processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

20
Processos de funcio interna Objetivos Conhecer e identificar os processos termodinâmicos. Motor de 2 tempos mecâ Os motores deste tipo combinam em dois motor para cada volta do virabrequim. Nor outros mecanismos, ou seja, todo o apara mistura ar + combustível e o óleo de lubrific mistura, conforme mostrado na Figura 1. Figura 1: Funcionamento motor 2 tempos Fonte: Mahle, 2007 Ciclo Otto – etanol, gasolin 1º tempo – admissão e compres O êmbolo, ou pistão, dirige-se ao PMS fechadas, abrindo-se a janela de adm rter e, assim, por diferença de pres será utilizada no próximo ciclo. O virab Pouco antes de atingir o PMS, ocorre a pistão. Inicia-se, então, o próximo ciclo. onamento dos motores de s de funcionamento dos motores, considerand ânicos s cursos do êmbolo as funções dos motores de quatro rmalmente esses motores não têm válvulas, eliminando rato do comando de válvulas. O cárter, que possui di icação. Este deve ser cuidadosamente fechado, pois ne – ciclo Otto na ou GNV ssão S, comprimindo a mistura ar + combustível. As jan missão. Com o movimento do êmbolo, gera-se um ssão, admite-se uma nova mistura ar + combust brequim dá meia volta (180º) fechando o ciclo. a centelha, provocando a combustão da mistura e e combustão do os tempos e ciclos o tempos. Assim, há um curso o-se o uso de tuchos, hastes e imensões reduzidas, recebe a ele se dá a pré compressão da nelas de escape e carga são ma pressão baixa dentro do tível + óleo lubrificante, que e gerando uma força sobre o

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Page 1: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

Pro

ce

ss

os

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na

me

nto

do

s m

oto

res

de

co

mb

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tão

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O

bje

tivo

s

Conhecer e identificar os processos de funcionam

ento dos motores, considerando os tem

pos e ciclos

termodinâm

icos. M

oto

r de

2 te

mp

os

me

nic

os

Os m

otores deste tipo combinam

em dois cursos do êm

bolo as funções dos motores de quatro tem

pos. Assim

, há um curso

motor para cada volta do virabrequim

. Norm

almente esses m

otores não têm válvulas, elim

inando

outros mecanism

os, ou seja, todo o aparato do comando de válvulas. O

cárter, que possui dimensões reduzidas, recebe a

mistura ar +

combustível e o óleo de lubrificação. E

ste deve ser cuidadosamente fechado, pois nele se dá a pré com

pressão da

mistura, conform

e mostrado na F

igura 1.

Fig

ura

1: F

un

cio

na

me

nto

mo

tor 2

tem

po

s

Fonte: M

ahle, 2007 C

iclo

Otto

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tan

ol, g

as

olin

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u G

NV

1º te

mp

o –

ad

mis

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mp

res

o O

êmbolo, ou pistão, dirige-se ao P

MS

,

fechadas, abrindo-se a janela de admissão. C

om o m

ovimento do êm

bolo, gera

cárter e, assim, por diferença de pressão, adm

ite

será utilizada no próximo ciclo. O

virabrequim dá m

eia volta (180º) fechando o ciclo.

Pouco antes de atingir o P

MS

, ocorre a centelha, provocando

pistão. Inicia-se, então, o próximo ciclo.

Pro

ce

ss

os

de

fun

cio

na

me

nto

do

s m

oto

res

de

co

mb

us

tão

Conhecer e identificar os processos de funcionam

ento dos motores, considerando os tem

pos e ciclos

Mo

tor d

e 2

tem

po

s m

ec

ân

ico

s

e tipo combinam

em dois cursos do êm

bolo as funções dos motores de quatro tem

pos. Assim

, há um curso

. Norm

almente esses m

otores não têm válvulas, elim

inando

o aparato do comando de válvulas. O

cárter, que possui dimensões reduzidas, recebe a

mistura ar +

combustível e o óleo de lubrificação. E

ste deve ser cuidadosamente fechado, pois nele se dá a pré com

pressão da

1: F

un

cio

na

me

nto

mo

tor 2

tem

po

s –

cic

lo O

tto

eta

no

l, ga

so

lina

ou

GN

V

ad

mis

o e

co

mp

res

o

se ao PM

S, com

primindo a m

istura ar + com

bustível. As janelas de escape e carga são

se a janela de admissão. C

om o m

ovimento do êm

bolo, gera-se uma pressão baixa dentro do

rter e, assim, por diferença de pressão, adm

ite-se uma nova m

istura ar + com

bustível + óleo lubrificante, que

será utilizada no próximo ciclo. O

virabrequim dá m

eia volta (180º) fechando o ciclo.

Pouco antes de atingir o P

MS

, ocorre a centelha, provocando a combustão da m

istura e gerando uma força sobre o

Pro

ce

ss

os

de

fun

cio

na

me

nto

do

s m

oto

res

de

co

mb

us

tão

Conhecer e identificar os processos de funcionam

ento dos motores, considerando os tem

pos e ciclos

e tipo combinam

em dois cursos do êm

bolo as funções dos motores de quatro tem

pos. Assim

, há um curso

. Norm

almente esses m

otores não têm válvulas, elim

inando-se o uso de tuchos, hastes e

o aparato do comando de válvulas. O

cárter, que possui dimensões reduzidas, recebe a

mistura ar +

combustível e o óleo de lubrificação. E

ste deve ser cuidadosamente fechado, pois nele se dá a pré com

pressão da

bustível. As janelas de escape e carga são

se uma pressão baixa dentro do

se uma nova m

istura ar + com

bustível + óleo lubrificante, que

a combustão da m

istura e gerando uma força sobre o

Page 2: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

2º te

mp

o –

co

mb

us

tão

e e

sc

ap

e

Considerado com

curso de trabalho, iniciando a combustão no P

MS

, por meio de um

a centelha, o êmbolo é forçado até

o PM

I. Durante o curso, o êm

bolo passa na janela de descarga dando vazão aos gases da combustão. A

o mesm

o

tempo, o êm

bolo abre a janela de carga, permitindo que um

a nova mistura ar +

combustível + óleo lubrificante entre no

cilindro preparando-o para o novo ciclo e forçando os gases provenientes da combustão para fora (lavagem

). O

virabrequim, neste prim

eiro tempo, dá m

eia volta (180º).

Cic

lo D

ies

el –

die

se

l ou

bio

die

sel

Fig

ura

2 F

un

cio

na

me

nto

do

mo

tor 2

tem

po

s –

cic

lo D

iese

l F

onte: Mahle, 2007

Os m

otores Diesel, de dois tem

pos, têm funcionam

ento semelhante ao m

otor de dois tempos a gasolina ou a

álcool. Porém

, admitem

apenas ar puro, geral-mente forçado no interior do cilindro por um

compressor de

baixa pressão (volumétrico). P

ossui também

, um sistem

a de lubrificação forçada idêntica à dos motores de

quatro tempos.

Page 3: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

Mo

tor d

e 4

tem

po

s m

ec

ân

ico

s

Cic

lo O

tto –

eta

no

l, ga

so

lina

ou

GN

V

O prim

eiro tempo, denom

inado admissão, é definido pelo m

ovimento do pistão do P

MS

para o PM

I. Neste

instante, a válvula de admissão se abre, e a m

istura de ar e combustível é vaporizada e aspirada para o

interior do cilindro (Figura 3). O

virabrequim efetua m

eia volta (180°). F

igu

ra 3

: 1º te

mp

o –

ad

mis

o

Fonte: M

ercedes Benz do B

rasil, 2006 A

compressão ocorre quando a válvula de adm

issão se fecha. À m

edida que o pistão se desloca para o PM

S,

comprim

e a mistura de com

bustível e ar (Figura 6.4). O

virabrequim executa outra m

eia volta, completando a

primeira volta com

pleta (360°).

Page 4: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

Fig

ura

4: 2

º tem

po

– c

om

pre

ss

ão

F

onte: Mercedes B

enz do Brasil, 2006

O tem

po de combustão ocorre pouco antes de o pistão atingir o P

MS

. O sistem

a de ignição transmite

corrente elétrica a vela, fazendo saltar uma centelha entre os eletrodos, o que provoca logo a inflam

ação da m

istura que se encontra fortemente com

primida. O

s gases em expansão resultantes da com

bustão, forçam o

pistão do PM

S para o P

MI (F

igura 6.5). O virabrequim

efetua outra meia volta (540°).

Fig

ura

5: 3

º tem

po

– c

om

bu

stã

o/e

xp

an

são

Fonte: M

ercedes Benz do B

rasil, 2006

O tem

po de combustão ocorre pouco antes de o pistão atingir o P

MS

. O sistem

a de ignição transmite

corrente elétrica a vela, fazendo saltar uma centelha entre os eletrodos, o que provoca logo a inflam

ação da tura que se encontra fortem

ente comprim

ida. Os gases em

expansão resultantes da combustão, forçam

o pistão do P

MS

para o PM

I (Figura 6.5). O

virabrequim efetua outra m

eia volta (540°).

co

mb

ustã

o/e

xp

an

são

O tem

po de combustão ocorre pouco antes de o pistão atingir o P

MS

. O sistem

a de ignição transmite

corrente elétrica a vela, fazendo saltar uma centelha entre os eletrodos, o que provoca logo a inflam

ação da tura que se encontra fortem

ente comprim

ida. Os gases em

expansão resultantes da combustão, forçam

o pistão do P

MS

para o PM

I (Figura 6.5). O

virabrequim efetua outra m

eia volta (540°).

Page 5: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

O escape é o tem

po decorrido após a queima da m

istura e a expansão dos gases. É o m

omento em

que a

válvula de escape se abre. Os gases queim

ados são forçados para fora do cilindro, quando o pistão se m

ovimenta do P

MI para o P

MS

(Figura 6.6). O

virabrequim executa outra m

eia

volta completa (720°).

Fig

ura

6: 4

º tem

po

– e

sc

ap

e

Fonte: M

ercedes Benz do B

rasil, 2006 U

ma vez que o pistão realiza quatro tem

pos

operação é ciclo de quatro tempos.

É im

portante salientar que, nos motores de quatro tem

pos, somente no tem

po de

energia mecânica; os outros três tem

pos são passivos, isto é, absorvem energia.

Te

mp

era

tura

e p

res

o n

o fin

al d

a c

om

pre

ssã

o A

temperatura, no final da com

pressão, é uma função da taxa de com

pressão e da t

(Figura 7).

Fig

ura

7: T

em

pe

ratu

ra n

o fin

al d

a c

om

pre

ss

ão

Fonte: M

ercedes Benz do B

rasil, 2006 A

pressão, no final da compressão é um

a função da taxa de compressão e

8).

O escape é o tem

po decorrido após a queima da m

istura e a expansão dos gases. É o m

omento em

que a

válvula de escape se abre. Os gases queim

ados são forçados para fora do cilindro, quando o pistão se M

S (F

igura 6.6). O virabrequim

executa outra meia-volta, com

pletando a segunda

Um

a vez que o pistão realiza quatro tempos – adm

issão, compressão, com

bustão e escape

É im

portante salientar que, nos motores de quatro tem

pos, somente no tem

po de co

mb

ustã

o

energia mecânica; os outros três tem

pos são passivos, isto é, absorvem energia.

Te

mp

era

tura

e p

res

o n

o fin

al d

a c

om

pre

ssã

o

A tem

peratura, no final da compressão, é um

a função da taxa de compressão e da t

7: T

em

pe

ratu

ra n

o fin

al d

a c

om

pre

ss

ão

A pressão, no final da com

pressão é uma função da taxa de com

pressão e da pressão de admissão (F

igura

O escape é o tem

po decorrido após a queima da m

istura e a expansão dos gases. É o m

omento em

que a

válvula de escape se abre. Os gases queim

ados são forçados para fora do cilindro, quando o pistão se volta, com

pletando a segunda

e escape – o nome técnico dessa

co

mb

ustã

o que se produz

A tem

peratura, no final da compressão, é um

a função da taxa de compressão e da tem

peratura de admissão

da pressão de admissão (F

igura

Page 6: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

Fig

ura

8: P

res

são

no

fina

l da

co

mp

res

são

F

onte: Mercedes B

enz do Brasil, 2006

Motores que utilizam

o ciclo Otto necessitam

de um sistem

a de ignição. Esse sistem

a é composto

bateria que alimenta a voltagem

induzida pela bobina. A bobina é um

dispositivo capaz de elevar a voltagem

elétrica recebida da bateria para alimentar as velas de ignição.

As velas são dispositivos que prom

ovem as faíscas e estas, pelas altas tensões

comprim

ida no cilindro. As velas de ignição, tam

bém, devem

resistir às mudanças bruscas de tem

peratura e pressão, alta

voltagem, vibração m

ecânica e corrosão química dos gases da com

bustão.

A F

igura 9 mostra o esquem

a de ligação das velas de ignição com o sistem

a elétrico do motor.

Fig

ura

9: E

sq

uem

a e

létric

o d

e lig

ão

da

s v

ela

s d

o m

oto

r cic

lo O

tto F

onte: Mercedes B

enz do Brasil, 2006

Motores que utilizam

o ciclo Otto necessitam

de um sistem

a de ignição. Esse sistem

a é composto

bateria que alimenta a voltagem

induzida pela bobina. A bobina é um

dispositivo capaz de elevar a voltagem

elétrica recebida da bateria para alimentar as velas de ignição.

As velas são dispositivos que prom

ovem as faíscas e estas, pelas altas tensões a que são subm

etidas, inflamam

a mistura

comprim

ida no cilindro. As velas de ignição, tam

bém, devem

resistir às mudanças bruscas de tem

peratura e pressão, alta

voltagem, vibração m

ecânica e corrosão química dos gases da com

bustão.

squema de ligação das velas de ignição com

o sistema elétrico do m

otor.

9: E

sq

uem

a e

létric

o d

e lig

ão

da

s v

ela

s d

o m

oto

r cic

lo O

tto

Motores que utilizam

o ciclo Otto necessitam

de um sistem

a de ignição. Esse sistem

a é composto pela

bateria que alimenta a voltagem

induzida pela bobina. A bobina é um

dispositivo capaz de elevar a voltagem

a que são submetidas, inflam

am a m

istura

comprim

ida no cilindro. As velas de ignição, tam

bém, devem

resistir às mudanças bruscas de tem

peratura e pressão, alta

squema de ligação das velas de ignição com

o sistema elétrico do m

otor.

Page 7: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

Cic

lo D

ies

el –

die

se

l ou

bio

die

sel

Rudolf D

iesel, em 1897, utilizando um

já melhorado m

onocilíndrico (com

específico de 247 g de combustível por cavalo e por hora), desenvolve u

26,2% (os m

otores a gasolina rendiam 20%

e os a vapor 10%).

O m

otor Diesel desenvolvido, trabalhando a quatro tem

pos, possui,

motor 4 tem

pos a gasolina:

a)

O m

otor aspira e comprim

e apenas ar.

b)

Um

sistema de injeção dosa, distribui e atom

iza o combustível em

direção dos cilindros. O com

bustível se inflama ao

entrar em contato com

o ar forte-mente aquecido pela com

pressão, promovendo altas taxas de com

pressão.

Ad

mis

são

– nesse tempo, o êm

bolo se movim

enta do PM

S até o P

MI. C

om

aspiração somente de ar no interior do cilindro (F

igura 6.10a). Diferencia

mistura ar-com

bustível. A árvore de m

anivelas gira de 0º a 180º.

Co

mp

res

são

– com as duas válvulas fechadas,

o êmbolo se desloca do P

MI

compressão do ar (F

igura 6.10b) (diferencia

tempo, a árvore de m

anivelas gira mais 180º, de 180º a 360º, com

pletando 1 volta.

Fig

ura

10

: Te

mp

os

do

mo

tor d

e c

iclo

Die

se

l F

onte: Mercedes B

enz do Brasil, 2006

die

se

l ou

bio

die

sel

Rudolf D

iesel, em 1897, utilizando um

já melhorado m

onocilíndrico (com diâm

etro de 250 mm

, curso de 400 mm

e consumo

específico de 247 g de combustível por cavalo e por hora), desenvolve um

motor de 20 hp a 172 rpm

e rendimento térm

ico de

26,2% (os m

otores a gasolina rendiam 20%

e os a vapor 10%).

O m

otor Diesel desenvolvido, trabalhando a quatro tem

pos, possui, basicamente, duas grandes diferenças de um

r aspira e comprim

e apenas ar.

Um

sistema de injeção dosa, distribui e atom

iza o combustível em

direção dos cilindros. O com

bustível se inflama ao

mente aquecido pela com

pressão, promovendo altas taxas de com

pressão.

nesse tempo, o êm

bolo se movim

enta do PM

S até o P

MI. C

om a válvula de adm

issão aberta, ocorre a

aspiração somente de ar no interior do cilindro (F

igura 6.10a). Diferencia-se do ciclo O

tto no qual ocorre a aspiração da

e de manivelas gira de 0º a 180º.

com as duas válvulas fechadas,

o êmbolo se desloca do P

MI até o

PM

S, ocorrendo, então, a

compressão do ar (F

igura 6.10b) (diferencia-se do ciclo Otto pelas altas pressões de com

pressão atingidas). Nesse

, a árvore de manivelas gira m

ais 180º, de 180º a 360º, completando 1 volta.

10

: Te

mp

os

do

mo

tor d

e c

iclo

Die

se

l – (a

) ad

mis

o e

(b) c

om

pre

ss

ão

de 250 mm

, curso de 400 mm

e consumo

m m

otor de 20 hp a 172 rpm e rendim

ento térmico de

, duas grandes diferenças de um

Um

sistema de injeção dosa, distribui e atom

iza o combustível em

direção dos cilindros. O com

bustível se inflama ao

mente aquecido pela com

pressão, promovendo altas taxas de com

pressão.

a válvula de admissão aberta, ocorre a

se do ciclo Otto no qual ocorre a aspiração da

até o P

MS

, ocorrendo, então, a

se do ciclo Otto pelas altas pressões de com

pressão atingidas). Nesse

Page 8: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

Exp

los

ão

/exp

an

são

– quando o êmbolo está em

sua posição máxim

a (PM

S),

um certo volum

e de combustível no interior d

temperatura de 500 a 700ºC

e a alta pressão, o diesel, injetado nessas condições, faz com que ocorra a autoignição,

impulsionando o êm

bolo a PM

I, fazendo com que a biela transm

ita a força à árvore de manivela que gira de 3

Nesse tem

po, ocorre a realização de trabalho mecânico.

Esc

ap

e – nesse tem

po, com a válvula de escape aberta, os gases queim

ados

movim

ento do êmbolo do P

MI ao P

MS

(Figura

Fig

ura

11: T

em

po

s d

e u

m m

oto

r de c

iclo

Die

sel

Fonte: M

ercedes Benz do B

rasil, 2006

quando o êmbolo está em

sua posição máxim

a (PM

S), o bico injetor pulveriza, fina e fortem

ente,

um certo volum

e de combustível no interior da câm

ara de combustão (F

igura 11a). Nesse m

omento, o ar está a um

a

temperatura de 500 a 700ºC

e a alta pressão, o diesel, injetado nessas condições, faz com que ocorra a autoignição,

impulsionando o êm

bolo a PM

I, fazendo com que a biela transm

ita a força à árvore de manivela que gira de 3

Nesse tem

po, ocorre a realização de trabalho mecânico.

nesse tempo, com

a válvula de escape aberta, os gases queimados

são expelidos para fora do cilindro pelo

PM

S (F

igura11b), pelo giro de 540º a 720º, encerrando-se assim, o ciclo.

11: T

em

po

s d

e u

m m

oto

r de c

iclo

Die

sel –

(a) e

xp

los

ão

/exp

an

são

e (b

) esc

ap

e

o bico injetor pulveriza, fina e fortemente,

). Nesse m

omento, o ar está a um

a

temperatura de 500 a 700ºC

e a alta pressão, o diesel, injetado nessas condições, faz com que ocorra a autoignição,

impulsionando o êm

bolo a PM

I, fazendo com que a biela transm

ita a força à árvore de manivela que gira de 360º a 540º.

são expelidos para fora do cilindro pelo

se assim, o ciclo.

Page 9: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

Fig

ura

12

: Grá

fico

de

pre

ssõ

es

em

um

mo

tor c

iclo

Die

se

l de

do

is te

mp

os

co

m v

álv

ula

de

ad

mis

o n

o c

ab

eço

te e

fen

da

s d

e

ex

au

stã

o p

or flu

xo

co

ntín

uo

F

onte: Mercedes B

enz do Brasil, 2006

Onde: S

O – fendas de exaustão abertas

S

S – fendas fechadas

A

O →

SO

– expansão dos gases de combustão

A

S →

SS

– carga posterior (às vezes alta pressão)

EB

– início da injeção

EE

– fim da injeção

Valores m

édios para os pontos de distribuição:

AO

= 70ºC

antes do PM

I

AS

= 30ºC

depois do PM

I

SO

= 40ºC

antes do PM

I

SS

= 40ºC

depois do PM

I

2: G

ráfic

o d

e p

res

es

em

um

mo

tor c

iclo

Die

se

l de

do

is te

mp

os

co

m v

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ula

de

ad

mis

o n

o c

ab

eço

te e

fen

da

s d

e

austão abertas

expansão dos gases de combustão

carga posterior (às vezes alta pressão)

Valores m

édios para os pontos de distribuição:

2: G

ráfic

o d

e p

res

es

em

um

mo

tor c

iclo

Die

se

l de

do

is te

mp

os

co

m v

álv

ula

de

ad

mis

o n

o c

ab

eço

te e

fen

da

s d

e

Page 10: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

Cic

lo m

isto

N

o ciclo Otto, o processo de com

bustão ocorre a volume constante, enquanto no ciclo D

iesel, o processo ocorre a

pressão constante. No entanto, na prática, esses dois ciclos não representam

o ciclo de funcionamento real

No ciclo O

tto, a combustão a volum

e constante pressupõe uma com

bustão instantânea. O

ciclo misto, representado pela F

igura descreve a operação dos m

otores Diesel de alta rotação. N

esse ciclo a combustão ocorre em

duas fases:

com parte do calor sendo fornecida a volum

e constante e o restante sendo fornecido à pressão constante. F

igu

ra 1

3: D

iag

ram

as

do

cic

lo m

isto

F

onte: Reis et al., 2005

A expressão (E

quação 6.1) para o rendimento térm

ico do ciclo é: O

nde: r = V1/V

2 a = V

3/V2’ b = P

2’/P2 k =

O rendim

ento térmico do ciclo m

isto é um valor interm

ediário entre o rendi

do ciclo Otto.

A E

quação 6.1 é a mais geral. N

o caso, se o valor de b = 1, a Equação 6.1 corresponde ao valor do

rendimento para um

ciclo Diesel; se a =

1, a Equação 6.1 corresponde ao valor do rendim

ento para um ciclo

Otto.

No ciclo O

tto, o processo de combustão ocorre a volum

e constante, enquanto no ciclo Diesel, o processo ocorre a

pressão constante. No entanto, na prática, esses dois ciclos não representam

o ciclo de funcionamento real

No ciclo O

tto, a combustão a volum

e constante pressupõe uma com

bustão instantânea.

sto, representado pela Figura 13, é um

comprom

isso entre ambos os ciclos. É

o que melhor

descreve a operação dos motores D

iesel de alta rotação. Nesse ciclo a com

bustão ocorre em duas fases:

com parte do calor sendo fornecida a volum

e constante e o restante sendo fornecido à pressão constante.

A expressão (E

quação 6.1) para o rendimento térm

ico do ciclo é:

Onde: r = V

1/V2 a =

V3/V

2’ b = P2’/P

2 k = γ = cp/cv

O rendim

ento térmico do ciclo m

isto é um valor interm

ediário entre o rendi-mento térm

ico do ciclo Diesel e o

A E

quação 6.1 é a mais geral. N

o caso, se o valor de b = 1, a Equação 6.1 corresponde ao valor do

lo Diesel; se a =

1, a Equação 6.1 corresponde ao valor do rendim

ento para um ciclo

No ciclo O

tto, o processo de combustão ocorre a volum

e constante, enquanto no ciclo Diesel, o processo ocorre a

pressão constante. No entanto, na prática, esses dois ciclos não representam

o ciclo de funcionamento real do m

otor.

No ciclo O

tto, a combustão a volum

e constante pressupõe uma com

bustão instantânea.

omisso entre am

bos os ciclos. É o que m

elhor descreve a operação dos m

otores Diesel de alta rotação. N

esse ciclo a combustão ocorre em

duas fases:

com parte do calor sendo fornecida a volum

e constante e o restante sendo fornecido à pressão constante.

mento térm

ico do ciclo Diesel e o

A E

quação 6.1 é a mais geral. N

o caso, se o valor de b = 1, a Equação 6.1 corresponde ao valor do

lo Diesel; se a =

1, a Equação 6.1 corresponde ao valor do rendim

ento para um ciclo

Page 11: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

Os diagram

as mostram

bem que esses dois ciclos se assem

elham no plano prático. N

a reali

não é completam

ente de pressão variável e de volume constante, m

as se aproxima do ciclo m

isto, porque a “explosão”

dos gases é apenas uma com

bustão rápida, mas não instantânea.

Qu

ad

ro 6

.1: C

om

para

ção

en

tre o

s m

oto

res d

e c

iclo

Ott

Cic

lo O

tto

Adm

issão de combustível

Carburação/injeção

Alteração da rotação

Mistura ar/com

bustível

Ignição F

onte externa

Taxa de com

pressão 6 a 9 gasolina 9 a 14 álcool

Tipo de com

bustível Leves

Fonte: Mercedes Benz do Brasil, 2006

Re

su

mo

N

esta aula, verificou-se os processos de funcionamento dos m

otores

Otto, que utiliza com

o combustível etanol, gasolina ou G

NV

e,

biodiesel. Estes podem

ser de 2 ou 4 tempos m

ecânicos. Os tem

pos podem ser classificados com

o admissão,

compressão, com

bustão e escapamento, com

pletando o ciclo de funcionamento.

Ativ

ida

de

s d

e a

pre

nd

iza

1.

Diferencie um

motor de 2 tem

pos de um de 4 tem

pos para ciclo Otto.

2.

Com

o ocorre o processo de ignição nos motores de ciclo D

iesel?

3.

Com

o ocorre o processo de ignição nos motores de ciclo O

tto?

4.

Qual é a função do carburador nos m

otores de ciclo Otto?

5.

Por que os m

otores do ciclo Diesel não podem

operar somente com

etanol?

Os diagram

as mostram

bem que esses dois ciclos se assem

elham no plano prático. N

a reali

não é completam

ente de pressão variável e de volume constante, m

as se aproxima do ciclo m

isto, porque a “explosão”

dos gases é apenas uma com

bustão rápida, mas não instantânea.

Qu

ad

ro 6

.1: C

om

para

ção

en

tre o

s m

oto

res d

e c

iclo

Otto

e c

iclo

Die

sel

Cic

lo O

tto

Ciclo D

iesel

Carburação/injeção

Injeção

Mistura ar/com

bustível C

ombustível

Autoignição

14 a 22

Pesados

se os processos de funcionamento dos m

otores considerando os ciclos termodinâm

icos: ciclo

Otto, que utiliza com

o combustível etanol, gasolina ou G

NV

e, ciclo Diesel, que tem

como com

bustível o diesel ou

biodiesel. Estes podem

ser de 2 ou 4 tempos m

ecânicos. Os tem

pos podem ser classificados com

o admissão,

compressão, com

bustão e escapamento, com

pletando o ciclo de funcionamento.

Ativ

ida

de

s d

e a

pre

nd

iza

ge

m

Diferencie um

motor de 2 tem

pos de um de 4 tem

pos para ciclo Otto.

Com

o ocorre o processo de ignição nos motores de ciclo D

iesel?

Com

o ocorre o processo de ignição nos motores de ciclo O

tto?

Qual é a função do carburador nos m

otores de ciclo Otto?

Por que os m

otores do ciclo Diesel não podem

operar somente com

etanol?

Os diagram

as mostram

bem que esses dois ciclos se assem

elham no plano prático. N

a realidade, o motor a gasolina

não é completam

ente de pressão variável e de volume constante, m

as se aproxima do ciclo m

isto, porque a “explosão”

os ciclos termodinâm

icos: ciclo

ciclo Diesel, que tem

como com

bustível o diesel ou

biodiesel. Estes podem

ser de 2 ou 4 tempos m

ecânicos. Os tem

pos podem ser classificados com

o admissão,

Page 12: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

Ca

rac

terís

tica

s té

cn

ica

s d

e d

es

em

pen

ho

O

bje

tivo

s

Fam

iliarizar-se com

noções

e conceitos

preliminares

das grandezas

físicas que

explicam

o

comportam

ento mecânico e suas unidades de m

edidas.

Determ

inar as principais características técnicas de desempenho dos m

otores.

Relacionar as características técnicas com

o processo de transformação de energia que ocorre nos

motores de com

bustão. N

õe

s p

relim

ina

res

de

me

nic

a

O desem

penho dos motores está relacionado ao processo de transform

ação de energia dos combustíveis em

energia

mecânica

e às

especificações técnicas

de projetos

inerentes a

cada m

odelo de

motor,

os quais

possuem

parâmetros

específicos como: potência, torque, consum

o de combustível e rendim

ento.

As

características que

melhor

definem

o desem

penho dos

motores

de com

-bustão podem

ser

entendidas pelas

grandezas físicas que estão diretamente ligadas aos parâm

etros mecânicos, bem

como o ferram

ental disponível para

avaliar medidas e conferir padrões técnicos específicos de cada sistem

a que compõe os m

otores. Assim

, destacamos as

seguintes grandezas físicas:

Fo

rça

Q

ualquer agente capaz de alterar o estado de repouso ou de movim

ento de um corpo. P

ara um corpo de m

assa

constante, a força resultante sobre ele possui módulo igual ao produto entre m

assa e aceleração. Unidade: new

ton (N).

Page 13: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

Ma

ss

a

É a m

edida da quantidade de matéria contida em

uma substância. N

ão varia com a tem

peratura, pressão ou localização

no espaço. Unidade: gram

a (g).

Pe

so

É

uma m

edida da força gravitacional que atua sobre uma substância. U

nidade: newton (N

). T

rab

alh

o

É o resultado da ação de um

a força atuante sobre um corpo em

um

medida da energia transferida pela aplicação de um

a força ao longo de um deslocam

ento. Unidade: joule (J).

Representado por W

ork (w

). P

otê

nc

ia

É a grandeza que determ

ina a quantidade de energia ou trabalho concedida por uma fonte a cada unidade de tem

po.

Unidade: w

att (W). P

ode ser calculada pela variação de energia do sistema em

determinado intervalo de tem

po.

É a quantidade de trabalho realizada por unidade de tem

po. P

otê

nc

ia d

e u

m m

oto

r É

a quantidade de energia fornecida pelo motor a cada un

Onde: P

ot – potência de movim

ento F

v – velocidade de deslocam

ento É

a medida da quantidade de m

atéria contida em um

a substância. Não varia com

a temperatura, pressão ou localização

É um

a medida da força gravitacional que atua sobre um

a substância. Unidade: new

ton (N).

É o resultado da ação de um

a força atuante sobre um corpo em

um determ

inadoia transferida pela aplicação de um

a força ao longo de um deslocam

ento. Unidade: joule (J).

a grandeza que determina a quantidade de energia ou trabalho concedida por um

a fonte a cada unidade de tempo.

pela variação de energia do sistema em

determinado intervalo de tem

po.

a quantidade de trabalho realizada por unidade de tempo.

É a quantidade de energia fornecida pelo m

otor a cada unidade de tempo.

potência de movim

ento F – força

velocidade de deslocamento

É a m

edida da quantidade de matéria contida em

uma substância. N

ão varia com a tem

peratura, pressão ou localização

É um

a medida da força gravitacional que atua sobre um

a substância. Unidade: new

ton (N).

determinado deslocam

ento. É um

a ia transferida pela aplicação de um

a força ao longo de um deslocam

ento. Unidade: joule (J).

a grandeza que determina a quantidade de energia ou trabalho concedida por um

a fonte a cada unidade de tempo.

pela variação de energia do sistema em

determinado intervalo de tem

po.

Page 14: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

Onde: P

ot – potência de movim

ento T

w

– velocidade angular T

orq

ue

É

uma quantidade física vetorial. É

uma m

edida da força que age em um

objeto fazendo com que ele m

esmo

gire.

• O

objeto gira sobre um ponto central (ponto pivô).

• A

distância do ponto pivô ao ponto onde atua uma força “F

” é

“r”, assim definido pela relação:

Fig

ura

7.1

: Es

qu

em

a re

pre

se

nta

tivo

do

torq

ue

Fonte: C

TIS

M, adaptado de M

ercedes Benz do B

rasil, 2006

potência de movim

ento T – torque

É um

a quantidade física vetorial. É um

a medida da força que age em

um objeto fazendo com

que ele mesm

o

O objeto gira sobre um

ponto central (ponto pivô).

A distância do ponto pivô ao ponto onde atua um

a força “F” é denom

inado braço do movim

ento e denotada por

Fig

ura

7.1

: Es

qu

em

a re

pre

se

nta

tivo

do

torq

ue

Fonte: C

TIS

M, adaptado de M

ercedes Benz do B

rasil, 2006

É um

a quantidade física vetorial. É um

a medida da força que age em

um objeto fazendo com

que ele mesm

o

do movim

ento e denotada por

Page 15: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

No

Quadro

1, são

apresentadas as

novas unidades

de m

edidas, segundo

o S

istema

Internacional de Unidades. N

o decorrer dos tempos, foram

implanta

medidas, cada vez m

ais difíceis de serem entendidos, por isso foram

cr

Qu

ad

ro 7

.1: U

nid

ad

es

de m

ed

idas p

elo

Sis

tem

a In

tern

ac

ion

al

No

me

nc

latu

ra D

eno

min

ação

Potência w

att

Mom

ento de força new

ton metro

Massa

quilograma

Força new

ton

Pressão bar

Distância

metro

Intensidade de corrente am

père

Tensão volt

Fonte: A

daptado de UF

MG

– DE

ME

C, 2000

Outros

aspectos correspondentes

a um

a análise

técnica conjunta

dizem

res

características dimensionais que os m

otores apresentam.

Cilin

dra

da

É

o volume total deslocado pelo pistão em

seu curso entre o ponto morto inferior (P

MI) e o

ponto morto superior (P

MS

), multiplicado pelo núm

ero de cilindros do motor. É

indicada em

centímetros cúbicos (cm

1, são

apresentadas as

novas unidades

de m

edidas, segundo

o S

istema

Internacional de Unidades. N

o decorrer dos tempos, foram

implanta-dos diversos sistem

as de m

edidas, cada vez mais difíceis de serem

entendidos, por isso foram cr

Qu

ad

ro 7

.1: U

nid

ad

es

de m

ed

idas p

elo

Sis

tem

a In

tern

ac

ion

al

Un

idad

e N

ova

Un

idad

e A

ntig

a

Den

om

inaç

ão

Ab

reviatura

Den

om

inaç

ão

Ab

reviatura

W

cavalo vapor cv

newton m

etro N

m

metroquilogram

a força m

kgf

kg

- -

N

quilopound kp

bar quilogram

a força/cm²

kgf/cm²

m

- -

A

- -

V -

-

DE

ME

C, 2000

tos correspondentes

a um

a análise

técnica conjunta

dizem

res

características dimensionais que os m

otores apresentam.

É o volum

e total deslocado pelo pistão em seu curso entre o ponto m

orto inferior (PM

I) e o (P

MS

), multiplicado pelo núm

ero de cilindros do motor. É

indicada em

centímetros cúbicos (cm

3) ou litros e tem a seguinte fórm

ula (Equação 7.9):

1, são

apresentadas as

novas unidades

de m

edidas, segundo

o S

istema

dos diversos sistemas de

medidas, cada vez m

ais difíceis de serem entendidos, por isso foram

criadas novas unidades.

tos correspondentes

a um

a análise

técnica conjunta

dizem

res-peito às

É o volum

e total deslocado pelo pistão em seu curso entre o ponto m

orto inferior (PM

I) e o (P

MS

), multiplicado pelo núm

ero de cilindros do motor. É

indicada em

) ou litros e tem a seguinte fórm

ula (Equação 7.9):

Page 16: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

Es

qu

em

a re

pre

se

nta

tivo

da

cilin

dra

da

no

mo

tor

Fonte: M

ercedes Benz do B

rasil, 2006 C

aracterísticas técnicas para um m

otor de combustão ciclo O

tto, a partir da análise do catálogo do fabricante,

têm-se os seguintes dados:

• M

otor dianteiro longitudinal M.P

.F.I. (

• N

úmero de cilindros: 04.

• D

iâmetro do cilindro: 86,0 m

m.

• C

urso do pistão: 86,0 mm

.

• T

axa de compressão: 9,2:1.

Assim

: O

s dados observados, referentes às características técnicas do motor,

possibilitaram definir a cilindrada desse m

otor como 2000 cm

motorização 2.0 (dois ponto zero).

Es

qu

em

a re

pre

se

nta

tivo

da

cilin

dra

da

no

mo

tor

Características técnicas para um

motor de com

bustão ciclo Otto, a partir da análise do catálogo do fabricante,

ro longitudinal M.P

.F.I. (M

ulti P

oin

t Fuel In

jectio

n).

Os dados observados, referentes às características técnicas do m

otor, em estu-dos aplicados à E

quação 7.8,

possibilitaram definir a cilindrada desse m

otor como 2000 cm

3, 2,0 litros ou popularmente com

o é conhecido,

Características técnicas para um

motor de com

bustão ciclo Otto, a partir da análise do catálogo do fabricante,

dos aplicados à Equação 7.8,

, 2,0 litros ou popularmente com

o é conhecido,

Page 17: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

ma

ra d

e c

om

pre

ss

ão

ou

de

co

mb

us

tão

É o espaço livre que fica acim

a do pistão, quando este se encontra no ponto morto superior (P

MS

). Nesse espaço,

a mistura ar/com

bustível do motor a gasolina, que entrou pela válvula de adm

issão, será comprim

i

faísca emitida pela vela de ignição explodirá para que a expansão dos gases m

ovimente o pistão e dê

ao funcionamento do m

otor.

Nos m

otores de ciclo Diesel, no espaço da câm

ara de compressão é confinado o ar de adm

issão que entrou p

de admissão, atingindo alta pressão e tem

peratura, ao ponto de receber a pulverização de combustível proveniente do

bico injetor para realizar a detonação e a

Dependendo do grau de m

odernidade do motor, a câm

ara pode estpistões – esta m

ais comum

ente encontrada. Basicam

ente, o volume da câm

ara de combustão define a taxa

de compressão do m

otor. Quanto m

enor for seu volume, m

aior será essa relação e,

melhor o rendim

ento do motor. T

odos os componentes que atuam

em sua form

ação ou ao seu redor influenciam

diretamente em

sua eficiência como a posição das válvulas e o desenho dos dutos de adm

issão, por exem

plo. C

âm

ara

de c

om

bu

stã

o –

ca

be

ça

do

pis

tão

Fonte: M

ercedes Benz do B

rasil, 2006 C

âm

ara

de

co

mp

res

o o

u d

e c

om

bu

stã

o

É o espaço livre que fica acim

a do pistão, quando este se encontra no ponto morto superior (P

MS

). Nesse espaço,

a mistura ar/com

bustível do motor a gasolina, que entrou pela válvula de adm

issão, será comprim

i

faísca emitida pela vela de ignição explodirá para que a expansão dos gases m

ovimente o pistão e dê

Nos m

otores de ciclo Diesel, no espaço da câm

ara de compressão é confinado o ar de adm

issão que entrou p

de admissão, atingindo alta pressão e tem

peratura, ao ponto de receber a pulverização de combustível proveniente do

bico injetor para realizar a detonação e a conseqüente combustão.

Dependendo do grau de m

odernidade do motor, a câm

ara pode estar inserida no cabeçote ou na cabeça dos esta m

ais comum

ente encontrada. Basicam

ente, o volume da câm

ara de combustão define a taxa

de compressão do m

otor. Quanto m

enor for seu volume, m

aior será essa relação e,

ento do motor. T

odos os componentes que atuam

em sua form

ação ou ao seu redor influenciam

diretamente em

sua eficiência como a posição das válvulas e o desenho dos dutos de adm

issão,

ca

be

ça

do

pis

tão

É o espaço livre que fica acim

a do pistão, quando este se encontra no ponto morto superior (P

MS

). Nesse espaço,

a mistura ar/com

bustível do motor a gasolina, que entrou pela válvula de adm

issão, será comprim

ida e, após, a

faísca emitida pela vela de ignição explodirá para que a expansão dos gases m

ovimente o pistão e dê seqüência

Nos m

otores de ciclo Diesel, no espaço da câm

ara de compressão é confinado o ar de adm

issão que entrou pela válvula

de admissão, atingindo alta pressão e tem

peratura, ao ponto de receber a pulverização de combustível proveniente do

ar inserida no cabeçote ou na cabeça dos esta m

ais comum

ente encontrada. Basicam

ente, o volume da câm

ara de combustão define a taxa

de compressão do m

otor. Quanto m

enor for seu volume, m

aior será essa relação e, conseqüentemente,

ento do motor. T

odos os componentes que atuam

em sua form

ação ou ao seu redor influenciam

diretamente em

sua eficiência como a posição das válvulas e o desenho dos dutos de adm

issão,

Page 18: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

Re

laç

ão

ou

tax

a d

e c

om

pre

ss

ão

É um

a relação matem

ática que indica quantas vezes a mistura ar/com

bustível, ou simpl

(no caso dos motores de ciclo D

iesel) para dentro dos cilindros pelo pistão e comprim

ida, dentro da câmara de

combustão, antes que se inicie o processo de queim

a.

Assim

, um m

otor a gasolina, que tenha especificada uma taxa de com

que o volume aspirado para dentro do cilindro foi com

primido oito vezes antes que a centelha da vela de

ignição iniciasse a combustão, F

igura 7.4. E

sq

ue

ma

de

mo

ns

trativ

o d

a ta

xa

de

co

mp

r F

onte: CT

ISM

, adaptado de Mercedes B

enz do Brasil, 2006

Do ponto de vista term

odinâmico, a taxa de com

pressão é diretamente responsável pelo rendim

ento térmico do m

otor.

Assim

, quanto maior a taxa de com

pressão, melhor será o aproveitam

ento energé

combustível consum

ido. Por esse m

otivo é que os motores D

iesel consomem

menos que um

similar a gasolina,

funcionando com taxas de com

pressão altíssimas (17:1 nos

mesm

a potência, consumindo m

enos combustível.

Re

laç

ão

ou

tax

a d

e c

om

pre

ss

ão

É

uma relação m

atemática que indica quantas vezes a m

istura ar/combustível, ou sim

pl

(no caso dos motores de ciclo D

iesel) para dentro dos cilindros pelo pistão e comprim

ida, dentro da câmara de

, antes que se inicie o processo de queima.

Assim

, um m

otor a gasolina, que tenha especificada uma taxa de com

pressão de 8:1, por exemplo, indica

que o volume aspirado para dentro do cilindro foi com

primido oito vezes antes que a centelha da vela de

ignição iniciasse a combustão, F

igura 7.4.

Es

qu

em

a d

em

on

stra

tivo

da ta

xa

de

co

mp

res

o

Fonte: C

TIS

M, adaptado de M

ercedes Benz do B

rasil, 2006

Do ponto de vista term

odinâmico, a taxa de com

pressão é diretamente responsável pelo rendim

ento térmico do m

otor.

Assim

, quanto maior a taxa de com

pressão, melhor será o aproveitam

ento energético que o motor estará fazendo do

combustível consum

ido. Por esse m

otivo é que os motores D

iesel consomem

menos que um

similar a gasolina,

funcionando com taxas de com

pressão altíssimas (17:1 nos turbo diesel e até 22:1 nos diesel aspirados), e geram

a

a, consumindo m

enos combustível.

É um

a relação matem

ática que indica quantas vezes a mistura ar/com

bustível, ou simplesm

ente o ar, é aspirada

(no caso dos motores de ciclo D

iesel) para dentro dos cilindros pelo pistão e comprim

ida, dentro da câmara de

pressão de 8:1, por exemplo, indica

que o volume aspirado para dentro do cilindro foi com

primido oito vezes antes que a centelha da vela de

Do ponto de vista term

odinâmico, a taxa de com

pressão é diretamente responsável pelo rendim

ento térmico do m

otor.

tico que o motor estará fazendo do

combustível consum

ido. Por esse m

otivo é que os motores D

iesel consomem

menos que um

similar a gasolina,

e até 22:1 nos diesel aspirados), e geram a

Page 19: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

Re

laç

ão

de

vo

lum

es

pa

ra ta

xa

de

co

mp

res

o F

onte: Mercedes B

enz do Brasil, 2006

algumas

limitações

físicas e

técnicas para

a sim

ples am

pliação dessa

taxa. P

rimeiram

ente, ocorre

a

dificuldade de obtenção de câmaras de com

bustão minúsculas. Já para as lim

itações técnicas, as restrições são

quanto às pro-priedades do com

bustível. A

lguns tipos toleram m

ais as taxas de compressão antes de se

autoinflamarem

(número de cetanos ou octanagem

).

A taxa de com

pressão (TC

) corresponde à relação: O

nde: V – cilindrada do m

otor

v – volume da câm

ara de combustão

Com

o exemplo, tom

amos as características técnicas para um

motor ciclo O

tto, obtidas pela análise dos dados do catálogo,

observam-se as seguintes inform

ações:

• M

otor transversal gasolina M.P

.F.I. (

• C

ilindrada: 1.6 litros / 1600 cm

• N

úmero de cilindros: 04.

• D

iâmetro do cilindro: 79,0 m

m.

Re

laç

ão

de

vo

lum

es

pa

ra ta

xa

de

co

mp

res

o

Fonte: M

ercedes Benz do B

rasil, 2006

algumas

limitações

físicas e

técnicas para

a sim

ples am

pliação dessa

taxa. P

rimeiram

ente, ocorre

a

de obtenção de câmaras de com

bustão minúsculas. Já para as lim

itações técnicas, as restrições são

priedades do com

bustível. A

lguns tipos toleram m

ais as taxas de compressão antes de se

autoinflamarem

(número de cetanos ou octanagem

).

de compressão (T

C) corresponde à relação:

cilindrada do motor

volume da câm

ara de combustão

Com

o exemplo, tom

amos as características técnicas para um

motor ciclo O

tto, obtidas pela análise dos dados do catálogo,

intes informações:

Motor transversal gasolina M

.P.F

.I. (Multi P

oin

t Fuel In

jectio

n).

Cilindrada: 1.6 litros / 1600 cm

3.

Núm

ero de cilindros: 04.

Diâm

etro do cilindro: 79,0 mm

.

algumas

limitações

físicas e

técnicas para

a sim

ples am

pliação dessa

taxa. P

rimeiram

ente, ocorre

a

de obtenção de câmaras de com

bustão minúsculas. Já para as lim

itações técnicas, as restrições são

priedades do com

bustível. A

lguns tipos toleram m

ais as taxas de compressão antes de se

Com

o exemplo, tom

amos as características técnicas para um

motor ciclo O

tto, obtidas pela análise dos dados do catálogo,

Page 20: Processos de funcionamento dos motores de combustão interna introdução

• Curso do pistão: 81,5 mm.

• Taxa de compressão: 9,4:1.

Como a taxa de compressão já é dada, pode

Volume da câmara de combustão:

Pode-se, então, calcular a altura deixada no ci

Podemos concluir que a taxa de compressão é uma propriedade inerente ao motor (bloco, cabeçote,

pistões) e não ao combustível utilizado. Não se altera a taxa de compressão de um motor apenas modificando o tipo de combustível consumido.

Assim, para uma altura (h) do cilindro que compõe o volume da câmara de combustão, que tenha sido rebaixada de 0,6 mm, qual será a nova taxa de compressão deste motor?Assim, com a diminuição de 0,6 mm, a taxa de compress10,0:1.

Como a taxa de compressão já é dada, pode-se calcular então o volume da câmara de combustão v.

se, então, calcular a altura deixada no cilindro para a abertura das válvulas:

Podemos concluir que a taxa de compressão é uma propriedade inerente ao motor (bloco, cabeçote,

pistões) e não ao combustível utilizado. Não se altera a taxa de compressão de um motor apenas tipo de combustível consumido.

Assim, para uma altura (h) do cilindro que compõe o volume da câmara de combustão, que tenha sido rebaixada de 0,6 mm, qual será a nova taxa de compressão deste motor?

 mm, a taxa de compressão aumentará de 9,4:1 para aproximadamente

se calcular então o volume da câmara de combustão v.

Podemos concluir que a taxa de compressão é uma propriedade inerente ao motor (bloco, cabeçote,

pistões) e não ao combustível utilizado. Não se altera a taxa de compressão de um motor apenas

Assim, para uma altura (h) do cilindro que compõe o volume da câmara de combustão, que tenha sido

ão aumentará de 9,4:1 para aproximadamente