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C I C L OPierre Levtchenko 12ºD3 Nº18 Trabalho elaborado para a disciplina de Projecto e Tecnologias – Vídeo, leccionada pelo prof. Roberto Esteves RESUMO: Apresentação descritiva de todo o processo de pré-produção, produção e pós-produção do Documentário “CICLO”, realizada no âmbito da Especialização Vídeo da disciplina de Projecto e Tecnologias (12º Ano) ESCOLA SOARES DOS REIS – PORTO – ANO LECTIVO 2014/2015

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“C I C L O”

Pierre Levtchenko 12ºD3 Nº18

Trabalho elaborado para a disciplina

de Projecto e Tecnologias – Vídeo,

leccionada pelo prof. Roberto Esteves

RESUMO: Apresentação descritiva de todo o processo de pré-produção, produção e pós-produção do Documentário

“CICLO”, realizada no âmbito da Especialização Vídeo da disciplina de Projecto e Tecnologias (12º Ano)

ESCOLA SOARES DOS REIS – PORTO – ANO LECTIVO 2014/2015

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Escola Artística Soares dos Reis – Disciplina de Projecto e Tecnologias-Vídeo 12ºD3

ÍNDICE

1. Introdução 2. Pré-Produção – CELTX 2.1. Do Tema ao Conceito 2.2. Nota de intenções e descrição por cenas2.4. Caracterização

2.4.1. Locais de filmagem 2.4.2. Câmara 2.4.3. Som 2.4.4. Equipamento especial2.4.5. Equipa Técnica

2.5. Mapa de rodagem 2.6. Repérage 3. Produção

3.1. Gestão de meios (pessoas, locais, logística)3.2. Rodagem 3.2.1. 1º Dia 3.2.2. 2º Dia 3.2.3. 3º Dia 3.3. Desempenho da equipa técnica 4. Pós-Produção 4.1. Seleção de planos e Montagem 4.2. Efeitos e filtros utilizados 4.3. Áudio e Voz-Off 4.4. Ficha Técnica

5. Conclusão

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1.INTRODUÇÃO

Este ano, no âmbito da Prova de Aptidão Artística (PAA), foi proposta a realização de

uma curta-metragem documental, abordando o tema “Cidade do Porto”.

A PAA tem como intuito a exploração das diferentes fases de criação de um projecto

visando o produto final. O aluno irá pôr em prática suas capacidades criativas e

conhecimentos técnicos adquiridos durante as aulas de PT.

Neste dossiê serão abordadas as diferentes fases do trabalho desenvolvido, como a

pré-produção, e o processo criativo nela envolvido, a produção, onde será relatado o

desenrolar dos dias de filmagem, e por fim, a pós-produção, que abriga a montagem e

gravação da voz-off, até os detalhes finais, como a correção de cor.

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2.PRÉ-PRODUÇÃO

2.1. Do Tema ao Conceito

Todas as pequenas ideias que tive no ínicio do ano possuiam um tema recorrente. O futuro. Quando sabemos que uma das fases da nossa vida está a chegar ao fim e a próxima vem aí, mas o que ela abriga ainda é incerta. É algo que acontece várias vezes ao longo da nossa vida, e estes momentos acabam por servir como pontos de referência quando olhamos para trás.

É um conceito muito amplo, mas queria tentar transmiti-lo, mesmo que de forma simples e unidimensional. E obviamente, ligá-lo ao Porto, que é o tema deste ano.

Decici usar a minha própria situação, e a dos meus colegas, que estão prestes a acabar o secundário. Retratando algumas pessoas que vão tomar caminhos diferentes entre si e salientando a relação que esse caminho terá com a cidade do Porto.

Mas a forma como queria abordar o tema era muito fechada e pessoal, só era relevante para um grupo muito específico de pessoas, e com o passar do tempo isso tornou-se mais evidente, enquanto fui me distanciando do assunto, tanto como tema da PAA quanto situação pessoal, percebi que seria dificil fazer um projeto interessante dessa forma. O problema é que nesta altura já estava na fase de produção.

Então ao longo do processo de produção, fui concebendo uma nova ideia, o que não foi ideal, mas preferi correr o risco do que ir em frente com a ideia inicial, o que ainda considero que tenha sido a decisão certa.

Concebi então a ideia que eventualmente tornou-se “CICLO”, três visões diferentes sobre o Porto, cada uma simbolizando uma fase de um ciclo: criação, existência e destruição.

Queria representar o Porto de mais do que uma forma. Começando por uma visão de alguem de fora, que vê o Porto como algo novo e misterioso, uma incógnita, um vácuo. Seguida por uma visão mais simplória, dando enfâse a beleza e ao que há de positivo na cidade. E Por fim, a ideia contrária da cena anterior, que retrata a destruição, os aspetos negativos, a escuridão.

Mais do que responder perguntas procurei levantar questões, para despertar uma discussão e uma reflexão, este é o verdadeiro objetivo do projeto.

Confesso tambem que uma parte do apelo inicial deste projeto foi a oportunidade de criar as imagens que representam o universo, entrando de forma muito básica no ramo dos efeitos especiais, uma área do cinema que sempre me intrigou. A capacidade de criar o que não está la, fazer uma ilusão parecer realidade, é a verdadeira mágica do cinema.

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Uma das maiores influências em termos visuais foi o filme “The Tree of Life” de Terrence Malick. Foi o que inspirou a sequência inicial, juntamente com “2001: A Space Odyssey” de Stanley Kubrick.

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The Tree of Life The Tree of Life

2001: A Space Odyssey 2001: A Space Odyssey

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2.2. Nota de Intenções e descrição por cenas

O projecto está divido em três cenas principais. Começando pelas imagens do universo, imagens etéreas que representam uma visão de alguem de fora, que vê o Porto como algo novo e misterioso, uma incógnita, um vácuo. Seguida por uma visão mais simplória, com imagens da natureza dando enfâse a beleza e ao que há de positivo na cidade. E Por fim, a ideia contrária da cena anterior, com imagens que retratam a destruição, a deterioração e o eventual fim de todas as coisas.

A voz-off tambem é parte uma crucial do projeto, é o que da o sentido desejado as imagens e relaciona-as com o Porto. O texto foi escrito com base em alguns depoimentos de amigos e em minhas próprias reflexões.

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CARACTERIZAÇÕES DIVERSAS(LOCAIS DE FILMAGEM,

EQUIPA DE RODAGEM, EQUIPAMENTO AUDIOVISUAL UTILIZADO)

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2.4. Caracterização

2.4.1. Locais de filmagem

-Cemitério de Agramonte

-Casa Abandonada (Foz)

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2.4.2. Câmara

-Canon EOS 6D

-Sony EX-1

Usada nas gravações do Making-of.

2.4.3. Som

-Zoom H6

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2.4.4. Equipamento Especial

-Stabilizer S-60

– Canon EF 50mm f/2.5 Macro

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2.4.5. Equipa Técnica (INCOMPLETO)

Operador de Camâra- Maria Manuela

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2.5. Mapa de rodagem

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2.6. Répèrage -Praia de Matosinhos

-Casa Abandonada (Foz)

-Cemitério de Agramonte

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3.PRODUÇÃO

3.1. Gestão de Meios

A gestão de meios para o projecto não teve complicações, todos os locais de filmagem eram públicos e em exterior, os depoimentos são de amigos meus, que estudam na mesma escola e estavam sempre por perto e disponíveis, o que facilitou muito o processo, foi uma produção tranquila.

3.2. Rodagem (INCOMPLETO)

3.2.1. 1º Dia

Foi o primeiro dia de filmagens para a sequência inicial, usei uma versão básica da técnica “cloud tank”, que consistiu num aquário cheio até a metade com água e uma variedade de líquidos e tintas. As imagens foram captadas com a Canon 6D e uma lente 50mm macro e a iluminação foi feita com duas lanternas. Usei alguns frame rates diferentes, como 60fps, que me permite criar o efeito de slow-motion em pós-produção, para dar um ar mais cósmico e menos aquático as imagens, mas sacrifiquei qualidade, considerando que a 6D não grava 60fps em 1080p.

3.2.2. 2º Dia

3.2.3. 3º Dia

3.2.4. 4º Dia

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3.3. Desempenho da equipa técnica

Apesar de ter uma equipa designada via sorteio, optei por fazer a maior parte do projeto sozinho, porém, no pouco que tiveram a oportunidade de fazer foram competentes, todos os elementos. Sempre tive em conta que o cinema é uma arte de colaboração, e optar por trabalhar sozinho é muitas vezes uma desvantagem, e pode correr mal. Mas neste caso senti que a equipa seria mais uma limitação do que uma ajuda, e considero que o intuito da equipa é ajudar o realizador.

Mais importante do que ter tudo organizado por tabelas é cada um poder fazer o melhor projeto que é capaz de fazer, seja da forma que for, e esta foi a minha.

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4.PÓS-PRODUÇÃO

4.1. Seleção de planos e Montagem

Após a conclusão das filmagens, passei ao ínicio da pós-produção. Foi na montagem que o projeto ganhou vida e pude realmente ver as peças a se encaixarem. Comecei por fazer a seleção dos planos que queria utilizar. Fiz algumas experiências antes de começar a montagem definitiva, juntando somente alguns planos para ver como funcionavam em sequência.

Sendo o projeto dividido em três “capítulos”, para manter tudo equilibrado tentei estipular o tempo que cada um teria antes de começar a montagem final. Resolvi então manter cada capítulo com a duração de 2-3 minutos, resultando numa montagem com um mínimo de 6 e máximo de 9 minutos.

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4.3. Áudio e Voz-off

A voz-off foi uma parte crucial do projeto, foi o que deu o sentido desejado as imagens e relacionou-as com o Porto. Escrevi o texto baseado em alguns depoimentos de amigos e em minhas próprias reflexões. Durante o processo de gravação o texto ainda não estava completamente formado, a ideia estava, mas não a tinha consolidado no papel, o que, neste caso, foi positivo, senti que tive mais liberdade e não fiquei muito preso à ideia.

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4.4. Ficha Técnica

Realização e conceito – Pierre Levtchenko

Produção – Escola Artística de Soares dos Reis

Operadores de Câmara – Pierre Levtchenko e Maria Ferreira

Operador de Som – Pierre Levtchenko e Cláudia Santos

Voz Off –

Making Of – Liliana Cunha

Banda Sonora – SYROBONKERS- “Rhubarb Orc”

Zabomba- “Antes de Dormir”

Agradecimentos – Artur Neto, Bárbara Eusébio, Diana Agar, Mariana Santiago

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5.CONCLUSÃO

Foi um projeto um pouco conturbado inicialmente, demorei a encontrar algo que queria realmente fazer dentro do tema “Cidade do Porto”, principalmente na área documental, que é algo que não me interessava muito, um ponto de vista que mudou consideravelmente, vi dezenas de documentários ao longo do ano como forma de inspiração e passei a apreciar o género muito mais.

Em geral, gosto do trabalho que fiz, é o meu primeiro projeto e fiquei satisfeito. Por em prática os conhecimentos adquiridos e realmente tentar criar algo foi algo que me agradou muito, foi o ano em que mais senti evolução na aprendizagem.

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