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PREFEITURA MUNICIPAL DE CUBATÃO ESTADO DE SÃO PAULO PROJETO DE LEI DISPÕE SOBRE A ESTRUTURAÇÃO DO PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E VENCIMENTOS DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CUBATÃO, ESTABELECE NORMAS GERAIS DE ENQUADRAMENTO, INSTITUI TABELA DE VENCIMENTO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Fica instituído o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos Servidores do Município de Cubatão, fundamentado nos seguintes princípios: I - racionalização da estrutura de cargos e carreiras; II - legalidade e segurança jurídica; III - estímulo ao desenvolvimento profissional e à qualificação funcional; IV- reconhecimento e valorização do servidor público pelos serviços prestados, pelo conhecimento adquirido e pelo desempenho profissional. Parágrafo único - Todos os cargos e funções, e correspondente remuneração, criados pela presente Lei são regidos, na forma da legislação aplicável à espécie, pelo Regime Jurídico Único, estatutário, e submetidos ao Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Município de Cubatão, Autarquias e Fundações. CAPÍTULO II DA ESTRUTURA DO QUADRO DE PESSOAL Art. 2º O Plano de Cargos e Carreiras da Prefeitura Municipal de Cubatão obedece ao regime estatutário e estrutura-se em um quadro permanente com os respectivos cargos e um quadro de cargos em extinção. Art. 3º Para os efeitos desta Lei são adotadas as seguintes definições: I - quadro de pessoal é o conjunto de cargos de carreira, cargos de provimento em comissão e funções gratificadas existentes na Prefeitura Municipal de Cubatão;

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CUBATÃO

ESTADO DE SÃO PAULO

PROJETO DE LEI DISPÕE SOBRE A ESTRUTURAÇÃO DO PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E VENCIMENTOS DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CUBATÃO, ESTABELECE NORMAS GERAIS DE ENQUADRAMENTO, INSTITUI TABELA DE VENCIMENTO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Fica instituído o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos

Servidores do Município de Cubatão, fundamentado nos seguintes princípios: I - racionalização da estrutura de cargos e carreiras; II - legalidade e segurança jurídica; III - estímulo ao desenvolvimento profissional e à qualificação funcional; IV- reconhecimento e valorização do servidor público pelos serviços

prestados, pelo conhecimento adquirido e pelo desempenho profissional.

Parágrafo único - Todos os cargos e funções, e correspondente remuneração,

criados pela presente Lei são regidos, na forma da legislação aplicável à espécie, pelo Regime Jurídico Único, estatutário, e submetidos ao Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Município de Cubatão, Autarquias e Fundações.

CAPÍTULO II

DA ESTRUTURA DO QUADRO DE PESSOAL

Art. 2º O Plano de Cargos e Carreiras da Prefeitura Municipal de Cubatão obedece ao regime estatutário e estrutura-se em um quadro permanente com os respectivos cargos e um quadro de cargos em extinção.

Art. 3º Para os efeitos desta Lei são adotadas as seguintes definições:

I - quadro de pessoal é o conjunto de cargos de carreira, cargos de provimento em comissão e funções gratificadas existentes na Prefeitura Municipal de Cubatão;

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II - cargo público é o conjunto de atribuições, deveres e

responsabilidades cometido ao servidor público, criado por Lei, com denominação própria, número certo e vencimento a ser pago pelos cofres públicos;

III - servidor público é toda pessoa física legalmente investida em cargo público, de provimento efetivo ou em comissão;

IV - nível é o símbolo em algarismo romano atribuído ao conjunto de cargos equivalentes quanto ao grau de dificuldade, complexidade e responsabilidade, visando determinar a faixa de vencimentos a ele correspondente;

V - carreira é a estruturação dos cargos em níveis; VI - vencimento base é a contraprestação pecuniária devida ao servidor

pelo exercício de cargo público, consignada em Lei ou Tabela Salarial, em sua respectiva referência, nível ou símbolo, acrescido de eventual “Diferença de Enquadramento do Vencimento Base”, excluídas as vantagens pessoais temporárias ou permanentes;

VII - “Diferença de Enquadramento do Vencimento Base” é o valor resultante da diferença para maior apurada, no ato do enquadramento do servidor na tabela referência constante no Anexo III e o vencimento base a ser percebido pelo servidor, respeitada a irredutibilidade de vencimentos;

VIII - grupo ocupacional é o conjunto de cargos com afinidades entre o grau de escolaridade exigido para o seu desempenho;

IX - faixa de vencimentos é a escala de padrões de vencimento atribuídos a um determinado nível;

X - padrão de vencimento é a letra que identifica o vencimento atribuído ao servidor dentro da faixa de vencimentos do cargo que ocupa;

XI- remuneração é o vencimento base do cargo, acrescido das vantagens pecuniárias, permanentes e temporárias, estabelecidas em Lei;

XII - interstício é o lapso de tempo estabelecido como o mínimo necessário para que o servidor se habilite à progressão ou à promoção;

XIII- cargo em comissão é o cargo de confiança de livre nomeação e exoneração, a ser preenchido também por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos estabelecidos em Lei;

XIV - função gratificada é a vantagem pecuniária, de caráter transitório, criada para remunerar cargos de chefia, exercida exclusivamente por servidores ocupantes de cargo público efetivo na Prefeitura Municipal de Cubatão.

XV - enquadramento - é o processo de posicionamento do servidor dentro da nova estrutura de cargos.

Art. 4º Os cargos do Quadro Permanente de Pessoal terão como referência os

quantitativos e faixas de vencimento classificados conforme Anexo III desta Lei.

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§ 1º Os cargos de que trata o caput deste artigo integram os seguintes grupos

ocupacionais: a) Básico, nível I, II e III b) Médio, nível I, II e III c) Superior, nível I, II e III § 2º Os cargos do Quadro em Extinção são os constantes do Anexo II desta

Lei.

CAPÍTULO III

DO PROVIMENTO DOS CARGOS

Art. 5º Os cargos classificam-se em cargos de provimento efetivo e cargos de provimento em comissão.

Art. 6º Os cargos de provimento efetivo, constantes do Anexo I desta Lei, serão

preenchidos: I - pelo enquadramento dos atuais servidores, conforme as normas

estabelecidas no Capítulo XII desta Lei; II - por nomeação, precedida de concurso público, nos termos do inciso

II do art. 37 da Constituição Federal.

Art. 7º Para provimento dos cargos efetivos serão observados os requisitos básicos e específicos estabelecido para cada cargo, constantes do Anexo IV desta Lei, sob pena de nulidade do ato correspondente.

§ 1º Nenhum servidor poderá desempenhar atribuições que não sejam

próprias do seu cargo, ficando expressamente vedado qualquer tipo de desvio de função.

§ 2º Excetuam-se do disposto no parágrafo anterior e no caput deste artigo os

casos de readaptação previstos no Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Município de Cubatão, Autarquias e Fundações.

Art. 8º O provimento dos cargos integrantes do Anexo I desta Lei será autorizado

pelo (a) Prefeito (a) Municipal de Cubatão, mediante requisição das Secretarias interessadas, desde que haja vaga e dotação orçamentária para atender às despesas.

§1º Da requisição deverão constar:

I - denominação e nível de vencimento do cargo; II - quantitativo de cargos a serem providos; III - justificativa para a solicitação de provimento.

§ 2o O provimento referido no caput deste artigo só se verificará após o

cumprimento do preceito constitucional que o condiciona à realização de concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a

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natureza e a complexidade de cada cargo, observados a ordem de classificação e o prazo de validade do concurso.

Art. 9º Na realização do concurso público poderão ser aplicadas provas escritas,

orais, teóricas, práticas, de títulos, entre outras modalidades, conforme as características do cargo a ser provido.

Art. 10 O concurso público terá validade de até 02 (dois) anos, podendo ser

prorrogado uma vez, por igual período. Art. 11 O prazo de validade do concurso, as condições de sua realização e os

requisitos para inscrição dos candidatos serão fixadas em edital que será divulgado de modo a atender o princípio da publicidade.

Parágrafo Único - A aprovação em concurso público não gera direito a nomeação,

a qual se dará a exclusivo critério da Prefeitura Municipal de Cubatão, dentro do prazo de validade do concurso e na forma da lei.

Art. 12 É vedado, a partir da data de publicação desta Lei, o provimento dos

cargos pertencentes ao Quadro em Extinção da Prefeitura Municipal de Cubatão estabelecido no Anexo II desta Lei.

Art. 13 Nos termos da legislação federal, fica reservado às pessoas com

deficiência o percentual de, no mínimo, 5% (cinco por cento) dos cargos públicos do Quadro Permanente de Pessoal da Prefeitura Municipal de Cubatão previsto no Anexo I desta Lei.

Art. 14 Compete ao (à) Prefeito (a) Municipal expedir os atos de provimento dos

cargos da Prefeitura Municipal de Cubatão. Parágrafo Único - O ato de provimento deverá, necessariamente, conter as

seguintes indicações, sob pena de nulidade: I - fundamento legal; II - denominação do cargo; III - forma de provimento; IV - faixa e padrão de vencimento do cargo; V - nome completo do servidor; VI - e demais critérios estabelecidos no Estatuto dos Servidores

Públicos Civis do Município de Cubatão, Autarquias e Fundações.

Art. 15 Para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público

municipal, é permitida a contratação por tempo determinado nos termos do art. 37, inciso IX, da Constituição Federal, e da Legislação Municipal específica.

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CAPÍTULO IV

DA PROGRESSÃO

Art. 16 Progressão é a passagem do servidor de seu padrão de vencimento para outro, imediatamente superior, dentro da faixa de vencimentos do cargo e da letra a que pertence, observadas as normas estabelecidas nesta Lei e em regulamento específico, bem como a disponibilidade orçamentária e financeira.

Art. 17 Para fazer jus à progressão, o servidor deverá, cumulativamente:

I - ter cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos de efetivo exercício no padrão de vencimento em que se encontre;

II - estar no efetivo exercício de seu cargo, considerando este, para os efeitos desta lei, o período em que o servidor está desempenhando ou praticando atos pertinentes à materialização das funções que lhe são atribuídas.

§1º O servidor efetivo ocupante de cargo em comissão ou função gratificada

fará jus à progressão desde que tenha cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos de efetivo exercício.

§2º Consideram-se como de efetivo exercício, para fins de progressão e

promoção, os afastamentos em virtude de: I - férias; II - casamento, oito dias; III - luto pelo falecimento de cônjuge, companheiro, pais, filhos,

enteados, irmãos e menor sob guarda judicial ou tutela, oito dias; IV - luto pelo falecimento de sogro, sogra, do padrasto ou madrasta, de

ascendente ou descendente de segundo grau de parentesco, dois dias;

V - participação em programa de treinamento na área do servidor, oficialmente instituído pela Administração, desde que autorizado, limitado a 90 dias contínuos e/ou intercalados;

VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei; VII - participação em competição desportiva nacional e estadual ou

convocação para integrar representação desportiva nacional e estadual, no País ou no exterior, se autorizada pela Administração;

VIII - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere, desde que autorizado pela Administração por período não superior a 90 dias, contínuos e/ou intercalados.

§3º É vedada a concessão de progressão e promoção simultaneamente,

devendo ao servidor optar.

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§4º O servidor afastado para cumprimento de mandato junto ao Sindicato dos

Servidores Públicos de Cubatão – SISPUC fará jus à progressão.

Art. 18 O servidor que cumprir os requisitos estabelecidos no art. 17 desta Lei passará para o padrão de vencimento seguinte, no cargo e na faixa a que pertence, reiniciando-se a contagem de tempo, para efeito de nova apuração de merecimento.

Parágrafo único - Quando ocorrer a progressão do servidor em relação ao padrão

de vencimento, deverá ser acrescido percentual idêntico em relação à “Diferença de Enquadramento do Vencimento Base”, nas hipóteses em que esta for apurada ao tempo do enquadramento.

Art. 19 Caso não alcance o grau de merecimento mínimo, o servidor

permanecerá no padrão de vencimento em que se encontre, devendo cumprir o novo interstício exigido de efetivo exercício nesse padrão para efeito de nova apuração de merecimento.

Art. 20 Os efeitos financeiros decorrentes da progressão prevista neste Capítulo

serão pagos ao servidor no mês subseqüente à sua concessão. Art. 21 A avaliação de desempenho será anual, observados os requisitos

previstos no art. 17 desta Lei e seus incisos, bem como os casos previstos no Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Município de Cubatão, Autarquias e Fundações.

CAPÍTULO V

DA PROMOÇÃO

Art. 22 Promoção é a passagem do servidor do Quadro Permanente de Pessoal para o nível imediatamente superior àquele a que pertence, dentro da mesma carreira, pelo critério de merecimento observadas as normas estabelecidas nesta Lei e em regulamento específico, bem como a disponibilidade orçamentária e financeira.

§1º - A promoção se dará para o padrão de vencimento inicial do novo nível. §2º - Quando ocorrer a promoção do servidor em relação ao padrão de

vencimento inicial do novo nível, deverá ser acrescido percentual idêntico em relação à “Diferença de Enquadramento do Vencimento Base”.

Art. 23 Para concorrer à promoção, o servidor deverá, cumulativamente:

I - cumprir o interstício mínimo de 03 (três) anos de efetivo exercício no nível em que se encontre;

II - ter obtido, pelo menos, 70% (setenta por cento) do total de pontos na média de suas três últimas Avaliações de Desempenho

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funcionais em cada quesito, observadas as normas dispostas nesta Lei e em regulamento específico, bem como não ter sofrido qualquer sanção disciplinar durante o período de avaliação;

III - estar no efetivo exercício de seu cargo, considerando este, para os efeitos desta lei, o período em que o servidor está desempenhando ou praticando atos pertinentes à materialização das funções que lhe são atribuídas ou se encontre nas condições definidas neste artigo.

§1º O servidor efetivo ocupante de cargo em comissão ou função gratificada

fará jus à progressão desde que tenha cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos de efetivo exercício, bem como o requisito do inciso II do “caput” deste artigo.

§2º Consideram-se como de efetivo exercício, para fins de progressão e

promoção, os afastamentos em virtude de: I - férias; II - casamento, oito dias; III - luto pelo falecimento de cônjuge, companheiro, pais, filhos,

enteados, irmãos e menor sob guarda judicial ou tutela, oito dias; IV - luto pelo falecimento de sogro, sogra, do padrasto ou madrasta, de

ascendente ou descendente de segundo grau de parentesco, dois dias;

V - participação em programa de treinamento na área do servidor, oficialmente instituído pela Administração, desde que autorizado, limitado a 90 dias contínuos e/ou intercalados;

VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei; VII - participação em competição desportiva nacional e estadual ou

convocação para integrar representação desportiva nacional e estadual, no País ou no exterior, se autorizada pela Administração;

VIII - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere, desde que autorizado pela Administração por período não superior a 90 dias, contínuos e/ou intercalados;

iX - cumprimento de mandato sindical, independentemente da esfera de atuação.

§3º É vedada a concessão de promoção e progressão simultaneamente,

cabendo ao servidor optar. §4º O servidor afastado para cumprimento de mandato junto ao Sindicato dos

Servidores Públicos de Cubatão – SISPUC fará jus à promoção.

Art. 24 As linhas de promoção estão representadas graficamente no Anexo III desta Lei.

Art. 25 Caso não alcance o grau mínimo na Avaliação de Desempenho, o

servidor permanecerá na situação em que se encontra, devendo cumprir

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interstício de 03 (três) anos de efetivo exercício, para efeito de nova apuração de merecimento objetivando a promoção funcional.

Art. 26 As promoções serão processadas e concedidas a critério da Prefeitura

Municipal de Cubatão desde que haja vaga. § 1o Terá preferência para promoção o servidor que contar com melhor

resultado nas avaliações periódicas de desempenho. § 2o Em caso de empate serão utilizados os critérios previstos no Estatuto dos

Servidores Públicos Civis do Município de Cubatão, Autarquias e Fundações.

CAPÍTULO VI

DO ADICIONAL POR TITULAÇÃO Art. 27 O servidor que possuir uma das titulações adiante relacionadas,

devidamente reconhecidas pelas Instituições afetas à matéria, sejam elas, Federal, Estadual ou Municipal fará jus ao adicional de titulação por promoção da seguinte forma: I - nos casos de ocupantes de cargos, cujo provimento exija até o curso

médio, técnico: a) Conclusão do ensino médio – 1%; b) Conclusão de curso de ensino superior – 2%;

II - nos casos de ocupantes de cargos de nível superior: a) Conclusão de curso de especialização com duração mínima de

360 (trezentas e sessenta) horas – 3%; b) Conclusão de curso de mestrado relativo a sua área de atuação

– 4%; c) Conclusão de curso de doutorado relativo a sua área de atuação

– 5%.

§1º O adicional de titulação será calculado sobre o vencimento base do cargo não incidindo nas demais verbas que compõem a remuneração.

§2º O pagamento do adicional de titulação dependerá de apresentação pelo

servidor da prova do respectivo título. §3º Os cursos apresentados pelos servidores como pré requisito para

provimento do cargo, não lhes darão direito à percepção do adicional por titulação previsto neste artigo.

§4º O comprovante de curso que habilita o servidor a perceber o adicional de

titulação é o diploma ou certificado expedido pela Instituição formadora, registrado na forma da legislação em vigor.

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§5º O adicional previsto neste artigo será pago sempre e apenas pelo de

maior titulação obtida pelo servidor, observados os limites nos incisos I e II do presente artigo, sendo vedada a cumulação.

Art. 28 Os efeitos financeiros decorrentes da promoção prevista neste Capítulo

serão pagos ao servidor no mês subseqüente à sua concessão.

CAPÍTULO VII DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO POR MERITOCRACIA

Art. 29 A Avaliação de Desempenho será apurada, anualmente, em Formulário

de Avaliação de Desempenho analisado pela Comissão de Desenvolvimento Funcional.

§ 1o O Formulário de Avaliação de Desempenho deverá ser preenchido pelo

servidor e sua chefia imediata e enviado à Comissão de Desenvolvimento Funcional para apuração, objetivando a aplicação dos institutos da progressão e da promoção definidos nesta Lei.

§ 2o Caberá à chefia imediata dar ciência do resultado da avaliação ao

servidor. § 3o Havendo, entre a chefia e o servidor, divergência que ultrapasse o limite

de 20% (vinte por cento) do total de pontos da avaliação, a Comissão de Desenvolvimento Funcional deverá solicitar à chefia, nova avaliação.

§ 4o Havendo alteração da primeira para a segunda avaliação, esta deverá ser

acompanhada de considerações que justifiquem a mudança. § 5o Ratificada, pela chefia a primeira avaliação, caberá à Comissão

pronunciar-se a favor de uma delas. § 6o Não havendo a divergência disposta no §3o deste artigo, prevalecerá o

apresentado pela chefia imediata. Art. 30 As chefias e os servidores deverão enviar, sistematicamente, ao órgão

responsável pela manutenção dos assentamentos funcionais, os dados e informações necessárias à avaliação do desempenho.

Parágrafo Único - Caberá à Comissão de Desenvolvimento Funcional solicitar ao

órgão de pessoal os dados referentes aos servidores que subsidiarão a Avaliação de Desempenho.

Art. 31 Os critérios, os fatores e o método de avaliação do desempenho serão

estabelecidos em regulamento específico.

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CAPÍTULO VIII

DA COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO FUNCIONAL Art. 32 A Comissão de Desenvolvimento Funcional será constituída por 07 (sete)

membros, sendo 03 (três) designados pelo (a) Prefeito (a) Municipal de Cubatão, 01 (um) representante do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Cubatão e os demais eleitos pelos servidores municipais com a atribuição de coordenar os procedimentos relativos à avaliação periódica de desempenho, de acordo com o disposto nesta Lei e em Decreto.

Parágrafo Único - Os servidores da Prefeitura Municipal de Cubatão escolherão

através de eleição os 03 (três) representantes mais votados que deverão integrar a Comissão de Desenvolvimento Funcional.

Art.33 A alternância dos membros constituintes da Comissão de

Desenvolvimento Funcional eleitos pelos servidores verificar-se-á a cada 03 (três) anos de participação, observados, para a substituição de seus participantes, os critérios fixados neste Capítulo.

Parágrafo Único - Na hipótese de impedimento, proceder-se-á à substituição do

membro, de acordo com a ordem de classificação da eleição. Art. 34 A Comissão de Desenvolvimento Funcional terá sua organização,

gratificação e forma de funcionamento regulamentado por decreto do (a) Prefeito (a) Municipal de Cubatão.

CAPÍTULO IX

DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO

Art. 35 Vencimento base é a contraprestação pecuniária devida ao servidor pelo exercício de cargo público, consignada em Lei ou Tabela Salarial, em sua respectiva referência, nível ou símbolo, excluídas as vantagens pessoais temporárias ou permanentes.

Art. 36 Remuneração é o vencimento base do cargo, acrescido das vantagens

pecuniárias, permanentes e temporárias, estabelecidas em Lei. Art. 37 O vencimento dos servidores públicos da Prefeitura Municipal de Cubatão

somente poderá ser fixado ou alterado por Lei, observada a iniciativa do Poder Executivo, assegurada a revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.

§ 1o O vencimento dos cargos públicos, acrescido das vantagens de caráter

permanente, é irredutível, ressalvado o disposto no inciso XI do art. 37, da Constituição Federal.

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§ 2o A fixação dos padrões de vencimento e demais componentes do sistema

de remuneração dos servidores da Prefeitura Municipal de Cubatão observará: I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos

que compõem seu Quadro; II - os requisitos de escolaridade e experiência para a investidura nos

cargos; III - as peculiaridades dos cargos.

Art. 38 O Poder Executivo publicará anualmente os valores da remuneração dos cargos públicos da Prefeitura Municipal de Cubatão, conforme dispõe o art. 39, § 6o da Constituição Federal.

CAPÍTULO X

DO DIMENSIONAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO E DA LOTAÇÃO Art. 39 A lotação representa a força de trabalho, em seus aspectos qualitativos e

quantitativos, necessária ao desempenho das atividades gerais e específicas da Prefeitura Municipal de Cubatão.

Art. 40 A Secretaria Municipal de Gestão estudará, anualmente, com os demais

órgãos da Prefeitura Municipal de Cubatão, a lotação de todas as unidades em face dos programas de trabalho a executar.

§ 1o Partindo das conclusões do estudo referido no caput deste artigo, a

Secretaria Municipal de Gestão apresentará, ao (à) Prefeito (a) Municipal de Cubatão proposta de lotação geral da Prefeitura Municipal, da qual deverão constar: I - a lotação atual, relacionando os cargos com os respectivos

quantitativos existentes em cada unidade organizacional; II - a lotação proposta, relacionando os cargos com os respectivos

quantitativos efetivamente necessários ao pleno funcionamento de cada unidade organizacional;

III - relatório indicando e justificando o provimento ou extinção de cargos existentes, bem como a criação de novos cargos indispensáveis ao serviço.

§ 2o As conclusões do estudo deverão ser efetuadas com a devida

antecedência, para que se prevejam na proposta orçamentária, as modificações sugeridas.

Art. 41 O afastamento de servidor do órgão em que estiver lotado para ter

exercício em outro, para fim determinado e por prazo certo, só se verificará mediante prévia autorização do (a) Prefeito (a), conforme estabelecido no Estatuto dos Servidores.

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Parágrafo Único - Atendido sempre o interesse público, a lotação do servidor

poderá ser alterada, ex-officio ou a pedido, desde que não haja desvio de função ou alteração de vencimento do servidor, conforme disposto no Estatuto dos Servidores.

CAPÍTULO XI

DA MANUTENÇÃO DO QUADRO

Art. 42 Novos cargos poderão ser incorporados ao Quadro Permanente da Prefeitura Municipal de Cubatão, observadas as disposições deste Capítulo.

Parágrafo Único - Novas áreas de atuação, especialização e formação poderão ser

incorporadas aos cargos previstos no Anexo I desta Lei desde que sejam aprovadas por lei específica.

Art. 43 As Secretarias e os órgãos de igual nível hierárquico poderão, quando da

realização do estudo anual de sua lotação, propor a criação de novos cargos.

§ 1o Da proposta de criação de novos cargos deverão constar:

I - denominação dos cargos; II - descrição das atribuições e requisitos de instrução e experiência

para o provimento dos cargos; III - justificativa de sua criação; IV - quantitativo dos cargos; V - nível de vencimento dos cargos.

§ 2o O nível de vencimento dos cargos deve ser definido considerando-se o disposto no §2o do artigo 37 desta Lei.

Art. 44 Caberá ao Secretario Municipal de Gestão analisar a proposta e verificar:

I - se há dotação orçamentária para a criação do novo cargo, com prévio estudo de impacto orçamentário financeiro;

II - se suas atribuições estão implícitas ou explícitas nas descrições dos cargos já existentes.

Art. 45 Aprovada pelo Secretário Municipal de Gestão, a proposta de criação do

novo cargo será enviada ao (à) Prefeito (a) Municipal para a elaboração de projeto de lei e posterior encaminhamento à Câmara Municipal para aprovação.

Parágrafo Único - Se o parecer do Secretário Municipal de Gestão for desfavorável, este encaminhará cópia da proposta ao (à) Prefeito (a) Municipal, com relatório e justificativa do indeferimento.

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Art. 46 Fica assegurado aos servidores pertencentes ao Quadro de Cargos em

Extinção, o devido enquadramento nos níveis funcionais, conforme descrito no Anexo III, atendendo os requisitos desta Lei.

CAPÍTULO XII

DA CAPACITAÇÃO

Art. 47 A Prefeitura Municipal de Cubatão deverá instituir como atividade permanente, a capacitação de seus servidores, tendo como objetivos: I - criar e desenvolver hábitos, valores e comportamentos adequados

ao digno exercício da função pública; II - capacitar o servidor para o desempenho de suas atribuições

específicas, orientando-o no sentido de obter os resultados desejados pela Administração;

III - estimular o desenvolvimento funcional, criando condições propícias ao constante aperfeiçoamento dos servidores;

IV - integrar os objetivos pessoais de cada servidor, no exercício de suas atribuições, às finalidades da Administração como um todo.

Art. 48 Serão três os tipos de capacitação:

I - de integração, tendo como finalidade integrar o servidor no ambiente de trabalho, através de informações sobre a organização e o funcionamento da Prefeitura Municipal de Cubatão;

II - de aperfeiçoamento, objetivando dotar o servidor de conhecimentos e técnicas referentes às atribuições que desempenha, mantendo-o permanentemente atualizado e preparando-o para a execução de tarefas mais complexas;

III - de adaptação, com a finalidade de preparar o servidor para o exercício de novas funções quando a tecnologia absorver ou tornar obsoletas aquelas que vinham exercendo até o momento.

Art. 49 A capacitação terá sempre caráter objetivo e prático e será ministrada,

direta ou indiretamente, pela Prefeitura Municipal de Cubatão: I - com a utilização de monitores locais; II - mediante o encaminhamento de servidores para cursos e estágios

realizados por instituições especializadas, sediadas ou não no Município, custeados pela Prefeitura.

III - através da contratação de especialistas ou instituições especializadas.

Art. 50 As chefias de todos os níveis hierárquicos participarão dos programas de

treinamento: I - identificando e analisando, no âmbito de cada órgão, as

necessidades de capacitação e treinamento, estabelecendo programas prioritários e propondo medidas necessárias ao atendimento das carências identificadas e à execução dos programas propostos;

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II - facilitando a participação de seus subordinados nos programas de

capacitação e tomando as medidas necessárias para que os afastamentos, quando ocorrerem, não causem prejuízos ao funcionamento regular da unidade administrativa;

III - desempenhando, dentro dos programas de treinamento e capacitação aprovados, atividades de instrutor;

IV - submetendo-se a programas de treinamento e capacitação relacionados às suas atribuições.

Art. 51 O Secretário Municipal de Gestão, através do órgão de Recursos

Humanos, em colaboração com os demais órgãos de igual nível hierárquico, elaborará e coordenará a execução de programas de capacitação e treinamento.

Parágrafo Único - Os programas de capacitação serão elaborados, anualmente, a

tempo de se prever, na proposta orçamentária, os recursos indispensáveis à sua implementação.

Art. 52 Independentemente dos programas previstos, cada chefia desenvolverá

com seus subordinados, atividades de treinamento em serviço, em consonância com o programa de capacitação estabelecido pela Administração, através de: I - reuniões para estudo e discussão de assuntos de serviço; II - divulgação de normas legais e aspectos técnicos relativos ao

trabalho e orientação quanto ao seu cumprimento e à sua execução; III - discussão dos programas de trabalho do órgão que chefia e de sua

contribuição para o sistema administrativo; IV - utilização de rodízio e de outros métodos de capacitação em serviço,

adequados a cada caso.

CAPÍTULO XIII DO EXERCÍCIO DE CARGO EM COMISSÃO OU FUNÇÃO GRATIFICADA

Art. 53 O servidor efetivo nomeado, a partir da vigência desta Lei, para o

exercício de Cargo em Comissão ou Função Gratificada de direção, chefia ou assessoramento, bem como qualquer outro tipo de substituição, cuja referência padrão seja superior a sua, não terá acrescido aos seus ganhos a diferença de 1/10 (um décimo) de incorporação entre o valor do seu cargo efetivo e o valor do Cargo em Comissão ou Função Gratificada.

CAPÍTULO XIV DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 54 Os servidores ocupantes dos cargos de provimento efetivo da Prefeitura

Municipal de Cubatão serão enquadrados nos cargos previstos no Anexo

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I desta Lei, cujas atribuições sejam da mesma natureza, mesmo grau de dificuldade e responsabilidade dos cargos que estiverem ocupando na data de vigência desta Lei, observadas as disposições deste Capítulo.

§ 1o Os cargos de carreira serão estruturados em 03 (três níveis) e o servidor

em atividade será enquadrado em uma das classes do cargo que ocupa da seguinte forma: I - no nível I, os que contarem com até 10 (dez) anos incompletos de

efetivo exercício no Serviço Público Municipal, ressalvados os casos previstos no inciso IV, §1º do artigo 55.

II - no nível II, os que contarem com 10 (dez) anos até 20 (vinte) anos incompletos de efetivo exercício no Serviço Público Municipal, ressalvados os casos previstos no inciso IV, §1º do artigo 55.

III - no nível III, os que contarem com 20 (vinte) ou mais anos de efetivo exercício no Serviço Público Municipal, ressalvados os casos previstos no inciso IV, §1º do artigo 55.

§ 2º Quando se tratar de cargo de carreira o servidor ocupará o padrão de

vencimento de acordo com o tempo de efetivo exercício na Prefeitura Municipal de Cubatão, sendo que para cada 03 (três) anos de efetivo exercício do servidor corresponderá um padrão a ser avançado dentro da respectiva faixa de vencimento, dentro do nível enquadrado nos termos do parágrafo anterior.

§ 3º Nenhum servidor será enquadrado com base em cargo que ocupa em

desvio de função ou em substituição. Art. 55 Do enquadramento não poderá resultar redução de vencimentos,

acrescidos das vantagens permanentes adquiridas, ressalvadas as hipóteses previstas no art. 37, inciso XI da Constituição Federal.

§1º Os critérios de enquadramento atenderão às seguintes regras:

I - No ato do enquadramento deverão ser atribuídos os percentuais a seguir relacionados, sobre o vencimento base do servidor efetivo no exercício de seu cargo: a) de 0 a 5 anos – 2,5%; b) de 5 a 10 anos – 5%; c) de 10 a 15 anos – 7,5%; d) de 15 a 25 anos – 10%; e e) mais de 25 anos – 12,5%.

II - Após o atendimento do inciso anterior, o servidor efetivo no exercício do seu cargo deverá ser enquadrado na Tabela 2 constante no Anexo III, de acordo com os níveis e padrões estabelecidos nos parágrafos 1º e 2º do artigo 54.

III - Se no ato do enquadramento nos termos do inciso anterior for apurada diferença para maior entre o valor da tabela 1 (referência) constante no Anexo III e o vencimento base a ser percebido pelo

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servidor, esta diferença será paga em código separado denominado “Diferença de Enquadramento do Vencimento Base”, respeitada a irredutibilidade de vencimentos.

IV - Se no ato do enquadramento nos termos do inciso II for apurada diferença para menor entre o valor da tabela referência constante no Anexo III e o vencimento base a ser percebido pelo servidor após o atendimento do inciso I deste parágrafo, o servidor será enquadrado ao nível e padrão cujo valor corresponda ao mais próximo do vencimento base.

§2º A disposições constantes no inciso I do parágrafo anterior, não serão

aplicadas aos servidores, cuja remuneração, excluídas as vantagens pecuniárias temporárias, seja superior a cinco vezes o valor do seu vencimento base, assim considerado anteriormente à vigência desta Lei.

§3º Os servidores que ingressarem após a entrada em vigência desta Lei,

cujos vencimentos previstos no edital sejam diversos dos constantes na Tabela 1 do Anexo III serão enquadrados na Tabela 2 do mesmo Anexo sem os percentuais atribuídos no inciso I, do §1º do presente artigo, fazendo jus tão somente à “Diferença de Enquadramento do Vencimento Base”.

Art. 56 No processo de enquadramento dos servidores efetivos, além dos

critérios previstos no artigo anterior, serão considerados os seguintes fatores: I - nomenclatura e atribuições do cargo que ocupa; II - nível de vencimento base dos cargos; III - o tempo de efetivo exercício no serviço público municipal, na forma

estabelecida no Art. 54 desta Lei; IV - graus de escolaridade exigidos para o exercício do cargo de acordo

com o previsto no Anexo IV desta Lei; V - habilitação legal para o exercício de profissão regulamentada.

Art. 57 Os servidores não integrantes do quadro permanente ficarão no Quadro

dos Cargos em Extinção previsto no Anexo II desta Lei. Parágrafo Único - A descrição das atribuições dos cargos extintos serão as

constantes do Anexo V desta Lei. Art. 58 O (A) Prefeito (a) Municipal de Cubatão designará Comissão Especial de

Enquadramento constituída por 05 (cinco) membros, presidida pelo Secretário Municipal de Gestão, e da qual fará parte um representante da Procuradoria Municipal ou Secretaria de Assuntos Jurídicos e três representante do órgão de Recursos Humanos da Prefeitura.

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Art. 59 Caberá à Comissão Especial de Enquadramento a ser nomeada através

de Portaria específica: I - zelar pelas normas de enquadramento, aplicando-as e submetendo-

as à aprovação do (a) Prefeito (a) Municipal de Cubatão, que poderá revisá-las;

II - elaborar as propostas de atos coletivos de enquadramento e encaminhá-las ao (à) Prefeito (a) Municipal de Cubatão, que poderá revisá-las.

§ 1o Para cumprir o disposto no inciso II deste artigo, a Comissão de

Enquadramento se valerá dos assentamentos funcionais dos servidores e de informações colhidas junto às chefias dos órgãos onde estejam lotados.

§ 2o Os atos coletivos de enquadramento serão baixados através de

instrumento específico sob a forma de listas nominais, pelo (a) Prefeito (a) Municipal de Cubatão, até 90 (noventa) dias após a data de vigência desta Lei, de acordo com o disposto neste capítulo, devendo ser concedidos os percentuais constantes do Artigo 55, §1º, Inciso I, da seguinte forma: I – a primeira metade a partir da data de vigência da presente Lei; II – a segunda metade a partir de 1º de maio de 2013.

. § 3º O enquadramento dos servidores do Quadro dos Cargos em Extinção na

nova Tabela de Vencimentos deverá observar os mesmos critérios que nortearam a hierarquização dos cargos constantes do Anexo III desta Lei.

Art. 60 O servidor que entender que seu enquadramento tenha sido feito em

desacordo com as normas desta Lei poderá, no prazo de até 10 (dez) dias, a contar da data de publicação das listas nominais de enquadramento, dirigir ao (à) Prefeito (a) Municipal petição de revisão de enquadramento, devidamente fundamentada e protocolada.

§ 1o O (A) Prefeito (a) Municipal, após consulta à Comissão de

Enquadramento a que se refere o art. 58 desta Lei, deverá decidir sobre o requerido nos 90 (noventa) dias que se sucederem à data de recebimento da petição, ao fim dos quais será dada ao servidor ciência do despacho.

§ 2o Em caso de indeferimento do pedido, a Secretaria Municipal de Gestão

dará ao servidor conhecimento dos motivos do indeferimento, bem como solicitará sua assinatura no documento a ele pertinente.

§ 3o Sendo o pedido deferido, a ementa da decisão do (a) Prefeito (a) deverá

ser publicada até 10 (dez) dias a contar do término do prazo fixado no §1o deste artigo e os efeitos financeiros decorrentes da revisão do enquadramento serão retroativos à data de vigência desta Lei.

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Art. 61 Os cargos existentes no Quadro de Pessoal da Prefeitura Municipal de

Cubatão antes da data de vigência desta Lei ficam automaticamente extintos, passando a vigorar os previstos no Anexo I desta Lei.

Art. 62 A progressão prevista no Capítulo IV será extensiva aos servidores

ocupantes dos cargos e funções constantes do Quadro dos Cargos da Prefeitura Municipal de Cubatão, estabelecido no Anexo II desta Lei, não lhes sendo aplicado o instituto da promoção.

Art. 63 Os servidores que atingirem o último padrão de vencimento da faixa

salarial do cargo e ainda não possuírem os requisitos necessários para requererem aposentadoria farão jus à progressão prevista no Capítulo IV, desde que atendam aos requisitos previstos no art. 17.

. Parágrafo Único - O valor percentual da progressão prevista no caput deste artigo

é o mesmo praticado para os demais padrões calculados sobre o valor do último padrão percebido pelo servidor.

Art. 64 A partir da data de vigência desta Lei, a jornada de trabalho dos

servidores do Quadro Permanente da Prefeitura Municipal de Cubatão passa a ser de 40 (quarenta) horas semanais, sendo os vencimentos-base dispostos no Anexo III, correspondentes a esta jornada.

Parágrafo Único - Excetuam-se do referido no caput deste artigo:

a) os que, por disposição de lei específica ou por determinação judicial tenham jornada diversa;

b) os que, na data da entrada em vigor desta Lei exerçam suas atividades com jornada diferenciada.

Art. 65 Os servidores efetivos que exercem Função Gratificada ou Cargo em Comissão farão jus ao enquadramento e aos institutos de promoção, progressão e titulação desde que atendam aos requisitos estabelecidos nos Capítulos IV, V e VI desta Lei.

Art. 66 Os ocupantes do cargo de Procurador Municipal não farão jus a

progressão e promoção previstas nos Capítulos IV e V desta Lei, aplicando-se para estes servidores o que preceitua a Lei Complementar Municipal n.º 23, de 25 de Junho de 2.004 com suas posteriores alterações.

Art. 67 Aos integrantes do Magistério da Secretaria Municipal de Educação da

Prefeitura Municipal de Cubatão não se aplica o disposto nessa Lei, regendo-se os mesmos pela Lei Complementar 22, de 25 de Junho de 2.004 com suas posteriores alterações.

Art. 68 Os cargos de provimento em comissão e as funções gratificadas são os

previstos no Anexo VII desta Lei.

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Art. 69 Os servidores que ingressaram no Serviço Público Municipal como Fiscal

Sanitário e foram enquadrados como Técnicos de Apoio à Saúde, através da Lei nº 1.986/91, poderão permanecer atuando junto à Vigilância Sanitária, a critério da Secretaria Municipal de Saúde, atendendo ao interesse público.

Art. 70 As despesas decorrentes da implantação da presente Lei correrão à

conta de dotação própria do orçamento, suplementada se necessário. Art. 71 Até 180 (cento e oitenta) dias a contar da vigência desta Lei, o (a) Prefeito

(a) Municipal regulamentará, por ato próprio, a progressão e a promoção. Art. 72 Até o dia 30 de junho de cada ano serão expedidos, pelo (a) Prefeito (a)

Municipal, os critérios de concessão de progressões e promoções propostas pela Comissão de Desenvolvimento Funcional prevista no Capítulo VII desta Lei.

Art. 73 Os vencimentos base previstos nas Tabelas constante do Anexo III serão

devidos a partir da data de vigência da presente Lei. Art. 74 São partes integrantes da presente Lei os Anexos I a VII que a

acompanham. Art. 75 Com a vigência desta Lei, não se aplicam mais os dispositivos da Lei nº.

1.986, de 25 de outubro de 1991, para os servidores da Administração Pública Direta da Prefeitura Municipal de Cubatão.

Art. 76 Esta Lei entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2013. Art. 77 Revogam-se as disposições em contrário em especial a Lei nº. 2.037 de

15 de abril de 1992, e o artigo 13 e parágrafos da Lei 3087 de 24 de maio de 2006.

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EM 26 DE JUNHO DE 2012 “479º da Fundação do Povoado”

”63º da Emancipação”

MARCIA ROSA DE MENDONÇA SILVA Prefeita Municipal

SEJUR/2012

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MENSAGEM EXPLICATIVA

Senhor Presidente Nobres Senhores Vereadores, Temos a honra de encaminhar a essa Colenda Câmara, Projeto de Lei que “DISPÕE SOBRE A ESTRUTURAÇÃO DO PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E VENCIMENTOS DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CUBATÃO, ESTABELECE NORMAS GERAIS DE ENQUADRAMENTO, INSTITUI TABELA DE VENCIMENTO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.” A presente porposta contou com a participação democrática dos servidores eleitos entre os seus pares, que originariamente desenharam uma estrutura à luz daquilo que percebiam por necessária a alteração e adequação.

Pois bem, apresentada a proposta pelos servidores, o Poder Executivo nomeou uma comissão formada por servidores de carreira para que pudessem adequar a proposta dos pares à realidade orçamentária financeira.

Dentro dos resultados notamos a complexidade de elaborar o estatuto do funcionalismo público, numa estrutura complexa como é a máquina administrativa de Cubatão, e dentro de uma política séria, principalmente viável e prática, para que não seja um plano virtual.

Neste diapasão restou o desafio de apresentar um projeto que vá muito além do Plano de Cargos e Salários e estatuto, atingindo um objetivo maior de desenvolvimento da cidade, por meio da valorização do funcionário público (dentro da concepção de que ele é um servidor da cidade, trabalhando para o bem do município), através da meritocracia, ou seja, valorizando o trabalho que ele executa.

Trata-se de uma proposta ousada, para recuperar a motivação do funcionalismo público, porém, nos termos apresentados plenamente exeqüível.

Para tnto, baseia-se no fim das incorporações por cargos comissionados, que inflam exageradamente os vencimentos de alguns servidores, em detrimento dos salários da grande maioria.

Entre as novas propostas está a elevação para 40% da gratificação de nível, além da criação de um adicional de titulação. Há também uma garantia de irredutibilidade salarial, com aplicação de vantagem pessoal.

Tendo como eixos a meritocracia, o reconhecimento da carreira, a correção de injustiças e distorções, a regularização de procedimentos de pagamentos da folha salarial e a expectativa de crescimento profissional, o PPCS tem como principais benefícios: fim do efeito cascata e das incorporações; progressão; promoção; reconhecimento da trajetória de cada servidor; gratificação de nível passando de 30% para 40%; e reenquadramento por tempo de serviço de até 12,5% (doze e meio por cento).

Uma das inovações é a gratificação por exercício de cargo efetivo de difícil provimento, destinada a permitir a contratação de médicos.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CUBATÃO

ESTADO DE SÃO PAULO

Diante do exposto, em se tratando de Projeto de Lei de suma importância ao Município e manifesta legalidade, solicitamos seja o mesmo apreciado em regime de urgência, consoante o disposto no artigo 54 da Lei Orgânica do Município. Cubatão, 26 de junho de 2012.

MARCIA ROSA DE MENDONÇA SILVA Prefeita Municipal

SEJUR/2012.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CUBATÃO

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Ofício nº 100/2012/SEJUR

Cubatão, 26 de junho de 2012. Excelentíssimo Senhor,

Servimo-nos do presente para encaminhar para apreciação dessa Edilidade, Projeto de Lei que “DISPÕE SOBRE A ESTRUTURAÇÃO DO PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E VENCIMENTOS DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CUBATÃO, ESTABELECE NORMAS GERAIS DE ENQUADRAMENTO, INSTITUI TABELA DE VENCIMENTO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”, bem como a respectiva Mensagem Explicativa.

Aproveitamos o ensejo para renovar nossos protestos de elevada estima e apreço.

MARCIA ROSA DE MENDONÇA SILVA Prefeita Municipal

Excelentíssimo Senhor DONIZETE TAVARES DO NASCIMENTO DD.Presidente da Câmara Municipal Cubatão – SP

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ANEXOS

ANEXO I QUADRO PERMANENTE DE PESSOAL ANEXO II QUADRO DE CARGOS EM EXTINÇÃO QUANDO VAGAR ANEXO III TABELA SALARIAL I – REFERÊNCIA TABELA II – ENQUADRAMENTOS ANEXO IV DESCRIÇÃO DOS CARGOS DO QUADRO PERMANENTE DE PESSOAL NÍVEL BÁSICO NÍVEL MÉDIO NÍVEL SUPERIOR ANEXO V DESCRIÇÃO DOS CARGOS EXTINTOS QUANDO VAGAR ANEXO VI QUADRO DE ALTERAÇÃO DE NOMENCLATURA DOS CARGOS E CARGOS EXTINTOS QUANDO VAGAR

ANEXO I - QUADRO PERMANENTE DE PESSOAL

Agente de Cultura

Bibliotecario

Agente Fiscal de Tributos

Turismólogo

I VII 906 Contador

Analista de Sistemas

Analista de Recursos Humanos

Assistente Social

Educador Físico

Jornalista

Pedagogo

Nível Relações Públicas

Superior II VIII 412 Engenheiro de Segurança do Trabalho

Engenheiro Civil

Engenheiro Agricola

Engenheiro Agrimensor

Engenheiro Ambiental

Engenheiro Eletricista

Engenheiro Florestal

III IX 176 Engenheiro Mecânico

Engenheiro Químico

Engenheiro Sanitarista

Arquiteto Urbanista

Procurador Municipal

Geógrafo

Geólogo

Analista de Suporte Técnico

Analista de Teleinformática

Programador

Programador Web

Publicitário

Reporter Fotográfico

Administrador de Redes

Administrado de Banco de Dados

Analista Econômico Orçamentário

Administrador Hospitalar

Biólogo

Enfermeiro

Enfermeiro do Trabalho

Farmaceutico Bioquímico

Fisioterapeuta

Fonoaudiólogo

Médico Anestesista

Médico Cardiologista

Médico Cirurgião Infantil

Médico Cirurgião Plástico

Médico Cirurgião Geral

Médico Clin Médica/Socorrista

Médico Cirurgião Socorrista

Médico Clínico Geral

Médico Dermatologista

Médico do Trabalho

Médico Endocrinologista

Médico Endoscopista

Médico Gastroenterologista

Médico Generalista

Médico Geriatra

Médico Ginecologista/Obstetra

QtdeNível CargoGrupo

Ocupacional

Faixa de

Vencimento

Médico Hematologista

Médico Hemoterapeuta

Médico Homeopata

Médico Infectologista

Médico Intensivista

Nível Médico Nefrologista

Superior Médico Neo/Natal

Médico Neurologista

Médico Neurologista Pediatra

Médico Oftalmologista

Médico Oncologista Clínico

Médico Otorrinolaringologista

Médico Patologista Clínico

Médico Pediatra

Médico Pediatra/Socorrista

Médico Pneumologista

Médico Proctologista

Médico Psiquiatra

Médico Psiquiatra/Infantil

Médico Reumatologista

Médico Sanitarista

Médico Veterinário Sanitarista

Médico Traumatologista

Médico Ultrassonografista

Médico Urologista

Médico UTI/ Adulto

Médico UTI/Infantil

Médico Veterinário

Médico Ortopedista

Médico Ortopedista Socorrista

Médico Acupunturista

Médico Regulador

Médico Auditor

Odontólogo

Odontólogo (Odontopediatria)

Odontólogo (Endodontia)

Odontólogo (Periodontia)

Odontólogo (Semiologista)

Odontólogo Cir Buco-Maxilo-Facial

Nutricionista

Psicólogo

Terapeuta Ocupacional

Sociólogo

Grupo

Ocupacional

Faixa de

VencimentoNível Qtde Cargo

Agente Desportivo

Administrador de Próprios Municipais

Operador de Áudio e Vídeo

Técnico em Informática

Nível I IV 560 Secretário Escolar

Médio Agente de Comunicação Social

Técnico em Defesa Cívil

Técnico de Gesso

Técnico de Farmácia

Técnico em Enfermagem

II V 392 Técnico de Laboratório

Técnico em Nutrição e Dietética

Educador Social

Técnico em Segurança do Trabalho

Técnico em Radiologia

III VI 169 Agente Administrativo

Tecnico de Serviços Gráficos

Agente de Recursos Humanos

Técnico em Topografia

Monitor Artístico

Técnico Agricola

Técnico de Contablidade

Técnico em Eletrotécnica

Técnico de Saúde Bucal

Projetista Cadista

Técnico em Telecomunicações

Cuidador Educacional

Fiscal de Obras

Fiscal de Serviços Públicos

Fiscal de Tributos

Fiscal Sanitário

Técnico em Refrigeração

Inspetor Vig Patrimonial

Técnico em Turismo

Grupo Nível Faixa de

Ocupacional Vencimento Quantidade

CARGO

Auxiliar de Enfermagem

Auxiliar de Consultório Dentário

Auxiliar de Apoio à Saúde

Nível I I 701 Inspetor de Alunos

Básico Merendeiro

Auxiliar de Serviços Gerais

Coveiro

II II 200 Vigilante Patrimonial

Copeiro

Cozinheiro

Lactarista

III III 101 Artífice de Obras e Serviços Públicos

Tratador de Animais

Operador de Máquinas

Mecânico de Veículos e Máquinas Pesadas

Condutor de Veículos

Condutor de Ambulâncias

Telefonista

Agente Comunitário de Saúde

Nível Qtde CargoGrupo

Ocupacional

Faixa de

Vencimento

AG CULTURA I - HIST ARQUIVISTA 1

AG CULTURA I - PROFESSOR DE ARTES 2

ANALISTA I - ANALISTA FINANCEIRO 8

ANALISTA I - ASSIST ADMINISTRATIVO 153

ANALISTA I - PESQUISADOR 3

AUX I - AUXILIAR TOPOGRAFIA 2

AUX I - JARDINEIRO 2

AUX I - PAJEM 1

AUX I - PINTOR 1

AUX II - APONTADOR 1

AUX II - AUX DE ABASTECIMENTO 2

AUX II - AUX DESPORTIVO 6

AUX II - AUX SERV GER LAVANDERIA 1

AUX II - AUX TOPOGRAFIA 1

AUX II - AUX TURISMO E LAZER 2

AUX II - CARPINTEIRO 2

AUX II - ENCANADOR 2

AUX II - ENCARREGADO DE TURMA 4

AUX II - JARDINEIRO 2

AUX II - OP INSINERADOR 2

AUX II - OP MAQ PESADAS 1

AUX II - PAJEM 1

AUX II - PEDREIRO 1

ANEXO II - QUADRO DE CARGOS EM EXTINÇÃO QUANDO VAGAR

Denominação do Cargo QUANTIDADE CARGOS

AUX II - PINTOR 5

AUX II - RONDANTE 3

AUX III - ENCANADOR 1

AUX III - ENCARREGADO DE TURMA 1

AUX III - JARDINEIRO 3

AUX III - PINTOR LETRISTA 1

TEC NIVEL MEDIO- ALMOXARIFE 8

TEC NIVEL MEDIO- BORRACHEIRO 1

TEC NIVEL MEDIO- DESENHISTA 3

TEC NIVEL MEDIO- DESENHISTA COPISTA 2

TEC NIVEL MEDIO- DESENHISTA PROJETISTA 6

TEC NIVEL MEDIO- ELETR ESPECIALIZADO 1

TEC NIVEL MEDIO- ELETRICISTA 12

TEC NIVEL MEDIO- ENC CRECHE 2

TEC NIVEL MEDIO- ENC SERV ELETRICA 1

TEC NIVEL MEDIO- ENC SERVICO 9

TEC NIVEL MEDIO- ENC TURMA 1

TEC NIVEL MEDIO- FISCAL PROT CONSUMIDOR 1

TEC NIVEL MEDIO- FOTOGRAFO 1

TEC NIVEL MEDIO- FRENTISTA 1

TEC NIVEL MEDIO- FUNILEIRO 4

TEC NIVEL MEDIO- LAV/LUBRIF 2

TEC NIVEL MEDIO- MECANICO 11

TEC NIVEL MEDIO- MOTORISTA 76

TEC NIVEL MEDIO- OPERADOR COMPUTADOR 2

TEC NIVEL MEDIO- OPERADOR DE MAQUINAS 2

TEC NIVEL MEDIO- PINTOR AUTOS 2

TEC NIVEL MEDIO- SECRETARIO 2

TEC NIVEL MEDIO- SOLDADOR 2

TEC NIVEL MEDIO- TEC ABASTECIMENTO 1

TEC NIVEL MEDIO- TEC APOIO SAUDE 17

TEC NIVEL MEDIO- TEC INSTRUMENTACAO 2

TEC NIVEL MEDIO- TEC MAQ EQ ODONT 1

TEC NIVEL MEDIO- TEC MUSICA 1

TEC NIVEL MEDIO- TEC SERV GER FUNILEIRO 1

TEC NIVEL MEDIO- TEC SERV GER MECANICO 2

TEC NIVEL MEDIO- TEC SERV GER MOTORISTA 1

TEC NIVEL MEDIO- TEC SERV GERAIS 7

TEC NIVEL MEDIO- TEC TURISMO E LAZER 3

TEC NIVEL MEDIO- TELEFONISTA 1

TEC NIVEL MEDIO- TRATORISTA 1

405Total

(1,0%)

CARGOS Nível A B C D E F G H I J K

AUXILIAR I I 708,50 715,59 722,74 729,97 737,27 744,64 752,09 759,61 767,20 774,88 782,62

AUXILIAR II II 790,45 798,36 806,34 814,40 822,55 830,77 839,08 847,47 855,95 864,50 873,15

AUXILIAR III III 881,88 890,70 899,61 908,60 917,69 926,87 936,13 945,50 954,95 964,50 974,15

TÉCNICO I IV 983,89 993,73 1.003,66 1.013,70 1.023,84 1.034,08 1.044,42 1.054,86 1.065,41 1.076,06 1.086,82

TÉCNICO II V 1.097,69 1.108,67 1.119,76 1.130,95 1.142,26 1.153,68 1.165,22 1.176,87 1.188,64 1.200,53 1.212,53

TÉCNICO III VI 1.224,66 1.236,91 1.249,28 1.261,77 1.274,39 1.287,13 1.300,00 1.313,00 1.326,13 1.339,39 1.352,79

SUPERIOR I VII 1.366,31 1.379,98 1.393,78 1.407,71 1.421,79 1.436,01 1.450,37 1.464,87 1.479,52 1.494,32 1.509,26

SUPERIOR II VIII 1.524,35 1.539,60 1.554,99 1.570,54 1.586,25 1.602,11 1.618,13 1.634,31 1.650,66 1.667,16 1.683,83

SUPERIOR III IX 1.700,67 1.717,68 1.734,86 1.752,20 1.769,73 1.787,42 1.805,30 1.823,35 1.841,58 1.860,00 1.878,60

ANEXO IIITABELA SALARIAL I - TABELA REFERÊNCIA

(1,0%)

CARGOS Nível A B C D E F G H I J K

AUXILIAR I I A.I B.I C.I D.I E.I F.I G.I H.I I.I J.I K.I

AUXILIAR II II A.II B.II C.II D.II E.II F.II G.II H.II I.II J.II K.II

AUXILIAR III III A.III B.III C.III D.III E.III F.III G.III H.III I.III J.III K.III

TÉCNICO I IV A.IV B.IV C.IV D.IV E.IV F.IV G.IV H.IV I.IV J.IV K.IV

TÉCNICO II V A.V B.V C.V D.V E.V F.V G.V H.V I.V J.V K.V

TÉCNICO III VI A.VI B.VI C.VI D.VI E.VI F.VI G.VI H.VI I.VI J.VI K.VI

SUPERIOR I VII A.VII B.VII C.VII D.VII E.VII F.VII G.VII H.VII I.VII J.VII K.VII

SUPERIOR II VIII A.VIII B.VIII C.VIII D.VIII E.VIII F.VIII G.VIII H.VIII I.VIII J.VIII K.VIII

SUPERIOR III IX A.IX B.IX C.IX D.IX E.IX F.IX G.IX H.IX I.IX J.IX K.IX

ANEXO IIITABELA II - ENQUADRAMENTOS

PREFEITURA MUNICIPAL DE CUBATÃO

ESTADO DE SÃO PAULO

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DO MUNICÍPIO DE CUBATÃO, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES E DÁ PROVIDÊNCIAS CORRELATAS.

TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei Complementar dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos

do Município de Cubatão. Parágrafo Único - As disposições desta Lei Complementar não se

aplicam aos servidores ocupantes, exclusivamente, de cargo temporário ou de emprego público, previstos no §13, do art. 40 da Constituição Federal.

Art. 2º Para os efeitos desta Lei são adotadas as seguintes definições:

I - quadro de pessoal é o conjunto de cargos de carreira, cargos de provimento em comissão e funções gratificadas existentes no Município de Cubatão;

II - cargo público é o conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades cometido ao servidor público, criado por lei, com denominação própria, número certo e vencimento a ser pago pelos cofres públicos;

III - servidor público é toda pessoa física legalmente investida em cargo público, de provimento efetivo ou em comissão;

IV - grupo ocupacional é o conjunto de cargos de carreira, com afinidades entre o grau de escolaridade exigido para o seu desempenho;

V - carreira é a estruturação dos cargos em níveis; VI - nível é o símbolo em algarismo romano atribuído ao conjunto de

cargos equivalentes quanto ao grau de dificuldade, complexidade e responsabilidade, visando determinar a faixa de vencimentos a ele correspondente;

VII - vaga excedente é a vaga criada além do Quadro de Vagas da Unidade/Órgão para suprir uma necessidade momentânea. São criadas exclusivamente para alocar servidores em readaptação ou reversão, sendo que, no momento da desocupação, a vaga excedente é automaticamente extinta.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CUBATÃO

ESTADO DE SÃO PAULO

TÍTULO II DO PROVIMENTO E DO EXERCÍCIO

CAPÍTULO I

DO PROVIMENTO

Seção I Disposições Gerais

Art. 3º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

I - a nacionalidade brasileira, salvo exceção estabelecida em legislação federal autorizada pela Constituição Federal;

II - o gozo dos direitos políticos; III - a regularidade com as obrigações militares; IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo e, no caso

de profissões regulamentadas por legislação federal específica, apresentação da carteira profissional expedida pelo órgão de classe respectivo;

V - a idade mínima de 18 (dezoito) anos; VI - não ter sentença penal condenatória transitada em julgado contra si,

pela prática de crime doloso contra a vida, o patrimônio ou a Administração Pública, assim definidos no Código Penal;

VII - aptidão física e mental, conforme regulamentação específica.

Parágrafo Único - As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em Lei.

Art. 4º Às pessoas com deficiência é assegurado o direito de se inscrever em

concurso público para provimento de cargos cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras.

§1° Para as pessoas referidas no caput deste artigo serão reservadas, no

mínimo, 5% (cinco por cento) das vagas oferecidas, no percentual e nas condições a serem definidos em cada edital de concurso público.

§2° Caso a aplicação do percentual de que trata o parágrafo anterior resulte

em número fracionado igual ou superior a 5/10 (cinco décimos), este deverá ser elevado até o primeiro número inteiro subseqüente.

Art. 5º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade

competente de cada Poder. Art. 6º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. Art. 7º São formas de provimento de cargo público:

I - nomeação; II - promoção;

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III - readaptação; IV - reversão; V - aproveitamento; VI - reintegração; VII - recondução.

Seção II

Do Concurso Público Art. 8º Nos concursos públicos, a inscrição do candidato estará condicionada ao

pagamento do valor fixado no edital, salvo normas específicas. Art. 9º O concurso público, que poderá abranger cargos diferentes, terá a

validade de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período. Parágrafo Único - As condições do concurso público serão fixadas em edital,

que será publicado no Diário Oficial do Município ou jornal de grande circulação da região, onde deverão constar, entre outros, os seguintes requisitos: a) prazo de validade do concurso; b) os requisitos a serem satisfeitos pelos candidatos,

tal como o grau de instrução exigível, a ser comprovado no momento da convocação, mediante apresentação de documentação competente;

c) número de vagas a serem preenchidas em cada cargo, distribuídas por especialização ou disciplina, quando for o caso, com o respectivo vencimento, definição de carga horária e descrição das atribuições de cada cargo;

d) As vagas oferecidas no edital do concurso público deverão ser preenchidas, excetuando as oferecidas no cadastro de reserva.

Seção III Da Nomeação

Art. 10 A nomeação far-se-á:

I - em caráter efetivo, quando constituído em carreira; II - em comissão, para cargos definidos na lei como de direção, chefia e

assessoramento, de livre nomeação e exoneração pela autoridade competente;

III - em função gratificada, exercida exclusivamente por servidores de cargos efetivos.

Art. 11 A nomeação para cargo de provimento efetivo depende de prévia

aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de validade do concurso.

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Art. 12 Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na

carreira mediante promoção, serão estabelecidos pela legislação municipal pertinente.

Art. 13 Os cargos em comissão de livre provimento serão ocupados por

servidores de carreira e por servidores não integrantes do quadro permanente municipal.

Seção IV

Da Posse e do Exercício Art. 14 A posse do servidor dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual

deverão constar: I - as atribuições; II - os deveres; III - as responsabilidades; e IV - os direitos inerentes ao cargo ocupado, que resultarão aceitos,

com o compromisso de bem servir. § 1º A posse ocorrerá no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da

publicação da convocação, renováveis uma vez, por igual período, por solicitação escrita do interessado e mediante ato fundamentado da autoridade competente.

§ 2º No ato da posse, o servidor apresentará declaração:

a) de bens e valores que constituem seu patrimônio; b) sobre se detém outro cargo, função ou emprego na Administração

Direta ou Indireta de qualquer esfera de Poder Público, ou se percebe proventos de inatividade;

c) de antecedentes criminais. §3º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação. §4º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no

prazo previsto no § 1º deste artigo. § 5º Em casos especiais, a critério do Chefe de cada Poder, poderá haver

posse mediante instrumento de procuração pública. Art. 15 A posse em cargo público dependerá de prévia avaliação médica. §1º Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e

mentalmente para o exercício do cargo, assim declarado no laudo médico admissional.

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§ 2º O laudo médico admissional a que faz referência o § 1º deste artigo

indicará a deficiência e a compatibilidade, se for o caso, para a posse e o exercício da atividade na hipótese prevista no art. 4º deste Estatuto.

Art. 16 São competentes para dar posse: I - o Diretor do Departamento de Recursos Humanos;

II - os dirigentes de autarquias e fundações públicas, os ocupantes de cargos nas respectivas entidades.

Art. 17 Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público e

deverá ocorrer em até 30 (trinta) dias, contados: I - da publicação oficial do ato nos casos de reintegração e reversão; II - da assinatura do termo de posse, nos demais casos.

§ 1º O servidor será exonerado do cargo, ou será tornado sem efeito o ato de

sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício no prazo previsto no caput deste artigo.

§ 2º O servidor deverá apresentar-se à Unidade de Recursos Humanos no

prazo previsto no caput deste artigo, de onde será encaminhado à autoridade competente para lhe dar exercício.

Art. 18 Serão registrados no assentamento individual do servidor: I - início do exercício;

II - a suspensão; III - a interrupção; e

IV - o reinício do exercício.

Parágrafo Único - Ao entrar em exercício, o servidor apresentará os documentos necessários ao seu assentamento individual.

Art. 19 Os servidores, efetivos ou em comissão, cumprirão jornada de trabalho

fixada nas leis de organização do quadro de pessoal de cada Poder ou entidade, observado os limites constitucionais.

Art. 20 A promoção, a readaptação e a recondução não interrompem o tempo de

exercício.

Seção V Da Estabilidade e do Estágio Probatório

Art. 21 O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a

estágio probatório pelo período de 03 (três) anos, durante o qual serão avaliadas sua aptidão e capacidade para o desempenho do cargo.

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§ 1º Constitui condição necessária à aquisição de estabilidade, a avaliação

especial de desempenho prevista na Constituição Federal, a ser procedida nos termos de regulamento próprio.

§ 2º O órgão competente de cada Poder, das autarquias e fundações dará

prévio conhecimento aos servidores dos critérios, normas e padrões a serem utilizados para a avaliação especial de desempenho.

Art. 22 A avaliação especial de desempenho, durante o período de estágio

probatório, será feita mediante a observância de critérios de julgamento do servidor, os quais deverão ser por ele atendidos, nos moldes de regulamento próprio, em especial quanto a: I - idoneidade moral; II - aptidão; III - disciplina;

IV - assiduidade; V - dedicação; VI - eficiência. Art. 23 O servidor em estágio probatório será exonerado ou reconduzido ao

cargo anteriormente ocupado, se ficar comprovada, administrativamente, sua incapacidade ou inadequação para as atribuições do cargo público.

Art. 24 O resultado da avaliação que culminar com a exoneração será publicado

no Diário Oficial do Município ou jornal de grande circulação da região, de forma resumida, com menção, apenas, ao cargo, número de matrícula e lotação do servidor, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, a contar da ciência do resultado da avaliação pelo servidor, esgotada a oportunidade do contraditório e ampla defesa.

Art. 25 O procedimento de avaliação do servidor em estágio probatório será

arquivado em pasta ou base de dados individual, permitida a consulta pelo servidor, a qualquer tempo, mediante requerimento.

Art. 26 Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as

seguintes licenças e afastamentos: I - licença para tratamento de saúde; II - licença por motivo de doença de pessoa na família; III - licença à gestante, à adotante e à paternidade; IV - licença por acidente de trabalho; V - licença para serviço militar obrigatório; VI - licença para concorrer a cargo eletivo; VII - afastamento para exercício de mandato eletivo.

Parágrafo Único – O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e

os afastamentos previstos nos incisos deste artigo e será retomado a partir do término do impedimento.

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Art. 27 O servidor que for nomeado, após concurso público, para outro cargo de

provimento efetivo não ficará dispensado de novo estágio probatório. Art. 28 Os servidores nomeados em virtude de concurso público são estáveis

após 03 (três) anos de efetivo exercício. Parágrafo Único - A aquisição da estabilidade está condicionada à

aprovação em estágio probatório, mediante avaliação especial de desempenho, nos moldes de regulamento.

Art. 29 O servidor só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo disciplinar, assegurada a ampla

defesa; III - nos estágios probatórios, mediante procedimento de avaliação

periódica de desempenho que demonstre o resultado insatisfatório ou de inadequação ao cargo, na forma de regulamento próprio, assegurada ampla defesa;

IV - excepcionalmente, quando houver a necessidade de redução de pessoal, na hipótese autorizada pela Constituição Federal.

Parágrafo Único - O servidor que perder o cargo na forma do inciso IV

deste artigo fará jus à indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.

Seção VI Da Promoção

Art. 30 Promoção é a passagem do servidor pertencente ao Quadro

Permanente para a classe imediatamente superior àquela a que pertence, dentro da mesma carreira, pelo critério de merecimento, observadas as normas estabelecidas nesta Lei e em regulamento específico.

Parágrafo Único - A promoção far-se-á a cada 03 (três) anos, obedecendo aos

critérios definidos em regulamento próprio e avaliação de desempenho por meritocracia.

Art. 31 Para efeitos de promoção e progressão, não serão considerados como de

efetivo exercício: I - as faltas injustificadas, com perda de vencimento dos dias da falta; II - as licenças sem remuneração dos cofres municipais; III - suspensão disciplinar; IV - a concessão prevista no inciso VI do artigo 147; V - cessão para outro órgão ou Entidade na forma prevista neste

Estatuto, com exceção à Administração Direta e Indireta do Município.

VI - licença para concorrer a cargo eletivo.

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Art. 32 O servidor em exercício de mandato eletivo federal, ou estadual, ou de mandato de prefeita (o) ou de vereador (a) não poderá ser promovido por merecimento no período em que estiver no cargo, ressalvados os casos de acumulação legal.

Parágrafo Único - O servidor submetido a processo administrativo disciplinar

que venha a receber promoção no curso do processo, terá sua promoção revertida por ato da(o) Chefe do Poder Executivo ou autoridade equivalente no caso de eventual condenação.

Art. 33 Ocorrendo empate terão preferência, sucessivamente:

a) a idade; b) os títulos e os comprovantes de conclusão de cursos, relacionados

com a função exercida; c) a assiduidade; d) a antiguidade no cargo;

Art. 34 A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado do novo

posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor.

Seção VII

Da Readaptação Art. 35 Readaptação é a transformação da investidura do servidor para um cargo

de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica.

§1º Será readaptado o servidor que apresentar modificações em seu estado

de saúde física e/ou mental, comprovadas em perícia médica, que inviabilizem a realização de atividades consideradas essenciais ao cargo original.

§2º A readaptação ocorrerá para cargo com atribuições e responsabilidades

compatíveis com a limitação que o servidor tenha sofrido em sua capacidade física e/ou mental, podendo ser em nível igual ou inferior ao inicial e obedecerá à habilitação legal exigida.

§3º O servidor a ser readaptado será avaliado por Equipe Técnica de

Reabilitação Profissional, composta por profissionais que possuam conhecimento técnico específico na área de saúde e assistência social, como dispuser o regulamento.

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§ 4° Será garantida a irredutibilidade de salário ao servidor readaptado e, na

hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

§ 5° Se julgado incapaz para o serviço público, o servidor readaptado ou

readaptando será aposentado por invalidez.

Seção VIII Da Reversão

Art. 36 Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez,

quando, por junta médica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos determinantes da aposentadoria.

Parágrafo Único - O servidor aposentado por invalidez deverá submeter-se a

exame médico oficial anualmente. Art. 37 A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua

transformação. Parágrafo Único - Encontrando-se provido ou extinto o cargo, o servidor

exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

Art. 38 Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta)

anos de idade.

Seção IX Da Reintegração

Art. 39 Reintegração é a reinvestidura do servidor no cargo anteriormente

ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada sua demissão por decisão judicial, observando-se o que dela constar quanto ao ressarcimento das vantagens e reconhecimento dos direitos inerentes ao cargo.

§1º Na hipótese do cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade,

com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo, que deverá ocorrer em até 180 dias.

§2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será

reconduzido ao cargo de origem,sem direito à indenização ou aproveitamento proporcional ao tempo de serviço.

§3º Se o servidor não entrar em exercício no prazo previsto no art. 17, I, sua

ausência será considerada como falta injustificada, salvo em caso de

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doença comprovada em inspeção realizada por médicos da Secretaria Municipal de Saúde ou órgão respectivo de cada Ente ou Poder.

Seção X Da Recondução

Art. 40 Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente

ocupado e decorrerá de: I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; II - reintegração do anterior ocupante.

Parágrafo Único - Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será

aproveitado em outro, observadas as regras de compatibilidade previstas nesta Lei.

CAPÍTULO II DA MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAL

Seção I Da Remoção

Art. 41 Remoção é o ato pelo qual o servidor passa a ter exercício em outro

órgão da Administração Municipal, no âmbito do mesmo quadro de pessoal.

§ 1º Dar-se-á a remoção:

a) de ofício, no interesse da Administração; b) a pedido, a critério da Administração.

§ 2º A remoção de ofício ocorrerá para ajustamento de lotação e da força de

trabalho às necessidades do serviço, inclusive nos casos de reorganização da estrutura interna da Administração Municipal, respeitando as atribuições do cargo e função.

§ 3º A remoção por permuta de servidores será precedida de requerimento de

ambos os interessados, desde que haja compatibilidade das atribuições do cargo e função.

§ 4º A remoção a pedido fica condicionada à existência de vagas e deverá ser

feita por escrito por ambos os interessados, observadas as disposições deste capítulo.

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Art. 42 A remoção se dará por acordo entre os chefes das unidades interessadas,

aprovado pela autoridade máxima de cada Poder ou Entidade.

Seção II Da Relotação

Art. 43 Relotação é o deslocamento de servidor, com o respectivo cargo, para o

quadro de pessoal de outra entidade da Administração Municipal, no âmbito do mesmo Poder, observados os seguintes preceitos: I - interesse da administração, e II - manutenção das atribuições e das responsabilidades do cargo.

§ 1º A relotação ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força de

trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização do Poder ou da entidade.

§ 2º A relotação dar-se-á mediante decreto ou ato equivalente.

Seção III Da Cessão

Art. 44 O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou

entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, em havendo interesse da Administração e mediante expressa concordância do servidor.

§ 1º O ônus da remuneração e encargos serão do órgão ou entidade

cessionário, que arcará, inclusive, com parcela remuneratória referente às vantagens pessoais já incorporadas, salvo nos casos previstos em lei, convênio ou acordo.

§ 2º É vedada a cessão de servidores quando em período de estágio

probatório. § 3° Constitui condição para a cessão a continuidade das contribuições à

previdência, inclusive da quota patronal. § 4º A cessão do servidor será renovada anualmente, não podendo ser

promovido por merecimento enquanto perdurar a cessão, ressalvadas as hipóteses de cessão para órgãos desta Administração Municipal Direta e Indireta.

Art. 45 A permuta de servidores entre órgãos ou entidade dos Poderes da União,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios deverá ser feita com o prévio consentimento das autoridades a que estejam subordinados os interessados na permuta.

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CAPÍTULO III

DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO Art. 46 O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante

aproveitamento, obrigatório sempre que vagar cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado, respeitada a irredutibilidade de vencimentos.

Parágrafo Único - A Unidade de Recursos Humanos de cada Poder ou

entidade determinará o imediato aproveitamento de servidor sempre que ocorrer vaga, na forma do caput.

Art. 47 Será tornado sem efeito o ato que determinar o aproveitamento se o

servidor não entrar em exercício no prazo estipulado no ato de convocação, salvo se por doença comprovada por junta médica.

Parágrafo Único - A falta de comparecimento do servidor convocado, dentro

do prazo determinado, acarretará processo administrativo disciplinar, salvo em caso de doença comprovada em inspeção médica.

Art. 48 No caso de mais de um servidor concorrente ao mesmo cargo, terá

preferência o de maior tempo de disponibilidade e, no caso de empate, será aproveitado primeiramente o que tiver maior tempo de serviço público municipal.

Art. 49 O aproveitamento será feito mediante inspeção médica que ateste a

capacidade do servidor para o exercício das funções inerentes ao cargo em que será aproveitado.

Parágrafo Único - Provada à incapacidade definitiva em inspeção médica

será decretada a aposentadoria por invalidez.

CAPÍTULO IV DA DECLARAÇÃO DE DESNECESSIDADE DE CARGOS

Art. 50 O Executivo, o Legislativo, Autarquias e Fundações poderão declarar

extintos ou desnecessários cargos de provimento efetivo, hipótese em que o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo, em conformidade com o § 3º do art. 41 da Constituição Federal.

§ 1º O ato que declarar desnecessário quaisquer cargos especificará a

respectiva quantidade, a denominação e a lotação se houver, e indicará, em caso de serem mantidos cargos iguais aos declarados

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desnecessários, quais os atingidos pela declaração, os quais serão, necessariamente, os ocupados há menos tempo.

§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, em caso de empate, serão

declarados desnecessários os cargos ocupados por servidores com menor tempo de serviço .

Art. 51 Caso o cargo declarado desnecessário esteja ocupado por servidor em

estágio probatório, será este desligado do serviço público.

CAPÍTULO V DA VACÂNCIA

Art. 52 A vacância do cargo público decorrerá de:

I - exoneração; II - demissão; III - promoção; IV - readaptação; V - aposentadoria; VI - falecimento.

Art. 53 A exoneração de cargo comissionado dar-se-á a pedido do servidor, ou de

ofício. § 1º A exoneração de ofício dar-se-á quando a autoridade destituir o servidor

do cargo em comissão. § 2º A exoneração será deferida ao ocupante de cargo em comissão que a

requeira, indicando ou não os seus motivos.

CAPÍTULO VI DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 54 Haverá substituição no impedimento legal e temporário do ocupante de

cargo em comissão ou função gratificada no serviço público municipal, mediante ato da autoridade competente.

Parágrafo Único - O substituto perceberá o vencimento ou a gratificação

correspondente a partir do primeiro dia do afastamento do titular do cargo, percebendo a vantagem de forma proporcional quando a substituição abranger fração de mês.

Art. 55 Os efeitos da substituição cessam automaticamente com o retorno do

titular ao cargo objeto de substituição ou sua vacância.

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Art. 56 O servidor retornará a seu cargo logo após o fim do período de

substituição, qualquer que seja esse período.

CAPÍTULO VII DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 57 Observadas às disposições constitucionais pertinentes será contado para

efeitos de aposentadoria e disponibilidade o tempo de serviço público federal, estadual e municipal, prestado à administração direta, autárquica e fundacional pública daqueles entes.

Art. 58 A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão

convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.

Art.59 Consideram-se como de efetivo exercício, para fins de progressão e

promoção, os afastamentos em virtude de: I - férias; II - casamento, oito dias; III - luto pelo falecimento de cônjuge, companheiro, pais, filhos,

enteados, irmãos e menor sob guarda judicial ou tutela, oito dias; IV - luto pelo falecimento de sogro, sogra, do padrasto ou madrasta, de

ascendente ou descendente de segundo grau de parentesco, dois dias;

V - participação em programa de treinamento na área do servidor, oficialmente instituído pela Administração, desde que autorizado, limitado a 90 dias contínuos e/ou intercalados;

VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei; VII - participação em competição desportiva nacional e estadual ou

convocação para integrar representação desportiva nacional e estadual, no País ou no exterior, se autorizada pela Administração;

VIII - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere, desde que autorizado pela Administração por período não superior a 90 dias, contínuos e/ou intercalados;

Parágrafo Único - Entende-se como efetivo exercício para os efeitos desta lei o

período em que o servidor está desempenhando ou praticando atos pertinentes à materialização das funções que lhe são atribuídas ou se encontra nas condições definidas neste artigo, consideradas como se assim o estivesse.

Art. 60 Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

I - o tempo de serviço público federal, estadual ou municipal da Administração Direta e Indireta;

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II - o período de serviço ativo prestado às Forças Armadas, contando-se

em dobro o tempo de operação de guerra; III - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência

Social; IV - o tempo de licença para tratar da própria saúde que exceder o prazo

de 12 (doze) meses; V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou

do Distrito Federal; Art. 61 É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado

concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, Autarquia, Fundação Pública, sociedade de economia mista e empresa pública.

Parágrafo Único - Em regime de acumulação é vedado contar tempo de um

dos cargos para reconhecimento de direito ou vantagens no outro.

TÍTULO III

DOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPÍTULO I DO VENCIMENTO BASE E DA REMUNERAÇÃO

Art. 62 O vencimento base é a contraprestação pecuniária devida ao servidor

pelo exercício de cargo público, consignada em Lei ou Tabela Salarial, em sua respectiva referência, nível ou símbolo, acrescido de eventual “Diferença de Enquadramento do Vencimento Base”, excluídas as vantagens pessoais temporárias ou permanentes.

Art. 63 Remuneração é o vencimento base do cargo, acrescido das vantagens

pecuniárias, permanentes e temporárias, estabelecidas em Lei. Parágrafo Único - Fica vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer

espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público.

Art. 64 Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração

importância superior ao limite constitucionalmente estabelecido aos Municípios.

Art. 65 O servidor nomeado para cargo em comissão ou função gratificada de

direção, chefia ou assessoramento terá direito à percepção da remuneração prevista nas tabelas de símbolos e salários das Leis de organização dos Planos de Cargos Salários dos respectivos Poderes e entidades descentralizadas do Município.

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§1º - A designação para o exercício de função gratificada será feita pela

autoridade máxima do respectivo órgão ou entidade. §2º - O servidor que venha a exercer cargo em comissão vinculado à carreira,

ou de livre provimento, poderá optar pelo vencimento do cargo que é titular, ou pelo vencimento do cargo comissionado, se mais vantajoso.

Art. 66 Não perderá a remuneração prevista no “caput” do art. 65 o servidor que

se ausentar do serviço em virtude de férias, luto, casamento, licença maternidade, licença paternidade e outros serviços obrigatórios por lei.

§ 1º - Também não perderá a referida remuneração, o servidor que, dentro do interstício de 01 (um) ano, se ausentar do serviço por um período de até 60 (sessenta) dias consecutivos ou não, em virtude de doenças comprovadas por laudos médicos.

§ 2º - Após o prazo previsto no § 1º supra, o servidor perderá o cargo em

comissão ou função gratificada, independentemente dos códigos das doenças previstas no Código CID.

Art. 67 O exercício de cargo em comissão ou função gratificada exigirá de seu

ocupante integral dedicação.

Art. 68 O servidor perderá: I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço em casos não previs-

tos nesta lei; II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos e às saí-

das antecipadas, na forma do regulamento que determinará, inclusi-ve, a tolerância permitida.

III - 1/3 (um terço) da remuneração diária quando afastado por motivo de prisão, em flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade competente, enquanto perdurar a prisão.

IV - metade da remuneração diária, durante o afastamento, em virtude de condenação, por sentença definitiva, a pena que não determine a perda de cargo.

§1º Nos casos previstos no inciso III deste artigo, o servidor terá direito à inte-

gralização da remuneração, desde que absolvido. §2º As condições previstas nos incisos III e IV do presente artigo cessarão a

partir do dia imediato àquele em que o servidor for posto em liberdade, ainda que condicional.

§3º No caso de faltas sucessivas, serão computados para efeitos de desconto

os domingos e feriados intercalados. §4º O servidor que, por motivo de enfermidade, não puder comparecer ao

serviço deverá comunicar seu estado ao Serviço de Saúde Ocupacional e à chefia imediata.

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Art. 69 Salvo por imposição legal, mandado judicial ou decisão administrativa

fundamentada, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou pro-vento.

Art. 70 A consignação em folha poderá servir à garantia de:

I - quantias devidas à Fazenda Pública; II - contribuição para montepio, pensão ou aposentadoria, desde que

sejam em favor de instituições oficiais; III - cumprimento de decisão judicial;

Art. 71 É permitida consignação sobre os vencimentos acrescidos de vantagens

pessoais incorporadas do servidor, desde que expressamente autorizada por ele.

Parágrafo Único - A soma das consignações não poderá exceder a 30% (trinta

por cento) do vencimento base do servidor, acrescidos de vantagens pessoais incorporadas.

Art. 72 As reposições por pagamentos indevidos e as indenizações, por prejuízos

ao erário, serão previamente comunicadas ao servidor e descontadas da sua remuneração, independentemente de sua anuência.

Art. 73 O servidor em débito com o erário, que for demitido ou exonerado, cuja

dívida relativa à reposição seja superior a cinco vezes o valor de sua re-muneração, terá o prazo de até 60 (sessenta) dias para quitar o débito.

Parágrafo Único - A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua

inscrição em dívida ativa ou cobrança judicial, salvo nos ca-sos em que lhe seja deferido parcelamento maior, mediante requerimento do servidor, deferido pela autoridade compe-tente nos termos da Lei.

Art. 74 As reposições e indenizações ao erário poderão ser descontadas em

parcelas mensais não excedentes a 10% (dez por cento) da remunera-ção, proventos ou pensão, em valores atualizados, informado o interes-sado sobre o procedimento.

Art. 75 O vencimento base, a remuneração e o provento não serão objeto de ar-

resto seqüestro ou penhora, exceto por decisão judicial. Art. 76 O período de trabalho, nos casos de comprovada necessidade, poderá

ser antecipado ou prorrogado pelos chefes da repartição ou serviço.

CAPÍTULO II

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DAS VANTAGENS

Seção I

Disposições Gerais Art. 77 Além do vencimento base poderão ser pagas ao servidor as seguin-

tes vantagens: I - diárias; II - gratificações; III - adicionais; IV - ajuda de custo. V - outras vantagens previstas em Lei

§1º - As indenizações não se incorporam ao vencimento base ou provento para

qualquer efeito. §2º - As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para

efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulterio-res, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

Seção II Das Diárias

Art. 78 A diária corresponde a uma indenização das despesas diversas com o

deslocamento, quando ao Servidor for determinada a execução de servi-ços fora da Região Metropolitana da Baixada Santista, com exceção das cidades cuja distância exceda 60 quilômetros.

§ 1º Excetuadas as hipóteses em que as despesas extraordinárias sejam cus-

teadas por adiantamento ou outros meios diversos, será concedida diária ao servidor por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando não exceder 08 (oito) horas fora da sede.

§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência perma-

nente do cargo, o servidor fará jus a adiantamento e posterior prestação de contas mediante apresentação de nota fiscal que relacione as despe-sas do servidor, nos termos definidos em regulamento de cada Poder.

Art. 79 A autorização para o pagamento de diárias será da competência dos

Secretários e Diretores respectivos na Administração Direta ou equiva-lentes nos demais entes, para os Servidores que estiverem sob as suas respectivas subordinações.

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Art. 80 O valor da diária corresponderá a 9% (nove por cento) do piso do ven-

cimento base da Prefeitura vigente para todos os Servidores. Parágrafo Único - Quando o deslocamento do Servidor ocorrer para fora do

Estado de São Paulo, o pagamento da diária corresponderá a 13,5% (treze virgula cinco por cento) do piso do vencimen-to base da Prefeitura e quando o deslocamento ocorrer para fora do País o pagamento da diária corresponderá a 18% (dezoito por cento) do piso do vencimento base da Prefeitu-ra, excetuadas as hipóteses em que as despesas extraordi-nárias sejam custeadas por adiantamento ou outros meios diversos.

Art. 81 O valor referente a diárias não poderá exceder a 30% do vencimento ba-

se do servidor.

Seção III Do Décimo-Terceiro Vencimento

Art. 82 O décimo-terceiro vencimento, assegurado ao servidor, será calculado

com base no mês de dezembro, correspondendo ao seu respectivo ven-cimento integral acrescido das vantagens incorporadas.

Parágrafo Único - O décimo-terceiro vencimento pago aos servidores ativos

será acrescido da média aritmética dos adicionais noturno, de insalubridade ou de periculosidade, bem como da remu-neração decorrente de participação em órgão de deliberação coletiva, das horas extras e exercício em cargo comissiona-do ou função gratificada, na forma da lei.

Art. 83 O décimo-terceiro vencimento será pago a todos os servidores, inclusive

aos comissionados, ativos e inativos, independentemente de requerimen-to, até o dia vinte de dezembro.

Parágrafo Único - Mediante disponibilidade do erário e a critério da autoridade

máxima de cada Poder, o décimo-terceiro vencimento pode-rá ser pago em 2 (duas) parcelas, sendo a primeira a qual-quer tempo, e a segunda até o dia vinte de dezembro.

Art. 84 O servidor que for exonerado, receberá seu décimo - terceiro vencimento

proporcionalmente aos meses de exercício, calculado sobre o valor de pagamento do mês da exoneração, considerando-se mês integral, para esse efeito, toda fração superior a 15 (quinze) dias.

Art. 85 O décimo-terceiro vencimento não será considerado para cálculo de

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qualquer vantagem pecuniária.

Seção IV Das Gratificações e Dos Adicionais

Art. 86 Além do vencimento base e das vantagens previstas nesta lei, serão defe-

ridas aos servidores as seguintes gratificações e adicionais: I - adicional noturno; II - adicional pela prestação de serviço extraordinário; III - adicional por tempo de serviço e sexta parte; IV - adicionais de insalubridade e periculosidade; V - adicional de férias; VI - gratificação pela participação em órgão de deliberação coletiva ou

Comissão de Função Especial por Produtividade; VII - prêmio de dedicação e antiguidade; VIII - Auxílio de Atenção Especial aos Profissionais da área da Saúde; IX - outras vantagens previstas em lei.

Subseção I

Do Adicional Noturno Art. 87 O serviço noturno, assim considerado aquele prestado em horário com-

preendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 05 (cinco) horas do dia seguinte, corresponderá a 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da hora diurna, salvo disposições constantes em Leis específicas, não se in-corporando ao vencimento base.

Parágrafo Único - Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de

que trata o caput deste artigo será cumulado com o adicional por serviço extraordinário.

Subseção II Do Adicional Por Serviço Extraordinário

Art. 88 O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50%

(cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho, e a hora extraordinária será calculada com base na carga horária diária de 8 (oito) horas para servidores submetidos a jornada integral de trabalho, e proporcionalmente nos demais casos, não se incorporando ao vencimento base.

Art. 89 Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações

excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 02 (duas) ho-ras por jornada, caso em que não poderá exceder o período de seis meses consecutivos, e sempre com autorização escrita da autoridade de cada Poder, Autarquias e Fundações responsável pela área de atuação

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do servidor.

Art. 90 O serviço extraordinário realizado em domingos e feriados será

remunerado com o acréscimo de 100% (cem por cento) em relação à ho-ra normal de trabalho.

Art. 91 O servidor que exercer cargo de direção ou função gratificada não

poderá receber o adicional por serviço extraordinário.

Subseção III Do Adicional Por Tempo de Serviço e Da Sexta Parte

Art. 92 O adicional por tempo de serviço ou anuênio é devido a cada ano de efe-

tivo serviço público municipal prestado pelo servidor ocupante de cargo efetivo, à razão de 1% (um por cento) sobre o valor do respectivo venci-mento base, não incidindo nas demais verbas que compõem a remunera-ção.

§1º - O servidor efetivo investido em cargo comissionado ou no desempenho

de função gratificada tem direito ao adicional previsto neste artigo. §2º - O servidor efetivo fará jus ao adicional, independentemente de requeri-

mento, a partir do mês em que completar o anuênio de efetivo exercício. Art. 93 O servidor efetivo que completar 20 (vinte) anos de efetivo exercício

perceberá a importância equivalente à sexta-parte de seu vencimento base, não incidindo nas demais verbas que compõem a remuneração.

Parágrafo Único - O anuênio e a sexta-parte compõem as vantagens perma-

nentes do servidor.

Subseção IV Dos Adicionais De Insalubridade e Periculosidade

Art. 94 Será concedido adicional de insalubridade ou periculosidade ao servidor

municipal que exercer atividade considerada insalubre ou perigosa. Art. 95 As gratificações pela execução de trabalho com risco de vida ou saúde,

serão concedidas nos percentuais abaixo: I - insalubridade grau máximo 40% II - insalubridade grau médio 20% III - insalubridade grau mínimo 10% IV - periculosidade 30%

Art. 96 Os adicionais de insalubridade e de periculosidade serão calculados so-

bre o valor de 1,6 (um vírgula seis) piso do vencimento base da Prefeitu-

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ra.

Art. 97 A concessão desses adicionais será feita mediante prévio laudo técnico

pericial e deliberação conforme regulamentação específica. Art. 98 Os adicionais serão devidos enquanto persistirem as atividades dos

agentes em condições insalubres ou perigosas. Parágrafo Único - Compete à chefia imediata do servidor, sob pena de respon-

sabilidade funcional, a imediata comunicação, por escrito, à unidade de Recursos Humanos, de seu afastamento do local ou da atividade insalubre ou perigosa.

Art. 99 Haverá permanente controle da atividade de servidores em opera-

ções ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos. Art. 100 É vedada a acumulação de adicionais de insalubridade e de periculosida-

de, devendo o servidor optar formalmente por um ou outro, quando cabí-veis.

Subseção V Do Adicional De Férias

Art. 101 Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, no mês anterior

ao gozo integral ou proporcional das férias, um adicional correspondente a 100% (cem por cento) da remuneração proporcional percebida no perí-odo aquisitivo, mediante comunicado da Chefia imediata a Unidade de Recursos Humanos até o dia 15 (quinze) do mês que anteceder às férias do servidor.

Parágrafo Único - No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou

assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respecti-va vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.

Subseção VI

Da Gratificação de Nível e Da Gratificação Pela Participação Em Órgão De Deli-beração Coletiva

Art.102 Será concedida gratificação por nível universitário de 40% aos servidores

efetivos que possuam esse título e exerçam cargo ou função que exija como requisito essa qualificação.

§1º - A gratificação por nível universitário será calculada sobre o vencimento

base do cargo não incidindo nas demais verbas que compõem a remune-ração.

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§2º - O pagamento da gratificação de nível universitário dependerá de requeri-

mento do servidor que instruirá com a prova do respectivo. Art. 103 Será concedida gratificação pela participação em Comissões

Permanentes de Deliberação Coletiva, no valor equivalente à metade do piso do vencimento base da Prefeitura.

§ 1º - A gratificação de que trata este artigo será paga mensalmente. § 2º - Fica vedada a concessão cumulativa de gratificações pela participação

simultânea do servidor em mais de um ato de designação a qualquer títu-lo.

§ 3º - O servidor designado para participar de Comissão Permanente que não

comparecer ao mínimo de três reuniões mensais perderá a gratificação de que trata este artigo e poderá ser substituído por outro servidor, me-diante decisão da autoridade competente.

Subseção – VII Do Prêmio de Dedicação e Tempo de Serviço

Art. 104 São concedidos aos servidores públicos municipais, prêmio de

dedicação e tempo de serviço que obedecerá a seguinte escala de acordo com o tempo de efetivo serviço, sendo pago uma única vez a cada decên-io que o servidor vier a completar: I - 30% (trinta por cento) do vencimento base do cargo de origem ao

servidor que tenha completado ou venha a completar 10 (dez) anos de efetivo serviço;

II - 40% (quarenta por cento) do vencimento base do cargo de origem

ao servidor que tenha completado ou venha a completar 20 (vinte) anos de efetivo serviço;

III - 50% (cinqüenta por cento) do vencimento base do cargo de origem

ao servidor que tenha completado ou venha a completar 30 (trinta) de efetivo serviço.

Parágrafo Único - Não fará jus ao Prêmio de Dedicação e Tempo de Serviço o

servidor que, em cada decênio tiver: I - sofrido pena de suspensão; II - mais de 10 (dez) faltas injustificadas ao serviço, conse-

cutivas ou não.

Subseção – VIII DA GRATIFICAÇÃO POR EXERCÍCIO DE CARGO EFETIVO DE DIFÍCIL

PROVIMENTO

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Art. 105 Fica criada a Gratificação por Exercício de cargo efetivo de Difícil Provi-

mento, a ser concedida aos titulares de cargos e ocupantes de funções de Especialista de Saúde Médico do Quadro de Profissionais da Saúde, no valor de R$550,00 (quinhentos e cinquenta reais) para a jornada de 20 (vinte) horas semanais, R$660,00 (seiscentos e sessenta reais) para jor-nada de 24 (vinte e quatro) horas e R$ 1.100,00 (um mil e cem reais) para a jornada de 40 (quarenta) horas.

§1º - Para os fins da gratificação estabelecida no “caput”, serão considerados

Cargos de Difícil Provimento somente os cargos de Especialista de Saúde Médico, aos quais existe acentuado índice de vacância ou de rotatividade.

§ 2º - A gratificação referida no "caput" deste artigo aplica-se aos médicos que

estiverem lotados e em exercício nas unidades e serviços de saúde cons-tantes da área de abrangência do Município de Cubatão.

§3º A Gratificação por Exercício de cargo de Difícil Provimento não se incor-

porará ou se tornará permanente aos vencimentos, salários, proventos ou pensões dos servidores, nem servirá de base para cálculo de qualquer in-denização ou vantagem pecuniária, inclusive adicionais por tempo de ser-viço e sexta-parte.

§4º - O pagamento da gratificação referida no "caput" deste artigo cessará nas

hipóteses de afastamento do servidor para outros órgãos públicos, inclu-sive quando sem prejuízo dos vencimentos, salvo para as Autarquias Mu-nicipais.

§5º Não farão "jus" à Gratificação tratada no “caput”, os Servidores que se

encontrarem em gozo de férias e das Licenças previstas no artigo 112, assim como os aposentados e àqueles em gozo da concessão prevista nos inciso VI do artigo 146.

§6º - No caso de faltas justificadas ou injustificadas, não será devida a gratifi-

cação tratada no presente artigo.

Seção V Vale Transporte

Art. 106 O vale transporte será opcional ao servidor nos deslocamentos de ida e

volta, no trajeto entre sua residência e seu local de trabalho, na forma es-tabelecida em Lei Municipal.

CAPÍTULO III DAS FÉRIAS

Art. 107 O servidor fará jus a trinta dias de férias por ano de serviço, as quais não

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poderão ser acumuladas por mais de dois períodos.

§ 1º - Para cada período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses

de efetivo exercício. § 2º - Após cada período de 12 (doze) meses de efetivo exercício, o servidor

fará jus às férias, na seguinte proporção: a) 30 (trinta) dias corridos, quando houver até, 5 (cinco) faltas injustifi-

cadas; b) 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver de 6 (seis) até 14

(quatorze) de faltas injustificadas; c) 18 (dezoito) dias corridos, quando houver de 15 (quinze) até 23 (vin-

te e três) de faltas injustificadas; d) 12 (doze) dias corridos, quando houver de 24 (vinte e quatro) até 29

(vinte e nove) de faltas injustificadas. § 3º - Não terá direito a férias o servidor que, no curso do período aquisitivo ti-

ver faltado ao serviço, por 30 (trinta) dias, ou mais, consecutivos ou não; § 4º - O servidor em férias somente poderá ser reconvocado ao serviço pelo

secretário da pasta, mediante solicitação formal e justificada de seu supe-rior hierárquico.

Art. 108 O servidor que tiver permanecido em auxílio-doença ou licença médica,

de 16 (dezesseis) dias a 6 (seis) meses, fará jus às férias na proporção de 15 (quinze) dias corridos;

Art. 109 O servidor exonerado do cargo efetivo ou em comissão, perceberá

indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo exercício, ou fração superior a 15 (quinze) dias.

Parágrafo Único - A indenização será calculada com base na remuneração

proporcional percebida ao longo do período aquisitivo. Art. 110 O servidor que opera direta e permanentemente com raios-X ou

substâncias radioativas gozará obrigatoriamente 15 (quinze) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

Art. 111 Durante as férias, o servidor terá direito à respectiva remuneração, na

qual se inclui o acréscimo da média aritmética das variáveis e do exercí-cio em cargo comissionado ou função gratificada, na forma da Lei.

Parágrafo Único - É vedado ao servidor interromper a fruição das férias, salvo

no interesse da Administração, respeitando o disposto no §4º do artigo 107.

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CAPÍTULO IV

DAS LICENÇAS

Seção I Disposições Gerais

Art. 112 Conceder-se-á ao servidor licença:

I - para o serviço militar; II - para atividade política; III - para capacitação; IV - para tratar de interesses particulares; V - para tratamento de saúde; VI - à gestante, à adotante e pela paternidade; VII - por acidente em serviço; VIII - por motivo de doença em pessoa na família; IX - por afastamento do cônjuge; X - licença-prêmio.

Seção II

Da Licença para o Serviço Militar Art. 113 Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na

forma e condições previstas na legislação específica. Parágrafo Único - Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias

sem remuneração para reassumir o exercício do cargo, cujo início do prazo se dará na data de desincorporação do servi-dor, sob pena de demissão por abandono de cargo.

Seção III

Da Licença para Atividade Política Art. 114 O servidor terá direito à licença, sem remuneração, se a requerer, durante

o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura pe-rante a Justiça Eleitoral.

§ 1º - O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha su-

as funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arre-cadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito.

§ 2º - A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da elei-

ção, o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses, mediante comunicação do afastamento acompanhado por documento comprobatório expedido pela Justiça Eleitoral.

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§ 3º - Não serão considerados como de efetivo exercício os períodos de Licen-

ça com ou sem remuneração previstos no presente artigo. Art. 115 Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as disposições

constitucionais do art. 38 da Constituição Federal. Parágrafo Único - O servidor investido em mandato eletivo não poderá

ser redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.

Seção IV

Da Licença para Capacitação Art. 116 O servidor poderá, no interesse da Administração, e se por ela autorizado,

afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional, ministrado por organismo oficial ou privado.

Art. 117 O servidor designado para estudo ou aperfeiçoamento fora dos limites da

Municipalidade, com ônus para os cofres públicos ou através de convêni-os firmados pela municipalidade, não poderá pedir exoneração dos qua-dros funcionais pelo período mínimo de 02 (dois) anos, sob pena de ter que restituir ao Município a quantia total despendida no curso de capaci-tação custeado pelos cofres municipais.

Seção V

Da Licença para Tratar de Interesses Particulares Art. 118 A critério da Administração, poderá ser concedida ao servidor ocupante de

cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licença para o trato de assuntos particulares, pelo prazo mínimo de um ano e máximo de dois anos consecutivos, sem remuneração, vedada prorrogação.

§ 1º - A licença poderá ser interrompida a pedido do servidor ou no inte-

resse do serviço. § 2º - A licença não será concedida se o afastamento for manifestamente

inconveniente para o serviço. § 3º - Não se concederá nova licença antes de decorridos dois anos

do término da anterior. Art. 119 O requerente deverá aguardar em exercício a concessão da licença. Parágrafo Único - É vedada a concessão da licença para tratar de interesses

particulares ao servidor ocupante de cargo em comissão ou em exercício de função gratificada, caso em que o

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servidor deverá pedir exoneração do cargo ou desligamento da função para requerer este direito.

Seção VI

Da Licença para Tratamento de Saúde Art. 120 Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou

de ofício, com base em atestado médico, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus até 15 (quinze) dias.

Art. 121 Para licença por prazo superior a 15 (quinze) dias, a inspeção deverá ser

feita por junta médica. Parágrafo único - Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada

na residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.

Art. 122 O médico do trabalho ou a junta médica, a seu respectivo critério, pode-

rão, a qualquer tempo, no curso da licença para tratamento de saúde, fi-xar data na qual o servidor deverá se submeter à avaliação médica inter-mediária de suas condições de saúde.

Parágrafo Único - O servidor que se recusar a se submeter a estas avaliações

médicas intermediárias, terá sua licença suspensa, com a perda da remuneração deste período.

Art. 123 A licença será concedida pelo prazo indicado no laudo médico ou atesta-

do. Parágrafo Único - Findo o prazo da licença, o servidor será submetido à nova

inspeção médica, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria por invalidez.

Art. 124 A licença poderá ser prorrogada ex-oficio ou mediante solicitação

do servidor. Parágrafo Único - O pedido de prorrogação deverá ser apresentado pelo me-

nos 08 (oito) dias antes de findo o prazo da licença; se inde-ferido, contar-se–á como de licença o período compreendido entre o seu término e a data do conhecimento oficial do des-pacho denegatório.

Art. 125 Será com vencimento ou remuneração integral a licença concedida ao

servidor para tratamento de saúde ou acidentado em serviço ou acometi-do de doença profissional e aquelas especificadas em lei.

Parágrafo Único - O servidor não fará jus às vantagens de natureza pro labore

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faciendo, a exemplo da gratificação de participação em ór-gão de deliberação coletiva, durante o período de licencia-mento que exceder o prazo de 15 (quinze) corridos, salvo se as vantagens tiverem sido incorporadas aos seus ganhos por força de disposição legal.

Art. 126 O servidor licenciado para tratamento de saúde não poderá dedicar-se a

qualquer atividade remunerada, sob pena de ter sua licença cassada, com perda total da remuneração percebida no período, além da aplicação da penalidade de suspensão disciplinar, nos termos desta lei.

Parágrafo Único - O servidor que tiver sua licença cassada na forma do caput

deste artigo deverá reassumir suas funções no prazo de três dias, sob pena de demissão.

Seção VII

Da Licença à Gestante, à Adotante e da Licença-Paternidade Art. 127 Será concedida licença à servidora gestante por 180 (cento e oitenta) dias

consecutivos, sem prejuízo da remuneração. § 1º - A licença poderá ter início no primeiro dia do oitavo mês de gestação,

salvo antecipação por prescrição médica. § 2º - No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto. § 3º - No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora

será submetida a exame médico e, se julgada apta, reassumirá o exercí-cio.

§ 4º - No caso de aborto atestado por médico oficial, à servidora terá direito a 30

(trinta) dias de repouso remunerado. Art. 128 Pelo nascimento ou adoção de filhos o servidor terá direito à licença-

paternidade de 05 (cinco) dias consecutivos, contados a partir do primeiro dia útil após o dia do nascimento ou da adoção.

Art. 129 Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora

lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de des-canso, que poderá ser parcelada em 02 (dois) períodos de meia hora.

Art. 130 A mãe adotiva e a guardiã gozarão do benefício da licença maternidade

nos seguintes prazos contados da decisão judicial que concedeu a guarda ou a sentença de adoção: I - criança de até um ano de idade, pelo prazo de 180 (cento e oitenta)

dias; II - criança de um a quatro anos de idade, pelo prazo de 90 (noventa)

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dias;

III - criança de quatro a oito anos de idade, pelo prazo de 60 (sessenta) dias.

§ 1° Só fará jus ao benefício a servidora que apresentar o Termo de Guarda

judicial, onde se especifique que é para fins de adoção, ou a sentença transitada em julgado concedendo a adoção.

§ 2º Idêntica licença conceder-se-á ao servidor que conste como único

adotante.

Seção VIII Da Licença por Acidente em Serviço e Doença Relacionada ao Trabalho

Art. 131 Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado em ser-

viço, ou que tenha adquirido doença profissional. Art. 132 Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servi-

dor, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.

Parágrafo Único - Equipara-se ao acidente em serviço o dano:

a) decorrente de agressão sofrida e não provocada pe-lo servidor no exercício do cargo;

b) em decorrência do deslocamento do trabalho para a residência e vice-versa no período máximo de duas horas, desde que não tenha havido alteração do tra-jeto.

Art.133 Entende-se por doença profissional a que se deve atribuir, com relação de

efeito e causa, às condições inerentes ao serviço ou a fatos nele ocorri-dos.

Art.134 O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especiali-

zado poderá ser tratado em instituição privada, desde que seja imprescin-dível e necessário para o tratamento à conta de recursos públicos.

Parágrafo Único - O tratamento especializado recomendado por junta médica

constitui medida de exceção e somente será admissível quando inexistirem meios e recursos adequados em institui-ção pública.

Art. 135 A prova do acidente será feita no prazo máximo de 05 (cinco) dias úteis.

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Seção IX Da licença por motivo de doença de pessoa na família

Art. 136 Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônju-

ge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e ente-ado, ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assen-tamento funcional, mediante comprovação por junta médica e, se neces-sário, por parecer do Serviço Social do Trabalho.

§ 1º - A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for

indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, a ser combinada com a chefia imediata.

§ 2º - A licença de que trata este artigo será remunerada, observada a se-

guinte proporcionalidade: a) integralmente até seis meses de afastamento; b) de dois terços, quando exceder o período de seis meses de afasta-

mento até nove meses; c) de um terço, quando o licenciamento exceder o período de nove me-

ses até o máximo de doze meses. § 3º - A partir do 13º (décimo terceiro) mês, até o máximo de 24 (vinte e quatro)

meses, a licença de que trata este artigo se dará sem remuneração. Art. 137 A licença concedida com o mesmo fundamento da anterior, dentro de um

prazo de 60 (sessenta) dias, será considerada como prorrogação. Art. 138 Quando a pessoa da família do servidor encontrar-se em tratamento fora

do Município, será admitido exame médico por profissionais pertencentes aos quadros de servidores federais, estaduais ou municipais, na localida-de.

Art. 139 É vedada a renovação ou concessão de licença para tratar de interesses

particulares no período de vinte e quatro meses subseqüentes ao retorno ao serviço público, do servidor licenciado por motivos de doença na famí-lia.

Art. 140 Quando a licença ao servidor por motivo de doença for solicitada para

tratamento dos pais, mesmo que não vivam às suas expensas, poderá ser concedida nos parâmetros estabelecidos nos §1º do Art. 136.

Art. 141 No curso da licença por motivo de doença em pessoa da família o servi-

dor abster-se-á de exercer qualquer atividade remunerada, ou mesmo gratuita, sob pena de cassação imediata da licença, com perda total da remuneração correspondente ao período já gozado, sujeitando-se, ainda,

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às sanções disciplinares previstas nesta lei.

Seção X Da Licença por Afastamento do Cônjuge

Art. 142 O servidor poderá licenciar-se do serviço público municipal, sem remune-

ração, quando seu cônjuge ou companheiro, integrante dos quadros fun-cionais de qualquer ente federativo, seja civil ou militar, for deslocado de ofício para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para exer-cício de mandato eletivo dos Poderes Executivo ou Legislativo.

Parágrafo Único - A licença dependerá de requerimento devidamente instruído

com documento oficial, que comprove o deslocamento do cônjuge e terá o prazo máximo de 48 (quarenta e oito) me-ses, sob pena de exoneração do servidor.

Seção XI

Da licença-prêmio Art. 143 Após cada qüinqüênio de efetivo exercício no serviço público municipal, o

servidor de cargo efetivo poderá requerer licença-prêmio de 90 (noventa) dias, sem prejuízo da remuneração de seu cargo efetivo.

§1° - Poderá ser requerida nas formas de totalidade em gozo, totalidade em

pecúnia e /ou proporcional metade em gozo e metade em pecúnia. § 2º - A Licença Prêmio requerida em pecúnia deverá ser paga, considerando o

vencimento base do cargo de origem do Servidor, assim descrito na con-traprestação pecuniária, consignada em Lei ou tabela Salarial, em sua respectiva referência, nível ou símbolo, incluídos apenas o anuênio e a sexta-parte.

§ 3º - O requerente aguardará em exercício a concessão da Licença Prêmio. § 4º - Para efeitos de licença-prêmio, considera-se de efetivo exercício o tempo

de serviço prestado pelo servidor de carreira em cargo comissionado ou função gratificada.

§ 5º - O gozo do benefício de que trata o caput deverá ser usufruído dentro dos

cinco anos subseqüentes da data de aquisição do direito. I- Se o gozo não for fruído no prazo estabelecido no parágrafo anterior:

a) por vontade da administração, o servidor poderá gozar do benefício além daquele prazo.

b) por ação ou inação do servidor, o gozo concedido anterior-mente será necessariamente convertido para pecúnia.

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§ 6º - O gozo do benefício previsto neste artigo não será concedido ao servidor

enquanto este estiver no exercício de cargo em comissão ou função grati-ficada de direção, chefia ou assessoramento.

§ 7º- O servidor poderá requerer uma única vez no período aquisitivo, a con-

versão da licença prêmio anteriormente requerida em pecúnia ou gozo. Art.144 A licença-prêmio não será computada em dobro para fins de contagem de

tempo para aposentadoria ou quando convertida em pecúnia. Art. 145 Não fará jus à licença-prêmio o servidor que, em cada qüinqüênio, tiver:

I - sofrido pena de suspensão; II - mais de 05 (cinco) faltas injustificadas ao serviço, consecutivas ou

não. III - gozado licença:

a) por motivo de doença em pessoa da família, superior a 30 (trinta) dias;

b) para tratar de assuntos particulares; c) superior a 60 (sessenta) dias, pelo afastamento previsto no

art. 142. IV - se licenciado para concorrer a cargos eletivos.

§1º - O afastamento do servidor para tratamento de saúde por mais de 120 di-

as, consecutivos ou não, suspenderá a contagem de seu período aquisiti-vo de Licença Prêmio. A contagem do tempo de aquisição de Licença Prêmio reiniciar-se-á quando do retorno do servidor ao serviço.

§2º- Excetuam-se das disposições do parágrafo anterior deste artigo, os

casos de afastamento para tratamento de saúde decorrentes de Acidente em Serviço e Doença Relacionada ao Trabalho.

§3º- A comprovação das situações previstas no §2º deverá ser feita pelo Ser-

viço de Saúde Ocupacional ou órgão equivalente que emitirá o laudo onde conste o parecer conclusivo do profissional responsável, com a indicação do período necessário de afastamento.

CAPÍTULO V

DAS OUTRAS CONCESSÕES AO SERVIDOR Art.146 Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:

I - por 01 (um) dia, para doação de sangue, a cada três meses; II - por 01 (um) dia, para se alistar como eleitor; III - por 08 (oito) dias corridos em razão do falecimento de cônjuge, com-

panheiro, pais, filhos, enteados, irmãos e menor sob guarda judicial ou tutela;

IV - por 02 (dois) dias corridos em razão do falecimento de sogro, sogra, do padrasto ou madrasta e de ascendente ou descendente de se-gundo grau de parentesco;

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V - por 08 (oito) dias consecutivos em razão de casamento; VI - seis dias por ano, limitada a uma falta por mês, mediante ciência e

programação prévia com a chefia imediata, nos termos de regula-mento.

Parágrafo Único – As ausências não previstas no presente artigo ou nos de-

mais artigos desta Lei, serão consideradas como faltas injus-tificadas.

Art. 147 Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando compro-

vada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.

§ 1º - Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horá-

rio no órgão ou entidade em que tiver exercício, respeitada a duração se-manal do trabalho, e não sendo admitida alteração superior a 1 (uma) ho-ra por jornada.

§ 2º - O servidor estudante poderá se ausentar do serviço, mediante compensa-

ção, sem prejuízo de sua remuneração e outras vantagens de seu cargo, para fazer prova ou exame cujo horário coincida com o da repartição e desde que a solicitação para faltar seja feita com a antecedência de 24 (vinte e quatro) horas.

§ 3º - O servidor que prestar falsas informações poderá ser responsabilizado em processo administrativo disciplinar, nos termos desta Lei.

Art. 148 Ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente, com deficiência físi-

ca ou mental será concedida redução de jornada de trabalho, conforme regulamentação.

CAPÍTULO VI DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 149 É assegurado ao servidor o direito de requerer aos poderes públicos, em

defesa de direito ou interesse legítimo. Parágrafo Único - Os requerimentos realizados por servidor com idade igual ou

superior a 60 (sessenta) anos terão prioridade na tramitação de todos os atos, inclusive nos recursos.

Art. 150 O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo. Art. 151 Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato

ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado. Art. 152 Caberá recurso:

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I - do indeferimento do pedido de reconsideração; II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

Parágrafo Único - O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior

à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, suces-sivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.

Art. 153 O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é

de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.

Parágrafo Único - Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou

do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 154 A decisão final dos recursos a que se refere este capítulo deverá ser dada

dentro do prazo máximo de noventa dias, prorrogável mediante justificati-va, contados da data do recebimento na repartição e, uma vez proferida, será imediatamente publicada ou dada ciência ao interessado, sob pena de responsabilidade do servidor, nos termos desta Lei.

Art. 155 O direito de requerer prescreve:

I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão, de aposentadoria ou de disponibilidade do servidor;

II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em Lei.

Parágrafo Único - O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

Art. 156 O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a

prescrição. Art. 157 A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela Adminis-

tração. Parágrafo Único – O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam

os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 10 dias e decididos dentro de 30 dias, podendo ser prorro-gados por iguais períodos, desde que devidamente justifica-dos.

Art. 158 Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou

documento, na repartição, ao servidor ou ao procurador por ele constituí-do, sob pena de suspensão dos prazos recursais enquanto não disponível o processo.

Art. 159 A Administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eiva-

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dos de ilegalidade.

TÍTULO IV

DO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO I DOS DEVERES

Art. 160 São deveres do servidor:

I- exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; II- ser leal às instituições a que servir; III- observar as normas legais, regulamentos, instruções e ordens de

serviço que digam respeito às atribuições do seu cargo; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ile-

gais; V - atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;

c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública; d) os pedidos de informações de Órgãos Públicos.

VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo;

VII - zelar pela economia do material e conservação do patrimônio públi-co;

VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; X - ser assíduo e pontual ao serviço; XI - tratar com urbanidade as pessoas e companheiros de trabalho; XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder de que

tenha conhecimento; XIII - apresentar-se ao serviço em boas condições de asseio e con-

venientemente trajado, ou com uniforme que for determinado; XIV - providenciar para que esteja sempre atualizada no assento funci-

onal sua declaração de família; XV - comparecer às comemorações cívicas, quando convocado; XVI - submeter-se a avaliação médica e/ou avaliações complementares

que for determinada pela autoridade competente. XVII-cooperar e manter espírito de solidariedade com os companheiros de

trabalho; Parágrafo Único - A representação de que trata o inciso XII será encaminhada

pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao repre-sentado ampla defesa.

CAPÍTULO II

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DAS PROIBIÇÕES

Art. 161 Ao servidor é proibido:

I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer do-cumento ou objeto da repartição;

III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e proces-

so ou execução de serviço; V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repar-

tição; VI - permitir à pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em

lei, desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associ-ação profissional ou sindical, ou a partido político;

VIII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em de-trimento da dignidade da função pública;

IX - participar de gerência ou administração de sociedade privada, per-sonificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qua-lidade de acionista, cotista ou comanditário;

X - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públi-cas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; ou quando, em razão de exercício profissional, ou a lei o permitir;

XI - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer es-pécie, em razão de suas atribuições;

XII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; XIII - inserir, modificar ou alterar com ou sem autorização ou solicitação de

autoridade competente dados falsos em sistema de informações; XIV - proceder de forma desidiosa; XV - solicitar a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa,

exceto em situações de emergência, transitórias e que atendam ao interesse público;

XVI - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exer-cício do cargo ou função e com o horário de trabalho;

XVII - constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favoreci-mento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superi-or hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função;

XVIII - coagir moralmente servidor, valendo-se de posição hierárquica su-perior, por motivos políticos, de crença religiosa, racismo ou ideolo-gia;

XIX - ter sob sua subordinação hierárquica imediata servidor até o segun-do grau de parentesco, nestes compreendidos os consangüíneos e afins;

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XX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado; XXI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou

atividades particulares; XXII - exercer comércio entre os colegas de trabalho no horário do expe-

diente. Parágrafo Único - A vedação de que trata o inciso IX do presente artigo não se

aplica nos seguintes casos: I - participação nos conselhos de administração e fiscal

de empresas ou entidades em que o Município dete-nha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e

II - gozo de licença para o trato de interesses particula-

res, na forma do art. 118 desta Lei, observada a le-gislação sobre conflito de interesses.

CAPÍTULO III DA ACUMULAÇÃO

Art. 162 Ressalvados os casos previstos na Constituição, e observadas as demais

condições ali estabelecidas, é vedada a acumulação remunerada de car-gos públicos, observado o disposto no art. 37, XVI, da Constituição Fede-ral, ressalvadas as seguintes hipóteses: I - a de dois cargos de professor; II - a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico; III - a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde,

com profissões regulamentadas. § 1º - A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprova-

ção da compatibilidade de horários. § 2º - A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange au-

tarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público.

Art. 163 O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão no Muni-

cípio ou função gratificada, exceto nos casos de necessidade da Adminis-tração.

Parágrafo Único – O servidor que exercer a cumulação de cargo em comissão

ou função gratificada somente perceberá o equivalente a um cargo ou função gratificada ocupada.

Art. 164 O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois

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cargos efetivos, não poderá exercê-los no período em que estiver investi-do em cargo de provimento em comissão ou função gratificada.

Art. 165 Detectada a qualquer tempo a cumulação ilegal de cargos, empregos ou

funções públicas, a autoridade superior de cada Poder ou entidade notifi-cará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para que apresente opção por um dos cargos cumulados, no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência do ilícito.

Art. 166 Optando ou não o servidor no prazo fixado no artigo anterior, será inicia-

do procedimento próprio que se desenvolverá nas seguintes fases: I - Instauração, com a remessa do processo de comunicação respecti-

vo, a uma das Comissões Processantes Permanentes – CPP ou Comissões equivalentes ;

II - Instrução processual, que compreende indiciação, defesa e relatório; III - julgamento.

§ 1º - A indicação da autoria de que trata o inciso II dar-se-á pelo nome e matrí-

cula do servidor, e a materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em situação de cumulação ilegal, nos órgãos ou enti-dades de vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e do correspondente regime jurídico, além dos demais dispositivos constitucio-nais, legais ou regulamentares infringidos.

§ 2º - A comissão lavrará, até 05 (cinco) dias após o recebimento do processo,

termo de indiciação em que serão transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior, bem como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, para, no prazo de 10 (dez) dias, apresentar defesa escrita ou requerer o que entenda de direito para sua defesa, inclusive provas, por intermédio de advogado legalmente constituído e regularmente inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil.

§ 3º - Na hipótese de não dispor o servidor de advogado legalmente constituído,

deverá a Comissão Processante ou Comissão equivalente expedir ofício à Ordem dos Advogados do Brasil para que esta indique defensor dativo;

§ 4º - O indiciado poderá arrolar, no máximo, 03 (três) testemunhas para prova

de cada fato. § 5º - Apresentada à defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à

inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre a licitude da cumulação, indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade instaura-dora, para julgamento.

§ 6º - No prazo de 05 (cinco) dias, contados do recebimento do processo, a au-

toridade julgadora proferirá a sua decisão.

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§ 7º - Caracterizada a cumulação ilegal, aplicar-se-á a pena de demissão ou

destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de cumulação ile-gal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comu-nicados.

§ 8º - O prazo para a conclusão do processo a que se refere este artigo não

excederá 20 (vinte) dias, contados da data em que a Comissão Proces-sante ou Comissão equivalente receber os respectivos autos para a ins-tauração do procedimento disciplinar, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem e desde que devidamen-te fundamentada.

§ 9º - Sobrevindo situações de caso fortuito, força maior ou quaisquer outras

que impeçam a comissão de realizar e concluir os trabalhos no prazo es-tipulado, poderá o Presidente da Comissão ordenar, de forma justificada, a suspensão dos trabalhos por tempo determinado ou pelo período ne-cessário até cessar o impedimento, publicando-se os atos que suspende-rem e que determinarem a retomada do curso do processo.

Art. 167 Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, será ado-

tado o procedimento descrito neste capítulo, observando-se especialmen-te que: I - a indicação da materialidade dar-se-á:

a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência injustificada do servidor ao serviço superior a 30 (trinta) dias corridos;

b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por período igual ou superior a 60 (sessenta) dias interpoladamente, dentro de cada ano civil.

II - após a apresentação da defesa, a comissão elaborará relatório con-

clusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, indicará o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono de cargo, sobre a justificabilidade da ausência ao serviço superior a 30 (trinta) dias, e remeterá o processo à autoridade instauradora para julgamento.

CAPÍTULO IV

DAS RESPONSABILIDADES Art. 168 O servidor responde civil e penalmente, por ato omissivo ou comissivo, na

forma da lei. Art. 169 As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo

independentes entre si.

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Art. 170 A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de

absolvição criminal que negue a existência do fato ou de sua autoria, ou de qualquer outra excludente de ilicitude.

CAPÍTULO V

DAS SANÇÕES DISCIPLINARES Art. 171 São sanções administrativas disciplinares:

I - advertência; II - multa; III - suspensão; IV - demissão; V - cassação de aposentadoria e da disponibilidade; VI - destituição de cargo em comissão.

Art. 172 Na aplicação das sanções administrativas disciplinares serão considera-

das a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenu-antes e os antecedentes funcionais.

Parágrafo Único - O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o

fundamento legal e a causa da sanção disciplinar. Art. 173 A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação das proibi-

ções contidas nos incisos I a VI do art. 161 e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justi-fique imposição de penalidade mais grave.

Art. 174 A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas

com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo exceder 90 (no-venta) dias.

§ 1º - Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injus-

tificadamente, recusar-se a ser submetido à inspeção médica determina-da pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

§ 2º - Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão

poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

Art. 175 A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I - crime contra a administração pública; II - abandono de cargo; III - inassiduidade habitual;

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IV - improbidade administrativa; V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; VI - insubordinação grave em serviço; VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legíti-

ma defesa própria ou de outrem; VIII - aplicação irregular de dinheiro público; IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; XI - corrupção; XII - transgressão dos incisos IX a XIV e XVII e XVIII do art. 161; XIII - acumulação inconstitucional de cargo, função ou emprego.

Art. 176 Será cassada a disponibilidade do servidor ou a aposentadoria do inativo que a tenha obtido com inconstitucionalidade ou ilegalidade, a

qualquer tempo demonstrada pela Administração. Art. 177 A destituição de cargo em comissão exercido por servidor não ocupante

de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita à penalidade de demissão.

Art. 178 A demissão, ou a destituição de cargo em comissão incompatibiliza o ex-

servidor para nova investidura em cargo público municipal pelo prazo de 05 (cinco) anos.

Parágrafo Único - Não poderá retornar ao serviço público municipal o servidor

que for demitido ou destituído do cargo em comissão por crime contra a Administração Pública, improbidade adminis-trativa, lesão aos cofres públicos ou prática de corrupção.

Art. 179 Configura abandono de cargo a ausência injustificada do servidor ao ser-

viço por mais de 30 (trinta) dias consecutivos. Art. 180 Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justi-

ficada, por 60 (sessenta) dias, interpoladamente, durante cada período de doze meses.

§ 1º - A unidade de Recursos Humanos ou órgão equivalente de cada poder ou

entidade publicará o edital de chamamento do servidor faltoso com prazo de 10 (dez) dias para retornar ao serviço, o que deverá ocorrer em até 72 (setenta e duas) horas de seu exaurimento.

§ 2º - Decorridos os prazos estabelecidos no parágrafo anterior, ou nas hipóte-

ses de faltas intercaladas, a unidade de Recursos Humanos remeterá os autos no âmbito da Administração Direta, à Secretária Municipal de As-suntos Jurídicos, e às unidades equivalentes de cada Poder ou entidade.

Art. 181 São competentes para a aplicação das penalidades disciplinares:

I - o Chefe do Poder Executivo, o Presidente da Câmara Municipal ou o

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dirigente máximo das Autarquias e Fundações, nos casos das penas de suspensão superiores a 30 (trinta) dias, demissão ou cassação de aposentadoria;

II - as autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso I deste artigo às quais esteja vincu-lado o servidor, quando se tratar de pena de advertência ou suspen-são de até 30 (trinta) dias;

III - o superior hierárquico imediato do servidor, quando se tratar de pena de advertência.

IV - a autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de desti-tuição de cargo em comissão.

Art. 182 São circunstâncias atenuantes à aplicação da sanção administrativa

disciplinar: I - prestação de mais de 15 (quinze) anos de serviço público municipal

de bom comportamento, sem qualquer penalidade constante em seu histórico funcional e zelo no cumprimento dos deveres funcionais;

II - confissão espontânea da infração.

Art. 183 São circunstâncias agravantes à aplicação da sanção administrativa disciplinar: I - o conluio para a prática da infração; II - a cumulação de infrações; III - a premeditação.

Art. 184 A ação administrativa disciplinar prescreverá:

I - em 05 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria e destituição de cargo em comissão;

II - em 02 (dois) anos, quanto àquelas puníveis com multa ou suspen-são;

III - em 01 (um) ano, quanto àquelas puníveis com advertência.

§ 1º - O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido pela autoridade competente para iniciar o processo administra-tivo respectivo.

§ 2º - A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar inter-

rompe a prescrição até a decisão final, que será proferida por autorida-de competente.

§ 3º - Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.

CAPÍTULO VI

DA SINDICÂNCIA, DO AFASTAMENTO PREVENTIVO E DO PROCESSO ADMI-NISTRATIVO DISCIPLINAR

Seção I

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Disposições Preliminares

Art. 185 A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obri-

gada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância, ou se for o caso, diretamente, por processo administrativo disciplinar, em qual-quer caso assegurada ao acusado ampla defesa e em ambos os casos, a instauração se dará mediante ato da autoridade superior de cada Poder ou Entidade.

§ 1º - O responsável por Unidade de Serviço deverá iniciar, de ofício, a averi-

guação preliminar da ocorrência de que tomou conhecimento. § 2º - A averiguação preliminar deverá estar concluída no prazo de 05 (cinco)

dias úteis, após o qual deverá o responsável por Unidade de Serviço for-malizar relatório específico, em duas vias, remetendo a primeira delas ao Secretário Municipal de sua área.

§ 3º - O Secretário da área que receber o relatório deverá remeter cópia do pro-

cedimento de averiguação à Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos ou órgão equivalente de cada Poder ou Entidade para as providências de abertura do processo disciplinar competente.

§ 4º - Tratando-se de ilícito penal, o fato deverá ser imediatamente comunicado

à autoridade policial. Art. 186 No exercício da função processante, os membros da Comissão terão livre

acesso às dependências do serviço municipal, podendo apreender ou re-quisitar documentos, bem como praticar quaisquer outras diligências ne-cessárias à instrução do processo.

Parágrafo Único – Os membros das Comissões Processantes ou órgão equiva-

lente são invioláveis pelos pareceres e votos exarados nos procedimentos disciplinares, ressalvados os casos de dolo e má-fé, devidamente comprovados.

Art. 187 As denúncias de irregularidades formuladas por escrito serão objeto de

apuração por sindicância sempre que os fatos não estejam claramente definidos ou faltarem elementos de sua autoria.

Parágrafo Único - Quando o fato narrado, a juízo da autoridade superior de

cada Poder ou Entidade, não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada.

Seção II

Da Sindicância Art. 188 Da sindicância poderá resultar:

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I - arquivamento do respectivo processo; II - aplicação de penalidade de advertência ou de suspensão até 30

(trinta) dias, assegurado ao imputado o contraditório e a ampla defe-sa;

III - instauração de processo disciplinar. Parágrafo Único - O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30

(trinta) dias, podendo ser motivadamente prorrogado por iguais períodos, a critério da Autoridade Superior de cada Poder ou Entidade.

Art. 189 Sempre que o ilícito praticado pelo servidor for punível com penalidade de

suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão ou de cassação de aposentadoria, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.

Art. 190 Na hipótese de concluir o relatório da sindicância que a infração está capi-

tulada como ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da imediata instauração do processo disciplinar.

Seção III

Do Afastamento Preventivo Art. 191 Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na

apuração de irregularidade, a autoridade instauradora da sindicância ou do processo disciplinar poderá, se justificadamente imprescindível à me-dida, determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 90 (noventa) dias, improrrogáveis, findos os quais cessarão os efeitos do afastamento, sempre sem prejuízo da remuneração.

Parágrafo Único - Findo o prazo estabelecido no “caput” deste artigo cessarão

os efeitos da suspensão, ainda que não concluído o proces-so.

Seção IV

Do Processo Administrativo Disciplinar Subseção I - Disposições Gerais

Art. 192 O processo administrativo disciplinar precederá a aplicação das penas de

suspensão por mais de 30 (trinta) dias, demissão, cassação de aposenta-doria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão.

Art. 193 A instauração de processo administrativo disciplinar é da competência do

(a) Prefeito (a) Municipal, do Presidente da Câmara Municipal e dos diri-gentes máximos Autarquias e Fundações.

Art. 194 O processo administrativo disciplinar, instaurado nos termos do Regula-

mento Interno de cada Poder, Autarquias ou Fundações, será conduzido

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por Comissão Processante ou Comissão equivalente composta de 03 (três) servidores efetivos e estáveis de nível de escolaridade ou hierarquia igual ou superior à do acusado, sendo o seu Presidente, obrigatoriamen-te, um servidor efetivo inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, ressal-vados os casos de impedimento e suspeição e ainda, 01 (um) servidor como secretário, este sem direito a voto.

§ 1º - Os integrantes da Comissão serão designados pela autoridade competen-

te, vedada a participação de servidores que possuam penalidades disci-plinares em seus registros funcionais.

§ 2º - Não poderá, ainda, participar da Comissão de Inquérito: cônjuge, compa-

nheiro ou parente do indiciado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 2º (segundo) grau.

Art. 195 O processo administrativo disciplinar desenvolve-se nas seguintes fases:

I - instauração, com o encaminhamento dos autos a uma das Comis-sões Processantes Permanentes ou Comissões equivalentes já insti-tuídas pela autoridade superior;

II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relató-rio;

III - julgamento. Art. 196 O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar não ex-

cederá 60 (sessenta) dias, contados da publicação do ato de indiciação do servidor, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as cir-cunstâncias o exigirem, ou por prazo superior em razão da ocorrência de caso fortuito, força maior ou quaisquer outras situações que impeçam a comissão de realizar e concluir os trabalhos no prazo estipulado.

Art. 197 Nas hipóteses de prorrogação previstas no artigo anterior, o Presidente da

Comissão ordenará, de forma justificada, a suspensão dos trabalhos por tempo determinado ou pelo período necessário até cessar o impedimento, devendo-se publicar os atos que suspenderem e determinarem a retoma-da do curso do processo.

Art. 198 Sempre que necessário, a Comissão dedicará tempo integral aos seus

trabalhos. Parágrafo Único - As reuniões da Comissão serão registradas em atas que

deverão detalhar o ocorrido e as deliberações adotadas.

Subseção II - Do Inquérito Art. 199 O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, asse-

gurada ao acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito, aplicando-se subsidiariamente o Código de Proces-

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so Penal, nos casos em que o estatuto for omisso.

Art. 200 Os autos da sindicância, se esta tiver ocorrido, integrarão o processo ad-

ministrativo disciplinar, como peça informativa da instrução. Art. 201 Instalada e iniciados os trabalhos da Comissão, será formulada a indicia-

ção do servidor mediante Portaria, obrigatoriamente publicada em órgão oficial ou periódico de circulação, com a indicação da autoria, descrição resumida dos fatos que ensejaram a instauração do inquérito, o dispositi-vo legal violado e a pena cominada.

§ 1º - A Comissão determinará, dentro de 02 (dois) dias, contados da publicação

da Portaria, a citação do indiciado, por mandado expedido pelo Presidente da Comissão, juntando cópia do termo inicial e das provas que já tiverem sido autuadas, para que compareça perante a Comissão a fim de que seja interrogado.

§ 2º - O prazo de defesa escrita, por intermédio de advogado, será de 15 (quin-

ze) dias, contados da data da realização do interrogatório, assegurando ao advogado e ao indiciado vista dos autos do processo e extração de cópias na repartição.

§ 3º - Havendo 02 (dois) ou mais indiciados, o prazo será comum e de 30 (trin-

ta) dias. § 4º - O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro para diligências re-

putadas indispensáveis, a critério da Comissão. § 5º - No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o

prazo para defesa contar-se-á da data declarada em termo próprio pelo membro da Comissão que fez a citação.

§ 6º - Concluído o processo disciplinar o resultado deverá ser publicado na

forma do caput deste artigo. Art. 202 O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à Comis-

são o lugar onde poderá ser encontrado. § 1º - Na hipótese deste artigo, o indiciado será citado via postal, em carta regis-

trada, juntando-se ao processo o comprovante do registro e aviso de re-cebimento.

§ 2º - Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edi-

tal, publicado por 02 (duas) vezes, com intervalo de 8 (oito) dias, em ór-gão de imprensa oficial ou em periódico de circulação no Município, para apresentar defesa, com a especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas.

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Art. 203 Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresen-

tar defesa no prazo legal. I - A revelia será declarada por termo nos autos do processo e devolve-

rá o prazo para a defesa. II - Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do pro-

cesso oficiará à subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil, para que nomeie advogado para acompanhar o processo até final decisão, sendo-lhes assegurado o acesso aos autos e extração de cópias na repartição.

Art. 204 A Comissão promoverá o interrogatório do indiciado, observados os se-

guintes procedimentos: I - No caso de haver mais de um indiciado, cada um deles será ouvido

separadamente e, se houver divergência em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, poderá ser promovida acareação entre eles;

II - O procurador do indiciado poderá assistir ao interrogatório. Art. 205 Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do indiciado, a Comissão

proporá à autoridade competente que ele seja submetido a exame, por junta médica oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.

Parágrafo Único - O incidente de sanidade mental será processado em auto

apartado e apenso ao processo principal, após a expedição do laudo pericial.

Art. 206 Na fase do inquérito, a Comissão promoverá a tomada de depoimentos,

acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir completa elucidação dos fatos.

Art. 207 O Presidente da Comissão poderá denegar pedidos considerados imper-

tinentes, meramente protelatórios ou de nenhum interesse para o esclare-cimento dos fatos.

Parágrafo Único - Será indeferido o pedido de prova pericial quando a compro-

vação do fato independer de conhecimento especial de peri-to.

Art. 208 As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido

pelo Presidente da Comissão, anexando-se aos autos a segunda via, com o ciente do interessado.

§ 1º - O indiciado e seu advogado serão intimados para acompanhar o depoi-

mento das testemunhas. § 2º - Se a testemunha for servidor público municipal, a expedição do mandado

será imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, en-

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quanto os servidores públicos federais, distritais e estaduais serão notifi-cados por intermédio das repartições ou unidades a que pertencem.

Art. 209 O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo. §1º - As testemunhas serão inquiridas separadamente, de modo a evitar

que uma ouça o depoimento da outra. § 2º - O acusado e seu procurador poderão assistir à inquirição das testemu-

nhas, sendo-lhes vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-lhes, porém, reinquiri-las, por intermédio do Presidente da Comissão, se existente alguma dúvida quanto ao seu depoimento.

§ 3º - Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-

se-á à acareação entre os depoentes, quando necessária para o esclare-cimento dos fatos.

Art. 210 Apreciada a defesa e concluída a instrução, a Comissão elaborará relató-

rio minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.

§ 1º - O relatório será conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do

servidor. § 2º - Reconhecida à responsabilidade do servidor, a Comissão indicará o dis-

positivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

Subseção III - Do Julgamento

Art. 211 O processo administrativo disciplinar, com o relatório da Comissão, será

remetido à autoridade que determinou sua instauração, para julgamento. Art. 212 No prazo de 20 (vinte) dias, prorrogáveis por igual período, contados do

recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão. Art. 213 A autoridade julgadora decidirá à vista dos fatos apurados pela Comissão,

não ficando vinculada às conclusões do relatório, podendo, motivadamen-te, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.

§ 1º - Proferida a decisão ou extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade

julgadora determinará o registro do processo nos assentamentos individu-ais do servidor, determinando a intimação do indiciado e de seu advogado para ciência.

§ 2º - Para todos os efeitos legais, a extinção da punibilidade pela

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prescrição e o respectivo registro nos assentamentos individuais do servi-dor não poderá acarretar-lhe nenhum prejuízo.

Art. 214 Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade que determinou a

instauração do processo declarará que atos são atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos ou retificados.

§ 1º - O ato não se repetirá, nem se lhe suprirá a falta quando não prejudicar a

parte. § 2º - Na hipótese do caput deste artigo, os autos retornarão à Comissão para

cumprimento das diligências expressamente determinadas e considera-das indispensáveis à decisão da autoridade julgadora.

§ 3º - As diligências determinadas na forma do caput deste artigo serão cumpri-

das no prazo máximo de 30 (trinta) dias. § 4º - Na hipótese do caput deste artigo, o prazo de julgamento será contado

da data do novo recebimento do processo. § 5º - O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo. Art. 215 A autoridade que tiver ciência da irregularidade no serviço público e der

causa à prescrição de que trata o art. 184 será responsabilizada na forma desta Lei.

Art. 216 O servidor que responde a processo administrativo disciplinar somente

poderá ser exonerado a pedido após a conclusão do processo e o cum-primento da penalidade acaso aplicada.

Art. 217 Serão assegurados transporte e alimentação:

I - aos membros da Comissão, quando obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a realização de diligência essencial para esclarecimento dos fatos;

II - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua

repartição, na condição de testemunha, denunciado ou indiciado.

Subseção IV - Da Revisão do Processo

Art. 218 O processo administrativo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tem-

po, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstân-cias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.

§ 1º - Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qual-

quer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo.

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§ 2º - Em caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida

pelo respectivo curador. § 3º - No processo revisional o ônus da prova cabe ao requerente. Art. 219 A simples alegação da injustiça da penalidade não constitui fundamento

para a revisão, que requer elementos novos ainda não apreciados no pro-cesso original.

Art. 220 O requerimento da revisão do processo será encaminhado ao dirigente

máximo de cada Poder ou entidade respectiva. Parágrafo Único - Recebida a petição, o dirigente do órgão ou entidade provi-

denciará a análise de uma outra Comissão, na forma desta Lei.

Art. 221 A revisão correrá em apenso ao processo original. Parágrafo Único - Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a pro-

dução de provas e a inquirição das testemunhas que arrolar. Art. 222 Estará impedida de atuar no processo revisional a Comissão que

participou do processo disciplinar originário, estendendo-se tal impedi-mento aos respectivos membros individualmente.

Art. 223 A Comissão Revisora terá até 30 (trinta) dias para a conclusão dos traba-

lhos, prorrogáveis por igual período, quando as circunstâncias o exigirem. Art. 224 Aplicam-se aos trabalhos da Comissão Revisora, no que couber, as nor-

mas e os procedimentos próprios da Comissão do processo administrati-vo disciplinar.

Art. 225 O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade, nos termos

desta lei. Parágrafo Único - O prazo para julgamento será de até 15 (quinze) dias conta-

dos do recebimento do processo, no curso do qual a autori-dade julgadora poderá determinar diligências.

Art. 226 Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade

aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em rela-ção à destituição de cargo em comissão que será convertida em exonera-ção.

Parágrafo Único - Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da

penalidade já aplicada.

TÍTULO V

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DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, FINAIS E TRANSITÓRIAS.

Art. 227 O Dia do Servidor Público será comemorado em vinte e oito de outubro. Art. 228 Lei específica disporá sobre as jornadas ou regimes especiais de

trabalho. Art. 229 Ressalvado o disposto no artigo anterior, a critério da Administração, e

havendo disponibilidade de vagas em Programas de Estratégia de Saúde, o médico, o enfermeiro, o auxiliar ou técnico de enfermagem e o dentista poderão optar pela ampliação de jornada de trabalho para 40 (quarenta) horas semanais.

§ 1º A opção pela ampliação da jornada de trabalho dar-se-á com a disponibi-

lização das vagas pela Secretaria Municipal de Saúde, que definirá os cri-térios através de regulamento específico.

§ 2º O servidor que optar pela ampliação de sua jornada de trabalho nos ter-

mos deste artigo terá seu vencimento compatibilizado com a sua escolha durante o tempo em que permanecer na estratégia.

Art. 230 O cálculo da Gratificação por Nível Universitário estabelecida no artigo 102 para os servidores já pertencentes aos quadros da Prefeitura Munici-pal de Cubatão quando da entrada em vigor da presente Lei, será calcu-lado da seguinte forma: I – 30% (trinta por cento) sobre o vencimento base somado à “Diferença

de Enquadramento do Vencimento Base” quando houver; II – 10% (dez por cento) sobre vencimento base da tabela referência.

Art. 231 O adicional por tempo de serviço ou anuênio completado a partir da vi-

gência desta Lei será integralmente calculado nos termos do art. 92 desta Lei.

Parágrafo único. O cálculo do adicional por tempo de serviço ou anu-

ênio estabelecido no artigo 92 para os servidores já pertencentes aos quadros da Prefeitura Municipal de Cubatão quando da entrada em vigor da presente Lei, será calculado sobre o vencimento base somado à “Diferença de Enquadramento do Vencimento Ba-se” quando houver, quanto aos anuênios completa-dos até a entrada em vigor da presente Lei.

Art. 232 Aos servidores que ingressarem no quadro efetivo a partir da vigência

desta Lei, o cálculo da sexta-parte será realizado integralmente nos ter-mos do art. 93 da presente Lei.

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§1º - O cálculo da sexta-parte estabelecido no artigo 93 para os servidores já

pertencentes aos quadros da Prefeitura Municipal de Cubatão e que te-nham completado 20 (vinte) anos de efetivo exercício, quando da entrada em vigor da presente Lei, será calculado sobre o vencimento base soma-do à “Diferença de Enquadramento do Vencimento Base” quando houver.

§2º - Os servidores pertencentes ao quadro efetivo quando da vigência desta

Lei e que não tenham completado os 20 anos de efetivo exercício terão o benefício calculado proporcionalmente da seguinte forma: I – o período anterior à vigência desta Lei será calculado sobre o ven-

cimento base somado à “Diferença de Enquadramento do Vencimen-to Base” quando houver.

II – o período a partir da entrada em vigor a presente Lei será calculado

nos termos do artigo 93 desta Lei.. Art. 233 Estende-se aos servidores municipalizados, a gratificação tratada no arti-

go 105, desde que atendidos integralmente os critérios estabelecidos no referido artigo.

Art. 234 Sem prejuízo de outros direitos previstos nos respectivos planos de car-

reiras e na presente Lei, poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes e das entidades a que se aplica esta Lei, os seguintes incentivos funcionais: I - prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que fa-

voreçam o aumento de produtividade, racionalização dos serviços ou a redução dos custos operacionais, na forma da lei;

II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito, condecora-ção ou elogio.

Art. 235 Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos, excluindo-

se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja expediente ou se o expediente for encerrado antes da hora normal.

Art. 236 Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, o

servidor não poderá ser privado de quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem se eximir do cumprimento de seus deveres.

Art. 237 Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer

pessoas que vivam às suas expensas e como tal constem do seu assen-tamento individual em virtude de determinação judicial.

Art. 238 No âmbito da Prefeitura Municipal de Cubatão, as comissões menciona-

das no Título - Do Regime Disciplinar serão permanentes e vinculadas à Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos, salvo os casos de designação de Comissão Especial pelo (a) Prefeito (a) Municipal.

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Parágrafo único - O (A) Prefeito (a) Municipal, atendendo a razões de interes-

se público, poderá instituir, simultaneamente, mais de uma Comissão Processante Permanente.

Art. 239 Os benefícios previdenciários dos servidores públicos serão concedidos

nos moldes do art. 40 e seguintes da Constituição Federal e legislação previdenciária do Município de Cubatão.

Art. 240 Ficam assegurados todos os direitos adquiridos pelo servidor obtidos por

força de Lei e regulamentos. Art. 241 Os ocupantes do cargo de Procurador Municipal não farão jus a progres-

são e promoção mencionados nesta Lei, aplicando-se para estes servido-res o que preceitua a Lei Complementar Municipal n.º 23, de 25 de Junho de 2.004.

Art. 242 Os integrantes do Magistério da Secretaria Municipal de Educação da

Prefeitura Municipal de Cubatão não farão jus a progressão, promoção e

titulação mencionados nesta Lei e Plano de Cargos, Carreiras e

Vencimentos da Prefeitura Municipal de Cubatão, aplicando-se para estes

servidores o que preceitua a Lei Complementar Municipal n.º 22, de 25 de

Junho de 2.004.

Art. 243 Caberá aos Chefes dos Poderes Legislativo e Executivo, e aos titulares

de Autarquias e Fundações Municipais, nas respectivas esferas de com-petência, expedir os atos de regulamentação necessários à plena execu-ção deste Estatuto, no prazo máximo de180 (cento e oitenta) dias, quan-do couber.

Art. 244 A revisão do vencimento base dos servidores seguirá a data base estabe-

lecida em Lei. Art. 245 As despesas com a execução desta Lei correrão à conta das dotações

específicas, consignadas a cada ano na respectiva Lei orçamentária quanto à Prefeitura, à Câmara e às autarquias e às fundações, observan-do-se suas peculiaridades institucionais.

Art. 246 O presente Estatuto deverá, obrigatoriamente, ser revisado, por Comissão

nomeada através de eleição entre os representantes das categorias, a cada 10 (dez) anos, sendo que a primeira revisão deverá excepcional-mente ser realizada no prazo de 02 (dois) anos.

Art.247 Esta Lei entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2013, revogando-se as

disposições em contrário, em especial a Lei nº 325, de 09 de março de 1959 e suas respectivas alterações e regulamentações, a Lei nº 2.005, de 22 de novembro de 1991, a Lei nº 2.037, de 15 de abril de 1992, a Lei nº

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1890, de 06 de dezembro de 1990, a Lei 3246, de 04 de junho de 2008, o Decreto nº 8.399, de 25 de fevereiro de 2003.

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EM 26 DE JUNHO DE 2012 “479º da Fundação do Povoado”

”63º da Emancipação”

MARCIA ROSA DE MENDONÇA SILVA Prefeita Municipal

SEJUR/2012

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MENSAGEM EXPLICATIVA

Senhor Presidente Nobres Senhores Vereadores,

Temos a honra de encaminhar a essa Colenda Câmara,

Projeto de Lei Complementar que “DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DOS

SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DO MUNICÍPIO DE CUBATÃO, AUTARQUIAS E

FUNDAÇÕES E DÁ PROVIDÊNCIAS CORRELATAS.”

A presente porposta contou com a participação democrática

dos servidores eleitos entre os seus pares, que originariamente desenharam uma

estrutura à luz daquilo que percebiam por necessária a alteração e adequação.

Pois bem, apresentada a proposta pelos servidores, o Poder

Executivo nomeou uma comissão formada por servidores de carreira para que

pudessem adequar a proposta dos pares à realidade orçamentária financeira.

Dentro dos resultados notamos a complexidade de elaborar

o estatuto do funcionalismo público, numa estrutura complexa como é a máquina

administrativa de Cubatão, e dentro de uma política séria, principalmente viável e

prática, para que não seja um plano virtual.

Isso porque, o atual estatuto dos servidores públicos

cubatenses é datado de 1959 e está cheio de remendos. Mesmo assim, com o

advento da Constituição de 1988, a Lei ficou caduca, necessitando de uma série de

adequações.

Neste diapasão restou o desafio de apresentar um projeto

que vá muito além do Plano de Cargos e Salários e estatuto, atingindo um objetivo

maior de desenvolvimento da cidade, por meio da valorização do funcionário público

(dentro da concepção de que ele é um servidor da cidade, trabalhando para o bem

do município), através da meritocracia, ou seja, valorizando o trabalho que ele

executa.

Diante do exposto, em se tratando de Projeto de Lei de

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suma importância ao Município e manifesta legalidade, solicitamos seja o mesmo

apreciado em regime de urgência, consoante o disposto no artigo 54 da Lei

Orgânica do Município.

Cubatão, 26 de junho de 2012.

MARCIA ROSA DE MENDONÇA SILVA Prefeita Municipal

SEJUR/2012.

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Ofício nº 099/2012/SEJUR

Cubatão, 26 de junho de 2012.

Excelentíssimo Senhor,

Servimo-nos do presente para encaminhar para

apreciação dessa Edilidade, Projeto de Lei Complementar que “DISPÕE SOBRE O

ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DO MUNICÍPIO DE CUBATÃO,

AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES E DÁ PROVIDÊNCIAS CORRELATAS”, bem como

a respectiva Mensagem Explicativa.

Aproveitamos o ensejo para renovar nossos protestos de

elevada estima e apreço.

MARCIA ROSA DE MENDONÇA SILVA

Prefeita Municipal

Excelentíssimo Senhor DONIZETE TAVARES DO NASCIMENTO DD.Presidente da Câmara Municipal Cubatão – SP