produto 01 -...

138
PRODUTO 01 - TIPOLOGIA / ATIVIDADE, GERAÇÃO, E CUSTO REFERENTE AOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) ARM_RCCV_01_01_REL_003_20141020

Upload: lamtu

Post on 13-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

PRODUTO 01 - TIPOLOGIA / ATIVIDADE, GERAÇÃO, E

CUSTO REFERENTE AOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E

VOLUMOSOS (RCCV)

ARM_RCCV_01_01_REL_003_20141020

Page 2: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO

METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO

INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM

RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E

RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E

VOLUMOSOS (RCCV)

PRODUTO 01: TIPOLOGIA / ATIVIDADE,

GERAÇÃO, E CUSTO REFERENTE AOS

RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E

VOLUMOSOS (RCCV)

ARM_RCCV_01_01_REL_003_20141020

Outubro de 2014

Consórcio:

Page 3: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 2

O PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

E VOLUMOSOS (RCCV)

Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte

Consórcio: IDP FERREIRA ROCHA Status: Externo

Título do documento: Produto 01: TIPOLOGIA / ATIVIDADE, GERAÇÃO E CUSTO

REFERENTES AOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV)

Nome/código: ARM_RCCV_01_01_REL_003_20141020 Versão: Final

Elaboração:

Ο Alex José de Almeida

Ο Alex Quiroga

Ο Ana Maria Castro da Silveira

Ο Cristiano Figueiredo Lima

Ο Cynthia Fantoni

Ο Delfim José Leite Rocha

Ο Eduard Millet

Ο Gonzalo Herranz

Ο Gustavo Azeredo Furquim Werneck

Ο Gustavo Tetzl Rocha

Ο Henrique Ferreira Ribeiro

Ο Henrique S L V Gomes

Ο Isadora Braga Camargos

Ο Jesús Blasco Gómez

Ο José Cláudio Junqueira Ribeiro

Ο Juan Carlos Rives López

Ο Juliana Felisberto

Ο Luciana de Nardi

Ο Marcos Antônio de Almeida Rodrigues

Ο Maria Antônia Vieira Martins Starling

Ο Murilo Zaparoli

Ο Renato Nogueira de Almeida

Ο Solange Vaz Coelho

Ο Thiago de Alencar Silva

Ο Vicente Jimenez de la Fuente

Data: 15/10/2014

Revisão: Jesus Blasco Goméz, Juan Carlos Rives Lopes, Thiago de

Alencar Silva, José Claudio Junqueira Ribeiro Data: 15/10/2014

Aprovação: Jesús Blasco Data: 20/10/2014

Observações:

Aprovação do Gestor:

Nome: Visto:

Data da Aprovação:

Consórcio:

Page 4: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 3

APRESENTAÇÃO

O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos da

Construção Civil e Volumosos (RCCV)” é o segundo produto elaborado pelo Consórcio

formado pelas empresas IDP Ingeniaría y Arquitectura Iberia e Ferreira Rocha - Gestão

de Projetos Sustentáveis (Consórcio IDP Ferreira Rocha), e encaminhado à Agência de

Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH) como parte da

Fase 01 do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com Foco em

Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos

(RCCV), doravante denominado Plano.

A elaboração do Plano está estruturada em três fases:

Fase 01: Diagnóstico da situação atual dos RCCV na RMBH e Colar

Metropolitano;

Fase 02: Elaboração de proposta para a gestão e o gerenciamento dos RCCV; e

Fase 03: Preparação para elaboração e implantação das alternativas para gestão

dos RCCV.

O prazo previsto para a conclusão do projeto é de 22 (vinte e dois) meses, sendo que o

início foi em janeiro de 2014.

A Fase 01 tem a função de levantar dados e apresentar o Diagnóstico da Situação Atual

dos RCCV na Região Metropolitana e Colar Metropolitano de Belo Horizonte. São três

produtos propostos para esta fase, além do relatório consolidado. Os conteúdos estão

distribuídos de acordo com o Quadro 1.

Quadro 1 - Etapas da Fase 01 - Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Page 5: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 4

Este Produto 01, com foco na elaboração do Diagnóstico da Situação Atual dos RCCV na

Região Metropolitana e Colar Metropolitano de Belo Horizonte, apoiará as demais fases

de elaboração do Plano, tendo caráter dinâmico e podendo ser complementado em

função de necessidades técnicas específicas.

Por fim, o Produto 01 é apresentado em relatórios específicos para cada um dos dois

tipos de resíduos contemplados pelo Plano, sendo que o presente relatório trata dos

Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV). As informações constantes nos

produtos previstos, assim como as que constam neste Produto 01, não serão

necessariamente transpostas para a versão final do Plano, mas subsidiarão o processo

de sua elaboração.

Na Figura 1 estão explicitados os produtos previstos em cada Fase, com destaque para

este Produto 01, compondo a denominada Estrutura Analítica de Projeto (EAP) 1.

1 O Consórcio IDP Ferreira Rocha estabeleceu, como diretriz para o desenvolvimento dos trabalhos, a consideração do Plano como um projeto, a ser gerido e gerenciado em acordo com conceitos, diretrizes e ferramentas gerenciais consagradas internacionalmente pelo Gerenciamento de Projetos disciplinado pelo Project Management Institute (PMI) e consubstanciadas no Guia PMBOK 5ª edição. Segundo ao referido Guia a Estrutura Analítica do Projeto (EAP) é “O processo de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto em componentes menores e mais facilmente gerenciáveis.” Já o principal benefício desse processo é o fornecimento de uma visão estruturada do que deve ser entregue. A EAP é uma decomposição hierárquica do escopo total do trabalho a ser executado pela equipe do projeto a fim de alcançar os objetivos do projeto e criar as entregas requeridas.

Page 6: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 5

Figura 1 - Estrutura Analítica de Projeto (EAP) Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Page 7: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 6

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ......................................................................................................... 7

1 - INTRODUÇÃO ......................................................................................................15

2 - METODOLOGIA ...................................................................................................19

2.1 - METODOLOGIA PARA LEVANTAMENTO DE DADOS .................................19

2.1.1 - Estratégia de Comunicação e Engajamento de Stakeholders .....................20

2.1.2 - Levantamento de Dados Secundários e Análise Bibliográfica ....................23

2.1.3 - Levantamento de Dados Primários .............................................................25

2.2 - METODOLOGIA DE CONSOLIDAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ................27

2.2.1 - Confronto das Informações – Dados Secundários X Dados Primários .......27

2.2.2 - Definição do Fluxo ......................................................................................28

3 - LEVANTAMENTO DE DADOS .............................................................................29

3.1 - DADOS SECUNDÁRIOS ...............................................................................29

3.1.1 - Estimativa de Geração ...............................................................................29

3.1.2 - Etapas do Gerenciamento ..........................................................................39

3.1.3 - Regularização Ambiental ............................................................................62

3.1.4 - Equipamentos de Proteção Individual .........................................................67

3.1.5 - Custos ........................................................................................................70

3.1.6 - Investimentos .............................................................................................72

3.1.7 - Impactos .....................................................................................................72

3.2 - DADOS PRIMÁRIOS .....................................................................................74

3.2.1 - Resultados da Aplicação dos Questionários ...............................................75

3.2.2 - Reuniões e Visitas Técnicas ..................................................................... 101

4 - CONSOLIDAÇÃO DE DADOS SECUNDARIOS E PRIMARIOS PARA

ESTIMATIVA DA GERAÇÃO DE RCCV ........................................................................ 114

5 - CENÁRIOS ......................................................................................................... 116

6 - CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES ....................................................... 120

7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 122

8 - ANEXOS ............................................................................................................. 125

Page 8: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 7

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura Analítica de Projeto (EAP) ................................................................. 5

Figura 1-1 - Fluxograma das etapas, atividades e resultados do Produto 01 ...................18

Figura 2-1 - Fluxograma metodológico para levantamento de dados secundários e

primários ..........................................................................................................................20

Figura 3-1 - Geração de RCCV (t/dia) de acordo com as fontes pesquisadas para os

municípios da RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte. ......................................31

Figura 3-2 – Valores de variação da geração per capita (kg/hab/dia) de RCCV por faixa

populacional e fonte. ........................................................................................................32

Figura 3-3: Fluxograma das etapas do gerenciamento dos RCCV. ..................................40

Figura 3-4 - Existência de serviço de coleta de RCC executado pela Prefeitura. .............43

Figura 3-5 - Existência de empresa especializada em coleta de RCC. ............................43

Figura 3-6 - Existência de cobrança pelo serviço de coleta de RCC executado pela

Prefeitura. ........................................................................................................................44

Figura 3-7 - Serviço de coleta de RCC feita por autônomos em carroças ou outro tipo de

veículo de pequena capacidade. .....................................................................................44

Figura 3-8 - Existência de serviço de coleta de RCC feita por autônomos. .....................44

Figura 3-9 - Gráfico comparativo da coleta per capita (kg/hab/dia) de RCC por faixa

populacional. ...................................................................................................................45

Figura 3-10 - Porcentagem de RCCV transportado por caçambeiros, carreteiros e

carroceiros provenientes de reformas e demolições ........................................................49

Figura 3-11 - Triagem e trituração dos resíduos classe A com classificação

granulométrica dos agregados reciclados. .......................................................................53

Figura 3-12 - Reaproveitamento dos agregados produzidos na fabricação de

componentes construtivos. ..............................................................................................54

Figura 3-13 - Formas de disposição final de acordo com a PNSB (2008) ........................54

Figura 3-14 - Formas de disposição final (%) de acordo com a PNSB (2008) ..................55

Figura 3-15 - Distribuição dos sistemas de destinação e disposição de RSU e RCCV ....58

Figura 3-16 - Quantidade de locais de deposição de RCC de acordo com a ARMBH

(2013) ..............................................................................................................................61

Figura 3-17 - Quantidade de questionários respondidos por Grupos ...............................75

Page 9: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 8

Figura 3-18 - Quantidade total de municípios existentes na RMBH e Colar Metropolitano

por faixa populacional ......................................................................................................76

Figura 3-19 - Relação da quantidade de municípios que retornaram os questionários por

faixa populacional ............................................................................................................76

Figura 3-20 - População total por município que respondeu ao questionário ...................78

Figura 3-21 - Porcentagem dos municípios que fornecem algum tipo de

autorização/licença para as empresas coletoras de RCCV ..............................................79

Figura 3-22 - Porcentagem dos municípios que possuem PGIRSU .................................80

Figura 3-23 - Porcentagem dos municípios que possuem PGRCC ..................................80

Figura 3-24 - Porcentagem dos municípios que elaboraram PGIRSU e PGRCC de forma

participativa .....................................................................................................................81

Figura 3-25 - Porcentagem dos municípios que contemplaram mobilização social no

PGIRSU e/ou no PGRCC ................................................................................................82

Figura 3-26 - Porcentagem dos municípios que contemplaram a educação ambiental no

PGIRSU e/ou PGRCC .....................................................................................................82

Figura 3-27 - Porcentagem dos municípios que se responsabilizam pela coleta e

destinação final de RCCV de obras privadas ...................................................................83

Figura 3-28 - Porcentagem dos municípios que possuem legislação municipal sobre a

gestão e gerenciamento dos RCCV. ................................................................................84

Figura 3-29 - Porcentagem dos municípios que possuem dados de quantidade média de

RCCV por classe .............................................................................................................85

Figura 3-30 - Porcentagem dos municípios cujos RCCV são separados por classe e tipo

pelas empresas geradoras ..............................................................................................86

Figura 3-31 - Porcentagem dos municípios que possuem programa de

capacitação/sensibilização para segregação de RCCV ...................................................87

Figura 3-32 - Porcentagem dos municípios que indicaram desafios em relação ao

transporte de RCCV.........................................................................................................87

Figura 3-33 - Porcentagem de prefeituras que possuem unidade de transbordo .............88

Figura 3-34 - Porcentagem de prefeituras que realizam serviço de destinação/disposição

de RCCV .........................................................................................................................90

Figura 3-35 - Porcentagem de prefeituras que possuem áreas de destinação/disposição

de sua propriedade ..........................................................................................................91

Page 10: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 9

Figura 3-36 - Ano de início da utilização pelas prefeituras de áreas de

destinação/disposição final de RCCV ..............................................................................91

Figura 3-37 - Porcentagem de prefeitura que dispõem de URPVs ...................................92

Figura 3-38 - Porcentagem de municípios que possuem a destinação/disposição final de

RCCV de forma segregada em classes (A,B,C, D) ..........................................................93

Figura 3-39 - Porcentagem de prefeituras que tem conhecimento de locais de disposição

irregular de RCCV ...........................................................................................................93

Figura 3-40 - Porcentagem de municípios que tratam e/ou dispõem os RCCV de outros

municípios .......................................................................................................................94

Figura 3-41 - Porcentagem de municípios que possuem programas de educação

ambiental que envolvem RCCV .......................................................................................94

Figura 3-42 - Porcentagem de municípios que possuem programas para promover a

inserção de agentes diversos no gerenciamento de RCCV .............................................95

Figura 3-43 - Porcentagem de prefeituras que cobra por recolhimento dos RCCV. .........97

Figura 3-44 - Avaliação das prefeituras em relação à gestão e gerenciamento dos RCCV

........................................................................................................................................98

Figura 3-45 - Municípios que indicaram boas práticas na gestão de RCCV. .................. 100

Figura 3-46 - Porcentagem de prefeituras que indicaram dificuldades na gestão de RCCV.

...................................................................................................................................... 100

Figura 4-1 - Geração de RCCV por faixa populacional .................................................. 115

Figura 5-1 - Cenário 1 – Geração de RCCV .................................................................. 117

Figura 5-2 - Cenário 2 – Geração de RCCV .................................................................. 118

Figura 5-3 - Cenário 3 – Geração de RCCV .................................................................. 119

Page 11: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 10

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Etapas da Fase 01 - Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos ................. 3

Quadro 2-1 - Municípios selecionados para a realização de visitas técnicas ...................26

Quadro 3-1 - Variações de geração per capita de RCCV por faixa populacional. (Dados

Secundários) ...................................................................................................................33

Quadro 3-2 - Estimativa de geração de RCC a partir de IPEA (2012) ..............................34

Quadro 3-3 - Estimativa de geração de RCC a partir de ABRELPE (2012) ......................35

Quadro 3-4 - Geração de RCCV a partir de PMRS (2013) ...............................................36

Quadro 3-5 - Geração de RCC a partir de Assis (2012). .................................................37

Quadro 3-6 - Estimativa de geração de RCC em construções novas em municípios da

RMBH. .............................................................................................................................38

Quadro 3-7 - Variações da coleta per capita de RCC por faixa populacional. ..................45

Quadro 3-8 - Estimativa de coleta de RCC a partir de IPEA (2012). ................................46

Quadro 3-9 - Estimativa de coleta de RCC a partir de SNIS (2012). ................................47

Quadro 3-10 - Estimativa de coleta de RCC a partir de SNIS (2014). ..............................48

Quadro 3-11 - Estimativa de quantidade de RCCV transportado por caçambeiros,

carreteiros e carroceiros provenientes de reformas e demolições....................................49

Quadro 3-12 - Quantidades geradas, mínima e máxima estimadas para BH e RMBH .....51

Quadro 3-13 - Distribuição dos sistemas de destinação e disposição final de RSU e RCC

por município da RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte. ..................................56

Quadro 3-14 - Área básica demandada para manejo de RCC. ........................................59

Quadro 3-15 - Quantidade de locais de “deposição irregular” e geração de RCCV nas

deposições irregulares e URPVs (t/mês) por município. ..................................................61

Quadro 3-16 - Listagem de empreendimento relacionados com o gerenciamento de

RCCV cadastrados no SIAM ............................................................................................64

Quadro 3-17 - EPI utilizados na construção civil ..............................................................69

Quadro 3-18 - Custos unitários de triagem e transbordo e de aterramento dos resíduos

classe A por porte de instalação. .....................................................................................70

Quadro 3-19 - Indicadores gerais para comparação de custos e receitas ........................70

Quadro 3-20 - Estimativa de custos mensais com a gestão dos RCCV (R$/mês). ...........71

Page 12: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 11

Quadro 3-21 - Percurso médio e faixa de preço cobrado pelos agentes por viagem........72

Quadro 3-22 - Índice de retorno por faixa populacional. ...................................................77

Quadro 3-23 - Quantidade média diária estimada de RCCV. ...........................................84

Quadro 3-24 - Custo mensal dos municípios para gerenciamento de RCCV. ..................95

Quadro 3-25 - Custo mensal dos municípios com a limpeza do entulho das vias. ...........96

Quadro 3-26 – Cronograma de Reuniões com o Grupo 4 para RCCV. .......................... 106

Quadro 3-27 - Proposta de amostragem de municípios para realização das visitas

técnicas. ........................................................................................................................ 109

Quadro 3-28 - Cronograma de visitas técnicas nos municípios para os Resíduos da

Construção Civil. ............................................................................................................ 109

Quadro 3-29 - Destinação e Disposição dos RCC em Belo Horizonte ........................... 112

Quadro 4-1 - Geração de RCCV por faixa populacional ................................................. 114

Quadro 5-1 - Critérios para o Cenário 1 ......................................................................... 116

Quadro 5-2 - Critérios para o Cenário 2 ......................................................................... 117

Quadro 5-3 - Critérios para o Cenário 3 ......................................................................... 118

Page 13: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 12

ABREVIATURAS

AAF AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL DE FUNCIONAMENTO

ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

ABRELPE ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PUBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS

ARMBH AGÊNCIA DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

AS ATERRO SANITÁRIO

ATT ÁREAS DE TRIAGEM E TRANSBORDO

CA CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

CLT CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

CM COLAR METROPOLITANO

CONAMA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

COPAM CONSELHO ESTADUAL DE POLITICA AMBIENTAL

EIA ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL

EPI EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

ERE ESTAÇÕES DE RECICLAGEM DE ENTULHO

FCE FORMULÁRIO INTEGRADO DE CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

FEAM FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE

FIP FUNDAÇÃO ISRAEL PINHEIRO

IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA

IPEA INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA

LI LICENÇA DE INSTALAÇÃO

LO LICENÇA DE OPERAÇÃO

LP LICENÇA PRÉVIA

MTE MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

NBR NORMA BRASILEIRA

NR NORMA REGULAMENTADORA

PDP PLANILHA DE DADOS PRIMÁRIOS

PDS PLANILHA DE DADOS SECUNDÁRIOS

Page 14: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 13

PGIRSU PLANOS DE GESTÃO INTEGRADO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PGRCC PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

PMSS PROGRAMA DE MODERNIZAÇÃO DO SETOR DE SANEAMENTO

PNRS POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PNSB PESQUISA NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO

PTA PLANO DE TRABALHO ATUALIZADO

RCA RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL

RCC RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

RCCV RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS

RCD RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DEMOLIÇÃO

RIMA RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

RMBH REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

RSS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

RSU RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

RV RESÍDUOS VOLUMOSOS

SEDRU SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL POLÍTICA URBANA E GESTÃO METROPOLITANA DE MINAS GERAIS

SEIS SISTEMA ESTADUAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO

SEMAD SECRETARIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

SIAM SISTEMA INTEGRADO DE INFORMAÇÃO AMBIENTAL

SIDRA SISTEMA IBGE DE RECUPERAÇÃO AUTOMÁTICA

SINDUSCON SINDICATO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

SINIR SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

SLU SUPERINTENDÊNCIA DE LIMPEZA URBANA

SNIS SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÃO DE SANEAMENTO

SNSA SECRETARIA NACIONAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL

SUPRAM SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL

TAP TERMO DE ABERTURA DE PROJETO

TR TERMO DE REFERÊNCIA

URPV UNIDADES DE RECEBIMENTO DE PEQUENOS VOLUMES

Page 15: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 14

UTC USINA DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM

Page 16: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 15

1 - INTRODUÇÃO

O Produto 01 congrega os dados e informações referentes às etapas do fluxo de

gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV) da Região

Metropolitana e Colar Metropolitano de Belo Horizonte. Compreender este fluxo é

fundamental tanto para caracterizar o cenário atual do gerenciamento dos RCCV, quanto

para estruturar as próximas etapas para a elaboração do Plano Metropolitano de Gestão

Integrada de Resíduos com Foco em Resíduos da Construção Civil e Volumosos

(RCCV), doravante denominado Plano.

No Produto 00 foram identificados os conceitos técnicos, as normas e leis relevantes para

a gestão e o gerenciamento dos resíduos, descritas as características socioeconômicas

da região, e feita uma primeira análise do cenário desses resíduos na região de estudo.

O Produto 01 tem o enfoque específico nas atividades e tipologias, a geração, as fontes

geradoras e as estimativas dos custos das etapas do gerenciamento dos RCCV. O

Produto 02 complementa o levantamento de dados apontando os atuais planos,

programas e projetos de governo ou outras instituições que incentivam, sustentam e/ou

auxiliam na gestão desses resíduos. Este conjunto de informações está em linha com as

orientações do Ministério do Meio Ambiente, conforme descrito na publicação “Planos de

Gestão de Resíduos Sólidos: Manual de Orientação – Apoiando a implementação da

Política Nacional dos Resíduos Sólidos”.

O diagnóstico, no enfoque técnico, deverá ser estruturado com dados e informações sobre o perfil das localidades. É fundamental entender a situação dos resíduos sólidos gerados no respectivo território quanto à origem, volume, características, formas de destinação e disposição final adotadas. Informações sobre a economia, demografia, emprego e renda, educação, saúde, características territoriais e outros, auxiliam na compreensão das peculiaridades locais e regionais e tipo e quantidade de resíduos gerados. O acervo de informações sobre as condições do saneamento básico, bem como sobre a gestão dos resíduos sólidos, é muito importante para se construir um diagnóstico amplo, pois permite compreender os níveis de desenvolvimento social e ambiental da cidade, e as implicações na área da saúde. Construir informações e dados numa perspectiva histórica poderá auxiliar no enfrentamento de determinados gargalos ou dificuldades futuras.

É importante pesquisar o histórico de gastos com a limpeza urbana, gestão e manejo dos resíduos sólidos, mesmo que dois ou mais órgãos sejam os responsáveis pela gestão, na administração pública. Diferentes estudos mostram que no Brasil, com pequenas variações, cerca de 5% do orçamento municipal é consumido em limpeza urbana, gestão, manejo e disposição final de resíduos sólidos. Exige, portanto, esforço de racionalização para a sustentabilidade econômica do serviço público, como definida na nova legislação. É importante que os dados reflitam a diversidade e a especificidade local ou regional e as suas identidades econômicas, sociais e ambientais em relação a outras regiões do Estado. (BRASIL, 2012; p.37)

Page 17: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 16

O Produto 01 contribui para a compreensão das peculiaridades local e regional uma vez

que acompanha a trajetória dos RCCV, da geração até a destinação. É também neste

produto em que estão as estimativas identificadas para custos de gestão e

gerenciamento. A análise desses dados permite conhecer a realidade e, a partir dela,

buscar as alternativas e ferramentas mais adequadas para o cenário atual.

Aqui se faz importante destacar que o diagnóstico foi elaborado a partir de dados

secundários parcialmente complementados por dados e informações primárias, conforme

detalhado na metodologia descrita neste documento. Para este diagnóstico, marco zero

do cenário atual, foram compilados, confrontados e analisados dados e informações de

diversas fontes publicadas por instituições governamentais, de pesquisa, acadêmicas,

entidades representativas do setor e geradores dos RCCV.

Uma das estratégias para levantamento e validação de todos os dados e informações

compilados considerou critérios para seleção de fontes, rastreabilidade das informações

e envolvimento de stakeholders para uma construção participativa. Cabe ressaltar que,

apesar do empenho para levantamento e validação dos dados e informações é de se

esperar lacunas de quantidade e qualidade dos mesmos. Contudo, foi possível quantificar

e qualificar as etapas do fluxo de gerenciamento dos RCCV, a partir de dados e

informações referenciais, secundárias, primárias e/ou extrapoladas levantadas.

O confronto de dados e informações permitiu uma série de análises, interpretações,

estudos e encaminhamentos. Para a conclusão da Fase 01, está priorizada a análise que

melhor atende à demanda de dados e informações para o desenvolvimento do Plano em

suas etapas subsequentes. Este banco de dados, diagnóstico do cenário atual, aqui

consolidado poderá ser atualizado em outros momentos da elaboração do Plano, à

medida que novos dados relevantes sejam identificados. Por outro lado, novas leituras e

análises também poderão ser realizadas, a partir das informações aqui concentradas. A

versão completa do banco de dados está disponível em mídia anexa.

Ressalta-se ainda, a grande dificuldade encontrada, não só pela inexistência de dados

sistematizados, mas, pela indisponibilidade de informações de alguns stakeholders

(fundamentais para a elaboração do diagnóstico), para obtenção de dados e informações

existentes, sistematizados ou não. Esta observação foi também apontada no Plano

Metropolitano de Resíduos Sólidos: Região Metropolitana de Belo Horizonte e Colar

Metropolitano (ARMBH, 2013) que aponta carência de dados sistematizados sobre os

RCCV.

Segundo o Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Belo

Horizonte e Colar Metropolitano (ARMBH, 2013), os resíduos da construção civil (RCC),

são:

“também denominados resíduos da construção civil e demolição

(RCD), correspondem aos resíduos provenientes de construções,

reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os

resultantes da preparação e da escavação de terrenos e os

resíduos volumosos (RV), são constituídos por peças de grandes

Page 18: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 17

dimensões, como móveis e utensílios domésticos inservíveis,

grandes embalagens e outros resíduos de origem não industrial,

não coletados pelo sistema de recolhimento domiciliar

convencional. Os RV são definidos pelas normas brasileiras que

versam sobre os RCC e normalmente são removidos das áreas

geradoras juntamente com os RCC”.

Considerando o ambiente da construção civil, que é o foco deste trabalho, os conceitos

usados para RCC e RCCV frequentemente se confundem. O termo RCC pode ou não

incluir os resíduos volumosos, pois a coleta de RV é usualmente feita em conjunto com

os RCC quando os mesmos são gerados na atividade da construção civil. Assim, quando

do desenvolvimento deste projeto, utilizou-se o termo RCCV para a análise de dados e

informações, ainda que diversas fontes de consultas usem RCC, sem especificar se há

resíduos volumosos incluídos. Por outro lado, não foram encontrados dados que

quantificassem especificamente os resíduos volumosos gerados junto aos da construção

civil. Destaca-se que a nomenclatura utilizada pela fonte de consulta será mantida, mas a

análise consolidada usará o termo RCCV. Finalmente, cabe aqui esclarecer que as

proposições do Plano, que serão definidas nas etapas subsequentes, indicarão também

diretrizes específicas para o gerenciamento adequado desses RV.

Para facilitar a compreensão dos trabalhos realizados, apresenta-se, a seguir, a Figura

1-1 referente ao fluxograma das etapas, atividades e resultados do Produto 01.

Page 19: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 18

Figura 1-1 - Fluxograma das etapas, atividades e resultados do Produto 01 Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Page 20: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 19

2 - METODOLOGIA

2.1 - METODOLOGIA PARA LEVANTAMENTO DE DADOS

O levantamento de dados e informações para a elaboração da Fase 01: Diagnóstico da

Situação Atual dos Resíduos da Construção Civil e Volumosos tem como principal

objetivo desenhar o fluxo das etapas de gestão e gerenciamento dos RCCV, assim como

quantificar e qualificar os resíduos. Contratualmente, o diagnóstico deveria ser elaborado

a partir do levantamento de dados secundários, podendo, a critério do Consórcio IDP

Ferreira Rocha, realizar o levantamento parcial de dados primários, a fim de confrontar e

complementar as informações secundárias. A estratégia de levantamento de dados e

informações foi definida entre o Consórcio IDP Ferreira Rocha e a ARMBH, e mescla

dados de natureza secundária e primária, buscando a qualidade, a fidedignidade, e a

rastreabilidade, além de atender aos limites contratuais.

A construção participativa é uma premissa para a elaboração do Plano, inclusive para o

diagnóstico. A participação de diversos grupos de stakeholders se deu de forma

diferenciada, em distintas instâncias e etapas. Numa ação institucional e técnica,

executada de forma integrada com a ARMBH, as partes interessadas foram contatadas e

sensibilizadas a fim de contribuir com pelo menos uma das três ações:

Engajar-se na construção participativa, tanto por meio de debates técnicos quanto

no compartilhamento de percepções e validação dos resultados parciais;

Identificar e disponibilizar dados secundários; e

Informar dados primários.

Para o desenvolvimento do Plano, a ARMBH/SEDRU formou um grupo gestor para

acompanhar os trabalhos. Esse grupo é composto por profissionais de governo e outras

instituições relacionadas ao tema, além de consultores especializados em gestão e

gerenciamento de resíduos. O objetivo, que vem se cumprindo, é manter um espaço de

diálogo técnico, a fim de possibilitar trocas de experiências e buscar consensos sobre as

melhores escolhas quanto a fontes de informações, metodologias e padrões de

qualidade. É também este grupo o responsável por comentar e contribuir para a

aprovação de cada um dos produtos entregues pelo Consórcio IDP Ferreira Rocha.

Para garantir a pluralidade necessária, outros agentes implicados no processo foram

sensibilizados, a fim de criar um espaço de interação para troca de informações,

experiências e expectativas. Essa ação fomenta o diálogo com agentes municipais,

representantes da sociedade civil, acadêmicos, associações de classe, empresas

prestadoras de serviços relacionadas à gestão de resíduos e empreendimentos das

áreas de construção civil. Foram ainda desenvolvidas linhas de ações e atividades a fim

de potencializar a construção participativa, como a participação dos stakeholders nos

workshops.

Na sequência, serão descritas as metodologias para o desenvolvimento das três fases de

levantamento de dados que se complementam: estratégia de comunicação e

Page 21: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 20

engajamento de stakeholders, levantamento de dados secundários, e levantamento de

dados primários.

A metodologia para a fase de levantamento de dados contemplando a estratégia de

comunicação e engajamento de stakeholders inclui o desenvolvimento e aplicação das

ferramentas definidas para os objetivos propostos.

A metodologia para as fases de levantamento de dados secundários e primários será

apresentada de acordo com o fluxo apresentado a seguir (Figura 2-1).

Figura 2-1 - Fluxograma metodológico para levantamento de dados secundários e primários Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

2.1.1 - Estratégia de Comunicação e Engajamento de Stakeholders

No escopo contratado para a elaboração do Plano não estão previstas ações de

Comunicação e Engajamento das diversas partes interessadas. Diante dessa restrição

contratual, o Consórcio IDP Ferreira Rocha, considerando a importância dessas ações,

desenvolveu algumas ferramentas para auxiliar a ARMBH no relacionamento com as

partes interessadas. Para o processo de elaboração desta Fase 01, há demandas claras

de Comunicação e Engajamento, tanto institucionais quanto técnicas. Para as demandas

institucionais, a ARMBH está conduzindo o processo com o apoio do Consórcio IDP

Ferreira Rocha. Na outra ponta, a ARMBH oferece o suporte institucional necessário para

facilitar os contatos técnicos entre os representantes do Consórcio e os agentes

relacionados.

A estratégia de Comunicação e Engajamento está, então, desenhada para facilitar tanto o

processo de levantamento de dados e informações quanto para estabelecer espaços de

diálogo para troca de experiências e expectativas, validação de resultados parciais e

identificação de fatores socioculturais que podem interferir na futura implementação do

Plano.

Page 22: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 21

A construção participativa é um processo crescente, pois, quanto mais o diálogo é

consolidado, maior é a complexidade da rede que envolve os agentes. Isso quer dizer

que a expectativa é que haja um aumento da demanda por ferramentas de Comunicação

e Engajamento. Para os próximos passos, o Consórcio IDP Ferreira Rocha seguirá

agindo de forma alinhada com a ARMBH, para que o Plano seja elaborado com a

representatividade necessária.

2.1.1.1 - Mapeamento das Partes Interessadas

À medida que foi sendo compreendida a complexidade da gestão e gerenciamento dos

RCCV, desde o levantamento legal e normativo, passando pelas referências

bibliográficas e análises de estudos técnicos e acadêmicos, foram sendo constantemente

mapeados os stakeholders envolvidos. Constam nessa listagem agentes vinculados a

empresas coletoras e transportadoras, de tratamento, destinação ou disposição final dos

resíduos, prefeituras, agências e órgãos governamentais, sindicatos, associações,

universidades e centros de pesquisa, entre outros.

O mapeamento gerou uma Matriz de Stakeholders, que é complementada e

continuamente aprimorada com o andamento dos trabalhos, desde o começo das

atividades e continuará durante a condução das fases subsequentes. Há que se ressaltar

que a participação das partes interessadas e a qualidade dos dados e informações por

elas fornecidos é que contribuem efetivamente para a consolidação do diagnóstico e as

etapas subsequentes de elaboração do Plano.

2.1.1.2 - Atividades de Interação e Engajamento

No período de fevereiro a julho de 2014, para fomentar a participação das partes

interessadas, foram criadas algumas oportunidades de diálogo com diferentes públicos.

O tipo de interação – workshop, reuniões de sensibilização e visitas técnicas - é definido

de acordo com as características de cada grupo de stakeholders, para que possa haver

as trocas de informação da maneira mais eficiente possível.

Workshops

Os workshops2 são momentos de interação abertos à participação de interessados,

sejam representantes dos municípios, estudiosos, empresários ou populares. Para essas

reuniões são enviados convites e feita uma sensibilização para a participação junto aos

interessados que constam no mailing da ARMBH e na matriz de stakeholders Anexo 4

deste trabalho. Foram realizados, até o momento, dois workshops, sendo o primeiro em

abril, com o objetivo de formalizar o início do trabalho, e o segundo em julho de 2014,

para apresentar os resultados preliminares do diagnóstico e coletar as percepções dos

participantes tanto sobre a validação das informações apresentadas quanto sobre as

expectativas que depositam sobre o Plano.

O primeiro workshop foi realizado na Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais.

Foi feita a contextualização do Plano com o objetivo de convidar os participantes –

2 No Plano de Trabalho estão previstas três reuniões públicas, uma ao final de cada Fase, para apresentar os resultados. Foi definido junto à ARMBH que todos os encontros de participação aberta, sejam eles em qualquer momento, serão chamados workshops.

Page 23: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 22

gestores públicos, agências, entidades, iniciativa privada, acadêmicos e representantes

da sociedade civil – a contribuir na elaboração do trabalho. O workshop contou com 125

participantes e, como resultado, ficou claro o interesse e a disponibilidade da maioria

para contribuir na busca de uma gestão regionalizada dos RSS e RCCV.

O segundo workshop, “Construindo o Diagnóstico dos Resíduos da Construção Civil e

Volumosos (RCCV) e dos Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) na RMBH e Colar

Metropolitano”, foi realizado no dia 01 de julho no auditório do BDMG, em Belo Horizonte.

Participaram do evento cerca de 120 pessoas. A estratégia de realizar este workshop

para apresentação dos dados preliminares antes do encerramento da Fase 01 (a data

prevista no Plano de Trabalho era após a conclusão do diagnóstico) foi de suma

importância para corroborar com a construção participativa e validação da metodologia

de trabalho e dos dados e informações até o momento levantados. Apresentar

preliminarmente os resultados contribuiu, inclusive, para o fortalecimento da credibilidade

do processo participativo, e para incentivar o comprometimento dos participantes e a

disponibilidade em colaborar e compartilhar informações. A realização deste workshop

permitiu agilizar o agendamento de visitas técnicas – já planejadas ou novas – para

levantamento de dados primários, assim como incentivou manifestações para

compartilhamento de informações.

Foi possível perceber um maior envolvimento dos participantes numa comparação entre

os dois workshops. O trabalho para a elaboração do Plano se tornou mais conhecido,

uma vez que vários participantes receberam os questionários e/ou debateram sobre este

diagnóstico em outras oportunidades de interação. Esse maior conhecimento possibilitou

que fossem feitas perguntas objetivas, tanto sobre metodologia quanto sobre resultados

esperados. O segundo workshop foi, ainda, uma relevante oportunidade de identificação

de novos dados e informações fundamentais que foram considerados na elaboração

deste diagnóstico.

Reuniões de Sensibilização

As reuniões de sensibilização foram realizadas com grupos específicos que podem

contribuir tanto no levantamento de dados e informações, quanto na troca de

experiências e na validação dos resultados.

A ARMBH compõe o Sistema de Gestão Metropolitana do Estado de Minas Gerais,

formando uma tríade com a Assembleia Metropolitana e o Conselho Deliberativo de

Desenvolvimento Metropolitano. Sendo assim, a primeira reunião de sensibilização foi

realizada junto ao Conselho Deliberativo, que tem representantes da RMBH, em

fevereiro, a fim de apresentar formalmente o Plano e convidar os presentes à construção

participativa.

Em maio de 2014, o Plano foi apresentado no 1º Encontro de Trabalho do Grupo de

Valorização dos Resíduos da Construção Civil (RCC), coordenado pelo Professor

Raphael Tobias (UFMG), realizado pelo DESA na Escola de Engenharia da UFMG.

Desde então representantes do Consórcio IDP Ferreira Rocha participam de encontros

de trabalho deste Grupo.

Page 24: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 23

Visitas técnicas

As visitas técnicas são instrumentos para verificação de dados secundários e

levantamento de dados primários. Os representantes do Consórcio IDP Ferreira Rocha

foram a municípios, empresas e entidades a fim de cumprir essa proposição técnica,

mas, além do que estava proposto, essas visitas foram também um importante espaço de

engajamento, esclarecimento e sensibilização. Em síntese, as visitas técnicas, cuja

metodologia será detalhada na seção de levantamento de dados primários deste

relatório, se mostraram eficientes ferramentas de interação, tanto para os stakeholders,

que puderam compreender melhor o Plano e seu processo de elaboração, quanto para

os representantes do Consórcio, que praticaram a observação analítica dos ambientes e

puderam perceber como se dá a organização efetiva da gestão e do gerenciamento dos

resíduos.

2.1.2 - Levantamento de Dados Secundários e Análise Bibliográfica

Para a elaboração dos Produtos relacionados na Fase 01, bem como aqueles das

demais Fases, foram levantadas e analisadas referências bibliográficas com base em

trabalhos já realizados sobre RCCV, com destaque para aquelas referências que levaram

em consideração a RMBH e o Colar Metropolitano como área de estudo.

A expectativa é a utilização desses dados e informações (dados secundários),

aproveitando os investimentos já realizados, para compor a Fase 01 – Diagnóstico da

Situação Atual, podendo ocorrer verificações e complementações desse Diagnóstico com

base em dados e informações primárias, a serem obtidos com a aplicação de

questionários estruturados e visitas técnicas, conforme metodologia detalhada na

sequência.

O trabalho iniciou-se com o levantamento de dados de fontes secundárias diversas

buscando informações não apenas de RCCV, mas também de caracterização desses

municípios e dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) como um todo.

Visando avaliar a geração e gerenciamento dos RCCV na RMBH e Colar Metropolitano

de Belo Horizonte, foram analisadas bases de dados nacionais, das quais foi possível

extrair alguns dados e informações, tais como: (i) Pesquisa Nacional de Saneamento

Básico (PNSB, 2008); (ii) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2010); (iii)

Fundação Estadual do Meio Ambiente FEAM (MINAS GERAIS) (2011, 2012, 2013); (iv)

Agência da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH) (2010, 2012, 2013); (v)

Sistema Nacional de Informação de Saneamento (SNIS) (ano base 2011 e 2012)

(BRASIL, 2012, 2014); (vi) Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)(2012); (vii)

Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais

(ABRELPE) (2012); (viii) ASSIS (2012).

Nesta mesma linha, foram consultadas outras referências de trabalhos acadêmicos e

estudos desenvolvidos junto ao Governo do Estado de Minas Gerais e Agência de

Desenvolvimento da RMBH e Colar Metropolitano. Estes trabalhos, em sua maioria,

destacam a deficiência de grande parte dos gestores municipais no conhecimento sobre

a geração e gerenciamento de RCCV em seus municípios, o que, conforme relatado

pelos autores dos estudos consultados, dificulta e, até mesmo, em alguns casos

inviabiliza a coleta de dados e informações.

Page 25: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 24

A partir da obtenção dos dados secundários, estes foram organizados em formato de

planilha organizada por tipo de resíduo, em “Dados gerais e RSU” e “RCCV”,

denominada de Planilha de Dados Secundários (PDS). Esta divisão foi realizada para

proporcionar análise e comparação entre as diversas fontes, sendo que algumas vezes

os dados e informações encontrados nos estudos e bases de dados apresentaram-se

conflitantes entre documentos de fontes diferentes. Alguns dados também se

apresentaram divergentes dentro de uma mesma referência consultada, sendo

providenciada então a verificação das informações corretas com os autores, quando

disponíveis.

Com a avaliação do que foi obtido a partir das fontes secundárias e organização da base

de dados na PDS, foi possível identificar quais informações e dados estavam disponíveis,

sistematizados ou não. O Anexo 1 apresenta a Matriz do Referencial Bibliográfico

consultado.

2.1.2.1 - Planilha de Dados Secundários (PDS)

A PDS apresenta em sua primeira aba “Dados gerais – RSU” os dados dos municípios,

área territorial e Superintendência Regional de Regularização Ambiental (SUPRAM) onde

estão inseridos, além de dados de geração e gerenciamento de RSU nos municípios

objeto deste trabalho. Nesta mesma aba também são abordadas ainda questões de

caracterização dos municípios quanto aos aspectos econômicos e sociais, como renda

per capita e índice mineiro de responsabilidade social (IMRS) e de localização, dentre

outros.

As demais abas “RCCV” apresentam dados e informações focados no fluxo de

gerenciamento dos RCCV desde a geração até a destinação. Ressalta-se que, para

obtenção de informações e dados de referências como Sistema Nacional de Informações

sobre Saneamento (SNIS) (BRASIL, 2012a)3 e Pesquisa Nacional de Saneamento Básico

(PNSB) (IBGE, 2010)4, foram necessárias consultas nas bases de dados de cada

sistema.

3 O SNIS foi criado, em 1996, pelo Governo Federal, no âmbito do Programa de Modernização do Setor Saneamento – PMSS. Na estrutura atual do Governo Federal, o SNIS está vinculado à Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental – SNSA do Ministério das Cidades. O SNIS apoia-se em um banco de dados administrado na esfera federal, que contém informações de caráter institucional, administrativo, operacional, gerencial, econômico-financeiro e de qualidade sobre a prestação de serviços de água, de esgotos e de manejo de resíduos sólidos. Em relação aos serviços de manejo de resíduos sólidos, os dados são também atualizados anualmente desde o ano de referência 2002. Para a divulgação de seus dados, o SNIS publica anualmente o Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos e o Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos. Dispõe, ainda, de um sítio na Internet (www.snis.gov.br) e de um Aplicativo da Série Histórica de Dados, em que toda a base de dados pode ser consultada. 4 A PNSB tem por objetivo investigar as condições de saneamento básico de todos os municípios

brasileiros, através das atuações dos órgãos públicos e empresas privadas (PNSB, 2008). Para

levantamento de dados da PNSB, foi acessado o banco de dados do SIDRA (Sistema IBGE de

Recuperação Automática), no qual, através da exploração do sistema pode-se obter planilhas de

dados por município, por tipo de resíduo e etapas de gerenciamento.

Page 26: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 25

O Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos, publicado pelo SNIS,

anualmente, desde 2002, incorpora os dados enviados pelos municípios que atenderam à

solicitação da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA) do Ministério das

Cidades. Os dados do SNIS estão incorporados em planilhas, o que possibilita a filtragem

das informações e dos municípios desejados, facilitando o levantamento de dados para

este trabalho. É importante salientar que não é possível a obtenção de dados de todos os

municípios, uma vez que estes não possuem a obrigatoriedade de envio de informação.

A PDS é apresentada no Anexo 2.

Algumas fontes consultadas, apesar de igualmente importantes, não foram utilizadas

neste trabalho, devido a utilização de dados de fontes secundárias que já são abordadas

neste documento, como é o caso do Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão

dos Resíduos Sólidos (SINIR). Por meio do sítio do SINIR é possível acessar o “Bancos

de Dados e Sistemas Afins”, que apresenta as fontes utilizadas para obtenção das

informações, dentre elas, SNIS e o IBGE, com destaque para a PNSB.

2.1.3 - Levantamento de Dados Primários

O levantamento primário de dados e informações, a fim de confrontar e complementar as

informações secundárias, seguiu as definições acordadas pelo Consórcio IDP Ferreira

Rocha e a ARMBH, respeitando as limitações contratuais, e teve como finalidade buscar

o aprimoramento do Diagnóstico. Este levantamento primário foi realizado seguindo

metodologia de elaboração e aplicação de questionários e realização de visitas técnicas

conforme detalhamento apresentado a seguir.

2.1.3.1 - Elaboração e Aplicação dos Questionários

Os questionários encaminhados aos agentes implicados na gestão e no gerenciamento

dos RCCV, modelos apresentados no Anexo 5, tiveram como objetivo trabalhar com

informações individualizadas de municípios, instituições, empresas, entidades e órgãos

governamentais diretamente implicados nos processos de gestão e gerenciamento

destes resíduos que, além de dar subsídios ao diagnóstico da situação atual, contribuirão

para a elaboração do Produto 01 (Tipologia/Atividade, Geração e Custo) e do Produto 02

(Planos, Programas e Projetos Atuais) integrantes da Fase 01.

Ressalta-se que os questionários foram estruturados de acordo com as etapas de

gerenciamento de resíduos, abrangendo a geração, caracterização, segregação,

acondicionamento, transbordo, transporte e destinação ou disposição final. Além disso,

foram incluídos itens sobre custos, segurança do trabalho (equipamentos de proteção

individual - EPIs), bem como outros itens relacionados ao gerenciamento de resíduos. A

elaboração dos questionários foi feita com base nos dados da metodologia de trabalho da

Proposta Técnica - Cooperação Técnica: ATN/OC 13092-BR, do TR para o trabalho e do

Plano de Trabalho Atualizado.

Para envio dos questionários, os stakeholders foram individualizados em quatro grupos,

com questionários específicos, e ainda separados pelo tipo de resíduos.

A seguir são apresentados os 4 (quatro) grupos:

Grupo 1: Empresas coletoras e transportadoras de resíduos;

Page 27: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 26

Grupo 2: Empresas de tratamento e destinação/disposição final de resíduos;

Grupo 3: Prefeituras; e

Grupo 4: Agências reguladoras, sindicatos e associações.

Em 12/05/2014, a ARMBH iniciou o processo de envio dos questionários para as partes

interessadas com expectativa de retorno até o dia 10/06/2014. Porém este prazo foi

prorrogado até 11/07/2014. A partir desta data, os dados e informações recebidos por

meio desses questionários foram consolidados. Ressalta-se que, apesar do vencimento

do prazo final estabelecido para recebimento dos questionários, o Consórcio IDP Ferreira

Rocha vem recebendo e compilando questionários enviados intempestivamente.

2.1.3.2 - Visitas Técnicas aos Municípios e Reuniões com as Partes Interessadas

Paralelamente à aplicação dos questionários, foram iniciados contatos telefônicos e

realizadas reuniões de trabalho com as partes interessadas, buscando esclarecer e

dirimir dúvidas sobre o preenchimento do questionário aplicado, identificando dados e

informações complementares, possibilitando confrontar e complementar os dados e

informações levantadas e registradas na PDS.

Em termos de operacionalização, foram contatados pelo Consórcio IDP Ferreira Rocha,

sequencialmente, os Grupos 4 (quatro), 2 (dois) e 1 (um), visando o agendamento de

reuniões com os grupos focais. A expectativa era a de que as agências e órgãos

governamentais, sindicatos, associações, universidades e centros de pesquisa,

integrantes do Grupo 4, possuíssem informações coletivas e organizadas capazes de

serem incluídas neste Produto, bem como no Produto 02 (Planos, Programas e Projetos

Atuais) e, se pertinentes, utilizadas em outras etapas da elaboração do Plano. A relação

de reuniões realizadas com os referidos grupos focais é apresentada no Anexo 6.

As visitas técnicas planejadas para as Prefeituras, Grupo 3 (Três), seguiram o critério de

amostragem baseado em faixas populacionais e adaptando metodologia adotada pelo

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA - 2012). No presente caso, foram

consideradas subdivisões em faixas populacionais menores devido ao fato de 30 (trinta)

municípios da RMBH e Colar Metropolitano (60% dos municípios da área de estudo)

possuírem populações inferiores a 30.000 habitantes.

Em função das características populacionais dos municípios que compõem a RMBH e

Colar Metropolitano de Belo Horizonte foram selecionadas as faixas populacionais a

serem consideradas para o planejamento das visitas técnicas. O Quadro 2-1 a seguir

apresenta os municípios selecionados para realização de visitas técnicas em função da

faixa populacional.

Quadro 2-1 - Municípios selecionados para a realização de visitas técnicas

Faixa Populacional Total de

municípios Municípios amostrados

Municípios selecionados

Até 5 mil habitantes 5 2 Funilândia

Moeda

De 5 mil a 10 mil habitantes 14 3 Belo Vale

Baldim

Page 28: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 27

Faixa Populacional Total de

municípios Municípios amostrados

Municípios selecionados

Itatiaiuçu

De 10 mil a 30 mil habitantes 11 2 São Joaquim de Bicas

Jaboticatubas

De 30 mil a 100 mil habitantes

11 2 Itabirito Itaúna

De 100 mil a 500 mil habitantes

7 2 Santa Luzia Vespasiano

De 500 mil a 1milhão habitantes

1 1 Contagem

> 1milhão habitantes 1 1 Belo Horizonte Nota: Os municípios indicados acima poderiam ser outros de acordo com os dados disponibilizados nos questionários e

avaliação da necessidade de se visitar outros municípios. Porém, a opção pela visita foi feita a partir de definições com a

própria ARMBH.

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Em linhas gerais, a escolha aqui relatada foi pautada na abrangência das faixas

populacionais dos municípios presentes na RMBH e Colar Metropolitano de Belo

Horizonte, bem como a consideração da distribuição espacial dos mesmos. Cabe

ressaltar que a seleção dos municípios considerou, além dos critérios metodológicos

definidos, a manifestação de interesse dos mesmos em receber o Consórcio IDP Ferreira

Rocha para a realização da visita técnica. Estas manifestações ocorreram durante a

realização do II Workshop “Construindo o Diagnóstico dos RSS e RCCV na RMBH e

Colar Metropolitano”, realizado no dia 01/07/2014.

2.2 - METODOLOGIA DE CONSOLIDAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

De forma sucinta, após finalizadas a aplicação dos questionários, as entrevistas com os

agentes públicos e institucionais e as visitas técnicas, além do levantamento de dados

secundários, todas as informações obtidas foram consolidadas de forma a permitir uma

análise crítica. Em princípio, foram considerados estudos de instituições e órgãos de

referência sobre o tema. Os dados e informações divergentes foram analisados por meio

de comparação e estabelecidos critérios técnicos para justificativas das escolhas feitas,

com o objetivo de se estabelecer uma análise dos dados secundários em contraposição

aos dados primários, com o objetivo de se criar elementos capazes de permitir o

estabelecimento de valores de referência em termos de geração de RCCV e, a partir daí,

se estabelecer o Fluxo de Gerenciamento dos RCCV na RMBH e Colar Metropolitano,

que será parte integrante do relatório consolidado Resumo Executivo.

A Metodologia de Análise de Dados é apresentada no Anexo 3.

2.2.1 - Confronto das Informações – Dados Secundários X Dados Primários

A consolidação dos dados de geração foi feita a partir de uma análise daqueles obtidos

secundariamente (Planilha de Dados Secundários) com aqueles obtidos de forma

primária (Planilha de Dados Primários), tendo como referência de análise, principalmente,

os quantitativos de Geração “Per capita” por “Faixa Populacional” obtidos das duas

formas e separados em valores mínimos e máximos. A ideia não foi a de se descartar

informações das diferentes fontes, mas sim promover o enquadramento em valores

máximos e mínimos.

Page 29: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 28

Prioritariamente, para os demais itens do fluxo de gerenciamento, tais como as formas de

tratamento e destinação optou-se por apresentar, no relatório consolidado Resumo

Executivo, sempre que possível, os dados primários, ou seja, aqueles obtidos mediante a

aplicação dos questionários.

Resumidamente, a partir dos levantamentos de dados por duas vertentes (Primários e

Secundários), houve a necessidade de se determinar qual a fonte de dados, secundária

ou primária, seria utilizada para cada Etapa do Fluxo de Gerenciamento dos RCCV.

Neste sentido, foi elaborada uma Terceira Planilha, Anexo 9, com objetivo de consolidar

e comparar os dados encontrados na Planilha de Dados Secundários (PDS) e na Planilha

de dados Primários (PDP).

Além disso, cada aba da etapa possui uma aba auxiliar, na forma de uma planilha

simples onde estão resumidas algumas incoerências encontradas nos valores dos Dados

Primários, a partir de comparações e análises com os Dados Secundários. Além disso,

demonstra-se por meio de cálculos o ponto de discrepância entre os valores e o retorno

dos Municípios ao serem questionados os dados aparentemente equivocados. Assim

foram estabelecidas três Módulos de Análise:

a. Módulo 1- Comparação Dados Secundários x Dados Primários (brutos):

Apresenta as informações fornecidas pelos Municípios da maneira que foram

informadas nos questionários, ou seja, os valores de geração preenchidos nos

questionários foram simplesmente transcritos para essa tabela sem nenhuma

análise crítica;

b. Módulo 2- Comparação Dados Secundários x Dados Primários (analisados e

criticados): Como a própria identificação diz, os dados desse módulo foram

analisados Município por Município e criticados. O raciocínio realizado nessa

coluna foi de averiguar os dados informados pelos Municípios nos questionários e

avaliar se faziam algum sentido dentro da Faixa Populacional que eles se

encontram;

c. Módulo 3- Comparação Dados Secundários (ajustados) x Dados Primários

(analisados e criticados): Este módulo gerou os dados finais de geração (cenário

atual – ano de 2010) e também de estimativa de geração nos anos de 2020 e

2030.

2.2.2 - Definição do Fluxo

A consolidação, quantitativa e qualitativa do Fluxo de RCCV na RMBH e Colar

Metropolitano de Belo Horizonte será, como já dito, parte integrante do relatório

consolidado Resumo Executivo.

Page 30: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 29

3 - LEVANTAMENTO DE DADOS

Neste item são apresentados os dados e informações secundários e primários

levantados, de acordo com a metodologia descrita, bem como as extrapolações e

estimativas, para geração dos RCCV e para as etapas de gerenciamento dos mesmos,

estratificadas por municípios ou por faixas populacionais da RMBH e Colar Metropolitano

de Belo Horizonte.

3.1 - DADOS SECUNDÁRIOS

O levantamento e a sistematização dos dados e informações secundários, alinhados com

a metodologia apresentada, estão estruturados em: (i) estimativa de geração dos RCCV;

(ii) etapas de gerenciamento dos RCCV (Segregação e Acondicionamento, Coleta e

Transporte, Transbordo, Tratamento e Destinação); (iii) Regularização Ambiental; (iv)

Equipamentos de Proteção Individual; (v) Custos; (vi) Investimentos; e (vii) Impactos.

A seguir são apresentados os dados e informações seguindo a referida estruturação.

3.1.1 - Estimativa de Geração

Os RCCV são gerados em diferentes fases do empreendimento: fase de construção, fase

de manutenção ou reformas e fase de demolição. A geração de resíduos durante a fase

de construção é decorrência das perdas nos processos construtivos (FORMOSO et al.,

1998). Latas (2011) salienta que a fase de projeto, geralmente mal elaborado, é a

principal causa da geração de RCC.

O Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Belo Horizonte e

Colar Metropolitano (ARMBH, 2013) considera no item “Resíduos da Construção Civil e

Volumosos”, as atividades geradoras de RCCV como:

Resíduos de construções novas;

Resíduos de reformas e demolições: esses resíduos são geralmente

transportados por caçambeiros, carreteiros e/ou carroceiros; e

Resíduos coletados pelas prefeituras em locais de disposição irregular.

Já, segundo Pinto e Gonzáles (2005) as atividades geradoras de RCCV são executores

de reformas, ampliações e demolições, construtoras de edificações e residências.

A geração de RCC, quantitativamente, é diferente entre várias localidades, devido a

diversos fatores, como número de habitantes, nível educacional, costumes da população,

poder aquisitivo, leis e regulamentações específicas, processos construtivos, incluindo as

peculiaridades de cada construtora. Assim, essas características interferem diretamente

no tipo e quantidade de resíduo gerado. A investigação da origem dos RCC é importante

para a qualificação e a quantificação dos volumes gerados (PINTO, 1999).

De acordo com SINDUSCON-MG (2008), a geração de RCC pode representar mais da

metade dos resíduos sólidos urbanos e estima-se que a sua geração está em torno de

Page 31: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 30

450 (quatrocentos e cinquenta) quilogramas por habitante por ano, variando de acordo

com a localidade e com a economia.

A média de geração típica per capita estimada por MMA (2011) é de 520 (quinhentos e

vinte) quilogramas anuais, podendo aumentar em cidades com economia mais forte e

reduzir-se em municípios menores.

No entanto, é importante ressaltar que 75% (setenta e cinco por cento) da geração de

RCC ocorrem em pequenas e médias construções, que são consideradas, em sua

maioria, como atividades informais (MMA, 2011).

Para a estimativa da geração dos RCC dos 50 (cinquenta) municípios da RMBH e Colar

são apresentados os dados secundários de diferentes fontes a partir dos levantamentos

da literatura (teses, dissertações, artigos, publicações) e dados disponibilizados pelas

pesquisas oficiais sobre saneamento.

As principais fontes informação encontradas sobre o tema geração de RCCV foram:

Associação Brasileira de Limpeza Pública - ABRELPE (2012);

Diagnóstico dos Resíduos Sólidos Urbanos da Construção Civil, do Instituto de

Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA (2012);

Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - PNSB (2008);

Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS (2011);

Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos: Região Metropolitana de Belo Horizonte

e Colar Metropolitano (ARMBH, 2013);

Avaliação da gestão integrada de resíduos sólidos urbanos em municípios da

Região Metropolitana de Belo Horizonte (2012) (Tese de doutorado);

Relatório da Atividade de capacitação e elementos iniciais para o diagnóstico

regional (AMRBH, 2010); e

Diagnóstico do sistema de gerenciamento de resíduos de construção e demolição

no município de Belo Horizonte (2013) (Dissertação de mestrado).

A seguir são apresentados os dados obtidos por meio das fontes supracitadas, indicando

as informações extraídas de cada uma delas apresentando os dados de estimativa de

geração para cada fonte.

A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais

(ABRELPE) publicou, em 2012, o Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil, no qual

constam informações sobre o diagnóstico de Resíduos da Construção Civil e apresenta

para os RSU e RCC os dados sobre geração, coleta e destinação final dos resíduos para

o Brasil, suas regiões e, também para os Estados de cada região (ABRELPE, 2012).

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) publicou, também em 2012, o

“Diagnóstico dos Resíduos Sólidos Urbanos da Construção Civil”, com o objetivo de

Page 32: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 31

apresentar o panorama dos resíduos da Construção Civil no país, como subsídio à

elaboração do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) (IPEA, 2012).

Os dados indicados para RCC pelo IPEA (2012) tiveram como base, principalmente, o

Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades,

e a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), do IBGE, ambas publicadas em

2010 com ano base 2008.

As publicações do IPEA (2012) e da ABRELPE (2012) apresentam dados em nível

nacional, regional e estadual. Outros estudos, tais como PMRS (2013) e Assis (2012)

também mostram informações interessantes e específicas da RMBH e Colar

Metropolitano.

Todos estes trabalhos e pesquisas estão organizados e sistematizados na Planilha de

Dados Secundários (PDS) apresentada no Anexo 2.

Ressalta-se a grande variabilidade das estimativas de geração de RCCV apresentadas

por diferentes metodologias e a importância do índice per capita de geração de cada

município na composição das informações da RMBH e Colar Metropolitano de Belo

Horizonte. Um destes dados refere-se à geração total (t/dia) de RCCV, levando-se em

consideração as metodologias de estimativa adotadas pela ABRELPE (2012) e IPEA

(2012), bem como os levantamentos feitos por PMRS (2013) e Assis (2012), conforme

pode ser visto na Figura 3-1.

Esta figura mostra as variações de geração total de RCCV entre as fontes pesquisadas e

apresentadas para os municípios da RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte.

Figura 3-1 - Geração de RCCV (t/dia) de acordo com as fontes pesquisadas para os municípios da RMBH e

Colar Metropolitano de Belo Horizonte.

Fonte: PMRS, 2013; Ipea, 2012; Abrelpe, 2012; Assis, 2012.

Page 33: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 32

Assis (2012) destaca em seu trabalho que a maioria dos municípios não quantifica a

geração desses resíduos e a grande variabilidade de valores unitários de geração de

RCC evidencia a imprecisão do levantamento, o que por sua vez denota a falta de

atenção para com a questão.

Cabe mencionar que as quantidades totais estimadas por PMRS (2013) e Assis (2012)

não consideram os dados de todos os municípios, ou seja, estas duas fontes não

consideraram todos os municípios da RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte. A

geração apresentada por PMRS (2013) considera 18 (dezoito) municípios e a por Assis

(2012) 9 (nove) municípios, conforme detalhamento apresentado nos quadros a seguir.

Em princípio, os dados de geração total mostrados na Figura 3-1 podem parecer pouco

úteis, na medida em que mostram-se bastante diferentes. Todavia, na medida em que se

estabelece os cálculos dos valores de geração média per capita (kg/hab/dia), algumas

informações relevantes podem ser visualizadas, como as apresentadas na Figura 3-2.

Figura 3-2 – Valores de variação da geração per capita (kg/hab/dia) de RCCV por faixa populacional e fonte. Fonte: PMRS, 2013; Ipea, 2012; Abrelpe, 2012; Assis, 2012.

A partir da Figura 3-2 podem ser estabelecidas variações de geração média per capita

(kg/hab/dia) por faixa populacional dos municípios da RMBH e Colar Metropolitano de

Belo Horizonte. Estas variações na geração per capita são sintetizadas no Quadro 3-1,

com base no levantamento de dados secundários.

Page 34: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 33

Quadro 3-1 - Variações de geração per capita de RCCV por faixa populacional (PMRS, 2013; Ipea, 2012;

Abrelpe, 2012; Assis, 2012)

Cálculo de Variação da Geração Per Capita (kg/hab/dia)

Identificação Variação da Geração

Faixa populacional Mínimo Máximo

Até 5 mil 0,78 1,37

De 5 a 10 mil 0,25 2,26

De 10 a 30 mil 0,78 1,37

De 30 a 100 mil 0,78 1,37

De 100 a 500 mil 0,78 1,37

De 500 mil a 1 milhão 0,78 1,37

> 1 milhão 0,50 1,37

Média (RMBH e Colar) 0,65 1,37

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Os cálculos feitos para se estimar a variação de geração de RCCV (kg/hab/dia), ou seja,

os valores mínimos e máximos apresentados na Figura 3-2 e no Quadro 3-1

consideraram as estimativas de geração (t/dia) feitas a partir de IPEA (2012) e ABRELPE

(2012), assim como os dados de geração obtidos por PMRS (2013) e Assis (2012).

As estimativas feitas com base no trabalho do IPEA (2012) levaram em consideração a

informação de que são geradas 0,5 t/hab/ano (1,37 kg/hab/ano). Multiplicando este valor

pela população e promovendo os ajustes de unidades necessários (kg para t), obteve-se

a geração total (t/dia).

As estimativas feitas com base no trabalho da ABRELPE (2012), por sua vez,

consideraram a informação de que são geradas 0,78 kg/hab/dia. Da mesma forma,

multiplicando este valor pela população, obteve-se a geração total (t/dia).

Os Quadros 3-2 e 3-3 apresentam as estimativas de geração de RCC a partir de IPEA

(2012) e ABRELPE (2012). Já os Quadros 3-4 e 3-5 apresentam dados de geração

levantados por PMRS (2013) e Assis (2012).

Page 35: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 34

Quadro 3-2 - Estimativa de geração de RCC a partir de IPEA (2012)

Identificação Geração de RCC

Faixa Populacional Município Geração t/dia - por

Município

Geração Total t/dia-por Faixa

Populacional

Geração Per capita Média kg/hab/dia-por Faixa Populacional

Até 5mil

Fortuna de Minas 3,71

26,36 1,37

Funilândia 5,28

Moeda 6,42

São José da Varginha 5,75

Taquaraçu de Minas 5,20

De 5 mil a 10 mil

Baldim 10,84

142,65 1,37

Belo Vale 10,32

Bom Jesus do Amparo 7,52

Bonfim 9,34

Capim Branco 12,17

Confins 8,13

Florestal 9,04

Inhaúma 7,89

Itatiaiuçu 13,60

Nova União 7,61

Prudente de Morais 13,11

Rio Acima 12,45

Rio Manso 7,23

São Gonçalo do Rio Abaixo

13,39

De 10 mil a 30 mil

Barão de Cocais 38,96

322,69 1,37

Itaguara 16,95

Jaboticatubas 23,47

Juatuba 30,41

Mário Campos 18,07

Mateus Leme 38,16

Raposos 21,02

Santa Bárbara 38,19

São Joaquim de Bicas 34,98

São José da Lapa 27,12

Sarzedo 35,36

De 30 mil a 100 mil

Brumadinho 46,54

837,24 1,37

Caeté 55,82

Esmeraldas 82,56

Igarapé 47,74

Itabirito 62,26

Itaúna 117,07

Lagoa Santa 71,95

Matozinhos 46,51

Nova Lima 110,96

Pará de Minas 115,36

Pedro Leopoldo 80,47

De 100mil a 500mil

Betim 517,93

2.029,11 1,37

Ibirité 217,75

Ribeirão das Neves 405,91

Sabará 172,97

Santa Luzia 278,00

Sete Lagoas 293,36

Vespasiano 143,19

De 500 mil a 1 milhão Contagem 826,63 826,63 1,37

>1milhão Belo Horizonte 3253,63 3.253,63 1,37

TOTAL 7.438,31

Fonte: Adaptado de IPEA, 2012

Page 36: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 35

Quadro 3-3 - Estimativa de geração de RCC a partir de ABRELPE (2012)

Identificação Geração de RCC

Faixa Populacional Município Geração T/dia- por

Município

Geração Total T/dia -por Faixa

Populacional

Geração Per capita Média kg/hab/dia -

por Faixa Populacional

kg/hab/dia

Até 5mil

Fortuna de Minas 2,11

15,01 0,78

Funilândia 3,01

Moeda 3,66

São José da Varginha 3,27

Taquaraçu de Minas 2,96

De 5 mil a 10 mil

Baldim 6,17

81,22 0,78

Belo Vale 5,88

Bom Jesus do Amparo 4,28

Bonfim 5,32

Capim Branco 6,93

Confins 4,63

Florestal 5,15

Inhaúma 4,49

Itatiaiuçu 7,74

Nova União 4,33

Prudente de Morais 7,47

Rio Acima 7,09

Rio Manso 4,12

São Gonçalo do Rio Abaixo

7,63

De 10 mil a 30 mil

Barão de Cocais 22,18

183,74 0,78

Itaguara 9,65

Jaboticatubas 13,36

Juatuba 17,32

Mário Campos 10,29

Mateus Leme 21,73

Raposos 11,97

Santa Bárbara 21,74

São Joaquim de Bicas 19,92

São José da Lapa 15,44

Sarzedo 20,13

De 30 mil a 100 mil

Brumadinho 26,50

476,72 0,78

Caeté 31,79

Esmeraldas 47,01

Igarapé 27,18

Itabirito 35,45

Itaúna 66,66

Lagoa Santa 40,97

Matozinhos 26,48

Nova Lima 63,18

Pará de Minas 65,69

Pedro Leopoldo 45,82

De 100mil a 500mil

Betim 294,91

1.155,38 0,78

Ibirité 123,98

Ribeirão das Neves 231,13

Sabará 98,49

Santa Luzia 158,29

Sete Lagoas 167,04

Vespasiano 81,53

De 500 mil a 1 milhão Contagem 470,68 470,68 0,78

>1milhão Belo Horizonte 1852,62 1.852,62 0,78

TOTAL 4.235,38

Fonte: Adaptado de ABRELPE, 2012

Page 37: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 36

Quadro 3-4 - Geração de RCCV a partir de PMRS (2013)

Identificação Geração de RCCV

Faixa Populacional Município Geração T/dia- por

Município

Geração Total T/dia -por Faixa

Populacional

Geração Per capita Média kg/hab/dia -

por Faixa Populacional

kg/hab/dia

Até 5mil

Fortuna de Minas SI

0,00 0,00

Funilândia SI

Moeda SI

São José da Varginha SI

Taquaraçu de Minas SI

De 5 mil a 10 mil

Baldim SI

32,43 2,26

Belo Vale SI

Bom Jesus do Amparo SI

Bonfim SI

Capim Branco SI

Confins SI

Florestal SI

Inhaúma SI

Itatiaiuçu SI

Nova União SI

Prudente de Morais SI

Rio Acima 29,13

Rio Manso 3,30

São Gonçalo do Rio Abaixo

SI

De 10 mil a 30 mil

Barão de Cocais SI

122,23 0,88

Itaguara 23,03

Jaboticatubas SI

Juatuba SI

Mário Campos SI

Mateus Leme 13,37

Raposos SI

Santa Bárbara 0,00

São Joaquim de Bicas 15,37

São José da Lapa 54,47

Sarzedo 16,00

De 30 mil a 100 mil

Brumadinho 31,43

447,50 1,29

Caeté 28,20

Esmeraldas SI

Igarapé 83,70

Itabirito 0,00

Itaúna SI

Lagoa Santa 88,60

Matozinhos SI

Nova Lima 120,73

Pará de Minas SI

Pedro Leopoldo 94,83

De 100mil a 500mil

Betim 459,23

1034,13 0,89

Ibirité 0,00

Ribeirão das Neves 151,57

Sabará 103,40

Santa Luzia 319,93

Sete Lagoas SI

Vespasiano SI

De 500 mil a 1 milhão Contagem 680,23 680,23 1,13

>1milhão Belo Horizonte SI SI SI

TOTAL 2.316,53

Fonte Adaptado de Agência RMBH, 2013.

Page 38: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 37

Quadro 3-5 - Geração de RCC a partir de Assis (2012).

Identificação Geração de RCC

Faixa Populacional Município Geração T/dia- por

Município

Geração Total T/dia -por Faixa

Populacional

Geração Per capita Média kg/hab/dia -

por Faixa Populacional

kg/hab/dia

Até 5mil

Fortuna de Minas SI

- -

Funilândia SI

Moeda SI

São José da Varginha SI

Taquaraçu de Minas SI

De 5 mil a 10 mil

Baldim SI

3,60 0,25

Belo Vale SI

Bom Jesus do Amparo SI

Bonfim SI

Capim Branco SI

Confins SI

Florestal SI

Inhaúma SI

Itatiaiuçu SI

Nova União SI

Prudente de Morais SI

Rio Acima 1,20

Rio Manso 2,40

São Gonçalo do Rio Abaixo

SI

De 10 mil a 30 mil

Barão de Cocais SI

35,00 1,37

Itaguara SI

Jaboticatubas SI

Juatuba SI

Mário Campos SI

Mateus Leme SI

Raposos SI

Santa Bárbara SI

São Joaquim de Bicas 35,00

São José da Lapa SI

Sarzedo SI

De 30 mil a 100 mil

Brumadinho SI

143,00 0,87

Caeté SI

Esmeraldas SI

Igarapé SI

Itabirito SI

Itaúna SI

Lagoa Santa SI

Matozinhos SI

Nova Lima 93,00

Pará de Minas SI

Pedro Leopoldo 50,00

De 100mil a 500mil

Betim 450,00

699,00 0,94

Ibirité 25,00

Ribeirão das Neves SI

Sabará SI

Santa Luzia 224,00

Sete Lagoas SI

Vespasiano SI

De 500 mil a 1 milhão Contagem SI SI SI

>1milhão Belo Horizonte 1185,42 1.185,42 0,50

TOTAL 2.066,02

Fonte: Adaptado de Assis, 2012.

Page 39: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 38

O Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos (PMRS, 2013), desenvolvido pela ARMBH,

apresenta dados de um projeto concluído em 2010, que consistiu na elaboração de

estudos e proposição de iniciativas estruturantes para o gerenciamento de RCC e

Resíduos Volumosos (RV) na RMBH. O projeto visava a ampliação da capacidade de

gestão dos RCC e RV por parte dos municípios da região, dotando-os de instrumentos de

planejamento e orientação para a correta disposição, o disciplinamento dos fluxos e dos

agentes envolvidos e a destinação adequada dos RCC e RV, levando-se em

consideração a legislação aplicável. Este projeto apresentou estimativa da geração de

RCC, também a partir do somatório dos resíduos gerados em construções novas, dos

resíduos gerados em reformas e demolições transportados por caçambeiros e outros

prestadores de serviços e dos resíduos coletados pelas prefeituras em locais de

disposição irregular.

No Quadro 3-6 são apresentados os dados de geração de RCC relativos às construções

novas, onde a partir da área (em m²/ano) regularizada para construção, calculou-se a

geração de resíduos, utilizando o valor de 150 kg/m² de área construída.

Quadro 3-6 - Estimativa de geração de RCC em construções novas em municípios da RMBH.

Município População Total

(IBGE, 2010)

Estimativa da geração em construções novas

(t/mês)

Betim 378.089 2.497

Brumadinho 33.973 22

Caeté 40.750 176

Contagem 603.442 2.541

Igarapé 34.851 308

Itaguara 12.372 96

Lagoa Santa 52.520 1.112

Mateus Leme 27.856 94

Nova Lima 80.998 2.311

Pedro Leopoldo 58.740 413

Ribeirão das Neves 296.317 SI

Rio Acima 9.090 SI

Rio Manso 5.276 3

Sabará 126.269 462

Santa Luzia 202.942 SI

São Joaquim de Bicas 25.537 39

São José da Lapa 19.799 122

Sarzedo 25.814 SI

Total 2.008.821 10.196 Nota: SI= Sem Informação Fonte: Adaptado de ARMBH, 2013

Observa-se que para dos municípios estudados pela ARMBH, 14 (quatorze)

apresentaram a estimativa de geração de RCC em construções novas. Destaca-se uma

grande geração do município de Nova Lima, o que equivaleu a 23% do total gerado nos

municípios.

Outro componente das estimativas sobre a geração de RCC nos 18 (dezoito) municípios

envolvidos no projeto da ARMBH foram os resíduos relativos a reformas e demolições.

Estas atividades, na maioria das vezes, são realizadas sem alvará da Prefeitura, o que

segundo a ARMBH, compromete a precisão dos dados. Esses resíduos são geralmente

Page 40: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 39

transportados por caçambeiros, carreteiros e/ou carroceiros, o que acaba por gerar

dificuldades de obtenção de valores precisos para todos os municípios.

3.1.2 - Etapas do Gerenciamento

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) indica como um de seus objetivos a

“não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem

como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos – Art 7º” (BRASIL, 2010).

Estas etapas do gerenciamento de resíduos se aplicam a todos os tipos de resíduos.

O gerenciamento adequado dos RCCV ainda encontra obstáculos pela ausência de

informações associadas e pelo desconhecimento dos parâmetros envolvidos. Dessa

forma, conhecer e diagnosticar os resíduos gerados possibilitará o melhor

encaminhamento para o gerenciamento dos RCCV.

Segundo Pinto (2005), alinhado com a CONAMA 307/2002, as ações relacionadas aos

resíduos dos pequenos geradores devem ser definidas, no âmbito do Programa Municipal

de Gerenciamento (ou Plano Municipal de Gestão de Resíduos da Construção Civil),

como um serviço público de coleta, ancorado em uma rede de pontos de entrega,

instrumento de ação pública. Essas ações devem expressar os compromissos municipais

com a limpeza urbana, de maneira consistente com as características dos problemas

encontrados nos diversos bairros dos centros urbanos.

Por outro lado, as ações relacionadas ao disciplinamento do fluxo dos grandes volumes

de RCC, em geral, da ação das empresas privadas de coleta, caracterizam-se

claramente como uma ação de agentes privados regulamentada pelo poder público

municipal. Essas ações devem se submeter, por meio dos Projetos de Gerenciamento de

Resíduos (ou Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil) e dos

compromissos com transportadores cadastrados e áreas de recepção licenciadas, aos

princípios e diretrizes contidos no Plano Integrado de Gerenciamento e à ação gestora do

poder local (PINTO, 2005)

Para melhor gerenciar os resíduos da construção civil, a Resolução CONAMA n°

307/2002 dividiu o processo de gerenciamento em cinco etapas (Figura 3-3).

I - caracterização: o gerador deverá identificar e quantificar os resíduos;

II - triagem: deverá ser realizada, preferencialmente, na origem, ou ser realizada

nas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, respeitadas as classes

de resíduos estabelecidas no art. 3º da Resolução n° 307/2002, atualizadas pelas

Resoluções CONAMA n° 348/2004, n° 431/2011 e n° 448/2012;

III - acondicionamento: o gerador deve garantir o confinamento dos resíduos

após a geração até a etapa de transporte, assegurando condições de reutilização

e de reciclagem;

IV - transporte: deverá ser realizado de acordo com as normas técnicas vigentes;

e

V – destinação: deverá ser prevista de acordo com o estabelecido na Resolução

n° 307/2002 e respectivas atualizações, especialmente a CONAMA n° 448/2012.

Page 41: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 40

A Figura 3-3 apresenta um fluxograma das etapas de gerenciamento de RCC

determinadas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e pela Resolução

CONAMA n° 307/2002, resumidas por Inojosa (2010).

Figura 3-3: Fluxograma das etapas do gerenciamento dos RCCV. Fonte: Adaptado de Inojosa, 2010.

O gerenciamento eficiente de RCCV precisa viabilizar ao máximo a redução da geração,

a reutilização e a reciclagem dos resíduos. Não havendo esta possibilidade, os resíduos

gerados devem ser dispostos de maneira adequada.

Após a geração de RCCV, o resíduo passa por etapas antes de retornar ao processo

produtivo. Estas etapas são: (i) segregação na origem; (ii) coleta; (iii) acondicionamento;

(iv) tratamento; e (v) transporte. A ordem destas etapas podem variar de acordo com o

modelo de gerenciamento adotado. O resíduo gerado pode então ser destinado à

reutilização, reciclagem ou disposição final. Na reutilização e reciclagem o RCCV retorna

a atividade construtiva como matéria prima secundária.

De acordo com Inojosa (2010), paralelamente à manipulação do RCCV existem outras

atividades que influenciam em sua gestão. São atividades de regulamentação,

fiscalização, ensino e pesquisa, capacitação, desenvolvimento tecnológico, emissão de

licenças/autorização e financiamento.

Page 42: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 41

3.1.2.1 - Segregação / Acondicionamento

O conhecimento da participação de cada tipo de material no total de resíduos sólidos

gerados é essencialmente importante para traçar estratégias de gestão e gerenciamento.

A caracterização qualitativa dos resíduos é fundamental uma vez que a partir da

determinação dos constituintes e suas respectivas porcentagens em massa e volume é

possível estabelecer estudos e medidas que priorizem a redução, reutilização, reciclagem

e recuperação energética (CÓRDOBA, 2010).

A proporção entre as classes que compõe os RCCV é bastante variável e depende de

vários fatores decorrentes do nível de desenvolvimento da indústria da construção local.

Segundo Carneiro (2005), são eles:

Qualificação da mão de obra;

Técnicas de construção e demolição empregadas;

Existência de programas de qualidade e redução de perdas;

Adoção de processos de reciclagem e reutilização na fonte geradora;

Tipos de materiais predominantes e disponíveis na região;

Desenvolvimento de obras especiais;

Desenvolvimento da economia da região; e

Necessidade de novas construções.

De acordo com MMA (2011), a fração de materiais trituráveis nos resíduos de construção

e demolição, designados como classe A, tais como restos de alvenarias, argamassas,

concreto e asfalto, além do solo, representam 80% da composição típica do material.

Além disso, ainda estão presentes nestes resíduos materiais facilmente recicláveis, como

por exemplo, embalagens em geral, papel e papelão, metais, vidro e madeira conjunto

enquadrado na classe B, revelando quase 15% do total.

A partir dos dados secundários disponíveis, não foram obtidas informações suficientes

sobre a segregação de RCCV na RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte. Como

parte da elaboração do diagnóstico, alguns dados e informações foram buscados por

meio da aplicação dos questionários e realização de reuniões com as partes interessadas

(stakeholders), cujos resultados são apresentados no item 4.

Page 43: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 42

3.1.2.2 - Coleta / Transporte

As informações sobre a coleta e o transporte são importantes para identificar os fluxos

origem/destino, reconhecer os agentes com os quais deverá ser estabelecido um diálogo

e induzir a participação no processo de gerenciamento dos RCCV, garantindo a sua

eficácia. Além disso, estes dados possibilitam a confirmação das quantidades de

resíduos geradas (MMA, 2011).

Segundo SNSA (2010), por meio de uma pesquisa realizada nos municípios brasileiros,

identificou-se que em 59,3% dos municípios a coleta e transporte dos resíduos de

construção e demolição, é realizada por múltiplos agentes. Dentre esses vários agentes,

destacam-se os caminhões basculantes (caçambas) de condutores autônomos,

carroceiros e, nas regiões mais desenvolvidas, os agentes privados que atuam com

poliguindastes e caçambas estacionárias, popularmente chamados de caçambeiros. Em

geral, os condutores autônomos e carroceiros são transportadores em sua maior parte

informais e atuam em pequenas gerações de RCCV.

O transporte é realizado por meio de veículos com carroceria basculante, carroceria de

madeira, “caminhonetes” ou ainda carroças de tração animal. Vale ressaltar que a forte

presença de coletores autônomos e informais reduz a capacidade de gestão da

administração pública, o que explicita a necessidade da existência de ferramentas de

controle dessa etapa de gerenciamento.

De acordo com Assis (2012), a coleta de RCC não segue uma programação, sendo

executada conforme demanda e necessidade. Este mesmo autor ressalta que os

munícipes não são estimulados a colaborarem de maneira ativa. Paradoxalmente, os

municípios alegam altíssima cobertura de atendimento, o que não corresponde, segundo

Assis, com o observado in loco.

De acordo com Marques Neto (2009), os municípios que seguem o modelo de

contratação de empresas privadas para realizar a remoção dos RCC cumprem as

exigências legais de remoção dos resíduos, no entanto, muitas vezes estes não são

descartados em áreas licenciadas pelas prefeituras, não sendo suficiente para eliminar as

deposições irregulares. Segundo Marques Neto (2009), as principais causas atribuídas a

tal fato são:

“falta de controle e fiscalização das administrações públicas

municipais; altos custos das empresas coletoras e transportadoras

devido às distâncias dos pontos geradores até os locais

autorizados; falta de incentivos para separação e beneficiamento

dos RCC e a falta de mercado para captação dos RCC.”

Portanto, a definição de estratégias adequadas para uma correta gestão dos RCC está

atrelada ao entendimento dos fluxos desses resíduos, sendo necessária uma

compreensão minuciosa das características dos agentes coletores (PINTO, 1999).

Em 2012, o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) apresentou os

dados de resíduos sólidos enviados pelos municípios, referentes ao ano de 2011 e em

Page 44: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 43

2014, o SNIS apresentou os dados de resíduos sólidos enviados pelos municípios,

referentes ao ano de 2012. Os dados obtidos do SNIS (2011 e 2012) são referentes à

coleta, considerando existência de coleta diferenciada de RCC, responsáveis pela

realização e existência de cobrança pela coleta diferenciada.

Segundo SNIS (2012), por meio do Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos,

dos 50 (cinquenta) municípios da RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte, apenas

23 (vinte e três) enviaram dados referentes ao ano de 2011 para o SNIS, o que

representa uma participação de apenas 46% dos municípios presentes nesta região no

referido diagnóstico. Já no SNIS (2014), dos 50 (cinquenta) municípios, 31 (trinta e um)

enviaram dados, aumentando a participação para 62% dos municípios, ou seja, ocorreu

um aumento de 16% no envolvimento dos municípios. Tanto os dados gerados por SNIS

(2012) e SNIS (2014) são apresentados na Planilha de Dados Secundários (PDS) do

Anexo 2.

Da Figura 3-4 à Figura 3-8 são apresentadas informações relativas à coleta de RCC

obtidas do SNIS (2014), ou seja, referentes ao ano base 2012. Há que se ressaltar que

as informações são apresentadas tanto em termos de quantidade de municípios quanto

de participação percentual.

Figura 3-4 - Existência de serviço de coleta de RCC executado pela Prefeitura.

Figura 3-5 - Existência de empresa especializada em coleta de RCC.

Page 45: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 44

Figura 3-6 - Existência de cobrança pelo serviço de coleta de RCC executado pela Prefeitura.

Figura 3-7 - Serviço de coleta de RCC feita por autônomos em carroças ou outro tipo de veículo de pequena

capacidade.

Figura 3-8 - Existência de serviço de coleta de RCC feita por autônomos.

Do Quadro 3-8 ao Quadro 3-10 são apresentadas as estimativas de quantidade coletada

(t/dia), tendo como base as informações geradas pelo IPEA (2012), SNIS (2012) e SNIS

(2014).

Segundo o IPEA (2012), estima-se que apenas 2.006 t/dia de RCC são coletadas na

RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte, o que se comparado ao total de geração

Page 46: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 45

também estimado, ou seja, 7.431 t/dia, representa uma taxa de coleta de apenas 27%,

informação um tanto quanto questionável.

Em princípio, de maneira análoga à geração de RCC, as estimativas de coleta total

também podem parecer pouco úteis, na medida em que apresentam valores bastante

diferentes. Contudo, ao se estabelecer os valores de coleta per capita média (kg/hab/dia),

algumas informações relevantes podem ser visualizadas, como as apresentadas na

Figura 3-9.

Figura 3-9 - Gráfico comparativo da coleta per capita (kg/hab/dia) de RCC por faixa populacional. Fonte: Ipea, 2014; Snis, 2012; Snis, 2014.

A partir da Figura 3-9 podem ser estabelecidas variações de coleta per capita

(kg/hab/dia) por faixa populacional dos municípios da RMBH e Colar Metropolitano de

Belo Horizonte. Estas variações na coleta per capita são sintetizadas no Quadro 3-7.

Ressalta-se que as informações por faixas populacionais não contemplam todos os

Municípios, pois as diferentes fontes abrangem e envolvem quantidades diferentes de

Municípios nas respostas.

Quadro 3-7 - Variações da coleta per capita de RCC por faixa populacional.

Cálculo de Variação da coleta per capita coletada (kg/hab/dia)

Identificação Variação da Quantidade Coletada

Faixa populacional Mínimo Máximo

Até 5 mil 0,36 1,06

De 5 a 10 mil 0,06 0,79

De 10 a 30 mil 0,22 0,91

De 30 a 100 mil 0,38 1,05

De 100 a 500 mil 0,32 0,63

De 500 mil a 1 milhão 0,18 0,66

> 1 milhão 0,45 0,85

Média (RMBH e Colar) 0,37 0,80

Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Page 47: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 46

Quadro 3-8 - Estimativa de coleta de RCC a partir de IPEA (2012).

Identificação Coleta de RCC

Faixa Populacional Município Coleta T/dia- por

Município Coleta T/dia - por faixa populacional

Coleta per capita kg/hab/dia-por Faixa

Populacional

Até 5mil

Fortuna de Minas 0,96

6,85 0,36

Funilândia 1,37

Moeda 1,67

São José da Varginha 1,50

Taquaraçu de Minas 1,35

De 5 mil a 10 mil

Baldim 2,82

37,09 0,36

Belo Vale 2,68

Bom Jesus do Amparo 1,96

Bonfim 2,43

Capim Branco 3,16

Confins 2,11

Florestal 2,35

Inhaúma 2,05

Itatiaiuçu 3,54

Nova União 1,98

Prudente de Morais 3,41

Rio Acima 3,24

Rio Manso 1,88

São Gonçalo do Rio Abaixo

3,48

De 10 mil a 30 mil

Barão de Cocais 10,13

83,90 0,36

Itaguara 4,41

Jaboticatubas 6,10

Juatuba 7,91

Mário Campos 4,70

Mateus Leme 9,92

Raposos 5,46

Santa Bárbara 9,93

São Joaquim de Bicas 9,10

São José da Lapa 7,05

Sarzedo 9,19

De 30 mil a 100 mil

Brumadinho 12,92

232,42 0,38

Caeté 15,50

Esmeraldas 22,92

Igarapé 13,25

Itabirito 17,28

Itaúna 32,50

Lagoa Santa 19,97

Matozinhos 12,91

Nova Lima 30,80

Pará de Minas 32,02

Pedro Leopoldo 22,34

De 100mil a 500mil

Betim 107,42

474,77 0,32

Ibirité 55,79

Ribeirão das Neves 84,19

Sabará 44,32

Santa Luzia 71,22

Sete Lagoas 75,16

Vespasiano 36,68

De 500 mil a 1 milhão Contagem 107,42 107,42 0,18

>1milhão Belo Horizonte 1.063,29 1.063,29 0,45

TOTAL 2.005,74

Fonte: Adaptado de Ipea (2012)

Page 48: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 47

Quadro 3-9 - Estimativa de coleta de RCC a partir de SNIS (2012).

Identificação Coleta de RCC

Faixa Populacional Município Coleta T/dia- por

Município Coleta T/dia - por

faixa populacional

Coleta per capita kg/hab/dia-por Faixa

Populacional

Até 5mil

Fortuna de Minas 2,70

2,70 1,00

Funilândia SI

Moeda SI

São José da Varginha SI

Taquaraçu de Minas SI

De 5 mil a 10 mil

Baldim SI

1,66 0,06

Belo Vale SI

Bom Jesus do Amparo SI

Bonfim 0,16

Capim Branco SI

Confins SI

Florestal 0,59

Inhaúma SI

Itatiaiuçu SI

Nova União SI

Prudente de Morais SI

Rio Acima SI

Rio Manso 0,39

São Gonçalo do Rio Abaixo

0,51

De 10 mil a 30 mil

Barão de Cocais 0,03

20,33 0,22

Itaguara 8,44

Jaboticatubas SI

Juatuba SI

Mário Campos SI

Mateus Leme 2,00

Raposos SI

Santa Bárbara SI

São Joaquim de Bicas SI

São José da Lapa SI

Sarzedo 9,86

De 30 mil a 100 mil

Brumadinho SI

253,65 1,05

Caeté 0,00

Esmeraldas SI

Igarapé 18,49

Itabirito SI

Itaúna 111,23

Lagoa Santa SI

Matozinhos SI

Nova Lima 123,92

Pará de Minas SI

Pedro Leopoldo SI

De 100mil a 500mil

Betim 365,23

366,24 0,63

Ibirité SI

Ribeirão das Neves SI

Sabará SI

Santa Luzia 1,01

Sete Lagoas SI

Vespasiano SI

De 500 mil a 1 milhão Contagem 365,23 365,23 0,61

>1milhão Belo Horizonte 1.129,12 1.129,12 0,48

TOTAL 2.138,90 Fonte: Adaptado de SNIS 2012

Page 49: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 48

Quadro 3-10 - Estimativa de coleta de RCC a partir de SNIS (2014).

Identificação Coleta de RCC

Faixa Populacional Município Coleta T/dia- por

Município Coleta T/dia - por faixa populacional

Coleta per capita kg/hab/dia-por Faixa

Populacional

Até 5mil

Fortuna de Minas 2,88

2,88 1,06

Funilândia SI

Moeda SI

São José da Varginha SI

Taquaraçu de Minas SI

De 5 mil a 10 mil

Baldim 9,86

40,70 0,79

Belo Vale 13,15

Bom Jesus do Amparo SI

Bonfim 0,16

Capim Branco 1,37

Confins SI

Florestal 0,55

Inhaúma 0,55

Itatiaiuçu SI

Nova União SI

Prudente de Morais 0,96

Rio Acima 13,70

Rio Manso 0,40

São Gonçalo do Rio Abaixo

SI

De 10 mil a 30 mil

Barão de Cocais 41,10

89,53 0,91

Itaguara 9,70

Jaboticatubas 1,51

Juatuba SI

Mário Campos SI

Mateus Leme SI

Raposos 0,03

Santa Bárbara SI

São Joaquim de Bicas 35,62

São José da Lapa SI

Sarzedo 1,58

De 30 mil a 100 mil

Brumadinho 0,22

313,00 0,86

Caeté SI

Esmeraldas SI

Igarapé 2,27

Itabirito 49,32

Itaúna 68,49

Lagoa Santa SI

Matozinhos SI

Nova Lima 123,66

Pará de Minas 69,04

Pedro Leopoldo SI

De 100mil a 500mil

Betim 396,47

564,89 0,47

Ibirité SI

Ribeirão das Neves 35,62

Sabará SI

Santa Luzia 16,10

Sete Lagoas 116,71

Vespasiano SI

De 500 mil a 1 milhão Contagem 396,47 396,47 0,66

>1milhão Belo Horizonte 2.014,70 2.014,70 0,85

TOTAL 3.422,17

Fonte: Adaptado de SNIS 2010

Page 50: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 49

O Quadro 3-11 e a Figura 3-10 apresentam a estimativa de quantidade de resíduos transportados por caçambeiros, carreteiro e carroceiros em 17 municípios, provenientes de reformas e demolições (ARMBH, 2013).

Quadro 3-11 - Estimativa de quantidade de RCCV transportado por caçambeiros, carreteiros e carroceiros

provenientes de reformas e demolições.

Município

Transportados por

caçambeiros (t/mês)

Transportados por carreteiros

(t/mês)

Transportados por

carroceiros (t/mês)

Total (t/mês) transportado

(por município)

Betim - 720 - 720

Brumadinho 106 - - 106

Caeté 355 - 3 358

Contagem 7114 - 4210 11324

Igarapé 691 72 - 763

Itaguara 259 48 - 307

Lagoa Santa 1066 480 - 1546

Mateus Leme 125 - - 125

Nova Lima 590 - - 590

Pedro Leopoldo 230 22 - 252

Ribeirão das Neves 4490 - - 4490

Rio Acima 374 - - 374

Rio Manso 38 - - 38

Sabará 2640 - - 2640

Santa Luzia 7392 - 94 7486

São Joaquim de Bicas 144 - - 144

São José da Lapa 230 - - 230

Total 25.844 1.342 4.307 31.493 Fonte: ARMBH, 2013

Destes municípios, o transporte por caçambeiros é o mais utilizado, representando 82%

de RCCV transportados. Em relação aos carroceiros, o total transportado por mês

apurado é de, aproximadamente, 13,7%, do qual a maior porcentagem é proveniente do

município de Contagem. Estas informações são mostradas na Figura 3-10 a seguir.

Segundo a ARMBH (2013), o elevado percentual justifica-se pela existência de Unidades

de Recebimento de Pequenos Volumes (URPVs) instaladas em Contagem, para onde os

carroceiros levam os resíduos.

Figura 3-10 - Porcentagem de RCCV transportado por caçambeiros, carreteiros e carroceiros provenientes

de reformas e demolições

Page 51: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 50

3.1.2.3 - Transbordo

O princípio de utilização das estações de transbordo que sustentam sua lógica de

funcionamento é a transferência de pequenas cargas provenientes de veículos de coleta

de resíduos para veículos de transporte de resíduos com maior capacidade, reduzindo os

custos de transporte e possibilitando uma otimização de tempo e redução de consumo de

combustível, dos custos de manutenção e das emissões atmosféricas. As estações de

transbordo propiciam melhores condições de tráfego, além de promover uma

oportunidade de triagem dos resíduos, permitindo a identificação de resíduos recicláveis

e inapropriados para aterragem (EPA, 2001).

Foram levantadas informações sobre a existência e operação de estações de transbordo

de RCCV nos municípios da RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte, a partir do

levantamento de dados primários, conforme pode ser visto no item 4 do presente

documento.

3.1.2.4 - Tratamento e Destinação

Em 2013, foi publicado por Lúcio (2013) um trabalho de diagnóstico do sistema de

gerenciamento de resíduos de construção e demolição no município de Belo Horizonte.

De acordo com este autor, os equipamentos públicos que compõem o sistema de

gerenciamento de resíduos da construção e demolição do município de Belo Horizonte

são compostos por 03 (três) Estações de Reciclagem de Entulho (ERE), 01 (um) aterro

de recebimento de inertes e 32 (trinta e duas) unidades de recebimento de pequenos

volumes (URPV). As ERE e os aterros atendem os grandes geradores que, por meio das

empresas transportadoras de RCCV, descarregam seus resíduos normalmente

acondicionados em caçambas. As URPV, por sua vez, formam uma rede de

equipamentos públicos para atender aos pequenos geradores, com geração máxima

diária de 1m³ de resíduos (valor definido pelo município de Belo Horizonte), e com o

objetivo de minimizar as deposições clandestinas.

De maneira geral, as deposições irregulares são causadas por pequenos geradores,

justificando a importância de uma atenção especial a este equipamento público. Além

disso, a operação e a manutenção de toda a rede de URPV demandam investimentos

constantes por parte da prefeitura.

Em razão dos grandes volumes gerados e dos altos custos que o município possui com a

disposição irregular dos RCCV, a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) implantou

o Programa de Correção das Deposições Clandestinas e Reciclagem do Entulho, que se

iniciou em 1993 e passa por adaptações e melhorias até os dias de hoje. O programa

surgiu com o objetivo de retificar os problemas ambientais decorrentes de disposições

irregulares de RCCV (LÚCIO, 2013).

Ainda segundo Lúcio (2013), sabe-se do alto potencial de reciclagem dos RCC e é

possível perceber que apesar de haver uma estrutura de 03 (três) usinas de reciclagem

em Belo Horizonte (atualmente apenas duas funcionam e de forma reduzida para a

capacidade instalada), há ainda uma baixa taxa de reciclagem dos mesmos. Os valores

apresentados para o período de 1999 a 2011 variaram entre 10 a 32% de RCC reciclados

em relação ao total de RCC recebido pela prefeitura. De todo o RCC gerado no

município, apenas uma pequena parcela é encaminhada para as ERE.

Page 52: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 51

Além disso, a destinação dos resíduos provenientes das URPV é, em sua maioria,

destinada à aterragem indicando que, embora as unidades sejam capazes de minimizar

as deposições irregulares, elas não estão atuando na sua função de triagem do material

recebido. Verifica-se que a Lei nº 10.522/2012 dá atribuições aos geradores e ao poder

público para o gerenciamento de RCC. Percebe-se um cumprimento por parte do poder

público em relação à disponibilização dos equipamentos públicos no município. No

entanto, em relação aos geradores, percebe-se que há uma má utilização da estrutura

disponível, sugerindo que pouco tem sido feito em relação à segregação nos canteiros.

O Quadro 3-12 apresenta as quantidades geradas, mínima e máxima estimadas, a

quantidade reciclada e os valores mínimo e máximo da porcentagem reciclada em

relação à gerada em Belo Horizonte e extrapolada para a RMBH e Colar Metropolitano.

Quadro 3-12 - Quantidades geradas, mínima e máxima estimadas para BH e RMBH

Local Ano Quantidade Gerada - (t/ano) Quantidade

Reciclada* - (t/ano)

% de reciclagem em relação à geração

Mín Máx Máx Mín

BH 2012 674.891,85 1.185.386,97 103.252,20 15,3 8,7

2013 678.901,95 1.192.430,35 45.819,60 6,7 3,8

RMBH e CM

2012 1.562.280,22 2.744.005,00 103.252,20 6,6 3,8

2013 1.581.240,12 2.777.306,36 45.819,60 2,9 1,6

* SLU 2012 e 2013

Fonte: ARMBH, 2014

Verifica-se que houve uma redução significativa da reciclagem nos anos 2012 e 2013, o

que pode ser devido ao fechamento de uma das usinas e a baixa condição operacional

das estruturas do sistema de tratamento.

A reciclagem é uma das ações necessárias para alcançar o desenvolvimento sustentável

e, sob a ótica da cadeia produtiva da construção civil, uma das formas de minimizar a

exploração dos recursos naturais e, consequentemente, reduzir os impactos ambientais

causados pelo setor. Ademais, a partir da reciclagem é possível reduzir a disposição de

RCCV possibilitando um ciclo reverso dos resíduos na cadeia de consumo dos mesmos.

De acordo com Chung e Lo (2002), a partir de uma apropriada classificação na fonte de

geração de RCC, o material inerte pode ser substituído por agregados primários. Ainda,

os autores afirmam que com a restrição de recursos naturais e de locais para a correta

destinação, a reutilização e a reciclagem são as primeiras ações acerca do

gerenciamento de RCC adotadas na maioria dos países desenvolvidos.

No que tange à reciclagem de resíduos da construção civil, John (2000) destaca que

dada a grande dimensão econômica e ambiental do problema dos RCC, a cadeia

produtiva da construção civil apresenta muitas vantagens que a credenciam a ser uma

grande recicladora.

Em resumo, a reciclagem tem como principal finalidade reinserir o resíduo na cadeia

produtiva da construção civil, gerando inúmeros benefícios como a extensão da vida útil

dos aterros, diminuição da utilização de recursos naturais, geração de empregos,

redução no consumo de energia, redução da poluição e criação de alternativas para

mineradoras (CÓRDOBA, 2010).

Page 53: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 52

Segundo Ângulo (2009) até o ano 2002, o Brasil possuía 16 estações de reciclagem com

uma taxa de crescimento de até 3 usinas inauguradas por ano. A análise realizada pelos

autores é de que após a publicação da Resolução CONAMA nº 307/2002 e com

exemplos de gestão pública bem sucedida, essa taxa de crescimento aumentou. Além

disso, em 2008 foram citadas pelo menos 47 usinas de reciclagem, sendo 24 públicas

(51% do total) e 23 privadas (49% do total). Na RMBH e Colar Metropolitana de Belo

Horizonte destaca-se em Belo Horizonte a presença de 3 Usinas de Reciclagem (Estoril,

Pampulha e BR 040). Ressalta-se, conforme informação da SLU, que a Usina de

Reciclagem Estoril operou até junho de 2013, e a Usina de Reciclagem Pampulha

funcionou apenas nos dois primeiros meses de 2013, voltando às atividades em 2014.

As plantas de estações de reciclagem de RCC com instalações móveis são propícias

para empreendimentos que necessitam de uma constante mobilização e um baixo tempo

para montagem. Além disso, este tipo de instalação não necessita de obras civis, o

tempo requerido para instalação e desinstalação é pequeno (aproximadamente 4 horas),

utilizam pouca mão de obra (4 operários) e podem ser locadas na área de depósito do

material a ser britado, reduzindo as distâncias de transporte do resíduo até a planta de

reciclagem (JADOVSKI,2005).

A reciclagem no próprio canteiro evita a contaminação por outros resíduos

proporcionando um agregado de melhor qualidade. Estas usinas móveis têm aplicação

em obras de infraestrutura e os agregados produzidos podem ser reutilizados nas

próprias obras, gerando ganhos econômicos a partir da redução de custos com a compra

de menor quantidade de agregados naturais e com a economia com a remoção,

transporte e destinação de RCC (CÓRDOBA,2011).

As plantas de instalação fixas são aplicáveis para empreendimentos de localização

definitiva e as principais vantagens são a possibilidade de obter agregados diversificados

e de melhor qualidade em relação aos produzidos em plantas móveis, além de permitir a

utilização de equipamentos maiores e mais potentes admitindo uma melhor eficiência no

processo de britagem, de peneiramento e retirada de impurezas quando comparada às

unidades móveis (CAIRNS et al, 1998, apud JADOVSKI, 2005).

As plantas de reciclagem podem se diferenciar também em relação ao seu processo

produtivo de acordo com o produto que se deseja obter. No entanto, de uma forma geral,

os principais processos envolvidos na reciclagem de RCC são a britagem, peneiramento

e o manuseio de materiais sólidos. Além destes processos básicos, as plantas de

reciclagem podem conter etapas de separação de componentes considerados como

contaminantes dos agregados reciclados.

De acordo com Nunes (2004), os equipamentos básicos utilizados no processo de

reciclagem são os seguintes:

Alimentador (silo de recepção, tipo calha vibratória);

Britador;

Transportador de correia;

Extrator de metais ferrosos (eletroímã); e

Peneiras.

Page 54: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 53

Angulo et al. (2009) afirmam que quase a totalidade das estações de reciclagem no Brasil

são semelhantes e são compostas pelos seguintes equipamentos: pá carregadeira ou

retroescavadeira, alimentador vibratório, transportadores de correia, britador de

mandíbula ou impacto, separador magnético permanente ou eletroímã e peneira

vibratória.

Para a destinação e ou disposição final dos RCC dos 50 municípios da RMBH e Colar

Metropolitanos de Belo Horizonte são apresentados os dados secundários de diferentes

fontes a partir dos levantamentos da literatura (teses, dissertações, artigos, publicações)

e dados disponibilizados pelas pesquisas oficiais sobre saneamento. As principais fontes

encontradas foram:

Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - PNSB (2008);

Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos: Região Metropolitana de Belo Horizonte

e Colar Metropolitano (ARMBH, 2013);

Diagnóstico do sistema de gerenciamento de resíduos de construção e demolição

no município de Belo Horizonte (2013) (Dissertação de mestrado);

Redução e Valorização de Resíduos em 2011: vistorias realizadas no projeto estratégico – Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fonte: FEAM);

Vistorias realizadas pela Fundação Israel Pinheiro (FIP/FEAM, 2013); e

Relatório Anual de Atividades de Limpeza Urbana da SLU (2012).

Na Figura 3-11 e Figura 3-12 são apresentadas informações relativas à etapa de

tratamento obtidas da PNSB (2008) para os municípios da RMBH e Colar Metropolitano

de Belo Horizonte. De acordo com esta referência, Belo Horizonte é o único município da

RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte que promove o processamento de RCC,

a triagem e trituração dos resíduos classe A com classificação granulométrica dos

agregados reciclados, e o reaproveitamento dos agregados produzidos na fabricação de

componentes construtivos.

Figura 3-11 - Triagem e trituração dos resíduos classe A com classificação granulométrica dos agregados

reciclados.

Page 55: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 54

Figura 3-12 - Reaproveitamento dos agregados produzidos na fabricação de componentes construtivos.

Nas Figura 3-13 e Figura 3-14 são apresentados os dados levantados pela PNSB (2008)

relativos à destinação final de RCC na RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte.

Ressalta-se que a PNSB (2008) apresenta dados de RCC, e não abrange os resíduos

volumosos (RV).

Figura 3-13 - Formas de disposição final de acordo com a PNSB (2008)

Page 56: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 55

Figura 3-14 - Formas de disposição final (%) de acordo com a PNSB (2008)

Assim, segundo dados da PNSB (2008), observa-se que:

31% realizam disposição de RCC em vazadouro em conjunto com os demais resíduos;

44% realizam disposição/utilização de RCC sob controle em aterro convencional em conjunto com os demais resíduos;

17% realizam disposição de RCC sob controle em pátio ou galpão de estocagem da prefeitura específico para resíduos especiais;

4% realizam disposição de RCC sob controle em aterro da prefeitura específico para resíduos especiais; e

4% realizam disposição de RCC sob controle em aterro de terceiros específico para resíduos especiais.

No trabalho de avaliação da gestão integrada de resíduos sólidos urbanos desenvolvido

por Assis, em 2012, e que envolveu 16 municípios da RMBH, foram apontadas como

formas de destinação final para os RCC aterros sanitários e controlados, lixão, porém

destacou-se a disposição em áreas de bota fora, o que corrobora com os dados

apresentados pela PNSB, ainda que de 2008.

O Quadro 3-13 apresenta informações obtidas de vistorias realizadas pela FIP e Feam

no projeto estratégico Redução e Valorização de Resíduos, desenvolvido pela

SEMAD/FEAM, sobre resíduos da construção civil (2011 e 2013). As vistorias técnicas

foram realizadas nos locais de disposição final de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).

Estes registros reproduzem a informação dada pelo responsável técnico pela destinação

de RSU junto às Prefeituras sobre a destinação dada aos RCC nos 50 municípios da

RMBH e Colar Metropolitano. Ressalta-se que as visitas técnicas não tinham os RCC

como foco principal. As informações de 2013 foram sistematizadas pelo Consórcio, a

partir do fornecimento, pela FEAM, dos relatórios de visita. As de 2011 foram

sistematizadas pela FEAM.

Page 57: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 56

Quadro 3-13 - Distribuição dos sistemas de destinação e disposição final de RSU e RCC por município da

RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte.

Município Sistemas de disposição

final de RSU (2012) Destinação de RCC

FEAM/FIP (2011/2013)

Baldim Lixão Usados na manutenção de estradas e

no controle de processos erosivos

Barão de Cocais AS Regularizado Sem Informação

Belo Horizonte AS Regularizado ERE e Aterro de Inertes terceirizado

Belo Vale UTC Regularizada UTC Regularizada

Betim AS Regularizado Usados na manutenção de estradas e

no controle de processos erosivos

Bom Jesus do Amparo Aterro Controlado Usados na manutenção de estradas e

no controle de processos erosivos

Bonfim UTC não regularizada Usados na manutenção de estradas e

no controle de processos erosivos

Brumadinho AS Regularizado Usados na manutenção de estradas e

no controle de processos erosivos

Caeté AS Regularizado Sem Informação

Capim Branco AS Regularizado Usados na manutenção de estradas e

no controle de processos erosivos

Confins AS Regularizado Sem Informação

Contagem AS Regularizado AS Regularizado

Esmeraldas Lixão Sem Informação

Florestal UTC Regularizada UTC Regularizada

Fortuna de Minas Lixão Usados na manutenção de estradas e

no controle de processos erosivos

Funilândia Aterro Controlado Aterro Controlado

Ibirité AS Regularizado Sem Informação

Igarapé AS Regularizado Sem Informação

Inhaúma Lixão Usados na manutenção de estradas e

no controle de processos erosivos

Itabirito AS Regularizado Sem Informação

Itaguara AS Regularizado Sem Informação

Itatiaiuçu Aterro Controlado Usados na manutenção de estradas e

no controle de processos erosivos

Itaúna AS+UTC Regularizados Sem Informação

Jaboticatubas AAF em verificação Usados na manutenção de estradas e

no controle de processos erosivos

Juatuba Aterro Controlado Usados na manutenção de estradas e

no controle de processos erosivos

Lagoa Santa AS Regularizado Sem Informação

Mário Campos AS Regularizado Sem Informação

Mateus Leme Aterro Controlado Usados na manutenção de estradas e

no controle de processos erosivos

Matozinhos AS Regularizado AS Regularizado

Moeda AS Regularizado Sem Informação

Nova Lima AS Regularizado Disposição inadequada

Nova União Lixão Usados na manutenção de estradas e

no controle de processos erosivos

Pará de Minas AS Regularizado Usados na manutenção de estradas e

no controle de processos erosivos

Pedro Leopoldo AS Regularizado Sem Informação

Page 58: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 57

Município Sistemas de disposição

final de RSU (2012) Destinação de RCC

FEAM/FIP (2011/2013)

Prudente de Morais UTC Regularizada UTC Regularizada

Raposos AS Regularizado Sem Informação

Ribeirão das Neves Aterro Controlado Aterro Controlado

Rio Acima AS Regularizado Sem Informação

Rio Manso Aterro Controlado Usados na manutenção de estradas e

no controle de processos erosivos

Sabará AS Regularizado AS Regularizado

Santa Bárbara Aterro Controlado Disposição inadequada

Santa Luzia Aterro Controlado Disposição inadequada

São Gonçalo do Rio Abaixo AS Regularizado AS Regularizado

São Joaquim de Bicas AS+UTC Regularizados Usados na manutenção de estradas e

no controle de processos erosivos

São José da Lapa AS Regularizado Sem Informação

São José da Varginha Lixão Usados na manutenção de estradas e

no controle de processos erosivos

Sarzedo AS Regularizado Sem Informação

Sete Lagoas AS Regularizado Disposição inadequada

Taquaraçu de Minas Lixão Usados na manutenção de estradas e

no controle de processos erosivos

Vespasiano AS Regularizado AS Regularizado

Fonte: Semad/Feam (2011) e Semad/Feam (2013).

Page 59: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 58

Figura 3-15 - Distribuição dos sistemas de destinação e disposição de RSU e RCCV Fonte: Semad/Feam (2011) e Semad/Feam (2013).

Page 60: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 59

A partir do Quadro 3-13, verifica-se que há necessidade de melhorias nas formas de

destinação e /ou disposição final dos RCC, uma vez que a destinação para manutenção

de estradas é adotada pela maioria dos municípios.

Outra informação interessante apresentada pela FEAM refere-se às quantidades de

aterros e/ou áreas de reciclagem de RCCV na RMBH e Colar Metropolitano de Belo

Horizonte, totalizando 60 empreendimentos com regularização ambiental segundo o

Sistema Integrado de Informações Ambientais (SIAM) e uma capacidade presumida de

27.200 m3/dia. Estas unidades estão, principalmente, nos municípios com população

acima de 30 mil habitantes e até 500 mil habitantes.

Dentre as classificações estabelecidas para os RCC, o resíduo Classe A é o principal

material gerado pela atividade de construção, demolição ou reforma. Neste caso, além da

já citada área de reciclagem, a principal área de destinação final que se relaciona

exclusivamente com os resíduos da construção civil é o aterro de resíduo classe A de

reservação de material para usos futuros.

Além disso, as normas brasileiras para disposição correta de RCC dão diretrizes para o

projeto, implantação e operação das áreas de triagem, reciclagem e destinação:

NBR 15.112/04: Resíduos da construção civil e resíduos volumosos – Áreas

de transbordo e triagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação

(ABNT, 2004);

NBR 15.113/04: Resíduos da construção civil e resíduos inertes – Aterros –

Diretrizes para projeto, implantação e operação (ABNT, 2004);

NBR 15.114/04: Resíduos da construção civil – Áreas de Reciclagem –

Diretrizes para projeto, implantação e operação (ABNT, 2004).

O Quadro 3-14 apresenta a área necessária para o adequado manejo em relação à

quantidade de resíduo (PINTO, 2005). Esta informação pode vir a ser utilizada como

referência para as demais etapas do Plano.

Quadro 3-14 - Área básica demandada para manejo de RCC.

Fase do processo Capacidade

(m3/dia) Área Demandada

(m2)

Triagem geral de resíduos 70 1.100

Triagem geral de resíduos 135 1.400

Triagem geral de resíduos 270 2.300

Triagem geral de resíduos 540 4.800

Reciclagem de RCD classe “A” 40 3.000

Reciclagem de RCD classe “A” 80 3.500

Reciclagem de RCD classe “A” 160 7.500

Reciclagem de RCD classe “A” 320 9.000

Reciclagem de madeira 100 1.000

Reciclagem de madeira 240 1.800

Reciclagem de solo 240 2.250 Fonte: Pinto, 2005

As disposições irregulares exigem ações corretivas por parte do poder público e provém,

em sua maioria, de agentes de pequeno porte e população de baixa renda que não

consegue recorrer aos coletores. Os “bota-foras” são as áreas de maior dimensão,

públicas ou privadas, utilizadas para atividades de aterro de RCC onde não há

Page 61: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 60

licenciamento da área e nenhum controle técnico. O conhecimento dessas áreas é

importante para que elas sejam envolvidas na política de gerenciamento de RCC (PINTO

E GONZÁLEZ, 2005). Além dos bota-foras clandestinos, existem as áreas de deposição

irregular resultante de pequenos geradores de RCC que depositam seus resíduos em

áreas livres como, por exemplo, em lotes vagos, margens de córregos, vias urbanas e

áreas verdes degradadas (CÓRDOBA, 2010).

Uma prática constante em relação aos descartes irregulares de RCC tem sido a sua

deposição em margens de rios e córregos trazendo consequências como enchentes,

deterioração da qualidade das águas e proliferação de vetores e transmissão de doenças

(MENEGHETTI OLIVEIRA, 2008).

Schneider (2003) investigou e detectou diversas causas relacionadas à persistência da

deposição irregular de RCC no município de São Paulo, sendo elas:

Ausência de política pública municipal que considere os problemas do RCC;

Investimento de recursos significativos na remoção contínua dos RCC

inadequadamente dispostos;

Inexpressividade das ações de controle de deposições irregulares por parte da

administração municipal;

Distância de transporte entre a geração e a destinação de RCC;

Contratação de transportadores privados irregulares; e

Recebimento de valores significativos por empresas contratadas pela

administração municipal como pagamento por serviços de remoção,

remunerados por quantidade de RCC removida.

Ainda segundo Schneider (2003), as empresas irregulares sistematizam a descarga

irregular e forçam as empresas cadastradas pela municipalidade a agirem de forma

ilegal, ou seja, com deposições irregulares para se tornarem competitivas frente aos

baixos custos praticados no mercado.

De acordo com Pinto (1999), para que ocorra a facilitação da disposição dos RCC nos

municípios e a minimização da ocorrência de deposições irregulares, devem-se

considerar os seguintes aspectos:

Boa oferta de áreas públicas de pequeno e médio porte, onde poderão ser

descartados RCC. Estas áreas deverão se situar se possível, nos locais com

disposição clandestina constante ou em suas proximidades;

Direcionamento das pequenas áreas (cerca de 300 m²) para a recepção de

pequenos volumes de RCC e de resíduos sólidos não-domiciliares, não-

sépticos e não industriais (tais como: podas de árvores e embalagens -

alumínio, vidro, papel) transportados em veículos particulares ou em veículos

de agentes informais de coleta;

Page 62: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 61

Direcionamento das áreas de médio porte (entre 3.000 e 5.000 m²) para a

recepção de volumes significativos somente de RCC, que são transportados

por veículos maiores;

Estas áreas podem incluir centrais de reciclagem de RCC, reduzindo-se assim

custos com transporte, ou servir como local para acumulação e transbordo

para a central de reciclagem, situada em outra região; e

Dessa forma, ações no sentido de minimizar as deposições clandestinas de

RCC devem ser incentivadas pelo poder público a fim de se obter uma

melhora em relação ao meio ambiente e saúde pública e uma diminuição dos

custos com limpeza pública.

A ARMBH, em trabalho publicado no ano de 2013, a partir de informações de 18

municípios da RMBH, identificou a existência de mais de 600 áreas de deposição

irregular sistemática (disposição regular) de RCC, 348 áreas públicas e 197 áreas

particulares, conforme pode ser visto na Figura 3-16.

Figura 3-16 - Quantidade de locais de deposição de RCC de acordo com a ARMBH (2013)

O Quadro 3-15 apresenta dados de “deposição irregular” (disposição pontual), de 18

municípios e a geração de RCC nas deposições irregulares e URPVs (t/mês) por

município (ARMBH, 2013).

Quadro 3-15 - Quantidade de locais de “deposição irregular” e geração de RCCV nas deposições irregulares

e URPVs (t/mês) por município.

Município Geração de RCCV detectada nas deposições irregulares e

URPVs (t/mês)*

Locais de deposição irregular de RCCV (públicos

e privados)

Betim 10.560 81

Brumadinho 816 56

Caeté 312 3

Contagem 6.542 127

Igarapé 1.440 78

Itaguara 288 38

Lagoa Santa SI 12

Mateus Leme 182 SI

Nova Lima 720 38

Pedro Leopoldo 2.179 22

Ribeirão das Neves 57 4

Page 63: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 62

Município Geração de RCCV detectada nas deposições irregulares e

URPVs (t/mês)*

Locais de deposição irregular de RCCV (públicos

e privados)

Rio Acima 499 0

Rio Manso 58 1

Sabará SI 35

Santa Luzia 2.112 24

São Joaquim de Bicas 278 SI

São José da Lapa 1.282 114

Sarzedo 480 SI

Total 27.805 633 Nota: SI=Sem informação *Não foram identificadas informações separadas para geração de RCCV nas deposições irregulares e nas URPVs. Fonte: Adaptado de ARMBH, 2013

3.1.3 - Regularização Ambiental

Alguns dados sobre a regularização ambiental de empreendimentos relacionados com o

gerenciamento de RCCV na RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte são

apresentados no Anexo 7. Em linhas gerais é apresentado um resumo contendo o

levantamento dos empreendimentos, a quantidade de unidades, situação e capacidade

de recebimento para os municípios localizados na RMBH e Colar Metropolitano. Estes

empreendimentos são aterros e/ou áreas de reciclagem de resíduos classe A da

construção civil e áreas de triagem, transbordo e armazenamento transitório de resíduos

da construção civil e volumosos.

A regularização ambiental está relacionada com a obtenção de Autorização Ambiental de

Funcionamento (AAF), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO) junto ao

Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM). Torna-se importante mencionar que

esta relação de empreendimentos foi disponibilizada pela Fundação Estadual de Meio

Ambiente (FEAM), obtida a partir de consulta à base digital do Sistema Integrado de

Informação Ambiental (SIAM) da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável. Foram considerados os empreendimentos com processo

de regularização ambiental formalizado até 30/05/2014, junto ao Estado de Minas Gerais.

Ao poder público municipal de acordo com as leis orgânicas municipais, zelar pela

manutenção do equilíbrio ambiental e disciplinar as atividades econômicas, inclusive as

da construção civil. Essa regulamentação se refere, entre outros aspectos, ao uso do solo

e ao estabelecimento de atividades de triagem, reciclagem e de aterro de RCC,

interagindo com os organismos da esfera estadual, quando necessário.

Ressalta-se a obrigação do poder público municipal a fiscalização dessas atividades

econômicas, inclusive no que se refere aos aspectos ambientais, bem como a aprovação

dos empreendimentos necessários, quando em acordo com a legislação.

Com o resultado dos questionários encaminhados para os municípios verificou-se que a

maioria dos municípios que responderam 69%, ou seja, 18 municípios não fornecem

Licença/autorização ambiental e 32% (9 municípios) fornecem licença para as empresas

coletoras de RCCV.

Segundo MMA (2005) os equipamentos de pequeno porte, podem ser enquadrados como

não passíveis de licenciamento, a critério do órgão ambiental competente. Deverão, no

entanto, obter autorização de funcionamento em âmbito municipal ou estadual, com

Page 64: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 63

outras atividades urbanas. No caso de licenciamento conjunto de áreas de triagem e

transbordo (ATTs) com aterros ou áreas de reciclagem, o licenciamento ambiental poderá

restringir-se ao da atividade principal.

Para determinar o grupo de atividades relacionadas com o gerenciamento de RCCV,

foram considerados os códigos de atividade para licenciamento ambiental definidos pela

Deliberação Normativa COPAM nº 74, de 9 de setembro de 2004, que estabelece

critérios para a classificação de empreendimentos e atividades modificadoras no meio

ambiente, segundo o porte e potencial poluidor.

No Quadro 3-16 são apresentados os dados cadastrais do empreendimento, número de

processo, localização (município) e a capacidade instalada declarada no Formulário de

Caracterização de Empreendimento (FCE) pelo empreendedor. Verifica-se que a maioria

dos empreendimentos são passíveis de Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF),

não sendo necessária a apresentação de RCA/PCA ou EIA/RIMA, de forma que os dados

técnicos no âmbito do licenciamento ficam restritas aos dados do FCE. Foi considerada a

seguinte atividade: E-03-09-3 - Aterro e/ou área de reciclagem de resíduos classe “A” da

construção civil, e/ou áreas de triagem, transbordo e armazenamento transitório de

resíduos da construção civil e volumosos. Verifica-se que foram cadastrados para

Autorização Ambiental de funcionamento 55 empreendimentos e somente 5 com Licença

Prévia e de Instalação entre os anos de 2010 a 2014 presentes nos municípios da RMBH

e Colar Metropolitano.

Page 65: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 64

Quadro 3-16 - Listagem de empreendimento relacionados com o gerenciamento de RCCV cadastrados no SIAM

Processos Empreendimento Tipo

Licença Município Classe Situação Capacidade de Recebimento

13274/2012/001/2012 ANA MARIA COSTA DINIZ DE SOUZA AAF VESPASIANO 1 Autorização concedida 200 m³/dia

09631/2010/001/2011 DRAGAGEM DINIZ LOBATO LTDA – ME AAF VESPASIANO 4 Aguardando informação

complementar 180 m³/dia

09631/2010/002/2011 DRAGAGEM DINIZ LOBATO LTDA – ME AAF VESPASIANO 1 Autorização concedida 180 m³/dia

09830/2006/004/2012 FAZENDA CACHOEIRINHA AAF VESPASIANO 1 Autorização concedida 180 m³/dia

03045/2011/001/2011 FAZENDA RETIRO DAS AREIAS AAF VESPASIANO 1 Autorização concedida 180 m³/dia

14739/2011/001/2012 STATE EXPRESS LTDA AAF VESPASIANO 1 Aguardando informação

complementar 180 m³/dia

18283/2011/001/2011 BRASMINAS ENLOG AMBIENTAL LTDA AAF SANTA LUZIA 2 Autorização concedida 498,51 m³/dia

14742/2011/001/2011 BRASMINAS ENLOG AMBIENTAL LTDA - ME AAF SANTA LUZIA 2 Autorização concedida 499,00 m³/dia

06749/2004/001/2011 CELULOSE IRANI S.A. AAF SANTA LUZIA 1 Autorização concedida 40 m³/dia

07344/2004/001/2011 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE SANTA

LUZIA – CESSAL AAF SANTA LUZIA 2 Autorização concedida 480 m³/dia

18330/2011/001/2011 CONEMP AAF SANTA LUZIA 1 Autorização concedida 200 m³/dia

18032/2011/001/2011 CZAR SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA LP+LI SANTA LUZIA 4 Licença concedida 2000 m³/dia

16491/2011/001/2011 BRASMINAS ENLOG AMBIENTAL LTDA-ME -

CAPITÃO EDUARDO AAF SANTA LUZIA 2 Autorização concedida 232 m³/dia

13236/2009/001/2011 FABIO AUGUSTO DE ABREU E SILVA AAF SANTA LUZIA 2 Autorização concedida 360 m³/dia

19226/2011/001/2012 EMPREITEIRA SÃO JUDAS TADEU LTDA -

AVENIDA LATICÍNIO AAF SANTA LUZIA 2 Autorização concedida 389 m³/dia

22110/2011/001/2011 EMPREITEIRA SÃO JUDAS TADEU LTDA -

AVENIDA BEIRA RIO KM 3 AAF SANTA LUZIA 2

Aguardando informação

complementar 391,00 m³/dia

10524/2006/001/2011 LOCTRAFO LOCAÇÕES E COMERCIO DE

EQUIPAMENTOS LTDA EPP AAF SANTA LUZIA 2 Autorização concedida 480 m³/dia

14753/2011/001/2011 BRASMINAS ENLOG AMBIENTAL LTDA AAF SANTA LUZIA 2 Autorização concedida 400 m³/dia

20752/2011/001/2011 ODEON LTDA AAF SANTA LUZIA 2 Autorização concedida 480 m³/dia

13273/2012/001/2012 OLDEMIS NOVY AAF SANTA LUZIA 2 Autorização concedida 297 m³/dia

17188/2011/001/2011 VALE DO SOL TERRAPLANAGEM E

CONSTRUCOES LTDA AAF SANTA LUZIA 2 Autorização concedida 480 m³/dia

27721/2011/001/2012 BH LOCAÇÕES E RECICLAGEM LTDA ME AAF SÃO JOSÉ DA

LAPA 2 Autorização concedida 460 m³/dia

01193/2010/001/2011 DELMO ANTONIO PRETINHO DOS SANTOS

ME AAF

SÃO JOSÉ DA LAPA

2 Autorização concedida 480 m³/dia

23668/2011/001/2013 STS TRANSPORTE LTDA AAF SÃO JOSÉ DA

LAPA 1 Autorização concedida 190 m³/dia

19975/2012/001/2012 BRIPAM - BRITAGEM DE ENTULHOS DE

CONSTRUÇÃO CIVIL DE PARÁ DE MINAS LTDA

AAF PARÁ DE MINAS 1 Autorização concedida 150 m³/dia

Page 66: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 65

Processos Empreendimento Tipo

Licença Município Classe Situação Capacidade de Recebimento

17882/2007/001/2013 EDWALDO DE ALMEIDA PEIXOTO E

OUTROS / FAZENDA RETIRO E AUDIÊNCIA AAF PARÁ DE MINAS 1 Autorização concedida 180 m³/dia

02601/2012/001/2013 CANADÁ CAÇAMBAS LTDA AAF NOVA LIMA 1 Autorização concedida 40 m³/dia

19447/2008/001/2011 INPAR PROJETO 94 SPE LTDA AAF NOVA LIMA 2 Autorização concedida 440 m³/dia

17698/2009/001/2014 NIVALDO VERÍSSIMO DA SILVA AAF NOVA LIMA 1 Autorização concedida 180 m³/dia

07706/2011/001/2011 MAIS INVEST EMPREENDIMENTOS E

INCORPORAÇÕES S/A AAF

RIBEIRÃO DAS NEVES

1 Autorização concedida 161,14 m³/dia

08224/2009/001/2013 FAZENDA CÓRREGO GRANDE AAF RIBEIRÃO DAS

NEVES 2 Autorização concedida 350 m³/dia

38425/2013/001/2013 DEPOSITO 1 DE AMTERIAL EXCEDENTE LOCALIZADO ENTRE AS ESTACAS 350 - 358, PROPRIEDADE DO SR. CARLINDO

AAF RIBEIRÃO DAS

NEVES 2 Autorização concedida 492,42 m³/dia

11536/2011/001/2011 MAIS INVEST EMPREENDIMENTOS E

INCORPORAÇÕES S/A AAF

RIBEIRÃO DAS NEVES

1 Autorização concedida 188 m³/dia

24014/2013/001/2013 FAZENDA CÓRREGO GRANDE AAF RIBEIRÃO DAS

NEVES 2 Autorização concedida 320 m³/dia

09926/2013/001/2013 EMPREITEIRA SÃO JUDAS TADEU LTDA AAF SABARÁ 2 Autorização concedida 490 m³/dia

22676/2010/001/2010 SABARÁ OURO VERDE LTDA AAF SABARÁ 2 Autorização concedida 450 m³/dia

14629/2010/001/2011 VINA EQUIPAMENTOS E CONSTRUÇÕES

LTDA LP+LI SABARÁ 4

Aguardando informação

complementar 1000 m³/dia

00543/2001/011/2014 VITAL ENGENHARIA AMBIENTAL S/A AAF SABARÁ 2 Autorização concedida 480 m³/dia

00982/2013/002/2013 GERALDO MAGELA MARTINS AAF SÃO GONÇALO DO

RIO ABAIXO 1 Autorização concedida 180 m³/dia

16345/2012/001/2012 HÉLIO VASCONCELOS MACHADO AAF SETE LAGOAS 2 Autorização concedida 480 m³/dia

01209/2003/001/2013 I.C. EMPREENDIMENTOS COM. TRANSP. E

SERVIÇOS LTDA LP+LI SETE LAGOAS 3 Em análise técnica 200 m³/dia

10330/2011/001/2012 CICLO AMBIENTAL RECICLAGEMLTDA AAF SETE LAGOAS 2 Autorização concedida 480 m³/dia

23197/2010/001/2010 DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS

CONSTRUÇÃO CIVIL - BAIRRO BELA VISTA AAF SETE LAGOAS 1 Autorização concedida 180 m³/dia

19396/2011/001/2011 PREFEITURA MUNICIPAL DE SETE LAGOAS AAF SETE LAGOAS 2 Autorização concedida 250 m³/dia

07114/2012/001/2013 ITAÚNA LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

LTDA – ME AAF ITAÚNA 1 Autorização concedida 190 m³/dia

19269/2013/001/2013 IVO DO ESPÍRITO SANTO AAF PEDRO

LEOPOLDO 1 Autorização concedida 180 m³/dia

03785/2013/001/2013 LOGUIMINAS SERVIÇOS E MINERAÇÃO

LTDA AAF

PEDRO LEOPOLDO

1 Autorização concedida 200 m³/dia

15094/2009/001/2011 LOC BEM CAÇAMBAS E MAQUINAS LTDA AAF ITABIRITO 1 Autorização concedida 200 m³/dia

23519/2010/001/2010 LOC ITA LTDA AAF ITABIRITO 2 Autorização concedida 450 m³/dia

21451/2009/001/2013 RAL ADMINISTRAÇÃO E

EMPREENDIMENTOS LTDA AAF ITABIRITO 1 Autorização concedida 200 m³/dia

12198/2011/001/2011 ZECAÇAMBAS LTDA – ME AAF ITABIRITO 1 Autorização concedida 200 m³/dia

Page 67: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 66

Processos Empreendimento Tipo

Licença Município Classe Situação Capacidade de Recebimento

04783/2011/001/2011 REABILITAR - SOLUÇÕES AMBIENTAIS

LTDA AAF IBIRITÉ 1 Autorização concedida 160 m³/dia

03620/2013/001/2013 MAGER EMPREENDIMENTOS LTDA AAF SANTA BÁRBARA 1 Autorização concedida 200 m³/dia

17276/2013/001/2013 MARCENARIA PARAOPEBA LTDA AAF JUATUBA 1 Autorização concedida 160 m³/dia

00886/2003/023/2011 MMX SUDESTE MINERAÇÃO S.A LP+LI IGARAPÉ 4 Licença concedida 7047 m³/dia

14968/2012/002/2012 MMX SUDESTE MINERAÇÃO S.A - ÁREA DE

ARMAZENAMENTO DE EQUIPAMENTOS LP+LI

SÃO JOAQUIM DE BICAS

4 Aguardando informação

complementar 2000 m³/dia

26054/2010/001/2010 PREFEITURA MUNICIPAL DE BARÃO DE

COCAIS - ATERRO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

AAF BARÃO DE

COCAIS 1 Autorização concedida 100 m³/dia

00049/2005/006/2014 ATERRO SANITÁRIO DE BRUMADINHO AAF BRUMADINHO 1 Autorização concedida 100 m³/dia

02334/2014/001/2014 PREFEITURA MUNICIPAL DE MATOZINHOS AAF MATOZINHOS 1 Autorização concedida 200 m³/dia

Fonte: FEAM/SIAM (MINAS GERAIS, 2014)

Page 68: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 67

Verifica-se no Quadro 3-16 a maioria dos empreendimentos são aterros e/ou áreas de

reciclagem de resíduos classe A da construção civil e áreas de triagem, transbordo e

armazenamento transitório de resíduos da construção civil e volumosos privados.

Destaca-se a partir da análise do Quadro 3-16 que a maioria dos municípios conta com

empreendimentos regularizados por meio de Autorização Ambiental de Funcionamento

(AAF), que é um cadastro e não implica, necessariamente, a existência e a

funcionalidade dos equipamentos de tratamento e destinação final.

Durante o levantamento de dados primários (visitas técnicas) realizado pela equipe do

Consórcio IDP Ferreira Rocha, foi possível constatar, em alguns municípios, divergências

entre os empreendimentos cadastrados no Sistema Integrado de Informações Ambientais

(SIAM) e os empreendimentos com equipamentos efetivamente instalados. Outra

situação constatada foi o uso de empreendimentos com equipamentos instalados ainda

que sem nenhuma autorização formal para o funcionamento, emitida pelo Estado ou

município.

3.1.4 - Equipamentos de Proteção Individual

A maioria das fontes sobre o tema de RCCV não aborda os dados sobre os

Equipamentos de Proteção Individual (EPI) previstos e/ou utilizados nos locais de

trabalho. Quando ocorre a citação não há indicação de quantidade, validade, conferência

sobre a adequação dos EPIs e existência do Certificado de Aprovação (CA) junto ao

Ministério do Trabalho.

A despeito de estabelecimentos públicos terem funcionários que não são regidos pela

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), esta obriga as empresas a seguirem as

Normas Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). As NRs

que tratam destes aspectos são, principalmente, as seguintes, não excluindo as demais

NRs aplicáveis às atividades:

Norma Regulamentadora Nº 06 (NR-6). Equipamento de Proteção Individual –

EPI; e

Norma Regulamentadora Nº 18 (NR-18). Condições e Meio Ambiente de trabalho

na indústria da construção.

Segundo a NR-6 do MTE, “a empresa é obrigada a fornecer aos empregados,

gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e

funcionamento (...)” quando “as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção

contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho”, que

é o caso da exposição aos materiais com potencial de contaminação biológica,

infectantes, perfurocortantes e produtos químicos perigosos.

Cabe ao empregador, ou seja, o estabelecimento gerador e que atua no manejo de

RCCV, de acordo com a NR-6:

adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;

exigir o uso dos EPI pelos trabalhadores;

Page 69: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 68

fornecer o EPI aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de

segurança e saúde no trabalho (com Certificado de Aprovação – CA adequado);

orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;

substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;

registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas

ou sistema eletrônico; e

comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

Em relação às responsabilidades do trabalhador (empregado) com relação aos EPIs, a

NR-6 indica que este deve: (i) usar o EPI para a finalidade a que se destina; (ii)

responsabilizar-se pela sua guarda e conservação; (iii) comunicar ao empregador

qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, (iv) cumprir as determinações do

empregador sobre o uso adequado do EPI.

A NR-18 do MTE que trata sobre as Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria

da Construção não aborda a questão da geração dos resíduos de construção civil,

entretanto ela aborda os documentos que devem ser elaborados para os trabalhos, e

nestes devem ser informadas todas as atividades, incluindo consideração sobre riscos de

acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas. No item

18.23.1 indica que “a empresa é obrigada a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente,

EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, consoante

às disposições contidas na NR 6 – Equipamento de Proteção Individual - EPI.”

Os EPIs adequados incluindo o manejo de RCC deverão ser indicados pelos profissionais

de Segurança do Trabalho responsáveis pelas obras e reformas.

De acordo com o item 18.29 da NR 18 (Ordem e Limpeza):

O canteiro de obras deve apresentar-se organizado, limpo e desimpedido,

notadamente nas vias de circulação, passagens e escadarias;

O entulho e quaisquer sobras de materiais devem ser regulamente coletados e

removidos. Por ocasião de sua remoção, devem ser tomados cuidados especiais,

de forma a evitar poeira excessiva e eventuais riscos;

Quando houver diferença de nível, a remoção de entulhos ou sobras de materiais

deve ser realizada por meio de equipamentos mecânicos ou calhas fechadas;

É proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior do canteiro de

obras; e

É proibido manter lixo ou entulho acumulado ou exposto em locais inadequados

do canteiro de obras.

Page 70: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 69

Os EPIs normalmente utilizados na construção civil são capacete, óculos, protetor facial

para serra circular, protetor auricular, máscara para pó, capacete com protetor facial,

máscara para soldadores, botas para concretagem e terrenos impermeáveis, calçado

fechado para os demais tipos de trabalho, perneiras e avental de couro para soldagem e

corte quente, ombreiras de couro para descarga e transporte de produtos, roupa especial

para trabalho com cimento, cinto de segurança, luvas para azulejista, para trabalhos com

material tóxico, corrosivo, para serviços elétricos, soldagem e corte quente

(GROHMANN, 1997).

A seguir, e apresentado o Quadro 3-17 contendo informações dos EPI utilizados na

construção civil com dados sucintos sobre a vida útil e custos dos EPI (Sinduscon-

RO,2011).

Quadro 3-17 - EPI utilizados na construção civil

EPI - Construção Civil Vida útil dos

EPI Custos dos EPI

(R$)

Capacete de segurança: Usado para fornecer proteção para a cabeça contra impactos causados pela queda de objetos e materiais.

18 meses 9,00

Protetor auditivo tipo plug: Muito usado para controlar a exposição ao ruído.

6 meses 1,00

Protetor auditivo tipo concha: Muito usado para controlar a exposição ao ruído. O preferido pelos profissionais que atuam na betoneira, pois dificulta do plug a entrada de sujeira na audição.

1 ano 12,00

Botina de segurança: Fornece segurança para os pés contra perfurações causadas por pregos e outros, proteção contra queda de objetos (bico de aço), evita que o trabalhador seja vítima de escorregões.

3 meses

50,00

Máscara para poeira: Proteção contra poeiras provenientes de corte de tijolos, cerâmicas, etc. Proteção contra o pó proveniente de madeira.

1/dia 1,00

Máscara para produtos químicos: Usada por todos os atingidos pelo pó de cimento gerado na betoneira. Muito usada também para proteger contra os químicos na pintura.

6 meses 40,00

Cinto de segurança tipo pára-quedista: Indicado para proteção em trabalho em altura. Vale lembrar que trabalho em altura é todo trabalho acima de 2 metros de altura (NR 35.1.2).

4 meses 34,00

Luva de raspa: Para proteção em trabalhos onde haja risco de corte ou para trabalhos com risco de lesão. Muito usado no carregamento de ferros e vergalhões…

1/ mês 7,00

Luva de látex: Muito usado por pedreiros para evitar contato com cimento, argamassa, etc. O ponto negativo desse EPI é a resistência que é baixa.

1/ dia 2,00

Viseira de proteção: Serve para proteção contra partículas em projeção. Muito usado em serras circulares, lixadeiras e policortes.

6 meses 20,00

Page 71: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 70

Óculos de proteção: Serve para proteção contra partículas em projeção.

3 meses 3,00

Uniforme 8 meses 80,00

Fonte: Sinduscon-RO,2011; Equipamentos de Proteção [email protected]; http://www.fg.com.br.

3.1.5 - Custos

Para cada atividade relacionada à geração de RCCV há, por consequência, necessidade

de gerenciamento, que inclui segregação, coleta, transporte, tratamento e destinação,

devendo ser atribuído o respectivo custo e identificado o fator que determina a sua

ocorrência. Como cada atividade exige recurso para a sua realização, o fator que a

origina é a verdadeira causa do custo, torna-se necessário identificar os recursos a serem

consumidos (MMA, 2010).

No Quadro 3-18 são apresentados os custos unitários de triagem e transbordo e de

aterramento de RCC, classe A, conforme estudo desenvolvido pelo Ministério do Meio

Ambiente (MMA, 2010), levando-se em consideração o porte da instalação e a

localização na região Sudeste. A opção de adotar a referência do MMA, ano 2010, para

custos, deve-se ao fato de não terem sido identificadas outras fontes de dados

secundários referentes ao tema custos.

Quadro 3-18 - Custos unitários de triagem e transbordo e de aterramento dos resíduos classe A por porte de

instalação.

Triagem e transbordo Aterramento dos resíduos classe A

Porte (m3/dia) R$/ m3 Porte (m3/dia) R$/ m3

70 7,5 56 1,7

135 7,0 108 1,2

270 6,8 216 0,8

540 5,5 432 0,6 Fonte: MMA, 2010

No contexto da RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte, deve-se avaliar as

características socioeconômicas dos municípios, logística e o orçamento disponível,

antes de se instalar, por exemplo, unidades de triagem e transbordo e aterros para RCC.

Pinto (2005) apresenta no Quadro 3-19 indicadores gerais de custo e receitas que

podem vir a ser observados pelos municípios da RMBH e Colar Metropolitano de Belo

Horizonte. As relações de custo indicadas são provenientes da prática dessas operações

em municípios diversos da Região Sudeste do Brasil. Observando estas informações

apresentadas por Pinto (2014), pode-se perceber resultados compensadores e de

incentivo para aplicação da Resolução CONAMA nº 307/2002. Como exemplo, segundo

ele, os custos relacionados com coleta corretiva manual são o dobro da receita com custo

da captação em Ponto de Entrega.

Quadro 3-19 - Indicadores gerais para comparação de custos e receitas

Item Relação entre

valores Item

Custo coleta corretiva manual 2,1 1,0 Custo captação em Ponto de Entrega

Custo coleta corretiva mecanizada 1,3 1,0 Custo captação e remoção em Ponto

de Entrega

Custo aterramento de resíduos 1,0 1,9 Custo processamento em área de

Page 72: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 71

Item Relação entre

valores Item

triagem

Custo aterramento de solo 1,0 1,2 Custo solo recuperado

Custo aterramento de madeira 1,0 6,2 Resultados de venda de madeira

triturada

Custo aterramento de resíduos 1,0 2,2 Resultados de venda de

papel/papelão triado

Custo aterramento de resíduos 1,0 4,5 Resultados de venda de plástico

triado

Custo aterramento de resíduos 1,0 1,7 Resultados de venda de resíduos

triados (concreto, alvenaria)

Preço agregado convencional nas regiões Sul/Sudeste/Centro-Oeste

3,4 1,0 Custo agregado reciclado

Preço agregado convencional Região Nordeste

4,5 1,0 Custo agregado reciclado

Preço agregado convencional Região Norte

7,3 1,0 Custo agregado reciclado

Fonte: Pinto, 2005

No Quadro 3-20 é possível observar que, de acordo com dados da ARMBH (2010), dos

50 municípios da RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte apenas 11

apresentaram a estimativa de custos mensais com a gestão dos RCCV.

Quadro 3-20 - Estimativa de custos mensais com a gestão dos RCCV (R$/mês).

Município

Correção das

deposições irregulares

Operação dos bota-

foras

Fiscalização

Controle de

zoonoses Custos totais

Betim 70.165,00 68.820,00 12.600,00 - 151.585,00

Brumadinho 54.206,00 7.000,00 3.700,00 33.600,00 98.506,00

Caeté 879,00 4.559,00 4.861,00 20.324,00 30.623,00

Contagem 14.881,00 81.132,00 700,00 96.713,00 193.426,00

Igarapé 96.070,00 6.120,00 13.050,00 59.000,00 174.240,00

Itaguara 8.869,00 3.880,00 - 5.580,00 18.329,00

Lagoa Santa 62.353,00 18.813,00 - - 81.166,00

Nova Lima 53.922,00 29.640,00 6.800,00 1.961,00 92.323,00

Sabará 23.158,00 - 350,00 370,00 23.878,00

Santa Luzia 48.783,00 13.693,00 - 71.516,00 133.992,00

São José da Lapa

21.913,00 10.187,00 - 13.490,00 45.590,00

Total 455.199,00 243.844,00 42.061,00 302.554,00 1.043.658,00 Fonte: ARMBH, 2010

Segundo a ARMBH (2010) os dados fornecidos pelos municípios sobre os diferentes

custos envolvidos nas atividades de correção das deposições irregulares, operação dos

bota-foras, fiscalização e controle de zoonoses apresentam grandes disparidades. Parte

do problema pode ser atribuída aos custos estimados com controle de zoonoses, que em

alguns municípios são muito elevados e certamente envolvem algumas atividades não

diretamente relacionadas com a deposição irregular de RCC. Nota-se discrepância nos

dados como observado para Igarapé, Brumadinho e Santa Luzia.

O Quadro 3-21 apresenta percurso médio e faixa de preço cobrada pelos agentes por

viagem, segundo estudo desenvolvido pela ARMBH (2010).

Page 73: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 72

Quadro 3-21 - Percurso médio e faixa de preço cobrado pelos agentes por viagem.

Município Percurso médio (km) Faixa de preço por

viagem (R$)

Faixa de preço por distância

(R$/km)

Brumadinho 30 70 2,33

Caeté 6 75 12,5

Contagem - 97 -

Igarapé 7,5 55 7,33

Itaguara 5 50 10,00

Nova Lima 35,5 88 2,48

Pedro Leopoldo 3 70 23,33

Rio Manso 10 - -

Sabará 6 75 12,50

Santa Luzia 8 105 13,13

São José da Lapa 13 78 6,00

Média 12,4 76 9,95 Fonte: ARMBH, 2010

Alem das fontes pesquisadas já citadas, a SLU disponibilizou diversos relatórios

referentes a análise de custos para etapas de gestão e gerenciamento de RCC.

Entretanto, considerando a não sistematização dos dados e informações de forma

compatível com a metodologia deste Relatório, os mesmos não puderam ser aqui

registrados. Destaca-se, contudo, que os referidos relatórios estão incluídos e

disponibilizados no banco de dados do Diagnóstico.

3.1.6 - Investimentos

Não foram obtidos, até o momento, dados e informações sobre investimentos propostos

para o gerenciamento dos RCCV na RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte, com

exceção do próprio Plano Metropolitano desenvolvido pela ARMBH (2010).

3.1.7 - Impactos

A solução para os pequenos volumes de RCCV, normalmente, é atribuída como de

responsabilidade dos municípios. Geralmente, os resíduos gerados pelos pequenos

geradores são dispostos em locais inapropriados. Em relação aos grandes volumes,

devem ser definidas e licenciadas áreas para o manejo dos resíduos em conformidade

com a Resolução CONAMA nº 307/2002, cadastrando e formalizando a presença das

empresas de coleta e transporte dos resíduos e fiscalizando as responsabilidades dos

geradores, inclusive com relação ao desenvolvimento de ações e projetos de

gerenciamento.

Segundo Pinto e Gonzáles (2005), o conjunto de ações de gerenciamento devem ser

direcionadas, entre outros, aos seguintes objetivos:

destinação adequada dos grandes volumes;

preservação e controle do aterro de RCC;

deposição facilitada para pequenos volumes;

recolhimento sistematizado dos pequenos volumes;

Page 74: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 73

melhoria da limpeza e da paisagem urbana;

preservação ambiental;

incentivo às parcerias;

incentivo à presença de novos agentes de limpeza;

incentivo à redução de resíduos na fonte; e

redução dos custos municipais através da reciclagem.

Segundo Pinto e Gonzáles (2005) um dos aspectos ambientais levantados são os bota-

foras clandestinos e as deposições irregulares. Os bota-foras clandestinos surgem

principalmente da ação de empresas que se dedicam ao transporte dos resíduos das

obras de maior porte e que descarregam os materiais de forma descontrolada, em locais

frequentemente inadequados para esse tipo de uso e sem licenciamento ambiental. As

deposições irregulares, geralmente em grande número, resultam na maioria das vezes de

pequenas obras ou reformas realizadas pelas camadas da população urbana mais

carente de recursos, frequentemente por processos de autoconstrução, e que não

dispõem de recursos financeiros para a contratação dos agentes coletores formais que

atuam no setor. Colabora fortemente para a degradação ambiental resultante dessas

deposições irregulares a atuação dos pequenos veículos coletores com baixa capacidade

de deslocamento, dentre os quais se destacam as carroças de tração animal.

Ainda segundo Pinto e Gonzáles (2005) as áreas degradadas, com frequência, colocam

em risco a estabilidade de encostas e comprometem a drenagem urbana, demonstrando

que os agentes responsáveis pelo descarte de resíduos não estão preocupados com os

custos sociais que a atividade representa para as cidades. É importante notar ainda que,

com grande frequência, as deposições descontroladas de RCC provocam uma atração

praticamente irresistível para o lançamento clandestino de outros tipos de resíduos não

inertes, de origem doméstica e industrial, acelerando sua degradação ambiental e

tornando ainda mais complexa e cara a possibilidade de sua recuperação futura.

Os impactos ambientais implicam em custos sociais interligados e variam conforme o

grau de dificuldade de execução, em cada caso. A variação também ocorre em função da

possibilidade de esses serviços serem executados por meios mecânicos ou manuais,

com o consequente impacto sobre os custos de mão de obra. Além do diferencial imposto

pelas características intrínsecas da remoção corretiva, influem significativamente as

peculiaridades locais relativas à estrutura viária disponível e à distância dos bota-foras ou

aterros utilizados como destino final para os resíduos removidos (PINTO e GONZÁLES,

2005).

Outro impacto ambiental relacionado aos RCC é que o desenvolvimento no setor da

construção civil ocasiona aumento nos consumos de energia e de matéria-prima, o que

pode determinar efeitos impactantes ao meio ambiente, pela produção de quantidades

significativas de RCC (BIDONE, 2001).

Torna-se importante mencionar a grande carência de dados e informações específicas,

na forma de diagnóstico, sobre os impactos gerados pelos RCCV na RMBH e Colar

Page 75: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 74

Metropolitano de Belo Horizonte. A partir do presente trabalho o levantamento parcial de

dados primários e a elaboração do Produto 02 - Planos, Programas e Projetos Atuais

permitirão algumas estimativas para o tema a serem apresentadas no Relatório

Consolidado da Fase 1.

3.2 - DADOS PRIMÁRIOS

Tanto no Termo de Referência (TR) quanto na proposta apresentada pelo Consórcio IDP

Ferreira Rocha para a elaboração do Plano, e aprovada pela ARMBH, foi prevista a

elaboração do diagnóstico a partir da utilização somente de dados secundários.

Entretanto, no Termo de Abertura de Projeto (TAP) firmado entre a ARMBH e o

Consorcio IDP Ferreira Rocha, foi indicada a possibilidade do levantamento de dados

primários, caso os dados secundários fossem julgados insuficientes ou necessitassem de

uma complementação para aprimoramento do diagnóstico em questões julgadas

relevantes. Neste caso a ARMBH e o Consórcio definiriam em conjunto quando e como

os dados primários seriam levantados.

Sendo assim, e de forma a adotar uma postura proativa em prol de um maior

aprimoramento do Diagnóstico, respeitadas as limitações de prazo e custos existentes,

foram acordadas a elaboração e aplicação de questionários e a realização de reuniões

com as partes interessadas (stakeholders) e visitas técnicas aos municípios.

A partir da identificação dos stakeholders, foram elaborados questionários direcionados a

cada tipo de público-alvo. Como partes interessadas, podem-se citar as empresas

coletoras, transportadoras, de tratamento, destinação e/ou disposição final destes

resíduos, além das prefeituras da RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte,

sindicatos, associações, conselhos de classe, órgãos públicos e autarquias,

universidades e centros de pesquisa, dentre outros.

Conforme apresentado na metodologia, as partes interessadas foram identificadas em

quatro grupos do setor público e privado, e desta forma, foram elaborados 4 tipos de

questionários, um para cada grupo identificado.

Os questionários encaminhados aos agentes implicados na gestão e no gerenciamento

dos RCCV tiveram como objetivo trabalhar com informações individualizadas de

municípios, instituições, empresas, entidades e órgãos governamentais diretamente

implicados nos processos de gestão e gerenciamento destes resíduos que, além de dar

subsídios ao diagnóstico da situação atual, contribuiriam para a elaboração do Produto

01 (Tipologia/Atividade, Geração e Custo) e do Produto 02 (Planos, Programas e Projetos

Atuais) integrantes da Fase 01.

Ressalta-se que os questionários foram estruturados de acordo com as etapas de

gerenciamento de resíduos, abrangendo a geração, caracterização, segregação,

acondicionamento, transbordo, transporte e destinação ou disposição final. Além disso,

foram incluídos itens sobre custos, segurança do trabalho (equipamentos de proteção

individual - EPIs), bem como outros itens relacionados ao gerenciamento de resíduos. A

elaboração dos questionários foi feita com base nos dados da metodologia de trabalho da

Page 76: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 75

Proposta Técnica - Cooperação Técnica: ATN/OC 13092-BR, do TR para o trabalho e do

Plano de Trabalho Atualizado.

Em 12/05/2014 a ARMBH iniciou o processo de envio dos questionários para as partes

interessadas (os stakeholders foram individualizados nos quatro grupos, com

questionários específicos), com expectativa de retorno até o dia 10/06/2014 e extensão

do prazo até 11/07/2014. A partir desta data foram consolidados os dados e informações

recebidos por meio dos questionários.

Paralelamente, também foram iniciados os contatos telefônicos e a realização de

reuniões de trabalho com as partes interessadas, na tentativa de se obter outros dados e

informações, assim como confirmar alguns que foram incorporados na Planilha de Dados

Secundários (PDS).

Na Figura 3-17 são apresentados os quantitativos de questionários respondidos por

grupos. Verifica-se que a participação da iniciativa privada foi praticamente inexistente.

Apenas duas empresas que realizam coleta e transporte de RCCV (Grupo 1)

responderam ao questionário e uma empresa de tratamento, destinação e/ou disposição

final (Grupo 2). Há que se destacar que 28 municípios (Grupo 3), ou seja, (56%) daqueles

presentes na RMBH e Colar Metropolitano responderam ao questionário. Do Grupo 4,

formado por agências e órgãos, sindicatos, associações e universidades, apesar de

apenas cinco terem respondido ao questionário, algumas reuniões foram realizadas,

conforme detalhado no item 5 deste documento.

Figura 3-17 - Quantidade de questionários respondidos por Grupos

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

3.2.1 - Resultados da Aplicação dos Questionários

A partir da devolução dos questionários pelas partes interessadas (stakeholders) e

organização dos dados e informações por grupo, os mesmos foram sintetizados em uma

Planilha de Dados Primários (Anexo 8).

Page 77: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 76

Há que se ressaltar que, devido ao fato do retorno da iniciativa privada ter sido pouco

significativo, a sistematização dos dados primários se ateve àqueles fornecidos pelos

municípios (Grupo 3). O índice de retorno pelos municípios foi de 56% (28 municípios).

De uma maneira geral, a Planilha de Dados Primários foi estruturada de acordo com a

sequência das etapas de gerenciamento de RCCV, para os 28 municípios que

retornaram ao questionário.

A Figura 3-18 apresenta a quantidade total de municípios presentes na RMBH e Colar

Metropolitano de Belo Horizonte agrupados por faixa populacional e a Figura 3-19 a

quantidade de municípios que responderam ao questionário segundo este mesmo

agrupamento, antes do início da realização das visitas, ocorridas no mês de julho de

2014.

Figura 3-18 - Quantidade total de municípios

existentes na RMBH e Colar Metropolitano por faixa populacional Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha,

2014.

Figura 3-19 - Relação da quantidade de municípios que

retornaram os questionários por faixa populacional Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Observando-se a Figura 3-18 e Figura 3-19 e o Quadro 3-22, verifica-se que nenhum

município com população inferior a 5 mil habitantes respondeu ao questionário. Destaca-

se que após as visitas técnicas os municípios de Moeda e Funilândia enviaram

intempestivamente os seus questionários respondidos e que serão incluídos no

diagnóstico quando da elaboração do relatório consolidado Resumo Executivo.

Com exceção dos municípios das faixas de 500 mil a 1 milhão e maior que 1 milhão de

habitantes, cujo retorno foi de 100%, o maior índice de retorno foi relativo aos municípios

com população na faixa populacional de 30 mil a 100 mil habitantes (72,7%), seguido

pelos de 5 mil a 10 mil habitantes (64,29%). Também se pode destacar a participação

dos municípios entre 100 mil e 500 mil (57,14%) e 10 mil e 30 mil habitantes (45,45%). O

resultado alcançado demonstra uma significativa participação dos municípios da RMBH e

Colar Metropolitano.

Page 78: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 77

Quadro 3-22 - Índice de retorno por faixa populacional.

% de Retorno dos Questionários por Faixa Populacional

Faixa Total de Questionários Enviados Retorno dos Questionários %

Até 5mil 5 0 0,00%

De 5 mil a 10 mil 14 9 64,29%

De 10 mil a 30 mil 11 5 45,45%

De 30 mil a 100 mil 11 8 72,73%

De 100mil a 500mil 7 4 57,14%

De 500 mil a 1 milhão 1 1 100,00%

>1milhão 1 1 100,00%

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Na Figura 3-20 apresenta-se a população total por município da RMBH e Colar

Metropolitano que respondeu ao questionário.

Page 79: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 78

Figura 3-20 - População total por município que respondeu ao questionário Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Verifica-se que somente Belo Horizonte, em termos populacionais, possui 44% da

população total da RMBH e Colar Metropolitano. Juntamente com Contagem, os dois

municípios representam mais de 50% da população desta região.

Page 80: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 79

Se somarmos as populações de todos os municípios que responderam ao questionário,

tem-se um total de 4.524.089 habitantes, o que representa 83% da população total da

RMBH e Colar Metropolitano, que é de 5.429.969 habitantes.

3.2.1.1 - Dados Gerais de Gerenciamento nos Municípios

A Figura 3-21 abaixo apresenta a porcentagem dos municípios que fornecem algum tipo de autorização/licença para as empresas coletoras de RCCV operarem no município.

Figura 3-21 - Porcentagem dos municípios que fornecem algum tipo de autorização/licença para as

empresas coletoras de RCCV Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Verifica-se que a maioria dos municípios que responderam aos questionários, 64%, ou

seja, 18 municípios, não fornece Licença e 32% (9 municípios) fornece licença para as

empresas coletoras de RCCV.

Segundo MMA (2005) os equipamentos de pequeno porte, podem ser enquadrados como

não passíveis de licenciamento, a critério do órgão ambiental competente. Deverão, no

entanto, obter autorização de funcionamento em âmbito municipal ou estadual, com

outras atividades urbanas. No caso de licenciamento conjunto de Áreas de Triagem e

Transbordo (ATT) com aterros ou áreas de reciclagem, o licenciamento ambiental poderá

restringir-se ao da atividade principal.

Ainda segundo MMA (2005) os aterros de resíduos da construção civil e resíduos inertes,

destinados à disposição exclusiva de RCC, classe A, triados, ficam sujeitos ao

licenciamento ambiental no âmbito do órgão ambiental competente. O licenciamento

ambiental para aterros deverá considerar, entre outras condições, as estabelecidas na

NBR 15113 para implantação, projeto e operação.

A Figura 3-22 apresenta a porcentagem dos municípios que possuem Plano de

Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos.

Page 81: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 80

Figura 3-22 - Porcentagem dos municípios que possuem PGIRSU Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Verifica-se que a maioria dos municípios que responderam aos questionários 68%, ou

seja, 19 municípios, não possuem PGIRSU e apenas 32% (9 municípios) possuem

PGIRSU.

A Lei nº 12.305/10 exige que estados e municípios apresentem os PGIRSU para que

possam firmar convênios e contratos com a União para repasse de recursos nos

programas voltados para a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Os Planos de Gerenciamento de Resíduos têm como principal objetivo a definição de

procedimentos necessários para o manejo e destinação adequada dos resíduos. Nele

devem ser contempladas as etapas de caracterização, triagem, acondicionamento,

transporte e destinação.

Já a Figura 3-23 apresenta a porcentagem dos municípios que possuem Plano de

Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC).

Figura 3-23 - Porcentagem dos municípios que possuem PGRCC Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Verifica-se que a maior parte dos municípios (89%) que responderam aos questionários

não possuem PGRCC e apenas 7% possuem PGRCC.

Page 82: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 81

A Resolução CONAMA nº 307/2002 estabelece para os municípios, a obrigatoriedade da

implementação de um Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção

Civil. Nesse sentido, observa-se que 89% dos municípios não estão cumprindo com seu

dever legal. Esse plano deve adotar soluções diferenciadas para os pequenos volumes,

de responsabilidade do poder público municipal, e para os grandes volumes, de

responsabilidade privada, integrando essas soluções em um sistema de gestão coerente.

A Figura 3-24 e a Figura 3-25 apresentam a porcentagem dos municípios que

elaboraram o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos e Plano

de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil de forma participativa e que

contemplam a mobilização social.

Figura 3-24 - Porcentagem dos municípios que elaboraram PGIRSU e PGRCC de forma participativa Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Verifica-se que a maior parte dos municípios que responderam aos questionários (39%)

não elaborou o PGIRSU e/ou PGRCC de forma participativa, enquanto apenas 25%

elaboraram o PGIRSU e/ou PGRCC de forma participativa. O conhecimento das

informações sobre o desenvolvimento do plano é básico para que a mobilização seja

eficiente para os 75% dos municípios que não atuam de forma participativa e que não

responderam a questão, possam elaborar de forma participativa seus planos.

A elaboração dos Planos de Gestão de Resíduos Sólidos de forma participativa

representa um grande desafio. Isso por que constitui instrumento de avaliação da eficácia

da gestão dos resíduos, e da melhoria contínua das políticas e serviços públicos por

parte da população.

Page 83: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 82

Figura 3-25 - Porcentagem dos municípios que contemplaram mobilização social no PGIRSU e/ou no

PGRCC Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Verifica-se pela Figura acima, que dos municípios que responderam aos questionários,

28%, ou seja, 8 municípios, não contemplam a mobilização social na elaboração do

PGIRSU e/ou PGRCC e 36% (10 municípios) contemplam a mobilização social, enquanto

36% não responderam o item.

O processo de construção dos Planos de Gestão de Resíduos Sólidos deverá levar a

mudanças de hábitos e de comportamento da sociedade como um todo. Com a

responsabilidade compartilhada, diretriz fundamental da PNRS, todos os cidadãos, assim

como as indústrias, o comércio, o setor de serviços e ainda as instâncias do poder

público terão uma parte da responsabilidade pelos resíduos sólidos gerados (BRASIL,

2010).

A Figura 3-26 abaixo apresenta a porcentagem dos municípios que contemplaram a educação ambiental no PGIRSU e/ou PGRCC.

Figura 3-26 - Porcentagem dos municípios que contemplaram a educação ambiental no PGIRSU e/ou

PGRCC Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Verifica-se que a maior parte dos municípios que responderam aos questionários (32%)

não contemplam a educação ambiental no PGIRSU e/ou PGRCC e 29% contemplam a

educação ambiental. A educação ambiental deverá acompanhar o desenvolvimento da

agenda de comunicação específica do Plano e o processo participativo contemplando

iniciativas visando pautar o assunto “resíduos sólidos”.

Page 84: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 83

A Figura 3-27 apresenta a porcentagem de prefeituras que se responsabilizam pela

coleta e destinação final de RCC de obras privadas.

Figura 3-27 - Porcentagem dos municípios que se responsabilizam pela coleta e destinação final de RCCV

de obras privadas Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Verifica-se que das prefeituras que responderam aos questionários, a maioria (64%) não

se responsabilizam pela coleta e destinação final de RCC de obras privadas e que ainda

25% se responsabilizam pela coleta e destinação final de RCC.

A Resolução CONAMA 307/02 considera que é dos geradores a responsabilidade sobre

os resíduos produzidos pelas atividades de construção, reformas, reparos e demolições,

além daqueles oriundos da remoção de vegetação e escavação de solos. Infere-se então,

que ainda 7 municípios (25% do total) assumem responsabilidades que não são

legalmente suas, o que onera os cofres públicos.

Cabe ao poder público disciplinar, regulamentar e fiscalizar as atividades dos diversos

agentes privados, além da implantação de serviços destinados de limpeza pública,

criando condições para que os pequenos geradores possam exercer essa

responsabilidade em condições compatíveis com suas condições socioeconômicas.

Na Figura 3-28 é apresentada a porcentagem de municípios que possuem legislação

municipal como: Lei municipal, |Decretos ou Normas Técnicas sobre a gestão e

gerenciamento dos RCCV.

Page 85: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 84

Figura 3-28 - Porcentagem dos municípios que possuem legislação municipal sobre a gestão e

gerenciamento dos RCCV. Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Verifica-se que a maioria dos municípios (43%), ou seja, 12 municípios, não responderam

a questão, enquanto 25% (7 municípios) não possuem legislação municipal sobre a

gestão e gerenciamento dos RCCV. Por outro lado, 28% dos municípios (9) possuem

legislação municipal. Dos que possuem legislação municipal não há estabelecimento do

que é pequeno gerador conforme previsto na Resolução Conama.

3.2.1.2 - Geração

A geração de RCCV não significa necessariamente a sua coleta, ou seja, nem todo

RCCV gerado é coletado, podendo ser disposto irregularmente em locais impróprios para

este fim. Dessa forma, verifica-se a vulnerabilidade de dados de geração de RCCV

obtidos unicamente a partir de informações de coleta.

No Quadro 3-23 apresenta-se a quantidade média diária estimada de RCCV gerada

pelos municípios que responderam ao questionário.

Quadro 3-23 - Quantidade média diária estimada de RCCV.

Município População (hab) Quantidade média (t/dia)

Baldim 7.913 Sem resposta

Barão de Cocais 28.442 20,00

Belo Horizonte 2.375.151 Sem resposta

Belo Vale 7.536 Sem resposta

Betim 378.089 455,00

Bonfim 6.818 Sem resposta

Caeté 40.750 Sem resposta

Capim Branco 8.881 Sem resposta

Contagem 603.442 208,70

Igarapé 34.851 81,00

Inhaúma 5.760 9,20

Itabirito 45.449 Sem resposta

Itatiaiuçu 9.928 Sem resposta

Jaboticatubas 17.134 Sem resposta

Matozinhos 33.955 144,00

Nova Lima 80.998 113,33

Nova União 5.555 0,15

Pará de Minas 84.215 Sem resposta

Page 86: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 85

Município População (hab) Quantidade média (t/dia)

Pedro Leopoldo 58.740 Sem resposta

Raposos 15.342 0,50

Rio Acima 9.090 Sem resposta

Rio Manso 5.276 8,33

Santa bárbara 27.876 Sem resposta

Santa Luzia 202.942 145,90

Sete Lagoas 214.152 Sem resposta

Vespasiano 104.527 56,00 Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Percebe-se que há uma grande dificuldade para se obter dados de geração de RCCV em

um município (56% não informou) devido, principalmente, à grande atuação de atividades

informais e da falta de sistematização de levantamento de dados. Dessa forma, o maior

desafio desta caracterização quantitativa provém da qualidade das informações obtidas.

Na Figura 3-29 apresenta-se a porcentagem de municípios que possuem dados de

quantidade média de RCCV por classe.

Figura 3-29 - Porcentagem dos municípios que possuem dados de quantidade média de RCCV por classe Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Verifica-se que dos municípios que responderam aos questionários, 79%, ou seja, 23

municípios, não responderam se possuem dados de quantidade média de RCCV por

classe e apenas 21% possuem os dados.

Verifica-se que além da grande dificuldade para se estimar a quantidade de RCCV, existe

a dificuldade de estimar a quantidade por classe dos resíduos.

Na Figura 3-30 apresenta-se a porcentagem de municípios cujos RCCV são separados

por classe e tipo pelas empresas geradoras.

Page 87: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 86

Figura 3-30 - Porcentagem dos municípios cujos RCCV são separados por classe e tipo pelas empresas

geradoras Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Verifica-se também a não separação dos RCCV em classes por parte das empresas

geradoras, conforme interpretação das Prefeituras Municipais. De acordo com os

levantamentos feitos, 48% (13) dos municípios indicaram que as empresas geradoras

não separam os resíduos por classe, 33% dos municípios não responderam ao

questionário e somente 5 municípios indicaram que as empresas geradoras, 21%,

separam por classe.

3.2.1.3 - Segregação/Acondicionamento

A segregação RCCV em classes diferenciadas oferece as condições iniciais necessárias

para a viabilidade do processo de reciclagem. O avanço da reciclagem pode contribuir

para a redução do custo da limpeza pública e também para a maximização da vida útil

das áreas de aterro.

Há que se ressaltar que, com relação às formas de acondicionamento dos RCCV

observadas pelas Prefeituras, poucas informações foram apresentadas na forma de

respostas aos questionários. As respostas se concentraram na existência ou não de

programas de capacitação/sensibilização para a segregação.

Na Figura 3-31 apresenta-se a porcentagem de municípios que possuem programa de

capacitação/sensibilização para segregação de RCCV. Verifica-se que os municípios que

responderam aos questionários, em sua maioria, ou seja, 75%, não possuem programa

de capacitação/sensibilização para segregação de RCCV e apenas 18%, 5 municípios,

apresentam programa de capacitação.

A apresentação de um programa de Educação Ambiental visa descrever as ações de

sensibilização, mobilização e educação ambiental para os trabalhadores da construção,

visando atingir as metas de minimização, reutilização e segregação dos resíduos sólidos

na origem, bem como seus corretos acondicionamentos, armazenamento e transporte,

permitindo a viabilização de atividades de reciclagem em detrimento do aterramento.

Page 88: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 87

Figura 3-31 - Porcentagem dos municípios que possuem programa de capacitação/sensibilização para

segregação de RCCV Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

3.2.1.4 - Transporte dos RCCV

Os municípios não responderam sobre os tipos de veículos da frota da prefeitura ou

contratada que coletam RCCV, assim como o número de viagens que fazem por dia.

As respostas se concentraram na existência ou não de desafios enfrentados pela

municipalidade em relação ao transporte de RCCV, conforme mostrado na Figura 3-32.

Verifica-se que para a maioria dos municípios que responderam aos questionários, 75%,

indicaram desafios enfrentados pela prefeitura em relação ao transporte de RCCV.

Figura 3-32 - Porcentagem dos municípios que indicaram desafios em relação ao transporte de RCCV Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Destacam-se os seguintes desafios apresentados pelos municípios:

Encontrar local para disposição final; cadastrar caçambeiros; obrigar o uso de

caçambas; cobrar taxa de recolhimento;

Falta de legislação municipal e falta de consciência da população;

Ausência de local adequado e mão de obra para triagem;

Page 89: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 88

Disciplinar a prática clandestina instalada a muitos anos;

Pontos de descarte irregulares, e falta de incentivo para a reciclagem desses

materiais;

Destinação incorreta feita pelos moradores;

Educação Ambiental dos geradores (disposição adequada e segregação dos

resíduos); e

Quantidade insuficiente de caminhão e caçambas.

3.2.1.5 - Transbordo

Na Figura 3-33 apresenta-se a porcentagem de Prefeituras que indicaram possuir

unidade de transbordo.

Figura 3-33 - Porcentagem de prefeituras que possuem unidade de transbordo Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Verifica-se que os municípios que responderam aos questionários a maioria 75% não

apresentam unidades de transbordo de RCCV, apenas 3 municípios, com

representatividade de 11% do total possuem unidade de transbordo, e 14% não

responderam aos questionários.

As unidades de transbordo são estabelecimentos privados ou públicos destinados ao

recebimento de RCCV gerados e coletados por agentes privados, e posterior remoção

para destinação adequada, observando normas operacionais específicas de modo a

evitar danos ou riscos à saúde pública e a segurança e a minimizar os impactos

ambientais adversos. Observa-se que 11% responderam que as prefeituras possuem

unidades de transbordo.

3.2.1.6 - Destinação

O gerenciamento dos RCCV deve priorizar os princípios da não geração, redução,

reutilização e reciclagem, propiciando um tratamento ambiental e socialmente adequado

para os resíduos.

Page 90: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 89

Depois de devidamente segregados, os resíduos deverão ser destinados às empresas

licenciadas ou instituições autorizadas para reciclagem ou reutilização. Sendo indiscutível

a responsabilidade do gerador pela correta destinação dos mesmos.

As soluções para destinação devem contemplar aspectos como compromisso ambiental

e viabilidade econômica, garantindo a sustentabilidade e condições para reprodução

pelos geradores de resíduos.

As áreas destinadas ao processamento de grandes volumes de RCCV,

independentemente do fato de serem públicas ou privadas, devem seguir as diretrizes do

novo sistema e sempre passar por uma rigorosa fiscalização do poder público municipal.

Na tentativa de reduzir os impactos causados pelas deposições irregulares dos RCC, a

Resolução CONAMA nº 307/2002 (BRASIL, 2012) alterada pelas Resoluções CONAMA

431/2011 e 448/2012, definiu a destinação final adequada dos RCC associada com a

classificação dos resíduos estabelecida pela própria resolução. Dessa forma, os RCCV,

após triagem, deverão ser destinados das seguintes formas:

I - Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados ou

encaminhados a aterro de resíduos classe A de reservação de material para usos

futuros;(nova redação dada pela Resolução CONAMA nº 448/12);

II - Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de

armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização

ou reciclagem futura;

III - Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em

conformidade com as normas técnicas específicas;

IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados e destinados em

conformidade com as normas técnicas específicas. (Resolução CONAMA nº

448/12)

Na Figura 3-34 apresenta-se a porcentagem de prefeituras que responderam aos

questionários e que realizam o serviço de destinação/disposição de RCCV.

Page 91: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 90

Figura 3-34 - Porcentagem de prefeituras que realizam serviço de destinação/disposição de RCCV Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Verifica-se que, entre os municípios que responderam aos questionários, a maioria,72%,

realiza o serviço de destinação/disposição de RCCV. Porém, 21% ainda não realiza a

destinação/disposição de RCCV. As disposições irregulares exigem ações corretivas por

parte do poder público e provém, em sua maioria, de agentes de pequeno porte e

população de baixa renda que não consegue recorrer aos coletores.

De acordo com Pinto (1999), para que ocorra a facilitação da disposição dos RCC nos

municípios e a minimização da ocorrência de deposições irregulares, devem-se

considerar os seguintes aspectos:

Boa oferta de áreas públicas de pequeno e médio porte, onde poderão ser

descartados RCC. Estas áreas deverão se situar, se possível, nos locais com

disposição clandestina constante ou em suas proximidades;

Direcionamento das pequenas áreas (cerca de 300 m²) para a recepção de

pequenos volumes de RCC e de resíduos sólidos não-domiciliares, não-sépticos e

não industriais (tais como: podas de árvores e embalagens - alumínio, vidro,

papel) transportados em veículos particulares ou em veículos de agentes

informais de coleta; e

Direcionamento das áreas de médio porte (entre 3.000 e 5000 m²) para a

recepção de volumes significativos somente de RCC, que são transportados por

veículos maiores.

Na Figura 3-35 apresenta-se a porcentagem de prefeituras que possuem áreas de

destinação/disposição de sua propriedade.

Page 92: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 91

Figura 3-35 - Porcentagem de prefeituras que possuem áreas de destinação/disposição de sua propriedade Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Verifica-se que os municípios que responderam aos questionários a maioria, 46%,

possuem áreas de destinação/disposição de sua propriedade. Porém, 36% não possuem

áreas de destinação/disposição de sua propriedade. A localização, ou seja, a distribuição

espacial das áreas de destinação/disposição deve ser planejada levando em

consideração a regulamentação do uso do solo no município, a localização em áreas com

maior concentração de geradores de grandes volumes de RCCV e a fácil acessibilidade

ao local.

A Figura 3-36 apresenta-se a respostas das prefeituras quando iniciaram a utilização

destas áreas de destinação/disposição final de RCCV.

Figura 3-36 - Ano de início da utilização pelas prefeituras de áreas de destinação/disposição final de RCCV Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Verifica-se que a partir de 2009 a 2014 ocorreu um aumento significativo na quantidade

de Prefeituras que iniciaram a utilização de áreas de destinação/disposição final de

RCCV. No entanto, a maioria, 14 municípios, não respondeu a essa questão.

A Figura 3-37 apresenta-se a porcentagem de prefeituras que dispõem de Unidades de

Recebimento de Pequenos Volumes (URPVs).

Page 93: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 92

Figura 3-37 - Porcentagem de prefeitura que dispõem de URPVs Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Verifica-se que, dos municípios que responderam aos questionários, a maioria, 82%, não

dispõe de URPVs. Apenas 18% (5 municípios) informaram que possuem URPVs. A

principal finalidade de URPV é oferecer solução de destinação para geradores e

transportadores de pequenas quantidades dos RCCV. Tal fato, pode contribuir para o

surgimento de áreas de disposição irregular (bota foras clandestinos) de RCCV, na

medida em que os pequenos geradores passam a não ser atendidos.

A implantação de uma URPV requer a observação de alguns parâmetros, para se definir

sua localização (SINDUSCON, 2008):

Disponibilidade de área;

Respeito aos limites impostos por barreiras físicas, tais como sistema viário e

curso d‘água;

Proximidade de áreas de disposição clandestina de entulho, visando aproveitar o

potencial de utilização do equipamento; e

Privilegiar o aproveitamento de terrenos públicos, considerando que muitos estão

degradados pela presença de entulhos dispostos clandestinamente.

A Figura 3-38 apresenta a porcentagem de municípios que possuem a

destinação/disposição final de RCCV de forma segregada em classes (A,B,C,D).

Page 94: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 93

Figura 3-38 - Porcentagem de municípios que possuem a destinação/disposição final de RCCV de forma

segregada em classes (A,B,C, D) Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Verifica-se que, dos municípios que responderam aos questionários, a maioria, 71% não

possui a destinação/disposição final de RCCV de forma segregada em classes (A,

B,C,D). Apenas 11%, ou seja, 3 municípios promovem a destinação/disposição final de

maneira segregada.

A destinação de forma segregada facilita a viabilização de ações de reutilização e

reciclagem dos RCCV, assim como contribui para a preservação de recursos naturais,

minimiza a contaminação do solo e das águas e maximiza da vida útil das áreas de

aterramento.

A Figura 3-39 apresenta a porcentagem de prefeituras que tem conhecimento de locais

de disposição irregular de RCCV.

Figura 3-39 - Porcentagem de prefeituras que tem conhecimento de locais de disposição irregular de RCCV Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Observa-se que 43% dos municípios que responderam aos questionários não têm

conhecimento de locais de disposição irregular de RCCV. Porém, também, 43% (13

municípios) têm conhecimento de locais de disposição irregular de RCCV. Os RCCV

dispostos inadequadamente poluem o solo, degradam paisagens e constituem uma

ameaça à saúde pública. Sobre a localização das disposições irregulares, as respostas

Page 95: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 94

foram evasivas, citandos apenas “diversos pontos na cidade”. Somente um município

mencionou local específico, a partir de um levantamento em seus bairros.

A Figura 3-40 apresenta a porcentagem de municípios que tratam e/ou dispõem os

RCCV de outros municípios. Os resultados apontam que 78% não tratam e/ou dispõem

os RCCV de outros municípios. Em linhas gerais, estes resultados indicam que os RCCV

parecem permanecer nos municípios em que são gerados. Há que se ressaltar que a

proximidade dos municípios da RMBH e Colar Metropolitano pode contribuir para que um

município, mesmo sem saber, receba RCCV de outros municípios. Esta situação pode

ocorrer, principalmente, naqueles municípios com áreas de disposição irregular

(clandestinas) e ação de empresas de coleta e transporte não legalizadas.

Figura 3-40 - Porcentagem de municípios que tratam e/ou dispõem os RCCV de outros municípios Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

A Figura 3-41 mostra a porcentagem de municípios que possuem programas de

educação ambiental cuja temática RCCV é tratada. Dos municípios que responderam aos

questionários, 64% informaram não possuir este tipo de programa. Apenas 7 municípios,

ou seja, 25% dos que responderam, informaram que possuem estes programas. A

adoção destes programas contribui para o envolvimento de cada um dos agentes

relacionados com a gestão e com o gerenciamento dos RCCV.

Figura 3-41 - Porcentagem de municípios que possuem programas de educação ambiental que envolvem

RCCV Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Page 96: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 95

A Figura 3-42 apresenta a porcentagem de municípios que possuem programas para

promover a inserção de agentes diversos no gerenciamento dos RCCV, como, por

exemplo, organizações de catadores de materiais recicláveis, responsáveis pela logística

reversa, grupos de coleta seletiva e agentes que comercializam resíduos recicláveis. A

partir dos questionários respondidos, verifica-se que somente 25% dos municípios, ou

seja, 7 possuem programas para promover esta inserção. Por outro lado, 32% dos

municípios informaram que não possuem este tipo de ação. A falta de ações deste tipo

acaba por contribuir para o surgimento de áreas de disposição irregular, a partir do baixo

envolvimento dos agentes envolvidos.

Figura 3-42 - Porcentagem de municípios que possuem programas para promover a inserção de agentes

diversos no gerenciamento de RCCV Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

3.2.1.7 - Custos e Investimentos para o Gerenciamento

No Quadro 3-24 é apresentado o custo total mensal nos municípios que responderam ao

questionário para gerenciamento dos RCCV, incluindo a coleta, transporte, transbordo e

destinação.

Quadro 3-24 - Custo mensal dos municípios para gerenciamento de RCCV.

Município População

(hab) R$/mês R$/hab/mês

Baldim 7.913 Sem resposta -

Barão de Cocais 28.442 11.000 0,38

Belo Horizonte 2.375.151 Sem resposta -

Belo Vale 7.536 22.000,00 2,92

Betim 378.089 320.000,00 0,85

Bonfim 6.818 Sem resposta -

Caeté 40.750 Sem resposta -

Capim Branco 8.881 Sem resposta -

Contagem 603.442 Sem resposta -

Igarapé 34.851 113.254,00 3,25

Inhaúma 5.760 20.000,00 3,47

Itabirito 45.449 Sem resposta -

Itatiaiuçu 9.928 Sem resposta -

Jaboticatubas 17.134 Sem resposta -

Page 97: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 96

Município População

(hab) R$/mês R$/hab/mês

Matozinhos 33.955 Sem resposta -

Nova Lima 80.998 280.000,00 3,46

Nova União 5.555 Sem resposta -

Pará de Minas 84.215 Sem resposta -

Pedro Leopoldo 58.740 160.000,00 2,72

Raposos 15.342 Sem resposta -

Rio Acima 9.090 Sem resposta -

Rio Manso 5.276 8.491,00 1,61

Santa Bárbara 27.876 13.100,00 0,47

Santa Luzia 202.942 64.800,00 0,32

Sete Lagoas 214.152 Sem resposta -

Vespasiano 104.527 500.000,00 4,78 Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Pelo Quadro 3-25 verifica-se que os valores variam de 0,32 R$/hab/mês (Santa Luzia) a

4,78 R$/hab/mês (Vespasiano). Ressalta-se que 52% dos municípios que responderam

ao questionário não souberam informar os valores gastos com gerenciamento de RCCV.

Observa-se a dificuldade de se conseguir respostas dos municípios seja pelo

desinteresse ou pelas dificuldades internas que alguns municípios têm para obtê-las. Os

dados obtidos confirmam novamente a falta de sistematização dos dados dos municípios.

No Quadro 3-25 apresenta-se o custo mensal com a limpeza do entulho das vias.

Quadro 3-25 - Custo mensal dos municípios com a limpeza do entulho das vias.

Município População (habitantes) R$/mês R$/hab/mês

Baldim 7.913 Sem resposta -

Barão de Cocais 28.442 Sem resposta -

Belo Horizonte 2.375.151 550.000,00 0,23

Belo Vale 7.536 17.000,00 2,26

Betim 378.089 320.000,00 0,85

Bonfim 6.818 Sem resposta -

Caeté 40.750 Sem resposta -

Capim Branco 8.881 Sem resposta -

Contagem 603.442 252.068,07 0,42

Igarapé 34.851 113.254,03 -

Inhaúma 5.760 20.000,00 3,47

Itabirito 45.449 Sem resposta -

Itatiaiuçu 9.928 Sem resposta -

Jaboticatubas 17.134 Sem resposta -

Matozinhos 33.955 40.000,00 1,18

Nova Lima 80.998 Sem resposta -

Page 98: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 97

Município População (habitantes) R$/mês R$/hab/mês

Nova União 5.555 3.000,00 0,54

Pará de Minas 84.215 Sem resposta -

Pedro Leopoldo 58.740 Sem resposta -

Raposos 15.342 11.000,00 0,72

Rio Acima 9.090 Sem resposta -

Rio Manso 5.276 7.811,00 1,48

Santa bárbara 27.876 8.142,00 0,29

Santa Luzia 202.942 64.800,00 0,32

Sete Lagoas 214.152 80.500,00 0,38

Vespasiano 104527 200.000,00 1,91

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

A partir do Quadro 3-25, consolidado com os dados dos municípios que responderam ao

questionário, pode-se verificar a uma variação significativa dos valores gastos com a

limpeza de entulho de vias. Estes valores estão entre 0,23 R$/hab/mês para Belo

Horizonte a 3,47 R$/hab/mês para Inhaúma. Além disso, há que se ressaltar que 45%

dos municípios não souberam informar os valores gastos com a limpeza do entulho das

vias.

A Figura 3-43 apresenta a porcentagem de prefeituras que cobram por recolhimento dos

RCCV.

Figura 3-43 - Porcentagem de prefeituras que cobra por recolhimento dos RCCV. Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Verifica-se que das prefeituras que responderam aos questionários 78% não cobra pelo

recolhimento dos RCCV.

É de responsabilidade dos municípios a solução para os pequenos volumes de RCCV,

que geralmente são dispostos em locais inapropriados. Ressalta-se que, segundo Pinto

(2005), as ações relacionadas aos resíduos dos pequenos geradores devem ser

definidas, no âmbito do Programa Municipal de Gerenciamento, como um serviço público

de coleta, ancorado em uma rede de pontos de entrega, instrumento de ação pública.

Page 99: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 98

Quanto aos grandes volumes, devem ser definidas e licenciadas áreas para o manejo

dos resíduos em conformidade com a Resolução CONAMA nº 307/2002 cadastrando e

formalizando a presença dos transportadores dos resíduos e fiscalizando as

responsabilidades dos geradores, inclusive quanto ao desenvolvimento de projetos de

gerenciamento.

3.2.1.8 - Avaliação da Gestão e do Gerenciamento e Oportunidades de Melhorias

A Figura 3-44 apresenta a avaliação das prefeituras em relação à gestão e

gerenciamento dos RCCV.

Figura 3-44 - Avaliação das prefeituras em relação à gestão e gerenciamento dos RCCV Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Para uma avaliação consistente da qualidade da gestão e do gerenciamento dos RCC

nos municípios, é preciso definir indicadores de desempenho. Também é indicado que

sejam feitas visitas técnicas / vistorias por pessoal técnico qualificado para validar as

informações. Todavia, partindo-se do princípio de uma auto avaliação pelas próprias

prefeituras, 28% dos municípios que responderam ao questionário avaliaram a gestão e o

gerenciamento dos RCCV como ruim, 25% como regular, 18% como muito ruim e apenas

11% como boa.

Como parte da pesquisa também foi solicitado aos municípios que apresentassem as

justificativas para as avaliações acima. Abaixo são listados os temas mais recorrentes

apresentados como justificativas, levando-se em consideração as avaliações como “muito

ruim” a “ruim” e “regular” a “boa”. Não foram apresentadas avaliações como “muito boas”

pelos municípios que responderam ao questionário.

Respostas dos municípios que avaliaram como “muito ruim” a “ruim”:

“Não há política definida”;

“Falta legislação sobre o tema, falta de recursos financeiros, conscientização da

população”;

“Falta de eficiência na fiscalização e controle aprimorado das empresas que

prestam estes serviços”;

Page 100: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 99

“O município não possui gestão e gerenciamento”;

“Apesar de possuir sistemas gratuitos de coleta de RCCV, não há segregação dos

resíduos, nem mesmo a correta destinação final”;

“Falta de recurso para conseguir a destinação final adequada e local

ambientalmente licenciado aos RCCV”;

“Falta de plano, investimento em capacitação de pessoas e estruturas de

armazenamento e gerenciamento”;

“É necessário disponibilizar mais locais para destinação final”;

“Número de veículos inferior à demanda”; e

“Não existe planejamento”.

Respostas dos municípios que avaliaram como “regular” a “boa”:

“Problemas para encontrar e licenciar áreas de disposição”;

“Os resíduos da construção são utilizados para recuperação de voçorocas,

problema que atinge inúmeras regiões do município”;

“Falta de ações de regulação e de maior atuação da fiscalização municipal”;

“Distância do aterro e topografia do município contribui para as práticas irregulares

de bota fora”;

“Falta estímulo à reciclagem de inertes e ações educativas voltadas para logística

reversa”;

“Possui iniciativas bem sucedidas e anteriores à Lei 12.305/2010 (Política

Nacional de Resíduos Sólidos)”;

“Ainda não há uma política no município para a gestão de RCCV”;

“Não há instalações adequadas para tratamento e destinação final destes

resíduos no município”; e

“Falta trabalhar a coleta seletiva”.

A Figura 3-45 apresenta a quantidade de municípios e a respectiva porcentagem

daqueles que responderam ao questionário e que indicaram boas práticas relacionadas

com a gestão de RCCV. Verifica-se que apenas 36% (10 municípios) indicaram boas

práticas na gestão de RCCV. Dentre as práticas citadas destacam-se:

“Busca de áreas para a disposição adequada dos RCCV”;

“A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, ao conceder a Licença Ambiental para

empresas que geram resíduos da construção civil, solicita ao responsável um

Page 101: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 100

Plano de Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil (PGRCC), com um

prazo trimestral para apresentar os comprovantes de destinação dos resíduos”;

“A Coleta e transporte dos RCCV depositados nos passeios das vias públicas”;

“Mutirão de limpeza e remoção de entulho”;

“Implantação de Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes (URPVs) e

Implantação de Estações de Reciclagem de Entulho (ERE)”;

“Inclusão de carroceiros no programa de reciclagem de Entulho”. Iniciativa

premiada através do Programa Minas sem Lixões”;

“Disponibilização gratuita de caçambas por parte da Prefeitura”; e

“Segregação dos resíduos para bota-fora devidamente licenciado, a fim de

segregar os resíduos disponibilizados no aterro sanitário”.

Figura 3-45 - Municípios que indicaram boas práticas na gestão de RCCV. Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Por outro lado, 75% (21 municípios) indicaram dificuldades para a gestão de RCCV,

conforme pode ser visualizado na Figura 3-46.

Figura 3-46 - Porcentagem de prefeituras que indicaram dificuldades na gestão de RCCV. Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Page 102: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 101

Dentre as dificuldades citadas destacam-se:

“A população se nega a contratar caçamba e a reduzir a quantidade de RCCV

gerados”;

“Ausência de Plano de Gestão de Resíduos da Construção Civil”;

“Ausência total de legislação municipal especifica para o tema”;

“Descontrole referente à quantidade de empresas responsáveis (geradores,

coletores e transporte)”;

“Separação adequada do material e a disposição controlada de RCC no aterro”;

“Falta equipamentos adequados como caçambas para o acondicionamentos dos

resíduos nas construções”;

“Um caminhão poliguindaste para o recolhimento das caçambas”;

“Dificuldade de convênio com outros municípios”;

“Educação ambiental precária dos geradores (disposição e segregação

inadequada dos resíduos nas vias e caçambas)”;

“Destinação final ambientalmente incorreta”;

“Ausência de capacitação de pessoas que lidam com os RCCV”;

“Falta de conhecimento da população a respeito da importância do transbordo e

destinação final destes resíduos”;

“Falta de interesse de empresas privadas em firmar parcerias”;

“Ausência de fiscalização, empresas clandestinas, falta de áreas para destinação

final adequada”;

“Demanda alta e crescente”; e

“Falta de conscientização e amparo legal para proceder com sanções e

penalidades à população”.

3.2.2 - Reuniões e Visitas Técnicas

Apresenta-se a seguir relato sucinto das informações obtidas e discutidas na reuniões

e visitas técnicas realizadas após a fase de recebimento e avaliação dos

questionários.

Page 103: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 102

3.2.2.1 - Retorno dos questionários do Grupo 4

Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM)

A FEAM contribuiu com a disponibilização dos seguintes dados:

Tipo de destinação final dos RCCV nos municípios da RMBH e Colar Metropolitano segundo vistorias realizadas no projeto estratégico da FEAM intitulado Redução e Valorização de Resíduos em 2011.

Lista de empreendimentos com processo de regularização ambiental cadastrados no SIAM até 30/5/2014 enquadrados no código E-03.09-3 - aterro e/ou área de reciclagem de resíduos classe A da construção civil, e/ou áreas de triagem, transbordo e armazenamento transitório de resíduos da construção civil e volumosos no qual são apresentados os dados cadastrais do empreendimento, número de processo, localização (município) e a capacidade instalada declarada nos FCEs pelo empreendedor. Verifica-se que a maioria dos empreendimentos são passíveis de Autorização Ambiental de Funcionamento, não sendo necessária a apresentação de RCA/PCA ou EIA/RIMA, de forma que os dados técnicos no âmbito do licenciamento ficam restritas aos dados do FCE.

Relatórios de visitas técnicas realizadas nos locais de disposição final de resíduos sólidos urbanos (RSU) – relatórios com informações sobre a destinação e RCC nos locais de disposição final de RSU. Segundo a FEAM é importante ressaltar que tais visitas técnicas não tinham o RCC como foco principal, daí a pouca referência a esses resíduos nos relatórios em questão.

Formulários de cadastro dos Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos (PGIRS) informando que os dados disponibilizados se referem ao

cadastro dos PGIRS junto à Feam, em atendimento às exigências Deliberação

Normativa COPAM n° 170/2011. É importante registrar que a Feam não solicita

apresentação dos PGIRS por parte dos municípios, mas apenas o cadastro das

informações contidas no Plano, formulários específico disponibilizado no sítio

eletrônico da Feam (www.feam.br). O objetivo do referido cadastro é o de

construção de banco de dados visando a construção de relatórios consolidados

contendo as estratégias adotadas pelos municípios mineiros para gestão de

resíduos.

A FEAM não possui levantamento específico sobre empresas geradoras de RCCV. As

empresas geradoras de RCCV devem elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos

da Construção Civil, estabelecendo os procedimentos necessários para o manejo e

destinação ambientalmente adequados dos resíduos. Segundo a Resolução CONAMA

n° 307, de 2002, os empreendimentos e atividades não enquadrados na legislação como

objeto de licenciamento ambiental deverão apresentar o plano juntamente com o projeto

do empreendimento para análise pelo órgão competente do poder público municipal, em

conformidade com o Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção

Civil. Neste caso, essas informações devem ser obtidas junto às prefeituras.

Segundo a Feam no caso de empreendimentos e atividades sujeitos ao licenciamento

ambiental, a análise dos Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil

Page 104: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 103

gerados nas obras é realizada dentro do processo de licenciamento, junto às SUPRAMs,

não havendo a sistematização dos dados requeridos.

Além dos dados disponibilizados a FEAM preencheu o questionário do Grupo 4, sendo

importante destacar que indicou como dificuldades e/ou entraves identificados para a

gestão de RCCV nos municípios e Colar Metropolitano:

A FEAM não dispõe de levantamento específico para avaliação da gestão dos RCCV nos municípios da RMBH e colar metropolitano.

A diversidade das características dos municípios que compõem a área e o colar metropolitano quanto ao porte em especial, a limitação ou mesmo indisponibilidade de áreas para destinação e reciclagem dos resíduos são indicativos de que as soluções para a gestão municipal ou consorciada dos RCCV assumirão contornos diferenciados.

O que se verifica em municípios de pequeno porte é que estes requerem soluções simplificadas que possam ser adotadas pelo próprio município ou a associação ou consorciamento com outros municípios no sentido de compartilharem equipamentos ou unidades de destinação ou reciclagem de RCCV.

Com relação ao município de Belo Horizonte verifica-se a indisponibilidade de áreas para implantação de aterros de inerte em seu território. Tal fato leva à busca por serviços de empresas com regularização ambiental comprovada junto ao estado para operação de aterros de inerte e/ou unidades de reciclagem.

Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG-MG)

A FIEMG não respondeu ao questionário por atuarem na representação das indústrias

mas informou os seguintes dados:

Oferece informações através de palestras e assessorias, sobre iniciativas de

tratamento, reciclagem, reutilização, reaproveitamento e disposição para os

diversos resíduos, evidenciando os benefícios da destinação ambientalmente

correta e atuando ao incentivo à regularização ambiental.

Oferece gratuitamente para as indústrias dois programas ambientais que tem o

objetivo promover negócios ambientais:

Bolsa de Resíduos – SIBR: Através de sua página eletrônica na Internet,

possibilita à empresa a negociação em tempo real de diversos resíduos,

agregando valor aos mesmos e evitando gastos com disposição final.

Em parceria com o SINDUSCON – MG, o programa Bolsa de Terra, que tem o

objetivo negociar os resíduos de terra para outras empresas.

Programa Mineiro de Simbiose Industrial – PMSI: O Programa estabelece

negócios a partir dos recursos utilizados nos processos de produção. Ou seja,

energia, água e materiais provenientes das indústrias podem ser recuperados,

reprocessados e reutilizados por outras empresas. PMSI ocorre principalmente

Page 105: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 104

através de workshops, onde as empresas são colocadas em contato para

realização de uma rodada de negócios em resíduos sólidos.

Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais (SICEPOT-

MG)

O SICEPOT representa as empresas que atuam no planejamento e execução de obras de infraestrutura em Minas Gerais,como obras rodoviárias, obras de arte especial, obras urbanas, obras de saneamento e obras de edificações públicas.

Em relação às boas práticas quanto à gestão de resíduos RCCV desenvolvidas nos

municípios da RMBH e Colar Metropolitano o SICEPOT indicou:

Empreiteira associada beneficia através de britador material de demolição de vias

públicas e prédios públicos retornando o material para uso de sub-base de obras

da pavimentação de vias públicas e rodovias.

Empreiteira associada que utiliza os resíduos gerados na caixa de bate lastro da

central de concreto comum, quando da lavagem das betoneiras, a água é

reutilizada e o concreto e demais resíduos são utilizados na fabricação de pisos e

passeios públicos (bloquete). - Refugo de massa asfáltica doado para prefeituras,

para recomposição vias públicas em “operação tapa buracos” e

recomposição/melhorias de estradas vicinais.

Quanto as dificuldades e/ou entraves identificados para a gestão de resíduos da

construção civil nos municípios e Colar Metropolitano, O SICEPOT informou os seguintes

entraves:

Licenciamento ambiental de áreas adequadas para deposição de resíduos sólidos

da construção civil, com custos altos, processo demorado.

Dificuldade de encontrar áreas adequadas em tamanho e localização, para

disposição final, (custo alto também).

Cultura dos atores envolvidos (geradores, gestores, destinadores, municípios,

etc.) para atendimento aos requisitos legais.

Ausência de fiscalização e penalidades.

Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais

(SINDUSCON- MG)

O SINDUSCON congrega hoje cerca de 300 empresas associadas, além de

aproximadamente seis mil construtoras sindicalizadas.

O SINDUSCON não respondeu ao questionário informando que não tem informações

suficientes para seu preenchimento, mas informou os seguintes dados:

Disponibiliza on line de cartilhas de gerenciamento de RCCV:

Page 106: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 105

o Alternativas para a Destinação de Resíduos da Construção Civil;

o Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Construção Civil;

o Guia de Sustentabilidade na Construção e Gerenciamento de Resíduos e

Gestão Ambiental no Canteiro de Obras.

Disponibilidade de reunir com as empresas para apresentar o diagnóstico do

Plano Metropolitano de gestão de RCCV.

Ambiência Soluções Sustentáveis

A atuação da empresa é prestar consultoria na área de gestão de resíduos de construção civil, não passível de licenciamento ambiental. A atividade principal da empresa é atuação na gestão de resíduos de obras. Em relação às boas práticas quanto à gestão de resíduos RCCV desenvolvidas nos

municípios da RMBH e Colar Metropolitano a Ambiência indicou:

Os resíduos passíveis de reciclagem são enviados prioritariamente para empresas especializadas e licenciadas. Quando possível, os resíduos são vendidos para reciclagem gerando receita.

Os treinamentos direcionados a cada público e envolvem a participação dos

colaboradores, com jogos, teatros, palestras (educação ambiental nas obras).

Implantação de áreas de Unidades de Pequenos Volumes (URPV´s) e áreas de

Triagem e Transbordo (ATT´s) em todos os municípios da RMBH e Colar

Metropolitano.

Quanto as dificuldades identificadas para a gestão de RCCV nos municípios e Colar

Metropolitano de Belo Horizonte, a Ambiência informou:

Sugere-se trabalhar em todo o processo de construção para um resultado melhor. Foram indicados que 30% dos resíduos das obras são reciclados, tendo ainda um potencial de aumento de aproveitamento dos resíduos, como pode ser verificado em empresas que buscam certificação de construção sustentável.

Aumentar o índice de segregação das obras.

Atuar mais no processo de forma a indicar matérias-primas e insumos que geram menos resíduos e impactos adversos ao meio ambiente.

Adotar práticas de redução / minimização de resíduos em todo processo de construção civil.

Page 107: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 106

Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA)

O IPEA respondeu que não possuem informações suficientes para preenchimento dos

questionários quanto a esta temática para a região em questão.

Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos (ABETRE)

A ABETRE por meio do Ofício 122/2014 informou que não possuem informações para

preenchimento dos questionários de RCC.

Associação Brasileira de Empresas e Limpeza Publica e Resíduos Especiais

(ABRELPE)

A ABRELPE informou que não possuem informações para preenchimento dos

questionários de RCCV.

3.2.2.2 - Resultados das Reuniões e Visitas Técnicas

As reuniões e visitas técnicas foram feitas de acordo com os grupos de stakeholders.

Para os Grupos 1, 2 e 4 foram marcadas reuniões para se obter mais informações e/ou

tirar dúvidas quanto ao preenchimento dos questionários. Para as Prefeituras, Grupo 3,

foram realizadas visitas técnicas.

Reuniões com o Grupo 4

Foram realizadas as seguintes reuniões com o Grupo 4, conforme Quadro 3-26.

Quadro 3-26 – Cronograma de Reuniões com o Grupo 4 para RCCV.

Data Órgãos, universidades, sindicatos e associações e/ou empresas

06/06/2014 Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM)

10/06/2014 Ambiência Soluções Sustentáveis

14/05/2014 e 10/06/2014 10 e 2º Encontro de Trabalho do Projeto Valorização dos Resíduos de Construção Civil (UFMG)

27/06/2014 Associação Mineira de Municípios (AMM)

18/07/2014 Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

As informações sobre as reuniões são apresentadas a seguir.

Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM)

Foi realizada reunião em 06/06/2014 na sede da FEAM, entre representantes do

Consórcio IDP / Ferreira Rocha e da Diretoria de Resíduos Sólidos da FEAM. Após a

reunião foi encaminhada ata de reunião.

Antes da reunião foi passada uma lista de informações para a FEAM avaliar.

Para os RCCV, em relação as informações solicitadas, a lista de empreendimentos com

processo de regularização ambiental cadastrados no SIAM e a disponibilização dos

relatórios FIP/FEAM dos autos de fiscalização.

Page 108: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 107

De acordo com a FEAM, no caso de empreendimentos e atividades sujeitos ao

licenciamento ambiental, a análise dos Planos de Gerenciamento de Resíduos da

Construção Civil gerados nas obras é realizada dentro do processo de licenciamento,

junto às SUPRAMs, não havendo a sistematização dos dados requeridos. A FEAM não

valida estes planos.

Foi mencionado um estudo do potencial de implementação de usinas de triagem e

reciclagem de RCC no Estado de Minas Gerais, financiado pela FAPEMIG (2014).

Foram feitas sugestões para elaboração de base de dados para consulta, que inclusive já

estava sendo avaliada para o diagnóstico dos dados secundários, como o banco de

dados do SIAM e pareceres técnicos dos processos de licenciamento ambiental.

Ambiência Soluções Sustentáveis

Foi realizada reunião em 10/06/2014 na empresa Ambiência em Belo Horizonte, entre

representantes do Consórcio IDP / Ferreira Rocha e da Diretoria da empresa.

A empresa atua com consultoria na área de gestão de resíduos de construção civil, com

foco em grandes obras, principalmente em Belo Horizonte.

Ressaltou a importância de atuar mais na fonte geradora dos resíduos para reduzir a quantidade gerada e periculosidade dos resíduos, com isso pode-se obter mais economia para os clientes. Atualmente o foco é na gestão dos resíduos gerados, sendo feitas poucas ou nenhuma ação para reduzir a geração. São adotadas práticas de redução e armazenamento de resíduos.

A empresa ressaltou a importância de buscar parcerias com universidades ou centros de pesquisas para desenvolver alternativas para a destinação dos resíduos, quando viável.

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Em 14/05/2014 e 10/06/2014, foi realizada reunião com o grupo de RCC/UFMG no 1º e

2º Encontros de Trabalho do Projeto Valorização dos Resíduos de Construção Civil com

representantes do Consórcio IDP / Ferreira Rocha, ARMBH, SINDUSCON, CMRR,

SICEPOT, pesquisadores e professores da UFMG.

Durante estes encontros, o projeto do Plano Metropolitano de Gestão Integrada com foco em RCCV e os debates da temática sobre as questões de legislação e os entraves que estas provocam para a tomada de iniciativas, e a importância de articulação dos diversos atores envolvidos no processo. Enfatizou-se durante a reunião que as políticas públicas devem ser adotadas de forma efetiva, as unidades de resíduos da PBH estão regredindo ou estão desativadas.

Associação Mineira de Municípios (AMM)

Foi realizada reunião em 27/06/2014 na sede da AMM em Belo Horizonte, entre

representantes do Consórcio IDP / Ferreira Rocha e da Diretoria de Meio Ambiente da

AMM.

Page 109: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 108

Segundo o diretor a AMM atua no assessoramento aos municípios nas áreas de

saneamento, recursos hídricos, recursos minerais, recursos florestais e agronegócios,

além de atuar nas diversas etapas do licenciamento ambiental;

Não apresenta dados sistematizados dos municípios referentes ao gerenciamento de

resíduos sólidos urbanos com foco em RCC.

Presta assessoria e consultoria preventiva nas diversas áreas relacionadas ao meio

ambiente, e apoia tecnicamente as Prefeituras e na área de meio ambiente.

Na área de resíduos tem orientado os municípios para os Planos de Saneamento e

promove eventos ambientais com foco nos resíduos sólidos urbanos.

Prontificou de auxiliar a ARMBH na divulgação do Plano para a participação mais efetiva

dos municípios da RMBH e Colar Metropolitano.

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)

Foi realizada reunião em 18/07/2014 na sede da FAPEMIG, entre representantes do

Consórcio IDP / Ferreira Rocha e da Diretoria de Ciência e Tecnologia e Inovação.

A FAPEMIG tem por missão fomentar a pesquisa e a inovação científica e tecnológica

para o desenvolvimento do Estado de Minas Gerais por meio do apoio à formação e à

capacitação de recursos humanos para a pesquisa e de apoio às atividades de Pesquisa

e Desenvolvimento:

Apoia financeiramente projetos de pesquisa científica, tecnológica ou de inovação que

visem o avanço do conhecimento em suas diversas áreas. Na questão de resíduos os

projetos são focados na demanda principalmente de projetos nas universidades e

empresas nas chamadas do edital Universal.

Promove ou participa de iniciativas e programas voltados à capacitação de recursos

humanos para ciência, tecnologia e inovação.

Devido aos prazos, as informações que porventura forem fornecidas posteriormente à

entrega do Produto 01, poderão ser avaliadas e incorporadas ao longo do

desenvolvimento do Plano.

3.2.2.3 - Visitas Técnicas nas Prefeituras – Grupo 3

Como apresentado no Produto 00 o critério de amostragem estabelecido para a visita

técnica aos municípios baseia-se em escolha das faixas populacionais e foi adaptado da

apresentação dos resultados feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA -

2012). Porém, no presente caso, foram consideradas subdivisões em faixas menores

devido ao fato de 30 (trinta) municípios da RMBH e Colar Metropolitano (60% dos

municípios da área de estudo) possuírem populações inferiores a 30.000 habitantes.

Neste contexto, foram utilizadas subdivisões de até 5.000 habitantes, de 5.000 a 10.000

habitantes e de 10.000 a 30.000 habitantes. A faixa de 30.000 habitantes foi a primeira

faixa populacional considerada pelo IPEA. Pelo fato de existirem na RMBH e Colar

Page 110: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 109

Metropolitano apenas 7 (sete) municípios na faixa entre 100.000 e 500.000 habitantes, foi

promovido o agrupamento destes em uma única faixa. Apenas um município enquadra-se

na faixa entre 500.000 e 1.000.000 habitantes, assim como na faixa acima de 1.000.000

habitantes, conforme pode ser visto no Quadro 3-27.

Quadro 3-27 - Proposta de amostragem de municípios para realização das visitas técnicas.

Faixa Populacional Total de

municípios Municípios amostrados

Exemplificação de possíveis municípios para

visita

Até 5 mil habitantes 5 2 Funilândia

Moeda

De 5 mil a 10 mil habitantes 14 3 Belo Vale

Baldim Itatiaiuçu

De 10 mil a 30 mil habitantes 11 2 São Joaquim de Bicas

Jaboticatubas

De 30 mil a 100 mil habitantes 11 2 Itabirito Itaúna

De 100 mil a 500 mil habitantes 7 2 Santa Luzia Vespasiano

De 500 mil a 1milhão habitantes 1 1 Contagem

> 1milhão habitantes 1 1 Belo Horizonte Nota: Os municípios indicados acima poderão ser outros de acordo com os dados disponibilizados nos questionários e

avaliação da necessidade de se visitar outros municípios.

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Conforme apresentado na metodologia foram selecionados 13 (treze) municípios para

realização das visitas técnicas. Apresenta-se, a seguir, o cronograma de realização das

mesmas, bem como os órgãos municipais responsáveis pela gestão e gerenciamento dos

RCCV (Quadro 3-28).

Quadro 3-28 - Cronograma de visitas técnicas nos municípios para os Resíduos da Construção Civil.

Data Município Faixa Populacional Órgãos municipais

responsáveis pela gestão e gerenciamento dos RCCV

08/07/2014 Vespasiano De 100 mil a 500 mil

habitantes Secretaria de Meio Ambiente;

09/07/2014 Itaúna De 30 mil a 100 mil

habitantes Secretaria de Urbanismo e Meio

Ambiente

09/07/2014 Itatiaiuçu De 5 mil a 10 mil

habitantes Secretaria de Meio Ambiente e

Secretaria de Planejamento

10/07/2014 São Joaquim de

Bicas De 10 mil a 30 mil

habitantes Secretaria de Meio Ambiente e

de Planejamento

14/07/2014 Itabirito De 30 mil a 100 mil

habitantes Secretaria de Meio Ambiente

14/07/2014 Jaboticatubas De 10 mil a 30 mil

habitantes Secretaria de Meio Ambiente

15/07/2014 Contagem De 500 mil a 1milhão

habitantes Secretaria de Meio Ambiente e

Limpeza Urbana

16/07/2014 Moeda Até 5 mil habitantes Secretaria de Educação e Meio

Ambiente

17/07/2014 Funilândia Até 5 mil habitantes Secretaria de meio Ambiente e

Agricultura

17/07/2014 Baldim De 5 mil a 10 mil

habitantes Secretaria de Meio Ambiente

Page 111: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 110

Data Município Faixa Populacional Órgãos municipais

responsáveis pela gestão e gerenciamento dos RCCV

22/07/2014 Belo Vale De 5 mil a 10 mil

habitantes Secretaria de Meio Ambiente

25/07/2014 Santa Luzia De 100 mil a 500 mil

habitantes Secretaria de Meio Ambiente

13/08/2014 14/08/2014

Belo Horizonte > 1milhão habitantes Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) / Departamento

de Programas Especiais Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Os dados e informações obtidos nas visitas técnicas junto ao Grupo 3, além de

incorporações parcial e/ou integral na Planilha de Dados Secundários (PDS), e banco de

dados e informações primarias, são também registrados como observações

apresentadas durante a realização das referidas visitas técnicas, e estão estruturados

conforme a fluxo de gerenciamento dos RCCV.

Para evitar exposição dos municípios que demonstraram interesse em participar da

elaboração do diagnóstico e receberam o Consórcio mostrando a situação atual, suas

boas práticas e dificuldades para a gestão correta dos RCCV, não serão mencionados os

nomes dos municípios na avaliação a seguir. A abordagem feita neste momento é de

uma visão geral da situação atual da gestão e gerenciamento dos RCCV nos municípios

selecionados. A base de dados completa, anexa a este documento, tem todos os dados

com rastreabilidade.

Geração de RCCV

Muitos municípios tiveram dificuldades em responder com relação à geração de

RCCV, principalmente pela ausência de sistematização dos dados mesmo com a

coleta realizada por empresas terceirizadas, conforme pode ser verificado a partir dos

dados secundários e dados primários.

Em linhas gerais, os municípios relataram que os geradores de resíduos de construção

civil e resíduos volumosos não são fiscalizados e responsabilizados pelo uso incorreto

das áreas de domínio público.

Muitos deles relataram não considerar o gerador de resíduos da construção civil

particular como responsável pelo gerenciamento dos resíduos das atividades de

construção, reforma, reparos e demolições. Os municípios, principalmente, os menores

têm se responsabilizado por isto.

Segregação/Acondicionamento

De uma maneira geral, não ocorre a segregação nem para os resíduos classe A,

independentemente da faixa populacional.

Pode-se visualizar que os resíduos são descartados desordenadamente, muitas vezes e

em locais inapropriados, como logradouros públicos, terrenos baldios, encostas, cursos

d´água, etc. pelos geradores. As Prefeituras em alguns casos relatam dificuldades para

lidar com esta situação.

Page 112: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 111

Alguns municípios destacam que a ausência de programas de sensibilização e

capacitação para o gerenciamento adequado dos RCCV, incluindo ações informativas e

educativas, contribui para a atual situação. Apesar disto, a grande maioria sabe que

ações de redução na geração e de segregação, com a possibilidade de reinserção de

resíduos reutilizáveis ou reciclados, no ciclo produtivo pode ser um caminho, porém

entendem que isto depende da participação de todos.

A ausência de acondicionamento correto como o uso de caçambas metálicas

estacionárias para a disposição de RCCV, com a utilização dos recipientes para

acondicionamento de outros resíduos foi algo frequentemente observado durante as

visitas aos municípios. Pode-se verificar que muitos geradores promovem descartam os

resíduos nas calçadas das vias públicas, transferindo para a municipalidade a

responsabilidade pela coleta e destinação.

Quando se questiona sobre a capacitação dos funcionários da Prefeitura sobre o

gerenciamento dos RCCV, pode-se verificar que na maioria dos municípios visitados este

trabalho não é feito.

Coleta/Transporte

Durante as visitas não foi possível avaliar as condições de coleta para transporte de

RCCV pelos municípios. Por outro lado, foram obtidas as seguintes informações:

A coleta é feita principalmente pela prefeitura e nos municípios maiores é

realizada por empresas privadas regulares e irregulares;

Verificou-se falta de Informações e documentação adequada sobre o transporte e

destinação dos RCCV; e

Observou-se a utilização de equipamentos inadequados para o transporte de

RCCV.

Transbordo

Não foram identificadas unidades de transbordo para os RCCV nos municípios visitados.

Destinação e/ou disposição dos RCCV

Em termos de destinação e disposição dos RCCV, de maneira geral, nos municípios

visitados foram observadas:

Falta de um controle rigoroso do manuseio e destinação destes resíduos;

Verificou-se a presença de vários bota-foras irregulares;

Verificou-se que apesar de vários empreendimentos cadastrados no SIAM como

áreas de triagem, transbordo e armazenamento transitório de resíduos da

construção civil e volumosos, nenhum deles estava implantado;

Ausência dos municípios do mapeamento de descartes irregulares de RCC;

Page 113: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 112

Ausência de áreas para recepção de grandes volumes de resíduos, de caráter

público ou privado;

Ausência de regularização ambiental e inexistência de áreas de triagem e

transbordo dos RCC;

Ausência do cadastramento de áreas, públicas ou privadas, aptas para

recebimento, triagem e armazenamento temporário de pequenos volumes, em

conformidade com o porte da área urbana municipal;

Utilização dos RCC para recobrimento da camada final de aterros e lixões;

Utilização de RCC para preenchimento de erosões e voçorocas como prática

comum; e

Utilização de RCC como material de cascalhamento de vias, principalmente, na

área rural.

Destinação e disposição dos RCC no Município de Belo Horizonte (SLU)

Em visita realizada, nos dias 13 a 14 de agosto de 2014, na SLU, foram levantados

dados e informações referentes a gestão e o gerenciamento dos RCC para o município

de Belo Horizonte. Cabe destacar os dados disponibilizados para destinação e disposição

dos RCC em aterros e usinas de reciclagem, conforme apresentado no Quadro 3-29.

Quadro 3-29 - Destinação e Disposição dos RCC em Belo Horizonte

Destinação e Disposição dos RCC em Belo Horizonte

Destinação/Disposição 2012 2011 2010 2009 2008

Aterragem - RCC (t/ano) 632.111,51 310.015,68 296.253,32 883.556,48 777.632,93

Reciclagem - RCC (t/ano) 103.252,20 102.114,80 136.424,40 104.853,80 132.933,60

Total 735.363,71 412.130,48 432.677,72 988.410,28 910.566,53 Fonte: SLU

O total dos RCC coletados pela SLU, no ano 2012, e encaminhados para a aterragem e

reciclagem representa em torno de 60% da geração estimada considerando o valor

máximo da faixa estipulada para o município de Belo Horizonte (Quadro 3.12).

Neste sentido, avaliando os dados consolidados para geração e coleta de RCC

apresentados neste Diagnostico, verifica-se consistência nas estimativas aplicadas como,

por exemplo, a relação das quantidades dos RCC coletados com as quantidades

aterradas e recicladas.

Avaliação do gerenciamento e oportunidades de melhorias

Em cada município visitado as áreas responsáveis pela gestão dos RCC são, em sua

maioria, a Secretaria de Obras e Limpeza Urbana e/ou Secretaria de Meio Ambiente.

Apesar de um esforço da área de Meio Ambiente e/ou Obras em auxiliar no trabalho,

verifica-se que mesmo para um município com maiores faixas populacionais, ainda há

Page 114: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 113

uma falta de sistematização da caracterização, quantificação da geração e controle na

gestão dos RCC.

Alguns municípios demonstraram despreparo técnico e falta de conhecimento da

legislação quanto à gestão dos RCC, ou mesmo falta de capacitação das pessoas que

atuam na gestão dos RCC.

Muitos municípios citaram a falta de articulação com os diferentes agentes envolvidos

(pequenos geradores, grandes geradores, transportadores de RCC, entes públicos) nas

atividades vinculadas com a indústria da construção civil para redução do seu impacto

ambiental.

Destaca-se também a ausência de planos de gerenciamento de resíduos da construção

civil nos municípios visitados, em conformidade com as diretrizes das resoluções do

Conama, com destaque para a falta de planejamento, de procedimentos específicos e

orientações adequadas para o gerenciamento dos resíduos.

Page 115: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 114

4 - CONSOLIDAÇÃO DE DADOS SECUNDARIOS E PRIMARIOS PARA ESTIMATIVA DA GERAÇÃO DE RCCV

A contraposição dos dados secundários e primários apresentados nas seções anteriores

permite a consolidação dos valores de geração para RCCV, por faixa populacional, dos

municípios que compõem a RMBH e o Colar Metropolitano de Belo Horizonte.

O agrupamento dos municípios por faixa de população possibilita uma análise

estratificada, considerando que há no mesmo grupo de porte populacional características

semelhantes que influenciam na geração dos resíduos. Para cada uma dessas faixas, foi

possível extrapolar as análises e identificar valores de mínimo e de máximo para a

geração de RCCV, a partir das várias fontes, trazendo maior grau de confiança para o

intervalo.

Essa estratégia se justifica pelo fato de não existirem dados individuais, para cada

município, levantados de uma mesma fonte, e, qualquer número exato, mesmo a média

do intervalo, tem grau de confiabilidade menor que a utilização de faixas para valores de

mínimo e máximo de geração de RCCV.

No Quadro 4-1 e na Figura 4-1 estão apresentados os resultados dos valores mínimos e

máximos da geração de RCCV por faixa de população na RMBH e Colar Metropolitano

de Belo Horizonte.

Quadro 4-1 - Geração de RCCV por faixa populacional

Faixa populacional Geração de RCCV (kg/hab/dia) – 2010

Mínimo Máximo

Até 5 mil 0,78 2,67

De 5 a 10 mil 0,78 2,70

De 10 a 30 mil 0,70 3,26

De 30 a 100 mil 0,78 4,24

De 100 a 500 mil 0,54 1,37

De 500 mil a 1 milhão 0,35 1,37

> 1 milhão 0,78 1,37

Média (RMBH e Colar) 0,66 1,81 Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Page 116: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 115

Figura 4-1 - Geração de RCCV por faixa populacional

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Page 117: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 116

5 - CENÁRIOS

Para definição dos cenários de geração, foi proposto o desenvolvimento de três cenários

para os anos 2010 (ano base), 2020 e 2030.

Esses cenários refletem uma situação pessimista (Cenário 1), Intermediária (Cenário 2) e

Otimista (Cenário 3)

A seguir são descritas as condições para desenvolvimento dos referidos cenários

(Quadros 5-1 a 5-3) com resultados apresentados nas Figuras 5-1 a 5-3.

CENÁRIO 1

Para o Cenário 1, um cenário pessimista, propõe-se considerar a situação atual e as

tendências para o aumento da população e de crescimento da taxa de geração para os

anos 2020 e 2030, sem considerar a implementação de um Plano: a população cresce de

acordo com taxa do IBGE e a taxa de geração de resíduos cresce de forma análoga ao

Índice de Crescimento do Setor, compilado da informações apresentadas pelo IBGE/

Sistema de Contas Nacionais Brasil - Banco de Dados Agregados SIDRA/IBGE; Banco

de Dados CBIC - Câmara Brasileira da Indústria da Construção.

O Quadro 5-1 apresenta os critérios para desenvolvimento do Cenário 1:

Quadro 5-1 - Critérios para o Cenário 1

Cenário 1

Ano base 2010 – situação atual com população 2010 IBGE e taxa de geração determinada nas faixas de mínimo e máximo iguais a 0,66 e 1,81 kg/hab.dia.

2020 – População cresce com índice de crescimento do IBGE e taxa de geração de RCCV cresce em 1,7%, em relação a 2010, valor definido com base na tendência do índice de Crescimento do Setor. Os resíduos são encaminhados a aterro, seguindo as normas existentes.

2030 – População cresce com índice de crescimento do IBGE e taxa de geração de RCCV cresce em 1,7%, em relação a 2020, valor definido com base na tendência do índice de Crescimento do Setor. Os resíduos são encaminhados a aterro, seguindo as normas existentes. Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Page 118: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 117

Figura 5-1 - Cenário 1 – Geração de RCCV

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

CENÁRIO 2

Para o Cenário 02, um cenário intermediário, propõe-se considerar a situação atual e as

tendências para o aumento da população para os anos 2020 e 2030, de acordo com

Índice de Crescimento do IBGE, mas a taxa de geração permanece a mesma, em função

de ações a serem implementadas, previstas em Plano, não permitindo a alteração dos

valores de mínima e máxima geração praticada hoje. São ainda considerados

percentuais de reciclagem.

O Quadro 5-2 apresenta os critérios para desenvolvimento do Cenário 2:

Quadro 5-2 - Critérios para o Cenário 2

Cenário 2

Ano base 2010- situação atual com população 2010 IBGE e taxa de geração determinada nas faixas de mínimo e máximo iguais a 0,66 e 1,81 kg/hab.dia.

2020 - População cresce com índice de crescimento do IBGE e taxa de geração de RCCV mantém os valores praticados em 2010: 0,66 e 1,81 kg/hab.dia para o mínimo e máximo gerado, respectivamente. Será ainda incorporada a meta de reciclar 20% de resíduos da Classe A (de acordo com dados do ano base) em decorrência de intervenções do Plano.

2030 - População cresce com índice de crescimento do IBGE e taxa de geração de RCCV mantém os valores praticados em 2010: 0,66 e 1,81 kg/hab.dia para o mínimo e máximo gerado . Será ainda incorporada a metade de reciclar 30% de resíduos da Classe A (de acordo com dados do ano base) em decorrência de intervenções do Plano. Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Page 119: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 118

Figura 5-2 - Cenário 2 – Geração de RCCV

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

CENÁRIO 3

Para o Cenário 03, um cenário otimista, propõe-se considerar a situação atual e as

tendências para o aumento da população para os anos 2020 e 2030, de acordo com

Índice de Crescimento do IBGE, mas a taxa de geração reduz, em função de ações a ser

implementadas, previstas em Plano. São ainda considerados percentuais de reciclagem.

O Quadro 5-3 apresenta os critérios para desenvolvimento do Cenário 3:

Quadro 5-3 - Critérios para o Cenário 3

Cenário 3

Ano base 2010 - situação atual com população 2010 IBGE e taxa de geração determinada nas faixas de mínimo e máximo iguais a 0,66 e 1,81 kg/hab.dia.

2020 – População cresce de acordo com índice de crescimento do IBGE e a taxa de geração de resíduos decresce em função das intervenções do Plano. O decréscimo da taxa será considerado igual a 3%.Será ainda incorporada a meta de reciclar 30% dos resíduos Classe A também decorrente das intervenções do Plano.

2030 - População cresce de acordo com índice de crescimento do IBGE e a taxa de redução de resíduos decresce em função das intervenções do Plano. O decréscimo da taxa será considerado igual a 5%. Será ainda incorporada a meta de reciclar 50% dos resíduos Classe A, também decorrente das intervenções do Plano. Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Page 120: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 119

Figura 5-3 - Cenário 3 – Geração de RCCV

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Page 121: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 120

6 - CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES

As ações referentes à gestão dos RCCV na RMBH e Colar Metropolitano de Belo

Horizonte indicam que, observando a temporalidade e a efetividade, são, na maioria dos

casos, inexistentes, incipientes, ou, ainda, intermitentes. Esse cenário indica a

necessidade de se priorizar investimentos no sentido de capacitar os gestores públicos

para a elaboração e estruturação da gestão dos RCCV e, em sequência, equipar as

estruturas ou melhorar as etapas do gerenciamento.

Observa-se que inexistem quaisquer mecanismos para monitoramento e controle do fluxo

dos RCCV nas etapas de gerenciamento, nas esferas local, regional e mesmo estadual,

bem como não foram identificadas iniciativas para a redução da geração de RCCV.

Para estabelecer os valores de geração de RCCV na RMBH e Colar Metropolitano de

Belo Horizonte, o presente trabalho levantou dados primários e secundários, por faixa

populacional, construindo importante faixa referencial entre valores mínimos e máximos.

Na avaliação do fluxo de gerenciamento dos RCCV, a quantidade determinada para a

percentagem coletada e transportada, cerca de 50%, em relação a quantidade gerada,

não significa que o percentual restante não está sendo coletado e transportado, mas sim

que há uma lacuna de informação, ou de falta de registro e/ou sinalização de possível

disposição irregular. Destaca-se, ainda, que a coleta e o transporte são tarefas

usualmente terceirizadas.

Acompanhando o fluxo dos RCCV, da geração estimada por mínima e máxima até a

chegada à disposição final, pode-se perceber que há falta de informações sobre coleta e

transporte, pouco é encaminhado para o tratamento e apenas 10% chega à disposição

final devidamente licenciada para este fim. No entanto, a capacidade regularizada ou em

regularização para a disposição final poderia absorver toda a geração, pois os dados

atuais apontam que a geração corresponde de 10% a 30% da capacidade instalada para

absorção.

O levantamento da capacidade instalada foi feito a partir dos dados registrados no SIAM.

No entanto, as visitas técnicas indicaram que há casos em que não há correspondência

entre o empreendimento cadastrado e o efetivamente instalado, especialmente no caso

de empreendimentos com Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF). Um

aprimoramento do sistema de registro e controle pode tornar o cadastro mais efetivo.

Não foram identificadas iniciativas de tratamento de RCCV além dos sistemas de

tratamento implantados em Belo Horizonte, que, além de serem em pequena quantidade,

apresentam limitações para a operação, já que, das três unidades construídas, uma

parou de funcionar as demais têm uso aquém da capacidade. Esse cenário poderia ser

resolvido com ações relativas à gestão, que possibilitariam a criação de outras unidades,

para atender mais municípios da região, e ainda, promover mecanismos para garantir o

uso e a qualidade dos resíduos a serem tratados, e fomentar a cadeia produtiva.

Por falta de conhecimento da legislação e, não raro, por acomodação, a administração

municipal vem assumindo muitas vezes a responsabilidade dos geradores da iniciativa

Page 122: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 121

privada no que se refere ao gerenciamento dos RCCV, nas etapas de coleta, transporte e

destinação final, arcando com os ônus financeiros e riscos de sanções administrativas,

civis e criminais como previstas na legislação vigente.

Os resultados deste trabalho estão representados pelo extenso banco de dados e

informações levantadas e sistematizadas. O referido banco de dados e informações

detalha o diagnóstico da situação atual dos RCCV para RMBH e Colar Metropolitano de

Belo Horizonte, conforme sintetizado neste documento. Além disso estão registrados no

banco de dados documentos com informações não sistematizadas, como por exemplo de

parte do acervo disponibilizado pela SLU, que poderão ser utilizadas ao longo do período

de desenvolvimento do Plano, mas que não puderam ser incorporadas nesta fase em

função dessa não sistematização.

Todas essas informações construídas a partir de dados e informações secundárias,

parcialmente confrontadas e complementadas com dados primários, constituem-se os

subsídios necessários para a elaboração das fases subsequentes do Plano. Contudo é

sempre bom lembrar as lacunas existentes de dados e informações tanto quantitativas

como qualitativas, em função da precariedade da gestão e gerenciamento desses

resíduos na região.

O banco de dados do Diagnóstico deve ser submetido a um processo continuado de

atualização com a participação de todos os atores envolvidos com a gestão e

gerenciamento dos RCCV, sob liderança da ARMBH.

Page 123: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 122

7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO

HORIZONTE (ARMBH). Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos: Região Metropolitana

de Belo Horizonte e Colar Metropolitano. Belo Horizonte: ARMBH, 2013.

______. Plano de transbordo, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos urbanos

(RSU) - Região metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e Colar Metropolitano. ARMBH,

2012.

______. Prestação de Serviços para o Desenvolvimento de Estados e Proposições de

iniciativas estruturantes para o gerenciamento de resíduos da construção civil e

volumosos na Região Metropolitana de Belo Horizonte. ARMBH, 2010.

ANGULO, S. C. MIRANDA, L. F. R. CARELI, E. D. A reciclagem de resíduos de

construção e demolição no Brasil: 1986-2008. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 9, n.

1, 2009.

ANGULO, S. C. TEIXEIRA, C. E. CASTRO, A. L. NOGUEIRA, T. P. Resíduos de

construção e demolição: avaliação de métodos de quantificação. Revista de Engenharia

Sanitária Ambiental, v.16, n.3, 2011.

ASSIS, C. M. de. Avaliação da gestão integrada de resíduos sólidos urbanos em

municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Tese (Doutorado) – Universidade

Federal de Minas Gerais. Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental,

Departamento de Engenharia Hidráulica e Recursos Hídricos. 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS

ESPECIAIS (ABRELPE). Panorama dos resíduos sólidos no Brasil. São Paulo:

ABRELPE, 2012.

BELO HORIZONTE. Prefeitura Municipal. Superintendência de Limpeza Urbana (SLU).

Relatório Anual de Atividades da Limpeza Urbana. 2012.

BIDONE, F. R. A. Resíduos Sólidos Provenientes de Coletas Especiais: reciclagem e

disposição final. Rio de Janeiro: RIMA-ABES, 2001.

BRASIL. Lei Federal no 12.305 de 12 agosto de 2010. Política Nacional de Resíduos

Sólidos. Brasília: 2010.

______. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA no 307, de 5 de julho de

2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da

construção civil. Diário Oficial da União, Brasília, 17 jul. 2002.

______. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA no 348, de 16 de agosto de

2004. Altera a Resolução CONAMA no 307, de 5 de julho de 2002, incluindo o amianto na

classe de resíduos perigosos. Diário Oficial da União, Brasília, 17 de agosto de 2004.

Page 124: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 123

______. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente

Urbano (SRHU/MMA). Guia para a elaboração dos planos de gestão de resíduos sólidos.,

Brasília, 2011.

______. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA no 448, de 18 de janeiro de

2012 . Altera os arts. 2º, 4º, 5º, 6º, 8º, 9º, 10 e 11 da Resolução nº307, de 5 de julho de

2002, do CONAMA. Diário Oficial da União, Brasília, 19 de janeiro de 2012.

______. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. Sistema

Nacional de Informações sobre Saneamento: diagnóstico do manejo de resíduos sólidos

urbanos - 2011. Brasília: SNSA/MCidades. BRASIL, 2012.

______. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. Sistema

Nacional de Informações sobre Saneamento: diagnóstico do manejo de resíduos sólidos

urbanos - 2012. Brasília: SNSA/MCidades. BRASIL, 2014.

CARNEIRO, F. P. Diagnóstico e ações da atual situação dos resíduos de construção e

demolição na cidade do Recife. João Pessoa, 2005. Dissertação (mestrado) –

Universidade Federal da Paraíba. CT. Engenharia Urbana, 2005.

CHUNG, S., LO, C. W. H. Evaluating sustainability in waste management: the case of

construction and demolition, chemical and clinical wastes in Hong Kong. Resources,

Conservation and Recycling. 2002.

CÓRDOBA, E. R. Estudo do Sistema de Gerenciamento Integrado de Resíduos de

Construção e Demolição no município de São Carlos – SP. 2010. Dissertação (Mestrado)

– Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2010.

GROHMANN, Z.M. Segurança no trabalho através do uso de EPIs –Estudo de caso

realizado na construção civil de Santa Maria. Santa Maria, 1997.

INOJOSA, F.C.P. Gestão de resíduos da construção e demolição: a Resolução CONAMA

307/2001 no Distrito Federal. [Dissertação de mestrado], Universidade de Brasília, Distrito

Federal, 2010.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa Nacional

de Saneamento Básico 2008. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Diagnóstico dos resíduos da

construção civil. Relatório de Pesquisa. Brasília. 2012.

JADOVSKI, I. 2005. Diretrizes técnicas e econômicas para usinas de reciclagem de

resíduos de construção e demolição. 2005. 180 p. Dissertação (Mestrado). Universidade

Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Porto Alegre: 2005.

JOHN, V. M.; AGOPYAN, V. Reciclagem de resíduos da construção. In: Seminário de

reciclagem de resíduos sólidos domiciliares. 2000. São Paulo.

LLATAS, C.A. A model for quantifying construction waste in projects according to the

European wast list. Waste Management, v.31, n.6, 2011.

Page 125: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 124

LÚCIO. R.F. Diagnóstico do sistema de gerenciamento de resíduos de construção e

demolição no município de Belo Horizonte. Dissertação (Mestrado) – Universidade

Federal de Minas Gerais. Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental,

Departamento de Engenharia Hidráulica e Recursos Hídricos. 2013.

MARQUES NETO, J. C. Estudo da gestão municipal dos resíduos de construção e

domolição na bacia hidrográfica de Turvo Grande. 2009.. Tese (Doutorado – Programa

de Pós-Graduação e Área de Concentração em Ciências da Engenharia Ambiental).

Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, 2009.

MENEGHETTI OLIVEIRA, Daniele. 2008. Desenvolvimento de ferramenta para apoio à

gestão de resíduos de construção e demolição com uso de geoprocessamento: caso

Bauru SP. Dissertação (Mestrado em Engenharia Urbana) – Universidade Federal de São

Carlos (UFSCar), São Carlos, 2008.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

(SEMAD) / Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM). Situação do Tratamento e/ou

Disposição Final dos Resíduos Sólidos Urbanos em Minas Gerais 2012. 2012.

Disponível em:

http://www.feam.br/images/stories/minas_sem_lixoes/2013/novo/rsu_2012_final_300dpi.p

df Acesso em 06/05/2014

______. Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

(SEMAD) / Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM) / Fundação Israel Pinheiro

(FIP). Programa Minas Sem Lixões: Relatórios de Vistorias e Visitas Técnicas. 2013.

NUNES, K. R. A. Avaliação de Investimentos e de Desempenho de Centrais de

Reciclagem para Resíduos Sólidos de Construção e Demolição. 2004. 276 p. Tese

(Doutorado, COPPE/UFRJ, Engenharia de Produção). Universidade Federal do Rio de

Janeiro, COPPE, 2004.

USEPA. Waste Transfer Stations: A Manual for Decision Making. EPA530-K-01-005.

Office of Solid Waste and Emergency Response,Washington.2001.

PINTO, T.P. Metodologia para a gestão diferenciada de resíduos sólidos da construção

urbana. Tese (Doutorado). São Paulo, SP. Universidade de São Paulo, 218 p, 1999.

PINTO, T.P.; GONZÁLES, J.L.R. Manejo e Gestão de Resíduos da Construção Civil.

Brasília, DF, CAIXA, 2005.

SINDUSCON-MG. Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. Belo Horizonte.

2008.

SCHNEIDER, Dan Moche. Deposições irregulares de resíduos da construção civil na

cidade de São Paulo. Dissertação (Mestrado - Faculdade de Saúde Pública).

Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, 2003.

Page 126: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 125

8 - ANEXOS

Anexo 1 - Matriz do Referencial Bibliográfico

Anexo 2 - Planilha de Dados Secundários (PDS) Arquivo Excel (Disponibilizado em

meio digital)

Anexo 3 – Metodologia de Análise de Dados

Anexo 4 - Matriz de Stakeholders

Anexo 5 - Modelos de Questionários

Anexo 5a - Questionário Grupo 1 RCCV - Empresas Coletoras e Transportadoras

Anexo 5b - Questionário Grupo 2 RCCV - Empresas de Destinação e Disposição

Final

Anexo 5c - Questionário Grupo 3 RCCV - Prefeituras

Anexo 5d - Questionário Grupo 4 RCCV - Agências Reguladoras, Sindicatos e

Associações

Anexo 6 - Relação de reuniões realizadas

Anexo 7 - Regularização Ambiental

Anexo 8 - Planilha de Dados Primários (PDP) (Disponibilizado em meio digital)

Anexo 9 - Planilha de Análise de Dados Secundários (PDS) x Dados Primários

(PDP) (Disponibilizado em meio digital)

Page 127: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

ANEXO 1

MATRIZ DO REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

Page 128: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

ANEXO 2

PLANILHA DE DADOS SECUNDÁRIOS (PDS)

Arquivo Excel - Disponibilizado em meio digital

Page 129: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

ANEXO 3

METODOLOGIA DE ANÁLISE DOS DADOS

Page 130: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

ANEXO 4

MATRIZ DE STAKEHOLDERS

Page 131: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

ANEXO 5

MODELOS DE QUESTIONÁRIOS

Anexo 5a - Questionário Grupo 1 RCCV - Empresas

Coletoras e Transportadoras

Page 132: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

ANEXO 5

MODELOS DE QUESTIONÁRIOS

Anexo 5b - Questionário Grupo 2 RCCV - Empresas

de Destinação e Disposição Final

Page 133: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

ANEXO 5

MODELOS DE QUESTIONÁRIOS

Anexo 5c - Questionário Grupo 3 RCCV - Prefeituras

Page 134: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

ANEXO 5

MODELOS DE QUESTIONÁRIOS

Anexo 5d - Questionário Grupo 4 RCCV - Agências

Reguladoras, Sindicatos e Associações

Page 135: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

ANEXO 6

RELAÇÃO DE REUNIÕES REALIZADAS

Page 136: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

ANEXO 7

REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL

Page 137: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

ANEXO 8

PLANILHA DE DADOS PRIMÁRIOS (PDP)

Arquivo Excel - Disponibilizado em meio digital

Page 138: PRODUTO 01 - agenciarmbh.mg.gov.bragenciarmbh.mg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/ARM_RCCV_01_01... · O Produto 01 “Tipologia / Atividade, Geração e Custo referentes aos Resíduos

ANEXO 9

PLANILHA DE ANÁLISE DE DADOS SECUNDÁRIOS

(PDS) X DADOS PRIMÁRIOS (PDP)

Arquivo Excel - Disponibilizado em meio digital