prof. bruno zampier - quadro de usucapião[1]
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Prof. Bruno Zampier
Hipóteses de Usucapião
EXTRAORDINÁRIA* ORDINÁRIA* RURAL URBANA INDIVIDUAL (6) URBANA COLETIVA FAMÍLIA (7)
Artigo 1.238, CC Artigo 1.242, CC Artigo 1.239, CC,
Lei n. 6.969/81 e
Artigo 191, CR/88
Artigo 1.240, CC,
Lei n. 10.257/01, art. 9º e
Artigo 183, CR/88
Artigos 10 a 14, da
Lei n. 10.257/01
(Estatuto das Cidades)
Artigo 1.240-A, CC
- Animus domini
- 15 anos (caput)
- Justo título e
- Boa-fé (subjetiva) (2)
- 10 anos (caput)
- Moradia ou trabalho
- Área rural
- Até 50 ha(4)
- Não ser proprietário de
outro bem imóvel urbano
ou rural
- 5 anos
- Moradia
- Urbana
- Até 250 m²
- Não ser proprietário de
outro bem imóvel urbano
ou rural
- 5 anos
- Moradia
- Urbana
- Mais de 250 m²
- Não ser proprietário de
outro bem imóvel urbano
ou rural
-5 anos
- Não for possível a
individualização da área
- Ocupação por famílias
de baixa renda (CJI –
conceito jurídico
indeterminado)
- Moradia
- Imóvel urbano
- Até 250 m²
- Não ser proprietário de
outro bem imóvel urbano
ou rural
- 2 anos de posse
- Posse exclusiva
- Condomínio com
cônjuge ou companheiro
- Abandono do lar pelo
cônjuge ou companheiro
- Função Social (1)
- 10 anos (p. único)
- Função Social (3)
- Aquisição onerosa
- 5 anos (p. único)
(1) Posse qualificada pela função social; posse trabalho. (2) Retira-se do artigo 1.201, p. único que quem tem justo título, tem para si a presunção (relativa) de boa-fé. (3) Para a redução do prazo para 5 anos, a aquisição deverá ser onerosa (não pode derivar de doação).
* Incidência da regra de transição prevista no artigo 2.029, do Código Civil tanto para a usucapião ordinária, quanto para a extraordinária, acrescendo-se 2 anos ao prazo para
aquisição da propriedade pelo possuidor que cumpra a sua função social, se o prazo for completado até 11/01/2005 (cf. REsp 1.088.082 – inteiro teor ). (4) A limitação da área em 50 ha para usucapião rural, não implica em impossibilidade de usucapião de imóveis rurais com área superior a tal limite, eis que sempre será
possível a aquisição da propriedade rural ou urbana pela demonstração dos requisitos da usucapião extraordinária ou ordinária. (5) Metragem do lote; da área urbana; e não da área de construção urbana; não se considera a área construída. (6) Sujeito só pode adquirir propriedade por usucapião urbana, uma única vez (cf. §2º, do artigo 183, da Constituição e § 2º, do artigo 1.240, do Código Civil). Outro detalhe é
que essa modalidade foi criada com a Constituição de 1988, só podendo ser reconhecida a partir de outubro de 1993 (quando a Constituição completou 5 anos). (7) Para alguns doutrinadores, a Lei n. 12.424/11 ressuscitou a discussão de culpa no rompimento do casamento (discussão relativizada com a EC n. 66/2010). Importante
ressaltar que essa modalidade de usucapião somente poderá ser reconhecida após dois anos da data de entrada em vigor da legislação que a instituiu (cf. Enunciado n. 497,
do CJF). Sobre esse tema, observar ainda, os Enunciados n. 498 a 501, da mesma V Jornada de Direito Civil do CJF.
Obs final: em todas as modalidades se exige posse mansa, pacífica e contínua.