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Processos Emocionais III Processos Conativos I PSICOLOGIA Jorge Barbosa - 2009

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Page 1: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Processos Emocionais III Processos Conativos I PSICOLOGIA

Jorge Barbosa - 2009

Page 2: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Sumário

•  Emoções primárias e emoções secundárias •  Emoção, sentimento e afecto •  Processos Conativos

–  Conceito de Processos Conativos –  Vontade, Motivação e Comportamento –  Intencionalidade –  Necessidade e Desejo –  Papel da intencionalidade no quotidiano

2 Psicologia JB

Page 3: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Emoções Primárias

•  As emoções primárias são:

–  Universais (partilhadas por indivíduos de todas as culturas – exemplo: medo, cólera, etc)

–  Evolutivas (fazem parte do processo adaptativo da espécie humana)

–  Ligadas a processos neurais e fisiológicos específicos

3 Psicologia JB

Page 4: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Emoções Secundárias

•  As emoções secundárias contêm as características fisiológicas das emoções primárias, mas distinguem-se:

–  Pelo seu carácter social (dizem respeito às relações sociais)

–  Pelo facto de os aspectos socioculturais das emoções secundárias sofrerem influências significativas da aprendizagem (por exemplo: vergonha)

4 Psicologia JB

Page 5: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Afecto

•  O afecto define-se como:

–  Uma sensação subjectiva e imediata (positiva ou negativa) que o indivíduo experimenta em relação a um objecto, situação ou pessoa e que orienta o seu comportamento

•  O afecto exprime-se através de: –  Emoções e sentimentos

5 Psicologia JB

Page 6: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Emoção e Sentimento

•  As emoções: –  São reacções em geral publicamente observáveis –  Não requerem consciência –  A sua duração é limitada –  Desenrolam-se no “teatro do corpo”

•  Os sentimentos: –  São experiências mentais privadas (não podem ser

observadas por outras pessoas) –  Resultam do trabalho mental de elaboração das

experiências emocionais (os sentimentos são sentimentos de emoções)

6 Psicologia JB

Page 7: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Emoção e Sentimento

AFECTIVIDADE

Emoções

Sentimentos Afectos

7 Psicologia JB

Page 8: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Processos Conativos I

Page 9: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

O que é preciso saber a respeito dos processos conativos:

•  Compreender o papel da vontade na concretização de um comportamento dirigido

•  Relacionar os processos conativos com a dimensão intencional da vida psíquica

•  Relacionar os conceitos de tendência, intencionalidade e esforço de realização

•  Caracterizar os processos motivacionais •  Explicar a natureza biológica e sociocultural da

mente

9 Psicologia JB

Page 10: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Conação

•  Conação significa: –  Dimensão intencional, empenhada e deliberada dos

processos psíquicos

•  Conação refere-se: –  À dimensão psíquica proactiva (consciente e dirigida) da

conduta

•  Conação implica: –  Esforço pessoal (vontade) em direcção a um objectivo

específico

•  Conação liga-se aos conceitos de motivação e de vontade

10 Psicologia JB

Page 11: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Tendências e Intenções

TENDÊNCIAS

BIOLÓGICAS

UNIVERSAIS

NECESSIDADES

FINS/METAS

AUTO-CONSERVAÇÃO

INTENÇÕES:

PSICOLÓGICAS

PESSOAIS

DESEJOS

OBJECTIVOS/PROJECTOS

AUTO-ORGANIZAÇÃO

11 Psicologia JB

Page 12: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Vontade

Os seres humanos controlam parte do seu comportamento, por intermédio da vontade

Vontade é:

A vontade permite:

•  Uma força auto-reguladora (intencional, portanto)

•  Adiar satisfações imediatas (tendências)

•  Desenvolver esforços para alcançar objectivos a longo prazo (intenções)

12 Psicologia JB

Page 13: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Vontade •  Experiência Clássica (1930) de Walter Mischel: o

“teste dos marshmallows”: –  A criança de 4 anos é colocada numa sala e tem a

possibilidade de comer um único rebuçado que está em cima de uma mesa;

–  O experimentador fornece a indicação de que a criança pode comer aquele rebuçado depois de ele sair da sala; no entanto, se esperar que ele volte sem comer o rebuçado, terá direito a dois rebuçados.

•  Resultados: –  A esmagadora maioria das crianças com 4 anos não

consegue resistir a 20 minutos de espera e come o rebuçado;

–  As poucas que resistem adoptam estratégias de luta contra a tendência: tapam os olhos com as mãos, olham para o tecto, falam sozinhas, cantam, etc.

13 Psicologia JB

Page 14: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Motivação

•  Conjunto de forças que mobilizam (ou activam), dirigem e sustentam o comportamento.

Definição de

Motivação:

•  Uma força auto-reguladora que nos permite perseguir objectivos contrários ou diferentes das nossas tendências

Motivação distingue-se da Vontade

que é:

14 Psicologia JB

Page 15: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Motivação: Processo Dinâmico Interno ESTÍMULO (interno ou externo)

NECESSIDADE OU DESEJO

ESTADO DE TENSÃO

AVALIAÇÃO E VALORAÇÃO

DECISÃO

CONDUTA MOTIVADA

FIM OU OBJECTIVO

15 Psicologia JB

Page 16: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Motivação: Processo Dinâmico Interno

EXEMPLO: DEIXAR DE FUMAR ESTÍMULO

NECESSIDADE OU DESEJO ESTADO DE TENSÃO VALORAÇÃO E AVALIAÇÃO DECISÃO

CONDUTA MOTIVADA FIM OU OBJECTIVO

16 Psicologia JB

Page 17: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Motivação: Processo Dinâmico Interno

EXPLICAÇÃO ESTÍMULO Um estímulo interno ou externo desencadeia a

necessidade ou o desejo NECESSIDADE OU DESEJO

Estado de carência ou a diferença entre o que se é ou se tem e o que se deseja ser ou ter gera tensão

ESTADO DE TENSÃO

A tensão entre o estado actual e o desejado para o futuro implica avaliação e valoração

VALORAÇÃO E AVALIAÇÃO

Avalia-se e valora-se e pertinência do desejo, tendo em conta os recursos

DECISÃO Na sequência da etapa anterior de deliberação o indivíduo decide

CONDUTA MOTIVADA

Conjunto de reacções intencionais que o indivíduo executa para alcançar o seu objectivo

FIM OU OBJECTIVO

Resultado final (nem sempre visível ou alcançado)

17 Psicologia JB

Page 18: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Necessidade e Desejo

18 Psicologia JB

•  Motivações básicas (também chamadas primárias ou inatas): –  Comuns a praticamente todos os seres humanos –  Evoluíram a partir da componente genética –  Manifestam-se independentemente das influências

sociais e culturais Exemplo: comer e beber

•  Factores que influenciam as motivações básicas: –  A conduta motivada pode desencadear-se como

consequência de um défice ou carência real do organismo

–  Mas também é possível falar de conduta motivada na ausência de sinais de carência real (por exemplo, por se verificar ter chegado a hora de comer)

Page 19: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Necessidade e Desejo

19 Psicologia JB

Page 20: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Necessidade e Desejo

20 Psicologia JB

Regiões do cérebro envolvidas nos processos motivacionais:

• Sistema límbico (suporte das emoções) • Córtex cerebral (em especial as regiões pré-frontais) • Hipotálamo (organiza o comportamento que mantém o equilíbrio interno organismo)

Page 21: PROCESSOS EMOCIONAIS III E PROCESSOS CONATIVOS I

Perguntas Ninguém está dispensado de responder ao questionário do Exercício Emoções 3 e Conação 1

As respostas podem ser dadas: 1.  On-line (através do

“Moodle”) 2.  Em papel (fornecido

pelo professor)

O exercício será feito em sala de aula.