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PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICAPDE 2008
UNIDADE DIDÁTICA
TÍTULO: O basquetebol como uma vivência da cultura corporal para alunos de 5ª série.
1 - Conteúdo Estruturante: Esporte
2 – Conteúdo Específico: Basquetebol
Introdução
TUBINO (1993), citado por ALENCAR (2006), relata que o termo esporte vem
do século XIV, quando os marinheiros usavam as expressões “fazer esporte”,
“desportar-se” ou “sair do porto”, para explicar seus passatempos que envolviam
suas habilidades físicas.
A cada dia o esporte vem tomando espaço e importância em nossa
sociedade, seja através dos meios de comunicação, nos espaços de treinamento
esportivo ou ainda no lazer das pessoas. Além disso, o esporte é tema de estudo de
vários profissionais, seja da Educação Física ou de outras áreas que procuram
abordá-lo e compreendê-lo desde uma perspectiva da performance física até a sua
influência como elemento social.
A partir destes dados é importante que procuremos entender o esporte
primeiro do ponto de vista histórico.
História do esporte
Há histórico de esporte na China com a prática da caça, luta, esgrima,
hipismo e tsu-chu e ainda um jogo que se identifica com o futebol de hoje antes do
século III a.C.
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Na antiga Grécia por volta de 776 a.C. estão os jogos Nemeus, Píticos e
Olímpicos, que tinham como provas: corridas de carros de guerra, luta, corrida,
combate armado, arco e flecha, arremesso de bola de ferro e lança, competições
estas que visavam a preparação para o combate e também como cerimônias
fúnebres e homenagem aos deuses gregos.
Quando da conquista da Grécia no século II, os romanos não viram
significado das atividades físicas para a cultura romana, e as atividades físicas foram
substituídas pelos espetáculos de circo com lutas sangrentas. A violência utlizada
descaracterizou o sentido do esporte até então, colaborando para a decadência do
movimento esportivo.
Na Idade Média, por volta de 476 a 1450, a concepção religiosa influenciou no
declínio do esporte, com a idéia de que corpo e mente são independentes e
separados, e tudo que estivesse ligado ao corpo seria pecado. Como a vida das
pessoas era direcionada pelos dogmas da igreja, também colaborou com a
decadência das práticas esportivas.
O esporte moderno nasceu na Inglaterra, no século XIX, institucionalizado
com regras precisas e formas definidas. Integrou técnicas antigas, dando ao mundo
a maior parte das práticas modernas: futebol, tênis, boxe, atletismo, natação e
patinagem.
Segundo BETTI (1991), citado por ALENCAR (2006), a disciplina e o
treinamento físico impostos ao povo nos paises continentais, visando à defesa
nacional, não se fizeram necessários na Inglaterra, pois sua posição geográfica
isolada e sua poderosa marinha livraram-na de invasões estrangeiras. Por isso sua
maior contribuição não foi no campo da ginástica, mas do esporte. O esporte nasceu
da necessidade da burguesia inglesa ter atividades lúdicas nas suas horas livres.
Após a Revolução Industrial, o acumulo de capital, facilitou o acesso a todas
as camadas da sociedade ao esporte. Estabeleceu-se assim que em virtude da
prosperidade comercial inglesa, havia a necessidade de homens responsáveis, com
espírito de iniciativa e equipe solidária, prontos a jogarem segundo as regras do jogo
comercial.
O esporte na escola inglesa foi introduzido no ano de 1828, baseado nas
formas de lazer da classe privilegiada e dos jogos de bola populares. A escola
inglesa valorizou o esporte porque considerou os jogos de influência socializante por
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educar para a cooperação, a autodisciplina, a iniciativa, a liderança, o espírito de
equipe e ação coletiva, princípios estes necessários ao desenvolvimento da
Inglaterra.
No final do século XIX, o movimento esportivo inglês começou a ser exportado
para o mundo através de embaixadores, missionários, comerciantes, marinheiros e
colonos e somando-se a isso a colaboração da Associação Cristã de Moços (ACM)
para o desenvolvimento e difusão do esporte pela Europa e Estados Unidos.
O esporte no Brasil
No Brasil muitas manifestações culturais vinculadas a atividades físicas, em
formas de jogos, danças e lutas, antecederam ao descobrimento e ao processo de
colonização do país. Essas atividades, com seus significados próprios na cultura dos
que as exercem milenarmente, passaram a conviver com outras práticas,
introduzidas pelos europeus, e foram ressignificadas ou simplesmente destruídas.
Outras práticas da cultura corporal vieram com o povo africano, que embora
escravizado e subjugado culturalmente, resistiu de inúmeras formas. Outras tantas
mais nasceram aqui, como fruto dessa mistura e da necessidade de convivência,
resistência ou mera sobrevivência, a exemplo da capoeira, uma dança/luta que
nasceu nas senzalas, sob a batida melódica do berimbau, hoje difundida mundo
afora. Atualmente essas práticas de resistência à cultura dominante sofrem inúmeras
tentativas de redução a uma pratica meramente esportiva, de forma a enfraquecer os
elementos culturais que lhes dão significado e sustentação histórica.
No mundo inteiro, a trajetória do esporte se confunde com a história das
sociedades, e não seria diferente no Brasil, com maior ou menor interferência do
sistema de poder vigente. Na Inglaterra, por exemplo, um tipo de jogo de bola que é
tido como antecessor do futebol ficou proibido por quase 400 anos (1314 a 1681),
mas nunca deixou de ser jogado. Aqui, em muitos momentos, jogos e lutas
esportivas também foram proibidos, mas não deixaram de existir.
De todo modo, a história do esporte nos tempos modernos se confunde, em
grande parte, com a presença do Estado brasileiro nessas questões. Pode ser
constatada na própria evolução da organização social e política do país. Em
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especial, aquela construída já a partir da segunda década do século passado,
quando o Brasil deixava o modelo agrário de então e se organizava de acordo com a
indústria capitalista.
Desde meados do século XIX, a elite brasileira tinha nas atividades esportivas
e nos exercícios físicos, nos moldes europeus, um valioso instrumento para a
execução do seu projeto de eugenização (aperfeiçoamento da raça humana) e
higienização (melhoria das condições de higiene e saúde) da sociedade brasileira.
Antes até, por influência dos jesuítas, já havia sido introduzidos alguns jogos
de largo uso na Europa. Mas é do século XIX um dos principais determinantes da
relação paradigmática da Educação Física com a aptidão física, que continua até os
dias de hoje.
Repensando o esporte “na” escola
É necessário que se considere os valores que o esporte transmite em
qualquer forma de manifestação. É a inter-relação entre o campo social, a
modalidade praticada com suas regras e especificidades, e o sentido adotado para a
prática, que formarão o contexto esportivo a ser vivenciado e os valores morais a
serem transmitidos. Uma disputa numa determinada modalidade esportiva pode ser
tanto violenta e segregadora, como não-violenta e integrativa. Tudo vai depender do
direcionamento adotado e os valores morais presentes, isso tudo deve ser
considerado em processos educacionais nos quais o esporte está inserido.
Segundo KUNZ (2004), o esporte ensinado nas escolas enquanto cópia
irrefletida do esporte de competição ou de rendimento, só pode fomentar vivências
de sucesso para a minoria e o fracasso ou a vivência de insucesso para a maioria.
Portanto, deve-se dar uma atenção especial à forma como se ensina o
esporte dentro da escola, lembrando que deve ser ensinado dentro de uma proposta
realmente pedagógica, juntamente com os demais conteúdos da Educação Física
previstos nas DCN’s, evitando cair assim no reducionismo.
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ABORDAGEM MOTORA
Desenvolvimento motor na primeira e segunda infância
O desenvolvimento motor na infância caracteriza-se pela aquisição de um
amplo espectro de habilidades motoras, que possibilita a criança um amplo domínio
do seu corpo em diferentes posturas (estáticas e dinâmicas), locomover-se pelo
meio ambiente de variadas formas (andar, correr, saltar, etc.) e manipular objetos e
instrumentos diversos (receber uma bola, arremessar uma pedra, chutar, escrever,
etc.). Essas habilidades básicas são requeridas para a condução de rotinas diárias
em casa e na escola, como também servem a propósitos lúdicos, tão característicos
na infância. A cultura requer das crianças, já nos primeiros anos de vida e
particularmente no início de seu processo de escolarização, o domínio de várias
habilidades.
Essas habilidades denominadas básicas são vistas como alicerce para a
aquisição de habilidades motoras especializadas na dimensão artística, esportiva,
ocupacional ou industrial. Essa relação de interdependência entre as fases de
habilidades básicas e de habilidades especializadas denota a importância das
aquisições motoras iniciais da criança, que atende não só as necessidades
imediatas na primeira e segunda infância, como traz profundas implicações para o
sucesso com que habilidades específicas são adquiridas posteriormente.
A fase especializada da habilidade motora é resultado da fase dos
movimentos fundamentais. O movimento torna-se uma ferramenta que se aplica à
muitas atividades motoras complexas presentes na vida diária, na recreação e nos
objetivos esportivos. A fase de desenvolvimento de habilidades motoras
especializadas pode ser dividida em três estágios:
• Transição – 7 a 10 anos – começa a combinar e aplicar habilidades motoras
fundamentais ao desempenho de habilidades especializadas no esporte e em
ambientes recreacionais.
• Aplicação – 11 a 13 anos – começam a buscar ou a evitar a participação em
atividades específicas.É a época para refinar e usar habilidades mais
complexas em jogos avançados, atividades de liderança e em esportes
selecionados.
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• Utilização vitalícia – 14 e acima – caracteriza-se pelo uso de repertório de
movimentos adquiridos pelo indivíduo por toda vida.
É preciso ressaltar que a adequação e estruturação de ambientes e tarefas
motoras aos estágios de desenvolvimento, é crucial para os profissionais de
Educação Física, na medida em que eles necessitam de informações para o
desenvolvimento do seu trabalho, em particular, a partir da segunda metade da
segunda infância, quando se evidencia o início de um trabalho sistemático com o
objetivo de abordar a relação entre vários tipos de restrições que a criança é
submetida na sua vida diária. As restrições da tarefa, do organismo e do ambiente,
são exemplos que afetam o processo de desenvolvimento de padrões fundamentais
de movimento e que se bem relacionadas favorecem o surgimento de novas formas
de execuções motoras das crianças.
Características da Idade
• Características Físicas e Motoras: O crescimento é lento, mas constante,
especialmente dos oito anos de idade até o final da segunda infância. O corpo
começa a aumentar em comprimento, com um ganho anual de 2,5 à 5cm e
um ganho anual de peso de apenas 1,4 à 2,7kg. Os princípios céfalo-caudal
(cabeça aos pés) e próximo-distal (centro-periférico) de desenvolvimento são
evidentes nesse estágio. Os músculos maiores das crianças são
consideravelmente melhor desenvolvidos do que seus músculos menores. As
meninas estão um ano ou mais à frente dos meninos em desenvolvimento
psicológico. Interesses diferentes entre meninas e meninos começam a se
desenvolver nesse período. A preferência pela mão dominante é fortemente
estabelecida, com cerca de 90% preferindo a mão direita e cerca de 10%
preferindo a mão esquerda. O tempo de reação melhora. A dificuldade com a
coordenação olho-mão e olho-pé é evidente e começa neste período, mas ao
final do período esses tipos de coordenação são geralmente bem
estabelecidos. Tanto meninos como meninas são cheios de energia, mas
frequentemente possuem baixos níveis de resistência. A resposta ao treino,
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no entanto, é ótima. Habilidades de percepção visual são, na maioria das
vezes, totalmente desenvolvidas no final deste período. Habilidades motoras
fundamentais devem ser bem desenvolvidas no início desse período, e as
crianças estão ávidas para serem apresentadas a uma variedade de
modalidades esportivas. A competência se desenvolve rapidamente se as
crianças tiverem amplas oportunidades para praticar, instrução de qualidade e
estímulo positivo
• Características Cognitivas: a atenção das crianças é frequentemente
focalizada especialmente em atividades que possuem grande interesse
pessoal. Elas são intelectualmente curiosas e ávidas para saberem o porquê
das coisas. São ávidas para aprender e para agradar aos adultos, mas elas
precisam de assistência e orientação para tomar decisões. Tem boa
imaginação e demonstram mentes extremamente criativas, mas a percepção
de si frequentemente predomina. No início desse período são limitadas às
suas habilidades de pensamento abstrato e aprendem melhor com exemplos
concretos. Habilidades cognitivas abstratas mais sofisticadas são evidentes
no final deste período.
• Características Afetivas: os interesses de meninos e meninas são
semelhantes no início deste período, mas rapidamente começam a divergir.
Ambos gostam de atividades de auto-teste como uma maneira de
experimentar e testar suas habilidades desenvolvidas. A interação dentro de
um grande grupo e o conceito de trabalho em equipe melhoram durante este
período. As crianças são frequentemente agressivas, orgulhosas, auto-
críticas e impulsivas; sem a intervenção eficaz do adulto, eles aceitam tanto a
vitória como a derrota insatisfatoriamente. Aceitam a autoridade e são
conceituamente conscientes sobre o que é justo. São aventureiras e ávidas
para se envolverem com os amigos em atividades perigosas e secretas.
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ABORDAGEM PEDAGÓGICA
Habilidades específicas a serem enfatizadas no basquetebol para a 5ª série:
• Driblar
• Arremessar
• Receber
• Passar
• Regras básicas
• Estratégia
Sugestão de Atividades:
- Explorar variadamente o manejo de bola, a fim de que o aluno se adapte bem ao
material do jogo.
- Dribles alternando mão direita e mão esquerda.
- Recepção com as duas mãos, variando a altura da recepção da bola: alta, média e
baixa.
- Em relação aos passes, dar mais ênfase ao passe de peito, quicado e sobre a
cabeça, executando-os também em deslocamento.
- Arremesso com as duas mãos, começando o mais perto possível do alvo e aos
poucos ir aumentando a distância.
- Introduzir a bandeja aos poucos, com exercícios com e sem bola.
- Utilizar o tamanho de bola de acordo com a idade.
- Pesquisa sobre a história do basquetebol, procurando comparar o objetivo inicial
do basquetebol com o tipo de basquetebol jogado hoje. Se todas as pessoas tem
acesso ao basquetebol? A influência da prática do basquetebol no dia-a-dia...
- Atividades pré-desportivas com fundamentos e regras adaptadas e jogos que
possibilitem o trabalho coletivo, a cooperação, o desenvolvimento de táticas para
superar desafios propostos.
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Os Níveis de Aprendizado de Habilidades Motoras (GALLAHUE & DONELLY,
2008, p. 69):
Fase
Motora
Especializada
Estágio de Utilização
Vitalícia Avançado
(nível de
Aprimoramento)
Estágio de
Aplicação
Estágio de Transição
Intermediário
(nível prático)
Barreira da Proficiência
Fase
Motora
Fundamental
Estágio
MaduroEstágio
Elementar Iniciante
(nível inicial)Estágio
Inicial
Fases do Estágios de Níveis de Aprendizado Desenvolvimento Desenvolvimento de Habilidade Motor Motor Motora
Barreira da Proficiência: se refere à dificuldade na realização de uma habilidade
motora especializada, se o pré-requisito fundamental da habilidade motora ainda
não tiver sido dominado, ou seja, se as crianças não desenvolverem habilidades
maduras durante a fase motora fundamental, não serão bem sucedidas na aquisição
de uma habilidade esportiva. E isso representa um dilema bem real para o indivíduo
(criança ou adulto) interessado em adquirir habilidades esportivas mas possuidor de
habilidades motoras fundamentais insuficientes para isso.
Como estaremos trabalhando com alunos possivelmente nos níveis
intermediário e avançado, aí vão algumas dicas de ensino para melhor estruturar o
trabalho.
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Dicas de ensino para aprendizes no nível intermediário/prático (estágio de transição - 7 aos 10 anos) de aprendizado de uma nova habilidade motora (GALLAHUE & DONELLY, 2008, p. 72):
• Dê numerosas oportunidades para prática e aplicação de habilidades
• Dê oportunidades para refinamento de habilidade em um ambiente
encorajador e não ameaçador.
• Crie situações práticas que progressivamente focalizem um maior
refinamento da habilidade.
• Ofereça pequenas e rápidas sessões práticas com intervalos freqüentes em
vez de sessões mais longas com poucos intervalos.
• Seja capaz de analisar as habilidades e oferecer uma crítica construtiva.
• Estruture sessões práticas que focalizem a qualidade da performance
(prática perfeita leva a habilidade perfeita).
• Dê resposta freqüente, precisa, imediata e positiva.
• Permita as diferenças individuais no grupo da aprendizagem de habilidades.
• Focalize sua atenção na habilidade total sempre que possível.
• Faça que os alunos pratiquem uma habilidade da mesma forma que eles
executarão na vida real, e na mesma velocidade.
Dicas de ensino para aprendizes no nível avançado/de aprimoramento (estágio de aplicação – 11 aos 13 anos) de aprendizado de uma nova habilidade motora (GALLAHUE & DONELLY, 2008, p. 73):
• Estruture sessões práticas que promovam intensidade e entusiasmo.
• Esteja disponível para promover entusiasmo, motivação e apoio positivo.
• Ofereça sugestões e dicas de estratégia.
• Estruture sessões práticas que reproduzam situações semelhantes a jogos.
• Auxilie os alunos executores a antecipar o que eles farão em situações
semelhantes a jogos.
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• Conheça os alunos individualmente e seja capaz de ajustar os métodos às
necessidades individuais.
• Forneça feedback que focalize os aspectos específicos da habilidade.
• Evite exigir que os alunos pensem sobre a execução da habilidade, o que
pode resultar em excesso de atenção aos elementos cognitivos da tarefa.
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAISPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
PDE/SEED
VILSON LORENZETTI
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA – PDE 2008
TOLEDO2008
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VILSON LORENZETTI
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA – PDE 2008
Produção Didático-Pedagógica apresentada à Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação, Diretoria de Políticas e Programas Educacionais, Programa de Desenvolvimento Educacional, conforme Orientação n. 02/2008 PDE/SEED. – NRE – Toledo.Professora Orientadora IES: Zelina Berlatto Bonadiman
TOLEDO2008
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