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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LEOPOLDO Estado do Rio Grande do Sul LEI N.º 6.494, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2007. Dispõe sobre a Política Municipal Integrada de Saneamento e Gestão Ambiental e dá outras providências. ARY JOSÉ VANAZZI, Prefeito Municipal de São Leopoldo. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte, L E I POLÍTICA MUNICIPAL INTEGRADA DE SANEAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL TITULO I - DOS FUNDAMENTOS E DISPOSIÇÕES PRELIMINARES CAPÍTULO I - DAS PREMISSAS DA ORGANIZAÇÃO INTERSETORIAL Art. 1.º Esta lei institui a Política Municipal Integrada de Saneamento e Gestão Ambiental, criando o Sistema Integrado de Saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA - e estrutura o Plano Municipal de Saneamento Ambiental - PLAMASA. Art. 2.º A construção do arranjo legal tem por premissa a organização, no âmbito municipal, das políticas públicas setoriais em prol do desenvolvimento urbano e ambiental, por meio das seguintes medidas: I - a elaboração das leis complementares pertinentes ao Plano Diretor Municipal, Lei Municipal n.º 6.125, de 19 de dezembro de 2006; II - a difusão e implementação das leis federais e estaduais do saneamento básico; III - a revisão, atualização e consolidação das leis ambientais do Município. Art. 3.º A otimização, a racionalização e a cooperação são pressupostos fundamentais para assegurar a eficiência na prestação dos serviços públicos à população, bem como para diminuir o desperdício de recursos materiais e naturais. Art. 4.º A conjunção de esforços e a cooperação entre os setores do saneamento ambiental de São Leopoldo é o fundamento do atendimento dos Objetivos e Metas do Milênio, estabelecidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD. Parágrafo Único. Os Objetos e Metas do Milênio fazem parte da presente lei, constante do Anexo D. SEÇÃO I - DOS ÓRGÃOS SETORIAIS Art. 5.º São considerados como órgãos setoriais as instituições integrantes da administração direta e indireta do Município, cujas atividades estejam associadas aos serviços de saneamento, de proteção da qualidade sanitária e ambiental ou aquelas relacionadas direta ou indiretamente com o uso de recursos ambientais.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LEOPOLDOEstado do Rio Grande do Sul

LEI N.º 6.494, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2007.

Dispõe sobre a Política Municipal Integrada de Saneamento e Gestão Ambiental e dá outras providências.

ARY JOSÉ VANAZZI, Prefeito Municipal de São Leopoldo.

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte,

L E I

POLÍTICA MUNICIPAL INTEGRADADE

SANEAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL

TITULO I - DOS FUNDAMENTOS E DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I - DAS PREMISSAS DA ORGANIZAÇÃO INTERSETORIAL

Art. 1.º Esta lei institui a Política Municipal Integrada de Saneamento e Gestão Ambiental, criando o Sistema Integrado de Saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA - e estrutura o Plano Municipal de Saneamento Ambiental - PLAMASA.

Art. 2.º A construção do arranjo legal tem por premissa a organização, no âmbito municipal, das políticas públicas setoriais em prol do desenvolvimento urbano e ambiental, por meio das seguintes medidas:

I - a elaboração das leis complementares pertinentes ao Plano Diretor Municipal, Lei Municipal n.º 6.125, de 19 de dezembro de 2006;

II - a difusão e implementação das leis federais e estaduais do saneamento básico;III - a revisão, atualização e consolidação das leis ambientais do Município. Art. 3.º A otimização, a racionalização e a cooperação são pressupostos

fundamentais para assegurar a eficiência na prestação dos serviços públicos à população, bem como para diminuir o desperdício de recursos materiais e naturais.

Art. 4.º A conjunção de esforços e a cooperação entre os setores do saneamento ambiental de São Leopoldo é o fundamento do atendimento dos Objetivos e Metas do Milênio, estabelecidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD.

Parágrafo Único. Os Objetos e Metas do Milênio fazem parte da presente lei, constante do Anexo D.

SEÇÃO I - DOS ÓRGÃOS SETORIAIS

Art. 5.º São considerados como órgãos setoriais as instituições integrantes da administração direta e indireta do Município, cujas atividades estejam associadas aos serviços de saneamento, de proteção da qualidade sanitária e ambiental ou aquelas relacionadas direta ou indiretamente com o uso de recursos ambientais.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LEOPOLDOEstado do Rio Grande do Sul

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007.....................................................................................2)

Art. 6.º A efetivação da estruturação do núcleo intersetorial, que agrega os órgãos do desenvolvimento urbano, saneamento ambiental e infra-estrutura do Município, visa a assegurar a integração dos projetos e programas comuns, através de ações conjuntas e da consolidação da instância governamental.

CAPÍTULO II - DOS CONCEITOS

Art. 7.º Para os efeitos desta lei consideram-se:

I - animais autóctones como aqueles representativos da fauna nativa do Rio Grande do Sul;

II - animais silvestres como todas as espécies, terrestres ou aquáticas, representantes da fauna autóctone e migratória de uma região do país;

III - área de preservação permanente - APP - como uma faixa de preservação de vegetação, geralmente ao longo dos cursos d’água, nascentes, reservatórios e em topos e encostas de morros, destinada à manutenção da qualidade do solo, das águas e também para funcionar como “corredor de fauna”;

IV - controle de vetores como o conjunto de ações, a cargo do serviço de controle de zoonoses, que visa a eliminar, diminuir ou prevenir os riscos e agravos à saúde provocados por vetor;

V - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente;

VI - desenvolvimento sustentável como a condição de atender as necessidades de recursos da atual geração sem comprometer o direito de acesso das futuras gerações aos mesmos ou a semelhantes recursos;

VII - ecossistema como o conjunto de interações entre os seres vivos e o ambiente que caracteriza determinada área;

VIII - impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:

a) saúde, a segurança e o bem-estar da população;b) as atividades sociais e econômicas;c) a biota;d) as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;e) a qualidade dos recursos ambientais;

IX - meio ambiente como o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;

X - poluente como toda e qualquer forma de matéria ou energia que, direta ou indiretamente, cause ou possa causar poluição do meio ambiente;

XI - poluição como toda e qualquer alteração dos padrões de qualidade e da disponibilidade dos recursos ambientais e naturais, resultantes de atividades ou de qualquer forma de matéria ou energia que, direta ou indiretamente, mediata ou imediatamente:

a) prejudique a saúde, a segurança e o bem-estar das populações ou que possam vir a comprometer seus valores culturais;

b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;c) afetem desfavoravelmente a biota;d) comprometam as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;e) alterem desfavoravelmente os patrimônios genéticos, culturais, histórico,

arqueológico, paleontológico, turístico, paisagístico e artístico;f) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais

estabelecidos;

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(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007.....................................................................................3)

g) criem condições inadequadas de uso do meio ambiente para fins públicos, domésticos, agropecuários, industriais, comerciais, recreativos e outros;

XII - poluidor como a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável direta ou indiretamente por atividade causadora de poluição;

XIII - qualidade ambiental como a manutenção da adequada intensidade, concentração, quantidade e características de toda e qualquer forma de matéria e energia ou matéria presente nos recursos ambientais;

XIV - recursos ambientais como o ar atmosférico, as águas superficiais e subterrâneas, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera e os demais componentes dos ecossistemas, com todas as suas inter-relações, necessárias à manutenção do equilíbrio ecológico;

XV - salubridade ambiental como o estado de qualidade ambiental capaz de prevenir a ocorrência de doenças relacionadas ao meio ambiente e de promover o equilíbrio das condições ambientais e ecológicas que possam proporcionar o bem-estar da população;

XVI - saneamento ambiental como o conjunto de ações que visam a alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental, por meio do abastecimento de água potável, coleta e disposição sanitária de resíduos líquidos, sólidos e gasosos, promoção da disciplina sanitária do uso e ocupação do solo, prevenção e controle do excesso de ruídos, manejo de águas pluviais, controle de vetores de doenças transmissíveis e demais obras e serviços especializados;

XVII - saneamento básico como o conjunto de ações entendidas fundamentalmente como de saúde pública, compreendendo o abastecimento de água em quantidade suficiente para assegurar a higiene adequada e o conforto e com qualidade compatível com os padrões de potabilidade, coleta, tratamento e disposição adequada dos esgotos e dos resíduos sólidos, manejo de águas pluviais e controle ambiental de roedores, insetos, helmintos e outros vetores transmissores e reservatórios de doenças;

XVIII - sub-bacia hidrográfica é a parte de uma bacia hidrográfica de um rio maior, correspondente a um de seus afluentes ou tributário e seu entorno;

XIX - tratamento de esgoto como o processo ao qual o esgoto é submetido com o objetivo de eliminar seus constituintes nocivos à saúde;

XX - vetores como os seres vivos que veiculam o agente infeccioso, sendo capazes de transmiti-lo de um hospedeiro a outro;

XXI - zoonoses como as doenças transmitidas por animais ao homem e que são comuns aos homens e aos animais.

CAPÍTULO III - DO PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SANITÁRIO E AMBIENTAL

Art. 8.º O planejamento sanitário e ambiental visará ao desenvolvimento sustentado, sendo um processo dinâmico e permanente, baseado na realidade local, devendo realizar-se a partir da análise das condições do meio ambiente natural e construído e das tendências econômicas e sociais de São Leopoldo.

Art. 9.º Para atender às premissas estabelecidas no artigo anterior, o planejamento sanitário e ambiental deverá basear-se:

I - na adoção das sub-bacias hidrográficas como unidades físico-territoriais de planejamento e gerenciamento ambiental;

II - no diagnóstico sanitário e ambiental, considerado a partir das condições dos recursos ambientais e da qualidade ambiental, incluindo-se o grau de degradação dos recursos naturais, das fontes poluidoras e do uso do solo no território do Município e das características de desenvolvimento sócio-econômico;

III - na avaliação da capacidade de suporte dos ecossistemas, indicando limites de absorção de impactos provocados pela instalação de atividades produtivas e de obras de infra-estrutura, bem como a capacidade de saturação resultante de todos os demais fatores naturais e antrópicos;

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IV - no zoneamento ambiental.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007.....................................................................................4)

SEÇÃO I - DA UNIDADE TERRITORIAL Art. 10. A bacia hidrográfica e as respectivas sub-bacias do rio dos Sinos são

consideradas as unidades territoriais básicas de referência e planejamento das políticas públicas dos recursos hídricos, de saneamento e de meio ambiental, no âmbito do Município de São Leopoldo.

Parágrafo Único. Para efeitos desta Lei, a bacia hidrográfica e as sub-bacias do rio dos Sinos serão consideradas como a principal referência para a definição do zoneamento ambiental do Município de São Leopoldo.

Art. 11. As unidades de planejamento, zoneamento ambiental e dos recursos hídricos estão embasadas nas 8 sub-bacias do rio dos Sinos, as quais guardam uma relação direta com as regiões do Orçamento Participativo de São Leopoldo, assim listadas:

I - Sub-Bacia do Arroio Kruze;II - Sub-Bacia do Arroio Sem Nome;III - Sub-Bacia do Arroio Peão;IV - Sub-Bacia do Arroio Gauchinho;V - Sub-Bacia do Arroio Cerquinha;VI - Sub-Bacia do Arroio da Manteiga;VII - Sub-Bacia do Arroio Portão-Bopp;VIII - Sub-Bacia do Arroio João Corrêa.

SEÇÃO II - DA GESTÃO MUNICIPAL DOS RECURSOS HÍDRICOS

Art. 12. O Poder Público Municipal desenvolverá e implantará o Plano Municipal de Gestão Integrada das Sub-Bacias dos Arroios do Rio dos Sinos, com o objetivo de promover o planejamento e o zoneamento ambiental na bacia do rio dos Sinos.

Art. 13. A gestão municipal dos recursos hídricos será efetuada em parceria com o Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico do Rio dos Sinos - PRÓ-SINOS - e em consonância com as diretrizes do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrografia do Rio dos Sinos - COMITESINOS, integrante do Sistema Estadual de Recursos Hídricos, congregando usuários de água, representantes governamentais e de entidades atuantes na respectiva bacia.

Parágrafo Único. O Cadastro de Informações Hidrológicas - CIHIDRO - é um mecanismo destinado a auxiliar e subsidiar a implantação do Plano Municipal Integrado das Sub-bacias do Rio dos Sinos.

SEÇÃO III - DO ZONEAMENTO AMBIENTAL

Art. 14. Zoneamento ambiental consiste na definição de áreas do território do município, fixando regras de ordenamento do território, de modo a regular atividades, articulada e integrada com a sustentabilidade do desenvolvimento urbano e ambiental de São Leopoldo, tendo como referência as características dos ambientes naturais.

Parágrafo Único. O zoneamento ambiental deverá ter ações que priorizarão a proteção e a qualidade do ambiente, considerando as características e/ou os tributos das áreas.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LEOPOLDOEstado do Rio Grande do Sul

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007.....................................................................................5)

CAPÍTULO IV - DA PREVALÊNCIA GERAL

Art. 15. A política intersetorial e o sistema integrado dispostos na presente lei têm como princípio geral a transversalidade nas ações do governo municipal, com base na gestão integrada, prevalecendo as atribuições legais de cada órgão setorial, ficando, entretanto, respeitadas, no que e onde couber, as respectivas autonomias administrativa, financeira e política.

TÍTULO II - DA POLÍTICA MUNICIPAL DE SANEAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL

CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS, OBJETIVOS E DIRETRIZES

Art. 16. Para a estruturação da Política Municipal de Saneamento e Gestão Ambiental serão observados os seguintes princípios:

I - a prevalência do interesse público;II - a participação efetiva da sociedade nos processos de decisão e na defesa do

meio ambiente;III - a promoção do desenvolvimento ecologicamente sustentável, socialmente justo

e economicamente equilibrado;IV - a responsabilidade socioambiental compartilhada, fundamentada no artigo 225

da Constituição Federal de 1988;V - a educação ambiental como mobilizadora da sociedade;VI - a multidisciplinariedade e a transdisciplinariedade no trato das questões

socioambientais;VII - o incentivo à pesquisa científica e tecnológica direcionada para o uso,

proteção, monitoramento, preservação e recuperação dos recursos ambientais e dos níveis adequados de salubridade ambiental;

VIII - o respeito à capacidade de pagamento dos usuários na remuneração dos investimentos e dos custos de operação e manutenção do Sistema Municipal Integrado de Saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA;

IX - mitigação e minimização dos impactos ambientais;X - a recuperação e/ou compensação do dano ambiental.

Art. 17. São objetivos da Política Municipal de Saneamento e Gestão Ambiental:

I - proteger a saúde pública e a qualidade do meio ambiente;II - preservar e assegurar a utilização sustentável dos recursos naturais;III - disciplinar o uso e exploração dos recursos hídricos;IV - incentivar a produção e o desenvolvimento de tecnologias ambientalmente

limpas;V - combater à desigualdade socioambiental e seus efeitos prejudiciais à qualidade

de vida e à qualidade ambiental da cidade e de seus recursos naturais;VI - gerar benefícios ambientais, sociais e econômicos por meio dos serviços e

atividades que compõem a gestão do meio ambiente e saneamento;VII - universalizar os serviços de saneamento ambiental.

Art. 18. São diretrizes da Política Municipal de Saneamento e Gestão Ambiental:

I - a integração das ações de governo nas áreas de meio ambiente, saneamento, recursos hídricos, saúde pública, desenvolvimento urbano e inclusão social;

II - a integração com as políticas de meio ambiente e saneamento nas esferas de competência da União, do Estado e dos demais municípios e com as demais ações do governo;

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LEOPOLDOEstado do Rio Grande do Sul

III - a melhoria contínua da qualidade ambiental;IV - adoção de um processo contínuo de desenvolvimento, aperfeiçoamento e

revisão da legislação ambiental aplicada ao meio ambiente e ao saneamento;

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007.....................................................................................6)

V - a utilização de recursos financeiros administrados pelo município que se fará segundo critérios de melhoria da saúde pública e do meio ambiente;

CAPÍTULO II - DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MUNICIPAL DE SANEAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL

Art. 19. São instrumentos da Política Municipal de Saneamento e Gestão Ambiental:

I - o Plano Municipal de Gestão Integrada de Saneamento Ambiental - PLAMASA;II - o Plano Municipal de Gestão Integrada das Sub-Bacias do Rio dos Sinos;III - o controle ambiental integrado e a adequação de atividades efetiva ou

potencialmente degradadoras ou poluidoras, englobando o licenciamento ambiental de impacto local, a fiscalização sanitária e ambiental e seus procedimentos das penalidades administrativas;

IV - a política municipal de regularização fundiária sustentável;V - a gestão unificada em Educação Ambiental - Programa Municipal de Educação

Ambiental - PROMEA; Centro Permanente De Educação Ambiental - CEPEA - e o Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA;

VI - o estabelecimento de normas, padrões, critérios e parâmetros de qualidade ambiental;

VII - o Relatório Municipal de Qualidade Ambiental - RMQA;VIII - os diagnósticos ambientais;IX - o Plano Diretor Municipal - PDM, Lei Municipal n.º 6.125, de 19 de dezembro

de 2006, as leis de parcelamento, uso e ocupação do solo e demais instrumentos de controle do desenvolvimento urbano;

X - a avaliação de impactos ambientais e as análises de riscos;XI - as auditorias ambientais e audiências públicas;XII - os incentivos à criação ou absorção e desenvolvimento de novas tecnologias

voltadas à melhoria da qualidade e salubridade ambiental;XIII - a estruturação das Unidades de Conservação Municipais;XIV - o cadastro técnico de atividades e o Sistema de Informações Ambientais,

unificado com o cadastro multifinalitário previsto no Plano Diretor Municipal - PDM, Lei Municipal n.º 6.125, de 19 de dezembro de 2006;

XV - a prestação de informações relativas ao saneamento ambiental;XVI - a adoção de critérios e indicadores de sustentabilidade para seleção de

empresas e prestadores de serviços, nas aquisições e contratações do Poder Público Municipal - Licitação Sustentável, englobando o uso apenas de madeira legal;

XVII - os acordos, convênios, consórcios e outros mecanismos associados de gerenciamento de recursos ambientais;

XVIII - o turismo sustentável - PRÓ-ECOTURISMO;XIX - o Código Municipal de Meio Ambiente e Zoneamento Ambiental;XX - o Conselho Municipal de Saneamento e Meio Ambiente - COMDEMA;XXI - o Fundo Municipal do Meio Ambiente - FUNDEMA;XXII - a Conferência Municipal de Meio Ambiente e Saneamento.

CAPÍTULO III - DO DIREITO À SALUBRIDADE AMBIENTAL

Art. 20. Todos têm direito à vida, saúde, moradia higiênica e digna, em ambiente salubre, cuja promoção e preservação é dever do Poder Público Municipal e da coletividade.

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§ 1.º É obrigação do Poder Público Municipal promover a salubridade ambiental, especialmente mediante políticas, ações e a provisão universal e equânime dos serviços públicos necessários.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007.....................................................................................7)

§ 2.º O órgão de fiscalização sanitária abrangerá especialmente a higiene e limpeza das vias públicas, das habitações particulares e coletivas, da alimentação, incluindo todos os estabelecimentos que fabriquem ou vendam bebidas e produtos alimentícios, bem como os estábulos, cocheiras e pocilgas e demais ambientes de criação agropecuária.

Art. 21. É garantido a todos o direito a níveis adequados e crescentes de salubridade ambiental e de exigir dos responsáveis medidas preventivas, mitigadoras, compensatórias ou reparadoras em face de atividades prejudiciais ou potencialmente prejudiciais à salubridade ambiental.

CAPÍTULO IV - DO INTERESSE LOCAL

Art. 22. Para o cumprimento do disposto no artigo 30 da Constituição Federal de 1988, no que concerne ao meio ambiente e saneamento, considera-se como de interesse local:

I - o incentivo à adoção de posturas e práticas sociais e econômicas ambientalmente sustentáveis;

II - a adequação das atividades e ações econômicas, sociais, culturais, urbanas e do Poder Público Municipal às imposições do equilíbrio ambiental;

III - a busca permanente de soluções negociadas e de consenso entre o Poder Público Municipal, a iniciativa privada e sociedade civil para a redução dos impactos ambientais;

IV - a adoção no processo de planejamento, de normas relativas ao desenvolvimento urbano e econômico que priorizem a proteção ambiental, a utilização adequada do espaço territorial e dos recursos naturais e que possibilitem novas oportunidades de geração de emprego e renda;

V - a ação na defesa, preservação e conservação ambiental no âmbito regional e dos demais municípios vizinhos, mediante convênios e consórcios;

VI - a defesa, preservação e conservação de áreas de interesse ambiental, definidas em legislação municipal complementar;

VII - o licenciamento e fiscalização ambiental com o controle das atividades potencial ou efetivamente degradadoras e poluidoras;

VIII - a melhoria constante da qualidade do ar, da água, do solo, da paisagem e dos níveis de ruído e vibrações, mantendo-os dentro dos padrões técnicos estabelecidos pelas legislações de controle de poluição ambiental federal, estadual e municipal, no que couber;

IX - a coleta, o transporte, a reciclagem, o tratamento e a disposição final dos resíduos sólidos;

X - a captação, o tratamento e a distribuição de água, assim como o monitoramento de sua qualidade;

XI - a coleta, transporte e o tratamento de esgotos, além da disposição adequada dos subprodutos gerados neste processo;

XII - o reaproveitamento de efluentes industriais e águas servidas destinados a quaisquer atividades;

XIII - a drenagem e a destinação final das águas pluviais;XIV - o cumprimento de normas de segurança no tocante à manipulação,

armazenagem e transporte de produtos, substâncias, materiais e resíduos perigosos ou tóxicos;XV - a conservação, preservação e recuperação das nascentes, dos cursos d’água,

matas ciliares, áreas florestadas, banhados, encostas e topos de morros;

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XVI - a garantia de crescentes níveis de salubridade ambiental, através do provimento de infra-estrutura sanitária e de condições de salubridade das edificações, ruas e logradouros públicos;

XVII - monitoramento de águas subterrâneas visando à manutenção dos recursos hídricos para as atuais e futuras gerações.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007.....................................................................................8)

CAPÍTULO V - DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO

Art. 23. Ao município de São Leopoldo, no exercício de sua competência constitucional, cabe mobilizar e coordenar ações, recursos humanos, financeiros, materiais, técnicos e científicos e a participação da população na execução dos objetivos e interesses estabelecidos nessa lei.

Parágrafo Único. A competência do Município para atuar na gestão do saneamento e/ou do meio ambiente esta assegurada pela legislação nacional e estadual, especialmente pelas leis que estabelecem o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA - e o Sistema Estadual de Saneamento - SESAN.

TÍTULO III - DO SISTEMA MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL - SINGEA

CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO E FINALIDADE

Art. 24. Para organizar e coordenar os projetos, programas e ações comuns em saneamento e meio ambiente fica instituído o Sistema Municipal Integrado de Saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA.

§ 1.º O Sistema Municipal Integrado de Saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA - propõe-se organizar um conjunto de iniciativas institucionais que, respeitadas as respectivas competências, atribuições, prerrogativas e funções, integram-se, de modo articulado e cooperativo, para a formulação e viabilização de projetos e programas comuns, materializados através da execução de ações conjuntas em saneamento e meio ambiente;

§ 2.º A atuação articulada e cooperativa do Sistema Municipal Integrado de Saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA - voltar-se-á para viabilizar, a toda população, níveis crescentes de qualidade e salubridade ambiental, tendo o compromisso de defender, proteger e conservar os recursos naturais para o benefício das gerações atuais e futuras.

Art. 25. Fica definido o Conselho Municipal de Saneamento e Meio Ambiente - COMDEMA - como o órgão colegiado e externo, de caráter consultivo e deliberativo, com atuação proponente e fiscalizadora dos projetos, programas e ações comuns articuladas pelo Sistema Municipal Integrado de Saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA.

Art. 26. Os titulares dos serviços públicos de saneamento básico do Município poderão delegar a organização, a regulação, a fiscalização e a prestação desses serviços, nos termos da legislação vigente, em especial a Lei n. o 11.107, de 06 de abril de 2005 .

Art. 27. Os serviços públicos de saneamento básico, prestados direta ou indiretamente pelos órgãos da Prefeitura Municipal de São Leopoldo, serão regulados em conformidade com as disposições da Lei n.o 11.445, de 05 de janeiro de 2007 e suas respectivas normas regulamentadoras.

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CAPÍTULO II - DAS ATRIBUIÇÕES, COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA

SEÇÃO I - DA COMPETÊNCIA DOS ÓRGÃOS GESTORES CENTRAIS

Art. 28. Para o cumprimento do estabelecido nesta lei, são atribuições do órgão ambiental do município, no âmbito de sua competência:

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007.....................................................................................9)

I - propor, executar e coordenar, direta ou indiretamente, a Política Ambiental do Município de São Leopoldo;

II - projetar, executar, operar e manter os serviços de coleta, tratamento e disposição final de resíduos sólidos, inclusive a varrição e limpeza manual de vias e logradouros públicos;

III - estabelecer normas para a exploração, preservação e o uso de qualquer natureza dos recursos hídricos;

IV - estabelecer normas, critérios e padrões de qualidade ambiental e emissão de poluentes relativos à poluição atmosférica, hídrica, sonora, visual e do solo;

V - realizar o licenciamento ambiental das atividades potencialmente poluidoras, controlar sua instalação e funcionamento, exercer o controle e a fiscalização;

VI - licenciar cortes, podas e plantios de árvores em áreas públicas e privadas;VII - desenvolver atividades de fomento da melhoria contínua da qualidade e

salubridade ambiental;VIII - acionar órgãos estaduais ou federais de controle ambiental quando for

necessário, bem como o Ministério Público;IX - regular o uso, manejo e preservação dos recursos naturais e estabelecer

normas e regulamentos para a gestão das unidades de conservação e outras áreas protegidas;X - participar da elaboração e revisão de Planos Diretores relacionados à sua esfera

de competência;XI - participar dos programas de construção de moradias, melhoria das condições

habitacionais e definir critérios de saneamento básico;XII - promover a conscientização para a proteção do meio ambiente e da qualidade

de vida, através da educação ambiental;XIII - estimular a participação comunitária no planejamento, implementação e

vigilância das atividades que visem à proteção, recuperação e melhoria da qualidade ambiental;XIV - incentivar o desenvolvimento, a criação, a absorção e a difusão de tecnologias

compatíveis com a melhoria da qualidade ambiental;XV - solicitar auditorias ambientais e audiências ambientais;XVI - gerenciar os recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente - FUNDEMA;XVII - celebrar convênios, contratos ou acordos específicos com entidades públicas

ou privadas para desenvolver as atividades sob sua responsabilidade de maneira a atender às demandas da comunidade;

XVIII - incentivar, colaborar e participar de estudos e planos de ações de interesse ambiental em nível Federal, Estadual e Regional, através de ações comuns, convênios e consórcios;

XX - aplicar as penalidades previstas nesta Lei e em seus regulamentos.

Art. 29. Para o cumprimento do estabelecido nesta lei, compete ao Serviço Municipal de Água e Esgotos - SEMAE, conforme Lei Municipal n.º 1.648, de 31 de dezembro de 1971 e alterações:

I - planejar, executar, operar e manter os serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário;

II - promover pesquisas e estudos sobre a ampliação da produção e reservação de água e de redes para sua distribuição, tratamento de esgoto e de redes para sua coleta, bem como para drenagem de águas;

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LEOPOLDOEstado do Rio Grande do Sul

III - fiscalizar projetos, de acordo com critérios técnicos, de instalações hidráulicas e sanitárias dos imóveis;

IV - incentivar, colaborar e participar de estudos e planos de ações de saneamento ambiental em nível Federal, Estadual e Regional, através de ações comuns, convênios e consórcios;

V - desenvolver atividades de apoio à melhoria contínua da qualidade e salubridade ambiental, desde que de interesse social;

VI - coordenar a elaboração e revisão de Planos Diretores relacionados a sua esfera de competência;

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................10)

VII - celebrar convênios, contratos ou acordos específicos com entidades públicas ou privadas para desenvolver as atividades sob sua responsabilidade de maneira a atender às demandas da comunidade;

Art. 30. O Sistema Municipal Integrado de Saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA - será composto, prioritariamente, pelos órgãos da administração direta e indireta com atuação correlata às áreas de saneamento ou meio ambiente:

SEÇÃO II - DA COORDENAÇÃO DO SISTEMA MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL - SINGEA

Art. 31. A coordenação do Sistema Municipal Integrado de saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA - será integrada pelos órgãos afins: Serviço Municipal de Água e Esgotos - SEMAE, órgão ambiental do município, Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação SEPLAN, Secretaria Municipal da Habitação - SEMHAB, Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer - SMED, Secretaria Municipal da Saúde - SEMSAD, Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico e Social - SEMEDES, Secretaria Municipal de Segurança Pública - SEMUSP, Secretaria Municipal de Obras Viárias e Serviços - SEMOV, Secretaria Municipal do Orçamento Participativo - SECOP - e pela Procuradoria Geral do Município - PGM, divididos em órgãos gestores e órgãos co-gestores do Sistema Integrado de saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA:

Parágrafo Único. A execução da coordenação da ação governamental visa articular e ordenar as diversas iniciativas dos demais órgãos da administração direta e indireta, garantindo a transversalidade e unidade dos projetos e programas a serem implantados pela Prefeitura Municipal;

Art. 32. Caberá ao órgão ambiental do município e ao Serviço Municipal de Água e Esgotos - SEMAE - a tarefa de gestores da coordenação do Sistema Municipal Integrado de Saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA.

I - o órgão ambiental do município, como órgão central, técnico, de planejamento e execução da política de meio ambiente, recursos hídricos e de resíduos sólidos;

II - o Serviço Municipal de Água e Esgotos - SEMAE, como órgão central, técnico, de planejamento e execução da política de abastecimento de água e esgotos;

Art. 33. As Secretarias Municipais de Planejamento e Coordenação - SEPLAN, de Habitação - SEMHAB, da Saúde - SEMSAD, de Educação, Espore e Lazer - SMED, de Segurança Pública - SEMUSP, de Desenvolvimento Econômico e Social - SEMEDES, de Obras Viárias e Serviços – SEMOV, Secretaria Municipal do Orçamento Participativo - SECOP - e pela Procuradoria Geral do Município - PGM são os órgãos setoriais co-gestores do Sistema Integrado de saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA.

SEÇÃO III - DA REPRESENTAÇÃO ESTADUAL E NACIONAL DOS ÓRGÃOS GESTORES CENTRAIS

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Art. 34. O órgão ambiental do município é o órgão responsável pelo meio ambiente em São Leopoldo.

Art. 35. O Serviço Municipal de Água e Esgotos - SEMAE, criado pela Lei Municipal n.º 1.648, de 31 de dezembro de 1971 e alterações, é o órgão central do saneamento do município.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................11)

SEÇÃO IV - DOS PLANOS E DAS AÇÕES SETORIAIS INTEGRADAS

Art. 36. Cabe prioritariamente ao órgão ambiental do município e ao Serviço Municipal de Água e Esgotos - SEMAE - a coordenação do processo de elaboração e revisão do primeiro Plano Municipal de Gestão Integrada de Saneamento Ambiental - PLAMASA, com a participação da comunidade, sendo obrigatória e realização de consulta pública, audiência pública e aprovação do Conselho Municipal de Saneamento e Meio Ambiente - COMDEMA.

Art. 37. Cabe prioritariamente à Secretaria Municipal de Saúde - SEMSAD, órgão municipal titular do SUS - Sistema Único de Saúde, a coordenação, no âmbito do município, além de suas atribuições inerentes, de vigilância sanitária, educação sanitária, epidemiológica, toxicológica, farmacológica e de promover estudos e pesquisas sobre a nosologia municipal, do processo de elaboração do primeiro Plano Municipal de Controle de Vetores - PMCV, incluindo os animais considerados errantes domésticos.

Parágrafo Único. Para o exercício das atribuições do caput deste artigo, compete também à Secretaria Municipal de Saúde - SEMSAD - o poder de polícia administrativa nas matérias de interesse local, tais como proteção à saúde, aí incluídas a vigilância e a fiscalização sanitárias, à higiene e a realização de ações integradas de proteção ao meio ambiente, bem como dispor sobre as penalidades por infração às leis e regulamentos locais.

Art. 38. Cabe prioritariamente à Secretaria Municipal do Planejamento - SEPLAN - a coordenação do processo de elaboração das leis complementares estabelecidas pelo novo Plano Diretor Municipal, Lei Municipal n.º 6.125, de 19 de dezembro de 2006, especialmente os planos setoriais e os códigos municipais.

Art. 39. Cabe prioritariamente à Secretaria Municipal da Educação - SMED - a coordenação da mobilização dos órgãos componentes do Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA, visando a assegurar a elaboração do Programa Municipal de Educação Ambiental - PROMEA, bem como a implantação do Centro Permanente de Educação Ambiental - CEPEA.

Art. 40. Cabe prioritariamente à Secretaria Municipal da Segurança Pública - SEMUSP - a implementação do Plano Municipal de Segurança Pública, destacando-se as atividades da Guarda Municipal, especialmente o policiamento ambiental, protegendo os patrimônios ecológicos, culturais, arquitetônicos e ambientais do município.

Art. 41. Cabe prioritariamente à Secretaria Municipal da Habitação - SEMHAB - a formulação, coordenação e execução dos programas de regularização fundiária, urbanização de vilas, bairros e melhorias das unidades habitacionais, bem como dos reassentamentos de moradores de áreas de risco.

Parágrafo Único. O órgão habitacional do Município coordenará e dará atenção especial à elaboração do Plano Municipal de Regularização Fundiária Sustentável, com base nas Resoluções do e nas oito sub-bacias hidrográficas do Município.

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Art. 42. Cabe prioritariamente à Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico e Social - SEMEDES - a coordenação da elaboração do Plano Municipal de Turismo, destacando o Programa de Turismo Sustentável - PRÓ-ECOTURISMO, vinculados à política municipal de desenvolvimento econômico e social.

Parágrafo Único. O órgão municipal de desenvolvimento atuará também, em conjunto com as secretarias afins, na concepção e implementação dos projetos e programas socioambientais que visam à geração de trabalho e renda.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................11)

Art. 43. Cabe prioritariamente à Secretaria Municipal de Obras Viárias e Serviços - SEMOV - a coordenação dos serviços de manutenção e conservação de praças, canteiro e jardins, bem com da conservação e pavimentação de vias públicas.

§ 1.º A Secretaria Municipal de Obras Viárias e Serviços - SEMOV, de forma articulada ao Serviço Municipal de Água e Esgotos - SEMAE, promoverá a elaboração e execução dos projetos e dos planos de intervenção em drenagem urbana em São Leopoldo.

§ 2.º O órgão ambiental do município promoverá a fiscalização do manejo de águas pluviais.

Art. 44. Cabe prioritariamente à Secretaria Municipal do Orçamento Participativo - SECOP - a integração das relações comunitárias dos diversos órgãos governamentais, com vistas à transversalidade das políticas públicas, principalmente a coordenação do Fórum de Serviços.

Art. 45. Cabe prioritariamente à Assessoria Jurídica do Município a coordenação do auxílio jurídico às questões do desenvolvimento urbano e ambiental, especialmente no aspecto do controle e fiscalização, como também na elaboração dos planos setoriais e dos códigos municipais, além da avaliação de procedimentos referentes ao patrimônio imóvel do município, incluindo as praças, as áreas verdes, as áreas de preservação permanente e os demais locais passíveis de resguardo ambiental.

CAPÍTULO III - PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE SANEAMENTO AMBIENTAL

Art. 46. O Plano Municipal de Gestão Integrada de Saneamento Ambiental - PLAMASA - orientar-se-á pelas disposições da Lei n.º 11.445, de 05 de janeiro de 2007, que estabelece as Diretrizes Nacionais do Saneamento Básico, tendo por finalidade assegurar a proteção da saúde da população e a salubridade do meio ambiente urbano, além de disciplinar a organização do planejamento e a execução das ações, obras e dos serviços de saneamento ambiental do município.

Art. 47. Compete ao município de São Leopoldo a gestão, a organização e a prestação direta ou indireta dos serviços de saneamento ambiental, podendo efetivá-las mediante convênio de cooperação com instituições da administração direta ou indireta de outros entes públicos ou, ainda, organizações sociais legalmente constituídas, ou em regime de concessão ou permissão.

SEÇÃO I - DAS DIRETRIZES SETORIAIS DO SANEAMENTO AMBIENTAL

Art. 48. O Plano Municipal de Gestão Integrada de Saneamento Ambiental - PLAMASA - contemplará os setores de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos, manejo de águas pluviais, englobando a macro e a micro drenagem urbana, o controle vetores e zoonoses.

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SUBSEÇÃO I - DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Art. 49. São diretrizes relativas ao abastecimento de água:

I - revisar e atualizar o Plano Diretor de Saneamento do São Leopoldo - PDS - visando a assegurar o abastecimento de água a toda a população com qualidade compatível com os padrões de potabilidade e em quantidade suficiente para a garantia de suas condições de saúde e conforto;(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................13)

II - desenvolver ações para garantir a preservação dos mananciais de abastecimento de água;

III - assegurar o equacionamento dos problemas de ausência e de intermitência no abastecimento de água, especialmente nas áreas de urbanização precária;

IV - garantir que os problemas de ausência ou precariedade das instalações extra-domiciliares de abastecimento de água não sejam responsáveis pela ineficiência do sistema de abastecimento e pelo comprometimento das condições de saúde da população;

V - preservar e recuperar, fontes e nascentes situadas em áreas públicas, como forma de garantir à população o uso desse recurso hídrico com qualidade adequada;

VI - promover a educação sanitária como instrumento de conscientização da população sobre a correta utilização das instalações domiciliares de água e sobre os procedimentos para evitar desperdícios e para assegurar o uso sustentável do recurso natural;

VII - sensibilizar a população sobre as diferenças entre uso abusivo de água, assim entendido como o uso consciente de água tratada para usos menos nobres, e o mau uso, compreendido como a utilização inconsciente e inconseqüente do recurso hídrico, além da importância de se evitar tais atitudes.

SUBSEÇÃO II - DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Art. 50. São diretrizes relativas ao esgotamento sanitário:I - revisar e atualizar o Plano Diretor de Saneamento de São Leopoldo - PDS -

objetivando garantir a toda a população a coleta, a interceptação, o tratamento e a disposição adequada dos esgotos sanitários, como forma de assegurar a saúde pública e a qualidade ambiental dos recursos naturais;

II - assegurar a adoção de tecnologias alternativas em situações que apresentem dificuldades para o atendimento, especialmente nas áreas de urbanização precária;

III - estabelecer medidas que garantam a manutenção do sistema de esgotamento sanitário em áreas de urbanização precária, especialmente em vilas e favelas;

IV - incrementar o trabalho de mobilização social e vigilância sanitária, objetivando convencer a população da importância da adesão ao sistema oficial de esgotamento sanitário;

V - garantir que os equipamentos destinados à coleta dos esgotos sanitários tenham sua integridade física e operacional assegurada, tendo em vista o lançamento indevido de águas pluviais e resíduos sólidos no sistema de esgotamento;

VI - priorizar a ampliação da infra-estrutura de interceptores de esgoto nas sub-bacias onde o índice de cobertura por rede coletora seja satisfatório, conforme normas do Plano Diretor de Saneamento de São Leopoldo - PDS;

VII - garantir que a instalação dos sistemas de coleta, a interceptação e o tratamento dos esgotos sanitários tenham seu impacto ambiental mitigado, requerendo mínimas intervenções para urbanização prévia das calhas dos corpos hídricos, a fim de que sejam mantidas as áreas de preservação permanentes dos cursos d’água;

VIII - assegurar a crescente descontaminação das águas pelos esgotos sanitários, em consonância com as classes de enquadramento legalmente definidas;

IX - assegurar o equacionamento dos problemas de ausência e inadequação do sistema de coleta de esgotos sanitários, especialmente nas áreas de urbanização precária;

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X - garantir que os problemas de ausência ou precariedade das instalações extra-domiciliares de esgoto não sejam responsáveis pela ineficiência do sistema de esgotamento sanitário, pela contaminação dos recursos hídricos e pelo comprometimento das condições de saúde;

XI - promover a educação sanitária e ambiental como instrumento de conscientização da população sobre a correta destinação dos esgotos sanitários, seja por meio da rede oficial de coleta ou de métodos alternativos, e sobre os procedimentos para evitar a contaminação dos solos e dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................14)

SUBSEÇÃO III - DO MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Art. 51. São diretrizes relativas ao manejo dos resíduos sólidos:I - elaborar e implementar o Plano Diretor de Resíduos Sólidos de São Leopoldo -

PLANRESOL - visando a garantir o manejo adequado, por parte de toda população, do ponto de vista sanitário e ambiental, dos resíduos sólidos, para proteger a saúde e o bem-estar público;

II - articular, potencializar e promover ações de prevenção da poluição, para reduzir ou eliminar a geração de resíduos sólidos na fonte;

III - promover e assegurar ações de redução, reutilização, reciclagem, recuperação, coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos e seus subprodutos, considerando a utilização adequada dos recursos naturais;

IV - incentivar pesquisas de tecnologias limpas e a incorporação de novas tecnologias de produção, para reduzir a geração de resíduos sólidos, os seus impactos ambientais negativos e a sua periculosidade para a saúde;

V - complementar e consolidar a descentralização das atividades de limpeza urbana, particularmente no que concerne às unidades de recepção, triagem e reprocessamento de resíduos recicláveis, e de tratamento e destinação final dos resíduos não recicláveis;

VI - promover a divulgação de informações sobre as características e os impactos ambientais de produtos e serviços;

VII - promover e exigir, a partir da definição de responsabilidades, a recuperação das áreas degradadas ou contaminadas devido à ocorrência de acidentes ambientais ou ao manejo inadequado dos resíduos sólidos;

VIII - incentivar ações direcionadas à criação de mercados locais para materiais recicláveis e reciclados;

IX - minimizar o uso de materiais descartáveis e priorizar o consumo, pelas entidades públicas municipais, de produtos originados total ou parcialmente de material reciclado;

X - incentivar ações direcionadas à criação de centrais integradas de tratamento de resíduos sólidos industriais e de unidades de saúde;

XI - apoiar a formação de cooperativas de trabalho para a realização da coleta e a comercialização de materiais recicláveis;

XII - promover a educação ambiental da população em geral, potencializando o Programa de Educação Ambiental - PROMEA, coordenado pelo Órgão Gestor de Educação Ambiental - OGEA, particularmente nas escolas, por meio do ensino do manejo adequado dos resíduos sólidos.

Art. 52. O Plano Diretor de Resíduos Sólidos de São Leopoldo - PLANRESOL - terá uma abordagem integrada e orientar-se-á pelas seguintes diretrizes:

I - potencializar os dados e as informações contidas no Cadastramento dos Geradores, conforme Programa de Gerenciamento Interno de Resíduos Sólidos - PRÓ-GIRS, subsidiado pelo Diagnóstico Situacional de Resíduos Sólidos do Município;

II - desenvolver a gestão integrada dos resíduos sólidos gerados no município de São Leopoldo, enfocando a educação socioambiental, visando à redução, à reutilização e à reciclagem;

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III - considerar as disposições da Política Nacional de Resíduos Sólidos como instrumento de desenvolvimento econômico, social e ambiental, devendo ser implementada pelo respectivo gerador, incluindo a logística reversa, com o objetivo de:

a) promover ações para garantir que o fluxo dos resíduos sólidos gerados seja direcionado para a sua cadeia produtiva ou para a cadeia produtiva de outros geradores;

b) proporcionar maior incentivo à substituição dos insumos por outros que não degradem o meio ambiente;

c) estimular a produção e o consumo de produtos derivados de materiais reciclados e recicláveis.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................15)

IV - promover a integração das políticas de resíduos sólidos com todos os setores do saneamento ambiental, privilegiando soluções que apontem para uma gestão socioambiental compartilhada;

V - comprometer todos os atores envolvidos com resíduos sólidos: saúde, educação, desenvolvimento urbano, meio ambiente, saneamento, desenvolvimento social e segurança pública na sua gestão compartilhada.

VI - Intensificar a implantação do Programa de Gerenciamento Interno de Resíduos Sólidos - PRÓ-GIRS, bem como promover a organização regionalizada dos serviços do setor de resíduos sólidos e limpeza publica, tendo como base as sub-bacias hidrográficas do Rio dos Sinos.

SUBSEÇÃO IV - DA DRENAGEM URBANA

Art. 53. São diretrizes relativas à drenagem urbana: I - elaborar e implementar o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Leopoldo -

PDDU, que terá como abrangência a bacia e os banhados do rio dos Sinos no trecho de São Leopoldo, através do Sistema de Proteção às Cheias - Diques, bem como as 08 - oito - Sub-Bacias Hidrográficas listadas no artigo 11 desta lei.

II - viabilizar a toda a população o atendimento adequado por infra-estrutura de drenagem urbana, como forma de assegurar a saúde e a qualidade ambiental dos recursos naturais;

III - priorizar o equacionamento dos problemas de ausência e inadequação do sistema de drenagem urbana em situações que envolvam risco de morte e perdas materiais;

IV - privilegiar a adoção de alternativas de tratamento de calhas de corpos hídricos que provoquem o mínimo de intervenção no meio ambiente natural e assegurem as áreas de preservação permanente, e a solução das questões de risco geológico e de inundações, de acessibilidade, esgotamento sanitário e limpeza urbana;

V - articular, em conjunto com o Código Municipal de Meio Ambiente, os estudos visando ao enquadramento dos cursos de água afluentes do rio dos Sinos em São Leopoldo;

VI - viabilizar a eliminação dos lançamentos clandestinos de efluentes líquidos e dos resíduos sólidos de qualquer natureza nos sistemas de drenagem pluvial, para assegurar a qualidade da água, o controle de cheias e a saúde pública;

VII - buscar soluções que viabilizem a reabertura de canais fluviais, a partir da concepção e execução de intervenções para adequação e/ou recuperação destas galerias, assegurando também sua integração à paisagem urbana, a mitigação dos impactos ambientais e a melhoria das suas condições de manutenção;

VIII - desenvolver a educação sanitária como instrumento de conscientização da população sobre a correta destinação das águas pluviais e da preservação das áreas permeáveis;

IX - privilegiar ações que minimizem intervenções cujas implicações sejam a expansão de áreas impermeáveis.

Art. 54. O Plano Diretor de Drenagem Urbana - PDDU - de São Leopoldo observará, dentre outras diretrizes, as seguintes:

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I - a elaboração do cadastro completo dos sistemas de macro e micro drenagem, que deverá contar com mecanismos de atualização contínua e permanente;

II - a caracterização da problemática de drenagem urbana no município, enfocando os aspectos relacionados à prevenção e ao controle de inundações, às condições de risco à saúde, ao risco geológico, à expansão do sistema viário, à recuperação e à preservação ambiental, mediante a despoluição e a valorização dos cursos de água e da recuperação e garantia de integridade do sistema de drenagem;

III - a implementação de um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condições reais de funcionamento do sistema de macro-drenagem;

IV - a viabilização do aperfeiçoamento institucional e tecnológico do município, de forma a assegurar os mecanismos adequados ao planejamento, à implantação, operação, recuperação, manutenção preventiva e gestão do sistema;(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................16)

V - a busca de alternativa de gestão que viabilize a auto-sustentação econômica e financeira do sistema de drenagem urbana.

SUBSEÇÃO V - DO CONTROLE DE VETORES

Art. 55. São diretrizes relativas ao controle de vetores, dentre outras, as seguintes:

I - elaborar e implementar o Plano Municipal de Controle de Vetores - PMCV - visando a planejar, normatizar, coordenar, acompanhar, executar e avaliar as ações de prevenção e controle de vetores no âmbito do município de São Leopoldo;

II - definir e utilizar critérios epidemiológicos para a organização dos serviços de controle de vetores e de diagnóstico das zoonoses;

III - desenvolver as ações de combate e controle dos vetores de forma integrada com os órgãos afetos ao saneamento;

IV - analisar o comportamento das zoonoses, das doenças ou dos agravos causados por vetor, traçando tendências para subsidiar o planejamento estratégico das ações de prevenção e controle;

V - analisar o impacto das ações desenvolvidas, das metodologias empregadas e das tecnologias incorporadas por esse serviço;

VI - promover a capacitação de recursos humanos e o desenvolvimento da pesquisa em áreas de zoonoses;

VII - promover integração com a área de epidemiologia e informação do Sistema Único de Saúde - SUS - para manutenção de bancos de dados, produção e difusão de informações;

VIII - organizar os serviços de zoonoses, garantindo o acesso da população a esses serviços e às informações;

IX - garantir o desenvolvimento de ações contínuas para o controle de vetores.

§ 1.° O controle de vetores será estruturado segundo os princípios do Sistema Único de Saúde - SUS.

§ 2.° A criação e o controle das populações animais serão regulamentados por legislação municipal no âmbito de sua competência, na defesa do interesse local, respeitadas as disposições federais e estaduais pertinentes.

§ 3.° Para atendimento das necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização.

SEÇÃO II - DA ESTRUTURAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE SANEAMENTO AMBIENTAL - PLAMASA

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Art. 56. Fica instituído o Plano Municipal de Gestão Integrada de Saneamento Ambiental - PLAMASA - destinado a articular, integrar e coordenar a gestão municipal de saneamento e os seus respectivos planos setoriais:

I - o Plano Diretor de Saneamento - PDS, englobando os setores de Água e Esgotos;

II - o Plano Diretor de Drenagem Urbana - PDDU;III - o Plano Diretor de Resíduos Sólidos - PLANRESOL;IV - o Plano Municipal de Controle de Vetores - PMCV.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................17)

Parágrafo Único. São considerados, também, como instrumentos de apoio ao Plano Municipal de Gestão Integrada de Saneamento Ambiental - PLAMASA - os seguintes Planos Setoriais:

I - Plano Municipal de Regularização Fundiária Sustentável;II - Plano Municipal de Turismo;III - Plano Municipal de Mobilidade Urbana;VI - Plano Municipal de Segurança Pública.

Art. 57. O Plano Municipal de Gestão Integrada de Saneamento Ambiental - PLAMASA - e os seus respectivos planos diretores setoriais serão revistos periodicamente, em prazo não superior a quatro anos, anteriormente à elaboração do Plano Plurianual Municipal.

Art. 58. Com vistas ao alcance de níveis crescentes de salubridade ambiental, o Plano Municipal de Gestão Integrada de Saneamento Ambiental - PLAMASA - conterá, dentre outros, os seguintes elementos:

I - avaliação e caracterização da situação da salubridade ambiental do município, por meio de indicadores sanitários, epidemiológicos e ambientais;

II - os planos diretores setoriais, seus objetivos, diretrizes gerais e metas definidos mediante planejamento integrado, com suas respectivas metas de curto, médio e longo prazos, devendo considerar também outros planos setoriais e regionais;

III - identificação dos obstáculos de natureza político-institucional, legal, econômico-financeira, administrativa e tecnológica que se interponham à consecução dos objetivos e das metas propostos;

IV - formulação de estratégias e diretrizes para a superação dos obstáculos identificados;

V - caracterização e quantificação dos recursos humanos, materiais, tecnológicos, institucionais e administrativos necessários à execução das ações propostas;

VI - definição dos recursos financeiros necessários, de sua origem e do cronograma de aplicação;

VII - programa de investimentos em obras e outras medidas relativas à utilização, recuperação, conservação e proteção dos sistemas de saneamento, em consonância com Plano Plurianual de São Leopoldo e com as respectivas Leis Orçamentárias Anuais;

VIII - a coerência de ações entre o Plano Municipal de Gestão Integrada das Sub-Bacias do Rio dos Sinos e a organização e estruturação dos serviços de saneamento básico.

Art. 59. O Plano Municipal de Gestão Integrada de Saneamento Ambiental - PLAMASA - será atualizado de acordo com as necessidades previstas pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMDEMA, baseando-se em relatórios da situação de salubridade ambiental do município de São Leopoldo.

Parágrafo Único. Os relatórios a que se refere o caput deste artigo serão encaminhados ao Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMDEMA - até 30 de abril de cada ano, reunidos sob o título de "Situação de Salubridade Ambiental do Município".

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Art. 60. O relatório "Situação de Salubridade Ambiental do Município" conterá, dentre outros:

I - avaliação da salubridade ambiental em cada setor do saneamento ambiental do município;

II - avaliação do cumprimento dos programas previstos no Plano Municipal de Gestão Integrada de Saneamento Ambiental - PLAMASA;

III - proposição de possíveis ajustes dos programas, cronogramas de obras e serviços e das necessidades financeiras previstas;

Art. 61. O regulamento desta lei estabelecerá os critérios e prazos para elaboração e aprovação dos relatórios.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................18)

SUBSEÇÃO I - DO PLANO MUNICIPAL DE TRANSPORTE, MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE URBANA

Art. 62. O sistema municipal de transporte e circulação será estruturado pelo Plano Municipal de Transporte, Mobilidade e Acessibilidade Urbana, de forma articulada com o Sistema Municipal de Saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA, propondo ações que visem a uma cidade sustentável.

I - a mobilidade e acessibilidade devem propiciar um ambiente urbano sustentável e democrático;

II - a potencialização do transporte não motorizado, a promoção do transporte coletivo e a moderação em volume e velocidade de tráfego;

III - promover a apropriação eqüitativa e a otimização dos espaços e do tempo na circulação urbana, priorizando os modos de transporte coletivo, a pé, de bicicleta e a acessibilidade universal;

IV - o desenvolvimento de programas de respeito às faixas de segurança, passeios e calçadas, para motoristas, ciclistas e pedestres.

Art. 63. O Plano Municipal de Transporte, Mobilidade e Acessibilidade Urbana deverá incluir a elaboração do Programa Cicloviário integrado com os demais modais de transporte, garantindo a participação da sociedade através de associações, ONG’s e movimentos ligados à promoção da bicicleta como meio de transporte.

Parágrafo Único. Os órgãos competentes deverão avaliar todos os novos projetos, de acordo com o Programa Cicloviário e as normas de acessibilidade.

Art. 64. Implantar progressivamente no município de São Leopoldo, em articulação com a região metropolitana de Porto Alegre, a utilização de combustíveis para veículos motorizados com os menores níveis de componentes contaminantes prejudiciais à saúde e ao ambiente disponíveis no país.

Art. 65. Realizar a inspeção veicular de todo veículo automotor do município, de acordo com o Código de Transito Brasileiro - CTB - e legislações complementares, a fim de garantir menores níveis de emissões de poluentes e ruídos, produzidos pelos seus motores ou pela sua carga.

Art. 66. As empresas responsáveis pelo transporte, por via pública, de cargas ou produtos que sejam perigosos ou que representem riscos para a saúde de pessoas, para a segurança pública ou para o meio ambiente, atendidas as exigências da legislação vigente, devem obrigatoriamente estar cadastradas junto ao órgão ambiental competente.

Parágrafo Único. Consideram-se cargas perigosas aquelas constituídas por substâncias efetivas ou parcialmente nocivas à população, seus bens e ao meio ambiente, conforme disposto em portaria do Ministério dos Transportes.

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Art. 67. O transporte de cargas ou produtos perigosos por vias públicas no município de São Leopoldo deve ser precedido de comunicação prévia ao órgão ambiental competente, por parte do transportador e do destinatário.

Art. 68. O cadastro a que se refere o artigo 66 da presente lei, será constituído de um conjunto de informações, tem por objetivo, além de formar um banco de dados, liberar as rotas de trânsito, possibilitando o conhecimento dos riscos decorrentes dessa atividade sobre a saúde pública e o meio ambiente de modo a facilitar a adoção de medidas de prevenção e controle.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................19)

§ 1.ºO cadastro deve ser efetuado junto ao órgão ambiental competente mediante: I - requerimento da empresa postulante que deve conter as seguintes informações:a) prova de constituição;b) ramo de atividade;c) produtos transportados, armazenados ou comercializados;d) rotas;e) informações técnicas sobre os produtos transportados, armazenados ou

comercializados;f) prova de instalações físicas, adequadas ao armazenamento;g) prova de adequação do veículo fornecido pelo órgão competente.

§ 2.º É obrigatória a atualização do cadastro quando ocorrem alterações nas informações referidas no parágrafo primeiro.

Art. 69. A Prefeitura Municipal adotará mecanismos que visem a garantir o patrimônio individual e público, a integridade do meio ambiente e a segurança da população, disciplinando o cadastro de empresas transportadoras de cargas ou produtos perigosos nas áreas urbanas dos respectivos municípios.

Art.70. As empresas transportadoras de cargas perigosas terão prazo máximo de 180 - cento e oitenta - dias, a contar da data de publicação do referido plano, para cadastrarem-se perante o órgão ambiental competente.

Art. 71. Através de Normas Técnicas Especiais, editadas pelo órgão ambiental competente, poderão ser fixadas outras condições e obrigações, objetivando a perfeita execução do plano.

Art. 72. O órgão ambiental competente poderá exigir medidas especiais de proteção ambiental de acordo com a carga transportada e o trajeto a ser percorrido dentro do município.

Art. 73. Em caso de acidentes com produtos perigosos, o órgão ambiental competente aplicará as penalidades previstas na legislação ambiental em vigor.

Art. 74. O transportador ou destinatário que deixar de observar os preceitos contidos no plano será punido de acordo com a legislação em vigor.

SUBSEÇÃO II - DO PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA PÚBLICA

Art. 75. Na política de transversalidade das ações de governo e integração intersetorial situa-se o Gabinete de Gestão Integrada - GGI, que agrega os órgãos com atuação direta ou indireta em segurança pública e possui, dentre outras, as seguintes atribuições:

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I - tornar mais ágil e eficaz a comunicação entre os órgãos que o integram, a fim de apoiar as secretarias municipais e políticas estaduais e federais na fiscalização administrativa e na prevenção e repressão da violência e criminalidade;

II - propor ações integradas de fiscalização e segurança urbana, no nível municipal, e acompanhar sua implementação;

III - padronizar os procedimentos administrativos tendo em vista a maior eficiência da integração entre os diversos organismos de fiscalização;

IV - editar instruções referentes à divisão das tarefas de fiscalização entre os vários organismos de policiamento administrativo municipal.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................20)

Art. 76. Para apoiar, o Plano Municipal de Segurança Pública será instalado o Órgão Municipal de Defesa Civil com o objetivo de preparar a população para a prevenção de desastres e emergências e para a reconstrução e recuperação de danos.

Art. 77. Dentre os objetivos do plano estão as ações de Fiscalização Integrada, que consistem em um instrumento da política intersetorial, envolvendo os órgãos municipais, estaduais e federais que atuam na esfera fiscalizatória.

Art. 78. Dentre as ações e programas desenvolvidos pelos órgãos municipais, articulados com o Plano Municipal de Segurança Pública, encontram-se os projetos de educação ambiental promovidos pelo órgão ambiental do município:

I - as Caravanas Ambientais constituem-se em um programa desenvolvido prioritariamente junto aos arroios de São Leopoldo, de forma interativa com a comunidade, especialmente com os moradores de áreas de risco;

II - a Coleta Seletiva Compartilhada constitui-se em um programa que articula e integra vários segmentos da sociedade, com prioridade para a organização das comunidades de catadores de resíduos, gerando trabalho e renda, assegurando a inclusão social destas comunidades.

CAPÍTULO IV - DA GESTÃO INTEGRADA DAS SUB-BACIAS DO RIO DOS SINOS

Art. 79. A gestão integrada das sub-bacias e dos banhados, visa a:

I - promover medidas e estabelecer diretrizes de preservação, controle e recuperação do meio ambiente, considerando-o como um patrimônio público, tendo em vista o uso coletivo e a melhoria da qualidade de vida;

II - promover medidas de preservação e proteção da flora, da fauna e demais organismos vivos, exercendo o poder de polícia no controle das variáveis ambientais;

III – prevenir, combater e punir as diversas formas de poluição;IV - promover a utilização adequada do espaço territorial e dos recursos hídricos e

minerais, destinados para fins urbanos e rurais, através de uma criteriosa definição do uso e ocupação; especificações de normas e projetos, acompanhando a implantação e construção com técnicas ecológicas de manejo; especificações de normas e projetos, com conservação, recuperação e preservação, bem como o tratamento e disposição final de resíduos de qualquer natureza, sem prejuízo da competência de outros órgãos municipais;

V - propor e executar programas de proteção do meio ambiente, contribuindo para melhoria e recuperação de suas condições;

VI - impor ao agente de degradação ambiental a obrigação de recuperar e indenizar os danos causados ao meio ambiente ou à população, nos casos tecnicamente comprovados.

Art. 80. Para o cumprimento do disposto no artigo anterior, o município desenvolverá ações permanentes de proteção ao meio ambiente, incumbindo-lhe:

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I - estabelecer normas e padrões de qualidade ambiental;II - prevenir, combater e controlar a poluição e punir as fontes poluidoras, assim

como qualquer outra prática que cause degradação ambiental;III - incentivar e promover a recuperação das margens e leito do rio dos Sinos, os

banhados, os arroios, as nascentes e outros corpos d’água e das encostas sujeitas à erosão;IV - promover a organização e estruturação dos serviços de saneamento básico

coerente com o Plano Municipal de Gestão Integrada das Sub-Bacias do Rio dos Sinos.

Art. 81. As pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, que exerçam atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, são responsáveis, direta ou indiretamente, pelo tratamento dos resíduos sólidos, bem como efluentes líquidos e gasosos, pelo acondicionamento, distribuição e destinação final dos resíduos industriais produzidos. (Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................21)

Art. 82. O causador de poluição ou dano ambiental, em todos os níveis independente de culpa, será responsabilizado e deverá assumir e ressarcir ao município, sendo a reparação do dano a mais completa, sem prejuízo da aplicação de penalidades administrativas estabelecidas em lei federal, estadual ou municipal.

CAPÍTULO V - DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA SUSTENTÁVEL

Art. 83. A política de regularização fundiária sustentável de assentamentos informais urbanos integra a ordem urbanística, visando à efetivação do direito social à moradia e do direito a cidades sustentáveis.

Art. 84. Além das diretrizes gerais de política urbana previstas pela Lei n.º 10.257, de 10 julho de 2001, e dos princípios previstos no Plano Diretor do Município - PDM, a regularização fundiária sustentável deve pautar-se pelas seguintes diretrizes:

I - ampliação do acesso à terra urbanizada por parte da população de baixa renda;II - prioridade para a permanência da população na área ocupada, assegurados o

nível adequado de habitabilidade e a melhoria das condições de sustentabilidade urbanística, social e ambiental da área ocupada;

III - articulação com as políticas setoriais de habitação, saneamento ambiental e mobilidade urbana, nos diferentes níveis de governo;

IV - controle e fiscalização, visando a evitar novas ocupações ilegais na área objeto de regularização;

V - articulação com iniciativas públicas e privadas voltadas à integração social e à geração de emprego e renda;

VI - participação da população interessada, em todas as etapas do processo de regularização;

VII - obrigação do município em promover a função social-ambiental de suas propriedades.

Art. 85. O Poder Público Municipal definirá, por decreto do Poder Executivo Municipal, as condições e procedimentos para a concepção, formulação e a implementação da política municipal de regularização fundiária.

Art. 86. Além do Poder Público Municipal, a iniciativa da regularização fundiária sustentável será facultada aos seus beneficiários, individual ou coletivamente, e às cooperativas habitacionais, associações de moradores ou a outras associações civis, ao setor privado e o responsável pela implantação do assentamento informal.

Art. 87. A regularização fundiária sustentável exigirá a análise dominial da área e a elaboração pelo responsável por sua iniciativa de um plano que, além de outros elementos, deverá indicar e definir:

I - as áreas passíveis de consolidação e as parcelas a serem regularizadas ou, quando houver necessidade, realocadas;

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II - as vias de circulação existentes ou projetadas e, quando possível, as outras áreas destinadas a uso público;

III - as medidas necessárias para a garantia da sustentabilidade urbanística, social e ambiental da área ocupada, incluindo as formas de compensação, quando for o caso;

IV - as condições para garantia da segurança da população em casos de inundações, erosão e deslizamento de encostas;

V - a necessidade de adequação da infra-estrutura básica.

Art. 88. A regularização fundiária sustentável poderá ser implementada em etapas, sendo que, neste caso, o plano de regularização poderá abranger apenas a parcela do assentamento informal a ser regularizada em cada etapa respectiva.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................22)

Art. 89. No caso da ocupação configurar situação irreversível e não se localizar em área considerada de risco ou protegida, nos termos da legislação ambiental, esta poderá ser regularizada quadra a quadra.

Parágrafo Único. Considera-se situação irreversível aquela em que o prazo e a natureza da ocupação, bem como as edificações, o sistema viário, a infra-estrutura urbana e os equipamentos comunitários existentes indiquem grave dano social, reconhecido pelo Poder Público Municipal, no caso de eventual reversão da situação possessória já consolidada pelo tempo.

Art. 90. Na regularização fundiária de interesse específico, a regularização quadra a quadra deverá incluir formas de compensação.

Art. 91. A implantação da regularização fundiária dependerá da análise e da aprovação do seu plano, bem como da emissão das respectivas licenças urbanística e ambiental pela autoridade licenciadora, observado o disposto no Plano Diretor Municipal - PDM - e na legislação federal e estadual aplicável.

Parágrafo Único. Não se exigirá licença urbanística e ambiental da regularização fundiária que envolva apenas a regularização jurídica da situação dominial das áreas ocupadas irregularmente.

Art. 92. A regularização jurídica da situação dominial das áreas ocupadas irregularmente poderá ser precedente, concomitante ou superveniente à elaboração ou à implantação do plano de regularização fundiária.

Art. 93. Nas regularizações fundiárias de interesse social, o fato de não ter sido concluída a regularização jurídica da situação dominial não constitui impedimento à realização de obras de implantação de infra-estrutura básica e de equipamentos comunitários pelo Poder Público Municipal.

Art. 94. A regularização fundiária sustentável em Área de Preservação Permanente - APP - deverá atender ao disposto na Resolução CONAMA n.º 369, de 28 de março de 2006 ou em outro regulamento que vier a sucedê-la.

Parágrafo Único. Além de atender ao disposto no artigo anterior, o Município deverá, entre outros condicionantes, dar especial atenção aos seguintes requisitos:

I - ocupações de baixa renda predominantemente residenciais;II - ocupações localizadas em área urbana declarada Área de Especial de Interesse

Social - AEIS - no Plano Diretor Municipal - PDM - ou outra legislação municipal;III - ocupação inserida em área urbana que atenda aos seguintes critérios:a) possuir no mínimo três dos seguintes itens de infra-estrutura urbana implantada:

malha viária, captação de águas pluviais, esgotamento sanitário, coleta de resíduos sólidos, rede de abastecimento de água, rede de distribuição de energia;

b) apresentar densidade demográfica superior a cinqüenta habitantes por hectare.

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IV - localização exclusivamente nas seguintes faixas de Área de Preservação Permanente - APP:

a) nas margens de cursos de água, e entorno de lagos, lagoas e reservatórios artificiais;

b) em topo de morro e montanhas, desde que respeitadas as áreas de recarga de aqüíferos, devidamente identificadas como tal por ato do poder público.

V - ocupações consolidadas até 10 de julho de 2001, conforme Lei n.o 10.257, de 2001;

VI - apresentação, pelo poder público municipal, de Plano de Regularização Fundiária Sustentável que contemple, entre outros:

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................23)

a) levantamento da sub-bacia em que estiver inserida a APP, identificando passivos e fragilidades ambientais, restrições e potencialidades, unidades de conservação, áreas de proteção de mananciais, sejam águas superficiais ou subterrâneas;

b) caracterização físico-ambiental, social, cultural, econômica e avaliação dos recursos e riscos ambientais, bem como da ocupação consolidada existente na área;

c) especificação dos sistemas de infra-estrutura urbana, saneamento básico, coleta e destinação de resíduos sólidos, outros serviços e equipamentos públicos, áreas verdes com espaços livres e vegetados com espécies nativas, que favoreçam a infiltração de água de chuva e contribuam para a recarga dos aqüíferos;

d) indicação das faixas ou áreas que, em função dos condicionantes físicos ambientais, devam resguardar as características típicas da Área de Preservação Permanente - APP, respeitadas as faixas mínimas definidas no inciso IV deste artigo;

e) identificação das áreas consideradas de risco de inundações e de movimentos de massa rochosa, tais como, deslizamento, queda e rolamento de blocos, corrida de lama e outras definidas como de risco;

f) medidas necessárias para a preservação, a conservação e a recuperação da Área de Preservação Permanente - APP não passível de regularização;

g) comprovação da melhoria das condições de sustentabilidade urbano-ambiental e de habitabilidade dos moradores;

h) garantia de acesso livre e gratuito pela população às praias e aos corpos de água;

i) realização de audiência pública.

CAPÍTULO VI - DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Art. 95. Entende-se por Educação Ambiental, para os fins previstos nesta lei, a forma abrangente de educação que se propõe a atingir todos os cidadãos, inserindo a variável meio ambiente em suas dimensões física, química, biológica, econômica, política, ética, social e cultural em todas as disciplinas e em todos os veículos de transmissão de conhecimentos, em caráter formal e não-formal.

Art. 96. São objetivos fundamentais da educação ambiental:I - a inserção do conceito de meio ambiente em suas múltiplas e complexas

relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;

II - a garantia de democratização das informações ambientais;III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática

ambiental e social;IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na

preservação do meio ambiente como um valor inseparável para exercício da cidadania;V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do país, em níveis micro e

macro-regionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada

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nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;

VI - o fomento e o fortalecimento da integração das ciências com as tecnologias;VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade

como fundamentos para o futuro da humanidade.

Art. 97. Serão observados os seguintes princípios para a educação ambiental:I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a

interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;

III - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinariedade;(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................24)

IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e

globais;VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e

cultural;

SEÇÃO I - DO PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - PROMEA

Art. 98. O Programa Municipal de Educação Ambiental - PROMEA, respeitadas as competências da União e do Estado, tem por objetivo assegurar ao indivíduo e a coletividade a construção de valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Art. 99. São princípios básicos norteadores às ações do programa:I - incentivar a difusão através de meios de comunicação, de programas e

campanhas educativas e de informação sobre temas relacionados ao meio ambiente;II - promover a educação ambiental entre os diferentes segmentos da sociedade,

respeitando as características de cada região;III - multiplicar, promover e regionalizar as ações de educação ambiental no

município;IV - estimular a participação de diferentes segmentos da sociedade em defesa do

meio ambiente;V - integrar os órgãos das várias esferas do governo municipal nas ações

ambientais;VI - incentivar a rede municipal de educação formal em campanhas, divulgação e

monitoramento de programas.

Art. 100. O Programa Municipal de Educação Ambiental - PROMEA - visa a:I - considerar o meio ambiente em sua totalidade, em seus aspectos naturais e

criados pelo homem, tecnológico, social, econômico, político, técnico, histórico-cultural, moral e estético;

II - promover a difusão da Educação Ambiental a todas as pessoas, visando à construção de valores e atitudes que contribuam para valorizar, proteger, cuidar e melhorar o meio ambiente;

III - construir e aplicar a educação ambiental através de um enfoque pedagógico, interdisciplinar, estabelecendo processo contínuo e permanente em todas as fases do ensino formal e não-formal;

IV - examinar, discutir e relacionar as questões ambientais locais, regionais, nacionais e internacionais;

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V - concentrar-se nas situações ambientais atuais, considerando a perspectiva histórica;

VI - considerar de maneira explícita, os aspectos ambientais nos planos de desenvolvimento e de crescimento;

VII - estimular a pesquisa para detectar problemas e buscar soluções para problemas ambientais imediatos ou futuros;

VIII - promover espaços educativos sobre o tema meio ambiente.

Parágrafo Único. A Educação Ambiental do município deve considerar as políticas municipais de educação, desenvolvimento urbano e ambiental, bem como os sistemas de educação, meio ambiente e saneamento.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................25)

SEÇÃO II - DO ÓRGÃO GESTOR MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - OGEA Art. 101. Fica criado o Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA,

que tem por finalidade promover a Educação Ambiental, em seus aspectos formais e não formais, através da discussão, gestão, coordenação, acompanhamento, avaliação e implementação das atividades de Educação Ambiental no município, observando as disposições legais em vigor, e consultando, quando necessário, o Comitê Assessor, na forma do artigo 112 e seguintes desta lei.

Art. 102. A Coordenação do Programa Municipal de Educação Ambiental ficará a cargo de um Órgão Gestor, integrado por membros do órgão ambiental do município, pela Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer - SMED, pelo Serviço Municipal de Água e Esgotos - SEMAE, pela Secretaria Municipal de Habitação - SEMHAB, pela Secretaria Municipal de Saúde - SEMSAD, pela Secretaria Municipal de Segurança Pública - SEMUSP - e pela Secretaria Municipal de Obras Viárias e Serviços - SEMOV.

Art. 103. Compete ao Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA, para o cumprimento do disposto nesta lei, definir diretrizes, linhas de ação, critérios e normas para implementação da Educação Ambiental em âmbito municipal.

I - são desde já estabelecidas as seguintes diretrizes:a) propor, executar e coordenar as ações voltadas para o Programa Municipal de

Educação Ambiental - PROMEA, no município;b) disseminar, no âmbito municipal, ações de Educação Ambiental;c) avaliar e intermediar, se for o caso, projetos da área de Educação Ambiental,

inclusive supervisionando a recepção e emprego dos recursos públicos e privados aplicados em atividades dessa área;

d) observar as deliberações do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA - e do Conselho Nacional de Educação - CNE;

e) sistematizar e divulgar as diretrizes municipais definidas, garantindo o processo participativo;

f) promover e integrar programas e projetos desenvolvidos na área de Educação Ambiental;

g) indicar critérios e metodologias qualitativas e quantitativas para a avaliação de programas e projetos de Educação Ambiental;

h) dar suporte técnico nas atividades correlacionadas à Educação Ambiental no município;

i) elaborar, desenvolver, acompanhar e avaliar o Programa Municipal de Educação Ambiental - PROMEA.

II - com base em pesquisas, projetos e outras atividades no município, são definidas as seguintes linhas de ação:

a) incentivo à produção e consumo de materiais que possam ser reintegrados aos ciclos de produção;

b) incentivo à criação e implantação de unidades de conservação;

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c) desenvolvimento de pesquisa e utilização de energias alternativas renováveis, de baixo impacto e descentralizadas;

d) preservação dos corpos d’água;e) manutenção de ecossistemas naturais e urbanos;f) ocupação do espaço / território de forma organizada e respeitados módulos

mínimos;g) estudo de impactos ambientais e diagnósticos ambientais;h) uso e preservação dos diferentes recursos hídricos importantes para equilíbrio da

região do município;i) saneamento ambiental;j) revegetação;k) desenvolvimento das regiões de Orçamento Participativo: aglomerações,

ocupação do espaço e micro bacias e inclusão de ações junto às demandas aprovadas;l) ações preventivas à saúde e qualidade de vida;

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................10)

m) desenvolvimento científico, tecnológico e industrial;n) desenvolvimento urbano e regional;o) coleta e destino de resíduos sólidos - lixo domiciliar, extra-domiciliar, industrial e

hospitalar; p) monitoramento ambiental;q) clima, efeito estufa e aquecimento global;r) trabalho e renda;s) turismo ecológico, urbano, histórico e rural;t) organização de trilhas e estações;u) áreas de sítios históricos, arqueológicos e similares;v) política municipal de transportes do município;w) plano diretor;x) informações sobre temas relacionados ao meio ambiente - regiões do orçamento

participativo.III - para que se atinjam de forma ordenada os objetivos propostos, estabelecem-

se os seguintes critérios:a) todo e qualquer projeto ou proposta de educação ambiental será apresentado ao

Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA;b) os projetos deverão estar enquadrados nas linhas prioritárias do Órgão Gestor de

Educação Ambiental - OGEA;c) à iniciação de qualquer projeto, há que necessariamente aguardar-se avaliação e

parecer favorável do Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA, do que serão expressamente comunicados os interessados;

d) deve-se sempre respeitar e seguir as orientações do Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA - quanto ao acompanhamento e avaliação do projeto;

e) por derradeiro, fica estipulada a obrigação de apresentar relatório de conclusão para o Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA, para final análise, apreciação e avaliação, no que igualmente serão os interessados comunicados.

Art. 104. O Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA - fica diretamente vinculado ao Sistema Integrado de Saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA, especialmente aos órgãos com atuação em educação ambiental, os quais proverão o suporte técnico e administrativo necessários ao desempenho daquele.

Parágrafo Único. Compete à Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer - SMED - subsidiar administrativamente as ações desenvolvidas pelo Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA, tendo por base os princípios, objetivos e diretrizes do Programa Nacional de Educação Ambiental - PRONEA.

Art. 105. O município, por intermédio do órgão gestor, poderá firmar parcerias com outras instituições públicas e/ou privadas, com finalidade de viabilizar a execução das atividades do Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA.

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Art. 106. O Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA - será composto por uma equipe de vinte e um componentes:

I - 03 - três - membros do órgão ambiental do município;II - 03 - três - membros da Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer -

SMED;III - 03 - três - membros do Serviço Municipal de Água e Esgotos - SEMAE;IV - 03 - três - membros da Secretaria Municipal de Habitação - SEMHAB;V - 03 - três - membros da Secretaria Municipal de Saúde - SEMSAD;VI - 03 - três - membros da Secretaria Municipal de Segurança Pública - SEMUSP;VII - 03 - três - membros da Secretaria Municipal de Obras Viárias e Serviços -

SEMOV.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................27)

§ 1.º A equipe indicada para compor o Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA - deverá ter no mínimo de um terço dos servidores do quadro de carreira.

§ 2.º Os membros deverão ser necessariamente técnicos, conforme a especialização de seus órgãos ou autarquia de lotação, designados mediante portaria do Prefeito Municipal, pelo prazo de 02 - dois - anos.

§ 3.º Nas reuniões do Órgão poderão ser deliberadas decisões desde que haja a presença de pelo menos 1/3 - um terço - de seus membros e, no mínimo, com a participação de 4 - quatro - órgãos distintos.

Art. 107. O Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA, terá uma Coordenação Executiva de 07 - sete - membros, representada por um membro de cada órgão municipal que compõe o Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA.

Art. 108. Os membros da Coordenação Executiva do Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA - escolherão, entre seus pares, um Coordenador Geral e um Secretário, cujos mandatos são de 02 - dois - anos, os quais terão como função organizar e responder pelo Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA.

Art. 109. O Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA - se reunirá e deliberará independente de quorum dos membros, ordinariamente, nos meses simbolicamente representados por números pares, portanto, a cada dois meses, sempre na primeira quarta-feira do mês a que se refere, e, extraordinariamente, quando houver necessidade, convocado pelo coordenador.

Parágrafo Único. A Coordenação Executiva do Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA - reunir-se-á ordinariamente uma vez por mês, enquanto que o Coordenador Geral deverá participar das reuniões da instância governamental de desenvolvimento urbano e ambiental.

SEÇÃO III - DO CENTRO PERMANENTE DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - CEPEA

Art. 110. O Centro Permanente de Educação Ambiental - CEPEA - se constitui em um espaço de educação ambiental que objetiva mostrar diferentes visões da Educação Ambiental contemporânea, a englobar os aspectos sociais, econômicos, culturais, estéticos, filosóficos, tecnológicos, ecológicos e regionais, permitindo a inserção do educando na dinâmica ambiental e em seu contexto de vida.

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Art. 111. O Centro Permanente de Educação Ambiental - CEPEA - será uma ferramenta de integração e viabilização para uso dos professores das diversas redes de ensino, na procura da inserção da Educação Ambiental como tema transversal em nossas escolas.

§ 1.º O Centro Permanente de Educação Ambiental - CEPEA - terá um espaço físico

para a atuação permanente e o funcionamento integrado da educação ambiental, junto às dependências do Parque Municipal Imperatriz Leopoldina.

§ 2.º O Centro Permanente de Educação Ambiental - CEPEA - será coordenado pelo Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................28)

SEÇÃO IV - DO COMITÊ ASSESSOR MUNICIPAL PARA ASSUNTOS AMBIENTAIS - CAM

Art. 112. Fica criado o Comitê Assessor Municipal para Assuntos Ambientais - CAM, de caráter consultivo, com o objetivo de assessorar o Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA - sobre os Assuntos Ambientais, sendo ele constituído por representantes de órgãos, entidades ou setores da comunidade envolvidos com as questões ambientais, tais como:

I - secretarias, autarquias e coordenadorias municipais integrantes da administração municipal;

II - Instituições religiosas ou filosóficas;III - organizações ambientais não governamentais;IV - clubes sociais, desportivos ou de serviços e fundações;V - quaisquer cooperativas;VI - Concessionárias de serviços públicos;VII - representantes da defesa civil;VIII - associações profissionais e comunitárias;IX - representantes de entidades, sindicatos, estabelecimentos comercias,

industriais e de serviços;X - representantes dos poderes executivo, legislativo e judiciário;XI - Inspetoria Veterinária Regional;XII - Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos -

COMITESINOS;XIII - Ordem dos Advogados do Brasil - OAB;XIV - conselhos e associações profissionais regionais;XV - 2ª Coordenadoria Regional de Educação - 2ª CRE;XVI - conselhos municipais;XVII - setor educacional da rede estadual e particular;XVIII - representantes do Consórcio Público de Saneamento Básico da Bacia

Hidrográfica do Rio dos Sinos - PRÓ-SINOS.

§ 1.º A participação dos membros acima mencionados no Comitê Assessor Municipal para Assuntos Ambientais - CAM - não enseja qualquer tipo de remuneração e ônus para o município, sendo considerada serviço de relevante interesse público, ressalvada a remuneração normal dos servidores públicos do município em exercício.

§ 2.º Os servidores municipais nomeados para participarem do Órgão Gestor Municipal de Educação Ambiental - OGEA - ou do Comitê Assessor Municipal para Assuntos Ambientais - CAM, enquanto no exercício de atividades a eles comprovadamente vinculadas, não terão prejuízos em sua efetividade, tanto à participação em reuniões previamente agendadas, quanto para visitas de acompanhamento e afins.

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§ 3.º Os membros do Comitê Assessor Municipal para Assuntos Ambientais - CAM - reunir-se-ão com seus pares sempre na primeira sexta-feira dos meses simbolicamente representados pelos números pares.

Art. 113. O órgão gestor poderá solicitar assessoria de órgãos, instituições e pessoas de notório saber, na área de sua competência, em assuntos que necessitem de conhecimento específico.

SEÇÃO V - DAS DIRETRIZES GERAIS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Art. 114. Na inclusão da Educação Ambiental em todos os níveis e modalidades de ensino, atentar-se-á para os Parâmetros e às Diretrizes Curriculares Nacionais, observando-se:

I - A integração da educação ambiental às disciplinas de modo transversal, contínuo e permanente;(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................29)

II - A adequação dos programas já vigentes de formação continuada de educadores.

Art. 115. Para o cumprimento do estabelecido nesta lei, deverão ser criados, mantidos e implementados, sem prejuízo de outras ações, programas de educação ambiental integrados:

I - a todos os níveis e modalidades de ensino;II - às atividades de conservação da biodiversidade, de zoneamento ambiental, de

licenciamento e revisão de atividades efetivas ou potencialmente poluidoras, de gerenciamento de resíduos, de gerenciamento mineral – pedreiras do morro do Paula e extração de areia do rio dos Sinos, de gestão de recursos hídricos, de ordenamento de recursos pesqueiros, de manejo sustentável de recursos ambientais, de eco-turismo e melhoria da qualidade ambiental;

III - às políticas públicas, econômicas, sociais e culturais, de ciência e tecnologia de comunicação, de transporte, de saneamento e de saúde;

IV - aos processos de capacitação de profissionais promovidos por empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas;

V - a projetos financiados com recursos públicos;VI - ao cumprimento da Agenda 21 Local;VII - a projetos em parceria com o Consórcio Público de Saneamento Básico da

Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos - PRÓ-SINOS e a Agência Regional de Águas; VIII - ao estudo e controle de espécies silvestres não autóctones em desequilíbrio

ambiental, tornando-se ou efetivamente sendo causadores de danos à saúde pública e animal, ao meio ambiente e à economia municipal.

Art. 116. A definição de diretrizes para implementação do Programa Municipal de Educação Ambiental, conforme atribuição do órgão gestor, deverá ouvir o Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMDEMA - e o Conselho Municipal de Educação, bem como estimular os Fundos do Meio Ambiente e Educação, a alocarem recursos para o desenvolvimento de projetos de Educação Ambiental.

Art. 117. As despesas decorrentes da Política de Educação Ambiental correrão por conta do Orçamento Geral do Município.

CAPITULO VII - DO PROGRAMA DE LICITAÇÃO SUSTENTÁVEL

Art. 118. O município de São Leopoldo promoverá o incentivo ao princípio da Licitação Sustentável.

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Parágrafo Único. Tal princípio é compreendido como o processo de aquisição de bens e serviços que atendam as demandas solicitadas com o maior número de benefícios ao meio ambiente e à sociedade.

Art. 119. O município de São Leopoldo compromete-se a utilizar, nas obras e serviços públicos, precedidas ou não de licitação pública, apenas madeira de origem legal.

§ 1.º O critério disposto no caput deste artigo será especialmente adotado em se tratando de madeira proveniente da Amazônia, com base no Termo de Compromisso firmado com a Associação Civil Greenpeace.

§ 2.º Entende-se por madeira de origem legal aquela que possui adequada documentação fornecida pelo órgão de controle competente.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................30)

Art. 120. Em consonância com o artigo anterior, a Prefeitura Municipal, através do órgão ambiental do município, promoverá e incentivará a adequação, mediante legislação complementar, em âmbito privado, do programa de comercialização e uso de madeira de origem legal.

Parágrafo Único. Transcorrido o prazo determinado em legislação complementar para adequação, conforme caput deste artigo, a Prefeitura iniciará o processo de fiscalização da circulação e comercialização de madeira de origem legal.

Art. 121. Fica proibida a compra de mogno - Swietenia macrophylla - pela administração pública, em função das restrições legais impostas para sua proteção, por configurar espécie ameaçada de extinção, exceção feita aos produtos de mogno certificados por sistemas de certificação independentes, que adotem padrões ambientais internacionalmente aceitos, os quais incorporem, de maneira equilibrada, os interesses de grupos sociais, ambientais e econômicos e sejam reconhecidos mundialmente.

CAPÍTULO VIII - DA GERAÇÃO DO TRABALHO E RENDA EM SANEAMENTO AMBIENTAL

Art. 122. Os projetos socioambientais atrelados ao saneamento ambiental e coordenados pelo órgão ambiental do município estão em consonância com a política de geração de trabalho e renda desenvolvida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social - SEMEDES, articulada com as ações de inclusão social promovidas pela Secretaria Municipal de Assistência, Cidadania e Inclusão Social - SACIS.

§ 1.º Dentre os projetos socioambientais em saneamento ambiental destaca-se o Programa de Coleta Seletiva Compartilhada, coordenado pelo órgão ambiental do município, que além de promover a diminuição de resíduos encaminhados ao aterro sanitário, visa à promoção de trabalho eventual, renda e, por conseqüência, dignidade à população que dela depende.

§ 2.º A manutenção do Programa de Coleta Seletiva Compartilhada é obrigação do Poder Público Municipal, sendo este Programa considerado fomentador da consciência socioambiental.

Art. 123. As opções de geração de trabalho e renda atreladas ao saneamento ambiental, especialmente, a reciclagem de resíduos secos, não poderão servir de entrave ao desenvolvimento de novas tecnologias de coleta e tratamento de resíduos.

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Art. 124. O Poder Público Municipal promoverá ações de qualificação à população dependente reciclagem de resíduos e seus familiares, buscando sua inserção no mercado de trabalho formal e seu crescimento profissional.

Art. 125. O município de São Leopoldo incentivará a organização dos catadores de resíduos sólidos urbanos em associações ou cooperativas de trabalho, buscando uma melhor remuneração e condições laborais para este serviço.

Art. 126. Os recursos advindos do processo de coleta seletiva dentro das Unidades de Triagem são gerenciados diretamente pelas próprias Associações ou Cooperativas de Catadores conveniadas com a Prefeitura Municipal e serão distribuídos entre os respectivos associados.

Art. 127. O trabalho em Unidades de Triagem, além de potencializar o cooperativismo, permite também agregar valor ao produto coletado e a realização de outras ações a partir da cooperativa de trabalho.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................31)

SEÇÃO I - DA COMERCIALIZAÇÃO RESÍDUOS

Art. 128. Fica o Poder Público Municipal autorizado a criar, no âmbito dos projetos socioambientais de geração de trabalho e renda em Saneamento Ambiental, difundido pelo Sistema Integrado de Saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA, a implantação da Central de Comercialização de Resíduos Sólidos - CECORES.

§ 1.º Será objeto da Central de Comercialização de Resíduos Sólidos - CECORES - a comercialização dos materiais obtidos por meio dos programas socioambientais da Prefeitura Municipal, incluindo a triagem e/ou compostagem de resíduos sólidos domiciliares empregados pelo órgão ambiental do município, sejam estes materiais de natureza de reciclagem, que produzem materiais ou artefatos finais ou acabados instalados no município de São Leopoldo e no limite de suas capacidades industriais.

§ 2.º Estes materiais poderão ser vendidos em operações comerciais, sem licitação pública, a preços de mercado, conforme disposto na legislação vigente.

§ 3.º A forma de organização e participação dos órgãos e entidades públicos envolvidos com a Central de Comercialização de Resíduos Sólidos - CECORES - será regulamentado por legislação a ser publicada.

Art. 129. O órgão ambiental do município ficará encarregada da supervisão, coordenação e fiscalização da comercialização dos materiais recicláveis e compostáveis, originados dos resíduos sólidos domiciliares, urbanos e de atividades econômicas, além dos que forem coletados pelos serviços públicos.

§ 1.º Para o cumprimento do caput deste artigo serão instituídos um Cadastro de Sucatas e Recicláveis e um Cadastro de Compradores de Composto Orgânico, além de serem mantidos registros diários e mensais de produção e vendas de materiais e de informações de mercado dos materiais comercializados.

§ 2.º Para aquisição do composto orgânico, os produtores rurais interessados deverão comprovar sua condição de produtores rurais, através de declaração fornecida pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER - de sua localidade.

§ 3.º Os materiais recicláveis só poderão ser adquiridos por pessoas jurídicas, empresas ou firmas individuais, comerciais ou industriais, que deverão estar listadas no cadastro

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de compradores de materiais recicláveis do cadastro previsto na Central de Comercialização de Resíduos Sólidos - CECORES.

§ 4.º A Central de Comercialização de Resíduos Sólidos - CECORES, fará publicar avisos ao público com boletins informativos, listagem com os materiais à venda, os preços correntes de comercialização de composto orgânico e de materiais recicláveis, sucatas e outros, substituindo-a sempre que houver alteração de quantidades ou preços.

Art. 130. A Prefeitura Municipal poderá fazer a doação de materiais recicláveis e de composto orgânico para os programas e parcerias com entidades comunitárias e/ou para as escolas sediadas no Município.

CAPÍTULO IX - DO TURISMO SUSTENTÁVEL - ECOTURISMO

Art. 131. O turismo sustentável está ligado diretamente à política municipal de turismo desenvolvida e coordenada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social - SEMEDES.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................32)

§ 1.º Em conformidade com o Plano Diretor Municipal - PDM, caberá a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social - SEMEDES - elaborar o Plano Municipal de Turismo.

§ 2.º Entre outros instrumentos, o Plano Municipal de Turismo deverá contemplar o Programa de Desenvolvimento do Turismo Sustentável - PRÓ-ECOTURISMO.

§ 3.º O Programa de Desenvolvimento do Turismo Sustentável - PRÓ-ECOTURISMO também fará parte do Sistema Integrado de Saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA, e será orientado, dentre outras, pelas diretrizes e objetivos da política de desenvolvimento do ecoturismo e do turismo sustentável, constantes neste Capítulo.

Art. 132. Entende-se por política de desenvolvimento do ecoturismo e do turismo sustentável as ações voltadas para a implementação de visitação controlada e responsável nas áreas naturais e culturais, visando à interação entre o crescimento sócio-econômico e a preservação do ecossistema do rio dos Sinos.

Art. 133. A política de desenvolvimento do ecoturismo e do turismo sustentável deve estabelecer regras, instrumentos de gestão e recursos, a serem definidos com os diversos setores sociais, econômicos e governamentais, para garantir a preservação da biodiversidade, traçando limites, organizando e dirigindo ações.

Art. 134. A política de desenvolvimento do ecoturismo e do turismo sustentável orientarão a elaboração do Programa Municipal de Desenvolvimento Turismo Sustentável - PRÓ-ECOTURISMO, com base na implementação das seguintes diretrizes:

I - a compatibilização das atividades de ecoturismo e do turismo sustentável, com a preservação da biodiversidade, tais como:

a) uso sustentável dos recursos naturais, evitando seu esgotamento;b) redução de resíduos gerados, bem como seu tratamento e sua destinação final;c) manutenção da diversidade natural e cultural;d) capacidade de carga, que se traduz pelo nível que um sítio pode suportar, sem

provocar degradação do ecossistema, com estudos voltados para a circulação de pessoas na área e sistemas de rodízio de trilhas.

II - a parceria entre os segmentos sociais, tais como:a) a iniciativa privada, compreendendo os serviços turísticos em geral e o comércio;b) a comunidade, compreendendo população local e flutuante;c) o Poder Público Municipal;

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d) as organizações não governamentais nacionais e estrangeiras – ONG’s.III - a conscientização, a capacitação e o estímulo à população local para a

atividade de ecoturismo e do turismo sustentável. Art. 135. A política de desenvolvimento do ecoturismo e do turismo sustentável

deve contemplar a preservação das características da paisagem, prevenindo as poluições sonora, visual e atmosférica na localidade.

Art. 136. A gestão da política de desenvolvimento do ecoturismo e do turismo

sustentável observará as seguintes etapas, dentre outras:I - prevenção da degradação do ecossistema:a) ambientais - extensão da área e do espaço utilizável, fragilidade do ambiente,

sensibilidade de espécies de animais em relação à presença humana e recursos da biodiversidade;b) sociais - desenvolvimento de visitação e preservação das tradições locais;c) administrativos - implantação de trilhas ou caminhos em sistema de rodízio e de

administração de visitantes, além do controle sobre o uso inadequado dos recursos e serviços.II - preservação da biodiversidade.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................33)

Art. 137. A implementação do Programa Municipal de Desenvolvimento do Turismo Sustentável - PRÓ-ECOTURISMO - tem por objetivo, dentre outros:

I - planejar, regulamentar e fiscalizar a atividade turística no município, de forma a desenvolvê-la em harmonia com a preservação da biodiversidade, a conservação dos ecossistemas regionais, e o uso sustentável dos recursos naturais e do patrimônio histórico e cultural, visando a melhorar as condições de vida da população local;

II - incentivar a redução de resíduos, bem como seu tratamento e destinação final;III - estabelecer o número ideal de usuários dos atrativos e das atividades,

monitorando o impacto, controlando o crescimento do turismo e evitando a degradação ambiental, garantindo a qualidade dos produtos e serviços;

IV - fortalecer a cooperação interinstitucional, congregando os segmentos sociais interessados em investir e desenvolver a conservação do meio ambiente, promovendo a sinergia entre os segmentos da iniciativa privada, do setor público, da comunidade local e dos turistas e consumidores;

V - estabelecer o sistema de Licenciamento Turístico Ambiental - LTA, para as atividades, produtos e serviços turísticos oferecidos, com a formação de um cadastro municipal que identifique tais empreendedores e prestadores de serviços;

VI - promover a conscientização, capacitação e estímulo da população local para a atividade do turismo sustentável;

VII - identificar e otimizar o potencial turístico do município, mediante ações governamentais e apoio da iniciativa privada;

VIII - garantir a conservação de áreas representativas dos ecossistemas naturais da região, mediante o apoio à criação e manutenção de Unidades de Conservação públicas e privadas, de forma a incrementar o potencial turístico do município;

IX - promover, estimular e incentivar a criação e melhoria da infra-estrutura para a atividade do turismo, respeitando o número ideal de usuários para cada ecossistema;

X - promover o aproveitamento do turismo como veículo de educação ambiental;XI - valorizar e respeitar os costumes e tradições da comunidade local;XII - garantir a participação efetiva da comunidade local nas instâncias decisórias,

conforme princípios da Agenda 21.

Art. 138. Para atingir os objetivos propostos no Programa Municipal de Desenvolvimento do Turismo Sustentável - PRÓ-ECOTURISMO - o município poderá celebrar convênios, contratos, acordos, termos de compromisso e responsabilidade com a iniciativa privada, universidades, ONG’s, organizações da sociedade civil representativos do terceiro setor e instituições públicas municipais, estaduais e federais.

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Art. 139. Toda atividade, serviço ou empreendimento turístico, que esteja operando ou venha a operar no município, deverá obter a Licença Turística Ambiental - LTA, junto ao Poder Público Municipal, sem prejuízo de outras licenças exigíveis, e deverá atender aos critérios estabelecidos pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente e Saneamento - COMDEMA.

Art. 140. O Município poderá exigir a realização de estudo prévio de impacto sobre o meio ambiente para a emissão de licença de atividades ou empreendimentos previstos neste Capítulo que possuam potencial significativo de impacto sobre o meio ambiente, especialmente na emissão de gases poluentes do efeito estufa.

CAPÍTULO X - DA METEOROLOGIA DE SÃO LEOPOLDO

Art. 141. O Setor Municipal de Meteorologia coordenado pelo órgão ambiental do município tem por finalidade fornecer informações técnicas-meteorológicas sobre as condições de aproveitamento dos recursos da energia solar, energia hidráulica, energia eólica e dados climatológicos da região do Vale do rio dos Sinos.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................34)

Art. 142. Dentre a sua atuação, o Setor Municipal de Meteorologia gerencia as instalações, administração e manutenção da Estação de Meteorologia de São Leopoldo, sediada no Parque Municipal Imperatriz Leopoldina, em co-responsabilidade com a MetSul Meteorologia, conforme parcerias firmadas com o Serviço Municipal de Água e Esgotos - SEMAE e com o órgão ambiental do município.

Art. 143. Cabe ao Setor Municipal de Meteorologia:

I - cumprir as diretrizes traçadas pelas parcerias e convênios firmados entre o município de São Leopoldo e a MetSul Meteorologia;

II - exercer o controle geral do funcionamento da Estação Meteorológica, zelar pela conservação e segurança dos instrumentos, aparelhos e das instalações;

III - cumprir as normas técnicas na operação da estação e na elaboração das mensagens;

IV - efetuar leituras e anotações diárias, em horários previamente estabelecidos e elaborar, mensalmente um relatório técnico dos registros efetuados;

V - elaborar, semestralmente, relatórios das atividades e demonstrativos financeiros bem como um relatório do inventário do patrimônio ao final de cada ano;

VI - estabelecer, horários de visitação, autorizar a efetivação de atividades de terceiros na área da estação de Meteorologia.

TÍTULO IV - DOS MECANISMOS DE APOIO E CONTROLE DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS

CAPÍTULO I - DO CONTROLE AMBIENTAL INTEGRADO

Art. 144. O controle ambiental será efetuado de forma integrada, potencializado as ações de licenciamento com as ações de fiscalização ambiental.

SEÇÃO I - DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 145. Licenciamento ambiental é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação

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ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

Art. 146. Os procedimentos para o licenciamento ambiental variam de acordo com o tipo de empreendimento ou atividade efetiva ou potencialmente poluidora ou causadora de degradação ambiental, seu porte e grau de impacto, sendo licenciados em um único nível de competência.

Parágrafo Único. Para proceder a licença ambiental de atividades e portes de impacto poluidor local, o órgão ambiental municipal obedece às Resoluções e Normas estabelecidas pelos órgãos federais e estaduais competentes.

Art. 147. Com base nas informações obtidas na vistoria de enquadramento, a coordenação de Licenciamento Ambiental, do órgão licenciador, analisará se o empreendimento ou atividade é passível de licenciamento ambiental.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................35)

SUBSEÇÃO I - DA TAXA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL - TLA

Art. 148. Todo empreendimento ou atividade passível de licenciamento ambiental deverá recolher uma Taxa de Licenciamento Ambiental - TLA, cujo valor é arbitrado em função do porte do empreendimento e do potencial poluidor.

Parágrafo Único. É contribuinte da Taxa de Licenciamento Ambiental - TLA - o empreendedor público ou privado, signatário do pedido de licença ambiental, sendo o seu pagamento pressuposto para análise do projeto.

Art. 149. A Taxa de Licenciamento Ambiental - TLA - tem por fato gerador o exercício do poder de polícia decorrente do licenciamento ambiental de atividades, sendo recolhidas ao Fundo Municipal do Meio Ambiente – FUNDEMA.

SUBSEÇÃO II - DOS TIPOS DE LICENÇAS AMBIENTAIS

Art. 150. Licença Ambiental é o documento que autoriza, pelo prazo constante no mesmo, a viabilidade, a instalação ou o funcionamento de um empreendimento ou atividade e determina os condicionantes ambientais:

I - Licença Prévia - LP: licença que deve ser solicitada na fase de planejamento da implantação, alteração ou ampliação do empreendimento;

II - Licença de Instalação - LI: licença que deve ser solicitada na fase anterior à execução das obras referentes ao empreendimento ou atividade, sendo, nesta fase, analisados os projetos propostos e, somente após sua emissão, poderão ser iniciadas as obras do empreendimento ou atividade;

III - Licença de Operação - LO: licença que deve ser solicitada quando do término das obras referentes ao empreendimento ou atividade, sendo que somente após a emissão deste documento o empreendimento ou atividade poderá iniciar seu funcionamento;

IV - Licença Única - LU: documento que dispensa as licenças referidas nos incisos anteriores, concedido a empreendimentos ou atividades de mínimo porte, com grau potencial de poluição baixo e médio, conforme legislação complementar, quando estes não forem enquadráveis nos casos previstos nos incisos anteriores;

V - Autorização Ambiental: documento precário que autoriza, por um prazo não superior a um ano, uma determinada atividade não enquadrável nos incisos anteriores, conforme legislação complementar.

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SEÇÃO II - DA FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADA

Art. 151. A fiscalização integrada compreende toda e qualquer ação de agente ambiental, do Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMDEMA, quando for o caso, ou efetuado pelos diferentes órgãos do município, sob a coordenação do órgão ambiental do município, visando ao exame, vigilância, controle e verificação do atendimento às disposições contidas na legislação ambiental, neste regulamento e nas normas dele decorrentes.

Art. 152. A fiscalização do cumprimento das disposições estabelecidas nos códigos setoriais relacionados às questões sanitárias, urbanística e ambientais, particularmente o Código Municipal de Meio Ambiente e Zoneamento Ambiental e das normas dele decorrentes, será realizada pelos agentes ambientais do município, credenciados para esta finalidade, ou pelos demais servidores públicos designados para atos de ação fiscalizatória.

§ 1.º Uma vez designados para as atividades de fiscalização, os funcionários do órgão ambiental do município são autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental, proceder a todos os demais termos administrativos e instaurar processo administrativo.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................36)

§ 2.º O credenciamento e a designação de agentes ambientais de que trata este artigo dar-se-á por ato da autoridade máxima do órgão ambiental do município, mediante nomeação ratificada e formalizada por portaria do Prefeito Municipal, observando-se como exigência a prévia capacitação, habilitação e treinamento de servidores municipais em curso na área de legislação ambiental e de prática fiscalizatória.

Art. 153. Qualquer pessoa poderá denunciar a prática de infração ambiental ou dirigir representação por escrito ao órgão ambiental do município, para efeito do exercício do seu poder de polícia, cabendo aos seus servidores apurar de imediato as denúncias que chegarem ao seu conhecimento, mediante processo administrativo próprio, sob pena de co-responsabilidade nos termos da lei.

Parágrafo Único. Para fins deste artigo entende por poder de polícia a restrição imposta pelo Poder Público Municipal aos particulares que, limitando ou disciplinando direito, interesse, atividade ou empreendimento, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à proteção, controle ou conservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida no município de São Leopoldo.

Art. 154. No exercício da ação fiscalizadora, será assegurado ao agente ambiental credenciado, o livre acesso e a permanência, pelo tempo necessário, nos estabelecimentos públicos ou privados.

Parágrafo Único. Quando a ação fiscalizadora for impedida, sem prejuízo da aplicação de multa administrativa prevista em lei específica.

Art. 155. Mediante requisição do órgão ambiental do município perante as autoridades competentes, o agente ambiental credenciado poderá ser acompanhado por força policial para efetivo cumprimento da ação fiscalizadora, quando as circunstâncias assim indicarem.

Art. 156. Aos agentes de fiscalização credenciados compete:I - efetuar visitas e vistorias;II - verificar a ocorrência de infração lesiva ao meio ambiente;III - lavrar o Auto de Infração correspondente, fornecendo cópia ao autuado;IV - elaborar relatório de fiscalização;V - exercer atividade orientadora, visando à adoção de atitude ambiental positiva;

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VI - notificar o responsável por determinada ação irregular ou para prestar esclarecimentos sobre a mesma, em local, data e hora definidos;

VII - advertir, nos casos em que o dano ambiental ainda não foi causado ou para fazer cessar a irregularidade, sob pena de imposição de outras sanções;

VIII - analisar a impugnação ou defesa apresentada pelo autuado quando instado a manifestar-se;

IX - conduzir o infrator às autoridades competentes quando se tratar de crime ambiental, lavrando-se os termos administrativos pertinentes;

X - subsidiar ao Poder Judiciário, ao Ministério Público ou ao Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMDEMA - nas ações em que estiver figurado como atuante ou testemunha da ação fiscalizatória que deu origem à instauração de ação penal ou civil pública.

Art. 157. A fiscalização utilizar-se-á dos seguintes meios, objetivando aplicar as sanções administrativas ambientais:

I - Advertência;II - Intimação;III - Notificação;IV - multa simples;V - multa diária;

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................37)

VI - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna, flora e demais organismos, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;

VII - destruição ou inutilização do produto;VIII - suspensão de venda e fabricação do produto;IX - embargo de obra ou atividade;X - demolição de obra;XI - suspensão parcial ou total das atividades;XII - restritiva de direitos.

CAPÍTULO II - DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS E AUDITORIAS AMBIENTAIS

SEÇÃO I - DAS AUDIÊNCIAS AMBIENTAIS

Art. 158. Audiência ambiental é o procedimento de consulta à sociedade, ou a grupos sociais interessados em determinado problema ambiental ou potencialmente afetados por um projeto, a respeito de seus interesses específicos e da qualidade ambiental por eles preconizada.

§ 1.º A realização de audiência pública exige o cumprimento de requisitos, previamente fixados em regulamento, referentes a: forma de convocação, condições e prazos para informação prévia sobre o assunto a ser debatido; inscrições para participação; ordem dos debates; aproveitamento das opiniões expedidas pelos participantes.

§ 2.º A convocação de uma audiência pública ambiental ou de uma assembléia ambiental municipal poder ser solicitada por:

I - órgão ambiental municipal, sempre que julgar necessário;II - requisição do Ministério Público;III - requisição dos órgãos e/ou entidades do Conselho Municipal do Meio Ambiente

- COMDEMA;IV - requisição de 50 - cinqüenta - ou mais cidadãos.

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§ 3.º O prazo para publicação da convocação de uma audiência pública ambiental é de 15 - quinze - dias anteriores a sua ocorrência, divulgada na Prefeitura Municipal e publicada em jornal.

§ 4.º No caso de requisição de audiência pública ambiental para avaliação de Estudo de Impacto Ambiental - EIA - e o Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, o prazo estabelecido para publicação da convocação é de 45 - quarenta e cinco - dias, obedecendo ao exposto nas Resoluções do CONAMA.

SEÇÃO II - DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS

Art. 159. Toda a atividade de elevado potencial poluidor ou processo de grande complexidade ou, ainda, de acordo com o histórico de seus problemas ambientais, deverá realizar auditorias ambientais periódicas, às expensas e responsabilidade de quem lhe der causa.

Parágrafo Único. Para outras situações não caracterizadas no caput deste artigo, poderão ser exigidas auditorias ambientais, a critério do órgão ambiental competente.

Art. 160. O relatório da auditoria ambiental, no prazo determinado pelo órgão ambiental, servirá de base para a renovação da Licença de Operação - LO - do empreendimento ou atividade, garantido o acesso público ao mesmo.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................38)

Art. 161. A auditoria ambiental será realizada por equipe multidisciplinar habilitada, cadastrada no órgão ambiental competente, não dependente direta ou indiretamente do proponente do empreendimento ou atividade, e que será responsável tecnicamente pelos resultados apresentados.

Art. 162. Serão de responsabilidade do proponente do empreendimento ou atividade todas as despesas e custos referentes à realização da auditoria ambiental, além do fornecimento ao órgão ambiental competente de pelo menos 05 - cinco - cópias.

Art. 163. Respeitado o sigilo industrial, assim solicitado e demonstrado pelo interessado, a auditoria ambiental será acessível ao público. Suas cópias permanecerão à disposição dos interessados, na biblioteca do órgão ambiental competente, inclusive durante o período de análise técnica.

Art. 164. O órgão ambiental colocará à disposição dos interessados o relatório de auditoria ambiental, através de edital em jornal de grande circulação na região.

Art. 165. Não haverá descontinuidade nas renovações da Licença de Operação - LO - do empreendimento ou atividade durante a análise da auditoria ambiental, até a emissão do parecer técnico final do mesmo, salvo na constatação de dano ambiental.

Art. 166. No caso de negligência, imperícia, imprudência, falsidade ou dolo na realização da auditoria, o auditor não poderá continuar exercendo sua função no município, por prazos que serão definidos em regulamento próprio.

Art. 167. O período entre cada auditoria ambiental não deverá ser superior a 03 - três - anos, dependendo da natureza, porte, complexidade das atividades auditadas e da importância e urgência dos problemas ambientais detectados.

Art. 168. As auditorias ambientais deverão contemplar:I - levantamento e coleta de dados disponíveis sobre a atividade auditada;II - inspeção geral, incluindo entrevistas com diretores, assistentes técnicos e

operadores da atividade auditada;

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III - verificação entre outros, das matérias-primas, aditivos e sua composição, geradores de energia, processo industrial, sistemas e equipamentos de controle de poluição - concepção, dimensionamento, manutenção, operação e monitoramento; planos e sistemas de controle de situações de emergência e risco, os subprodutos, resíduos e despejos gerados da atividade auditada;

IV - elaboração de relatório contendo a compilação dos resultados, análise dos mesmos, proposta de plano de ação visando à adequação da atividade às exigências legais e a proteção ao meio ambiente.

Art. 169. As auditorias ambientais dos empreendimentos ou atividades utilizadoras de recursos ambientais licenciados através do Estudo de Impacto Ambiental - EIA - e Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, além de atender à legislação, em especial os princípios e objetivos desta lei e seu regulamento e os expressos na Lei n.º 6.938, de 31 de agosto de 1981, deverá conter as seguintes atividades técnicas:

I - confrontar os impactos ambientais gerados na implantação e operação da atividade com os previstos no Estudo de Impacto Ambiental - EIA - e Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, considerando o diagnóstico ambiental da área de influência do projeto e seus efeitos no meio físico, biológico, nos ecossistemas naturais e meio socioeconômico;

II - reavaliar os limites da área geográfica realmente afetada pela atividade e comparar com os previstos no Estudo de Impacto Ambiental - EIA - e Relatório de Impacto Ambiental - RIMA;

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................39)

III - relacionar o desenvolvimento econômico da área de influência do projeto, considerando os planos e programas governamentais realmente implementados, os benefícios e ônus gerados pela atividade e os impactos ambientais negativos e positivos;

IV - identificar os impactos ambientais não previstos no Estudo de Impacto Ambiental - EIA - e Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, ou a sua tendência de ocorrência, especificando os agentes causadores e suas interações;

V - apresentar estudo comparativo do monitoramento realizado no período, com os impactos ambientais previstos no Estudo de Impacto Ambiental - EIA - e Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, considerando a eficiência das medidas mitigadoras implantadas e as realmente obtidas;

VI - apresentar cronograma de ações corretivas e preventivas de controle ambiental, e se couber, projetos de otimização dos equipamentos de controle e sistemas de tratamento, com o seu respectivo dimensionamento, eficiência e forma de monitoramento com os parâmetros a serem considerados.

Art. 170. Ao determinar a execução da auditoria ambiental, o órgão ambiental competente poderá fixar diretrizes adicionais que, pelas peculiaridades do projeto e características ambientais da área, forem julgadas necessárias.

Art. 171. A primeira auditoria ambiental dos empreendimentos ou atividades referidos no caput deste artigo deverá ser realizada no prazo máximo de 05 - cinco - anos após a emissão da primeira Licença de Operação - LO, sem prejuízo às demais exigências do órgão ambiental competente.

CAPITULO III - DO RELATÓRIO MUNICIPAL DE QUALIDADE AMBIENTAL - RMQA

Art. 172. A Prefeitura Municipal proporá, com a coordenação do órgão ambiental do município e do Serviço Municipal de água e Esgotos - SEMAE, integradamente com o a Secretaria Municipal de Saúde - SEMSAD - e com instituições comunitárias e ambientalistas, um Relatório Municipal de Qualidade Ambiental - RMQA.

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§ 1.º O Relatório Municipal de Qualidade Ambiental - RMQA - constitui um instrumento de avaliação qualitativa do meio ambiente no município de São Leopoldo e deverá apresentar as ações objetivas do Governo Municipal no ano em foco, no âmbito da sua responsabilidade, que garantam, no mínimo, a manutenção da atual condição ambiental da cidade.

§ 2.º O Relatório Municipal de Qualidade Ambiental - RMQA - deverá apresentar uma análise criteriosa da efetividade da política municipal do meio ambiente, assim como da compatibilidade entre as atividades produtivas, econômicas ou não, e a preservação do meio ambiente em que elas ocorrem.

§ 3.º O Relatório Municipal de Qualidade Ambiental - RMQA - deverá ser apresentado, anualmente, no primeiro semestre seguinte ao término de cada ano, na ordem do dia, em Sessão na Câmara de Vereadores do Município para consideração e debate do Poder Legislativo Municipal.

Art. 173. Na sistematização do Relatório Municipal de Qualidade Ambiental - RMQA, manter-se-á a mesma estrutura básica, de modo a facilitar a comparação dos Relatórios de ano após ano.

Parágrafo Único. O Relatório Municipal de Qualidade Ambiental - RMQA - deverá apresentar:

a) 01 - um - capítulo para avaliação do desempenho das políticas públicas municipais, estaduais e federais;

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................40)

b) 01 - um - capítulo para analisar o esforço pelo cumprimento da legislação federal;

c) 01 - um - capítulo com a proposta dos testemunhos de entidades ambientalistas e do Fórum dos Arroios;

d) 01 - um - capítulo deverá descrever a situação dos ambientes aquáticos, como o rio dos Sinos no trecho em São Leopoldo, os arroios, nascentes, os banhados, as águas subterrâneas; a cobertura florestal; o solo e subsolo; da qualidade do ar, o controle de vetores e outros itens que sejam selecionados pelas entidades que participam da organização do Relatório Municipal de Qualidade Ambiental - RMQA.

Art. 174. A Secretaria Municipal de Saúde - SEMSAD - e o Conselho Municipal de Saúde, quando do início do Relatório Municipal de Qualidade Ambiental - RMQA, deverão enviar um informe, para que nele conste, a situação atual da saúde no município com frente à qualidade do meio ambiente.

CAPÍTULO IV - DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E SANEAMENTO

Art. 175. A Prefeitura Municipal de São Leopoldo, com o auxílio do Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMDEMA - realizará a cada dois anos uma Conferência Municipal de Meio Ambiente e Saneamento, aberta à participação popular, para avaliar a situação da qualidade e da salubridade ambiental e propor, debater, modificar e formular as políticas de gestão sanitária e ambiental.

Art. 176. A Conferência Municipal de Meio Ambiente e Saneamento reunir-se-á obrigatoriamente no primeiro ano de mandato do Prefeito Municipal, em consonância com as Conferências Nacionais do Meio Ambiente e das Cidades.

§ 1.° Compete ao Poder Executivo Municipal a convocação ordinária da Conferência de que trata o caput, e ao Executivo ou ao Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMDEMA - a convocação extraordinária.

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§ 2.° Serão realizadas pré-conferências regionais, de acordo com a distribuição geográfica das sub-bacias de São Leopoldo, conforme descrito no art. 10 desta lei, visando a assegurar a participação dos mais variados segmentos sociais, bem como o acesso da população aos debates a cerca das questões socioambientais em geral.

§ 3.° A Conferência Municipal de Meio Ambiente e Saneamento terá sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovado previamente pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMDEMA.

CAPÍTULO V - DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

Art. 177. Os conselhos setoriais são mecanismos de deliberação pública, criados no interior do Poder Executivo Municipal, para a participação da sociedade civil, onde o papel dos conselheiros é deliberar, juntamente com o poder público, sobre as respectivas políticas públicas em que atuam.

Art. 178. O Poder Executivo criou os conselhos setoriais para propor e deliberar

sobre diretrizes para os planos e programas, bem como auxiliar e controlar diretamente as ações do governo municipal, de modo particular os conselhos com atuação na área do desenvolvimento urbano, sanitário e ambiental:

I - Conselho Municipal do Plano Diretor - COMPLAD;II - Conselho Municipal da Saúde - CMS;

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................41)

III - Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMDEMA;IV - Conselho Municipal de Habitação e Interesse Social - CMHIS; V - Conselho Municipal de Segurança Pública.

Parágrafo Único. Observadas as suas especificidades e finalidades constitutivas, cabe aos conselhos setoriais, dentre outras atribuições, o controle dos respectivos fundos setoriais.

SEÇÃO I - DO CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE - COMDEMA

Art. 179. O Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMDEMA - é um órgão colegiado paritário, autônomo, deliberativo e com atuação nas áreas afins, especialmente em saneamento e meio ambiente.

Art. 180. O Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMDEMA - é o órgão externo, de apoio, ao Sistema Integrado de Saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA, com a finalidade de estudar, propor, deliberar e fiscalizar no âmbito de sua competência, a implementação de diretrizes das políticas governamentais para o meio ambiente e saneamento, os recursos em processos administrativos e normas e padrões relativos ao meio ambiente e saneamento.

Parágrafo Único. A regulação da prestação de serviços em saneamento e meio ambiente será exercida por um órgão regulador definido pelo Poder Executivo Municipal, em conformidade com a Lei n.o 11.445, de 6 de janeiro de 2007.

SEÇÃO II - DO FUNDO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE - FUNDEMA

Art. 181. O Fundo Municipal do Meio Ambiente - FUNDEMA, criado pela Lei Municipal n.º 4.900, de 2 de abril de 2001 e reestruturado pela Lei Municipal n.º 5.643, de 20 de junho de 2005, é o órgão vinculado à administração direta do município, com a finalidade de

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arrecadar, captar e gerenciar os recursos financeiros resultantes de atos e ações administrativas praticados em defesa do saneamento e do meio ambiente.

Art. 182. De acordo com a legislação municipal vigente, o Fundo Municipal do Meio Ambiente - FUNDEMA - tem como objetivos o financiamento de planos e programas, projetos, cursos e congressos, pesquisa e tecnologia que visem ao uso racional e sustentado dos recursos naturais, bem como a implantação de ações voltadas ao controle, à fiscalização, à defesa e à recuperação sanitária e ambiental.

CAPÍTULO VI - DOS CÓDIGOS SETORIAIS

Art. 183. Os códigos setoriais constituem-se em mecanismos que estabelecem regras específicas e/ou complementares para as respectivas áreas de atuação, especialmente, aquelas relacionadas como o desenvolvimento urbano e ambiental do Município.

Parágrafo Único. Dentro dos prazos estabelecidos pelo Plano Diretor Municipal, - PDM - o município deverá encaminhar a edição, revisão ou atualização dos códigos setoriais.

SEÇÃO I - DAS INTERFACES ENTRE OS CÓDIGOS SETORIAIS

Art. 184. Os códigos setoriais com atuação na área do desenvolvimento urbano e ambiental apresentam várias interfaces entre si e com o Código Municipal de Meio Ambiente e Zoneamento Ambiental, quais sejam:(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................42)

I - Código Municipal de Obras, instituído pela Lei Municipal n.º 1.890, de 23 de dezembro de 1976 e sua atualização;

II - Código Municipal de Posturas, instituÍdo pela Lei Municipal n.º 1.418, de 23 de janeiro de 1969 e sua atualização;

III - Código Municipal Sanitário a ser elaborado sob a coordenação da Secretaria Municipal da Saúde - SEMSAD.

SEÇÃO II - DO CÓDIGO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

Art. 185. O Código Municipal de Meio Ambiente e Zoneamento Ambiental tem por finalidade regular os direitos e obrigações concernentes à proteção, controle, conservação e recuperação sanitária e ambiental no Município de São Leopoldo, integrando-o ao Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA.

Art. 186. A lei que instituirá o Código Municipal do Meio Ambiente e Zoneamento

Ambiental deverá considerar a política de saneamento e gestão ambiental do Município, respeitadas as competências da União e do Estado, objetiva manter o meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade, o dever de promover sua proteção, controle, conservação e recuperação para as presentes e futuras gerações.

CAPÍTULO VII - DA SEMANA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

Art. 187. A Semana do Meio Ambiente é uma atividade central do Município e realizar-se-á na primeira semana de junho de cada ano.

Parágrafo Único. O dia 05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, é a data base para a Semana do Meio Ambiente.

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Art. 188. A Comissão formada pelos órgãos gestores e co-gestores do Sistema Integrado de Saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA, bem como por outras entidades ecológicas organizarão o evento que trata o artigo anterior.

TÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 189. Com o intuito de observar a organização intersetorial e legal do desenvolvimento urbano, saneamento e gestão ambiental e também o Plano Diretor Municipal - PDM, Lei Municipal n.º 6.125, de 19 de dezembro de 2006, a Prefeitura Municipal de São Leopoldo encaminhará para a aprovação da Câmara Municipal, até 19 de dezembro de 2007 o Marco Regulatório do Saneamento e Meio Ambiente, sistematizado nos seguintes projetos de lei:

I - que dispõe sobre a Política Municipal Integrada de Saneamento e Gestão Ambiental;

II - que dispõe sobre o Código Municipal de Meio Ambiente e Zoneamento Ambiental;

III - que dispõe sobre o Plano Municipal de Gestão Integrada das Sub-bacias do Rio dos Sinos.

Art. 190. Além das leis que tratam o artigo anterior, a sistematização do anteprojeto de lei levará também em consideração os seguintes estudos:

I - as demandas socioambientais apresentadas pela população;II - os dados do Projeto Monalisa - Monitoramento das Alterações Ambientais de

Impactos Sobre Arroios da Bacia do rio dos Sinos;III - a leitura social do Processo Participativo do Plano Diretor em 2006;

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................43)

IV - os diagnósticos socioambientais do Projeto de Olho no Ambiente;V - a pesquisa da Agenda 21 na Rede Escolar de São Leopoldo.

Art. 191. O processo de construção da Política Municipal de Desenvolvimento Socioambiental - Agenda 21 Local, será conduzido por um Fórum Municipal da Agenda 21 e Combate ao Aquecimento Global, convocado, organizado e presidido pelo Prefeito Municipal.

Art. 192. O Plano de Ação da Prefeitura Municipal de São Leopoldo em Prol da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos é parte integrante da presente lei, constante do Anexo A, e o Protocolo de Compromisso da Prefeitura de São Leopoldo no Combate ao Aquecimento Global, consta no Anexo B.

Parágrafo Único. As informações e proposições do Plano de Ação, juntamente com o Protocolo de Compromissos de Combate ao Aquecimento Global, serão aproveitados na sistematização da Política Municipal de Desenvolvimento Socioambiental - Agenda 21 Local.

Art. 193. No dia 16 de novembro de cada ano comemora-se, no município de São Leopoldo, o Dia do Rio dos Sinos.

Parágrafo Único. Em homenagem a Henrique Luiz Roessler, patrono do ambientalismo no Brasil e filho desta cidade, a semana em que está inserido este dia é denominada Semana Roessler no município de São Leopoldo.

Art. 194. O projeto de lei do primeiro Plano Municipal de Gestão Integrada de Saneamento Ambiental - PLAMASA - deverá ser encaminhado ao Poder Legislativo Municipal até 03 - três - anos após a publicação da presente lei.

Parágrafo Único. O Plano Municipal de Gestão Integrada de Saneamento Ambiental - PLAMASA - e os demais planos de gestão integrada terão a vigência correspondente ao quadriênio do Plano Plurianual 2009-2013.

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Art. 195. Fica criada a Central de Serviços do Município de São Leopoldo, vinculada ao Sistema Municipal Integrado de Saneamento e Gestão Ambiental - SINGEA.

§ 1.° A Central referida no caput deste artigo será responsável pelo gerenciamento de todos os serviços urbanos de responsabilidade da Prefeitura Municipal de São Leopoldo, bem como servirá de apoio ao Núcleo Intersetorial de Desenvolvimento Urbano.

§ 2.° O quadro de pessoal da Central de Serviços do Município será formado por servidores públicos da Secretaria Municipal de Obras Viárias e Serviços - SEMOV, da Secretaria Municipal de Obras da Zona Norte - SENORTE, Secretaria Municipal de Obras da Zona Leste - SELESTE, do órgão ambiental do município e Serviço Municipal de Água e Esgotos - SEMAE.

§ 3.° As despesas de instalação e manutenção da Central de Serviços do Município serão custeadas através de orçamentos próprios dos órgãos elencados no parágrafo anterior.

§ 4.º Fica vinculada à Central de Serviços do Município de São Leopoldo a Central de Fiscalização Municipal, que será criada por ato do Poder Público Municipal.

Art. 196. O Poder Executivo Municipal regulamentará esta lei, somente no que

couber, até 180 - cento e oitenta - dias, a contar da data de sua publicação.

Parágrafo Único. As disposições da presente lei, cujos prazos estão em aberto, os respectivos encaminhamentos requeridos, deverão ser definidos no prazo máximo de 02 - dois - anos, a contar da publicação desta lei.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................44)

Art. 197. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 198. Revogam-se as disposições em contrário, especificamente, a Lei Municipal n.º 3.006, de 23 de dezembro de 2005; Lei Municipal n.º 3.486 de 04 de agosto de 1989; Lei Municipal n.º 3.626, 06 de dezembro de 1990; Lei Municipal n.º 4.060, de 27 de março de 1995; Lei Municipal n.º 4.853-A de 04 de outubro de 2000; Lei Municipal n.º 5.794 de 02 de dezembro de 2005 e a Lei Municipal n.º 5.798 de 05 de dezembro de 2005.

Prefeitura Municipal de São Leopoldo, 17 de dezembro de 2007.

ARY JOSÉ VANAZZI PREFEITO

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(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................45)

Anexo A - Plano de Ação em Prol da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos

PLANO DE AÇÃO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LEOPOLDO EM PROL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOS SINOS

(Versão atualizada em 03/12/2007)

a) Ações Emergenciais – Curto Prazo

DEMANDA / ATIVIDADE RESPON-SÁVEL LOCAL

Atuação em conjunto com a Força Tarefa coordenada pelo SIGA/FEPAM na fiscalização do Rio dos Sinos no seu trecho inferior.

SEMASEMMAM SL

Intensificação das ações fiscalizatórias sobre as indústrias de SLFoco 1: indústrias com alto potencial poluidor e localizadas nas proximidades dos arroios (sub-bacias) e do rio.Foco 2: disposição irregular de resíduos sólidos.

SEMMAM SL

Execução do Plano de Arborização Urbana 2007-2008

Meta: Plantar 10 mil mudas de árvores até 21 de setembro de 2008

SEMMAM SL

Difusão do Decreto Municipal sobre o Combate ao “Desdobramento SL

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Desperdício de Água em São Leopoldo.

Incluir no Código Municipal de Meio do Ambiente.

do novo Plano Diretor

SEMAE / SEMMAM

Estudo do projeto para instalação de filtros anaeróbicos para destinação de esgoto doméstico

Incluir no Código Municipal de Meio do Ambiente.

“Desdobra-mento

do Plano Diretor”SEMAE / SEMMAM

SL

Estudo do projeto referente ao cadastramento e monitoramente de poços artesianos, cisternas e similares.

Incluir no Plano Municipal de Saneamento Ambiental e no Código Municipal de Meio do Ambiente.

“Desdobra-mento

do novo Plano Diretor”SEMAE / SEMMAM

SL

Conclusão e apresentação do Relatório do Diagnóstico produzido pelo PRÓ-GIRS – Programa de Gerenciamento Interno de Resíduos Sólidos do Município de São Leopoldo

SEMMAMSEMAE

Câmara Municipal

de SL

Formalização do GT do Plano de Saneamento Ambiental (GT PLAMASA) por Portaria do Prefeito Municipal.

Perspectiva de: consolidação da política de gestão socioambiental integrada e participativa e o Sistema Integrado de Saneamento e Gestão Socioambiental (SINGEA).

Previsão: instalação e funcionamento do GT PLAMASA até março de 2008.

GP/PMSLSEMMAMSEMAESEPLAN

SEMEDESSEMHABSEMUSPSENSADSMEDSECOPPGM

GPPMSL

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................46)

Apresentação do Projeto Socioambiental de São Leopoldo. Dia: 08 de dezembro de 2007 - – Ênfase nos projeto da 3º Etapa do Parque Municipal Imperatriz Leopoldina

“A maior Unidade de Conservação Municipal em área urbana do Estado do Rio Grande do Sul”

170 ha – Parque Natural 06 ha – Parque de Lazer

GP/PMSLSEMMAMSEMAESEPLAN

SEMEDESSEMHABSEMUSPSENSADSMEDSECOPPGM

SLAV.

Imperatriz, 900

PINHEIROS

Reforçar as Caravanas Ambientais em 2008 - Articular e unificar o Programa das Caravanas Ambientais com os demais programas de educação ambiental da OGEA/PMSL, COMITESINOS e CONSÓRCIO PRÓ-SINOS

Meta: implantação do Fórum dos Arroios de São Leopoldo até julho de 2008

SEMMAMOGEA/PMSL

COMITE-SINOS CONSÓRCIO PRÓ-SINOS

SL

Conclusão do Processo de Elaboração da Política de Desenvolvimento Socioambiental - Agenda 21 Leopoldense

Instrumentos: - Potencializar os diagnósticos já produzidos, combinados com as disposições do novo Plano Diretor Municipal- Integrar o Projeto de Olho no Ambiente ao processo da Agenda

SEMMAMSEPLANSEMAESEMUSPSEMHABSENSADSMED

SL

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21 Leopoldense- Agenda 21 Escolar/2005- Compor o GT e elaborar o texto-base da Política Municipal de Desenv. Socioambiental- Constituir o Fórum da Agenda 21 Leopoldense

Previsão: retomar o processo até dezembro de 2008 e concluí-lo em julho de 2009

PGMCOODERNA-

DORIASOGEA

PETROBRAS

Conclusão das obras de Macro-Drenagem da AV. Atalíbio de Resende

Previsão: até dezembro de 2007

SEMOV SL

Manutenção e conservação da Macro-Drenagem de SL - Sistema de Proteção ás Cheias (diques / casas de bombas) Incluir no Plano Municipal de Saneamento Ambiental – PLAMASA

SEMAESEMOV

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO

SL

Desassoreamento do Rio do Sinos – Canal no trecho de SL (entre a Ponte Ferroviário e a Estação 04)

Pendência: Conclusão do projeto pelo Escritório do Ministério da Integração e encaminhamento do Licenciamento Ambiental junto à FEPAM

SEMMAMMINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO SL

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................47)

Implantação da 2º e 3º Etapas do Projeto Integrado Parque Imperatriz Leopoldina

Prioridade: Aprovar e desenvolver a proposta do Plano de Manejo do Parque Natural durante o ano de 2008 – Incluir o Parque Natural no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC)

Meta: 1- concluir a implantação da 2º etapa até março de 2008;2- iniciar a implantação da 3º etapa em abril de 2008

SEMMAMSEMHABSECOPSEPLANSEMUSPSEMEDESSEMAESACIS

SLMMASEUC

Ampliação do Programa de Coleta Seletiva Compartilhada

Instrumento: Programa de Gerenciamento Interno de Resíduos Sólidos (PRÓ-GIRS) em Estabelecimentos Públicos e Privados de SL

Meta: 1- Atingir 80% dos estabelecimentos até dezembro de 20082- Atingir 100% dos bairros de SL até julho de 2008

SEMMAMSACIS

SEMEDESSL

b) Ações de Médio e Longo Prazo DEMANDA / ATIVIDADE RESPON- LOCAL

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SÁVELReforçar a política e as ações de Licenciamento Ambiental, principalmente sobre as empresas com potencial poluidor

Meta: atingir 60% dos empreendimentos instalados em São Leopoldo até dezembro de 2008

SEMMAM SL

Implantar a Estação de Tratamento de Esgoto Feitoria – ETE Feitoria - População atendida: 40 mil pessoas

Meta: o Município atingirá 50% do esgoto coleta e tratado até dezembro 2008

SEMAE SL

Duplicação da ETE Vicentina – Recepção do esgoto sanitário da Região Nordeste (Rio dos Sinos/ Santos Dumont)

Meta: conclusão da ampliação até dezembro de 2008SEMAE SL

Implantação da 1º Etapa do Sistema de Rede Coletora e Tratamento de Esgoto dos conjuntos habitacionais da região Nordeste (COOHAP / COOPERPROGRESSO) – Transferência até a ETE Vicentina

Meta: 1- Conclusão da 1º etapa até dezembro de 20082- Efetivação da 2º etapa, com a implantação da Rede Coletora na Vila Brás / Santos Dumont até dezembro de 2009.

SEMAEMIN. CIDADES SL

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................48)

Implantação da nova Estação de Captação de Água Bruta – Ampliação do sistema de captação de águaProjeção: ampliar a capacidade de captação de 900 l/s para 2.330 l/s

Meta: garantir o abastecimento de água em quantidade e qualidade para os próximos 30 anos

SEMAE SL

Implantação da Unidade de Compostagem Santa Marta

Projeção: potencializar o reaproveitamento da fração orgânica dos resíduos sólidos provenientes da coleta domiciliar para fins de obtenção de fertilizante e redução de gases de efeito estufa. Destinação final dos resíduos arbóreos provenientes da coleta da Prefeitura.

Meta: 1- viabilizar a implantação Unidade até dezembro de 20082- viabilizar a comercialização dos créditos carbono obtidos na operação da Unidade até dezembro de 2008

SEMMAMSEPLANSACIS

MIN, CIDADES

SL

Implantação da Unidade de Beneficiamento dos Resíduos da Construção Civil e Demolição

Projeção: implantação do PRÓ-GIRS visando o reaproveitamento

SEMMAMSACIS

SEMHABSINDUSCOM

SL

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dos resíduos provenientes da demolição para os projetos de geração de trabalho e renda da PMSL

Meta: viabilizar o projeto até dezembro de 2008.Implantação da Unidade de Beneficiamento de Materiais Inertes provenientes de empresas coletoras de entulhos e dos resíduos da drenagem urbana

Meta: viabilização da Unidade / Aterro até julho de 2008

SEMMAMSEMAE

EMPRESAS GERADORAS

SL

Tratamento integrado dos Resíduos Sólidos Domésticos através da reciclagem e do reaproveitamento

Meta: não disposição em aterro sanitário de resíduos sólidos domésticos até 2018.

SEMMAMPRÓ-SINOSMin. Cidades SL

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................49)

Implantação do Plano de Aceleração do Crescimento - PAC de Recuperação do Arroio Kruse

Recuperação de APP degradada da sub-bacia do Arroio Kruse, com reassentamento de famílias, com base na CONAMA 369/06. Na 1º e 2º fases.

Meta: 1- plano de educação ambiental a curto, médio e longo prazo para toda sub-bacia, da 1º e 2º fase, finalizado, com efetivação até 2012;2- conclusão da recuperação das zonas de intervenção até dezembro de 20083- conclusão da recuperação da sub-bacia, 2º fase, até 2010.

SEMMAMSEMHABSEPLANSEMOVSEMAESACISSMC

COOD. DA JUVENTUDECOORD. DA

MULHER

SL

Implantação do Plano de Aceleração do Crescimento - PAC de Recuperação do Arroio da ManteigaRecuperação de APP degradada da sub-bacia do Arroio da Manteiga, com reassentamento de famílias, com base na CONAMA 369/06. Na 1º e 2º fases.

Meta: 1- plano de educação ambiental a curto e médio prazo para sub-bacia, da 1º fase, finalizado, com efetivação até 2009;2- conclusão da recuperação da sub-bacia, 2º fase até 2012.

SEMMAMSEMHABSEPLANSEMOVSEMAESACISSMC

COOD. DA JUVENTUDECOORD. DA

SL

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MULHERImplantação do Plano de Aceleração do Crescimento - PAC do Arroio João Correa Dragagem e recuperação do Arroio João Correa.

Previsão: até dezembro de 2010.

SEMOVSEMAE

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO

SL

Implantação do Plano de Aceleração do Crescimento - PAC do Morro do Paula

Previsão: Implantação do Parque do Morro do Paula, com alternativas de geração de trabalho e renda, com regularização fundiária das famílias com base na CONAMA 369/06, até dezembro de 2009.

SEMMAMSEPLAN

CONSÒRSIO PRÓ-SINOS

SACISSEMHAB

SL

Recuperação do Arroio Gauchinho e Reassentamento das Famílias ribeirinhas

Meta:1- Obras de terraplanagem, redimensionamento da bacia de inundação concluídas.2- Construção das unidades habitacionais, infra-estrutura e equipamentos até dezembro de 2008.3- Recuperação da APP do Arroio Gauchinha até dezembro de 2009.

SEPLANSEMHABSEMOV

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO

SL NH

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................50)

Anexo B – Protocolo de Compromisso da Prefeitura de São Leopoldo no Combate ao Aquecimento Global

Este documento constitui-se num marco na defesa do meio ambiente, o qual, procura sobretudo, organizar as políticas públicas desenvolvidas pela Prefeitura Municipal de São Leopoldo, especialmente, aquelas voltadas ao saneamento ambiental da bacia hidrográfica do Rio Sinos.

O presente Protocolo foi oficialmente lançado pelo Prefeito Municipal Ary Vanazzi em ato público no Dia Mundial do Meio Ambiente - 05 de junho, no Ginásio Municipal Celso Morbach. Em seguida, o mesmo passou por uma atualização, apresentada em 03 de dezembro de 2007, para ser incluída como Anexo do projeto de lei da Política Municipal Integrada de Saneamento e Gestão Ambiental.

INTRODUÇÃO

AS CIDADES SÃO IMPORTANTES PARA ATENUAR O AQUECIMENTO GLOBAL

As cidades concentram mais da metade da população do planeta, consomem três quartos de energia e emitem 80% dos gases de efeito estufa. Então, nenhuma transformação se fará, sem a participação dos representantes das cidades.

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Os municípios podem fazer muito, independentemente da União e dos estados. É possível, por exemplo, reduzir os gases de efeito estufa por meio da adequação das indústrias, do transporte coletivo e do tratamento de esgoto e de resíduos sólidos.

Porém, segundo o meteorologista Eugenio Hackbart, Diretor da MetSul - Meteorologia de São Leopoldo e reconhecido ambientalista brasileiro, é preciso ter muito cuidado ao debitarmos o aumento das temperaturas somente ao consumo de energia com base nos combustíveis fósseis: “O que explica este comportamento térmico não é o aquecimento global, mas os processos da expansão urbana, apresentando de um crescimento exponencial nas construções desde o começo do século”.

Estas afirmações vêem ao encontro da publicação dos relatórios IPCC (2007) confirmando que o aquecimento global não é apenas um processo cíclico da natureza de aquecimento-esfriamento, mas afirmam também, que as ações humanas têm a sua contribuição significativa em função das elevadas emissões de gases, bem como dos processos industriais, que levam à acumulação na atmosfera de gases causadores do efeito estufa, tais como o Dióxido de Carbono (CO2) e gás Metano (CH4).

Além destes, os chamados gases Freeon (CFCs), que destroem a camada de Ozônio (O3), o Dióxido de Nitrogênio (NO2) e o Trióxido de Enxofre (SO3), que provocam as chuvas ácidas, são geradores principalmente nos grandes centros urbanos, como é o caso de São Leopoldo. Isso tem provocado alterações consideráveis na atmosfera, com conseqüências imprevisíveis, que tem colocado em risco a sobrevivência de várias espécies, inclusive a humana.

As cidades contribuem ainda com o efeito estufa, por meio da impermeabilização do solo, lixões e desperdício de água e de energia. Diante disso, é imprescindível repensar a maneira como tradicionalmente tratamos o desenvolvimento das cidades brasileiras. Por isso, a participação e as ações das autoridades locais são fundamentais para diminuir o aquecimento global.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................51)

O desenvolvimento de cenários alternativos para cada cidade pode auxiliar nos planos de ações mitigadoras levando em conta as necessidades do local e estabelecer estratégias para atingi-las. Embora os cenários não sejam modelos prontos, o seu objetivo principal é identificar o que pode ocorrer, levando as pessoas a pensar em caminhos alternativos para um futuro desejável sob o enfoque do desenvolvimento sustentável.

O desenvolvimento sustentável é um conceito crucial, presente na pauta das grandes questões globais, associado à preservação de recursos naturais para as gerações futuras. A população mundial atual é de 6,4 bilhões de habitantes, e a previsão é de que em meados do século XXI esse número seja de 9,5 bilhões de pessoas, isso exige que para condições de vida mais saudável se adote uma outra lógica contraria à lógica de crescimento econômico a qualquer custo. Neste contexto, o Brasil com uma população de 186 milhões de habitantes (IBGE, 2006) é muito vulnerável e não está preparado aos efeitos danosos do aquecimento global.

Neste sentido, cabe aos municípios responsabilidades pela elaboração Planos de Ações e Estratégias visando a qualidade ambiental na cidade e região contribuindo para o equilíbrio do nosso planeta. Algumas diretrizes que devem ser tratadas:

Ampliar e difundir o debate concernente às mudanças climáticas tornado-o como um tema de debate permanente entre a população local e representantes da sociedade civil, área acadêmica e o legislativo;

Atuar como catalisador das discussões sobre as definições de estratégias nacionais de desenvolvimento e fomentar o uso de tecnologias alternativas para gerar informações, análises e avaliações;

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Aprofundar o debate sobre as questões relacionadas ao desenvolvimento regional e desenvolver propostas de programas e ações de MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo;

Viabilizar os programas e as ações que visam a diminuição da geração de resíduos sólidos.

Com base nessas iniciativas, o Município poderá organizar e publicar um relatório anual de um balanço ambiental para apresentar seus Inventários de emissões, utilização da biomassa e preservação ambiental.

OBJETIVOS E AÇÕES DA PREFEITURA DE SÃO LEOPOLDO NO COMBATE AO AQUECIMENTO GLOBAL

Considerando a trajetória e o pioneirismo de São Leopoldo na luta ambientalista no Brasil, com a UPN de Roessler em 1955, o COMDEMA de Mário Fonseca em 1979 e a criação do COMITESINOS em 1988;

Considerando que a Agenda 21 Leopoldense é um processo permanente, e que portando, o somatório das ações e projetos que vem sendo implementados pela Administração Popular constitui a própria Política Municipal de Desenvolvimento Socioambiental;

Considerando a importância de São Leopoldo manter-se na vanguarda da luta ambientalista no Brasil, o Prefeito Municipal Ary Vanazzi resolve apresentar este Protocolo de Compromisso, contendo ações e programas em prol do movimento mundial no combate ao aquecimento global, buscando alcançar os seguintes objetivos:

a) Promover em conjunto com as organizações da sociedade civil, a conscientização da população leopoldense e uma grande mobilização social sobre as mudanças climáticas e o aquecimento global;

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................52)

b) Intensificar as ações e os projetos prioritários definidos e elencados pela Prefeitura Municipal no combate ao aquecimento global, principalmente, as iniciativas voltadas a captura de carbono.

12 Ações no Combate ao Aquecimento Global

01. Garantir a execução da Campanha Municipal de Arborização 2007-2008, e a meta de plantar 10 mil mudas de árvores, sendo 1/3 com a Árvore Símbolo de São Leopoldo, o Ipê Amarelo, até 21 de setembro de 2008;

02. Fortalecer e ampliar para todos os bairros da cidade o Programa da Coleta Seletiva Compartilhada, que além de beneficiar 120 famílias de catadores, contribui para a diminuição de resíduos destinados ao Aterro Sanitário;

03. Implantar a Unidade de Compostagem de Resíduos Orgânicos, que evitará a destinação destes resíduos para o Aterro Sanitário, diminuindo assim a emissão de gás metano;

04. Realizar campanhas educativas para incentivar a população para diminuir a utilização do automóvel e usar mais os meios de transportes coletivos como o ônibus e o trem;

05. Ampliar as formas alternativas de transporte urbano, priorizando a implantação de ciclovias;

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06. Apoiar e participar da mobilização regional em prol da extensão da linha do TRENSURB São Leopoldo-Novo Hamburgo;

07. Intensificar as ações em prol da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, através do Consórcio Público PRÓ-SINOS e do COMITESINOS.

08. Qualificar as parcerias com as entidades ambientalistas potencializando as ações e os projetos de educação ambiental:

UPAN – Viabilizar o Projeto de Revitalização Socioambiental da Rua da Praia, que envolve a implantação do Museu do Rio dos Sinos e da Casa de Cultura Ecológica Henrique Luiz Roessler (antiga casa do ambientalista);

COOTAF – Potencializar o Programa Municipal de Arborização Urbana e os cursos de Educação Ambiental, priorizando a rede escolar municipal;

GREENPEACE – Potencializar o Programa Cidade Amiga da Amazônia mediante as seguintes ações:

a) implantação de um sistema de controle e fiscalização do transporte e comercialização de madeira no território de São Leopoldo;

b) buscar progressivamente a implementação de um Programa Municipal de Licitação Sustentável;

ALPA – Priorizar no Convênio com a SENSAD a implementação de um Programa de Proteção aos animais domésticos, vinculado ao Plano Municipal de Controle de Vetores e Zoonoses;

METSUL – Aprimorar o Convênio através das instalações da Estação de Meteorologia Banhado das Freiras no Parque Imperatriz Leopoldina;

INSTITUTO MARTIM PESCADOR – Estruturar em conjunto com a SEMEDES o Programa de Turismo Sustentável (roteiro ecoturístico) de São Leopoldo.

09. Avançar na execução do Programa de Estruturação das Unidades de

Conservação, tendo por prioridade a implantação da 2º e 3º Etapas do Projeto Integrado do Parque Imperatriz Leopoldina, cujos equipamentos projetados possuem uma relação direta com as ações de combate ao aquecimento global, via captura de carbono:

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................53)

Viveiro Municipal, Centro Permanente de Educação Ambiental (CEPEA), Trapiche do Banhado das Freiras, Mirante da Feitoria, Centro Cívico e Jardim Botânico.

10. Implementar as complementações do novo Plano Diretor Municipal, em especial as disposições que tratam do marco regulatório de desenvolvimento urbano, sanitário e ambiental do Município de São Leopoldo, no qual destaca-se:

a estruturação do Plano Municipal de Saneamento Ambiental – PLAMASA; a organização do Sistema Integrado de Saneamento e Gestão Ambiental –

SINGEA; a elaboração do Relatório Municipal de Qualidade Ambiental – RMQA; a estruturação do Plano Municipal de Gestão Integrada das Sub-Bacias do Rio

dos Sinos – Lei dos Arroios; a estruturação do Código Municipal de Meio Ambiente e Zoneamento Ambiental.

11. Constituir o Fórum Municipal da Agenda 21 e de Combate ao Aquecimento Global, a ser convocado e presidido pelo Prefeito Municipal;

12. Implantar o Fórum dos Arroios de São Leopoldo, como instrumento de gestão integrada e participativa dos recursos hídricos.

São Leopoldo, 17 de dezembro de 2007.

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Ary VanazziPrefeito Municipal de São Leopoldo

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................54)

Anexo C - Legislação básica que embasa o Sistema Integrado Municipal de Saneamento e Gestão Ambiental

1) A Lei Orgânica do Município, de 03 de abril de 1990, especialmente os artigos 223, 236, 257 a 278;

2) O Plano Diretor Municipal - Lei Municipal nº 6.125, de 19 de dezembro de 2006, especialmente os artigos 20, 21, 32, 114 a 119;

3) A Lei Federal nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, que dispõe sobre Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico;

4) O Estatuto das Cidades - Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, que estabelece diretrizes da política urbana;

5) A Lei Federal nº 11.107, de 06 de abril de 2005, que dispõe sobre Normas Gerais de Contratação de Consórcios Públicos;

6) A Lei Federal no 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes;

7) A Lei dos Crimes Ambientais, no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998;8) A Lei Estadual no 10.350, que institui o Sistema Estadual der Recursos Hídricos;9) A Lei Municipal no 1.648, de 31 de dezembro de 1971, que instituiu o Serviço

Municipal de Águas e Esgoto – SEMAE;10) A Lei Municipal no 4.586, de 21 de dezembro de 1998, que instituiu o Plano

Municipal de Saneamento;

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11) A Lei Municipal no 5.247, de 25 de abril de 2003, que dispõe sobre a política ambiental de licenciamento, proteção, controle, conservação, recuperação do meio ambiente e penalidades aplicáveis;

12) A Lei Federal no 9.795, de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................55)

Anexo D – Objetivos e Metas do Milênio - ONU

Objetivos e Metas do Milênio

A Declaração do Milênio foi aprovada pelas Nações Unidas em setembro de 2000. O Brasil, em conjunto com 191 países-membros da ONU, assinou o pacto e estabeleceu um compromisso compartilhado com a sustentabilidade do Planeta.

Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio são um conjunto de 8 macro-objetivos, a serem atingidos pelos países até o ano de 2015, por meio de ações concretas dos governos e da sociedade.

São 8 Objetivos, 18 Metas e 48 indicadores:

8 Objetivos de desenvolvimento do milênio:1. Erradicar a extrema pobreza e a fome;2. Atingir o ensino básico universal;3. Promover a igualdade de gênero e a autonomia das mulheres;4. Reduzir a mortalidade infantil;5. Melhorar a saúde materna;6. Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças;7. Garantir a sustentabilidade ambiental;

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8. Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento.

18 Metas de desenvolvimento do milênio:

Erradicar a pobreza extrema e a fome

1. Reduzir para a metade, entre 1990 e 2015, a proporção da população cujo rendimento é inferior a um dólar norte-americano por dia;

2. Reduzir para a metade, entre 1990 e 2015, a proporção da população que sofre com a fome;

Atingir o ensino primário universal

3. Garantir que, até 2005, todas as crianças, de ambos os sexos, terminem um ciclo completo de ensino primário;

Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres

4. Eliminar a disparidade entre os sexos no ensino primário e secundário, se possível até 2005, e em todos os níveis de ensino, o mais tardar até 2015;

Reduzir a mortalidade infantil

5. Reduzir em dois terços, entre 1990 e 2015, a mortalidade de crianças com menos de 5 anos;

Melhorar a saúde materna

6. Reduzir em três quartos, entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade materna;

Combater o HIV/Aids, a malária e outra doenças

7. até 2015 ter detido a prorrogação do HIV/Aids e começado a inverter a tendência atual;(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................56)

8. até 2015, terdetido a incidência da malária e de outras doenças importantes e começado a inverter a tendência atual.

Garantir a sustentabilidade ambiental

9. Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais e inverter a tendência atual de perda de recursos ambientais;

10. Reduzir para a metade até 2015 a proporção da população sem acesso a água potável;

11. Até 2020, melhorar consideravelmente a vida de pelo menos 100 milhões de habitantes de bairros degradados;

Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento

12. Continuar a implementação de um sistema comercial e financeiro multilateral, aberto e baseado em regras previsíveis e não discriminatórias;

13. Atender às necessidades especiais dos países menos desenvolvidos;14. Atender às necessidades especiais dos países sem saída para o mar e dos

pequenos Estados insulares em desenvolvimento;

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15. Tratar globalmente o problema da dívida dos países em desenvolvimento, por meio da adoção de medidas nacionais e internacionais que tornem a dívida sustentável a longo prazo;

16. Em cooperação com os países em desenvolvimento, elaborar e aplicar estratégias que proporcionem aos jovens trabalho digno e produtivo;

17. Em cooperação com as empresas farmacêuticas, proporcionar nos países em desenvolvimento o acesso a medicamentos essenciais a preços acessíveis;

18. Em cooperação com o setor privado, tornar acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em especial da tecnologia de informação e de comunicações.

48 Indicadores de desenvolvimento do milênio

Erradicar a pobreza extrema e a fome

Reduzir para a metade, entre 1990 e 2015, a proporção da população cujo rendimento é inferior a um dólar norte-americano por dia.

1. Proporção da população que ganha menos de 1 dólar PPC por dia (dados do Banco mundial referentes ao período 1990-2003

2. Índice de hiato de pobreza (incidência x grau de pobreza). Fonte: Banco Mundial (não utilizado)

3. Participação dos 20% mais pobres da população no consumo nacional (utilizados dados para participação na renda nacional da PNAD, 2003;

Reduzir para a metade, entre 1990 e 2015, a proporção da população que sofre com a fome.

4. Prevalência de crianças (com menos de 5 anos) abaixo do peso (dados do IBGE/MS, 1975 e 1996);

5. Proporção da população que não atinge o nível mínimo de consumo dietético de calorias (não utilizado);

Atingir o ensino primário universal

Garantir que, até 2005, todas as crianças, de ambos os sexos, terminem um ciclo completo de ensino primário.(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................57)

6. Taxa líquida de matrícula no ensino primário (indicador adaptado para taxa de freqüência no ensino primário e fundamental, dados da PNAD, 1992 a 2003);

7. Proporção de alunos que iniciam o 1º ano e atingem o 5º (dados do INEP/MEC, 1992 a 2003);

8. Taxa de alfabetização na faixa etária de 15 a 24 anos (dados da PNAD, 1992 a 2003);

Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres

Eliminar a disparidade entre os sexos no ensino primário e secundário, se possível até 2005, e em todos os níveis de ensino, o mais tardar até 2015.

9. Razão entre: meninos/meninas no ensino básico, médio e superior (utilizada razão entre as taxas de freqüência à escola de mulheres e homens no ensino fundamental, médio e superior, por cor/raça e grandes regiões, dados da PNAD, 1992 e 2003);

10. Razão entre mulheres e homens alfabetizados na faixa etária de 15 a 24 anos, por grandes regiões (utilizada razão entre as taxas de alfabetismo de mulheres e homens de 15 a 24 anos, dados da PNAD, 1992 e 2003);

11. Porcentagem de mulheres assalariadas no setor não-agrícola (dados da PNAD, 2003);

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12. Proporção de mulheres exercendo mandatos no Parlamento Nacional (dados do IBAM, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para 1994, 1998 e 2002);

Reduzir a mortalidade infantilReduzir em dois terços, entre 1990 e 2015, a mortalidade de crianças com menos

de 5 anos.13. Taxa de mortalidade de crianças menores de 5 anos (utilizadas estimativas do

IBGE por métodos demográficos, a partir dos Censos Demográficos de 1990 e 2003);14. Taxa de mortalidade infantil (dados da RIPSA, 1996 a 2003);15. Proporção de crianças de um até 1 ano vacinadas contra o sarampo (utilizada a

cobertura vacinal no primeiro ano de vida por tipos de vacina, Brasil e grandes regiões– dados do Datasus/IDB/MS, (2003);

Melhorar a saúde materna

Reduzir em três quartos, entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade materna.16. Taxa de mortalidade materna (estimativas diretas do SIM/SINASC/MS, 1999 a

2003);17. Proporção de partos assistidos por profissional de saúde qualificado (utilizado

como próximo, número de partos hospitalares em 2002, a partir do SINASC/SVS/MS);

Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças

Até 2015, ter detido a prorrogação do HIV/Aids e começado a inverter a tendência atual.

18. Taxa de prevalência do HIV/Aids entre as mulheres grávidas com idades de 15 a 24 anos (dados do MS de prevalência da infecção pelo HIV entre parturientes de 15 a 24 anos para 2004);

19. Taxa de utilização de anticoncepcionais (indicador não disponível);20. Número de crianças tornadas órfãs pela Aids (informações atualizadas não

disponíveis);

Até 2015, ter detido a incidência da malária e de outras doenças importantes e começado a inverter a tendência atual.(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................58)

21. Taxas de prevalência e de mortalidade ligadas à malária (dados da SVS/MS, 1990 a 2004 de Incidência Parasitária Anual – IPA para a Amazônia Legal);

22. Proporção da população das zonas de risco que utiliza meios de proteção e de tratamento eficazes contra a malária (indicador não disponível);

23. Taxas de prevalência e de mortalidade ligadas à tuberculose (dados da SVS/MS de mortalidade por tuberculose de 1980 a 2003);

24. Proporção de casos de tuberculose detectados e curados no âmbito de tratamentos de curta duração sob vigilância direta (utilizado como próximo, encerramento para casos novos de tuberculose por categorias de encerramento em Unidades de Saúde com e sem tratamento supervisionado SINAN/SVS/MS, (2000 a 2003);

Garantir a sustentabilidade ambiental

Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais e inverter a tendência atual de perda de recursos ambientais.

25. Proporção de áreas terrestres cobertas por florestas (dados do MMA/FRA 2005 para florestas naturais e florestas plantadas em 2005)

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26. Fração da área protegida para manter a diversidade biológica sobre a superfície total (número, tipos e áreas de Unidades de Conservação; dados do IBAMA/MMA, 2005 para UC federais e do IBGE, 2002 para UC municipais; número e áreas de Terras Indígenas; dados da FUNAI, 2005)

27. Uso de energia (equivalente a quilos de petróleo) por US$ 1,00 PPC do PIB (dados do BEN/2004 para intensidade no uso de energia, calculada a partir de dados sobre oferta de energia e sobre consumo de energia, de 1970 a 2003)

28. Emissões per capita de CO2 em 2002 (dados da Agência Internacional de Energia) e de outros gases de efeito estufa (dados da Comunicação Inicial do Brasil à Convenção das Nações Unidas sobre Mudança no Clima/MCT 1990 e 1994, publicados em 2005) e consumo de substâncias eliminadoras de ozônio (dados do IBAMA e do MDIC, 2005);

29. Proporção da população que utiliza combustíveis sólidos. Fonte: OMS (Dados não disponíveis).

Reduzir para a metade até 2015 a proporção da população sem acesso permanente a água potável.

30. Proporção da população (urbana e rural) com acesso a uma fonte de água tratada (utilizados microdados da PNAD, 1992 a 2003), para o acesso a água por rede geral, poço ou nascente ou outro tipo.

31. Proporção da população com acesso a melhores condições de esgotamento sanitário – urbano e rural (dados da PNAD, 1992 a 2003) para esgoto por rede geral, fossa séptica, fossa rudimentar e outros tipos;

Até 2020, melhorar consideravelmente a vida de pelo menos 100 milhões de habitantes de bairros degradados (assentamentos precários).

32. Proporção de domicílios com posse segura da moradia (dados da PNAD, 1992 a 2003, sobre condições de moradia adequadas segundo metodologia do UN/Habitat);

Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento

Continuar a implementação de um sistema comercial e financeiro multilateral, aberto e baseado em regras previsíveis e não discriminatórias.

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................59)

Não há sugestão de indicadores pela ONUAtender às necessidades especiais dos países menos desenvolvidos.Não há sugestão de indicadores pela ONUAtender às necessidades especiais dos países sem saída para o mar e dos pequenos

Estados insulares em desenvolvimento.Não há sugestão de indicadores pela ONUTratar globalmente o problema da dívida dos países em desenvolvimento, por meio

da adoção de medidas nacionais e internacionais que tornem a dívida sustentável a longo prazo.33. Ajuda Pública para o Desenvolvimento (APD) líquida como porcentagem da

renda nacional bruta dos países doadores membros da OCDE/Comitê de Ajuda ao Desenvolvimento (indicador não desenvolvido, pois não se refere ao Brasil);

34. Proporção da APD bilateral, para setores específicos dos doadores da OCDE para serviços sociais básicos (indicador não desenvolvido, pois não se refere ao Brasil);

35. Proporção da APD dos doadores da OCDE que não está vinculada (indicador não desenvolvido, pois não se refere ao Brasil);

36. APD dos doadores da OCDE aos países sem acesso ao mar como proporção da Renda Nacional Bruta destes (indicador não desenvolvido, pois não se refere ao Brasil);

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37. APD dos doadores da OCDE aos pequenos Estados insulares em vias de desenvolvimento como proporção da Renda Nacional Bruta destes (indicador não desenvolvido, pois não se refere ao Brasil);

38. Proporção do total das importações dos países desenvolvidos (por valor e excluindo armas) provenientes de países em desenvolvimento e países menos desenvolvidos, admitidas sem pagamento de direitos alfandegários (indicador não desenvolvido, pois não se refere ao Brasil);

39. Tarifas médias de importação impostas aos produtos agrícolas, têxteis e vestuários dos países em vias de desenvolvimento (indicador não desenvolvido, pois não se refere ao Brasil);

40. Apoios agrícolas estimados para países da OCDE, como porcentagem de seus PIB (indicador não desenvolvido, pois não se refere ao Brasil);

41. Proporção da APD outorgada para reforçar capacidades comerciais (indicador não desenvolvido, pois não se refere ao Brasil);

42. Número cumulativo de países que tenham atingido pontos de decisão e de cumprimento da iniciativa Países Pobres Muito Endividados (indicador não desenvolvido, pois não se refere ao Brasil);

43. Dívida oficial perdoada como resultado da Iniciativa Países Pobres Muito Endividados;

44. Serviço da dívida como porcentagem das exportações de bens e serviços (indicador não desenvolvido);

Em cooperação com os países em desenvolvimento, elaborar e aplicar estratégias que proporcionem aos jovens trabalho digno e produtivo.

45. Taxa de desemprego na faixa etária entre 15 e 24 anos, por sexo e total;Em cooperação com as empresas farmacêuticas, proporcionar nos países em

desenvolvimento o acesso a medicamentos essenciais a preços acessíveis.46. Proporção da população com acesso a medicamentos essenciais a preços

acessíveis, numa base sustentável;

Em cooperação com o setor privado, tornar acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em especial da tecnologia de informação e de comunicações.

47. Linhas telefônicas e assinaturas de celulares por 100 habitantes;48. Computadores pessoais por 100 habitantes;

(Lei Municipal nº 6.494, de 17/12/2007...................................................................................60)

ImportanteO governo brasileiro já emitiu dois Relatórios Nacionais de Acompanhamento dos

Objetivos do Milênio-ODM. O trabalho analisa a performance brasileira em cada um dos oito Objetivos e no conjunto das 18 metas socioeconômicas. No primeiro relatório, foi feito um levantamento das condições de vida da população de 1990 até 2002, incluindo as políticas sociais que estavam sendo realizadas. No segundo relatório, alguns objetivos e metas fixados pelas Nações Unidas, que não possuíam vinculação direta com a nossa realidade social foram adaptados; outros foram agregados de modo a aproximar ainda mais os ODM da problemática nacional. Houve a incorporação de 60 novos indicadores àqueles propostos pelas Nações Unidas. Estes novos indicadores permitem fazer o acompanhamento mais detalhado da evolução das metas dos ODM.

O relatório (disponível no site do IPEA) mostra que o Brasil avançou em alguns compromissos, mas a desigualdade ainda persiste. Como exemplo: dados mostram que a renda dos mais pobres vem crescendo, mas a desigualdade permanece estática.

Em algumas áreas o Brasil já alcançou as metas estabelecidas, por exemplo, oferece acesso universal aos quatro primeiros anos do ensino fundamental. Em outras, as metas não se aplicam, como é o caso da promoção da igualdade de gênero por meio do acesso à educação já que entre as mulheres o número de anos na escola já é maior. Outras metas, como a

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redução da mortalidade na infância, vão depender do ritmo de evolução dos indicadores nos próximos 10 anos ou demandarão um crescimento significativo nos investimentos público e privado, como é o caso do saneamento básico.

Na descrição e objetivos, metas e indicadores realizado no trabalho acima, os indicadores alternativos e comentários que estão em parênteses, estão disponíveis no site do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA que ficou responsável pela coordenação técnica do Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. A supervisão geral do trabalho ficou a cargo da Casa Civil da Presidência da República.

Endereços Eletrônicos para consulta1. www.pnud.org.br2. www.nospodemos.org.br/objetivos3. www.undp.org.br4. www.ipea.gov.br