processo penal 2ºsemestre

7/24/2019 Processo Penal 2semestre

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1. Conceito de Arguido

O CPP no nos d diretamente o conceito de arguido. H-de ser porvia indireta, tomando como base os elementos fornecidos pelosarts.5! a 5"! e a de#ni$o de suspeito %ue consta do art.1!&1 e'.O simples suspeito no ( su)eito processual, no ( titular de direitos

nem est su)eito a deveres processuais especiais. A constitui$o dearguido opera-se mediante comunica$o feita ao visado por umaautoridade )udiciria ou um *rgo de pol+cia criminal. A lei prev em artigos os casos em %ue deve ser constitu+do arguidoart.5!,5/!,5"!'.O art.5!, a constitui$o era automtica antes da reforma. 0o o (agora, por for$a do art.5!& %ue, remetendo para os n!& doart.5/!, obriga para a constitui$o a uma comunica$o, oral ouescrito, feita ao visado, de %ue a partir desse momento deveconsidera-se arguido num processo penal.A acusa$o e o re%uerimento de instru$o no pressup2emnecessariamente a e3istncia de ind+cios de responsabilidade do

acusado e assim bem pode suceder %ue no e3istam ind+ciossu#cientes e nem por isso, veri#cando-se a acusa$o ou ore%uerimento de instru$o o acusado ou re%uerida dei3a de serarguido no processo. Parece-nos no poder de#nir-se o arguidocomo a%uele sobre %uem reca+a 4fundada suspeita de cometimento deum crime mas antes como sendo a pessoa que formalmente constitudacomo suspeita processual e relativamente a quem corre processo como

eventual responsvel pelo crime que constitui objeto do crime.Artigo 6!CPP. 7eveste grande import8ncia o momento daconstitui$o do arguido pois %ue o retardamento dessa constitui$opode signi#car a frustra$o de direitos de defesa %ue a leipretendeu assegurar. Artigo 5/!&5.

.Constitui$o de Arguido9. A constitui$o de arguido ( feita pela autoridade )udiciria ou

de pol+cia criminal competente para o ato em %ue aconstitui$o de arguido deve ser feita. Artigo 5/!&&.Compreende-se bem esta norma por%ue a constitui$o dearguido (, no %ue respeita : prova por si produ;ida, umagarantia, ) %ue com a constitui$o de arguido (-l


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declara$2es perante %ual%uer autoridade )udiciria ou *rgode pol+cia criminal, sendo ainda necessrio %ue em rela$o aessa pessoa


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anos : data da prtica dos factos, por anomalia ps+%uica art.1"! e6!', ou por%ue o crime no responsabili;a pessoas meramente)ur+dicas art.11!CP'. Jasta %ue em abstrato, se)a suscet+vel deimputa$o, basta %ue o arguido pudesse eventualmenteresponsvel pelo crime %ue l


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165! do CP prevm o internamento de agentes de factos em ra;ode anomalia ps+%uica.

@. Direitos e Deveres do ArguidoO estatuto de arguido ( constitu+do por um comple3o de

direitos de %ue ( titular e de deveres a %ue est submetido. A

enumera$o do art.1! no ( e3austiva. = %ue ningu(m est isentodo dever de colabora$o com as autoridades )udicirias para areali;a$o da )usti$a, mas todos tm tamb(m certos direitosopon+veis a essas mesmas autoridades> so direitos de %ue go;a e%ue est submetida %ual%uer pessoa, independentemente da sua%ualidade de arguido. Os direitos enumerados no art.1!&1respeitam aos direitos de presen$a, de audincia, ao silencio, dedefensor, de interven$o, de informa$o e de recurso, comple3o dedireitos %ue se recondu;em todos a#nal ao direito de defesa.

Al+nea a' A consagra$o deste direito veri#ca-se no debateinstrut*rio e na audincia de )ulgamento art.66! e !', massalvas as e3ce$2es admitidas por lei, o arguido tem o direito de

estar presente sempre %ue for efetuada uma diligncia processual%ue l


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partir da sua constitui$o como arguido. Art.5!&. A nomea$o dodefensor cabe ao pr*prio arguido e ter de recair em pessoa advogado ou advogado estagirio. = importante o direito: comunica$o do arguido com seu defensor, %uando detido.Art.1!&

Este direito ( garantido pela C7P art.!&'.

Al+nea f' em tamb(m o direito de re%uerer a abertura da faseda instru$o, %uando acusado art./!&1 b' odas as e3posi$2es,memoriais e re%uerimentos do arguido devem ser sempreintegrados nos autos Art."/!&1', mas os re%uerimentos dediligncias no so vinculativos do LP ou do )ui; de instru$o, salvo%uando visem o seu interrogat*rio, na fase de instru$o. A al+nea g'refere apenas o direito de interven$o do arguido na fase dein%u(rito e da instru$o, mas ele tamb(m o direito de intervirnoutras fases processuais, nomeadamente na fase de audincia,fase em %ue a sua presen$a e interrogat*rio so at( obrigat*rios,como regra.

Al+nea


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do pr*prio arguido, e ( um direito deste para poder go;ar dos direitosinerentes : %ualidade de su)eito processual.

A garantia constitucional da presun$o de inocncia doarguido

O arguido ( um su)eito processual e em ra;o dessa %ualidade o seuestatuto comporta um con)unto comple3o de direitos e deveres a %ue )#;emos referncia. 9mporta agora referir a especial tutela de %ue go;a porimperativo constitucional> presun$o de inocncia art.!&C7P' Disp2e oart.!& C7P M'. A presun$o de inocncia no ( umaverdadeira presun$o em sentido )ur+dico, pois atrav(s dela no se provanada, ( antes de mais uma regra politica %ue releva o valor da pessoa no tratamento doarguido no decurso do processo e como princ+pio de prova. Art.1"!.%ual%uer desvio na utili;a$o dessas medidas, nomeadamente como

antecipa$o da pena, ( incompat+vel com o princ+pio da presun$o deinocncia. En%uanto princ+pio de prova, o direito : presun$o de inocnciasigni#ca %ue toda a condena$o deve ser precedida de uma atividadeprobat*ria, a carga da acusa$o, necessria a #rmar a responsabilidadedo arguido, no cumprindo a este a prova da sua inocncia> o arguidodeve ser considerado inocente e em conse%uncia absolvido.

uando se)a necessrio invocar um princ+pio )ur+dico parae3igir de todos os participantes processuais, %ue se)a dispensado aoarguido o tratamento respeitoso %ue ( devido a todos os cidados, basta oprinc+pio da presun$o da inocncia. O arguido tem o direito de e3igir %uel


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processo em ordem : reali;a$o %uer au3iliando o arguido a fa;er valer osseus direitos e interesses )ur+dicos. Art.6/!C7P.

Artigo !&CPP. O mesmo ato processual no pode ser praticadopor mais de um defensor. Ke o arguido tiver mais de um defensor ainterven$o processual do defensor pode ser dividida entre eles, mas no

repetida, isto ( pode dividir o interrogat*rio das testemun


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Defensor ( um verdadeiro *rgo de administra$o da )usti$a pretendesigni#car-se %ue o defensor tamb(m e3erce uma fun$o p?blica, nointeresse geral, %ue ultrapassa o interesse particular do arguido. Cabe aodefensor colaborar com o tribunal na descoberta da verdade, masactuando e3clusivamente em favor do arguido, pelo %ue apenas l


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essencialmente uma garantia de assistncia ao arguido e de controlo dalegalidade. O primeiro interrogat*rio de arguido detido destina-seessencialmente a veri#car da legalidade da deten$o e da e3istncia dospressupostos para aplica$o de uma medida de coa$o e (fundamentalmente um meio de defesa pessoal do arguido. O defensorpode conferenciar com o arguido detido antes do seu interrogat*rio, tendo

em vista aconsel


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tribunal s* no o substituir %uando for manifesto no e3istir %ual%uerincompatibilidade.

Defensor nomeado e patroc+nio )udicirio dos economicamentecarecidos

odo o arguido tem direito a %ue l


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semi-p?blicos a posi$o do assistente ( a de colaborador em formas deau3+lio direto ao LP, no in%uerito e na submisso ao tribunal de uma outraperspetiva fctica ou )ur+dica do ob)eto do processo e participa$o nadiscusso, no debate instrut*rio, no )ulgamento e nos recursos, o %uetudo signi#ca ainda uma colabora$o indireta com o LP na busca dasolu$o )usta para o caso. 0os crimes particulares a posi$o de

colaborador do assistente relativamente ao LP no ( to c


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condicionar a promo$o do procedimento cabe aos titulares do direito de%uei3a, indicados no art.11!CP.

O %uei3oso, independentemente de se constituir ou no comoassistente tem o poder de a todo o tempo, at( : publica$o da senten$ada 1Rinst8ncia por termo ao procedimento, desistindo da %uei3a desde

%ue no


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em-se suscitado a d?vida se as pessoas coletivas podem tamb(mconstituir-se assistentes, independentemente dos seus #ns. Os tribunaistm vindo a considerar %ue tamb(m as pessoas coletivas em geral, podemconstituir-se assistentes, dado %ue a lei no fa; referncia ao tipo depessoas.

7espeita apenas a pessoas f+sicas, singulares. As pessoas coletivastm uma capacidade de go;o limitada, correspondente aos #ns %ueprosseguem.

Artigo /!&@. Os interessados podem ser constitu+dos em %ual%ueraltura do processo, aceitando-o no estado em %ue se encontrar, desde %ueo re%ueiram ao )ui; at( 5 dias antes do in+cio do debate instrut*rio ou daaudincia de )ulgamento art./!&a', ou no pra;o pra dedu;ir acusa$osubsidiria da do LP ou para re%uerer a instru$o art./@!, /!&1b',art./!&b'. ratando-se de crime particular, ( obrigat*ria a constitui$ode assistente art.56!&1'. 0este caso a constitui$o de assistente ter deser re%uerida no pra;o de 16 dias a contar da apresenta$o de %uei3a

art./!& e art.@!&@'. Art.51"!A admisso do assistente fa; caso )ulgado rebuc sic stantibus at( ao

momento da #3a$o do ob)eto do processo na acusa$o ou noar%uivamento. Depois da acusa$o a deciso de admisso fa; caso )ulgadoformal. 9sto ( por%ue na fase de in%u(rito o ob)eto ( suscet+vel dealtera$o, #cando-se com a acusa$o. Por isso, se o crime %ue )usti#cou aconstitui$o de assistente na fase de in%u(rito no vier a ser ob)eto deacusa$o, o assistente perder a legitimidade para continuar no processopor crime %ue no l


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rata-se de atividade subordinada : atua$o do LP, de colabora$o comeste. amb(m na instru$o, a possibilidade de o assistente oferecerprovas e re%uerer diligncias no vincula o )ui;, como vimos sucederrelativamente a idnticos poderes do arguido. O )ui; investigaautonomamente, praticando os atos de instru$o %ue entender porconvenientes art./"!', indeferindo, por despac

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