prÓ-reitoria de extensÃo e assuntos estudantis - … · 2.15 utilização de slides em powerpoint...

104
1

Upload: leduong

Post on 09-Nov-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

2

PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E ASSUNTOS ESTUDANTIS - PROEXAE

COORDENAÇÃO DE EXTENSÃO

Gustavo Pereira da Costa

Reitor

Walter Cannales Sant’ana

Vice-Reitor

Porfírio Candanedo Guerra

Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Estudantis e da Comunidade

Marcelo Cheche Galves

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação

Andrea de Araújo

Pró-Reitora de Graduação

Antonio Roberto Coelho Serra

Pró-Reitor de Planejamento

Gilson Martins Mendonça

Pró-Reitor de Administração

Ariadne Enes Rocha

Coordenadora de Extensão

Márcia Cristiane Matos

Divisão de Acompanhamento de Projetos

Fernando César dos Santos

Divisão de Cursos de Extensão

Cibelle Margarone Lopes

Secretaria da Coordenadoria de Extensão

Geusa Fonseca Dourado

Assessora da Coordenação de Extensão

3

APRESENTAÇÃO

A Jornada de Extensão Universitária é um evento anual promovido pela PROEXAE, no

qual são apresentados os resultados obtidos na realização de projetos de extensão que

envolvem docentes e discentes do PIBEX, sendo obrigatória a participação de todos. Nela

é concedida premiação aos melhores projetos desenvolvidos no período.

A partir da década de 80 a Extensão Universitária passou a ser considerada como

“processo educativo, cultural e científico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma

indissociável e viabiliza a relação transformadora entre Universidade e sociedade”

(Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileira,

1987), dessa forma, sua função básica é produzir e socializar conhecimentos tendo como

objetivo intervir na realidade, possibilitando ações coletivas que envolvam a

Universidade e a comunidade em que está inserida.

Na Universidade Estadual do Maranhão, a Extensão Universitária tem efetivado sua

prática por meio de ações que envolvem programas, projetos, cursos e eventos. Com o

intuito de institucionalizar as ações, a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis

implantou no ano de 2008 o Programa Institucional de Bolsa de Extensão – PIBEX

(Resolução nº 757/2006-CEPE/UEMA) com o objetivo de incentivar a participação de

alunos da instituição em programas e projetos de extensão, como forma de contribuir para

a sua formação acadêmica e profissional.

Na vigência entre os anos de 2010-2011 foram ofertadas 100 bolsas de extensão PIBEX,

em 2011-2012 com 100 bolsas, 2012-2013 com 150 bolsas, 2013-2014 com 122 bolsas,

2014-2015 com 150 bolsas e 2015-2016 com 180 bolsas, e para a vigência de 2016-2017

serão ofertadas 240 bolsas. Os projetos vigentes (2015-2016) estão sendo executados em

14 centros da Universidade Estadual do Maranhão distribuídos em 11 municípios.

O referido Programa finaliza-se com o evento denominado Jornada de Extensão

Universitária, que neste ano de 2016 a PROEXAE/UEMA promove a sua 9ª edição com

a temática “Interação do saber local e científico”.

O 9ª JOEX surge como ação afirmativa de que a extensão é o mecanismo por meio do

qual se estabelece a inter-relação da Universidade com os outros setores da sociedade,

com vistas a uma atuação transformadora, voltada para os interesses e necessidades da

maioria da população e propiciadora do desenvolvimento social e regional, permitindo as

inclusões sociais, assim como para o aprimoramento das políticas públicas por meio de

um raciocínio dialético, inclusivo, interprofissional e interdisciplinar em um processo

estruturado (ensino- pesquisa-extensão). A expectativa é de que, com esta ação, a

Extensão Universitária contribua para o processo de melhoria contínua do Estado, uma

comunidade de destino, ou de melhoria da polis, a comunidade política. Nesse sentido, a

promoção de impacto e transformação sociais imprime à Extensão Universitária um

caráter essencialmente político e ético.

É importante ter clareza de que não é apenas sobre a sociedade que se almeja produzir

impacto e transformação com a Extensão Universitária, mas a visão da UEMA, enquanto

parte da sociedade, deve também sofrer impacto, ser transformada. Nessa nova edição

está previsto a execução da 9º JOEX nos municípios de Caxias. Imperatriz e São Luís, no

período de 19 a 20 de outubro de 2016, com ações a serem desenvolvidas nos campi da

UEMA e em escolas públicas e privadas do Maranhão, como finalidade de difundir os

trabalhos de extensão além da Comunidade Uemiana, através do projeto UEMA NA

ESCOLA que ocorrerá entre os dias 10 e 17 de outubro.

4

SUMÁRIO

ÁREAS TEMÁTICAS

1. Cultura.........................................................................................................................6

1.2 A Interdisciplinaridade Através do Cinema................................................................7

2. Educação.....................................................................................................................10

2.1 Oficinas de Leitura, letramento e escrita na perspectiva de

gênero..............................................................................................................................11

2.2 UEMA LETRADA: A leitura em movimento............................................................14

2.3 Medidas Educativas Para A Criação Racional De Suínos Nativos Em Unidades

Familiares Na Baixada Maranhense.................................................................................16

2.4 Ler Para Mais Aprender.............................................................................................19

2.5 Ensinar Geografia Brincando na Educaçâo Infantil: Oficina de Brinquedos,

Brincadeiras e Jogos no Eixo Temático Natureza e Sociedade.........................................23

2.6 A escrita cientifica no Ensino Médio: Saberes Necessários à Produção Textual e

Normalização dos Trabalhos Escolares............................................................................29

2.7 Capacitação de professores indígenas para produção de material paradidático nas

escolas da terra indígena Rio Pindaré, Bom Jardim – MA................................................32

2.8 Teatro do Oprimido Infanto-Juvenil...........................................................................36

2.9 Geografia Proativa na Infância e Adolescência em Imperatriz -MA...........................39

2.10 Leitura da Vida.........................................................................................................42

2.11 Educação Sexual na Escola......................................................................................45

2. 12 Contadores de Fábulas: Um Incentivo Leitura 5° Ano do Ensino Fundamental da

Escola Municipal Pe. Cícero............................................................................................47

2.13 Identidade E Gênero: A Intervenção Comunitária para a Violência Contra a Mulher

no Âmbito Familiar..........................................................................................................49

2.14 Narrando, Encantando e Conhecendo Escritores

Maranhenses....................................................................................................................54

2.15 Utilização de Slides em PowerPoint como Subsidiadores do Ensino de Botânica em

Escolas do Ensino Médio de Caxias, Maranhão,

Brasil...............................................................................................................................56

5

2.16 O desenvolvimento cognitivo da criança através da

música..............................................................................................................................61

3. Meio Ambiente...........................................................................................................64

3.1 O fantástico mundo dos insetos: Importância econômica, Ambiental e Saúde

Pública............................................................................................................................65

3.2 Manejo de Pastagem Ecológica: Diagnóstico e Divulgação da Técnica Na Região

Tocantina do Estado do Maranhão...................................................................................70

3.3 Educação Ambiental: uma proposta para preservação do Rio Mearim, Bacabal –

Maranhão.........................................................................................................................74

4. Saúde...........................................................................................................................79

4.1 Rede Cegonha: Prmoção Da Saúde E Atenção Humanizada No Ciclo Grávido-

Puerperal..........................................................................................................................80

4.2 Abordagem e aplicação de hábitos de higiene na educação

infantil..............................................................................................................................83

4.3 Análise da cobertura do rastreamento populacional do câncer do colo do útero e da

mama em uma área rural de Caxias – MA....................................................................... 85

5. Trabalho.....................................................................................................................91

5.1 Automação Laboratorial de Física com arduíno.........................................................92

6.Tecnologia................................................................................................................... 89

6.1 Orientação Aos Profissionais E Estudantes Da Medicina Veterinária Campus

Imperatriz/Uema, Sobre Medidas De Urgências E Emergências Em Cães E Gatos Através

Da Utilização De Um Aplicativo Móvel..........................................................................95

6.2 Energia alternativa e aplicações, além dos muros da

UEMA...........................................................................................................................100

6

CULTURA

7

A INTERDISCIPLINARIDADE ATRAVÉS DO CINEMA.

Carlos Eduardo de Freitas Nogueira1, Marcos Roberto Alves Oliveira 3 .

A escola brasileira carrega consigo desde os tempos remotos o ranço do autoritarismo, da

centralização do saber e das ações apenas no professor, tendo o aluno todas as suas

subjetividades e apreensões subjugadas e vistas como questões menores, sem relevância,

pois a visão era de que o aluno nada sabia que tudo precisava ser compreendido e

explanado pelo mestre, o professor. O foco não era no aprendizado do aluno, a sua

significação, a sua identidade, mas sim na maneira como o professor iria ensinar. Neste

sentido, as escolas podem e devem buscar formas, meios que possibilitem um

aprendizado mais significativo, que prenda atenção em sala de aula, que facilite a

compreensão da teoria explanada em sala de aula... Tais questões serão em grande parte

sanadas com o uso do Cinema nas aulas, que com total certeza contribui para o

fortalecimento do conteúdo do professor, além de despertar nos alunos, situações que a

aula tradicional (livro e quadro) não despertaria: questionamentos, opiniões de alunos que

nem são tão de falar, aguçamento do senso critico e senso problematizador. Vivemos na

era tecnológica, das chamadas TI (Tecnologias da Informação), que mais uma vez

encontra grande resistência da escola, pois a mesma nunca se preparou para tais

mudanças, evidenciando ainda mais o seu estilo conservador (por mais que não seja

claramente). O cinema, por meio de vídeos transmitidos em data show ou aparelho de

DVD, são exemplos claros de que o recurso audiovisual (mais precisamente cinema)

proporciona grandes mudanças no comportamento e interesse dos alunos. Com a presente

pesquisa tem-se como objetivo principal, inserir a arte do cinema no processo de ensino-

aprendizagem por meio de uma visão multidisciplinar como um meio de aproximar o

público estudantil da narrativa audiovisual, tendo ainda os objetivos específicos:

Oportunizar aos educandos o acesso ao conhecimento da linguagem audiovisual;

Apresentar o Cinema aos estudantes como sendo uma fonte de cultura e agente

transmissor de conhecimento; Desenvolver a partir do gosto pelo cinema, o senso crítico,

estético e cultural sobre nossa localidade, nosso país e o mundo de modo geral. O projeto

“A INTERDISCIPLINARIDADE ATRAVÉS DO CINEMA” foi desenvolvido em

escolas da segunda fase do ensino fundamental, ou seja, do 6º ao 9º ano. O mesmo foi

executado em 03 (três) etapas, sendo elas: (1) o agendamento e a preparação para a

8

exibição dos filmes nas escolas; (2) A Arrumação da sala de aula para a projeção de filmes

via DVD´s; (3) O desenvolvimento de ações e trabalhos diversos, que ocorrerão

posteriormente a sessão cinematográfica. A escolha dos filmes foi realizada de maneira

previa com o apoio do coordenador do projeto e professores da escola alvo. Os filmes

foram totalmente alinhados aos conteúdos ministrados em sala de aula, além de estar

adequada a faixa etária das crianças. Os encontros com os professores da turma ocorrem

uma semana antes da exibição dos filmes, sendo que cada dia da semana é dedicado a

uma turma diferente (tanto no aspecto de planejamento ou de exibição dos filmes). Com

o desenvolvimento do Projeto, foram obtendo-se os resultados: Ao longo de 12 meses o

projeto a “A INTERDISCIPLINARIDADE DO CINEMA” foi desenvolvido na escola

da Rede Pública de Ensino: A U.E. Prof.ª Antônia Diva, escola escolhida de modo

preferencial, por estar entre as dez que possui índices altos de evasão. A escola não

possuía uma estrutura adequada para o processo de ensino aprendizado (nem dispunham

de materiais que auxiliassem o professor durante as aulas). As aulas resumiam-se ao uso

do quadro e livro didático (isso quando os alunos levavam), sendo que em algumas aulas,

os professores produziam cartazes e levavam para a sala, a fim de tentar facilitar a

compreensão dos alunos. Depois de analisado, debatido com a equipe da escola em

questão, o projeto foi aceito, tendo início de fato a sua realização. A primeira grande

mudança foi o retorno dos alunos que pouco assistia às aulas (os mesmos, ao saberem do

início das sessões na escola, começaram a retornar às salas de aulas). A preparação das

sessões ocorria juntamente com o professor da sala e a equipe pedagógica da escola, de

modo prévio, analisando o conteúdo da semana e adequando a sessão a aquela situação.

Tal precaução foi necessária, evitando que o intuito do projeto não fosse desvirtuado,

causando ainda mais dificuldades aos professores e principalmente aos alunos. No

decorrer das sessões, os alunos começaram a demonstrar maior senso crítico, muitas vezes

para além das discussões feitas em sala relacionadas ao filme ou ao conteúdo. Questões

ligadas ao momento atual do país, a questões econômicas, políticas, enfim, uma variedade

de assuntos eram postos em discussão e debatidos de modo contundente pelos alunos.

Esse senso crítico alastrou-se ainda para questões tangentes à própria escola: a merenda

escolar, os livros didáticos, até mesmo os recursos que a escola obtinha. “Alunos que

estavam em total conforto, apenas assistindo meras aulas, passam a ir além, a

problematizar os conteúdos, a relaciona-los a outras questões, a discutir entre si, e a buscar

a inquietude”, fala de uma professora nos meses finais do projeto. Outro aspecto que

merece destaque e sofreu grande mudança, refere-se ao modo como os professores se

9

relacionavam com as ferramentas tecnológicas: apenas uma professora tinha pleno

entendimento e facilidade em utilizar recursos tecnológicos (DVD, DATA SHOW,

NOTEBOOK e etc) enquanto os demais não tinham familiaridade com tais recursos. Ao

longo do projeto, professores solicitaram ajuda para manusear os matérias. No final do

projeto, TODOS os professores já sabiam pelo menos o básico (ligar, desligar, inserir um

DVD e demais funções).Diversos resultados foram aqui elencados, mas um dos principais

ainda não: a mudança significativa no rendimento escolar dos alunos. Constatou-se que

70 % dos alunos obtiveram excelente desempenho nas provas, trabalhos e demais

atividades desenvolvidas em sala de aula. Um salto enorme que apenas demonstra a

importância que o recurso audiovisual tem e pode proporcionar durante as aulas. O

cinema como ferramenta interdisciplinar, possibilitou mudanças concretas e benéficas à

realidade da escola trabalhada. Conclui-se que ao longo do projeto ficou evidente o

quanto o Cinema é importante recurso metodológico e interdisciplinar, capaz de melhorar

de forma significativa a relação entre ensino e aprendizagem, tornando as relações mais

significativas e com resultados maravilhosos. Os alunos saíram da zona de conforto,

passaram a raciocinar mais, a relacionar e a estabelecer relações temporais a medida que

foram assistindo as sessões de filmes. Todo um contexto foi transformado, até mesmo os

próprios professores mudaram significativamente suas práticas, tornando-as mais

atrativas para os seus alunos. Podemos afirmar então que o uso do cinema como recurso

interdisciplinar possibilitou uma serie de transformações significativas e contundentes

dentro da escola alvo do projeto. Saiu-se das quatro paredes da sala de aula, e passou-se

a ir mais longe...a buscar o conhecimento de forma clara, consciente e feliz.

1 Pedagogia, Timon, UEMA, [email protected]

3 Mestre, Pedagogia, Pedagogia, UEMA

10

EDUCAÇÃO

11

OFICINAS DE LEITURA, LETRAMENTO E ESCRITA NA PERSPECTIVA DE

GÊNERO

Rebecca Rocha Baldez1, Edimara Sales Cordeiro 2, Neuzeli Maria de Almeida

PintoJosé Nélo 3

Apresentam-se, neste resumo, os resultados almejados durante todo o período de

aplicação do projeto ‘’Oficinas de leitura, letramento e escrita na perspectiva de

gênero’’ que fora realizado no Centro de Ensino Menino Jesus de Praga e teve por

finalidade analisar, nos manuais didáticos do ensino médio, os interdiscursos

presentes nos gêneros textuais para alunos do 1º e 2º ano do ensino médio, por meio

da realização de oficinas de leitura, letramento e produções de texto acerca dos

gêneros (paródia/carta), e, por conseguinte as estratégias usadas pelos autores dos

manuais didáticos quanto às organizações desses gêneros, propostas de atividades, de

reflexões e discussões, tal como as intersecções entre os gêneros textuais e a maneira

que estes são expressos e inseridos no ensino de Língua Portuguesa – LP,

principalmente no que se refere às práticas de leitura e escrita. No manual didático

podemos encontrar uma grande concentração de gêneros textuais, na maior parte

todas são acompanhadas de exercícios e atividades relativos à compreensão textual, à

análise linguística e à produção de textos do respectivo gênero. Então se fez

indispensável avaliar, primeiramente, como se dá a composição do gênero textual

paródia e carta nos livros didáticos – LDs de uma coletânea direcionada ao Ensino

Médio, Português: linguagens. Tem-se como fundamentação os preceitos da

Linguística Textual – LT, da Análise Crítica do Discurso – ACD, com vertente

sociocognitiva, como também as propostas teóricas relativas aos gêneros textuais e

ao ensino de Língua Portuguesa. O objetivo principal do projeto encontrava-se em

contribuir com ensino de leitura e produção textual em Língua Portuguesa,

considerando a elaboração de um conjunto de ideias para a prática pedagógica de

produção textual do gênero. Relacionando também o ensino do gênero textual

(paródia), atrelado ao projeto da escola ‘’Formação do povo caxiense’’, ou seja, de

práticas sociais. E poder examinar de que forma os alunos compreendem e identificam

o gênero paródia em relação a outros gêneros textuais, analisando a ampliação de

competências dos alunos nas reflexões de leitura e de escrita acerca do gênero textual

12

estudado. Os métodos utilizados para a aplicação do projeto na escola se deu por meio

de discussões sobre a temática com professores, alunos e apresentação em eventos e

na própria escola (CE Menino Jesus de Praga), leitura e resumos, seleção de gêneros

textuais nos LDs – PNLD: “Português: língua e cultura” (2013) e “Português:

linguagens” (2013), compilação e análise de gêneros textuais (paródia/carta). As

metas previstas foram alcançadas, pois leituras e produções de escritas foram

adequadas para envolver a participação dos alunos, de forma que estes se sentiram

lisonjeados em participar de eventos externos como semana de ciência tecnologia e

semana de Letras. Assim, pode-se afirmar que foi obtido êxito com o projeto, pois os

alunos do ensino médio tiveram mais desempenho na produção de leitura e escrita na

disciplina de língua portuguesa. Foi verificado que os alunos demonstraram maior

interesse nas aulas e também na realização de leituras, atividades, redações, entre

outras propostas didáticas oferecidas. A utilização dos gêneros textuais em sala de

aula é de extrema importância, pois é uma maneira de atribuição do ensino de Língua

Portuguesa, com a intenção de mostrar que o aprendizado da Língua Portuguesa está

internamente ligado com um ensino produtivo. E por esse motivo, se estabelece em

um trabalho organizado entre três práticas pedagógicas que são inseparáveis e

dependentes umas das outras – a prática de leitura, a prática de produção textual e a

prática de análise linguística. Logo, os gêneros textuais acabam tornando-se

fundamentais no desenvolvimento da aprendizagem desse processo pedagógico e na

compreensão da língua materna nas mais variadas situações de uso, já que o controle

da língua e da linguagem como a realização de uma atividade cognitiva e discursiva,

são as condições para a total integração social e para o funcionamento da cidadania.

Portanto, um exercício bem articulado de práticas de leituras, produções de textos e

análises linguísticas nas quais os gêneros textuais acomodam um lugar privilegiado

que beneficiará o entendimento do modo como a Língua portuguesa funciona nos

acontecimentos verídicos de comunicação. Portanto os gêneros são adequados para

tratar de discursos (literário, oral, erudito, jornalístico, histórico e

interdiscurso/intertextos). Os alunos do ensino médio tiveram mais desempenho na

produção de leitura e escrita na disciplina de Língua Portuguesa. Foi verificada a

realização de leitura, planejamento, redação e revisão de textos orais e escritos.

Trabalhar com gêneros textuais facilita no processo de ensino-aprendizagem, tendo

em vista que os alunos perceberam as principais características dos gêneros

13

supracitados tendo ciência das diferentes maneiras de manifestação da linguagem no

cotidiano.

Palavras-chave: Gêneros textuais. Ensino. Língua Portuguesa.

1 Curso de Letras, Centro de Educação, Ciências Exatas e Naturais - CECEN, Universidade Estadual do

Maranhão, [email protected] 2 Curso de Letras, Centro de Educação, Ciências Exatas e Naturais - CECEN, Universidade Estadual do

Maranhão. 3 Doutora, Curso de Letras, Departamento de Letras, Universidade Estadual do Maranhão

14

UEMA LETRADA: a leitura em movimento

Joice Kelle Dias Machado1, Maria Auxiliadora Gonçalves de Mesquita2

RESUMO

A leitura pode assumir os mais diversos significados na vida de um cidadão. Aprender a

ler permite a inserção no mundo, interagindo com as várias atividades da vida. De acordo

com o PCN/Língua portuguesa, um dos fatores responsáveis pelo fracasso escolar está

relacionado à leitura e escrita. A leitura é fundamental para o desenvolvimento do

estudante, pois por meio dela ele aprende a ler, falar, ouvir e escrever, transformando-se

assim em um cidadão crítico, questionador e potencialmente transformador de sua

realidade. Por meio da leitura o estudante aumentará seu léxico, produzindo novos

conhecimentos, culturas e linguagens. Mas a leitura não deve ser concebida como

obrigação, necessidade que os outros impõem, e sim como conhecimento necessário ao

melhor desenvolvimento da sociedade. O hábito da leitura é um processo gradativo com

atividades com textos variados que tenham significado para os estudantes como os

apresentados no expositor da Universidade Estadual do Maranhão que é um lugar de

leitura por excelência. O intervalo de tempo disponível permite o acesso ao expositor

existente no local e a escolha de obras para uso e posterior devolução a fim de que outros

interessados também tenham acesso e possam desenvolver sua capacidade de leitura.

UEMA LETRADA: a leitura em movimento é uma atividade de extensão para o acesso

à leitura de obras existentes no expositor afixado no terminal de ônibus da Universidade

Estadual do Maranhão, possibilitando aos estudantes da universidade e comunidade a

aquisição de variados exemplares (livros didáticos, paradidáticos, jornais, revistas e

outros). Objetivos do projeto: permitir o acesso à leitura de obras existentes no expositor

da UEMA; desenvolver o hábito de leitura; desenvolver a capacidade de cooperação entre

os leitores; permitir o acesso a um maior número de obras literárias ou não; permitir a

divulgação de obras existentes no expositor; permitir a aquisição de várias obras para o

acervo do expositor da UEMA; permitir a circulação das obras; permitir a interação entre

os leitores. O projeto foi realizado com a fixação de um expositor de exemplares que

1 Graduanda do Curso de Pedagogia Licenciatura da UEMA.

2 Professora Doutora do Departamento de Letras da UEMA, Coordenadora.

15

foram adquiridos pelos leitores que circulavam no terminal de ônibus da UEMA e depois

na área de vivência do Curso de Pedagogia/CECEN. Os leitores eram orientados para

pegar o exemplar no expositor, levar durante seu trajeto para ler, ou levar para ler em

casa, devolver ao expositor e fazer doações. Os exemplares expostos foram adquiridos

por meio de doações de docentes, discentes, editoras e demais interessados. Havia as

seguintes informações no expositor: “UEMA LETRADA: a leitura em movimento. Como

funciona: 1 – É só pegar a obra neste expositor; 2 – Se desejar, leve o livro, a revista ou

jornal para ler durante o trajeto da sua viagem, ou leve para ler em casa; 3 – Depois

devolva ao expositor e dê oportunidade para que outras pessoas também possam ter esse

prazer de ler; 4 – Para aumentar o número de obras, faça doações ou divulgue esta ideia.

Informações: ligue (98)32444381 (PROEXAE) ou 32573663(Departamento de Letras).

Agradecemos a colaboração!” O expositor tinha obras de circulação com a orientação de

umaaluna bolsista. As metas a serem alcançadas eram: o acesso à leitura de obras

existentes no expositor da UEMA, o desenvolvimento do hábito de leitura; o

desenvolvimento da capacidade de cooperação entre os leitores; o acesso a um maior

número de obras literárias ou não; a divulgação de obras existentes no expositor; a

aquisição de várias obras para o acervo do expositor da UEMA; a circulação das obras; e

a interação entre os leitores.Os resultados esperados e obtidos foram: o acesso à leitura

de obras existentes no expositor da UEMA, o desenvolvimento do hábito de leitura; o

desenvolvimento da capacidade de cooperação entre os leitores; o acesso a um maior

número de obras literárias ou não; a divulgação de obras existentes no expositor; a

aquisição de várias obras para o acervo do expositor da UEMA; a circulação das obras; e

a interação entre os leitores. Após a conclusão do projeto, a atividade alcançou um público

maior de leitores.A proposta era que houvesse uma circulação de leitura permitida pela

doação de exemplares realizada por estudantes, docentes, editoras e comunidade em

geral, com desenvolvimento da solidariedade realizada pelas doações. É uma atividade

de incentivo à leitura para o desenvolvimento do hábito de leitura.

16

17

MEDIDAS EDUCATIVAS PARA A CRIAÇÃO RACIONAL DE SUÍNOS

NATIVOS EM UNIDADES FAMILIARES NA BAIXADA MARANHENSE

Erica Mendes Brandão1, Rafael Assunção Carvalho2, Simara Sá Costa2 Francisco

Carneiro Lima 3

No estado do Maranhão, a região da Baixada Maranhense concentra o maior local de

criação de suínos localmente adaptados, criados soltos por famílias de agricultores rurais,

geralmente em precárias condições de criação, caracterizando uma atividade de

subsistência de baixa rentabilidade. Isso acontece porque a maioria da população local

desconhece as necessidades básicas dos animais e os meios que poderão ser adotados para

solucionar os problemas da criação. A pesquisa teve como objetivo investigar e propor

alternativas para as práticas de criação de suínos nativos em unidades familiares rurais

nos municípios de São Bento, Bacurituba, São Vicente Ferrer, Palmeirândia e Peri-Mirim,

Baixada Maranhense. Durante o período de execução da pesquisa, foram coletadas as

informações por meio da aplicação de questionário semiestruturado previamente

elaborado para concentrar informações relativas à dinâmica funcional da atividade. Na

obtenção das informações houve a participação direta dos criadores que por meio de

conhecimentos tradicionais relataram as formas adotadas na criação de suínos caipiras.

Constatou-se que o sistema de criação extensivo tradicional é predominante em todas as

comunidades dos municípios investigados. A prática funcional desse sistema utilizado na

criação de suínos tem como máxima a exploração dos recursos naturais, caracterizando

uma atividade familiar de subsistência. A fonte primária dos nutrientes disponibilizados

para alimentação dos suínos localmente adaptados nos municípios pesquisados constitui-

se essencialmente dos recursos naturais disponíveis no ambiente de criação. Porém, deve-

se ressaltar que em algumas das unidades de criação visitadas, os criadores ofertavam

alimentos alternativos como a mandioca e abobora. As instalações observadas nos

criatórios são rusticas, constituídas por uma unidade central denominada chiqueiro,

cercado de madeira, piso de chão batido e coberto com palha de babaçu e carnaúba. Os

animais não são separados de acordo com as fases do ciclo de produção; as matrizes e

reprodutores não recebem nenhum tipo de cuidados especiais, sendo que as matrizes

permanecem a campo durante o período de gestação, parição e aleitamento. Não há

nenhum tipo de controle reprodutivo e sanitário, a reprodução dos animais ocorre por

meio da monta natural a campo e não há assistência técnica para um controle zoosanitário

18

eficiente o que vai resultar em elevada mortalidade nos criatórios, seguido de atraso no

desenvolvimento dos animais sobreviventes. O somatório desses fatores colabora para o

baixo desfrute nas criações de suínos, pois as consequências do manejo inadequado

destinados aos animais, aliado a falta de infraestrutura e assistência técnica aos criadores,

influenciam diretamente na melhoria da qualidade de vida das famílias da região.

Palavras Chave: Suínos nativos. Subsistência. Baixada Maranhense.

1 Medicina Veterinária, CCA, UEMA, [email protected] 2 Zootecnia, CCA, UEMA 3 Doutor, Medicina Veterinária, Zootecnia, UEMA

19

LER PARA MAIS APRENDER

Beatriz Santana do Carmo3

Renato Sousa Linhares e Walquiria Lima Costa4

Maria da Guia Taveiro Silva5

Desde os primórdios o homem procura adquirir conhecimento e expandir o que já possui.

Nas estratégias e habilidades que ele faz uso para tal, encontram-se a leitura e a escrita.

Essas duas habilidades tornaram-se essenciais na vida da humanidade, pois sabe-se que a

leitura é um dos principais mecanismos para se obter conhecimento e a escrita, para se

fazer o devido registro desse. Entende-se, ainda, que a leitura precede a escrita e que ser

leitor é, principalmente, ter a capacidade para extrair, construir e desconstruir significados

em um texto; é entender o que está nas entrelinhas e estabelecer diálogo. O certo é que na

contemporaneidade, a maioria das informações se dá de forma escrita, e há a necessidade

de decodificação, de compreensão e de interpretação dessas informações – de leitura. Não

há dúvidas de que a escola, como a principal instituição responsável pela formação de

leitores, não tem conseguido melhorar significativamente os resultados concernentes à

leitura, o que leva à conclusão de que nem sempre o trabalho com leitura é prioridade na

educação brasileira. Uma das consequências é que, no Brasil, ainda há uma grande parcela

da população que não consegue entender o que lê; identificar as informações implícitas

no texto e acabam tornando-se meros decodificadores. Esses, dificilmente conceberão o

ato de ler como algo prazeroso, que possibilita o conhecimento do mundo e, até, de si

mesmo. Em relação às dificuldades de leitura persistentes no Brasil, pode-se ver que “[...]

no relatório PISA 2000, dentre alunos de 15 anos de 32 países diferentes, os brasileiros

3 Acadêmica do VI período de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa e

Literaturas de Língua Portuguesa, da Universidade Estadual do Maranhão, no Centro

de Estudos Superiores de Imperatriz. [email protected]

4 Acadêmico do VI período de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa e

Literaturas de Língua Portuguesa, da Universidade Estadual do Maranhão, no Centro

de Estudos Superiores de Imperatriz.

5 Pedagoga e acadêmica do VI período de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa e

Literaturas de Língua Portuguesa, da Universidade Estadual do Maranhão, no Centro de Estudos

Superiores de Imperatriz.4 Doutora em Linguística, docente do Curso de Letras Licenciatura, do

Centro de Estudos Superiores de Imperatriz. Departamento de Letras, da Universidade Estadual

do Maranhão.

20

foram os que obtiveram os piores resultados nas capacidades de leitura [...]” (ROJO,

2009, p. 31-32). Este dado aponta uma falha na escola brasileira. Ele revela a necessidade

que ela tem de mudar ou melhorar a forma de ensinar leitura; de desenvolver as

capacidades de leitura dos alunos, a fim de atingir o objetivo de formar leitores

proficientes, capazes não só de decodificar, mas também de entender o que leem. Nesse

contexto, o estudo da leitura e o seu desenvolvimento na escola, se mostra como uma

temática essencial no campo educacional, por ela dever ser uma prática social na

comunidade letrada e pré-requisito para a progressão da aprendizagem do sujeito tanto na

vida escolar quanto na vida profissional. Conforme Freire (1989, p. 9) ”a leitura do mundo

precede a leitura da palavra, daí, que a posterior leitura desta não possa prescindir da

continuidade da leitura daquele”. Assim, infere-se que, o leitor precisa ter, primeiramente,

o conhecimento prévio o qual se chama de conhecimento de mundo, para depois fazer a

leitura da palavra e, assim, fazer uma interação entre os saberes. Porém, o que se vê na

escola é a prática de leitura, para responder atividades propostas no livro didático, para a

elaboração de perguntas, para passar o tempo, ou apenas para reconhecer a gramática que

está explícita nos textos, que embora sejam consideradas como variadas, mostra que o

trabalho não está sendo desenvolvido como deveria. Para o desenvolvimento de um

trabalho que produza resultados mais eficazes é necessário oportunizar aos alunos a

leitura-fruição, por exemplo, e compreender as diversas estratégias de leitura, pois esta

precisa ser vista sobre uma nova perspectiva (SOLÉ, 1998). Vale ressaltar também que

ler é uma atividade prevista nos Parâmetros Curriculares Nacionais, e neles é posto que

“a leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e

interpretação do texto” (BRASIL, 1998, p. 69). Assim, o aluno precisa estar em contato

com as múltiplas leituras, para poder entender o que lê sob uma nova perspectiva, que é,

entre outras coisas, a de propiciar a interatividade e não ser algo mecânico. Nesse

contexto, o projeto “Ler para mias aprender” foi idealizado com o intuito principal de

incentivar o hábito da leitura de forma que os alunos compreendessem a importância

desta, para a construção do conhecimento. Mais especificamente, o objetivo do projeto

“Ler para mais aprender” foi o de incentivar a criação do hábito de leitura de estudantes

do Ensino Médio da rede pública Estadual, em Imperatriz, por meio da aplicação de

métodos e técnicas, tendo a leitura como a atividade protagonista em sala de aula. A

proposta era de orientar os discentes na leitura de distintos tipos de textos e apresentar a

eles algumas estratégias de leitura, com enfoque específico. Dessa forma, de forma mais

ampla, o projeto foi desenvolvido com o propósito de contribuir com a formação de

21

leitores e, consequentemente, para construir e disseminar o conhecimento. O público-

alvo, inicialmente, foram alunos do 2º ano do Ensino Médio, da rede pública estadual e,

posteriormente, alunos já no 3º ano. Os encontros ocorreram semanalmente, com duração

de uma hora. O período de realização foi de um ano e o trabalho foi dividido em duas

etapas distintas. Na primeira, deu-se a realização de Oficinas de Leitura (por meio do uso

de diferentes gêneros textuais). Na segunda, além da realização de Oficinas de Leitura,

trabalhou-se com Escrita (focando tipos e gêneros textuais e, redação nos moldes exigidos

pelo ENEM). Na sequencia, encontra-se uma breve descrição de algumas das oficinas e,

posteriormente, parte dos dados obtidos, em sua maioria constituída de relatos dos

discentes participantes do projeto. Assim, por questões éticas, ao se fazer referência aos

alunos será utilizada a letra “A” mais a numeração, para fragmentos de alunos distintos.

Em uma das oficinas, foi abordada uma temática muito presente no meio dos jovens, “as

redes sociais”. Para abordá-la foram utilizados quatro gêneros textuais, uma crônica, um

poema, uma tirinha e um texto informativo. Todos traziam uma mesma temática. Assim,

foi realizada uma simulação de um júri, um “julgamento”, que teve as redes sociais como

ré, o que produziu um debate amplo e muito positivo, com a participação de todos os

discentes do projeto. No decorrer desta oficina, os alunos mostraram ter conhecimento

de mundo. A maioria demonstrou posicionamentos com poder argumentativo. Além

disso, os alunos se envolveram com o que foi proposto, sendo esta uma das oficinas mais

atrativas, pelo o que se pode observar. No encontro que foi discutido sobre o esquema

básico do texto dissertativo e, como fazer o seu planejamento, foi utilizada como proposta

a construção do “embrião” de uma redação. Esta estratégia possibilitou que os alunos se

organizassem melhor quanto à apresentação de seus argumentos. Assim, foi solicitado

que eles produzissem um texto dissertativo, tendo como tema “A persistência da violência

contra a mulher na sociedade brasileira”. Nesta oficina, pode-se afirmar que foi alcançado

com êxito o que se tinha proposto, apesar de alguns estudantes terem apresentado

dificuldades em relação à produção do texto, alguns chegaram a mencionar que não

conseguiam escrever o texto, mas a maioria cumpriu a tarefa com boa desenvoltura. Um

dos objetivos da realização das oficinas era o desenvolvimento da capacidade de

argumentação do aluno. Nos fragmentos abaixo pode-se ver a percepção deles sobre o

trabalho realizado:

“Aqui no projeto a gente pode debater sobre os assuntos e questionar, o

que não estamos acostumados a fazer em sala de aula”. (A1)

22

“[...] a discussão me fez refletir que a leitura nos dá vários materiais para

construir nossos argumentos e que nem tudo tem um lado somente ruim

ou bom, depende de quem os usa”. (A2)

No primeiro fragmento o aluno revela ter percebido diferença entre o trabalho realizado

pela equipe do projeto e o trabalho realizado em sala de aula. Pode-se inferir que, apesar

da seriedade da equipe ao conduzir as atividades, como não é a sala de aula regular do

curso que faz, o aluno sinta-se mais à vontade para questionar durante o processo de

leitura. Já o fragmento do A2 mostra que ele reconhece que a leitura é uma prática

reflexiva e a reflexão sobre esse processo faz com que o leitor comece a argumentar sobre

o que está lendo e sobre os fatos cotidianos, o que pode o levar a atuar como cidadão

participativo e um leitor não só da palavra, mas, também do mundo, como alerta Freire

(1989). O certo é que à medida que os alunos compreendem o que leem, passam a

valorizar ainda mais a leitura. Eles passaram a vê-la como algo prazeroso como pode-se

perceber nos fragmentos dos relatos de A3 e A4:

“Ler é entrar em um mundo de imaginação, infinito”. (A 3)

“[...] é poder entender a essência e a motivação que se esconde por trás da

palavra ou da imagem”; (A 4)

Os discentes reconheceram a relação existente entre a habilidade da leitura e da escrita.

“O projeto Ler para mais Aprender é de fundamental importância, pois o mesmo, além

de incentivar a leitura, nos proporciona uma significante melhora na escrita, já que uma

está interligada à outra. Sem a leitura não há possibilidade de escrita”. (A5)

O contato com a prática da leitura na primeira etapa auxiliou os alunos no desempenho

da fase escrita como se percebe no relato a seguir:

“O projeto Ler para mais Aprender está me incentivando a ler mais,

independente do assunto. Com a fase da leitura, [...] ficou mais fácil

escrever sobre qualquer tema”. (A6)

Nos fragmentos, é possível perceber que os alunos conseguem perceber a leitura como

uma prática importante e emitem opiniões e justificativas sobre o que pensam dela.

Portanto, pode-se dizer que o objetivo traçado do projeto “Ler para mais aprender” foi

alcançado com êxito. Os dados mostram que o projeto influenciou a aprendizagem dos

alunos de uma escola da rede pública estadual a perceberem a leitura como uma prática

social importante. Os dados também mostraram que eles mesmos sentiram as mudanças

que ocorreram na forma de pensar e no próprio conhecimento. Portanto, pode-se dizer

que o projeto “Ler para mais Aprender” foi de grande relevância para a preparação dos

23

discentes, tanto pela prática da leitura quanto pelo desenvolvimento, mais amplo, aquele

que vai além do processo. Pode-se dizer que, entre outras coisas, ele pode contribuir para

o ingresso dos participantes no ensino superior, por exemplo. Além disso, não se pode

mensurar o quanto a participação nesse projeto contribuiu para o desenvolvimento e para

a formação dos acadêmicos e da equipe que o executou.

Palavras-chave: Leitura. Escrita. Gêneros.

24

ENSINAR GEOGRAFIA BRINCANDO NA EDUCAÇÂO INFANTIL: OFICINA

DE BRINQUEDOS, BRINCADEIRAS E JOGOS NO EIXO TEMÁTICO

NATUREZA E SOCIEDADE.

Liziane Gama Andrade1, Dedilla Herminia Mendes Pinheiro 2, Profª Dra. Iris

Maria Ribeiro Porto 3

INTRODUÇÃO

As crianças convivem com fenômenos naturais e sociais. Curiosas, querem

descobrir e decifrar o mundo que as cerca, saber como são as coisas, o que tem por trás

de um objeto, ou como se transformam, por que acontece isso e não aquilo.

Quando são ainda bebês, suas experimentações sensório motor os fazem

tocar, experimentar, provar, levar à boca para sentir gosto e textura e “saber como é”.

Maiorzinhas exercitam os porquês a todo instante. Elas elaboram hipóteses, exploram,

explicam. E assim elas chegam à educação Infantil para iniciar uma etapa nova em sua vida,

a do conhecimento formal.

Pensar sobre Educação Infantil exige perceber que sua função é a de

sistematizar os conhecimentos formais para esse nível de educação e continuar

alimentando a postura investigativa da criança. Para isso abre várias oportunidades, tais

como aproveitar situações simples e propor problemas às crianças envolvendo grupo,

espaço e tempo.

O ENSINO DE GEOGRAFIA

A educação geográfica exige renovar e inovar o ensino além de planejar

situações didáticas, buscando promover a ampliação dos conhecimentos dos alunos. Essa

discussão está posta já há bastante tempo, mas pergunta-se: o que mudar? O professor?

O currículo? Os materiais didáticos? Entende-se que as mudanças efetivas na Geografia

formam um conjunto, não dependem apenas das mudanças nos conteúdos ou de recursos,

mas, também, da mudança na prática do professor.

Nesse sentido há que desenvolver conceitos, problematizar questões e

articular conteúdos geográficos. Para isso, o professor deverá criar situações concretas de

aprendizagem “Nesse contexto, é de fundamental importância à renovação do ensino de

geografia, baseada na inovação de materiais didático-pedagógicos que possibilitem aos

alunos um novo olhar para a disciplina”. (PINHEIRO, 2004, p. 104).

25

O EIXO NATUREZA E SOCIEDADE

A Geografia na Educação Infantil se insere no eixo temático Natureza e

sociedade. Nesse sentido este trabalho teve com o objetivo demonstrar uma experiência

com a Geografia de Educação Infantil de forma lúdica, através de oficinas pedagógicas

itinerantes. Todas as oficinas foram trabalhadas na temática Natureza e Sociedade

seguindo o planejamento do programa das professoras.

Assim, o referido projeto objetivou contribuir para a formação continuada de

professores da Educação Infantil na área humana, especificamente no tema Natureza e

Sociedade e o aprendizado dos alunos das escolas que participaram do projeto do qual se

trabalhou o lúdico nessa perspectiva geográfica para ler o mundo.

METODOLOGIA

O trabalho foi iniciado com levantamentos bibliográficos, reuniões e

confecções de alguns brinquedos sobre o referido tema. Em seguida as oficinas

pedagógicas e itinerantes foram executadas. Como uma experiência piloto escolheu-se

iniciar a oficina com os alunos de Pedagogia. Foi uma experiência interessante e partiu-

se para a confecção de brinquedos a partir das temáticas do

Organização dos grupos sociais e suas relações.

A criança

Construção da identidade.

Diversidade.

O indivíduo e o meio social.

Família.

Escola

Moradia

Meio ambiente.

Animais.

Profissões

A seguir passou-se à execução das oficinas nas escolas ao todo foram contempladas seis

turmas da educação infantil e sete professoras do qual demos prosseguimento com as

oficinas seguindo o plano de aula das professoras. Após as aulas fechava-se com o recurso

de forma lúdica e interativa para que a criança tivesse um contato com o conceito

geográfico.

26

A seguir, realizou-se oficina com outra turma do Curso de Pedagogia na disciplina

Fundamentos e Métodos do Ensino de Geografia com confecção de brinquedos, todos

com material PET e E.V.A, brincadeiras e jogos na mesma temática.

RESULTADOS

As oficinas realizadas levaram um olhar diferenciado sobre a Geografia na Educação

Infantil tanto para alunos como para os professores. Foram executadas de forma

satisfatória mesmo com algumas dificuldades como o contato com a direção da escola e

falta de água.

Considera-se suficiente e satisfatório os resultados obtidos, pois as atividades

contribuíram para que as graduandas (bolsista e voluntária) aprofundassem seus

conhecimentos sobre os temas: metodologia de pesquisa, educação infantil, a geografia e

a temática natureza e sociedade. Foi possível, também, que as alunas conduzissem as

oficinas exercendo a experiência de ensino, na construção do saber geográfico com os

participantes do projeto.

Para os alunos da Educação Infantil tornou-se possível dinamizar o processo de

aprendizagem por meio das oficinas, onde demonstrou interesse, participação nas

atividades e resultados excelentes na construção dos brinquedos (Foto 3) com matérias

recicláveis, e E.V.A, entre outros. Brincadeiras e jogos (Foto 2); além de

questionamentos, em que eles expuseram suas dúvidas sobre a geografia no seu cotidiano,

seu lugar, espaço e território.

Com as professoras foi possível o aprendizado de mais recursos para a ministração das

aulas, já que tudo o que foi montado nas oficinas ficaram na escola para auxiliarem as

professoras em outras atividades. Com os alunos de Pedagogia (Foto 1), foi possível a

expansão de conhecimento sobre o mundo geográfico, preparando-os para essa temática

no sentido de perceber juntamente com os alunos a importância da geografia nas series

iniciais.

27

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quanto à construção do conhecimento geográfico na temática Natureza e Sociedade na

Educação Infantil, o lúdico da oficina foi um instrumento importante na construção desse

conhecimento. Ele permitiu que as crianças se envolvessem e participassem de forma

direta do estudo da geografia ao descobrir seu espaço, onde mora, onde se localiza a

escola, o caminho que ela percorre tudo isso precisa ser explorado de forma dinâmica

para um resultado de aprendizagem satisfatório.

As oficinas abriram possibilidades de ensinar a geografia com recursos simples de fácil

acesso, a construção dos brinquedos com matérias reciclados. Por meio das brincadeiras

os professores puderam observar e constituir uma visão dos processos de

desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas

capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos

afetivos e emocionais que dispõem.

REFERÊNCIAS

PEREZ, Carmen Lucia Vidal. Leituras do Mundo/Leitura do Espaço: um diálogo entre

Paulo Freire e Milton Santos. In GARCIA, Regina Leite. Novos olhares sobre

alfabetização. São Paulo: Cortez, 2001.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de Educação Fundamental.

Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/ SEF, 1998.

OLIVEIRA, Zilma Moraes Ramos de. Educação Infantil: muitos olhares. (org.). – 4.

Ed. – São Paulo: Cortez, 2000.

PINHEIRO, E. A. et al. O nordeste brasileiro nas músicas de Luiz Gonzaga. Caderno de

Geografia, Belo Horizonte, v.14, n. 23, 2º sem/2004, p. 103-111.

Foto 1- Oficina com os alunos do Curso de Pedagogia. Fonte- ANDRADE, 2015.

28

A ESCRITA CIENTIFICA NO ENSINO MÉDIO: saberes necessários à produção

textual e normalização dos trabalhos escolares

Nilzângela Sousa1

Ana Beatriz Rodrigues Dos Santos2

Ana Cleia Teixeira Monteiro2

Ana Paula Silva Dos Santos2

Anderson Aragão Pereira2

Bruna Ellen Lima Valderes2

Bruno Barros Carvalho2

Jeysiane Silva Nunes2

Palloma Moreira Cabral2

Suzana Da Silva Oliveira2

Rosângela Silva Oliveira3

Este projeto de extensão universitária surgiu da necessidade de estimular a aproximação

de acadêmicos licenciandos em situações reais de ensino. Optou-se por interagir com

estudantes de escolas públicas do Ensino Médio refletindo sobre a Escrita Científica em

seus trabalhos escolares, suas formas de registro e comunicação conforme a Associação

Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Assim os objetivos estabelecidos foram

fortalecer a formação acadêmica de licenciandos do Curso Ciências Licenciatura

habilitação em Biologia do Campus Bacabal - UEMA aproximando-os de situações reais

do trabalho docente pela iniciação científica no Ensino Médio; instrumentalizar

estudantes do Ensino Médio com saberes necessários à elaboração de trabalhos escolares

que obedeçam o padrão científico da normalização da Associação Brasileira de Normas

Técnicas; e colaborar com o fortalecimento do Ensino Médio fomentando ações

pedagógicas de iniciação científica. A duração do projeto ocorreu de setembro/2015 a

agosto/2016 tendo como local de aplicação das ações extensionistas uma escola de rede

pública estadual de Ensino Médio, localizada na zona periférica da cidade de Bacabal-

MA cujo nome é C.E. Prof. Leda Maria Chaves Tajra. O público-alvo escolhido foram

124 estudantes do 1º, 2º e 3º ano do turno matutino e vespertino,

________

1 Bolsista, Curso de Ciências Licenciatura habilitação em Biologia do Campus Bacabal da Universidade

Estadual do Maranhão, [email protected] 2 Voluntário, Curso de Ciências Licenciatura habilitação em Biologia do Campus Bacabal da

Universidade Estadual do Maranhão. 3 Orientadora do projeto de extensão, Doutora em Educação do Departamento de Ciências Exatas e

Naturais do Campus Bacabal da Universidade Estadual do Maranhão.

os mesmos foram selecionados pelo critério de motivação e interesse pessoal em aprender

as regras da Escrita Científica e suas formas de normalização segundo a ABNT. O

29

trabalho da equipe do projeto envolveu as seguintes atividades: organização do plano de

trabalho semanal; visita à escola-campo de Ensino Médio CE Prof Leda Maria Chaves

Tajra para apresentação do projeto de extensão com palestra informativa aos gestores e

docentes; elaboração de material escrito informativo com conteúdos para o minicurso

(uma apostila); planejamento e elaboração de recursos pedagógicos para dois minicursos;

inscrição dos participantes da 1ª turma de estudantes; ministração do minicurso “A escrita

científica no Ensino Médio: estrutura e normalização dos trabalhos escolares segundo a

ABNT” (40h); realização de visitas de estudantes do Ensino Médio para conhecer as

dependências e acervo da biblioteca do CESB/UEMA; palestra informativa “O valor

social do saber e da Escrita Científica” com a bibliotecária do CESB-UEMA; encontro

com estudantes do Ensino Médio para socialização das aprendizagens; e reuniões

avaliativas para diagnosticar avanços e dificuldades encontradas com registro escrito e

fotográfico em todas as fases do projeto de extensão. Os indicadores de análise aplicados

para acompanhamento e avaliação do projeto de extensão foram: redução de plágios nos

trabalhos escolares dos estudantes; aumento de cientificidade na produção textual com a

exposição sistemática de citações e referências; e ampliação dos níveis de conhecimentos

sobre a estrutura normalizada de trabalhos escolares ao final dos minicursos aplicados.

Os minicursos oferecidos aos estudantes do Ensino Médio ocorreram nas dependências

internas do Campus Bacabal e a dinâmica do movimento dos estudantes entrarem num

espaço físico de Ensino Superior foi propositalmente planejada para estimular neles o

desejo de ingressar no ambiente acadêmico-científico. O material didático produzido,

especialmente a apostila ricamente ilustrada com exemplificações dos elementos pré-

textuais, textuais e pós-textuais facilitaram tanto a comunicação didática quanto a

aprendizagem das informações. As ações educativas extensionistas resultaram em maior

aproximação da Universidade Estadual do Maranhão com a escola pública de Ensino

Médio, seus gestores, professores e estudantes; despertou a responsabilidade didática

entre os professores de que a iniciação científica deve ser fortalecida em sala de aula

desde o Ensino Médio, tanto para evitar plágios nos trabalhos escolares como para

estimular o estudo ativo e a Escrita Científica; intensificou a demanda por produções

textuais normalizadas na escola; ampliou a consciência da necessidade de conhecimentos

sobre a Escrita Cientifica nas produções textuais cotidianas e formas de aplicação de

citações e referências bibliográficas. Além disso, as ações do projeto como elaboração de

plano de trabalho, produção de material didático, realização dos minicursos, diálogos

informais com gestores, professores e estudantes contribuíram com a formação

30

pedagógica dos acadêmicos participantes. Ao retornar à escola pública de Ensino Médio

para avaliar o impacto das ações extensionistas na vida diária dos estudantes verificou-se

que os alunos estavam mais confiantes em elaborar seu trabalho escolar, sem plágio.

Detectou-se, também, que os professores passaram a exigir mais em sala de aula trabalhos

escolares normalizados segundo a ABNT. Concluindo, a adoção destas atividades com

estudantes do Ensino Médio abriu oportunidade para que a Universidade Estadual do

Maranhão, através do Centro de Ensino Superior de Bacabal, socializasse saberes

científicos na comunidade escolar local ao mesmo tempo em que fortaleceu o aprendizado

profissional dos licenciandos em situações reais de ensino. Os estudantes do Ensino

Médio perceberam o valor científico-social da normalização da Escrita Científica em seus

trabalhos escolares e quanto é importante sua aquisição para posterior aplicação no

mercado de trabalho.

Palavras-chave: Escrita Científica. Normalização. Ensino Médio.

31

CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES INDIGENAS PARA PRODUÇÃO DE

MATERIAL PARADIDÁTICO NAS ESCOLAS DA TERRA INDIGENA RIO

PINDARÉ, BOM JARDIM – MA.

6Bolsista: Raimundo do Carmo Mendes, 7voluntários: Cynthia Azevedo Chavier;

Deyse de Azevedo soares; Raimundo Nonato de Sousa Filho 2, 8Orientador(a):

Daniela de Fatima Ferraro Nunes

Resumo

A diversidade étnica dos povos indígenas no MA apresenta um cenário de povos

espalhados em diferentes regiões do estado e com características próprias marcantes

como a língua, a organização social, o contexto histórico de contato, povos que já tem

processos de escolarização iniciados, assim como povos que não conhecem a instituição

escolar. Entendendo a escola como uma realidade institucionalizada em diversos

territórios indígenas, esse projeto tem por objetivo desenvolver ações no sentido de

capacitação de professores indígenas, membros de suas respectivas etnias, para a

produção de material paradidático elaborado por meio de oficinas para serem utilizados

em sala de aula de acordo com a realidade da comunidade indígena. Dessa forma o

objetivo Geral deste trabalho é promover a capacitação de professores indígenas para a

produção de material paradidático que sejam construídos a partir da realidade

sociolinguística e histórico-cultural dos Tenetehara Guajajara da TI Rio Pindaré e que

sejam utilizados nas escolas da Terra Indígena Rio Pindaré, Bom Jardim – MA. Para tal

foram pensadas oficinas de Políticas Públicas de Educação Escolar para povos indígenas,

pós Constituição 1988, no intuito de fazer com que os indígenas possam conhecer e se

empoderar dos seus direitos em relação a educação, tendo como enfoque a formação do

docente e a produção e utilização de material didático. A base metodológica que norteou

a implementação deste projeto de extensão foi de enfoque participativo, em que os

integrantes da pesquisa tinham por principal objetivo, juntamente com os indígenas, no

sentido de construir as melhores abordagens a serem aplicadas para a elaboração das

atividades propostas. O campo de atuação do projeto teve como campo de abordagem a

Terra Indígena Rio Pindaré, ocupada pelo povo Tenetehara Guajajara, município de Bom

6 Curso: pedagogia, UEMA-CAMPUS Santa Inês, [email protected] .

7 Curso: Pedagogia, UEMA- CAMPUS Santa Inês.

8 Mestra em sociologia, Departamento de Letras e Pedagogia da Universidade Estadual

do Maranhão – CAMPUS Santa Inês.

32

Primeiro dia de Visita a Aldeira Januaria.

Jardim. As etapas que envolveram o projeto de extensão foram: Levantamento

bibliográfico e documental para referenciar as bases referenciais que nortearam este

projeto (análise dos documentos oficiais norteadores das Políticas Indígenas de Educação

para Povos Indígenas, pós Constituição 1988); Trabalho de campo nas cinco escolas da

TI Rio Pindaré, no sentido de realizar articulações com os professores indígenas para a

elaboração/construção das oficinas propostas; Realização das oficinas junto aos

professores indígenas. Toda a metodologia em campo teve como princípio pedagógico a

interação com os professores indígenas sendo as oficinas propostas construídas

juntamente com eles, público alvo desta pesquisa, considerando a sistematização do

conhecimento sociolinguístico, histórico e cultural das comunidades indígenas

envolvidas no projeto. Para tanto é de fundamental importância a participação de um

professor Tenetehara Guajajara da TI Rio Pindaré que fale e escreva na língua. Resultados

e importância do presente projeto possibilitou uma discussão mais ampla acerca da

temática da educação escolar para povos indígenas dentro do Centro de Estudos

Superiores de Santa Inês, além de contribuir para a aproximação do universo acadêmico

com a realidade da comunidade indígena e ao mesmo tempo viabilizar a aproximação da

comunidade indígena com a universidade nessa troca de saberes. Quanto ao cronograma

do projeto tivemos algumas alterações devido ao processo burocrático de acesso as

comunidades indígenas. Dependemos de autorização previa dos caciques para termos

acesso as comunidades e as respectivas escolas, são eles que nos dizem as datas que

podemos aplicar as atividades propostas. Quando recebemos a autorização tivemos

acesso as comunidades indígenas da TI Rio Pindaré, fomos muito bem recebidos pelos

professores e coordenadores das escolas. Conseguimos o envolvimento dos professores e

a colaboração dos gestores das escolas indígenas da Terra Indígena Rio Pindaré, no

entanto tivemos que readaptar cronogramas e a execução das atividades de acordo com a

disponibilidade dos professores indígenas. Conclusão: Compreendemos que o presente

projeto será de grande valia, visto que servirá como norte aos professores indígenas para

enriquecer sua pratica pedagógica através da aquisição de conhecimentos sobre as

políticas públicas de educação escolar para povos indígenas e ao mesmo tempo contribuir

no processo de ensino/aprendizagem por meio da capacitação docente para a produção de

material paradidático a ser utilizado como recurso na sala de aula.

33

Primeiro dia de Visita a Aldeia Januária

Estrutura da escola da aldeia Januária, Terra Indígena Rio Pindaré.

34

Livros que utilizamos como base para pensar a produção de material

paradidático nas escolas.

Alunos Alunos cantando na língua materna.

Alunos no cantinho da leitura

35

TEATRO DO OPRIMIDO INFANTO-JUVENIL

Raimundo Nonato Moura Oliveira9

Derisvaldo Cardoso da Silva10

Este texto trata dos resultados do desenvolvimento do projeto de extensão, pela

Universidade Estadual do Maranhão, no Campus Caxias, por meio do Grupo de Estudos

e Pesquisa em Currículo, Formação de Educadores e Prática Pedagógica (GEPEP) do

Departamento de Educação, em parceria com a Casa de Apoio à Pastoral da Criança, no

Bairro Campo de Belém. Tendo como objeto central trabalhar o Teatro do Oprimido

como Prática lúdico-pedagógico, junto a adolescentes. Com objetivo geral de promover

situações de integração, socialização e conscientização aos adolescentes em contexto de

violência a partir de sua realidade local. Do ponto de vista teórico trabalhamos o teatro

como forma social de conhecimento, com importante contribuição para a estética, a

política e o desenvolvimento da consciência social, na perspectiva transformadora.

Apoiamo-nos na concepção de teatro criado por Boal (2005). O Teatro do Oprimido foi

idealizado pelo teatrólogo Augusta Boal nos anos 60 como forma de lutar pelas censuras

imposta pela ditadura militar, acreditava na arte teatral como uma arma de caráter

transformador do sujeito, com inspiração na pedagogia freireana que objetiva criar um

jeito de se fazê-lo comprometido com a conscientização, com os oprimidos e com a

transformação da realidade, reconhecendo sua prática teatral como ―necessariamente

política, porque políticas são todas as atividades humanas e o teatro é uma delas (BOAL,

2005, p. 11). Ou seja, o teatro é uma arte intersubjetiva e de intergrupos, favorece o

diálogo, que, para Freire ―é o momento em que os seres humanos se encontram para

refletir sobre sua realidade tal como fazem e a refazem (FREIRE, 2007, p. 114). Por

isso, o teatro tem um potencial pedagógico na educação quando apresenta sua face

política associada a toda sua força criativa, lúdica e imaginativa (LOPES, 1989). Desse

modo, desenvolvemos o teatro como uma prática educativa libertadora dos sujeitos em

situações de opressão, exclusão e alienação, estimulando o desenvolvimento do gosto

pelo fazer artístico-teatral simultaneamente ao senso crítico e à autonomia dos sujeitos.

9 Professor Orientador do Projeto de Extensão. Professor da Universidade Estadual do

Maranhão – Campus Caxias- Departamento de Educação.

10 Aluno Bolsista – Acadêmico de Pedagogia.

36

Do ponto de vista metodológico, optamos por trabalhar com 18 (Dezoito) adolescentes,

com histórias de violências e exclusão social que são atendidas pela Casa de Apoio à

Pastoral da Criança do Bairro campo de Belém, no município de Caxias- MA. Iniciamos

com o desenvolvimento dos trabalhos a partir dos seguintes processos de planejamento

como: levantamento com adolescentes partindo de um questionário-diagnóstico de

temas geradores como; drogas, gravidez precoce, violência escolar, racismo, bulling e

outros, considerando a situação do bairro e da cidade e a identificação de situações-

limites para a discussão, no momento histórico que atravessam; criação e práticas de

jogos teatrais que continham os temas levantados em discussão preliminares; preparação

de material de apoio, textos, imagens e informações adicionais que possam contribuir

para o debate; ensaio e discussão do grupo de teatro, dos jogos propostos para o encontro;

realização dos encontros com o grupo, com registros fotográficos, todos na perspectiva de

desenvolver a percepção crítica, a integração/socialização e a autoestima dos sujeitos partícipes

do projeto, com intuito de aplicar as intervenções das problemáticas levantadas. Os resultados

do projeto revelam que o teatro do oprimido como prática artístico-educativa representa

processo importante na promoção da integração cada vez maior entre os sujeitos participantes,

com perspectiva de crescimento pessoal, social, afetivo e crítico com a comunidade/sociedade.

Além disso, o Teatro do Oprimido é capaz de desenvolver a consciência dos adolescentes sobre

o valor de si e do outro, do respeito, do diálogo e da colaboração entre si, como pessoas, seres

humanos e cidadãos. Outro legado através deste projeto foi a criação de um grupo permanente

de teatro na comunidade. E ainda, proporcionar ao bolsista a vivência da comunicação científica

de conhecimentos construídos na acadêmica, com vista a reelaborarem seus conceitos, posturas,

relações, validando-os nas práticas sociais, aprendizagem profissional e as vivências sociais da

comunidade/sociedade, em seus diferentes problemas sociais. Como mostram as imagens a

seguir, ilustramos apresentações do nosso Teatro na Comunidade Campo de Belém e na Escola

Isaura Costa/município de Caxias:

37

Figura 1 Figura 2

Figura 3ENSAIOS DA PEÇA Ensaio da peça Gravidez na Adolescência Apresentação na escola Isaura Costa

38

REFERÊNCIAS

BOAL, Augusto. Teatro do oprimido: e outras poéticas políticas. Rio de janeiro: editora

civilização brasileira, 2005.

BOAL, Augusto. A estética do oprimido. Rio de janeiro: editora garamond, 2009.

FREIRE, Paulo. Política e educação. Indaiatuba: Villa das letras editora, 2007.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de janeiro: paz e terra, 1987.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa.

Rio de janeiro: paz e terra, 2008.

LOPES, Adriana. Pega teatro. Campinas: Papirus editora, 1989.

DESGRANGES, Flávio. Pedagogia do espectador. São Paulo: Hucitec, 2003

1 Geografia Licenciatura, CESI-UEMA, [email protected] 2 Prof. Dr., Geografia, História e Geografia, UEMA

39

GEOGRAFIA PROATIVA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA EM

IMPERATRIZ-MA

Rômulo Lima Santos1, Luiz Carlos Araújo dos Santos2

A cidade de Imperatriz possui uma estatística negativa, quando se trata de crianças

e adolescentes em situação de risco, principalmente quando se refere à temática de

exploração e abuso sexual, trabalho infantil, maus tratos, evasão escolar e repetência.

Realidade que aponta para outras situações de vulnerabilidade na adolescência que induz

a casos de prostituição, contágios e infecção de doenças sexualmente transmissíveis –

HIV, de gravidez precoce, de drogadição, violência urbana e outras. Estas condições

refletem e desencadeiam a desestruturação de famílias, quando não prevenidas ou

dialogadas oportunamente. Para tanto, afirma-se a necessidade de criar estratégias de

enfrentamento do fenômeno a partir da consideração de suas particularidades na realidade

municipal e isso se torna possível através da formação de redes sociais. A construção de

rede de atendimento mostra-se como “[...] alternativa necessária de enfrentamento das

manifestações da exclusão social” (BOURGUIGNON, 2007, p.246). As lacunas deixadas

pela fragilidade estrutural da família e do poder público no que diz respeito ao

atendimento preventivo, tendem a afetar as comunidades mais carentes e vivem na

margem da ordem social, política e econômica. São cidadãos que não tem garantidos seus

direitos fundamentais, como educação, esporte, cultura e profissionalização. O Estatuto

da criança e do adolescente (1991) prevê, no seu artigo 7º, que “A criança e o adolescente

têm direito à proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de Políticas Sociais Públicas

que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições

dignas de existência...”. Parece ainda, um grande desafio, pois a aplicação dos programas

até então existentes atravessam suas fases, que por sua vez, estão concomitantemente

ligados ao momento político, econômico e social do país, que pode ou não estimular e até

financiar uma ação social e de saúde a população. Diante disso, o Projeto Geografia

Proativa na Infância e Adolescência em Imperatriz-MA, objetivou contribuir com uma

formação complementar no âmbito das ciências geográficas junto com a infância e

adolescência tendo como ênfase promover atividades transversais e multidisciplinares

relacionadas à educação, ética, meio ambiente, orientação sexual, pluralidade cultural e

trabalho e consumo e na reestruturação de laços familiares. Dentre os objetivos

específicos está o de desenvolver os temas transversais através de atividades em conjunto

40

com oficinas de dança, capoeira, teatro, cinema e fotografia. As atividades práticas e

conteúdos formativos com temas transversais e multidisciplinares já citados, foram

aplicados de forma prática em formato de oficinas de educação musical, de dança, teatro,

cinema, capoeira além da integração dos alunos nos mais diversos espaços de fruição de

cultura, educação e lazer. Isto deu-se através da união e relação de instituições de ensino,

artistas, grupos culturais e demais representantes do poder público. A parte formativa foi

composta de aulas teóricas com novas tecnologias - vídeos, filmes, web e outras mídias

tendo como temas: educação sexual, educação ambiental, trabalho, cultura de paz e

temáticas culturais em conjunto com encontros e atividades para as famílias e

responsáveis pelas crianças e adolescentes com temáticas socioambientais, de saúde

coletiva e de restabelecimento de vínculos familiares. O projeto fora desenvolvido nas

dependências da Universidade Estadual do Maranhão com parceria institucional da

mesma, onde participarão crianças e adolescentes do Grande Bacuri – Bacuri, Parque

Anhanguera, Parque do Buriti –, São José do Egito, Vila Leandra, Caema, Bairro São

Salvador. Os resultados alcançados com o projeto foram os mais satisfatórios possíveis,

atingindo as metas propostas. Dentre suas principais metas, o projeto visava o

afastamento dos jovens das drogas e da criminalidade. A partir das oficinas abordando os

temas transversais pôde-se levar ao público atendido conhecimento acerca de ética,

política e saúde, visto que, são fundamentais para o afloramento da consciência em

relação à realidade e à sociedade na qual estão inseridos. Desse modo, foi possível

proporcionar momentos de debate e reflexão, nos quais buscou-se o apontamento para o

aprimoramento de práticas corretas. Além disso, o projeto buscou uma formação cidadã.

Nesse sentido, as oficinas culturais se mostraram essenciais, visto que, são uma ponte

para o envolvimento para com a cultura e o fortalecimento do senso de cidadania. Cada

oficina possui valores a serem transmitidos envoltos em seu objeto, ou seja, o teatro

desenvolve o trabalho em equipe, ao passo que a capoeira preza pela disciplina e retidão.

Dessa forma, foi possível uma formação ampla e integrada com a sociedade. Concernente

a isso, as metas proporcionaram bons resultados. No total foram 12 apresentações

realizadas, incluindo eventos próprios destinados à família dos jovens atendidos. Dos

integrantes era exigido bons resultados escolares, havendo uma conversação entre as

escolas e o Instituo PES (Projeto Educacionais e Sociais). No entanto, os conhecimentos

obtidos perpassam o tangível e constitui-se em valores e aprendizados para a vida. O

projeto, portanto, demonstrou ser uma alternativa viável, diante dos problemas de déficit

41

social e educacional encontrados na rede municipal de Imperatriz-MA, às crianças e

jovens que buscam complementar sua formação.

42

LEITURA DA VIDA

Luciana Barros Oliveira11, Felipe Gonçalves Campelo12, Delsuita Bastos13, Sandra

Maria Sampaio Gonçalves14, Maria Auxiliadora Gonçalves de Mesquita15

O presente resumo apresenta as informações do período de execução das atividades

desenvolvidas no Projeto “LEITURA DÁ VIDA” do Departamento de Letras do Centro

de Educação, Ciências Exatas e Naturais – CECEN da Universidade Estadual do

Maranhão – UEMA, tendo como coordenadora a Profa. Dra. Maria Auxiliadora

Gonçalves de Mesquita. O projeto teve vigência de 16/11/2015 a 16/04/2016, no Asilo

Solar do Outono na cidade de São Luís-MA. A equipe executora teve os seguintes

participantes: Delsuita Bastos, Felipe Gonçalves Campelo, Luciana Barros Oliveira e

Sandra Maria Sampaio Gonçalves. A leitura pode assumir os mais diversos significados

na vida de um cidadão. A leitura permite a inserção no mundo, interagindo com as várias

atividades da vida. A leitura não deve ser concebida como obrigação, necessidade que os

outros impõem, e sim como conhecimento necessário ao melhor desenvolvimento da

sociedade. Desenvolver o hábito da leitura é um processo gradativo com atividades, com

textos variados que tenham significado para idosos conforme propõe o projeto Leitura dá

vida. O projeto “Leitura dá vida” corresponde a uma proposta de incentivo à leitura. A

leitura é indispensável na inserção no mundo, uma vez que possibilita uma interação entre

o autor e o leitor intermediados pelo texto. Os objetivos do projeto: permitir a vivificação

do idoso por meio da leitura; desenvolver o hábito de leitura; desenvolver a capacidade

de cooperação entre os envolvidos no processo de leitura; permitir a leitura de um maior

número de gêneros textuais; permitir a inclusão do idoso no mundo da leitura e na leitura

do mundo; possibilitar a alegria aos idosos por meio da leitura. Os participantes fizeram

algumas visitas de conhecimento do local de atuação para socialização. Após essa

primeira etapa, os participantes começaram com conversas para identificação do interesse

11 Graduanda em Ciências Biológicas Licenciatura-CCB–UEMA;

[email protected] 12 Graduando em Psicologia – UFMA

13 Graduanda em Pedagogia - CECEN– UEMA 14 Graduada em Letras – UNICEUMA;

15 Professora Doutora; Letras; Departamento de Letras da Universidade Estadual do

Maranhão

43

de leitura de cada idoso com entrevista e aplicação de questionários. Foram definidos os

dias e horários de realização, em conformidade com as decisões da direção do asilo.

Finalmente os executores levaram os gêneros escolhidos pelos idosos e fizeram as leituras

e os desdobramentos permitidos pela atividade. Foi confeccionado um questionário

inicial como um instrumento de coleta para identificação do interesse dos idosos por

leitura e sua vivência com a leitura e um questionário final como um instrumento de coleta

de informação para identificação dos resultados obtidos no desenvolvimento do Projeto

Leitura dá vida. Esse questionário inicial compreendeu às seguintes perguntas: Você sabe

ler?; Você gosta de ler?; O que você leu nos últimos tempos?; O que você mais gosta de

ler?; Você lê com frequência?; Quais as barreiras para a frequência na leitura?; Você já

leu um livro por completo? Quantos?; Qual o livro que você não esquece?; Tem algum

lugar preferido para ler? e O que você gostaria que fosse lido para você? Esse

questionário final continha as seguintes perguntas: Você gostou de participar do Projeto

Leitura dá vida?; Você considera que sua vida melhorou depois do projeto?; Você

considera que desenvolveu mais o hábito de leitura?; Você acha que ficou mais

cooperativo depois do projeto?; Você gostou dos vários gêneros textuais lidos?; Qual o

texto que você mais gostou?; O que mais a leitura permitiu durante o projeto?; Você ficou

mais alegre em participar do projeto?; Você gostaria que o projeto continuasse?; Dê

sugestão para o próximo projeto. Os resultados obtidos: a vivificação do idoso por meio

da leitura; o desenvolvimento do hábito de leitura; o desenvolvimento da capacidade de

cooperação entre os envolvidos no processo de leitura; a leitura de um maior número de

gêneros textuais; a inclusão do idoso no mundo da leitura e na leitura do mundo; a alegria

dos idosos por meio da leitura. O desenvolvimento proporcionou a criação de vínculo

afetivo, evidenciando uma maior propensão de convívio social com outros idosos e

demais pessoas presentes em seu cotidiano. As atividades de leitura desenvolvidas no

Solar de Outono resgataram o poder da mudança nas atribuições diárias dos idosos que

residem naquele local. A cada livro uma nova experiência. No decorrer da leitura foi

perceptivo o envolvimento do ouvinte, os comentários relatados, os vastos aprendizados

adquiridos ao longo da vida, sejam eles na infância, adolescência ou na fase adulta. Eles

apresentaram a alegria e a tranquilidade do ser pensante e falante, proporcionadas pela

dimensão da leitura.

Palavras-chave: Leitura. Vivificação. Idoso.

44

EDUCAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA

Alessa Cabral da Costa da Silva1, Maria José Cardoso Fiquene2

Diariamente nas escolas, os alunos apresentam dúvidas, curiosidades, e conflitos a

respeito de assuntos que envolvem a educação sexual. No entanto, na maioria dos casos

os professores não conseguem dialogar, problematizar, questionar e nem compreender

que a sexualidade faz parte do desenvolvimento humano, e isso incide devido as restrições

da sua formação. Neste contexto, o projeto de extensão “Educação Sexual na Escola”,

desde o ano de 2014 vem oferecendo formação inicial e continuada, por meio de oficinas

pedagógicas e curso de extensão à distância. Para isso, foram utilizados estudiosos como:

Figueiró (2006), Furlani (2011), Haffner (2005), Muller (2013) e Nunes (2006), uma vez

que, estes evidenciam a importância de abordar temas da Educação Sexual na escola

desde a Educação Infantil, pois as

manifestações sexuais das crianças ocorrem

frequentemente. Dessa forma, o objetivo

geral desse projeto foi desenvolver novas

habilidades e estratégias na Educação

Infantil e nos Anos Inicias do Ensino

Fundamental para abordagem de temas

específicos da Educação Sexual no contexto

escolar, instrumentalizando professores de escolas públicas municipais e alunos do curso

de pedagogia à distância da UEMA. Para tanto, alguns dos objetivos específicos foram:

Construir um ambiente reflexivo e com informações acerca de valores, preconceitos,

tabus, crenças e atitudes que estão presentes na sociedade; Pesquisar materiais de apoio

como artigos, vídeos, filmes educativos, blogs pedagógicos para alimentação da sala do

ambiente virtual de aprendizagem (AVA) e Promover oficinas pedagógicas voltadas para

a abordagem de assuntos pertinentes a educação sexual, como instrumento capaz de

capacitar os professores na atuação docente com cientificidade. Diante disso, houve a

necessidade da realização de um levantamento bibliográfico sobre a temática em pauta,

para a elaboração de materiais informativos e a aplicação de questionários abertos com

as docentes para a construção da proposta de formação com as mesmas. O projeto de

extensão “Educação Sexual na Escola” foi aplicado com 10 docentes da Escola

Comunitária Canaã, localizada no bairro São Raimundo e com 48 alunos da UEMA do

45

curso de Pedagogia na modalidade à distância, por meio da implantação do AVA e uma

oficina pedagógica que contou com a participação de 27 discentes. Durante as oficinas os

temas mais escolhidos eram: identidade de gênero, autoestima, diversidade familiar,

manifestações da sexualidade, influência das mídias e como trabalhar a Educação Sexual

na Educação Infantil e nos Anos Inicias do Ensino Fundamental, sendo efetivadas as

seguintes atividades: dinâmicas, vídeos, textos de questões desafiadoras para reflexão e

confecção de recursos, nestes os partícipes já fizeram criação de livrinhos, painel com as

partes do corpo que você mais gosta, mural como eu cheguei até aqui, campanha

publicitária, casinha para contação de história, dentre outras. Diante disso, a aplicação do

curso de extensão à distância e das oficinas realizadas com as professoras da escola

supracitada e os discentes do curso de pedagogia possibilitou trocas de conhecimentos e

vivências entre os participantes, assim como a constatação que a utilização de recursos

são medidas simples, mas são imprescindíveis para abordar e trabalhar a educação sexual

na escola de forma dinâmica e lúdica, com profissionais capacitados que conseguem

superar tabus e sanar as dúvidas dos alunos em relação ao assunto. Pois, o projeto

apresenta diversas formas de trabalhar as questões que envolvem a educação sexual,

despertando assim, um olhar diferente sobre este tema, por meio da construção de um

diálogo que é capaz de quebrar preconceitos e tabus existentes na sociedade. Portanto, o

projeto “Educação Sexual na Escola”, contribuiu na disseminação sobre a temática e

proporcionou a divulgação de diversas alternativas que facilitam o trabalho dos

educadores no espaço escolar com cientificidade. Por isso, permitiu caminhos de

diálogos, trocas de experiências, reflexões,

múltiplos olhares e colaborou na melhoria da

formação de professores, facilitando o

trabalho deles em sala de aula. Além disto,

essa iniciativa oportunizou a interação da

Universidade com a Comunidade, na qual,

ambas as partes aproveitaram o momento

para o engrandecimento de aprendizagens,

por meio de práticas que criam condições para o desenvolvimento de uma educação de

qualidade para os professores e alunos, a partir de recursos lúdicos que promovem a

propagação da educação sexual de forma correta e adequada em cada faixa etária.

Palavras-chave: Educação Sexual. Formação de professores. Oficinas Pedagógicas

46

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FIGUEIRÓ, Mary Neide Damico. Formação de Educadores Sexuais: adiar não é mais

possível. – Campinas, SP: Mercado de Letras; Londrina, PR: Eduel. (Coleção

Dimensões da Sexualidade), 2006.

FURLANI, Jimena. Educação Sexual na sala de aula: relações de gênero, orientação

sexual e igualdade étnico-racial numa proposta de respeito às diferenças. Belo

Horizonte: Autêntica Editora, 2011.

HAFFNER, Debra W. A criança e a educação sexual. Lisboa: Presença, 2005.

MULLER, Laura. Educação sexual em 8 lições: como orientar da infância à

adolescência: um guia para professores e pais. 2.ed.-São Paulo: Academia do Livro,

2013.

NUNES, César; SILVA, Edna. A educação sexual da criança: subsídios teóricos e

propostas práticas para uma abordagem da sexualidade para além da transversalidade.

Campinas, SP: Autores Associados (Coleção polêmicas do nosso tempo), 2006.

47

CONTADORES DE FÁBULAS: UM INCENTIVO À LEITURA 5° ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA MUNICIPAL PE. CÍCERO16

Orientador: Laira de Cássia Barros Ferreira Maldaner17

Bolsista : Solange Lima Ribeiro 18

A opção em trabalhar com o incentivo à leitura por meio de fábulas, ocorreu

primeiramente por serem textos curtos e de fácil compreensão e devido à constatação de

que a maioria de nossos alunos chegam ao final do Ensino Fundamental com uma leitura

precária, ou melhor, desmotivados e com muita dificuldade ortográfica. Frantz

(2011,p.29) afirma sobre a importância da leitura:” através da leitura, um universo

inesgotável de emoções e informações se abre diante do leitor”. Acreditamos que quanto

mais cedo o convívio das crianças com a leitura, melhor seu desenvolvimento emocional

tornando-os capazes de expressar sua imaginação, ideias e a capacidade de interpretação

do mundo. A Universidade Estadual do Maranhão deseja ser parceira na Educação e

colaborar para um ensino de qualidade, oferecendo acadêmicos responsáveis e

empenhados para ajudar essas crianças a se tornarem bons leitores e futuros universitários

com uma maior capacidade de interpretação e escrita. O trabalho os seguintes objetivos:

contribuir no ensino aprendizagem da leitura no 5ºano do Ensino Fundamental da Escola

Municipal Pe. Cícero por meio do gênero fábula, propiciando melhorias significativas no

processo da aquisição da leitura e escrita inserindo-os no mundo da linguagem.Tendo

como objetivos específicos: Introduzir através das fábulas, conceitos de valores morais,

ética e cidadania; Proporcionar oportunidade para que os alunos desenvolvam o gosto

pela leitura; Ler e produzir textos; Treinar a ortografia dos vocábulos que apresentam

maior complexidade; Refletir com os alunos os valores que são transmitidos através das

16 Projeto com recursos do Programa Institucional de Bolsas de Extensão-

PIBEX/UEMA

17 Doutoranda em Linguística Aplicada-UNISINOS. Departamento de Letras.

Curso de Letras. Professora de Língua Inglesa do Centro de Estudos Superiores de

Balsas-CESBA/UEMA. E-mail: laira de [email protected]

18 Graduanda em Letras. Curso Licenciatura em Letras. Centro de Estudos

Superiores de Balsas-CESBA/UEMA. E-mail: [email protected]

48

fábulas; Reconhecer algumas características típicas do gênero fábulas como: a brevidade,

animais como personagens e o ensinamento moral;Propiciar aos alunos, condições de

conhecerem e valorizarem os clássicos da literatura infantil e seus criadores; Direcionar

os alunos a conhecer diferentes versões de uma mesma fábula e diferentes fábulas, através

de materiais impressos: livros, revistas, jornais, vídeos; filmes em desenhos, teatro de

sombra;Favorecer o desenvolvimento criativo dos alunos, por meio de diferentes

expressões. A metodologia foi primeiramente de cunho bibliográfico, e depois um estudo

sobre as dificuldades.

Palavras-chave: Ensino; Fábulas; Leitura.

49

IDENTIDADE E GÊNERO: A INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA PARA A

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO ÂMBITO FAMILIAR

Thuanny Raphaelly do Nascimento Sousa19

Neuzeli Maria de Almeida Pinto20

1. INTRODUÇÃO

A violência contra a mulher ocorre mundialmente, em diversas culturas e classes

sociais – não pergunta nome e nem idade. Independe do nível de educação e vida

econômica, raça, etnia, idade. Contra as mulheres há discriminação, exploração, opressão

e agressividade, ocorrendo em diversas instâncias e situações. Diversos comportamentos

nocivos que vitimam mulheres e meninas simplesmente por serem do sexo feminino.

A violência à mulher é definida pela Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e

Erradicar a Violência Contra a Mulher (1994) e, a Convenção de Belém do Pará 2 –, como

“[...] qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento

físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada” e

incluindo nestes, a violência física, sexual e psicológica21

O Brasil é um país que vítima e oprime as mulheres das mais diversas formas, desde seus

cidadãos (homens e mulheres), passando pelos meios sociais, até o próprio Estado e suas

instituições. A violência contra a mulher tem sido compreendida como um problema de

saúde pública, em decorrência do assombro que os números apresentados por diversas

instituições de pesquisa e outras nos mostram.

O fenômeno da violência doméstica e conjugal é complexo e, portanto, difícil de resolver

partindo de uma perspectiva única. O conflito de gênero que está por trás da violência

doméstica não pode ser tratado pura e simplesmente como matéria criminal. O retorno do

rito ordinário do processo criminal para apuração dos casos de violência doméstica não

leva em consideração a relação íntima existente entre vítima e acusado, não considera a

19 Ciências Sociais, Universidade Estadual do Maranhão, campos São Luís,

[email protected].

20 Doutora, Ciências Sociais, Departamento de Ciências Sociais, Universidade Estadual do

Maranhão.

21 A partir da Lei 11.340/2006 outras formas de violência contra a mulher passaram, também, a

receber igual enfoque jurídico: como a moral e o patrimonial

50

pretensão da vítima nem mesmo seus sentimentos e necessidades.

Portanto, evidencia-se a importância de um espaço de escuta, oficinas, palestras e de

outras formas de lidar com a violência de gênero. A Lei Maria da Penha propõe como

objetivo criar mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar. Ou seja, muito

além das possibilidades jurídicas que a Lei apresenta, tornam-se imprescindíveis ações

voltadas à atenção e ao cuidado de vítimas e o empoderamento das mulheres nos seus

vários contextos, trazendo contribuições de diferentes campos do conhecimento na busca

da resolução dos conflitos de gênero, esclarecimentos e empoderamento nas relações

destas mulheres.

2. OBJETIVOS

Neste sentido, o Projeto de Extensão “Identidade e Gênero: A intervenção comunitária

para a violência contra a mulher no âmbito familiar”, uma iniciativa de

docente/pesquisadores e estudantes do Curso de Ciências Socais e Direito, da

Universidade Estadual do Maranhão – UEMA em parceria com a Cooperativa de

Trabalho Coleta e Recuperação de Resíduos da Vila Maranhão (COOPVILA) se constitui

em uma ação de defesa dos direitos das mulheres, contribuindo para a divulgação e

efetivação da Lei Maria da Penha e, ainda, desenvolvendo pesquisas que possibilitem

desvendar o fenômeno, complexo, da violência de gênero.

O objetivo geral consiste na implementação de atividades socioeducativas direcionadas

às mulheres de comunidade Vila Maranhão, mulheres que fazem parte da Cooperativa de

Trabalho Coleta e Recuperação de Resíduos da Vila Maranhão (COOPVILA). As

mulheres trabalham no reaproveitamento de resíduos sólidos como a sua principal fonte

de renda. A maior parte dos resíduos é coletada na área da Vale, sendo o principal a

madeira (pallets) seguida pelos resíduos de obras da construção civil. No

desenvolvimento das atividades do projeto, os beneficiários começaram a agregar valores

aos resíduos coletados, iniciando a produção de carvão, a recuperação de telhas de

amianto, a padronização de madeiras próprias para lenha, o que possibilitou um aumento

de renda.

3. MÉTODO

Quanto à operacionalização dos trabalhos, por se tratar de uma proposta composta por

duas dimensões, uma interventiva e outra de pesquisa, os suportes operacionais são

diferenciados. Inicialmente as pesquisas, sua dinâmica se constitui na formação de grupos

51

de estudos, leituras sobre as temáticas investigativas. A coleta de dados foi realizada por

meio da aplicação de uma Inventário Sócio Demográfico (ISD). Entrevista através do ISD

consistiu na identificação, por meio dos dados pessoais, rede de parentesco no local, perfil

familiar, condições de vida, e concepções pessoais sobre papeis no trabalho, a

vulnerabilidade e violência contra a mulher.

Já no processo de intervenção, as propostas abrangeram a elaboração e desenvolvendo de

Projetos Sociais, que tenham como suporte operacionais módulos temáticos, como:

identidade, família, gênero, violência doméstica, políticas públicas de enfrentamento e

legislação sobre violência à mulher.

4. RESULTADOS

Os resultados do trabalho têm proporcionando o desenvolvimento e difusão de conteúdos

referentes ao respeito e a dignidade nas relações sociais de gênero e a construção das

identidades engendradas entre homens e mulheres, no âmbito doméstico, ações junto às

mulheres da COOPVILA e nas escolas de ensino médio, orientando-as quanto aos

procedimentos jurídicos que podem ser adotados no caso de situações de violência

doméstica, a divulgação dos aspectos legais da Lei n° 11.340/2006, Lei Maria da Penha,

avaliação de pontos negativos e positivos dos 10 anos da Lei Maria da Penha, entendendo

que existe a necessidade de suprir necessidades para a melhoria na efetivação das leis que

combatem a violência contra a mulher.

Portanto, as ações participativas e os dados da pesquisa levantados junto a comunidade e

com a participação das mulheres da COOPVILA permitiram ter uma abrangência maior

da realidade de vulnerabilidade e violência que esses mulheres vivênciam. Além disso,

o trabalho desenvolvido vem permitindo a elaboração de subsídios técnicos, capazes de

proporcionar ao setor público dados para a criação e fomento de políticas públicas de

proteção e amparo às vítimas da violência doméstica.

Para isso foram realizados os levantamentos bibliográficos, coletas de dados através do

ISD e o treinamento com professores acerca da temática conforme cronograma de

trabalho. Reuniões semanais para a discussão de textos relacionados a Gênero e

Sexualidade e Violência contra a Mulher. Realização da Web Conferência intitulada:

“Violência Contra a Mulher e Feminicídio” como parte da Campanha dos 16 Dias de

Ativismo pelo Combate da Violência Contra a Mulher em parceria com a Secretária do

Estado da Mulher.

52

Além disso a extensionista promoveu oficinas sobre a Lei Maria da Penha e

Feminicídio nas comunidades de Itamatatiua/Alcântara e Agrovila/Palmeirândia.

Promoveram também oficinas sobre as Leis Maria da Penha e Feminicídio nas escolas

municipais e estaduais do município de São Luís e nas escolas municipais e estaduais dos

municípios de Chã Grande e Gravatá, no estado de Pernambuco. Participou do

planejamento do Projeto Elas, desenvolvimento pelo Fórum Maranhense de Mulheres -

Projeto Mulheres, Política e Relações de Gênero no Maranhão: formação e

empoderamento com foco em violência doméstica. Por fim apresentou Trabalho à

respeito dos resultados da extensão no EREC Norte22. Promovendo mais uma forma de

emponderamento, a Líder comunitária da Vila Maranhão – COOPVILA participou do

evento - II Seminário Reflexo de Nós: Ser mulher na contemporaneidade, realizado na

UEMA em que a Líder Aldecir ministrou a palestra com relatos de suas experiências de

vida e atuação nos movimentos da comunidade e no desenvolvimento do trabalho e

constituição da cooperativa.

.

5. CONCLUSÃO

O trabalho de extensão desenvolvido permitiu constatar a sua relevância nas estratégias

de aprendizagem teórico e práticas da aluna e a possibilidade de desenvolver o

engajamento pela causa na luta contra a violência sofrida por mulheres e o espirito

participativo em atividades que congregam professores e alunos. Com isto, abrimos

perspectivas na produção de novos conhecimentos para agregar à prática de ensino,

fomentar a pesquisa nesta área que ainda carecer de ser melhor oporcionando uma

relevância educacional e social, pois contribui no aprendizado e orientação das mulheres

vítimas de violência

Além disso, esse trabalho vem prolência doméstica e a busca do seu empoderamento

através do trabalho renumerado que realizam.

PALAVRAS CHAVES: Empoderamento. Lei Mari da Penha. Violência.

22 Encontro Regional dos Estudantes de Ciências Sociais, ocorrido em Marabá, Norte.

53

ANEXOS

Foto 01: Mulheres da COOPVILA

com a extensionista.

Foto 02: Mulheres da COOPVILA com a

Professora.

Foto 03: Extensionista ministrando oficina

em Agrovila/Palmeirândia. Foto 04: Extensionista ministrando oficina

em Itamatatiua/Alcântara.

Foto 05: Extensionista ministrando oficina

na Escola Municipal XV de Março em Chã

Grande - PE

Foto 06: Extensionista ministrando oficina

na Escola Estadual Aarão Lins de Andrade

em Gravatá- PE

54

NARRANDO, ENCANTANDO E CONHECENDO ESCRITORES

MARANHENSES.

Elizabethe Cristina da Silva Ferreira1, Heloisa Cardoso Varão Santos2,

O projeto de extensão “Narrando, Encantando e Conhecendo Escritores

Maranhenses” é desenvolvido nas escolas públicas municipais, comunitárias e no curso

de Pedagogia presencial e à distância da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).

O projeto tem por objetivo divulgar as obras literárias dos escritores maranhenses

voltadas para o público infantil, fomentando o gosto pela leitura e formando professores

com habilidades leitoras. Os escritores maranhenses

são pouco conhecidos e suas obras pouco circulam nos

acervos escolares, assim no estágio da educação

infantil surgiu à necessidade de estar apresentando as

histórias junto às crianças e professores. A literatura

infantil exerce grande influência na formação de

leitores e desde muito cedo elas desenvolvem o gosto

pela leitura na medida em que se oferecem textos

agradáveis e acessíveis a cada faixa etária. Assim como imprime Abramovich (1997)

como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias...

Escutá-las é o inicio da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho

absolutamente infinito de descoberta e compreensão do

mundo. Portanto, propõe-se despertar nos professores e

alunos o interesse e prazer pela leitura, oferecendo assim

um acervo literário dos escritores maranhenses. Nessa

direção, Coelho (2002) afirma [...] A história é importante

alimento da imaginação. Permite a auto identificação,

favorecendo a aceitação de situações desagradáveis,

ajuda a resolver conflitos, acenando com a esperança.

Agrada a todos, de modo geral, sem distinção de idade, de classe social, de circunstância

de vida. O desígnio deste trabalho consiste em propagar as obras de escritores

maranhenses voltadas para crianças de 0 a 5 anos, através de técnicas diversificadas e

imagem 1: oficina de contação de histórias na

escola SESI- Bacabal.

imagem 2: Alunos de pedagogia

na confecção de recursos.

55

recursos didáticos variados favoráveis ao encantamento das crianças. O desenvolvimento

do projeto acontece através da seleção de obras literárias de escritores maranhenses

contendo narrativas que interessem às diferentes faixas etárias, compõe a contação de

histórias para as crianças e oficinas de leitura para professores e alunos da pedagogia

presencial e a distância que podem acompanhar também pelo ambiente virtual de

aprendizagem-AVA, que consiste na Formação continuada contemplando os conteúdos:

Contribuição da Literatura Infantil no processo de formação de leitores; Formas de contar

histórias; As narrativas para crianças; Recursos a serem utilizados em sala de aula com

os alunos na prática de contação de histórias; Exposição oral sobre a contribuição da

Literatura Infantil no processo de formação de leitores; Demonstração das formas de

contar histórias, confecção de recursos e apresentação das obras infantis maranhenses dos

autores: Ferreira Gullar (Dr. Urubu e outras fábulas), Josué Montello (A cabeça de Ouro),

Wilson Marques (Touchê nas Noites de São João), Viriato Correa (cazuza) e Luís

Augusto Cassas (o evangelho dos peixes). O desenvolvimento desse projeto foi

relevante, pois contribuiu de forma satisfatória para a formação de docentes que atuam

no segmento de educação infantil, proporcionando conhecimentos e habilidades no

desenvolvimento de estratégias de leitura voltada para crianças de 0 a 5 anos de idade.

Por meio das oficinas de leitura e da contação de histórias foi notável a grande

contribuição da literatura maranhense que possibilitou uma prática mais sólida e

significativa tanto para professores quanto para os alunos. Assim, ampliando o acervo

regional e a capacidade de exploração das narrativas com recursos pedagógicos acessíveis

às crianças, incentivando-as desde cedo a lerem e escreverem corretamente de forma

criativa.

Palavras- chave: Contação de histórias; Literatura infantil Maranhense; Leitura;

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo:

Scipione, 1997.

COELHO, Nelly Novais. Literatura infantil: Teoria, análise, didática. São Paulo:

Moderna, 2002.

56

UTILIZAÇÃO DE SLIDES EM POWERPOINT COMO SUBSIDIADORES DO

ENSINO DE BOTÂNICA EM ESCOLAS DO ENSINO MÉDIO DE CAXIAS,

MARANHÃO, BRASIL.

Samuel da Silva Carvalho1, Guilherme Sousa da Silva2, Maria Lindalva Alves da

Silva3, Gonçalo Mendes da Conceição4

A mudança no processo de ensino-aprendizagem quanto ao uso de metodologias

aplicadas em sala de aula tem se tornado evidente, no contexto atual se torna

imprescindível o uso dessas metodologias educativas voltadas para o ensino de qualidade,

provocando profundas transformações na realidade educacional, buscando uma interação

entre o ambiente em que se relaciona, seja na sala de aula ou na sociedade da qual ele faz

parte (BRASIL, 1996; TOLEDO, 2014). A utilização dos recursos midiáticos em sala de

aula tem promovido melhorias significativas na aprendizagem dos alunos, atualmente no

ensino de Ciências, a Biologia se destaca por acompanhar as mudanças tecnológicas e

científicas da sociedade, mostrando-se um campo importante e de crescentes

investigações (COSTA, 2011). Dentro das Ciências Biológicas a Botânica amostra-se

como uma disciplina institucionalizada, servindo de objeto de estudo para várias áreas,

constituindo-se uma matéria interdisciplinar, buscando mostrar a relação do ser humano

com os vegetais, através dos recursos ambientais e tecnológicos como fonte de

enriquecimento e melhoria do ensino aprendizado, com tudo a mesma sofre com diversos

problemas no ensino médio, pois o estudo da botânica tem ocorrido com uso de

metodologias inadequadas, aliados muitas vezes a passividade dos alunos ao receber estes

conhecimentos (SANTOS, 2006; PEREIRA; GOUVEIA; FARIAS, 2003; KENSKI,

2010; MORAN, 2013; DUTRA; GÜLLICH, 2014). Nesse contexto, faz-se necessário

que o docente crie oportunidades para que a aprendizagem resulte de um processo de

construção de conhecimento que leve a uma reflexão acerca da avalanche informacional

que vem sendo proporcionada pelos meios tecnológicos, visto que as ferramentas

necessárias para isso estão à disposição dele (SILVA, 2013). Em virtude de poucos

trabalhos relacionados às TIC’s e o ensino de Botânica propõem-se este trabalho com o

objetivo de Utilizar os recursos audiovisuais através dos slides em PowerPoint para

subsidiar o ensino de Botânica em escolas do Ensino Médio da cidade de Caxias,

57

Maranhão, Brasil. Inicialmente foi realizado uma revisão de literatura em artigos, teses,

dissertações e periódicos científicos. Para a realização do projeto, foi selecionada a

escola: Centro de Ensino Cônego Aderson Guimarães Junior, instituição de ensino médio

que pertence ao Estado. A escola está sediada no Centro Urbano de Caxias/MA. Os

conteúdos abordados foram de acordo com o livro didático adotado pela escola. Logo

após foram confeccionadas apresentações em slides com textos e esquemas, a partir disso

foram obtidas fotos das estruturas e de espécimes vegetais da própria cidade de

Caxias/MA retiradas de locais estratégicos, as fotos obtidas formaram as apresentações

dos conteúdos ministrados. Foram selecionadas duas turmas de 3º ano da escola, uma

turma denominada controle onde os conteúdos de botânica foram ministrados de forma

tradicional, ou seja, sem a utilização de nenhum recurso auxiliador e a outra turma

selecionada foi denominada turma experimental onde as aulas foram ministradas através

do uso do recurso midiático PowerPoint, as aulas foram ministradas no período de

fevereiro a março de 2016, totalizando 27 horas aulas, com tempo de duração entre 25 a

45 minutos de exposição dos conteúdos. Ao término das exposições dos conteúdos, uma

avaliação de aprendizagem foi aplicada aos 64 alunos das duas turmas, este questionário

contou com 10 questões objetivas abordando os conteúdos estudados, esta avaliação tinha

como média aprovativa 7,0 pontos verificando a eficácia do recurso midiático. Com os

slides confeccionados sobre os conteúdos de Botânica, os mesmos ficaram distribuídos

em três unidades, agrupados em três pastas contendo 15 apresentações. Após a

confecção das aulas, as mesmas foram ministradas de forma interativa buscando-se

utilizar-se dos recursos como Gif’s e outras animações, tornando a aulas mais dinâmicas

buscando através das imagens estabelecer uma relação com exposto e o ministrado em

sala de aula. Após a avaliação aplicada foi comparado as notas das turmas e obteve-se

que na turma controle, dos 32 alunos que realizaram o teste de aprendizagem 56%

obtiveram notas acima de sete pontos, enquanto 44% tiveram notas inferiores a sete

pontos (Fig. 1), já na turma experimental, dos 32 alunos submetidos ao questionário de

aprendizagem 63% destes tiraram notas acima de sete pontos, enquanto 34% tiraram notas

inferiores a sete pontos (Fig. 2), indo de encontro com trabalhos de Costa; Gomes; Silva

(2012) que obtiveram resultados semelhantes ao utilizar recursos multimidiáticos

(projetor multimídia) com imagens de Briófitas, observando que 69% dos seus discentes

aprimoraram seu conhecimento. O projeto despertou a criatividade na turma

experimental, como ainda se pôde verificar a espontaneidade, de alguns alunos,

mostrando assim o que segundo Silvestre; Sousa; Santos (2011) afirmam que esses

58

distintos apoios didáticos dão condições para que os discentes realizem mais

intensamente sua interlocução durante as aulas.

Figura 01 - Perfil percentual do rendimento dos alunos, através da avaliação aplicada ao

final das aulas. Turma Controle: apenas aulas tradicionais.

Figura 02 - Perfil percentual do rendimento dos alunos, através da avaliação aplicada ao

final das aulas. Turma Experimental: uso do recurso PowerPoint.

O presente trabalho mostra que ao implementar o uso dos recursos midiáticos através da

utilização do Microsoft Office PowerPoint nas aulas de Botânica, os alunos alcançam um

resultado preponderante auxiliando no processo de ensino de aprendizagem.

REFERÊNCIAS

ASLAN, S.; REIGELUTH; C. M. A trip to the past and future of educational computing:

understanding its evolution. Contemporary Educational Technology. Eskisehir (TUR),

v.2, n.1, p. 1-17, 2011.

0,56250,4375

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

NOTAS ACIMA DE SETE NOTAS ABAIXO DE SETE

TURMA CONTROLE

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1

TURMA EXPERIMENTAL

59

BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Presidência da República

Casa Civil. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm.

Acesso em: 06/04/2016.

COSTA, M. V. Material instrucional para ensino de Botânica: cd-rom possibilitador

da aprendizagem significativa no ensino médio. Universidade Federal de Mato Grosso

do Sul. Centro de Ciências Exatas e Tecnologia: Programa de Pós-graduação em Ensino

de Ciências Mestrado em Ensino de Ciências II, Campo Grande-MS. p. 148, 2011.

COSTA, M. S. F.; GOMES, M. S.; SILVA, M. J. L. A abordagem dos conteúdos de

Botânica a partir dos pressupostos do Ensino Médio Inovador. XVI ENDIPE -

Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP – Campinas-SP, p. 12,

2012

DUTRA, A. P.; GÜLLICH, R. I. C. A botânica e suas metodologias de ensino. V Enebio

e II Erebio Regional. Revista da SBENBIO. n. 7, p. 11, 2014.

KENSKI, V. M. Educação e tecnologias o novo ritmo da informação. 6a ed. Papirus,

Campinas-SP, p. 141, 2010.

MORAN, J. M. Ensino e aprendizagens inovadores com apoio de tecnologias. In:

MORAN, J. M. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 21a Ed. Papirus. Campinas-

SP, p. 11-72, 2013.

PEREIRA, M. G.; GOUVEIA, Z. M. M.; FARIAS, H. V. Materiais botânicos como

instrumentos de ensino de biologia: uma articulação entre o ensino de graduação e

extensão universitária. In: I Congresso Brasileiro de Extensão Universitária. I CBEU.

João Pessoa: Editora Universitária UFPB, p. 7. 2003.

SANTOS, F. S. A Botânica no Ensino Médio: Será que é preciso apenas memorizar

nomes de plantas? In: SILVA, C. C. Estudos de história e filosofia das ciências:

Subsídios para aplicação no ensino. Editora Livraria da Física. São Paulo. p. 223-243,

2006.

SILVA, L. A. O Uso Pedagógico de Mídias na Escola: Práticas Inovadoras. Revista

Eletrônica de Educação de Alagoas. v. 1, nº 1, p. 10, 2013.

SILVESTRE, C. P.; SOUZA, D. M.; SANTOS, J. M.C. T. Educomunicação e ensino

médio inovador, é possível? Anais do I Seminário Nacional do Ensino Médio: história,

mobilização, perspectivas. Mossoró, p. 1234-1244, 2011. Disponível em: < http://

www.uern.br/controledepaginas/senacemanais/ arquivos/0850_gd012.pdf> Acesso em:

15/06/2016.

TOLEDO, B. S. O Uso de Softwares como Ferramenta de Ensino Aprendizagem na

Educação do Ensino Médio/Técnico no Instituto Federal de Minas Gerais. Faculdade

de Ciências Empresariais. Mestrado Profissional em Sistemas de Informação e Gestão do

Conhecimento. Belo Horizonte – MG, p. 35, 2014.

PALAVRAS-CHAVES: Educação, Biologia, TIC’s.

60

1 Curso de Ciências Biológicas Licenciatura, Centro de Estudos Superiores de Caxias,

Universidade Estadual do Maranhão, [email protected]. 2 Curso de Ciências Biológicas Licenciatura, Centro de Estudos Superiores de Caxias,

Universidade Estadual do Maranhão. 3 Curso de Ciências Biológicas Licenciatura, Campos Torquato Neto, Universidade Estadual do

Piauí 4 Professor Doutor do Curso de Ciências Biológicas Licenciatura, Departamento de Química e

Biologia, Centro de Estudos Superiores de Caxias da Universidade Estadual do Maranhão.

61

O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA ATRAVÉS DA

MÚSICA

Nara Kássia da Silva de Mesquita¹

Prof. Me. Francinete Alves Nunes²

Este resumo apresenta a experiência em extensão universitária do projeto de extensão, o

desenvolvimento cognitivo da criança através da música, posto que a música esteja

presente em nosso cotidiano desde a antiguidade e exerce grande influência nos

indivíduos, portanto torna-se uma ferramenta indispensável no processo de ensino-

aprendizagem, pensando nisso, um trabalho pedagógico musical deve ser realizado no

contexto educativo que entenda a música como um processo continuo de construção que

envolve perceber, sentir, experimentar, imitar, criar e refletir. Pois além da música

representar uma ferramenta importante e necessária para a formação das crianças propicia

também, um vasto conhecimento para o educando. Sendo que, a utilização da música em

sala de aula contribui de forma significativa para a motivação e interesse dos mesmos,

tornando assim o ambiente prazeroso tanto para o professor quanto para o aluno. A

música quando utilizada pedagogicamente, o aprendizado da criança torna-se espontâneo

e sadio, favorecendo o pleno desenvolvimento ao decorrer do desenvolvimento do

referido projeto nossos objetivos foram, desenvolver atividades lúdicas tendo como

recuso pedagógico a música, assim podendo analisar o processo do desenvolvimento

cognitivo da criança, pois segundo Bréscia (2003, p.81), “o aprendizado de música amplia

a atividade cerebral, melhora o desempenho escolar dos alunos e contribui para integrar

socialmente o indivíduo”. O projeto foi desenvolvido na escola, Instituto de Educação

Básica Betel através de aulas expositivas ministradas para as crianças do 1º ano, no qual

trabalhamos atividades que desenvolvesse coordenação motora, atenção, percepção,

interação e diálogo assim utilizando como ferramenta principal a música, tendo em mente

que a finalidade única da intervenção pedagógica é contribuir para que o aluno desenvolva

as capacidades de realizar uma aprendizagem significativa para o mesmo. Durante este

período de aplicação do projeto foi possível observar um grande interesse por parte dos

educados, por essa nova metodologia que vem proporcionado aulas dinâmicas e

divertidas por meio de historias cantadas, brincadeira de roda, curiosidades musicais com

gestos e movimentos corporal, oficinas dentre outras atividades. Desse modo

despertando o intere-se e a curiosidade dos alunos em descobrir novas maneiras de

aprender, sendo bastante gratificante a todos que estão envolvida sendo também uma

62

experiência rica para a aluna bolsista, que pode através do desenvolvimento do referido

projeto, perceber e a importância da musicalização no contexto escola.

Palavra chave: Música. Ensino-aprendizagem. Desenvolvimento cognitivo.

Vejamos algumas imagens que apresentam um pouco da experiência vivida,

embora não expresse a riqueza total dela.

63

REFERENCIAS

RADESPIEL, Erica , REDESPIEL Maria. Música no ensino fundamental/ Minas

Gerais, 2014.

BRITO, T. A . Música na educação infantil: proposta para formação integral

da criança. 4ª Ed . São Paulo: Petrópolis, 2003.208p.

FERREIRA, D. A. A importância da música na educação infantil. Rio de

Janeiro.2002.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários da prática

educativa . 36ªed. São Paulo: Paz e Terra, 2007.

BEBER, M. C. A música como fator de sensibilização na educação infantil.

Revista eletrônica Catavento. Rio Grande do Sul , n.1, 2012.

FERREIRA, D. A. A importância da música na educação infantil.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários da prática

educativa . 36ªed. - São Paulo: Paz e Terra, 2007, 148 p.

64

MEIO AMBIENTE

65

O FANTÁSTICO MUNDO DOS INSETOS: IMPORTÂNCIA ECONOMICA,

AMBIENTAL E SAÚDE PÚBLICA

Fabiano Sousa OLIVEIRA1, Érica Pereira do NASCIMENTO2, Gabriela Viana

SCHREINER2, Thaisa da Costa BARROS2, Gislane da Silva LOPES3

INTRODUÇÃO

Insetos constituem o grupo mais diversificado de organismos sobre a terra,

representando cerca de 60% de todas as espécies conhecidas. Apesar de seu pequeno

tamanho, esses assumem importância socioeconômica muito grande devido a sua

diversidade e abundância em ecossistemas naturais e antrópicos (RAFAEL et al., 2012).

Eles compõem o grupo mais diversificado e abundante entre os animais, mas,

apesar desta característica, não são amplamente conhecidos pela maior parte da

população. (SILVA; COSTA NETO, 2004). Apesar de sua grande importância ecológica,

econômica e social, os insetos são conhecidos principalmente pelos danos e prejuízos ou

pelos benefícios causados à sociedade humana, atribuindo-lhe um conceito dualista,

majoritariamente pejorativo (LOPES, et al.,2013).

Assim, o presente trabalho objetivou conhecer as principais famílias de insetos,

seus hábitos, importância econômica e ecológica para promover à educação ambiental de

comunidades rurais e escolas municipais.

_______________________________

1Acadêmico/Bolsista do Curso de Zootecnia – CESGRA – UEMA – E-mail:

[email protected] 2Acadêmicos/Voluntários do Curso de Zootecnia - CESGRA – UEMA – **E-mail:

[email protected],[email protected], [email protected] 3Professora do Curso de Zootecnia-CCA - UEMA- E-mail: [email protected]

66

Foto 1A e 1B: Aplicação de questionário pré-informativo nas escolas municipais “Paulo Freire”

(esquerda) e “Frei Benjamin de Borno” (direita).

Fonte: Autores

MATERIAIS E MÉTODOS

O projeto foi realizado nas escolas públicas do município: “Frei Benjamim de Borno”,

localizada no Bairro Vila Viana, e “Escola Municipal Paulo Freire” localizada no Bairro

Rodoviário. Além das escolas, o projeto atendeu três propriedades rurais próximas ao

município de Grajaú – MA. Utilizou-se duas turmas do segundo e terceiro ano do ensino

fundamental e três propriedades rurais. Foram aplicados questionários pré-informativos

nas escolas e nas propriedades rurais contendo questões básicas sobre a temática do

projeto. Após a aplicação do questionário, na primeira etapa do projeto, deu-se início as

palestras educativas, seguido de apresentações das caixas entomológicas e cineminha e

dinâmicas interativas, como forma de maximizar o senso cognitivo dos educandos. No

final do projeto, foi aplicado um questionário pós-informativo, onde os alunos

responderam questões referentes à primeira etapa do projeto além de ser entregue a cada

diretor de escola e produtor rural uma cartilha educativa com o tema do projeto.

RESULTADOS

Aplicou-se 149 questionários pré-informativos com os alunos do ensino fundamental

abordando perguntas sobre a temática do projeto.

De acordo com o gráfico 1, dos 149 alunos entrevistados, apenas 2,68% conseguiram

distinguir os insetos dos artrópodes que lhes foram apresentados, enquanto que 97,32%

não conseguiram. E quando foram questionados para ilustrarem um inseto que conheciam

cerca de 73,83% acertaram e 26,17% erraram, e do total avaliado, 70,47% afirmarem que

os insetos são maléficos.

Para a segunda etapa do projeto, foram entrevistados 108 alunos (100%) houve um

decréscimo de 41 entrevistados (37,96%) comparado com a primeira entrevista, devido a

67

falta dos alunos nas aulas. Os dados do segundo questionários estão presentes no gráfico

2.

Baseado nessa premissa percebeu-se que, de maneira geral, o estudo surtiu efeito positivo

na visão de mundo e percepção que as crianças e possuíam quanto ao tema “insetos”. No

gráfico 3 estão apresentados os resultados do questionário aplicados aos produtores rurais

Observou-se que no que tange a importância econômica 2 produtores (66,67%),

afirmaram conhecer algum inseto que gera emprego e renda, e as abelhas (Ordem:

Hymenoptera; Família: Apidae) foram as mais citadas. Em relação a importância

ambiental, os 3 produtores (100%) mencionaram a importância de preservar os insetos na

sua propriedade, e apenas 1 (33,33%) relatou não conhecer a função dos insetos da ordem

0 00

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1

Série1 Série2

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1

Série1 Série2

Gráfico 3: Dados dos questionários pré-informativos aplicados nas propriedades

rurais do Município de Grajaú-MA (2016).

Gráfico 2: Respostas dos questionários pós-informativos aplicados aos alunos da

Unidade de Ensino Básico “Frei Benjamin de Borno e Paulo Freire” sobre insetos, no

município de Grajaú-MA (2016).

68

coleóptera (rola-bosta). Em relação a saúde pública, considerando os insetos vetores de

doenças para os seres humanos, todos os produtores afirmaram conhecer insetos que

causam mal à saúde (100%) e/ou 2 (66,67%) tiveram funcionários acometidos por

doenças como a dengue e Chikungunya.

CONCLUSÕES

Os principais insetos benéficos e maléficos encontrados com maior número de

representantes nas propriedades rurais foram das ordens: Coleoptera, Diptera,

Hymenoptera, Heteroptera e Lepidoptera. As apresentações nas escolas municipais bem

como para os produtores rurais possibilitou ao público conhecer à importância dos

insetos. As coleções entomológicas, o cineminha e a cartilha ilustrativa foram importantes

instrumentos para o ensino da educação ambiental nas escolas e propriedades rurais.

Palavras chaves: Insetos, Agricultura, Educação Ambiental

REFERÊNCIAS

RAFAEL, J.A.; MELO, G.A.; CARVALHO, C.J.B.; CONSTANTINO, C.R. Insetos do

Brasil: diversidade e taxonomia I. Ribeirão Preto: Halos, 2012.

SILVA, T. F. P.; COSTA NETO, E. M. Percepção de insetos por moradores da

comunidade Olhos D’Água, município de Cabaceiras do Paraguaçu, Bahia, Brasil.

Boletín de laSociedad Entomológica Aragonesa, Zaragoza, v. 35, p. 261-268, 2004.

Disponível em: <https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=1048119> Acesso

em 10/08/2016.

LOPES, P. P.; FRANCO, I.I.; OLIVEIRA, L.R.M.; REIS, V.G.S. Insetos na escola:

desvendando o mundo dos insetos para as crianças. Revista Ciência em Extensão.v.9,

n.3, p.125-134, 2013. Disponível em:

<http://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/view/845>Acesso em 10/08/2016.

69

MANEJO DE PASTAGEM ECOLÓGICA: DIAGNÓSTICO E DIVULGAÇÃO

DA TÉCNICA NA REGIÃO TOCANTINA DO ESTADO DO MARANHÃO

INTRODUÇÃO

A produção agropecuária no Brasil, em especial no cerrado tem transformado

consideravelmente o seu aspecto, resultado do excesso de desmatamento, compactação

do solo, erosão, assoreamento de rios, contaminação da água subterrânea, e perda da

biodiversidade, refletindo sobre todo o ecossistema. Para atender ao mercado

internacional cada vez mais competitivo e exigente, os produtores brasileiros tem

utilizado a produção em larga escala, intensiva em tecnologia, sem no entanto se

preocupar com a natureza (CUNHA et al, 2008).

Para que a produção agropecuária não tenha perda da capacidade produtiva, é necessário

que o manejo seja realizado de forma sustentável, com preservação e ou conservação dos

recursos naturais, da biodiversidade e mitigação dos impactos relacionados ao uso da

terra, o manejo de pastagem ecológica é apontado como uma das alternativas de

exploração sustentável, pois este método exclui o pastejo extensivo, sem descanso da

terra, a derrubada de florestas, o uso de herbicidas, e aração do solo, (BARCELLOS et

al, 2008).

Diante deste cenário, o objetivo deste trabalho foi fazer um levantamento dos resultados

coletados em uma fazenda que utiliza a técnica de manejo de pastagem ecológica, bem

como difundir o conhecimento e utilização desta técnica na região Tocantina do estado

do Maranhão.

PALAVRAS-CHAVE: Agropecuária. Desmatamento. Biodiversidade. Sustentável.

METODOLOGIA

O projeto foi realizado em duas etapas: a primeira etapa foi realizada com levantamento

de dados na fazenda Monalisa localizada no município de São Francisco do Brejão- MA

na qual levantou-se o rendimento mensal da fazenda. Para a avaliação da unidade

experimental foi utilizado o piquete, segundo o sistema Voisin, para os dados de

desempenho animal foram utilizados 30 bezerros da raça nelore, com peso vivo médio

inicial de 206,6 Kg distribuídos aleatoriamente. Os animais foram pesados, identificados

individualmente através de marcação com chips na orelha esquerda em sistema de manejo

rotacionado.

70

A implantação deste projeto iniciou-se em dezembro de 2015 e foi acompanhado até julho

de 2016, em uma área já delimitada por meio de piquetes, com leguminosas e forragem

disponível para a alimentação dos animais, posteriormente foi realizado a quantificação

do ganho de peso por unidade animal (UA), antes da entrada dos animais no pasto, os

mesmos foram pesados e identificados. Após três meses dentro do piquete foi pesado cada

animal, mais precisamente no mês de março de 2016.

A pesagem seguinte foi realizada no mês de junho e a última em julho de 2016, na segunda

etapa foi realizada a divulgação da técnica e dos resultados para a comunidade tendo

como público-alvo os fazendeiros da região Tocantina do Maranhão, como também foram

distribuídos materiais informativos como folders e banners e cartilhas utilizados nas

palestras e cursos realizados.

RESULTADOS

No diagnóstico realizado para levantamento de dados da fazenda modelo utilizada, foram

encontrados uma área total de 788 Ha, rebanho aproximado de 1.480 UA, e abate mensal

de 40 UA, com faturamento mensal de U$ 28.000,00. A fazenda modelo apresenta áreas

preservadas, com presença de vegetação nativa, árvores frutíferas, leguminosas e locais

para o pastoreio do gado, o que demonstra que o manejo do gado é operado de forma

sustentável. Segundo Soares et al (2005) a pecuária sustentável é feita de forma simples

e em harmonia com a natureza, sem deixar de lado a produtividade e a rentabilidade para

o produtor, onde se aplica os princípios da agroecologia (fig. 1).

Figura 1: Imagem demonstrando o manejo rotacionado, com o uso de piquetes (sistema Voisin

silvipastoril) na fazenda monalisa. Fonte: figura 1 a- Mauroni Alves Cangussú; Figura 1 b- INCAPER

O manejo de pastagem ecológica é realizado de maneira associativa, onde temos

o uso de piquetes pelo sistema Voisin, no qual o gado é manejado de forma rotacionada

para não prejudicar o crescimento das forrageiras, que irão ficar prontas para o consumo

A B

71

animal no tempo certo.

Na análise com os animais submetidos ao tratamento com manejo rotacionado e pastagem

ecológica, antes do tratamento os animais apresentavam uma média de peso inicial de

222,6 Kg, quando as novilhas foram colocadas dentro do piquete, após um período de três

meses a média de peso passou a ser de 258,6 Kg. Este resultado demonstra que os animais

tiveram um ganho de peso de 16%, e para o mês de junho, o ganho médio de peso foi de

296,4 com percentual aproximado de 15%, e para o mês de julho o ganho médio de peso

foi de 313,3 com percentual aproximado de 7% (fig. 2).

Figura 2- Peso médio de 30 novilhas ao longo dos meses na fazenda Monalisa localizada no município de

São Francisco do Brejão - MA.

A produção agroecológica é baseada nos princípios da sustentabilidade ambiental,

econômica e social, a pecuária de corte em sistema de pastejo que integra animal, planta

e solo, apresenta resultados superiores, que elevam o potencial de produção, já que

apresenta uma diversidade de forrageiras, exclui o pastoreio excessivo, em função da

disponibilidade maior de alimento para os animais, a média de ganho dos animais é de

0,6% a 1% do peso vivo (SAMPAIO, 2007).

Para o valor percentual do último mês do experimento o gado apresentou um ganho

médio de peso aproximado de 0,59 Kg/dia, mostrando que o animal submetido ao sistema

agroecológico e com uso de piquete rotacionado tem menos gasto de energia e uma dieta

mais produtiva. A inclusão de leguminosas e gramíneas na alimentação de bovinos,

favorece a melhoria da dieta por sua riqueza em proteínas como cálcio e magnésio,

entretanto animais em manejo convencional tem ganho médio 0,29 kg/dia, tendo

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1

Pes

o d

o G

ad

o (

Kg)

Mês

72

disponível para alimentação apenas sal e gramínea (SAMPAIO, 2007). Contudo animais

em pastejo orgânico tem ganho médio de 0,60 kg/dia, quando tem a disponibilidade na

dieta de leguminosas, forragem e suplementação mineral.

A divulgação da pesquisa foi realizada com duas palestras, sendo a primeira no município

de são Francisco do Brejão- MA, na escola municipal Tobias Barreto onde esteve presente

30 professores da instituição de ensino, a segunda palestra foi realizada no auditório da

Universidade Estadual do Maranhão (CESI- UEMA), no qual se fez presente produtores

e acadêmicos da instituição de ensino, com a participação de 80 pessoas (fig. 3).

Figura 3: Palestra manejo de pastagem ecológica. Fonte: próprio autor. Imagem do lado esquerdo, palestra

realizada no auditório da UEMA; Imagem do lado direito, banner de divulgação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O manejo ecológico de pastagens demonstra como produzir o gado de forma sustentável,

sem prejudicar a natureza, mas conservando, é uma forma de regenerar pastagens

degradadas. A fazenda Monalisa tem se mostrado como referência na aplicação de novas

técnicas sustentáveis, a fim de proteger os recursos naturais aliado a uma produção de

qualidade.

1 Ciências Biológicas, Universidade Estadual do Maranhão- UEMA, [email protected] 2 Ciências Biológicas, centro de Estudos Superiores de Imperatriz-CESI, Universidade Estadual do

Maranhão-UEMA 3 Ciências Biológicas, Centro de Estudos Superiores de Imperatriz-CESI, Universidade Estadual do

Maranhão-UEMA 4 Prof. D.Sc. em Fisiologia Vegetal, Ciências Biológicas, Departamento de Química e Biologia,

Universidade Estadual do Maranhão-UEMA

73

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA PROPOSTA PARA PRESERVAÇÃO DO

RIO MEARIM, BACABAL - MARANHÃO

Margareth Marques dos Santos1, Débora Martins Silva Santos²

Os recursos hídricos sempre determinaram a existência da vida (MACIEL-FILHO

et al. 2003). Porém, esses recursos encontram-se bastante degradados, a exemplo, a bacia

hidrográfica do rio Mearim. A porção desta bacia que percorre Bacabal está exposta a

fatores como crescimento demográfico, aumento da urbanização e exploração nativa, cujos

efeitos ainda não foram inteiramente dimensionados (SEMATUR, 1991). Então, devido ao

processo de degradação comprovado por análises de água e de alterações histológicas nas

brânquias de peixes coletados nesta área, foi possível realizar um processo de Educação

Ambiental. Assim, esse trabalho objetivou a sensibilização e conscientização da

comunidade ribeirinha e de pescadores do município de Bacabal, utilizando a pesquisa

científica como subsídio para campanhas educativas. O trabalho foi realizado com

ribeirinhos e pescadores da Colônia de pescadores Z-30, localizada no município de

Bacabal que se situa há cerca de 246 km da capital do estado, São Luís – MA. Inicialmente

foi realizado um questionário semiestruturado que compreendeu dois blocos, um com

questões de identificação pessoal e o outro sobre a percepção ambiental do local em que

vivem. Para a realização da pesquisa optou-se por uma amostra intencional e não

probabilística. Na primeira visita ao município de Bacabal foram determinados os

pescadores e ribeirinhos que participariam do projeto (53 entrevistados), onde, para

ambos, o critério de escolha foi realizado pela proximidade de suas residências com o rio

Mearim. O questionário foi respondido com autorização prévia de cada membro sendo

estabelecidas instruções sobre o destino das informações e a flexibilidade de não

participar do projeto assinalado no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As

entrevistas foram realizadas no mês de setembro de 2015 na sede da Colônia de

Pescadores Z-30, em Bacabal (Figura 1).

74

Figura 1. Aplicação dos questionários

Fonte: Soares (2015)

Após verificar a percepção ambiental do público alvo foram realizadas palestras de cunho

educativo, com os temas: qualidade da água, doenças parasitárias e alimentares de

veiculação hídrica, malefícios que a água contaminada traz à saúde dos peixes, além da

disponibilização de informações através de panfletos, folders relacionados ao tema. Na

última campanha foi realizada a limpeza das margens do rio e em conjunto com essa ação

foram distribuídos panfletos para a comunidade com informações de como conservar o

rio Mearim. Ao final do trabalho também foi distribuída uma cartilha com todas as

informações e instruções apresentadas durante as campanhas. As análises dos

questionários indicaram que a maioria dos pescadores e ribeirinhos é do gênero masculino

e natural de Bacabal. Em relação à idade e escolaridade, a maioria tem faixa etária

compreendida entre os 45 aos 55 anos e haviam cursado apenas os anos iniciais do ensino

básico. Os dados revelaram que os moradores têm uma percepção abrangente quanto às

causas e consequências dos problemas ambientais. Em relação à água consumida 28%

afirmaram que a água estava própria para o consumo. Já 72% dos entrevistados

responderam não ser própria para essa finalidade conforme. Quanto à utilização da água,

a pesquisa revelou que 24% dos entrevistados usam a água para beber, 23% utiliza para

limpeza doméstica e 27% dos entrevistados também revelaram utilizar a água para lavar

roupas e, ainda 26% utilizam a água para o banho. Para 100% dos entrevistados descartar

lixo no rio afeta os peixes e a saúde das pessoas que utilizam a água. Sobre o destino dos

75

resíduos que produzem, 33% responderam lançar no rio, 30% relataram que são lançados

a céu aberto. Dos entrevistados, 11% disseram ter fossas sépticas, 8% afirmaram ir para

estação de tratamento e 18% não souberam responder. Era notável o anseio da

comunidade por melhorias na qualidade de vida da mesma, pois era evidente a

insatisfação decorrente de injustiças sociais, como a falta de saneamento básico. As

análises da qualidade da água confirmam essa situação. Estas indicaram a presença de

coliformes totais que fazem parte da microbiota residente no trato gastrointestinal do

homem e de alguns animais, ressaltando que este ambiente está contaminado.

Considerando esse resultado, uma das palestras voltou-se para o tema “Doenças

parasitárias de veiculação hídrica”. Alguns membros da comunidade se manifestaram

com relatos sobre o contato com as parasitoses. Apesar de haver o conhecimento sobre

elas, não havia percepções mais abrangentes, como medidas preventivas necessárias para

não serem infectados. Segundo Munhoz et al. (1990), o desconhecimento a respeito

dessas medidas é condicionante para a disseminação das enteroparasitoses. Além disso,

enfatizou-se sobre a depauperação que os peixes vêm sofrendo, com foco nas lesões

histológicas branquiais. As informações acerca desse assunto impactaram bastante os

pescadores e ribeirinhos. A comunidade também foi instruída sobre como aproveitar o

lixo orgânico através do processo de compostagem. Essa proposta foi bem aceita, visto

que os mesmos possuem a agricultura como forma alternativa de sustento. Alguns

membros da comunidade relataram que o descarte inadequado de resíduos sólidos não é

o principal problema ambiental ao qual o rio Mearim está exposto. Há um consenso entre

a maioria que a agropecuária, agricultura e o matadouro - instalado às margens do rio -

vêm causando impactos graves (Figura 2 - A e B).

76

Figura 2. Matadouro às margens do rio. Em A observa-se matéria orgânica sendo escoada para o rio. Em

B percebe-se as instalações às margens do rio Mearim

Fonte: Elaborada pela autora e Pereira (2015)

A limpeza dos rios foi uma iniciativa para chamar a atenção da comunidade para a

importância de manter as margens do rio limpas, pois se encontrava com grande

quantidade de resíduos sólidos e estes podem degradar as matas ciliares causando o

assoreamento do rio. Os principais resíduos coletados foram às sacolas e copos plásticos,

garrafas pet, também foram encontrados animais mortos em processo de decomposição.

Os panfletos continham informações sobre as formas de conservar o rio, como o

envolvimento e comprometimento da comunidade com o mesmo; a busca de informações

sobre o meio ambiente e o rio; denunciar vazamentos, lixo e poluição; não descartar lixo

no rio para preservar as matas ciliares. Essas informações puderam auxiliar os moradores

em suas ações em relação ao rio. O trabalho demonstrou que os pescadores e ribeirinhos

são conscientes dos problemas que afetam o rio Mearim e que estes refletem diretamente

na qualidade de vida da comunidade, bem como, revelou a predisposição a participarem

de atividades que visem melhorar a qualidade ambiental do rio. Enfatizar a utilização dos

recursos com os quais os pescadores trabalham e explicitar como as suas ações e a dos

moradores de Bacabal afetam diretamente a saúde do ambiente sensibilizou a comunidade

para rever sua conduta e a forma como interagem com o meio. Além disso, foi

imprescindível a compreensão da responsabilidade individual dos moradores frente às

problemáticas já conhecidas por eles. Portanto, o envolvimento da comunidade foi um

componente decisivo no processo educativo.

PALAVRAS-CHAVE: Educação Ambiental. Conservação. Rio Mearim.

77

REFERÊNCIAS

MACIEL-FILHO A.A., GÓES-JÚNIOR C.D., CÂNCIO J.A., HELLER L., MOARES

L.R.S., CARNEIRO M.L. & COSTA S.S. 2003. Interfaces da gestão de recursos

hídricos e saúde pública. Disponível em: <

http://pt.slideshare.net/ProjetoBr/interfaces-da-gesto-de-recursos-hdricos-e-sade-

pblica>. Acesso em 15 de setembro de 2016.

MUNHOZ, R. A. R, FAINTUCH M. B, VALTORTA A. Enteroparasitoses em pessoal

de nutrição de um hospital geral: incidência e valor da repetição dos exames. Rev

HospClinFac Med S Paulo. 1990;45(2):57-60.

SEMATUR, 1991. Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Turismo. Diagnóstico dos

principais problemas ambientais do Estado do Maranhão. São Luís-MA, 193 p.

¹ Ciências Biológicas, Centro de Educação, Ciências Exatas e Naturais, Universidade Estadual do

Maranhão, [email protected] 2 Profª Drª do Departamento de Química e Biologia da

Universidade Estadual do Maranhão

78

SAÚDE

79

REDE CEGONHA: PROMOÇÃO DA SAÚDE E ATENÇÃO HUMANIZADA

NO CICLO GRÁVIDO-PUERPERAL

Hayla Nunes da Conceição1; Francilene de Sousa Vieira2; Helayne Cristina

Rodrigues3; Maria de Jesus Lopes Mousinho Neiva4

INTRODUÇÃO: A gravidez é reconhecidamente um dos determinantes do estado de

saúde da mulher, sendo em algumas situações o único momento de contato que a mulher

em idade reprodutiva terá com os serviços de saúde, tratando-se de uma grande

oportunidade para uma assistência direcionada à promoção da saúde da mulher,

orientação e rastreamento de enfermidades. Dos programas instituído para a realização

da prática de uma assistência humanizada no ciclo- grávido-puerperal, destaca-se a Rede

Cegonha, que visa uma mudança no atendimento o pré-natal e estimular a adesão precoce,

permitindo a detecção precoce de possíveis complicações e redução das taxas de

morbimortalidade materna, peri e neonatal registradas no país e melhor acesso, cobertura

e qualidade no acompanhamento pré-natal, na assistência ao parto, puerpério e neonatal.

OBJETIVO: desenvolver e promover ações educativas de promoção da saúde e atenção

humanizada a mulher no ciclo grávido-puerperal; bem como, estabelecer vínculos entre

a equipe de Saúde da Família e Gestantes, orientar sobre o pré-natal e planejamento

familiar, além de promover interação entre acadêmicos gestantes e puérperas atendidas

nas Unidade Básicas de Saúde. MATERIAIS E METODOS: A abordagem metodologia

do projeto consiste na execução de atividades de extensão em três Unidades Básicas de

Saúde (UBS) foram escolhidas as seguintes UBS: Fazendinha, Mutirão e Ponte, sendo

selecionadas as baseada nos dados do Sistema de Acompanhamento do Programa de

Humanização no Pré-Natal e Nascimento (SISPRENATAL), selecionadas as três UBS

com maior número de gestantes cadastradas. Nas UBS, executando ações junto às

mulheres em idade fértil, desenvolvendo oficinas de planejamento reprodutivo, palestras,

oficinas, rodam de conversas, grupos de discussões orientações contemplando os

seguintes temas: pré-natal (exames, consultas), parto, puerpério, cuidados com o RN e

aleitamento materno. A metodologia usada para desenvolvimento das atividades consiste

na utilização de dinâmicas, depoimento, troca de informações e orientações tem se

mostrado eficaz e enriquecedora para os envolvidos no projeto e principalmente na

80

comunidade. RESULTADOS: Através do desenvolvimento das ações educativas de

promoção a saúde, foi possível proporcional um atendimento complementar ao realizado

nas consultas pré-natais. Além do mais, a disseminação de informações sobre a rede

cegonha tem possibilitado um melhorar aderência das gestantes ao pré-natal,

possibilitando troca de experiências, mudanças de hábitos para evitar impactos negativos

na saúde do binômio mãe-bebe, para hábitos considerados mais adequados, diminuir a

ansiedade e tem possibilitado esclarecimento de dúvidas que surgem neste período. Além

disso, tem estimulado o desenvolvimento de um pensamento crítico entre as mesmas,

sendo instrumentos de informação.

Foto 1- Realização da oficina educativa com

gestantes

Foto 2-Demonstração da forma

correta de amamentar

Foto3- Roda de conversa- Troncando experiências

Foto 4- Cartilha “Conversa de

Mães”

CONCLUSÃO: Assim, com o desenvolvimento das atividades do projeto, foi possível

observar que grande parte dos resultados foram alcançados. Permitindo orientar as

gestantes sobre os cuidados necessários durante todo o ciclo grávido-puerperal, sobre o

81

planejamento familiar e possibilitou a adesão a gestante durante todo esse período, foi

estimulado o acompanhamento puerperal e puericultura, além de ter proporcionado trocas

de experiências entre gestantes e acadêmicos. Dessa forma, é de fundamental importância

a realização de projetos dessa abrangência para contribuir positivamente na saúde

materno-infantil e preparando a mulher para aproveitar da melhor maneira esse período.

Palavras- chaves: Rede Cegonha. Promoção da saúde. Ciclo gravido-puerperal.

82

ABORDAGEM E APLICAÇÃO DE HÁBITOS DE HIGIENE

NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Layssa Lima Guimarães¹; Patrícia Fernandes Sousa²; Franciellen Costa

Silva2; DSc. Sheila Elke Araújo Nunes3

Nas últimas décadas, como tendência mundial tem-se observado o crescimento do

número de crianças que recebem diariamente cuidados fora do lar e de forma coletiva

(NESTI;GOLDBAUM, 2007). O impacto que esta realidade vem apresentando no

comportamento das doenças infecciosas na comunidade, através do risco aumentado para

a aquisição de doenças transmissíveis a que estão expostos os envolvidos neste cuidado,

tem sido amplamente reconhecido como problema de saúde pública (AIELLO; LARSON

2002). Neste contexto os pré-escolares constituem uma parcela da população

biologicamente vulnerável à aquisição de doenças, devido, sobretudo, a imaturidade do

sistema imune e ao rápido crescimento (CUERVO et al., 2005), além do mais,as doenças

infecciosas e parasitoses encontram no ambiente coletivo, condições para serem

disseminadas, sendo associadas diretamente à falta de higiene(MARANHÃO et al

2000).Com o objetivo de corroborar com a prática de hábitos de higiene, redução de

infecções parasitárias e através de incentivos à geração de hábitos de higiene na educação

infantil de maneira prática, proporcionando uma aprendizagem lúdica capaz de aproximar

as crianças da importância dos bons hábitos higiênicos e torná-las aptas para repassar o

conhecimento trabalhou-se com crianças da pré-escola, matriculadas na rede municipal

de Imperatriz, este em uma parceria entre a Universidade e Escola. O projeto foi realizado

em duas creches públicas, com alunos de 4 a 6 anos de idade. Com realização de sete

visitas/atividades em cada creche, para apresentação de palestras e oficinas (Figura 1)

abordando os temas: 1)Higiene e saúde, 2) Importância dos hábitos de higiene, 3) Cuidado

com os alimentos 4)Cuidados com o corpo e 5) Doenças transmitidas por bactérias e

parasitos e doenças transmitidas através de água contaminada. Utilizou-se de filmes

didáticos, teatro, desenhos para colorir e imagens lúdicas com auxílio do data show para

chamar a atenção das crianças e fixar o conhecimento, alertando sempre sobre os

microrganismos presentes nas mãos e como a lavagem correta poderia eliminá-los. Após

essa etapa, no Laboratório Ciências da Saúde, da Uema/Campus Imperatriz, foi preparado

o meio de cultura, nas proporções de 16,6g de ágar nutriente para 700mL de água

destilada. Fervido no micro-ondas por 10 minutos, agitando sempre para completa

83

dissolução. Depois, autoclavado por 12 minutos e distribuído em 50 placas de petri

esterilizadas. Após a solidificação do meio,as placas foram divididas em quatro campos:

A, B, C e D.Com auxílio de caixa térmica higienizada, as placas foram transportadas para

a creche no dia da prática.As coletas foram realizadas no turno vespertino intitulada “

praticando a lavagem correta das mãos”. O procedimento não proporcionou nenhum risco

à criança já que tanto o meio de cultura quanto a placa de Petri foram esterilizados no

laboratório. Os alunos foram chamados individualmente apresentaram-se no local da

coleta usando touca e máscaras, obedecendo o nome na lista de chamada, e na sequência

as placas eram identificadas. A coleta foi realizada numa área correspondente à superfície

do dedo indicador da mão direita no movimento de ‘‘ziguezague’’ (Figura2). Primeiro,

sem lavar as mãos, o dedo foi friccionado no campo A da placa de Petri; no campo B,

após a lavagem das mãos como de costume pela criança, o dedo foi friccionado; no campo

C, o dedo era friccionado após a reprodução da correta da lavagem das mãos com uso de

água, sabão e álcool em gel a 70% ,e o campo D foi o controle, onde se resguardou o não

contato com superfícies. Ao término das coletas, as amostras foram organizadas na caixa

térmica e transportadas para o Laboratório de Ciências da Saúde, onde foram incubadas

a 37º C na estufa bacteriológica por 72 horas, após este período foi avaliado a presença e

ausência de colônias e o quantitativo destas. A segunda oficina pratica teve como objetivo

observar parasitos no leito ungueal (Figura 3) foi realizada com um pedaço de fita adesiva

transparente colocada em uma espátula, tipo abaixador de língua, com a parte adesiva

voltada para fora. Pressionou-se firmemente a espátula contendo a fita adesiva contra o

leito ungueal da criança, a fita adesiva foi colocada na lâmina devidamente identificada.

Na hora da leitura ao microscópio levantou-se cuidadosamente a fita da lâmina para

pingar uma gota de lugol, com auxílio de conta gotas. Foi pesquisado no microscópio,

com objetivas de 10 e 40, a presença de parasitos. Participaram das palestras 100 crianças.

Da pesquisa de bactérias nas mãos participaram 26 crianças e foi observado que o

crescimento no campo ‘’A ”foi de 69% (18) das placas(figura 4).No campo‘’B”o

crescimento ocorreu em 53% (14) das placas e no campo “C”não houve crescimento

bacteriano em 85% (22)(Tabela 1).Na pesquisa de parasitos no leito ungueal foram

analisadas 52 laminas,em 3constatou-se a presença de parasitos como cisto de Giardia

lamblia em 2 lâminas e ovo de Ascaris lumbricoides em 1 outra lâmina.Os resultados

encontrados evidenciam a possibilidade de parasitoses terem como via de transmissão o

conteúdo subungueal. O trabalho ressalta a relevância do hábito de higiene

principalmente nas series iniciais, pois é nessa fase que eles podem facilmente assimilar

84

hábitos, e repassá-los para familiares, de forma a corroborar com a diminuição da taxa de

contaminação por doenças infecciosas e parasitarias.Deve ser ressaltada a importância do

corte das unhas e a lavagem correta das mãos assim como todos os hábitos de higiene

como medida profilática a doenças infecciosas e parasitarias.

Figura 1 :exibição de filme educativos sobre figura 2:fricção do dedo em placas de

Higiene e saúde. Petri para avaliar o crescimento bacteriano

Figura 3: coleta de parasitas no leito ungueal

Figura 4: Placas de cultura utilizando ágar nutriente com

crescimento de colônias nos campos A e B.

Tabela 1 – Crescimento de bactérias antes e após a higienização das mãos de crianças

de 4 a 6 anos, atendidas pelo projeto abordagem e aplicação de hábitos de higiene na

educação infantil.

85

ANÁLISE DA COBERTURA DO RASTREAMENTO POPULACIONAL DO

CÂNCER DO COLO DO ÚTERO E DA MAMA EM UMA ÁREA RURAL DE

CAXIAS – MA

Nataniele Santos da Silva; Francielle Borba dos Santos; Maria Edileuza Soares

Moura

Introdução: As neoplasias, atualmente, constituem a segunda causa de morte em

mulheres brasileiras, sendo que o câncer da mama ocupa o primeiro lugar, com estimativa

de 57.960 casos novos para o ano de 2016, seguido do câncer de cólon e reto com 17.620

(8,6%) e do colo do útero com 16.340 (7,9%) (INCA, 2016). As altas taxas de incidência

e mortalidade por câncer do colo do útero e da mama no Brasil apontam para a baixa

cobertura ou ainda a inexistência dos rastreamentos nos serviços da atenção básica à

saúde, principalmente, em áreas distantes e de difícil acesso como, comunidades rurais,

periferias e favelas, quilombos, comunidades ciganas, dentre outras (BRENNA et al.

2001). Os rastreamentos constituem métodos de detecção precoce em público-alvo

aparentemente saudável / sem sintomas, com vistas a identificar lesões precoces sem

expressões clinicas para rápida intervenção e referência diagnósticas e de tratamento. No

entanto, a forma vigente de rastreamento consiste no oportunistico, que em detrimento do

organizado, não se tem controle quanto ao seguimento da periodicidade de realização

destes exames, assim como da cobertura da população-alvo, o que implica em

superastreamento de umas e não cobertura de outras (SILVA; ORTALE, 2011). Sendo

assim o objetivo deste estudo foi analisar a cobertura do rastreamento do câncer do colo

do útero e da mama desenvolvidos pela Estratégia Saúde da Família em zona rural de

Caxias-MA, em mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos, por meio da identificação das

mulheres que realizaram o rastreamento do câncer do colo do útero e da mama, dos fatores

de risco para esta doença nesta população, e elaboração de indicadores de cobertura de

mamografias e de exame citológico.

Metodologia: estudo transversal, de abordagem quantitativa, o qual teve como início a

apresentação a equipe de ESF a proposta do projeto, seguida da coleta de dados em uma

amostra de 300 mulheres, conforme realizado o cálculo amostral representativo. Esta

coleta deu-se por meio de duas vertentes: no próprio posto de saúde e nos domicílios

pertencentes a essa área, abrangendo povoados como: Barriguda, Laranjeira, Terra dura,

86

Jacurutu, São Miguel, Santa Rosa. Além de ruas do próprio povoado, dentre elas: Rua do

Eucalipto, Centrinho e Rua Grande. Em seguida, ocorreu a identificação e seleção de

mulheres que nunca realizaram ou estavam com a periodicidade de realização dos exames

preventivos para os respectivos canceres em atraso, por meio do instrumento de coletas

aplicados, sendo feito posteriormente a tabulação de dados para análise da prevalência

dos fatores de riscos nesta população. Concluímos a intervenção com a realização de

atividades de educação em saúde reforçando sobre os fatores riscos para esses cânceres

com as 151 mulheres que possuíram coleta de material colpocitológico e marcação de

consulta para realização de mamografias (nesta ação tivemos amplo apoio da equipe de

saúde da família. Resultados: Realizaram o exame citológico alguma vez na vida 275

mulheres da amostra total, havendo uma prevalência de realização correspondente a

91,6%. Este percentual relaciona-se a cobertura da colpocitologia para esta população

estudada. Contudo, quanto a periodicidade de realização do exame de Papanicolau,

observou-se que houve uma prevalência de intervalo entre exames maior ou igual a 5

anos, fator este que contraria ao preconizado pelo Instituto Nacional do Câncer. Esta

variável corrobora com os estudos de Lagana e colaboradores (2013) no qual 34,9% das

mulheres realizavam o citológico em intervalos superiores a 5 anos. No tocante aos

fatores de risco, fumar e tempo de tabagismo, 97 mulheres fumavam, no entanto, quando

comparado ao tempo de tabagismo, verificou-se que 35,1% (34) das mulheres possuíam

>30 anos como fumantes. Segundo INCA (2016) o risco é proporcional ao tempo de

tabagismo e a quantidade de cigarros fumados/dia. Para as variáveis comportamento

sexual, quantidade de parceiros tem-se a predominância de 1 parceiro 58,7%(176),

seguida de 22% (66) para >3 parceiros, Heraclio e colaboradores (2015) defendem que

quanto maior a quantidade de parceiros maior exposição aos vírus e maior a

suscetibilidade a infecção. Quanto ao uso de preservativos, o sexo desprotegido / não uso

da camisinha por estas mulheres foi confirmado por 65%(195) da amostra. Quanto a

realização de mamografia, das 152 mulheres rastreadas, somente 97 fizeram a

mamografia, que constitui o indicador de 32,3% da cobertura de mamografias para a

amostra de 300 mulheres. Dentre os fatores de risco para o câncer da mama, mulheres

com idade superior a 50 anos foi relevante, pois a média de idades das participantes

consistiu-se em ∑ 51,065 anos, seguida dos fatores modificáveis, dentre eles a não

realização de atividade física e o elevado IMC. Sendo que 90,1%(137) não realizavam

atividade física, segundo Imanuru e colaboradores (2011), a prática de atividade física é

vista como fator de proteção para o câncer da mama; já quanto ao Índice de Massa

87

Corpórea, identificou-se que 44,1%(67) das mulheres apresentaram sobrepeso, variável

esta que contribui para o desenvolvimento desta neoplasia.

1-FOTOS DE APLICAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS

2-TABELAS COM PREVALENCIA DOS FATORES DE RISCO PARA OS

CANCERES

FUMO Frequência Porcentagem Porcentagem acumulada

NAO 203 67,7% 67,7%

SIM 97 32,3% 100,0%

Total 300 100,0% 100,0%

FOTO 1: COLETA DE DADOS EM

DOMICILIO FOTO 2: COLETA DE DADOS NA

UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

88

Nº DE PARCEIROS Frequência Porcentagem Porcentagem acumulada

>3 66 22,0% 22,0%

1 176 58,7% 80,7%

2 58 19,3% 100,0%

Total 300 100,0% 100,0%

CITOLOGIA Frequência Porcentagem Porcentagem acumulada

NAO 25 8,3% 8,3%

SIM 275 91,7% 100,0%

Total 300 100,0% 100,0%

MAMOGRAFIA Frequência Porcentagem Porcentagem acumulada

NÃO 55 36,2% 36,2%

SIM 97 63,8% 100,0%

Total 152 100,0% 100,0%

89

3- AÇÕES DE EDUCAÇAO EM SAUDE E REALIZAÇAO/MARCAÇAO DE

CITOLOGICO E DE MAMOGRAFIA

ATIVIDADE FÍSICA Frequência Porcentagem Porcentagem acumulada

Yes 15 9,9% 9,9%

No 137 90,1% 100,0%

Total 152 100,0% 100,0%

IMC

IMC Frequência Porcentagem Porcentagem

acumulada

ABAIXO DO

PESO 4 2,6% 2,6%

NORMAL 51 33,6% 46,7%

OBESIDADE 30 19,7% 66,4%

SOBEPESO 67 44,1% 100,0%

Total 152 100,0% 100,0%

90

CONCLUSÃO:

A aplicação dos questionários, as buscas ativas e a realização de atividades educativas,

possibilitaram o alcance das metas propostas para esta intervenção. Como ganhos

secundários pode-se apontar melhoria do acolhimento e humanização da assistência às

mulheres acompanhadas pela equipe de saúde da família desta unidade de saúde, assim

como contribuir para o aumento da cobertura de exames citológicos e mamografia para

as mulheres atendidas neste serviço de saúde, por meio das informações repassadas pela

equipe deste projeto de extensão aos agentes comunitários de saúde e comunidade, no

tocante as mulheres não assistidas da sua área de trabalho, e o começo da implantação de

um mapa de busca ativa de mulheres, a partir da listagem das 300 mulheres que foram

entrevistadas.

91

TRABALHO

92

AUTOMAÇÃO LABORATORIAL DE FÍSICA COM ARDUÍNO

Douglas Eduardo1, Felipe Pontes 2, Paulo Sérgio 3 , Ramon de Sá 4

Yury Paixão 5 , Ricardo Yvan 6

O ensino da física deve sempre apresentar seu principal fundamento, que é o processo de

descoberta do mundo natural e de suas propriedades. Este processo de descoberta deve

ser realizado mediante o método científico cujos procedimentos são erradamente

resumidos em conceitos teóricos com quase nula ou nula prática experimental. O

conhecimento teórico apreendido na Universidade ou escola deve ser confrontado com

atividades experimentais para que este conhecimento possa ser fixado pelo aluno, isto

devido a que o aluno manipulará e observará a ocorrência dos fenômenos físicos perante

o acompanhamento do seu professor. A falta de métodos experimentais nas aulas de física

das escolas públicas resulta num baixo nível de aquisição dos conteúdos curriculares,

tornando o processo de aprendizagem fraco. Neste contexto este projeto buscou

desenvolver experiências de Física, fazendo uso da ferramenta de automação como

método de fixação e comprovação dos conceitos físicos estudados em sala de aula, de

maneira especial o estudo do movimento de queda livre, automatizar os experimentos de

Física usando o Arduíno como ferramenta principal, criação das maquetes adaptadas aos

experimentos que foram embarcados, desenvolver todo o aparelho físico-matemático que

os experimentos precisaram para ser automatizados. Para a realização dos experimentos

foi necessária a placa programável Arduíno Uno, protoboard, componentes eletrônicos

para a instalação de um circuito elétrico-eletrônico (sensores – LDR -, fios de conexão,

LED, laser e etc.), cano de PVC. Os alunos envolvidos no projeto obtiveram um breve

conhecimento sobre as linguagens de programação PortuGol, C e C+ para que estivessem

aptos a automatizar e criar algoritmos para a realização dos experimentos por meio da

placa Arduíno Uno. Tendo a consciência que o campo da física permite uma gama de

experimentos com o viés de fixar, observar e compreender suas teorias, leis, postulados,

este projeto deu ênfase ao movimento de queda livre de um corpo como o principal objeto

de estudo para a inserção da automatização como uma ferramenta pedagógica. O uso da

automação como método experimental tornou o processo de aprendizagem mais dinâmico

e construtivo, possibilitando aos alunos uma aproximação real entre teoria e prática. Por

outro lado, o projeto deu aos futuros docentes de física da UEMA um novo incremento

93

pedagógico, a automação computacional, que tornará a aula menos enfadonha e quebrar

o paradigma de que a Física é um amontoado de fórmulas e uma disciplina dita, por muitas

vezes, como chata.

Palavras-chave: Arduíno Uno. Automação. Aprendizagem.

1 Física-Licenciatura, CECEN, Universidade Estadual do Maranhão, [email protected] 2 Física-Licenciatura, CECEN, Universidade Estadual do Maranhão, [email protected] 3 Física-Licenciatura, CECEN, Universidade Estadual do Maranhão, [email protected] 4

Física-Licenciatura, CECEN, Universidade Estadual do Maranhão, ramondesa@outlook,.com 5

Física-Licenciatura, CECEN, Universidade Estadual do Maranhão, [email protected] 6

Doutor Professor, Física, CCT, Universidade Estadual do Maranhão

94

TECNOLOGIA

95

ORIENTAÇÃO AOS PROFISSIONAIS E ESTUDANTES DA MEDICINA

VETERINÁRIA CAMPUS IMPERATRIZ/UEMA, SOBRE MEDIDAS DE

URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS EM CÃES E GATOS ATRAVÉS DA

UTILIZAÇÃO DE UM APLICATIVO MÓVEL

Jhany Vieira de Souza¹, Geovania Maria da Silva Braga²

Resumo: O presente projeto extensivo teve como papel a orientação sobre medidas de

urgências e emergências em cães e gatos utilizando um aplicativo móvel. O software

fornece informações a respeito dos procedimentos que devem ser tomados ao prestar os

primeiros socorros em cães e gatos. Ademais, instruções presenciais foram proferidas aos

alunos de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA),

fazendo com que os mesmos tenham conhecimentos sore como proceder nos casos de

urgências e emergências em cães e gatos.

Palavras-chave: Tecnologia. Mobilidade. Conhecimento.

Introdução

A tecnologia do momento é a mobilidade, com isso a era dos Smartphones e suas

possibilidades nos surpreendem a cada dia, relata Nunes (2011). As possibilidades do uso

da tecnologia como ferramentas educacionais estão crescendo cada vez mais, e os limites

dessa expansão são desconhecidos. Uma vez que a cada dia surgem novas maneiras de

usar a tecnologia como recurso, para enriquecer e favorecer o processo de aprendizagem.

O mercado de celulares está crescendo cada vez mais e estudos mostram que, hoje em dia

mais de 3 bilhões de pessoas possuem um aparelho celular, e isso corresponde a mais ou

menos metade da população mundial, segundo Lecheta (2010). Tendo isso em vista, foi

formulado um projeto que apontou como objetivo principal a disseminação do

conhecimento em fornecer orientações de urgências e emergências em cães e gatos, aos

profissionais e acadêmicos de Medicina Veterinária.

A demais, outros objetivos foram propagar informações e orientações sobre medidas de

urgências e emergências em cães e gatos à todos adeptos do aplicativo, assim como

também instruir profissionais e acadêmicos de Medicina Veterinária Campus

Imperatriz/UEMA, em como proceder nessas situações utilizando o aplicativo como base,

96

e tornar o Curso de Medicina Veterinária e a Instituição mais reconhecidos na área

educacional e tecnológica.

Metodologia

O projeto extensivo foi realizado no município de Imperatriz (MA), mais pontualmente

no CESI/UEMA e para a efetivação do mesmo foram utilizados livros e artigos em

informática na área de Medicina Veterinária, sobre urgências e emergências em animais.

Indispensáveis também foi o uso de computadores e smartphones, ademais, houve a

necessidade da utilização de manequins nos estudos, no caso, cães e gatos, para orientação

e demonstração em como decorrer nos procedimentos de urgências e emergências.

Resultados

Os resultados foram bem satisfatórios, uma vez que até o momento houve 818 instalações

do aplicativo em aparelhos móveis, como demonstra a Figura 1. O que significa dizer

que, o software contribui para o conhecimento de 818 usuários através de medidas e

informações sobre urgências e emergências em cães e gatos, como explícito nas Figuras

2 e 3. Ademais, as orientações presenciais aos alunos de Medicina Veterinária da

Universidade Estadual do Maranhão, Campus Imperatriz foram excelentes e acrescentou

muito ao conhecimento dos estudantes sobre urgências e emergências em animais de

pequeno porte, no caso cães e gatos.

97

Figura 1 - Demonstração da disponibilidade do aplicativo na loja virtual da PlayStore,

em que, para os usuários demonstra que há mais de 500 instalações e os números só irão

mudar na exibição, quando ultrapassar 1000 instalações, sendo que até o momento existe

818.

Figura 2 - Exemplo de informação disponível no aplicativo. No caso, sobre frequência

cardíaca, onde há os valores de referência e o passo a passo com imagem ilustrativa sobre

o modo de avaliar a mesma.

98

Figura 3 - Exemplificação de alguns dos procedimentos de urgência e emergência em

cães e gatos disponíveis no aplicativo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na contemporaneidade, a utilização da tecnologia é imprescindível no ensino, pesquisa e

extensão, uma a vez que, a mesma serve como fonte de informação sobre vários assuntos

aos diversos usuários, principalmente aqueles possuem animais de estimação, no caso

cães e gatos. Ademais, é tácito que a tecnologia tem contribuído em grande dimensão,

para a evolução da ciência. Assim, o aplicativo aliado ao projeto de extensão tem

cumprido com seu propósito, uma vez que mais de 800 usuários foram beneficiados com

informações sobre medidas de urgências e emergências em cães e gatos, assim como

acadêmicos de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão receberam

orientações presenciais sobre como proceder em casos se primeiros socorros em cães e

gatos.

99

ENERGIA ALTERNATIVA E APLICAÇÕES, ALÉM DOS MUROS DA UEMA

Antônio Joel1, Francisco de Assis Miranda Filho², José do Nascimento Linhares³,

José de Ribamar Gomes4, Josy Ferreira Belfort5, Joaquim Teixeira Lopes6

Segundo Lopes e Soares (2011), no final da noite do dia 25 de outubro e início da

madrugada do dia 26 do presente ano, a região Nordeste foi afetada por um apagão que

durou aproximadamente duas horas e meia. O problema foi atribuído à distribuição de

energia do Sistema Interligado Nacional, de responsabilidade do ONS (Operação

Nacional do Sistema). Segundo a imprensa nacional, a essa região será abastecida por

meio de usinas térmicas, que é uma fonte energética suja e cara. De acordo com os

representantes do Ministério de Minas e Energia essa medida foi tomada por que o índice

de chuvas nessa região está muito baixo, afetando a bacia do rio São Francisco, onde

estão situadas nove usinas que geram energia a partir da força dessas águas. Um exemplo

disso é a barragem do Sobradinho que teve um decréscimo na produção de 90% para

24%. Ainda segundo o noticiário, a partir do dia 29 (segunda-feira) 40% da energia que

o Nordeste consome serão produzidos pelas usinas movidas a gás e a óleo combustível.

A consequência de tal medida se perceberá no bolso do consumidor e no impacto ao meio-

ambiente, o que não deveria acontecer, pois a região Nordeste está situada ao sul do

Equador, entre 1° e 18°30’ de latitude sul e 34°20’ e 48°30’ de longitude oeste, tendo a

norte e a leste o Oceano Atlântico e como clima predominante, o semiárido, havendo

instabilidade na temperatura e alta incidência de radiação solar (sendo 5.700 a 5.900

kWh/m². dia), indicando grande potencialidade para a construção de usinas solares para

a geração de energia elétrica, pelo processo fotovoltaico e térmico. Vários países utilizam

a energia solar e eólica como fonte alternativa de energia, destacando no deserto do Saara,

o maior projeto solar do mundo, capaz de gerar 100 GW de energia, que será enviada

para a Europa por linhas de alta voltagem que atravessarão o mar Mediterrâneo, em um

investimento de 400 bilhões de Euros. A China pretende investir US$ 738 bilhões em

energia renovável na próxima década, priorizando a energia fotovoltaica, energia eólica

e a termos solar. O presente projeto tem como finalidade mostrar para alunos e professores

a importância da disciplina física teórica e experimental, no ensino de energia alternativa,

utilizando modelos matemáticos de simples compreensão. Assim, através estudos

100

teóricos e experimentais, demonstramos que podemos utilizar energia solar para a geração

de energia térmica e elétrica, usando placas fotovoltaicas, como mostra as figuras 1 e 2.

Apresentando por meio de palestra - sobre energia alternativa: Energia alternativa e

aplicações, além dos muros da UEMA, na Escola C.E. Cidade Operária II - os resultados

dos estudos para a comunidade, conforme figuras 3, 4 e 5.

Figura 1 - Materiais Utilizados nos Experimentos.

Figura 2 - Teste Experimenta

101

Figura 3 - Seminário no Colégio C.E. Cidade Operária II

Figura 4 – Participantes do projeto

102

Figura 5- Alunos do Colégio C.E. Cidade Operária II aprovando o projeto.

Palavras-chave: Radiação solar, Energia, UEMA.

REFERÊNCIAS

LOPES, J.T, SOARES, C.C. Potencial energético solar do município de São Luís do

Maranhão. Congresso Ibero americano de Engenharia Mecânica, 10, Universidade do

Porto. Artigo. P. 1367-1370. Porto, Portugal, 2011.

LOPES, J.T. Dimensionamento e analise térmica de um dessalinizador solar

hibrido.(2004).109f.Dissertação de Mestrado Profissional – Universidade Estadual de

Campinas, São Paulo.

PEREZ, M.S. (2004/2005). Aprovechamiento de la energia solar em media y alta

temperatura: sistemas termosolares de concentracion. Curso – Departamento de

Ingenieria Energetica y Mecanica de Fluidos.

103

A* - sem /B* - higienização

habitual da criança / C* -

higienização com água sabão e

álcool em gel/ D* - controle.

HC*-Houve crescimento. NHC*-

Não houve crescimento.

Palavras chaves: Higiene.Saúde.Educação.

1Ciências biológicas ,CESI/Universidade Estadual do Maranhão,[email protected] 2Ciências biológicas ,CESI/Universidade Estadual do Maranhão

3Doutora em Medicina Tropical e Saúde pública, Curso de Ciências Biológicas, Departamento de Química

e Biologia, Universidade Estadual do Maranhão.

Amostras A * B** C *** D ****

1 HC* HC NHC* NHC

2 HC HC NHC NHC

3 NHC HC NHC NHC

4 HC HC NHC NHC

5 HC HC NHC NHC

6 HC HC NHC NHC

7 HC HC NHC NHC

8 HC HC NHC NHC 9 NHC NHC NHC NHC

10 HC NHC NHC NHC

11 HC HC HC NHC

12 HC NHC NHC NHC

13 HC HC HC NHC

14 NHC NHC NHC NHC

15 HC HC HC HC

16 NHC NHC NHC NHC 17 NHC NHC NHC NHC

18 HC NHC NHC NHC

19 HC NHC NHC NHC

20 NHC HC NHC NHC

21 HC HC HC HC

22 HC NHC NHC NHC

23 HC HC NHC NHC

24 NHC NHC NHC NHC

25 HC NHC NHC HC

26 NHC NHC NHC NHC

104

REFERÊNCIAS:

AIELLO A.E., LARSON E.L. Whatistheevidence for a causal link

betweenhygieneandinfections? Lancet InfectDis. 2002;2:103–8.

CUERVO MRM, AERTS.DRGC, HALPERN R. Vigilância do estado nutricional das

crianças de um distrito de saúde no Sul do Brasil. J Pediatr 2005.

MARANHÃO, D. G.; SARTI C. A. Cuidado compartilhado: negociações entre famílias

e profissionais em uma creche. Interface - Comunicação, Saúde, Educação. v. 11, n. 22,

p. 257-70, 2007.

NESTI, M M. M.; GOLDBAUM, M. As creches e pré-escolas e as doenças

transmissíveis. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre , v. 83, n. 4, p. 299-312, Aug. 2007.

.