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Engenharia de Tráfego
Capítulo 8. Fluxo Descontínuo – Métodos Práticos de Análise 1
Procedimentos do HCM/2000
! procedimento para interseção com PARE simples (não DÊ PREFERÊNCIA) recomendações específicas para PARE múltiplo e para rotatórias.
! critério de nível de serviço é o atraso (de controle) médio (fórmula dinâmica) e avaliação da fila máxima esperada (com probabilidade de 95%) do HCM/97; Ver Tabela 17-2 e Figuras 17-20,19
! tem ajustes da brecha crítica e intervalo de seguimento do HCM/97 em função da composição de tráfego e declividade na via secundária, com valores de brechas mais homogêneos que no HCM/85 ( de 4,1 a 7,5 seg) sem considerar fatores locais (curvatura, visibilidade, população), Ver Tabela 17-5 e ajustes
! critério explícito de identificação de volumes conflitantes do HCM/97 mas fatores ponderadores (equivalentes) específicos para os diferentes fluxos prioritários. Ver Figura 17-4
! fórmula tradicional (poissoniana, discreta) de capacidade potencial (igual ao HCM/97, fluxos secundários e capacidades em veículos/hora!) Ver Figuras 17-6,7
! interferências consideradas como efeito adicional, igual ao HCM/97, em função da . hierarquia de prioridade dos movimentos, e . da razão Q/C dos movimentos interferentes . efeito da interação de interferências. Ver Figura 17-8
! procedimentos preliminares, iguais ao HCM/97, para avaliar o efeito da existência de aproximações alargadas (de comprimento reduzido) e de canteiros centrais amplos (que permitem manobras em etapas) e para avaliar o efeito de pelotões gerados por semáforos adjacentes. Ver Figura 17-17,18,10
! diferenças em relação ao HCM/97 apenas na estimativa da interferência de pedestres HCM/2000 usa fluxo horário em pelotões de pedestres (não em pedestres/hora) e na análise dos efeitos de pelotões induzidos por semáforos adjacentes.
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2 Capítulo 8. Fluxo Descontínuo – Métodos Práticos de Análise
TABELA 17-2. Nível de Serviço para Interseções com Sinalização de Prioridade (TWSC)-HCM/2000
Nível de Serviço Atraso Total Médio (seg/v)
A ≤10B >10 e ≤15
C >15 e ≤25
D >25 e ≤35
E >35 e ≤50
F >50
Obs: TWSC - controle de prioridade com PARE nas duas aproximações.
d d dc r s= + , d3600C
5segrm
= +~ por manobra ou d3600C
5segaa
= +~ média na
aproximação (ambos incluindo d ba = 5 seg de aceleração/desaceleração)
e dT4
(X 1) (X 1)8.k.XC.Ts
p 2
p
= − + − +
~ (sobre-atraso)
no HCM/2000: k = 1,0 e Tp = 900seg (15min) para X 0,90≤ (ou o período saturado)
utilizando-se ds calculado por manobra com XQCm
m
m
=~~
melhor: dQ comum com XQC
Q = Q e d p .dS
m a m mm
= =
∑ ∑
~~
~ ~ e [ ]d f Vba =
filas do percentil 95:
+−+−=
p
2p95 .TC~
24.X1)(X1)(X4.TC~
n (não superada 95% do tempo)
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Capítulo 8. Fluxo Descontínuo – Métodos Práticos de Análise 3
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4 Capítulo 8. Fluxo Descontínuo – Métodos Práticos de Análise
Parâmetros que Afetam Operação em Interseções com Sinalização de Prioridade
Símbolo Definição
Cm capacidade (efetiva) para a manobra m, em veq/h (cm)
Cp,m capacidade potencial para a manobra m, em veq/h (cp,x)
fm fator de ajustamento da capacidade (impedância) para a manobra m, Cm=fm.Cp,m
C capacidade de uma faixa com uso compartilhado, em veq/h (cSH)
p0,n probabilidade ausência de fila em um movimento interferente (p0,x)
CI,m capacidade potencial da etapa I para a manobra m, em veq/h (cI,x)
CII,m capacidade potencial da etapa II para a manobra m, em veq/h (cII,x)
CT,m capacidade potencial efetiva para a manobra m em etapas, em veq/h (cT,x)
VHm volume (demanda) para a manobra m, em veq/h, (Vx)
q m fluxo (demanda) para a manobra m, em veq/h, (vx)
Q fluxo total na faixa com uso compartilhado (vSH)
VH0,m volume conflitante para a manobra m, em v/h (Vc,x)
i índice de uma manobra de ordem de prioridade 1
j índice de uma manobra de ordem de prioridade 2
k índice de uma manobra de ordem de prioridade 3
l índice de uma manobra de ordem de prioridade 4
dm atraso médio para a manobra m, em seg. (dx)
D atraso médio para a faixa com uso compartilhado, em seg. (dSH)
N fila média para a faixa com uso compartilhado, em seg. (QSH)
Obs: Na notação do HCM/2000, o fluxo q é V
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a- se existir uma faixa de conversão à direita na via principal, q3 ou q6 não precisam ser considerado
b- se existir mais de uma faixa na via principal, o fluxo conflitante inclui somente o volume na faixa à direita, assumido como q2/N ou q5/N, onde N é o número de faixas diretas; pode ser especificado um valor distinto segundo a distribuição do fluxo entre faixas notado em campo
c- se a conversão à direita da via principal é separada por uma ilha de tráfego triangular e controlada por sinal PARE/DÊ PREFERÊNCIA, pode-se elimina q3 e q6 do fluxo conflitante;
d- se a conversão à direita da via principal é separada por uma ilha de tráfego triangular e controlada por sinal PARE/DÊ PREFERÊNCIA, deve-se elimina q9 e q12 do fluxo conflitante;
e- omitir q9 ou q12 se a via principal tem múltiplas faixas ou usar metade se a conversão à direita da via secundária é alargada; f- omitir a conversão à direita mais afastada q3 para o movimento 10 e q6 para o movimento 7 se a via principal tem múltiplas faixas.
Obs: Na notação do HCM/2000, o fluxo q é representado por V.
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6 Capítulo 8. Fluxo Descontínuo – Métodos Práticos de Análise
TABELA 17-5. Valores Básicos de Brecha Crítica ~tc e de Tempo de Seguimento ~tf para Interseções com TWSC-HCM/2000
Tipo de Manobra Brecha Crítica α (ts) Básica, seg. Tempo de Seguimento β (tf )
Via principal de 2 faixas (1 por sentido)
Via principal de 4 faixas (2 por sentido)
Básico, seg.
Conversão à esquerda (LT), Via Principal 4,1 4,1 2,2
Conversão à direita (RT), na Via Secundária 6,2 6,9 3,3
Cruzamento (TH), Via Secundária 6,5 6,5 4,0
Conversão à esquerda (LT), Via Secundária 7,1 7,5 3,5
TWSC - controle de prioridade com PARE apenas nas aproximações de uma das vias (via secundária).
ajuste: ETc,c,2ic,VPVPc,cc .i.pt~=)(t δδδδδδδδδδδδδδδδαααα −−++ e VPVPf,ff .pt~=)(t δδδδββββ + , onde
=VPc,δδδδ 1,0 seg.para via de 2 fxs (1/sentido) e 2,0 seg.para via de 4 fxs (2/sentido)
=ic,δδδδ 0,1 seg.para movimentos 9 e 12 e 0,2 seg.para movimentos 7, 8, 10 e 11
=c,2δδδδ 1,0 seg.(redução) para manobras em etapas (0 para manobras comuns)
=ETc,δδδδ 0,7 seg.(redução) para movimento 7 ou 10 em interseção em T
=VPf,δδδδ 0,9 seg.para via de 2 fxs (1/sentido) e 1,0 seg.para via de 4 fxs (2/sentido)
VPp é a proporção de veículos pesados e i é a declividade da via (+ é aclive)
Capacidade potencial: m0,/3600.qt
/3600.qt
mp, .qe1
eCm0,f
m0,c
−
−
−= para cada manobra m
curvas de capacidade para os valores básicos (potencial, sem interferências)
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Capítulo 8. Fluxo Descontínuo – Métodos Práticos de Análise 7
Obs: Na notação do HCM/2000, o fluxo oposto qom é vc,x, a brecha crítica α é tcr e a capacidade potencial ~,
Cp i
é cp,i.
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8 Capítulo 8. Fluxo Descontínuo – Métodos Práticos de Análise
Interferências entre movimentos secundários (Impedância): - interferência de pedestres: tempo de travessia
pp Vt l= ( l largura de faixa)
impedância 3600N.t1p p
pp0, −= ⇒ adicional às impedâncias veiculares
pN número de pedestres por pelotão (fluxo em pelotões/hora seria melhor)
- interferência com os movimentos principais (sem baias)
~ ~~~
~~C f S, f p 1
X1 y y
, X =QC
, yQSi j j 0, j
* L
T,L R,L= ⋅ = = −
− −= (faixa L esquerda)
p/ L = 1: T = 2; R = 3; p/L = 4: T = 5, R = 6 p/ T, R, ~ ~C Si ≅ sem interferências
atraso ( ) ( )d 1 p .d N 1
1 pN
.dq
q qN > 1i 0, j
*L
0, j*
LT,L
T,L R,L
= − =−
+ , para , ou , .
- interferência entre movimentos secundários:
~C m,j = fj.~C p,j f pj 0,p
p= ∏ j = 1, 4, 9, 12 (sem interferência veicular)
p/ j=1, p=16, p/ j=4, p=15, p/ j=9, p=15,14, p/ j=12, p=16,13
~C m,k = fk.~C p,k , f p . p p 1
qCk 0, j
j0,p
p0, j
j
mj= = −∏ ∏ com
~~
p/ k=8,11 , j=1,4 e p=15,16 (p/ ambos)
~C m,l = fl.~C p,l , f p .p . p , p p -
pp + 3
+ 0,6. p , p p .fl 0, j k 0,pp
0,k k= ′ ′ = ′′′′
′′′′ ′ ′ =∏ 0 65, .
p/ l=7, k=11, j=12 e p=15,13 p/ l=10, k=8; j=9 e p=16,14
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Capítulo 8. Fluxo Descontínuo – Métodos Práticos de Análise 9
Casos Especiais: - manobras realizadas em 2 etapas:
( ) ( ) ( )( )Ca
y 1. y. y 1 . C q y 1 .CT m 1
mII E m=
−− − + −+
(ou ( )( )Ca
m 1. m. C q CT II E m=
+− + se
y 1= ), onde a 1 0,32.e 1,3. m= − − e
yC C
C q CI m
II E m=
−− −
, m é o número de
posições no canteiro, CT é a capacidade potencial, em 2 etapas Cm é a capacidade potencial em 1 etapa CI é a capacidade potencial da etapa I CII é a capacidade potencial da etapa II
(avaliação por manobra m)
- aproximações alargadas:
( )C C C C .n
nT 1 2 1max
= + − onde
n é o número de posições no trecho com alargamento (fora da faixa) n max é número de posições que permite a eficiência máxima, calculado pela fila (média) formada no alargamento:
n max q3600.dmax =
+
1 para os
fluxos secundários
C1 é a capacidade na faixa normal
C2 a capacidade com alargamento
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10 Capítulo 8. Fluxo Descontínuo – Métodos Práticos de Análise
- efeito dos pelotões (semáforos a menos de 400 metros)
- progressão no fluxo principal i:
u
prpr,i q
qf = (direto e/ou conversão
esquerda em estágio exclusivo) - tempo de dissipação da fila (anterior):
uu
us qS
.rqg
−= (ou sgsr ggg += )
- fator de dispersão de pelotões:
F1
1 . . t=
+ β γ, β
γ=
+1
1,
prVLt =
com γ da Tabela 17-13 - fluxo no pelotão (na interseção): ( )( )sg
uprmax F11..Sfq −−= e
v/h1000.N)t(
Nqc
min ≈α
≥
- tempo bloqueado pelo pelotão: se minupr qS.f ≤ ou mimmax qq ≤ , 0t p =
senão, se minpupr q.R.qf ≥ , max
prcp q
q.tt =
senão t gp s= − δ, com
( )F1ln
.R.qfq
.R.qfq.Sf
q1ln
puprmin
puprmax
upr
u
−
−−
−
=δ
- proporção do tempo bloqueado i:
c
pLpTbi t
ttp
+= (direto e conversão)
- capacidade ajustada por manobra m:
( )
0≥−−
=a
ba00a p
.Sp1qq , [ ]0aaa q.CpC =
Tabela 17-13.Fator de Dispersão de Pelotão( γ )
tipo de no.de faixas diretas
divisão N=1 N=2 N=3
sem divisão 0,55 0,50 0,40
canteiro 0,45 0,40 0,35
TWLTL(*) 0,40 0,35 0,30
*TWLTL: faixa de conversão à esquerda nos 2 sentidos
Tabela 17-15.Proporção do Tempo por Regime
normal* Restringido
P1 ( )1- p pdom sub+ 2 0
P2 ( )2pp subdom − subp1−
P3 2psub domp1−
P4 2psub 1pp subdom −+
Tabela 17-16. Proporção bloqueada por manobra
n o r m a l * Restringido
p a 1 1 p5− 1 p5−
p a 4 1 p2− 1 p2−
p a 7 ( )1- p pdom sub+ 2 0
p a 8 ( )1- p pdom sub+ 2 0
p a 9 1 p2− 1 p2−
p a 1 0 ( )1- p pdom sub+ 2 0
p a 1 1 ( )1- p pdom sub+ 2 0
p a 1 2 1 p5− 1 p5−
* operação normal se p p 1dom sub+ ≤2 (caso contrário, operação restringida) { }p max p , pdom 2 5= , { }p min p , psub 2 5=
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Capítulo 8. Fluxo Descontínuo – Métodos Práticos de Análise 11
- recomendações específicas para rotatórias convencionais:
- recomendações específicas para PARE múltiplo:
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12 Capítulo 8. Fluxo Descontínuo – Métodos Práticos de Análise
Comentários sobre os procedimentos do HCM/2000
! diferenças entre o HCM/2000 e o HCM/97 são muito pequenas;
! HCM/2000 considera interação das interferências e na via principal do HCM/97;
! HCM/2000 usa métodos preliminares para manobras em etapas do HCM/97;
! HCM/2000 usa métodos preliminares para aproximações alargadas do HCM/97;
! HCM/2000 usa métodos preliminares para efeito de pelotões do HCM/97;
! HCM/2000 usa critério direto de nível de serviço do HCM/97;
! HCM/2000 estima filas máximas (probabilidade de 95%) como no HCM/97;
! HCM/2000 também despreza restrições de visibilidade, raio de giro...;
! HCM/2000 calcula atraso de fila como atraso específico como o HCM/97;
! movimentos conflitantes em fluxo ponderado (muito conservativo) do HCM/97;
! procedimentos preliminares (etapas, alargamento, pelotões) ainda não validados;
! tratamento de fluxos de pedestres ainda preliminar (pequena alteração ao HCM/97);
! também despreza relação entre brecha requerida e aceita.
VER EXERCÍCIO HCM2000-NÃO SEMAFORIZADA