3Ø

α = 0.5 ancoragem com gancho e barra transversal (ver itens 9.4.2.2 e 9.4.2.5)

As cal = armadura calculada

As ef = armadura efetiva Obs: Para barras comprimidas (caso de pilares) não poderá ser

Lb min comprimento de ancoragem mínimo utilizado gancho, somente ancoragem reta.

Lb em Ø

COMPRIMENTO DE ANCORAGEM DE ACORDO COM A NBR 6118/2003Lb básico

fck (Mpa)

Lb em Ø

CA

60

Lb em cm

Lb em cm

CA

50

Aço Ø Area Peso

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SETEMBRO 2013 20

ABERTURAS EM ELEMENTOS DE CONCRETO

A Norma Brasileira de Concreto – NBR 6118/2003 – dispõe sobre este assunto nos itens 21.3, 13.2.5 e 13.2.6, abordando os aspectos inerentes a furos, aberturas e canalizações em elementos de concreto armado.

Qualquer estrutura que apresenta, em suas exigências de projeto, a necessidade de furos ou aberturas, deverá ser projetada e detalhada para absorverem as alterações do fluxo de tensões que ocorrem no entorno destes locais, prevendo-se armaduras especiais para estes casos, além daquelas necessárias para a estabilidade do elemento em função das solicitações atuantes.

Por uma questão de definição, chamam-se de ‘furos’ os espaços de pequenas dimensões e, por outro lado, ‘aberturas’, aqueles espaços de dimensões maiores. Um conjunto de furos muito próximos deverá ser avaliado como uma ‘abertura’.

No caso de vigas de concreto armado, devem ser observadas limitações construtivas mínimas para a existência de aberturas paralelas à sua altura (NBR 6118/2003, item 21.3.3):

o Não devem apresentar diâmetro superior a 1/3 da largura da viga;

o A distância mínima do furo à face da viga deve ser de 5 cm ou duas vezes o cobrimento da armadura especificado;

o No caso de vários furos, estes devem estar espaçados de, no mínimo, 5 cm ou o valor do diâmetro do furo, devendo manter pelo menos um estribo nesta região.

Figura 1: Aberturas em Vigas – disposições mínimas

(fonte: NBR 6118/2003)

Tanto para o caso de vigas como de lajes, a seção remanescente de concreto, descontada a área do furo ou da abertura, deverá ser verificada quanto a sua capacidade de resistência ao cisalhamento e à flexão, a partir das solicitações previstas pelo cálculo.

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SETEMBRO 2013 21

Nem sempre os elementos estruturais devem ser reavaliados devido à existência de furos ou aberturas, caso sejam observadas as seguintes características (NBR 6122/2003, itens 13.2.5.1 e 2):

1.VIGAS

Dispensa de reforço de armadura, caso sejam observadas as seguintes condições:

o Furos posicionados na zona de tração do elemento e a uma distância mínima do apoio equivalente à duas vezes a altura da viga (2h);

o Dimensões máximas do furo de 12 cm ou h/3;

o Distância entre os furos, em mesmo vão, de no mínimo 2h.

2. LAJES

Dispensa de reforço de armadura, sendo as lajes armadas em duas direções, e observadas as seguintes condições:

o As dimensões da abertura devem corresponder a, no máximo, 1/10 do vão menor da laje – ver Figura 2;

o A distância mínima entre o bordo da laje e a face da abertura deve ser, no mínimo, de ¼ do vão na direção considerada – ver Figura 2;

o A distância entre as faces de aberturas adjacentes deve ser maior que ½ do menor vão da laje.

Figura 2: dimensão limites para aberturas em lajes para dispensa de verificação

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SETEMBRO 2013 22

CANALIZAÇÕES

Para o caso de canalizações embutidas (NBR 6118/2003, item 13.2.6), posicionadas ao longo do eixo longitudinal do elemento de superfície, para o caso de Lajes, ou no interior de um elemento linear, para o caso de Vigas e Pilares, fica proibida sua ocorrência nos seguintes casos:

o Canalizações sem isolamento quando destinadas à passagem de fluidos com variação de temperatura superior à 15ºC em relação ao ambiente, desde que não isoladas ou verificadas para esta finalidade;

o Canalizações destinadas a suportar pressões internas superiores a 0,3 MPa;

o Canalizações embutidas em pilares de concreto, tanto imersas no material ou em espaços vazios internos do elemento, sem a existência de aberturas para drenagem.

ABERTURA EM VIGAS

Preferencialmente, quando possível, deve-se projetar aberturas em vigas permitindo a permanência das bielas de compressão devido à existência das forças cortantes, conforme ilustra a Figura 3.

Figura 3: Posição preferencial de pequenas aberturas em vigas

(fonte: NBR 6118/2003)

Sempre que o comprimento da abertura, no sentido do eixo longitudinal da viga for superior a 0,60 h, recomenda-se que este fato seja considerado no dimensionamento do elemento e avaliada a possibilidade de colocação de armaduras de reforço, como indicado a seguir. Nesta região, no trecho da viga onde está posicionada a abertura, a viga passa a funcionar como o modelo de pórtico, formando um quadro rígido.

Em que pese a viga com abertura poder suportar a mesma carga que de uma viga de alma cheia, desde que corretamente dimensionada sua armadura de reforço,

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SETEMBRO 2013 23

cabe ressaltar que sua rigidez diminui, o que poderá ser um inconveniente para outros fatores, como por exemplo, a verificação das deformações do elemento.

A Figura 5 ilustra estas etapas a serem seguidas com vistas ao dimensionamento das armaduras de reforço no entorno de aberturas em vigas de concreto.

No caso de aberturas circulares muito próximas, de acordo com Leonhardt, deverá ser garantida uma distância mínima de 5 cm entre os furos, sendo conveniente adicionar armaduras de cisalhamento inclinadas, conforme indicado na Figura 4.

Figura 4: Armaduras inclinadas para vigas com furos circulares

(fonte: LEONHARDT, Volume 3)

Observação 1:

Nestes procedimentos, procurou-se não se caracterizar o banzo superior como comprimido e o banzo inferior como tracionado, o que seria normal em vigas bi-apoiadas, sujeitas assim à tração em sua face inferior. Fato contrário, quando da ocorrência de aberturas próximas aos apoios internos de vigas contínuas, esta situação inverte-se, sendo portando tracionada a face superior da viga nesta região.

Observação 2:

Para o dimensionamento dos banzos à flexão composta sugere-se a utilização dos Diagramas de Iteração, conforme indicado na Figura 6 (Fusco), obtendo-se para cada banzo:

νd = Nd / (Ac.fcd) e μd = Md / (Ac.h.fcd) = νd.e/h ábaco ω As = ω.Ac.fcd / fyd

onde:

Nd = 1,4 . N

e = M / N

sendo que devemos ter em cada face do banzo uma armadura equivalente à As / 2.

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SETEMBRO 2013 24

Observação 3:

Para o dimensionamento das armaduras de cisalhamento dos banzos, deve-se considerar, além das características do tipo de concreto e aço (fck e fyk), os seguintes procedimentos, de acordo com a Norma NBR 6118/2003, considerando V’ o esforço cortante aplicado na seção:

Banzo Comprimido

Seção: b, hc, dc = hc – cobto

Solicitação: V’ = Vc = 0,80.V

Aswc ≥ Asw min

Banzo Tracionado

Seção: b, ht, dt = ht – cobto

Solicitação: V’ = Vt = 0,20.V

Aswt ≥ Asw min

Cálculo da Armadura Asw

Asw = 100.b.ζd / fyd ≥ Asw min

Asw min = [ρw min].100.b = [0,2.(fctm / fyk)].100.b = [0,2.(0,3.fck

2/3 / fyk)].100.b

ou, de forma simplificada:

Asw min = (fck2/3 / fyk).6.b

onde:

fcd = fck/1,4 e fyd = fyk/1,15

ζd = 1,11.( ζwd – ζc) ≥ 0

ζwd = 1,4.V’ / (b.d) 1

ζc = 0,09.fcd2/3 flexo-tração 2

ζwu = 0,27.αv. fcd = 0,27 . (1 - fck / 250). fcd

adotando espaçamentos ‘s’ limites dado por:

smax ≤ 0.6d ≤ 30 cm quando ζwd ≤ 0,67.ζwu

smax ≤ 0.3d ≤ 20 cm quando ζwd > 0,67.ζwu

1 ‘b’ e ‘d’ referem-se às dimensões da seção a ser dimensionada 2 adotado também, por simplificação, para a flexo-compressão (ζcc = 0,09.fcd2/3.

Mo/Msd,max !!!)

Considerando-se as seguintes convenções (ver Figura 5):

h altura da viga d altura útil da viga b largura da viga L vão da viga L1 comprimento da abertura a altura da abertura hc altura do banzo comprimido ht altura do banzo tracionado

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SETEMBRO 2013 25

recomenda-se a adoção das seguintes etapas para o dimensionamento de vigas com aberturas, de acordo com Leonhardt:

ETAPAS PARA O DIMENSIONAMENTO DE

ARMADURAS DE REFORÇO EM ABERTURAS DE VIGAS

1. Definição dos diagramas de solicitações de M e V da viga, para as cargas atuantes;

2. Dimensionamento da viga à flexão e ao cisalhamento considerando a seção cheia. (M As flexão ; V Asw);

3. Definição da seção s onde será posicionado o centro da abertura, obtendo-se as solicitações Ms e Vs, onde : Ms momento fletor na seção s Vs esforço cortante na seção s

4. Posicionamento da abertura na direção da altura da viga, priorizando-se preferencialmente a ocupação da zona tracionada da alma e os critérios indicados na Figura 1;

5. Determinação das forças normais nos banzos: Nc = Nt = Ms / z onde : Nc força de compressão, no banzo comprimido Nt força de tração, no banzo tracionado z distância na vertical entre os eixos dos banzos

6. Determinação das forças cortantes nos banzos, a partir do Vs da seção, considerando-se que um maior % de Vs seja absorvido pelo banzo comprimido, pois o banzo tracionado é admitido fissurado (Estádio II): Vc = 0,80 a 0,90 Vs cortante no banzo comprimido (adotado:0,80) Vt = 0,20 a 0,10 Vs cortante no banzo tracionado (adotado:0,20)

7. Determinação dos momentos fletores nos banzos: Mc = Vc . L1/2 momento fletor no banzo comprimido Mt = Vt . L1/2 momento fletor no banzo tracionado

8. Dimensionamento dos banzos à flexão composta: Banzo comprimido: Mc , Nc , Vc Asc e Aswc

Banzo tracionado: Mt e Nt , Vt Ast e Aswt

sendo Asc e Ast as armaduras longitudinais nos banzos, calculadas de acordo com as orientações da NBR 6118/2003 para flexão-composta, devidamente ancoradas de um comprimento Lb na região de alma cheia da viga, e

9. Aswc e Aswc as armaduras transversais nestes mesmos banzos, calculadas de acordo com as orientações da NBR 6118/2003.

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10. Determinar armadura de suspensão (Asws) nas extremidades da abertura para um esforço cortante equivalente a 0,80 Vs, distribuída em uma largura de h/4, em ambos os lados;

Nas figuras seguintes, são ilustrados os passos e ferramentas para o dimensionamento expedito do reforço de aberturas em vigas:

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Figura 5: Viga bi-apoiada com abertura de dimensões L1 x a1

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Figura 6: Diagramas de Iteração (FUSCO) - Flexão Composta

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SETEMBRO 2013 29

PUNÇÃO

DE ACORDO COM CORDOVIL (1997, PG. 18): A partir de ensaios de punção realizados em lajes de concreto armado pode-se observar que o panorama da fissuração, antes da ruptura, apresenta fissuras predominantemente radiais, não indicando uma tendência à formação de um sólido parecido com um elemento axissimétrico. O sólido que se forma com uma fissura circunferencial, não muito definido, somente o ocorre na ruptura da laje quando o concreto perde todas as suas resistências, inclusive ao cisalhamento, por pulverização do material na região solicitada. As barras tracionadas das armaduras de flexão permitem, em função da taxa de armadura, a maior ou menor ocorrência de fissuras na massa de concreto. Essa fissuração, juntamente com a microfissuração do cimento endurecido e da zona de transição, configura um quadro muito complexo. Isso torna o estabelecimento de uma teoria geral aceitável para o problema da punção em lajes de concreto armado.

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VANTAGENS: Do uso das lajes planas, em relação ao tradicional piso com lajes e vigas:

Solução mais econômica do que a solução tradicional

Permite a redução do pé-direito e facilita a passagem de dutos sob a face inferior;

As formas são mais simples e econômicas;

Maior ventilação e iluminação, pela ausência de vigas;

Menores prazos de execução;

Facilidade de armação e concretagem;

DESVANTAGENS:

Em edifícios residenciais, normalmente não há uma disposição regular dos pilares e assim a laje plana pode se tornar antieconômica;

A ausência de vigas pode deixar a estrutura muito deformável frente às ações horizontais, o que é um sério problema em edifícios altos;

Para edifícios altos deve-se projetar em série de elementos de contraventamento, como paredes estruturais ou pilares-parede nas caixas dos elevadores;

CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO: SEGUNDO CORDOVIL (1997, PG. 38):

Ensaios demonstram que as deformações circunferenciais, inicialmente, são maiores que as deformações radiais. Por isso, as fissuras radiais surgem em primeiro lugar. Somente na ocasião da ruptura há a formação de uma fissura quase circular, que limita o contorno de um sólido deslocado ao redor do pilar.

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DIMENSIONAMENTO DE CÁLCULO NBR 6118/2007 O modelo de cálculo corresponde à verificação do cisalhamento em duas ou mais superfícies críticas definidas no entorno de forças concentradas. Primeira superfície crítica (contorno C), do pilar ou da carga concentrada, deve ser verificada indiretamente a tensão de compressão diagonal do concreto, através da tensão de cisalhamento. Segunda superfície crítica (contorno C’), afastada 2d do pilar ou carga concentrada, deve ser verificada a capacidade da ligação à punção, associada à resistência à tração diagonal. Essa verificação também se faz através de uma tensão de cisalhamento, no contorno C’. Terceira superfície crítica (contorno C”), apenas deve ser verificada quando for necessário colocar armadura transversal.

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SETEMBRO 2013 35

ARMADURA DE COLAPSO PROGRESSIVO No caso de a estabilidade global da estrutura depender da resistência da laje à punção, deve ser prevista armadura de punção. Essa armadura deve equilibrar um mínimo de 50% da força vertical no pilar.

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SETEMBRO 2013 36

z

z

zz

ELEMENTOS ESTRUTURAIS ESPECIAIS

CONSOLE CURTO Os consoles ou mísulas curtas são vigas engastadas onde ocorre a seguinte relação:

0.1

dV

M

d

a

O estudo a seguir comentado está baseado em pesquisas de caráter teórico e experimental, que indicaram a conveniência de que a altura h seja maior do que o balanço L, razão pela qual forem pesquisados consoles com

6.0h

L a 5.0

sendo ξ o coeficiente de atrito definido em função do tipo de junta:

junta seca 80.0

junta c/ argamassa 50.0

junta c/ neoprene 16.0

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SETEMBRO 2013 37

CONSOLES MUITO CURTOS

Quando a relação a/d é muito pequena, menor do que 0,5,

5.0d

a

temos a caracterização de um CONSOLE MUITO CURTO, onde o problema passa a ser semelhante ao da COMPRESSÃO DIAMETRAL, fazendo com que seja necessário reforçar, substancialmente a armadura horizontal As2, mantendo-se as demais armaduras:

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SETEMBRO 2013 38

DETALHAMENTO TÍPICO DE CONSOLE CURTO

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SETEMBRO 2013 39

DENTE GERBER Armaduras (abordagem simplificada – Sussekind):

fyd

ZAS

141 ancorado com comprimento de bdhv )( (zona de ma aderência)

12 3.0 SS AA estribos horizontais ancorados em b15 na viga (cm²)

)(..100)./).(30,0.20,0(.100.min3/2

3 mLbwfykfckbwwAS estr. verticais (cm2)

fyd

NAS

144 estribos de suspensão distribuÍdos em

4hv (cm²)

SfA armadura de flexão da viga

SWA armadura de cisalhamento da viga

Lb

1,5. Lb

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SETEMBRO 2013 40

VIGA DE EQUILÍBRIO Quando um pilar estiver junto à divisa do terreno, o que também poderá ocorrer com uma alvenaria junto à mesma divisa, tanto uma estaca ou sapata não poderão ser executadas no ponto de aplicação da carga. Neste caso, é necessário que recuemos este apoio em relação à divisa, em direção ao interior do terreno. Por outro lado, também será necessário que a carga seja transferida ao centro deste apoio, sendo isto realizado por intermédio de uma viga conhecida como viga de equilíbrio ou viga alavanca, que tem por objetivo ‘contrabalançar’ o momento fletor proveniente da excentricidade. Para a análise desta questão, duas hipóteses são possíveis: 1ª a viga de equilíbrio é infinitamente rígida, servindo para transferir a carga do pilar até o ponto do apoio no solo, sem fletir, funcionando segundo o modelo de um consolo curto (a/d ≤1); 2ª a viga de equilíbrio apresenta-se como um modelo semelhante a de uma peça fletida (a/d > 1). Este elemento estrutural, ao ser analisado, deverá levar em consideração sempre o modelo adotado, mesmo que parcialmente em cada trecho da viga. No trecho em que a viga apresenta maiores dimensões, entre o ponto de aplicação da carga e o ponto de apoio (chamada comumente de Cabeça da Viga de Equilíbrio), a mesma deverá comportar-se como um console curto, sempre que a a/d ≤ 1. Caso contrário será considerado como um balanço fletido de uma viga. No trecho restante, entre os apoios, onde as dimensões são normalmente menores, teremos uma viga sujeita a um comportamento de uma peça em flexão.

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SETEMBRO 2013 41

VIGA PAREDE Características Gerais: L/H > 2 a 3 Não mais válidas as hipóteses da Resistência dos Materiais. Atua no Estádio I, não fissurado. Muito bom desempenho para controle de deformações.

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SETEMBRO 2013 42

INSTABILIDADE GERAL DE

EDIFÍCIOS

NOTAS DE AULA AULA 04

Prof. Eduardo Giugliani Prof. Felipe Brasil Viegas

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SETEMBRO 2013 43

INSTABILIDADE DE EDIFÍCIOS

DESLOCABILIDADE HORIZONTAL DE EDIFÍCIOS – NÓS FIXOS

O objetivo principal dos coeficientes gz (Gama-z) e α (Alfa), para efeito de cálculo, é de classificar a estrutura quanto à deslocabilidade horizontal dos nós, e, a partir desta classificação, permitir a avaliação da importância dos esforços de 2ª ordem globais e suas conseqüências no projeto estrutural da edificação.

A NBR 6118/2003, em seu item 15.4.2, classifica as estruturas em estruturas em dois tipos, considerando a deslocabilidade:

Estruturas de nós fixos ( estruturas indeslocáveis)

Estruturas de nós móveis ( estruturas deslocáveis)

As primeiras são aquelas nas quais os deslocamentos horizontais dos nós são pequenos e, conseqüentemente, os efeitos globais de 2ª ordem são desprezíveis e podem ser desconsiderados (inferiores a 10% dos respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas estruturas, é suficiente considerar, de acordo com a Norma 6118/2003, apenas os efeitos locais e localizados de 2ª ordem.

No outro caso, as estruturas de nós móveis são aquelas nas quais os efeitos globais de 2ª ordem são importantes (superiores a 10% dos respectivos esforços de 1ª ordem), devendo ser considerados, obrigatoriamente, tanto os esforços de 2ª ordem globais como os locais e localizados.

Cabe salientar que existem estruturas onde os deslocamentos horizontais são grandes, porém, dispensam a análise do efeito de 2ª ordem global, pois as cargas verticais atuantes são muito pequenas, não apresentando acréscimos consideráveis de deslocamentos horizontais por elas produzidos. Exemplos destes casos são postes de iluminação, pilares de pavilhões, dentre outros.

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SETEMBRO 2013 44

Para esta finalidade de análise, a Norma NBR 6118/2003 apresenta dois critérios para que se classifique a estrutura quanto à deslocabilidade de seus nós:

Critério 1

Parâmetro Alfa (Item 15.5.2)

Este critério da Norma NBR 6118/2003 considera que, para estruturas simétricas, estas poderão ser consideradas de nós fixos (indeslocáveis) – e neste caso dispensar as considerações de 2ª Ordem, se o fator α for menor que α1, obtidos ambos a partir das expressões a seguir:

α = Htot . (Nk/(Ecs.Ic))1/2

onde:

α1 = 0,2 + 0,1n se n <= 3

α1 = 0,6 se n >= 4

onde:

n = número de pavimentos

Htot = altura total da estrutura

Nk = soma de todas as cargas verticais atuantes

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SETEMBRO 2013 45

Ecs.Ic = rigidez da estrutura na direção considerada, ‘X’ ou ‘Y’

O valor de α1 = 0,6 pode ser aplicado para as estruturas usuais, incluindo estruturas com pilares-parede ou mesmo estruturas aporticadas associadas com pilares-parede.

Variações deste parâmetro podem ser adotadas, considerando:

α1 = 0,7

para o caso de contraventamento constituído somente de pilares-parede

α1 = 0,5

para o caso de contraventamento constituído somente de pórticos.

Critério 2

Coeficiente Gama-z (Item 15.5.3)

Este coeficiente é determinado a partir dos resultados de uma análise linear de 1ª ordem, para cada caso de carregamento considerado na estrutura.

Sua análise é válida para estruturas reticuladas de no mínimo 4 pavimentos.

Seu valor é calculado e comparado com os valores limite a partir dos quais a estrutura deve ser considerada como de nós móveis.

O valor de gz é definido por:

1

gz = -----------------

∆Mtot,d

1 - ----------

M1,tot,d

Onde:

M1tot,d =

momento de tombamento, ou seja, a soma dos momentos de todas as forças horizontais (por exemplo a ação do vento), com seus valores de cálculo, em relação à base da estrutura;

∆Mtot,d =

soma dos produtos de todas as forças verticais atuantes na estrutura, com seus valores de cálculo, pelos deslocamentos horizontais de seus respectivos pontos de aplicação, obtidos da análise de 1ª ordem.

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SETEMBRO 2013 46

O valor de gama-z será obtido para cada uma nas direções ‘X’ e ‘Y’ e para cada combinação de cálculo definida. Destes, os máximos valores em ‘X’ e ‘Y’ são adotados como valores críticos. Além disso, o coeficiente gama-z é obtido por meio de uma análise elástica, considerando a não linearidade física e geométrica dos elementos estruturais.

Uma vez que o valor de gama-z representa o próprio efeito de 2ª ordem, deve-se

satisfazer à condição gz 1.1 para considerar a estrutura como indeslocável (nós

fixos), e neste caso, dispensar as considerações de 2ª ordem.

Os dois critérios são apresentados pela Norma NBR 6118/2003 e verificam a condição de os deslocamentos horizontais da estrutura não ultrapassem em mais de 10% aos deslocamentos obtidos da análise estática linear de 1ª ordem.

Em alguns casos o Coeficiente Gama-z expressa com maior confiabilidade estes requisitos de deslocamento, razão pela qual é o parâmetro mais largamente utilizado pelos projetistas estruturais e também pela grande maioria dos sistemas automatizados e projeto e dimensionamento estrutural.

DESLOCABILIDADE HORIZONTAL DE EDIFÍCIOS – NÓS MÓVEIS

Neste caso, quando:

α >= α1

ou gz >= 1,1

é indispensável a consideração dos efeitos globais e locais de 2ª ordem, baseados na não linearidade geométrica e não linearidade física dos elementos estruturais e do material que o compõe – concreto armado. Este processo é válido para considerações de gama-z que não ultrapassem a 1,3, portanto:

gz <= 1,3

O que impõe assim um valor máximo a ser considerado deste fator no projeto estrutural de um edifício como o aqui caracterizado. Não linearidade-geométrica: A geometria dos elementos estruturais não apresenta mais sua condição inicial, devendo ser incorporada sua condição geométrica deformada, considerando assim sua pertinência devido às ações de 2ª ordem.

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SETEMBRO 2013 47

Não linearidade-física:

O concreto armado é um material altamente heterogêneo e cujo comportamento não obedece à Lei de Hooke. Para a avaliação dos efeitos de

2ª ordem: é necessário fazer uma redução na rigidez considerada para as peças estruturais.

Rigidez do elemento estrutural é o produto do módulo de elasticidade do material pela inércia bruta da seção do elemento:

Rigidez = Ec . Ic

No item 8.2.8 da NBR 6118/2003, como já visto, é definido que para análises elásticas da estrutura, para a obtenção de esforços solicitantes e para a verificação de estados limites de serviço deve ser utilizado o módulo de elasticidade secante, calculado como

Ecs = 0,85 Eci,

sendo Eci o módulo de elasticidade tangente inicial determinado a 30% de fc (tensão do concreto);

onde a rigidez neste caso seria dada por:

E.I = Ecs.Ic = 0,85.Eci.Ic

assim, neste caso de não lineariadade-física,

teríamos que considerar uma redução da rigidez inicial dos elementos, fator de redução que varia de acordo com seu tipo:

Lajes : (EI)red = 0,3. Eci.Ic

Vigas : (EI)red = (0,4 ou 0,5) . Eci.Ic

Pilares : (EI)red = 0,8. Eci.Ic

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SETEMBRO 2013 48

DEFORMAÇÕES GLOBAIS Para a avaliação da deformação horizontal (∆h) de uma edificação adota-se o seguinte limite, relacionado à deformação máxima admissível:

∆h <= ∆h max = Htot / 1.700

Edificação em 16 pavimentos – Modelagem Estrutural - TQS

Perspectiva modelada Perspectiva deformada

Vista modelada H = 48,80m

Vista deformada1,2

∆≈1,37cm ≈ H/3515 <<< ∆max=H/1700≈2,87cm

1 Deformação horizontal a ser obtida para, em casos usuais, uma força Fd = ΣFg + 0,3Fq1 + Σ0,4.Fq

, onde Fg = Σcargas

permanentes; Fq1 = ação do vento; e Fq = cargas acidentais (ver NBR 6118/2003, itens 11.8.3.1 e 13.3). 2 TQS: efetivadas 24 combinações; combinação mais desfavorável: gz = 1,09 e α = 0,878 (adotado gz como referência)

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SETEMBRO 2013 49

MODELAGEM DE PAVIMENTOS Tipologias Básicas LAJES E VIGAS Características Sistema estrutural onde as lajes estão apoiadas

diretamente em vigas existentes em quatro, três, dois ou apenas um bordo, podendo estes ser engastes ou apoio simples. Além disto, estas lajes poderão ser dimensionadas como armadas em uma ou duas direções. Os elementos do pavimento são considerados como elementos ‘isolados’ e vinculados entre si através da consideração de engastamentos ‘perfeitos’ ou ‘parciais’ em função do processo de cálculo adotado.

Solicitações Típicas momentos fletores, cortantes Processo Simplificado, permite análise mais expedita, porém sem

maior grau de precisão com a realidade do conjunto da estrutura.

Ferramentas Não requer ferramentas especiais para o cálculo das solicitações.

Pré-dimensionamento Laje: h = d + cobto d = 2,5.Lmenor.(1 – 0,1.n) onde: n = número de bordos engastados

Vigas: bi-apoiadas: H ≈ L/10 contínuas: H ≈ L/15

Comentários As deformações são deformações vinculadas a cada elemento, laje ou viga, não indicando a deformação do conjunto.

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SETEMBRO 2013 50

Forma estrutural típica de sistema estrutural laje- viga- pilar

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SETEMBRO 2013 51

GRELHAS Características Todos os elementos, lajes e vigas, atuam de forma

conjunta no modelo estrutural, onde as considerações de vinculação e engastamento ocorrem ‘naturalmente’ a partir da existência ou não de continuidade entre os mesmos.

Solicitações Típicas momentos fletores, momentos torsores, cortantes Processo mais preciso e mais próximo da realidade das

solicitações existentes na estrutura Ferramentas Para o processamento de um pavimento requer de

ferramenta automatizada para a obtenção das solicitações.

Pré-dimensionamento Ver modelos compatíveis com este sistema estrutural. Comentários As deformações, quando calculadas, estão relacionadas

com o conjunto dos elementos, sendo portando mais próxima da deformação real.

Pavimento modelado a partir de um sistema de grelha: INDEFORMADA

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SETEMBRO 2013 52

Pavimento modelado a partir de um sistema de grelha: DEFORMADA

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SETEMBRO 2013 53

LAJE PLANA- LAJE COGUMELO Características O pavimento apresenta-se plano, sem a existência de

vigas, somente de lajes apoiadas diretamente nos pilares. São normalmente armadas em duas direções ortogonais.

Solicitações Típicas momentos fletores, momentos torsores, cortantes Processo de Cálculo Complexo, dimensionando o pavimento a partir da

‘discretização’ das lajes em elementos de menores dimensões e obtendo suas solicitações a partir da modelagem de uma ‘grelha’ ou de um pavimento formado por ‘elementos finitos’;

Simplificado, admitindo-se a formações de faixas principais e ortogonais, passando pelos pontos de apoio (pilares), onde existe maior concentração de solicitações, e faixas secundárias, onde estas solicitações são menores.

Ferramentas Para uma análise mais complexa requer ferramenta automatizada para a obtenção das solicitações.

Pré-dimensionamento Normalmente sua viabilidade estrutural ocorre com vãos entre pilares na faixa de 7,0 a 10,0m, com espessuras que oscilam entre 16 a 20cm, alterando-se estes limites em função das cargas atuantes. Com a adoção de concreto protendido pode-se atingir vãos maiores.

Comentários Normalmente a ligação laje-pilar é o ponto crítico neste modelo estrutural. Assim, a verificação das tensões junto aos apoios é imprescindível tanto para avaliar a capacidade de resistência da seção de concreto como para indicar necessidade de armadura de punção na região próxima ao apoio. Caso seja necessário uma maior espessura junto aos apoios, é comum projetar-se capitéis nestes regiões, evitando-se assim um eventual aumento de espessura em todo o elemento.Como são elementos muito esbeltos, a avaliação das deformações passa a ser um indicador muito importante.

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SETEMBRO 2013 54

Modelo de sistema estrutural em Laje Plana

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SETEMBRO 2013 55

Modelagem de pavimentos com a adoção do sistema de LAJE PLANA.

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SETEMBRO 2013 56

LAJES NERVURADAS

Características O pavimento, integral ou parcialmente, é avaliado a

partir de um conjunto de vigas, posicionadas em uma direção ou em duas direções, formando neste caso uma malha ortogonal de vigas. Superiormente estas vigas são coroadas e vinculadas por uma laje de pequena espessura. Os espaços vazios entre as vigas são normalmente preenchido por ‘cubetas’ ou blocos de EPS.

Solicitações Típicas momentos fletores, momentos torsores, cortantes Processo de Cálculo Complexo, dimensionando o conjunto de elementos

a partir da constituição de uma grelha;

Simplificado, podendo ser avaliada a partir do funcionamento básico de ma laje equivalente.

Ferramentas Para uma análise mais complexa requer ferramenta automatizada para a obtenção das solicitações.

Pré-dimensionamento Normalmente adotadas para vãos entre 8,0 a 15,0m. Sua altura pode ser estimada inicialmente como equivalente à H ≈ L/30, podendo variar em função da carga atuante.

Comentários Permite a obtenção de elementos bastante esbeltos para vão grandes. Normalmente não requer armadura de cisalhamento nas nervuras. Vantagens: - estruturas mais leves que as lajes convencionais; - proporciona melhor isolamento térmico e acústico; - normalmente mais econômica que as lajes maciças e as lajes planas;

Desvantagens: - maior dificuldade para passagem de dutos; - não é muito eficiente para suportar cargas pontuais;

Observação: NBR 6118/2003 (item 13.2.4.2) Condições a serem observadas3: a) L<=65cm: dispensada a verificação da mesa; cisalhamento na nervura como

nas lajes; b) 65>L<=110cm: exigida verificação da mesa; cisalhamento na nervura como

nas vigas; c) L>110cm: mesa deve ser verificada como laje maciça apoiada na grelha das

vigas/nervuras.

3 L = vão entre o eixo das nervuras.

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SETEMBRO 2013 57

Seção típica e dimensões mínimas (NBR 6118/2003 – Item 13.2.4.2) Em função do vão entre os eixos das nervuras, a Norma NBR 6118/2003 indica e determina procedimentos específicos para o projeto (Item 13.2.4.2).

Laje Nervurada em uma direção

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Laje Nervurada em duas direções

LAJE

NERVURADADA – Modelagem Típica

Zona maciça para atender acréscimo de solicitações

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SETEMBRO 2013 59

Ilustração de Laje Nervurada com ‘cubetas’ e ‘nervuras’

Ilustração de Laje Nervurada com ‘cubetas’ e ‘nervuras’

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SETEMBRO 2013 60

LAJES TRELIÇADAS Características Os elementos resistentes da laje treliçada – nervuras -

são projetados a partir de elemento trelizaçado, pré-fabricado ou não, coroadas por uma laje superior de pequena espessura. Os espaços vazios entre as nervuras podem ser preenchido por elementos cerâmicos, de concreto, EPS ou ‘cubetas’. Normalmente são armadas em uma direção.

Solicitações Típicas momentos fletores, cortantes Processo de Cálculo Simplificado, podendo ser avaliada a partir do

funcionamento básico de ma laje equivalente. Ferramentas Não requer ferramenta complexa de cálculo, podendo

ser dimensionada a partir de processos simplificados. Muitos fornecedores disponibilizam tabelas e orientações práticas para o dimensionamento.

Pré-dimensionamento Normalmente adotadas para vãos entre 8,0 a 10,0m. Sua altura pode ser estimada inicialmente como equivalente à h ≈ L/25, podendo variar em função da carga atuante.

Comentários Apresenta grande deficiência frente às deformações. Com vistas à racionalização das formas, pode ser projetada com uma mesa inferior pré-fabricada onde são distribuidas as armadura de tração.

Lajes Treliçadas – seções típicas

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Modelos tradicionais de Lajes Treliçadas

Treliça Metálica Bloco de EPS

Laje Treliçada com blocos de EPS

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Laje Treliçada com blocos-cerâmicos

Formas Montagem

Detalhe Típico com a utilização de painel inferior

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LAJES ALVEOLARES Características São elementos superficiais, unidirecionais, com alvéolos

em seu interior, normalmente protendidos. Solicitações Típicas momentos fletores, cortantes Processo de Cálculo Normalmente são adotadas orientações dos fabricantes

referentes à capacidade dos elementos, envolvendo indicadores do tipo:

(1) sobrecarga atuante (2) vão

Ferramentas De acordo com orientações do fabricante Pré-dimensionamento De acordo com orientações do fabricante Comentários Elementos de grande capacidade de carga e pequena

deformação. Exige apoio ‘mínimo’ nas extremidades geralmente equivalente à metade da espessura da laje. Não colabora com a rigidez global da estrutura. Normalmente recebem uma capa superior determinada em função da capacidade resistente do elemento (4 a 5 cm)

Orientações típicas de fornecedores de Lajes Alveolares

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Lajes Alveolares

Forma

Detalhes

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SETEMBRO 2013 65

INDICADORES GERAIS DE PROJETO4

Em uma edificação, a estrutura é uma das parcelas mais importantes e significativas, sobre a qual se tem grandes possibilidades de controle de custos. Seu percentual no custo da construção está na ordem de 20%. A busca e obtenção de soluções racionais, otimizadas e econômicas depende de um gerenciamento adequado da fase de projeto e uma sinergia entre todos os atores, tanto projetistas – arquitetos e engenheiros – como dos executores da edificação. Como ilustrado na figura anterior o custo de uma estrutura de concreto pode ainda ser distribuído entre os seguintes itens:

Concreto 20%

Armação 26%

Fôrmas 44%

Andaimes 1%

Lançamento 9%

demonstrando que a racionalização deste importante indicador – estrutura – não pode ser visualizada somente a partir de alguns itens, mas do seu conjunto, como será comentado na seqüência. O melhor caminho não consiste pela busca única de redução de todos os indicadores de projeto, mas sim do equilíbrio de um conjunto de itens que interferem de forma relevante na estrutura final. A busca deste equilíbrio não ficar restrita somente a itens estruturais, mas também outros que correspondem às correlações entre a estrutura e os demais elementos que compõe a edificação. Como ilustração, itens relevantes da estrutura estão a seguir relacionados:

4 Fontes de Consulta: DTC – Desenvolvimento e Tecnologia S/C Ltda. E Sistemas de

Indicadores de Qualidade e Produtividade para a Construção Civil (III Seminário –

Qualidade da Construção Civil, RS.

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Densidade de pilares

Padronização das dimensões dos elementos estruturais

Resistência do concreto

Espessura média do concreto

Índice de formas

Padronização das bitolas de aço

Taxa de armadura

Índices de produtividade na execução de vários serviços: Formas, desforma, corte e dobra de aço, entre outros

Reaproveitamento de formas

Velocidade de execução da estrutura

Para os três indicadores mais usuais em estruturas, cabe observar que a simples redução da espessura média do concreto pode implicar custos adicionais de forma e armadura, o que às vezes não se apresenta como interessante. É sempre necessário trabalhar objetivando o equilíbrio entre a diminuição no volume do concreto, quantidade total de aço e área de formas. A seguir estão descritos índices típicos para estruturas de edifícios dentro de padrões usuais de projetos: Convenções e Orientações adotadas:

AR = área real global da edificação

AP = área de projeção da edificação

n = número de pavimentos da edificação

As fundações não devem ser incluídas na composição destes índices

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SETEMBRO 2013 67

DP m

2/PILAR

VMV m

VML M

REFERÊNCIA

14<DP<18 4<VMV<5,5 3,5<VML<5 ÒTIMO

12<DP<14 12<DP<14

3<VMV<4 5,5<VMV<6,5

3,5<VML<5 5<VML<6

BOM BOM

DP<12 VMV<3 VML<3 DESACONSELHÁVEL

DP>20 VMV>6,5 VML>6 DESACONSELHÁVEL

INDICADORES DE DESEMPENHO ESTRUTURAL IAÇO índice de aço peso aço/ar kg/m2 Taxa de referência 14,3 taxa típica 1

n =< 15 8 a 12 taxa típica 2

15 < n <= 20 12 a 18

taxa típica 3 20 < n <= 30 15 a 21

ICON índice de concreto Volume concreto / AR m3/m2 taxa de referência 0,16

IFORMA índice de forma Área de forma / AR m2/m2 taxa de referência 1,86

taxa min 1,60

taxa max 2,10

IALAJE Índice de aço em laje peso aço/volume lajes kg/m3 45 a 55

IAVIGA Índice de aço em viga peso aço/vol. vigas kg/m3 70 a 100

IAPILAR Índice de aço em pilar peso aço/vol. pilares kg/m3 90 a 150

CFUND Índice cargas fundações Σ cargas fund./AR tf/m2 Edifícios Comerciais 0,95 a 1,20

Edifícios Residenciais 0,85 a 1,10

IESBELTEZ Índice de Esbeltez Altura tot/Menor Dim --- Ótimo < 4

Bom 4 < IE < 6

Não recomendável IE > 6

DPPILARES Densidade de Pilares AP/No pilares m2/pilar

VMVVIGAS Vão médio de vigas m

VMLLAJES Vão médio de lajes m

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SETEMBRO 2013 68

Transição de Pilares Sem transição Ótimo

Com transição Péssimo

Redução de Pilares no pavto tipo (NPT) REDUÇÕES

NPT<10 O

11<NPT<20 1

21<NPT<40 2

No espessuras de laje 1 OTIMO

2 BOM

>2 DESCONS.

No de seções de vigas (lajes em balanço não são computadas) <2 OTIMO

3 BOM

>3 DESCONS.

No de seções de pilares ≈5 BOM

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SETEMBRO 2013 69

NOTAS GERAIS DE PROJETO Com a implantação da atual Norma NBR 6118/2003, passou a ter ainda mais importância à completa informação, em projeto, de todos os requisitos adotados para desenvolvimento e detalhamento dos projetos estruturais. De certa maneira isto visa atender exigências da própria norma, como dota o projeto de um maior nível de confiabilidade, qualidade e rastreabilidade. Neste sentido, TODAS as informações disponíveis e adotadas em nível do projeto estrutural realizado deverão estar registrada em cada planta, atendendo e esclarecendo a pertinência de cada documento. A título de ilustração, a seguir estão relacionados itens que deverão ser discriminados como NOTAS GERAIS de um Projeto Estrutural, podendo estes itens serem modificados, suprimidos ou agregados de outros, atendendo especificados de cada projeto.

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SETEMBRO 2013 70

NOTAS GERAIS:

1. Dimensões em ‘cm’; 2. Cotas de níveis expressas em ‘metros’; 3. Para o projeto das estruturas de concreto foram considerados requisitos

das Normas NBR 6118/2003, NBR 6120/1996; 4. Características Gerais do Concreto:

- Classe do Concreto: >= C30 (fck >= 30MPa) - Módulo de Elasticidade Longitudinal: ECcs = 0,85. Eci = 26.070 MPa; - Classe de Agressividade Ambiental (CAA): II - Cimento Classe CP IV

5. Cobrimentos das Armaduras: - Lajes: 2,0 cm - Vigas: 2,5 cm - Pilares: 3,0 cm

6. Comprimentos Mínimos de Traspasse entre barras: - ∅8.0 mm: 27 cm

- ∅10.0 mm: 33 cm

- ∅12.5 mm: 42 cm

1. 7. Consumo de Materiais *

Lajes Vigas Pilares

Fomas (m2) 180,0 150,3 95,5

Volume (m3) 18,0 18,6 6,0 * Consumo de Aço: ver Plantas de Detalhamento

8. Níveis de Lajes e Vigas

9. Legenda de Pilares

10. Junta de Dilatação: 2,0 cm 11. Conferir Medidas em Obra (CMO)

Exemplos ilustrativos

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ESTUDO DE CASO

NOTAS DE AULA AULA 05

ESTUDO DE CASO RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL

1. DESCRIÇÃO DA EDIFICAÇÃO

OBRA: AMPLIAÇÃO DE UMA SUBESTAÇÃO INDUSTRIAL

Dentro de seu escopo estrutural original, no que foi possível avaliar, a edificação apresenta:

Fundações profundas, do tipo estacas;

Pisos do pavimento térreo, assim como canaletas para passagem de fios e cabos, executados a partir de vigas e lajes em concreto armado;

Pilares em concreto armado;

Pavimento de cobertura executado a partir de lajes e vigas em concreto armado. Este pavimento apresenta marquises em balanço e todas as lajes de cobertura inclinadas favorecendo esgotamento de água. Estas lajes foram impermeabilizadas, não apresentando proteção com qualquer tipo de telha.

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2. PROJETO ESTRUTURAL DA AMPLIAÇÃO DA SUBESTAÇÃO

O projeto estrutural foi desenvolvido baseado no Projeto Arquitetônico e baseado na geometria e modelo do projeto original. Dentro de seu escopo estrutural, o projeto estrutural desta Ampliação apresentou as seguintes características:

Preservou as características geométricas dos projetos originais;

A opção de não vincular a nova estrutura às anteriores, com a utilização de uma junta de dilatação, não foi adotada por ferir a geometria original;

As fundações, projetadas e executadas são do tipo estacas pré-fabricadas;

Pavimento térreo executado a partir de vigas e lajes em concreto armado;

Pilares em concreto armado;

Pavimento de cobertura executado a partir de lajes e vigas em concreto armado. Estas lajes de cobertura são inclinadas favorecendo esgotamento de água, sendo impermeabilizadas, porém não apresentando proteção externa com qualquer tipo de telha.

Registre-se que, principalmente em relação ao pavimento de cobertura, para as cargas atuantes e utilizando-se as seções geométricas sugeridas, as seções de armaduras obtidas no cálculo estrutural são de valore muito pequeno, sendo, sendo na maioria dos casos definidos a partir de necessidades mínimas determinadas por norma.

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3. VISITA TÉCNICA REALIZADA EM .....

As informações obtidas podem ser resumidas da seguinte forma:

A edificação original data, aproximadamente, do ano de 1972;

As patologias visualizadas foram identificadas em tempo relativamente recente;

As patologias apresentam fissuras de pequena magnitude – ver documentação fotográfica em Anexo;

Até o momento não havia sido realizado qualquer tipo de recuperação;

Durante o período de execução da Ampliação da Subestação não havia sido constatada nenhuma dificuldade de ordem executiva na implementação dos projetos estruturais;

O local apresenta forte exposição à variação de temperatura devido à exposição ao sol da laje inclinada da cobertura, em que pese esta estar impermeabilizada;

O local afetado em nenhum momento deixou de atender às finalidades técnicas pretendidas.

A Visita Técnica realizada foi positiva no sentido de permitir a identificação clara dos pontos de ligação da estrutura de concreto da Ampliação com a estrutura de concreto da edificação original. Nestes locais foram notadas pequenas fissuras, normalmente ao longo da altura da seção de interface (concreto novo – concreto antigo). Esta constatação pode ser visualizada em vários pontos de ligação, principalmente junto ao nível das lajes e vigas de cobertura, sendo identificadas tanto nas faces internas como nas faces externas da estrutura.

Não foram constatadas, na data da realização da Visita Técnica, problemas envolvendo rachaduras ou mesmo patologias que pudessem ocasionar qualquer tipo de grave problema à estrutura de concreto – evolução rápida ou mesmo o colapso pontual da estrutura.

Esta Visita Técnica foi documentada fotograficamente com vistas a uma melhor avaliação das patologias visualizadas no local. Em anexo estão relacionadas as fotografias que melhor indicam e referendam os comentários que embasam este documento (em número de oito), sendo identificadas suas posições a partir de Planta de Forma do setor afetado.

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4. PATOLOGIAS IDENTIFICADAS

Em vários pontos da edificação, foram constatadas pequenas patologias, principalmente nas interfaces da obra recente com as anteriores. Especificamente sobre este aspecto, houve a necessidade de, na fase de execução da Ampliação, efetivar ligações – pontes de aderência – do concreto a ser executado e dois outros tipos de concreto com idades distintas, com origem em 1972 e 1998. Nestes casos as fissuras identificadas são verticais, de valor pouco significativo, e geralmente prolongando-se parcialmente ao longo da altura do elemento estrutural. As fissuras mais características ficam mais bem visualizadas a partir dos registros fotográficos em anexo, com as seguintes descrições: FOTO DESCRIÇÃO

1 A Vista lateral da vinculação/interface da Viga V7 com estrutura existente – vista geral Comentário: apresenta fissura vertical, iniciando junto á face inferior e prolongando-se por aproximadamente 50cm

1 B Vista lateral da vinculação/interface da Viga V7 com estrutura existente – vista em detalhe Comentário: apresenta fissura vertical, iniciando junto á face inferior e prolongando-se por aproximadamente 50cm

2 A Vista lateral, face oposta, da vinculação da Viga V7 com estrutura existente – vista geral Comentário: apresenta fissura vertical, iniciando junto á face inferior e prolongando-se por aproximadamente 50cm, apresenta pequena queda do revestimento e cobrimento externo, sem entretanto expor a armadura.

2 B Vista lateral, face oposta, da vinculação/interface da Viga V7 com estrutura existente – vista em detalhe Comentário: apresenta fissura vertical, iniciando junto á face inferior e prolongando-se por aproximadamente 50cm, apresenta pequena queda do revestimento e cobrimento externo, sem entretanto expor a armadura.

3 A Vista inferior da vinculação/interface da Viga V7 com estrutura existente – vista geral Comentário: registra a fissura na base da Viga V7, no sentido transversal

3 B Vista inferior da vinculação da Viga V7 com estrutura existente – vista em detalhe identificando viga de concreto da estrutura original apoiada no mesmo ponto, junto à estrutura original Comentário: registra a fissura na base da Viga V7, no sentido transversal, e ainda fissura longitudinal de viga da estrutura original

4 Vista externa da Viga V5 Comentário: vista geral da Viga V5 identificando apoio direito em apoio existente

5 Vista externa do apoio da Viga V5 junto à estrutura original Comentário: apresenta fissura vertical na aresta de interface, de pequena magnitude.

6 A Vista do apoio de viga da estrutura original, na continuidade da Viga V7, sobre pilar existente – vista geral Comentário: apresenta pequena queda de revestimento/cobrimento na região intermediária da alma da viga.

6 B Vista do apoio de viga da estrutura original, na continuidade da Viga V7, sobre pilar existente – vista em detalhe Comentário: apresenta pequena queda de revestimento/cobrimento na região intermediária da alma da viga.

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5. RE-AVALIAÇÃO DO PROJETO ESTRUTURAL REALIZADO

O Projeto Estrutural desenvolvido por esta empresa foi, a partir das constatações in-loco, integralmente re-avaliado e revisado no que tange à memória de cálculo e aos documentos produzidos e entregues ao cliente. A revisão de cálculo e detalhamento não identifica incorreções ou omissões sendo coerente com os padrões de norma e a boa técnica aplicada. Especificamente em relação aos elementos de cobertura – lajes e vigas – onde foram observadas as patologias, estes, igualmente, apresentam-se corretamente projetados, dimensionados e detalhados. Avaliadas igualmente as deformações de projeto dos elementos estruturais, todas apresentam igualmente grande folga em relação às flechas admissíveis. Observação realizada anteriormente, neste documento, aqui deve ser ratificada: com a preservação das dimensões geométricas impostas pela arquitetura original e pelo projeto arquitetônico da Ampliação, mesmo considerando as efetivas cargas atuantes, e previstas em reuniões conjuntas, as necessidades de armadura para as seções de concreto são de valores muito pequenos, atingindo em muitos casos a necessidade de armaduras mínimas. Como, ainda, muitos dos elementos lineares – do tipo viga – apresentam alturas superiores a 60 cm, estão igualmente previstas armaduras de pele adequadas às exigências de praxe.

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6. PARECER TÉCNICO

Avaliando-se o contexto aqui relatado, ratificamos a inobservância de qualquer problema nos projetos estruturais da Ampliação. Não observamos também, ao longo da inspeção in-loco, qualquer eventual vício executivo que pudesse merecer preocupação de não atendimento à boa técnica.

As patologias observadas, de pouca significância – como já relatado, podem ter várias e inúmeras causas, todas elas de grande dificuldade de previsibilidade, tanto por parte da insuficiente documentação da edificação como, principalmente, devido ao fato de esta obra, mais recente, apresentar necessidade de interface com duas outras áreas da obra executadas em períodos anteriores, apresentando concreto com características diferentes de endurecimento, em que pese eventualmente terem sido projetados com igual resistência.

Quanto às patologias típicas de interface (concreto novo – concreto velho), onde aparecem fissuras verticais, em uma face ou em ambas, junto às arestas de contato, não parece merecer qualquer tipo de recuperação, por não apresentar, em nosso juízo, qualquer risco de estabilidade e ainda, por apresentar fissuras que em parte teriam como origem variação térmica devido à exposição externa, fatores sempre de difícil controle.

Especificamente em relação a um ponto da obra, apoio direito da Viga V7, obra recente da Ampliação, junto à estrutura anteriormente executada, em que pese suas patologias apresentarem origens semelhante ao mencionado anteriormente, sugerimos a adoção de procedimento corretivo, observando-se que a magnitude da trinca é pouco maior, podendo ser causa de desconforto ao cliente e eventual ponto de início para um remoto processo de ataque às armaduras. Neste caso indicamos a execução de reforço em chapa metálica com vistas à efetiva estabilização da patologia. As dimensões das peças ligadas neste ponto e a necessidade de que a vinculação – aderência – entre as estruturas seja efetiva funcionando pela ancoragem das armaduras novas na seção antiga e pela vinculação entre os concretos de idades muito distintas, parecem não ter atingido adequado nível de eficiência. A aderência ao longo das faces transversais de ambas estruturas (estrutura nova – estrutura original) deve ocorrer, em parte e necessariamente, através da armadura inferior, conforme descrito nas plantas do Projeto Estrutural, com o embutimento de comprimento mínimo e a utilização de aditivo epoxi, procedimentos com razoável complexidade de execução, além de dependerem ainda de um concreto executado em outro momento (estrutura original) e sob condições nem sempre conhecidas.

Assim, a sugestão de reforço neste ponto, descrita no item seguinte, não antecede qualquer preocupação com a estabilidade da estrutura neste ponto, porém visa,

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objetivamente, evitar qualquer tipo de movimentação nesta interface, melhorar o aspecto visual desta ligação assim como evitar preocupações leigas por desconhecimento das origens do ocorrido, aqui exposto. Ao mesmo tempo sua execução objetiva melhorar a vinculação entre as peças e evitar a implantação de um processo de ataque às armaduras pela trinca aberta.

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7. PROPOSIÇÃO DE RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL

Tendo em vista a proposta de recuperação preventiva, indicada no item anterior, correspondente à interface da viga V7(15x120) – apoio direito – e a viga existente, executada anteriormente, situada em local identificado como detalhe A da planta de formas, em anexo e pelas fotos 1, 2 e 3, define-se, a seguir, a relação de procedimentos a serem adotados. Esclareça-se, inicialmente, que a seção a ser recuperada compreende as faces laterais das vigas, num trecho com 80 cm de comprimento (medidos à razão de 40 cm para cada lado da aresta de interface concreto novo – concreto velho) e altura de 35 cm a partir da face inferior, devendo esta dimensão ser conferida em obra, bem como a face inferior da viga com largura de 15 cm e mesmo comprimento de 80cm. Assim está seção será aqui identificada como Seção Recuperada – abreviada por SR à frente – com perímetro transversal em forma de ‘U’. PROCEDIMENTOS: A) Realizar escoramento discreto das vigas em ambos os lados da região a ser

tratada e na viga transversal que se apóia na viga existente. Utilizar elementos metálicos e espaçamento adequado às condições de operação da subestação de modo a minimizar as interferências na condição de trabalho do cliente. Este escoramento destina-se a minimizar propagação de danos por vibração – devida à operação de apicoamento da superfície – e o eventual surgimento de novas fissuras;

B) Apicoar toda a SR removendo, aproximadamente, 5 mm do cobrimento

existente das armaduras; C) Junto à interface das vigas apicoar ao longo da fissura até uma profundidade

de 10 a 15 mm, formando um chanfro de aproximadamente 45º em ambos os bordos adjacentes à fissura;

D) Aplicar, energicamente, em toda a SR com escovão de aço até remover

impurezas e materiais soltos; E) Preencher a fissura, ao longo do seu desenvolvimento – face inferior e faces

laterais – com aditivo epóxi tipo Sikadur 31 ou similar, conforme orientação do fabricante;

F) Uniformizar a largura da SR com vistas a obter-se uma largura padrão das

vigas, nessa região, equivalente a 15 cm. Para tanto:

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o Aplicar ponte de aderência sobre a SR residual, utilizando-se aditivo epóxi tipo Sikadur 31 ou similar, de acordo com a orientação do fabricante;

o Aplicar argamassa polimérica sobre a superfície da SR, até obter seção de 15 cm de espessura;

G) Preparar chapa metálica de reforço com 3mm de espessura, aço ASTM A-36,

com seção transversal em forma de ‘U’ para posterior revestimento da SR. Ver detalhe em anexo;

H) A chapa metálica deverá ser jateada ao metal quase branco e furada conforme

indicado no detalhe anexo; I) Utilizando as chapas pré-furadas como molde executar furos coincidentes

atravessando transversalmente a seção das vigas, face a face; J) Retirar a chapa metálica e limpar cuidadosamente a SR, bem como a chapa

metálica. Deverão ser removidos materiais pulverulentos e materiais gordurosos;

K) Fixar a chapa metálica sobre a SR – agora de forma definitiva – observando:

o Aplicar ponte de aderência sobre a argamassa polimérica de revestimento da SR, utilizando aditivo epóxi tipo Sikadur 31 ou similar. Observar orientação do fabricante para a correta aplicação;

o Realizar a colagem da chapa sobre a SR, observando o correto posicionamento dos furos e a realização de pressão entre as superfícies;

o Aplicar pinos passantes com diâmetro de 10 mm, barras rosqueadas de aço ASTM A-36, garantindo a efetiva pressão de aderência entre as chapas e a SR. Apertar os parafusos passantes utilizando porcas e arruelas ;

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8. PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS

ETAPA 01 – Planta 01 RECONSTITUIÇÃO DA SEÇÃO DE CONCRETO

A. Realizar escoramento discreto das vigas em ambos os lados da região a

ser tratada e na viga transversal que se apóia na Viga V7. Utilizar escoras de elementos metálicos e espaçamento não superior à 50cm adequado às condições de operação da subestação, de modo a diminuir as interferências na condição de trabalho do cliente. Este escoramento destina-se a minimizar propagação de danos por vibração – devida à operação de apicoamento da superfície – e o eventual surgimento de novas fissuras;

B. Realizar abertura da seção de concreto, conforme indicado na Planta 01, utilizando ferramenta adequada, preservando integralmente as armaduras existentes e evitando criar fissuras no concreto remanescente;

C. Remover o cobrimento lateral da viga – acima da seção removida – ao longo deste trecho de 100cm, e a cada 20cm, para colocação posterior das armaduras transversais de reforço (ver item E a seguir);

D. Fixar armaduras longitudinais – Tipo (1): embutimento, em cada extremidade, de 2x2Ø12,5mm, ancoradas em 20cm com a utilização de aditivo epóxi tipo Sikadur 31 ou similar (ver detalhe de posicionamento destas armaduras em detalhe na Planta 01);

E. Fixar armaduras transversais – Tipo (2): posicionamento de estribos, 7Ø6.3mm/20cm, e embutimento da dobra superior no concreto, ancorado em 7cm com a utilização de aditivo epóxi tipo Sikadur 31 ou similar;

F. Limpar as seções remanescentes e expostas de concreto através de jato de areia ou escovão de aço, até remover impurezas e materiais soltos;

G. Com vistas à concretagem da região inferior da viga, aplicar ponte de aderência na face transversal da viga, utilizando aditivo epóxi tipo Sikadur 341 ou similar, de acordo com orientação do fabricante;

H. Colocação de cimbramento ao longo da seção a ser concretada, preservando acesso para concretagem, por um lado, e ‘cachimbo’, pelo outro, para o correto adensamento do concreto – ver detalhe em planta;

I. Concretar a seção inferior da viga com a utilização de concreto grout; J. Remover as faces laterais do cimbramento após 24h da concretagem; K. Remover a face inferior do cimbramento após 72h da concretagem,

mantendo neste trecho uma escora central; L. Uniformizar a espessura da Viga V7 com vistas a dar cobrimento às

armaduras de reforço transversal e obter-se espessura padrão das vigas, nessa região, equivalente a 15 cm. Para tanto:

a. Aplicar ponte de aderência sobre as faces da Viga V7, utilizando-se aditivo epóxi tipo Sikadur 31 ou similar, de acordo com a orientação do fabricante;

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b. Aplicar argamassa polimérica sobre a superfície da Viga V7, até obter seção de 15 cm de espessura;

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SETEMBRO 2013 82

ETAPA 02 – Planta 02 REFORÇO METÁLICO INFERIOR

A) Aplicar, energicamente, em toda a seção de concreto – agora com espessura

uniformizada – escovão de aço até remover impurezas e materiais soltos; B) Preparar chapa metálica de reforço com 3mm de espessura, aço ASTM A-36,

com seção transversal em forma de ‘U’ para posterior fixação na Viga V7 (ver detalhe em anexo);

C) A chapa metálica deverá ser jateada ao metal quase branco e furada conforme indicado no detalhe anexo;

D) Utilizando as chapas pré-furadas como molde executar furos coincidentes atravessando transversalmente a seção das vigas, face a face;

E) Retirar a chapa metálica e limpar cuidadosamente a SR, bem como a chapa metálica. Deverão ser removidos materiais pulverulentos e materiais gordurosos;

F) Fixar a chapa metálica sobre a Viga V7 – agora de forma definitiva – observando:

o Aplicar ponte de aderência sobre a argamassa polimérica de

revestimento da SR, utilizando aditivo epóxi tipo Sikadur 31 ou similar. Observar orientação do fabricante para a correta aplicação;

o Realizar a colagem da chapa sobre a SR, observando o correto posicionamento dos furos e a realização de pressão entre as superfícies;

o Aplicar pinos passantes com diâmetro de 12.5mm, barras rosqueadas de aço ASTM A-36, garantindo a efetiva pressão de aderência entre as chapas e o concreto. Apertar os parafusos passantes utilizando porcas e arruelas;

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SETEMBRO 2013 83

ETAPA 03 – Planta 02 REFORÇO METÁLICO SUPERIOR A) Limpar energicamente as faces da seção de concreto que receberão as

cantoneiras através de jato de areia ou escovão de aço, até remover impurezas e materiais soltos;

B) Preparar os perfis em cantoneira indicados no projeto, ver detalhe na Planta 03;

C) A cantoneira deverá ser jateada ao metal quase branco e furada conforme indicado no detalhe anexo;

D) Utilizando as cantoneiras como molde executar furos coincidentes atravessando transversalmente a seção das vigas, de face a face;

E) Retirar a cantoneira e limpar cuidadosamente sua interface de ligação com o concreto. Deverão ser removidos materiais pulverulentos e materiais gordurosos;

F) Fixar a chapa metálica sobre o concreto – agora de forma definitiva – observando:

o Aplicar ponte de aderência sobre a argamassa polimérica de revestimento da SR, utilizando aditivo epóxi tipo Sikadur 31 ou similar. Observar orientação do fabricante para a correta aplicação;

o Realizar a colagem da cantoneira sobre o concreto, observando o correto posicionamento dos furos e a realização de pressão entre as superfícies;

o Aplicar pinos passantes com diâmetro de 12.5mm, barras rosqueadas de aço ASTM A-36, garantindo a efetiva pressão de aderência entre a cantoneira e o concreto. Apertar os parafusos passantes utilizando porcas e arruelas;

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9. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Foto 1 A

Foto 1 B

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Foto 2 A

Foto 2 B

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Foto 3 A

Foto 3 B

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Foto 4

Foto 5

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Foto 6 A

Foto 6 B

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SETEMBRO 2013 89

PLANTA 01

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SETEMBRO 2013 90

PLANTA 02

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SETEMBRO 2013 91

PLANTA 03