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PRINCÍPIOS GERAIS DE CONTROLE Profª Msc. Flávia L. Bidóia Roim

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PRINCÍPIOS GERAIS DE

CONTROLE

Profª Msc. Flávia L. Bidóia Roim

CONTROLE DE DOENÇAS

Controle objetivo prático, evitando grande prejuízos.

Busca pela eficiência Produtiva:

↑ o potencial produtivo;

Densidade plantio;

Monoculturas;

Uniformidade genética;

Adubação, mecanização, irrigação, etc.

↑ os problemas fitossanitários

Controle deve ser inserido no conceito da produtividade:

Integrado aos fatores que compões a

equação da produção.

PRINCÍPIOS DE WHETZEL, 1925, 1929

Exclusão

Erradicação

Proteção

Imunização

Terapia

Exclusão

Erradicação

Proteção

Imunização

Terapia

Regulação

Evasão

Princípios gerais de controle x componentes triângulo da doença

EXCLUSÃO

medida de controle: quarentena

- Proibição com base legislação

- Fiscalização alfandegária

- Intercepção material vegetal

Visa impedir entrada patógeno em área não infestada

EXCLUSÃO

Níveis de exercício das medidas:

- Internacional

- Regional

- Propriedade

EXCLUSÃO

Internacional

* Plantas Rubiaceas (Ferrugem do cafeeiro) = falhou

* Plantas cítricas (Cancro cítrico) = falhou

AMEAÇAS:

* Coffee berry disease (CBD) – Colletotrichum coffeanum – Antracnosedos frutos do cafeeiro – Coffea arabica

* Plum pox virus

Colletotrichum coffeanum Antracnose dos frutos do cafeeiro – Coffea arabica

Colletotrichum coffeanum Antracnose dos frutos do cafeeiro – Coffea arabica

PLUM POX VIRUS - PPV

- Infecta: pessegueiro, ameixeira, nectarina, etc.

- Na América do Sul, presente no Chile e argentina(Rosales et al., Act Hortic. 1998)

- Vetores: 20 espécies de afídeos

PLUM POX VIRUS - PPV

PêssegoNectarina

PLUM POX VIRUS - PPV

AmeixaAmeixa

Medidas de controle:

-Sementes e mudas sadias

-Certificação de mudas

EXCLUSÃO

ERRADICAÇÃO

Pode ter caráter absoluto ou relativo

ABSOLUTO

- Visa impedir estabelecimento patógeno recém introduzido

-Sucesso das medidas depende:

# baixa capacidade de disseminação

# gama restrita de hospedeiros

# atuação em área limitada (viabilidade econômica)

Eliminação de um patógeno de uma

área em que foi introduzido.

RELATIVO

- Visa reduzir o inóculo do patógeno presente hospedeiro/área

* Tratamento de sementes

* Tratamento de inverno após poda

* Eliminação:

- restos culturais

- hospedeiros silvestres

- plantas voluntárias

- plantas doentes (roguing)

ERRADICAÇÃO

Controle do mosaico do mamoeiro através da erradicaçãoDe plantas com mosaico: um exemplo de sucesso no ES

SOLARIZAÇÃO

- Temperaturas: 50 – 72°C eliminam maioria patógenos

- Organismos controlados:

Fungos:

Pithyum, Fusarium, Phytophthora, Verticillium, Sclerotium, Sclerotinia, Bipolaris, Thielaviopsis, .....

Nematóides:

Meloidogyne, Heterodera, Pratylenchus, Ditylenchus,...

Atuação sobre os patógenos

- Efeito inibitório/letal por altas temperaturas (camadas superficiaissolo)

- Enfraquecimento estruturas resistências

- Estímulo à competição (saprófitas mais tolerantes patogênicos )

Limitações de uso

. custo do tratamento

. restrição a pequenas áreas

. Terreno não cultivado no período tratamento

. ocorrência condições climáticas adequadas

. tipo de relevo

- Sistema monocultura: estímulo ao patógeno (inóculo alto)

* Objetivo: baixar inóculo patógeno (erradicação relativa)

* Mecanismo: estímulo à competição com microflora

* Estratégia:

- substituição hospedeiro principal

- eliminação restos culturais

ROTAÇÃO DE CULTURA

OUTRAS FORMAS DE ERRADICAÇÃO EM ÂMBITO RESTRITO:

Eliminar plantas ou partes vegetais doentes,

Eliminar hospedeiros selvagens

Aração profunda (?????)

Desinfestação do solo

Tratamento de sementes

PROTEÇÃO

Visa impedir o contato direto entre patógeno e hospedeiro

Medidas baseadas no uso de produtos químicos:

* Fungicidas protetores : controle de fungos

* Inseticidas : controle vetores de patógenos

PROTEÇÃO

* Viabilidade econômica

- Cultura

- Custo aplicação

- Custo produto

* Características do produto

- Alta toxidez - patógeno

- Estabilidade - clima

- Baixa toxidez -planta, homem,

- Desequilíbrio - natureza

Medida baseada na proteção física

Mamoeiro - Taiwan Uva – Marialva - PR

IMUNIZAÇÃO

Baseada na resistência oferecida pela planta atacada pelopatógeno

- Fases ciclo relação hospedeiro - patógeno:

* pré-penetração

* penetração

* infecção

* extensão dos tecidos afetados

* produção de inóculo

MÉTODOS DE IMUNIZAÇÃO

Tipos de Imunização:

- Genética

- Química

- Biológica

MÉTODOS DE IMUNIZAÇÃO

Genética

* Exercida através de variedades imunes, resistentes

tolerantes,

* Não onera direta/e custo da produção,

* Programas melhoramento:

- identificação de fontes Resistentes

Imunização Genética

Uso de variedades resistentes

Pimentão resistente a vírus

Mancha foliar milho

IMUNIZAÇÃO

Química

* Uso de produtos químicos sistêmicos

* Ação I: acúmulo produto tóxico ao patógeno tecidovegetal

* Ação II: fungicida/derivado induz planta produzirsubstâncias tóxicas ao patógeno (ex: compostos fenólicos efitoalexinas)

MÉTODOS DE IMUNIZAÇÃOQuímica

* Imunização (resistência) induzida:

(“Systemic Aquired Resistance – SAR”)

- BION® (acibenzolar-S-methyl)

- AAS

* Ativam genes de resistência:

β-1-3-glucanases, quitinases,

proteinas PR-1, etc

IMUNIZAÇÃO

Biológica

* Inoculação prévia do hospedeiro com:

- Microrganismos antagônicos fungo/bactéria

- Vírus (preimunização)

estirpe fraca x estirpe forte (limão galego)

IMUNIZAÇÃO COM ESTIRPE FRACADE VÍRUS

TRISTEZA DOS CITROS(Citrus tristeza virus - CTV)

A- B. subtillis /B- Benomyl / C- Controle

PODRIDÃO DE FRUTOS DE PÊSSEGO

- Agente: Monilinia fucticola

- Controle: Bacillus subtillis

- Aplicação: pós-colheita

A B C

TERAPIAVisa curar ou recuperar planta doente;

Uma vez que a planta já doente, é o último princípio que se pode lançar mão;

Formas:

- Eliminar o patógeno

- Favorecer reação do hospedeiro

TERAPIAEliminação patógeno:

- Produtos químicos sistêmicos:

. oídios (fungicidas)

- Tratamento térmico:

. Gemas: raquitismo cana

. Sementes hortaliças

. Vírus

- Cirurgia de lesões em troncos:. Gomose;. Rubelose;. Seca da Mangueira;

MEDIDAS DE CONTROLE BASEADAS NA REGULAÇÃO

- Prevenção doença pela alteração fatores ambientais

Exercida através:

- Escolha de área geográfica

- Local e época de plantio

- Profundidade de semeadura

- Variedades precoces

- Adequação das condições de solo

- Controle de temperatura e umidade

- Equilíbrio da nutrição mineral

- Emprego de práticas culturais

Pimentão e tomate x Podridão estilar

REGULAÇÃO

Condição favorável: Deficiência cálcio/ Excesso N

Controle: calagem / aplicação foliar Ca, adubação e irrigação equilibrada.

Patógenos: Penicillium, Botrytis, Rhizopus

FRUTOS X PODRIDÕES

REGULAÇÃO

Condição favorável: Temperatura alta

Controle: refrigeração

EVASÃO

Prevenção da doença pela fuga em relação ao

patógeno ou ao ambiente favorável ao patógeno

Exercida através:

- Escolha área plantio (local dentro de uma mesma

área)

- Emprego determinadas práticas culturais

ÁREAS GEOGRÁFICAS

. MAMÃO SEM MOSAICO - NO PARÁ

. SERINGUEIRA SEM Microciclus ulei - SUL DA BAHIA

. FRUTAS DE ALTA QUALIDADE NO NORDESTE

. SEMENTES DE ALTA QUALIDADE

ÉPOCA DE PLANTIO

. TOMATEIRO x VÍRUS DE VIRA-CABEÇA (OUT. A FEV. CAMPINAS)

PROFUNDIDADE DE PLANTIO

EVASÃO

InfecçãoInfecção

ColonizaçãoColonização

ReproduçãoReprodução

DisseminaçãoDisseminação

SobrevivênciaSobrevivência

CicloCiclo

SecundárioSecundário

HopedeiroHopedeiro doentedoente

Ciclo PrimárioCiclo Primário

Ciclo das relações patógenoCiclo das relações patógeno--hospedeirohospedeiro

Erradicação

Exclusão

Proteção

Terapia

Imunização