prevalÊncia da agenesia, impacÇÃo e angulaÇÃo dos...

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Centro Universitário Hermínio Ometto UNIARARAS HASSAN YUSSEF SALEH PREVALÊNCIA DA AGENESIA, IMPACÇÃO E ANGULAÇÃO DOS TERCEIROS MOLARES ARARAS/SP NOVEMBRO/2005

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  • Centro Universitário Hermínio Ometto

    UNIARARAS

    HASSAN YUSSEF SALEH

    PREVALÊNCIA DA AGENESIA, IMPACÇÃO

    E ANGULAÇÃO DOS TERCEIROS

    MOLARES

    ARARAS/SP

    NOVEMBRO/2005

  • Livros Grátis

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  • 2 Centro Universitário Hermínio Ometto

    UNIARARAS

    HASSAN YUSSEF SALEH CIRURGIÃO DENTISTA

    [email protected]

    PREVALÊNCIA DA AGENESIA, IMPACÇÃO

    E ANGULAÇÃO DOS TERCEIROS

    MOLARES

    Projeto de Pesquisa apresentado ao

    Centro Universitário Hermínio Ometto –

    UNIARARAS, como parte integrante da

    avaliação para obtenção do Título de

    Mestre em Odontologia, Área de

    Concentração em Ortodontia.

    Orientadora: Profa. Dra. Heloisa

    Cristina Valdrighi

    e-mail: [email protected]

    Co-Orientadora: Profa. Dra. Eloisa

    Marcantonio Boeck

    e-mail: [email protected]

    ARARAS/SP

    NOVEMBRO/2005

    FOLHA DE APROVAÇÃO

  • 3

    DEDICATÓRIA

  • 4

    Primeiramente a Deus que está a cima de tudo.

    Aos meus pais Abdallah Ali Saleh Ali e Dalal Saleh

    Ali que por toda a eternidade e por tudo que me

    proporcionaram na vida. À eles dedico este trabalho,

    lembrando-me sempre do exemplo, da força e garra por

    eles demonstradas e que são necessárias para vencer

    obstáculos e alcançar objetivos. Espero pelo resto da

    minha vida poder sempre retribuí-los.

    A minha esposa Tâmara, minha companheira e

    amiga, que em todos os momentos está ao meu lado me

    fortalecendo e me mostrando a cada dia o brilho da

    felicidade. Sua cumplicidade, compreensão, paciência e

    carinho, foram decisivos para chegar onde cheguei.

    Para meu filho Enzo Yussef, por tudo que representa

    e por estar dando um novo sentido a minha vida.

    Para minhas irmãs Najet, Samara, Simone e Sandra

    pela nossa grande união e eterna amizade.

    Ao amigo Luciano Farias pelo companherismo e

    compreensão nesses anos, consolidando ainda mais nossa

    amizade.

    Aos amigos Leonardo e Layrton por se tornarem

    pessoas especiais e tornarem esses anos em períodos

    agradáveis e inesquecíveis.

    AGRADECIMENTOS

  • 5

    À UNIARARAS, representada pela sua Magnífica Reitora Profa Dra. Miriam de

    M. O. Levada e Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa Prof. Dr. Marcelo A.

    M. Esquisatto.

    Ao Prof. Dr. Mário Vedovello Filho, Coordenador do curso de Mestrado em

    Ortodontia da Faculdade de Odontologia da UNIARARAS, pela atenção

    dispensada e por nos dar esta oportunidade para crescermos

    profissionalmente.

    Ao Prof. Dr. Eduardo Alvares Dainesi e à Profa Dra. Márcia Yuri Kawauchi,

    ilustres Mestres que me guiaram pelos caminhos da ciência dando

    ensinamentos valiosos para o exercício da Ortodontia.

    As Professoras Dra. Heloisa Cristina Valdrighi, pela orientação deste trabalho e

    sugestões apresentadas e a Profa. Dra. Eloisa Marcantonio Boeck.

    Ao amigo Luciano Farias pelo companheirismo, ajuda e compreensão nesses

    anos, consolidando ainda mais nossa amizade.

    Aos amigos Leonardo e Layrton por se tornarem pessoas especiais e

    ultrapassando a barreira profissional e tornando-se pessoas especiais que

    sempre estarão e meus pensamentos.

    A todo o corpo docente do Curso de Pós-graduação em Ortodontia da

    Faculdade de Odontologia da UNIARARAS, pela cooperação e ajuda nos

    momentos necessários.

    A todos os funcionários do Curso de Pós-graduação da Faculdade de

    Odontologia da UNIARARAS, pelo auxílio permanente e momentos de

    descontração e alegria.

  • 6 A todas as jovens pesquisadas, por permitirem a análise de suas radiografias

    panorâmicas e pela compreensão da importância da sua colaboração para este

    trabalho e para a ciência.

    A todas as pessoas, presentes fisicamente ou não, que contribuíram para que

    este objetivo fosse alcançado.

  • RESUMO

    O presente trabalho propôs levantar a freqüência de agenesia dentária

    no gênero feminino, bem como, estudar a impacção dos terceiros molares e

    verificar sua situação angular. A amostra pesquisada constou de 100

    radiografias panorâmicas de jovens do gênero feminino, prévio ao tratamento

    ortodôntico com idade a partir dos 20 anos, sem histórico de extrações

    dentárias. Encontrou-se prevalência de agenesia de 23% para o terceiro molar

    superior direito, 22% para o terceiro molar superior esquerdo, 22% e 19% para

    os terceiros molares inferiores direito e esquerdo, respectivamente. A

    prevalência de impacção dos terceiros molares superiores foi baixa, enquanto

    que 25% dos terceiros molares inferiores estavam impactados. Quanto à

    angulação, observou-se grande variabilidade dos valores fornecendo dados

    subjetivos em relação ao prognóstico de impacção.

    Palavras Chaves: Terceiros molares / agenesia / impacção / angulação.

  • 7 ABSTRACT

    This study intends to show the dental agenesis in female gender as well

    as to analysis the third molars imapaction and to verify its angular situation.

    Sample recorded 100 young ladies panoramic radiographs, prior to orthodontic

    treatment up to 20 years and with no dental extraction history. A 23%-Agenesis

    predominated in the right upper third molar, 22% in the left upper third molar,

    22% and 19% in right and left lower third molars respectively. The prevalence of

    upper third molars impaction was low, though 25% of lower third molars were

    impacted. Regarding to angulation, varied values were noted, providing

    subjective data in impaction prognosis.

    Key words: Third molars / agenesis / impaction / angulation.

  • LISTA DE IlUSTRAÇÕES

    Figura 01 – Ficha individual para a notação dos exames.................................30

    Figura 02 – Delimitação das estruturas dentoesqueléticas relativas ao nosso

    estudo................................................................................................................31

    Figura 03 – Demarcação dos pontos................................................................32

    Figura 04 – Linhas e grandezas angulares.......................................................33

    Gráfico 01 – Terceiro molar superior direito.....................................................34

    Gráfico 02 – Terceiro molar superior esquerdo................................................35

    Gráfico 03 – Terceiro molar inferior esquerdo..................................................35

    Gráfico 04 – Terceiro molar inferior direito.......................................................36

    Gráfico 05 – Impacção do terceiro molar superior direito.................................36

    Gráfico 06 – Impacção do terceiro molar superior esquerdo............................37

    Gráfico 07 – Impacção do terceiro molar inferior esquerdo..............................37

    Gráfico 08 – Impacção do terceiro molar inferior direito...................................38

  • 9 SUMÁRIO

    Resumo................................................................................................................6

    Abstract................................................................................................................7

    Lista de Ilustrações..............................................................................................8

    1. Introdução .....................................................................................................10

    2. Objetivos........................................................................................................12

    3. Revisão da Literatura.....................................................................................13

    4. Materiais e Métodos.......................................................................................29

    4.1 Materiais.................................................................................................29

    4.2 Métodos..................................................................................................29

    4.2.1 Elaboração do traçado...................................................................30

    4.2.1.1 Delimitação das estruturas dentoesqueléticas...................31

    4.2.1.2 Demarcação de pontos e traçados das linhas de

    referência.......................................................................................31

    4.2.1.2.1 Pontos..................................................................31

    4.2.1.2.2 Linhas...................................................................32

    4.2.1.2.3 Grandezas Angulares......................................... 32

    4.3 Metodologia Estatistica.......................................................................... 33

    5. Resultados.....................................................................................................34

    6. Discussão......................................................................................................39

    7. Conclusões....................................................................................................40

    Referências Bibliográficas.................................................................................41

    Anexos...............................................................................................................45

  • 10 1. INTRODUÇÃO

    A agenesia dentária consiste na ausência de um ou mais dentes. Este

    tipo de anomalia, embora raramente observada em outras espécies de

    mamíferos, revela-se relativamente comum na espécie humana.

    A relevância do assunto para o ortodontista relaciona-se ao seu

    potencial de promover, geralmente, conseqüências indesejáveis tanto do ponto

    de vista estético como funcional (FREITAS et al. 1998).

    A Ortodontia tem uma concepção própria sobre os terceiros molares,

    devido a sua irrupção tardia e imprevisível. Imprevisibilidade atribuída a três

    fatores principais: agenesia freqüente, alteração de posição e espaço

    insuficiente na região posterior dos rebordos alveolares.

    Um aspecto comum dos estágios iniciais de desenvolvimento do

    terceiro molar inferior é a presença de um espaço entre os segundos e

    terceiros molares. Esta característica foi interpretada como um sinal de que

    o terceiro molar provavelmente irá irromper. Na maioria dos casos, a

    impacção do terceiro molar ocorre pela ausência de espaço, sendo que

    observaram que entre os fatores que pré-dispõem a impacção, além da

    ausência de espaço, estava incluído o crescimento condilar direcionado

    verticalmente, o crescimento mandibular deficiente, o irrompimento da

    dentição direcionada para distal e maturação tardia do terceiro molar

    (RICHARDSON, 1998).

    A época do irrompimento dos terceiros molares é muito variável,

    dependendo da tipologia, do gênero e da posição inicial do germe. Os

    terceiros molares são dentes que aparecem mais tardiamente: a formação

    da matriz do esmalte e a dentina começam a delinear-se aos 7-9 anos para

    os superiores, ao passo que, para os inferiores, a idade é de 8-10 anos; o

    esmalte encontra-se completo por volta dos 12-16 anos, ao passo que o

    desenvolvimento total e a irrupção, ocorrem em torno dos 18-25 anos.

  • 11 É certo que não há indicação para extração dos terceiros molares,

    mesmo porque ocasionalmente ele pode substituir molares perdidos por

    motivos diversos. Por outro lado, existem condutas contrárias a esta na

    literatura, buscando a extração precoce dos terceiros molares quando o

    prognóstico para irrupção é desfavorável. Nesta linha, exige-se grandezas

    cefalométricas obtidas em radiografias panorâmicas que definem a posição

    ântero-posterior dos terceiros molares em relação à região retromolar

    (RICKETTS, 1972).

  • 12

    2. OBJETIVOS

    O propósito desta pesquisa consiste em avaliar o desenvolvimento dos

    terceiros molares quanto:

    a) À prevalência da agenesia, no gênero feminino a partir dos 20 anos;

    b) À prevalência da impacção dos terceiros molares;

    c) À posição angular.

  • 13

    3. REVISÃO DA LITERATURA

    BERGSTROM; JENSEN (1960) examinaram 30 estudantes de

    odontologia com agenesia unilateral dos terceiros molares inferiores e

    encontraram que havia mais apinhamento do lado do terceiro molar presente

    quando comparado com o lado no qual estava ausente.

    SHANLEY (1960) realizou um estudo em secção transversal em 44

    pacientes não tratados. Catorze tinham os terceiros molares impactados

    bilateralmente, 14 tinham os terceiros molares irrompidos bilateralmente, e 16

    tinham agenesia bilateral dos terceiros molares. Ele não encontrou diferença

    significante entre os três grupos e concluiu que os terceiros molares não foram

    fatores etiológicos importantes no apinhamento ou protrusão dos terceiros

    molares inferiores.

    FANNING (1962) utilizou o exame clínico e radiográfico em 3.423

    estudantes leucodermas de 13 a 22 anos de idade em Boston, para avaliar a

    irrupção dos terceiros molares em dois grupos, um com oclusão sem extração

    dentária e, o outro com oclusão com a extração de algum dente permanente.

    Notificou-se a presença de dimorfismo sexual. Na mandíbula, os terceiros

    molares irromperam nos homens aos 19,8 anos e nas mulheres aos 20,4 anos

    de idade. Averiguou-se também a influência das extrações dentárias na idade

    de irrupção do terceiro molar inferior. Ela ocorreu mais cedo em média 1,7 anos

    nos homens e 1,5 anos nas mulheres, no grupo com extrações. Verificou-se

    uma diferença étnica, ao comparar a irrupção dos terceiros molares com a

    amostra dos melanodermas africanos, notando que a irrupção ocorreu 2,5 anos

    mais cedo do que nos indivíduos de Boston.

    KEENE (1964) investigou a agenesia de terceiros molares, espaço e

    apinhamento dos arcos dentários, e os diâmetros mesiodistais das coroas dos

    primeiros molares inferiores direito em 195 recrutas navais, leucodermas, livres

    de cárie, de 17 a 25 anos de idade, por meios de modelos de estudo de gesso

    e radiografias. Em 25% dos homens um ou mais terceiros molares estavam

  • 14

    congenitamente ausentes. No geral, os dentes superiores estavam mais

    freqüentemente com espaço e menos freqüentemente apinhados do que os

    dentes inferiores. Apenas 11,3% de todos os homens estudados tinham arcos

    dentais perfeitamente alinhados (sem espaço ou apinhamento em qualquer um

    dos arcos). Quando os terceiros molares estavam ausentes congenitamente,

    os dentes em ambos os arcos estavam freqüentemente com mais espaço e

    menos apinhados, e o diâmetro mesiodistal médio da coroa do primeiro molar

    inferior direito foi menor do que quando não havia nenhum terceiro molar. As

    relações foram mais pronunciadas quando todos os quatro terceiros molares

    estavam ausentes congenitamente. Portanto, as relações da agenesia do

    terceiro molar de redução no número de dentes e tamanho dos dentes foram

    discutidas diante de sua possível associação com o espaço e apinhamento dos

    dentes.

    Com radiografias laterais oblíquas de 550 pacientes com a finalidade de

    requerer extrações dentárias entre 6 a 15 anos, GRAVELY (1965) executou um

    trabalho onde ele chamou de vistoria radiográfica da formação do terceiro

    molar. A formação completa do terceiro molar foi dividida em 5 estágios:

    estágio 1 – evidência clara da formação da cripta; estágio 2- união das

    cúspides e a formação completa da superfície oclusal; estágio 3 – metade da

    coroa formada; estágio 4 – três quarto da coroa formada; estágio 5 – coroa

    completamente formada e a formação progressiva da raiz. A formação pode

    ser observada a partir dos 7 anos de idade, o pico aos 9 anos, e completando-

    se aos 14 anos. Encontrou um índice de 14% a 15% de agenesia de pelo

    menos um dos quatro dentes. A ordem de freqüência de ausência foi dois, um,

    quatro, e três, igualmente dividido entre os gêneros.

    RANTANEN (1967), em Helsinki na Finlândia, analisou a irrupção dos

    terceiros molares em duas amostras de diferentes faixas etárias, crianças e

    adultos. O desenvolvimento dos primeiros estágios de formação foi estudado

    em radiografias de 243 crianças da escola primária. Na segunda parte do

    trabalho, o estudo da irrupção do terceiro molar contou com radiografias de

    2218 estudantes em um exame inicial, dos quais, 1429 regressaram

    aproximadamente um ano e meio mais tarde para a segunda radiografia. Os

  • 15

    resultados mostraram 13% de agenesia; o início da calcificação das cúspides

    ocorreu entre 9 e 11 anos; a calcificação alcançou a metade da coroa entre

    11,5 e 13,5 anos; tendo a coroa completado sua calcificação entre 15 e 16,5

    anos. Houve um dimorfismo sexual no aparecimento dos terceiros molares no

    grupo de estudantes da segunda parte do trabalho de 18 até 23 anos,

    registrando uma precocidade de 1,5 anos mais cedo nos individuos do gênero

    masculino em relação ao gênero feminino.

    Em 1968 MARZOLA et al. realizaram um estudo da ocorrência de

    posição de retenções dos terceiros molares em 1760 individuos (792 do gênero

    masculino e 986 do gênero feminino) da população Araçatuba. As idades

    variavam entre 14 e 50 anos. Após o exame clínico e anamnese, foram

    investigados 756 terceiros molares inferiores e superiores (378 inferiores e 378

    superiores). As conclusões baseadas nos resultados foram: a posição de

    retenção medial é predominante entre os terceiros molares inferiores (53,2%),

    com a posição vertical (21,4%) e horizontal (21,2%), as posições mediais

    (39,9%) e verticais (36,0%) sendo aquelas de maior ocorrência entre os

    terceiros molares superiores, seguidas da posição distal (23,3%). A posição

    horizontal ocorre apenas na mandíbula (21,2%) e, a posição distal tem

    ocorrência bem maior no arco superior (23,3%) do que no inferior (0,8%). Não

    houve, praticamente, diferença na incidência de posição de retenção quanto

    aos gêneros. Há maior número de casos unilaterais (73,4%) do que bilaterais

    (26,6%), da posição vertical do terceiro molar inferior retido. Os casos bilaterais

    da posição medial (65,9%) sobrepõem os casos unilaterais (34,1%) no terceiro

    molar superior retido.

    Em 1970, RICHARDSON mostrou sua preocupação com a posição

    inicial do terceiro molar em relação às medidas mandibulares. Um estudo

    longitudinal com 162 crianças na faixa etária entre 8 e 13,7 anos utilizando

    radiografias oblíquas direita e esquerda em 60° de inclinação, utilizou como

    metodologia o ângulo formado entre o plano oclusal (incisivos e molares

    inferiores) e a superfície oclusal do terceiro molar em formação e, as medidas

    cefalométricas foram o ângulo formado entre plano mandibular e plano oclusal,

    dimensão mesiodistal do terceiro molar, ângulo goníaco e, distância de gônio

  • 16

    ao pogônio. Concluiu que nos primeiros estágios de calcificação os terceiros

    molares aparecem inclinados mesialmente com uma variação de 11° a 83° de

    inclinação da superfície oclusal do terceiro molar e o plano oclusal. Não foi

    encontrada uma relação definida entre a posição inicial do terceiro molar e

    medidas efetuadas na mandíbula.

    MORRIS; JERMAN (1971) analisaram as condições dos terceiros

    molares em 5.600 radiografias panorâmicas de recrutas na faixa etária

    compreendida entre 17 e 24 anos. Nesta amostra 54% apresentaram-se em

    angulação vertical, o que não é necessariamente uma garantia de irrupção;

    27% em posição mésioangular; 12% em posição distoangular; 4% em posição

    horizontal e 2,3% em outras posições. Encontraram também que 65% dos

    recrutas analisados apresentaram pelo menos um dos quatro terceiros molares

    retidos. Definiu-se como um dente retido, aquele que permaneceu completo ou

    parcialmente coberto pelo osso, tecido gengival, ou ambos, sendo o

    diagnostico elaborado por dois clínicos.

    BJORK; SKIELLER (1972) estudando o desenvolvimento facial e a

    erupção dentária em indivíduos durante o período circumpuberal, não

    encontraram evidência que o apinhamento secundário era devido à erupção do

    terceiro molar.

    RICKETTS (1972) averiguou os terceiros molares, em radiografias

    laterais, de 25 crânios de adultos com oclusão normal. Partindo desta

    amostragem ele estimou que aproximadamente 50% dos terceiros molares

    devem atingir uma posição horizontal e a outra metade, provavelmente, terá o

    prognóstico favorável à irrupção. Extrapolou os dados para a clínica, sugerindo

    que em 50%da população deverá ser indicada a extração dos terceiros molares

    antes dos 30 anos de idade.

    HIXON (1972) isentou de culpa os terceiros molares, considerando que

    o contínuo crescimento da mandíbula, quando a maxila já cessou seu

    crescimento, provoca uma restrição de espaço para os dentes ântero-

    inferiores, podendo ocasionar apinhamento.

  • 17

    RICHARDSON (1973) executou um estudo longitudinal a respeito da

    trajetória do desenvolvimento do terceiro molar inferior. Utilizou como material,

    radiografias laterais oblíquas em 60° dos lados dir eito e esquerdo em 46

    crianças na faixa etária compreendida entre 10 e l5 anos. Relatou que o

    terceiro molar inicia-se a formação no ângulo mandibular (entre o ramo e o

    corpo da mandíbula). Entre 10 a 15 anos de idade o terceiro molar se forma

    inclinado, desinclina 11,2°, ou seja, torna-se mais verticalizado. Relatou que

    esta modificação na angulação do terceiro molar inferior parece estar

    independente do crescimento mandibular e do espaço necessário para a sua

    irrupção.

    RICHARDSON (1974) utilizou radiografias laterais oblíquas de 60° e

    laterais em 90° de 66 indivíduos num estudo longitu dinal de 7 anos, sendo as

    radiografias obtidas anualmente avaliando a irrupção dos terceiros molares em

    arcos inferiores com extrações e, arcos inferiores sem extrações. Dividiu em 3

    grupos de acordo com as características de irrupção que encontrava os

    terceiros molares. Observou que a irrupção dos terceiros molares inferiores

    ocorreu mais cedo em indivíduos que sofreram extrações de dentes

    permanentes. Inclusive em casos com extrações unilaterais, apenas o lado da

    extração o terceiro apareceu precocemente. No grupo em que foram feitos

    extrações dentárias, a quantidade de inclinação do terceiro molar durante o

    processo de irrupção foi maior. Acredita o autor que uma pequena angulação

    em estágios mais precoces de formação seja favorável à irrupção do terceiro

    molar inferior.

    KAPLAN (1974) coletou uma amostra de 75 pacientes caucasianos

    tratados ortodonticamente com média de 9,3 anos sem contenção, com uma

    idade média de pós-contenção de 26,6 anos. 30 pacientes tinham os terceiros

    molares bilateralmente, 20 tinham os terceiros molares impacção

    bilateralmente, e 25 tinham agenesia bilateral do terceiro molar. Este estudo

    teve como propósito comparar três grupos e subgrupos de casos de extração,

    mulheres, casos de extração em mulheres, e homens. As mudanças nas

    dimensões do arco inferior e apinhamento e rotação dos dentes ântero-

    inferiores foram estudados ao examinar o pré-tratamento, fim do tratamento

  • 18

    ativo, e modelos dentários pós-contenção. A investigação cefalométrica avaliou

    as mudanças nas posições do primeiro molar inferior e incisivo inferior e o

    crescimento mandibular. Os dados foram analisados estatisticamente, usando

    o teste F para a comparação das médias dos três grupos. Com base nos

    achados do estudo, as seguintes conclusões foram feitas: 1) durante o período

    de pós-tratamento não houve diferença significante nas mudanças do

    comprimento do arco, posição do molar inferior, posição do incisivo inferior, ou

    inclinação axial do incisivo inferior entre os grupos de terceiros molares; 2) não

    parece que a presença dos terceiros molares tenha alguma influência

    significante nas mudanças pós-tratamento no comprimento do arco, posição do

    molar inferior, posição do incisivo inferior, ou inclinação axial do incisivo inferior;

    3) diferenças significantes não foram demonstradas nas mudanças pós-

    tratamento na largura intermolares e intercaninos entre os 3 grupos de terceiros

    molares; 4) não parece que a presença dos terceiros molares tenha algum

    efeito nas mudanças dimensionais na largura intercaninos e largura

    intermolares; 5) certo grau de recidiva de apinhamento anterior inferior ocorreu

    na maioria dos casos, mas isto não foi significantemente diferente entre os

    grupos de terceiros molares; 6) estes dados indicam que a presença de

    terceiros molares não parece produzir um maior grau de apinhamento anterior-

    inferior e recidiva rotacional após cessar a contenção do que aquele que

    ocorrem em pacientes com a agenesia dos terceiros molares. A teoria que os

    terceiros molares exercem pressão mesial nos dentes por eles não pôde ser

    substanciada neste estudo; 7) posterior investigação dos fatores envolvidos no

    apinhamento em pacientes pós-ortodônticos está definitivamente indicado.

    RICHARDSON (1975) relatou um estudo longitudinal de dados coletados

    de radiografias laterais oblíquas em 60°, direita e esquerda, e radiografia lateral

    em 90°, obtidas da amostra dos seus trabalhos anter iores. Os dados de 160

    individuos, com 315 terceiros molares inferiores, foram divididos em 2 grupos:

    um grupo sem extrações compreendia 131 dentes, e o grupo submetido a

    extrações, envolvia 184 terceiros molares. A amostragem iniciou com idade

    entre 9 a 11 anos e anualmente os dados eram registrados, até a época da

    irrupção dos terceiros molares. Neste estudo deu-se ênfase aos efeitos das

    extrações de diferentes dentes no arco inferior sobre o desenvolvimento do

  • 19

    terceiro molar. Encontrou o autor que a prevalência de impacção do terceiro

    molar inferior foi reduzida após a extração de pré-molares e, a impacção do

    terceiro molar inferior foi visivelmente eliminada após a extração do primeiro ou

    segundo molares inferiores.

    NORDERVAL et al. (1975) investigaram o problema do apinhamento

    ântero-inferior ao comparar um grupo de 66 adultos (48 gênero masculino e 18

    gênero feminino com idade de 20 a 30 anos) que tinha uma oclusão

    aproximadamente ideal, classe I de Angle, com um grupo com oclusão

    correspondente exceto por um leve apinhamento no segmento anterior inferior.

    Ambos os gêneros foram representados. Uma avaliação estatística revelou que

    no último grupo, o diâmetro mesiodistal dos quatro incisivos inferiores foi maior

    significantemente, enquanto a largura intercaninos e a freqüência dos terceiros

    molares foram às mesmas em ambos os grupos. Uma comparação da

    morfologia craniofacial dos dois grupos mostrou diferenças limitadas, e apenas

    a relação sagital basal da mandíbula e a inclinação inferior diferiram-se

    significantemente. Nenhuma correlação significante foi observada entre as

    condições de espaço das variáveis estudadas.

    SCHWARZE (1975) comparou um grupo de 56 pacientes com

    germectomia do terceiro molar com um outro de 49 individuos cujos terceiros

    molares se desenvolveram. Ele encontrou uma mesialização significantemente

    maior dos primeiros molares associado com o apinhamento aumentado do arco

    inferior no grupo de não extração.

    Em 1977 RICHARDSON pesquisou um grupo de 45 pacientes com um

    ou dois terceiros molares retidos e impactados e 50 pacientes cujos terceiros

    molares irromperam. Ambos os grupos faziam parte da amostra de radiografias

    laterais oblíquas em 60°, de um estudo longitudinal do desenvolvimento do

    terceiro molar a partir dos 10 ou 11 anos, até o diagnóstico de irrupção ou

    retenção. Concluiu pela redução na quantidade de crescimento mandibular nos

    casos onde os terceiros molares permaneceram retidos. A presença de espaço

    entre o segundo e o terceiro molar em estágios precoces do desenvolvimento

    não constitui indicação de futura retenção do terceiro molar.

  • 20

    HAAVIKKO et al. (1978) analisaram em radiografias panorâmicas uma

    amostra longitudinal composta de 110 radiografias, 30 com extrações de pré-

    molares e 80, sem extrações de pré-molares. O critério inicialmente foi o

    estágio de formação do germe dentário em coroa completa, que atingiu uma

    média de 13,5 anos finalizando no estágio de formação completa da raiz aos

    19,5 anos. Declarou que a trajetória do desenvolvimento do terceiro molar

    inferior é mais complicada e mais variável que qualquer outro dente. O ângulo

    formado entre o segundo e terceiro molar é menor que 10° existindo grande

    possibilidade do terceiro molar irromper. A extração de pré-molares aumenta as

    chances de irrupção dos terceiros molares como também, acelera seu

    surgimento na cavidade bucal, muito embora não esteja garantindo a sua

    irrupção.

    LINDQUIST; THILANDER (1982) realizaram um estudo para verificar se

    o terceiro molar inferior, em combinação com outras variáveis tais como a

    morfologia facial e condições de espaço, pode contribuir com a ocorrência ou

    agravar o apinhamento. O grupo de estudo foi constituído por 23 indivíduos do

    gênero masculino e 29 indivíduos do gênero feminino com os terceiros molares

    impactados em ambos os lados da mandíbula. O molar impacctado em um lado

    foi removido, enquanto o outro lado sem extração foi usado como um controle.

    A idade média de tempo foi de 15,5 anos (variando de 13 a 19). Próximo da

    remoção do terceiro molar e anualmente ao menos por 3 anos depois, foram

    feitos os modelos de estudo e radiografias (lateral, obliqua e frontal). Os

    achados indicaram que: 1) apesar da análise de muitas variáveis, este estudo

    não foi capaz de fazer o prognóstico de que os pacientes reagiram

    favoravelmente ou desfavoravelmente ao removerem os terceiros molares

    inferiores nos casos de apinhamento antecipado; 2) em casos de apinhamento

    severo a remoção dos molares poderia ser recomendada; 3) contatos

    proximais corretos parecem ser importantes para manter o espaço que é

    alcançado pela extração, enquanto aqueles incorretos podem ser inutilizados.

    RICHARDSON; MALHOTRA; SEMENYA (1986) conduziram um estudo

    longitudinal utilizando vinte afro-americanos do gênero masculino para

    pesquisar o irrompimento do terceiro molar inferior. Cada jovem tinha dois

  • 21

    terceiros molares presentes. Quarenta terceiros molares foram estudados.

    Foram usados os cefalogramas laterais, póstero-anterior e oblíquos (45° direito

    e esquerdo) juntos com os modelos de gesso. As seguintes observações foram

    feitas sobre os terceiros molares; a idade na qual eles podem ser identificados;

    a angulação da superfície oclusal; o trajeto eruptivo, incluindo a posição

    vertical, antero-posterior, e bucolingual; e a idade da delineação entre não

    estarem irrompidos ou impactados, incluindo os fatores relacionados. Em

    algumas pessoas a cripta do terceiro molar em desenvolvimento foi vista bem

    cedo aos 7,5 anos e a superfície oclusal foi identificada bem precocemente aos

    8 anos, com uma média de 9,75 anos. Os terceiros molares geralmente se

    formam no ramo com a cúspide distal acima do plano oclusal, a superfície

    oclusal do molar tem uma grande mesialização, o dente desce para baixo do

    plano oclusal, e parece verticalizar por volta dos 14 a 16 anos de idade. A

    impacção do terceiro molar inferior é um mecanismo multifatorial complexo. A

    localização bucal ampla dos terceiros molares inferiores e o espaço ântero-

    posterior inadequado entre a superfície distal do segundo molar e a superfície

    anterior do ramo são fatores importantes na impacção do terceiro molar. Este

    estudo não sustenta o conceito de um prognóstico prematuro da impacção do

    terceiro molar e a enucleação dos terceiros molares em desenvolvimento

    assintomáticos. Se possível, a decisão final para a extração dos terceiros

    molares inferiores assintomáticos que parecem impactados deveria ser adiada

    até os 16 anos.

    DERMAUT; GOEFFERS; DE SMIT (1986) selecionou dois grupos de

    185 pacientes leucodermas entre 4 e 19 anos (112 meninas e 73 meninas) da

    Escola Odontológica da Universidade de Gent – sendo um grupo experimental

    com agenesia dental e um grupo de controle com as dentições completas. As

    anomalias esqueléticas (Classe I, II, III, e mordida normal, profunda e aberta)

    foram diagnosticadas por meios de cefalogramas laterais de acordo com a

    análise de Sassouni. A quantidade de apinhamento foi medida em fotografias

    padronizadas pelo índice de irregularidade de Little. Foram mostrados os

    seguintes resultados: a hipodontia ocorreu mais freqüente nas meninas do que

    nos meninos; os incisivos laterais superiores e pré-molares inferiores foram os

    dentes mais freqüentemente ausentes; a prevalência da relação esquelética de

    Classe I pareceu para ser significantemente maior no grupo de agenesia do

  • 22

    que no grupo de controle; os casos de mordida normal e mordida profunda

    esquelética ocorreram mais freqüente nos pacientes com hipodontia do que no

    grupo de controle; o apinhamento na região ântero-inferior foi significantemente

    mais pronunciado no grupo de controle do que no grupo de agenesia quando

    os subgrupos (expressando a quantidade de apinhamento) não foram levados

    em conta.

    RICHARDSON (1989) examinando indivíduos correlacionou o aumento

    de apinhamento dos incisivos com a migração mesial dos primeiros molares

    permanentes, aos 13 e aos 18 anos, todos com os terceiros molares presentes.

    Nestes 5 anos evidenciou um aumento médio de 1 mm do apinhamento

    inferior. Em alguns casos o aumento foi de quase 4 mm e em 16% dos casos

    não ocorreu alteração no apinhamento inicial. O ponto de contato mesial do

    primeiro molar projetado sobre o plano maxilar foi usado para medir a alteração

    de posição deste dente ao longo dos 5 anos. Pela técnica de superposição de

    BJORK, mediu a migração mesial, encontrando em média 2 mm para a região

    anterior de cada lado, atingindo 7 mm em alguns casos. Evidenciou uma

    correlação positiva com o aumento do apinhamento, entretanto o coeficiente foi

    estatisticamente significante apenas para o lado esquerdo. Observou que,

    quanto menor o espaço para a irrupção dos terceiros molares, numa avaliação

    precoce (13 anos), maior o apinhamento dos incisivos, na época de irrupção

    dos molares. Concluiu que o pressionamento da região posterior e a presença

    dos terceiros molares causam o apinhamento anterior do arco inferior, mas não

    descartam o envolvimento de outros fatores.

    GARCIA; CHAUNCEY (1989) estudaram a irrupção dos terceiros

    molares em radiografias periapicais de 829 adultos veteranos da Administração

    do serviço Dental para pesquisa (NAS), entre 28 e 75 anos de idade.

    Descobriram que 11,7% da amostra exibiu um ou mais terceiros molares

    retidos quando o estudo foi iniciado. Após 10 anos 1,13 % destes tiveram mais

    de um terceiro molar retido, enquanto outros 1,13% tiveram pelo menos um

    dente irrompido, mas boa parte teve que ser extraído por motivos, patológicos.

  • 23

    CASTILHO et al. (1990) estudaram radiograficamente uma amostra

    constituída de 201 indivíduos de ambos os gêneros, numa faixa etária de 12 a

    14 anos de idade, pesquisaram a anodontia de órgãos dentários, inclusive dos

    terceiros molares. As observações foram feitas em cada gênero e em cada

    hemiarco separadamente e verificamos que 24,3% dos individuos da amostra

    possuem ausência congênita de dentes, sendo 10,44% para individuos do

    gênero masculino e 13,43% para o gênero feminino. Pelos resultados obtidos

    pudemos concluir que 75,62% dos individuos da amostra não apresentam

    anodontia, sendo 36,31% o gênero masculino e 39,31% do gênero feminino,

    20,39% dos apresentam anodontia de um ou mais terceiros molares 9,95%

    para o gênero masculino e 10,44% para o feminino. A ausência dos terceiros

    molares é de 10,44% para o gênero masculino e 12,43% para o feminino. O

    número de casos de anodontia é maior no gênero feminino.

    CAPELLLI (1991) realizou um estudo que consistiu de 120 radiografias

    cefalométricas feitas no estágio inicial do tratamento e logo após a remoção

    dos aparelhos fixos em 60 pacientes. A amostra foi selecionada pelos

    seguintes critérios: 1) pacientes submetidos ao tratamento ortodôntico com

    aparelhos fixos completos, técnica Edgewise, e extração dos quatro primeiros

    pré-molares; 2) radiografias das etapas inicial e concluída do tratamento

    ortodôntico, que consistiam de raios-X cefalométricos laterais da cabeça

    (tirados do lado esquerdo em 90 graus) e raios-X periapicais de todos os

    dentes estavam disponíveis; 3) todos os pacientes tinham os terceiros molares

    inferiores. A erupção incompleta foi um critério usado para verificar a impacção

    do terceiro molar. A falta de erupção foi geralmente devido a uma posição

    inclinada em relação ao segundo molar ou a falta de espaço livre, de acordo

    com Kaplan. Vinte e sete pacientes foram selecionados porque seus terceiros

    molares inferiores não estavam impactados bilateralmente (grupo 1). Os 11

    homens e 16 mulheres tinham uma idade média de 11 anos e 3 meses no

    começo do tratamento ortodôntico ativo e 16 anos e 4 meses no final do

    tratamento. Os 33 pacientes restantes (grupo 2) tinham nos terceiros molares

    impactados bilateralmente no final do tratamento ortodôntico ativo. Neste

    grupo, 17 homens e 16 mulheres foram estudados com uma idade média de 11

    anos e 7 meses no início do tratamento ortodôntico e 16 anos e 7 meses no

  • 24

    final do tratamento. O método consistiu da comparação das medidas obtidas

    das radiografias inicial e final, bem como todos os valores padrões da literatura.

    Concluiu que: a impacção dos terceiros molares está associada com um

    componente vertical do crescimento inferior; os pacientes com terceiros

    molares inferiores impactados após o tratamento ortodôntico que inclui a

    extração dos primeiros pré-molares, tiveram seus valores angulares GoGn-Sn,

    GoMe e Occl-SN maiores do que os reportados por Steiner e Tweed; a alta

    inclinação mesial da coroa do terceiro molar no ramo ascendente é indicativo

    da tendência destes dentes serem impactados; existe impacção dos terceiros

    molares inferiores em pacientes com o ramo ascendente maior e por último,

    em pacientes com os terceiros molares impactados, a extensão total da

    mandíbula é menor do que em pacientes sem dentes impactados.

    DAITO et al. (1992) no hospital de Osaka, estudaram o desenvolvimento

    do terceiro molar em radiografias panorâmicas em 9.111 indivíduos (4.646 do

    gênero masculino e 4465 indivíduos do gênero feminino) entre 7 anos e 16

    anos e 11 meses. E somou-se a 2.769 radiografias panorâmicas de estudantes

    universitários adquiridas no departamento de Radiologia. A análise dos

    resultados mostrou que a calcificação do terceiro molar pode aparecer

    precocemente aos 7 anos da na mandíbula, com uma média do início da

    calcificação em torno de 9 anos e um mês no gênero masculino e, 8 anos e 9

    meses no gênero feminino. Todos os quatro terceiros molares encontravam-se

    presentes em 52,3% no gênero masculino e 45,5% no gênero feminino,

    enquanto 9,5% dos rapazes e 12% das garotas apresentaram agenesia de

    todos os terceiros molares. A agenesia foi mais comum em mulheres

    japonesas que em homens e, mais freqüente na maxila que na mandíbula.

    KULLMAN; JOHANSON; AKESSON (1992) verificaram o

    desenvolvimento da raiz do terceiro molar em relação à idade cronológica,

    baseado em radiografias de 677 indivíduos de 14 a 25 anos de idade,

    selecionadas aleatoriamente do departamento de radiologia de Huddinge,

    Suécia. A classificação da formação da raiz, dividida em 7 estágios diferentes

    de desenvolvimento. O estágio 1 considerado no estudo, início da formação da

    raiz foi encontrado aos 15,2 anos de idade; o estágio 2, ¼ da raiz formada,

  • 25

    notado em indivíduos do gênero masculino aos 15,9 anos e, no gênero

    feminino aos 16,6 anos de idade. O estágio 3, considerado ½ da raiz formada,

    foi detectado aos 16,9 anos de idade. O estágio 4, considerado ¾ da raiz

    formada foi observado em indivíduos de 17,3 anos para o gênero masculino e,

    17,9 anos para o feminino. O estágio 5, considerado comprimento radicular

    estabelecido sem fechamento do ápice, foi observado maior incidência na

    idade de 18 anos para o gênero masculino e, 18,6 para o feminino. O estágio 6

    considerado o início do fechamento do ápice e, ocorreu na idade de 19,2 para

    o gênero masculino e, 19,9 para o feminino. O estágio 7 foi considerado o

    fechamento completo do ápice. Encontraram a presença de dimorfismo sexual

    e, os do gênero masculino mostraram a calcificação da coroa e, a formação

    completa da raiz mais precocemente aqueles do gênero feminino.

    RICHARDSON (1996) fez o acompanhamento de um grupo de 160

    indivíduos desde os 10 ou 11 anos de idade até os terceiros molares

    irromperem. Este estudo em Belfast observou o aparecimento dos terceiros

    molares de 160 indivíduos aos 10 anos de idade, 35 indivíduos tiveram o

    aparecimento da cripta de formação do terceiro molar. A grande maioria 89%

    da amostra teve o aparecimento da cripta aos 11 ou 12 anos, mas 5 terceiros

    molares inferiores e 4 terceiros molares superiores apareceram aos 14 anos de

    idade, 3 terceiros molares superiores e 3 terceiros molares inferiores surgiram

    aos 15 anos de idade e, 1 terceiro molar apareceu na maxila aos 16 anos de

    idade. A formação dos terceiros molares pode continuar até 16 anos, embora o

    número de formação após os 13 anos de idade seja pequeno. Neste grupo de

    formação do terceiros molares após os 14 anos, somente 51 % desenvolveram

    todos os 4 terceiros molares, sugerindo que quando em formação tardia, dos

    terceiros molares, além dos 14 anos de idade a probabilidade de desenvolver

    totalmente é reduzida a 50%. A cronologia de desenvolvimento foi observada

    em 89% do grupo com formação tardia dos terceiro molares e apresentava

    variação no intervalo de formação entre os indivíduos. Em alguns casos a

    diferença chegou a ser de 4 estágios de formação, ou seja, a formação da

    cripta de um ou mais terceiro molar ocorreu quando os outros estavam no

    estágio de coroa totalmente calcificada. Comparando com o grupo cujos

    terceiros molares iniciaram precocemente antes dos 10 anos de idade, 39%

  • 26

    apresentavam diferença em estágios de formação sendo que esta diferença

    não excedeu a 2 estágios.

    LEGOVIC et al. (1997) examinaram radiografias ortopantográficas de

    indivíduos da Croácia, sendo 574 de Istria (280 meninos e 294 meninas) e, 426

    de Slavonia (210 meninos e 216 meninas); de 6 anos e 6 meses até 12 anos e

    6 meses. Em alguns individuos a cripta do terceiro molar inferior apareceu após

    os 12 anos, mas a maior freqüência ocorreu entre 9 e 10 anos de idade. A

    diferença entre a presença do dente entre os gêneros e sua incidência entre os

    lados direito e esquerdo, não apresentou significância estatisticamente.

    MARTINS; RAMOS (1997) afirmaram que após a adolescência, o

    apinhamento dos incisivos inferiores manifesta-se com freqüência e em

    diversos graus, podendo considerar-se como uma alteração normal da

    dentadura permanente, em indivíduos tratados ou não ortodonticamente.

    Entretanto, a preocupação em se manter os dentes perfeitamente alinhados,

    estimulou o estudo da etiologia deste apinhamento tardio, no afã de evitá-lo.

    Como a manifestação deste desalinhamento ocorre concomitantemente à

    irrupção dos terceiros molares, estes dentes tornaram-se o alvo principal

    destas pesquisas. Em muitas delas foram, apontados como “vilões”,

    contrastando com outros resultados que os absolviam desta responsabilidade.

    Como causadores do apinhamento, estes dentes exerceriam uma força na

    região posterior do arco dentário, provocando uma migração mesial de todos

    os dentes anteriores a eles, acarretando uma menor disponibilidade de espaço

    para os incisivos. Este pressionamento estaria associado à mesialização

    fisiológica dos dentes posteriores, decorrentes do componente anterior das

    forças oclusais. Alguns autores relatam que a remoção dos terceiros molares

    numa fase precoce permitiria espaço adequado para a acomodação distal dos

    primeiros e segundos molares, diminuindo assim a possibilidade de

    apinhamento anterior.

    PETERSON (1998) afirmou que durante o período de desenvolvimento

    da raiz tem que fazer uma verticalização para que a erupção aconteça.

    Aproximadamente 25% das impacções são classificadas como distal,

  • 27

    sugerindo que a verticalização insatisfatório é uma causa comum da impacção.

    Porém, de forma contrária pode ocorrer, no qual 12% das impacções são

    classificadas como mesial.

    BISHARA (1999) averiguou a importância da conscientização dos

    profissionais sobre a decisão de indicação ou não da extração dos terceiros

    molares, sendo que esta decisão deveria ter um embasamento científico e,

    muito importante à individualização de cada caso. Aproximadamente 1 ano e

    meio mais tarde para a segunda radiografia, foi encontrado 13% de agenesia,

    dos 9 aos 11 anos o início da calcificação das cúspides, 11,5 a 13,5

    encontraram metade da calcificação da coroa e, entre 15 e 16,5 anos a

    calcificação completa da coroa. A diferença quanto ao gênero no aparecimento

    dos terceiros molares no grupo de estudantes da segunda parte do trabalho de

    18 até 23 anos foi de 1,5 mais cedo nos indivíduos do gênero masculino em

    relação ao feminino.

    HATAB; ALHAIJA (1999) afirmaram que as causas de impacção de

    terceiros molares incluem o espaço inadequado na mandíbula para

    acomodação dos dentes que irão irromper. Dentes que não atingem uma

    posição funcional podem ter um quadro patológico associado deveriam ser

    removidos. As indicações para remoções incluem pericoronites, doença

    periodental, cáries e formação de cisto.

    FLICK (1999) relatou que o terceiro molar é o dente mais comum a ser

    impacctado. Vários estudos demonstraram que os países desenvolvidos

    gastam milhões de dólares para formalizar o tratamento de pessoas com os

    terceiros molares impactados. De fato, é considerado como a cirurgia oral mais

    comum executada.

    VENTA; TURTOLA; YLIPAAVALNIEMI (1999) observaram terceiros

    molares que não irromperam e que sofreram mudança clínica até os 32 anos

    de diversos pacientes que tiveram alterações na posição da inclinação do

    dente.

  • 28

    YAMAOKA et al. (1999) afirmaram que a inclinação dos terceiros

    molares é natural pela própria formação da arcada dentária, tendo maior

    prevalência no gênero masculino.

    A tendência evolutiva da espécie humana é considerada um fator

    significativo para agenesia, assim como a característica hereditária teria

    influência não menos importante do que a displasia ectodérmica, inflamações

    ou infecções localizadas e condições patológicas sistêmicas. Podem ser

    também resultantes da falta de iniciação, ou de retenção na proliferação da

    lâmina dentária; ou, ainda, originalmente congênita, isto é, instalando-se

    durante a vida intra-uterina (MIYAMURA; NJAIM 2000).

    ORTON-GIBBS; CROW; ORTON (2001) afirmaram que a variação

    individual vertical parece ser grande, sugerindo que a inclinação do distal pode

    não ser incomum. Porém, a freqüência do distal em inclinar-se, é relativo ao

    tratamento da angulação do terceiro molar e a angulação atual na hora da

    remoção de aplicação, mostrando que é um conceito ainda desconhecido,

    sendo necessário estudos complementares.

    KIM et al. (2003) alegaram que pode não ser tão inesperado, pois estudo

    recente demonstrou clinicamente uma significante redução da taxa de

    impacção do terceiro molar do maxilar em pacientes que extraíram pré-molares

    comparado com os pacientes que utilizaram o tratamento da não remoção.

    Esse estudo recente de tratamento ortodôntico com extração dos pré-molares

    superiores, mostrou reduzir significativamente a probabilidade da impacção dos

    terceiros molares. Os resultados sugeriram também que o movimento mesial

    dos molares superiores durante o tratamento ativo impede a impacção do

    terceiro molar. Que a extração não esteve incluída como uma variável no

    modelo da predição do pré-tratamento sugerindo uma correlação entre a

    extração e o movimento do molar, com a quantidade de movimento molar que

    é o mais importante. Isto dá ênfase ao precedente que o mecanismo para a

    freqüência reduzida da impacção depois que a terapia da extração do pré-

    molar é realizada, promovendo o aumento do espaço para a erupção devido ao

    movimento mesial dos molares.

  • 29

    4. MATERIAL E MÉTODOS

    4.1 Materiais

    A amostra para a realização desta pesquisa constou de 100 radiografias

    panorâmicas de indivíduos do gênero feminino, prévio ao tratamento

    ortodôntico com idade a partir dos 20 anos, sem histórico de extrações

    dentárias.

    4.2 Métodos

    A coleta de dados foi realizada com as avaliações radiográficas e em

    seguida, anotadas em uma ficha apropriada (figura 01) para o presente estudo.

    As radiografias foram feitas pelo aparelho panorâmico, com o colimador e

    chassi X-Omatic para o écran intensificador lanex de média intensidade, tensão

    nominal mínima 60 Kv, corrente nominal fixa 10 mA, com tempo mínimo de

    0,20 segundos. Usaram-se os filmes para Raios-X diagnóstico Kodak tipo T-

    Mat G/Ra da marca comercial kodak de 13 x 30 cm com 20% a 30% de

    magnificação:

    • Dados do Aparelho emissor de radiação (Aparelho Panorâmico) → Tipo:

    Aparelho de Raios-X do tipo fixo. Marca: Villa Sistem Rotograf Plus.

    • Químicos utilizados → Revelador e reforçador Cineflure: (para preparar

    20 litros). Lote: M079028B. Fabricação: Junho/02. Validade: Junho/04.

    Fixador Cineflure: (para preparar 20 litros). Lote: A64388A. Fabricação:

    setembro/02. Validade: Setembro/04.

  • 30

    • Tempo de Revelação para a tomada radiográfica panorâmica → Método

    manual. Temperatura: 22o. Revelação: 30 segundos. Lavagem: 20

    minutos. Fixação: 10 minutos.

    • Secagem → marca: Enxuta. Modelo: Máster Secadora. Tensão nominal:

    120V/220V. Freqüência: 60Hz. Corrente nominal: 11/65A. Potência

    Nominal: 12090W/1400W. Tempo máximo: 120 minutos.

    Para a análise das radiografias, primeiramente será observado o padrão.

    Paciente: ; Gênero:

    Data Nascimento: / / ; Idade ; Data Rx: /

    Raça:

    Dentes permanentes: :

    8 8

    8 8

    Figura 01 - Ficha individual para a notação dos exames.

    Notação: O – na boca; / - não irrompeu; X – ausente.

    4.2.1 Elaboração do traçado

    Adaptou-se sobre cada radiografia uma folha de papel “Ultraphan” de

    tamanho 14x30 cm, em seguida, com um lapiseira n°0, 5, traçou-se sobre o

    negatoscópio as estruturas anatômicas. Estes traçados foram efetuados em

    sala escurecida e com o auxílio da mascara de papel-cartão, facilitando a

  • 31

    visualização dos reparos anatômicos. (As mensurações foram realizadas com o

    transferidor Desetec, modelo 8112).

    4.2.1.1 Delimitação das estruturas dentoesquelética s

    O desenho anatômico compreende as seguintes estruturas:

    • Contorno póstero-inferior das cavidades orbitárias,

    • Contorno dos forames mentonianos direito e esquerdo, e

    • Contorno externo dos terceiros molares.

    Figura 02 – Delimitação das estruturas dentoesqueléticas relativas ao

    nosso estudo.

    4.2.1.2 Demarcação de pontos e traçados das linhas de

    referência

    4.2.1.2.1 Pontos

    Foram demarcados os seguintes pontos:

    • Orbital direito – Ord – e esquerdo – Ore: pontos mais inferiores das

    cavidades orbitárias.

  • 32

    • Forame mentoniano direito – FMd – e esquerdo – Fme: pontos mais

    centrais dos forames mentonianos.

    Figura 03 – Demarcação dos pontos.

    4.2.1.2.2 Linhas

    - Linha interorbital – linha passando por Ord e Ore.

    - Linha intermentoniana – linha passando por FMd e FMe.

    4.2.2.2.3 Grandezas angulares

    a) Ângulo formado pelo longo eixo dos terceiros molares superiores com

    a linha Ord – Ore;

    b) Ângulo formado pelo longo eixo dos terceiros molares inferiores com a

    linha Fmd – Fme.

  • 33

    Figura 04 – linhas e grandezas angulares.

    4.3 Metodologia Estatística

    Foi aplicado a estatística descritiva para demonstrar prevalência da

    agenesia, impacção e angulação dos terceiros molares.

  • 34

    5. RESULTADOS

    Os resultados presentes demonstram a característica da impacção, as

    inclinações, ou seja, fatores para avaliar casos de dentes que irromperam na

    angulação mais próxima para evitar complicações, bem como dentes que estão

    causando alguma impacção no terceiro molar, causando dores e desconfortos

    que prejudicam o bem-estar do paciente.

    Gráfico 01 – Terceiro molar superior direito.

    Como pode-se perceber, no gráfico 01, 23% dos pacientes pesquisados

    tinham ausência do dente 18, 14% apresentavam inclinação de 1 a 100 graus e

    63% inclinação de 101 a 154%, sendo possível verificar que 63 pessoas tinham

    uma inclinação elevada desse dente.

    23%

    14%63%

    Ausente 1 a 100° 101 a 154°

  • 35

    Gráfico 02 – Terceiro molar superior esquerdo.

    Como pode-se perceber, no gráfico 02, 22% dos pacientes pesquisados

    tinham ausência do dente 28, 9% apresentavam inclinação de 1 a 100 graus e

    69% inclinação de 101 a 155%, no qual novamente há uma inclinação elevada

    presente no elemento 28.

    Gráfico 03 – Terceiro molar inferior esquerdo.

    Como pode-se perceber, no gráfico 03, 19% dos pacientes

    pesquisados tinham ausência do dente 38, 2% apresentavam inclinação de -

    23 a 0 graus e 79% inclinação de 1 a 86 graus.

    19%

    2%

    79%

    Ausente -23 a 0° 1 a 86°

    22%

    9%69%

    Ausente 1 a 100° 101 a 155°

  • 36

    Gráfico 04 – Terceiro molar inferior direito.

    Como pode-se perceber, no gráfico 04, 18% dos pacientes pesquisados

    tinham ausência do dente 48, 1% apresentavam inclinação de -10 a 0 graus e

    79% inclinação de 1 a 86 graus.

    Gráfico 05 – Impacção do terceiro molar superior direito.

    Como pode-se perceber, no gráfico 05, 23% dos pacientes pesquisados

    tinham ausência de impactado do dente 18, 6% apresentavam este dente

    impacctado, 53% com o dente irrompido e 18% não irrompido.

    23%18%

    6%

    53%

    Ausente Impactado Irrompido Não irrompido

    18%1%

    81%

    Ausente -10 a 0° 1 a 86°

  • 37

    Gráfico 06 – Impacção do terceiro molar superior esquerdo.

    Como pode-se perceber, no gráfico 06, 23% dos pacientes pesquisados

    tinham ausência de impacção do dente 28, 1% apresentavam este dente

    impacctado, 58% com o dente irrompido e 18% não irrompido.

    Gráfico 07 – Impacção do terceiro molar inferior esquerdo.

    Como pode-se perceber, no gráfico 07, 19% dos pacientes pesquisados

    tinham ausência de impacção do dente 38, 25% apresentavam este dente

    impacctado, 47% com o dente irrompido e 9% não irrompido.

    19%9%

    25%47%

    Ausente Impactado Irrompido Não irrompido

    23%18%

    1%

    58%

    Ausente Impactado Irrompido Não irrompido

  • 38

    Gráfico 08 – Impacção do terceiro molar inferior direito.

    Como pode-se perceber, no gráfico 08, 22% dos pacientes pesquisados

    tinham ausência de impacção do dente 48, 25% apresentavam este dente

    impacctado, 47% com o dente irrompido e 25% não irrompido.

    22%13%

    19%46%

    Ausente Impactado Irrompido Não irrompido

  • 39

    6. DISCUSSÃO

    Um dos grandes problemas enfrentados pelos cirurgiões-dentistas, na

    clínica diária, foi à observação de pacientes com agenesias de dentes

    permanentes.

    A tendência evolutiva da espécie humana é considerada um fator

    significativo para agenesia, assim como a característica hereditária teria

    influência não menos importante do que a displasia ectodérmica, inflamações

    ou infecções localizadas e condições patológicas sistêmicas. Podem ser

    também resultantes da falta de iniciação, ou de retenção na proliferação da

    lâmina dentária; ou, ainda, originalmente congênita, isto é, instalando-se

    durante a vida intra-uterina (MIYAMURA; NJAIM, 2000).

    Os dentes permanentes com maior incidência de agenesias, para a

    maioria dos autores, são os terceiros molares superiores e inferiores.

    Quanto à prevalência da agenesia dos terceiros molares obtivemos para

    o terceiro molar superior direito 23%, para o terceiro molar superior esquerdo

    22%, para o terceiro molar inferior esquerdo 19% e para o terceiro molar

    inferior direito 22% de acordo com GARCIA; CHAUNCEY (1989), CASTILHO

    (1990), BISHARA (1999), divergindo de KEENE (1964); RICKETS (1972).

    A avaliação das angulações dos terceiros molares nos mostraram

    resultados subjetivos e não determinantes para a irrupção ou não dos terceiros

    molares.

  • 40

    7. CONCLUSÕES

    A) Encontrou-se prevalência de agenesia de 23% para o terceiro molar

    superior direito, 22% para o terceiro molar superior esquerdo, 22% e 19% para

    os terceiros molares inferiores direito e esquerdo, respectivamente.

    B) A prevalência de impacção dos terceiros molares superiores foi baixa,

    enquanto que 25% dos terceiros molares inferiores encontraram-se

    impactados.

    C) Quanto à angulação observou-se grande variabilidade dos valores

    fornecendo dados subjetivos em relação ao prognóstico de impacção.

  • 41

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS *

    BERGSTROM, K.; JENSEN, R. The significance of third molars in the etiology of crowding. Trans Eur Orthod Soc . p. 84-96, 1960. BISHARA, S. Third molars: a dilemma! Or is it? Am J Orthod Dentofacial Orthop , Saint Louis, v.115, n.6, p.628-633, jun. 1999.

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    * Conforme a NBR-(6023) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), de 2000. Abreviatura de periódicos segundo “Index to Dental Literature”.

  • 42

    HATTAB, F. N.; ALHAIJA, E. S. Radiographic evaluation of mandibular third molar eruption space. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol & Endodontics . 88:285-91, 1999. HIXON, E. Cephalometrics: a perspective. Angle Orthod . v. 42, p. 200, 1972. KAPLAN, R.G. Mandibular third molars and pos-retention crowding. Am J Orthod Dentofac Orthop , v.66, v.4, p. 411-430, oct.1974. KEENE, H.J. Third molar agenesis, spacing and crowding of teeth, and tooth size in caries-resistant naval recruits. Am J Orthod Dentofac Orthop , v. 50, n.6, p. 445-451, jun. 1964.

    KIM, T.W. et al. Prevalence of third molar impaction in orthodontic patients treated nonextraction and with extraction of 4 premolars. Am J Orthod Dentofacial Orthop . 123:138–145, 2003. KULLMAN, L.; JOHANSON, G.; AKESSON, L. Root development of the lower third molar and its relation to chronological age. Swed Dent J. Jonkoping, v. 16, n.4, p. 161-167, 1992.

    LEGOVIC, M. et al. Caratteristiche dello sviluppo dei terzi molari in bnbin di due zone geografiche della Croazia, Minerva Stomatol , Torino, v.46, p. 103-108, mar. 1997. LINDQVIST, B.; THILANDER, B. Extraction of third molars in cases of anticipated crowding in the lower jaw. Am J Orthod Dentofac Orthop , v. 81, n.2, p. 130-139, feb. 1982. MARTINS, D.R.; RAMOS, L.D. Agenesia, Impacção e Extração dos Terceiros Molares versus Apinhamento antero-inferior. Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Maxilar . v.2, n.2, p. 71-76, mar. / abr. 1997. MARZOLA, C.; CASTRO, A.L.; MADEIRA, M.C. Ocorrência de retenção e agenesia dental em 1760 . Arq Cent Estud Fac Odontol UFMG (Belo Horiz), Belo Hozionte, v.5, n.1, p. 21-32, jan. / jun. 1968. MIYAMURA Z.Y.; NJAIM L.F.N. Recursos ortodônticos nas agenesias de dentes permanentes. Revista Paulista de Odontologia. a. 22, n.3, mai. / jun. 2000. MORRIS, C.R.; JERMAN, A.C. Panoramic radiographic survey: a study of embedded third molars. J Oral Surg , Chicago, v.29, n.2, p. 122-125, feb. 1971. NORDERVAL, K.; WISTH, P.J.; BOE, O.E. Mandibular anterior crowding in relation to tooth size and craniofacial morphology. Scand J Dent Res , v. 83, p. 267-273,1975. ORTON-GIBBS, S.; CROW, V.; ORTON, H.S. Eruption of third permanent molars after the extraction of second permanent molars. Part 1: assessment of

  • 43

    third molar position and size. Am J Orthod Dentofacial Orthop . 119:226–238, 2001. PETERSON, L.J. Principles of management of impacted teeth. In: Peterson LJ, Ellis E, Hupp JR, Tucker MR, eds. Contemporary Oral and Maxillofacial Surger y. St Louis, Mo: Mosby; 1998:215–248. RANTANEN, A.V. The age eruption of the third molar teeth a clinical study based on finnish university students. Acta Odontol Scand , Oslo, v. 25, 1967. [Supplement, 48]. RICHARDSON, E.E.; MALHOTRA, S.K.; SEMENYA K. Longitudinal study of three views of mandibular third molar eruption in males. JADA , p. 119-129, aug. 1986. RICHARDSON, M.E. The early developmental position of the lower third molar relative to certain jaw dimensions. Angle Orthod , Appleton, v.40, n.3, p.226-230, 1970. RICHARDSON, M.E. Development of the lower third molar from 10 to 15 years. Angle Orthod, Appleton, v.43, n.2, p.191-193, apr. 1973. RICHARDSON, M.E. Some aspects of lower third molar eruption. Angle Orthod , Appleton, v.44, n.2, p.141-145, apr. 1974. RICHARDSON, M.E. The development of third molar impaction. Br J Orthod , Oxford, v.2, n.4, p.231-234, 1975. RICHARDSON, M.E. The etiology and prediction of mandibular third molar impaction. Angle Orthod , Appleton, v.47, n.3, p.165-172, jul. 1977. RICHARDSON, M.E. The role of the third molar in the cause of late lower arch crowding: a review. Am J Orthod Dentofac Orthop , v. 95, n.1, p. 79-83, jan., 1989. RICHARDSON, M.E. Orthodontic Implication of lower third molar development. Dent Update , London, n.23, n.3, p.96-102, apr. 1996. RICHARDSON, M.E. O Terceiro molar: uma perspectiva ortodôntica. Rev Dent Press Orto e Ortop Fac . v. 3, n.3, p. 103-117, mai. / jun. 1998. RICKETTS, R.M.A principle of facial growth of the mandible, Angle Orthod , Appleton, v.42, n.4, p. 368-386, oct. 1972. SCHWARZE, C.W. The influence of third molar germectomy – a comparative long-term study. London Transactions of the third International Orth odontic Congress , p. 551-562, 1975. SHANLEY, L.S. The influence of mandibular third molars on mandibu lar anterior teeth , M.S. thesis, Washington University, St. Louis, Mo., 1960.

  • 44

    VENTA, I.; TURTOLA, L.; YLIPAAVALNIEMI, P. Changes in clinical status of third molars in adults during 12 years of observation. J Oral Maxillofac Surg . 57:386-9, 1999. YAMAOKA, M.; FURUSAWA, k.; IKEDA, M., HASEGAWA, T. Root resorption of mandibular second molar teeth associated with the presence of the third molars. .Australian Dental Journal. 44:(2):112-116, 1999.

  • 45

    ANEXOS

  • 46

    ANEXO 1

    TERMO DE ACEITE DE ORIENTAÇÃO

    Eu, Heloisa Cristina Valdrighi, Professora Doutora do Curso de Mestrado

    profissionalizante em Odontologia, área de concentração em Ortodontia,

    concordo em orientar o aluno Hassan Yussef Saleh conforme projeto ora

    submetido à aprovação.

    O orientado está ciente das Normas para Elaboração do Trabalho de

    Conclusão do Curso, bem como, dos prazos de entrega das tarefas.

    Araras, 19/06/2004

    .....................................................................

    Prof. Dra. Heloisa Cristina Valdrigr

  • 47

    ANEXO 2

    TERMO DE ACEITE DE CO-ORIENTAÇÃO

    Eu, Eloísa Marcantonio Boeck, Professora Doutora do Curso de

    Mestrado profissionalizante em Odontologia, área de concentração em

    Ortodontia, concordo em co-orientar o aluno Hassan Yussef Saleh conforme

    projeto ora submetido à aprovação.

    O co-orientado está ciente das Normas para Elaboração do Trabalho de

    Conclusão do Curso, bem como, dos prazos de entrega das tarefas.

    Araras, 19/06/2004

    .....................................................................

    Profa. Dra. Eloísa Marcantonio Boeck

  • 48

    ANEXO 3

    DECLARAÇÃO PARA TORNAR PÚBLICO OS RESULTADOS

    DA DISSERTAÇÃO:

    Eu, Hassan Yussef Saleh, aluno regularmente matriculado no curso de

    Mestrado em Odontologia, área de concentração em Ortodontia, do Centro

    Universitário Hermínio Ometto, declaro que tornarei público, pelos meios

    científicos os resultados de minha dissertação de Mestrado (“Prevalência da

    agenesia e da impacção dos terceiros molares e a avaliação da sua

    angulação”), após sua finalização e defesa.

    Araras, 19/06/2004

    ......................................................................

    Hassan Yussef Saleh

  • 49

    ANEXO 4

    TERMO DE COMPROMISSO DE UTILIZAÇÃO DE DADOS

    Nós, abaixo-assinados, orientador e acadêmico responsáveis pelo

    Trabalho de Conclusão de Curso: Prevalência da agenesia e da impacção

    dos terceiros molares e avaliação e da sua angulaçã o, que irá utilizar

    radiografias panorâmicas disponibilizadas da clínica radiológica Odonto

    Imagem situada na rua Cônego Toma Fontes no 144 sala 02 em Itajaí SC,

    comprometemo-nos a manter a privacidade e a confiabilidade desses dados,

    preservando integralmente e o anonimato dos pacientes. Os dados somente

    serão usados neste projeto. Qualquer outro uso que venha a ser planejado

    deverá ser objeto de novo projeto de pesquisa e ser submetido à apreciação do

    Comitê de Ética em Pesquisa.

    Araras, 19/06/2004

    Hassan Yussef Saleh _________________________________

    Acadêmico

    Prof. Dra. Heloisa Cristina Valdrighi _______________________

    Orientadora

  • 50

    ANEXO 5

    AUTORIZAÇÃO DE CADA SUJEITO DA PESQUISA

    (PACIENTE):

    Ao paciente,

    ................................................................................................

    Eu, Hassan Yussef Saleh, abaixo assinado, aluno do curso de Mestrado

    em Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Araras do Centro Universitário

    Hermínio Ometto, venho por meio desta solicitar a sua autorização para

    realizar a análise de sua radiografia panorâmica para fins de estudo e

    avaliação, cujos dados utilizarei para elaboração da minha dissertação de

    Mestrado a ser apresentada a esta entidade, conforme Projeto de Pesquisa

    entregue a mesma.

    Nesses termos, pede deferimento,

    Itajaí,19/06/2004

    ..............................................................................

    Hassan Yussef Saleh – Cirurgião -Dentista.

    ...................................................................................

    Autorização do Paciente

  • 51

    ANEXO 6

    AUTORIZAÇÃO DA CLÍNICA PARA A REALIZAÇÃO DA

    PESQUISA:

    Ao Coordenador da Clínica responsável,

    Eu, Hassan Yussef Saleh abaixo assinado, aluno regularmente

    matriculado no curso de Mestrado em Odontologia, área de concentração

    em Ortodontia, do Centro Universitário Hermínio Ometto, venho por meio

    desta solicitar a Vossa Senhoria autorização para realizar os exames

    radiográficos em uma amostra de pacientes selecionados por faixa etária e

    do gênero feminino, cujos dados utilizarei para elaboração da minha

    dissertação de Mestrado a ser apresentada a esta entidade, conforme

    Projeto de Pesquisa entregue a mesma.

    Nesses termos, pede deferimento,

    Araras,16/06/2004

    .................................................................................

    Hassan Yussef Saleh , Cirurgião -Dentista.

    ....................................................................................

    Liziane J. Vallér Zenni - Coordenador da Clínica

    e responsável técnico.

  • 52

    ANEXO 7

  • 53

  • Livros Grátis( http://www.livrosgratis.com.br )

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