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CELSO ARAUJO DA SILVA PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA DAS EMPRESAS DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS MANAUS 2006

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PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICADAS EMPRESAS DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS

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Page 1: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

CELSO ARAUJO DA SILVA

PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA DAS EMPRESAS DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS

MANAUS 2006

Page 2: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

2

CELSO ARAUJO DA SILVA

PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA DAS EMPRESAS DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS

Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de Pós-graduação em Exatas e Tecnológicas

da Universidade Gama Filho Engenharia da Qualidade

Orientador : PROF°. JANDECY CABRAL LEITE, M.Sc

MANAUS 2006

Page 3: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

3

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................3 2 REFERÊNCIAL CONCEITUAL ......................................................................................4

2.1 TEMA.........................................................................................................................4 2.2 PROBLEMA ..............................................................................................................4

2.2.1 ANTECEDENTES DO PROBLEMA ...............................................................5 2.2.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA...................................................................5 2.2.3 ALCANCES E LIMITES...................................................................................5

3 HIPÓTESE .........................................................................................................................7 4 JUSTIFICATIVA DA INVESTIGAÇÃO .........................................................................8

4.1 CONTRIBUIÇÃO DA INVESTIGAÇÃO ................................................................8 5 DEFINIÇÃO DOS TERMOS ............................................................................................9

5.1 CONCEITOS BÁSICOS UTILIZADOS EM METROLOGIA.................................9 6 OBJETIVOS.....................................................................................................................15

6.1.1 Geral .................................................................................................................15 6.1.2 Específicos........................................................................................................15

7 REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................................16 8 REFERENCIAL METODOLÓGICO..............................................................................24

8.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .............................................................24 9 REFERENCIAL CONCEITUAL ....................................................................................25

9.1 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO E APRESENTAÇÃO DA PESQUISA .........25 9.2 RECURSOS NECESSÁRIOS..................................................................................26

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................27

Page 4: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

3

1 INTRODUÇÃO

Vamos supor que você tenha uma empresa no Pólo Industrial de Manaus

(PIM). Que você precisa dela para sobreviver. É dela que vem seu sustento.

O Governo Impõe que no prazo Maximo de 24 meses sua empresa deverá

implantar um sistema da qualidade baseado nas normas da série 19000 da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Caso o requisito citado não seja implementado terá como conseqüência

o corte sumário de todos os benefícios fiscais do PIM. Aliado a isso os seus

correntes exploram a exposição da mídia e a nova avalanche da onda

“Qualidade” como diferencial do mercado.

O que acontece se sua empresa não reagir, não procurar também a

certificação para competir em igualdade com estas empresas concorrentes?

Tenho certeza de que a sua resposta foi trágica: – Irei à falência, terei de

fechar as portas.

O processo descrito foi exatamente o que aconteceu nos anos seguintes

a publicação do Decreto nº 783, de 25 de março de 1993. Quando as

empresas do PIM realizaram uma corrida histórica para obtenção de

certificação e adequação as normas da qualidade. É bem verdade que

algumas empresas utilizaram a oportunidade para melhoria de seus

produtos e processos. Entretanto observa-se em alguns casos que a

preocupação do atendimento aos requisitos das normas está relacionada

apenas ao cumprimento destas e a manutenção dos incentivos fiscais da

Zona Franca de Manaus (ZFM).

Talvez levados pelo ritmo imposto pela concorrência ou o pouco

conhecimento das normas alguns Itens foram menosprezados ou colocados

em níveis baixos de importância. Dentre estes o que se refere a Controle de

Equipamento de Medição, Inspeção e Ensaios o grau de importância foi

colocado tão baixo que até hoje após a versão 2000 das normas ISO 9000,

já implantada na maioria das empresas do PIM, estas confundem um

processo de confiabilidade metrológica com um simples controle de

calibrações periódicas dos instrumentos de medição do chão de fabrica.

Page 5: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

4

2 REFERÊNCIAL CONCEITUAL

Desde que foi introduzido o controle estatístico da qualidade aos

processos produtivos ficou claro que assim como “navegar” é preciso medir

e medir da melhor e mais confiável forma possível.

O assunto deste projeto de pesquisa exige que as empresas do PIM

revejam seus conceitos em relação à metrologia e até mesmo seus métodos

de medição e comprovação da qualidade de seus produtos.

Conceitos como globalização ampliam as exigências dos consumidores

que procuram produtos com índices de qualidade cada vez maiores a preço

menores.

O fato que diversas empresas utilizam unicamente os requisitos básicos

da norma ISO 9000 para criação de seus procedimentos internos,

desconhecendo em alguns casos quase que totalmente os guias e

referencias normativas para a comprovação metrológica e em particular a

NBR ISO 10012, surge o interesse e as razões para a realização deste

projeto.

2.1 TEMA

O trabalho tem como tema “PROCESSO DE COMPROVAÇÃO

METROLÓGICA DAS EMPRESAS DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS”.

2.2 PROBLEMA

O desconhecimento de requisitos específicos a metrologia dentro das

normas da série ISO 9000 e o fato de que comprovação metrológica seja

tarefa inferior e apenas consumidora de recursos.

Page 6: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

5

2.2.1 ANTECEDENTES DO PROBLEMA

A forma de gestão de um Programa de Calibrações Periódicas (PCP)

limita-se a manter as calibrações dentro do estabelecido em um cronograma

de calibração, com preocupações apenas quanto à etiquetação e lacre dos

Equipamentos de Medição (EM).

Na grande maioria os processos de calibração são controlados por

setores como manutenção e utilidade.

Os processos em geral são engessados não tendo oportunidades de

melhoria ou analise criticas, os EM são vistos de forma momentânea como

conformes ou não-conformes e ações são tomadas somente na ocorrência

da não-conformidade.

A confirmação metrológica é função que exige recursos humanos,

materiais e financeiros de monta substancial, e requer atenção especial,

embora ainda exista o mito de que a confirmação metrológica seja tarefa

inferior, a ser atribuída aos níveis de menor responsabilidade e autoridade

[Bureau Veritas do Brasil, 1994].

2.2.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Como conscientizar as Industrias, os técnicos da qualidade e/ou

metrológistas da importância e eficácia de se ter e manter um Processo de

Comprovação Metrológica dentro de um Sistema de Qualidade Total?

2.2.3 ALCANCES E LIMITES

Serão objetos de estudos somente as industrias do PIM de médio e

grande porte, com um numero de EM superior a 20 unidades e utilizam

laboratórios externos (terceiros) para as calibrações periódicas.

O que se buscará dentro desta pesquisa será definir um retrato da

situação atual dos processos metrológicos do PIM tabulando e identificando

o número de empresas que desconhece, ou não faz uso, de qualquer outro

guia ou norma de orientação nos processos metrológicos utilizado tão

somente um Processo de Calibrações Periódicas para atender os requisitos

básicos das Normas NBR ISO 9000:2000.

As empresas que utilizam requisitos adicionais ou que possuam um

Sistema de Comprovação Metrológica bem definido, servirá para elucidar e

Page 7: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

6

apoiar o uso dessa ferramenta como um elemento de Qualidade Total e

Melhoria continuam.

Page 8: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

7

3 HIPÓTESE

De um modo geral Empresas pertencentes ao PIM, estão mais

preocupadas em atender os requisitos básicos da norma ISO 9000 e manter

a certificação que considerar a metrologia como uma ferramenta

impulsionadora e de suporte a Qualidade Total.

Assim é formado um PCP, que em primeiro momento atendiam e

atendem os ditos requisitos básicos. Mas se torna uma armadilha que gera

dados cada vez menos confiáveis dentro do sistema da qualidade e é

mantido de uma forma tão básica que simplesmente não agrega valor ou

não é capaz de gerar oportunidades de melhorias ao Sistema da Qualidade.

Page 9: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

8

4 JUSTIFICATIVA DA INVESTIGAÇÃO

Tanto nas normas da série ISO 9000 como na QS 9000 e mais

recentemente na ISO TS 16949, o assunto Metrologia tem espaço próprio,

na primeira o enfoque é o controle dos dispositivos de medição e

monitoramento e, nas outras duas a análise de sistemas de medição

visando a melhoria contínua. Assim fica clara a importância da Metrologia

Científica e Industrial, pois ela se torna uma ferramenta fundamental no

crescimento e inovação tecnológica, promovendo a competitividade e

criando um ambiente favorável ao desenvolvimento científico e industrial em

todo e qualquer país (THEISEN, 1997).

Para Beckert e Beckert (2002) a indústria hoje precisa ser rápida

para ser competitiva. Um dos processos importante para a indústria é o

controle de dispositivos de medição e monitoramento utilizados na

produção, que deve ser executado de forma sistemática para controlar

efetivamente os sistemas de medição utilizados para garantir a qualidade de

seus processos produtivos.

Apoiado nas citações acima, este trabalho tem como justificativa fazer

um levantamento dos processos metrológicos utilizados na maioria das

industrias do PIM e promover dados e métodos para que a metrologia possa

deixar de ser vista meramente como um fornecedor do serviço de calibração

periódica para o processo produtivo. E tornando-se uma parte deste, onde

as análises críticas baseadas em comportamento e incertezas dos EM

servirão como uma forma de aumentar a lucratividade e confiabilidade do

produto.

4.1 CONTRIBUIÇÃO DA INVESTIGAÇÃO

Passar a investigar um processo que se tem uma certa consciência

de controle é quase que um desconforto para a maioria das pessoas, ao

mesmo tempo em que são levantadas dúvidas se o que se tem realmente é

um processo sob controle ou um desconhecimento dos problemas

potenciais.

A proposta é mais que melhorar o processo metrológico é torná-lo

uma atividade de suporte ao sistema da qualidade garantindo a

confiabilidade dos dados referentes ao controle das características que

determinam a qualidade do produto.

Page 10: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

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5 DEFINIÇÃO DOS TERMOS

5.1 CONCEITOS BÁSICOS UTILIZADOS EM METROLOGIA

Os principais conceitos utilizados na Metrologia são apresentados a

seguir. Esses conceitos estão baseados nas definições da norma NBR ISO

10012 – 1 - Requisitos de Garantia da Qualidade para Equipamento de

Medição (Nov/1993) e Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e

Gerais de Metrologia – VIM Portaria Inmetro 029 de 1995.

COMPROVAÇÃO METROLÓGICA: conjunto de operações necessárias para assegurar que

um dado equipamento de medição está em condições de conformidade com os requisitos

para o uso. [NBR ISO 10012 – 1]

Nota: 1-Comprovação metrológica normalmente inclui, entre outras atividades, calibração,

algum ajuste ou manutenção necessária e subseqüente reaferição, bem como alguma

lacração ou etiquetagem necessária.

MEDIÇÃO: Conjunto de operações que tem por objetivo determinar um valor de uma

grandeza. [VIM 2.1]

Observação: As operações podem ser feitas automaticamente.

METROLOGIA: Ciência da medição[VIM 2.2]

Observação: A metrologia abrange todos os aspectos teóricos e práticos relativos às

medições, qualquer que seja a incerteza, em quaisquer campos da ciência ou da tecnologia.

MENSURANDO: Objeto da medição.Grandeza específica submetida à medição. [VIM 2.6]

Exemplo:

Pressão de vapor de uma dada amostra de água a 20oC.

Observação: A especificação de um mensurando pode requerer informações de outras

grandezas como tempo, temperatura ou pressão.

GRANDEZA DE INFLUÊNCIA: Grandeza que não é o mensurando, mas que afeta o

resultado da medição deste. [VIM 2.7]

Exemplos:

a) A temperatura de um micrômetro usado na medição de um comprimento;

b) A freqüência na medição da amplitude de uma diferença de potencial em corrente

alternada;

c) A concentração de bilirrubina na medição da concentração de hemoglobina em uma

amostra de plasma sangüíneo humano.

Page 11: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

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EXATIDÃO DE MEDIÇÃO: Grau de concordância entre o resultado de uma medição e um

valor verdadeiro do mensurando. [VIM 3.5]

Observações

1) Exatidão é um conceito qualitativo.

2) O termo precisão não deve ser utilizado como exatidão.

INCERTEZA DE MEDIÇÃO: Parâmetro, associado ao resultado de uma medição, que

caracteriza a dispersão dos valores que podem ser fundamentadamente atribuídos a um

mensurando. [VIM 3.9]

Observações:

1) O parâmetro pode ser, por exemplo, um desvio padrão (ou um múltiplo dele), ou a

metade de um intervalo correspondente a um nível de confiança estabelecido.

2) A incerteza de medição compreende, em geral, muitos componentes. Alguns destes

componentes podem ser estimados com base na distribuição estatística dos resultados das

séries de medições e podem ser caracterizados por desvios padrão experimentais. Os

outros componentes, que também podem ser caracterizados por desvios padrão, são

avaliados por meio de distribuição de probabilidades assumidas, baseadas na experiência

ou em outras informações.

3) Entende-se que o resultado da medição é a melhor estimativa do valor do mensurando, e

que todos os componentes da incerteza, incluindo aqueles resultantes dos efeitos

sistemáticos, como os componentes associados com correções e padrões de referência,

contribuem para a dispersão.

Nota: Esta definição foi extraída do “Guia para Expressão de Incerteza de Medição”, no qual

sua fundamentação é detalhada (ver, em particular, o item 2.2.4 e o anexo D(10)).

ERRO (DE MEDIÇÃO): Resultado de uma medição menos o valor verdadeiro do

mensurando. [VIM 3.10]

Observações:

1) Uma vez que o valor verdadeiro não pode ser determinado, utiliza-se, na prática, um

valor verdadeiro convencional (ver os itens 1.19 e 1.20).

2) Quando for necessário distinguir “erro” de “erro relativo”, o primeiro é, algumas vezes,

denominado erro absoluto da medição. Este termo não deve ser confundido com valor

absoluto do erro, que é o módulo do erro.

CORREÇÃO: Valor adicionado algebricamente ao resultado não corrigido de uma medição

para compensar um erro sistemático. [VIM 3.15]

Observações:

1) A correção é igual ao erro sistemático estimado com sinal trocado.

2) Uma vez que o erro sistemático não pode ser perfeitamente conhecido, a compensação

não pode ser completa.

Page 12: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

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INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO: Dispositivo utilizado para uma medição, sozinho ou em

conjunto com dispositivo(s) complementar(es). [VIM 4.1]

AJUSTE (DE UM INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO): Operação destinada a fazer com que um

instrumento de medição tenha desempenho compatível com o seu uso. [VIM 4.30]

Observação:

O ajuste pode ser automático, semi-automático ou manual.

REGULAGEM (DE UM INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO): Ajuste, empregando somente os

recursos disponíveis no instrumento para o usuário. [VIM 4.31]

AMPLITUDE DA FAIXA NOMINAL: Diferença, em módulo, entre os dois limites de uma

faixa nominal. [VIM 5.2]

Exemplo:

Para uma faixa nominal de -10V a +10V a amplitude da faixa nominal é 20V.

Observação:

Em algumas áreas, a diferença entre o maior e o menor valor é denominada faixa.

FAIXA DE MEDIÇÃO:

FAIXA DE TRABALHO: Conjunto de valores de um mensurando para o qual range se

admite que o erro de um instrumento de medição mantém-se dentro dos limites

especificados[VIM 5.4]

Observações:

1) “Erro” é determinado em relação a um valor verdadeiro convencional.

2) Ver observação do item 5.2.

CONDIÇÕES DE REFERÊNCIA: Condições de uso prescritas para ensaio de desempenho

de um instrumento de medição ou para intercomparação de resultados de medições. [VIM

5.7]

Observação:

As condições de referência geralmente incluem os valores de referência ou as faixas de

referência para as grandezas de influência que afetam o instrumento de medição.

RESOLUÇÃO (DE UM DISPOSITIVO MOSTRADOR): Menor diferença entre indicações de

um dispositivo mostrador que pode ser significativamente percebida. [VIM 5.12]

Observações:

1) Para dispositivo mostrador digital, é a variação na indicação quando o dígito menos

significativo varia de uma unidade.

2) Este conceito também se aplica a um dispositivo registrador.

Page 13: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

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ESTABILIDADE: Aptidão de um instrumento de medição em conservar constantes suas

características metrológicas ao longo do tempo. [VIM 5.14]

Observações:

1) Quando a estabilidade for estabelecida em relação a uma outra grandeza que não o

tempo, isto deve ser explicitamente mencionado.

2) A estabilidade pode ser quantificada de várias maneiras, por exemplo: - pelo tempo no

qual a característica metrológica varia de um valor determinado; ou em termos da variação

de uma característica em um determinado período de tempo.

ERROS MÁXIMOS ADMISSÍVEIS (DE UM INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO):

LIMITES DE ERROS ADMISSÍVEIS (DE UM INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO): Valores

extremos de um erro admissível por especificações, regulamentos, etc., para um dado

instrumento de medição [VIM 5.21].

PADRÃO: Medida materializada, instrumento de medição,material de referência ou sistema

de medição destinado a definir, realizar, conservar oureproduzir uma unidade ou um ou

mais valoresde uma grandeza para servir como referência. [VIM 6.1]

Exemplos:

a) Massa padrão de 1 kg;

b) Resistor padrão de 100 Ω;

c) Amperímetro padrão;

d) Padrão de freqüência de césio;

e) Eletrodo padrão de hidrogênio;

f) Solução de referência de cortisol no soro humano, tendo uma concentração certificada.

Observações:

1) Um conjunto de medidas materializadas similares ou instrumentos de medição que,

utilizados em conjunto, constituem um padrão coletivo.

2) Um conjunto de padrões de valores escolhidos Que, individualmente ou combinados,

formam

uma série de valores de grandezas de uma mesma natureza é denominado coleção padrão.

PADRÃO INTERNACIONA: Padrão reconhecido por um acordo internacional para servir,

internacionalmente, como base para intemational estabelecer valores de outros padrões da

grandeza a que se refere. [VIM 6.2]

PADRÃO NACIONAL: Padrão reconhecido por uma decisão nacional para servir, em um

país, como base para atribuir valores a outros padrões da grandeza a que se refere. [VIM

6.3]

Page 14: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

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PADRÃO PRIMÁRIO: Padrão que é designado ou amplamente reconhecido como tendo as

mais altas qualidades metrológicas e cujo valor é aceito sem referência a outros padrões de

mesma grandeza. [VIM 6.4]

Observação:

O conceito de padrão primário é igualmente válido para grandezas de base e para

grandezas derivadas.

PADRÃO SECUNDÁRIO: Padrão cujo valor é estabelecido por comparação a um padrão

primário da mesma grandeza. [VIM 6.5]

PADRÃO DE REFERÊNCIA: Padrão, geralmente tendo a mais alta qualidade metrológica

disponível em um dado local ou em uma dada organização, a partir do qual as medições lá

executadas são derivadas. [VIM 6.6]

PADRÃO DE TRABALHO: Padrão utilizado rotineiramente para calibrar ou controlar

medidas materializadas, instrumentos de medição ou materiais de referência. [VIM 6.7]

Observações:

1) Um padrão de trabalho é geralmente calibrado por comparação a um padrão de

referência.

2) Um padrão de trabalho utilizado rotineiramente para assegurar que as medições estão

sendo executadas corretamente é chamado padrão de controle.

PADRÃO DE TRANSFERÊNCIA: Padrão utilizado como intermediário para comparar

padrões. [VIM 6.8]

Observação:

A expressão “dispositiva de transferência” deve ser utilizada quando o intermediário não é

um padrão.

PADRÃO ITINERANTE: Padrão, algumas vezes de construção especial,para ser

transportado entre locais diferentes. [VIM 6.9]

Exemplo:

Padrão de freqüência de césio, portátil, operado por bateria.

RASTREABILIDADE: Propriedade do resultado de uma medição ou do valor de um padrão

estar relacionado a referências estabelecidas, geralmente a padrões nacionais ou

internacionais, através de uma cadeia contínua de comparações, todas tendo incertezas

estabelecidas. [VIM 6.10]

Observações:

1) O conceito é geralmente expresso pelo adjetivo rastreável;

2) Uma cadeia contínua de comparações é denominada de cadeia de rastreabilidade.

Page 15: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

14

CALIBRAÇÃO: Conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a

relação entre os valores indicados por um instrumento de medição ou sistema de medição

ou valores representados por uma medida materializada ou um material de referência, e os

valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões. [VIM 6.11]

Observações:

1) O resultado de uma calibração permite tanto o estabelecimento dos valores do

mensurando para as indicações como a determinação das correções a serem aplicadas.

2) Uma calibração pode, também, determinar outras propriedades metrológicas como o

efeito das grandezas de influência.

3) O resultado de uma calibração pode ser registrado em um documento, algumas vezes

denominado certificado de calibração ou relatório de calibração.

Page 16: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

15

6 OBJETIVOS

6.1.1 Geral

Verificar a situação atual dos processos metrológicos do PIM de forma

a identificar os fatores e causas para que as industrias permaneçam

unicamente a manter apenas os requisitos básicos da norma ISO 9000

deixando de lado ou ignorando recomendações da própria norma para

elaboração e implementação de processos de comprovação metrológica.

Mantendo e utilizando-se tão somente do ultrapassado Programa de

Calibrações Periódicas.

6.1.2 Específicos

- Analisar as mudanças dos sistemas de qualidade que exigem das

empresas um processo mais complexo de calibração.

- Checar as verdadeiras condições dos ditos processos metrológicos do PIM.

- Registrar dados referentes às condições e aos recursos utilizados pelas

empresas do PIM para manutenção e melhoria dos processos internos de

metrologia e calibração de EM.

Page 17: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

16

7 REFERENCIAL TEÓRICO

Porque o termo melhoria continua é tão claro e forte em diversos

processos do sistema da qualidade, e embora existam normas e guias

específicos para a garantia de um processo metrológico, este parece

totalmente descriminado e condenado na maioria das organizações a

manter-se com recursos mínimos. Muitas empresas, além de não tratar a

metrologia com a devida importância, a implantação de um sistema de

comprovação metrológica tem seu custo x benefício constantemente

questionado. De acordo com Prado (2003) a decisão de implantar um

controle metrológico está condicionada ao ambiente em que a empresa

opera. Em áreas de atuação com ambientes de baixa tecnologia, esta

relação poderá ser desvantajosa. Sturion (2003) completa que ainda existem

empresas que consideram a necessidade de um controle metrológico

adequado como uma obrigação e não como uma ferramenta para garantir a

qualidade de seus serviços.

Para Sturion (2003), mesmo após a nova revisão da ISO 9000,

algumas empresas continuam cultuando a velha prática do atendimento dos

requisitos das normas apenas no papel. Isso acontece o mesmo autor,

porque a mente empresarial ainda está voltada para satisfazer apenas a

documentação perante o sistema da qualidade.

No Comércio Internacional, à medida que caem as barreiras tarifárias,

recrudescem as barreiras não-tarifárias, isto é, barreiras técnicas. Os países

desenvolvidos criam obstáculos para o consumo de produtos dos países em

desenvolvimento, questionando a confiabilidade de seu sistema metrológico

e, em última análise, a própria qualidade do produto.

Ao esclarecer e definir o “Sistema de Comprovação Metrológica para

Equipamentos de Medição” fica definido de forma significativa o real papel

da metrologia dentro de uma empresa. Dando a elas recursos tecnológicos e

competitivos através da maior precisão do processo produtivo e da redução

dos índices de incerteza.

Para as Industrias de Manaus além da política e metodologia de cada

companhia e processo produtivo. O panorama atual é em grande parte

reflexo do contexto histórico e da formação educacional do Distrito Industrial

Page 18: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

17

Do ponto de vista histórico as normas ISO tiveram sua primeira

revisão em 1994 e a última em 2000. As normas da série ISO 9000 foram

desenvolvidas para apoiar organizações, de todos tipos e tamanhos, na

implementação e operação de sistemas da qualidade eficazes.

Com a primeira revisão da ISO 9000 entra em vigor no Brasil o

Decreto nº 783, de 25 de março de 1993. Gerando assim a obrigatoriedade

para que todas as empresas do PIM sejam certificadas.

Decreto nº 783, de 25 de março de 1993.

Fixa o processo produtivo básico para os produtos industrializados

na Zona Franca de Manaus e dá outras providências.

Art. 2º As empresas fabricantes de produtos industrializados na

Zona Franca de Manaus deverão implantar, no prazo de 24 meses, contado

da publicação deste decreto, sistema da qualidade baseado nas normas da

série 19000 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Parágrafo único. Para as empresas com projetos industriais ainda

não implantados, o prazo de que trata este artigo deverá ser contado a

partir do início da produção. (Revogado pelo Decreto nº 4.401, de

1º.10.2002)

“O trabalho de calibração requer profissionais com habilidades e

conhecimentos das normas, com consciência dos procedimentos para

calibração e bons padrões de referencia” FLORENTINO(2003). O fato é que

o agente educacional é um grande diferencial entre as diversas empresas do

PIM, uma vez que a região não oferece oportunidades para o

desenvolvimento de pessoal. Assim a clareza do processo fica centralizada

em poucas companhias que disponibilizaram recursos para o treinamento de

pessoal que muitas vezes chegam a números impraticáveis para as

industrias de médio porte devido aos custos de deslocamentos e

hospedagem em outras regiões do país ou exterior somando-se ainda a

ausência por longos períodos muitas vezes do pessoal técnico ou gestor da

Qualidade.

A Metrologia, definida como a ciência da medição, tem, de acordo

INMETRO (2002), recebido muita atenção devido ao interesse de se atingir

níveis de qualidade elevados nos produtos ou serviços gerados. O controle

metrológico dos equipamentos de medição (EM) é um dos requisitos para

se obter um credenciamento do sistema de qualidade, além disso, os

Page 19: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

18

benefícios causados por um correto controle, aquisição, manuseio,

calibração e manutenção destes EM são motivos suficientes para que a

empresa implante um controle metrológico eficiente.Até pouco tempo a

Metrologia atuava no silêncio dos bastidores, provendo o endosso técnico

sem o qual a qualidade não é assegurada. Ela traduz em números a

adequação de um produto às exigências das normas ou das necessidades

do consumidor. Com a importância destacada pelas normas e pelos

governos dos países, a metrologia ganha uma nova expressão,

indispensável à decodificação do conhecimento em produtos e serviços de

qualidade. Da mesma forma, a metrologia é indispensável a qualquer

processo de controle da qualidade e está diretamente relacionada ao grau

de competitividade de um país (ALBERTAZZI, 1999; FROTA, 1999).

Norma relacionada a este tema tem papel fundamental. Neste

sentido, as nações preocupam-se em unificar conhecimentos técnicos que

envolvem a Metrologia também através de normas. Estas normas fornecem

diretrizes de trabalho para as organizações no campo da Metrologia.

Dentre as normas que estão relacionadas com a Metrologia no

contexto deste trabalho pode-se citar as que seguem:

NBR ISO 9001:2000 : De acordo com ABNT (2000), a NBR ISO 9001:2000

especifica os requisitos para um sistema de gestão da qualidade, onde uma organização

precisa demonstrar sua capacidade para fornecer produtos que atendam os requisitos do

cliente e os requisitos regulamentares aplicáveis, e objetiva aumentar a satisfação do

cliente.

A versão 2000 da norma promove a adoção de uma abordagem de processo para o

desenvolvimento, implementação e melhoria da eficácia de um sistema de gestão da

qualidade para aumentar a satisfação do cliente pelo atendimento aos requisitos do cliente.

A NBR ISO 9001:2000 é divida em 4 grandes seções, que por sua vez são

subdivididas em vários requisitos, aplicando-se a metodologia conhecida como PDCA -

Plan, Do, Check, Action

A metrologia é tratada através do item 7.6 que define o controle de dispositivos de

medição e monitoramento, utilizados e necessários para evidenciar a conformidade do

produto com os requisitos determinados.

QS 9000:1998: Esta norma foi desenvolvida com o objetivo de atender

necessidades específicas da indústria automotiva (Ford Motors Company, General Motors

and DaimlerChrysler).

Ela apresenta um conjunto de requisitos dados pelas montadoras, capazes de

definir critérios para a relação com seus fornecedores.

Page 20: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

19

Durante o desenvolver da QS 9000 foi decido que a norma ISO 9001:1994 seria

base da definição do manual QS-9000, e, portanto, adotada integralmente, reconhecendo,

assim este sistema internacional. Esta decisão é exposta no próprio manual QS-9000, que

apresenta em caracteres itálicos o conteúdo da norma ISO 9001:1994 na íntegra e em

caracteres normais os requisitos adicionais oriundos das três montadoras. A unificação e

padronização das normas e manuais de referência foram concluídas em 1994 com a

publicação da primeira edição dos “Requisitos do Sistema da Qualidade QS-9000” (HARO,

2001).

Para a metrologia o manual que se aplica é o MSA – Measurement Analisys System

- Análise de Sistemas de Medição. O manual MSA faz o seguinte questionamento: se um

processo de produção é analisado com resultados fornecidos por um determinado sistema

de medição, será o sistema de medição estatisticamente viável para essa análise?

O objetivo do manual MSA é tratar somente da influencia do processo de medição.

Então, assim como na análise de um processo de produção qualquer, no processo de

medição são utilizadas ferramentas estatísticas, pois com elas pode-se ter uma estimativa

muito próxima do resultado real da medição (INFOMETRO, 2002).

A análise dos sistemas de medição, de acordo com o MAS (2002), é feita através de

estudos da discriminação do sistema de medição, da estabilidade, da tendência, da

linearidade, da repetitividade e da reprodutibilidade.

ISO/TS 16949:2002: A principal característica da TS é que a sua

aprovação depende de um número menor de envolvidos e possui menor

número de estágios para seu desenvolvimento. Dessa forma, perde-se em

consenso, mas ganha-se em velocidade. Esse documento tem uma vida

definida. Três anos após sua publicação é necessária uma revisão, para

confirmar sua continuidade, ou não, e fazer os ajustes necessários. Uma

vez mantida, a TS terá mais três anos e uma segunda e última revisão.

Neste momento será avaliado se as condições de consenso permitem

transformá-la numa Norma Internacional (IS), ou se a mesma deve ser

desativada (MIKLOS, 2000).

Em 2002 a ISO/TS 16949 foi revisada, com o intuito de alinhar-se com a ISO

9000:2000, e também para dirimir as diferenças entre os requisitos das montadoras que

fazem parte da sua criação.

A ISO/TS 16949:2002 usa uma estrutura similar a ISO 9001:2000, com seus

respectivos requisitos suplementares.

Em relação à metrologia, além dos requisitos da ISO 9001:2000 também apresenta

a análise dos sistemas de medição.

NBR ISO/IEC 17025:2001: A norma NBR ISO/IEC 17025, que especifica os

requisitos gerais para a avaliação da competência de laboratórios de ensaios e calibrações,

Page 21: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

20

surgiu como resultado da implementação do Guia ISO 25 e da norma EM 45001 e contém

todos os requisitos que os laboratórios de calibração e ensaios devem atender para

demonstrar que possuem um sistema de qualidade implantado e implementado, são

competentes tecnicamente e são capazes de produzir resultados válidos tecnicamente.

Ressalta-se o fato de que a certificação por meio das normas de série NBR ISO

9000 não é suficiente para que haja a garantia de que os laboratórios realizem serviços com

resultados tecnicamente válidos, portanto, para os laboratórios é necessário que seu

sistema de qualidade seja implementado em consonância com a norma NBR ISO 17025.

A norma NBR ISO/IEC 17025 possui como objetivos especificar os requisitos para a

realização de ensaio, análises ou calibrações, sendo aplicável a todas organizações que

realizem estes serviços de laboratórios de 1.ª, 2.ª ou 3.ª parte, independente do número de

pessoas ou de extensão do escopo das atividades de ensaio ou calibração.

NBR ISO 10012-1:1993: Contém os requisitos de garantia da

qualidade para uma empresa assegurar que medições sejam realizadas

com a exatidão pretendida, bem como orientações quanto à implementação

destes. Especifica as principais características do sistema de comprovação

a ser utilizado para os EM da empresa. É aplicada apenas a EM utilizados

na demonstração da concordância com a especificação (ABNT, 1993).

A NBR ISO 10012-1:1993 é citada na ISO 9001:2000 como orientação para

realização da comprovação metrológica. Os requisitos da NBR ISO 10012-1:1993 são os

seguintes:

- Generalidades;

- Equipamentos de medição;

- Sistema de comprovação;

- Auditoria periódica do sistema de comprovação;

- Planejamento;

- Incerteza de medição;

- Procedimentos de comprovação documentados;

- Registros;

- Equipamentos de medição não-conforme;

- Etiqueta de comprovação;

- Intervalos de comprovação;

- Lacre de integridade;

- Uso de serviços e produtos de terceiros;

- Armazenamento e manuseio;

- Rastreabilidade;

- Efeito cumulativo das incertezas;

- Condições ambientais;

Page 22: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

21

- Pessoal.

Utilizando a mecânica do Processo de Calibrações Periódicas e dos

requisitos da NBR ISO 10012-1:1993 é descrita a seguir na forma de uma

tabela as principais diferenças entre os dois processos

Tabela 1: Processo de Calibração

Itens Processo de Calibrações Periódicas Comprovação Metrológica

Equipamentos de Medição

(EM)

-Determinar o numero de EM é determinado no numero de instrumentos utilizados dentro do processo metrológico da empresa -Identificar de forma única os EM.

-Inventar todos os EM existentes e determinada as incertezas (Precisão e Exatidão) de cada EM. -Determinar quais EM serão considerados críticos ao processo -Identificar, alocar e localizar cada EM.

Monitoramento Criar planilha ou alimentar sistemas com informações para controle do período de calibração com base em experiência ou informação do fabricante.

Para cada EM é designado um membro competente da equipe para definir a freqüência de comprovação. Considerando: condições ambientais; manuseio; armazenamento; normas técnicas e informações do fabricante.

Ciclo de Calibração

Ciclos fixos baseados nos dados do monitoramento.

Ciclos com períodos variados que dependem das condições atuais e comportamento dos EM, em relação ao histórico de calibração ou desvio-padrão em da incerteza do instrumento nas ultimas calibrações.

Seleção do Laboratório de

Calibração (Fornecedor)

Critérios técnicos e preços competitivos Na grande maioria dos casos o custo do serviço é o item determinante

Critérios técnicos e preços competitivos Ulitizar criterios da norma NBR ISO/IEC 17025.

Critérios de aceitabilidade

Utilizar os erros máximos do processo produtivo ou o determinado pelo próprio fornecedor de serviço

Criar e utilizar erros permissíveis de acordo com o processo envolvido utilizando métodos estatísticos e a incerteza total das medições.

Page 23: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

22

A palavra mecânica é usada intencionalmente de forma a evidenciar

um processo rígido e engessado que ocorre muitas vezes de maneira

impensada, que realizado apenas para cumprir um requisito da norma.

Uma das “armadilhas” do PCP é fato do laboratório de calibração ser

selecionado por uma pessoa que não participa do processo metrológico

onde na grande maioria dos casos preocupa-se unicamente com o valor

monetário da transação não levando em contas pontos técnicos decisivos na

definição do fornecedor como qualidade, rastreabilidade, padrões de

trabalho, credenciamentos, certificações, pessoal técnico e outros.

Na finalização do processo o certificado é recebido e o processo de

calibração torna-se algo pontual a qualidade a que o EM esta relacionada é

banalizada considerando apenas o que o laboratório externo determina EM

Conforme ou Não-Conforme e as condições do instrumento não levando em

conta o histórico deste EM e a Incerteza das medições no processo.

Na Comprovação metrológica as necessidades do cliente vão além de

simplesmente calibra seu instrumento é necessário avaliar as grandezas que

estão sendo medidas e determinar a incerteza (precisão e exatidão) do EM.

No momento da implantação do sistema deve-se prever a sistemática

para aquisição ou inclusão de novos EM.

Pode-se afirmar que muitas etapas do processo não foram descritas,

mas o simples fato de nomear um processo de comprovação ou

comprovação metrológica com o termo calibração, por si só já demonstra um

claro desconhecimento da norma ou do vocabulário atual.

A grande questão é que, ainda hoje, encontramos algumas

pessoas em indústrias e em vários laboratórios entendendo que a

calibração significa "ajustar" o instrumento, de modo que este passe a medir

com erro zero. O que é um grave equívoco. A calibração e o ajuste são

conceitos distintos e não podem ser confundidos. O ajuste é realizado

somente depois da realização da calibração. Outra questão é que nem

todos os instrumentos podem ser ajustados. Da mesma forma, algumas

medidas materializadas podem ser ajustadas e outras não. Existem

massas-padrão que podem ser ajustadas, acrescentando-se ou retirando-se

massa da mesma. Outras, no entanto, não podem ser ajustadas. Isto posto,

verificamos que todos os padrões de comprimento podem ser calibrados,

Page 24: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

23

mas em geral não podem ser ajustados; pois como vamos alterar o

comprimento de um padrão de comprimento?

O importante é entendermos que um ajuste pode, por melhor que

o mesmo tenha sido realizado, "deixar" erros de indicação residuais nos

instrumentos de medição. Estes erros são relatados nos certificados de

calibração e podem ser significativos para o usuário, conduzindo-o a

correção dos mesmos.Medeiros (2005)

Page 25: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

24

8 REFERENCIAL METODOLÓGICO

Este trabalho será desenvolvido por meio de uma pesquisa no PIM

com utilização de questionários tendo como publico alvo técnico da

qualidade, metrologistas ou pessoas responsáveis pelo processo

metrológico ou de calibração.

O questionário será elaborado com 11 questões com respostas do

tipo "fechadas" e uma questão do tipo "aberta". Este estudo inédito será a

base de dados para um registro do perfil claro de como é a situação atual do

processo de calibração das industrias de PIM e o que pensam os usuários

dos Laboratórios de Calibração de Manaus (LBM)

Serão abordos pontos como critérios para seleção de laboratórios de

calibração, conhecimento das normas técnicas, utilização de sortware para

manutenção e controle dos EM e o que desejam os usuários dos LMB.

8.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O presente trabalho monográfico desenvolve-se fundamentado em

uma pesquisa de campo envolvendo:

Levantamento de dados através de questionários com uma

formulação baseada nos Itens de atendimento as normas ISO 9000 e

Requisitos de garantia da qualidade para EM.

A análise e tabulação dos dados coletados, contendo as informações

que foram obtidas e a averiguação das questões envolvendo as instituições,

professores e

Page 26: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

25

9 REFERENCIAL CONCEITUAL

Abaixo, seguem-se o cronograma de execução e apresentação da

pesquisa e previsão de recursos necessários à execução do projeto de

pesquisa.

9.1 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO E APRESENTAÇÃO DA PESQUISA

Tabela 2: Cronograma de execução e apresentação da pesquisa

PERÍODO OUTUBRO ATIVIDADES

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

PREPARAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA

X X X

REFORMULAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA

X

LEVANTAMENTO E SELEÇÃO DA BIBLIOGRAFIA

X X

LEITURA DA BIBLIOGRAFIA

X X

FICHAMENTO DA BIBLIOGRAFIA

X

ANÁLISE CRÍTICA DA BIBLIOGRAFIA

X

ELABORAÇÃO DO REFERENCIAL CONCEITUAL

X

ELABORAÇÃO DO REFERENCIAL TEÓRICO

X

ELABORAÇÃO DO REFERENCIAL METODOLÓGICO

X

ELABORAÇÃO DA APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS/ CONCLUSÃO

X X

ELABORAÇÃO DO RESUMO E ANEXOS

X X

ELABORAÇÃO DA INTRODUÇÃO

X X

ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO PARA PESQUISA

X X

DIGITAÇÃO X X X X X

REVISÃO X X

APRESENTAÇÃO FINAL X

Page 27: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

26

9.2 RECURSOS NECESSÁRIOS

Devido ao caráter puramente didático os recursos necessários à execução

do projeto de pesquisa não serão listados ou contabilizados.

Page 28: PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA

27

REFERÊNCIAS

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783, de 25 de março de 1993.

Bureau Veritas do Brasil. Confirmação Metrológica Aplicada à Série ISO

9000, Divisão de Consultoria em Qualidade (DCQ), 1994.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO

10012 – 1: Requisitos de garantia da qualidade para equipamentos de

medição – Parte 1: Sistema de comprovação metrológica para equipamento

de medição 1993.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO

9001 - Sistema de gestão da qualidade – Requisitos, 2000.

THEISEN, A.M.F., Fundamentos da Metrologia Industrial: Aplicação no

processo de certificação ISO 9000. Porto Alegre, 1997, 204p.

BECKERT, S. F. & BECKERT, J. I. Gerenciando os instrumentos de

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STURION, W. Qualidade industrial: Uma questão de valores. Revista

Metrologia e Instrumentação, n. 18, fev/2003.

INMETRO. Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de

Metrologia – VIM Portaria Inmetro 029 de 1995.

HARO, D. G. Sistemas da qualidade na indústria automobilistica: uma

proposta de auto-avaliação unificada. Dissertação de Mestrado. Programa

de Pós -Graduação em Engenharia de Produção. UFRGS. Porto Alegre,

2001. 134p.

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MSA - Measurement Systems Analysis, 3 ed.,DaimierChrysier Corporation,

Ford Motor Company and General Motors Corporation, 2002, 225 p. (parte

integrante da QS 9000)

INFOMETRO. Disponível em:

http://www.infometro.hpg.ig.com.br/PD1A.htm/>. Acesso em

23/10/2002.

MIKLOS, M. Verdades e mitos dessa nova norma, Revista Banas Qualidade,

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NBR ISO/IEC 17025: Requisitos gerais para a competência de laboratórios

de ensaio e calibração. Rio de Janeiro, 2001.

PIZZOLATO, MORGANA & CATEN, CARLA S. TEM. - Comprovação

metrológica de empresas da região, Revista METROLOGIA-2003, set/2003

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pessoas portadoras de deficiência visual na nova concepção de inclusão do

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Centro Universitário Nilton Lins. 2006

BORCHARDT, MIRIAM - Implantação de um sistema de confirmação

metrológica. 1999. Dissertação (Programa de Pós-graduação em

Engenharia de Produção) Universidade federal do Rio grande do Sul -

Escola de Engenharia 1999