processos de degradação ambiental

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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TECNICA DE NIVEL MEDIO EM MEIO AMBIENTE MÓDULO I – PLANEJAMENTO EM MEIO AMBIENTE. COMPETENCIA: Caracterizar os recursos naturais e processos naturais de degradação. PROFESSORA: VIVIANE ALVES ZANINI.

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Page 1: Processos de degradação ambiental

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TECNICA DE NIVEL MEDIO EM MEIO AMBIENTE

MÓDULO I – PLANEJAMENTO EM MEIO AMBIENTE.

COMPETENCIA: Caracterizar os recursos naturais e processos naturais de degradação.

PROFESSORA: VIVIANE ALVES ZANINI.

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HABILIDADES:

Identificar e classificar os processos de degradação geológica, biológica e natural.

Identificar e classificar os processos de degradação física e química natural.

Carga horária: 20 horas.

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Ecologia

Ecologia é o estudo das interações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente

A palavra e o conceito foram iniciados em 1866 pelo biólogo alemão Ernst Haeckel da palavra grega "oikos", que significa "casa", e "logos", que significa "estudo".

Para os ecólogos, o meio ambiente inclui não só os fatores abióticos como o clima e a geologia, mas também os seres vivos que habitam uma determinada comunidade ou biótipo.

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Geologia

O conceito de Geologia a ser adotado neste curso é o de Keller (1982), qual seja: "Geologia Ambiental é geologia aplicada abrangendo um amplo espectro de interações prováveis entre o Homem e o ambiente físico. Especificamente, é a aplicação da informação geológica para resolver conflitos, minimizando a possibilidade de degradação ambiental, ou maximizando a possibilidade de adequado uso do ambiente natural ou modificado".

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Dentro da Geologia Aplicada existem dois ramos distintos: o ramo que estuda o aproveitamento sócio-econômico dos recursos naturais (Geologia Econômica) e o que trata do equilíbrio no uso dos referidos recursos (Geologia de Engenharia e Geologia Ambiental);

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A diferença entre a Geologia de Engenharia e a Ambiental está nas soluções predominantemente estruturais que a primeira fornece, através da análise de parâmetros geotécnicos, enquanto que na Geologia Ambiental o enfoque predominante é para soluções não estruturais, a partir da análise de parâmetros ambientais. Isso para a aplicação em obras de engenharia, conservação de recursos naturais, riscos geológicos, impactos ambientais, ocupação do solo, entre outras áreas que necessitam de estudos geológicos aplicados.

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A Geologia Geral é o "estudo da composição, da estrutura e dos fenômenos genéticos formadores da crosta terrestre, assim como do conjunto geral de fenômenos que agem não somente sobre a superfície, como também em todo o interior do nosso planeta" (Leinz & Amaral, 1989).

Portanto, a partir da análise desses conceitos a Geologia Ambiental apresenta uma relação bem estreita com a Geologia de Engenharia, sendo difícil delinear onde começa uma e termina a outra.

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Já com referência à Geologia Geral e Econômica, nota-se que esta relação não é tão estreita. A relação com a Geologia Geral se dá a partir do entendimento dos processos geológicos, sejam eles superficiais ou internos, entre eles podemos citar: escorregamentos, erosão, terremotos, etc. Na Geologia Econômica a relação é representada pela resolução de problemas ambientais decorrentes da exploração mineral.

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A figura abaixo resume as relações interdisciplinares da Geologia Ambiental

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Os objetivos principais da Geologia Ambiental

Reconhecer e caracterizar as feições e os processos que correspondem à contínua transformação do Planeta, considerando o Homem como um dos principais agentes dessa transformação;

Realizar diagnósticos geológicos das relações de causa e efeito dos processos atuais, desencadeados no meio geológico pelas atividades humanas;

Contribuir e participar da elaboração de instrumentos de gestão ambiental, como os estudos de impacto ambiental e inúmeros outros.

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Há áreas que apresentam uma maior quantidade de estudos e trabalhos.

Os estudos de impacto ambiental (EIA-RIMA, PRAD, RCA, PCA), sistemas de gestão ambiental, levantamento de passivos ambientais;

Elaboração de cartas geotécnicas e outros instrumentos de apoio ao planejamento urbano e regional;

Estudos dos processos de dinâmica interna (terremotos, vulcanismo, etc) e externa (escorregamentos, erosão, subsidências, assoreamento, inundações, entre outros);

Recuperação de áreas degradadas, especialmente aquelas relacionadas à mineração.

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Sugestões de Leitura.CAPÍTULOS DE LIVROS: BITAR, O.Y. (Coord.). Curso de geologia aplicada ao meio ambiente.

São Paulo: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), 1995. Capítulo 2 "Geologia de Engenharia e Meio Ambiente", páginas 5 a 15.

SUGUIO, K. Geologia do Quaternário e Mudanças Ambientais: passado + presente = futuro?. São Paulo: Paulo´s Comunicação e Artes Gráficas, 1999. Capítulo XIII "As Pesquisas Aplicadas do Quaternário", sub-capítulos 1 e 2, páginas 319 a 326.

ARTIGO: SANTOS, A.R.; PRANDINI, F.L.; OLIVEIRA, A.M.S. . Limites ambientais

do desenvolvimento: geociências aplicadas, uma abordagem tecnológica da biosfera. São Paulo: Artigo técnico da Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE), 1990. 20p.

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AGENTES DO DESEQUILÍBRIO

A escalada do progresso técnico humano pode ser medida pelo seu poder de controlar e transformar a natureza. Quanto mais rápido o desenvolvimento tecnológico, maior o ritmo de alterações provocadas no meio ambiente. Cada nova fonte de energia dominada pelo homem produz determinado tipo de desequilíbrio ecológico e de poluição. A invenção da máquina a vapor, por exemplo, aumenta a procura pelo carvão e acelera o ritmo de desmatamento. A destilação do petróleo multiplica a emissão de gás carbônico e outros gases na atmosfera. Com a petroquímica, surgem novas matérias-primas e substâncias não-biodegradáveis, como alguns plásticos.

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CRESCIMENTO POPULACIONAL ECONOMIA DO DESPERDÍCIO LIXO RESÍDUOS RADIATIVOS EFEITO ESTUFA CHUVAS ÁCIDAS CONTAMINAÇÃO DE AQUÍFEROS BURACOS NA OZONOSFERA DESTRUIÇÃO DE MANGUEZAIS QUEIMADAS ASSOREAMENTOS DERRAME DE PETRÓLEO IMPACTOS EM OCEANOS E CURSOS DE ÁGUA:• VAZÃO , ACIDEZ, TEMPERATURA, COR. SÓLIDOS, TOXIDADE, METAIS PESADOS DESMATAMENTOS EROSÃO EÓLICA PLUVIAL IMPACTOS AMBIENTAIS

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Os impactos são representados por efeitos no meio ambiente, tendo como causas inúmeros fatores.

Principais causas Principais efeitos

Garimpo a céu aberto e mineração industrial

Assoreamento de cursos d'água, erosão de solos, desertificação de áreas e degradação de paisagensContaminação de águas, solos e lençóis subterrâneos por metais pesados

Construções de rodovias, ferrovias e portos Migrações, explosão demográfica, propagação de doençasDesmatamentos e queimadas

Construções de Hidrelétricas Modificações climáticas, elevação de temperatura e inundaçõesImpactos da flora, fauna e ecossistemasImpactos culturais e sócio-econômico

Poluição atmosférica Danos em instalações e edificações decorrentes de chuva ácida

Caça e pesca predatória Dificuldade da reprodução animal e extinção de espéciesDesequilíbrio ecológico

Queimadas e desmatamentos e destruição de matas ciliares

Assoreamento de cursos d'água e prejuízos ao transporte fluvialPragas de insetos e surgimento de ervas daninhas

Despejos de resíduos industriais, domiciliares e hospitalares

Proliferação de bactérias, vírus e parasitas

Poluição radioativa e por metais pesados Lesões físicas e psíquicas nos seres vivos

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DESASTRES ECOLÓGICOS

Os desastres ecológicos, que não se restringem apenas a um ponto, mas a todo um ecossistema e até ao mundo, devido aos efeitos das correntes marinhas e ventos.

Anualmente, os desastres representam um elevado custo ambiental e financeiro. Na década de 60, foram registrados 16 grandes desastres, que representam perdas de 10 bilhões de dólares, enquanto que na década de 80 ocorreram 70 desastres representaram 90 bilhões de dólares. Os números passam a ser assustadores quando se dá conta que somente em 1998 as perdas foram de 90 bilhões de dólares.

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Além das mortes de pessoas e animais, inúmeras evacuações já foram executadas, fazendo de milhares de pessoas refugiados ambientais, devido a acidentes nucleares e químicos.Em 1992, conforme o PNUMA, 11% do solo da terra já estava sem função biótica. São 300 milhões de hectares totalmente degradados e outros 900 milhões em estado de semi-degradação. No Brasil, uma das empresas que mais contribui para a destruição ambiental é uma estatal de petróleo. Registros indicam que somente entre 1985 e 2000 já derramou mais de dez milhões de toneladas de óleo no mar, provocando a morte de inúmeros animais - entre 1997 e 2000 foram mais de 100 acidentes. Um dos mais recentes desastres foi o que aconteceu na Baia de Guanabara, no Rio de Janeiro, quando 5 km de praias foram poluídas e 140 km2 de área de preservação ambiental de manguezais foram contaminados.

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Tal fato, além das conseqüências ambientais, afetou de sobremaneira a imagem da Petrobrás, deixando dúvidas quanto a finalidade dos gastos de 2 milhões de dólares com o patrocínio do Projeto Tamar e também pela forma de abordagem do problema pelo então presidente da Petrobrás em ressaltar que era só assinar o cheque do valor da multa, se configurando em uma atitude irresponsável com o país quanto à preservação ambiental e a administração dos recursos.

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Diariamente são registrados inúmeros desastres que afetam o meio ambiente, mas apenas os de grande proporção torna-se de conhecimento público, onde as indústrias e os meios de transporte são os maiores responsáveis.

Tais desastres e ocorrências ambientais de pequena gravidade têm provocado danos muitas vezes irremediáveis, contribuindo para a redução das condições propícias de habitabilidade no planeta terra.

Em 1992, conforme o PNUMA, 11% do solo da terra já estava sem função biótica. São 300 milhões de hectares totalmente degradados e outros 900 milhões em estado de semi-degradação.

Fonte: www.museudouna.com.brFonte: www.cabano.com.br

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