processos de fundição

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Processos de Fundição

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Page 1: Processos de Fundição

Processos de Fundição

Page 2: Processos de Fundição

O Molde

Page 3: Processos de Fundição

O Molde (partes básicas)

Page 4: Processos de Fundição

Tipos de Moldes

� Colapsáveis – são quebrados para retirada das peças � 1 molde = 1 peça ou conjunto de peças

� Permanentes – são abertos para retirada das peças e reutilizados � 1 molde = milhares de peças

Page 5: Processos de Fundição

Tipos de Moldes � Colapsáveis (as cavidades são feitas utilizando-se

modelos)� Areia� Gesso� Cerâmicos

� Permanentes (as cavidades são feitas por usinagem)� Aço� FoFo� Cobre� etc.

Page 6: Processos de Fundição

Moldagem em areia� Areia com ligantes:

� Areia + bentonita (areia verde)� Areia + cimento� Areia + ligante de cura a frio

� Silicato de sódio, resinas orgânicas

� Areia + ligante de cura a quente� Resinas orgânicas

� Areia sem ligantes

Page 7: Processos de Fundição

Modelos

� Materiais� Madeira� Metálicos� Poliméricos

� São montados em placas de moldagem, os mais comuns são os bipartidos

Page 8: Processos de Fundição

Características dos materiais usados em modelos

Page 9: Processos de Fundição

Moldagem em Caixa(areia verde ou cura a frio)

Page 10: Processos de Fundição

Areia verde� Areia lavada e com granulometria controlada

(classificada segundo a AFS)� Bentonita (mistura de argilominerais,

principalmente montmorilonita)� Água� Aditivos: grafite (lubrificante), amido, etc.� Composição típica: 80% areia, 15% bentonita

e 5% água

Page 11: Processos de Fundição

Variações� Molde estufado

� molde originalmente de areia verde mas seco em estufa

� Molde seco ao ar� molde originalmente de areia verde mas com a

superfície seca ao ar

� Molde seco à chama ou ar quente � molde originalmente de areia verde mas com a

superfície seca por chama ou passagem forçada de ar quente

Page 12: Processos de Fundição

Vantagens e desvantagens da areia verde

- Controle da areia é mais difícil do que nos outros processos

- Maior erosão quando as peças fundidas são de maior tamanho

- Menor acabamento superficial que piora para peças maiores

- Menor precisão dimensional que diminui com o tamanho da peça

- É o molde mais barato de todos- Há menor distorção porque não

precisa ser aquecido- As caixas de moldagem podem ser

rapidamente reutilizadas- Boa estabilidade dimensional- Menor incidência de trincas a

quente- A areia é mais facilmente reciclada

DesvantagensVantagens

Page 13: Processos de Fundição

Areia com resina de cura a frio� Areia + Resina + catalisador� Exemplos de resinas usadas

� Fenólicas� Furânicas� Poliuretânicas� Resol-éster� Alquídica-uretânica� Poliuretano vegetal (biodegradável)

Page 14: Processos de Fundição

Vantagens e Desvantagens� Vantagens

� Melhor acabamento superficial� Maior resistência do molde (peças maiores)� Maior resistência à erosão

� Desvantagens� Maior custo do molde� Maior tempo de moldagem� Várias resinas são tóxicas� Dificulta a reciclagem da areia� Problemas ambientais com descarte

Page 15: Processos de Fundição

Moldagem em areiaCompactação Automatizada

Page 16: Processos de Fundição

Moldagem em areia sem caixaAutomação (processo Disamatic)

Page 17: Processos de Fundição

Moldagem em CascaShell Molding (cura a quente)

Page 18: Processos de Fundição

Moldagem em CascaShell Molding (cura a quente)

Exemplo

Page 19: Processos de Fundição

Vantagens e Desvantagens� Vantagens

� Melhor acabamento superficial� Maior velocidade de produção� Pode ser automatizado� Maior resistência à erosão� Menor quantidade de areia na moldagem� Moldes mais leves

� Desvantagens� Maior custo de equipamento e modelos� Limitado a peças bipartidas� Dificulta reciclagem da areia� Resina é tóxica� Problemas ambientais com descarte

Page 20: Processos de Fundição

Areia com resina de cura a quente

� Muito usada na confecção de machos� Machos são moldados em caixas (box)

� Warm-box (caixa-morna)� Resinas furânicas ou álcool furfurílico� Catalisadores: sais de cobre

� Hot-box (caixa-quente), requer aquecimento posterior à moldagem

� Resinas fenólicas ou furânicas� Catalisadores: cloretos e nitratos

� Obs.: são resinas similares ao processo shell

Page 21: Processos de Fundição

Molde Soprado (areia de cura a frio com gás)

Page 22: Processos de Fundição

Areia de cura a frio com gás� Muito usada na fabricação de machos� Machos moldados em caixas (cold-box)� Areia + ligante + gás

� lingante inorgânico� Silicato de sódio + CO2

� ligante orgânico� Resina Fenoluretânica + vapor de amina

(dimetilamina ou trimetilamina)� Resina Epoxiacrílica + dióxido de enxofre

Page 23: Processos de Fundição

Vantagens e desvantagens� Vantagens

� Melhor acabamento superficial� Melhor colapsabilidade do molde� Melhor resistência à erosão� Maior produtividade� Areia que não sofreu ação do gás pode ser reutilizada

� Desvantagens� Maior custo do molde e equipamento� Resinas e gases tóxicos� Difícil reciclagem da areia que foi curada� Problemas ambientais com descarte

Page 24: Processos de Fundição

Filmes

� Link 1� Link 2

Page 25: Processos de Fundição

Moldagem a vácuo(areia sem ligante)

Page 26: Processos de Fundição

Molde cheio lost-foam (areia sem ligante)

PS expandido(isopor)

Page 27: Processos de Fundição

Molde cheio (lost-foam)

Page 28: Processos de Fundição

Molde cheio (lost-foam)

Page 29: Processos de Fundição

Comparação entre processos p/ ferrosos

Page 30: Processos de Fundição

Comparação entre processosp/ ligas de Al

ProcessoCapacidadeProdução

Tolerâncias Acabamento da Superfície

(µµµµm)

Custo de Maquinário

Molde cheio De 0,05a 150 Kg

± 0,001 a 0,25 m±0,0007/metro

63-250 RMS$8000 a$120000

Cera Perdida0,05

a 10 Kg± 0,001 a 0,127m±.0,0007/metro

63-250 RMS $4000 a$40000

Fundição em Areia

0,03a toneladas

± 0,007 a 1,5 m±.0,0007/metro

200-550RMS

$1000 a$10000

Injeção 0,05a 10 Kg

± 0,0005/metro 32-63 RMS$10000 a$300000

Molde Permanente

0,5a 50 Kg

± 0,003 a 0,25 m±.0,0005/metro

150-300RMS

$12000 a$100000

Page 31: Processos de Fundição

Molde Cerâmico

Page 32: Processos de Fundição

Cera perdida (Fundição de Precisão)

Page 33: Processos de Fundição

Cera perdida (Fundição de Precisão)

Page 34: Processos de Fundição

Cera Perdida (filme)

� Parte 1� Parte 2� Parte 3� Parte 4� Parte 5� Parte 6

Page 35: Processos de Fundição

Exemplo: Cera perdidaPalheta de Turbina (Solid. Direcional)

Page 36: Processos de Fundição

Fundição em Coquilha (Molde permanente) por gravidade

Page 37: Processos de Fundição

Fundição sob pressão

Page 38: Processos de Fundição

Fundição sob pressão

Page 39: Processos de Fundição

Fundição sob pressão (filmes)

Link Filme 1

Link Filme 2

Page 40: Processos de Fundição

Fundição Centrífuga (horizontal)

Page 41: Processos de Fundição

Fundição centrífuga (vertical)

Page 42: Processos de Fundição

Lingotamento Contínuo

Page 43: Processos de Fundição

Lingotamento Contínuo (filme)

Link

Page 44: Processos de Fundição

Reofundição / Tixofundição

Page 45: Processos de Fundição

Reofundição e TixofundiçãoLiga com longo intervalo de Solidificação

Após agitaçãoComportamento Tixotrópico

Page 46: Processos de Fundição

Reofundição ≠≠≠≠ Tixofundição

Zona Pastosa

Agitação Semi-sólidoTixotrópico

Solidificaçãode Billets

Billetsem estoque

Reaquecimento

Injeção daPeça Final

Reofundição

Tixofundição

Page 47: Processos de Fundição

Reofundição e Tixofundição

Page 48: Processos de Fundição

Reofundição e Tixofundição

Usual ReofundiçãoeTixofundição

Page 49: Processos de Fundição

Reofundição e Tixofundição

Filme

Page 50: Processos de Fundição

Fundição

� Projetos de Moldes

Page 51: Processos de Fundição

Fluxo de calor e direção de crescimento

Page 52: Processos de Fundição

Formação da macroestrutura

Filme

Page 53: Processos de Fundição

Macroestrutura

Zona CoquilhadaGrão Colunares

Grão Equiaxiais

Page 54: Processos de Fundição

Intervalo de Solidificação e a macroestrutura

Eutético ou

Page 55: Processos de Fundição

Intervalo de Solidificação e a macroestrutura

Page 56: Processos de Fundição

Intervalo de Solidificação e a macroestrutura

Page 57: Processos de Fundição

Intervalo de Solidificação e a macroestrutura

Page 58: Processos de Fundição

Contração na Solidificação

Page 59: Processos de Fundição

Contração na solidificação

Page 60: Processos de Fundição

O módulo de resfriamento

� Módulo de Resfriamento

� Tempo de Solidificação

� 1,5 < n < 2

� Exemplos:� Calcular p/ Esfera, Chapa, Cubo, Cilindro� Como maximizar MR p/ Cilindro?� Comparar� MR em geometrias mais complexas

Superfície

VolumeMR =

( )nMRcTS .=

Page 61: Processos de Fundição

Massalotes

� Usados em fundidos, ou parte de fundidos, com MR elevado

� Geralmente desnecessários para fundidos de paredes finas (< 6 mm)

� MRm > 1,2.MRf

Page 62: Processos de Fundição

Massalotes

Page 63: Processos de Fundição

Eficiência de massalotes

Page 64: Processos de Fundição

Volume do Massalote

� Vm = α.Vp/(e-α)

� Exemplos para massalote cilíndrico com H=1,5D (e=14%):� Ligas de Al: Vm = Vp

� Aços: Vm = 0,4 Vp

Page 65: Processos de Fundição

Posicionamento de massalotes

Page 66: Processos de Fundição

Ligação do massalote à peça

t = razão entre as espessuras

Page 67: Processos de Fundição

Posicionamento de Massalotes(direcionando a solidificação)

Page 68: Processos de Fundição

Exemplos

� Simulações em Excel

Page 69: Processos de Fundição

Mais de um massalote

Page 70: Processos de Fundição

Sistema de preenchimento

Principal função:

•Evitar turbulência superficial•Manter avanço contínuo da superfície líquida•Evitar efeito “cascata” e a incorporação de bolhas•Controlar a velocidade e evitar projeção de metal

Page 71: Processos de Fundição

Medidas de fluidez

Page 72: Processos de Fundição

Influência do tipo de liga na fluidez do metal

Page 73: Processos de Fundição

Fluidez de acordo com o intervalo de solidificação

Page 74: Processos de Fundição

Influência do super-aquecimento

Page 75: Processos de Fundição

Efeito de um avanço turbulento na superfície do metal líquido

Filme de óxido

Page 76: Processos de Fundição

Efeitos de alimentação intermitente

Page 77: Processos de Fundição

Efeito “cascata” e projeção de metal líquido

Cascata

Projeção

Vcrit ≈ 0,5 m/s p/ a maioria dos metais

Page 78: Processos de Fundição

Efeito da projeção de metal líquido

Page 79: Processos de Fundição

Efeito de mudanças bruscas de área durante o preenchimento

Page 80: Processos de Fundição

Efeito de mudanças bruscas de área durante o preenchimento

Page 81: Processos de Fundição

Inclusão de bolhas devido a sistema de alimentação incorreto

Page 82: Processos de Fundição

Exemplo

Ruim Bom

Page 83: Processos de Fundição

Exemplo

Ruim

Bom

Page 84: Processos de Fundição

Bacia de vazamento

TODOS OS CASOS ACIMA NÃO SÃO RECOMENDADOS

Page 85: Processos de Fundição

Bacia de vazamento

Ruim Ruim Bom

Page 86: Processos de Fundição

Bacia de vazamento

Melhor

Page 87: Processos de Fundição

Canal de descida

Page 88: Processos de Fundição

Canal de descida

1

2

2

1

H

H

A

A =

22 2.. gHCA

Vt =

t – tempo de preenchimento estimado (alimentação por baixo)V – volume de metalC – eficiência do canal (C=1 p/ atrito zero)

Page 89: Processos de Fundição

O canal de descida e a curva do filete de metal líquido

Page 90: Processos de Fundição

Diagrama de áreas para canais de descida

Page 91: Processos de Fundição

Exemplo de uso

� Liga de Al� Taxa de alimentação média: 1,0 Kg/s� Usar taxa inicial 1,5x maior: 1,5 Kg/s� H1 = 100 mm� H2 = 300 mm

Page 92: Processos de Fundição

Exemplo de uso

A1 ≈ 450 mm2

A2 ≈ 250 mm2

Usar 1,2.A1para compensarerro da geometria

Portanto:A1 ≈ 540 mm2

Page 93: Processos de Fundição

Base do canal de descida

Ruim Ruim Ruim Bom Bom

Page 94: Processos de Fundição

Base do canal de descida

Page 95: Processos de Fundição

Base do canal de descida

Ruim

Ruim

Ruim

Bom

Page 96: Processos de Fundição

Canais de distribuição

Page 97: Processos de Fundição

Uso de filtros

Page 98: Processos de Fundição

Canais de ataque

Page 99: Processos de Fundição

Canais de ataque

L1 ≤ 2h

p/ Al h = 13 mmp/ ferrosos

h = 10 mm

Quando L1 precisa sermaior então usar vários:

N ≥ L1/2h

Page 100: Processos de Fundição

Canais de ataque

Page 101: Processos de Fundição

Efeito do canal de ataque em placas

Page 102: Processos de Fundição

Alimentação indireta para placas

Page 103: Processos de Fundição

Efeito de sopro do macho

Page 104: Processos de Fundição

Prevenindo o sopro do macho

Page 105: Processos de Fundição

Importante:Metal líquido de qualidade

� Livre de gases� Livre de inclusões de escória� Na composição química correta

Page 106: Processos de Fundição

Exemplo: desgaseificação de Al

Solubilidade do H no Al

Page 107: Processos de Fundição

Exemplo: desgaseificação de Al

Page 108: Processos de Fundição

Exemplo: desgaseificação de Al

Page 109: Processos de Fundição

Bibliografia das Aulas� GARCIA, Amauri, Solidificação – fundamentos e aplicações, UNICAMP,

2a ed., 2007� CAMPOS FILHO, Mauricio Prates de e DAVIES, Graeme John.

Solidificação e fundição de metais e suas ligas, Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1978.

� American Society for Metals. ASM Handbook Committee. Metals Handbook (Casting), 9a ed., vol. 15, Ohio, 1988.

� KIMINAMI, Claudio S.; CASTRO, Walman B. e OLIVEIRA, Marcelo F. Introdução aos processos de fabricação de produtos metálicos, Blucher, São Paulo, 2013.

� KALPAKJIAN, Serope e SCHMID, Steven. Manufacturing processes for engineering materials, 5a ed., Pearson Education, New Jersey, 2007.

� CAMPBELL, John, Castings, Elsevier, Oxford, 2ª ed., 2004.� CAMPBELL, John, Castings practice – the 10 rules of castings, Elsevier,

Oxford, 2004.