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Procedimentos metodológicos em pesquisa: a importância do trabalho de campo Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus Profº Esp. Ramon Oliveira Vasconcelos

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Procedimentos metodológicos em pesquisa: a importância do trabalho de campo

Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

Profº Esp. Ramon Oliveira Vasconcelos

Conhecimento científico x

senso comum

Definição clássica de conhecimento,

originada em Platão.

O conhecimento científico é

aquele que tenta

compreender o mundo

através de uma reflexão e

síntese filosófica, a partir de

análise de dados, e dessa

forma, exige um método

pelo qual o pesquisador

conduzirá sua análise

(JESUS, 2006, p. 04).

Conhecimento científico Limpa da mandioca, milho e feijão.

Foto: JESUS, 2006.

Como escolher um objeto de

pesquisa?

Todo trabalho de pesquisa requer

do estudioso grande leitura,

domínio e amadurecimento das

informações a serem impressas

em seu trabalho, como também, o

pesquisador utiliza-se de um

método, categorias e de

procedimentos metodológicos

para analisar o seu objeto de

estudo.

JESUS, 2006, P. 05. JESUS, 2006.

Objetivo Geral: Analisar a

organização, produção e a

reprodução das unidades

camponesas nos municípios de

Ribeirópolis e São Domingos,

Sergipe, a partir de uma

perspectiva não- capitalista,

(1975- 2005), porém integrada ao

sistema geral produtor de

mercadorias.

Objetivos Específicos: atualmente

recomenda-se 4 e no máximo 6.

No Brasil e em Sergipe já são muitos os estudos sobre o campesinato. Mas

os camponeses produtores de farinha de mandioca, ainda são pouco

estudados, em especial os de Ribeirópolis e São Domingos.

O referido trabalho justifica-se como contribuição para o entendimento das

relações comerciais estabelecidas entre o produtor e o consumidor na

aquisição dos produtos agrícolas, no município de Itabaiana. Busca-se

também, enfatizar as redes existentes para a concretização da

comercialização, na tentativa de provar a centralidade urbana e econômica,

em termos comerciais, que a cidade impõe, com lócus nos fluxos e frotas

de veículos; além de demonstrar uma relação campo-cidade complementar

no município, sendo forte com relação à produção e comercialização de

batata-doce e folhagens, principalmente.

Obs.: A escolha da categoria geográfica

está condicionada ao método e a linha

teórica.

Fonte: SANTOS e ANDRADE, 1998.

Espaço;

Região;

Território;

Paisagem;

Lugar;

Área;

Redes.

Métodos:

Fenomenológico-hermenêutico;

Dialético;

Hipotético-dedutivo.

Positivista;

Neopositivista;

Teorético Quantitativo;

Vertentes teóricas: Os estudos sobre o campesinato brasileiro

apresentam uma grande diversidade teórico-metodológica, mas que todos

eles têm uma característica em comum: a do avanço do capitalismo no

campo que processa a expropriação do trabalhador que se torna cada vez

mais desprovido dos meios de produção e da dependência exclusiva da venda da força de trabalho. (JESUS, 2006. p. 23)

1 - Levantamento e fichamento bibliográfico de livros, teses, dissertações,

periódicos, artigos, etc, com o objetivo de estudar a produção científica

acerca da questão camponesa;

2 - Coleta de dados no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE); INCRA, SEPLANTEC, ENDAGRO, EMBRAPA...;

3 - Pesquisa de campo, entre os meses de julho e agosto de 2005, quando

foram aplicados 50 questionários, 10 por povoado . Completando-se

também com a realização de visitas in loco às diversas unidades produtivas

familiares;

4 - Mapeamento do uso do solo; fotografamos a área de estudo, seus

cultivos, animais, tipos de moradias, etc;

5 - Levantamento quantitativo e qualitativo dos dados permitindo

identificar a vida cotidiana e os níveis de subordinação do campesinato.

Secretarias Municipais de Agricultura –

Informações gerais, projetos, etc.

Fábrica de empacotar farinha – São

Domingos-SE.

Foto: JESUS, 2006.

IBGE – Censos;

INCRA – Fichas cadastrais;

SEPLANTEC – Perfis

municipais;

EMBRAPA – Pesquisas;

ENDAGRO – Estrutura fundiária,

planos de ação dos municípios;

Sindicato dos Trabalhadores

Rurais – Informações com os

agricultores;

O caso da reportagem sobre a castanha de

caju no povoado Carrilho –Itabaina-SE.

Estrada de acesso ao povoado Milagres

– Ribeirópolis-SE, 2010.

Entrevistas e questionários:

aleatórios e direcionados.

Algumas dificuldades:

Propriedades sem moradores;

Estradas ruins;

Cachorros como cartão de visita;

As pessoas não confiam de

imediato nos pesquisadores.

Obs.: A desconfiança em quem

aparece na propriedade ocorre devido

aos roubos e golpes frequentes.

Castanha de caju

Povoado Carrilho –Itabaiana-SE, 2009.

Cachorro que faz a vigilância da propriedade.

Povoado Curralinho – Ribeirópolis-SE, 2010

Questões fechadas:

01. O informante é:

( ) Proprietário ( ) Parceiro ( ) Arrendatário ( ) ocupante

Questões óbvias:

Caso resida na propriedade, como é a casa?

- Paredes de: ( ) taipa ( ) tijolo ( ) bloco.

- Telhado de: ( ) palha ( ) telha

- Piso de: ( ) barro ( ) cimento ( ) cerâmica.

Questões abertas:

Qual a sua opinião sobre a existência de uma mini-fábrica para o beneficiamento da

castanha de caju? Vai melhorar a situação de vocês?

Quais os problemas encontrados com relação ao beneficiamento da castanha de

caju?

Fonte: Questionário sobre a Castanha de caju em Itabiana-SE, 2009.

Gravador e fitas (GPTMR). Aparelho utilizado para transcrever

entrevistas e questionários. (GPTMR).

Analise quantitativa Analise qualitativa

Aliado aos resultados práticos do

programa, o grande destaque fica por

conta do resgate de uma suposta

“identidade cidadã” proporcionada

pelo programa junto aos agricultores

familiares, como destaca um

entrevistado:

“No Pronaf B houve uma questão que

foi a cidadania deles que foi

resgatada, tem muita gente que não

passava na frente do banco. Hoje ele

chega, se senta e conversa com o

gerente. O PRONAF B trouxe essa

nova perspectiva”. Relatório, 2007.

Sítio do senhor Olavo no povoado

Pinhão – Ribeirópolis-SE, 2006. Espaços da casa de farinha

CASTRO, Iná Elias de. GOMES, Paulo César da Costa. Corrêa, Roberto Lobato (Org).

Geografia: conceitos e temas. 6ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

CARVALHO, Diana Mendonça de. Comercialização de Hortifrutigranjeiros em

Itabaiana. São Cristóvão:UFS/NPGEO, 2009 (Dissertação de Mestrado).

GONÇALVES, Hortência de Abreu. Manual de monografia, dissertação e tese. São Paulo:

Avercamp, 2004.

JESUS, Givaldo Santos de. Camponeses Órfãos: Farinheiros de Ribeirópolis e São

Domingos-SE. São Cristóvão: UFS/NPGEO, 2006 (Dissertação de Mestrado).

RIQUE, Lenyra. Do senso comum à geografia científica. São Paulo: Contexto, 2004.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. 2ª Ed. São Paulo: Cortez,

2004.

SPOSITO, Elias Savério. Geografia e Filosofia: contribuição para o ensino do

pensamento geográfico. São Paulo: Editora UNESP, 2004.

Obrigado!!