prefeitura municipal de pinhais pr · 2 s e c r e t a r i a ... associaÇÃo do centro comunitÁrio...
TRANSCRIPT
-
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS PR
S E C R E T A R I A M U N I C I P A L D E S A D E
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
2
S E C R E T A R I A M U N I C I P A L D E S A D E
LUIZ GOULARTE ALVES Prefeito Municipal
MARLI PAULINO
Vice-prefeita
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
SECRETARIA MUNICIPAL DE SADE
ADRIANE DA SILVA JORGE CARVALHO
Secretaria Municipal de Sade
ANDREA MENDES MOTELEVICZ
Departamento de Administrao
RAQUEL DOS SANTOS PAMPUCH
Departamento de Controle, Avaliao e Auditora
VANESSA LOYOLA FONTOURA
Departamento de Vigilncia em Sade
VIVIANE MAYSA TOMAZONI RENAUD
Departamento de Assistncia Sade
2013/2014
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
3
COMIT GESTOR DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SADE
ANGELITA CRISTINA WERNECK
DIELLI CRISTINE BONDAN DOS REIS
GISELE MENDES
JAQUELINE FUMES JUVENAL ZOMPERO
ROSNELI TERESINHA GUSSO BERTASSONI
SIOMARA DA SILVA SADOCK DE S
SOLANGE APARECIDA MACIEL PASTRO
EQUIPE TCNICA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SADE
ADRIANA PEROTONI
ANA CRISTINA SILVEIRA BALLINHAS
CARLA BOMFIM PROPST GABARDO
CELSO ANTONIO DOS SANTOS
DIONE SANTOS
FRANCIELLE CAMILA TIGRINHO
LISIANNE MOTTA JOAKINSON
KAROLYNE GAIO RIBEIRO
MANOEL PEREIRA DA SILVA
NICOLLE CRISTINA RODRIGUES MANSILLA
RAPHAEL BATISTA CARNELOCCI
SILVANA STROMBECK SILVA
SUSANMEIRE ITO ALVES DOS SANTOS
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
4
CONSELHO MUNICIPAL DE SADE
SEGMENTO USURIOS DA SADE
ASSOCIAO RADIO COMUNITRIA NOVA PINHAIS Representante Titular: Alosio Fernando Frana Representante Suplente: Ana Paula Perinazzo
ASSOCIAO DE MORADORES DO PROJETO ALDEIA Representante Titular: Eunice ngela Rosa Rufino Representante Suplente: Franciele Mota de Oliveira
ASSOCIAO DOS MORADORES DA VILA AMLIA Representante Titular: Rosely Cruz Bevilacqua Representante Suplente: Jos Alves Dias
PARQUIA NOSSA SENHORA DA LUZ Representante Titular: Eliane Aparecida Schwartz Representante Suplente: Natalina Passador da Silva
UNIO ESPORTE CLUBE PINHAIS Representante Titular: Everly Motta Joakinson Representante Suplente: Fernanda Silvestre Camargo
ASSOCIAO DO CENTRO COMUNITRIO JARDIM WEISSPOLIS E VARGEM GRANDE Representante Titular: Rosalina da Luz Gutervil Representante Suplente: Joel de Lima
PASTORAL DA SOBRIEDADE Representante Titular: Rosemeire Duraes dos Santos Representante Suplente: Lucinia Croscato
PARQUIA NOSSA SENHORA DA SADE Representante Titular: Ana Cristina Vieira Representante Suplente: Maria Leda Alves
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
5
CONSELHO MUNICIPAL DE SADE
SEGMENTO TRABALHADORES DA SADE
Representante Titular: Rubia Carla Madureira Representante Suplente: Tiago Rafael Wentzel Representante Titular: Joo Eduardo de Azevedo Vieira Representante Suplente: Leila Maria Ferreira Lima Representante Titular: Lenir Cotrim Barbosa Representante Suplente: Valria Hahne Representante Titular: Murilo de Arajo Frana Representante Suplente: Madalena Aparecida Ganancio
SEGMENTO DOS GESTORES DA SADE
Representante Titular: Adriane da Silva Jorge Carvalho Representante Suplente: Angelita Cristina Werneck Representante Titular: Samira Raduan dos Santos Representante Suplente: Raquel dos Santos Pampuch
SEGMENTO DOS PRESTADORES DE SERVIO DA SADE
FUNDAO PR PINHAIS DE PROMOO HUMANA Representante Titular: Ademir Roberto A. da Silva Representante Suplente: Jorge Amaro S. Silveira HOSPITAL MUNICIPAL NOSSA SENHORA DA LUZ DOS PINHAIS Representante Titular: Enylo Vinicius Faria Representante Suplente: Saulo Mengarda
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
6
CONSELHO MUNICIPAL DE SADE
MESA DIRETORA DO CONSELHO MUNICIPAL DE SADE
PRESIDENTE
ROSEMEIRE DURAES DOS SANTOS
VICE-PRESIDENTE
JOO EDUARDO DE AZEVEDO VIEIRA
1 SECRETRIA
ADRIANE DA SILVA JORGE CARVALHO
2 SECRETRIO
NOELCIR JUARES BELLO
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
7
SIGLAS E ABREVIAES
AIH Autorizao de Internao Hospitalar API Avaliao do Programa de Imunizao CAE Central de Atendimento Especializado CAF Central de Atendimento Farmacutica CAISAN Cmara Intersetorial de Segurana Alimentar e Nutricional CAPS Centro de Ateno Psicossocial CCA Centro de Controle de Agravos CCI Centro de Convivncia do Idoso CID Cdigo Internacional de Doenas CIR Comisso Intergestores Regionais CIB Comisso Intergestores Bipartite CIT Comisso Intergestores Tripartite CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade CMS - Conselho Municipal de Sade CNS Conselho Nacional de Sade COAP Contrato Organizativo da Ao Pblica em Sade COHAPAR - Companhia de Habitao do Paran COMESP Consrcio Metropolitano de Sade do Paran CONASS Conselho Nacional de Secretrios de Sade COMSEA Conselho Municipal de Segurana Alimentar e Nutricional COSEMS-PR Conselho de Secretrios Municipais de Sade do Paran CPM Centro Psiquitrico Metropolitano CRAS Centro de Referncia e Assistncia Social CREAS Centro de Referncia Especializado de Assistncia Social DATASUS Departamento de Informtica do Sistema nico de Sade DCNT Doena Crnica no Transmissveis DG Diabetes Gestacional
DHEG Doena Hipertensiva Especfica da Gestao EDI Estoque e Distribuio de Imunobiolgico e Insumo EACS Equipes de Agente Comunitrios de Sade ESB Estratgia Sade Bucal ESF Estratgia Sade da Famlia GAL Gerenciamento de Ambiente Laboratorial HC Hospital das Clnicas HMNSL Hospital Municipal Nossa Senhora da Luz dos Pinhais HUEC Hospital Universitrio Evanglico de Curitiba IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IDBE ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica IDH-M - ndice de Desenvolvimento Humano Municipal IDSUS ndice de Desenvolvimento do SUS IMC ndice de Massa Corporal INCA Instituto Nacional de Cncer IPARDES Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econmico e Social LACEN Laboratrio Central do Estado LDO - Lei de Diretrizes Oramentrias LOA - Lei Oramentria Anual MIF Mulheres em Idade Frtil MS Ministrio da Sade NASF Ncleo de Apoio Sade da Famlia NUTEO Ncleo Tcnico de Odontologia ODM Objetivos do Milnio OMS Organizao Mundial de Sade ONU Organizao das Naes Unidas PACS Programa de Agente Comunitrio de Sade PAS Programao Anual de Sade PBF - Programa Bolsa Famlia PcD Pessoas com Deficincia PETI Programa de Erradicao do trabalho Infantil PIB - Produto Interno Bruto PLANEJASUS Planejamento do SUS PM- Prefeitura Municipal PMS Plano Municipal de Sade PMAQ Programa de Melhoria da Qualidade na Ateno Bsica PN Pr Natal PNH Poltica Nacional de Humanizao PNI Programa Nacional de Imunizaes PPA - Plano Plurianual PSE Programa Sade na Escola
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
8
SANEPAR Companhia de Saneamento do Paran SIA Sistema de Informaes Ambulatoriais do SUS SIAB Sistema de Informaes da Ateno Bsica SIATE Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergncia SIGMUS Sistema Integrado de Gesto Municipal de Sade SIM Sistema de Informaes sobre Mortalidade SINAN Sistema de Informaes de Agravos de notificao SINASC Sistema de Informaes sobre Nascidos Vivos SINAVISA Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria SINITOX Sistema Nacional de Informaes Txico Farmacolgica SISGUA Sistema de Informao da Qualidade da gua
SISAN Sistema Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional SISCAN Sistema de Informao do Cncer SISCOLO Sistema de informao do colo do tero SISHIPERDIA Sistema de Informao de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabticos SISMAMA Sistema de Controle de Cncer de Mama SISPACTO Sistema do Pacto pela Sade SISPRENATAL Sistema de Informao do Programa de Humanizao do Pr-Natal e Nascimento SISVAN Sistema de Vigilncia Alimentar e Nutricional SIVEP Sistema de Vigilncia Epidemiolgica SMS Secretaria Municipal de Sade SUS Sistema nico de Sade UPA Unidade de Pronto Atendimento US Unidade de Sade UBS Unidade Bsica de Sade USF Unidade de Sade da Famlia
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
9
NDICE DE TABELAS, QUADROS E FIGURAS
TABELAS
Tabela 01 - Estabelecimentos e tipo de prestador, segundo dados do CNES............... 35 Tabela 02 - Nmero de estabelecimentos por tipo de convnio e tipo de atendimento prestado, segundo dados do CNES Paran no ano de 2012........................................
36
Tabela 03 - Nmero de equipamentos existentes, em uso e disponveis ao SUS, segundo grupo de equipamentos.....................................................................................
36
Tabela 03A- Nmero de equipamentos de categorias selecionadas existentes, em uso, disponveis ao SUS e por 100.000 habitantes, segundo categorias do equipamento......................................................................................................................
37
Tabela 04 - Consultas mdicas: Programado e produzido Pinhais 2012...................... 41 Tabela 05 - Exames laboratoriais: Programado e produzido 2012............................... 41 Tabela 06 - Exames no laboratoriais selecionados: Programado e produzido- 2012.... 41 Tabela 07 - Consultas em especialidades: atendimento e demanda reprimida 2012.. 42 Tabela 08 Exames Especializados fluxo de atendimento e demanda reprimida....... 44 Tabela 09 Pessoas residentes por rea de abrangncia da US, por sexo................... 47 Tabela 10 Perfil das pessoas e famlias cadastradas no Sistema de informao da Ateno Bsica em Pinhais/PR 2013............................................................................
48
Tabela 11 Visitas domiciliares de profissionais de nvel mdio e superior, exceto Agentes Comunitrios de Sade......................................................................................
49
Tabela 12 Visitas Domiciliares do Agentes Comunitrios de Sade............................. 49 Tabela 13 - Srie histrica de cobertura das estratgias de: Agentes Comunitrios de Sade, Sade da Famlia, Estratgia de Sade Bucal e Ncleo de Apoio Sade da Famlia...............................................................................................................................
50
Tabela 14 - Nmero de equipes de estratgia de sade da famlia por Unidade de Sade................................................................................................................................
50
Tabela 15 Principais atividades desenvolvidas pela equipe de Enfermagem nas Unidades de Sade da Famlia, Pinhais/Pr......................................................................
51
Tabela 16 Consultas Mdicas, de Enfermagem e Domiciliar executadas pelas Equipes da Estratgia Sade da Famlia..........................................................................
. 51
Tabela 17 Escovao supervisionada 2009/2013...................................................... 53 Tabela 18 Bochechos com flor 2009/2013.............................................................. 53 Tabela 19 - Diagnstico Nutricional segundo Peso para Idade - crianas de 0 a 10 anos, no municpio de Pinhais, em 2013..........................................................................
55
Tabela 20 Crianas de 0 7 anos do Programa Bolsa Famlia acompanhadas pela sade no SISVAN Web.....................................................................................................
56
Tabela 20A - Diagnstico nutricional de gestantes segundo IMC por semana gestacional no municpio de Pinhais, em 2013.................................................................
56
Tabela 21 Assistncia Farmacutica: Usurios atendidos e unidades dispensadas..... 64 Tabela 22 - Internaes segundo Especialidade no ano de 2012.................................... 74 Tabela 23 - Internaes segundo Especialidade no ano de 2012.................................... 75 Tabela 24 - Internaes segundo Especialidade no ano de 2012.................................... 76 Tabela 25 - Atendimento Hospitalar Eletivo e de Urgncia 2012..................................... 78 Tabela 26 Internaes por Estabelecimento 2012........................................................ 78 Tabela 27 Valor Mdio por Internao Hospitalar (AIH) 2012....................................... 78 Tabela 28 - Evoluo Do Nmero De Internaes 2008-2012......................................... 79 Tabela 29 Histrico de procedimentos realizados pelos CAPS II, Pinhais/Pr............... 87 Tabela 30 Histrico de procedimentos realizados pelos CAPS AD.............................. 90 Tabela 31 Populao por Sexo e Faixa Etria Pinhais 2010........................................ 91 Tabela 32 Comparativo Taxa De Crescimento 2000/2010.......................................... 93 Tabela 33 Populao estimada residente por ano........................................................ 93
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
10
Tabela 34 Populao Calculada Residente Por Ano, 2014-2017................................. 94 Tabela 35 Populao censitria segundo cor/raa 2010............................................ 94 Tabela 36 Populao residente na rea rural e urbana e percentual de urbanizao.. 94 Tabela 37 Densidade populacional, 2000 e 2010......................................................... 95 Tabela 38 - Estrutura Etria, Razo de Dependncia e ndice de Envelhecimento......... 95 Tabela 39 Taxas de Fecundidade Pinhais e Estado do PR.......................................... 96 Tabela 40 - Mortalidade Proporcional Por Idade 2008-2011............................................ 97 Tabela 41 - Esperana De Vida Ao Nascer 2000-2010.................................................... 98 Tabela 42 - Nmero de estabelecimentos e empregados segundo atividades econmicas.......................................................................................................................
99
Tabela 43 Nmero de estabelecimentos e empregados segundo atividades econmicas.......................................................................................................................
100
Tabela 44 Dados econmicos populao economica................................................... 100 Tabela 45 Indicadores econmicos e sociais sinttico............................................... 101 Tabela 46 Quantidade de Unidades de Ensino............................................................. 102 Tabela 47 N de Alunos Atendidos pela Rede Municipal de Ensino por Modalidade... 103 Tabela 48 Nmero de Domiclios................................................................................... 103 Tabela 49 Atendimento gua, esgoto e energia............................................................ 103 Tabela 50 - Proporo de Moradores por tipo de Instalao Sanitria (percentual)........ 103 Tabela 51 - Proporo de moradores por tipo de destino do lixo..................................... 104 Tabela 52 - Proporo de moradores por tipo de abastecimento de gua...................... 104 Tabela 53 Informaes sobre nascimentos no perodo de 2008 a 2012....................... 105 Tabela 54 Percentual de crianas nascidas vivas por nmero de consultas pr-natais.................................................................................................................................
106
Tabela 55 Percentual de mulheres que iniciaram o pr-natal at 12 semanas............. 107 Tabela 56 Cobertura vacina por imunobiolgico 2008 a 2012................................... 107 Tabela 57 Proporo de vacinas do calendrio bsico da criana............................... 108 Tabela 58 - Doenas de Notificao Compulsria.......................................................... 109 Tabela 59 Investigao de Intoxicao Exgena Medicamentos 2008 a 2012.......... 112 Tabela 60 Morbidade por agravo, sexo e raa de 2008 a 2012.................................... 113 Tabela 61 bitos por doena crnica no transmissveis por faixa etria e causas..... 116 Tabela 62 bitos por doenas crnicas no transmissveis por causas.Pinhais 2008 a 2012...............................................................................................................................
116
Tabela 63 bitos por doenas crnicas no transmissveis por causas.Paran 2008 a 2012
117
Tabela 64 Nmero estimado de pessoas com Hipertenso e Diabetes, por Unidade de Sade da Famlia de referncia. Populao de referncia acima de 25 anos.............
118
Tabela 65 Taxa da populao idosa internada por fratura de fmur............................. 119 Tabela 66 Distribuio porcentual das internaes por grupo de causas e faixa etria CID10 por local de residncia no perodo de 2012..............................................
119
Tabela 67 Indicadores relacionados a ateno bsica.................................................. 121 Tabela 68 Taxa de mortalidade em crianas menores de 1 ano, cada mil nascidos vivos..................................................................................................................................
124
Tabela 69 Mortalidade infantil por faixa etria : Municpio de Pinhais e Paran........... 124 Tabela 70 Taxa de mortalidade materna ( a cada 100 mil ).......................................... 125 Tabela 71 Mortalidade Geral por local de residncia e faixa etria 2012...................... 126 Tabela 72 Mortalidade por sexo e raa 2008-2012....................................................... 128 Tabela 73 Mortalidade geral, por causas / CID 2008-2012........................................... 129 Tabela 74 Outros indicadores de mortalidade proporcional.......................................... 131 Tabela 75 - Populao residente com algum tipo de deficincia, em relao ao total de populao do municpio, Pinhais, 2010............................................................................
132
Tabela 76 - Grau de deficincia informado pela populao, Pinhais, 2010..................... 133 Tabela 77 - Populao com deficincia mental/intelectual, Pinhais, 2010....................... 133
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
11
Tabela 78 Receitas de Impostos e Transferncias Constitucionais Legais.................. 172 Tabela 79 Receita Transferncias do SUS................................................................... 173 Tabela 80 Despesa Corrente e de Capital 2008-2012.................................................. 174 Tabela 81 Despesas prprias com aes e servios pblicos de sade...................... 175 Tabela 82 - Recursos Humanos (vnculos) segundo categorias selecionadas................ 177 Tabela 83 Resultados IDSUS Pinhais PR..................................................................... 203
FIGURAS
Figura 01 - Rodovias de acesso a Pinhais....................................................................... 18 Figura 02 - Mapa de Localizao do Municpio de Pinhais.............................................. 19 Figura 03 Mapa de distncia Pinhais e a Capital do Paran Curitiba........................ 19 Figura 04 - Mapa dos Municpios Regio Metropolitana de Curitiba.............................. 20 Figura 4A - Populao de idosos residente, em relao ao total de populao do municpio Pinhais 2010..................................................................................................
59
Figura 05 Taxa de Prevalncia de fumantes................................................................ 60 Figura 06 Prevalncia de uso de drogas entre os entrevistados de cidades com mais de 200 mil habitantes na Regio Sul.....................................................................
61
Figura 07 Pirmide Populacional Pinhais Censo 2000.............................................. 92 Figura 08 Pirmide Populacional Pinhais Censo 2010.............................................. 92 Figura 09 - Domiclios Pinhais PR.................................................................................... 139 Figura 10 - Indicadores De Habitao.............................................................................. 140 Figura 11 Saneamento Bsico....................................................................................... 140 Figura 12 Consumo e consumidores Energia Eltrica.................................................. 141 Figura 13 - Taxa de Atividade.......................................................................................... 141 Figura 14 Ocupao, Nvel Educacional e Rendimento Mdio.................................... 142 Figura 15 Renda, Pobreza e Desigualdade.................................................................. 143 Figura 16 Fluxo Escolar Por Faixa Etria...................................................................... 144 Figura 17 Fluxo Escolar Por Faixa Etria Comparativo................................................ 144 Figura 18 Escolarizao da Populao de 25 Anos ou Mais........................................ 145 Figura 19 IDH-M e seus componentes Pinhais PR....................................................... 149 Figura 20 Comparativo evoluo do IDH-M em Pinhais PR......................................... 151 Figura 21 Longevidade, Mortalidade e Fecundidade Pinhais PR.............................. 152 Figura 22 Vulnerabilidade Social Municpio de Pinhais PR........................................ 153 Figura 23 - Comparativo IDH, IDEB e Taxa de Pobreza.................................................. 154 Figura 24 Distribuio das Equipes de Sade da Famlia no territrio......................... 156 Figura 25 - Folder de orientao dos fluxos a populao................................................ 157 Figura 26 - Fluxo geral dos servios da Rede de Sade de Pinhais................................ 157
QUADROS
Quadro 01 Relao de imveis da rede especializada e hospitalar............................. 37 Quadro 02 Relao de imveis das Unidades de Sade da Ateno Bsica.............. 38 Quadro 03 - Grupos sociais organizados......................................................................... 101 Quadro 04- Entidades comunitrias existentes e Entidades Conveniadas.................... 101 Quadro 05 Objetivos do Milnio Percentual do Alcance de Metas............................... 155 Quadro 06 - Oferta de Servios por Modalidade de Agendamento................................. 161 Quadro 07 Atividades do Conselho Municipal de Sade -2012.................................... 191 Quadro 08 - Principais Deliberaes do Conselho Municipal de Sade em 2012.......... 198
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
12
SUMRIO
Apresentao .................................................................................................................. 13
Introduo ....................................................................................................................... 14
Caractersticas gerais do Municpio ................................................................................ 16
1. PARTE ANLISE SITUACIONAL........................................................................... 22
I - ESTRUTURA DO SISTEMA DE SADE.............................................................. 23
a) Capacidade instalada existente pblica e privada............................................. 35
b) Oferta e cobertura de aes e servios de sade............................................. 40
II - REDES DE ATENO E SERVIOS SADE.................................................. 46
a) Ateno Bsica................................................................................................ 46
b) Assistncia Ambulatorial Especializada e Transporte Sanitrio......................... 65
c) Assistncia Hospitalar........................................................................................ 72
d) Rede Materno-Infantil...................................................................................... 79
e) Rede de Ateno as Urgncias ........................................................................ 80
f) Rede de Ateno Psicossocial......................................................................... 82
III - CONDIES SOCIOSSANITRIAS................................................................... 91
a) Perfil Demogrfico.................................................................................. 91
b) Perfil Socioeconmicos e de Infraestrutura....................................................... 98
c) Perfil Epidemiolgico.......................................................................................... 105
d) Determinantes e condicionantes sociais de sade........................................... 134
IV - FLUXOS DE ACESSO........................................................................................ 156
V - RECURSOS FINANCEIROS.............................................................................. 172
VI - GESTO DO TRABALHO E DA EDUCAO EM SADE............................... 176
VII - CINCIA, TECNOLOGIA, PRODUO E INOVAO EM SADE................. 181
VIII GESTO.......................................................................................................... 182
a) Regionalizao............................................................................. 183
b) Planejamento.................................................................................................... 184
b) Participao e Controle Social............................................................... 190
c) ndice de desempenho do SUS IDSUS.............................................. 201
2. PARTE DIRETRIZES, OBJETIVOS, METAS E INDICADORES............................. 206
3. PARTE MONITORAMENTO E AVALIAO........................................................... 223
Consideraes finais........................................................................................................ 227
Referncias Bibliogrficas................................................................................................ 228
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
13
APRESENTAO
Objetivando o aperfeioamento do SUS em Pinhais, apresentamos o Plano
Municipal de Sade para o quadrinio 2014-2017, onde traz sete Diretrizes Gerais
que expressam as linhas de atuao a serem seguidas, visando melhorar as
condies de sade dos muncipes, configurando-se na Poltica Municipal de Sade
em consonncia com a Poltica Federal e Estadual de Sade, com a respectiva
aprovao do Conselho Municipal de Sade.
A elaborao das diretrizes, objetivos e metas do Plano Municipal de Sade
2014-2017, foi resultado da anlise das informaes produzidas, das metas
pactuadas no SISPACTO, entre outros indicadores, alm dos temas debatidos em
vrias reunies tcnicas organizadas pela equipe de sade do Municpio.
O Plano Municipal de Sade foi entendido como um processo dinmico que
permite a reviso permanente dos objetivos, prioridades, estratgias e aes, seja
pela superao de problemas, seja pelas mudanas de cenrios - epidemiolgicos e
polticos.
Como fator preponderante para o cumprimento das diretrizes estabelecidas
neste Plano, observa-se que dever ser efetuada a avaliao da sua
implementao, o monitoramento das aes implementadas, a avaliao da prpria
implementao, anlise da efetividade, eficincia e eficcia assim como o
diagnstico dos fatores facilitadores e dificultadores, trabalho esse que demandar a
continua qualificao do corpo tcnica.
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
14
INTRODUO
O Plano Municipal de Sade alm de um requisito legal, um dos
mecanismos relevantes para se assegurar o princpio da unicidade do SUS e a
participao social.
A Lei Federal n 8080/90 estabelece como atribuio comum a Unio,
Estados e Municpios a elaborao e atualizao peridica do Plano Municipal de
Sade, indicando ainda que a proposta oramentria da sade dever ser feita em
conformidade com o Plano.
A Portaria 3.332/GM/2006 define que o Plano Municipal de Sade, o
instrumento bsico que, em cada esfera, norteia a definio da Programao Anual
das aes e servios de sade prestados, assim como da gesto do SUS. Segundo
a mesma Portaria, o Plano apresenta as intenes e os resultados a serem
buscados no perodo de quatro anos, expressos em objetivos, diretrizes e metas.
O Decreto Federal n 7.508/2011 que regulamentou a Lei Federal n 8080/90,
explicitou conceitos, princpios e diretrizes do SUS, exigindo uma nova dinmica na
organizao e gesto do Sistema nico de Sade, com destaque para o
aprofundamento das relaes interfederativas e a instituio de novos instrumentos,
dentre eles o Contrato Organizativo da Ao Pblica COAP.
A Lei Complementar n 141/2012 regulamentou o 3 do artigo 198 da
Constituio Federal que dispe sobre os valores mnimos a serem aplicados
anualmente pela Unio, Estados e Municpios em aes e servios pblicos de
sade, estabeleceu critrios de rateio dos recursos de transferncias para a sade e
as normas de fiscalizao, avaliao e controle das despesas com sade nas trs
esferas de governo, alm de estabelecer que, para fins de apurao da aplicao dos
recursos mnimos, considerar-se-o como despesas com aes e servios pblicos de
sade aquelas voltadas para a promoo, proteo e recuperao da sade que atendam
simultaneamente, aos princpios estatudos no art. 7 da Lei n8080/90, e a diretriz de que
estas estejam em conformidade com objetivos e metas explicitas nos Planos de
Sade de cada ente da Federao.
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
15
O processo de planejamento na sade deve compatibilizar a percepo de
governo com as necessidades e os interesses da sociedade. A busca pela soluo
de problemas de uma populao deve definir as intervenes que possam mudar
uma realidade de modo a alcanar uma nova situao em que haja melhor
qualidade de vida, maiores nveis de sade e bem-estar e que propicie um maior
desenvolvimento social desta populao.
Na primeira fase de elaborao desse Plano em 2013, antes da realizao da
XI Conferncia Municipal de Sade, foi tomado como referncia a proposta indicada
no Caderno de Instrumentos para a Gesto do SUS, o qual foi elaborado pelo
COSEMS-PR e na reviso alm dessa referncia, foi utilizado o referencial
estabelecido no Caderno 2 do PlanejaSUS e a Portaria 2135/2013, publicada em
25/09/2013. A equipe que atuou a frente do trabalho, estruturou o Plano em trs
partes: 1 Parte - Anlise Situacional, 2 Parte - Objetivos, Diretrizes Metas e
Indicadores e a 3 Parte - Monitoramento e Avaliao.
Aps a concluso dos trabalhos, o qual ficou sob a responsabilidade do
Comit Gestor da Secretaria de Sade, institudo para esse fim especfico e da
Gesto da Secretaria, este documento seguir para anlise e deliberao do
Conselho Municipal de Sade, o qual acompanhar a aplicabilidade do mesmo.
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
16
CARACTERSTICAS GERAIS DO MUNICPIO
Histrico
Segundo as pesquisas do professor Igor Chmys, a regio circunvizinha de
Curitiba foi lugar de ocupao de dois grandes grupos indgenas, pertencentes aos
troncos lingsticos J e Tupi. As primeiras populaes indgenas eram pr-
ceramistas e possivelmente datam de 4.000 anos a.C. Aps essa primeira
ocupao, que se estendeu at aproximadamente 1.485 a.C., ocorreu a presena de
povos ceramistas, ou seja, aqueles que detinham a tcnica de confeccionar
vasilhames de argila. De acordo com Chmyz, o fato da regio hoje conhecida como
Pinhais ter uma topografia plana e ser uma regio de mananciais, torna-se bastante
provvel a ocorrncia de habitaes indgenas. Nessa regio, foram encontrados
vrios vestgios de artefatos indgenas, alm de evidncias de estruturas
habitacionais caractersticas do povo J.
A histria recente da ocupao territorial de Pinhais tem as suas razes
intimamente ligadas construo da Ferrovia Curitiba-Paranagu, inaugurada em
1885. Outro fator aglutinador foi implementao de uma indstria cermica que, a
partir de 1910, tornou-se uma das unidades produtivas mais dinmicas do Paran.
Alm dos proprietrios de terra que desenvolviam atividades agro-pastoris,
aps a inaugurao da Estrada de Ferro foram construdas casas para os
funcionrios responsveis pela manuteno da ferrovia.
A Cermica Weiss, fator aglutinador e gerador de riquezas, passou do mbito
da realidade para ser elemento de identidade do municpio. A Estao Ferroviria
outro fator importante na formao da cidade e da gradual reduo de seu nome
pois, inicialmente, a localidade era chamada de Estao So Jos dos Pinhais e
com o tempo passou a ser chamada de Estao Pinhais. Foi justamente dessa
conjuno Cermica e Estao Ferroviria- que se iniciou uma povoao mais
densa e, dessa maneira, na regio em torno da Estao de Trem localiza-se o
Marco Zero. Da incipiente populao e dos esparsos domiclios foi surgindo no
decorrer de 120 (cento e vinte) anos, a localidade abrigou populaes provenientes
de diversas regies. So migrantes e imigrantes que aqui se estabeleceram e
criaram forte elo de ligao com a regio e no somente com sua localizao.
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
17
Plebiscito realizado no final do ano de 1991 apontou o interesse de 87%
(oitenta e sete) da populao ali residente pela implantao de um poder executivo e
legislativo local, restando, conseqentemente em seu desmembramento por fora da
Lei Estadual n 9.906 de 20 de maro de 1992, passando ento condio de
Municpio. Os tempos do difcil acesso, da morosidade do trem e da escassez de
infra-estrutura no faz mais parte da realidade da populao, todavia essas imagens
ainda povoam a memria dos moradores mais antigos.
Identificao Municipal
Localizado imediatamente a leste da capital do Estado e com a menor
extenso territorial dentre os municpios paranaenses, Pinhais tem como municpios
limtrofes, Curitiba, So Jos dos Pinhais, Quatro Barras, Colombo e Piraquara.
dividido em 15 (quinze) bairros e tem parte de seu territrio inserido em rea de
Manancial e na rea de Proteo Ambiental APA do Ira possuindo ainda Unidade
Territorial de Planejamento UTP de Pinhais, com legislao ambiental que
restringe sua ocupao. O Municpio compreende uma rea total de 60.749 km, dos
quais, aproximadamente, 35 Km2 se encontram consolidados pela ocupao urbana.
Segundo o IBGE, as coordenadas geogrficas para Pinhais so latitude 2544 S e
longitude 4919 W.
A proximidade com a Capital paranaense se confirma pelos 8,9 km de
distncia entre centros e pode ser observada ainda em relao a outros municpios
metropolitanos e seus equipamentos, como no caso do aeroporto Afonso Penna em
So Jos dos Pinhais, cuja distancia estimada de 10 km.
O principal acesso a Pinhais se d pela rodovia estadual PR-415, essa
rodovia intercepta o municpio no sentido leste-oeste, ligando respectivamente, a
Piraquara e Curitiba. Tambm uma importante via de ligao com o Contorno
Leste, que por sua vez um dos eixos rodovirios estruturantes de toda a Regio
Metropolitana de Curitiba. Possui localizao privilegiada pela facilidade de acesso
ao principal entroncamento rodovirio da regio, composto pela BR-277 (Regio
Leste e Oeste), pela BR-116 (Regio Norte e Sul) e pela BR-476 (Regio Norte e
Sul).
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
18
Figura 1 - Rodovias de acesso a Pinhais
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
19
Figura 2 - Mapa de Localizao do Municpio de Pinhais.
Figura 3 Mapa de distncia Pinhais e a Capital do Paran - Curitiba
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
20
Figura 4 - Mapa dos Municpios Regio Metropolitana de Curitiba.
Relevo1
Pinhais considerado um local plano e com suaves inclinaes e montes. Em
sua superfcie, encontram-se argila e areia depositadas ao longo dos rios e nos
arredores da cidade, chamada de Formao Guabirotuba ou Bacia de Curitiba,
estendida desde a 'escarpa de So Luis do Purun' at Quatro Barras. As principais
caractersticas geomorfolgicas localizadas nesta regio so as plancies de vrzeas
ou de inundaes, com depsitos sedimentares pouco entalhados e freqentes
terrenos alagadios, intercalados com um relevo de vertentes suaves em algumas
reas.
1 Disponvel em http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinhais#Relevo)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quatro_Barrashttp://www.comec.pr.gov.br/arquivos/File/RMC_2009_politico.pdf
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
21
Clima2
Em termos climticos, segundo a classificao de Keppen, organizada por
MAACK (1968), Pinhais est na zona sob o domnio Cfb, que caracteriza-se por ser
zona temperada sempre mida, com mais de cinco geadas noturnas por ano. As
precipitaes variam entre 1.100 a 1.600 mm ao ano e as temperaturas mdias de
15 a 17C.3
Hidrografia
O Municpio de acordo com o seu Plano de Habitao e Regularizao
Fundiria est inserido na Bacia Hidrogrfica do Igua, sendo que seu territrio
pode ser subdividido em quatro regies hidrogrficas, cada qual com seus afluentes
compondo sub-bacias, sendo elas:
Rio Ira: responsvel por parte do abastecimento de gua da Regio Metropolitana de Curitiba, o rio estabelece divisa entre Pinhais, Piraquara e So Jos dos Pinhais. Destaca-se para tal regio hidrogrfica a presena da APA do Ira que significa maior controle de uso e ocupao do solo e os tipos de atividades permitidos para a rea. Rio do Meio: Percorre o municpio na sua poro central apresentando dentro da sua regio hidrogrfica no municpio caractersticas diferentes. Na margem esquerda ficam caracterizadas as regies com ocupaes esparsas, presena de chcaras, configuradas pela insero da UTP de Pinhais. Na outra margem do rio a densidade aumenta significativamente com presena de loteamento e caractersticas mais urbanas. Rio Palmital: segundo levantamentos do PDM (VERTRAG, 2010) na bacia hidrogrfica do Rio Palmital que se encontra grande parte da rea urbana de Pinhais, sendo esta mais desenvolvida em sua margem direita, praticamente toda ocupada, enquanto a esquerda mostra ainda trechos sem ocupao, cobertos por vegetao herbcea, em terrenos amplos. Rio Atuba: Rio que estabelece limite com a capital Curitiba, sendo que a margem esquerda corresponde aos terrenos de Pinhais, os quais apresentam grande adensamento. Em todo o curso do rio est presente a plancie de inundao, onde so recorrentes as ocorrncias de cheias.
2 MAACK R. Geografia do Estado do Paran. Curitiba, 1968. p89 191.
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
22
1. PARTE
ANLISE SITUACIONAL
A Anlise situacional um processo de identificao, formulao e priorizao
de problemas em uma determinada realidade. O objetivo da anlise situacional
permitir a identificao dos problemas e orientar a definio das prioridades.
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
23
I - ESTRUTURA DO SISTEMA DE SADE
A estrutura organizacional da Secretaria Municipal de Sade de acordo
com o Decreto Municipal 893/10, est dividida em:
I - Coordenadoria de Gesto - COGES;
II - Departamento de Administrao - DEAM;
III - Departamento de Assistncia Sade - DEASS;
IV - Departamento de Vigilncia em Sade - DEVIS;
V - Departamento de Controle, Avaliao e Auditoria DECAU
Alm das competncias bsicas estabelecidas no inciso V do artigo 7 da
Lei Municipal n 940/2009, a Secretaria Municipal de Sade tem ainda a finalidade
de executar o oramento do Fundo Municipal de Sade, apoiar o Conselho
Municipal e a Ouvidoria de Sade, os quais esto vinculados a Secretaria.
No organograma abaixo possvel visualizar a organizao institucional da
Secretaria de Sade.
Para melhor constatao das atribuies da estrutura identificada acima,
quanto coordenadoria e demais departamentos, os quais esto sob a direo geral
SEMSA
Conselho Municipal de Sade
COGES
DEAM DEASS DEVIS DECAU
Ouvidoria
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
24
da Secretria Municipal de Sade, na sequencia destacam-se as principais
atribuies dos setores de direo.
COORDENADORIA DE GESTO
A Coordenadoria de Gesto, presta assessoramento ao Gabinete do
Secretrio(a), sendo de sua responsabilidade a qualidade e eficincia do
gerenciamento das aes relacionadas a ele, a comunicao s unidades da
SEMSA sobre instrues, orientaes e recomendaes emanadas pelo Secretrio
(a) de Sade, gerenciamento das informaes prestadas aos cidados, coordenao
do fluxo de informao e de protocolos da Secretaria de Sade, estabelecer, exercer
e manter o relacionamento institucional com rgos e entidades que atuam direta ou
indiretamente na rea de competncia da SEMSA; coordenar estudos sobre formas
de gesto do sistema de sade do Municpio; acompanhar o sistema de prestao
de contas do Contrato de Gesto do Hospital Municipal e Unidade de Pronto
Atendimento; implementar a Poltica Nacional de Ateno s Urgncias; assegurar a
universalizao, descentralizao, integralidade e equidade na assistncia aos
casos de urgncia e emergncia; promover a interligao tica e resolutiva de toda a
rede bsica e especializada de sade, estratgia Sade da Famlia com o complexo
regulador regional das urgncias (Central: SAMU 192) e rede hospitalar: Hospitais
de Retaguarda; assegurar o cumprimento do currculo mnimo proposto pela Portaria
GM 2048 da Poltica Nacional de Ateno s Urgncias, atravs de seu Plo de
Educao Permanente, promovendo, assim, a universalizao do conhecimento em
situaes de urgncia e emergncia; analisar a viabilidade de projetos referente
construo, ampliao e reforma predial, proposto pela administradora do hospital,
emitindo parecer sobre o impacto administrativo e financeiro.
DEPARTAMENTO DE ASSISTNCIA SADE
O Departamento de Assistncia sade responsvel por elaborar em
articulao com os demais Departamentos, programas e estratgias de sade,
promovendo sua execuo; coordenar a participao na elaborao e
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
25
acompanhamento do oramento do DEASS; realizar, continuadamente, campanhas
educativas e preventivas para a populao em geral; prestar assistncia mdica e
de enfermagem populao do Municpio na esfera da Ateno Primria Sade -
APS; promover assistncia odontolgica; promover assistncia na rea de sade
mental; orientar e acompanhar os programas propostos pelo Ministrio da Sade,
Secretaria Estadual de Sade - SESA e SEMSA; viabilizar populao o acesso
aos medicamentos disponveis; viabilizar recursos para a execuo das Polticas
Pblicas do MS voltadas populao; executar outras atividades correlatas sua
rea de atuao.
DEPARTAMENTO DE CONTROLE, AVALIO E AUDITORIA
Cabe ao Departamento de controle, avaliao e auditoria implementar as
polticas de sade estabelecidas para o desenvolvimento da rede municipal,
objetivando a melhoria contnua da qualidade dos servios de sade ofertados nas
unidades; implementar aes relativas ao Sistema Carto Nacional de Sade - CNS
e ao Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimento de Sade SCNES;
acompanhar, controlar e avaliar o sistema de gesto da SEMSA; avaliar e monitorar
as aes e os servios de sade ofertados na rede municipal, compilando as
informaes propondo adequaes de fluxo e acompanhando as agendas dos
prestadores de servios de sade; fiscalizar os rgos e estabelecimentos de
Sade, no mbito do Municpio, credenciados ao SUS, quanto qualidade de
atendimento populao; acompanhar as aes relacionadas ao servio de
Autorizao de Internamento Hospitalar - AIH; acompanhar o pagamento de
consultas, exames e internamentos realizados atravs do SUS; estabelecer
diretrizes para o desenvolvimento do servio de marcao de consultas e exames
especializados liberados pelo SUS; estabelecer fluxos para as UBS como principal
porta de entrada para o sistema; definir critrios para a solicitao de consultas
especializadas e exames complementares, atravs de relatrios gerenciais quanto a
resolutividade dos profissionais da rede, visando a otimizao de recursos; definir
estratgias, diretrizes e procedimentos de controle referentes prestao dos
servios ofertados rede de sade; analisar os dados da produo dos servios de
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
26
sade e desenvolver aes para o aprimoramento da qualidade da informao;
acompanhar os processos de credenciamento dos prestadores junto ao SUS;
coordenar, de forma pactuada e regulada, as referncias entre os municpios, de
acordo com a programao pactuada, integrando-se aos fluxos estabelecidos pela
regional; executar outras atividades correlatas sua rea de atuao.
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAO
Considerado como um departamento meio tem como competncia
principal prestar suporte aos demais setores da Secretaria Municipal de Sade, lhe
cabendo as funes de coordenar a elaborao e a implementao do planejamento
estratgico, atravs dos recursos informatizados, e, naquilo que couber, da
metodologia de gerenciamento de projetos; coordenar a gesto administrativa da
secretaria; acompanhar as rotinas especficas da rea de pessoal; auxiliar na
coordenao das atividades de atualizao, desenvolvimento, treinamento e
aperfeioamento dos profissionais lotados na sade; avaliar as necessidades de
provimento de pessoal, de acordo com as demandas identificadas; acompanhar e
avaliar o desempenho dos servidores, para fins de aproveitamento de
potencialidade, aperfeioamento, maior produtividade, treinamento, promoo e
transferncia; promover a integrao de informaes gerenciais, visando um
planejamento global e georreferenciado; elaborar, executar e acompanhar, em
conjunto com os demais Departamentos da secretaria, o Plano Municipal de Sade,
o Plano Anual de Sade e o Relatrio Anual de Gesto, bem como o PPA, a LDO e
a LOA; coordenar a execuo oramentria e financeira da SEMSA; orientar e
monitorar, qualitativamente e quantitativamente, os dispndios efetuados pelos
Departamentos; padronizar os materiais e servios utilizados; coordenar e orientar
as atividades relativas ao controle de patrimnio, de acordo com as diretrizes e
instrues da Secretaria Municipal de Administrao - SEMAD; manter atualizada a
documentao referente aos bens mveis e imveis; promover, junto SEMAD, a
manuteno da rede lgica e telefnica em todas as Unidades; planejar, controlar e
supervisionar, junto aos demais Departamentos, os servios de reforma, ampliao
e manuteno preventiva da frota, dos prdios, ptios e jardins; acompanhar os
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
27
contratos, que tem relao com as aes dos Departamentos, relativamente sua
regular execuo e vigncia, opinando sobre a necessidade de eventuais
aditamentos.
DEPARTAMENTO DE VIGILNCIA EM SADE
O Departamento de Vigilncia em Sade de forma abrangente, constitui-se
de aes de promoo da sade da populao, vigilncia, proteo, preveno e
controle das doenas e agravos sade, e tem como premissa organizacional
realizar parceria com outros rgos, instituies pblicas ou privadas para
atendimento de situaes extraordinrias de interesse comum; II - orientar e
acompanhar os programas de sade, na sua rea de competncia; III - promover
capacitao dos profissionais do DEVIS; planejar campanhas de preveno;
executar projetos especiais de educao e sade, notadamente os de assistncia
integrada, aos alunos de estabelecimentos de ensino da rede pblica e privada;
elaborar e dar publicidade aos materiais educativos populao; orientar e executar
as aes referentes Vigilncia Sanitria conforme Leis Federais, Estaduais e
Municipais; orientar as empresas sobre aspectos pertinentes Vigilncia Sanitria,
quanto abertura e funcionamento de estabelecimentos; expedir licena sanitria
para todos os estabelecimentos de interesse e assistncia a sade que atenderem
as normas sanitrias vigentes; analisar e dar parecer tcnico conclusivo em
processos administrativos provenientes de infrao sanitria; coordenar o servio
municipal de vigilncia epidemiolgica e controle de doenas; normatizar as
atividades referentes a novos agravos de interesse do Sistema Municipal de Sade;
produzir, coletar, analisar dados e construir indicadores de Sade do Municpio;
repassar informaes epidemiolgicas s autoridades municipais, regionais e
estaduais; prestar informao sobre casos de surtos e ocorrncia de patologia afetas
sua rea, bem como buscar sua resoluo; desenvolver atividades pertinentes ao
Comit Municipal de Mortalidade Materna e Infantil; realizar alimentao dos
sistemas de informao da Vigilncia Epidemiolgica; coordenar o Programa de
Imunizao; participar na elaborao do Plano de Aes e Metas PAM; coordenar
aes e projetos de preveno e assistncia em DST/HIV/AIDS; administrar
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
28
recursos oriundos do MS para o desenvolvimento do programa DST/AIDS; participar
da elaborao, execuo e monitoramento, planejamento oramentrio e financeiro,
em conjunto com as Gerncias do DEVIS; participar da elaborao, execuo e
monitoramento de licitaes em conjunto com as Gerncias do DEVIS; executar
outras atividades correlatas sua rea de atuao.
Segundo a Portaria MS n 3252 de 22 de dezembro de 2009, a Vigilncia em
Sade tem como objetivo a anlise permanente da situao de sade da populao,
articulando-se num conjunto de aes que se destinam a controlar determinantes,
riscos e danos sade de populaes que vivem em determinados territrios,
garantindo a integralidade da ateno, o que inclui tanto a abordagem individual
como coletiva dos problemas de sade.
Visa a vigiar e controlar as doenas transmissveis, no transmissveis e
agravos, como um conjunto de aes que proporcionam o conhecimento, a deteco
ou preveno de qualquer mudana nos fatores determinantes e condicionantes da
sade individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de
preveno e controle das doenas e agravos.
A integrao entre a Vigilncia em Sade e a Ateno Primria Sade
condio necessria para a construo da integralidade na ateno e para o alcance
de resultados, com desenvolvimento de um processo de trabalho condizente com a
realidade local, que preserve as especificidades dos setores e compartilhe suas
tecnologias.
Vigilncia em Sade passa por um processo de reestruturao e
fortalecimento no estado do Paran, tanto no nvel estadual/regional, quanto nos
municpios. Como ao indelegvel do poder pblico, a vigilncia deve ser
desenvolvida, no mbito do Sistema nico de Sade (SUS), articulada em um amplo
processo de descentralizao. Sendo o VigiaSUS utilizado como uma das
referncias para a pactuao das aes de Vigilncia em Sade no Contrato
Organizativo da Ao Pblica COAP, a ser assinado entre o Ministrio da Sade, a
Secretaria de Estado da Sade do Paran e os municpios do Estado.
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
29
Vigilncia Epidemiolgica
Tem como propsito fornecer orientao tcnica permanente aos profissionais
e/ou instituies de sade com o objetivo de propor aes de controle de doenas e
agravos. A Vigilncia epidemiolgica desencadeia suas atividades a partir da
notificao de um caso suspeito ou confirmado de doena que esteja sob vigilncia.
Sua operacionalizao compreende as seguintes funes: coleta, investigao
epidemiolgica de casos e surtos, recomendao de medidas de controle, analise e
processamento de dados, divulgao das informaes sobre as investigaes,
medidas de controle adotadas e impacto obtido.
Participar da formulao de polticas, planos e programas de sade no
contexto das doenas infecto parasitrias organizando e planejando aes de
assistncia, preveno e controle destas no Municpio, por meio de campanhas,
palestras, capacitaes e outras estratgias.
Atividades desenvolvidas:
Vigilncia Centralizada: Bloqueio imediato - nos casos de meningite,
sarampo as aes devero ser desencadeadas de imediato com o objetivo
de controlar e prevenir uma epidemia.
Vigilncia descentralizada nos casos de: tuberculose, rubola, influenza,
coqueluche, leptospirose, os profissionais das unidades de sade e
hospitais que realizam monitoramento e desencadeiam as aes mediante
suporte da Vigilncia Epidemiolgica Central.
Desenvolve atividades de diagnstico, promoo e preveno sade na
temtica das doenas de notificao compulsria com nfase nas
DST/AIDS/Hepatites Virais/ Tuberculose/Hansenase, promoo da cultura
da paz e preveno da violncia.
Referncia no monitoramento, tratamento e acompanhamento de doenas
infectocontagiosas e parasitrias de interesse em sade pblica no Centro
de Controle em Agravos Estratgicos Dr. Germano Traple.
Logstica de imunobiolgicos, teste rpido e insumos de preveno
(preservativo feminino e masculino e gel lubrificante) no municpio.
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
30
Solicitao, dispensao, controle e monitoramento de Declaraes de
Nascidos Vivos e Declaraes de bito.
Monitoramento dos Sistemas:
Sistema de Informao de Mortalidade - SIM disponibiliza atravs do
banco de dados todas as informaes referentes s Declaraes de
bitos da populao residentes no municpio.
Sistema de Informao de Nascidos Vivos - SINASC disponibiliza
atravs do banco de dados todas as informaes referentes Declarao
de Nascido Vivo residentes no municpio.
Sistema de Informao de Agravos de Notificao - SINAN - disponibiliza
informaes acerca dos agravos epidemiolgicos de interesse
epidemiolgico.
Sistema de Informao de Agravos de Notificao SINAN - Net
disponibiliza a movimentao do fluxo de retorno, notificaes realizadas
fora do municpio de residncia do usurio.
Sistema de Informao de Agravos de Notificao SINAN Online
permite a visualizao de notificaes, consulta a duplicidades, relatrios
e a digitao das notificaes de Dengue em tempo real.
Sistema de Informao de Agravos de Notificao Sinan Influenza Web
permite a visualizao de notificaes, consulta a duplicidades,
relatrios e a digitao das notificaes de Sndromes Respiratrias
Agudas Graves em tempo real.
Gerenciamento de Ambiente Laboratorial GAL - Sistema informatizado
desenvolvido para os laboratrios de Sade Pblica que realizam
exames, somente no Laboratrio Central do Estado (LACEN), de
notificao compulsria, de mdia e alta complexidade.
Sistema de Informao da Vigilncia Epidemiolgica - SIVEP
disponibiliza informaes sobre as Doenas Diarricas Agudas.
Programa Nacional de Imunizao PNI disponibiliza informaes
referentes cobertura vacinal por sala de vacina, orientao e atualizao
para os profissionais da rea de atuao.
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
31
Avaliao do Programa de Imunizao API - tem como objetivo
acompanhar sistematicamente o quantitativo populacional vacinado por
faixa etria, alm de controlar os ndices de cobertura e taxas de
abandono nos mbitos Federal, Estadual e Municipal.
Estoque e Distribuio de Imunobiolgico e Insumo EDI disponibiliza
informaes sobre recebimento e distribuio de imunobiolgicos,
controle de temperatura da rede de frio, movimento mensal consolidado
com informaes de imunobiolgicos inutilizados, e fornecimento de nota
de expedio e formulrios.
Sistema de Apurao dos Imunobiolgicos Utilizados - Si-AIU- tem por
objetivo permitir o controle da movimentao de imunobiolgicos a partir
da sala de vacina, apurando a utilizao, perdas tcnicas e fsicas, com
consolidao municipal, estadual e nacional.
Sistema de Informao do Programa Nacional de Imunizaes SI PNI
A previso de implantao ser a partir do segundo semestre de 2014,
em que disponibilizar a identificao do usurio, do profissional, o local
de aplicao e o nmero de doses aplicadas por unidade de sade,
contribuindo para cobertura vacinal, pois a meta ser atingida por
municpio de residncia e no por municpio de aplicao.
Monitoramento das doenas exantemticas alimentao da planilha
semanalmente e encaminhamento via e-mail a 2Regional de Sade.
Vigilncia Ambiental
Conjunto de aes que propiciam o conhecimento e a deteco de mudanas
nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na
sade humana, com a finalidade de identificar as medidas de preveno e controle
dos fatores de risco ambientais relacionados s doenas ou a outros agravos
sade.
Em 2010 a Gerncia de Vigilncia de Controle de Zoonoses transforma-se em
Gerncia de Vigilncia Ambiental, responsvel por realizar aes e servios voltados
para a vigilncia, preveno e controle de zoonoses e de acidentes causados por
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
32
animais peonhentos, venenosos e/ou de relevncia para a sade pblica e atuar
nas reas de contaminantes ambientais, qualidade da gua para consumo humano,
qualidade do ar, qualidade do solo, incluindo os resduos txicos e perigosos e
desastres naturais e acidentes com produtos perigosos.
A Vigilncia Ambiental tem buscado mapear os animais peonhentos e
venenosos encontrados no Municpio, aprimorar a vigilncia da qualidade da gua
para o consumo humano, intensificar as aes do Programa da Raiva e Programa
Municipal de Controle da Dengue, realizar as vistorias zoossanitrias, monitorar as
zoonoses emergentes e reemergentes a nvel estadual e federal ,alm de difundir
entre os profissionais da sade as medidas de preveno e controle da fauna
sinantrpica ,zoonoses,acidentes com animais venenosos e peonhentos.
A Vigilncia Ambiental dentre outras atividades realizava o Projeto de castrao
de ces e gatos, Projeto Carroceiro, Concurso Veterinrio Mirim e atendimento a
denncias de maus tratos a animais, atividades que passaram a ser de
responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente criada em 2013.
As aes que so desenvolvidas pela Vigilncia Ambiental so:
Educao, Informao, Comunicao: so realizadas Palestras para a
Orientao da comunidade sobre a preveno de acidente com animais
peonhentos, preveno a zoonoses, preveno de doenas transmitidas
por vetores, e demais assuntos envolvidos;
Programa VIGIAGUA: A vigilncia da qualidade da gua de consumo
humano tem como finalidade o mapeamento de reas de risco em
determinado territrio, utilizando a vigilncia da qualidade da gua
consumida pela populao, quer seja aquela distribuda por sistemas de
abastecimento de gua e aquelas provenientes de solues alternativas
(coletados diretamente em mananciais superficiais, poos ou caminhes
pipa), para avaliao das caractersticas de potabilidade, ou seja, da
qualidade e quantidade consumida, com vistas a assegurar a qualidade da
gua e evitar que as pessoas adoeam pela presena de patgenos ou
contaminantes presentes nas colees hdricas. So realizadas coletas
semanais em pontos previamente determinados ou em caso de denncias;
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
33
Programa VIGISOLO: vigilncia da qualidade do solo o objetivo maior o
mapeamento e o cadastramento das reas de contaminao ambiental da
superfcie e do subsolo terrestre que tenham potencial risco sade
humana,especialmente as reas de resduos (passivos) perigosos e txicos
,so identificadas e cadastradas estas reas pelo Programa.
Atendimento a Reclamaes: as denncias so feitas via telefone na
Ouvidoria da Sade, as visitas zoossanitrias tm como objetivo diminuir os
riscos sade humana, ocasionadas pela convivncia homem-animal
inadequada, falta de medidas de saneamento ambiental que possam colocar
em risco sade humana, proliferao de vetores, animais peonhentos ou
da fauna sinantrpica;
Sistema de Informao Geogrfica: serve para georreferenciar (identificar os
pontos no mapa), onde os agravos esto acontecendo , criando indicadores
de sade ambiental e identificando as reas de risco de forma a propor
medidas preventivas;
Programa Municipal de Controle da Dengue: realiza visitas em residncias,
em comrcios, onde possam ocorrer colees hdricas de modo a favorecer
a proliferao do mosquito Aedes aegypti em suas diferentes fases de
desenvolvimento;
Programa Municipal de Controle da Raiva: realizao do monitoramento de
animais (ces, gatos, morcegos e animais silvestres) que tenham sido
encontrados mortos ou que apresentem sintomatologia compatvel a Raiva,
dos animais citados coletado material biolgico que ser encaminhado ao
LACEN; realizao de vacinao de ces e gatos contra a Raiva;
investigao atendimento anti rbico humano;
Coleta, recebimento, acondicionamento, conservao e transporte de
espcimes ou amostras biolgicas de animais para encaminhamento aos
laboratrios, com vistas identificao ou diagnstico laboratorial de
zoonoses de relevncia para a sade pblica;
Manejo e/ou controle de vetores, hospedeiros e reservatrios e animais
peonhentos : so realizadas vistorias para a orientao sobre as principais
medidas de controle e preveno de acidentes;
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
34
Laboratrio para a Identificao de vetores e animais peonhentos (aranhas,
escorpies, morcegos, mosquitos): os animais coletados em campo so
identificados e mapeados no Municpio;
Orientao sobre a fauna sinantrpica: so realizadas vistorias e proposto
medidas de controle da fauna sinantrpica (pombos, ratos, taturana,
escorpies, pulgas, carrapato, etc);
Investigao de zoonoses: a partir da notificao investigamos, e
orientamos as fontes de contaminao e medidas preventivas;
Recolhimento de animais com relevncia epidemiolgica;
Investigao de desastres naturais e acidentes com produtos perigosos: na
vigilncia e preveno de desastres naturais so enfatizados os riscos e
efeitos sade decorrentes de eventos relacionados a inundaes, secas,
desmoronamentos e incndios em vegetaes, esto sendo implantado este
sistema de vigilncia.
Vigilncia Sanitria
Compreende um conjunto de aes multidisciplinar capazes de eliminar,
diminuir ou prevenir riscos sade e de intervir nos problemas sanitrios
decorrentes do meio ambiente, da produo e circulao de bens e da prestao de
servios do interesse da sade, abrangendo o controle de bens de consumo, que
direta ou indiretamente se relacionem com a sade, compreendidas todas as etapas
e processos, da produo ao consumo, e o controle da prestao de servios que se
relacionam direta ou indiretamente com a sade.
Visa promoo da sade e reduo da morbimortalidade da populao
trabalhadora, por meio da integrao de aes que intervenham nos agravos e seus
determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processo produtivos,
por meio da Vigilncia a Sade do trabalhador.
Dentre as atividades educativas realizadas para a populao e o setor
regulado, com o objetivo de informar a populao e profissionais sobre as
legislaes sanitrias, destaca-se o Projeto Educanvisa que possui como objetivo
principal Estimular a mudana de hbitos e atitudes nocivas a sade das pessoas,
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
35
em casa e na comunidade como a utilizao correta de medicamentos; que a
alimentao saudvel e a prtica de atividades fsicas regularmente podero trazer
uma qualidade de vida melhor para as pessoas. O projeto ressalta a importncia de
formar cidados conscientes dos seus direitos, deveres e responsabilidades.
a) CAPACIDADE INSTALADA EXISTENTE PBLICA E PRIVADA
A Rede de Sade do Municpio constituda por estabelecimentos pblicos e
privados, bem como o Municpio est associado ao Consrcio Metropolitano de
Sade do Paran - COMESP. Os servios referenciados esto localizados na capital
do Estado. Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade (CNES),
Pinhais possui 82 estabelecimentos assistenciais de sade, destes 61 so privados
e 21 pblico municipal/estadual, do total desses estabelecimentos 48 prestam
atendimentos pelo SUS e 40 no so vinculados ao SUS. Com relao aos
prestadores do SUS a Secretaria de Sade busca constantemente adequar as
necessidades para a populao em geral, visto que o quadro de pessoal
constantemente ampliado assim como novos servios. Com a reestruturao da
ateno primria, em consonncia com as diretrizes do Ministrio da Sade, no
fortalecimento e qualificao da Estratgia de Sade da Famlia, a Secretaria
ampliou consideravelmente o quadro de profissionais tcnicos, agentes comunitrios
de Sade, entre outros profissionais..
Tabela 01 - Estabelecimentos e tipo de prestador, segundo dados do CNES.
TIPO DE ESTABELECIMENTO PBLICO PRIVADO TOTAL
Policlnica 0 08 08
Centro de Ateno Psicossocial CAPS 02 0 02
Unidade Bsica de Sade 10 0 10
Centro de Sade 02 0 02
Clinica Especializada/Ambulatrio Especializado 02 04 06
Consultrio Isolado 0 38 38
Hospital Geral 01 01 02
Hospital Especializado 01 0 01
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
36
Unidade de Pronto Atendimento 01 0 01
Unidade de Servio de Apoio de Diagnose e Terapia 0 09 09
Unidade Mvel Terrestre 01 01 02
Secretaria de Sade 01 0 01
Total 21 61 82
Fonte: sistema CNES do Ministrio da Sade 2012
A Tabela 02 apresenta, o nmero de estabelecimentos, para o atendimento
dos servios, quanto a caracterizao SUS e particular.
Tabela 02 - Nmero de estabelecimentos por tipo de convnio, e tipo de atendimento
prestado, segundo dados do CNES Paran no ano de 2012
SERVIOS PRESTADOS SUS PARTICULAR
Internao 3 01
Ambulatorial 19 05
Urgncia 05 01
Diagnose e terapia 19 32
Vig. epidemiolgica e sanitria 01 01
Farmcia ou cooperativa 01 0
Total 48 40
Fonte: CNES
O nmero de equipamentos existentes e aqueles em uso e disponveis ao
atendimento via SUS no Municpio esto relacionados nas tabelas 03 e 04.
Tabela 03 - Nmero de equipamentos existentes, em uso e disponveis ao SUS, segundo
grupo de equipamentos.
CATEGORIA EXISTENTES EM USO DISPONVEL AO SUS
Equipamentos de diagnstico por imagem
54 54 21
Equipamentos de Infra Estrutura 58 58 6
Equipamentos Por Mtodos Grficos
13 13 04
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
37
Equipamentos de Manuteno da Vida
138 134 30
Outros equipamentos 66 66 9
Equipamentos de Odontologia 212 211 51
Equipamentos de Audiologia 3 3 3
Fonte: CNES
Tabela 03A - Nmero de equipamentos de categorias selecionadas existentes, em uso,
disponveis ao SUS e por 100.000 habitantes, segundo categorias do equipamento.
CATEGORIA EXISTENTES EM USO DISPONVEIS AO SUS
Mamgrafo 01 01 01
Raio X 09 09 03
Raio X Dentrio 32 32 08
Tomgrafo Computadorizado 0 0 0
Ressonncia Magntica 0 0 0
Ultrassom 10 10 05
Fonte: CNES
Imveis
No quadro abaixo verifica-se que dos seis locais de atendimento
especializado municipal, trs so alugados e trs imveis prprios, destaca-se
porm, que est em estudo a mudana do Centro de Especialidades e a Fisioterapia
para imvel prprio em 2014.
Quadro 01 Relao de imveis da rede especializada e hospitalar
Imveis alugados
Imvel Bairro Endereo Horrio
Atendimento
Centro de Especialidades Centro Rua sia, 85 07:30 s 17:00 h
CAPS II Centro Rua Primeiro de Maio, 414 08:00 s 17:00 h
Clnica de Fisioterapia Centro Rua Primeiro de Maio, 442 07:30 s 17:00 h
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
38
Estrutura Fsica da Ateno Bsica
Atualmente a rede de sade no abrange a totalidade da cobertura
populacional. O municpio de Pinhais contempla dez unidades de sade, sendo que
100% fundamentam-se nos trabalhos de equipes multiprofissionais, desenvolvendo
aes de sade em territrio definido. Entretanto, a cobertura de 37,57 % de
Estratgia de Sade da Famlia com projeto de expanso para 65% at 2014. O
municpio conta ainda com uma Unidade de Sade da Mulher que desenvolve
atividades de matriciamento de ginecologia, pediatria e alguns procedimentos
relacionados a sade da mulher.
Como demonstra o quadro abaixo, a US da Mulher esta em imvel locado e a
USF Vargem Grande tambm, porm esta se encontra temporariamente em imvel
locado, pelo fato do prdio prprio se encontrar em reforma com previso de entrega
da obra no inicio de 2014, os demais prdios das unidades de sade da famlia so
prprios. No ano de 2012 foram realizadas reformas de pintura, pequenos reparos e
ampliao de ambiente em todos os prdios das Unidades de Sade.
Imveis prprios
Imvel Bairro Endereo Horrio
Atendimento
Hospital Municipal Centro Rua Wanda dos Santos Mallmann, 710 24 horas
UPA Centro Rua Wanda dos Santos Mallmann, 710 24 horas
Remoo Centro Rua Wanda dos Santos Mallmann, 732 24 horas
Caps AD Maria Antonieta Rua Antonio Andrade, 153 07:00 s 17:00 h
CCA Centro Rua 15 de Novembro, 92 07:00 s 17:00 h
Quadro 02 Relao de imveis das Unidades de Sade da Ateno Bsica
Imveis alugados
Imvel Bairro Endereo Horrio
Unidade de Sade da Mulher Centro Rua Sete de Setembro, 205 08:00 s 17:00 hs
USF Vargem Grande Vargem Grande Rua Luiz Vaz de Cames, 787 07:00 s 17:00 hs
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
39
Nas Unidades de Sade da Famlia Tebas, Perdizes e Perneta no h
possibilidade de ampliao pela especificidade do terreno, o que dificulta o acesso
dos usurios e o processo de trabalho das equipes. A Unidade de Sade da Famlia
Weisspolis tambm possui a dificuldade de ampliao de estrutura fsica e se
concentra em um territrio muito populoso, havendo necessidade de uma nova
estrutura fsica para melhorar o acesso dos usurios. Outro fato importante a
acessibilidade da populao residente do bairro Jardim Karla, onde o bairro
desprovido de unidade de sade, necessitando percorrerem at 4 km para o
atendimento na unidade mais prxima que a Unidade de Sade da Famlia Vila
Amlia. Neste local existe o acompanhamento de uma equipe de sade da famlia,
porm no cobre 100% da populao. O cenrio das Unidades de Sade da Famlia
Maria Antonieta, Tarum e Ana Nery positivo porque a estrutura fsica adequada,
necessitando apenas de ampliao de equipes de estratgia de sade da famlia.
Neste sentido, nota-se a necessidade de expanso de novas equipes e
investir na construo das unidades que j esto em fase de anlise os projetos,
como, a unidade do Bairro Jardim Karla e do bairro Weisspolis para o processo de
consolidao da Estratgia de Sade da Famlia no municpio de Pinhais.
Imveis prprios
Imvel Bairro Endereo Horrio
USF Ana Nery Pineville Rua Jacarezinho, 1945 07:00 s 17:00 hs
USF Esplanada Esplanada Rua Gana, 126 07:00 s 17:00 hs
USF Maria Antonieta Maria Antonieta Rua Ger. M dos Santos, 506 07:00 s 17:00 hs
USF Perdizes Jardim Atuba Rua Crescncio Batista, 514 07:00 s 17:00 hs
USF Perneta Emiliano Perneta Rua Maximiliano Rohrsetzer, 983 07:00 s 17:00 hs
USF Taruma Estncia Pinhais Rua Guilherme Weiss, 500 07:00 s 17:00 hs
USF Tebas Jardim Cludia Av. Juriti, 132 07:00 s 17:00 hs
USF Vargem Grande Vargem Grande Rua Guilherme Ceolin, 551 07:00 s 17:00 hs
USF Vila Amlia Vila Amlia Rua Arthur Bernardes, 342 07:00 s 17:00 hs
USF Weissopolis Weisspolis Rua Rio Solimoes, 159 07:00 s 17:00 hs
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
40
b) OFERTA E COBERTURA DE AES E SERVIOS DE SADE
Na sequencia, ser apresentada a cobertura assistencial do Municpio, com o
efetivamente produzido para o ano de 2012 e o clculo das necessidades conforme
os Parmetros Assistenciais, preconizados pelo Ministrio da Sade atravs da
Portaria GM-MS 1101/2002, que recomenda parmetros de programao com base
na cobertura populacional.
importante ressaltar que, um novo texto para o clculo dos parmetros
encontra-se em consulta pblica4, lanado pelo Ministrio da Sade em Abril de
2014.
Na programao aqui disponibilizada o ponto de partida o nmero de
consultas mdicas por habitante previstas para 01 (um) ano. Neste caso, o
programado ser duas consultas/habitante/ano. Considerando a populao estimada
do Municpio (IBGE 2012) de 117.008, o total de consultas previstas ser de 234.016
Os demais servios sero calculados de acordo com esse parmetro ou decorrente
dele ou da populao do Municpio.
Sero apresentadas na sequencia tabelas com programao e o efetivamente
realizado para alguns itens que demandam os principais atendimentos, analisando
os resultados atingidos em funo da programao.
Em geral, pode-se observar que o Municpio produziu servios acima do
programado. No entanto, para o caso das consultas mdicas existe uma
disparidade, especialmente no caso das consultas de urgncia e consultas bsicas.
Em relao as consultas especializadas, o resultado abaixo do parmetro, revela
resultados inferiores conforme se observa na realidade brasileira para esse item,
com uma sria demanda e a indisponibilidade por uma srie de razes, que vo
desde a falta de profissionais at questes financeiras.
4 O Ministrio da Sade lanou consulta pblica sobre os parmetros assistenciais do SUS. As
contribuies podem ser enviadas pelo site ou por e-mail at 28 de abril. Disponvel em
http://cebes.com.br/2014/04/aberta-consulta-publica-sobre-parametros-assistenciais-do-sus/
http://cebes.com.br/2014/04/aberta-consulta-publica-sobre-parametros-assistenciais-do-sus/
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
41
Tabela 04 - Consultas mdicas: Programado e produzido Pinhais 2012
Parmetros para as
Consultas mdicas
Programado
Realizado
Diferena
%
Per
Capita
Total de consultas 100% 234.016 255.080 9 % Acima 2,18
Bsicas 63 % 147.430 116.656 29 % Abaixo 0,89
Bsicas Urgncia 15 % 35.102 100.322 185 % Acima 0,86
Especializadas 22 % 51.483 38.102 26 % Abaixo 0,32
Fonte: Ministrio da Sade Portaria 1101/2002/ Populao 117.008 (IBGE 2012) WinSade
Em relao aos exames laboratoriais h um visvel resultado acima da
programao, com uma diferena de 129 % acima da programao dos parmetros
assistenciais, conforme se observa na Tabela.
Tabela 05 - Exames laboratoriais: Programado e produzido 2012
Parmetros para Exames Laboratoriais
Programado Realizado Resultado Atingido*
Diferena %
Per Capita
30 a 50 % do total de consultas
70.205 a 116.008
265.519 + 113 % 129 % acima
2,27
Fonte: Ministrio da Sade Portaria 1101/2002/ Populao 117.008 (IBGE 2012) WinSade
Para alguns itens selecionados, considerando-se exames no laboratoriais
mais recorrentes, a maioria apresenta resultados superiores a programao. Itens
como ultrassom e ressonncia magntica apresentam resultados bastante elevados.
Tabela 06 - Exames no laboratoriais selecionados: programado e produzido 2012
Parmetros para
exames no laboratoriais
Programado Realizado Resultado
Atingido
Diferena
%
Per
Capita
ULTRASSOM
0,5 - 1,5 % do total de consultas
1.170 a 3.512
10.829 4,62 % 208 % Acima
0,0925
MAMOGRAFIA
0,36 % do total de consultas: 842 4.222 1,80 %
401 % Acima
0,036
TOMOGRAFIA
0,20 % do total de consultas 468 492 0,21 % 5 % Acima 0,004
RAIOS X
5 a 8 % do total de consultas
11.700 a 18.721
14.378 6,1 % dentro do parmetro
0,12
RESSONNCIA MAGNTICA
0,04% do total de consultas
93 196 0,08 % 109 % acima
0,0016
Fonte: Ministrio da Sade Portaria 1101/2002/ Populao 117.008 (IBGE 2012) WinSade
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
42
Na sequencia, as tabelas apresentam um panorama da produo de servios e a
demanda reprimida real registrada pelo Departamento de Auditoria da SMS.
Nela possvel observar os principais atendimentos que apresentam grande
demanda, permitindo a anlise e o comparativo com os parmetros assistenciais e assim
programar a oferta visando a reduo das demandas.
Tabela 07 - Consultas em especialidades: atendimento e demanda reprimida - 2012
CONSULTAS ESPECIALIZADAS Demanda Reprimida Jan/2012
Recebidas Agendadas Demanda Reprimida Dez/2012
Acupuntura 64 126 169 21
Alergologista 41 72 90 23
Angiologia 4 4 4 4
Cardiologia Adulto 498 1539 1487 550
Cardiologia Infantil 17 159 164 12
Cirurgia Cardiovascular 1 13 14 0
Cirurgia Geral 144 936 1007 73
Cirurgia Aparelho Digestivo 7 26 33 0
Cirurgia Cabea e Pescoo 3 36 38 1
Cirurgia Obesidade Mrbida 14 135 137 12
Pequena Cirurgia 6 241 231 16
Cirurgia Peditrica 8 256 255 9
Cirurgia Plstica 569 126 42 653
Cirurgia Toracica 9 31 22 18
Cirurgia Vascular 158 840 493 505
Dermatologia 1467 1151 1369 1249
Endocrinologia Adulto 610 586 708 488
Endocrinologia Infantil 217 92 181 128
Evento Reabilitao 29 112 100 41
Fonoaudiologia 173 509 664 18
Fisioterapia 0 5566 5464 102
Gastroenterologia Adulto 7 472 442 37
Gastroenterologia Infantil 122 63 22 163
Hepatologia 21 65 23 63
Geneticista 21 35 2 54
Ginecologia Cirrgica 1 211 174 38
Hematologia 146 99 53 192
Infectologia 4 39 36 7
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
43
Mastologia 19 149 159 9
Nefrologia 22 425 405 42
Neurocirurgia 2 74 71 5
Neurologia Infantil Retorno (em tratamento)
114 183 198 99
Neurologia Infantil Inicial 368 215 312 271
Neurologia Adulto 1090 1057 775 1372
Nutricionista 1080 427 471 1036
Obstetricia Alto Risco 31 292 323 0
Oftalmologia 555 4364 3539 1380
Oncologia 3 292 285 10
Ortopedia/Cirurgia Mao 77 73 107 43
Ortopedia/Coluna 0 239 225 14
Ortopedia Hospital 17 84 86 15
Ortopedia Infantil 0 65 55 10
Ortopedia/Joelho 126 93 119 100
Ortopedia/Trauma 0 19 19 0
Ortopedia/Ombro 99 37 32 104
Ortopedia/Membro Superior 1 2 2 1
Ortopedia/P e Tornozelo 5 63 51 17
Ortopedia/Quadril 0 40 20 20
Ortopedia Inicial 1463 2323 3182 604
Ortopedia Retorno (Cotrauma) 21 384 373 32
Otorrino Hospital 510 332 507 335
Otorrino Ambulatorio 900 1640 2160 380
Pneumologia Adulto 81 499 343 237
Pneumologia Infantil 288 66 212 142
Proctologia 174 523 485 212
Psicologia 1339 1484 2152 671
Psiquiatria Inicial 7 1528 1499 36
Psiquiatria Retorno 365 4904 5247 22
Reproduo Humana 11 22 15 18
Reumatologia 1043 290 125 1208
Urologia/Hospital 228 180 133 275
Urologia/Inicial 558 784 918 424
Urologia/Vasectomia 2 78 73 7
TOTAL GERAL 14.960 36.770 38.102 13.628
Fonte: DECAU/SMS Pinhais
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
44
Tabela 08 Exames Especializados fluxo de atendimento e demanda reprimida
EXAMES ESPECIALIZADOS
Demanda Reprimida Jan/2012
Recebidas Agendadas Demanda Reprimida Dez/2012
Audiometria/Impedancio /Bera 35 412 444 3
Avaliao Urodinamica Completa 162 30 11 181
Anatomo Patologico 3 156 141 18
Clister Opaco/Retossigmoidoscopia 38 9 46 1
Eletrocardiograma 0 6297 6297 0
Eletroencefolograma 89 131 180 40
Eletroneuromiografia 45 35 29 51
Endoscopia 878 1243 1431 690
Ecocardiograma 1070 511 148 1433
Ecodoppler de Carotidas 21 57 2 76
Espirometria/Bera 6 13 10 9
Colposcopia 0 53 51 2
Mamografia 0 4222 4222 0
Radiologia Simples 0 14372 14372 0
Radiologia Contrastado 103 11 6 108
Teste de Esforo 746 303 100 949
Ultrassonografia Obstetrica 0 3335 3325 10
Ultrassonografia Abdomen Superior 14 276 266 24
Ultrassonografia Abdomen Total 265 1910 1845 330
Ultrassonografia Aparelho Urinario 36 961 878 119
Ultrassonografia Articulao 272 626 49 849
Ultrassonografia Bolsa Escrotal 28 42 18 52
Ultrassonografia Doppler Colorido 487 145 0 632
Ultrassonografia Prostata (Abdomen)
67 286 327 26
Ultrassonografia Prostata (Transretal)
3 5 5 3
Ultrassonografia Tireoide 104 306 346 64
Ultrassonografia Mamaria 0 1224 1224 0
Ultrassonografia Pelvica Ginecologica
0 525 403 122
Ultrassonografia Cervical 44 65 89 20
Ultrassonografia Transvaginal 72 2328 2054 346
Uretrocistografia 57 9 5 61
Urografia Excretora 39 16 13 42
Videolaringoscopia 36 75 107 4
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
45
Exames de Laboratrios 0 265519 265519 0
TOTAL 4.720 305.508 303.963 6.265
Fonte: DECAU/SMS Pinhais
Nessa abordagem, referente ao captulo da oferta e produo de servios,
foram relacionadas informaes e indicadores referentes a produo geral da
Secretaria de Sade, para uma visualizao ampla da cobertura e da demanda
reprimida.
Nesse sentido observa-se uma grande necessidade de ampliao
especialmente em se tratando da cobertura para as consultas em algumas
especialidades. O Municpio dever buscar alternativas para ampliar esses
quantitativos, no entanto esbarrar numa realidade comum em todo o territrio
nacional: a falta de disponibilidade de profissionais nessa rea.
A produo setorial, aquelas realizadas pelas equipes especficas ser
demonstrada nos itens relacionados a cada setor. Por exemplo, a produo das
equipes de sade da famlia poder ser visualizada no tema da Ateno Bsica.
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
46
II - REDES DE ATENO E SERVIOS SADE
a) ATENO BSICA
A Portaria Ministerial 2.488 de 21 de outubro de 2011, que dispe sobre a
Poltica Nacional de Ateno Bsica prioriza a Estratgia Sade da Famlia como
instrumento principal para a reorganizao da ateno bsica no pas. Esta
estratgia orienta a implantao de Equipes de Sade da Famlia ESF,
propriamente ditas e de Equipes de Agentes Comunitrios de Sade EACS nos
estabelecimento de sade, Pinhais optou-se por compor Equipes Estratgia Sade
da Famlia.
Com o Plano Municipal de Sade anterior a este, observou-se a necessidade
de mudana no processo de trabalho das USF, pois o modelo tradicional voltado
para a marcao de consultas atravs da fila madrugueiras no absorvia mais a
demanda de procura por atendimentos nas USFs. Assim, o acolhimento a demanda
espontnea iniciou com a sensibilizao dos profissionais atuantes na sade e
mostra-se com resposta de incluso e acesso aos servios de sade, sob um olhar
integral dos profissionais, direcionado aos usurios dentro da Estratgia de Sade
da Famlia. Os resultados demonstram a importncia da ateno bsica como
ordenadora e orientadora do sistema de sade em rede e em cuidados progressivos,
da gesto participativa e da Estratgia de Sade da Famlia como fonte de
instrumentos para qualificar o cuidado da ateno bsica.
Em 2012, das 13 equipes de Estratgia Sade da Famlia, 12 equipes
participaram do 1 ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da
Ateno Bsica PMAQ-AB, do Ministrio da Sade, em que 10 Equipes, ou seja
83,33% das equipes contratualizadas tiveram avaliao acima da mdia e 02
equipes, ou seja 16,67% das equipes contratualizadas tiveram avaliao mediana ou
pouco abaixo da mdia.
-
PLANO MUNICIPAL DE SADE 2014-2017
47
a.1) ESTRATGIA SADE DA FAMLIA
A implantao da Estratgia Sade da Famlia teve incio no ano de 2006,
com a implantao de trs equipes na USF Vila Amlia, com a justificativa de que no
Bairro Jardim Amlia existia e ainda existe a dificuldade de acessibilidade dos
usurios unidade de sade pela distncia em torno de 4 km, assim como, o
territrio ser ngreme. No ano de 2007 a Estratgia Sade da Famlia foi ampliada
para a USF Maria Antonieta, no Bairro Maria Antonieta, sendo contemplada com
duas equipes, esta unidade de sade foi escolhida pela proximidade com a USF.
Vila Amlia. A partir de 2008, contava com cinco ESF, duas na Unidades de Sade
Maria Antonieta e trs na Unidade de Sade Vila Amlia. No ano de 2009 houve a
expanso de onze equipes da ESF para todo o territrio do municpio de Pinhais,
qualificando assim o atendimento populao, a cobertura foi de 5,90 % para 20,41
% em 2010. Fechando em 2012 a cobertura de 37,90%, de equipe da estratgia
sade da famlia.
J no que diz respeito Estratgia de Sade Bucal ESB o municpio teve o
credenciamento de sete equipes de ESB, no ms de novembro de 2013, at o ms
de abril de 2014 sero implantadas 02 equipes e as demais ocorrero durante o
mesmo ano.
Tambm o Ncleo de Apoio Sade da Famlia - NASF deu incio suas
atividades em dezembro de 2011 com a modalidade 1, porm no ms de novembro
de 2013 passou a ser modalidade 2, pelo motivo de reduo da equipe de
profissionais, situao que est sendo revista prevendo uma remodelagem para no
ano de 2014, requerer junto ao Ministrio da Sade a migrao novamente para a
modalidade 1.
Tabela 09 Pessoas residentes por rea de abrangncia da Unidade de Sade, por sexo