processo civil i ponto 9 flavia moreira guimarÃes pessoa

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PROCESSO CIVIL I PROCESSO CIVIL I PONTO 9 PONTO 9 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

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Page 1: PROCESSO CIVIL I PONTO 9 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

PROCESSO CIVIL I PROCESSO CIVIL I

PONTO 9PONTO 9

FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOAFLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

Page 2: PROCESSO CIVIL I PONTO 9 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

TEORIA GERAL DOS TEORIA GERAL DOS RECURSOSRECURSOS

Page 3: PROCESSO CIVIL I PONTO 9 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

Recurso é o mecanismo processual que Recurso é o mecanismo processual que visa a provocar um reexame da decisão visa a provocar um reexame da decisão judicial, antes do trânsito em julgado da judicial, antes do trânsito em julgado da sentença.sentença.

PORTANTOPORTANTO Ação rescisória não é recurso! Ação rescisória não é recurso!

MS não é recurso! MS não é recurso!   

Page 4: PROCESSO CIVIL I PONTO 9 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

EFEITOS DOS RECURSOSEFEITOS DOS RECURSOS

DEVOLUTIVODEVOLUTIVO ADIAMENTO DA COISA JULGADA E DEVOLUÇÃO AO ADIAMENTO DA COISA JULGADA E DEVOLUÇÃO AO

TRIBUNAL DA MATÉRIA IMPUGNADATRIBUNAL DA MATÉRIA IMPUGNADA SUSPENSIVO (NEM SEMPRE) – SUSPENSÃO DOS SUSPENSIVO (NEM SEMPRE) – SUSPENSÃO DOS

EFEITOS DA DECISÃOEFEITOS DA DECISÃO TRANSLATIVO -TRANSLATIVO -As questões de ordem publica pode ser As questões de ordem publica pode ser

apreciadas pelo órgão ad quem, mesmo que não tenha apreciadas pelo órgão ad quem, mesmo que não tenha este sido instigado a se pronunciar sobre este questão, este sido instigado a se pronunciar sobre este questão, mesmo que ainda não tenha sido analisada pelo tribunal mesmo que ainda não tenha sido analisada pelo tribunal a quo. DIVERGENCIA DOUTRINÁRIA. QUESTAO DO a quo. DIVERGENCIA DOUTRINÁRIA. QUESTAO DO TRANSITO EM JULGADO DOS CAPÍTULOS NAO TRANSITO EM JULGADO DOS CAPÍTULOS NAO IMPUGNADOS DA DECISÃOIMPUGNADOS DA DECISÃO

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PRINCÍPIOSPRINCÍPIOS

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃODUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO

TAXATIVIDADETAXATIVIDADE

UNIRECORRIBILIDADE E UNIRECORRIBILIDADE E FUNGIBILIDADEFUNGIBILIDADE

VOLUNTARIEDADEVOLUNTARIEDADE

PROIBIÇÃO DE REFORMATIO IN PEJUSPROIBIÇÃO DE REFORMATIO IN PEJUS

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DUPLO GRAU DE DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃOJURISDIÇÃO

O princípio do duplo grau de jurisdição O princípio do duplo grau de jurisdição não se encontra expresso no direito não se encontra expresso no direito constitucional legisladoconstitucional legislado, sendo realizadas , sendo realizadas diferentes construções doutrinárias para a diferentes construções doutrinárias para a inserção do instituto dentro do conteúdo inserção do instituto dentro do conteúdo dos princípios constitucionalmente dos princípios constitucionalmente assegurados.assegurados.

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PRINCIPIO DA TAXATIVIDADEPRINCIPIO DA TAXATIVIDADE

Princípio da taxatividade- os recursos se encontram Princípio da taxatividade- os recursos se encontram previstos em lei federal e apresentam rol exaustivoprevistos em lei federal e apresentam rol exaustivo

Art. 496. São cabíveis os seguintes recursos: I – Art. 496. São cabíveis os seguintes recursos: I – apelação;II - agravo; III - embargos infringentes;IV - apelação;II - agravo; III - embargos infringentes;IV - embargos de declaração;V - recurso ordinário;embargos de declaração;V - recurso ordinário;VVl - l - recurso especial; Vll - recurso extraordinário;  VIII - recurso especial; Vll - recurso extraordinário;  VIII - embargos de divergência em recurso especial e em embargos de divergência em recurso especial e em recurso extraordináriorecurso extraordinário

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UNIRECORRIBILIDADE X UNIRECORRIBILIDADE X FUNGIBILIDADEFUNGIBILIDADE

Princípios da unirrecorribilidade ou unicidade do recurso- cada decisão do Princípios da unirrecorribilidade ou unicidade do recurso- cada decisão do juízo a quo demanda somente um tipo de recurso. Princípio da fungibilidade juízo a quo demanda somente um tipo de recurso. Princípio da fungibilidade recursal- se liga ao anteriores, pois apesar de haver somente um recurso recursal- se liga ao anteriores, pois apesar de haver somente um recurso cabível de acordo com a decisão, há situações de zona cinzenta, nas quais cabível de acordo com a decisão, há situações de zona cinzenta, nas quais é compreensível o erro, porém desde que este não seja grosseiro, haja é compreensível o erro, porém desde que este não seja grosseiro, haja uma dúvida objetiva e esteja dentro do prazo. uma dúvida objetiva e esteja dentro do prazo.

Page 9: PROCESSO CIVIL I PONTO 9 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

vedação à reformatio in peJus- o vedação à reformatio in peJus- o recorrente não pode ter sua situação recorrente não pode ter sua situação piorada pela interposição do recurso, e piorada pela interposição do recurso, e exatamente por isso é que um dos exatamente por isso é que um dos requisitos para se ter a possibilidade de requisitos para se ter a possibilidade de recorrer é ser sucumbente. recorrer é ser sucumbente.

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PRESSUPOSTOS PRESSUPOSTOS RECURSAISRECURSAIS

SUBJETIVOS – relativos à pessoa do SUBJETIVOS – relativos à pessoa do recorrenterecorrente

OBJETIVOS – aspectos extrínsecos dos OBJETIVOS – aspectos extrínsecos dos recursosrecursos

Page 11: PROCESSO CIVIL I PONTO 9 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

PRESSUPOSTOS PRESSUPOSTOS SUBJETIVOSSUBJETIVOS

LEGITIMIDADELEGITIMIDADE

CAPACIDADECAPACIDADE

INTERESSE JURÍDICOINTERESSE JURÍDICO

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LEGITIMIDADELEGITIMIDADE

O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público. terceiro prejudicado e pelo Ministério Público.

Cumpre ao terceiro demonstrar o nexo de Cumpre ao terceiro demonstrar o nexo de interdependência entre o seu interesse de intervir e a interdependência entre o seu interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial.relação jurídica submetida à apreciação judicial.

   O Ministério Público tem legitimidade para recorrer tanto O Ministério Público tem legitimidade para recorrer tanto

nos processos em que for parte como também naqueles nos processos em que for parte como também naqueles em que atuou como fiscal da lei. em que atuou como fiscal da lei.

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CAPACIDADECAPACIDADE

CAPACIDADE - O recorrente tem que CAPACIDADE - O recorrente tem que ser capaz no momento da interposição do ser capaz no momento da interposição do recurso. Poderia ser capaz o momento da recurso. Poderia ser capaz o momento da inicial ou contestação e perder a inicial ou contestação e perder a capacidadecapacidade

Page 14: PROCESSO CIVIL I PONTO 9 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

INTERESSE JURÍDICOINTERESSE JURÍDICO

INTERESSE - Necessidade e utilidade do INTERESSE - Necessidade e utilidade do provimento jurisdicionalprovimento jurisdicional

A parte que perde a preliminar, mas vence A parte que perde a preliminar, mas vence no mérito, tem interesse em recorrer?no mérito, tem interesse em recorrer?

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INTERESSE JURÍDICOINTERESSE JURÍDICO

Não se pode recorrer apenas para discutir Não se pode recorrer apenas para discutir o fundamento da decisão, a exceção dos o fundamento da decisão, a exceção dos casos em que a coisa julgada é secudum casos em que a coisa julgada é secudum eventum probationis (pois se a eventum probationis (pois se a improcedência for por inexistência do improcedência for por inexistência do direito, há coisa julgada. Se por direito, há coisa julgada. Se por inexistência de provas, não)inexistência de provas, não)

Page 16: PROCESSO CIVIL I PONTO 9 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

PRESSUPOSTOS OBJETIVOSPRESSUPOSTOS OBJETIVOS

INEXISTÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO INEXISTÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO OU EXTINTIVO DO PODER DE OU EXTINTIVO DO PODER DE RECORRERRECORRER

TEMPESTIVIDADETEMPESTIVIDADE REGULARIDADE FORMALREGULARIDADE FORMAL PREPAROPREPARO

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INEXISTÊNCIA DE FATO INEXISTÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO OU EXTINTIVO DO IMPEDITIVO OU EXTINTIVO DO

PODER DE RECORRERPODER DE RECORRER

Há requisitos negativos de admissibilidade Há requisitos negativos de admissibilidade do recurso: fatos que não podem ocorrer do recurso: fatos que não podem ocorrer para que o recurso seja admissível. para que o recurso seja admissível.

Ex. Fato impeditivo: preclusão lógicaEx. Fato impeditivo: preclusão lógica Ex. Fato Extintivo: renúncia do direito de Ex. Fato Extintivo: renúncia do direito de

recorrerrecorrer

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Art. 503. A parte, que aceitar expressa ou Art. 503. A parte, que aceitar expressa ou tacitamente a sentença ou a decisão, não tacitamente a sentença ou a decisão, não poderá recorrer.poderá recorrer.

Parágrafo único. Considera-se aceitação Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem reserva alguma, de tácita a prática, sem reserva alguma, de um ato incompatível com a vontade de um ato incompatível com a vontade de recorrer.recorrer.

Page 19: PROCESSO CIVIL I PONTO 9 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

Art. 501. O recorrente poderá, a qualquer Art. 501. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.dos litisconsortes, desistir do recurso.

Art. 502. A renúncia ao direito de recorrer Art. 502. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.independe da aceitação da outra parte.

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TEMPESTIVIDADETEMPESTIVIDADE

De acordo com o art. 506, CPC, o prazo para a De acordo com o art. 506, CPC, o prazo para a interposição do recurso contar-se-á da data:interposição do recurso contar-se-á da data:

   I - I - da leitura da sentença em audiência;da leitura da sentença em audiência; II - II - da intimação às partes, quando a sentença não da intimação às partes, quando a sentença não

for proferida em audiência;for proferida em audiência; III - III - da publicação da súmula do acórdão no órgão da publicação da súmula do acórdão no órgão

oficial.oficial.   

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PRAZOPRAZO

na apelação, nos embargos infringentes, na apelação, nos embargos infringentes, no recurso ordinário, no recurso especial, no recurso ordinário, no recurso especial, no recurso extraordinário e nos embargos no recurso extraordinário e nos embargos de divergência, o prazo para interpor e de divergência, o prazo para interpor e para responder é de 15 dias para responder é de 15 dias

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REGULARIDADE FORMALREGULARIDADE FORMAL

ADEQUAÇÃO OU CABIMENTO - O ato deve ADEQUAÇÃO OU CABIMENTO - O ato deve ensejar o apelo escolhido pelo recorrente.ensejar o apelo escolhido pelo recorrente.

Preenchimento dos requisitos formais.Preenchimento dos requisitos formais. Art. 504. Dos despachos não cabe recurso. Art. 504. Dos despachos não cabe recurso. Art. 505. A sentença pode ser impugnada no Art. 505. A sentença pode ser impugnada no

todo ou em parte.todo ou em parte. DECISOES INTERLOCUTÓRIAS VIA AGRAVODECISOES INTERLOCUTÓRIAS VIA AGRAVO

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PREPAROPREPARO

PAGAMENTO DE CUSTASPAGAMENTO DE CUSTAS Art. 511. No ato de interposição do recurso, o recorrente Art. 511. No ato de interposição do recurso, o recorrente

comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção. retorno, sob pena de deserção.

§ 1§ 1oo São dispensados de preparo os recursos interpostos São dispensados de preparo os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelos Estados e pelo Ministério Público, pela União, pelos Estados e Municípios e respectivas autarquias, e pelos que gozam Municípios e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal. de isenção legal.

§ 2§ 2oo   A insuficiência no valor do preparo implicará   A insuficiência no valor do preparo implicará deserção, se o recorrente, intimado, não vier a supri-lo no deserção, se o recorrente, intimado, não vier a supri-lo no prazo de cinco dias. prazo de cinco dias.

Page 24: PROCESSO CIVIL I PONTO 9 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

RECURSO ADESIVORECURSO ADESIVO Art. 500. Cada parte interporá o recurso, independentemente, no Art. 500. Cada parte interporá o recurso, independentemente, no

prazo e observadas as exigências legais. Sendo, porém, vencidos prazo e observadas as exigências legais. Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso a outra parte. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal e se rege pelas disposições seguintesprincipal e se rege pelas disposições seguintes

I - será interposto perante a autoridade competente para admitir o I - será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no prazo de que a parte dispõe para responder; recurso principal, no prazo de que a parte dispõe para responder;

II - será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no II - será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extraordinário e no recurso especial; recurso extraordinário e no recurso especial;

III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado inadmissível ou deserto. ou se for ele declarado inadmissível ou deserto.

Parágrafo único. Ao recurso adesivo se aplicam as mesmas regras Parágrafo único. Ao recurso adesivo se aplicam as mesmas regras do recurso independente, quanto às condições de admissibilidade, do recurso independente, quanto às condições de admissibilidade, preparo e julgamento no tribunal superiorpreparo e julgamento no tribunal superior