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PROCESSO SELETIVO VESTIBULAR – 2017/1 DIREITO CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Questão 01 Observe a imagem e atente-se ao texto: O Cortiço conta a história do caminho que João Romão percorre para ficar rico. Para conseguir atingir esse objetivo, ele, que é o dono do cortiço e de uma pedreira situada ao fundo, explora os seus empregados e até comete furtos. A sua amante, Bertoleza, trabalha continuamente, sem folgas ou descansos. Inclusive, João acaba a enganando com uma falsa carta de alforria. Disponível em: http://aprovadonovestibular.com/resumo-de-o- cortico.html acessado em 07/09/2016. No livro de Aluísio de Azevedo, o personagem João Romão é dono de um cortiço. Esta forma de moradia urbana era comum nas cidades brasileiras entre os séculos XIX e XX. A alternativa que melhor define cortiço é: A. Cortiço é uma denominação dada para uma moradia cujos cômodos são alugados para famílias inteiras. É um aglomerado de casebres, onde há pessoas de baixa renda morando juntas, geralmente nas áreas centrais das cidades. B. Cortiço é um fenômeno típico das grandes cidades industriais, que atraem muitos trabalhadores de outras regiões. Existe até hoje nos países desenvolvidos. C. Área nobre da cidade, ocupada por população de classe média e média alta, com mão-de-obra qualificada, próximo as fábricas, onde empregam-se os habitantes do cortiço. D. Cortiço é uma área ocupada regularmente nas encostas dos morros, nas margens de córregos, rios, canais, mangues etc. As casas são construídas em madeira ou alvenaria, muitas com mais de um andar, respeitando-se a delimitação dos terrenos vizinhos e o plano diretor municipal. E. O cortiço é caracterizado pela edificação contínua e pela existência de infraestrutura urbana, que compreende ao conjunto de serviços públicos que possibilitam a vida da população. Questão 02 Atualmente, entende-se por cidadão o indivíduo que goza plenamente dos direitos civis e políticos de um Estado e, em contrapartida, cumpre os deveres estabelecidos na lei. Embora a origem da palavra cidadão seja frequentemente associada ao contexto social da pólis grega, ela deriva do correspondente latino civitas, cujo significado é cidade ou cidadania. O correlato grego é politikos, isto é, “aquele que age na cidade”. Na pólis grega, de modo geral, o exercício dos direitos políticos advindos da cidadania restringia-se aos homens livres nascidos na cidade. Os escravos, os estrangeiros e as mulheres não eram considerados cidadãos e, portanto, estavam excluídos da participação política. ALVES, Alexandre; OLIVEIRA, Letícia Fagundes. Conexões com a História. São Paulo: Moderna, 2010. p. 105. A respeito das noções de cidadania e democracia na Antiguidade grega, assinale a afirmação CORRETA: A. Os estrangeiros em Atenas, chamados de metecos, participavam ativamente da vida política e constituíam um grupo que detinha a posse da maior parte das terras agricultáveis, sendo os escolhidos para governar, frequentemente. B. Em Esparta, até mesmo a população servil detinha direitos políticos, podendo exercer o direito do voto na assembleia, denominada Eclésia. C. Atenas foi considerada a pólis democrática por conferir cidadania política a todos os seus habitantes, sem restrições por renda, sexo ou local de nascimento. D. Esparta e Atenas são tomadas como modelos distintos de pólis gregas, sendo Atenas a pólis na qual existiu um modelo de democracia direta. E. O conceito contemporâneo de cidadania é idêntico ao que existiu na Antiguidade grega, diferindo unicamente no fato de hoje as mulheres terem direito ao voto. Questão 03 Antes de tudo, o fascismo, no que concerne ao futuro e ao desenvolvimento da humanidade, e pondo de lado qualquer consideração sobre a política atual, não crê na possibilidade nem na utilidade de uma paz perpétua. Por isso rejeita o pacifismo que oculta uma renúncia à luta e uma vileza frente ao sacrifício. Somente a guerra leva ao máximo de tensão todas as energias humanas e marca com um sinal de nobreza os povos que têm a coragem de afrontá-la. (...) O fascismo deseja um Estado forte, orgânico e, ao mesmo tempo, apoiado sobre uma larga base popular. (...) No Estado circulam, enquadradas nas respectivas organizações,

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PROCESSO SELETIVO VESTIBULAR – 2017/1 DIREITO

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

Questão 01

Observe a imagem e atente-se ao texto:

O Cortiço conta a história do caminho que João Romão percorre para ficar rico. Para conseguir atingir esse objetivo, ele, que é o dono do cortiço e de uma pedreira situada ao fundo, explora os seus empregados e até comete furtos. A sua amante, Bertoleza, trabalha continuamente, sem folgas ou descansos. Inclusive, João acaba a enganando com uma falsa carta de alforria. Disponível em: http://aprovadonovestibular.com/resumo-de-o-cortico.html acessado em 07/09/2016.

No livro de Aluísio de Azevedo, o personagem João Romão é dono de um cortiço. Esta forma de moradia urbana era comum nas cidades brasileiras entre os séculos XIX e XX. A alternativa que melhor define cortiço é:

A. Cortiço é uma denominação dada para uma moradia cujos cômodos são alugados para famílias inteiras. É um aglomerado de casebres, onde há pessoas de baixa renda morando juntas, geralmente nas áreas centrais das cidades.

B. Cortiço é um fenômeno típico das grandes cidades industriais, que atraem muitos trabalhadores de outras regiões. Existe até hoje nos países desenvolvidos.

C. Área nobre da cidade, ocupada por população de classe média e média alta, com mão-de-obra qualificada, próximo as fábricas, onde empregam-se os habitantes do cortiço. D. Cortiço é uma área ocupada regularmente nas encostas dos morros, nas margens de córregos, rios, canais, mangues etc. As casas são construídas em madeira ou alvenaria, muitas com mais de um andar, respeitando-se a delimitação dos terrenos vizinhos e o plano diretor municipal. E. O cortiço é caracterizado pela edificação contínua e pela existência de infraestrutura urbana, que compreende ao conjunto de serviços públicos que possibilitam a vida da população.

Questão 02

Atualmente, entende-se por cidadão o indivíduo que goza plenamente dos direitos civis e políticos de um Estado e, em contrapartida, cumpre os deveres estabelecidos na lei. Embora a origem da palavra cidadão seja frequentemente associada ao contexto social da pólis grega, ela deriva do correspondente latino civitas, cujo significado é cidade ou cidadania. O correlato grego é politikos, isto é, “aquele que age na cidade”. Na pólis grega, de modo geral, o exercício dos direitos políticos advindos da cidadania restringia-se aos homens livres nascidos na cidade. Os escravos, os estrangeiros e as mulheres não eram considerados cidadãos e, portanto, estavam excluídos da participação política. ALVES, Alexandre; OLIVEIRA, Letícia Fagundes. Conexões com a História.

São Paulo: Moderna, 2010. p. 105.

A respeito das noções de cidadania e democracia na Antiguidade grega, assinale a afirmação CORRETA:

A. Os estrangeiros em Atenas, chamados de metecos,

participavam ativamente da vida política e

constituíam um grupo que detinha a posse da

maior parte das terras agricultáveis, sendo os

escolhidos para governar, frequentemente.

B. Em Esparta, até mesmo a população servil detinha

direitos políticos, podendo exercer o direito do

voto na assembleia, denominada Eclésia.

C. Atenas foi considerada a pólis democrática por

conferir cidadania política a todos os seus

habitantes, sem restrições por renda, sexo ou local

de nascimento.

D. Esparta e Atenas são tomadas como modelos

distintos de pólis gregas, sendo Atenas a pólis na

qual existiu um modelo de democracia direta.

E. O conceito contemporâneo de cidadania é idêntico

ao que existiu na Antiguidade grega, diferindo

unicamente no fato de hoje as mulheres terem

direito ao voto.

Questão 03

Antes de tudo, o fascismo, no que concerne ao futuro e ao desenvolvimento da humanidade, e pondo de lado qualquer consideração sobre a política atual, não crê na possibilidade nem na utilidade de uma paz perpétua. Por isso rejeita o pacifismo que oculta uma renúncia à luta e uma vileza frente ao sacrifício. Somente a guerra leva ao máximo de tensão todas as energias humanas e marca com um sinal de nobreza os povos que têm a coragem de afrontá-la. (...) O fascismo deseja um Estado forte, orgânico e, ao mesmo tempo, apoiado sobre uma larga base popular. (...) No Estado circulam, enquadradas nas respectivas organizações,

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todas as forças políticas, econômicas e espirituais da nação (...). MUSSOLINI, Benito; GENTILE, Giovanni. La dottrina del fascismo [1932]. In: Enciclopedia italiana. Disponível em: <www.polyarchy.org>. Acesso em: 26 ago. 2016.

Sobre o fascismo italiano e seu líder Benito Mussolini, é CORRETO afirmar que

A. durante seu domínio na Itália, os sindicatos e

outras organizações de esquerda foram acolhidos

pelo Estado e estimulados a se desenvolverem

livremente.

B. condenava os principais valores do mundo

moderno, como o racionalismo, o individualismo, a

democracia liberal, o Estado de direito, a teoria da

luta de classes e o internacionalismo socialista.

C. enquanto esteve no comando do governo, o

padrão de vida dos trabalhadores urbanos e dos

camponeses melhorou progressivamente.

D. condenava a guerra para a preservação da nação, o

que conduziu ao processo de desmilitarização da

sociedade nos anos 1930.

E. incentivou os planos quinquenais, que eram

planejamentos econômicos elaborados pelo

governo, determinando as prioridades da

produção por um período de cinco anos.

Questão 04

Leia com atenção:

O aumento do protecionismo agrícola dos países industrializados provocou sérias distorções: diminuição das importações desses países, aumento de suas exportações, reduções das quantidades por eles consumidas, diminuição das exportações dos países menos desenvolvidos e aumento de suas importações. Os fluxos comerciais foram significativamente modificados, pois os preços mundiais de equilíbrio dos produtos agrícolas foram reduzidos como resultado de décadas de políticas protecionistas. Souza, A. SER protagonista – geografia ensino médio. Edições SM, 1ªed. São Paulo SP, 2014. P. 375.

O protecionismo agrícola é uma prática que:

A. favorece as trocas comerciais entre países de economias desenvolvidas.

B. beneficia a importação de commodities produzidas nos países subdesenvolvidos para os países desenvolvidos.

C. prejudica a produção agrária dos pequenos e médios produtores nos países que implantam este sistema.

D. é usada pelos governos dos países para proteger a agricultura nacionais da concorrência externa.

E. ajuda monetariamente os produtores agrícolas de determinado país com o objetivo de aumentar o preço final dos produtos, permitindo maior valorização no mercado internacional.

Questão 05

A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é bastante atual e contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).

Segundo a lei, a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos deve ser em:

A. Lixões a céu aberto para a liberação do gás

metano na atmosfera.

B. Aterros sanitários para o controle do chorume e

da proliferação de animais.

C. Incineradores do lixo residencial comum.

D. Capsulas lacradas em depósitos distantes dos

grandes centros urbanos.

E. Composteiras residenciais, dispensando a coleta,

para produção de adubo orgânico.

Questão 06

O Estado liberal julgava inconcebível que um não proprietário pudesse ocupar um cargo de representante num dos três poderes. Ao afirmar que os cidadãos eram os homens livres e independentes, os liberais queriam dizer com isso que era dependentes e não livres os que não possuíssem propriedade privada. Dessa maneira, estavam excluídos da cidadania e do poder político os trabalhadores e as mulheres, isto é, a maioria da sociedade. CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2010. p. 469.

A respeito da cidadania liberal e dos modelos instituídos mundo afora, desde fins do século XVIII, podemos afirmar que:

A. lutas populares intensas já no século XVIII garantiram a plena cidadania política no cenário europeu, forçando o Estado liberal a se tornar uma república democrática representativa, com

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participação de toda a população por meio do voto.

B. a conquista popular da cidadania foi lenta e penosa até mesmo em potências mundiais, visto que as mulheres só alcançaram plena cidadania na França e na Inglaterra após a Segunda Guerra Mundial e os negros do sul dos Estados Unidos só se tornaram cidadãos nos anos 1960.

C. o Estado liberal, onde foi instituído, garantiu a cidadania a todos os que habitavam o território do Estado-Nação. Países da América Latina como Bolívia, Peru e Brasil criaram já no século XIX legislações que permitiram a participação da população indígena nas decisões políticas.

D. a ideia de contrato social, pelo qual os indivíduos se transformam em multidão e, por consequência, em um corpo político de cidadãos, previa o direito de cidadania política a todos, proprietários privados ou não, sem distinções em termos étnicos ou de gênero.

E. países que foram palco de grandes revoluções, como a França, tão logo promoveram a queda do Antigo Regime, aderiram ao modelo de república representativa e assim seguem até hoje. A tripartição dos poderes permitia a participação de diversos setores sociais nas decisões políticas, de modo que a cidadania política estava atrelada unicamente à nacionalidade e à maioridade eleitoral.

Questão 07

Apesar de se verificar a existência de escravos no decorrer dos séculos em quase todas as partes do mundo, a escravidão, em termos de instituição essencial da sociedade, só seria encontrada na Grécia e na Roma antigas. Em sua versão moderna, no interior do processo de expansão do capitalismo, ela ocorreu no Brasil, no Caribe e no sul dos atuais EUA. O mundo contemporâneo está carregado de contradições, contrastes e diferenças que se manifestam nas esferas social, política e econômica. Esses aspectos não são exclusividade da sociedade presente, tendo se manifestado nas formações sociais que a precederam. Adaptado de: FARAONI, Alexandre. Sociologia, ensino médio. São Paulo: Edições SM, 2010. p. 148-149.

Com base em seus conhecimentos sobre estratificação social e modos de produção ao longo da história, é correto afirmar que:

A. No Ocidente, é possível observar a sucessão e o predomínio de três modos de produção: o escravista, o feudal e o capitalista – sendo que apenas no modo de produção feudal existia a estratificação social.

B. Na sociedade de classe, a associação principal se estabeleceu entre os proprietários dos meios de produção e os não proprietários, de maneira que esses dois grupos se mesclaram no decorrer da Idade Moderna e Contemporânea e se tornaram um só ao final do século XIX.

C. O modo de produção escravista caracterizou-se pela oposição entre os senhores ou nobres e os camponeses dos feudos, chamados de servos da gleba – hierarquicamente abaixo dos próprios escravos.

D. Na sociedade escravista da Roma antiga, o escravo não possuía direito algum e era considerado propriedade privada do senhor. Nessas sociedades, jamais ocorreram rebeliões escravas, dado o rígido controle exercido pelos ricos proprietários.

E. A mobilidade social faz das sociedades de classes sistemas estratificados abertos, em oposição aos sistemas fechados das sociedades escravistas e estamentais.

Questão 08

Analise o gráfico a seguir:

Segundo os dados do IBGE, a população brasileira continua crescendo no início do século XXI. A tendência global da população em nosso país, segundo a projeção indicada no gráfico:

A. Manter o crescimento acelerado até 2050.

B. Apresentar taxa negativa de crescimento a partir

de 2010.

C. Manter as taxas de crescimento do século XX no

século XXI.

D. Diminuir a taxa de crescimento no século XXI.

E. Chegar a população absoluta de 250 milhões de

brasileiros até 2040.

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Questão 09

A humanidade que conhecemos hoje resulta de relações que circularam para além de áreas isoladas. Mas, e a globalização? Vale a pena reservar essa palavra, como faz, por exemplo, o geógrafo Jacques Lévy para a fase atual da mundialização. Será possível pensar que a mundialização sempre foi do mesmo jeito? Que a ampliação da escala geográfica das relações humanas vem se dando linearmente, sem conflitos e sem mudanças? Pensem nas tecnologias e na disseminação delas, na formação dos estados nacionais modernos, nas guerras. A conclusão será que o processo de mundialização é extremamente complexo. (Fonte: http://rede.novaescolaclube.org.br/ acesso 16.09.2016)

Com base no fragmento de texto anterior, e à luz dos conhecimentos produzidos pela ciência nos últimos séculos, o que torna o processo de mundialização cada dia mais dinâmico é:

A. O emprego dos princípios econômicos protecionistas sobre a produção global.

B. O avanço das tecnologias de comunicação que possibilitam a interconexão do mundo moderno.

C. A tecnologia de transporte que ainda restringe a ação econômica e produtiva global.

D. O avanço do socialismo sobre as economias mais desenvolvidas.

E. A proximidade geográfica das áreas de desenvolvimento tecnológico, de matéria-prima e produção industrial com baixo custo, todo dentro do mesmo país.

Questão 10

Observe a charge a seguir:

Podemos perceber na charge do cartunista Novaes uma visão bem-humorada sobre o mundo político e como ele se faz perceber. Evoca-se a figura do político profissional focalizado por Max Weber. Com base na charge e na abordagem de Weber sobre as classes sociais, pode-se dizer que a sociedade civil tende a ver os políticos profissionais:

A. como legítimos representantes de classe, sem

status diferenciado, sendo impossível separá-los

do grupo que representam. É evidente, neste caso,

a associação entre prestígio social e o nível

ocupado na relação de produção dos eleitores.

B. associados à burocracia estatal no instante em que

são eleitos, pois alcançam prestígio que os

posiciona no mesmo nível de funcionários públicos

de carreira, exceto pelo fato de estarem isentos de

tributação, elemento este ironizado na charge.

C. com desconfiança, percebendo a classe política

como detentora de privilégios e um grupo de baixa

produtividade. Nesse aspecto, Weber defende que

os partidos conduzem os indivíduos a cargos de

governo, possibilitando-lhes certo status e poder.

D. como sujeitos que temporariamente assumem

status diferenciado, embora no nível das relações

de produção permaneçam ligados à classe de

origem, com poder que se estende apenas a essa

classe.

E. de maneira negativa, visto que as agremiações

políticas organizam-se por critérios econômicos e

jamais ideológicos, possibilitando a um número

reduzido de pessoas a obtenção de prestígio social.

Questão 11

Não pode e não deve um príncipe prudente manter a palavra empenhada quando tal observância se volte contra ele e hajam desaparecido as razões que a motivaram. (...) Nas ações de todos os homens, especialmente os príncipes, (...) os fins é que contam. Faça, pois, o príncipe tudo para alcançar e manter o poder; os meios de que se valer serão sempre julgados honrosos e louvados por todos, porque o vulgo [o povo, a maioria das pessoas] atenta sempre para aquilo que parece ser e para os resultados. MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe.

O monarca, desprezando as leis da natureza, abusa das pessoas livres como de escravos, e dos bens dos súditos como dos seus (...) quanto às leis divinas e naturais, todos os princípios da terra estão sujeitos, e não está em seu poder transgredi-las (...). BODIN, Jean. A república.

A respeito das reflexões em torno do poder político no início da Idade Moderna, levando-se em consideração o pensamento de Nicolau Maquiavel (1469-1527) e de Jean Bodin (1530-1596), é correto afirmar que:

A. para Maquiavel, a política tem como objetivo a manutenção do poder do Estado e, para manter o poder, o governante deve lutar com todas as armas possíveis. Já para Bodin, o termo “república” que batiza sua obra é usado apenas em seu sentido etimológico de “coisa pública”,

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visto que para ele a forma preferencial de governo era a monarquia, defendendo a teoria do direito divino dos reis.

B. tanto Maquiavel quanto Bodin centram suas reflexões em torno da figura do governante. Maquiavel propõe a adoção de um sistema republicano, no qual o príncipe atue como difusor da justiça, assumindo o papel simultâneo de chefe do executivo e do judiciário. Bodin, por sua vez, idealiza uma república liberal, na qual a cidadania estende-se a todos os habitantes do reino.

C. enquanto Bodin recusa a figura dos monarcas como chefes de Estado, Maquiavel via na figura dos príncipes, detentores do poder absoluto, o caminho ideal para solução dos conflitos. Nesse sentido, a máxima “os fins justificam os meios” aplica-se à preocupação com a justiça e não aos resultados das ações do governante.

D. Bodin fazia sérias críticas a Maquiavel em seus textos, visto que defendia a necessidade de preocupação constante com a moral, por parte dos monarcas. Maquiavel, por sua vez, rebateu as críticas de Bodin no capítulo final de sua obra mais famosa, O príncipe.

E. Maquiavel e Bodin são exemplos de teóricos defensores do direito divino dos reis. Maquiavel atuou, inclusive, como defensor desse princípio à época de Luís XIV, a quem serviu como embaixador no início do século XVIII.

Questão 12

Também conhecido como ISIS, sigla em inglês para Estado Islâmico do Iraque e da Síria, o Estado Islâmico (EI) é um grupo muçulmano extremista fundado em outubro de 2004 a partir do braço da Al Qaeda no Iraque. É formado por sunitas, o maior ramo do islamismo. Entre os países muçulmanos, os sunitas são minoria apenas entre as populações do Iraque e do Irã, compostas majoritariamente por xiitas. Em janeiro de 2014, o Estado Islâmico declarou que o território sob seu controle passaria a ser um califado, a forma islâmica de governo. Disponível em: <http://www.ebc.com.br>. Acesso em: 03 set. 2016.

A respeito do grupo Estado Islâmico (EI), sua atuação e repercussão internacional de suas ações, é correto afirmar que:

A. Os sunitas radicais do EI consideram que os xiitas são infiéis e devem ser mortos. Aos cristãos, os extremistas dão três opções: a conversão, o pagamento de uma taxa religiosa ou a pena de morte.

B. No Iraque, o EI já governa praticamente todo o país desde 2006 e ainda tenta se aproveitar da

situação conflituosa entre curdos, árabes sunitas, cristãos e xiitas, para ampliar sua área de controle.

C. Grandes potências, como os Estados Unidos, a Alemanha, o Reino Unido e a França, não se mostram minimamente preocupadas com a ação do EI e até o presente momento não anunciaram apoio, com efetivos militares e armas, à resistência contra o EI – composta por curdos e xiitas, no Iraque.

D. O Estado Islâmico foi inocentado pelos atentados terroristas realizados em Paris, no dia 13 de novembro de 2015, pois tais ataques foram assumidos pelo grupo separatista basco ETA.

E. A França recusa-se a participar da coalizão internacional que realiza ataques aéreos contra os jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

Questão 13

No período compreendido entre 1991 e 1992, os desmandos, os escândalos envolvendo despesas públicas suntuosas e desnecessárias e as denúncias de corrupção administrativa não paravam de crescer. Revelações feitas à imprensa pelo irmão do presidente, Pedro Collor, em 27 de maio de 1992, agravaram a crise e levaram às ruas milhares de manifestantes que pediam o impeachment do governante. A imprensa e uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) conseguiram revelar, pelo menos parcialmente, o amplo esquema de fraudes, comandado, principalmente, por Paulo Cesar Farias – o PC, ex-tesoureiro da campanha presidencial de Collor –, além de desvio de verbas, propinas e apropriação indevida e criminosa de dinheiro público pelos ocupantes do poder. Fonte: ALVES, Alexandre. Conexões com a História. São Paulo: Moderna, 2010. p. 675.

Foi resultado da sequência desses fatos:

A. a imediata prisão do ex-tesoureiro Paulo César Farias e de do presidente Fernando Collor, soltos poucos meses depois.

B. o afastamento do presidente Collor do poder no dia 2 de outubro, o qual teve seu impeachment aprovado pela Câmara; antes que o Senado julgasse definitivamente o seu caso, Collor renunciou ao poder no dia 29 de dezembro de 1992.

C. a condenação de Fernando Collor, tanto na Câmara quanto no Senado – embora seus direitos políticos tenham sido preservados, fato que o permitiu retornar ao governo de Alagoas já em 1995.

D. o fuga de Paulo César Farias para as Ilhas Cayman e a prisão do irmão do presidente, Pedro Collor, que também estava envolvido, segundo apurou a

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CPI, com os escândalos de corrupção administrativa.

E. a cassação do presidente Collor e a convocação imediata de novas eleições, sendo Itamar Franco empossado presidente após expressiva votação popular.

Questão 14

A partir do 11 de setembro, os norte-americanos concluíram que sua vida havia se transformado definitivamente. O ambiente de paz não existe mais. Os dirigentes anunciam que a guerra ao terrorismo irá se estender por muitos anos e que uma grave ameaça paira sobre os Estados Unidos, pois os terroristas podem atacar de muitas maneiras e empregar métodos bastante variados, inclusive armas químicas e biológicas. [...] A nova situação de perigo que paira sobre os norte-americanos os leva a exigir uma proteção redobrada das autoridades federais. Enquanto, até então, o que mais os motivava era a sede de liberdade, eles agora aceitam que ela sofra restrições para que possam se sentir mais seguros. [...] Assiste-se a um consenso patriótico, e a mídia se envolve no esforço de guerra. Estabelece-se, assim, um novo equilíbrio entre a liberdade e a segurança, revelador da fragilidade que tomou conta da sociedade norte-americana após o 11 de setembro. BERNSTEIN, Serge; MILZA, Pierre (Dir.). História do século XX: de 1974 aos dias atuais – a caminho da globalização e do século XXI. São Paulo: Nacional, 2007. p. 202-204.

Assinale a alternativa que se relaciona aos ataques de 11 de setembro de 2001 e suas consequências:

A. Na manhã do ataque, terroristas espanhóis, associados ao grupo basco ETA, assumiram o controle de dois aviões de passageiros e os lançaram contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, centro comercial de 110 andares que era considerado o símbolo do poderio econômico norte-americano.

B. Os ataques foram improvisados pela organização terrorista Al-Qaeda, e tinham por objetivo desafiar a supremacia militar dos Estados Unidos no primeiro mandato presidencial de Barack Obama.

C. Os ataques terroristas foram filmados e transmitidos em tempo real para televisões de todos os países. O espetáculo do terrorismo deixou atônitos os espectadores no mundo inteiro e provocou uma verdadeira paranoia dentro dos Estados Unidos, que optaram por não reagir ao ocorrido, optando por intensificar as ações diplomáticas no Oriente Médio, sem uso de armas Ede fogo.

D. Em outubro de 2001, o presidente George W. Bush lançou o Patriot Act, um pacote de medidas de segurança que estabelecia o aumento da vigilância em portos, aeroportos e locais públicos, o direito de violar correspondências, conversas telefônicas e e-mails sem autorização judicial e a liberdade para prender e interrogar suspeitos de terrorismo sem o devido processo judicial.

E. Numa ofensiva ideológica e militar, conhecida como “guerra contra o terror”, o governo passou a preconizar ataques a países acusados de financiar, apoiar ou de serem tolerantes com grupos terroristas, sempre com total apoio da ONU e respaldados pelas leis internacionais que regulamentam a guerra.

Questão 15

Observe a imagem:

Charge de Storni, publicada na revista Careta, ano 18, nº 897, 29/08/1925.

Na charge de Storni denuncia-se o domínio político das oligarquias de São Paulo e de Minas Gerais, uma das marcas da chamada “República Velha”, ou “Primeira República”. Assinale a alternativa que é característica desse contexto.

A. A influência dos coronéis traduzia-se na

manipulação dos votos da clientela que vivia nas

áreas sob influência deles, mas não resultava em

força política, pois muitos deles eram presos sob a

acusação de fraude eleitoral.

B. Rio Grande do Sul, Maranhão e Ceará – os

principais estados produtores de café –

oficializaram, em 1906, um programa de

valorização do produto por meio da assinatura do

Convênio de Taubaté.

C. A charge de Storni vincula-se à chamada política

“café com leite”, associada à alternância de São

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Paulo e Minas Gerais no controle da Presidência da

República, impedindo a participação de outros

estados brasileiros.

D. Durante a Primeira República emergiu no campo

uma série de conflitos sociais que expressavam as

limitações da jovem república brasileira em

garantir a todos as conquistas da modernidade,

sendo exemplo desse período o movimento das

Diretas Já.

E. O Estado tornou-se empresário em setores

considerados básicos ou essenciais para o

desenvolvimento industrial, criando companhias

estatais como a Companhia Siderúrgica Nacional e

a Companhia Nacional de Álcalis.

Questão 16

Os países subdesenvolvidos caracterizam-se por uma dependência econômica dos países desenvolvidos, em uma nova espécie de colonialismo, segundo o qual o investimento industrial e os canais de comercialização dos produtos estão nas mãos dos países ricos. O baixo índice de investimento implica em pouca industrialização, que depende do exterior, e que, em última análise, leva embora os benefícios do capital. Por outro lado, alguns países subdesenvolvidos apresentam um processo de industrialização financiada por países desenvolvidos e incentivada pelos governos locais. Marini, R. M. Subdesenvolvimento e Revolução 5ªed. Coleção Pátria Grande Volume 1 Ed. UFSC – Florianópolis SC, 2014.

O grupo de países formado pelos chamados países subdesenvolvidos apresenta uma diversidade muito grande, o que significa dizer que ele não representa mais uma única realidade. Sobre a heterogeneidade destes países frente a geopolítica atual, é correto afirmar:

A. A dependência econômica dos países do

continente africano, que provêm dos processos de

colonização e de globalização, proporcionou sua

independência comercial e tecnológica.

B. Com a globalização e o desenvolvimento dos

meios de comunicação e transporte, uma Nova

Ordem Mundial coloca os países subdesenvolvidos

no comando das decisões político-econômicas

mundiais.

C. A dependência tecnológica dos países latino-

americanos foi superada durante a primeira

década do século XXI graças aos investimentos em

tecnopolo feitos no Brasil, México, Chile e

Venezuela.

D. Países subdesenvolvidos como Taiwan e Coreia do

Sul, receberam investimentos estrangeiros e

desenvolveram uma produção de bens

manufaturados para a exportação.

E. A Coréia do Norte, país subdesenvolvido

fortemente armado, vem se constituindo num

exemplo de economia de mercado, cujo

dinamismo é consequência das chamadas

plataformas de exportação ali instaladas.

Questão 17

Proclamação da Independência, de François-René Moureaux, 1844.

Independência ou Morte, de Pedro Américo, 1888.

Os dois quadros representam o mesmo momento histórico, apresentando semelhanças e diferenças, sobretudo em termos ideológicos. Comparando as obras e levando-se em consideração a historiografia relativa ao tema da emancipação política do Brasil, assinale a alterativa CORRETA:

A. Ao retratar a proclamação da Independência do

Brasil, os dois quadros trazem dom Pedro I como

protagonista associado ao povo, que por sua vez

participa ativamente do processo de ruptura

política, algo evidente nas duas obras.

B. Na tela de Moreaux, dom Pedro I é representado

como alguém que está distante do povo, pois

permanece em seu cavalo enquanto as demais

pessoas o saúdam. Já no quadro de Pedro Américo,

dom Pedro I está em franca associação com

populares, visto que um camponês é representado

no canto inferior esquerdo.

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PROCESSO SELETIVO VESTIBULAR – 2017/1 DIREITO

C. Figura central nos dois quadros, dom Pedro I é

representado mais próximo ao povo na obra de

Moureaux, enquanto na obra de Pedro Américo o

protagonista aparece distante, cercado apenas por

nobres e militares enquanto um tropeiro observa a

cena à distância.

D. A obra de Pedro Américo tem equívocos históricos,

como a “casa do grito”, que aparece ao fundo mas

não existia na época da ocorrência dos fatos

representados. Já a tela de Moureaux é mais

precisa, pois o processo de independência se fez

apenas pela ação popular, como demonstra a

historiografia.

E. Pedro Américo pintou a tela de 1888 atendendo a

uma encomenda de Portugal, numa tentativa

frustrada de associar a história política brasileira à

da antiga metrópole.

Questão 18

Leia com atenção:

TEXTO I: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Brasília, DF: Senado, 1988, artigo 225, caput).

TEXTO II: Essa evolução culmina, na fase atual, onde a economia se tornou mundializada, e todas as sociedades terminam por adotar, de forma mais ou menos total, de maneira mais ou menos explícita, um modelo técnico único que se sobrepõe à multiplicidade de recursos naturais e humanos. (SANTOS, Milton. A redescoberta da natureza. Aula inaugural da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, 10 mar. 1992).

A dicotomia entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental é discutida no mundo desde a primeira conferência internacional sobre meio ambiente em 1972. Neste contexto, a análise dos textos acima e seus conhecimentos sobre as questões ambientais, podemos afirmar corretamente:

A. O desenvolvimento econômico e o modelo técnico

atual foram desenvolvidos com a finalidade de

preservar os recursos naturais promovendo o

bem-estar da população.

B. Segundo o texto do professor Milton Santos, a

economia moderna reconhece a existência de

modelos técnicos diversos, o que favorece o

respeito às características naturais e humanas no

território brasileiro, como prevê a Constituição.

C. Conforme a Constituição, a geração presente está

dispensada de qualquer responsabilidade sobre o

patrimônio ambiental, dada as necessidades de

consumo e a dificuldade em produzir matéria-

prima no país.

D. Segundo os textos, cabe exclusivamente ao poder

público o dever de preservar o meio ambiente, já

que a sociedade adota um modelo técnico de

produção que está acima das relações naturais.

E. Sendo essencial à qualidade de vida e bem comum

do povo brasileiro, a Constituição manifesta

preocupação com a defesa e a preservação do

meio ambiente.

LINGUAGENS

Leia o texto a seguir para responder as questões.

Endurecer pena para estupro é demagogia

O Senado Federal aprovou proposta que tem por escopo incluir na nossa legislação a figura do “estupro coletivo”, além de um novo delito, relacionado à divulgação das imagens de um estupro. De acordo com o projeto (PLS n. 618/2015), a nova figura seria incluída no Código Penal como uma causa de aumento de pena, que poderia aumentar a punição do(s) agente(s) de 1/3 a 2/3, nos casos em que o crime fosse cometido “em concurso de duas ou mais pessoas”, a qual recairia sobre os crimes hoje previstos nos arts. 213 a 217-A, do nosso Código Penal.

Além disso, o referido projeto também cria um novo tipo penal, que criminaliza a conduta daquele que “oferece, troca, disponibiliza, transmite, distribui, publica ou divulga, por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de estupro”, sendo certo que, para tal delito, prevê-se a pena de reclusão de dois a cinco anos.

É evidente que o mencionado projeto ganhou destaque nos últimos dias em virtude do fato lamentável ocorrido no Rio de Janeiro (RJ), quando uma menor teria sido estuprada por diversos marginais.

Porém, antes de qualquer discussão a respeito daquela barbárie, faz-se necessário indagar: o endurecimento das penas e a criminalização de novas condutas são, de

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fato, soluções adequadas para acabar ou diminuir os nossos índices de criminalidade?

Positivamente, já está mais do que demonstrado que o recrudescimento das penas não resolverá o problema. Sem dúvida alguma, partindo do princípio que o relatório INFOPEN revelou que 75% da nossa população carcerária é formada por presos analfabetos ou com baixa escolaridade, fica claro que a saída mais coerente e eficaz está na educação do povo, não no mero confinamento do criminoso.

Lamentavelmente, sai Governo, entra Governo, e o discurso parece ser sempre o mesmo. Basta a prática de um crime bárbaro, que provoque comoção social, para que o surrado “marketing criminal”, ou seja, a velha solução do ‘endurecimento das penas’, com a punição desenfreada de tudo e todos, ressurja com força. Agora, ao que parece, a bola da vez é o ‘estupro’.

Ocorre, porém, que, desta vez, aquele velho discurso foi além, já que, não bastasse a previsão de novos crimes e o aumento das penas de delitos já existentes, também foi colocada a ideia de se propor alterações no benefício da progressão de regimes, o qual, certamente, é uma das mais importantes ferramentas de que dispõe o Estado para buscar a tão almejada ressocialização do criminoso. De acordo com a legislação atual, o autor de um crime comum tem direito de progredir de regime após o cumprimento de 1/6 do total da pena, desde que possua bom comportamento carcerário.

Já para os autores dos crimes considerados hediondos (como é o caso do estupro), a progressão se dá com 2/5 da pena (se o agente for primário) ou 3/5 (se reincidente). Em meu modesto sentir, ao menos nesse particular, a lei atual é boa e se mostra compatível com a nossa realidade.

Mas, infelizmente, em recentes manifestações na mídia, o Ministro de Justiça tem defendido o endurecimento no sistema de progressão de penas. Segundo ele, o sistema atual não se mostra ‘razoável’.

Em que pese o entendimento defendido pelo Ministro, acredito que nada precisa ser alterado. O nosso atual regramento é absolutamente ‘razoável’, sobretudo se

considerarmos que o nosso sistema penitenciário não consegue promover a devida ressocialização dos detentos, já que está totalmente falido.

Nesse contexto, qualquer comparação que se queira fazer com os “países desenvolvidos” não pode ser aplicada à nossa realidade, uma vez que, ao menos no que toca ao estado atual do nosso sistema prisional, nossas condições são quase medievais.

Curioso nisso tudo é que, nem bem estão identificados os autores do crime e, mais do que depressa, o Ministro da Justiça e alguns parlamentares vieram a público para postular pelo endurecimento das penas e do tratamento penal dado aos autores não só de estupro, como também de todo e qualquer delito considerado hediondo.

Mas, é bom dizer que esse tipo de proposta, tão equivocada quanto inoportuna, é, em verdade, um enorme “tiro no pé”, afinal, levando-se em conta os altos índices de reincidência existentes no nosso sistema prisional, é forçoso concluir que nossas cadeias mais aviltam o cidadão do que o recuperam para retornar ao convívio social.

O aprisionamento longo e duradouro de quem quer que seja, independentemente do crime cometido, não resolverá, por si só, o problema da criminalidade. É preciso investir na recuperação do preso – a fim de torná-lo um “cidadão” – e, claro, na formação do jovem, por meio da educação.

Discutir o aumento das penas ou a severidade da execução penal, da forma como está o nosso sistema prisional atualmente, é pura perda de tempo, verdadeira demagogia. (MACIEL, Euro Bento. Endurecer pena para

o estupro é demagogia. Revista Visão Jurídica, São Paulo, ed.121, jun. 2016, p.14-15)

Questão 19

Analise as assertivas a seguir acerca do conteúdo do texto. I – O Projeto de Lei, no Senado Federal, foi criado por causa de um fato ocorrido no Rio de Janeiro que envolvia um estupro coletivo. II – O endurecimento das penas não resolve o problema da criminalidade, mas contribui por ser um fator social que intimida determinadas ações. III – O benefício da progressão de regimes contribui para que haja a ressocialização. IV – O sistema penal está falido por causa da superlotação de presídios.

Assinale a opção correta:

a)I. b) II. c) III.

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d) I e III. e) II e III.

Questão 20

Marque o que for correto acerca do texto.

A. Ao dizer “Porém, antes de qualquer discussão a respeito daquela barbárie [...].” (4º parág.), a frase sublinhada mostra uma tentativa de o autor conversar com o leitor estabelecendo o que será tratado no texto.

B. “[...] sai Governo, entra Governo e o discurso parece ser sempre o mesmo”(6º parág.), o autor espera que o leitor saiba tudo acerca do discurso que envolve o “marketing criminal”.

C. Em “[...] partindo do princípio que o relatório INFOPEN revelou que 75% [...]”(5º parág.), a construção foi empregada pelo autor do texto como uma forma de se excluir do que é afirmado, trazendo responsabilidade apenas para o INFOPEN, até mesmo por que o autor não concorda com os números.

D. Em “[...] o sistema atual não se mostra ‘razoável’.” (9º parág.), essa foi a conclusão a que chegou o autor.

E. Ao dizer “Em meu modesto sentir [...] (8º parág.), o autor faz isso com a finalidade de ser polido, no entanto não consegue sucesso, pois apresenta concepções controversas.

Questão 21

No que tange aos argumentos que sustentam a tese do autor, analise as afirmações apresentadas:

I –“É evidente que o mencionado projeto ganhou destaque nos últimos dias em virtude do fato lamentável ocorrido no Rio de Janeiro [...].” II – “[...] a lei é boa e se mostra compatível com a nossa realidade.” III – “Segundo ele, o sistema atual não se mostra ‘razoável’.” IV – “[...] afinal, levando-se em conta os altos índices de reincidência existentes no nosso sistema prisional, é forçoso concluir que nossas cadeias mais aviltam o cidadão do que o recuperam para retornar ao convívio social.” V – “O aprisionamento longo e duradouro de quem quer que seja, independentemente do crime cometido, não resolverá, por si só, o problema da criminalidade.”

Assinale a alternativa que apresenta argumentos que contribuíram efetivamente para afirmação da tese do autor.

a) Todas as assertivas. b) I, II, III.

c) I, IV, V. d) II, III, IV. e) II, IV, V. Questão 22

Das cinco alternativas a seguir, há uma justificativa acerca do emprego da vírgula que destoa completamente das demais justificativas. Assinale esta opção que não tem uma justificativa semelhante às demais.

a) “Positivamente, já está mais do que demonstrado [...]” (5º parág.) b) “Lamentavelmente, sai Governo [...]” (6º parág.) c) “[...] já que, não bastasse a previsão de novos crimes". (6º parág.) d) “Mas, infelizmente, em recentes manifestações na mídia[...]”. (9º parág.) e) “[...] é, em verdade, um enorme “tiro no pé” [...]. (12º parág.) Questão 23

Quanto aos elementos linguísticos e às construções gramaticais, observe as afirmações:

I – Na construção, “Positivamente, já está mais que demonstrado [...]” (5º parág.), o advérbio JÁ remete a uma perspectiva de passado. II – Em “Sem dúvida alguma, partindo do princípio que o relatório [...]” (5º parág.), a expressão sublinhada remete a uma construção adverbial que tece um comentário acerca do que será proferido. III – Em “Agora, ao que parece, a bola da vez é o estupro.”(6º parág.), a construção em destaque remete ao advérbio de dúvida. IV – Em “[...] desde que possua bom comportamento carcerário” (7º parág.), a construção explica o que é o bom comportamento carcerário.

Assinale a alternativa correta: a) Apenas uma correta. b) Apenas duas corretas. c) Apenas três corretas. d) Todas corretas. e) Todas incorretas. Questão 24

Em se tratando de relações textuais, analise as afirmativas:

I – “[...] ou seja, a velha solução do ‘endurecimento das penas’[...] (6º parág.), a expressão sublinhada remete a uma correção. II – “[...] desde que possua bom comportamento carcerário” (7º parág.), essa construção remete à ideia de tempo.

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III – “[...] já que [...] também foi colocada a ideia de se propor alterações no benefício da progressão de regimes [...]” (7º parág.) – estabelece relação de causa. IV – “[...] a fim de torná-lo um cidadão [...].”(13º parág.) – estabelece relação de finalidade.

Assinale a opção correta: a) Apenas uma correta. b) Apenas duas corretas. c) Apenas três corretas. d) Apenas quatro corretas. e) Todas estão erradas. Questão 25

No que tange às construções verbais, assinale a opção correta:

a) “[...] poderia aumentar a punição do (s) agente(s) [...]”(1º parág.), o verbo auxiliar remete a uma ideia de consequência. b) “[...] quando uma menor teria sido estuprada[...]” (3º parág.), o verbo auxiliar expressa uma ideia de tempo futuro certo. c) “[...] o discurso parece ser sempre o mesmo”(6º parág.), a locução imprime uma ideia de segurança. d) “[...] o Ministro da Justiça tem defendido [...]”(9º parág.), o verbo auxiliar expressa ideia de estado temporário. e) “[...] que se queira fazer [...]”(11º parág.), a locução remete a uma ideia de desejo. Questão 26

Leia o fragmento a seguir: “[...] o endurecimento das penas e a criminalização de novas condutas são, de fato, soluções adequadas para acabar ou diminuir os nossos índices de criminalidade?” Ao trazer esse questionamento, o autor visa à produção do seguinte efeito:

A. Apresentar uma possibilidade de raciocínio. B. Recorrer a uma pergunta retórica. C. Expor uma dúvida pessoal. D. Mostrar claramente que a criminalização do

indivíduo contraventor não reduz a criminalidade. E. Apresentar um questionamento do Senado. Questão 27

Todas as construções textuais são perpassadas pelo viés sintático-semântico, discursivo e pragmático. À luz disso, avalie as proposições a seguir: I – Em “[...] criminaliza a conduta daquele que ‘oferece, troca, disponibiliza, transmite, distribui, publica ou divulga [...]’.”(2º parág.), a sequência de verbos apresentada visa a criar uma ideia de gradação.

II – Em “Em meu modesto sentir [...]”(8º parág.), a construção polida é uma estratégia discursiva para seduzir o leitor a acatar o posicionamento apresentado. III – Em “Segundo ele, o sistema atual não se mostra “razoável”.”(9º parág.), as aspas utilizadas em “razoável” denotam uma certa ironia do autor. IV – Em “O curioso nisso tudo é que [...]” (11º parág.), há um comentário do autor acerca do que será proferido. Nesta construção, o autor revela sua surpresa em relação aos fatos que serão expostos.

Assinale a opção correta: a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) II e III. e) II e IV. Questão 28

No que tange a aspectos sintáticos, assinale a opção INCORRETA.

a) Em “[...] fica claro que a saída mais coerente e eficaz está na educação do povo [...]” (5º parág.), o sujeito da oração “fica claro” é a oração “a saída mais coerente e eficaz [...] povo”.

b) Em “[...] não no mero confinamento do criminoso” (5º parág.), trata-se de oração coordenada assindética, mas, apesar de não ter conectivo, estabelece ideia de oposição.

c) Em “[...] sai Governo, entra Governo e o discurso parece ser sempre o mesmo” (6º parág.), trata-se de uma sequência de orações coordenadas assindéticas, no entanto a terceira é coordenada sindética aditiva, embora o E traga a ideia de oposição.

d) Em “[...] que provoque comoção social [...] (6º parág.), trata-se de oração subordinada adjetiva explicativa.

e) Em “[...] ao que parece [...] (6º parág.), trata-se de oração subordinada adverbial causal.

MATEMÁTICA E CIÊNCIAS DA NATUREZA

Questão 29

Um casal vai passar 10 dias de suas férias nos Estados

Unidos e 15 dias na Europa. Sabendo que: (i) a cotação

do Dólar/Real está em 1,00/3,24 e a Dólar/Euro está

em 1,00/0,90; (ii) a estimativa de custo é em torno de

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100 dólares por dia nos Estados Unidos; (iii) a

estimativa de custo diário é em torno de 100 euros na

Europa. Qual o valor estimado, em reais, do gasto total

do casal na viagem?

A. 4590

B. 7900

C. 8100

D. 8640

E. 9150

Questão 30

Um supermercado está fazendo uma promoção: a cada

unidade comprada de um determinado produto da

marca A, o cliente ganha R$1,00 de desconto na

unidade seguinte. Já a marca B, não está em

promoção.

Nélio é um professor de matemática e cliente desse

supermercado. Para decidir de qual marca comprar,

esboçou um gráfico representando o valor unitário em

função do número de unidades compradas.

Qual dos esboços abaixo mais se aproxima do que foi

desenhado por Nélio?

Questão 31

Uma médica prescreveu 5ml a cada 8 horas do

medicamento X para um paciente internado na UTI.

Há, à disposição no hospital, frascos com 1g e frascos

com 60ml, ambos do mesmo material e do mesmo

tamanho. Sabe-se que a densidade do medicamento é

100mg/ml e a previsão é de que o medicamento seja

administrado durante 6 dias. Assim, visando-se uma

atitude mais sustentável e atendendo à prescrição

médica, deve-se:

A. Usar um frasco com 1g por dia.

B. Usar apenas frascos de 60ml.

C. Usar apenas frascos de 1g.

D. Usar um frasco de 60ml e três frascos de 1g.

E. Usar um frasco de 60ml e cinco frascos de 1g.

Questão 32

Um fazendeiro deseja expandir sua produção. Para isso, precisa adquirir um trator que custa R$120.000 e como não dispõe desse valor, procurou seu banco. Seu gerente indicou como melhores opções um consórcio e um financiamento, ambos cobrando juros simples e contando com parcelas fixas, os quais são comparados na tabela abaixo:

Consórcio Financiamento

Valor emprestado

pelo banco

100% 60%

Juros mensais 4% 2%

Número de meses

para pagar

50 100

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Diante dessas informações, o fazendeiro deve:

A. Optar pelo consórcio apenas se não tiver no

mínimo R$48.000,00 para dar de entrada, já que

o valor que pagará, em valores absolutos de

reais, quase 67% a mais de juros nessa

modalidade do que no financiamento.

B. Optar pelo financiamento caso seu foco seja o

menor valor da parcela mensal, vez que nessa

modalidade pagará menos que 1/6 do valor do

consórcio por mês.

C. Pagar R$2.400,00 só de juros por mês na opção

de consórcio.

D. Ter disponível R$72.000 para dar de entrada

caso deseje fazer o financiamento.

E. Escolher com base exclusivamente na urgência

que tem na obtenção do trator, pois as

diferenças numéricas das variáveis envolvidas

ficam sempre abaixo dos 10%, enquanto que no

financiamento ele recebe o trator quase que

imediatamente, tendo que esperar ser sorteado

para receber o trator no consórcio.

Questão 33

Um perito de um processo criminal precisa saber a altura de um prédio para emitir seu parecer. Ele tem 1,80m até a altura de seus olhos e observa o topo do edifício conforme o esquema abaixo:

Para saber a altura de que precisa, o perito deve somar

1,80m a:

A. y.cosα

B. y.senα

C. y.tgα

D. x.cosα

E. x.senα

INGLÊS

Read the text

Barack Obama tells young people that progress is possible

On the final day of his last visit to Britain as US president, Obama told 500 youth leaders at a town hall meeting in London: “I’m here to ask you to reject the notion there are forces we can’t control. As JFK said, our problems are manmade and can be solved by man.” “You’ve never had better tools to make a difference,” he told the A-level and UK-US exchange students at the Q&A session. “Reject pessimism, cynicism and know that progress is possible. Progress is not inevitable; it requires struggle, discipline and faith.” But Obama acknowledged the challenges faced by young people: “Not to say your generation has had it easy, in a time of breathtaking change, from 9/11, 7/7 … and during an age of information and Twitter where there’s a steady stream of bad news.” The audience cheered as the president was introduced and went on to speak about his policies, from healthcare to gay rights and education. He urged the audience to interact with people of different political beliefs: “Seek out people who don’t agree with you, and it will also help you to compromise.” During the question session, a young British-Pakistani Muslim, Maria Munir, 20, broke down in tears after coming out as non-binary – someone who does not regard themselves as exclusively masculine or feminine. In response to the question about the rights of transgender people, Obama said: “You should feel encouraged social attitudes are changing … [that] doesn’t mean it’s fast enough, but you should keep pushing and it’s in part due to the courageous acts of young people like yourself.” When asked about his presidential legacy, Obama said he was proud of the healthcare reforms, which received huge cheers from the audience, and said of the US response to the 2008 financial crisis: “Saving the world from great depression – that was quite good.”He also listed diplomatic deals with Iran and the response to the Ebola crisis as highlights during his presidency. “I’m proud; I think I’ve been true to myself during this process.” But he added: “Don’t give up and succumb to cynics if after five years poverty hasn’t been eradicated … It’s OK. Dr [Martin Luther] King says the arc of the [moral] universe is long, but bends towards justice.” Questioned on the controversial Transatlantic Trade and Investment Partnership, he said: “The answer to globalisation is not to pull up the drawbridge and shut off,” though it was crucial to pay attention to workers’ rights. Obama ended the session by taking a question from a young Sikh Londoner who asked about the issue of racial profiling at airports and being mistaken for a Muslim. He said that although there were people with “crazy ideology”, pluralism was important. “I visited a mosque a few months ago and said our greatest allies

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are American Muslims who are most integrated and economically well-off,” he said. Furqan Naeem, a campaigner from Manchester, said: “I recently visited the [United] States through the US embassy on the community leaders programme and saw firsthand some really important work the president did in celebrating America’s diversity and bringing communities together.” Obama left the stage to the Clash’s London Calling and people gathered around to take selfies with him. At:https://www.theguardian.com/us-news/2016/apr/23/barack-obama-london-visit-young-people-key-to-changing-the-world

Questão 34

After reading the article it can be inferred that Barack Obama

A. has been a pessimist when young. B. feels cheerful about his future. C. is confident of what his government has

accomplished. D. is uncertain about the skills needed to be

successful in the future. E. is awed by what youth will be able to deal

successfully with in the future.

Questão 35

According to the information in the article Barack believes that

A. he has behaved according to his beliefs and done what he thinks is right.

B. young people face challenges due to their difference in beliefs from previous generations.

C. progress can only be achieved through changes in political beliefs.

D. there are forces that young people can only control if they cooperate with their peers.

E. as problems are manmade they are difficult to control.

Questão 36

In “ He urged the audience to interact with people of different political beliefs.” to urge expresses the idea of

A. obligation. B. possibility. C. probability. D. persuasion. E. pressure.

Questão 37

Barack says “Seek out people who don’t agree with you, and it will also help you to compromise.” In this sentence Barack is advising the students

A. to look for people with different opinions and settle disputes by mutual concession.

B. to look after people that disagree with you and accept standards that are lower than yours.

C. to look over people with different opinions and promise to help the ones that are different.

D. to look after different people and engage in arguments to defend their points of view.

E. to find out who doesn’t agree with you and confront them.

Questão 38

Which of the following information is not supported by the information in the article?

A. Americans and rich American Muslims are allied. B. The presidential speech was for an audience of

500 young leaders. C. This generation has the best tools ever to have a

significant effect on the future. D. This generation hasn’t been free from difficulties. E. It was Obama’s best talk to students in Britain.

Questão 39

Quando Obama fala que ““The answer to globalisation is not to pull up the drawbridge and shut off,” ele está aconselhando a

A. não construir pontes entre as nações. B. manter as linhas de comunicação abertas. C. evitar conflitos sobre o tema. D. não olhar para as diferenças e sim para as

semelhanças. E. não fechar as fronteiras entre as nações.

Questão 40

De acordo com Obama em : “You should feel encouraged social attitudes are changing … [that] doesn’t mean it’s fast enough , but you should keep pushing and it’s in part due to the courageous acts of young people like yourself.” As mudanças em atitude

A. não estão acontecendo conforme esperado. B. estão rápidas demais. C. estão acontecendo dentro do prazo esperado. D. não estão acontecendo rápido o suficiente. E. estão mais rápidas que o esperado.

ESPANHOL

EL DERECHO A LA MEMORIA Y SU PROTECCIÓN JURÍDICA: AVANCE DE INVESTIGACIÓN

(Texto adaptado) - Lizandro Alfonso Cabrera Suarez

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PROCESSO SELETIVO VESTIBULAR – 2017/1 DIREITO

En la República de Colombia, después de la Ley 975 de 2005 (Ley de Justicia y Paz), el Gobierno Nacional creó la Comisión Nacional de Reparación y Reconciliación (CNRR), la cual incluyó, dentro del derecho de reparación, la preservación de la memoria histórica, las garantías de no repetición de los hechos victimizantes, la aceptación pública de los hechos, el perdón público y el restablecimiento de la dignidad de las víctimas. La CNRR introdujo para este efecto el Grupo de Memoria Histórica, el cual se enfoca en las víctimas del paramilitarismo en Colombia, en tanto busca identificar “las razones para el surgimiento y la evolución de los grupos armados ilegales”, lo cual incluye a las guerrillas, especialmente a las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC) y el Ejército de Liberación Nacional (ELN); así como a las distintas verdades y memorias de la violencia, con un enfoque diferenciado y una opción preferencial por las voces de las víctimas que han sido suprimidas o silenciadas. Hasta el momento, el Grupo de Memoria Histórica de la CNRR ha presentado los siguientes informes: ‘La masacre de Bahía Portete: Mujeres Wayúu en la mira’, ‘Bojayá: La guerra sin límites’, ‘La Rochela: Memorias de un crimen contra la justicia’ y ‘Luchas campesinas y Reforma agraria: memorias de un dirigente de la ANUC en la costa Caribe’. La Corte Constitucional, en relación a estos informes, ha expresado su apoyo y ha señalado que, tanto el interés en que se conozca la verdad, como el que se atribuyan responsabilidades individuales e institucionales por los hechos, sobrepasan el interés individual de las víctimas. Por el contrario, constituyen verdaderos intereses generales de carácter prevalente en los términos del Art. 1° de la Constitución Política. Con lo dicho hasta aquí, queda claro que es imperativo que se comprenda la implicación humana real del desconocimiento de la verdad y su negación, o desconocimiento público, como verdadera fuente de resentimientos continuados y una forma de vulneración permanente de los Derechos Humanos. El derecho a la memoria emerge, entonces, como la garantía en virtud de la cual el Estado se ve obligado a implementar mecanismos necesarios para que la sociedad reconozca las vulneraciones de los Derechos Humanos y del Derecho Internacional Humanitario, desde una política de elaboración constante, pedagógica, pública, participativa y exigible socialmente, destinada a la consolidación de los ejercicios de memoria pública como un bastión cultural de la sociedad colombiana, sobre la base de la garantía integral de los derechos a la verdad, la justicia y la reparación. Por consiguiente, el deber de recordar no se les asigna a las víctimas, pues ellas no son las que necesitan recordar, sino que las sociedades son las que requieren del recuerdo como mecanismo de

contención frente a las posibilidades de repetición de los hechos violentos. Es imprescindible, entonces, que desde los Estados haya acuerdos para la preservación de los archivos y una coordinación de políticas de cooperación regionales en la investigación de las graves violaciones a los Derechos Humanos. Las tres formas de reconstrucción de la verdad: verdad judicial, mecanismos extraprocesales de verdad y verdades sociales, deben establecerse como mecanismos complementarios, los que pueden brindar mejores resultados si funcionan de manera interdependiente que de manera excluyente. Como corolario de lo anterior, podemos señalar que la protección jurídica del derecho a la memoria, como parte integrante de los derechos a la verdad, a la justicia y a la reparación que le asisten a las víctimas de las violaciones de Derechos Humanos, se constituye en un paso fundamental en el camino hacia la reconciliación, en las sociedades que, como la colombiana y las de algunos países suramericanos, han sido atravesadas por las dinámicas de la violencia; bien fuese por la aparición de dictaduras sanguinarias o de conflictos armados intensos. Ante el fracaso de las medidas de perdón y olvido, existen hoy estándares universales que les impiden a los Estados subsumir la justicia bajo el argumento de la búsqueda de la paz, no obstante, algunos sistemas de justicia transicional actuales, fomentan la impunidad e impiden el conocimiento de la verdad como garantía de la no repetición de los hechos violentos. En ese sentido, resulta evidente la importancia del estudio de los instrumentos de protección jurídica que los Estados han implementado para hacer efectivo su deber de recordar, tales como la creación y conformación de comisiones de la verdad, la expedición de leyes de memoria histórica, la creación y preservación de archivos oficiales, la divulgación de las decisiones judiciales, el pedido de disculpas públicas a las víctimas y a la sociedad, los actos de reconocimiento público de la responsabilidad estatal, la construcción de objetos memoriales tales como monumentos o placas, el establecimiento de museos, la celebración de actos conmemorativos y de homenaje, entre otras medidas, para, finalmente, concluir sobre su eficacia e idoneidad como herramientas o garantías de no repetición. Los mecanismos jurídicos de protección del derecho a la memoria, que los Estados deben implementar en cumplimiento de su deber de recordar, deben ser suficientes para garantizar la no repetición de violaciones a los Derechos Humanos, permitiendo volver al pasado de manera crítica y reflexiva, y evitando el conocimiento de una verdad a medias, favorable a los intereses políticos de quienes, en últimas, resultaron ser los perpetradores de los hechos que no se deben olvidar. En los ‘Principios contra la

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Impunidad’ de 1997, Louis Joinet señala que “el conocimiento por un pueblo de la historia de su opresión forma parte de su patrimonio y, por ello se debe conservar adaptando medidas adecuadas en aras del deber de recordar que incumbe al Estado para preservar los archivos y otras pruebas relativas a violaciones de los derechos humanos y el derecho humanitario y para facilitar el conocimiento de tales violaciones. Esas medidas deben estar encaminadas a preservar del olvido la memoria colectiva y, en particular, evita que surjan tesis revisionistas y negacionistas”. La protección del derecho a la memoria que cobija a las víctimas, a sus familias, a las sociedades en particular y a la humanidad en general, rechaza el olvido como objetivo y consecuencia de la vulneración de los Derechos Humanos y posibilita reformular la convivencia, gracias a las experiencias que surgen del reconocimiento de las circunstancias dolorosas del pasado, como garantía de no repetición, con lo que se facilitando el perdón, el arrepentimiento, la conciliación y la paz. De otra parte, se debe abogar por la creación de nuevos instrumentos jurídicos que posibiliten preservar del olvido la memoria colectiva sobre las graves violaciones de los Derechos Humanos, pues la historia ha demostrado que solo la comprensión del pasado y la vindicación de la memoria de las víctimas posibilitan el desarrollo de procesos sólidos y duraderos de perdón y reconciliación. Más aún, cuando hoy en día, la tendencia más avanzada de la reparación cuestiona algunos de los hasta ahora mecanismos de identificación de la realidad por ‘excelencia’, como los propios monumentos de carácter estático, y se dirige al impulso de los llamados ‘lugares de memoria’, como los centros de reflexión pública e impulso a la organización de víctimas, desde lo cual se desarrolla con mayor certeza la memoria colectiva necesaria. La expresión ‘derecho a la memoria’ significa el reconocimiento del derecho a ser recordado concedido a los que se les negó esa posibilidad. ‘Tener derecho a’ es una exigencia que cada cual proclama para sí como propia, pero si esa persona ya no existe, otros pueden, y en ocasiones deben, demandarlo por él. De este modo, la exigencia del derecho a ‘en este caso’ la memoria se convierte en un problema moral para los que sobreviven. Disponível em: http://www.bdigital.unal.edu.co/38022/1/40321-180998-1-PB.pdf

Questão 41 Dentre as atribuições da CNRR, NÃO consta:

A. A preservação da memória histórica. B. O perdão às organizações paramilitares. C. A garantia de não repetição de fatos

“vitimizantes”. D. A aceitação pública dos fatos.

E. O restabelecimento dos direitos das vítimas.

Questão 42

O foco principal do Grupo de Memória Histórica:

A. são as vítimas de grupos paramilitares B. são os guerrilheiros das FARC C. é Exército de Libertação Nacional D. são as camponesas das zonas rurais E. é a Comissão Nacional de Reparação

Questão 43

Segundo o texto, busca-se, através das políticas públicas, guarnecer:

A. As vítimas B. As famílias C. As sociedades D. A humanidade E. Todas as opções acima

Questão 44

De acordo com as argumentações do texto: os novos instrumentos jurídicos devem possibilitar:

A. a preservação da memória coletiva da sociedade. B. a descoberta das violações dos Direitos Humanos. C. o ocultamento dos processos de reconciliação. D. a facilitação dos processos de identificação. E. a produção do perdão e da reconciliação da

sociedade.

Questão 45

Resumindo, o “direito á memória” é:

A. uma questão de direitos. B. uma questão jurídica. C. uma questão moral. D. uma questão de cidadania. E. uma questão de reconhecimento.

Texto 2

¿Qué juventud es esta que vive la crisis de valores morales de la sociedad? De hecho, la juventud es socialmente un concepto construido por la interacción de muchos factores. El énfasis dado a la juventud, como un grupo social, es algo más reciente que se remonta a nuestro tiempo, como resultado de esta construcción social. La juventud se sitúa hoy en gran parte como un mito. “La valoración y mitificación de los modelos de conducta tenidos como típicos del grupo juvenil son una de las características del mundo occidental moderno”. Cuando es resultado de interacciones, la constitución de grupos de personas jóvenes toman características diferentes entre sí y pasan por “crisis” también diferentes. Lo que pasa frecuentemente es que tomamos un tipo de

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hegemónico grupo para definir lo que es “la” juventud. La construcción social del concepto de juventud se revela claramente cuando se busca definirlo. Una aproximación sería ubicarla en determinada edad fija (por ejemplo entre 17 y 25 años). Pero este acercamiento cronológico, casi matemático, no consigue abarcar las variables sociales a las que se someten las personas dentro de esta edad. Las experiencias que desarrollan estas personas en el trabajo, en el estudio, en la búsqueda de relaciones sociales, escapan al simple criterio de edad. Por otro lado, el esfuerzo de comprender la juventud en referencia a la inmadurez-madurez, como fase de la vida, también tienen sus problemas. La madurez es un producto de relaciones dialécticas. “Es en la interacción con el ambiente, con el otro, que las personas maduran psicológica, emocional, intelectual, social, política y espiritualmente. No sólo en la niñez, período supuestamente inmaduro, en oposición a la adultez, edad supuestamente caracterizada por la madurez. Es durante toda la vida que se madura”. La madurez se va dando en las personas de una manera variada, a través de sus procesos de elaboración personal de las interacciones. Es importante recordar también que la juventud se define frecuentemente por un rol social, caracterizado por modos de conducta, tipo de ropa, maquillaje, lenguaje, etc. Esta etiqueta trae dos tipos principales de complicación: cierta frustración para quien se percibe incapaz o impedido de cumplir con las exigencias de ese modelo; y por otro lado, el intento de personas que avanzan en la edad biológica buscando ansiosamente mantener los comportamientos de este imaginario.¿Entonces no existen ni los jóvenes ni la juventud? No es esto lo que estamos diciendo. Enfatizamos que el proceso de desarrollo humano tiene sus etapas más o menos configuradas en términos biológicos, psicológicos, sociológicos y semejantes; que los individuos y grupos están sujetos a la integración en este proceso y que, por consiguiente, “ser joven” no pasa automáticamente por una variable como la edad; y mucho menos pasa por un grupo de comportamientos estandarizados, supuestamente característicos de “ser joven”. Tenemos, de hecho, mucha base de realidad para hablar del joven y de la juventud. Pero al identificar joven y juventud, hacemos una representación a través de una selección de criterios que nosotros mismos hacemos, donde encontramos de alguna manera construida la sociedad y presentada como un imaginario de la “juventud de hoy”. Una conclusión de estas observaciones es no negar que hay jóvenes y juventud, pero sí para afirmar que este tipo de juventud de la que hablamos no agota las posibilidades existentes de “ser joven hoy”. Es más evidente la necesidad de percibir los filtros que se

aplican para decir qué es ser joven y juventud. Al mismo tiempo, se pone la atención en los diferentes factores y sujetos que entran en la red de interacciones de los que resultan determinado tipo de joven y de juventud. Fragmento de” Juventud y crisis de valores morales”, de Marcio Fabri dos Anjos. (Disponível em: http://servicioskoinonia.org/relat/293.htm)

Questão 46

De acordo com o texto:

A. Juventude é um referente biológico e social. B. Parte da juventude não vive crise de valores. C. Algumas pessoas maduras buscam

comportamentos juvenis. D. Juventude é um conceito cronológico e cultural. E. Todas as alternativas acima estão corretas.

Questão 47

Segundo o texto, é correto afirmar que:

A. Os jovens passam por crises similares B. A juventude é um mito contemporâneo. C. Juventude é um tipo de conceito criado. D. Os jovens são agrupados em faixas etárias. E. Os jovens imitam formas de conduta.

Questão 48

Segundo argumenta-se no texto:

A. Não há possibilidade de se definir realmente o que é juventude.

B. Jovens são pessoas com idade na faixa etária entre 17 e 25 anos.

C. As diferenças biológicas marcam distintamente a juventude mundial.

D. Os jovens do mundo moderno têm problemas psicológicos iguais.

E. Não se pode definir juventude pela aproximação cronológica.

Questão 49

Das informações contidas no texto, conclui-se que:

A. Os processos de amadurecimento variam de acordo com a cultura.

B. O amadurecimento é um processo biológico, psicológico e cultural.

C. Todos os jovens adotam formas de amadurecimento semelhantes .

D. O processo de amadurecimento é um processo individual e variável.

E. As formas de amadurecimento dependem de variáveis biológicas e sociais.

Questão 50

Podemos afirmar, a partir das informações do texto, que:

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A. Devem-se perceber os critérios de classificação dos jovens e maduros.

B. O conceito de juventude é um conceito provindo da psicologia.

C. É difícil caracterizar juventude segundo parâmetros sociais.

D. Juventude é um conceito que depende de uma rede de interações.

E. Ser jovem hoje é uma opção para quem é jovem de espírito.