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PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA LUZIA Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento Página 1 de 7 PARECER AMBIENTAL Nº: PA 132/2017 Introdução: Imagem 1: Vista aérea do local do futuro empreendimento. Fonte: Google Earth, 2017 Imagem 2: Vista aérea do local do futuro empreendimento. Fonte: UrbanoGeo ASSUNTO: Pedido de Licença Prévia LP do residencial multifamiliar “Ponto IpêREFERÊNCIA: Protocolo nº 15.068/2016 DATA: 08/12/2016 REQUERENTE: AP Ponto Construção e Incorporação Ltda. EMPREENDIMENTO: Ponto Ipê PROTOCOLO/PROCESSO: 15.068/2016 DATA: 27/10/2017 CPF/CNPJ: 11.263.343/0001-65 RESP. EMPREENDIMENTO: Rodrigo Silva RESP. TÉCNICO: Laís Rosa Nº REGISTRO: CREA MG 04.0.0000167613 LOCAL: Rua Imperatriz Leopoldina, Chácaras 62, 70 e 71(Rua Imperatriz Dona Tereza Cristina) COORDENADAS LAT.:19°4710.10’’ S LON.: 43°54’11.09’’O

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA LUZIA Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento

Página 1 de 7

PARECER AMBIENTAL Nº: PA 132/2017

Introdução:

Imagem 1: Vista aérea do local do futuro empreendimento. Fonte: Google Earth, 2017

Imagem 2: Vista aérea do local do futuro empreendimento. Fonte: UrbanoGeo

ASSUNTO: Pedido de Licença Prévia – LP do residencial multifamiliar “Ponto Ipê”

REFERÊNCIA: Protocolo nº 15.068/2016 DATA: 08/12/2016

REQUERENTE: AP Ponto Construção e Incorporação Ltda.

EMPREENDIMENTO: Ponto Ipê

PROTOCOLO/PROCESSO: 15.068/2016 DATA: 27/10/2017

CPF/CNPJ: 11.263.343/0001-65

RESP. EMPREENDIMENTO: Rodrigo Silva

RESP. TÉCNICO: Laís Rosa Nº REGISTRO: CREA MG 04.0.0000167613

LOCAL: Rua Imperatriz Leopoldina, Chácaras 62, 70 e 71(Rua Imperatriz Dona Tereza Cristina)

COORDENADAS LAT.:19°47’10.10’’ S LON.: 43°54’11.09’’O

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O presente parecer objetiva-se em analisar o pedido de Licença Prévia do empreendimento

denominado “Ponto Ipê”, localizado na Rua Imperatriz Leopoldina, Chácaras 62, 70 e 711, bairro

Granjas Pousada Del Rey, município de Santa Luzia, estado de Minas Gerais.

Conforme apresentado no Relatório de Controle Ambiental – RCA, o empreendimento abrange-se

em uma área de 14.873,64 m², e terá o acesso de pedestres e automóveis através da Rua

Imperatriz Leopoldina.

A análise realizada pela equipe técnica da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e

Abastecimento – SEAGRI da Prefeitura de Santa Luzia, o que inclui as informações sistêmicas do

empreendimento apresentadas neste Parecer, teve por base as informações contidas nos

documentos, relatórios e estudos formalizados sob o protocolo nº 12.605/2017, esmerando-se no

Formulário de Caracterização de Empreendimento – FCE, protocolizado sob n° 15.068/2016. Os

documentos protocolizados, em versão física e digital, se trataram de:

Anexos RCA: Cópia da ata da reunião da Comissão Municipal de Política Urbana do dia 31

de agosto de 2016, na qual o empreendimento foi deliberado; Anotação de

Responsabilidade Técnica da Engenheira Ambiental Laís Rosa Leite, nº

14201600000003503740, Certificado de Calibração do Decibelímetro nº RBC1-9653-381 e

RBC1-8977-641, Formulários de pesquisa utilizados na Pesquisa de Percepção com a

Comunidade, Pranchas do Projeto Arquitetônico do empreendimento2, Projeto das baias de

armazenamento temporário de RSCC, Diretriz Técnica Básica – DTB da COPASA n°

0769/2016, datada em 10 de novembro de 2016; RC/SR CEMIG – NS 1103009560; Projeto

de supressão arbórea.

O empreendedor já deu entrada na solicitação para supressão arbórea diretamente através

do preenchimento do Requerimento para supressão e ou poda de árvores, através do

protocolo nº 13.070/2017, e novamente ao junto o RCA, através do Protocolo nº

12.605/2017.

A vistoria dos técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente no local do empreendimento foi

realizada no dia 23 de outubro de 2017, no período da manhã, na qual foram analisados aspectos

para atestar-se a conformidade com os estudos direcionados à Secretaria.

As fotos a seguir foram tiradas no momento da vistoria.

1 As chácaras 70 e 71 tem entrada pela Rua Imperatriz Dona Teresa Cristina. Quando do empreendimento pronto a entrada principal será apenas pela Rua Imperatriz Leopoldina. 2 Pranchas: Folha 01/04: Implantação 1º pavimento, Corte 1.1, Perfis de terreno. Folha 02/04: Corte 2.2,

Corte 3.3, Planta de Situação, Fachada. Folha 03/04: Blocos 01 a 15: Plantas, diagrama de cobertura, cortes e fachadas, Bloco 16: Guarita: Detalhes.Folha 04/04: Blocos 2,4 a6: Planta 1º pavimento, corte e fachada, Blocos 17,18 e 19: Salão, churrasqueira, apoio, gourmet: detalhes. Pranchas: 01/02: Memória de Cálculo e Área Construída e 02/02: Memória de Cálculo e Áreas Permeáveis.

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Fotos 01 a 04: Aspectos das chácaras em análise neste parecer. O terreno encontra-se cercado e fechado por porteira, não sendo possível adentrar o terreno.

Compatibilização do empreendimento com a legislação municipal:

O empreendimento é devidamente passível de licenciamento municipal, sob o código E4-03, tendo

em perspectiva a Deliberação Normativa n°04/2014.

A região em que o empreendimento se encontra está localizado na Área Preferencialmente

Residencial, área esta que se apresenta como estimulada ao desenvolvimento por meio de

ocupações residenciais. O empreendimento, segundo a Lei nº 3.463/13 está inserido na (I) Zona de

Adensamento Preferencial, que é constituída pela Zona de Ocupação Controlada – 1 (ZOC – 1).

Caracterização do empreendimento:

O projeto arquitetônico apresentado à SEAGRI, sob o mesmo número de protocolo, assim como os

relatórios ambientais, atesta que o empreendimento será composto quinze blocos, com cinco

pavimentos. Cada pavimento será composto por 4 unidades habitacionais, com exceção do

primeiro pavimento, que terá duas unidades tipo e duas unidades com área privativa. Os

apartamentos tipo terão 36,5m2 e os apartamentos com área privativa terão 42,95m2. O

empreendimento terá ao todo 300 unidades habitacionais.

As chácaras empreendidas são as de nº 62, com entrada pela rua Imperatriz Leopoldina, e 70 e 71,

com entrada pela rua Imperatriz Tereza Cristina. Com a implantação do empreendimento, a via de

acesso ao empreendimento será apenas pela Imperatriz Leopoldina. As matrículas dos referidos

lotes no Cartório de Imóveis, Comarca de Santa Luzia, são identificadas índice cadastral nº

2.1.079.008.0689-001.

O empreendimento será composto por salão de festas/churrasqueira, playground, quadra de

futebol, espaço gourmet, guarita e abrigo de resíduos sólidos, jardim/paisagismo, área de

circulação de pedestre e automóveis, 291 vagas de estacionamento padrão e 9 vagas destinadas

para portadores de necessidades especiais, conforme determinação da Lei Brasileira de Inclusão

de Pessoas com Deficiência, de n° 13.146/2015.

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A imagem a seguir foi elaborada pelo empreendedor, no RCA, página 60 e apresenta a setorização

arquitetônica do empreendimento.

Imagem 03: Setorização arquitetônica do empreendimento. Fonte: Ecominas,2016.

O empreendimento terá tempo previsto de implantação de 14 meses. Serão utilizados 120

funcionários por dia durante a obra, que terá horário de funcionamento de segunda a sexta feira, de

07:00 às 17:00 horas.

Cabe ressaltar que o empreendimento ainda não obteve Alvará de Construção emitido pela

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, uma vez que o projeto encontra-se em fase de

análise.

Uso e ocupação do solo

A análise das chácaras que compõe o empreendimento foi delimitada em três áreas de influência

distintas.

Área Diretamente Afetada - ADA: Compreendida pela área total do terreno do empreendimento,

incluindo todo o espaço de implantação do empreendimento, suas estruturas de apoio, vias de

acesso privativo, bem como todas as demais operações unitárias associadas exclusivamente à

infraestrutura do projeto.

Área de Influência Direta - AID: Meios físico, biótico e socioeconômico delimitados por um raio de

500 metros contado a partir do ponto central da ADA, de forma a contemplar a mesma tipologia de

isso e ocupação do solo predominante na vizinhança.

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Área de Influência Indireta – AII: Meios físico, biótico e socioeconômico da área que circunscreve a

AID, sendo aquela que poderá ser potencialmente atingida pelos impactos indiretos da implantação

e operação do empreendimento, delimitada pela bacia hidrográfica do Ribeirão Baronesa.

Os estudos abordaram as caracterizações dos meios físico e biótico no que tange as temáticas de

Clima, Geologia, Geomorfologia, Hidrologia, Qualidade do Ar, Níveis de Ruído, Vegetação e Fauna.

O meio socioeconômico foi composto por informações que contemplam o zoneamento urbano do

local, a infraestrutura básica no que engloba informações da Cemig quanto a acesso e

disponibilidade à energia elétrica, COPASA, quanto a abastecimento e esgotamento sanitário,

coleta de resíduos sólidos, serviços de saúde, estrutura viária e transporte coletivo.

A empresa ainda apresenta um item de relacionamento entre a empresa e a comunidade, onde

aborda a percepção da comunidade quanto à implantação do empreendimento.

Dos impactos ambientais

O RCA apresentado apenas identificou impactos nas fases de instalação e de operação do

empreendimento.

Apesar de ter apresentado no seu diagnóstico o item de Percepção Ambiental, que teve como

finalidade compreender a percepção socioambiental da comunidade local acerca da construção do

empreendimento, esta Secretaria entende que um Plano de Comunicação Social deverá ser

implantado na região de Chácaras, abordando uma amostra superior à apresentada nos estudos.

Este Plano de Comunicação Social deverá seguir o Termo de Referência em anexo neste Parecer.

Condicionantes:

Considerando que o impacto ambiental do empreendimento para a LP, apontado por esta

Secretaria, poderá ser mitigado com a devida implementação do programa ambiental e das

medidas indicadas neste Parecer, elaboradas pela equipe técnica da Secretaria de Meio Ambiente,

entende-se que o empreendimento é ambientalmente viável, desde que devidamente apresentadas

as condicionantes abaixo, à rigor dos prazos estabelecidos:

ITEM DESCRIÇÃO DA CONDICIONANTE PRAZO*

01 Apresentar projeto de Arborização viária em frente ao empreendimento conforme Manual de Arborização Cemig/Biodiversitas e Secretaria de Meio Ambiente

3.

30 dias

02 Apresentar projeto de pavimentação das áreas das vagas de estacionamento com uso de piso permeável com grama, bloco drenante de concreto ou outra sugestão.

03 Apresentar Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil - PGRCC do empreendimento.

04 Apresentar projeto do Programa de Comunicação Social e executar o referido Programa.

Pendências Documentais:

Até a confecção deste Parecer, se encontravam pendentes de protocolização os seguintes

documentos:

3 Indicação de espécies para arborização viária pela Secretaria de Meio Ambiente - Rua Imperatriz Dona Teresa Cristina: Cabeça de Velho e Rua Imperatriz Leopoldina: Pata de Vaca.

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Anotações de Responsabilidade Técnica – ART’s, vias originais, de todos os estudos, laudos e

relatórios remetidos à esta Secretaria4;

Projeto de supressão de vegetação, uma vez que os dois projetos apresentados5 possuem

divergências (Não é necessário apresentar outro requerimento de supressão ou poda);

Solicitação de licença de movimentação de terra, memória de cálculo de movimentação, projeto

de drenagem e corte transversal e longitudinal apresentando corte e aterro, ART do profissional

de terraplenagem, contrato social da empresa responsável e cópia da licença ambiental do

bota-fora;

Regularizar o engenho de publicidade afixado no terreno do empreendimento.

Técnico Responsável: Renata Matos

Matrícula 30.838

Assinatura:

Colaboradores: Christian Novy

Matrícula: 28.172

Assinatura:

De acordo: Ana Vitória Wernke Assessora Jurídica

OAB 91.936 Matrícula 31.136

Assinatura:

De acordo: Maria da Glória de Melo Pinheiro

Secretária Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento

Assinatura:

4 A única ART apresentada foi da Engenheira Ambiental Laís Rosa. 5 Protocolos nº 12.605/2017 e nº 13.070/2017.

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