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Processo de Laminação

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Page 1: Processo de Laminação - University of São Paulo

Processo de Laminação

Page 2: Processo de Laminação - University of São Paulo

-O metal sai com uma velocidade maior que a de entrada.

-Os cristais são alongados na direção da laminação.

-Na laminação a quente os cristais começam a se reconstituir após deixar a zona de tensão, mas na laminação a frio eles mantêm a forma alongada, obtida pela ação dos cilindros.

-O metal é submetido a altas tensões compressivas, e a tensões cisalhantes superficiais, resultantes do fricção entre os cilindros e o metal.

-As forças de fricção são também responsável pelo ato de puxar o metal.

••A tensão predominante, que conduz o processo é a tensão de A tensão predominante, que conduz o processo é a tensão de compressão.compressão.

Page 3: Processo de Laminação - University of São Paulo

Velocidade do metal durante o processo

-O Ponto Neutro C é o ponto de contato onde as superfícies do material e do cilindro movem-se com a mesma velocidade.

-Devido a essas características de velocidades as forças de atrito convergem para o ponto C, tanto na região BC quanto AC.

Page 4: Processo de Laminação - University of São Paulo
Page 5: Processo de Laminação - University of São Paulo

Processo pode ser realizado:Processo pode ser realizado:•• continuo ou em etapascontinuo ou em etapas•• com uma ou mais ferramentas rotativas (cilindros de laminação)com uma ou mais ferramentas rotativas (cilindros de laminação)•• com ou sem ferramentas adicionais (p.ex.: mandris, calços ou com ou sem ferramentas adicionais (p.ex.: mandris, calços ou hastes)hastes)

Permitindo:Permitindo:•• alcançar as dimensões dos produtos semialcançar as dimensões dos produtos semi--acabados ou da peça acabados ou da peça pronta.pronta.•• caldeamento de rechupes e poros provenientes do processo de caldeamento de rechupes e poros provenientes do processo de lingotamentolingotamento•• conformação da estrutura de solidificação do lingote.conformação da estrutura de solidificação do lingote.•• melhora das propriedades mecânicas.melhora das propriedades mecânicas.

Laminação

Page 6: Processo de Laminação - University of São Paulo

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CLASSIFICAÇÃO QUANTO À TEMPERATURA:TEMPERATURA:

•• LAMINAÇÃO A QUENTELAMINAÇÃO A QUENTE

•• LAMINAÇÃO A FRIOLAMINAÇÃO A FRIO

Laminação

Page 7: Processo de Laminação - University of São Paulo
Page 8: Processo de Laminação - University of São Paulo

LAMINAÇÃO A QUENTE:LAMINAÇÃO A QUENTE:

•• Utilizada para materiais que tenham baixa plasticidade a Utilizada para materiais que tenham baixa plasticidade a frio.frio.

•• Serve como etapa de preparação para laminação final, a Serve como etapa de preparação para laminação final, a frio.frio.

•• Permite grandes reduções de espessura.Permite grandes reduções de espessura.

•• Forças de laminação menores que as da laminação a frioForças de laminação menores que as da laminação a frio

•• Produz acabamento superficial pobre.Produz acabamento superficial pobre.

•• Resulta em tolerâncias dimensionais largas.Resulta em tolerâncias dimensionais largas.

Page 9: Processo de Laminação - University of São Paulo

LINGOTAMENTO CONTÍNUO PARA PRODUÇÃO DE CHAPAS POR LINGOTAMENTO CONTÍNUO PARA PRODUÇÃO DE CHAPAS POR LAMINAÇÃO A QUENTELAMINAÇÃO A QUENTE

Laminação

Page 10: Processo de Laminação - University of São Paulo

LAMINAÇÃO A FRIO:LAMINAÇÃO A FRIO:

•• Requer material com boa plasticidade a frio.Requer material com boa plasticidade a frio.

•• É precedida por laminação a quente. É precedida por laminação a quente.

•• As reduções de espessura são limitadas pelo As reduções de espessura são limitadas pelo encruamento.encruamento.

•• As forças de laminação são bem maiores que as da As forças de laminação são bem maiores que as da laminação a quente.laminação a quente.

•• Produz acabamento superficial bom ou ótimo.Produz acabamento superficial bom ou ótimo.

•• Resulta em tolerâncias dimensionais mais estreitas que Resulta em tolerâncias dimensionais mais estreitas que a laminação a quente.a laminação a quente.

Page 11: Processo de Laminação - University of São Paulo

TRANSVERSALTRANSVERSALLONGITUDINALLONGITUDINAL CISALHANTECISALHANTE

CLASSIFICAÇÃO CONFORME A CINEMÁTICACLASSIFICAÇÃO CONFORME A CINEMÁTICA

Laminação

Page 12: Processo de Laminação - University of São Paulo

Fabricação de Produtos Planos e Não-Planos

Page 13: Processo de Laminação - University of São Paulo

Tube Rolling

Schematic illustration of various tube-rolling processes: (a) with fixed mandrel; (b) with moving mandrel; (c) without mandrel; and (d) pilger rolling over a mandrel and a pair of shaped rolls. Tube diameters and thicknesses can also be changed by other processes, such as drawing, extrusion, and spinning.

Page 14: Processo de Laminação - University of São Paulo

Laminação de Perfil

Page 15: Processo de Laminação - University of São Paulo

TIPOS DE LAMINADOR PARA LAMINAÇÃO CONVENCIONALTIPOS DE LAMINADOR PARA LAMINAÇÃO CONVENCIONAL

DUODUO DUO REVERSÍVELDUO REVERSÍVEL TRIOTRIO

SENDZIMIRSENDZIMIRQUADROQUADRO

Laminação

Page 16: Processo de Laminação - University of São Paulo

Laminação Tandem

Page 17: Processo de Laminação - University of São Paulo

Laminação Tandem

fff wVhwVhwVhwVhwVh ==== 333222111000

fhhhhhhhh −=−=−=− 3322110

h0 h1 h2 h3hf

V0 V1 V2 V3Vf

Stage 1 Stage 2 Stage 3 Stage 4

Volume conservado

Esquema de Laminação

Passes iguais

Deformaçõesiguais

fh

h

h

h

h

h

h

h 3

3

2

2

1

1

0 lnlnlnln ===

w0 w1 w2 w3 wf

Page 18: Processo de Laminação - University of São Paulo

Relações geométricas na laminação

Comprimento do arco de contato

hRL

o

hhRL

hRRL

∆=

∆−∆=

∆−−=

log4

22

2

2

4

hhR

∆⟩⟩∆

Ângulo de contato

R

h

R

h

R

hR

R

Lsen

∆=

∆=∆==

α

α

Para ângulos pequenos αα =sen

Page 19: Processo de Laminação - University of São Paulo

Condição de Laminação

0⟩xFO material entra nos cilindros

(arrastamento da chapa)

0cos ≥− αα NsenT

Admitindo o atrito Coulombiano

NT µ=

µ = coeficiente de atrito

( )

αµααµ

ααµ

tg

sen

senN

≥≥−

≥−0cos

0cos

Condição de Laminação

Page 20: Processo de Laminação - University of São Paulo

Angulo neutro (αN)

As forças de atrito são convergentes para o ponto neutro

2

2

1

2

−= αµ

αα N

Page 21: Processo de Laminação - University of São Paulo

Figuras

Figuras mostrando o processo de laminação de chapa:

Prevalecendo deformação plana Possível expansão

Page 22: Processo de Laminação - University of São Paulo

Similaridade de Laminação com Forjamento

2

2

21

3

2

21

3

2

0

fi

f

e

YYY

hhh

h

LYp

h

bp

+=

+=

+=

+=

µ

µσ Forjamento

Laminação

Page 23: Processo de Laminação - University of São Paulo

Presença de Tração avante e/ou a ré no plano da chapa

he

eh

e

p

p

σσ

σσ

σσσ

−=

=−−

=−

3

23

2)(

3

231

σh = Tensão horizontal

Page 24: Processo de Laminação - University of São Paulo

Cálculo da Força de Laminação (F)

ContatoASF .=

S = Tensão de escoamento média no estado plano de deformação

Υ=3

2S

hRwSF ∆= 2,1

1,2 é para compensar perdas por atrito

Page 25: Processo de Laminação - University of São Paulo

( )

=Υ⇒=

−=Υ

b

b

a

d

d

ba

ab

ε

ε

ε

εσε

ε

εσεε

0

10

1

Tensão de Escoamento Média

Page 26: Processo de Laminação - University of São Paulo

Potência do motor para o laminador

lbfF

rpmn

ftL

FLnN

→→→

=33000

NF

rpmn

mL

FLnN

→→→

=60000

kgfF

rpmn

mL

FLnN

→→→

=2,716

[HP] [CV]

[KW]

Torque

( )

( ) LFT

aFT

Motor

Motor

.

..2

=

=

Page 27: Processo de Laminação - University of São Paulo

Reduzindo a Força de Laminação

� Forças de laminação podem causar deflecção e achatamento nos rolos.

� As colunas de apoio dos rolos podem defletir sob altas forças de laminação.

� Forças de laminação podem ser reduzidas por:1. Reduzindo o atrito na interface rolo-peça.2. Usando rolos de diâmetro menor.3. Reduzindo a área de contato.4. Laminação a altas temperaturas.5. Aplicando tensões a frente e/ou a ré na chapa.

Page 28: Processo de Laminação - University of São Paulo

Defeitos de Laminação

Defeitos em laminação podem ser tanto superficial quanto estrutural:

• Defeitos superficiais incluem marcas de rolo e de escala.

• Defeitos estruturaisl (ver figuras) incluem:1. Ondas laterais: flexão dos rolos causam afinamento nas

laterais, a qual tendem a alongar mais. Desde que os cantos estão restritos pelo material do centro, eles tendem a empenar e formar ondas laterais.

2. Trincas centrais e de canto: 3. Fendilhamento: resultados de deformação não

homogênea ou defeitos no lingote fundido.• Outros defeitos incluem: tensão residual (em alguns

casos tensões residuais são desejáveis).

Page 29: Processo de Laminação - University of São Paulo

Flexão do Cilindro

Figure 13.4 (a) Bending of straight cylindrical rolls, caused by the roll force. (b) Bending of rolls ground with camber, producing a strip with uniform thickness.

Page 30: Processo de Laminação - University of São Paulo

Defeitos de Laminação

Page 31: Processo de Laminação - University of São Paulo

Defeitos de Laminação

Page 32: Processo de Laminação - University of São Paulo

EXAMPLE 1Cálculo da Força e do Torque na laminação Uma tira de cobre recozido com largura de 228 mm e 25 mm de espessura é laminado para uma espessura de 20 mm em um único passe. O raio do laminador é 300 mm, e o rolo gira a 100 rpm. Calcule a força e potência requerida na operação. Dado que a tensão de escoamento média em EPD nessa etapa é 180 MPa.

KWFLn

N 77260000

1000387,010906.12

60000

2 6

=××××== ππ

MN 906,17.382281802,12,1 === xxxWLSF

( ) ( ) mm 7.382025300 =−=−= fo hhRL

Page 33: Processo de Laminação - University of São Paulo

QUESTIONÁRIOQUESTIONÁRIO1 1 –– Defina Laminação.Defina Laminação.2 2 –– Qual a tensão que predomina sobre o material no processo de Qual a tensão que predomina sobre o material no processo de laminação ?laminação ?3 3 –– Como podem ser classificados os diferentes tipos de laminação ?Como podem ser classificados os diferentes tipos de laminação ?4 4 –– Cite os principais tipos de laminadores de rolos.Cite os principais tipos de laminadores de rolos.5 5 –– Quais as principais vantagens da laminação a quente em relação Quais as principais vantagens da laminação a quente em relação à à laminação a frio ?laminação a frio ?6 6 –– Quais as principais vantagens da laminação a frio em relação à Quais as principais vantagens da laminação a frio em relação à laminação a quente ?laminação a quente ?7 7 –– Cite algumas utilizações dadas aos produtos laminados a quente.Cite algumas utilizações dadas aos produtos laminados a quente.8 8 –– Cite algumas utilizações dadas aos produtos laminados a frio.Cite algumas utilizações dadas aos produtos laminados a frio.

Laminação

Page 34: Processo de Laminação - University of São Paulo

� DIETER, G.E. Metalurgia Mecânica. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1981.

� HELMAN, H. e CETLIN, P. R., Fundamentos da Conformação Mecânica dos Metais , Ed. Artliber, 2005.

� BRESCIANI FILHO, E. Conformação Plástica dos Metais . Volumes 1 e 2. Campinas: UNICAMP.

� ROWE,G.W. Elements of Metalworking Theory . Edward Arnold Publishers, 1979

� HONEYCOMBE, R.W.K. The Plastic Deformation of Metals . Edward Arnold Publishers, 1968.

� Serope Kalpakjian and Steven R. Schmid. Manufacturing, Engineering & Technology, Fifth Edition, by. ISBN 0- 13-148965-8. © 2006 Pearson Education, Inc.

Bibliografia