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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO
PRODUÇÃO EM COMUNICAÇÃO E CULTURA OFICINA DE ANÁLISE DE PÚBLICOS E MERCADOS CULTURAIS
TAIANE FERNANDES E MARIANA ALBINATTI
CARMEN PIMENTEL
DANIELE BORGES MÁRCIO MASCARENHAS
NADJA ALVES NATHÁLIA MATTOS
ROSALBA LOPES THIAGO LOPES
Artigo científico baseado na pesquisa de campo realizada em eventos que ocorreram no Clube Portuguesa situado no bairro de Castelo Branco e no
próprio bairro.
Salvador
2008.1
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CARMEN PIMENTEL DANIELE BORGES
MÁRCIO MASCARENHAS NADJA ALVES
NATHÁLIA MATTOS ROSALBA LOPES THIAGO LOPES
PESQUISA DOMICILIAR E DE EVENTOS NO BAIRRO DE CASTELO BRANCO.
Artigo científico apresentado à disciplina Oficina de Análise de Públicos e Mercados Culturais do curso de graduação em Comunicação Social com habilitação em Produção em Comunicação e Cultura da Universidade Federal da Bahia. Orientadoras: Mariana Albinati e Taiane Fernandes.
Salvador
2008.1
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO_____________________________________________________4
SOBRE O BAIRRO DE CASTELO BRANCO___________________________4
BREVE HISTÓRICO DO CLUBE PORTUGUESA______________________10
O PERFIL DOS ENTREVISTADOS___________________________________12
PESQUISA EM EVENTOS___________________________________________15
PESQUISA EM DOMICÍLIO_________________________________________15
CRUZAMENTOS DE DADOS________________________________________16
PROPOSIÇÕES VIÁVEIS___________________________________________21
BIBLIOGRAFIA___________________________________________________23
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INTRODUÇÃO
Este artigo foi elaborado com o objetivo de sintetizar os resultados obtidos nas pesquisas
de campo realizadas pelos alunos do curso de Comunicação, em específico de Produção
Cultural da Universidade Federal da Bahia. Atendendo a proposta da Oficina de Análise de
Públicos e Mercados, ministrada pelas professoras Taiane Fernandes e Mariana Albinati.
Os alunos foram a campo, pesquisaram, analisaram os dados, comparando-os para
alcançarem resultados significantes e posteriormente elaboraram este artigo como síntese e
resultado deste processo de análise da relação entre o Espaço Clube Portuguesa, bairro de
Castelo Branco e seus freqüentadores e públicos potenciais.
O artigo primeiramente analisa o histórico do bairro, Castelo Branco, abordando desde um
breve percurso histórico às características mais atuais obtidas sobre o bairro. Em seguida,
faremos um relato histórico também do Clube Portuguesa, espaço escolhido para ser
analisado. Faremos uma comparação entre o perfil do morador que foi pesquisado em
Castelo Branco e o perfil que o IBGE fornece sobre esta área com a finalidade de
comparar, verificando a veracidade nas amostras obtidas. Seguindo esta ordem,
descrevem-se então as pesquisas realizadas, tanto as que ocorreram em eventos no Clube
Portuguesa, como as realizadas em domicílios. Apresentamos relato com algumas
constatações que obtivemos de acordo com os dados referentes.
Finalmente concluímos o artigo com algumas das proposições que achamos viáveis para
melhorar a relação dos moradores do bairro de Castelo Branco com o espaço analisado,
Clube Portuguesa e também atingir a demanda do público que faz canto, desenho,
trabalhos artesanais, pinturas e membros de oficinas, moradores do bairro.
SOBRE O BAIRRO DE CASTELO BRANCO
A capital baiana possui uma divisão sócio-espacial quando se refere de sua urbanização. O
Miolo de Salvador, uma dessas divisões, é assim denominado desde os estudos do Plano
Diretor de Desenvolvimento Urbano para a Cidade de Salvador (PLANDURB), da década
de 1970. Esta denominação se deve ao fato da região situar-se, em termos geográficos, na
parte central do município de Salvador, ou seja, no miolo (meio, centro) da cidade.
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Possuindo cerca de 115 km, ele está entre a BR 324 e a Avenida Luiz Viana Filho, mais
conhecida como Avenida Paralela, circunscrita desde a Invasão Saramandaia até o limite
Norte do Município.
A região, durante a passagem dos anos, vem sendo aceleradamente ocupada por população
de baixa renda, tanto através de programas governamentais como por ocupação
espontânea. Uma área que é alvo de grandes investimentos dos setores secundário e
terciário da economia. Contudo, a pesar de sua expressividade e importância, não é muito
conhecido pela maioria da população soteropolitana.
Segundo o Plano de Ocupação para a Área do Miolo de Salvador (Conder; PMS, 1985),
que é um instrumento de pesquisa fundamental na região, o Miolo possuí condições físico-
ambientais favoráveis para uma boa habitação. Juntamente com estas boas condições na
esfera das características naturais soma-se a situação geográfica no contexto de Salvador,
inclusive em relação aos municípios adjacentes e vizinhos. Tudo isto faz do Miolo da
cidade de Salvador, uma área de expansão urbana por excelência.
Quando focalizamos nossa analise sobre o bairro de Castelo Branco, a sua história pode ser
contada dentro do contexto de mudanças que ocorreram em fins dos anos 60, com mais
precisão no ano de 1968, quando diversas alterações reconstruíram a então área semi-rural
representada pelo Miolo da cidade.
Diversos conjuntos habitacionais foram construídos pela ação do Estado, dentre os quais o
Conjunto Habitacional Presidente Castelo Branco, que pelo seu tamanho, veio a constituir
o primeiro bairro totalmente planejado de Salvador.
O bairro Castelo Branco surgiu por uma ação exclusivamente do Estado, absolutamente
externa a um local que em predominava a paisagem.
Muito pouco se sabe sobre essa fase inicial do bairro, afinal pouca bibliografia existe sobre
este bairro e o pouco conteúdo que existe, está de certa forma camuflada, junto com ao
histórico de outros bairros ou em sigilo. Muitas das informações presentes neste artigo são
baseadas em um estudo específico do autor Antônio Bunchaft (2000) sobre o bairro de
Castelo Branco.
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O que se sabe é que nos anos 80, duas características novas alteraram o espaço urbano de
Castelo Branco. A primeira relacionada à perda do poder aquisitivo dos moradores do
conjunto habitacional e a segunda ao intenso e progressivo povoamento de baixa renda nas
encostas e baixadas do bairro. Estas famílias eram advindas de diversos locais, com raízes
culturais diversificadas e laços familiares que haviam sido cortados, chegavam procurando
moradia, trabalho e renda. E foi através de laços de solidariedade que estas famílias
conseguiram se unir para construir possibilidades para sua reprodução social.
O que se deve lembrar é que com a implantação das invasões alguns problemas surgiram
para os que já eram moradores do bairro de Castelo Branco, afinal esta nova ocupação
gerou uma sobrecarga na capacidade que o bairro possuía, abalando assim sua infra-
estrutura. Este fator fez com que os moradores do bairro não recebessem bem os novos
moradores oriundos das invasões.
Muitas pessoas passaram a utilizar o sistema de transporte, fazer ligações clandestinas de
água e de energia que provocavam respectivamente vazamentos e quedas de energia para
todo o bairro.
Na década de 90, as invasões clandestinas começaram a se consolidar no ambiente do
bairro e, com a intervenção do Estado, se transformam em loteamentos.
No que se refere ao aspecto de representação de interesses e grupos sociais, o conceito de
comunidade enquanto totalidade homogênea inexiste no bairro de Castelo Branco, pois os
grupos sociais dos bairros estão estruturados de acordo com interesses, alguns deles
organizados formalmente, outros não. Pode se dizer que esses grupos sociais se expressam
majoritariamente no bairro sob a forma religiosa (grupos de jovens evangélicos, católicos,
espíritas, terreiros de candomblé e etc.), a esportiva (ligas e times de futebol) e a músico-
cultural (grupos de pagode, capoeira, entre outros).
Como já foi comentado, em meados da década de 90, a posse dos terrenos foram
legitimada, os loteamentos criados foram: o Loteamento 13 de Junho fundado em 1972, o
Loteamento Democrática, os Loteamentos Moscou I e II fundados 1987 sendo os dois
últimos devido à remoção das pessoas que moravam no Parque São Bartolomeu, o
Loteamento Alternativa fundado em 1988, o Loteamento Novo Brasil e o Loteamento
Direito de Morar que foi fundado aproximadamente em 1990, o Loteamento São Cristóvão
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fundado em 9 de agosto de 1997, o Loteamento Unidos que surgiu como os demais a partir
dos fluxos migratórios internos e externos à cidade de Salvador e o Loteamento 4ª e 5ª
Etapa construído pela Urbis, sendo que parcela dos moradores desse loteamento veio das
áreas invadidas de Sussuarana.
O Conselho de Moradores do Conjunto Habitacional de Presidente Castelo Branco
representa os interesses da parte formalizada do bairro onde os aspectos de infra-estrutura
básica estão praticamente solucionados. Um aspecto bastante presente na pauta de
reivindicações dos moradores do Conjunto Habitacional é a questão da violência, dos
constantes assaltos.
Bunchaft (2000) destaca a existência no bairro de Castelo Branco, de quatros padrões de
qualidade de vida. O primeiro que trata da situação melhor, com sistema implantado de
esgotamento mesmo que sem tratamento, facilidade de acesso a escolas, postos de saúde e
etc. O segundo padrão se refere às habitações situadas em encostas e baixadas, próximas
aos pontos de coleta de lixo, trata-se de ocupações de origem clandestinas, mas já
legalizadas; a população deste padrão convive com a incerteza de trabalho e irregularidade
de renda, com residências de tamanhos reduzidos e maior dificuldade de acesso a serviços
públicos. O terceiro padrão também é de habitações situadas em encostas e baixadas, mas
com problemas de infra-estrutura como coleta de lixo, pontos de acúmulo de lixo,
fornecimento de água e energia que ainda são obtidos de forma clandestina. O quarto
padrão é o de piores condições, pois as habitações são localizadas em encostas e baixadas e
estes loteamentos que foram parcialmente urbanizados pela Urbis ou ainda nem foram
urbanizados, contam com problemas de infra-estrutura, inclusive com esgoto a céu aberto,
carência total de serviços como água e energia consumidas clandestinamente, dificuldades
de acesso ao sistema de coleta de lixo, problemas de trabalho, renda irregular e algumas
situações piores alcançando o nível de pobreza crítica ou indigência.
No que se refere ao trabalho e renda, os dados obtidos em 1998 eram o de que 49,4% da
população nas ex-invasões do total de membros do grupo familiar estavam desempregados,
e no que se refere à renda, 45,6% dos moradores das ex-invasões ganhavam até 1 salário
mínimo e 40,62% entre 1 e 2 salários mínimos.
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Outro ponto que vale a pena ressaltar é que o bairro de Castelo Branco possui um índice de
transporte maior do que o da cidade de Salvador (dado obtido também em 1998), devido à
quantidade de empresas de transporte alternativo, criadas na região nos últimos dois anos.
É de extrema importância lembrar que o Conjunto Presidente Castelo Branco está inserido
no padrão de qualidade de vida 01, comentado anteriormente, e que esta micro área está
em melhor situação que todo o restante da região. Este Conjunto encontra-se na cumeada
dos morros, e os lotes são comercializados pela Urbis. As casas são de bloco, com reboco e
pintura, e a quase totalidade já esta modificada do modelo original, o fornecimento de água
é oficial embora seja irregular, entretanto a existência de caixa d’água na maioria das casas
reduz o impacto do problema. O esgotamento sanitário é realizado através de fossas
sépticas que como em grande parte de Salvador foi conectado a rede de drenagem. A
energia elétrica tem rede também oficial, porém existem muitas quedas de energia devido à
existência de ligações clandestinas dos loteamentos. A pavimentação é de asfalto em todas
as ruas, não havendo problemas de acesso aos serviços de saúde, educação e aos pontos de
ônibus. O sistema de drenagem encontra-se implantado, porém alerta-se para o aspecto da
conexão com a rede de esgoto que acentua os riscos de desabamento nos loteamentos
situadas nas encostas e baixadas para onde a drenagem é escoada. A coleta de lixo no
Conjunto é regular e mesmo assim registram-se pontos de acúmulo.
Quando se trata dos Loteamentos de Castelo Branco a situação é bem desigual no que se
refere à infra-estrutura, afinal existe micro áreas que foram beneficiadas por obras de
urbanização promovidas pela Urbis (A Habitação E Urbanização da Bahia S.A Urbis, é
uma sociedade de economia mista, constituída por tempo indeterminado, nos termos da lei
estadual nº 2.114 de 04/01/1965. Bairros com conjuntos da URBIS em Salvador:
Cajazeiras, Cabula, Saboeiro, Alagados, Mussurunga, Doron, Faz. Grande, Itapagipe,
Imbuí, Castelo Branco, Pirajá, Valéria, Vista Alegre de Coutos, Boca da Mata, Solar Boa
Vista, Eng. Velho de Brotas, Paripe, Periperi, Ilha Amarela) e existem outras micro áreas
que ainda não foram beneficiadas por esta intervenção ou que ainda contam com
problemas de infra-estrutura mesmo depois da intervenção, devido a uma série de
problemas. Nessas micro áreas os padrões de qualidade de vida estão entre o padrão dois, o
três e até mesmo o quatro.
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Abordando o sistema educacional, o bairro de Castelo Branco conta com 14 Escolas
Particulares, 05 Escolas Públicas, sendo 03 da Rede Estadual e 02 da Rede Municipal. As
escolas mais procuradas no bairro são: Escola Estadual Roberto Santos, Escola Estadual
Raimundo Gouveia, Escola Municipal Arlete Magalhães, Escola Cecília Meirelles e Escola
Batista Centenário (dados referentes ao ano de 2000).
Os problemas apontados pelos moradores do loteamento em relação ao quadro educacional
estão vinculados a problemas estruturais do próprio ensino brasileiro e outros aspectos
específicos da região como: o uso e o tráfico de drogas na escola que mantém estreita
relação com a violência, a falta de professores, superlotação das salas de aula e a falta de
vagas para os moradores dos bairros que tem que procurar escolas em outros bairros, o que
aumenta a evasão e a desistência dos estudos devido ao difícil acesso.
Segundo dados fornecidos pelas Secretarias de educação do Estado e do Município em
1998, havia um total de 5.776 alunos matriculados nas Escolas Públicas do Bairro de
Castelo Branco. Quanto ao índice de reprovação dos alunos, a média registrada nas Escolas
Públicas do bairro era de 23%, bem acima da média do Estado que foi de 15,6% em 1997.
No que diz respeito à estrutura de assistência médica no bairro, os dois equipamentos
existentes na região são: Unidade Médico-Odontológica UMO no Centro de Saúde Dra.
Cecy M. de Andrade e o 20° Centro de Saúde do Centro Social Urbano – CSU. Além das
unidades de saúde citadas, a demanda por esses serviços encontra atendimento na Clínica
Conveniada São Bernardo (a mais procurada da região), Cajazeiras VII, Centro
Odontológico de Sete de Abril, sendo os hospitais de referência o Hospital Roberto Santos
e o Hospital Geral do Estado.
Os principais problemas apontados pelos moradores dos loteamentos de Castelo Branco
quanto aos serviços públicos de saúde foram: falta de ambulâncias, médicos e materiais,
além das longas esperas por consultas e o difícil acesso. Outra observação importante é que
as principais doenças que ocorrem na população estão intimamente ligadas à problemática
da falta de tratamento da água. As principais doenças enumeradas pela comunidade são as
mesmas apontadas pelo Serviço de Saúde Pública da região: dengue, leptospirose, diarréia,
infecções respiratórias agudas, DST, verminoses, problemas dermatológicos e hipertensão
arterial. Os integrantes da equipe chegaram à conclusão de que não houve grandes
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mudanças nos dados. Setores como saneamento básico e saúde continuam deficitários, não
atendendo as necessidades da população.
O que se pode resumir sobre o bairro de Castelo Branco é que com a implantação dos
conjuntos habitacionais e depois com o surgimento das ocupações, formou-se o retrato de
um processo de exclusão histórica. O elevado número de desempregados e a paisagem
urbanística em si são reveladores da pobreza dessa região.
BREVE HISTÓRICO DO CLUBE PORTUGUESA
A Associação Desportiva Recreativa e Cultural Portuguesa conhecida também como Clube
Portuguesa, situa-se na Rua Edgar Sanches, número 26, na 3ª etapa do bairro de Castelo
Branco, há 25 anos realiza um trabalho totalmente voltado para a comunidade. Os serviços
prestados são de cunho educativo, cultural e desportivo. O espaço físico utilizado através
de um ‘sistema de comodato’ pertence à Conder (Companhia de desenvolvimento Urbano
do Estado da Bahia).
Existem vários Diretores Culturais O clube é gerido por uma diretoria composta por um
Presidente, diretoria executiva, conselho deliberativo, conselho fiscal. As informações
sobre o espaço foram cedidas pelo Presidente João Fernandes e pelo Diretor de eventos do
espaço Julio Carneiro. As informações que nos foram cedidas, uma das diretorias
executivas a de Cultura e outra de eventos, sendo que algumas informações nos foram
transmitidas por dois deles: João Fernandes e Júlio Carneiro.
João Fernandes, diretor geral do clube, contou sua trajetória no Portuguesa, desde o início
da sua gestão em 2001, quando levou ao Clube um projeto que vigora até os dias atuais,
que é o projeto da escolinha que não tinha nenhuma organização e começou do que se pode
chamar de ‘zero’. Esta Escolinha tem como intuito maior alfabetizar as crianças da
comunidade e prepará-las para então entrar nas escolas públicas que criam alguns
empecilhos para permitir a entrada de crianças não-alfabetizadas, servindo então como um
encaminhamento.
Além disto, o Clube Portuguesa promove atividades relacionadas à cultura, como as aulas
de capoeira em Castelo Branco. Em certa ocasião, levou o cineasta norte-americano Danny
Glover ao local que interagiu tentando os primeiros toques de berimbau com o mestre de
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capoeira e os alunos da academia. Incentiva também as bandas que estão iniciando carreira
a tocarem no local, tendo como contrapartida ensaios em estúdios, produção de cds
promocionais para divulgação do trabalho da banda. O clube oferece oficinas de
capacitação e formação para comunidade de Castelo Branco e adjacências a exemplo dos
cursos de espanhol, recepcionista, manicura, pedicura e cabeleireiro, com direito a
certificados Alguns cursos também foram oferecidos à comunidade de Castelo Branco e
adjacências como cursos de espanhol, recepcionista, manicure, pedicura e cabeleireiro,
com direito a certificados.
O diretor João Fernandes afirma também ter tentado dar uma nova ‘roupagem’ ao Clube
Portuguesa, com a possibilidade de realização de eventos no local, tendo como forma de
pagamento apenas uma taxa de manutenção do local que se refere a despesas como: água,
luz, limpeza do espaço, Sucom, Secretaria da Fazenda e outros.
Algumas informações sobre o Clube também nos foram cedidas pelo diretor de eventos do
Clube Portuguesa, Júlio Carneiro. Ele que reside no bairro de Castelo Branco desde que
nasceu, é produtor e técnico de som nos informou sobre o um evento de grande sucesso
que aconteceu no Clube Portuguesa chamado: ‘Clips Fest Show’, conseguiu reunir
aproximadamente 700 pessoas, apesar de ter lotado o espaço muito cheio, o evento ocorreu
de forma tranqüila e bem sucedida.
Os envolvidos com a organização e com a realização do evento eram os próprios
moradores e os diretores do clube em sua maioria, devido a isso algumas das bandas que se
apresentaram possuíam algum vínculo com alguém do Clube Portuguesa. As bandas que se
apresentaram eram do bairro, entre elas a Aglomerason que tem como Vocalista Leno
Banto que é ator do Bando de Teatro Olodum e diretor de cultura do clube. Que o vocalista
é diretor cultural do clube chamado Leno Banto. A apresentação da ‘Fanfarra’ no Clube
Portuguesa e no Centro Cultural que já foi autorizada também é uma das metas, além de
alguns projetos planejados pelo diretor cultural Leno que gostaria de realizar atividades
teatrais no clube e também ensaios da sua banda pelo preço simbólico de um real. A banda,
que tem como nome Laskeira, foi a grande atração do evento e o vocalista é o diretor social
do Clube Portuguesa, conhecido como Lekko Mania. A banda possui uma dançarina que
também é professora da Escolinha do Clube. Teve também a participação de moradores
como Davi que é cantor de arrocha. O evento não ofereceu cachê às bandas participantes,
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contavam apenas em sua estrutura com um camarim com frutas e bebidas para os artistas.
O ingresso do evento possuía um valor simbólico de um real e toda a renda deste evento
foi em benefício da Clips Academia fundada há 48 anos e presente há 30 anos no bairro de
Castelo Branco prestando um serviço social de aulas de para crianças.
O mestre desta academia é Mestre Satélite que também é diretor de patrimônio do Clube
Portuguesa.
O que se pode comentar da situação atual do Clube Portuguesa é que apesar de todas as
dificuldades como a falta de apoio financeiro que faz com que exista a necessidade de
exigir em troca de eventos uma taxa de manutenção do local para manter uma infra-
estrutura mínima em relação à água e luz, o local continua existindo e tentando melhorar
sua efetividade na comunidade. Este pelo menos é o ideal que os diretores revelam possuir.
Um problema recente que tem ocorrido na Escolinha do Clube Portuguesa e que foi
também relatado é a questão da desistência das professoras que trabalham sem
remuneração e sem carteira assinada, apesar de todo um trabalho de incentivo e também
tentativas de beneficiamento que os diretores procuram realizar.
O PERFIL DOS ENTREVISTADOS
O perfil do entrevistado em domicílio foi de cidadãos dentro de uma faixa etária de 20 a 29
anos, em sua maioria donas de casa, estudantes, vendedores, autônomos e desempregados,
sendo que a grande maioria é do sexo feminino, da cor parda, se declaram solteiras,
separadas ou viúvas e não possuem filhos. A escolaridade foi indicada majoritariamente
como ensino médio concluído e a escolaridade dos pais como tendo chegado ao
fundamental. A renda familiar foi indicada pela relação dos entrevistados (x %), como
sendo de um a dois salários mínimos na maioria dos casos compartilhada entre quatro
indivíduos.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) descreve os habitantes por áreas de
ponderação, e no caso do bairro de Castelo Branco, a região descrita engloba também
Cajazeiras II e Cajazeiras IV. Segundo uma amostra do Censo Demográfico do ano 2000,
nesta área existe 9133 habitantes com 10 ou mais de 10 anos de idade, 4988 são homens e
4146 mulheres, havendo uma maioria do sexo masculino. A maioria também se considera
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da cor parda (59% dos entrevistados). Destas pessoas analisadas, 10.476 habitantes (47%)
não possuem renda ou não declararam e (18%) 3.966 habitantes possuem renda e o valor
desta encontra-se em uma média de 421,46 reais que representa pouco mais de um salário
mínimo por mês. A maior parcela da população se define como solteira separada ou viúva
(76%), e declara que chegou ou encontra-se no ensino fundamental (62%). Uma parcela
enorme da população (79%) pertence a alguma religião (a maioria declarou ser católica
apostólica romana 58%), sendo o número de pessoas que não possuem religião é bastante
reduzido.
Quando comparamos o perfil dos entrevistados em nossa pesquisa domiciliar com o perfil
da Amostra realizada pelo IBGE em 2000 percebemos que a questão da cor parda, do
estado civil solteiro, separado ou viúvo, e da renda familiar foram ratificadas. Afinal, a
grande maioria dos entrevistados nesta pesquisa se definiu como de cor parda e também
como sendo solteiro separado ou viúvo. A renda apontada pela amostra do IBGE foi de
421,46 reais, o que pode se visto como pouco mais de um salário mínimo (415 reais) e foi
o que ficou apontado na nossa pesquisa domiciliar que indica a renda como entre 1 e 2
salários mínimos. Outra questão que não foi apontada anteriormente, mas que vale ressaltar
é que grande parte da população apontou em nossa pesquisa domiciliar pertencer a alguma
religião e possuir práticas religiosas com freqüência consideravelmente grande e isso pode
ser confirmado com a Amostra do IBGE que revela grande número de religiosos e a
presença de diversificadas religiões.
Raça/Cor
Pesquisa de Campo Dados IBGE
Amarelo/Oriental 4 6% 22 1%
Branca 8 12% 4 407 16%
Indigena 2 3% 172 1%
Parda 31 44% 16 291 59%
Preta/Negra 24 34% 6 592 24%
NR 1 1% 211 2%
Total 70 100% 27 695 100%
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Estado Civil
Pesquisa de
Campo Dados IBGE
Solteiro/Separado/Viúvo 40 57% Solteiro 15.684 70%
Casado 14 20% Casado 5.285 24%
Namorando 13 18% Desquitado ou separado
judicialmente 350 1%
NR 3 4% Divorciado 226 1%
Total 70 100% Viúvo 799 4%
Total 22.344 100%
Escolaridade
Pesquisa de Campo Dados IBGE
Não_alfabetizado 1 1% Alfabetizado 73 1%
Alfabetizado 10 14% Fundamental 6.077 75%
Fundamental Incompleto 11 16% Médio 1.705 21%
Fundamental Concluído 13 18% Pré-vestibulando 79 1%
Médio em andamento 12 17% Superior 182 2%
Médio concluído 16 23% Mestrado ou doutorado 15 1%
Superior em andamento 6 8% NR 1.645 1%
NR 1 1% Total 8.131 100%
Total 70 100%
Renda familiar média
Pesquisa de Campo Dados IBGE
Sem renda 10 14% Sem Renda 10.476 47%
até 1 s.m 12 17% Até 1 S.m 3.966 18%
mais de 1 a 2 30 43% mais de 1 a 2 3.580 16%
mais de 2 a 4 10 14% mais de 2 a 3 1.689 7%
mais de 4 a 6 1 1% mais de 3 a 5 1.347 6%
NR 7 10% mais de 5 a 10 1.024 5%
Total 70 100% mais de 10 a 20 207 2%
mais de 20 52 1%
Total 22.341 100%
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PESQUISA EM EVENTOS
As pesquisas em eventos foram realizadas nos dias 26 e 27 de abril de 2008 pelos
estudantes: Daniele Borges, Márcio Mascarenhas, Rosalba Lopes e Thiago Lopes.
No dia 26 de abril, a pesquisa foi realizada em um Show Gótico que ocorreu das 20h00min
as 23h00min e teve ingressos de valor único de 5,00 reais. No dia 27 de abril, a pesquisa
foi realizada em um Show de rock que ocorreu das 14h00min as 19h00min e teve ingressos
no valor de 3,00 reais, sendo que existia também a casadinha no valor de 5,00 reais.
No primeiro dia de pesquisa foram aplicados 22 questionários, e no segundo dia de
pesquisa foram aplicados mais 38 questionários.
Um ponto importante a ser observado sobre a pesquisa realizada nestes eventos é a questão
da relatividade dos dados obtidos, já que as entrevistas foram realizadas com dois púbicos
bastante específicos - o público gótico e o de rock.
De qualquer forma, isto também serve como uma notificação bastante interessante,
provando que para este gênero musical existe um público consolidado, sem deixar de lado
detalhes que foram descobertos nos resultados da pesquisa que apontam que a grande
maioria não reside no bairro e estava no evento naquele local pela primeira vez.
PESQUISA EM DOMICÍLIO
As pesquisas em domicílio foram realizadas nos dias 28 de abril de 2008 e 05 de maio de
2008 pelos estudantes: Carmen Pimentel, Nadja Alves, Nathália Mattos e Thiago Lopes.
As pesquisas foram realizadas em diversas ruas do Bairro de Castelo Branco e também em
uma avenida principal chamada Avenida Castelo Branco onde se concentra o comércio do
bairro. Os moradores entrevistados residiam nas seguintes ruas: Avenida Érica, Rua
Professor Josafar de Farias, Quarta Etapa, Rua Aloísio Ribeiro, Rua 1, Rua 7, Rua 9, Rua
13, Rua A, Rua B, Rua Castelo Branco, Rua da Alegria, Rua direta Moscou I, Rua Dom
Lucas, Rua Doutor Osvaldo Cruz, Rua E, Rua Eliomar Caldas, Rua Helena Magalhães,
Rua I, Rua Lindolfo Barbosa, Rua Moscou II, Rua O, Rua Y e Segunda Etapa.
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No primeiro dia foram aplicados 40 questionários, durante de 5 horas no período da manhã
e no segundo dia 30 questionários, durante 5 horas, também no período da manhã Apesar
das pesquisas terem sido realizadas no mesmo período, na manhã, as pesquisas foram
realizadas em dias diferentes e em locais também diferenciados. Portanto, acreditamos que
existe certa diversidade, entre os entrevistados escolhidos aleatoriamente, até mesmo pela
quantidade de ruas visitadas.
CRUZAMENTOS DE DADOS
Através da análise do cruzamento de dados obtidos com a pesquisa domiciliar no bairro de
Castelo Branco. No tocante à relação da comunidade com o espaço cultural pesquisado, foi
possível constatar, primeiramente, a respeito das práticas culturais dos moradores do bairro
analisado, que a atividade cultural domiciliar não influencia na prática de atividades
realizadas externamente.
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No entanto, pode-se dizer que não há reciprocidade, pois os que praticam atividades
culturais externamente apresentam uma grande probabilidade de serem praticantes
internos, ou seja, a prática de atividade externa influencia na prática de atividade interna, o
que não ocorre inversamente.
Já em eventos, foi possível concluir que os praticantes internos de lazer praticam também
atividades culturais. Ratificando os dados da pesquisa de domicílio, onde as práticas
culturais externas parecem incentivar a prática de atividades culturais realizadas em casa
como oficinas, desenhos, pintura, canto, dança.
Praticas Culturais Internas
Praticas Culturais Externas
Praticas Internas Lazer Praticas Externas Lazer
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Em relação à escolaridade dos entrevistados na pesquisa de eventos, podemos dizer que os
que apresentam maior freqüência no clube, 18% dos entrevistados, são os que possuem o
ensino médio completo.
Enquanto que na domiciliar foi possível concluir que quanto mais alto o grau de
escolaridade maior a prática de atividades culturais internas e externas, sendo que a última
tem como perfil os indivíduos que possuem ensino médio e superior em andamento. Os
dados revelam que a escolaridade dos pais reforça esses dados, tem os pais com a
escolaridade média (87% dos que declaram que os pais chegaram ao ensino médio são
praticantes de atividades culturais domiciliares e 53% são praticantes de atividades
culturais externas e os que declararam ter pais com ensino superior todos são praticantes de
atividades culturais internas e 73% praticantes de atividade culturais externas), o que nos
leva a concluir que a educação formal continua sendo um meio de incentivo à cultura.
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Contudo, entre os entrevistados, os que têm nível de escolaridade mais elevado, possuem
maiores informações sobre a programação do Clube Portuguesa, mas isso não influencia na
freqüência ao espaço. Os entrevistados cujos pais chegaram ao ensino médio, não
apresentam freqüência no espaço.
A respeito da divulgação do Clube Portuguesa, notá-se que os moradores que não praticam
atividades culturais, tanto interna quanto externamente, são os que possuem maior
conhecimento do espaço (39% dos que dizem não praticar atividades culturais domiciliares
confessam conhecer o espaço, mas não freqüenta e 23% dos que alegam não praticar
atividades culturais externas dizem também conhecer o espaço e não freqüentar), sendo
que os que praticam atividades culturais são os que freqüentam mais.
.
Segundo os dados da pesquisa em domicílio, as ferramentas de divulgação utilizadas pelo
espaço apresentam dissonâncias no que tange a sua eficácia. O carro de som consegue
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atingir a maior porcentagem de pessoas, mas não estimula de fato a ida dos moradores ao
Clube (dos entrevistados que declararam ficar sabendo a programação através do carro ou
bicicleta de som 100% afirmaram conhecer o espaço e não freqüentar). Já o boca -a- boca,
é o meio mais eficaz de comunicação no bairro, vindo em seguida à rádio comunitária.
Na pesquisa de eventos, os mecanismo de divulgação que conseguem alcançar o maior
número de pessoas são: o boca- a- boca - que atingi o maior número de não freqüentadores,
ou seja, aqueles que estiveram no Clube Portuguesa pela primeira vez (48% do
entrevistados); cartaz/panfleto – consegue abranger o maior número de freqüentadores
(75% de freqüentadores) e a internet (64% são freqüentadores), cuja divulgação está
presente em sites, blogs e orkut. É válido salientar que a divulgação feita na internet não
apresenta nenhuma ligação direta com o Clube Portuguesa.
Um dado interessante presente na pesquisa aponta que os moradores que possuem uma
carga horária de trabalho inferior a 6 horas diárias desconhecem mais o espaço, enquanto
que os residentes que trabalham de 6 a 12 horas diárias são os maiores freqüentadores.
As maiorias dos freqüentadores averiguados na pesquisa de eventos preferem o horário da
tarde (60% dos entrevistados) para a realização de atividades no espaço cultural, inclusive
os que foram pela primeira vez. Porém, os que freqüentam de 1 a 3 vezes preferem depois
das 20hs (70% dos que declararam preferir este horário, freqüentaram no ano passado de
um a três vezes o espaço) .
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No que se refere aos impedimentos de uma maior freqüência dos moradores ao espaço
cultural analisado, encontra-se a falta de informação (37%) e segurança (23%) como os
dois maiores empecilhos. Enquanto que na pesquisa de eventos, os que foram ao espaço
pela primeira vez afirmaram que não freqüentavam devido à dificuldade no transporte e má
localização (59%). Já aqueles que apresentam uma maior freqüência, alegaram a falta de
informação (45%) e tempo (43%) como os maiores impedimentos.
Apesar dos problemas apresentados, o Clube Portuguesa possui um público conquistado. É
válido ressaltar que este público dá preferência em optar pelo Clube ao invés de freqüentar
outros espaços culturais.
PROPOSIÇÕES VIÁVEIS
Os diretores e coordenadores do Clube Portuguesa precisam ter mais contato com a
comunidade para detectar as necessidades e/ou as preferências dos moradores do bairro.
Como verificamos na pesquisa, percebemos que o grupo de pessoas que comparecem aos
eventos do clube é praticamente externo, ou seja, não residem em Castelo Branco.
A minoria dos freqüentadores dos eventos do Clube Portuguesa deve receber mais atenção
por parte dos coordenadores para procurar estabelecer conexões entre eles e o restante da
comunidade fazendo com que convidem mais vizinhos a assistirem a atividades e eventos
do clube.
Pesquisas e reformulações na programação do espaço Portuguesa serão de extrema
importância visto que o desinteresse pelas programações do clube é evidente. Mesmo com
ciência de toda a programação dos eventos que ocorrerão no clube, as pessoas não
comparecem alegando principalmente duas justificativas:
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Falta de segurança e a ausência de convidados ou atrações que despertem o interesse da
comunidade.
O Clube Portuguesa precisa formar parcerias com associações culturais para que artistas
conheçam mais o clube e assim a direção possa elaborar uma programação mais
sistemática, com cronogramas e calendários adiantados. Caso já tenham uma programação
planejada antecipadamente, realizar a divulgação mudando o modo utilizado para isso.
Além da boca-boca, a pesquisa revelou que a confecção de cartazes e panfletos bem como
sua distribuição seria algo bastante necessário para uma recepção mais produtiva por parte
da comunidade.
Na pesquisa percebemos que a questão dos índices da violência é abordada por formas
diferentes de acordo com o perfil dos freqüentadores. Os não-residentes não forneceram
muitas informações a respeito visto que declararam estar ali pela primeira vez. As pessoas
residentes do bairro afirmaram que o índice de violência é alto, porém quase que a
totalidade deles não comparece freqüentemente as programações.
A busca pelos interesses da comunidade do bairro no sentido de ouvir sugestões quanto à
programação é de extrema importância para atender os seus anseios em relação às
manifestações culturais que eles desejam para o seu bairro. Desta forma, a população se
sentirá mais valorizada e passará a contribuir de modo mais ativo melhorando também a
freqüência e a efervescência cultural do bairro.
Apesar dos dados obtidos com a pesquisa não ficou claro se a ausência do público interno,
ou seja, os residentes do bairro, pelo desinteresse nas programações ou desconhecimento
dos eventos oferecidos pelo clube.
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BIBLIOGRAFIA
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reprodução urbana: um estudo sobre um bairro do “miolo” de Salvador. 2000.
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Miolo, região popular e estratégia das cidades. Biblio 3W, Revista Bibliográfica
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julho de 2004. Disponível em: http://www.ub.es/geocrit/b3w-523.htm . [ISSN
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<http://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_Branco_(Salvador)>. Acesso em: 12 de julho
de 2008.
• Notícias do site da Fundação Gregório de Mattos.
• Disponíveis em:
http://www.culturatododia.salvador.ba.gov.br/docpolo/tribuna%20da%20bahia%20
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• http://www.culturatododia.salvador.ba.gov.br/docpolo/a%20tarde%2028%2011%2
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http://earth.google.com/. Acesso em: 04/06/2008
• Material cedido pelo IBGE: A definição das áreas de ponderação. Conceitos
territoriais. Castelo Branco, Cajazeiras II, Cajazeiras IV. População por idade
• Anotações da fala do diretor de eventos do Clube Portuguesa Júlio em uma
entrevista cedida à aluna Daniele Borges no dia 29 de maio de 2008.
• Anotações da fala do diretor João Fernandes em visita do Grupo da Oficina de
Análise de Públicos e Mercados ao Clube Portuguesa no dia 26 de março de 2008.
• Documentos do Clube Portuguesa referente a algumas atividades da associação.