produzindo video na escola

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PROJETO PRODUZINDO VÍDEOS NA ESCOLA Francisco Cesar Martins da Silva 1. JUSTIFICATIVA O uso didático da televisão e do vídeo na sala de aula teve a sua raiz no cinema, através dos quais foram se transformando em filmes educativos. Estes eram de curtíssima duração e exibidos em lugares improvisados. Data de 1910 o primeiro filme de caráter expressamente educativo e já em 1929 foi instituído o uso do cinema educativo em todas as escolas primárias do Rio de Janeiro, quando o acervo nacional já contava com vários títulos produzidos dentro e fora do País. Conforme o Módulo Básico de TV e Vídeo do Programa de Formação Continuada Mídias na Educação (SEED/MEC) O... “Vídeo e televisão estão estreitamente vinculados, seja por razões econômicas e mercadológicas, como ressalta Pretto, seja pela própria natureza desses meios de comunicação. O vídeo tem alta penetração social, uma vez que seu custo tem se reduzido ao longo dos anos e conta com um mercado em expansão, a despeito do surgimento de novas e mais sofisticadas tecnologias do som e da imagem. E a televisão é ainda considerada o mais popular meio de comunicação social. Vídeo e televisão contam com diferentes possibilidades de uso.” (Módulo Básico de TV e Vídeo) Conforme Tajra (2005) com relação ao uso do computador na educação o governo brasileiro deu seus primeiros passo somente em 1779 com a criação da SEI. Porém a primeira ação concreta para levar computadores às escolas foi a criação do Projeto Educom – Educação com computadores (1983). Daí veio outras ações que culminaram com a criação do Proinfo (1995), projeto que visava à formação de NTEs (Núcleos de Tecnologias Educacionais) em todos os estados do país. No início da introdução dos recursos tecnológicos de comunicação na área educacional, ainda conforme Tajra houve uma tendência de se imaginar que os instrumentos iriam solucionar os problemas educacionais, e até a substituir os professores. Com o passar do tempo, não foi o que se percebeu, e, sim, a possibilidade de utilizar esses instrumentos para sistematizar os processos e a organização educacional e uma reestruturação do papel do professor. Percebe-se que a TV e o Vídeo não perderam seu espaço na educação, no entanto, apesar de todo o avanço tecnológico, esses aparelhos não têm sido explorados com todo o seu potencial dentro das escolas. Como também o uso do computador que por se só não resolveu os problemas educacionais. Assim unido - TV, Vídeo e Computador - possam colaborar com a educação de forma mais efetiva. As produções de mídias se propõem a uma dupla missão. A primeira é de proporcionar um espaço de crítica das produções vídeos-didáticos de um modo em geral, e a outra de experimentação das possibilidades comunicativas (linguagem, gênero, formatos) apresentadas pelas mídias digitais. Diante disto as produções midiáticas definem seu compromisso fundamental com a educação. Tal compromisso terá seu enfoque voltado à formação do aluno dentro de uma perspectiva que valoriza o letramento midiático como um objetivo fundamental. O principio básico por detrás desta atitude é que o conhecimento da Mídia e de seu aspecto ligados ao seu funcionamento interessa não somente àqueles que a produzem, mas a todas as pessoas que se valem dela.

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Page 1: Produzindo video na escola

PROJETO PRODUZINDO VÍDEOS NA ESCOLA

Francisco Cesar Martins da Silva

1. JUSTIFICATIVA

O uso didático da televisão e do vídeo na sala de aula teve a sua raiz no cinema, através dos quais foram se transformando em filmes educativos. Estes eram de curtíssima duração e exibidos em lugares improvisados. Data de 1910 o primeiro filme de caráter expressamente educativo e já em 1929 foi instituído o uso do cinema educativo em todas as escolas primárias do Rio de Janeiro, quando o acervo nacional já contava com vários títulos produzidos dentro e fora do País. Conforme o Módulo Básico de TV e Vídeo do Programa de Formação Continuada Mídias na Educação (SEED/MEC) O...

“Vídeo e televisão estão estreitamente vinculados, seja por razões econômicas e mercadológicas, como ressalta Pretto, seja pela própria natureza desses meios de comunicação. O vídeo tem alta penetração social, uma vez que seu custo tem se reduzido ao longo dos anos e conta com um mercado em expansão, a despeito do surgimento de novas e mais sofisticadas tecnologias do som e da imagem. E a televisão é ainda considerada o mais popular meio de comunicação social. Vídeo e televisão contam com diferentes possibilidades de uso.” (Módulo Básico de TV e Vídeo)

Conforme Tajra (2005) com relação ao uso do computador na educação o governo brasileiro deu seus primeiros passo somente em 1779 com a criação da SEI. Porém a primeira ação concreta para levar computadores às escolas foi a criação do Projeto Educom – Educação com computadores (1983). Daí veio outras ações que culminaram com a criação do Proinfo (1995), projeto que visava à formação de NTEs (Núcleos de Tecnologias Educacionais) em todos os estados do país.

No início da introdução dos recursos tecnológicos de comunicação na área educacional, ainda conforme Tajra houve uma tendência de se imaginar que os instrumentos iriam solucionar os problemas educacionais, e até a substituir os professores. Com o passar do tempo, não foi o que se percebeu, e, sim, a possibilidade de utilizar esses instrumentos para sistematizar os processos e a organização educacional e uma reestruturação do papel do professor.

Percebe-se que a TV e o Vídeo não perderam seu espaço na educação, no entanto, apesar de todo o avanço tecnológico, esses aparelhos não têm sido explorados com todo o seu potencial dentro das escolas. Como também o uso do computador que por se só não resolveu os problemas educacionais. Assim unido - TV, Vídeo e Computador - possam colaborar com a educação de forma mais efetiva.

As produções de mídias se propõem a uma dupla missão. A primeira é de proporcionar um espaço de crítica das produções vídeos-didáticos de um modo em geral, e a outra de experimentação das possibilidades comunicativas (linguagem, gênero, formatos) apresentadas pelas mídias digitais.

Diante disto as produções midiáticas definem seu compromisso fundamental com a educação. Tal compromisso terá seu enfoque voltado à formação do aluno dentro de uma perspectiva que valoriza o letramento midiático como um objetivo fundamental. O principio básico por detrás desta atitude é que o conhecimento da Mídia e de seu aspecto ligados ao seu funcionamento interessa não somente àqueles que a produzem, mas a todas as pessoas que se valem dela.

Page 2: Produzindo video na escola

É com este pensamento que surgiu este projeto. Só que ele vai mais além de “passar” filmes para os alunos. E, sim, que eles sintam-se participe do processo produzindo seus próprios vídeos.

2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Integrar o uso da TV, do Vídeo e do Computador na produção de vídeos-aula como ferramenta de apoio ao processo ensino-aprendizagem.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Socializar informações sobre a importância do uso das diversas mídias como ferramenta didática no processo ensino-aprendizagem, sensibilizando para a utilização adequada desta ferramenta;

● Ampliar as atividades pedagógicas, através da produção de mídias de baixo custo, se comparada à dimensão de sua aplicabilidade aos conhecimentos obtidos pelos educandos;

● Repensar o papel do professor “informador” e gera a idéia do professor “facilitador”, segundo a teoria construtivista/interacionista.

3. METODOLOGIA

No projeto pretende-se trabalhar os seguintes conteúdos organizados em quatro momentos:

• 1° momento: Produzir vídeos-aula para professores e alunos da escola, a partir das práticas das disciplinas, estando estes ligados à proposta de atuação do professor nos campos específicos do conhecimento levando-se em conta os temas transversais, tais vídeos-aulas são feitas para o trabalho com os educando, a partir das disciplinas, no entanto, em termos de criação e orientação para o crescimento do aluno;

• 2° momento: Será tratado da própria produção dos professores, através de discussão sobre linguagem, oficinas de aprendizagem digital e de debates sobre temas pertinentes a partir da proposta pedagógica da escola e dos temas transversais. Aqui se dará a elaboração de projetos de vídeos, produção de conteúdos, utilizando diversas ferramentas de multimídias, tais como o computador com acesso a internet, câmara digital, a TV e o DVD.

• 3° momento: Momento da produção pessoal e ou coletiva dos alunos envolvidos no projeto, necessariamente estas produções devem está atreladas às disciplinas do professor ou a um tema transversal, contanto que favoreçam a sua aprendizagem. Trata-se de produção de conteúdo vídeo-aula, de forma a ampliar o acesso do aluno às mais diversa mídias como agente produtor, contribuindo dessa forma para promover a inclusão da democratização midiática dos conteúdos;

• 4° momento: Momento da culminância, onde todas as produções serão apresentadas nas salas de aulas e a posteriori para a escola.

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4. PÚBLICO ALVO:

Alunos e professores da escola a ser escolhida para o projeto piloto.

5. CRONOGRAMA

O projeto se dará durante todo o ano letivo nos meses de março a dezembro, conforme cronograma abaixo: MESES

ATIVIDADES F M A M J A S O N D

Produção de vídeos aulas para professores X

Oficinas com os professores X X

Produção de vídeos pelos professores X X

Trabalho com os alunos X X X X X X X

Produção de vídeos pelos alunos X X

Culminância do projeto X

6. PARCERIAS

- Núcleo de Tecnologia Educacional de Maracanaú - NUTEM e escola do municipais.

7. RECURSOS

7.1. HUMANOS: Professor e estagiários do Laboratório de Informática, professores das salas de aula e alunos.

7.2. MATERIAL: Computadores com acesso a internet, câmara digital, TVs, DVDs e CD-Roms.

8. REFERÊNCIAS

SEED/ME. Programa de Formação Continuada Mídia na Educação: Módulo Básico de TV e Vídeo. VALENTE. José Armando. Formação de Educadores para o Uso da Informática na Escola. Campinas, SP; UNICAMP/NIED, 2003.TAJRA, Sanmya Feitosa. Informática na Educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor na atualidade. 6ª Ed. Rev., atual e amp. - São Paulo: Èrica, 2005.