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SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA SESI/SP PROCESSO SELETIVO 001 / 2015 PROFESSORES DIVISÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA SESI/SP CADERNO DE QUESTÕES Professor de Educação Básica II e III Professor Orientador de Aprendizagem I e II LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 1 Você receberá do fiscal de sala o material descrito a seguir: a) uma folha destinada à marcação das respostas das questões objetivas formuladas na prova de grupo 2; b) este Caderno de Questões do grupo 2, com o enunciado das 50 (cinquenta) questões, sem repetição ou falha. 2 Ao receber a FOLHA DE RESPOSTAS você deve: a) conferir seu nome, número de identidade, cargo escolhido e número de inscrição; b) ler atentamente as instruções para a marcação das respostas das questões objetivas; c) assinar a folha de respostas, no espaço reservado, com caneta esferográfica transparente de cor azul ou preta. 3 Não dobre, não amasse e nem manche a FOLHA DE RESPOSTAS. Ela somente poderá ser substituída caso esteja danificada na barra de reconhecimento para leitura óptica. Não será permitida a troca da folha de respostas por erro do candidato. 4 No Caderno de Questões as questões são identificadas pelo número que se situa acima do seu enunciado. 5 Na FOLHA DE RESPOSTAS marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no retângulo à caneta esferográfica de tinta preta ou azul. Preencha os campos de marcação completamente, sem deixar espaços em branco. 6 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde adequadamente à questão. Você deve assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. 7 Para fins de avaliação, serão levadas em consideração apenas as marcações realizadas na FOLHA DE RESPOSTAS. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 8 O tempo disponível para esta prova será de 3 (três) horas, já incluído o tempo para assinatura e transcrição das respostas para a folha de respostas. Reserve tempo suficiente para marcar sua folha de respostas. 9 Somente após decorrida 1 (uma) hora do início da prova você poderá retirar-se da sala de prova sem levar o caderno de questões. 10 Quando terminar sua prova, você deverá, OBRIGATORIAMENTE, entregar a FOLHA DE RESPOSTAS devidamente preenchida e assinada e o seu caderno de questões ao fiscal da sala. Aquele que descumprir esta regra será ELIMINADO. 11 Durante a aplicação da prova não será permitido: a) qualquer tipo de comunicação entre os candidatos; b) levantar da cadeira sem a devida autorização do fiscal de sala; c) portar aparelhos eletrônicos, tais como bipe, telefone celular, walkman, agenda eletrônica, notebook, palmtop, receptor, gravador, telefone celular, máquina fotográfica, controle de alarme de carro etc., bem como relógio de qualquer espécie, protetor auricular, óculos escuros ou quaisquer acessórios de chapelaria, tais como chapéu, boné, gorro etc... 12 Os 3 (três) últimos candidatos de cada sala só poderão sair juntos, após entregarem ao fiscal de aplicação os documentos que serão utilizados na correção das provas, sendo somente liberados após presenciarem o lacre de todo o material. N OME D O C ANDIDATO : _________________________________________ Nº de Inscrição: ________ | RG nº: ___________________ | Sala: ___ | Carteira:____ GRUPO 2

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SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA – SESI/SP

PROCESSO SELETIVO 001 / 2015 PROFESSORES – DIVISÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA – SESI/SP

C A D E R N O D E Q U E S T Õ E S

Professor de Educação Básica II e III Professor Orientador de Aprendizagem I e II

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:

1 Você receberá do fiscal de sala o material descrito a seguir:

a) uma folha destinada à marcação das respostas das questões objetivas formuladas na prova de grupo 2;

b) este Caderno de Questões do grupo 2, com o enunciado das 50 (cinquenta) questões, sem repetição ou falha.

2 Ao receber a FOLHA DE RESPOSTAS você deve:

a) conferir seu nome, número de identidade, cargo escolhido e número de inscrição;

b) ler atentamente as instruções para a marcação das respostas das questões objetivas;

c) assinar a folha de respostas, no espaço reservado, com caneta esferográfica transparente de cor azul ou preta.

3 Não dobre, não amasse e nem manche a FOLHA DE RESPOSTAS. Ela somente poderá ser substituída caso esteja danificada na barra de reconhecimento para leitura óptica. Não será permitida a troca da folha de respostas por erro do candidato.

4 No Caderno de Questões as questões são identificadas pelo número que se situa acima do seu enunciado.

5 Na FOLHA DE RESPOSTAS marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no retângulo à caneta esferográfica de tinta preta ou azul. Preencha os campos de marcação completamente, sem deixar espaços em branco.

6 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde adequadamente à questão. Você deve assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.

7 Para fins de avaliação, serão levadas em consideração apenas as marcações realizadas na FOLHA DE RESPOSTAS. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.

8 O tempo disponível para esta prova será de 3 (três) horas, já incluído o tempo para assinatura e transcrição das respostas para a folha de respostas. Reserve tempo suficiente para marcar sua folha de respostas.

9 Somente após decorrida 1 (uma) hora do início da prova você poderá retirar-se da sala de prova sem levar o caderno de questões.

10 Quando terminar sua prova, você deverá, OBRIGATORIAMENTE, entregar a FOLHA DE RESPOSTAS devidamente preenchida e assinada e o seu caderno de questões ao fiscal da sala. Aquele que descumprir esta regra será ELIMINADO.

11 Durante a aplicação da prova não será permitido:

a) qualquer tipo de comunicação entre os candidatos;

b) levantar da cadeira sem a devida autorização do fiscal de sala;

c) portar aparelhos eletrônicos, tais como bipe, telefone celular, walkman, agenda eletrônica, notebook, palmtop, receptor, gravador, telefone celular, máquina fotográfica, controle de alarme de carro etc., bem como relógio de qualquer espécie, protetor auricular, óculos escuros ou quaisquer acessórios de chapelaria, tais como chapéu, boné, gorro etc...

12 Os 3 (três) últimos candidatos de cada sala só poderão sair juntos, após entregarem ao fiscal de aplicação os documentos que serão utilizados na correção das provas, sendo somente liberados após presenciarem o lacre de todo o material.

NOME DO CANDIDATO: _________________________________________

Nº de Inscrição: ________ | RG nº: ___________________ | Sala: ___ | Carteira:____

GR

UP

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Página 3 PEB II / PEB III / Professor Orientador de Aprendizagem I e II – PROVA GRUPO 2

LINGUA PORTUGUESA

TEXTO PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE 01 A 08.

Meu porquinho-da-índia

Minha Remington preta foi minha primeira namorada. Sinto saudade de mim e dela também.

por Menalton Braff - Publicado 04/02/2013 11:27, última modificação 04/02/2013 11:27

Conversar com poetas pode ser perigoso porque o resultado pode ser crônicas e outros cometimentos. Principalmente se o poeta é um ser que desceu ao mundo em um feixe de luz, como alguns que eu conheço e que têm o polegar verde. Hoje de manhã conversei com um que ameaça aposentar o polegar por absoluta inutilidade. Então o poeta me contou que nos tempos de sua infância havia mais verde e muito menos poluição. As crianças brincavam de roda e não visitavam psicanalista. Acabou de me dizer isso e sumiu nos seus primeiros anos de vida. Foi por causa dele que viajei até minha infância, viagem que os poetas fazem com a maior facilidade.

Um dia meu pai me chamou e me disse, Agora tu sentas aí, que chegou tua vez. Era na mesa da sala, sobre a qual havia um livro aberto. Sentei e comecei a ler em voz alta o que estava naquela página. Ele não disse nada, mas me olhou espantado, a pele um pouco mais vermelha do que o natural. Mal sabia meu pai que, enquanto alfabetizava minha irmã mais velha, eu ficava por ali sapeando, fingindo que brincava, mas na verdade maravilhado com aqueles risquinhos todos que se transformavam em histórias. Desde aquela época tenho a impressão de que ele não gostou muito do jeito com que frustrei seus impulsos pedagógicos. Sim, porque me pareceu pura vingança quando ele afastou o livro e jogou debaixo de meu queixo um caderno e um lápis. Então copie isto aqui, ele ordenou. Meu deus do céu, foi aí que começaram minhas torturas.

Ler me dava imenso prazer, porque meus olhos criavam significados, mas escrever, ah, não, isso já parecia uma agressão a um corpo que ainda não passara dos cinco anos e que não dominava dedos nem mãos. O l e o e saíam iguais e me dava um baita ódio quando escrevia mim e os outros liam num, ou mini, ou qualquer outra coisa que não estivesse lá. Cresci sabendo que não tinha letra bonita. Eu, cujo pai tinha feito curso de caligrafia, e escrevia como quem borda. Nem o patinho feio sentia-se tão mal.

Ah, como é doce a vingança! Um dia resolvi fazer um curso de datilografia e passei a escrever furiosa e desaforadamente.

Pouco tempo depois, comprei minha primeira máquina. Era uma Remington preta, só minha, que não se escondia debaixo do fogão nem era um porquinho-da-índia, mas acho que foi minha primeira namorada. Que ninguém tocasse em minha Remington, porque dava briga. Ela era minha independência, a segurança de que nunca mais ouviria gozações por causa de minha letra. Ela era minha defesa.

Muitas coisas fizemos juntos, minha Remington e eu. Sinto saudade de mim e dela também. Depois vieram as Olivettis — as Letteras e as outras. Uma delas, bem me lembro, tinha linhas modernas, era elétrica e muito baixa. Se não me engano, seu nome era Lexicon, ou qualquer coisa assim com esse estilo futurista. Nunca fui muito feliz com ela. Tinha um rolinho branco, para apagar letras ou palavras erradas, e não houve manual de instruções que me fizesse aprender a colocar um rolinho daqueles no lugar certo. Coitada, deve andar por aí até hoje, jogada em algum canto, porque em seguida comprei um micro de 21 Mega, que era um milagre da tecnologia.

Adaptado de <http://www.cartacapital.com.br/colunistas/Plone/cultura/meu-porquinho-da-india> Acesso em 05/03/2015

Questão 01

Embora apresente características de mais de um tipo de texto, o que PREDOMINA no texto é a

A narração.

B descrição.

C prescrição.

D dissertação.

E argumentação.

Questão 02

Um dia meu pai me chamou e me disse, Agora tu sentas aí, que chegou tua vez.

Considerando o excerto acima, que tipo de discurso há na parte sublinhada?

A Direto.

B Indireto livre.

C Direto livre.

D Indireto.

E Direto pontuado.

Questão 03

Pela fala do autor percebe-se que, em sua infância, quando chegou a sua vez de ser alfabetizado, o pai dele:

A Não se cansava de comparar negativamente o progresso do filho ao da filha, que foi maravilhoso.

B Ficou irritado e com a pele mais vermelha ao perceber que enquanto tentava ensinar o filho a ler, este ficava por ali sapeando, fingindo que brincava.

C Teve os impulsos pedagógicos frustrados diante da falta de interesse do filho em ler e escrever.

D Ficou frustrado ao perceber que o filho lia mal, e, como castigo, decidiu mandá-lo escrever.

E Ficou surpreso e, talvez, decepcionado ao constatar que seu filho já sabia ler.

Questão 04

De acordo com o texto, o autor

A sofria do pai agressões no corpo, quando ainda não tinha passado dos cinco anos, pelo simples fato de apresentar dificuldade em escrever.

B a princípio, fora obrigado pelo pai a fazer um curso de datilografia, mas logo se encantou pelo ofício e passou a escrever furiosa e desaforadamente.

C pouco se importava com o fato de ter a letra feia, uma vez que utilizava muito a máquina de escrever.

D foi capaz de romper o relacionamento com a primeira namorada, com quem nunca foi muito feliz porque, muitas das vezes, preferia escrever em sua Remington preta a ficar com a garota.

E possuiu algumas máquinas de escrever, e a que demonstrou gostar menos foi a que tinha linhas modernas, com estilo futurista, era elétrica e dava a possibilidade de apagar letras ou palavras erradas.

Questão 05

Eu, cujo pai tinha feito curso de caligrafia, e escrevia como quem borda.

Qual ditado popular a seguir tem o sentido mais aproximado do que pode ser constatado a partir do trecho acima?

A “Quem filho é pai será.”

B “Nem tudo o que reluz é ouro.”

C “Casa de ferreiro, espeto de pau.”

D “Quem com ferro fere com ferro será ferido.”

E “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.”

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Página 4 PEB II / PEB III / Professor Orientador de Aprendizagem I e II – PROVA GRUPO 2

Questão 06

Em qual das alternativas a seguir a palavra sublinhada está produzindo ou expressando, no excerto em que se encontra, a ideia de intensidade?

A Muitas coisas fizemos juntos (...)

B Então copie isto aqui, ele ordenou.

C Conversar com poetas pode ser perigoso (...)

D O l e o e saíam iguais e me dava um baita ódio (...)

E (...) que não se escondia debaixo do fogão nem era um porquinho-da-índia (...)

Questão 07

Em qual dos trechos a seguir há uso da linguagem conotativa?

A Sinto saudade de mim e dela também.

B Foi por causa dele que viajei até minha infância (...)

C Era na mesa da sala, sobre a qual havia um livro aberto.

D As crianças brincavam de roda e não visitavam psicanalista.

E Uma delas, bem me lembro, tinha linhas modernas, era elétrica e muito baixa.

Questão 08

Que ninguém tocasse em minha Remington, porque dava briga.

Neste trecho, pode-se notar a substituição de “máquina de escrever” por “Remington”, que é a marca da máquina. Esse tipo de substituição de uma palavra por outra que não é seu sinônimo, mas que a evoca, é característica de qual figura de linguagem?

A Elipse.

B Personificação.

C Aliteração.

D Metonímia.

E Comparação

TEXTO PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE 09 A 14.

Vergonha das origens

por Menalton Braff — publicado 19/02/2015 10:53

Agência Brasil

Há bem pouco tempo começaram as chuvas e tivemos a oportunidade de assistir novamente àqueles verdadeiros caudais pelas sarjetas da cidade. As bocas-de-lobo não têm garganta suficiente para engolir o volume de água que desce das ladeiras. Primeiro, porque há muita gente jogando lixo em sua volta, e o lixo acaba tragado pelas bocas-de-lobo, que não fazem seleção daquilo que engolem. Mas não é só: cada vez mais, e todo mundo sabe disso, existe menos terra descoberta que absorva a água da chuva. Cimento e chuva, eis a solução para se obterem belas piscinas em nossas ruas.

As pessoas parecem possuídas pelo espírito do cimento. Existe, em quase todas as regiões do país, uma verdadeira fúria contra a nudez da terra, uma fúria por cobri-la, escondê-la, como se uma coisa imoral. (...)

Tentando entender as razões das pessoas, fui consultar meu compadre Adamastor (batizei-lhe o filho mais novo recentemente), pois ele é que entende de psicologia social, formado como foi no Cabo das Tormentas.

O ser humano, perguntou-me ele, não simboliza tudo? Todo nosso comportamento não tem uma forte carga simbólica? Como eu concordasse, nem tinha outro jeito, ele continuou. Muito professoral para meu gosto, mas com a segurança de quem conhece profundamente o assunto.

O cimento é urbano, ele disse, marca de civilização, de progresso. O cimento não suja, pode ser lavado. A terra é rural, lembra tudo que é primitivo. Na terra é que as crianças se sujam durante as brincadeiras. A terra vira lodo quando chove, emporcalha os pés da gente. Quando as pessoas cobrem tudo de cimento, estão escondendo o avô, que sofria com os bichos-de-pé; a avó, com as narinas pretas da fumaça de querosene. Estão negando suas origens.

O que fica difícil de entender é que essa ânsia de assepsia e o desejo de esconder os matutos de que nos originamos não tenham correspondência no trato com o lixo, com nossos restos jogados até com certo prazer nas praças e ruas. Questionado sobre isso, meu compadre franziu o sobrolho, engasgou-se e não conseguiu responder.

FONTE: http://www.cartacapital.com.br/cultura/vergonha-das-origens-8599.html

Questão 09 Leia as assertivas a seguir:

I Por pura ignorância as pessoas ainda desconhecem que cada vez existe menos terra descoberta que absorva a água da chuva.

II Em todas as regiões do país existe certa aversão à terra descoberta e uma fúria por cobri-la.

III A única vantagem do cimento é que ele ajuda na obtenção de belas piscinas em ruas tão cinzentas.

Está EM DESACORDO com as informações do texto o afirmado em:

A I, II e III.

B I e III, apenas.

C II e III, apenas.

D I, apenas.

E III, apenas.

Questão 10

Pode-se entender CORRETAMENTE do texto que o autor questiona:

A O porquê de o fato de as pessoas jogarem restos até com certo prazer nas praças e ruas não ter correspondência no trato que elas têm com o lixo.

B O porquê de as pessoas terem aversão à “sujeira” da terra, mas jogarem tanto lixo nas praças e ruas.

C O porquê de as pessoas não negarem que todos nós somos originários dos matutos.

D As pessoas terem horror à assepsia e ao desejo de esconder os matutos de que nos originamos.

E A dificuldade que as pessoas no geral têm de entender o que é essa ânsia de assepsia.

Questão 11

Pela fala do compadre do autor, pode-se entender que:

A A terra é rural e simboliza tudo aquilo que pode ser lavado.

B Todo nosso comportamento não tem uma forte carga simbólica.

C A civilização do progresso é, na verdade, calcada no primitivismo.

D As pessoas, inconscientemente, escondem suas raízes ao cobrirem tudo com cimento.

E A terra deve, definitiva e simbolicamente, ser coberta por ser algo que emporcalha e que traz doenças, como os bichos de pé.

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Questão 12

O ser humano, perguntou-me ele, não simboliza tudo?

Considerando o excerto acima, que tipo de discurso há nas partes sublinhadas?

A Direto Pontuado.

B Direto livre.

C Direto.

D Indireto.

E Indireto livre.

Questão 13

Questionado sobre isso, meu compadre franziu o sobrolho, engasgou-se e não conseguiu responder.

No âmbito do texto, pode-se entender que o trecho acima, por seu conteúdo, contradiz a afirmação de que:

A O cimento é marca da civilização e do progresso.

B Nosso comportamento tem uma forte carga simbólica.

C As pessoas parecem possuídas pelo espírito do cimento.

D O compadre do autor conhecia profundamente o assunto.

E O autor não concordou com a explicação dada por seu compadre.

Questão 14

As bocas-de-lobo não têm garganta suficiente para engolir o volume de água que desce das ladeiras.

Bocas-de-lobo, neste contexto, tem o mesmo significado que bueiro, portanto, algo inanimado. No trecho acima é possível identificar a presença de uma figura que consiste na atribuição de qualidades, ações e características humanas a seres mortos, irracionais, inanimados ou abstratos. A este tipo de figura dá-se o nome de:

A Perífrase.

B Paradoxo.

C Hipérbole.

D Anacoluto.

E Prosopopeia.

Questão 15

Aquela moça usa um perfume extremamente doce!

Na oração acima é possível identificar a presença de uma figura que consiste na transferência de percepções da esfera de um sentido para a de outro. Neste caso, o ‘doce’ é sentido pelo olfato no lugar do paladar. A este tipo de recurso dá-se o nome de:

A Antítese.

B Catacrese.

C Sinestesia.

D Hipérbato.

E Silepse.

Questão 16

O rato roeu a roupa do Rei de Roma. A rainha, com raiva, resolveu remendar.

A figura de linguagem que joga com a repetição de consoantes com som igual ou semelhante no início das palavras, como ocorre no trecho acima, é a:

A Onomatopeia.

B Metonímia.

C Sinestesia.

D Aliteração.

E Hipérbole.

Questão 17

Assinale a alternativa em que as palavras dadas estabelecem entre si uma relação de paronímia.

A amor – ódio

B parente – familiar

C tráfego – tráfico

D cadeira – assento

E manga (fruta) – manga (parte da roupa)

Questão 18

Quanto ao emprego correto dos homônimos, analise as orações a seguir:

I O vendedor _________ ao cargo de gerente. (acendeu/ ascendeu)

II O mandato de muitos vereadores foi __________. (cassado/ caçado)

III O último __________ constatou uma aceleração do processo de envelhecimento populacional. (censo/ senso)

Completam, CORRETA e respectivamente, as lacunas acima os expostos na alternativa:

A acendeu – cassado – censo

B ascendeu – cassado – censo

C acendeu – caçado – senso

D ascendeu – cassado – senso

E acendeu – caçado – censo

Questão 19

Assinale a alternativa em que a palavra apresentada é um hiperônimo:

A Animal.

B Sandália.

C Orquídea.

D Assadeira.

E Jabuticaba.

Questão 20

Assinale a alternativa em que NÃO HÁ ambiguidade na oração dada.

A Roberto quis levar o filho no carro dele.

B João disse que era canhoto ao aluno.

C Juliana entregou a Isabel o anel dela.

D Alberto foi ver o primo aborrecido.

E A mulher viu o menino da ponte.

CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS

Questão 21

O trabalho didático deve acontecer como um processo espiralado de apreensão, em que o novo se edifica transformando o que existe. O educando toma por base conhecimentos já adquiridos para expandi-lo e transformá-lo. As tarefas de produção escrita partem, portanto, do que a pessoa já consegue produzir e se voltam para o que pode ser aprendido para o aperfeiçoamento do texto.

A concepção citada acima remete aos autores identificados na alternativa:

A Terezinha Azerêdo Rios e Philippe Perrenoud.

B Paulo Freire & Emília Ferreiro.

C Jean Piaget e Ana Teberosky.

D Celso dos Santos Vasconcellos e José Carlos Libâneo.

E Bernard Schneuwly e Joaquim Dolz.

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Questão 22

A. é um nordestino de 56 anos e que, devido à necessidade de trabalhar na lavoura desde criança, não teve a oportunidade de aprender a ler e escrever. Incentivado pelos seus filhos e esposa, ele passou a frequentar regularmente as aulas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), visto que tal direito lhe é assegurado pela Lei 9394/96.

De acordo com a referida lei, é assegurado o acesso à educação a todos os cidadãos que não tiveram a oportunidade de finalizar seus estudos na idade própria. Importante ressaltar que tal educação deve:

I Viabilizar e estimular o acesso e a permanência do trabalhador na escola.

II Articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma de regulamento.

III Prover oportunidades educacionais apropriadas, priorizando somente o conteúdo.

IV Assegurar a gratuidade ao acesso e continuidade de estudos no ensino superior.

Está CORRETO o que se afirma em:

A II e III, apenas.

B III e IV, apenas.

C I e II, apenas.

D II, apenas.

E I e IV, apenas.

Questão 23

C. tem 16 anos de idade e é aluno do segundo ano do Ensino Médio. Ele pretende prestar vestibular no final de 2015 e para tal, está disposto a se matricular na Educação de Jovens e Adultos (EJA), para que assim consiga concluir o Ensino Médio ainda no referido ano. Porém, segundo a Lei 9394/96, Claudio não poderá se matricular nas classes da EJA, pois:

A Já completou 16 anos e está prestes a concluir o Ensino Médio.

B É preciso ter 15 anos completos para concluir o Ensino Médio por meio de exames da modalidade de Educação de Jovens e Adultos.

C É necessário que ele tenha 17 anos para que possa concluir o Ensino Médio por meio de exames da modalidade de Educação de Jovens e Adultos.

D Ele deveria ter, necessariamente, completado seus estudos do Ensino Fundamental também por meio da Educação de Jovens e Adultos

E Para concluir o Ensino Médio por meio de exames da modalidade de Educação de Jovens e Adultos, é necessário ter 18 anos completos.

Questão 24

De acordo com a Resolução nº 4, de 13 de julho de 2010, a Educação Especial, configura-se como parte integrante da educação regular, devendo ser prevista no projeto político-pedagógico da unidade escolar, visto que se trata de uma modalidade:

A Transversal a todos os níveis, etapas e modalidades de ensino.

B Supletiva, que deve ser incorporada em modalidades específicas de ensino.

C Normativa, independente da autonomia das instituições escolares.

D Multidisciplinar, pois redistribui os conteúdos.

E Quantitativa, pois almeja a exploração de tipos de comportamentos.

Questão 25 A duração do Ensino Fundamental e a idade dos alunos são estabelecidas na Resolução CNE/CEB n° 4, de 13 de julho de 2010, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. De acordo com a referida Resolução, o Ensino Fundamental deve apresentar as seguintes características:

A Oito anos de duração, com matrícula obrigatória para as crianças de sete a dez anos de idade nos anos iniciais, com duração de quatro anos; e matrícula opcional para estudantes de onze a quatorze anos nos anos finais, com duração de quatro anos.

B Nove anos de duração, com matrícula obrigatória para crianças a partir dos sete anos de idade, devendo ser finalizado, em regra, aos quinze anos.

C Dez anos de duração, com matrícula obrigatória para crianças a partir dos cinco anos de idade, composto de duas fases subsequentes: anos iniciais, com duração de seis anos, para estudantes de cinco a dez anos de idade; e anos finais, com quatro anos de duração, para os de onze a quatorze anos.

D Dez anos de duração, com matrícula obrigatória para crianças a partir dos cinco anos de idade, composto de duas fases subsequentes: anos iniciais, com duração de seis anos, em regra, para estudantes de cinco a dez anos de idade; e anos finais, com quatro anos de duração, para os de onze a quinze anos.

E Nove anos de duração, de matrícula obrigatória para as crianças a partir dos seis anos de idade, com duas fases sequentes: anos iniciais, com duração de cinco anos, em regra para estudantes de seis a dez anos de idade; e anos finais, com quatro anos de duração, para os alunos de onze a quatorze anos de idade.

Questão 26 Em uma escola, uma aluna deficiente auditiva necessita de um professor de apoio que saiba LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), para auxiliá-la em todas as disciplinas, o que lhe permitirá tanto o desenvolvimento intelectual na classe regular, como o social. De acordo com os pressupostos apresentados em Mantoan (2006), para que haja inclusão social é fundamental que a instituição escolar:

A Reproduza o modelo tradicional, visto que tal ação tem respondido aos desafios da inclusão social.

B Reúna esforços para acolher o aluno de maneira eficiente, tendo em vista que todos, sem exceção, fazem parte do contexto educacional.

C Garanta que alunos com necessidades educacionais especiais tenham os mesmos resultados que os alunos ‘normais’, conforme exigência do currículo oficial.

D Considere que a condição de inserção dos alunos com necessidades educacionais especiais esteja diretamente relacionada à capacidade deles de adaptação à escola.

E Permita que alunos com necessidades educacionais especiais sejam assistidos por um tutor, que deve ser garantido pelos pais.

Questão 27 Segundo Zabala (1998) ler, desenhar, observar, calcular, classificar, traduzir, recortar e saltar são exemplos dos chamados conteúdos:

A Experimentais.

B Formais.

C Procedimentais.

D Diferenciais.

E Atitudinais.

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Questão 28

Baseando-se na noção de gênero, Dolz, J. e Schneuwly, B. (2004) introduziram uma proposta de progressão curricular, ou, em outras palavras, de organização temporal de ensino. É possível caracterizar tal proposta a partir do exposto na alternativa:

A A recuperação do tradicionalismo escolar, segundo o qual os gêneros ensinados são a descrição, a avaliação e a dissertação, consecutivamente.

B A abordagem de cada gênero dever ser seriada e independente.

C O agrupamento de gêneros vai depender estritamente do contexto social dos alunos.

D O agrupamento dos gêneros, a fim de elaborar um modelo de ensino modular aplicável a toda seriação dos anos de aprendizagem, o que permite organizar a progressão no ensino através dos diferentes ciclos do Ensino Fundamental.

E É necessário privilegiar atividades com textos orais, pois eles são fundamentais no processo de comunicação.

Questão 29

La Taille et al (1992) em Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão busca o entendimento da evolução do ser humano, tanto nos fatores biológicos e sociais como também nos aspectos afetivos e cognitivos. A respeito do entendimento sobre o qual se deve ter por "ser social" e os fatores sociais que explicam o desenvolvimento intelectual, La Taille considera que:

A Afirmar que o homem é um ser social ainda não significa optar por uma teoria que explique como este ‘social’ interfere no desenvolvimento e nas capacidades da inteligência humana.

B Em Piaget, não se evidencia uma teoria que resgata a dimensão ética e política dentro do desenvolvimento da inteligência do homem, não permitindo transparecer na sua análise uma perspectiva interacionista como referencial e fundamento básico do seu raciocínio.

C Para que o sujeito se desenvolva não é necessário que se estabeleça uma relação entre afetividade e inteligência, pois a inteligência evolui sem a emoção.

D O sujeito não evolui a partir das experiências pessoais vivenciadas através das interações sociais, e um bebê tem o grau de maturação que tem um adulto.

E Para Piaget a lógica final não implica no equilíbrio das ações apresentadas no período sensório motor, período em que a criança vai esquematizando a lógica das ações e das percepções, interiorizada por ela no processo de socialização.

Questão 30

Dentre as formas de debate que podem ser desenvolvidas em sala de aula, segundo a tipologia desenvolvida em Dolz, J. e Schneuwly, B. (2004), pode-se considerar o debate:

I De julgamento.

II De opinião de fundo controverso.

III Para deliberação.

IV Para resolução de problemas.

Está CORRETO apenas o que se afirma em:

A I e II.

B II e III.

C I, II e III.

D II, III e IV.

E III e IV.

Questão 31

O ato de cozinhar, por exemplo, supõe alguns saberes concernentes ao uso do fogão, como acendê-lo, como equilibrar para mais, para menos, a chama, como lidar com certos riscos mesmo remotos de incêndio, como harmonizar os diferentes temperos numa síntese gostosa e atraente. A prática de cozinhar vai preparando o novato, ratificando alguns daqueles saberes, retificando outros, e vai possibilitando que ele vire cozinheiro. A prática de velejar coloca a necessidade de saberes fundantes, como o do domínio do barco, das partes que o compõem e da função de cada uma delas, como o conhecimento dos ventos, de sua força, de sua direção, os ventos e as velas, a posição das velas, o papel do motor e da combinação entre motor e velas. Na prática de velejar se confirmam, se modificam ou se ampliam esses saberes.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática

educativa.

A partir do excerto acima, pode-se afirmar que:

A Além de transmitir conteúdo, o professor deve promover atividades fora do ambiente escolar, pois somente assim existirão condições para que o aluno se transforme em um sujeito autônomo.

B Quanto maior a oportunidade de reflexão crítica, mais consciente o aluno se tornará, o que favorece o desenvolvimento de sua autonomia.

C É preciso atrelar o ensino à aquisição de uma nova profissão, pois só assim é possível transformar o aluno em um ser autônomo.

D As atividades propostas em sala de aula devem ter ligação com o conhecimento de vida que os alunos possuem, pois, desta forma diminui-se a repetência e evasão escolar.

E Quanto mais a instituição escolar adapta a sua proposta pedagógica à sua clientela, menos chances ela terá de formar sujeitos autônomos.

Questão 32

Os professores de uma dada escola têm como principal objetivo construir a cidadania e o bem comum por meio da prática educacional. Para tanto, os professores buscam desenvolver atividades que proporcionem aos seus educandos autonomia, criticidade, respeito às regras e comportamentos adequados para o convívio social. Isso pode ser feito, por exemplo, a partir das práticas de ensino e de avaliação adotadas pelo professor, quando tais práticas levam em conta as necessidades concretas do contexto social no qual o aluno está inserido.

Considerando o exposto acima à luz da ideia de "felicidadania" apresentada em Rios (2001), para que essa ideia se concretize por meio da prática docente, é necessário:

A Reconhecer o outro.

B Tomar como referência o bem-estar do indivíduo.

C Envolver-se na elaboração e desenvolvimento de um projeto tendo como base o docente.

D Fazer da linguagem uma ferramenta para a aquisição do conhecimento científico.

E Criar um espaço limitado entre corpo docente e discente para assegurar a eficácia do ensino.

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Questão 33

De acordo com a perspectiva presente em Zabala (1998), o professor possui uma série de funções na relação interativa que deve se estabelecer no contexto escolar, dentre as quais se pode considerar CORRETAMENTE:

A A de esperar que os alunos encontrem por si só sentido no que fazem, pois somente assim serão levados a enxergar os processos de aprendizagem e o que se espera deles.

B A de planejar e de incutir plasticidade na aplicação de seu ‘plano pedagógico’, o que permite uma adaptação às necessidades dos alunos.

C A de estabelecer esforços e metas com a respectiva Secretaria de Ensino, para que haja um ambiente propício para o desenvolvimento de relações que facilitem a auto-crítica e auto-avaliação.

D A de limitar os canais de comunicação entre professor/aluno.

E A de avaliar o aluno de acordo com o que é exigido pelos conteúdos apresentados.

Questão 34

Segundo WEISZ (2002), as crianças constroem hipóteses sobre a escrita e seus usos à medida que vão tendo contato com essas situações. Muitas crianças pobres não tem contato com essas oportunidades, e por isso quando chegam ao ambiente escolar têm mais dificuldade que crianças de famílias de classe média ou alta, muito mais próximas do universo da leitura e da escrita. Estas, antes mesmo de entrarem na escola, já constituíram um repertório. Nesse sentido, quanto ao início da alfabetização, pode-se afirmar que:

A Devido à má qualidade dos textos aos quais as crianças mais pobres têm acesso, elas apresentam mais dificuldade do que crianças de classe média ou alta.

B Crianças provenientes de ambientes não letrados apresentam desvantagem em relação às crianças que são provenientes de ambientes letrados.

C A tecnologia tem favorecido sistematicamente a alfabetização de crianças provenientes de lares ‘não-letrados’.

D A alfabetização de crianças provenientes de lares ‘não-letrados’ deve se dar prioritariamente a partir da prática da escrita.

E A alfabetização das crianças provenientes de lares ‘não-letrados’ é mais eficaz quando adotados os métodos de marcha sintética e da soletração.

Questão 35

Vasconcellos (2003) ressalta que a avaliação deve levar à mudança do que tem que ser mudado também em nível do sistema educacional. Isso porque é preciso definir uma política educacional séria, ampla e comprometida com os interesses das classes populares, e que leve à alteração progressiva das condições de trabalho. Na linha do autor, para tal é necessário:

A Aumento do controle burocrático, dando, assim, autonomia pedagógica às escolas.

B Aumento da rotatividade entre professores, diretores e coordenadores.

C Favorecimento da fragmentação e das relações autoritárias.

D Mais verbas para a educação e melhor aplicação de recurso.

E Elaboração do projeto pedagógico especificamente pela direção escolar, tendo como base a legislação educacional

Questão 36

Uma aluna com deficiência intelectual, matriculada em uma classe regular, tem grande dificuldade de se concentrar e atentar ao conteúdo ensinado. A fim de ajudá-la a ter maior concentração, sua professora buscou manter uma rotina contínua durante as aulas, além de manter o espaço organizado e propor atividades lógicas e com regras.

Mantoan (2006) enfatiza que a inclusão propulsa a qualidade de aprendizagem a todos os alunos e que é no enfrentamento desse processo que devemos nos atentar a possíveis barreiras impostas para a busca coletiva de soluções. Segundo a autora, incluir significa:

A Propiciar que alunos com necessidades educacionais especiais façam parte da comunidade escolar, e que eles sejam reconhecidos como um membro dela.

B Fazer com que alunos com necessidades educacionais especiais sejam igualados aos demais alunos.

C Garantir que alunos com necessidades educacionais especiais tenham acesso aos conteúdos sem qualquer flexibilização da proposta de ensino.

D Adaptar o espaço escolar, assim como a proposta pedagógica, de modo que alunos com necessidades educacionais especiais sejam sempre assistidos.

E Igualar os meios de aprendizagem, o que estimula os alunos com necessidades educacionais especiais.

Questão 37

Na linha de Zabala (1998), tanto o aluno quanto o professor podem exercer um papel ativo no processo de construção do conhecimento. Nesse sentido, NÃO se pode considerar como uma prática pedagógica pertinente à concepção construtivista:

A O incentivo à exploração, comparação e análise daquilo que os alunos têm como ‘experiência de vida’, relacionando aos conteúdos a serem desenvolvidos na escola.

B O auxílio aos alunos para que eles possam utilizar seus conhecimentos prévios, conjuntamente e de forma autônoma, em situações diversas.

C A determinação de esquemas de conhecimento e raciocínio que devem ser acionados pelos alunos para que haja, efetivamente, aprendizagem.

D O planejamento de atividades que sejam desafiadoras para a hipótese de conhecimento elaborada pelo aluno.

E A realização de intervenção pedagógica capaz de provocar o aluno para momentos sucessivos de equilíbrio, desequilíbrio e reequilíbrio em relação à compreensão dos conteúdos.

Questão 38

Vasconcellos (2003) sugere alguns caminhos para que haja superação da postura avaliativa que vem sendo difundida no contexto escolar, dentre os quais se pode considerar:

A Alterar a metodologia de trabalho, como por exemplo, abrir espaço às dúvidas dos alunos, combatendo preconceitos e estabelecendo um clima de respeito.

B Aumentar a ênfase na avaliação classificatória, pois não adianta mudar a forma e não mudar o conteúdo e vice-versa.

C Facilitar o conteúdo da avaliação, levando em consideração o contexto escolar e as condições de aprendizagem do aluno.

D Propor a eliminação de qualquer processo avaliativo.

E Desenvolver a conscientização a respeito da importância da avaliação e seu importante papel na classificação dos alunos.

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Questão 39

(...) o gênero é abordado como objeto de ensino e aprendizagem em si. Não constituem um percurso de passagem para a aprendizagem de outros comportamentos linguísticos, em relação somente com outros saberes disciplinares, que seria o ensino do oral integrado. Também não estão subordinados a outros objetos de ensino-aprendizagem.

Dolz, J. e Schneuwly, B. (2004). Gêneros Orais e escritos na escola.

Pelo exposto acima, pode-se dizer que os autores:

A Não defendem a relação fala/escrita como um continuum.

B Não transmitem a concepção de que é autônomo o ensino da oralidade, cumprindo recomendações dos PCNs para a Educação Básica.

C Rejeitam a visão dicotômica de que a fala é contextualizada e a escrita descontextualizada.

D Discutem a oralidade no ensino e não apontam dimensões a serem contempladas no trabalho do professor.

E São omissos quanto à formação continuada de professores e a necessária utilização de gêneros orais nos primeiros anos da Educação Básica.

Questão 40

Assinale a alternativa CORRETA, considerando o previsto pela Lei 9394/96.

A Poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares.

B A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais e ciclos, mas não em alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, ou por forma diversa de organização.

C A escola poderá reclassificar os alunos, salvo quando se tratar de transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior.

D O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, podendo, para tanto, reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei.

E Na educação básica, nos níveis fundamental e médio, poder-se-á realizar a classificação em qualquer série ou etapa.

Questão 41

Em Novas tecnologias e mediação pedagógica (2000), a presença da informática e da telemática na educação é discutida sob diversos ângulos, visto que se trata da tecnologia atual que não pode estar ausente da escola. Segundo a obra em questão:

A O emprego da tecnologia como recurso não coloca o professor como orientador das atividades do aluno.

B Com o uso das novas tecnologias o aluno é levado a desenvolver uma aprendizagem individualista, em que a pesquisa em grupo e/ou a troca de resultados deixa de ser interessante.

C O uso das novas tecnologias no ensino dispensa sua análise como mediação pedagógica.

D As tecnologias, uma vez que não estão relacionadas à cultura, não representam uma realidade para a interatividade no processo ensino-aprendizagem.

E A transição de modelos e padrões de ensino impõe desafios focados em: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.

Questão 42

Segundo Vasconcellos (2003), a avaliação não deve ser feita de forma isolada do projeto político-pedagógico. Para ele, deve-se analisar o papel político da avaliação. De acordo com o autor, pode-se afirmar ainda que:

A O papel da escola, na função real e oculta que lhe é determinada, é precisamente a de partir dos fracassos escolares dos desfavorecidos, considerando que a avaliação não contribui para reproduzir e perpetuar o processo de exclusão, separando os aptos dos inaptos.

B As dificuldades na mudança da avaliação se centram no currículo oculto, que é quase que uma espécie de tradição pedagógica disseminada em costumes, rituais, discursos, formas de organização.

C A avaliação, para assumir o caráter transformador, antes de tudo não deve estar comprometida com a aprendizagem da totalidade de todos os alunos.

D O conteúdo e a forma não são dimensões essenciais na concretização da avaliação da aprendizagem, pois o conteúdo da avaliação diz respeito ao que é tornado como objetivo de análise, e a forma refere-se ao modo como a avaliação ocorre.

E A avaliação não está relacionada ao fato de a escola ser reconhecida ou não como um espaço capaz de viabilizar a ascensão social.

Questão 43

Ao discorrer sobre a crise da Educação, Cortella (1998) considera que essa crise se justifica pelo fato dela não ter atingido ainda patamares mínimos de uma justiça social compatível com a riqueza produzida pelo país, que é usufruída por uma minoria. Conforme o autor, pode-se afirmar ainda que:

A Democraticamente a qualidade na Educação não passa, necessariamente, pela quantidade, pois quantidade é sinal de qualidade social e, se não se tem a quantidade total, não se pode falar em qualidade, considerando que a qualidade se obtém por índices de rendimento unicamente em relação àqueles que frequentam escolas.

B O conhecimento não é o objeto da atividade docente, mas pode, no entanto, ser reduzido à sua modalidade científica, pois a profissão docente não está direta e extensamente presente nas ações profissionais cotidianas.

C O cerne e a finalidade última dos processos educativos, em geral, não é o conhecimento formativo e informativo, nem as concepções pedagógicas de cada um daqueles que estão em estreita conexão com a teoria sobre o conhecimento.

D Educadores não trabalham o conhecimento que pode ser reduzido à modalidade científica, estatística, religiosa e afetiva, além de não levarem em conta a diversidade e a desigualdade que formam a obra humana coletiva.

E A educação pública das últimas décadas, com reflexos no ensino privado, foi um dos desaguadouros do intencional apartheid social implementado pelas elites econômicas, e é a partir dele que se pode compreender a crise da Educação e a atuação político/pedagógica dos educadores.

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Questão 44

Sob a ótica construtivista, Weisz (2002) sugere mudanças tanto na compreensão do processo de ensino, quanto no processo de aprendizagem, o que permite ao professor construir um olhar mais solidário e informado. Para tanto, conforme a autora é importante compreender que:

A Segundo concepção de aprendizagem construtivista, o conhecimento não é visto como produto da ação e reflexão do aprendiz, pois esse aprendiz é compreendido como alguém que sabe alguma coisa e que, diante de novas informações que para ele faz algum sentido, só realiza um esforço para assimilá-las.

B A função do professor é criar condições para que o aluno possa exercer a sua ação de aprendiz, participando de situações que favoreçam tal exercício. O aprendiz sempre sabe alguma coisa e pode usar esse conhecimento para seguir aprendendo.

C O conhecimento novo aparece não como resultado de um processo de ampliação, diversificação e aprofundamento do conhecimento anterior que ele já detém, mas de forma comum à própria concepção de aprendizagem.

D Cabe ao professor organizar situações de aprendizagem a partir das quais os alunos coloquem em jogo tudo o que sabem e pensam sobre o conteúdo que se quer ensinar, desde que tais situações favoreçam o processo avaliativo.

E Os registros diários do trabalho devem ser olhados de maneira crítica, com o intuito de melhorar a qualificação do professor e do ensino, desconsiderando-se o lugar social da subjetividade das relações no âmbito escolar.

Questão 45

Conforme previsto pela Lei 9394/96, constituem os sistemas municipais de ensino os expostos a seguir, EXCETO os(as):

A Instituições do ensino fundamental e de educação infantil mantidas pelo Poder Público municipal.

B Instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada.

C Instituições de educação superior mantidas pelo Poder Público municipal.

D Instituições do ensino médio mantidas pelo Poder Público municipal.

E Órgãos municipais de educação.

Questão 46

Em A autonomia de professores, (Contreras: 2002), tem-se uma discussão em torno da ideia de profissionalismo, tema recorrente nos últimos tempos nos discursos pedagógicos. Conforme o autor, pode-se afirmar que:

A Falar de profissionalidade significa não só descrever o desempenho do trabalho de ensinar, mas também expressar valores e pretensões que se deseja alcançar e desenvolver nesta profissão.

B Identifica-se a ausência de um movimento em sentido contrário às forças hegemônicas, a partir do qual os professores possam lutar para conquistar sua autonomia.

C A autonomia docente não demanda conhecimento do tema e ousadia, pois, em um primeiro momento, não se tem a impressão de que o professor é a parte mais fraca nas relações de poder.

D A visão simplista, específica e única do que se deve entender por autonomia de professores, mostra o equilíbrio estabelecido entre diferentes necessidades e condições para a realização da prática docente.

E A profissionalização viabiliza a autonomia, pois a atuação dos professores deixa de se concretizar no âmbito de um sistema subordinado à regularização do Estado.

Questão 47

Freire destaca que a reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação teoria/prática sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá e a prática, ativismo. Nesse sentido, pode-se afirmar ainda que para o autor:

A Quem ensina não aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.

B A produção do conhecimento é uma propriedade exclusiva dos centros universitários.

C A relação entre docência e discência em nada interfere na completude dos seres humanos.

D Ensinar, aprender e pesquisar são processos importantes na formação do educando, pois não se pode produzir conhecimento ainda não existente ou pouco enfatizado.

E Docência e discência se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro.

Questão 48

Quanto mais analisarmos as relações educador- educandos, na escola, em qualquer de seus níveis (ou fora dela), parece que mais nos podemos convencer de que estas relações apresentam um caráter especial e marcante [...].

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.

Na linha do trecho acima, como o autor caracteriza as relações mencionadas?

A Objetivas e subjetivas.

B Racionais e irracionais.

C Narradores e dissertadoras.

D Concretas e abstratas.

E Históricas e epistemológicas.

Questão 49

NÃO se pode considerar como uma das dimensões da competência mencionada por Rios (2001):

A Técnica.

B Estética.

C Ética.

D Crítica.

E Política.

Questão 50

Em lugar de comunicar-se, o educador faz “comunicados” e depósitos que os educandos, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.

A ideia explicitada pelo trecho acima, no contexto da obra em questão, remete à discussão empreendida por Freire acerca do fato de que o(a):

A Ensino deve desenvolver estratégias para atender o mundo globalizado.

B Transformação da prática pedagógica depende da apropriação da tecnologia.

C Saber não deve se configurar como uma doação daqueles que se julgam sábios.

D ‘Comunicado’ não é uma manifestação instrumental da ideologia.

E Transformação do educando depende da capacidade dele em memorizar os conteúdos.

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FOLHA DE RASCUNHO

O Candidato poderá levar esta folha.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES:

Data/Horário de Publicação Gabarito Preliminar / provas: 18/05/2015 após as 14h00.

Prazo de recursos – gabarito preliminar: Das 09h00 do dia 19/05/2015 às 18h00 do dia 20/05/2015.

O Caderno de Questões estará disponível para impressão no período aberto a recursos.

Demais datas consulte o Cronograma do certame.

Acesse - Local de publicação: http://www.igdrh.org.br/SESI

RASCUNHO DO GABARITO (Marque suas respostas no quadro abaixo para posterior consulta/conferência)

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