prescrição de medicamentos cirurgio dentista

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COORDENAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA ÁREA TÉCNICA DE SAÚDE BUCAL PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS PELO CIRURGIÃO-DENTISTA NO ÂMBITO DA SMS SP SÃO PAULO Outubro de 2012

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Prescrição de Medicamentos Cirurgio Dentista

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  • COORDENAO DA ATENO BSICA

    REA TCNICA DE SADE BUCAL

    PRESCRIO DE MEDICAMENTOS PELO CIRURGIO-DENTISTA

    NO MBITO DA SMS SP

    SO PAULO

    Outubro de 2012

  • Gilberto Kassab

    Prefeito da Cidade de So Paulo

    Januario Montone

    Secretrio Municipal da Sade

    Edjane MariaTorreo Brito

    Coordenadora da Ateno Bsica

    Equipe Tcnica de Sade Bucal

    Coordenadora da rea Tcnica de Sade Bucal

    Maria da Candelria Soares

    Assessoria:

    Caio Marcio Filippos

    Regina Auxiliadora de Amorim Marques

    Colaborao:

    Andra Costa Moreira - CRS Sudeste STS Jabaquara Vila Mariana CEO Jabaquara Marcelo Rodrigues dos Santos Cirurgio-Dentista - CRS Sul - STS Campo Limpo - USF-

    Jd.Comercial-UNASP.

    Sandra Alves Brasil - CRS Norte STS Pirituba/ Perus CEO Pirituba Washington Barros de Arruda - PSM Lauro Ribas Braga

    Ficha catalogrfica

    616.314

    S241p So Paulo (Cidade). Secretaria da Sade.

    Prescrio de medicamentos pelo cirurgio-dentista / Secretaria da Sade,

    Coordenao da Ateno Bsica, rea Tcnica de Sade Bucal. 2. ed. atual.

    - So Paulo: SMS, 2012.

    33p.

    1. Sade Bucal. 2. Legislao de Medicamentos. 3. Odontologia. 4.

    Prescrio de Medicamentos. 5. Sade Pblica. I. Coordenao da Ateno

    Bsica. II. Titulo.

    Ficha Tcnica

    Produo e Organizao Maria da Candelria Soares

    Regina Auxiliadora de Amorim Marques

    Digitao e montagem Regina Auxiliadora de Amorim Marques

    Reproduo: Arquivo eletrnico

    Tiragem 1 edio: 400 exemplares junho de 2010

    Coordenao da Ateno Bsica rea Tcnica de Sade Bucal - R. General Jardim, 36 - 5 A Centro So Paulo SP. CEP 01223-010. Telefone: 3397-2229

    - http://ww2.prefeitura.sp.gov.br//arquivos/secretarias/saude/bucal/

    autorizada a reproduo total ou parcial deste documento por processos

    fotocopiadores, desde que citada a fonte.

  • SUMRIO

    1 INTRODUO 4

    2 CONSIDERAES GERAIS SOBRE PRESCRIO DE MEDICAMENTOS 4

    3 ASPECTOS LEGAIS DA PRESCRIO EM SADE BUCAL 5

    4 PRESCRIO ODONTOLGICA 7

    4.1 Medicamentos no controlados Receita em receiturio simples 10

    4.2 Medicamentos controlados Receita em receiturio especial 12

    5 ORIENTAES BSICAS 13

    Comprimidos, cpsulas, drgeas, ps orais 13

    Suspenso oral 13

    Comprimidos sublinguais 13

    Supositrio 14

    Injees intramusculares 14

    Injees subcutneas 15

    Injees intravenosas 15

    6 PERGUNTAS E RESPOSTAS FREQENTES 16

    7 CLCULO DE DOSES DE MEDICAMENTOS EM SADE BUCAL 22

    8 USO DE MEDICAMENTOS EM SADE BUCAL NO MBITO DA SMS-SP 25

    9 CONSIDERAES FINAIS 27

    10 BIBLIOGRAFIA 27

    ANEXOS

    31

  • 4

    PRESCRIO DE MEDICAMENTOS PELO CIRURGIO-DENTISTA

    1. INTRODUO

    Os profissionais da sade legalmente aptos a prescrever so mdicos, mdicos-

    veterinrios, cirurgies-dentistas CD e os enfermeiros, conforme estabelecido na

    Portaria Ministrio da Sade - MS n 1.625 de 10 de julho de 2007.

    No entanto identifica-se entre os profissionais da sade, particularmente entre os

    CD, uma srie de dvidas no que se refere legislao, tendo em vista que esta parece

    no ser muito especfica, gerando algumas ocorrncias indesejveis na prescrio e

    dispensao de medicamentos na rede de unidades da Secretaria Municipal da Sade de

    So Paulo SMS-SP

    Sendo assim elaborou-se este documento no intuito de elucidar dvidas e

    orientar os CD - trabalhadores do Sistema nico de Sade SUS, no que se refere

    prescrio de medicamentos.

    2. CONSIDERAES GERAIS SOBRE PRESCRIO DE MEDICAMENTOS

    A prtica clnica se depara muitas vezes com incertezas, especialmente quanto s

    conseqncias das tomadas de deciso, em termos de seus riscos e benefcios.

    A prescrio ato que depende de amplo conjunto de fatores, podendo resultar

    em diferentes desfechos.

    Muitos estudos apontam que mais da metade das consultas resultam em

    prescrio mdica e em menos de um tero das consultas se pergunta sobre reaes

    alrgicas e uso de outros medicamentos. Tambm se verifica que nas consultas pouco se

    informa aos pacientes sobre possveis reaes adversas ou interaes medicamentosas.

    A Organizao Mundial da Sade - OMS sugere seis etapas para o processo de

    prescrio racional de medicamentos.

    1 etapa: o profissional de sade deve coletar informaes do paciente, e

    investigar e interpretar seus sinais e sintomas, para realizar o diagnstico.

    2 etapa: A partir do diagnstico, o profissional de sade deve especificar os

    objetivos teraputicos.

    3 etapa: selecionar o tratamento que considerar mais eficaz e seguro para

    aquele paciente.

  • 5

    4 etapa: O ato da prescrio pode conter medidas medicamentosas e/ou

    medidas no medicamentosas que muitas vezes contribuem sobremaneira para a

    melhoria das condies de sade do paciente. Condutas medicamentosas ou no devem

    constar de forma compreensvel e detalhada na prescrio para facilitar dispensao do

    medicamento e uso pelo paciente.

    5 etapa: Aps escrever a prescrio, o profissional deve informar o paciente

    sobre a teraputica selecionada.

    6 etapa: combinar reconsulta para monitoramento do tratamento proposto

    Na etapa da informao, o profissional deve, em linguagem clara e acessvel,

    explicar ao paciente sobre o que lhe est sendo prescrito, benefcios esperados e

    problemas associados; alm disso, deve informar a durao de tratamento, a forma de

    armazenar o medicamento e o que fazer com suas sobras.

    Faz parte do ato de prescrever o estmulo adeso ao tratamento, entendida

    como a etapa final do uso racional de medicamentos.

    3. ASPECTOS LEGAIS DA PRESCRIO EM SADE BUCAL (1)

    A prescrio um documento legal pelo qual se responsabilizam aqueles que

    prescrevem, dispensam e administram os medicamentos/teraputicas ali arrolados.

    A Lei 5.081 de 24 de agosto de 1966, que regula o exerccio da Odontologia, determina

    no art. 6, item II: "Compete ao Cirurgio-Dentista prescrever e aplicar especialidades

    farmacuticas de uso interno e externo, indicadas em Odontologia". A prescrio de

    medicamentos em odontologia deve ser estritamente para o tratamento de agravos

    relativos sade bucal.

    ______________________________________________________________________

    (1)http://www.cfo.org.br/legislacao/default.cfm; http://www.anvisa.gov.br/Legis/index.htm

    Para produo deste material foram consultados alguns preceitos gerais, definidos em lei que so

    obrigatrios (Leis Federais 5.991/73, 9.787/99 e as RDC ANVISA n 80/2006 e 16/2007 disponivel em

    http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/110058/lei-5991-73 capturado em 25/06/2010), outros preceitos

    que correspondem a Boas Prticas (Resoluo Conselho Federal de Farmcia 357/2001 \(ref = Conselho

    Federal de Farmcia capturado em 02/07/2010.de www.studex.com.br/rdc357-2001.pdf) alm das

    orientaes do Cdigo de tica Mdico (ref = Conselho federal de Medicina capturado em 02072010 de

    www.ippmg.org.br/imageBank/codigo_etica_medica.pdf) e Cdigo de tica Odontolgico(Cdigo de

    tica Odontolgica, capturado em 02072010 de www.cro-rj.org.br/doc/codigo_etica%202006.pdf, entre

    outros documentos do Conselho Federal de Odontologia(2)

    .

  • 6

    No mesmo artigo, item VIII, acrescenta: "compete ao Cirurgio-Dentista

    prescrever e aplicar medicao de urgncia no caso de acidentes graves que

    comprometam a vida e a sade do paciente".

    importante que a prescrio seja clara, legvel e em linguagem compreensvel.

    O CD pode prescrever analgsicos, antiinflamatrios, antipirticos e antibiticos.

    Em pacientes ansiosos e/ou fbicos, em dores neuropticas de origem odontognica,

    periodontal ou, que envolvam as disfunes da articulao tmporo-mandibular (ATM)

    e em nevralgias do trigmeo, rea de atuao dos cirurgies dentistas, que muitas vezes

    no melhoram apenas com antiinflamatrios, faculta-se ao CD a prescrio de

    ansiolticos, antiepilpticos e antidepressivos, que apresentam bons resultados. As

    prescries nesses casos devero atender exigncia de reteno da receita o que ser

    melhor discutido adiante.

    O CD o responsvel pelo ato da prescrio, assim, no deve fazer uma

    prescrio a pedido de algum.

    Para o Conselho Federal de Odontologia - CFO, o mais importante para

    prescrever o conhecimento, tanto dos efeitos, mecanismos de ao, como das reaes

    adversas. tica e responsabilidade tambm so fundamentais.

    Sobre os medicamentos sujeitos a controle especial (de receita retida), a Portaria

    344/98, do MS, que dispe sobre tais medicamentos, esclarece, nos artigos 38 e 55 1:

    "As prescries por Cirurgies-Dentistas e mdicos veterinrios s podero ser

    feitas para uso odontolgico e veterinrio, respectivamente", referindo-se s prescries

    na Notificao de Receita B ("receita azul") ou na receita em duas vias.

    Estes aspectos legais foram citados para esclarecer ao profissional que sua

    prescrio deve ater-se ao mbito da Odontologia, no sendo amparada para outras

    situaes, salvo no citado no artigo 6 item VIII da Lei 5.081, j visto anteriormente.

    Tal determinao justificada, visto a especificidade na formao do CD.

    Assim, reitera-se que os medicamentos comuns na rotina da prescrio odontolgica so

    antisspticos, analgsicos, antibiticos e antiinflamatrios no-esterides - AINES, com

    menos freqncia, os corticides.

    Quanto aos medicamentos sujeitos reteno da receita, o CD apto a

    prescrever ansiolticos (sedativos), inclusive os prescritos na Notificao de Receita B

    (azul), que so os benzodiazepnicos, como o diazepam, bromazepam, alprazolam,

    lorazepam, e outros do mesmo grupo, de uso comum exclusivamente no pr e ps-

  • 7

    procedimento, somente para aliviar a tenso comum a muitos pacientes quando vo se

    submeter a tratamento odontolgico.

    vedado ao CD a prescrio de medicamentos para tratamento de agravos que

    no sejam da competncia da odontologia. Essa atitude caracteriza exerccio ilegal e

    est sujeita s penalidades da lei.

    Para a receita comum, com cpia (tambm sujeita reteno), os itens mais

    comuns na prescrio odontolgica so os analgsicos chamados opiceos fracos

    (derivados, sintticos ou no, da morfina, com potencial de dependncia bem menor, e

    menor poder analgsico), que so a codena, usada geralmente em associao a outro

    analgsico ou antiinflamatrio e o cloridrato de tramadol.

    Ainda neste tipo de receiturio esto alguns antidepressivos chamados

    tricclicos, utilizados no tratamento de dores neurognicas; dentre estes citamos a

    amitriptilina e a clomipramina. So administrados como adjuvantes na terapia

    analgsica das dores neurognicas intensas no rosto.

    Para o CD da clnica ou consultrio particular poder prescrever medicamento de

    uso controlado necessrio providenciar o bloco de receiturio das Notificaes B (a

    "receita azul"). Como ser apresentado adiante.

    4. PRESCRIO ODONTOLGICA

    A prescrio deve ser escrita sem rasura, em letra de forma, por extenso e

    legvel, utilizando tinta e de acordo com nomenclatura e sistema de pesos e medidas

    oficiais.

    No mbito do SUS, adota-se a Denominao Comum Brasileira (DCB) (2)

    e,

    em sua ausncia, a Denominao Comum Internacional (DCI) (3)

    .

    ______________________________________________________________________

    (2)http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/dcb. A DCB est disponvel no site da ANVISA. Cabe

    salientar que a lei 9787 de 10 de fevereiro de 1999 altera a lei 6360 de 23 de setembro de 1976 e que

    dispe sobre a vigilncia sanitria e estabelece o medicamento genrico, dispe sobre a utilizao de

    nomes genricos e d outras providncias.

    (3)htmhttp://www.infarmed.pt/portal/page/portal/infarmed/perguntas_frequentes/medicamentos_uso_humano/muh_pr

    escrio/prescrio_DCI

  • 8

    Nos servios privados de sade, a prescrio pode ser feita utilizando o nome

    genrico ou o comercial.

    No mbito dos servios dos servios da SMS-SP as prescries devero se ater,

    REMUME Relao Municipal de Medicamentos(4) mas no se restringir ela. A

    prescrio de medicamentos que no fazem parte da REMUME dever ser feita

    excepcionalmente, somente em casos em que no h como substituir o medicamento por

    algum que conste da REMUME.

    Da prescrio constam:

    Nome e quantidade total de cada medicamento (nmero de comprimidos, drgeas,

    cpsulas, ampolas, envelopes), de acordo com dose e durao do tratamento.

    Via de administrao, intervalo entre as doses, dose mxima por dia e durao do

    tratamento. Em alguns casos pode ser necessrio constar o mtodo de administrao

    (por exemplo, infuso contnua), cuidados a serem observados na administrao (por

    exemplo, necessidade de injetar lentamente ou de deglutir com lquido); horrios de

    administrao (nos casos de possvel interao alimentar ou farmacolgica, visando

    maior comodidade, adeso ou melhora do efeito teraputico) ou cuidados de

    conservao (por exemplo, manter o frasco em geladeira).

    *No se abreviam formas farmacuticas (comprimido ou cpsula e no comp. ou cp.),

    vias de administrao (via oral ou via intravenosa e no V.O. ou IV), quantidades (uma

    caixa e no 1 cx.) ou intervalos entre doses (a cada 2 horas e no 2/2h).

    * Prescrever se necessrio um erro, pois o prescritor transfere, ilegalmente, a

    responsabilidade da prescrio ao paciente ou a quem deve administrar o medicamento,

    incentivando a automedicao.

    * O prescritor deve manifestar por escrito se no deseja permitir a intercambialidade do

    medicamento de marca prescrito pelo genrico (Lei n 9.787, 1999).

    *So obrigatrios assinatura e carimbo do prescritor. Nome por extenso, endereo e

    telefone do prescritor so desejveis, de forma a possibilitar contato em caso de dvidas

    ou ocorrncia de problemas relacionados ao uso de medicamentos prescritos.

    *A data da prescrio deve ser explicitada.

    ______________________________________________________________________

    (4)http://www.pmf.sc.gov.br/saude/assistencia_farmaceutica/Relacao_Medicamentos_remume_2008.pdf

  • 9

    H frmacos que necessitam de receiturio especfico para sua prescrio, pois

    se encontram sob controle da autoridade reguladora. Algumas substncias, como

    hormnios, entorpecentes e psicofrmacos tm seu uso controlado por legislao

    especfica, a Portaria SVS/MS 344/98 (5)

    A lista dessas substncias constantemente atualizada. Elas so classificadas em

    duas categorias substncias entorpecentes e psicotrpicas que exigem formulrios de

    receita especficos (Notificaes de Receita A e B) e se diferenciam quanto s

    exigncias para a prescrio ambulatorial.

    Formulrios de Notificao de Receita A, de cor amarela, so fornecidos, de

    forma numerada e controlada, pela vigilncia sanitria. A quantidade mxima a ser

    prescrita corresponde a 30 dias de tratamento, no podendo conter mais que cinco

    ampolas no caso de medicamento para uso injetvel.

    Formulrios de Notificao de Receita B, de cor azul, so fornecidos por

    profissional, hospital ou ambulatrio. A quantidade mxima a ser prescrita corresponde

    a 60 dias de tratamento, no podendo conter mais que cinco ampolas no caso de

    medicamento para uso injetvel.

    Os medicamentos a base de substncias constantes das listas A1, A2, A3, B1 B2,

    C2, C3 podero ser dispensados ou aviados a pacientes internados ou em regime de

    semi-internato, mediante receita privativa do estabelecimento, subscrita por

    profissional mdico ou CD e em exerccio no mesmo, nos estabelecimentos

    hospitalares, clnicas mdicas, oficiais ou particulares.

    Outros frmacos podem ser dispensados sem receita mdica, segundo a

    resoluo da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa, RDC 138/2003) (6)

    . Na

    prescrio, recomenda-se no indicar atos desnecessrios ou proibidos pela legislao

    do Pas (Lei n 9.787, 1999) (7)

    .

    Outra norma no receitar ou atestar de forma secreta ou ilegvel, nem assinar

    em branco, folhas de receiturios, laudos, atestados ou outros documentos; Com relao

    receita, ou prescrio odontolgica, cabe lembrar que se trata de um documento que

    orienta o paciente quanto medicao e demais condutas a serem seguidas.

    ______________________________________________________________________

    (5) http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/344_98.htm (6)

    http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=9667

    (7) http://www.procon.sp.gov.br/texto.asp?id=397

  • 10

    Assim como o Conselho Federal de Farmcia - CFF orienta o farmacutico para

    proceder ao atendimento, os demais rgos profissionais tambm tm estas

    determinaes em sua legislao especfica, de forma a confeccionar a prescrio com o

    cuidado e critrio necessrios.

    Descreve-se abaixo, de forma resumida, as determinaes da Resoluo 357/01

    de 20/04/2001 do CFF, sobre o que deve ser observado numa prescrio (mdica,

    odontolgica ou veterinria) (7)

    4.1 MEDICAMENTOS NO CONTROLADOS RECEITA EM RECEITURIO SIMPLES

    Toda indicao do uso de medicamentos deve ser feita por escrito assim como as

    instrues para o uso das drogas prescritas.

    Utilizar impresso com timbre da empresa, servio, clnica ou do profissional

    identificando a origem da receita. Este impresso deve conter a identificao legvel da

    empresa, servio, clnica ou do profissional, inscrio junto ao Conselho Regional,

    endereo completo e telefone.

    A rigor at mesmo dentifrcios e colutrios, principalmente os fluoretados, deveriam ser

    prescritos, e nas instrues deve-se alertar o paciente e/ou cuidador a respeito dos riscos

    do uso inadequado.

    A receita pode ser digitada ou escrita mo de forma legvel, no pode conter rasuras

    ou emendas, e deve ser observado o sistema de pesos e medidas oficial do pas.

    A prescrio deve conter obrigatoriamente:

    CABEALHO:

    * A quem a receita est sendo destinada: Deve conter o nome completo do paciente,

    nome e sobrenome do paciente para o qual se est prescrevendo a substncia.

    * Quanto medicao, deve-se escrever de forma clara o nome do medicamento,

    cdigos ou siglas no so permitidos.

    * Via ou uso de aplicao da substncia: uso interno, uso externo, uso tpico, uso

    colutrio, uso intramuscular, uso endovenosa.

    ______________________________________________________________________

    (7) http://www.cff.org.br link legislao; http://www.portalmedico.org.br/novoportal/index5.asp;

    http://www.cfo.org.br/download/pdf/codigo_etica.pdf;

  • 11

    CORPO DA RECEITA:

    *Nome comercial do medicamento ou de seu princpio ativo (nome genrico).

    Concentrao (x mg ou y gr, y%,...)

    *Forma de apresentao ou forma farmacutica (comprimidos, drgeas, cpsulas,

    soluo, frasco, ampola, xarope, lquido, suspenso, p, pomada etc).

    *Quantidade a ser utilizada (n de caixas, n de frascos, n de cpsulas, comprimidos ou

    drgeas, etc)..

    No mbito da Secretaria Municipal de Sade j dever constar o nmero

    comprimidos, drgeas, cpsulas, e no o nmero de caixas; para outras forma de

    apresentao de medicamentos dever constar o nmero de frascos de soluo, de

    xarope, de lquido, de suspenso, de p, nmero de ampolas, nmero de tubos de

    pomada e assim por diante, conforme a apresentao do medicamnto.

    * Forma de utilizao (tomar, diluir, dissolver, misturar, ingerir, aplicar, injetar,

    bochechar, inalar, aspirar, pingar...).

    * Posologia, ou seja, modo de utilizao e a durao do tratamento (quanto do

    medicamento dever ser tomado, com que freqncia, em que momento e por quanto

    tempo).

    * Orientaes ps-uso do medicamento (no enxaguar, no ingerir, no esfregar...).

    RODAP:

    *Local, data e assinatura seguida do n de inscrio no conselho regional da classe do

    profissional responsvel e carimbo sob assinatura

    Na clnica ou consultrio particular deve estar impresso na receita o nome,

    endereo e inscrio do respectivo Conselho Profissional (no caso, o CRO); se o

    Cirurgio-Dentista est atuando numa instituio (clnica, hospital, etc.) onde seus

    dados no estejam identificados, deve ser aposto o carimbo com estes mesmos dados,

    necessrio que o prescritor assine a receita.

    Se for detectado, no ato do atendimento, algum problema com a medicao

    prescrita (dosagem ou posologia inadequadas, ou incompatibilidades com outros

    medicamentos de uso do paciente), o farmacutico dever pedir a confirmao expressa

    junto ao prescritor.

    Na ausncia ou negativa da confirmao, a receita no dever ser aviada, e o

    farmacutico pode enviar uma cpia desta receita para o Conselho Regional de

    Farmcia respectivo, para anlise e encaminhamento ao Conselho Regional do

  • 12

    profissional prescritor. Estas consideraes visam lembrar que a prescrio parte

    importante no tratamento e deve merecer toda a ateno do profissional, sendo que a

    negligncia com a mesma pode incorrer em sanes para o mesmo.

    4.2. MEDICAMENTO CONTROLADOS RECEITA EM RECEITURIO ESPECIAL

    Medicamentos sujeitos a controle dos Servios de Vigilncia Sanitria devem

    ser prescritos em receiturio especial (talonrio azul)

    Para tanto o profissional deve procurar as autoridades sanitrias para que seja

    autorizada a emisso de receiturio especial de cor azul.

    O CD deve procurar o rgo de Vigilncia Sanitria onde ele obteve a licena de

    funcionamento do consultrio e a vistoria do aparelho de Raios-X para retirar a

    numerao das receitas.

    Na primeira solicitao o profissional deve ir pessoalmente para fazer seu

    cadastro junto Vigilncia, munido da documentao (RG, carteira do CRO, carimbo),

    ou enviar portador autorizado. preciso estar em dia com a licena para se cadastrar. O

    bloco do receiturio azul deve ser feito em grfica, por conta do profissional, conforme

    o modelo fornecido pela autoridade sanitria.

    H limite para estas prescries. Em geral, pode ser atendida a quantidade de

    medicao suficiente para 60 (sessenta) dias de tratamento. No caso de prescries pelo

    CD esta limitao no constitui problema, j que as prescries so feitas para perodos

    curtos de uso.

    O talonrio azul numerado e sujeito a controle. Ao utiliz-lo o profissional

    dever preencher um canhoto com os dados do paciente (nome e endereo completo),

    nome da droga prescrita, forma de apresentao, posologia e instrues sobre o uso.

    Alguns medicamentos so prescritos em receiturio comum, mas em duas vias

    (carbonada) sendo que uma dever ficar retida na farmcia e a outra com o paciente

    (medicamentos de controle especial)

    Alm das informaes j descritas no item MEDICAMENTOS NO CONTROLADOS

    a receita de medicamentos de uso controlado (receiturio especial ou comum) dever

    conter endereo completo do paciente (nome do logradouro, n, complemento, bairro e

    cdigo de endereamento postal - CEP), e n de documento de identificao (cdula de

    identidade registro geral - RG).

    As orientaes que constam deste manual esto em consonncia com as

  • 13

    recomendaes da ANVISA para prescrio de medicamentos com e sem controle

    especial das listas C1 9outras substncias sujeitas a controle especial), C4

    (antirerovirais), C5 (Anabolizantes) bem como nos adendos da Lista A1 e A2

    (Entorpecentes) e B1 (psicotrpicos).do anexo I da Portarai SVS/MS 344/98.

    5. ORIENTAES BSICAS

    Cabe aos profissionais de sade a adoo de cuidados bsicos quando da

    prescrio e administrao de medicamentos. Seguem cuidados gerais de administrao

    para as principais formas de apresentao dos medicamentos.

    Cabe lembrar, entretanto, que alguns medicamentos so acompanhados de

    orientaes particulares de administrao. O paciente deve ser orientado a ler tambm

    as instrues dos fabricantes.

    Os pacientes devem ser orientados a no fazer uso de medicamentos sem

    orientao profissional e sempre devem solicitar informaes sobre os produtos

    receitados.

    COMPRIMIDOS, CPSULAS, DRGEAS, PS ORAIS.

    Os comprimidos, cpsulas e drgeas so geralmente tomados com um copo

    cheio de gua.

    As drgeas no devem ser partidas, nem as cpsulas devem ser abertas.

    Apresentaes em forma de p oral devem ser preparadas antes de ser ingeridas.

    O p no deve ser colocado diretamente na boca.

    SUSPENSO ORAL

    1. sacudir bem o frasco do medicamento (uma vez que o produto contm partculas que

    se depositam no fundo da embalagem).

    2. usar uma colher-medida de plstico, prpria para esse tipo de medicamento e que

    geralmente acompanha a embalagem do produto (alguns deles vm com 1 copinho

    medida, ao invs de colher).

    3. colocar o medicamento na colher (ou no copinho), observando a quantidade

    recomendada: 2,5 ml, 5 ml, 7,5 ml,10 ml, etc.

    3. tomar a medicao, ingerindo logo aps um copo de gua. Outros tipos de bebida

    (sucos, refrigerantes, etc.) nem sempre podem ser tomados aps a medicao.

  • 14

    COMPRIMIDOS SUBLINGUAIS

    1. colocar o comprimido embaixo da lngua e fechar a boca.

    2. procurar reter a saliva na boca, sem engolir, at que o comprimido se dissolva

    completamente. Se aps alguns minutos o paciente sentir um gosto amargo, sinal de

    que o comprimido ainda no foi completamente absorvido e de que deve permanecer

    retendo a saliva por mais algum tempo.

    3. aps a completa dissoluo do medicamento, engolir a saliva e s ento beber gua.

    4. No fumar, comer ou chupar balas enquanto a medicao estiver sendo dissolvida.

    SUPOSITRIO

    1. lavar bem as mos.

    2. deitar de lado na cama, voltando-se para o lado esquerdo, dobrando o joelho direito,

    mantendo a perna direita flexionada e a esquerda estirada.

    3. retirar o supositrio da embalagem e coloc-lo no nus, empurrando-o o mais

    profundamente possvel.

    4. permanecer deitado por mais alguns minutos, aps a colocao do supositrio,

    procurando ret-lo no intestino por, pelo menos, uma hora.

    Importante:

    alguns supositrios vm com a recomendao de serem guardados na geladeira.

    Nesses casos, manter o produto em local de difcil acesso s crianas e bem embalado.

    o ideal guardar o produto em local seguro fora da geladeira e longe do calor.

    no momento de usar, se o produto estiver com uma consistncia mole, coloc-lo por

    alguns minutos no congelador ou dentro de um copo com gua bem gelada (sem retir-

    lo da embalagem), at que adquira novamente uma consistncia firme.

    INJEES INTRAMUSCULARES

    1. lavar as mos.

    2. limpar a rea onde vai ser aplicada a injeo, com um algodo embebido em lcool.

    Nos adultos prefervel aplicar no quadrante superior externo das ndegas. Em

    lactentes, ou crianas, pode ser melhor utilizar a face lateral externa das coxas.

    3. encher a seringa com a medicao, seguindo as instrues da bula para produtos que

    necessitem de preparao.

    4. dar a picada no local programado, enfiando profundamente a agulha.

    5. antes de injetar o produto, puxar o mbolo da seringa para trs, a fim de verificar se a

  • 15

    agulha no atingiu nenhum vaso sangneo. Se aparecer sangue na seringa, ou se a cor

    do produto sofrer alterao, retirar a agulha e injetar em outro local, tendo o cuidado de

    repetir a operao, para saber se nenhum vaso sangneo foi atingido.

    6. aplicar a injeo lentamente.

    7. retirar o conjunto de agulha e seringa.

    8. fazer presso por alguns instantes no local da injeo, com um algodo embebido em

    lcool.

    Importante:

    usar sempre seringas e agulhas descartveis. Verificar se no esto com prazo de

    validade vencido

    interromper a administrao da injeo se o paciente se queixar de dor intensa no

    local.

    colocar bolsa de gelo, aps a aplicao (ou a interrupo da administrao), para

    minorar a sensao de dor no local da injeo.

    INJEES SUBCUTNEAS

    1. lavar as mos.

    2. limpar a rea onde vai ser aplicada a injeo, com um algodo embebido em lcool (a

    escolha dessa rea deve obedecer s determinaes do profissional). O algodo dever

    se deslocar em um nico sentido, de cima para baixo, no se deve fazer movimentos de

    vai-e-vem.

    3. encher a seringa com a medicao.

    4. aplicar a injeo seguindo as instrues da bula e a orientao especfica dada pelo

    profissional.

    Importante:

    usar sempre seringas e agulhas prprias para injees subcutneas, descartveis.

    verificar se no esto com o prazo de validade vencido.

    INJEES INTRAVENOSAS

    Para aplicao por profissionais especializados. No esquecer jamais de verificar nas

    instrues dos fabricantes se esta via de administrao est indicada para o produto.

    1. lavar as mos.

    2. colocar um manguito no brao do paciente para facilitar a identificao do vaso que

    dever receber a injeo. Localizado o vaso, limpar a rea onde vai ser aplicada a

  • 16

    injeo, com um algodo embebido em lcool (a escolha dessa rea deve obedecer s

    determinaes do profissional). O algodo dever se deslocar em um nico sentido, de

    cima para baixo, no se deve fazer movimentos de vai-e-vem.

    3. encher a seringa com a medicao, observando que no haja incluso de ar; se houver

    eliminar o ar elimin-lo antes de aplicar a medicao.

    4. aplicar a injeo seguindo as instrues da bula e a orientao especfica dada pelo

    profissional.

    Importante:

    usar sempre seringas e agulhas prprias para injees intravenosas, descartveis.

    verificar se no esto com o prazo de validade vencido.

    6. PERGUNTAS E RESPOSTAS MAIS FREQENTES

    1. QUAIS OS PROFISSIONAIS QUE PODEM FAZER PRESCRIES?

    O cirurgio-dentista, o mdico, o mdico-veterinrio e os enfermeiros;estes ltimos

    apenas os medicamentos estabelecidos em programas de sade pblica e em rotina

    aprovada pela instituio, de acordo com a Lei no 7.498, de 25 de junho de 1986 (artigo

    11 inciso c.) que dispe sobre a regulamentao do exerccio da enfermagem.

    2. O QUE PODE SER PRESCRITO PELO CD?

    O CD pode prescrever medicamentos cuja finalidade seja o tratamento coadjuvante

    ou no a um procedimento odontolgico especfico ou inespecfico que esteja sendo

    adotado para o tratamento de um agravo sade bucal, de origem odontognica,

    peridontopatognica, relacionado aos ossos maxilares, msculos da mastigao, tecidos

    moles da cavidade bucal e articulao tmporo mandibular.

    O CD pode prescrever qualquer medicamento necessrio ao seu exerccio

    profissional, nas suas reas de competncia.

    A Lei 5.081, de 24 de agosto de 1966, que regula o exerccio da Odontologia, diz,

    no artigo 6, inciso I:

    Praticar todos os atos pertinentes Odontologia, decorrentes de conhecimentos

    adquiridos em curso regular ou em cursos de ps-graduao.

    E no inciso II:

  • 17

    Prescrever e aplicar especialidades farmacuticas de uso interno e externo,

    indicadas em Odontologia.

    O inciso VIII diz:

    Prescrever e aplicar medicao de urgncia no caso de acidentes graves que

    comprometam a vida e a sade do paciente.

    Tais legislaes foram citadas para esclarecer ao profissional que sua prescrio

    deve ater-se ao mbito da Odontologia, no sendo amparada para outras situaes, salvo

    o citado no art 6, inciso VIII.

    No existe uma lista do que deve ou no ser prescrito, e no o medicamento em si

    que permitido ou no, mas o uso a que ele se destina..

    Temos ainda que No exerccio de qualquer especialidade odontolgica o cirurgio-

    dentista poder prescrever medicamentos e solicitar exames complementares que se

    fizerem necessrios ao desempenho em suas reas de competncia.(Resoluo CFO

    22/01). Assim sendo o cirurgio-dentista poder prescrever medicamentos cuja

    finalidade seja profiltica, curativa, paliativa ou para fins de diagnstico dentro de sua

    rea de atuao. Alm disso, poder prescrever medicamentos homeopticos,

    fitoterpicos e terapia floral, conforme Resoluo do CFO 82/2008, respeitando o limite

    de atuao do campo profissional do cirurgio-dentista.

    3. QUAIS OS MEDICAMENTOS COMUMENTE PRESCRITOS PELO CIRURGIO DENTISTA?

    Antisspticos, analgsicos, antiinflamatrios (esterides e no esterides-

    AINES) e antibiticos so as drogas mais comumente prescritas pelo CD.

    4. O CD PODE PRESCREVER MEDICAMENTOS CONTROLADOS?

    Sim, de acordo com a Resoluo CFO 22/01 (Baixa Normas sobre anncio e

    exerccio das especialidades odontolgicas e com a Portaria ANVISA n. 344, de 12 de

    maio de 1998. Essa resoluo aprova o Regulamento Tcnico sobre substncias e

    medicamentos sujeitos a controle especial) desde que a finalidade seja a de tratar um

    agravo em sade bucal como o caso de nevralgias do trigmeo e disfunes da

    articulao tmporo mandibular (Resoluo CFO 22/01 seo III Disfuno Tmporo

    Mandibular - artigo. 18.).

  • 18

    5. AS DORES NEVRLGICAS NA FACE PODEM SER TRATADOS PELO CD?

    Sim, O CD pode prescrever medicamentos controlados para o tratamento de

    agravos relacionados disfuno da articulao tmporo mandibular ATM e a

    nevralgia do trigmeo. Uma das drogas mais utilizadas a amitriptilina, um

    antidepressivo tricclico que em baixas doses (25 mg) apresenta bons resultados no

    tratamento de nevralgias do trigmeo (Resoluo CFO 22/01 seo III Disfuno

    Tmporo Mandibular - artigo. 18. e Portaria ANVISA n. 344, de 12 de maio de 1998).

    6. O CIRURGIO DENTISTA PODE PRESCREVER MEDICAMENTOS PARA CONTROLE DA

    GLICEMIA, CARDIOPATIAS, HIPERTENSO E OUTRAS DOENAS OU AGRAVOS NO

    TRANSMISSVEIS?

    O CD no tem habilitao para tratar esses agravos e, portanto, no deve

    prescrever medicamentos que estejam destinados ao tratamento de agravos que se

    localizem em outros rgos.

    7. O CD PODE PRESCREVER RANITIDINA E OUTRAS DROGAS COM A FINALIDADE DE

    ALIVIAR O DESCONFORTO GSTRICO PROVOCADO POR DETERMINADOS

    MEDICAMENTOS? EM QUE SITUAES ISSO SE APLICA E POR QUE?

    A prescrio dessas drogas deve ser feita pelo mdico, mas o cirurgio dentista

    deve conhecer seus efeitos e reaes adversas.

    Em pacientes internados deve haver interconsultas do cirurgio buco maxilo e

    do mdico que acompanham o caso.

    Os antagonistas dos receptores H2 de histamina (ranitidina, cimetidina) atuam

    como protetores gstricos, na associao medicamentosa antibiticos,

    antiinflamatrios, analgsicos.

    Entretanto h medicamentos que so melhores absovidos em pH cido

    (antifngicos como a cetoconazol , fluconazol, itraconazol e nistatina). Quando

    paciente faz uso de anticidos e outros antiulcerosos (cimetidina, ranitidina e

    omeprazol) h inibio da absoro e nesses casos deve se aumentar a dose ou

    utilizar drogas em soluo cida. O aumento da dose deve ser cuidadosamente

    analisado pelo aumento da nefrotoxicidade.(Wannmacher e Ferreria, pg 314-5; 203).

  • 19

    A ranitidina tambm age como broncoprotetor em casos de risco de

    broncoaspirao, em anestesia geral, para pacientes susceptveis, e deve ser prescrito

    pelo mdico.

    Indicao da ranitidina: nas condies nas quais haja convenincia na reduo da

    secreo gstrica e da produo de cido, tais como, antes da anestesia geral em

    pacientes propensos aspirao cida, diminuindo o risco de dano pulmonar quando

    por ventura ocorrer (Sndrome de Mendelson) ou ainda como protetor gstrico

    concomitante ao uso de antibioticoterapia e antiinflamatrios, devido a atividade

    citoprotetora, exercendo um efeito benfico na manuteno da integridade da

    barreira mucosa gstrica(Marzola C e Cappellari MM).

    Deve-se lembrar que o cirurgio-dentista no deve prescrever estes

    medicamentos para o tratamento de lcera gstrica, de competncia mdica, mas

    pode faz-lo quando o paciente tem histria de irritao gstrica quando do uso de

    antibiticos, antiinflamatrios, analgsicos ou outros medicamentos. Somente nessa

    situao o cirurgio dentista pode prescrever protetores gstricos, coadjuvantes na

    teraputica medicamentosa de tratamento em odontologia.

    8. QUANDO O CD PRESCREVER ANTIBITICOS OU OUTROS MEDICAMENTOS E A

    FORMA DE APRESENTAO DISPONVEL PARA AQUISIO OU DISPENSAO FOR

    PARA OUTRA VIA DE USO, COMO POR EXEMPLO A NISTATINA EM CREME VAGINAL

    OU O METRONIDAZOL EM VULOS VAGINAIS, QUAL DEVE SER A CONDUTA DO CD?

    No se deve fazer uso de antibticos, antiparasitrios ou antivirais se o modo de

    usar no for interno, externo ou tpico em mucosa bucal ou lbios.

    A indstria farmacutica apresenta na bula da nistatina creme vaginal a contra-

    indicao de seu uso oral.

    Sobre o uso do metronidazol vaginal topicamente na mucosa oral, no h contra-

    indicaes expressas na bula, mas uma advertncia de que no h estudos sobre o

    uso deste produto em vias de administrao no recomendadas.

    O metronidazol deve ser usado por via sistmica (uso interno ou externo).

    9. COLRIOS E INALANTES PODEM SER PRESCRITOS PARA TRATAMENTO DE AGRAVOS

    EM SADE BUCAL? EM QUE SITUAES?

  • 20

    Colrios: A pilocarpina a princpio amplamente utilizada na forma de solues

    aquosas em colrios no tratamento de glaucoma.

    Segundo Wannmacher L e Ferreira MBC (2007) a pilocarpina demonstra efeitos

    benficos em pelo menos duas condies: Sndrome de Sjgren e disfuno salivar

    ps-radiao.

    Vrios estudos tm sido feitos usando a pilocarpina no tratamento de disfunes

    onde h reduo salivar. Foram administradas de 4 a 5 vezes ao dia durante

    radioterapia de cncer de cabea e pescoo (Wannmacher L e Ferreira MBC 2007),

    porm seus efeitos secundrios de estimulao da secreo das glndulas salivares

    podem ser aproveitados com benefcios, quando utilizado no local-alvo (cavidade

    bucal) para esta finalidade.

    Indicaes: estimulador da secreo salivar em quadros de xerostomia, sem

    resposta ao tratamento do fator causal do quadro.

    Posologia: utiliza-se o soluo de pilocarpina 2%, por via sublingual, 2 gotas a

    cada 8 horas.

    A associao de um antibitico e um corticide, como antiinflamatrio, ou seu

    uso isolado, na composio de alguns colrios, comum em oftalmologia, e de

    suma importncia para o Cirurgio-Dentista Buco Maxilo Facial, no tocante a

    profilaxia de infeces e complicaes oftalmolgicas nos procedimentos

    cirrgicos invasivos das fraturas de zigoma, orbitrias ou naso-rbito-etmoidais, a

    serem prescritos na teraputica medicamentosa coadjuvante do trauma facial, em

    interconsulta com a Oftalmologia principalmente nos casos de leses oculares mais

    severas (Marzola C e Cappellari MM, 2009).

    Indicaes: tratamento ou profilaxia de infeces bacterianas oftalmolgicas,

    edema de esclera, edema e hematomas subconjuntivais, nos ps-operatrios de

    fraturas faciais envolvendo rbita ocular.

    Inalantes: O emprego de inalantes em CTBMF tem como objetivo a utilizao

    do poder revulsivo do calor mido do vapor, associado a descongesto de mucosas

    nasais e paranasais promovida por substncias vasoconstritoras, e o efeito anti-

    sptico de substncias volatilizadas pelo calor, que penetram por toda as cavidades

    nasal e paranasal, como coadjuvantes no tratamento de sinusopatias de carter

    agudo ou crnico, alm de sua utilizao pr e ps-cirrgica nas comunicaes

  • 21

    buco sinusais e buconasais. O tratamento da sinusite compete ao

    otorrinolaringologista.

    O cirurgio dentistas pode prescrever as inalaes somente com soluo

    fisiolgica, com o intuito de descongestionar as vias areas, sem outra medicao

    associada. Caso haja necessidade de administrao de outro frmaco associado ao

    soro fisiolgico, h a necessidade de interao entre a equipe mdica e

    odontolgica, devido aos efeitos desses frmacos.

    9. O CD PODE TROCAR RECEITAS DE OUTROS PROFISSIONAIS?

    A prescrio um ato profissional em que o cirurgio-dentista se responsabiliza

    pelo paciente. Para se prescrever algum medicamento ou teraputica o paciente deve

    ser avaliado pelo prescritor e esse prescritor que decide sobre a prescrio. Em

    nenhuma hiptese pode-se trocar receita.

    Mesmo em casos de medicaes de uso contnuo, quando a receita j est

    vencida, o paciente necessita de reavaliaes peridicas pelo profissional que o

    acompanha, e s ele poder avaliar de dever manter a prescrio, alter-la ou

    adequ-la.

    10. O CD PODE PRESCREVER ALGUM MEDICAMENTO A PEDIDO DE UM PACIENTE,

    FAMILIAR DE PACIENTE OU DE OUTREM?

    A prescrio de medicamentos deve ser feita aps uma consulta odontolgica

    onde se realiza anamnese detalhada e exame fsico do paciente. Aventam-se

    hipteses diagnsticas e/ou fecha-se um diagnstico e s depois se justifica uma

    prescrio.

    A prescrio deve ser feita apenas em uma relao profissional-paciente, o que

    definitivamente no se aplica quando uma pessoa simplesmente solicita uma

    prescrio.

    11. O PACIENTE QUE APRESENTAR UMA RECEITA DE MEDICAMENTO DE USO NO

    ODONTOLGICO PODE RETIRAR MEDICAMENTOS NA FARMCIA DAS UNIDADES

    BSICAS DE SADE DA REDE MUNICIPAL DE SADE DE SO PAULO? POR QUE?

  • 22

    A dispensao de medicamentos na farmcia das unidades de sade da rede

    municipal deve ser feita a partir da apresentao de receita prescrita por profissional

    de sade autorizado legalmente a prescrever dentro de sua rea de atuao.

    A farmcia pode recusar a entrega do medicamento nos casos onde esta

    orientao no ocorra (prescrio de profissional no autorizado legalmente,

    prescrio de medicamentos por profissional para tratamento de agravo que no seja

    de sua competncia legal).

    12. QUAL A QUANTIDADE E O PERODO MXIMO PERMITIDO PARA A PRESCRIO DE

    UM CD DE UM MEDICAMENTO DE USO CONTROLADO?

    De acordo com a Portaria 344/98 MS: Art. 43 A Notificao de Receita A

    poder conter no mximo de 5 (cinco) ampolas e para as demais formas

    farmacuticas de apresentao, poder conter a quantidade correspondente no

    mximo a 30 (trinta) dias de tratamento.

    Art. 46 A Notificao de Receita "B" poder conter no mximo 5 (cinco)

    ampolas e, para as demais formas farmacuticas, a quantidade para o tratamento

    correspondente no mximo a 60 (sessenta) dias.Estas so as quantidades e os

    perodos mximos permitidos para a prescrio de medicamentos controlados para

    qualquer profissional prescritor.

    13. QUAIS OS CUIDADOS A SEREM ADOTADOS PELO CD NA PRESCRIO DE

    MEDICAMENTOS DE USO CONTROLADO?

    Os cuidados devem ser universais a toda prescrio: uma boa anamnese, uma

    indicao precisa e acompanhamento teraputico. Dever seguir as normas legais

    deste tipo de prescrio e conhecer seus efeitos adversos e interaes

    medicamentosas, como todo profissional legalmente habilitado a fazer prescries

    medicamentosas.

    7. CLCULO DE DOSE DE MEDICAMENTOS EM SADE BUCAL.

    O uso de anestsicos locais e a prescrio de medicamentos fazem parte da

    rotina clnica do cirurgio dentista.

  • 23

    Assim importante destacar de que forma pode se administrar medicamentos em sade

    bucal com a mxima segurana.

    Considerando o peso corporal de cada paciente deve-se adotar uma srie de

    cuidados com o uso e a prescrio de medicamentos de forma minimizando os riscos de

    super dosagens, intoxicaes medicamentosas e reaes adversas.

    Apresenta-se a seguir uma seqncia de quadros e exemplos que ilustram e

    orientam o uso de anestsicos locais, analgsicos, antiinflamatrios e antibiticos,

    drogas de uso mais rotineiro na prtica clnica odontolgica.

    DOSES MXIMAS DE ANESTSICOS LOCAIS RECOMENDADAS EM INDIVDUOS DE 70 KG.

    ANESTSICO LOCAL CONCENTRAO

    MXIMA TOTAL(MG/KG)

    DOSE MXIMA

    TOTAL (MG)

    NMERO MXIMO DE

    TUBETES (1,8ML)

    Lidocana 2%com

    adrenalina 1: 200.000

    7,0 500 13

    Lidocana 2% com

    norepinefrina 1:50.000

    7,0 500 13

    Lidocana 2% s/vaso 4,5 300 8

    Prilocana 3% com

    felipressina 0,03 UI/ml

    8,0 400 7

    Mepivacana 2% com

    norepinefrina 1:100.000

    7,0 500 13

    Qual a dose mxima e o nmero mximo de tubetes de anestsico local

    lidocana 2% com adrenalina 1:200.000 no atendimento de um paciente adulto de

    aproximadamente 75 kg?

    Sabendo-se que cada tubete de anestsico contm 1,8 ml e considerando a 7mg a

    concentrao mxima em mg/kg calcula-se utilizando-se uma regra de trs simples a

    dose mxima de lidocana.

    1 tubete = 1,8 ml

    Dose mxima por kg de peso = 7mg

    Dose mxima para 75Kg de peso = x

    x = 525mg

  • 24

    Assim a dose mxima de lidocana 2% com adrenalina 1:200.000 para um

    paciente com75 kg de peso corporal de 525mg.

    A seguir deve se calcular o nmero de tubetes que correspondem a essa dose de

    lidocana:

    1 tubete de lidocana 2% = 1,8 ml = 36mg de lidocana

    N de tubetes de lidocana 2% = tubetes (contendo 525 mg de lidocana)

    N de tubetes de lidocana 2% = 525 mg /36 mg

    N de tubetes de lidocana 2% = 14,5 tubetes

    CLCULO DE DOSAGENS EM ODONTOPEDIATRIA:

    Em odontopediatria o reajuste das doses ser necessrio quando o peso for

    inferior a 30 kg, acima desse peso recomenda-se usar a dose de adulto.

    Para calcular a dose peditrica h trs tipos de regra: regra de Clark, regra de

    Low e regra de Young.

    1. Regra de Clark (para pacientes com peso menor que 30 kg).

    Nessa regra a dose peditrica calculada tomando-se a dose do adulto dividida

    por 70kg multiplicada pelo peso da criana em kg.

    Exemplo:

    Qual a dose de amocixicilia que pode ser administrada a uma criana de 15 kg

    de peso corporal?

    Dose peditrica = dose do adulto/70 kg x peso da criana kg

    Dose peditrica = 2000 (mg/ dia) /70kg x 15kg

    Dose peditrica = 430 mg dia

    Dose peditrica = 430 mg dia/ 3 tomadas ( uma a cada 8 horas)

    Dose peditrica = 143 mg de 8 em8 horas

    Dose peditrica = 1ml = 23,83 mg

    Dose peditrica = 143 mg = 6ml

  • 25

    2. Regra de Law (para pacientes menores de 1 ano de idade em que no se

    sabe informar o peso corporal)

    Essa regra muito til principalmente nos casos em que o acompanhante da criana

    menor de um ano no sabe informar o peso.

    O clculo da dose peditrica feito tomando-se a idade da criana em meses

    multiplicada pela dose no adulto e dividida por 150.

    Exemplo:

    Criana com 8 meses de idade (menor de um ano) , mas a me no sabe o peso

    Dose peditrica = idade da criana em meses x (dose/ dia do adulto)/150

    Dose peditrica = 8 meses X 2000 mg/ 150

    Dose peditrica = 106 mg / dia

    Dose peditrica = 1ml = 23,83 mg

    Dose peditrica = 106 mg = 4,48 ml = 4,5 ml

    3. Formula de Young (1 a 12 anos de idade)

    Essa regra se aplica em quando h a necessidade de se prescrever um antibitico (ou

    outro tipo de medicamento) para crianas com idade de 1 a12 anos e o acompanhante

    no sabe informar o peso.

    Exemplificando:

    Se h necessidade de se prescrever amoxicilina para uma criana de 10 anos de

    idade a dose a ser administrada ser o resultado da idade da criana em anos dividida

    pela idade da criana em anos somada a12. O resultado dessa diviso deve ser e

    multiplicada pela dose do adulto.

    Dose peditrica = (idade da criana em anos) x (dose/ dia do adulto)

    idade da criana em anos + 12

    Assim tem-se:

    Dose peditrica (10/ 10+12) x (2000 mg)

  • 26

    Dose peditrica (10/22) x (2000 mg)

    Dose peditrica 0,45454 x (2000 mg)

    Dose peditrica 909,0909 = 910 mg

    Dose peditrica = (10/10+12) X 2000mg

    Dose peditrica = 910 mg dia.

    Se a administrao feita cada 8 horas a criana deve tomar 304mg(6 ml) de 8 em 8

    horas.

    8. USO DE MEDICAMENTOS EM SADE BUCAL NO MBITO DA SMS-SP

    De forma a orientar o uso de medicamentos em sade bucal no mbito das

    Unidades de Sade da Secretaria Municipal de Sade de So Paulo SMS-SP

    apresenta-se a seguir um quadro com algumas especialidades farmacuticas usadas

    rotineiramente em odontologia com suas respectivas dosagens:

    ESPECIALIDADE

    FARMACUTICA

    FORMA DE APRESENTAO DOSE DIRIA DOSE MXIMA DIARIA

    Amoxicilina

    Susp. oral. 250 mg /5ml e

    20-50mg/kg

    mx 2gr/dia 125 mg/5ml

    cps gelatinosas 250 e 500

    mg

    Comp 875 mg 1.750 mg/dia mx 3gr/dia

    Cefalexina

    Sol. oral 100mg/ml. 25-100mg/kg peso

    mx 100 mg/kg

    peso/dia Susp. oral 250mg/5 ml . 25 a 50mg/kg peso

    Cps 500mg; 1.500mg/dia mx 4 a 6 gr/dia

    Claritromicina

    Susp. oral. 250 mg /5ml e 7,5 mg/kg peso

    125 mg/5ml 500 mg /dia mx 2 gr/dia

    Comp 500 mg

    Azitromicina Suspenso oral 200 mg/5 ml 10 mg/kg peso mx 1 gr /dia

    Comp 500 mg

    Metronidazol

    Comp 250 mg 750 mg/dia

    mx 4 gr/dia Comp 400 mg 800 mg/dia

    Doxyciclina

    Drgeas 100 mg

    100mg/dia

    at 4mg/kg peso/dia Comp 100 mg

  • 27

    ESPECIALIDADE

    FARMACUTICA

    FORMA DE APRESENTAO DOSE DIRIA DOSE MXIMA DIARIA

    Paracetamol

    Sol. oral ( 1 gota = 5 ou10

    mg)

    12 anos 4g/dia dose max.

    Diclofenaco

    potssico

    Sol. oral 15mg/ml

    2-3mg/kg

    mx 150 a 200 mg /dia Comp. 25 a 50 mg

    As prescries em sade bucal no mbito dos servios da SMS-SP devem

    preferencialmente ser orientadas pela Relao Municipal de Medicamentos

    REMUME da Secretaria Municipal de Sade de So Paulo. Segue em anexo a relao

    de medicamentos da REMUME de uso em sade bucal.

    9. CONSIDERAES FINAIS

    Considerando os aspectos ticos e legais que regem o exerccio da prtica

    odontolgica em que se inclui a prescrio de medicamentos, pode-se afirmar que o

    cirurgio dentista dever prescrever medicamentos exclusivamente para uso

    odontolgico a pacientes sob a sua responsabilidade profissional.

    Est vetada a prescrio de medicamentos que no se apliquem sua prtica

    profissional.

    10. BIBLIOGRAFIA:

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    formato do arquivo: pdf/Adobe Acrobat. Disponvel em http://cfo.org.br/todas-as-

    noticias/noticias/publicada-no-diario-oficial-da-uniao-a-resolucao-que-regulamenta-o-uso-das-

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    Conselho Federal de Odontologia Resoluo CFO. CFO 22 /2001. Baixa Normas sobre

    anncio e exerccio das especialidades. odontolgicas e sobre cursos de especializao

    revogando as redaes. Formato do arquivo: Microsoft Word. Disponvel em www.puricelli-

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    Secretaria Municipal da Sade de So Paulo SMS-SP. Legislao Municipal. Portaria SMS.G

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    Secretaria Municipal de Sade de So Paulo SMS - SP Centro de Informaes sobre

    Medicamentos da rea Temtica de Assistncia Farmacutica - COgest. Medicamentos orais

    para urgncias hipertensivas ambulatoriais. 2004

    Secretaria Municipal de Sade de So Paulo SMS-SP Relao Municipal de Medicamentos.

    REMUME. Disponvel em

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    Verri RA; Vergai AS; Lima EAP. Emergncia Mdicas na Prtica Dental: Preveno,

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    Wannmacher L; Ferreira MBC. Farmacologia Clnica para Dentistas. Guanabara Koogan, 3

    Ed; Rio de Janeiro, 2007.

  • 32

    ANEXOS

  • 33

    SECRETARIA MUNICIPAL DE SADE

    COORDENADORIA REGIONAL DE SADE ......

    RECEITURIO

    1 e 2 via

    NOME:

    So Paulo _____/______/_____

    Assinatura e carimbo do prescritor

    JUSTIFICATIVA-COD (Prescritor, preecha este campo se a quantidade prevista for superior

    quela determinada pela Portaria ANVISA n 344/98)

    IDENTIFICAO DO PACIENTE OU RESPONSVEL (preenchido pela farmcia)

    Nome:

    Endereo:

    RG: Telefone:

    So Paulo _____/______/_____

    Assinatura e carimbo do prescritor

  • 34

    RECEITURIO SIMPLES

    (nome completo do profissional)

    Cirurgio Dentista - CRO-SP 00.000

    Rua .................., n ... Bairro ........... UF ............ fone: .................

    Para

    (o menor....; Sr. ....... Sra. ........)

    Uso interno:

    Nome do medicamento segundo Denominao Comum Brasileira (DCB).

    Exemplo: Cefalexina

    forma de apresentao. Exemplo: soluo

    Concentrao:. Exemplo:250 mg

    Quantidade a se r utilizada: Exemplo:1 frasco

    Orientao: exemplo: Utilizando o frasco medido administrar 20 ml da soluo

    a cada 8 horas por 8 dias consecutivos.

    Local:Data (dia , ms ano)

    ________________________________________

    (nome completo do profissional) CRO-SP .............

    Logo