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Prescrição e Decadência (Minicurso Gratuito) Aula 01 Prof. Antônio Alex

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Olá, seja bem-vindo(a) à aula 1 do Curso Minicurso gratuito

de Direito Civil para concursos públicos.

SUMÁRIO

INFORMAÇÕES INICIAIS ..................................................................................... 3

Apresentação do Professor .............................................................................. 3

Metodologia de Ensino .................................................................................... 5

Conteúdo do Curso ........................................................................................ 5

Cronograma do Curso .................................................................................... 6

CONTEÚDO DA AULA 01 DO MINICURSO GRATUITO .............................................. 6

1. Prescrição ................................................................................................. 7

1.1. Conceito ................................................................................................ 7

1.2. Disposições legais sobre a Prescrição ......................................................... 9

1.3. Causas que impedem ou suspendem a Prescrição ..................................... 13

1.4. Causas que interrompem a Prescrição ..................................................... 18

1.5. Os prazos de Prescrição ......................................................................... 23

2. Decadência ............................................................................................. 27

2.1. Conceito .............................................................................................. 27

2.2. Disposições legais sobre a Decadência ..................................................... 28

2.3. Alguns prazos de Decadência .................................................................. 31

3. Diferença entre Prescrição e Decadência ..................................................... 33

ESQUEMAS E RESUMOS DA AULA ...................................................................... 33

QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................. 39

QUESTÕES – SEM COMENTÁRIOS ...................................................................... 55

GABARITO ...................................................................................................... 65

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INFORMAÇÕES INICIAIS

Apresentação do Professor

Olá, tudo bem?

Sou o Professor Antônio Alex Pinheiro. Sou graduado em Engenharia Elétrica e Direito pela UnB, cursando

atualmente Mestrado também pela UnB. Sou pós-graduado em Direito Processual Civil, pós-graduado em Direito Notarial e Registral e pós-graduado em Gestão Pública. Também finalizei o curso de graduação de licenciatura em Física. Minha experiência com concursos públicos começou no ano de 2.003 e continua até então, nessa trajetória fui aprovado nos concursos públicos da

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prof._antonio_alex

Prof. Antonio Alex

prof._antonio_alex

Caixa Econômica Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Curso de Oficial da PMDF, professor da Secretaria de Educação do Distrito Federal, professor do Instituto Federal de Brasília e Anatel. Atualmente ocupo o cargo de Especialista em Regulação na Anatel. Recentemente logrei êxito na aprovação para o cargo de Notário e Registrador dos Tribunais de Justiça do Ceará e do Amazonas, quando aprofundei meus estudos em relação ao Direito Civil. No concurso para o cargo de Notário ou Registrador, o conteúdo de Direito Civil tem um peso extremamente importante nas três fases: prova objetiva, prova discursiva e prova oral. Desde o ano de 2015, exerço também a advocacia voluntária pela Defensoria Pública do DF na área de Direito Civil. Atualmente estou lotado no núcleo de Defensoria Pública do DF junto aos Tribunais Superiores, atividade que me trouxe grande aprendizado na área de Direito Civil. Recentemente publiquei dois livros relacionados com Direito Regulatório. Assim, quero compartilhar minhas experiências adquiridas ao longo da minha vida para lhe auxiliar em seu processo de aprovação. Seja bem-vindo ao nosso minicurso gratuito de Direito Civil, ótima oportunidade para conhecer o nosso trabalho.

“Nenhum obstáculo é tão grande se sua vontade de vencer for maior.”

Forte abraço e bons estudos! Caso você deseje acompanhar as atualidades relacionadas ao estudo

desta disciplina, siga minhas mídias sociais:

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Metodologia de Ensino

O minicurso gratuito de Direito Civil foi elaborado com base em alguns

conteúdos programáticos dos principais editais para os cargos de Analista e

Técnico dos Tribunais de Justiça do país. Sabendo que o concurseiro não

dispõe de muito tempo disponível para seu estudo, o conteúdo foi taticamente

pensado e elaborado contendo conceitos relacionados com o respectivo

assunto para facilitar o entendimento e fixação.

Além do mais, tendo em vista a forte cobrança de lei seca em questões

de Direito Civil, para economizar seu tempo, sempre farei menção aos artigos

correspondentes ao conteúdo estudado. Assim, além de você entender o

conceito estudado, vai saber como o assunto é disposto na respectiva redação

da lei.

Ao final da aula, apresento uma lista de exercícios dos últimos anos que

permitem a fixação do conteúdo estudado. Por fim, os esquemas e resumos

trazem os principais pontos estudados em cada aula.

Conteúdo do Curso

Neste curso, serão abordados alguns conteúdos programáticos cobrados

em provas de Direito Civil. Este curso não é destinado a nenhum concurso

específico. Trata-se de Minicurso Gratuito sobre alguns pontos de

cobrança nas provas de Direito Civil. Utilizaremos questões e conteúdo

cobrados por diversas bancas examinadoras.

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Cronograma do Curso

CONTEÚDO DA AULA 01 DO MINICURSO GRATUITO

Nesta aula serão abordados os seguintes tópicos, que são cobrados de

forma recorrente em concursos:

• Prescrição;

• Decadência;

AULA CONTEÚDO DATA

Aula 1 Prescrição e Decadência Disponível

Aula 2 Pessoa Natural Disponível

Aula 3 Pessoa Jurídica e Bens Disponível

Padronização de siglas

- União, Estados, Distrito Federal e Municípios, respectivamente: U, E, DF e M

- Emenda constitucional: EC

- Constituição Federal de 1988: CF/88

- Código Civil de 2002 - CC

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1. Prescrição

1.1. Conceito

Na aula de hoje estudaremos a influência do tempo na aquisição e

extinção de direito. Quando uma pessoa possui um direito, ela não pode

esperar indefinidamente para cobrar o exercício do seu direito, ou seja,

existem prazos determinados por lei para essa cobrança.

A partir deste contexto incidem o instituto da Prescrição e o da

Decadência, que são necessários para trazer segurança e estabilidade às

relações jurídicas.

A Prescrição é a extinção da Pretensão:

Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a

qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem

os arts. 205 e 206.

E o que venha a ser Pretensão?

A Pretensão é o poder que o credor tem de constranger o devedor a

cumprir com a obrigação.

Exemplo: “A” viola um direito de “B”, ou seja, não pagou a dívida na

data combinada, a partir daí nasce a pretensão, ou seja, dentro de certo prazo

estabelecido pela lei, “B” poderá ajuizar uma ação de cobrança contra “A” e

requerer que o juiz coercitivamente obrigue “A” a pagar a dívida com “B”. O

juiz só irá obrigar coercitivamente “A” a pagar a dívida com “B”, se a ação

estiver ajuizada dentro do prazo estabelecido pela lei. Caso a ação seja

ajuizada fora do prazo estabelecido, ou seja, fora do prazo de prescrição, o juiz

irá julgar improcedente o pedido de “B”.

A partir do exemplo acima, podemos nos aprofundar no assunto:

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A prescrição extingue a pretensão, e não o direito de ação.

Ou seja, mesmo já tendo decorrido o prazo prescricional, a pessoa pode

ajuizar sua ação, isto porque a pessoa pode exercer o direito à ação em

qualquer momento, o problema é que se já houver decorrido o prazo

prescricional, a ação será julgada improcedente.

A prescrição possui alguns requisitos:

A Prescrição pode ser classificada em:

Prescrição Aquisitiva: está regulamenta na Parte Específica do Código

Civil, dentro do livro do Direito das Coisas. Neste caso, o prazo de prescrição

corre e a pessoa que possui a posse do bem, por certo prazo, adquire a

propriedade do mesmo através do instituto da usucapião, enquanto a outra

pessoa vai perder a propriedade do bem. Entretanto, este assunto será

estudado em aula especifica.

Prescrição Extintiva: está regulamentada na Parte Geral do Código

Civil, e se refere aos prazos de extinção da pretensão.

Prescrição Intercorrente: ocorre quando o autor de processo já

iniciado permanece inerte, de forma continuada e ininterrupta, durante o

tempo suficiente para perder a pretensão, previsto no parágrafo único do art.

202:

REQUISITOS DA PRESCRIÇÃO

Violado o direito,

nasce a

Pretensão

A inércia do

titular

O decurso do

tempo fixado em

lei

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Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma

vez, dar-se-á:

Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do

ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.

1.2. Disposições legais sobre a Prescrição

1.2.1 – Art. 190 do CC

O art. 190 do CC possui a seguinte redação:

Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão

O referido artigo foi inserido na redação do Código Civil para não deixar

dúvidas de que a prescrição também ocorre nas chamadas matérias de defesa,

ou de exceção, assim também conhecidas. Assim, se houve a prescrição da

pretensão, o direito com pretensão prescrita não pode ser utilizado

perpetuamente a título de matéria de defesa.

Exemplo: “A” entra com ação contra “B” cobrando uma dívida, mas “A”

tinha outra dívida com “B”. Assim, na sua defesa (Contestação), “B” pode

requerer a compensação da dívida com “A”, mas somente se não houver

ocorrido a prescrição.

A EXCEÇÃO PRESCREVE NO MESMO PRAZO QUE A PRETENSÃO.

1.2.2 – Art. 191 do CC

O art. 191 do CC possui a seguinte redação:

Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só

valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se

consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado,

incompatíveis com a prescrição.

Prescrição e Decadência

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Tendo em vista o referido artigo, as partes não podem renunciar

previamente a prescrição, porque se trata de uma matéria de ordem pública e

tornaria a obrigação imprescritível. Desta forma, a renúncia da prescrição só

pode ocorrer depois que a prescrição se consumar, podendo ocorrer de forma

expressa ou tácita e desde que não ocorra prejuízo de terceiro.

Exemplo: “A” vai celebrar um contrato escrito de empréstimo de

dinheiro com “B”. Conforme o Inciso I, do § 5º, do art. 206 do CC, o prazo de

prescrição é de 5 (cinco) anos, ou seja, caso “A” não pague, “B” poderá cobrar

a dívida no prazo de até 5 (cinco) anos.

Entretanto, antes de assinar o contrato, “B” propôs a “A” que o mesmo

renunciasse a prescrição, ou seja, que “B” poderia cobrar a dívida quando

quisesse de “A”, não mais no prazo de até 5 (cinco) anos. O art. 191 veda essa

disposição, não podendo haver renuncia prévia da prescrição.

Agora, imagine que “A” tenha celebrado o contrato de empréstimo de

dinheiro com “B”. Após o prazo de 6 (seis) anos, “A” não pagou “B”, ou seja,

houve a consumação da prescrição porque se passaram mais 5 (cinco) anos.

Mesmo assim, “B” cobrou “A”, sendo que “A” poderia alegar a prescrição da

dívida e não pagar “B”. Porém, “A” resolveu pagar “B”, porque “B” era seu

grande amigo e não gostaria de perder sua amizade. Assim, “A” renunciou à

possibilidade de alegação da prescrição e pagou “B”, mesmo com a dívida

prescrita, mas só poderia fazer sem prejuízos de terceiros, ou seja, caso “A”

tivesse dívidas com outras pessoas, com o pagamento a “B” tornando-o

insolvente, não poderia renunciar à prescrição após sua consumação, porque

iria causar prejuízos a terceiros.

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QUESTÃO DE PROVA:

2018 - CESPE - MPU: A respeito de interpretação da prescrição, julgue o item a

seguir:

Se houver capacidade legal e manifestação expressa por escrito, será válida a

renúncia prévia da prescrição.

Conforme o artigo 191 do CC, não pode existir renúncia prévia da prescrição, sendo

permitida somente depois que a prescrição se consumar.

Gabarito: ERRADA

1.2.3 – Art. 192 do CC

O art. 192 do CC possui a seguinte redação:

Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo

das partes.

Diante do referido artigo, não se admite qualquer alteração nos prazos

de prescrição por vontade das partes. Os prazos de prescrição são os

estabelecidos nos artigos 205 e 206 do CC.

1.2.3 – Art. 193 do CC

REQUISITOS DA RENÚNCIA DA PRESCRIÇÃO

Prescrição já

consumada

Expressa ou

Tácita

Não prejudique

terceiros

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O art. 193 do CC possui a seguinte redação:

Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição,

pela parte a quem aproveita.

A Prescrição pode ser arguida em qualquer fase ou estado do processo,

em primeira ou em segunda instância. Pode ser alegada em qualquer fase do

processo de conhecimento, mesmo que o réu tenha deixado de alega-la na

contestação, o que não significa renúncia tácita a falta de alegação na primeira

oportunidade.

Cabe ressaltar que se a prescrição não foi alegada na primeira ou

segunda instância, não é possível a interposição de Recurso Especial ao STJ ou

Recurso Extraordinário ao STF por falta do devido prequestionamento.

1.2.4 – Art. 195 do CC

O art. 195 do CC possui a seguinte redação:

Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação

contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à

prescrição, ou não a alegarem oportunamente.

Trata-se de uma disposição legal para proteger os relativamente

incapazes e as pessoas jurídicas, caso seus assistentes ou representantes

tenham comportamento culposo na defesa de seus interesses permitindo que

ocorra a prescrição ou não aleguem oportunamente.

OBS: ATENTAR QUE O ARTIGO NÃO INCLUI OS

ABSOLUTAMENTE INCAPAZES.

1.2.5 – Art. 196 do CC

O art. 196 do CC possui a seguinte redação:

Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr

contra o seu sucessor.

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Cabe ressaltar na redação do artigo acima o uso do verbo CONTINUAR,

ou seja, desta forma, uma vez iniciado o prazo prescricional contra alguém,

caso essa pessoa faleça, o prazo de prescrição contra seu sucessor não irá

reiniciar, o herdeiro disporá apenas do prazo faltante para exercer a pretensão.

A regra se aplica para o prazo contra, mas também para o prazo a favor do

sucessor.

1.3. Causas que impedem ou suspendem a Prescrição

As causas que impedem ou suspendem a prescrição foram agrupadas

numa única seção do Código Civil.

As mesmas causas ora impedem, ora suspendem a prescrição,

dependendo do momento em que surgem. Assim, se o prazo ainda não

começou a fluir, a causa ou obstáculo impede que ele comece. Se, por outro

lado, o obstáculo surge após o prazo ter se iniciado, teremos a suspensão.

A partir das causas de impedimento ou suspensão, respectivamente, o

prazo de prescrição não irá começar a correr ou ficará paralisado por certo

tempo, retomando sua contagem após o fim da causa de suspensão.

Entretanto, cabe ressaltar que esses 2 (dois) institutos não podem ser

confundidos com a INTERRUPÇÃO, que são causas provocam o reinicio da

contagem do prazo de prescrição, descartando qualquer prazo já decorrido.

Assim, diferentemente, na interrupção, que será estudada adiante, o período

já decorrido é inutilizado e o prazo volta a correr novamente por inteiro.

IMPEDIMENTO: impede o inicio da contagem do prazo de

prescrição, ou seja, a contagem sequer se inicia. Após o fim da causa

de impedimento, o prazo de prescrição irá correr por completo;

SUSPENSÃO: suspende a contagem do prazo de prescrição,

após fim da causa de suspensão, o prazo será retomado aproveitando-

se o prazo já decorrido antes da suspensão.

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INTERRUPÇÃO: ocorrendo uma causa de interrupção, a

contagem do prazo é reiniciada, descartando qualquer prazo já

decorrido, a contagem começa do inicio.

1.3.1 – Art. 197 do CC

O art. 197 do CC possui a seguinte redação:

Art. 197. Não corre a prescrição:

I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;

II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;

III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante

a tutela ou curatela.

A justifica para impedir ou suspender a prescrição nos casos acima está

na condição, situação ou consideração legal de certas pessoas. Desta forma, o

motivo para os casos em questão é a confiança, amizade e os laços de afeição

entre as partes.

Além do mais, cabe esclarecer que o Inciso I do art. 197 pode ser

aplicado por extensão à ao companheiro no caso da união estável.

Por fim, deve ser ressaltado que se trata de um rol taxativo, não

podendo ser estendido para outros grupos.

1.3.2 – Art. 198 do CC

O art. 198 do CC possui a seguinte redação:

Art. 198. Também não corre a prescrição:

I - contra os incapazes de que trata o art. 3º;

II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados

ou dos Municípios;

III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo

de guerra.

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O referido artigo tem como objetivo proteger as pessoas que não se

encontram em situações especiais ou não podem ser diligentes na defesa de

seus interesses.

O inciso I refere-se aos absolutamente incapazes:

Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos

da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

Desta forma, não corre a prescrição contra os menores de 16 (anos),

iniciando-se a prescrição somente quando a pessoa completar 16 (anos) de

idade. Também não corre a prescrição contra os ausentes do País em serviço

público da União, dos Estados ou dos Municípios (repare, inclui as 3 esferas),

bem como, contra aqueles que estiverem servindo as Forças Armadas, que

abrange o Exército, a Marinha e Aeronáutica, em tempo de guerra.

Segue abaixo um resumo de impedimento ou suspensão da prescrição

quanto às pessoas:

IMPEDIMENTO OU SUSPENSÃO DA

PRESCRIÇÃO

(PESSOAS)

Cônjuges na constância de sociedade conjugal

Ascendentes e Descendentes durante o

Poder Familiar

Tutela e Curatela

ABSOLUTAMENTE Incapazes

Ausentes do País em serviço público

Servindo as Forças Armadas, em tempo

de guerra

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QUESTÃO DE PROVA:

2019 -VUNESP - Procurador Legislativo: É correto afirmar que corre

normalmente o prazo prescricional

a) contra os absolutamente incapazes, em razão da idade.

b) enquanto pendente condição suspensiva.

c) contra os relativamente capazes, em razão da idade.

d) enquanto pendente ação de evicção.

e) contra os ausentes do Brasil em serviço público do Município.

A questão deve ser resolvida a partir da leitura conjunta dos artigos 198 e

199 do CC. Verifica-se que a prescrição corre contra os relativamente

incapazes. Os relativamente incapazes não se encontram nas exceções dos

artigos citados. Assim, a prescrição não corre contra os absolutamente

incapazes.

Gabarito: letra C

1.3.3 – Art. 199 do CC

O art. 199 do CC possui a seguinte redação:

Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:

I - pendendo condição suspensiva;

II - não estando vencido o prazo;

III - pendendo ação de evicção.

Nas duas primeiras situações, o direito ainda não se tornou exigível,

desta forma, ainda não pode se falar em prescrição. O terceiro caso refere-se à

evicção, que consiste na proposição de uma ação por um terceiro para retomar

a propriedade ou posse de certo bem que fora alienado, por causa preexistente

à sua alienação, assim, proposta a evicção, fica suspensa a prescrição até o

seu desfecho.

1.3.4 – Art. 200 do CC

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O art. 200 do CC possui a seguinte redação:

Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no

juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.

O referido artigo criou uma nova forma de suspensão da prescrição,

distinta das mencionadas nos artigos 197 e 199, assim, quando ação for

originada de fato que também deverá ser apurado na esfera criminal, a

prescrição ficará suspensa até que a sentença criminal definitiva seja proferida.

1.3.5 – Art. 201 do CC

O art. 201 do CC possui a seguinte redação:

Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários,

só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.

Conforme as disposições do referido artigo, a prescrição só ficará

suspensa no caso de solidariedade entre credores, prevista em lei ou contrato,

se a obrigação for indivisível.

Para exemplificar, imagine a existência de um devedor que possui uma

dívida com 3 (três) credores, sendo um dos credores absolutamente incapaz.

Vimos no item 1.3.2, que não corre a prescrição contra o absolutamente

incapaz. Para esse exemplo, se a dívida for de dinheiro (obrigação divisível), a

prescrição não irá correr para o credor absolutamente incapaz, ficando

suspensa para ele, enquanto a prescrição não ficará suspensa para os outros

dois credores, portanto, correndo o prazo de prescrição para os 2 (dois)

credores.

Por outro lado, imagine que a dívida ao invés de pagamento de dinheiro

seja de entrega de um cavalo específico, ou seja, agora se trata de uma

obrigação indivisível, sendo que para essa situação, a prescrição ficará

suspensa para os 3 (três) credores, isso porque trata-se de uma obrigação

indivisível. Assim, o prazo de prescrição para que os 3 (três) credores

cobrassem a entrega do cavalo específico só começaria a correr quando o

credor absolutamente incapaz completasse 16 (dezesseis) anos.

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Segue abaixo um resumo de impedimento e suspensão da prescrição

quanto à situações:

1.4. Causas que interrompem a Prescrição

Inicialmente cabe ressaltar que na interrupção da prescrição o prazo

volta a correr por inteiro, enquanto na suspensão da prescrição o prazo volta a

fluir somente pelo restante.

As hipóteses de interrupção da prescrição estão no art. 202 do CC:

Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer

uma vez, dar-se-á:

I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se

o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;

II - por protesto, nas condições do inciso antecedente;

III - por protesto cambial;

IMPEDIMENTO OU SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO

(SITUAÇÕES)

Pendente de condição suspensiva

Prazo não vencido

Pendente ação de Evicção

Fato apurado em juízo criminal

Credores solidários com obrigação indivisível

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IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em

concurso de credores;

V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe

reconhecimento do direito pelo devedor.

Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do

ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.

O primeiro ponto interessante sobre as disposições do referido artigo é

que a prescrição PODE SER INTERROMPIDA UMA ÚNICA VEZ. Além do

mais, cabe ressaltar que as hipóteses de interrupção da prescrição constituem,

em regra, comportamentos ativos dos credores para constituir em mora os

devedores.

A primeira hipótese de interrupção ocorre com o despacho do juiz,

mesmo incompetente, que ordenar a citação, desde que esta seja promovida

pelo interessado, no prazo e na forma da lei processual. O efeito da

interrupção da prescrição ocorre com a chamada citação válida, ou seja, com

efetiva citação do réu, que retroagirá à data da propositura da ação.

A segunda hipótese refere-se ao chamado protesto judicial, que não se

confunde com o protesto cambial ou protesto de títulos de crédito, previsto no

Inciso III, do artigo 202. O protesto judicial, previsto nos artigos 726 a 729 do

CPC, ocorre quando, por algum motivo, não puder ser proposta a ação judicial,

a pessoa recorre à via judicial para efetuar o protesto, com a finalidade de

prevenir ou preservar direitos.

No inciso III, há previsão do protesto cambial, ou seja, protesto de

títulos de crédito, que consiste em ato formal e solene pelo qual se prova a

inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros

documentos da dívida, realizado nos Cartórios de Protesto.

No inciso IV, há previsão da hipótese de apresentação de titulo de

crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores, ou seja, promovida

a habilitação do credor em inventário, autos de falência ou de insolvência civil,

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demonstra um comportamento ativo do credor capaz de promover a

interrupção da prescrição.

Já no inciso V, temos a previsão de qualquer ato inequívoco, ainda que

extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. Trata-se de

uma generalização que inclui toda manifestação ativa do credor, citando, por

exemplo, a propositura de medidas cautelares, notificações, interpelações, até

mesmo a propositura de ação Pauliana no caso de fraude contra credores.

Por fim, no Inciso VI, há a hipótese de qualquer ato inequívoco, ainda

que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. Trata-

se da única hipótese em que não constitui comportamento ativo do credor,

porque se refere a comportamento ativo do devedor, ou seja, o devedor

pratica atos de reconhecimento da dívida, incluindo-se pagamentos parciais da

dívida, pedidos de prorrogação de prazo para pagamento, parcelamentos e

pagamentos de juros.

Por fim, deve ser ressaltado que existem outras previsões de

interrupção da prescrição previstas em leis especiais.

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1.4.1 – Pessoas legitimadas a promover a interrupção

da prescrição

Segundo o art. 203, a prescrição pode ser interrompida por qualquer

interessado:

Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.

Desta forma, o próprio titular do direito, assim como quem legalmente

o represente, ou ainda, o terceiro que tenha legítimo interesse (herdeiros,

credores ou fiadores) podem promover a interrupção da prescrição.

Cabe ressaltar que, em regra, os efeitos da prescrição são pessoais, ou

seja, a interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros, bem

como, a interrupção operada contra o co-devedor ou seu herdeiro, não

prejudica aos demais coobrigados:

Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.

INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO

Despacho do juiz, mesmo incopetente, que ordenar a

citação

Protesto Judicial

Protesto Cambial

Apresentação de Título de Crédito em juízo de inventário

ou concurso de credores

Qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor

Ato inequívoco, ainda que estrajudicial, de reconhecimento da

dívida pelo devedor

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Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos

outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu

herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados.

§ 1º A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros;

assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os

demais e seus herdeiros.

§ 2º A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário

não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de

obrigações e direitos indivisíveis.

§ 3º A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o

fiador.

Conforme afirmado, em regra, os efeitos da prescrição são pessoais,

não se estendendo para outras pessoas, entretanto, as exceções dessa

pessoalidade estão previstas nos parágrafos § 1º, § 2º e § 3º do art. 204 do

CC.

A primeira exceção está no § 1º do art. 204, a interrupção por um dos

credores solidários (no caso de solidariedade ativa) aproveita aos outros,

assim como a interrupção operada contra o devedor solidário envolve os

demais e seus herdeiros (solidariedade passiva, em que cada devedor

responde pela dívida inteira).

A segunda exceção prevista no § 2º do art. 204, prevendo que a

interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não

prejudica os outros herdeiros ou devedores (o prazo para estes continuará a

contar), a não ser quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis. Neste

caso, todos os herdeiros ou devedores solidários sofrem os efeitos da

interrupção da prescrição, passando a correr contra todos eles o novo prazo

prescricional.

Por fim, a terceira exceção está prevista no § 3º do art. 204, a fiança é

um contrato acessório, desta forma ela deve seguir o destino do contrato

principal, ou seja, se a interrupção for promovida apenas contra o principal

devedor (afiançado), o prazo se restabelece também contra o fiador, ficando

assim prejudicado. O fiador é arrastado para a mesma arena adversa onde se

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encontra o devedor principal da obrigação, atingido pela causa de interrupção

da prescrição. Portanto, devedor e fiador são, simultaneamente, atingidos

pelos efeitos da interrupção da prescrição.

Por outro lado, o contrário não é verdadeiro, a interrupção operada

contra o fiador não prejudica o devedor, pois o principal não acompanha o

destino do acessório.

1.5. Os prazos de Prescrição

Os prazos de prescrição estão enumerados nos artigos 205 e 206 do

Código Civil:

Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja

fixado prazo menor.

Art. 206. Prescreve:

§ 1º Em um ano:

I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a

consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou

dos alimentos;

II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra

aquele, contado o prazo:

a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data

em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro

prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador;

b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;

III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários

judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e

honorários;

IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram

para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da

ata da assembléia que aprovar o laudo;

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V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e

os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da

liquidação da sociedade.

§ 2º Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a

partir da data em que se vencerem.

§ 3º Em três anos:

I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;

II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias

ou vitalícias;

III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações

acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização

ou sem ela;

IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;

V - a pretensão de reparação civil;

VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-

fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição;

VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da

lei ou do estatuto, contado o prazo:

a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade

anônima;

b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do

balanço referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da

reunião ou assembléia geral que dela deva tomar conhecimento;

c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à

violação;

VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar

do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial;

IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro

prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.

§ 4º Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da

aprovação das contas.

§ 5º Em cinco anos:

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I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de

instrumento público ou particular;

II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores

judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da

conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;

III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu

em juízo.

Para facilitar o entendimento desses prazos, elaboramos a seguinte

tabela:

Prazo Situação 10 anos (art. 205) Prazo Geral (Quando não houver

previsão de outro prazo em lei) 2 anos (art. 206, § 2º ) A pretensão para haver

prestações alimentares 4 anos (art. 206, § 4º ) A prestação de contas na Tutela 5 anos (art. 206, § 5º ) Dívidas líquidas constantes

de instrumento público ou particulares

Honorários: profissionais liberais, procuradores judiciais, curadores e professores

Vencedor para cobrar do vencido as despesas em juízo

1 ano (art. 206, § 1º ) Hospedeiros ou fornecedores de víveres

Segurado x Segurados (Vice-versa)

Pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;

Pretensão contra Peritos na avaliação da S.A.

Credores não pagos na liquidação da sociedade

3 anos (art. 206, § 3º ) As demais situações

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Obs: Cabe ressaltar que no Código Civil todos os prazos de

prescrição estão dispostos somente nos artigos 205 e 206, assim os

demais prazos serão decadenciais.

1.5.1 – Regra de transição dos prazos de Prescrição

Ainda em relação aos prazos de prescrição, o Código Civil atual que

entrou em vigência em janeiro de 2.003, estabeleceu, em seu art. 2.028, regra

de transição de prescrição para situações jurídicas que aconteceram na

vigência do antigo Código Civil de 1.916 mas que o prazo de prazo invadiu a

vigência do novo Código Civil:

Art. 2.028. Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este

Código, e se, na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da

metade do tempo estabelecido na lei revogada.

Exemplo: Imagine uma ação de reparação de danos, que na vigência do

Código Civil de 1.916 tinha prazo de prescrição de 20 (vinte) anos. Se na

contagem do prazo de prescrição até janeiro de 2.003 tivesse decorrido 12

(doze) anos, ou seja, mais da metade do prazo de prescrição de 20 (vinte)

anos, aplica-se o prazo da lei antiga, desta forma, seriam necessários mais 8

(oito) anos a partir do novo Código Civil para se consumar a prescrição.

Se na mesma situação, ao invés de 12(doze) anos tivesse decorrido 8

(oito) anos até janeiro de 2.003, ou seja prazo menor que a metade de 20

(vinte) anos, aplica-se o prazo de prescrição estabelecido no novo Código Civil

de 2.003, de 03 (três) anos, conforme art. 206, § 3º, V a partir da entrada em

vigor do Código Civil de 2.002, ou seja, 3 (três) anos a partir de janeiro de

2.003, consumando-se a prescrição em janeiro de 2.006. Portanto, para esse

caso o termo inicial de contagem do prazo de prescrição é a entrada em vigor

do novo Código Civil de 2.002, ou seja, janeiro de 2.003.

1.5.2 – Prescrição contra a Fazenda Pública

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Em relação aos prazos de prescrição contra a Fazenda Pública, ou seja,

contra a União, Estados ou Municípios, prevalece o entendimento do Superior

Tribunal de Justiça, que a prescrição é quinquenal, uma vez que é regida pelo

Decreto n° 20.910/32, norma especial que prevalece sobre lei geral:

Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios,

bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual

ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos

contados da data do ato ou fato do qual se originarem.

O STJ tem entendimento jurisprudencial no sentido de que o prazo

prescricional da Fazenda Pública deve ser o mesmo prazo previsto no Decreto

20.910/32, em razão do princípio da isonomia. Ou seja, no caso de ações da

Fazenda Pública cobrando indenização de particulares deve ser aplicado o

mesmo prazo de prescrição de 5 (cinco) anos previsto no Decreto n°

20.910/32.

2. Decadência

2.1. Conceito

Decadência consiste na perda do direito potestativo pela inércia do seu

titular no período determinado em lei. Desta forma, a Decadência tem como

objeto os direitos potestativos de qualquer espécie, disponíveis ou

indisponíveis, que são direitos que conferem ao respectivo titular o poder de

influenciar ou determinar mudanças na esfera jurídica de terceiro, por ato

unilateral, sem que exista qualquer dever correspondente, apenas uma

sujeição.

Direitos Potestativos são direitos em que o agente pode influenciar na

esfera jurídica de terceiro, de forma unilateral, quer ele queira ou não, como

no caso de anular um negócio jurídico. Os Direitos Potestativos se diferem dos

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Direitos Subjetivos, pois os Direitos Subjetivos são relações bilaterais de

sujeitos na relações jurídicas.

Os Direitos Potestativos são direitos sem pretensão, sendo insuscetíveis

de violação, isso porque a eles não se opõe um dever, mas uma sujeição de

alguém. O direito de anular um negócio jurídico não pode ser violado pela

parte a quem a anulação prejudica, pois essa parte pode apenas se sujeitar as

consequências da anulação decretada pelo juiz.

Além do mais, quando se pede para anular um negócio jurídico, não

está sendo pedido a condenação de ninguém por violação de direito, mas

apenas exercendo um direito pela via judicial, entretanto, há prazo para

exercer o direito decadencial, que não são os prazos dos artigos 205 ou 206,

são prazos que se encontram em outros artigos do Código Civil.

Na decadência, o prazo começa a fluir no momento em que o direito

nasce, ou seja, no instante em que o agente adquire o direito, já começa a

contar o prazo de decadência. Por outro lado, o prazo de prescrição, só começa

a partir da violação do direito.

A Decadência pode resultar da lei (decadência legal), do testamento e

do contrato (decadência convencional), já a prescrição resulta somente da lei.

A principal distinção entre os prazos de prescrição e de

decadência adotados pelo Código Civil vigente é que os prazos

prescricionais são taxativamente discriminados nos artigos 205 e 206

do CC, enquanto os prazos decadenciais estão espalhados pelas outras

partes do CC.

2.2. Disposições legais sobre a Decadência

2.2.1 – Art. 207 do CC

O art. 207 do CC prescreve:

Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à

decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.

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Assim, a regra geral é que os prazos de decadência são peremptórios,

ou seja, não estão sujeitos a impedimento, suspensão ou interrupção.

Entretanto, o termo Salvo disposição legal em contrário, indica que a regra não

é absoluta, prevendo a existência de disposições expressas ao contrário.

2.2.2 – Art. 208 do CC

O art. 208 do CC prescreve:

Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.

Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação

contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à

prescrição, ou não a alegarem oportunamente.

Art. 198. Também não corre a prescrição:

I - contra os incapazes de que trata o art. 3º;

Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos

da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

O artigo 208 do CC, abre uma exceção em relação ao artigo 207 do CC,

não admitindo a fluência de prazo decadencial contra os absolutamente

incapazes, bem como, permite que os relativamente incapazes e as pessoas

jurídicas responsabilizem seus assistentes ou representantes que derem causa

à decadência, ou não a alegarem oportunamente.

2.2.3 – Art. 209 do CC

O art. 209 do CC prescreve:

Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei

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A disposição do referido artigo trata-se de uma matéria de ordem

pública, isto porque quer proteger o interesse geral, não se admitindo que as

partes afastem disposição legal da decadência.

Entretanto, cabe ressaltar que essa disposição aplica-se somente à

decadência estabelecida em lei (decadência legal), e não à decadência

convencional, em que pode ocorrer renuncia do prazo decadencial

convencional.

2.2.4 – Art. 210 do CC

O art. 210 do CC prescreve:

Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando

estabelecida por lei.

O art. 210 dispõe que o juiz deve, de ofício, conhecer da decadência

quando estabelecida em lei. Cabe ressaltar que aplica-se somente à

decadência legal.

2.2.5 – Art. 211 do CC

O art. 211 do CC prescreve:

Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita

pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a

alegação.

Já o art. 211, de forma complementar ao artigo 210 do CC, dispõe que,

no caso, de decadência convencional, cabe à parte a quem aproveite alegá-la

em qualquer grau de jurisdição, não podendo o juiz reconhecer de ofício a

decadência convencional.

Resumidamente, o juiz só pode reconhecer de ofício a decadência legal.

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2.3. Alguns prazos de Decadência

Para ilustrar, serão apresentados alguns prazos decadenciais dispostos

em diferentes partes do Código Civil:

Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito

privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida,

quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo,

averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.

Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição

das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado

o prazo da publicação de sua inscrição no registro.

Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se

tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo

dispuser de modo diverso.

Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a

que se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas

de erro, dolo, simulação ou fraude.

Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito

de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do

conhecimento de quem com aquele tratou.

Parágrafo único. É de cento e oitenta dias, a contar da conclusão do

negócio ou da cessação da incapacidade, o prazo de decadência para pleitear-

se a anulação prevista neste artigo.

Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a

anulação do negócio jurídico, contado:

I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;

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II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão,

do dia em que se realizou o negócio jurídico;

III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.

Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem

estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a

contar da data da conclusão do ato

Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou

abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um

ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo

conta-se da alienação, reduzido à metade.

Art. 501. Decai do direito de propor as ações previstas no artigo

antecedente o vendedor ou o comprador que não o fizer no prazo de um

ano, a contar do registro do título.

Art. 618. Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções

consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante o

prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em

razão dos materiais, como do solo.

Parágrafo único. Decairá do direito assegurado neste artigo o dono da

obra que não propuser a ação contra o empreiteiro, nos cento e oitenta dias

seguintes ao aparecimento do vício ou defeito.

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3. Diferença entre Prescrição e Decadência

As principais diferenças entre a Prescrição e a Decadência podem ser

vistas na tabela abaixo:

Prescrição Decadência Extingue a Pretensão Extingue o próprio Direito

Prazos previstos somente nos artigos 205 e 206 do CC

Prazos espalhados pelo CC (decadência legal) ou definidos pelas

partes (decadência convencional) Deve ser declara de ofício pelo juiz Juiz pode declarar de oficio somente a

decadência legal. A decadência convencional pode ser alegada pelas

partes Pode haver renúncia da prescrição,

mas somente após a consumação de seu prazo

A decadência legal não pode ser renunciada, a decadência

convencional pode ser renunciada Não corre contra as pessoas dos arts.

197 e 198 do CC. Não corre somente contra os

absolutamente incapazes Previsão de casos de impedimento,

suspensão e interrupção. Em regra, não se aplicam as normas

que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.

ESQUEMAS E RESUMOS DA AULA

1. PRSCRIÇÃO: é a extinção da Pretensão

1.1. PRETENSÃO: é o poder que o credor tem de constranger o devedor a

cumprir a obrigação. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual

se extingue, pela prescrição, nos prazos do artigos 205 e 206 do CC.

1.2. PRESCRIÇÃO extingue a pretensão, e não o direito de ação.

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1.3. CLASSIFICAÇÃO DA PRESCRIÇÃO:

a)PRESCRIÇÃO AQUISTIVA: prazo decorrente de tempo de posse para

aquisição da propriedade por meio da usucapião.

b)PRESCRIÇÃO EXTINTIVA: prazo de extinção da pretensão previstos nos

artigos 205 e 206 do CC.

c)PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE: prazo de inércia do autor de processo já

iniciado, de forma continuada e ininterrupta, durante o tempo suficiente para

perder a pretensão, previsto no parágrafo único do art. 202 do CC.

1.4. DISPOSIÇÕES LEGAIS SOBRE A PRESCRIÇÃO:

a)EXCEÇÃO: A exceção prescreve no mesmo prazo que a pretensão;

b)RENÚNCIA DA PRESCRIÇÃO:

c)ALTERAÇÃO DOS PRAZOS DE PRESCRIÇÃO: não se admite qualquer

alteração nos prazos de prescrição por vontade das partes, os prazos de

prescrição são os estabelecidos nos artigos 205 e 206 do CC;

REQUISITOS DA PRESCRIÇÃO

Violado o direito,

nasce a

Pretensão

A inércia do

titular

O decurso do

tempo fixado em

lei

REQUISITOS DA RENÚNCIA DA PRESCRIÇÃO

Prescrição já

consumada

Expressa ou

Tácita

Não prejudique

terceiros

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d)MOMENTO DE ALEGAÇÃO DA PRESCRIÇÃO: a Prescrição pode ser

alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita;

e)PRESCRIÇÃO CULPOSA: Os RELATIVAMENTE INCAPAZES e as PESSOAS

JURÍDICAS têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que

derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.

f)PRESCRIÇÃO CONTRA SUCESSORES: a prescrição iniciada contra uma

pessoa continua a correr contra o seu sucessor.

1.5. CAUSAS QUE IMPEDEM OU SUSPENDEM A PRESCRIÇÃO:

1.5.1. IMPEDIMENTO: impede o inicio da contagem do prazo de prescrição,

ou seja, a contagem sequer se inicia. Após o fim da causa de impedimento, o

prazo de prescrição irá correr por completo;

1.5.2. SUSPENSÃO: suspende a contagem do prazo de prescrição, após fim

da causa de suspensão, o prazo será retomado aproveitando-se o prazo já

decorrido antes da suspensão.

1.5.3. INTERRUPÇÃO: ocorrendo uma causa de interrupção, a contagem do

prazo é reiniciada, descartando qualquer prazo já decorrido, a contagem

começa do inicio.

IMPEDIMENTO OU SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO

(PESSOAS)

Cônjuges na constância de

sociedade conjugal

Ascendentes e Descendentes durante

o Poder Familiar

Tutela e Curatela

ABSOLUTAMENTE Incapazes

Ausentes do País em serviço público

Servindo as Forças Armadas, em tempo

de guerra

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1.6. CAUSAS DE INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO:

1.6.1. QUANTITATIVO: a prescrição pode ser interrompida uma única vez.

IMPEDIMENTO OU SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO

(SITUAÇÕES)

Pendente de condição suspensiva

Prazo não vencido

Pendente ação de Evicção

Fato apurado em juízo criminal

Credores solidários com obrigação

indivisível

INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO

Despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a

citação

Protesto Judicial

Protesto Cambial

Apresentação de Título de Crédito em juízo de inventário

ou concurso de credores

Qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor

Ato inequívoco, ainda que estrajudicial, de reconhecimento da

dívida pelo devedor

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1.7. LEGITIMADOS A PROMOVER INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO:

a) A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado;

b) A interrupção por um dos credores solidários (no caso de solidariedade

ativa) aproveita aos outros;

c) A interrupção operada contra o devedor solidário envolve os demais e seus

herdeiros (solidariedade passiva, em que cada devedor responde pela dívida

inteira);

d) a interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não

prejudica os outros herdeiros ou devedores (o prazo para estes continuará a

contar), a não ser quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis;

e) A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica (devedor e

fiador são, simultaneamente, atingidos pelos efeitos da interrupção) o fiador;

1.8. PRAZOS DE PRESCRIÇÃO:

Prazo Situação 10 anos (art. 205) Prazo Geral (Quando não houver

previsão de outro prazo em lei) 2 anos (art. 206, § 2º ) A pretensão para haver

prestações alimentares 4 anos (art. 206, § 4º ) A prestação de contas na Tutela 5 anos (art. 206, § 5º ) Dívidas líquidas constantes

de instrumento público ou particulares

Honorários de profissionais liberais: procuradores judiciais, curadores e professores

Vencedor para cobrar do vencido as despesas em juízo

1 ano (art. 206, § 1º ) Hospedeiros ou fornecedores de víveres

Segurado x Segurados (Vice-versa)

Pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;

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Pretensão contra Peritos na avaliação da S.A.

Credores não pagos na liquidação da sociedade

3 anos (art. 206, § 3º ) As demais situações

1.9. REGRA DE TRANSIÇÃO DA CONTAGEM DO PRAZO DE PRESCRIÇÃO:

Serão os da lei anterior os prazos, ou seja, Código Civil de 1.916, quando

reduzidos por este Código (Código Civil de 2.003), e se, na data de sua

entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo

estabelecido na lei revogada.

2. DECADÊNCIA: consiste na perda do direito potestativo pela inércia do seu

titular no período determinado em lei. A decadência se divide em:

a)Decadência Legal;

b)Decadência Convencional;

2.1. DISPOSIÇÕES LEGAIS SOBRE A DECADÊNCIA:

a) não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou

interrompem a prescrição.

b) Os RELATIVAMENTE INCAPAZES e as PEESSOAS JURÍDICAS têm ação

contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à

decadência, ou não a alegarem oportunamente.

c) Não corre a decadência contra os ABSOLUTAMENTE INCAPAZES

d) É nula a renúncia à decadência fixada em lei. Ou seja, a decadência

convencional pode ser renunciada.

e) A decadência legal deve ser reconhecida de ofício pelo juiz.

f) A decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em

qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.

3. DIFERENÇA ENTRE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

Prescrição Decadência Extingue a Pretensão Extingue o próprio Direito

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Prazos previstos somente nos artigos 205 e 206 do CC

Prazos espalhados pelo CC (decadência legal) ou definidos pelas partes (decadência convencional)

Deve ser declara de ofício pelo juiz Juiz pode declarar de oficio somente a decadência legal. A decadência convencional pode ser alegada pelas partes

Pode haver renúncia da prescrição, mas somente após a consumação de seu prazo

A decadência legal não pode ser renunciada, a decadência convencional pode ser renunciada

Não corre contra as pessoas dos arts. 197 e 198 do CC.

Não corre somente contra os absolutamente incapazes

Previsão de casos de impedimento, suspensão e interrupção.

Em regra, não se aplicam as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.

QUESTÕES COMENTADAS

Chegou o momento para fixar o conteúdo da aula. Caso você queira resolver as questões sem ver o comentário, pule esta parte e vá direto para o próximo tópico – Questões sem comentários.

1 - 2019 – IBFC – MGS - Advogado: O Código Civil de 2002 aborda causas

de interrupção da prescrição. Sobre este assunto, analise as

afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).

( ) A interrupção da prescrição, somente poderá ocorrer uma vez.

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( ) É causa de interrupção da prescrição, a pendência de ação de

evicção.

( ) É causa de interrupção da prescrição, o protesto cambial.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para

baixo.

a) V,V,V

b) V,F,V

c) V,F,F

d) F,F,V

Verificamos que a alternativa 1 está correta, tendo em vista que,

segundo o artigo 202 do Código Civil, a interrupção da prescrição

somente poderá ocorrer uma vez.

A alternativa 2 está errada, já que, nos termos do artigo 199, inciso

III, do Código Civil, não corre a prescrição pendendo ação de

evicção. Assim sendo, não se configura causa de interrupção, mas

causa de suspensão ou impedimento.

A alternativa 3 também está correta, já que o protesto cambial

consta do rol de interrupção da prescrição, artigo 202, inciso III do

Código Civil.

Resposta: letra B.

2 - 2018 – VUNESP – Prefeitura de São Bernardo do Campo SP – Agente de

Tesouraria: Os institutos da decadência e da prescrição estão

relacionados

a) à extinção dos direitos pela influência do tempo.

b) à capacidade para o exercício dos atos da vida civil.

c) aos direitos da personalidade.

d) à possibilidade de anulação ou declaração de nulidade dos negócios

jurídicos.

e) à sucessão de bens e direitos.

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A alternativa A está CORRETA, considerando que a prescrição e a

decadência decorrem da passagem do tempo. No caso da prescrição,

considerando que é a perda da pretensão, a qual decorre de um

direito, em última instância podemos considerar que a prescrição é a

perda do próprio direito, mesmo que indiretamente.

A alternativa B está incorreta, considerando que a prescrição e a

decadência se relacionam, respectivamente, com a perda da

pretensão e a perda do direito.

A alternativa C está incorreta, considerando que os direitos da

personalidade são imprescritíveis.

A alternativa D está errada, tendo em vista que a questão de

nulidade ou anulabilidade dos negócios jurídicos está inserida nos

seus requisitos de validade. Os vícios relacionados com a nulidade

ofendem preceitos de ordem pública, portanto não convalescem pelo

decurso do tempo, e não estão sujeitos ao prazo decadencial.

A alternativa E está incorreta, considerando que a prescrição e a

decadência se relacionam, respectivamente, com a perda da

pretensão e a perda do direito.

Resposta: letra A.

3 - 2019 – CESPE – SEFAZ-MS – Auditor Fiscal: A perda da ação atribuída a

determinado direito em razão do seu não uso durante determinado

período de tempo é o instituto da

a) interrupção.

b) prescrição.

c) nulidade.

d) decadência.

e) suspensão.

Artigo 189 do Código Civil: Violado o direito, nasce para o titular

a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que

aludem os arts. 205 e 206.

Resposta: letra B.

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4 - 2018 – CESPE – TCE-MG – Analista de Controle Externo Direito: É causa

que interrompe a prescrição

a) manter sociedade conjugal com a vítima do dano.

b) ser descendente do autor do dano.

c) realizar ato extrajudicial inequívoco que importe no reconhecimento

do direito pelo devedor.

d) ausentar-se do país enquanto em serviço público da União.

e) ajuizar ação para apurar o fato no juízo criminal.

A alternativa A está errada, já que manter sociedade conjugal com a

vítima do dano é causa impeditiva ou suspensiva da prescrição, nos

termos do artigo 197, inciso I, do Código Civil.

A alternativa B está errada, uma vez que ser descendente do autor

do dano é causa impeditiva da prescrição, artigo 197, inciso II, do

Código Civil.

A alternativa C é o nosso GABARITO, já que, nos termos do artigo

202, inciso VI, do Código Civil, realizar ato extrajudicial inequívoco

que importe no reconhecimento do direito pelo devedor é causa

interruptiva da prescrição.

A alternativa D está errada, pois ausentar-se do país enquanto em

serviço público da União constitui causa impeditiva ou suspensiva da

prescrição, artigo 198, inciso II, do Código Civil.

A alternativa E está errado, uma vez que ajuizar ação para apurar o

fato no juízo criminal é causa impeditiva da prescrição, artigo 200 do

Código Civil.

Resposta: letra C.

5 - 2018 – FCC – SEFAZ-SC – Auditor Fiscal: De acordo com o Código Civil

de 2002, os prazos prescricionais

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a) podem ser alterados mediante acordo entre as partes.

b) são interrompidos por qualquer ato inequívoco, ainda que

extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.

c) podem ser renunciados validamente pelo interessado antes de sua

consumação, desde que não acarrete prejuízo a terceiro.

d) são de vinte anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.

e) interrompidos contra o devedor principal não prejudicam o fiador.

A alternativa A está errada, considerando o artigo 192 do Código

Civil: Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo

das partes.

A alternativa B está CORRETA, pois, conforme o artigo 202, inciso VI

do Código Civil: A interrupção da prescrição, que somente poderá

ocorrer uma vez, dar-se-á: VI - por qualquer ato inequívoco, ainda

que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo

devedor.

A alternativa C está errada, considerando o artigo 191 do Código

Civil: A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só

valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição

se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do

interessado, incompatíveis com a prescrição.

A alternativa D está errada, considerando o artigo 205 do Código

Civil: A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja

fixado prazo menor.

A alternativa E está errada, considerando o artigo 204 do Código

Civil: A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos

outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o codevedor,

ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados. §3º A

interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador.

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Resposta: letra B.

6 - 2018 – CESPE – MPU – Analista do MPU Direito: A respeito de

interpretação de lei, pessoas jurídicas e naturais, negócio jurídico,

prescrição, adimplemento de obrigações e responsabilidade civil,

julgue o item a seguir.

Se houver capacidade legal e manifestação expressa por escrito, será

válida a renúncia prévia da prescrição.

Não existe renúncia prévia da prescrição, mas somente após o

término do prazo prescricional. É o que diz o artigo 191 do Código

Civil: Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita,

e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a

prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de

fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

Resposta: E.

7 - 2018 – FEPESE – Prefeitura de Rio das Antas SC - Advogado: A respeito

das normas legais atinentes à prescrição e à decadência, conforme

previsto no Código Civil brasileiro, é correto afirmar:

a) Os prazos prescricionais podem ser alterados por interesse e

conveniência das partes.

b) É vedado ao juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando

estabelecida por lei.

c) Prescreve em cinco anos a pretensão de reparação civil.

d) A prescrição não corre contra os ausentes do País em serviço

público da União, dos Estados ou dos Municípios.

e) A interrupção da decadência, que somente poderá ocorrer uma vez,

dar-se-á por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor.

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A alternativa A está errada, já que os prazos prescricionais

não podem ser alterados por interesse e conveniência das partes, nos

termos do artigo 192 do Código Civil.

A alternativa B está errada, pois, nos termos do artigo 210 do Código

Civil, deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando

estabelecida por lei.

A alternativa C está errada, já que o prazo é de 3 anos, nos termos

do artigo 206, parágrafo 3º, inciso V, do Código Civil.

A alternativa D é o nosso GABARITO, artigo 198, inciso II, do Código

Civil.

A alternativa E está errada, já que é a interrupção da prescrição, e

não da decadência, que somente poderá ocorrer uma vez, dando-se

por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor, nos

termos do artigo 202, e inciso V, do Código Civil.

Resposta: letra D.

8 - 2018 – FGV – AL-RO – Analista Legislativo: No dia 04/04/05, Everaldo,

casado com Maria Helena pelo regime da separação de bens, colidiu

com o veículo de sua esposa no trânsito. Ela dispendeu, segundo

orçamento da oficina, R$ 4.000,00 para o conserto de seu bem. Em

15/07/18, o casal se divorciou e Maria Helena pretende intentar ação

judicial em face de Everaldo. Sobre prescrição, neste caso, assinale a

afirmativa correta.

a) Flui o prazo prescricional a partir do dia 15/07/18, pois durante o

casamento estava suspenso.

b) A prescrição da pretensão ocorreu em 04/04/08.

c) A prescrição estava impedida de correr durante o casamento, pelo

que o prazo passa a ser contado a partir de 15/07/18.

d) Por se tratar de uma dívida líquida, o prazo para sua cobrança se

encerrou em 04/04/2010.

e) Maria Helena pode intentar ação judicial para a reparação dos danos

até 15/07/2023.

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Para resolver a questão, aplicaremos o artigo 197 do Código Civil:

Não corre a prescrição: I - entre os cônjuges, na constância da

sociedade conjugal. Ainda, consideramos que, já que o crédito surgiu

na constância do casamento, houve uma causa impeditiva da

prescrição, impedindo o início do prazo. Assim, o prazo inicia-se com

o divórcio, em 15/07/18.

Resposta: letra C.

9 - 2018 – FGV – AL-RO - Advogado: Sobre a teoria geral do Direito Civil,

analise as afirmativas a seguir.

I. Em uma interpretação do Direito Civil conforme a Constituição

Federal é inexigível o consentimento da pessoa biografada em relação

a obras biográficas literárias ou audiovisuais.

II. Para fins de desconsideração da personalidade jurídica, o Código

Civil adotou a denominada teoria maior.

III. O protesto cambial é causa suficiente para a interrupção da

prescrição da pretensão creditícia.

Está correto o que se afirma em

a) II, somente.

b) I e II, somente.

c) I e III, somente.

d) II e III, somente.

e) I, II e III.

O item I está CORRETO, pois Plenário do Supremo Tribunal Federal

julgou procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4815

e declarou inexigível a autorização prévia para a publicação de

biografias. Seguindo o voto da relatora, ministra Cármen Lúcia, a

decisão dá interpretação conforme a Constituição da República aos

artigos 20 e 21 do Código Civil, em consonância com os direitos

fundamentais à liberdade de expressão da atividade intelectual,

artística, científica e de comunicação, independentemente de censura

ou licença de pessoa biografada, relativamente a obras biográficas

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literárias ou audiovisuais (ou de seus familiares, em caso de pessoas

falecidas).

O item II está CORRETO, considerando que, pela Teoria Maior, deve-

se configurar o desvio de finalidade ou confusão patrimonial entre os

bens da pessoa física e os bens da pessoa jurídica, nos termos do

artigo 50 do Código Civil.

O item III também está CORRETO, nos termos do artigo 202 do

Código Civil: A interrupção da prescrição, que somente poderá

ocorrer uma vez, dar-se-á: III. por protesto cambial.

Resposta: letra E.

10 - 2018 – FCC – TRT 15ª Região SP – Analista Judiciário: Em contrato de

compra e venda a prazo, as partes convencionaram que o prazo de

prescrição para cobrança de valores inadimplidos seria de 6 meses,

apenas, e não o previsto na lei civil. Essa cláusula

a) não tem validade, porque os prazos de prescrição não podem ser

alterados por acordo das partes, seja para reduzir, seja para ampliar

esse prazo.

b) não tem validade porque o acordo diminui o prazo prescricional, só

sendo possível ampliar esse prazo, em benefício do titular do direito

violado.

c) tem validade, porque se trata de um negócio jurídico privado,

prevalecendo o princípio de que o contrato faz lei entre as partes.

d) tem validade nesse caso específico, porque se trata de compra e

venda a prazo, que possui regra específica autorizando a diminuição

dos prazos prescricionais.

e) tem validade por diminuir o prazo da prescrição; não teria validade

para ampliar o prazo, pois isso prejudicaria o devedor da obrigação

contraída.

Basta seguirmos a literalidade do artigo 192 do Código Civil: Os

prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.

Resposta: letra A.

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11 - 2018 – FCC – TRT 15ª Região SP – Analista Judiciário: Em relação à

prescrição, considere:

I. A suspensão da prescrição em favor de um dos credores solidários é

personalíssima e não beneficia os demais em nenhuma hipótese.

II. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela

parte a quem aproveita.

III. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado

prazo menor.

IV. A prescrição iniciada contra uma pessoa cessa em relação ao seu

sucessor.

Está correto o que consta APENAS de

a) I e IV.

b) I, II e III.

c) II, III e IV.

d) I, III e IV.

e) II e III.

O item I está errado, considerando o artigo 201 do Código Civil:

Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só

aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.

O item II está CERTO, nos termos do artigo 193 do Código Civil: A

prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela

parte a quem aproveita.

O item III está CERTO, nos termos do artigo 205 do Código Civil: A

prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo

menor.

O item IV está errado, considerando o artigo 196 do Código Civil: A

prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu

sucessor.

Resposta: letra E.

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12 - 2018 – FGV – TJ-SC - Oficial de Justiça e Avaliador: Ao celebrar um

contrato de locação, Camila, locadora, convenciona com Marcos,

locatário, que em até 30 (trinta) dias o inquilino deve exercer a opção

de permanecer, ou não, com o mobiliário do imóvel locado, valendo o

silêncio como a rejeição da manutenção dos bens. A respeito dessa

cláusula, é correto afirmar que se trata de prazo:

a) prescricional e, portanto, regular a convenção;

b) decadencial e, dessa forma, válido o lapso temporal;

c) prescricional, pelo que irregular a convenção do período;

d) decadencial, mas inválida a disposição acerca da duração;

e) prescricional, mas deve observar o prazo de 5 anos.

Considerando que os prazos de prescrição não podem ser alterados

por acordo das partes, nos termos do artigo 192 do Código Civil, já

estão incorretas as alternativas “a”, “c” e “e”.

Quando às alternativas “b” e “d”, relacionadas à decadência, temos

que as partes podem convencionar prazo decadencial, quando a lei

não haja fixado prazo, nos termos do artigo 211 do Código Civil: Se

a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-

la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a

alegação.

Resposta: letra B.

13 - 2018 – FCC – TRT 2ª REGIÃO SP – Analista Judiciário: A empresa “X”,

fabricante de peças automotivas, contrata o engenheiro de segurança

do trabalho Ricardo para atuar como assistente em uma reclamação

trabalhista movida por três funcionários demitidos da empresa. As

partes assinam contrato e estabelecem a remuneração pelos serviços

que serão prestados. Ricardo conclui o seu trabalho e apresenta o

laudo para o qual foi contratado. Contudo, a empresa “X” deixa de

pagar os honorários contratados, no importe de R$ 8.000,00. Neste

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caso, concluído o trabalho e inadimplida a obrigação, a pretensão de

Ricardo para cobrança dos seus honorários prescreve em:

a) 5 anos.

b) 1 ano.

c) 3 anos.

d) 10 anos.

e) 4 anos.

Literalidade do artigo 206, § 5º, inciso II, do Código Civil: Prescreve

em cinco anos a pretensão dos profissionais liberais em geral,

procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus

honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação

dos respectivos contratos ou mandato.

Resposta: letra A.

14 - 2018 – INSTITUTO AOCP – TRT 1ª REGIÃO RJ - Analista Judiciário - Oficial

de Justiça Avaliador Federal: João proferiu ofensa pública direcionada a

Carlos, valendo-se, para tanto, do uso de redes sociais para a

propagação da informação. A ofensa ocorreu no dia 16 de abril de

2015, sendo que Carlos moveu ação judicial contra João na data de 27

junho de 2018 com o intuito de ser indenizado pelas ofensas

proferidas. Considerando os ditames da legislação civil, assinale a

alternativa correta.

a) O pedido da ação de Carlos deve ser julgado improcedente, visto

que ofensas proferidas por meio de redes sociais possuem irrelevância

diante do uso banalizado desse meio de comunicação, não sendo,

portanto, tutelado pela legislação civil.

b) A carga valorativa atribuída à ofensa pública gera a necessidade de

reparação independentemente do meio utilizado para realizar a

ofensa. Não sendo possível, entretanto, medir a extensão do ocorrido,

o valor indenizatório deve ser fixado no mínimo positivado.

c) De acordo com as datas expostas, em que pese o direito encontrar-

se prescrito, este ainda não decaiu, sendo correto o ajuizamento da

ação e seu normal prosseguimento para discussão da indenização

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apenas em vias de tratamento decadencial, visto que a prescrição

impede o direito de agir, mas não a pretensão indenizatória.

d) Não há o que se falar em prescrição em relação ao exposto no

enunciado, tendo-se em vista que se aplica ao caso em tela o prazo

prescricional quinquenário.

e) O direito tratado na ação encontra-se prescrito e, por tratar-se de

matéria de ordem pública, pode a ação ser liminarmente rejeitada por

meio de seu julgamento com análise do mérito e de ofício pelo

magistrado.

Considerando o artigo 206, §3º, inciso V, do Código Civil, prescreve

em três anos a pretensão de reparação civil. Ainda, segundo o artigo

332, § 1º do Código de Processo Civil, o juiz também poderá julgar

liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a

ocorrência de decadência ou de prescrição. Portanto, o direto já está

prescrito.

Resposta: letra E.

15 - 2018 – CESPE – EBSERH - Advogado: Considerando o que dispõe o

Código Civil acerca das obrigações e dos institutos da prescrição e da

decadência, julgue o item que se segue.

Em regra, aplicam-se à decadência, no que couberem, as normas de

suspensão e interrupção da prescrição.

Literalidade do artigo 207 do Código Civil: Salvo disposição legal em

contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem,

suspendem ou interrompem a prescrição.

Resposta: E.

16 - 2018 – CESPE – EBSERH - Advogado: Considerando o que dispõe o

Código Civil acerca das obrigações e dos institutos da prescrição e da

decadência, julgue o item que se segue.

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A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição e

interrompida por qualquer interessado, na forma da lei.

Para responder à questão, basta a aplicação dos artigos 193 e 203 do

Código Civil: A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de

jurisdição, pela parte a quem aproveita.

Art. 203: A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.

Resposta: C.

17 - 2018 – FCC – TRT 6ª Região PE - Analista Judiciário: Com relação à

prescrição

a) sua interrupção, produzida contra o principal devedor, não

prejudica o fiador, pois este se obriga autonomamente.

b) sua interrupção, produzida por um credor aproveita aos outros; do

mesmo modo, a interrupção operada contra o codevedor, ou seu

herdeiro, prejudica aos demais coobrigados.

c) pode ser interrompida por qualquer interessado.

d) ocorre em cinco anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.

e) suspensa em favor de um dos credores solidários, só aproveitam

aos outros se a obrigação for divisível.

A alternativa A está errada, considerando o artigo 202 § 3º do Código

Civil: A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o

fiador.

A alternativa B está errada, considerando o artigo 204 do Código Civil: A

interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros;

semelhantemente, a interrupção operada contra o codevedor, ou seu

herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados.

A alternativa C é o nosso GABARITO, considerando o 203 do Código Civil:

A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.

A alternativa D está errada, considerando o artigo 205 do Código Civil: A

prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo

menor.

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A alternativa E está errada, considerando o artigo 201 do Código

Civil: Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só

aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.

Resposta: letra C.

18 - 2018 – FCC – ALESE – Analista Legislativo Apoio Jurídico: Considere as

proposições abaixo, a respeito do tema prescrição e decadência:

I. Se a parte não alegar prescrição na contestação, opera-se a

preclusão, sendo vedado que o faça em grau de recurso.

II. O falecimento do devedor interrompe o curso do prazo

prescricional.

III. A prescrição não corre entre os cônjuges, mesmo depois do fim da

sociedade conjugal.

IV. É possível a renúncia à prescrição, expressa ou tácita, desde que

não traga prejuízo a terceiros e desde que seja realizada depois de se

consumar.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, II e III.

b) I e IV.

c) III e IV.

d) IV.

e) II.

O item I está errado, considerando o artigo 193 do Código Civil: A

prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a

quem aproveita.

O item II está errado, pois o falecimento do devedor não consta do rol do

artigo 202 do Código Civil.

O item III está errado, pois a prescrição não corre entre os

cônjuges, apenas na constância da sociedade conjugal, nos termos do

artigo 197, inciso I, do Código Civil..

O item IV está CORRETO, nos termos do artigo 191 do Código Civil: A

renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo

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feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar;

tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado,

incompatíveis com a prescrição.

Resposta: letra D.

19 - 2018 – CESPE – STJ - Analista Judiciário -

Oficial de Justiça Avaliador Federal: À luz da legislação e da jurisprudência

dos tribunais superiores, julgue o item a seguir, a respeito dos direitos

da personalidade, do direito de família, dos direitos reais e da

prescrição.

Prescreve em cinco anos, a contar do dia seguinte ao do vencimento

da prestação, o prazo para a cobrança de taxa condominial ordinária

ou extraordinária constante em instrumento público ou particular.

Literalidade do artigo 206 do Código Civil: Prescreve: § 5º Em cinco anos:

I – a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento

público ou particular.

Resposta: C.

20 - 2018 – CESGRANRIO - Petrobras - Advogado: Em 2013, ao atravessar

o cruzamento com o sinal vermelho, uma moça foi atropelada

acidentalmente por um motociclista. Diante da gravidade dos

ferimentos, a moça só se recuperou integralmente em 2014. Durante

esse período, os dois iniciaram um relacionamento e, em 2015,

casaram-se. Em 2017, o casamento chega ao fim. A moça, então,

decide ingressar com ação indenizatória para obter a reparação dos

danos sofridos no acidente.

Com base na situação narrada, de acordo com o Código Civil de 2002, a

a) contagem do prazo prescricional ficou suspensa durante a

constância da sociedade conjugal e voltará a correr com o divórcio do

casal.

b) pretensão da moça à reparação prescreverá três anos após o

divórcio, por força de causa impeditiva.

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c) pretensão da moça à reparação civil frente ao rapaz prescreveu três

anos após o acidente.

d) pretensão da moça prescreverá em 2018, já que o seu casamento

interrompeu a contagem do prazo prescricional.

e) pretensão da moça à reparação civil prescreverá três anos após o

divórcio, já que a ocorrência de causa interruptiva faz recomeçar a

contagem do prazo prescricional.

Considerando que não corre a prescrição entre os cônjuges, na constância

da sociedade conjugal, hipótese de suspensão do prazo prescricional, nos

termos do artigo 197, inciso I, do Código Civil; e que prescreve em três

anos a pretensão de reparação civil, nos termos do artigo 206, § 3º, inciso

V, do Código Civil, temos que o termo inicial da prescrição é a data do

acidente, em 2013, e que houve a suspensão entre 2015 e 2017, faltando

mais 1 ano para a expiração do prazo prescricional.

Resposta: letra A.

QUESTÕES – SEM COMENTÁRIOS

1 - 2019 – IBFC – MGS - Advogado: O Código Civil de 2002 aborda causas

de interrupção da prescrição. Sobre este assunto, analise as

afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).

( ) A interrupção da prescrição, somente poderá ocorrer uma vez.

( ) É causa de interrupção da prescrição, a pendência de ação de

evicção.

( ) É causa de interrupção da prescrição, o protesto cambial.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para

baixo.

a) V,V,V

b) V,F,V

c) V,F,F

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d) F,F,V

2 - 2018 – VUNESP – Prefeitura de São Bernardo do Campo SP – Agente de

Tesouraria: Os institutos da decadência e da prescrição estão

relacionados

a) à extinção dos direitos pela influência do tempo.

b) à capacidade para o exercício dos atos da vida civil.

c) aos direitos da personalidade.

d) à possibilidade de anulação ou declaração de nulidade dos negócios

jurídicos.

e) à sucessão de bens e direitos.

3 - 2019 – CESPE – SEFAZ-MS – Auditor Fiscal: A perda da ação atribuída a

determinado direito em razão do seu não uso durante determinado

período de tempo é o instituto da

a) interrupção.

b) prescrição.

c) nulidade.

d) decadência.

e) suspensão.

4 - 2018 – CESPE – TCE-MG – Analista de Controle Externo Direito: É causa

que interrompe a prescrição

a) manter sociedade conjugal com a vítima do dano.

b) ser descendente do autor do dano.

c) realizar ato extrajudicial inequívoco que importe no reconhecimento

do direito pelo devedor.

d) ausentar-se do país enquanto em serviço público da União.

e) ajuizar ação para apurar o fato no juízo criminal.

5 - 2018 – FCC – SEFAZ-SC – Auditor Fiscal: De acordo com o Código Civil

de 2002, os prazos prescricionais

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a) podem ser alterados mediante acordo entre as partes.

b) são interrompidos por qualquer ato inequívoco, ainda que

extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.

c) podem ser renunciados validamente pelo interessado antes de sua

consumação, desde que não acarrete prejuízo a terceiro.

d) são de vinte anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.

e) interrompidos contra o devedor principal não prejudicam o fiador.

6 - 2018 – CESPE – MPU – Analista do MPU Direito: A respeito de

interpretação de lei, pessoas jurídicas e naturais, negócio jurídico,

prescrição, adimplemento de obrigações e responsabilidade civil,

julgue o item a seguir.

Se houver capacidade legal e manifestação expressa por escrito, será

válida a renúncia prévia da prescrição.

7 - 2018 – FEPESE – Prefeitura de Rio das Antas SC - Advogado: A respeito

das normas legais atinentes à prescrição e à decadência, conforme

previsto no Código Civil brasileiro, é correto afirmar:

a) Os prazos prescricionais podem ser alterados por interesse e

conveniência das partes.

b) É vedado ao juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando

estabelecida por lei.

c) Prescreve em cinco anos a pretensão de reparação civil.

d) A prescrição não corre contra os ausentes do País em serviço

público da União, dos Estados ou dos Municípios.

e) A interrupção da decadência, que somente poderá ocorrer uma vez,

dar-se-á por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor.

8 - 2018 – FGV – AL-RO – Analista Legislativo: No dia 04/04/05, Everaldo,

casado com Maria Helena pelo regime da separação de bens, colidiu

com o veículo de sua esposa no trânsito. Ela dispendeu, segundo

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orçamento da oficina, R$ 4.000,00 para o conserto de seu bem. Em

15/07/18, o casal se divorciou e Maria Helena pretende intentar ação

judicial em face de Everaldo. Sobre prescrição, neste caso, assinale a

afirmativa correta.

a) Flui o prazo prescricional a partir do dia 15/07/18, pois durante o

casamento estava suspenso.

b) A prescrição da pretensão ocorreu em 04/04/08.

c) A prescrição estava impedida de correr durante o casamento, pelo

que o prazo passa a ser contado a partir de 15/07/18.

d) Por se tratar de uma dívida líquida, o prazo para sua cobrança se

encerrou em 04/04/2010.

e) Maria Helena pode intentar ação judicial para a reparação dos danos

até 15/07/2023.

9 - 2018 – FGV – AL-RO - Advogado: Sobre a teoria geral do Direito Civil,

analise as afirmativas a seguir.

I. Em uma interpretação do Direito Civil conforme a Constituição

Federal é inexigível o consentimento da pessoa biografada em relação

a obras biográficas literárias ou audiovisuais.

II. Para fins de desconsideração da personalidade jurídica, o Código

Civil adotou a denominada teoria maior.

III. O protesto cambial é causa suficiente para a interrupção da

prescrição da pretensão creditícia.

Está correto o que se afirma em

a) II, somente.

b) I e II, somente.

c) I e III, somente.

d) II e III, somente.

e) I, II e III.

10 - 2018 – FCC – TRT 15ª Região SP – Analista Judiciário: Em contrato de

compra e venda a prazo, as partes convencionaram que o prazo de

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prescrição para cobrança de valores inadimplidos seria de 6 meses,

apenas, e não o previsto na lei civil. Essa cláusula

a) não tem validade, porque os prazos de prescrição não podem ser

alterados por acordo das partes, seja para reduzir, seja para ampliar

esse prazo.

b) não tem validade porque o acordo diminui o prazo prescricional, só

sendo possível ampliar esse prazo, em benefício do titular do direito

violado.

c) tem validade, porque se trata de um negócio jurídico privado,

prevalecendo o princípio de que o contrato faz lei entre as partes.

d) tem validade nesse caso específico, porque se trata de compra e

venda a prazo, que possui regra específica autorizando a diminuição

dos prazos prescricionais.

e) tem validade por diminuir o prazo da prescrição; não teria validade

para ampliar o prazo, pois isso prejudicaria o devedor da obrigação

contraída.

11 - 2018 – FCC – TRT 15ª Região SP – Analista Judiciário: Em relação à

prescrição, considere:

I. A suspensão da prescrição em favor de um dos credores solidários é

personalíssima e não beneficia os demais em nenhuma hipótese.

II. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela

parte a quem aproveita.

III. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado

prazo menor.

IV. A prescrição iniciada contra uma pessoa cessa em relação ao seu

sucessor.

Está correto o que consta APENAS de

a) I e IV.

b) I, II e III.

c) II, III e IV.

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d) I, III e IV.

e) II e III.

12 - 2018 – FGV – TJ-SC - Oficial de Justiça e Avaliador: Ao celebrar um

contrato de locação, Camila, locadora, convenciona com Marcos,

locatário, que em até 30 (trinta) dias o inquilino deve exercer a opção

de permanecer, ou não, com o mobiliário do imóvel locado, valendo o

silêncio como a rejeição da manutenção dos bens. A respeito dessa

cláusula, é correto afirmar que se trata de prazo:

a) prescricional e, portanto, regular a convenção;

b) decadencial e, dessa forma, válido o lapso temporal;

c) prescricional, pelo que irregular a convenção do período;

d) decadencial, mas inválida a disposição acerca da duração;

e) prescricional, mas deve observar o prazo de 5 anos.

13 - 2018 – FCC – TRT 2ª REGIÃO SP – Analista Judiciário: A empresa “X”,

fabricante de peças automotivas, contrata o engenheiro de segurança

do trabalho Ricardo para atuar como assistente em uma reclamação

trabalhista movida por três funcionários demitidos da empresa. As

partes assinam contrato e estabelecem a remuneração pelos serviços

que serão prestados. Ricardo conclui o seu trabalho e apresenta o

laudo para o qual foi contratado. Contudo, a empresa “X” deixa de

pagar os honorários contratados, no importe de R$ 8.000,00. Neste

caso, concluído o trabalho e inadimplida a obrigação, a pretensão de

Ricardo para cobrança dos seus honorários prescreve em:

a) 5 anos.

b) 1 ano.

c) 3 anos.

d) 10 anos.

e) 4 anos.

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14 - 2018 – INSTITUTO AOCP – TRT 1ª REGIÃO RJ - Analista Judiciário - Oficial

de Justiça Avaliador Federal: João proferiu ofensa pública direcionada a

Carlos, valendo-se, para tanto, do uso de redes sociais para a

propagação da informação. A ofensa ocorreu no dia 16 de abril de

2015, sendo que Carlos moveu ação judicial contra João na data de 27

junho de 2018 com o intuito de ser indenizado pelas ofensas

proferidas. Considerando os ditames da legislação civil, assinale a

alternativa correta.

a) O pedido da ação de Carlos deve ser julgado improcedente, visto

que ofensas proferidas por meio de redes sociais possuem irrelevância

diante do uso banalizado desse meio de comunicação, não sendo,

portanto, tutelado pela legislação civil.

b) A carga valorativa atribuída à ofensa pública gera a necessidade de

reparação independentemente do meio utilizado para realizar a

ofensa. Não sendo possível, entretanto, medir a extensão do ocorrido,

o valor indenizatório deve ser fixado no mínimo positivado.

c) De acordo com as datas expostas, em que pese o direito encontrar-

se prescrito, este ainda não decaiu, sendo correto o ajuizamento da

ação e seu normal prosseguimento para discussão da indenização

apenas em vias de tratamento decadencial, visto que a prescrição

impede o direito de agir, mas não a pretensão indenizatória.

d) Não há o que se falar em prescrição em relação ao exposto no

enunciado, tendo-se em vista que se aplica ao caso em tela o prazo

prescricional quinquenário.

e) O direito tratado na ação encontra-se prescrito e, por tratar-se de

matéria de ordem pública, pode a ação ser liminarmente rejeitada por

meio de seu julgamento com análise do mérito e de ofício pelo

magistrado.

15 - 2018 – CESPE – EBSERH - Advogado: Considerando o que dispõe o

Código Civil acerca das obrigações e dos institutos da prescrição e da

decadência, julgue o item que se segue.

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Em regra, aplicam-se à decadência, no que couberem, as normas de

suspensão e interrupção da prescrição.

16 - 2018 – CESPE – EBSERH - Advogado: Considerando o que dispõe o

Código Civil acerca das obrigações e dos institutos da prescrição e da

decadência, julgue o item que se segue.

A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição e

interrompida por qualquer interessado, na forma da lei.

17 - 2018 – FCC – TRT 6ª Região PE - Analista Judiciário: Com relação à

prescrição

a) sua interrupção, produzida contra o principal devedor, não

prejudica o fiador, pois este se obriga autonomamente.

b) sua interrupção, produzida por um credor aproveita aos outros; do

mesmo modo, a interrupção operada contra o codevedor, ou seu

herdeiro, prejudica aos demais coobrigados.

c) pode ser interrompida por qualquer interessado.

d) ocorre em cinco anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.

e) suspensa em favor de um dos credores solidários, só aproveitam

aos outros se a obrigação for divisível.

18 - 2018 – FCC – ALESE – Analista Legislativo Apoio Jurídico: Considere as

proposições abaixo, a respeito do tema prescrição e decadência:

I. Se a parte não alegar prescrição na contestação, opera-se a

preclusão, sendo vedado que o faça em grau de recurso.

II. O falecimento do devedor interrompe o curso do prazo

prescricional.

III. A prescrição não corre entre os cônjuges, mesmo depois do fim da

sociedade conjugal.

IV. É possível a renúncia à prescrição, expressa ou tácita, desde que

não traga prejuízo a terceiros e desde que seja realizada depois de se

consumar.

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Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, II e III.

b) I e IV.

c) III e IV.

d) IV.

e) II.

19 - 2018 – CESPE – STJ - Analista Judiciário -

Oficial de Justiça Avaliador Federal: À luz da legislação e da jurisprudência

dos tribunais superiores, julgue o item a seguir, a respeito dos direitos

da personalidade, do direito de família, dos direitos reais e da

prescrição.

Prescreve em cinco anos, a contar do dia seguinte ao do vencimento

da prestação, o prazo para a cobrança de taxa condominial ordinária

ou extraordinária constante em instrumento público ou particular.

20 - 2018 – CESGRANRIO - Petrobras - Advogado: Em 2013, ao atravessar

o cruzamento com o sinal vermelho, uma moça foi atropelada

acidentalmente por um motociclista. Diante da gravidade dos

ferimentos, a moça só se recuperou integralmente em 2014. Durante

esse período, os dois iniciaram um relacionamento e, em 2015,

casaram-se. Em 2017, o casamento chega ao fim. A moça, então,

decide ingressar com ação indenizatória para obter a reparação dos

danos sofridos no acidente.

Com base na situação narrada, de acordo com o Código Civil de 2002, a

a) contagem do prazo prescricional ficou suspensa durante a

constância da sociedade conjugal e voltará a correr com o divórcio do

casal.

b) pretensão da moça à reparação prescreverá três anos após o

divórcio, por força de causa impeditiva.

c) pretensão da moça à reparação civil frente ao rapaz prescreveu três

anos após o acidente.

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d) pretensão da moça prescreverá em 2018, já que o seu casamento

interrompeu a contagem do prazo prescricional.

e) pretensão da moça à reparação civil prescreverá três anos após o

divórcio, já que a ocorrência de causa interruptiva faz recomeçar a

contagem do prazo prescricional.

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GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

B A B C B E D C E A

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

E B A E E C C D C A

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Agradeço pela companhia e aguardo suas dúvidas

pelo fórum.

Bons estudos e até a próxima aula!

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