processo constitucional

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PROCESSO CONSTITUCIONAL RESUMO AV1 Nathalia Gonçalo 1) CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE: É a verificação da compatibilidade entre as leis e os atos normativos com a CF. A constituição é a lei mais importante de todo ordenamento jurídico. Lei compatível com a CF = lei válida = constitucional Lei Não compatível com a CF = lei inválida= inconstitucional O controle de constitucionalidade recai sobre: leis Atos Normativos Ex: Uma medida provisória não é considerada Lei no sentido estrito, mas tem força de lei, portanto é objeto de controle de constitucionalidade. Uma medida provisória sobre Direito Penal não é possível porque a constituição veda medida provisória versando sobre o direito penal ou sobre direito processual (art. 62 CF).

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Breve resumo sobre ações constitucionais

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  • PROCESSO CONSTITUCIONAL

    RESUMO AV1

    Nathalia Gonalo

    1) CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE:

    a verificao da compatibilidade entre as leis e os atos normativos

    com a CF. A constituio a lei mais importante de todo ordenamento

    jurdico.

    Lei compatvel com a CF = lei vlida = constitucional

    Lei No compatvel com a CF = lei invlida= inconstitucional

    O controle de constitucionalidade recai sobre:

    leis

    Atos Normativos

    Ex: Uma medida provisria no considerada Lei no sentido estrito,

    mas tem fora de lei, portanto objeto de controle de constitucionalidade.

    Uma medida provisria sobre Direito Penal no possvel porque a

    constituio veda medida provisria versando sobre o direito penal ou sobre

    direito processual (art. 62 CF).

  • ESQUEMA:

    Quando o PROJETO DE LEI enviado ao Congresso Nacional para

    DELIBERAO, esta feita da seguinte maneira:

    Pelo Poder Legislativo

    Analisa se atende aos anseios da sociedade

  • Analisa se est de acordo com a CRFB/88 (CONTROLE DE

    CONSTITUCIONALIDADE PREVENTIVO)

    Controle feito excepcionalmente pelo Poder Judicirio.

    Aps a deliberao, o projeto de lei aprovado ser enviado para o Poder

    Executivo (Presidente da Repblica) que poder sancionar (CONTROLE DE

    CONSTITUCIONALIDADE REPRESSIVO) ou vetar. Este veto pode ser

    poltico ou jurdico.

    O veto s retorna ao Congresso se for um veto poltico. Quando um

    veto jurdico porque alguma inconstitucionalidade foi encontrada.

    1.1) MODALIDADES DE CONTROLE: QUANTO AO MOMENTO

    a) PREVENTIVO: a priori. Recai sobre PL e PEC.

    O controle preventivo de constitucionalidade normalmente poltico,

    ou seja, o Legislativo e o Executivo no curso do processo de elaborao das

    normas (PL e PEC).

    Ex.: Parecer da CCJ e o veto formal/jurdico.

    OBS.: Pode haver o controle preventivo judicial de constitucionalidade

    quando o parlamentar impetra Mandado de Segurana no curso do processo

    legislativo inconstitucional. Este MS ser julgado pelo STF. Via de regra, o

    controle preventivo poltico.

    b) REPRESSIVO: a posteriori. Recai sobre LEI e EC.

    Por sua vez, o controle repressivo de constitucionalidade

    normalmente Judicial e dividido entre os sistemas difuso e concentrado (LEI

    e EC).

  • OBS.: Pode haver tambm o controle repressivo poltico. So os

    artigos 62 5 e 9 e o art. 49, V, CRFB/88. O primeiro exemplo refere-se a

    Medida Provisria em que o Presidente envia para o parecer das Casas do

    CN. Do mesmo modo as leis delegadas. Via de regra, o controle repressivo

    Judicial.

    O controle repressivo pode ocorrer de duas maneiras:

    b.1) CONCENTRADO: Porque s ocorre por um nico rgo que no

    Brasil o STF. Se d atravs de Aes especficas: ADI, ADC, ADPF (so aes

    que avaliam a lei em tese).

    Legitimidade: art. 103 CRFB/88

    Efeito: erga omnes, vinculante.

    b.2) DIFUSO: Ser de acordo com o caso concreto e no tem por objeto

    declarar a constitucionalidade, mas sim a existncia ou no de um direito.

    Ex.: lei municipal que proba a matrcula em escola publica daqueles

    que ganham mais de um salrio mnimo (hipoteticamente). Neste caso, a

    pessoa que tenha seu direito ferido (com base na Constituio) ir propor

    autorizao ao juiz de direito da cidade para realizar a matrcula.

    Efeito: inter partes.

    1.2) AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADI)

    Objetivo: uma ao destinada a questionar a constitucionalidade

    das leis e dos atos normativos (art. 102, I, a))

    Pode ser objeto de ADI:

    Lei

    Ato normativo

    Tratados internacionais e

    Emendas constitucionais

  • No podem ser objeto de ADI:

    Normas constitucionais originrias

    Normas pr-constitucionais

    Normas j revogadas

    Leis ou atos municipais

    Normas secundrias

    OBS.: Leis municipais no podem ser objeto de ADI no Supremo porque a

    competncia do TJ e o nome da ao REPRESENTAO. Sendo assim,

    no cabe controle concentrado de constitucionalidade (aquele exercido pelo

    STF), mas sim controle difuso (qualquer juiz pode declarar uma lei

    inconstitucional). Cabe tambm ADPF.

    OBS : Normas pr-constitucionais no podem ser objeto de ADI, segundo o

    STF. Isso se d em razo de elas terem sido criadas sob a gide de outra

    Constituio. Dessa forma, o artigo ou lei ser revogado pela nova

    Constituio se esta no houver recepcionado.

    OBS: As normas constitucionais originrias no podem ser objeto de controle

    de constitucionalidade, haja vista possurem presuno absoluta (jure et de

    jure) de constitucionalidade.

    Recepo: Fenmeno pelo qual a Constituio de 88 recepcionou as

    leis/normas j existentes antes da sua promulgao que no fossem contrrias

    ao seu entendimento.

    Revogao: Fenmeno em que a Constituio revogou tcita ou

    explicitamente as leis que eram contrrias ao seu entendimento que vieram

    antes da sua promulgao.

    Repristinao: No ordenamento jurdica brasileiro, uma norma

    revogada no volta a ter vigncia com a posterior revogao da norma que a

    revogou (repristinao tcita), salvo se houver expressa previso neste

    sentido (repristinao expressa). Todavia, h casos em que ocorre fenmeno

  • semelhante, denominado de efeito repristinatrio tcito. De acordo com o

    art. 11 2 da lei 9868/99, a concesso de medida cautelar na ADI, por

    suspender a vigncia da norma questionada, torna aplicvel a legislao

    anterior acaso existente, salvo expressa manifestao em sentido contrrio.

    O mesmo ocorre quando o STF profere uma deciso definitiva de mrito

    declarando, com eficcia vinculante e efeito retroativo (ex tunc), a

    inconstitucionalidade de uma lei. Nesta hiptese, a lei anterior que havia sido

    revogada pela lei declarada inconstitucional poder voltar a ser aplicada

    novamente, caso seja esta a soluo mais razovel. (Marcelo Novelino)

    ASPECTOS PROCESSUAIS:

    Competncia: STF e o TJ

    STF: Competente para julgar ADI referente a leis e atos normativos

    federais ou estaduais (art. 102,I,a,CRFB/88)

    TJ: Julga leis estaduais que ferem a Constituio ou leis municipais.

    Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a

    guarda da Constituio, cabendo-lhe:

    I - processar e julgar, originariamente:

    a) a ao direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal

    ou estadual e a ao declaratria de constitucionalidade de lei ou ato

    normativo federal;

    Legitimados: rol taxativo do art. 103 CRFB/88

    NO PERMITIDA A INICIATIVA POPULAR!

    Legitimados Universais: Aqueles que podem propor sobre qualquer

    assunto, ou seja, no precisam comprovar a pertinncia temtica. (art.

    103, I, II, III, VI, VII, VIII)

    Legitimados Especiais: Aqueles que precisam comprovar a pertinncia

    temtica, ou seja, deve existir alguma relao com o tema a ser

    proposto. (art. 103, IV, V, IX)

  • Pertinncia temtica: a relao de harmonia entre o objeto da Ao e o

    interesse.

    Art. 103. Podem propor a ao direta de inconstitucionalidade e a

    ao declaratria de constitucionalidade:

    I - o Presidente da Repblica;

    II - a Mesa do Senado Federal;

    III - a Mesa da Cmara dos Deputados;

    IV-a Mesa de Assemblia Legislativa ou da Cmara Legislativa do

    Distrito Federal;

    V-o Governador de Estado ou do Distrito Federal;

    VI - o Procurador-Geral da Repblica;

    VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

    VIII - partido poltico com representao no Congresso Nacional;

    IX - confederao sindical ou entidade de classe de mbito nacional.

    ATENO: Somente o Conselho Federal da OAB possui legitimidade, o

    Conselho Seccional no possui.

    OBS: Confederao a unio de vrias federaes (no mnimo 3 federaes

    em pelo menos 3 estados).

    OBS: A UNE (Unio Nacional dos Estudantes) e a CUT (Central nica dos

    Trabalhadores) no podem ajuizar aes do controle concentrado de

    constitucionalidade, pois no representam categorias profissionais

    especficas.

    A perda superveniente da representao poltica do partido no curso

    da Ao no gera a extino do feito sem resoluo de mrito. O STF entende

    que o momento da anlise sobre a existncia ou no dessa representao

    poltica quando da propositura da Ao. Em outras palavras temos que a

    necessidade de representao do partido (1 senador ou 1 deputado eleito) s

    imprescindvel para a propositura da ao. No curso do processo no h mais

  • necessidade de representao, pois o candidato eleito entra em nome do

    partido e no em nome prprio. Sendo assim, mesmo que o partido se extinga

    a ao de inconstitucionalidade continua em trmite.

    Procurador Geral da Repblica: art. 103 1

    O PGR custus legis. Ele dar seu parecer dando sua opinio

    jurdica (liberdade jurdica dada pela CRFB/88) sobre a constitucionalidade

    ou no daquela lei.

    Art. 103 1 - O Procurador-Geral da Repblica dever ser previamente

    ouvido nas aes de inconstitucionalidade e em todos os processos de

    competncia do Supremo Tribunal Federal.

    Advogado Geral da Unio: art. 1033

    O AGU deve fazer a defesa do ato normativo impugnado. o defensor

    legis.

    O STF entende que o AGU no tem a obrigao de ser defensor legis

    quando o Supremo j possua manifestao anterior a inconstitucionalidade

    da lei (jurisprudncia).

    Medida Cautelar: permitida a utilizao de medida cautelar EM

    TODAS as aes do controle concentrado de constitucionalidade (art. 10 a 12

    da lei 9868/99)

    O STF pode suspeder os efeitos da norma;

    necessria maioria absoluta;

    Efeito erga omnes;

    Ex nunc;

    Excepcionalmente ex tunc (art. 11 da lei 9869/99)

  • Efeitos da deciso definitiva:

    Erga omnes

    Vinculante: iro atingir todos os rgos do poder judicirio e da

    administrao pblica direta e indireta das esferas federal, estadual,

    distrital, municipal

    OBS: As decises de mrito do controle concentrado de constitucionalidade

    no atingem a funo legiferante do estado. Ou seja, se uma lei declarada

    inconstitucional hoje, amanh poder ser elaborada uma lei com idntico teor.

    Efeitos temporais: em regra ex tunc (teoria da nulidade, efeitos

    retroativos).

    ART. 27 da lei 9868/99 traz o instituto da modulao dos efeitos temporais da

    deciso, ou seja, a corte determinar a partir de quando os efeitos deixaro de

    ser produzidos; efeitos prospectivos/profuturo. necessrio 2/3 dos votos dos

    ministros.

    ART. 26 da lei 9868/99: As decises de mrito do STF nas aes do controle

    concentrado so irrecorrveis. No se admite ao rescisria, somente

    embargos de declarao e infrigentes.

    1.3) AO DECLARATRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (ADC)

    Objetivo: Declarar a constitucionalidade de lei ou ato normativo

    unicamente federal.

    Pressuposto de admissibilidade: existncia de controvrsia judicial

    relevante.

    Qual a necessidade da ADC se toda norma presumivelmente

    constitucional?

    R- Acontece quando, aps a promulgao da lei, esta passa a ter

    entendimento divergente e resultados diversos na prtica pelos juzes.

    D-se o nome de CONTROVRSIA JUDICIAL.

  • Efeito dplice ambivalente: Ocorre quando a mesma norma objeto

    de ADI e ADC (art. 24 da lei 9868/99).

    ADI procedente e ADC improcedente: far coisa julgada;

    ADI improcedente e ADC procedente: no far coisa julgada, podendo

    a lei ser questionada se houver mudanas circunstanciais ou de

    interpretao.

    Competncia: STF (por maioria absoluta: mnimo 2/3 dos membros)

    Legitimidade: rol taxativo do art. 103 CRFB/88

    NO PERMITIDA A INICIATIVA POPULAR!

    Legitimados Universais: Aqueles que podem propor sobre qualquer

    assunto, ou seja, no precisam comprovar a pertinncia temtica com

    o tema. (art. 103, I, II, III, VI, VII, VIII)

    Legitimados Especiais: Aqueles que precisam comprovar a pertinncia

    temtica, ou seja, deve existir alguma relao com o tema a ser

    proposto. (art. 103, IV, V, IX)

    Pertinncia temtica: a relao de harmonia entre o objeto da Ao e o

    interesse.

    Art. 103. Podem propor a ao direta de inconstitucionalidade e a

    ao declaratria de constitucionalidade:

    I - o Presidente da Repblica;

    II - a Mesa do Senado Federal;

    III - a Mesa da Cmara dos Deputados;

    IV-a Mesa de Assemblia Legislativa ou da Cmara Legislativa do

    Distrito Federal;

    V-o Governador de Estado ou do Distrito Federal;

    VI - o Procurador-Geral da Repblica;

    VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

    VIII - partido poltico com representao no Congresso Nacional;

    IX - confederao sindical ou entidade de classe de mbito nacional.

  • Procurador Geral da Repblica: Ainda que tenha sido autor da ADC,

    atuar como custus legis. (art. 103 1)

    Advogado Geral da Unio: No precisa defender o ato normativo

    impugnado em sede de ADC.

    OBS: Normas municipais, estaduais e distritais no podem ser objeto da ao,

    tampouco as normas pr-constitucionais.

    Medida Cautelar: permitida em TODAS as aes do controle

    concentrado de constitucionalidade. (art. 21 da lei 9868/99).

    ATENO: Uma vez proposta qualquer uma das aes do controle

    concentrado de constitucionalidade no pode haver desistncia, pois trata de

    matria de ordem pblica.

    1.4) ARGUIO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO

    FUNDAMENTAL (ADPF)

    Objetivo: Diferente de todas as outras aes do controle concentrado,

    a ADPF protege somente os preceitos fundamentais, e no a constituio como

    um todo.

    Recai sobre lei ou ato normativo federal, estadual e municipal.

    O STF considerou que a ADPF norma de eficcia limitada, ou seja,

    precisa de norma que a regulamente. A lei 9882/99 esta lei.

    Pressuposto de admissibilidade:

    a) Descumprimento de prefeito fundamental

    b) No poder se utilizar de ADI ou ADC (art. 4 1 da lei 9882/99)

  • OBS: o momento que o STF julga leis municipais.

    Base legal: art 102 da lei 9882/99

    So preceitos fundamentais:

    a) Princpios fundamentais (art 1 ao 4 CRFB/88)

    b) Direitos e garantias fundamentais (art. 5 a 17 da CRFB/88)

    c) Princpios constitucionais sensveis (art. 34, VII CRFB/88)

    d) Princpios que norteiam a Adm. Pblica LIMPE (art. 37, caput,

    CRFB)

    e) Clusulas ptreas (art. 60 4 CRFB).

    A ADPF uma ao subsidiria (art 4 1 da lei 9882/99), ou seja,

    possui carter residual. Diz respeito as demais aes do controle concentrado

    federal. Sendo assim, se couber ADI, ADC ou ADO, no caber ADPF.

    Hipteses de cabimento da ADPF:

    a) Lei municipal que viole preceito fundamental previsto na CF;

    b) Lei distrital de natureza municipal que viole preceito fundamental

    previsto na CF

    c) Normas pr-constitucionais que violem preceitos fundamentais

    previstos na CRFB/88.

    OBS: Se a lei municipal violar ao mesmo tempo a carta do estado numa norma

    de observncia obrigatria e a CF, no cabe ADPF.

    Vale ressaltar que preceito no se confunde com princpio. Preceito

    sinnimo de norma. E norma pode ser tanto princpio quanto regra. Ento,

    perfeitamente possvel ter uma norma-regra que seja considerada preceito

    fundamental. Logo, temos preceitos que so princpios, mas temos tambm

    preceitos que so regras. O que importa que no ser cabvel uma ADPF em

    face de dispositivo constitucional que no seja um preceito fundamental. O

    parmetro de controle na ADPF mais restrito que na ADI e ADC, porque

    apenas a violao de preceito fundamental passvel de ADPF. Partindo

  • desse pressuposto, se o parmetro de controle da ADPF mais restrito que na

    ADI e na ADC, poderia-se, ento, indagar: porque criar a ADPF, se j existe

    ADI e ADC e o parmetro de controle destas abrange quela?

    Ocorre que, como sabemos, para o exerccio do controle de

    constitucionalidade, precisamos de dois elementos: objeto e parmetro. No

    que se refere ao parmetro, a ADPF mais restrita do que a ADI e ADC,

    porque o parmetro so apenas as normas constitucionais que revelam

    preceitos fundamentais. Contudo, no que se refere ao objeto, a lgica se

    inverte, a ADPF mais abrangente do que a ADI e a ADC. Quer dizer, outros

    objetos que no podem ser impugnados via ADI ou ADC, podero s-lo via

    ADPF. Ento, temos na ADI e na ADC menos objetos podendo ser impugnados

    em face de um parmetro maior (todas as normas formalmente

    constitucionais), j na ADPF, o inverso, mais objetos podem ser impugnados

    em face de um parmetro menor (somente preceitos fundamentais). Da

    reside a razo de existir da ADPF: objetos que no poderiam ser impugnados

    via ADI e ADC, podero ser levados ao STF por meio de ADPF.

    1.5) PROCEDIMENTO DAS AES CONSTITUCIONAIS

    Rito:

  • Petio Inicial:

    ADI: Lei 9869/99 art. 3

    ADC: Lei 9868/99 art 14

    ADPF: Lei 9882/99 art 3

    Pedidos:

    ADI: Que seja a lei ou ato normativo declarado inconstitucional.

    ADC: Que seja declarada a sua constitucionalidade

    OBSERVAES:

    >> Para a propositura destas aes, via de regra, essencial a capacidade

    postulatria. Exceo: quando for proposta pelo Procurador Geral da

    Repblica.

    >> Da deciso que indefere a petio inicial caber AGRAVO.

    >> No poder haver desistncia das aes constitucionais.

    >> A petio inicial ser endereada ao STF, que designar um ministro

    relator.

    >> A petio inicial dever ser julgada pelo plenrio.

    >>No se admite intervenes de terceiros no processo de aes de

    constitucionalidade, contudo, permite-se o amicus curiae.

    >> por meio de deciso interlocutria que ser aceita ou no a interveno

    do amicus curiae, atravs de sua solicitao (deve preencher os requisitos de

    relevncia da matria e representatividade). Desta deciso no cabe recurso.

    >> Natureza jurdica do amicus curiae: H divergncia doutrinria. A

    corrente majoritria a de que este um terceiro interveniente com

    caractersticas sui generis.

  • Medida liminar: art. 10 da lei 9868/99

    >> A lei fala em audincia, contudo, o termo certo seria informaes, haja

    vista no existir audincia. Bem como fala em cautelar, quando na verdade

    liminar.

    >> Na hiptese de perodo de recesso quem conceder a liminar ser o prprio

    relator, em razo da impossibilidade de reunir todo o plenrio.

    >> O presidente do STF quem designa data para a seo do plenrio julgar

    a liminar.

    >> A ADPF segue o mesmo procedimento.

    >> A deciso s produzir efeitos a partir da sua publicao.

    >> Para deciso final a lei determina que estejam presentes o quorum

    qualificado (= 8 ministros), quorum de instalao. (art. 22 da lei 9882/99).

    >> A ttulo de medida liminar pode ser pedido a suspenso dos efeitos da lei

    objeto da Ao, bem como de todos os processos em curso que tenham aquela

    lei como discusso.

    Quadro sinptico:

    ADIN OU ADI ADC ADPF

    Conceito

    Genrica-Tem por objetivo

    retirar do ordenamento

    jurdico a lei contempornea

    estadual ou federal, que seja

    incompatvel com a CF, com a

    finalidade de obter a

    invalidade dessa lei, pois

    relaes jurdicas no podem

    se basear em normas

    inconstitucionais.

    uma modalidade de

    controle por via

    principal, concentrado e

    abstrato, cuja finalidade

    da medida muito clara

    : afastar a incerteza

    jurdica e evitar as

    diversas interpretaes

    e contrastes que esto

    Medida que visa evitar leso a

    preceito fundamental, resultante de

    ato do poder pblico (argio

    preventiva); Reparar leso a preceito

    fundamental, resultante de ato do

    poder pblico (argio

    repressiva) Quando for relevante o

    fundamento da controvrsia

    constitucional sobre lei ou ato

    normativo federal, estadual ou

  • Por Omisso- quando o

    Poder Pblico deixa de

    regulamentar ou criar uma

    nova lei ou ato normativo,

    ocorre uma

    inconstitucionalidade por

    omisso. Resulta ento, da

    inrcia do legislador, falta de

    ao para regulamentar uma

    lei constitucional.

    Interventiva- toda vez que o

    Poder Pblico, no exerccio de

    sua competncia venha a

    violar um dos princpios

    sensveis, ser passvel de

    controle concentrado de

    constitucionalidade, pela via

    de ao interventiva.

    sujeitos os textos

    normativos.

    municipal, includos os anteriores

    Constituio.

    Legitimados

    Pode ser intentada pelo

    Procurador Geral da

    Repblica, Presidente da

    Repblica, Mesa do Senado

    Federal, Mesa da Cmara dos

    Deputados, Mesa da

    Assemblia Legislativa,

    Governadores de Estado,

    Conselho Federal da OAB,

    Partido Poltico e por

    confederao sindical ou

    entidade de classe de mbito

    nacional, conforme disposto

    no art. 103 da CF.

    Pode ser intentada pelo

    Procurador Geral da

    Repblica, Presidente

    da Repblica, Mesa do

    Senado Federal, Mesa

    da Cmara dos

    Deputados, Mesa da

    Assemblia Legislativa,

    Governadores de

    Estado, Conselho

    Federal da OAB,

    Partido Poltico e por

    confederao sindical ou

    entidade de classe de

    mbito nacional,

    conforme disposto no

    art. 103 da CF.

    Pode ser intentada pelo Procurador

    Geral da Repblica, Presidente da

    Repblica, Mesa do Senado Federal,

    Mesa da Cmara dos Deputados,

    Mesa da Assemblia Legislativa,

    Governadores de Estado, Conselho

    Federal da OAB, Partido Poltico e

    por confederao sindical ou entidade

    de classe de mbito nacional,

    conforme disposto no art. 103 da CF.

  • Capacidade

    postulatria

    Alguns legitimados para

    ADIN no precisam ser

    representados por advogados,

    j que detm capacidade

    postulatria.

    Alguns legitimados para

    ADC no precisam ser

    representados por

    advogados, j que detm

    capacidade postulatria.

    Alguns legitimados para ADPF no

    precisam ser representados por

    advogados, j que detm capacidade

    postulatria.

    Quem cabe

    julgar

    do Supremo Tribunal

    Federal, a funo de

    processar e julgar,

    originariamente, a ADIN de

    lei ou ato normativo federal

    ou estadual.

    De acordo com o artigo

    102 da CF, cabe ao

    Supremo Tribunal

    Federal processar e

    julgar a ao

    declaratria

    constitucional.

    Compete ao Supremo Tribunal

    Federal processar e julgar a ao de

    acordo com os procedimentos corretos.

    Liminar

    Genrica admite liminar

    Por omisso e interventiva

    no Admite liminar

    Admite liminar Admite liminar

    Efeitos da

    Deciso

    Produz efeito erga omnes

    (contra todos) e vinculantes

    em relao aos demais rgos

    do poder judicirio a

    administrao pblica

    federal, estadual e municipal.

    .

    Produz efeito erga

    omnes (contra todos) e

    vinculantes em relao

    aos demais rgos do

    poder judicirio a

    administrao pblica

    federal, estadual e

    municipal. .

    Produz efeito erga omnes (contra

    todos) e vinculantes em relao aos

    demais rgos do poder pblico. Os

    efeitos no tempo sero ex tunc

    (retroativos), mas o STF poder, em

    razo da segurana jurdica ou de

    excepcional interesse social, restringir

    os efeitos da deciso, decidir que essa

    somente produzir efeitos a partir do

    trnsito em julgado ou de outro

    momento futuro que venha a ser

    fixado. Decises nessa linha

    excepcional exigem voto de dois teros

    dos membros do STF.

    Outros aspectos e diferenas entre ADPF, ADIN e ADC:

    Mesmos legitimados para todos.

    Cabe agravo na deciso de indeferir a petio inicial para todos.

    ADC E ADIN no cabe desistncia, aps proposta a ao.

  • ADC E ADIN no pode haver interveno de terceiros

    A ADPF atende o princpio da subsidiariedade, s cabendo quando

    no houver outro meio eficaz de recurso, ou seja, se couber ADC ou ADI,

    no caber ADPF e isso vai ver tambm no Art 4, 1 da mesma lei.

    No a mesa do Congresso Nacional quem prope a ADIN, e sim a

    Mesa da Cmara e do Senado.

    A propositura de uma ao desse tipo, no est sujeita a nenhum

    prazo de natureza prescricional ou de carter decadencial, pois de

    acordo com o vcio imprescritvel, os atos constitucionais no se

    invalidam com o passar do tempo.

    2) RECURSO ESPECIAL:

    Competncia: Endereado ao STJ (art. 105, III, CRFB/88)

    Cabimento:

    a) Quando a DECISO for contrria a lei federal ou tratado;

    b) Ato normativo local em face da lei federal;

    c) Interpretao divergente (SUM 13 STJ). Obs.: essa divergncia

    deve ser entre tribunais, no entre as cmaras (entre as cmaras

    caber agravo regimental).

    Smulas:

    a) SUM. 5 STJ

    b) SUM 7 STJ

    c) SUM 86 STJ

    d) SUM 203 STJ

    e) SUM 207 STJ

    f) SUM 320 STJ

  • 3) RECURSO EXTRAORDINRIO:

    Matria constitucional

    Competncia: Endereada ao STF (art. 102, II, CRFB/88)

    Cabimento:

    a) Quando a DECISO contrariar dispositivo constitucional

    b) Quando a DECISO for fundamentada na inconstitucionalidade

    de tratado ou lei federal

    c) Lei local (estadual) em face da Constituio

    d) Lei local em face de lei federal.

    Smulas:

    a) SUM 400 STF

    b) SUM 73 STF

    OBSERVAES:

    >> No h anlise de mrito em nenhum destes recursos.

    >>prequestionamento: requisito de admissibilidade para o Recurso Especial

    e o Recurso Extraordinrio. Deve ser feito no momento das razes recursais.

    >> repercusso geral: a discusso sobre a mesma matria em vrios

    processos (relevncia da matria). requisito indispensvel para o Recurso

    Extraordinrio (art. 103, a, CRFB/88)

    >> Smula Vinculante: manifestao reiterada do STF (lei 11.417).