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RESERVADO ~ , PRESIDENCIADAREPUBLICA ESTADO-MAIOR DASFORÇASARMADAS MANUALDE DEFESATERRITORIAL li! Edição 1986 FA-M-22

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R E S E R V A D O

~ ,PRESIDENCIADA REPUBLICA

ESTADO-MAIORDASFORÇASARMADAS

MANUALDE DEFESATERRITORIAL

li! Edição

1986

FA-M-22

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PORTARIA N2 02.345/FA-ll, de 18 de julho de 1986

O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DO ESTADO-MAIOR DAS FORÇAS ARMA-

DAS, no uso de suas atribuições legais, previstas no item

xv do artigo 43 do Decreto N2 87.737, de 20 de outubro de

1982 (Regulamento para o Estado-Maior das Forças Armadas),

RESOLVE:

Aprovar e mandar por em execução o MANUAL DE DEFESA

TERRITORIAL (FA-M-22) cuja aprovação foi ratificada pelo

CONSELHO DE CHEFES DE ESTADO-MAIOR (CONCEM) conforme consta

da ATA da Reunião N2 01, realizada no dia 08 de julho de

1986.

(a) Almirante-de-Esquadra JOSÉ MARIA DO AMARAl OLIVEIRA

(Publicado no D.O. N2 148 de 06 de agosto de 1986)

PUBLICADO 1

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REGISTRO DE MODIFICAÇÕES

--

NÚMERO DA EXPEDIENTE PÁGINAS DATA DA RUBRICA DO

MODIFICAÇÃOQUE A OFICIAL QUEDETERMINOU AFETADAS INTRODUÇÃO A INSERIU

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lNQ.!CE

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 11

GENERALIDADES 12

Consideraç6es Bá~icas 12

Conceitos 12

ORGANIZAÇÃO 14

Estrutura de Zona de Defesa 14

Meios a Empregar ................

Re1aç6es de Comando .............

Divisão Territoria1 14

15

15

EMPREGO 18

Concepção Geral 18

MOBIIIZAÇÃO 24

Força Naval 24

Força Terrestre 24

Força Aérea 25

APOIO lOGíSTICO (ADMINISTRATIVO). 26

Força

Força

Força

Terrestre .................

26

26

27

Naval .....................

,Aerea .....................

INTRODUÇÃO

CAPíTULO I

Artigo 1

Artigo 2

CAPíTULO 11

Artigo 3

Artigo 4

Artigo 5

Artigo 6

CAPíTULO 111

Artigo 7

Artigo 8

Artigo 9

Artigo 10

CAPíTULO IV

Artigo 11

Artigo 12

Artigo 13

CAPíTULO V

Artigo 14

Artigo 15

Artigo 16

Força Terrestre da Zona de Defe-sa ........ ...... ......... ....... 18

Força Naval da Zona de Defesa . . . 20

Força Aérea da Zona de Defesa . . . 22

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CAPíTULO VI - PRESCRIÇÕES DIVERSAS 28

ANEXOS:

A - Distritos Navais

B - Comandos Militares de Área

C - Comandos Aéreos Regionais

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INTRODUÇÃO

FINALIDADE

O presente Manual tem por finalidade estabelecer normas e

preceitos que possibilitem o planejamento integrado e a ex~

cução de medidas e ações de Defesa Territorial.

BASE

Constituição da República Federativa do Brasil.

Dec Lei NQ 200, de 25 de fevereiro de 1967.

Dec Lei NQ 900, de 20 de setembro de 1969.

Dec Res NQ 08, de 17 de janeiro de 1980 -- aprova a Dire-

triz para o Estabelecimento da Estrutura Militar de Guer-

rà.

Dec NQ 87.737, de 20 de outubro de 1982 -- dispõe sobre o

Regulamento do Estado-Maior das Forças Armadas.

APLICAÇÃO

Os princípios, normas e proced1mentos preconizados por es-

te documento se aplicam às Forças Singulares, em seus rela-

cionamentos nos diversos níveis de Comando, para atender

aos encargos a elas atribuídos na Defesa Territorial.

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CAPíTULO I

GENERALIDADES

1. Considerações Básicas

Em situações de Guerra, o esforço desenvolvido pelas Forças

em Operações depende do fluxo de recursos materiais e huma-

nos essenciais à campanha, cuja obtenção se realiza princi-

palmente na Zona do Interior, em todos os setores direta ou

indiretamente ligados àquele esforço.

A Defesa Territorial tem a finalidade de preservar o poten-

cial material e humano da Nação. Cabe, portanto, ao Comando

da Zona de Defesa, como principal responsável pela Defesa

Territorial na sua área de jurisdição, a garantia da ordem

e da segurança das instalações vitais ao esforço de guerra.

Contudo, deve-se ter em mente que a Defesa Territorial nao

terá condições de se opor a ações de vulto do adversário.

2. Conceitos

DEFESA TERRITORIAL (DT) - É o conjunto de medidas e de

ações realizadas em situação de guerra, no Território Nacio

nal, excluídas as ações desenvolvidas nos Teatros de Opera-

çoes, e as de competência do COMDABRA, e que visam a prote-

ger o Território Nacional e os recursos nele existentes,

contra agressões de origem interna ou externa, de caráter

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militar ou nao.

ZONA DE DEFESA (ZD) - É uma parcela do Território Nacional-. , -. .nao lnclulda nos Teatros de Operaçoes, dellmltada por ato

do Presidente da República em decorrência da ativação total

ou parcial da Estrutura Militar de Guerra, onde se realizam

operações de Defesa Territorial, contra ações terrestres ou

fluviais inimigas, e de garantia de Segurança Interna.

COMANDO DA ZONA DE DEFESA - É um Grande Comando, Combinado

ou Singular, diretamente subordinado ao Comandante Supremo,

ou, por delegação, ao Ministro do Exército, destinado a re~

lizar, na área sob sua responsabilidade, as operaçoes nece~

sárias à defesa do Território Nacional contra as ações ter-

restres ou fluviais inimigas, bem como garantir a Segurança

Interna nessas mesmas,areas.

ZONA DE OPERAÇÕES (ZOp) - É a parte do território de uma

Zona de Defesa, estabelecida por ato do Presidente da Repú-

blica, onde se realizam operações para eliminar ações adver

sas internas de qualquer natureza em um quadro de guerra r~

vOlucionária. Caso a área necessária à constituição da ZOP

inclua parte do Território de mais de uma Zona de Defesa

(ZD), o ato que a estabelecer definirá o Comando de ZD que

a enquadrará.

******

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- - - -- -

CAPíTULO 11

ORGANIZAÇÃO

3. Estrutura da Zona de Defesa

1 1--

[ J1

I I

FTZD : FNZD I

___ _ l _ _ _ __ _._ i

r-------I I

I'FAZD IIl I-- - -'

I ---1I r-I FZOP I I- -I I I- I I I, I__ I

I _. - - - - I,

,--- -I

:__ _ _I - Existência Eventual

4. Divisão Territorial

O número e composição das ZD corresponderão aos dos Coman-

dos Militares de Área da Força Terrestre não incluídos nos

Teatros de Operações Terrestres. Em princípio, a área de ju

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risdição de cada ZD será a mesma do Comando Militar da For-

ça Terrestre correspondente.

5. Meios a Empregar

Em princípio, os meios disponíveis para a Defesa Territo-

rial são aqueles com que contam, em tempo de paz, os Coman-

dos Militares de Área da Força Terrestre para a Defesa In-

terna, excetuad~s os retirados para o emprego em prováveis

TO. Incluem, portanto, as Forças Auxiliares (Polícias Mi-

litares e Corpos de Bombeiros) dos Estados sob sua jurisdi-

ção, bem como os meios aéreos e navais alocados por seus

respectivos Ministérios, mais as Organizações Militares

(OM) de Guarda Territorial. Estas, constituídas, basicamen-

te, por reservistas de 2~ Categoria e, na falta destes, por

reservistas excedentes da disponibilidade.

6. - Relações de Comando

6.1 - Fase de Planejamento

6.1.1 - De~de a época de paz, os Comandos Militares de Área

da Força Terrestre, os Distritos Navais ou Comandos Navais

e os Comandos Aéreos Regionais, cujas áreas de jurisdição

sejam comuns, devem buscar um inter-relacionamento que faci

lite a integração de esforços, mútua cooperação e a necessá

ria coordenação entre elementos que atuam em uma mesma,area.

6.1.2 - Além do exposto acima, deverão ser implementadas

reuniões conjuntas de representantes daqueles Comandos. Es-

sas reuniõe~ terão por objetivo o levantamento das possibi-

lidades,das limitações e dos recursos que poderão ser colo-

cados à disposição da Defesa Territorial (DT), e o estabele

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cimento de planos e de medidas apropriadas para o emprego

das Forças disponíveis para prevenir ou reprimir as açoes

nocivas ao esforço de Guerra. Os planejamentos e medidas de

verão ser avaliados mediante a realização de exercícios com

binados ou conjuntos.

6.2 - Fase de Execução

6.2.1 - As Zonas de Defesa serao estabelecidas em decorrên-

cia de ativação total ou parcial

Guerra, por ato do Presidente da

na concretização de uma Hipótese

da Estrutura Militar de

República, na iminência ou

de Guerra.

6.2.2 - A ativação de uma Zona de Defesa não implica a su-

bordinação automática das organizações ou meios das demais

Forças singulares sediadas na área.

6.2.3 - O comandante da ZD será um Oficial-General do Exér-

cito. A este caberá estabelecer a respectiva organização

territorial, operacional e administrativa da Zona de Defe-sa.

6.2.4 - As Organizações Militares das Forças Armadas, situa

das nas ZD e não adjudicadas a essas, continuarão no cumpri

mento das missões que lhes foram atribuídas pelos respecti-

vos Ministérios. Cabe, portanto, a essas OM o exercício da

autodefesa de suas instalações, devendo coordenar com a ZD

os respectivos planos de defesa.

6.2.5 - Em caso de Guerra Revolucionária no Território Na-

cional, sendo ativada(s) a(s) ZD(s), esta(s) poderá(ão) con

ter Zonas de Operações (ZOP), de natureza terrestre - que

podem incluir área fluvial/lacustre - e, se necessário, uma

Área Marítima de Operações (AMOP), ao longo do litoral. A

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AMOP deverá possuir a largura mínima indispensável à execu-

ção de tarefas de apoio às operações em terra e de patrulha

costeira, incluindo a interdição do litoral ao inimigo.

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CAPíTULO 111

EMPREGO

7. Concepção Geral

O Comandante da ZD exercerá o Comando do que for alocado à

ZD pelos Ministérios Militares e coordenará, como necessá-

rio, as atividades dos demais Ministérios e Governos Esta-

duais, a fim de assegurar a proteção do Território Nacional

e dos recursos existentes, ~a área sob sua responsabilida-

de.

8. Força Terrestre da Zona de Defe3a (FTZD)

8.1 - Aos comandantes Militares de Área da Força Terrestre

compete realizar o planejamento da Defesa Territorial em

sua respectiva ZD, estabelecendo a respectiva organização

territorial, operacional e administrativa.

8.2 - Os Comandantes Militare.sde Área da Força Terrestre,

em suas respectivas áreas de jurisdição, supervisionarão a

mobilização e coordenarão o emprego das OM de Guarda Terri-

torial.

8.3 - As ZD,em sua organização territorial, podem ser dividi

das em Áreas de Defesa Territorial (ADT), Subáreas de Defe-

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sa Territorial (SADT) e Setores de Defesa

(SEDT) .

Territorial -

8.4 - Os Comandos de ADT, SADT e SEDT elaborarão os planos

das respectivas áreas de responsabilidade e coordenarão os

planos dos Comandos Subordinados.

8.5 - A Defesa Territorial será realizada por um mínimo in-

dispensável de forças necessárias à execução das ações de

defesa territorial e de garantia da segurança interna.

8.6 - Para o cumprimento de suas missões, o Comando da Zona

de Defesa contará com forças que lhe forem alocadas, da Ma-

rinha, do Exército e da Aeronáutica e com as Forças Auxilia

res das Unidades Federativas e elementos de Guarda Territo-

rial.

8.7 - De um modo geral as Forças Terrestres da DT serao or-

ganizadas em:

elementos fixos;

reservas móveis (em princípio motorizadas).

8.8 - Os elementos fixos, com ação de presença contínua, te

rao a missão de:

- vigiar e guardar as fronteiras terrestres e o lito-

ral, impedindo a infiltração e o desembarque de forças ini-

migas de pequeno valor ou informando ao escalão superior

quanto à presença de forças de maior vulto;

- guardar pontos sensíveis e, se possível, realizar

sua defesa;

cooperar com as autoridades civis em atividades que

visem à garantir o funcionamento dos serviços públicos e a

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normalidade de vida da população civil, em coordenação com

o COMDABRA no que for pertinente à Defesa Aeroespacial Pas-

siva.

8.9 - As reservas móveis terão a missão de intervir para:

eliminar ações subversivas de qualquer natureza;

destruir ou expulsar o inimigo que tenha penetrado

no território nacional, na área da ZD;

- reforçar a defesa da fronteira terrestre, da orla

marítima ou de pontos sensíveis ameaçados pelo inimigo;

- ganhar tempo, a fim de permitir a intervenção do e~

calão superior, quando o escalão considerado não tiver con-

dições de, com seus próprios meios, opor-se às ações de vul

to por parte do inimigo.

8.10 - As Polícias Militares, em princípio, continuarão cum

prindo suas missões normais de policiamento ostensivo, po-

dendo, ainda, ser empregadas:

na defesa de pontos sensíveis;

no controle de tumultos e em ações limitadas de con

tra guerrilha urbana e rural;

- em outras ações, a critério dos Crntde ZD.

8.11 - Compete às Regiões Militares (RM) constituir e plane

jar o emprego dos elementos da Guarda Territorial para a e-

xecução da DT em suas respectivas ADT, dentro do planejamen

to global realizado pelas ZD.

9. Força Naval da Zona de Defesa (FNZD)

Compete à FNZD prover apoio naval às ações de DT a cargo da

FTZD, mediante atuação nas hidrovias interiores ou em Áreas

Marítimas de Operações (AMOP). A Força Naval da Zona de De-

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fesa (FNZD) existira se a ZD:

- dispuser de hidrovias interiores situadas em bacias

hidrográficas com acesso ao mar, onde a Marinha tenha for-

ças organizadas;

- dispuser de faixa marítima litorânea.

Esta segunda possibilidade se restringe à situação em que

se configure a ocorrência de guerra revolucionária (quando

não será desejável a ativação de um Teatro de Operações Ter

restres), pois, em caso de guerra generalizada, toda a fai-

xa marítima do litoral brasileiro estará inserida no Teatro

de Operações Marítimo (TOM),

adjacente à ZD fará parte do

mo já o é na situação normal

ída na área marítima daquele

e em guerra limitada, a faixa

TOM ou será controlada tal co-

de paz, caso não esteja inclu-

Comando Operacional.

9.1 - Estrutura Organizacional Operativa

9.1.1 - Guerra Generalizada ou Limitada

A estrutura organizacional operativa da FNZD é influenciada

pela interdependência entre as atividades desta Força e as

das demais Forças da ZD, todas operando em proveito do cum-

primento da missão do Comandante da ZD. A constituição de

Forças Tarefas (FT) Combinadas, comandadas por oficiais da

Marinha ou do Exército, e a operação de FT Singulares (Na-

vais) ou Combinadas sob o controle operativo superior de ou

tra autoridade da estrutura da ZD que não o Comandante da

Força Naval da Zona de Defesa (Com FNZD), é de ocorrência

provável, sobretudo em áreas fluviais/lacustres.

9.1.2 - Guerra Revolucionária

9.1.2.1 - A ZD atingida por Guerra Revolucionária poderá con-

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ter uma (ou mais de uma) Zona de Operações Terrestres (ZOP)

- que podem incluir área fluvial/lacustre - e, se necessá-

rio, uma Área Marítima de Operações (AMOP) ao longo do litQ

ral, cuja largura deve ser a mínima indispensável para que

a FNZD possa cumprir suas tarefas marítimas, as quais sao,

normalmente, restritas ao apoio às operações em terra e à

patrulha da AMOP. Evidentemente, havendo simultaneidade da

guerra revolucionária com a guerra generalizada' ou limita-

da, que justifique a ativação do TOM na faixa litorânea da

(s) ZD, não será criada AMOP.

9.1.2.2 - Os meios fluviais da FNZD serao alocados ao Coman

dante da ZOP, e

poderá acumular

vial da FNZD),

os de mar ao Comandante da AMOP. O ComFNZD

o Comando da AMOP ou da FNZOP (parcela flu-

dependendo da importância relativa das ativi

dades fluviais e marítimas.

10. Força Áerea da Zona de Defesa (FAZD)

10.1 - A utilização do espaço aéreo sobre jacente às áreas

geográficas das ZD, para fins de Defesa Aeroespacial, é re-

gulamentada por Diretriz específica (Diretriz para a Defesa

Aeroespacial do Território Nacional) que atribui ao

COMDABRA a responsabilidade pelas ações de defesa aeroespa-

cial aí desenvolvidas~ Essa atuação contribui para a Defesa

Territorial e deverá ser objeto de coordenação entre os Co-

mandos de ZD e o COMDABRA.

10.2 - Em princípio,não

reos de grande valor de

rial, pois, tal emprego

se cogita do emprego de meios aé-

combate em ações de Defesa Territo-

será mais característico de TO.

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10.3 - A Guarda e a Segurança das instalações, sob a respon

sabilidade dos respectivos Comandantes de Organizações de

Aeronáutica, é uma das suas atribiuções normais, sob a su-

pervisão dos comandantes dos Comandos Aéreos Regionais, de~

de o tempo de paz.

10.4 - A Aeronáutica proporciona apoio às ZD, de acordo com

a constituição dos Comandos de ZD:

- quando a ZD constituir um Comando Singular, pode-

rao ocorrer operações conjuntas ou missões específicas em

proveito da ZD. Os meios para apoiar a ZD serão os designa-

dos pelo Ministro da Aeronáutica;

quando a ZD constituir um Comando Combinado, pOde-

rá ser ativada uma FAZD, que cumprirá missões aéreas em pro

veito da missão da ZD.

*****************

23

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CAPíTULO IV

MOBILIZAÇÃO

A mobilização para a Defesa Territorial será realizada pe-

las respectivas Forças Singulares, conforme a legislação em

vigor.

11. Força Naval

11.1 - O Sistema de MObilização Marítima (SIMOMAR)

Distritos Navais e os Comandos Navais como órgãos

de mObilização, sob a coordenação do Estado-Maior

(EMA).

Apreve os

regionais

da Armada

11.2 - O(s) Distrito(s) Naval(is) e Comando(s) Naval(is)

subentendidos nas ZD, participam do planejamento, preparo e

execução da mObilização, no que competir à MB, atuando nas

seguintes áreas:

pessoal

material

serviços

atividades marítimas

12. Força Terrestre

12.1 - A mobilização das forças necessárias à Defesa Terri-

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___o _____

torial de obedecer à sistemática estabelecida nas IG 20-

07/SIMOBE - Instruções para o Sistema de MObilização do

Exército.

12.2 - A MObilização da OM da Guarda Territorial será feita

entre os reservistas de 2~ Categoria e, na ausência destes,

entre os de l~ Categoria, da disponibilidade após completa-

dos os encargos das OM da ativa.

12.3 - Cabe às RM planejar, executar e coordenar a mobiliza

ção das necessidades em pessoal e material para as OM da

Força Terrestre em suas respectivas áreas de responsabilida

de.

12.4 - As Polícias Militares (PM) e os Corpos de Bombeiros

Militares (CBM) serão mobilizados conforme os planejamentos

existentes e até os efetivos fixados pelos Governos Esta-

duais.

12.5 - Reservistas excedentes de l~ e 2~ Categoria, após

completados os encargos das OM da ativa, poderão completar

as PM e os CSM.

12.6 - O material, armamento e munição para as OM da Guarda

Territorial serão obtidos através dos Órgãos Regionais.

13. Força Aérea

As necessidades de mobilização serão atendidas

com as normas do Sistema de MObilização

(SISMAERO), em princípio por meio da ação

dos Aéreos Regionais (COMAR).

de acordo

Aeroespacial

direta dos Coman-

*****************

25

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CAPíTULO V

APOIO lOGíSTICO (ADMINISTRATIVO)

O Apoio logístico (Administrativo) às forças empregadas na

DT será executado, em princípio, pelos respectivos Ministé-

rios, cabendo ao Cmt da ZD realizar as coordenações que se

fizerem necessárias.

14. Força Naval

Dependendo do vulto das operações previstas, o apoio logís-

tico à FNZD será prestado ou pelas organizações de apoio

existentes na estrutura normal de paz, ou pela criação, na

estrutura da FNZD, de Áreas de Apoio (AAp) que abrangerão

as organizações terrestres de apoio, os grupamentos tarefa

de contramedidas de minagem, de defesa de portos ou de

áreas marítimas restritas.

15. Força Terrestre

15.1 - O Apoio Administrativo na Força Terrestre, inclusive

às OM de Guarda Territorial, será realizado pelas RM, nas

suas respectivas áreas, através do Sistema existente que po

derá ser completado com outros meios, por transferência de

outras RM ou por mObilização.

15.2 - Especial destaque pode ser dado ao aproveitamento

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de recursos locais, caso necessário, obtidos por compra, re

quisição, confisco, contribuição ou troca, de acordo com a

legislação em vigor.

16. Força Aérea

A Atividade Logística da Aeronáutica será prestada, direta

mente, pelo respectivo COMAR da área abrangida, seja atra-

vés de instalações fixas ou dos seus Escalões Móveis de

Apoio, supridos sistemicamente pelos Órgãos Centrais e elos

de cada Sistema.

*****************

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CAPíTULO VI

PRESCRIÇÕES DIVERSAS

Quando da ativação da ZD, as medidas de Defesa Territorial

absorverão as de Defesa Interna e exercerão o controle das

ações da Defesa civil em coordenação com o SISDABRA,

à Defesa Aeroespacial Passiva.

face

Em tempo de paz, as medidas de defesa civil estarão a cargo.

do Sistema Nacional de Defesa Civil, devendo seus planeja-

mentos serem apreciados nas reuniões conjuntas dos represen

tantes dos Comandos Militares de Área da Força Terrestre,

dos Distritos Navais ou Comandos Navais e Comandos Aéreos

Regionais.

As Polícias e os Corpos de Bombeiros Militares das Unidades

Federativas deverão ser empregados, prioritariamente, em

suas funções normais no quadro da Segurança Pública.

Medidas sobre circulação de pessoal e de veículos, reuniões

privadas ou em público, horário de permanência nos locais e

vias públicas, toques ou sinais de recolher, escurecimento,

alarmes e outras medidas ou restrições, planejadas ou esta-

belecidas pela Defesa Civil, deverão ter a concordância e o

consentimento das autoridades responsáveis pela DT, em coor

denação com o COMDABRA, urna vez que ativadas as ZD.

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Quando as áreas geográficas abrangidas por um Comando Mili-

tar de Área da Força Terrestre, um Distrito Naval e um Co-

mando Aéreo Regional se superpuserem sem serem coinciden-

tes, caberá ao Ministro da Marinha e ao Ministro da Aeronáu

tica designar seu respectivo Comando Regional com vistas

Coordenação da Defesa Territorial. (Anexos A, B e C)

,a

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COLOMBIA

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ÁREA DE RESPONSABILIDADE DOS

DISTRITOS NAVAIS

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URUGUAI

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ANEXO "8"

129RM

89RM

69RM

119RM

ÁREA DE RESPONSABILIDADEDOS COMANDOS

MILITARES DE ÁREA DA FORCATERRESTRE .DEJANEIRO.19RM

SAo~LO

~29 RM

59RM

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79RM

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ÁREA DE RESPONSABlLlDADE DOSCOMANDOS

AÉREOS REGIONAIS

ANEXO "C"

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oPRIO"OE JANEIROSÃO PAULO

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