processo penal, 5.ª edição – col. legislação, edição académica · soal deste no...

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1 Descarregue gratuitamente atualizações online em www.portoeditora.pt/direito Processo Penal, 5.ª Edição – Col. Legislação, Edição Académica. Setembro de 2017 P COLEÇÃO LEGISLAÇÃO – Atualizações Online Porquê as atualizações aos livros da COLEÇÃO LEGISLAÇÃO? No panorama legislativo nacional é frequente a publicação de novos diplomas legais que, regularmente, alteram outros diplomas, os quais estão muitas vezes incluídos nas compilações da Coleção Legislação. Ao disponibilizar as atualizações, a Porto Editora pretende que o livro que adquiriu se mantenha atualizado de acordo com as alterações legislativas que vão sendo publicadas, fazendo-o de uma forma rápida e prática. Qual a frequência das atualizações aos livros da COLEÇÃO LEGISLAÇÃO? Serão disponibilizadas atualizações para cada livro até à preparação de uma nova edição do mesmo, sem- pre que detetada uma alteração legal. O prazo que medeia entre as referidas alterações e a disponibilização dos textos será sempre tão reduzido quanto possível. Onde estão disponíveis as atualizações aos livros da COLEÇÃO LEGISLAÇÃO? Pode encontrá-las em www.portoeditora.pt/direito, na área específica de “Atualizações”. Como posso fazer download das atualizações dos livros da COLEÇÃO LEGISLAÇÃO? Basta aceder à página e área indicadas acima, selecionar um título e os respetivos ficheiros. O serviço é completamente gratuito. Como se utiliza este documento? O documento foi preparado para poder ser impresso no formato do seu livro. Apresenta a página e o local da mesma onde as atualizações devem ser aplicadas, bem como a área por onde pode ser recortado depois de impresso, com vista a ficar com as mesmas dimensões e aspeto do livro que adquiriu. Como devo imprimir este documento, de modo a ficar no formato do meu livro? Deverá fazer a impressão sempre a 100%, ou seja, sem ajuste do texto à página. Caso o documento tenha mais do que uma página, lembramos que não deve proceder à impressão em frente e verso. Processo Penal, 5.ª Edição – Col. Legislação, Edição Académica Atualização VI – Setembro de 2017 As Leis n. os 88/2017, de 21 de agosto e 94/2017, de 23 de agosto, introduziram alterações ao Código de Processo Penal e à Lei n.º 33/2010, de 2 de setembro e procederam à revogação da Lei n.º 25/2009, de 5 de junho. De modo a garantir a atualidade da obra Processo Penal, são indicados neste documento os textos que sofreram alterações e a sua redação atual. 06765.50

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Processo Penal, 5.ª Edição – Col. Legislação, Edição Académica. Setembro de 2017 P

COLEÇÃO LEGISLAÇÃO – Atualizações Online

Porquê as atualizações aos livros da COLEÇÃO LEGISLAÇÃO?No panorama legislativo nacional é frequente a publicação de novos diplomas legais que, regularmente, alteram outros diplomas, os quais estão muitas vezes incluídos nas compilações da Coleção Legislação. Ao disponibilizar as atualizações, a Porto Editora pretende que o livro que adquiriu se mantenha atualizado de acordo com as alterações legislativas que vão sendo publicadas, fazendo-o de uma forma rápida e prática.

Qual a frequência das atualizações aos livros da COLEÇÃO LEGISLAÇÃO?Serão disponibilizadas atualizações para cada livro até à preparação de uma nova edição do mesmo, sem-pre que detetada uma alteração legal. O prazo que medeia entre as referidas alterações e a disponibilização dos textos será sempre tão reduzido quanto possível.

Onde estão disponíveis as atualizações aos livros da COLEÇÃO LEGISLAÇÃO?Pode encontrá-las em www.portoeditora.pt/direito, na área específica de “Atualizações”.

Como posso fazer download das atualizações dos livros da COLEÇÃO LEGISLAÇÃO?Basta aceder à página e área indicadas acima, selecionar um título e os respetivos ficheiros. O serviço é completamente gratuito.

Como se utiliza este documento?O documento foi preparado para poder ser impresso no formato do seu livro. Apresenta a página e o local da mesma onde as atualizações devem ser aplicadas, bem como a área por onde pode ser recortado depois de impresso, com vista a ficar com as mesmas dimensões e aspeto do livro que adquiriu.

Como devo imprimir este documento, de modo a ficar no formato do meu livro?Deverá fazer a impressão sempre a 100%, ou seja, sem ajuste do texto à página. Caso o documento tenha mais do que uma página, lembramos que não deve proceder à impressão em frente e verso.

Processo Penal, 5.ª Edição – Col. Legislação, Edição AcadémicaAtualização VI – Setembro de 2017

As Leis n.os 88/2017, de 21 de agosto e 94/2017, de 23 de agosto, introduziram alterações ao Código de Processo Penal e à Lei n.º 33/2010, de 2 de setembro e procederam à revogação da Lei n.º 25/2009, de 5 de junho.De modo a garantir a atualidade da obra Processo Penal, são indicados neste documento os textos que sofreram alterações e a sua redação atual.

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Código de Processo Penal

Pág. 187

No Capítulo III do Título II do Livro X do Código de Processo Penal e no art. 487.º, onde se lê:CAPÍTULO III Da execução da prisão (…) na habitaçãoArtigo 487.º Conteúdo da decisão e início do cumprimento1 – A decisão que fixar (…)(…)4 – (…) vida profissional ou familiar.deve ler-se o texto seguinte:

187Código de Processo Penal

a) A prisão fixada em anos termina no dia correspondente, dentro do último ano, ao do início da contagem e, se não existir dia correspon-dente, no último dia do mês;

b) A prisão fixada em meses é contada considerando-se cada mês um período que termina no dia correspondente do mês seguinte ou, não o havendo, no último dia do mês;

c) A prisão fixada em dias é contada considerando-se cada dia um pe-ríodo de vinte e quatro horas, sem prejuízo do que no artigo 481.º se dispõe quanto ao momento da libertação.

2 – Quando a prisão não for cumprida continuamente, ao dia encontrado segundo os critérios do número anterior acresce o tempo correspondente às interrupções.

(…) [Arts. 480.º a 483.º revogados pela al. a) do n.º 2 do art. 8.º da Lei n.º 115/2009, de 12-10.]

CAPÍTULO II Da liberdade condicional

(…) [Arts. 484.º a 486.º revogados pela al. a) do n.º 2 do art. 8.º da Lei n.º 115/2009, de 12-10.]

CAPÍTULO III Da execução da prisão por dias livres e em regime de

semidetenção ou de permanência na habitação [Revogado pela alínea b) do art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

Artigo 487.º Conteúdo da decisão e início do cumprimento [Revogado pela alínea b) do art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

Artigo 488.º Execução, faltas e termo do cumprimento[Revogado pela al. a) do n.° 2 do art. 8.º da Lei n.º 115/2009, de 12-10.]

TÍTULO III Da execução das penas não privativas de liberdade

CAPÍTULO I Da execução da pena de multa

Artigo 489.º Prazo de pagamento1 – A multa é paga após o trânsito em julgado da decisão que a impôs e

pelo quantitativo nesta fixado, não podendo ser acrescida de quaisquer adi-cionais.

2 – O prazo de pagamento é de 15 dias a contar da notificação para o efeito.

(…)

(…)

ARTIGO 487.º

ARTIGO 488.º

ARTIGO 489.º

Lei n.º 33/2010, de 2 de setembro

Pág. 234

Na alínea b) do art. 1.º, onde se lê:b) Da execução da pena de prisão (…) do Código Penal;deve ler-se o texto seguinte:

234 Código de Processo Penal e Legislação Conexa

LEI N.º 33/2010, DE 2 DE SETEMBRO1 (VIGILÂNCIA ELETRÓNICA)

A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

CAPÍTULO I Parte geral

Artigo 1.º ÂmbitoA presente lei regula a utilização de meios técnicos de controlo à distância,

adiante designados por vigilância eletrónica, para fiscalização:a) Do cumprimento da medida de coação de obrigação de perma-

nência na habitação, prevista no artigo  201.º do Código de Pro-cesso Penal;

b) Da execução da pena de prisão em regime de permanência na habi-tação, prevista nos artigos 43.º e 44.º do Código Penal; [Redação da Lei

n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

c) Da execução da adaptação à liberdade condicional, prevista no arti go 62.º do Código Penal;

d) Da modificação da execução da pena de prisão, prevista no arti go 120.º do Código da Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade;

e) Da aplicação das medidas e penas previstas no artigo 35.º da Lei n.º 112/2009, de 16 de setembro;

f) Da obrigação de permanência na habitação prevista nos n.os 1 e 3 do artigo 274.º-A do Código Penal. [Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada

em vigor: 2017-11-22.]

Artigo 2.º Sistemas tecnológicos1 – A vigilância eletrónica pode ser efetuada por:

a) Monitorização telemática posicional;b) Verificação de voz;c) Outros meios tecnológicos que venham a ser reconhecidos como

idóneos.2 – O reconhecimento de idoneidade e as características dos equipamen-

tos a utilizar na vigilância eletrónica são determinados por portaria do mem-bro do Governo responsável pela área da justiça.

Artigo 3.º Princípios orientadores da execução1 – A execução da vigilância eletrónica assegura o respeito pela dignidade

da pessoa humana e os direitos e interesses jurídicos não afetados pela deci-são que a aplicou.

2 – A vigilância eletrónica não acarreta qualquer encargo financeiro para o arguido ou condenado.

1 Regula a utilização de meios técnicos de controlo à distância (vigilância eletrónica) e revoga a Lei n.º 122/99, de 20-08, que regula a vigilância eletrónica prevista no art. 201.º do Código de Processo Penal.

ARTIGO 1.º 

ARTIGO 2.º

ARTIGO 3.º

É introduzida uma nova alínea f) ao art. 1.º, com o seguinte texto:

234 Código de Processo Penal e Legislação Conexa

LEI N.º 33/2010, DE 2 DE SETEMBRO1 (VIGILÂNCIA ELETRÓNICA)

A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

CAPÍTULO I Parte geral

Artigo 1.º ÂmbitoA presente lei regula a utilização de meios técnicos de controlo à distância,

adiante designados por vigilância eletrónica, para fiscalização:a) Do cumprimento da medida de coação de obrigação de perma-

nência na habitação, prevista no artigo  201.º do Código de Pro-cesso Penal;

b) Da execução da pena de prisão em regime de permanência na habi-tação, prevista nos artigos 43.º e 44.º do Código Penal; [Redação da Lei

n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

c) Da execução da adaptação à liberdade condicional, prevista no arti go 62.º do Código Penal;

d) Da modificação da execução da pena de prisão, prevista no arti go 120.º do Código da Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade;

e) Da aplicação das medidas e penas previstas no artigo 35.º da Lei n.º 112/2009, de 16 de setembro;

f) Da obrigação de permanência na habitação prevista nos n.os 1 e 3 do artigo 274.º-A do Código Penal. [Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada

em vigor: 2017-11-22.]

Artigo 2.º Sistemas tecnológicos1 – A vigilância eletrónica pode ser efetuada por:

a) Monitorização telemática posicional;b) Verificação de voz;c) Outros meios tecnológicos que venham a ser reconhecidos como

idóneos.2 – O reconhecimento de idoneidade e as características dos equipamen-

tos a utilizar na vigilância eletrónica são determinados por portaria do mem-bro do Governo responsável pela área da justiça.

Artigo 3.º Princípios orientadores da execução1 – A execução da vigilância eletrónica assegura o respeito pela dignidade

da pessoa humana e os direitos e interesses jurídicos não afetados pela deci-são que a aplicou.

2 – A vigilância eletrónica não acarreta qualquer encargo financeiro para o arguido ou condenado.

1 Regula a utilização de meios técnicos de controlo à distância (vigilância eletrónica) e revoga a Lei n.º 122/99, de 20-08, que regula a vigilância eletrónica prevista no art. 201.º do Código de Processo Penal.

ARTIGO 1.º 

ARTIGO 2.º

ARTIGO 3.º

Pág. 235

É introduzido um novo n.º 7 ao art. 4.º, com o seguinte texto:

235Lei n.º 33/2010, de 2 de setembro (Vigilância eletrónica)

Artigo 4.º Consentimento1 – A vigilância eletrónica depende do consentimento do arguido ou con-

denado.2 – O consentimento é prestado pessoalmente perante o juiz, na presença

do defensor, e reduzido a auto.3 – Sempre que a vigilância eletrónica for requerida pelo arguido ou con-

denado, o consentimento considera-se prestado por simples declaração pes-soal deste no requerimento.

4 – A utilização da vigilância eletrónica depende ainda do consentimento das pessoas, maiores de 16 anos, que coabitem com o arguido ou condenado.

5 – As pessoas referidas no número anterior prestam o seu consentimento aos serviços de reinserção social, por simples declaração escrita, a qual deve acompanhar a informação referida no n.º 2 do artigo 7.º, ou ser enviada, pos-teriormente, ao juiz.

6 – O consentimento do arguido ou condenado é revogável a todo o tempo.7 – Não se aplica o disposto no n.º 1 se o condenado ou o arguido não pos-

suírem o discernimento necessário para avaliar o sentido e o alcance do con-sentimento. [Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Artigo 5.º Direitos do arguido ou condenadoO arguido ou condenado tem, em especial, os seguintes direitos:

a) Participar na elaboração e conhecer o plano de reinserção social delineado pelos serviços de reinserção social em função das suas necessidades;

b) Receber dos serviços de reinserção social um documento onde constem os seus direitos e deveres, informação sobre os períodos de vigilância eletrónica, bem como um guia dos procedimentos a observar durante a respetiva execução;

c) Aceder a um número de telefone de acesso livre, de ligação aos serviços de reinserção social que executam a decisão judicial.

Artigo 6.º Deveres do arguido ou condenadoRecaem sobre o arguido ou condenado os deveres de:

a) Permanecer nos locais onde é exercida vigilância eletrónica du-rante os períodos de tempo fixados;

b) Cumprir o definido no plano de reinserção social;c) Cumprir as indicações que forem dadas pelos serviços de reinser-

ção social para a verificação de voz;d) Receber os serviços de reinserção social e cumprir as suas orien-

tações, bem como responder aos contactos, nomeadamente por via telefónica, que por estes forem feitos durante os períodos de vigi-lância eletrónica;

e) Contactar os serviços de reinserção social, com pelo menos três dias úteis de antecedência, sempre que pretenda obter autoriza-ção judicial para se ausentar excecionalmente durante o período de vigilância eletrónica, fornecendo para o efeito as informações necessárias;

f) Solicitar aos serviços de reinserção social autorização para se

ARTIGO 4.º

ARTIGO 5.º

ARTIGO 6.º

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Processo Penal, 5.ª Edição – Col. Legislação, Edição Académica. Setembro de 2017 P06765.50

Pág. 236

No n.º 2 do art. 7.º, onde se lê:2 – O juiz solicita prévia informação (…) da vigilância eletrónica.deve ler-se o texto seguinte:

236 Código de Processo Penal e Legislação Conexa

ausentar do local de vigilância eletrónica quando estejam em causa motivos imprevistos e urgentes;

g) Apresentar justificação das ausências que ocorram durante os pe-ríodos de vigilância eletrónica;

h) Abster-se de qualquer ato que possa afetar o normal funciona-mento dos equipamentos de vigilância eletrónica;

i) Contactar de imediato os serviços de reinserção social se ocor-rerem anomalias que possam afetar o normal funcionamento do equipamento de vigilância eletrónica, nomeadamente interrupções do fornecimento de eletricidade ou das ligações telefónicas;

j) Permitir a remoção dos equipamentos pelos serviços de reinserção social após o termo da medida ou da pena.

Artigo 7.º Decisão1 – Sem prejuízo do disposto no artigo 213.º do Código de Processo Penal,

a utilização de meios de vigilância eletrónica é decidida por despacho do juiz, a requerimento do Ministério Público ou do arguido, durante a fase do inqué-rito, e oficiosamente ou a requerimento do arguido ou condenado, depois do inquérito.

2 – O juiz solicita prévia informação aos serviços de reinserção social sobre a situação pessoal, familiar, laboral e social do arguido ou condenado, e da sua compatibilidade com as exigências da vigilância eletrónica e os sistemas tecnológicos a utilizar. [Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

3 – A decisão prevista no n.º 1 é sempre precedida de audição do Ministério Público, do arguido ou condenado.

4 – A decisão especifica os locais e os períodos de tempo em que a vi-gilância eletrónica é exercida e o modo como é efetuada, levando em conta, nomeadamente, o tempo de permanência na habitação e as autorizações de ausência estabelecidas na decisão de aplicação da medida ou da pena. [Redação

da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

5 – A decisão que fixa a vigilância eletrónica pode determinar que os servi-ços de reinserção social, quando suspeitem que uma ocorrência anómala seja passível de colocar em risco a vítima ou o queixoso do procedimento criminal, os informem de imediato.

6 – A decisão é comunicada ao arguido ou condenado e seu defensor, aos serviços de reinserção social e, quando aplicável, ao estabelecimento prisio-nal onde aqueles se encontrem, bem como aos órgãos de polícia criminal competentes, para os efeitos previstos no n.º 3 do artigo 8.º e nos n.os 1 e 2 do arti go 12.º.

Artigo 8.º Início da execução1 – A vigilância eletrónica inicia-se no prazo máximo de quarenta e oito

horas após a receção da decisão do tribunal por parte dos serviços de reinser-ção social, com a instalação dos meios técnicos de vigilância eletrónica, em presença do arguido ou condenado.

2 – O início da vigilância eletrónica é comunicado pelos serviços de rein-serção social ao tribunal.

3 – No caso de reclusos, os serviços de reinserção social acordam com os

ARTIGO 7.º

ARTIGO 8.º

No n.º 4 do art. 7.º, onde se lê:4 – A decisão que fixa (…) da medida ou da pena.deve ler-se o texto seguinte:

236 Código de Processo Penal e Legislação Conexa

ausentar do local de vigilância eletrónica quando estejam em causa motivos imprevistos e urgentes;

g) Apresentar justificação das ausências que ocorram durante os pe-ríodos de vigilância eletrónica;

h) Abster-se de qualquer ato que possa afetar o normal funciona-mento dos equipamentos de vigilância eletrónica;

i) Contactar de imediato os serviços de reinserção social se ocor-rerem anomalias que possam afetar o normal funcionamento do equipamento de vigilância eletrónica, nomeadamente interrupções do fornecimento de eletricidade ou das ligações telefónicas;

j) Permitir a remoção dos equipamentos pelos serviços de reinserção social após o termo da medida ou da pena.

Artigo 7.º Decisão1 – Sem prejuízo do disposto no artigo 213.º do Código de Processo Penal,

a utilização de meios de vigilância eletrónica é decidida por despacho do juiz, a requerimento do Ministério Público ou do arguido, durante a fase do inqué-rito, e oficiosamente ou a requerimento do arguido ou condenado, depois do inquérito.

2 – O juiz solicita prévia informação aos serviços de reinserção social sobre a situação pessoal, familiar, laboral e social do arguido ou condenado, e da sua compatibilidade com as exigências da vigilância eletrónica e os sistemas tecnológicos a utilizar. [Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

3 – A decisão prevista no n.º 1 é sempre precedida de audição do Ministério Público, do arguido ou condenado.

4 – A decisão especifica os locais e os períodos de tempo em que a vi-gilância eletrónica é exercida e o modo como é efetuada, levando em conta, nomeadamente, o tempo de permanência na habitação e as autorizações de ausência estabelecidas na decisão de aplicação da medida ou da pena. [Redação

da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

5 – A decisão que fixa a vigilância eletrónica pode determinar que os servi-ços de reinserção social, quando suspeitem que uma ocorrência anómala seja passível de colocar em risco a vítima ou o queixoso do procedimento criminal, os informem de imediato.

6 – A decisão é comunicada ao arguido ou condenado e seu defensor, aos serviços de reinserção social e, quando aplicável, ao estabelecimento prisio-nal onde aqueles se encontrem, bem como aos órgãos de polícia criminal competentes, para os efeitos previstos no n.º 3 do artigo 8.º e nos n.os 1 e 2 do arti go 12.º.

Artigo 8.º Início da execução1 – A vigilância eletrónica inicia-se no prazo máximo de quarenta e oito

horas após a receção da decisão do tribunal por parte dos serviços de reinser-ção social, com a instalação dos meios técnicos de vigilância eletrónica, em presença do arguido ou condenado.

2 – O início da vigilância eletrónica é comunicado pelos serviços de rein-serção social ao tribunal.

3 – No caso de reclusos, os serviços de reinserção social acordam com os

ARTIGO 7.º

ARTIGO 8.º

Pág. 237

No n.º 1 do art. 11.º, onde se lê:1 – As ausências do local (…) autorizadas pelo juiz.deve ler-se o texto seguinte:

237Lei n.º 33/2010, de 2 de setembro (Vigilância eletrónica)

serviços prisionais o momento em que aqueles são conduzidos ao local de vigilância eletrónica.

Artigo 9.º Entidade encarregada da execução1 – Cabe à Direção-Geral de Reinserção Social, adiante designada por

DGRS, proceder à execução da vigilância eletrónica.2 – A DGRS pode recorrer aos serviços de outras entidades para adquirir,

instalar, assegurar e manter o funcionamento dos meios técnicos utilizados na vigilância eletrónica.

3 – Nas respostas a alertas e alarmes, no âmbito da execução da vigilância eletrónica, as viaturas da DGRS podem utilizar os sinais sonoros e luminosos previstos no Código da Estrada para os serviços urgentes de interesse público.

Artigo 10.º Relatórios1 – Os serviços de reinserção social informam o tribunal sobre a execução

da medida ou da pena, através da elaboração de relatórios periódicos.2 – Os serviços de reinserção social informam o tribunal, através do envio

de um relatório de incidentes, sempre que ocorram circunstâncias suscetíveis de comprometer a execução da medida ou da pena.

3 – O relatório referido no número anterior tem carácter de urgência, de-vendo ser presente ao juiz de imediato, que decide as providências que se afi-gurarem necessárias ao caso, nomeadamente a revogação da vigilância ele-trónica.

Artigo 11.º Ausências do local de vigilância eletrónica1 – As ausências do local determinado para a vigilância eletrónica são au-

torizadas pelo juiz, mediante informação prévia dos serviços de reinserção so-cial quanto ao sistema tecnológico a utilizar, podendo o despacho ter natureza genérica. [Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

2 – Excecionalmente, podem os serviços de reinserção social autorizar que o arguido ou condenado se ausente do local de vigilância eletrónica quando estejam em causa motivos imprevistos e urgentes.

3 – As ausências previstas no número anterior dependem de solicitação prévia aos serviços de reinserção social, nos termos do disposto na alínea f) do artigo 6.º, que decidem tendo em conta os fundamentos invocados, a segu-rança da comunidade e o controlo de execução da medida ou da pena.

4 – Os serviços de reinserção social fiscalizam as ausências, conforme as finalidades e horários autorizados, podendo para o efeito recorrer a meios móveis de monitorização eletrónica.

5 – Os serviços de reinserção social informam o tribunal de todas as au-sências concedidas nos termos dos números anteriores, em sede de relatório de execução a enviar periodicamente, conforme definido no artigo anterior, e com as especificidades definidas na parte especial da presente lei.

Artigo 12.º Ausências ilegítimas do local de vigilância eletrónica1 – Sem prejuízo do n.º  2  do artigo  10.º, em caso de ausência ilegítima

do local de vigilância eletrónica por parte do arguido ou condenado, os ser-viços de reinserção social comunicam este facto ao tribunal competente, ao

ARTIGO 9.º

ARTIGO 10.º

ARTIGO 11.º

ARTIGO 12.º

Pág. 239

Nos n.os 1 e 2 do art. 19.º, onde se lê:1 – Para aplicação da pena referida (…)2 – (…) máximo de quarenta e oito horas.deve ler-se o texto seguinte:

239Lei n.º 33/2010, de 2 de setembro (Vigilância eletrónica)

SECÇÃO II Pena de prisão em regime de permanência na habitação

Artigo 19.º Execução1 – Se do processo não resultar a informação necessária para a execu-

ção da pena de prisão em regime de permanência na habitação, referida na alínea b) do artigo 1.º, o tribunal solicita aos serviços de reinserção social a informação prévia prevista no n.º 2 do artigo 7.º, a elaborar no prazo de sete dias úteis.

2 – O tribunal notifica os serviços de reinserção social da sentença tran-sitada em julgado que decida a execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação, devendo estes serviços proceder à instalação dos equipamentos de vigilância eletrónica no prazo máximo de quarenta e oito horas.

[Redação do art. introduzida pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Artigo 20.º Individualização da execução1 – A execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação

orienta-se pelo princípio da individualização e tem por base a avaliação das necessidades de ressocialização do condenado.

2 – Sempre que a duração da pena for superior a seis meses ou sempre que o condenado não tiver ainda completado 21 anos de idade, os serviços de reinserção social elaboram um plano de reinserção social, que planifica as atividades e programas que visem a preparação do condenado para conduzir a sua vida de modo socialmente responsável, sem cometer crimes.

3 – O plano de reinserção social, a elaborar no prazo de 30 dias, é homolo-gado pelo tribunal, bem como as alterações relevantes que venham a justifi-car-se no decurso da execução.

4 – [Revogado pela alínea d) do art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

[Redação da epígrafe e do art. introduzidas pela Lei n.º  94/2017, de 23-08; entrada em vigor:

2017-11-22.]

Artigo 20.º-A Apoio social e económico1 – A execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação

não afeta o direito aos benefícios de segurança social previstos na lei.2 – No decurso da execução da pena de prisão em regime de permanên-

cia na habitação é prestado apoio social e económico ao condenado e ao seu agregado familiar que dele careçam para reforçar as condições de reinser-ção social.

3 – A execução da pena de prisão em regime de permanência na habita-ção não desobriga as entidades públicas competentes da prestação de apoio social e económico no âmbito das respetivas atribuições, designadamente em matéria de segurança e ação social, emprego, formação profissional, ensino e saúde.

[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Artigo 21.º Relatórios periódicosOs relatórios periódicos de execução previstos no n.º 1 do artigo 10.º são

elaborados a meio da pena, quando esta for superior a seis meses, e cinco

ARTIGO 19.º

ARTIGO 20.º

ARTIGO 20.º-A

ARTIGO 21.º

Page 4: Processo Penal, 5.ª Edição – Col. Legislação, Edição Académica · soal deste no requerimento. 4 – A utilização da vigilância eletrónica depende ainda do consentimento

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Processo Penal, 5.ª Edição – Col. Legislação, Edição Académica. Setembro de 2017 P06765.50

Na epígrafe e no art. 20.º, onde se lê:Artigo 20.º Regime de progressividade da execução1 – Com base num prognóstico (…)(…)4 – (…) periódicos, da sua execução.deve ler-se o texto seguinte:

239Lei n.º 33/2010, de 2 de setembro (Vigilância eletrónica)

SECÇÃO II Pena de prisão em regime de permanência na habitação

Artigo 19.º Execução1 – Se do processo não resultar a informação necessária para a execu-

ção da pena de prisão em regime de permanência na habitação, referida na alínea b) do artigo 1.º, o tribunal solicita aos serviços de reinserção social a informação prévia prevista no n.º 2 do artigo 7.º, a elaborar no prazo de sete dias úteis.

2 – O tribunal notifica os serviços de reinserção social da sentença tran-sitada em julgado que decida a execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação, devendo estes serviços proceder à instalação dos equipamentos de vigilância eletrónica no prazo máximo de quarenta e oito horas.

[Redação do art. introduzida pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Artigo 20.º Individualização da execução1 – A execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação

orienta-se pelo princípio da individualização e tem por base a avaliação das necessidades de ressocialização do condenado.

2 – Sempre que a duração da pena for superior a seis meses ou sempre que o condenado não tiver ainda completado 21 anos de idade, os serviços de reinserção social elaboram um plano de reinserção social, que planifica as atividades e programas que visem a preparação do condenado para conduzir a sua vida de modo socialmente responsável, sem cometer crimes.

3 – O plano de reinserção social, a elaborar no prazo de 30 dias, é homolo-gado pelo tribunal, bem como as alterações relevantes que venham a justifi-car-se no decurso da execução.

4 – [Revogado pela alínea d) do art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

[Redação da epígrafe e do art. introduzidas pela Lei n.º  94/2017, de 23-08; entrada em vigor:

2017-11-22.]

Artigo 20.º-A Apoio social e económico1 – A execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação

não afeta o direito aos benefícios de segurança social previstos na lei.2 – No decurso da execução da pena de prisão em regime de permanên-

cia na habitação é prestado apoio social e económico ao condenado e ao seu agregado familiar que dele careçam para reforçar as condições de reinser-ção social.

3 – A execução da pena de prisão em regime de permanência na habita-ção não desobriga as entidades públicas competentes da prestação de apoio social e económico no âmbito das respetivas atribuições, designadamente em matéria de segurança e ação social, emprego, formação profissional, ensino e saúde.

[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Artigo 21.º Relatórios periódicosOs relatórios periódicos de execução previstos no n.º 1 do artigo 10.º são

elaborados a meio da pena, quando esta for superior a seis meses, e cinco

ARTIGO 19.º

ARTIGO 20.º

ARTIGO 20.º-A

ARTIGO 21.º

É introduzido um novo art. 20.º-A, com o seguinte texto:

239Lei n.º 33/2010, de 2 de setembro (Vigilância eletrónica)

SECÇÃO II Pena de prisão em regime de permanência na habitação

Artigo 19.º Execução1 – Se do processo não resultar a informação necessária para a execu-

ção da pena de prisão em regime de permanência na habitação, referida na alínea b) do artigo 1.º, o tribunal solicita aos serviços de reinserção social a informação prévia prevista no n.º 2 do artigo 7.º, a elaborar no prazo de sete dias úteis.

2 – O tribunal notifica os serviços de reinserção social da sentença tran-sitada em julgado que decida a execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação, devendo estes serviços proceder à instalação dos equipamentos de vigilância eletrónica no prazo máximo de quarenta e oito horas.

[Redação do art. introduzida pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Artigo 20.º Individualização da execução1 – A execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação

orienta-se pelo princípio da individualização e tem por base a avaliação das necessidades de ressocialização do condenado.

2 – Sempre que a duração da pena for superior a seis meses ou sempre que o condenado não tiver ainda completado 21 anos de idade, os serviços de reinserção social elaboram um plano de reinserção social, que planifica as atividades e programas que visem a preparação do condenado para conduzir a sua vida de modo socialmente responsável, sem cometer crimes.

3 – O plano de reinserção social, a elaborar no prazo de 30 dias, é homolo-gado pelo tribunal, bem como as alterações relevantes que venham a justifi-car-se no decurso da execução.

4 – [Revogado pela alínea d) do art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

[Redação da epígrafe e do art. introduzidas pela Lei n.º  94/2017, de 23-08; entrada em vigor:

2017-11-22.]

Artigo 20.º-A Apoio social e económico1 – A execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação

não afeta o direito aos benefícios de segurança social previstos na lei.2 – No decurso da execução da pena de prisão em regime de permanên-

cia na habitação é prestado apoio social e económico ao condenado e ao seu agregado familiar que dele careçam para reforçar as condições de reinser-ção social.

3 – A execução da pena de prisão em regime de permanência na habita-ção não desobriga as entidades públicas competentes da prestação de apoio social e económico no âmbito das respetivas atribuições, designadamente em matéria de segurança e ação social, emprego, formação profissional, ensino e saúde.

[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Artigo 21.º Relatórios periódicosOs relatórios periódicos de execução previstos no n.º 1 do artigo 10.º são

elaborados a meio da pena, quando esta for superior a seis meses, e cinco

ARTIGO 19.º

ARTIGO 20.º

ARTIGO 20.º-A

ARTIGO 21.º

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Pág. 240

Na epígrafe e no art. 24.º, onde se lê:Artigo 24.º Aplicação do regime de progressividade da execuçãoSem prejuízo do disposto (…) previsto no artigo 20.º.deve ler-se o texto seguinte:

240 Código de Processo Penal e Legislação Conexa

dias úteis antes do seu termo, salvo se o juiz tiver estabelecido outra periodi-cidade.

Artigo 24.º Regime de progressividade da execução1 – Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo anterior, o tribunal pode

determinar a execução da adaptação à liberdade condicional em regime de progressividade, com base nos relatórios previstos no n.º 4 do artigo 188.º do Código da Execução das Penas e das Medidas Privativas da Liberdade e em outros elementos que o tribunal solicite aos serviços de reinserção social, nos termos do n.º 5 do artigo 188.º do mesmo Código.

2 – O regime de progressividade consiste no faseamento da execução, de modo a que o confinamento inicial do condenado à habitação possa ser pro-gressivamente reduzido, através da concessão de períodos de ausência desti-nados à prossecução de atividades úteis ao processo de ressocialização.

3 – O período diário de confinamento nunca pode ser inferior a doze horas, salvo situações excecionais a autorizar pelo juiz.

4 – O tribunal pode autorizar os serviços de reinserção social a administrar o regime de progressividade, sem prejuízo de ser informado, nos relatórios periódicos, da sua execução.

[Redação da epígrafe e do art. introduzidas pela Lei n.º  94/2017, de 23-08; entrada em vigor:

2017-11-22.]

Artigo 25.º Relatórios periódicosOs relatórios periódicos de execução previstos no n.º 1 do artigo 10.º são

elaborados a meio do período de adaptação à liberdade condicional e cinco dias úteis antes da data prevista para apreciação da transição para liberdade condicional, salvo se o juiz tiver estabelecido outra periodicidade.

SECÇÃO V Das medidas e penas de afastamento do arguido ou condenado em contexto de violência doméstica

Artigo 26.º Execução1 – Para aplicação das medidas e penas referidas na alínea e) do artigo 1.º,

a informação mencionada no n.º 2 do artigo 7.º da presente lei e no n.º 4 do arti go 35.º da Lei n.º 112/2009, de 16 de setembro, deve ainda atender à com-patibilidade da condição pessoal, familiar, laboral ou social da vítima com as exigências da vigilância eletrónica.

2 – À utilização de meios técnicos de controlo à distância para fiscalização das medidas de afastamento é aplicável o regime previsto no artigo 36.º da Lei n.º 112/2009, de 16 de setembro.

3 – A execução da medida ou pena inicia-se quando instalados todos os meios de vigilância eletrónica junto da vítima e do arguido ou condenado.

Artigo 27.º Comunicações1 – Para os efeitos previstos no n.º 3 do artigo 35.º da Lei n.º 112/2009, de

16 de setembro, os serviços de reinserção social comunicam aos serviços de apoio à vítima o início da execução da pena ou medida e as respetivas condi-ções de aplicação.

ARTIGO 24.º

ARTIGO 25.º

ARTIGO 26.º

ARTIGO 27.º

Pág. 241

É introduzida uma nova Secção VI, a seguir ao art. 28.º, onde se integram os novos arts. 28.º-A e 28.º-B, com o seguinte texto:

241Lei n.º 33/2010, de 2 de setembro (Vigilância eletrónica)

2 – Durante a execução da medida, os serviços de reinserção social e os serviços de apoio à vítima comunicam reciprocamente qualquer circunstância suscetível de pôr em causa a proteção da vítima.

Artigo 28.º Relatórios periódicosOs serviços de reinserção social remetem à autoridade judiciária compe-

tente relatórios trimestrais sobre a execução das medidas e penas, salvo se na decisão constar outra periodicidade.

SECÇÃO VI Obrigação de permanência na habitação por crime de incêndio florestal

[Secção aditada pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Artigo 28.º-A Execução1 – Se do processo não resultar a informação necessária para a imposição

da obrigação de permanência na habitação referida na alínea f) do artigo 1.º, o tribunal solicita aos serviços de reinserção social a informação prévia prevista no n.º 2 do artigo 7.º, a elaborar no prazo de sete dias úteis.

2 – O tribunal notifica os serviços de reinserção social da decisão transi-tada em julgado que imponha a obrigação de permanência na habitação re-ferida no número anterior, tendo em vista a instalação dos equipamentos de vigilância eletrónica para o período coincidente com os meses de maior risco de ocorrência de fogos.

[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Artigo 28.º-B Ausências do local de vigilância eletrónicaSem prejuízo do disposto no artigo 7.º, a decisão que imponha a agente

inimputável a obrigação de permanência na habitação referida na alínea f) do artigo 1.º especifica as autorizações de ausência necessárias à submissão do condenado a tratamentos e regimes de cura ambulatórios apropriados.

[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

CAPÍTULO III Do tratamento dos dados da vigilância eletrónica

Artigo 29.º Base de dados1 – Para efeitos da presente lei é criada e mantida pela DGRS uma base de

dados constituída por:a) Nome completo, data de nascimento, filiação, estado civil, sexo,

naturalidade, nacionalidade, residência atual conhecida e número de identificação civil e fiscal dos arguidos ou condenados sujeitos a vigilância eletrónica;

b) Indicação da medida ou pena aplicada;c) Data de início, suspensão e fim da vigilância eletrónica;d) Tribunal e número de processo à ordem do qual foi decretada;e) Tipos de crimes imputados;f) Tipo de relação existente entre o arguido ou condenado e a vítima,

em caso de prática de crimes de violência doméstica e conexos;

ARTIGO 28.º

ARTIGO 28.º-A

ARTIGO 28.º-B

ARTIGO 29.º

PRO

CPE

NAL

-16

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Lei n.º 25/2009, de 5 de junho

Pág. 249

A Lei n.º 88/2017, de 21 de agosto, que aprova o regime jurídico da emissão, transmissão, reconhecimento e execu-ção de decisões europeias de investigação em matéria penal, procedeu à revogação da Lei n.º 25/2009, de 5 de junho.