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CEJUR INFORMA CEJUR INFORMA Edição 241, de 15/01/2013 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO SECRETARIA DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO CENTRO DE ESTUDOS JURÍDICOS SUMÁRIO Notícias Papel do Judiciário na revisão da remuneração dos servidores é tema de repercussão geral Aproveitamento de créditos do ICMS em operações de exportação tem repercussão geral Julgamento de prefeitos por atos de improbidade tem repercussão geral SERVIÇO: Aplicativo oficial do STJ já está disponível para sistemas “Android” Transferência de terreno de marinha para integralização de capital social gera cobrança de laudêmio Recursos repetitivos: cabe mandado de segurança contra decisão que nega seguimento a recurso para o órgão especial Juiz não pode conceder tutela antecipada de ofício em ação civil pública FGV, Mackenzie e UFCG oferecerão disciplina que visa à formação dos futuros magistrados brasileiros É nulo contrato de adesão em compra de imóvel que impõe arbitragem compulsória Prorrogação do contrato de locação por prazo indeterminado resulta na manutenção da fiança Candidata que comprovou existência de cargo vago no quadro da AGU garante nomeação É possível a cumulação da multa contratual moratória e de indenização por perdas e danos

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CEJUR INFORMA CEJUR INFORMA Edição 241, de 15/01/2013

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULOSECRETARIA DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO

CENTRO DE ESTUDOS JURÍDICOS

SUMÁRIONotícias

• Papel do Judiciário na revisão da remuneração dos servidores é tema de repercussão geral

• Aproveitamento de créditos do ICMS em operações de exportação tem repercussão geral

• Julgamento de prefeitos por atos de improbidade tem repercussão geral

• SERVIÇO: Aplicativo oficial do STJ já está disponível para sistemas “Android”

• Transferência de terreno de marinha para integralização de capital social gera cobrança de laudêmio

• Recursos repetitivos: cabe mandado de segurança contra decisão que nega seguimento a recurso para o órgão especial

• Juiz não pode conceder tutela antecipada de ofício em ação civil pública

• FGV, Mackenzie e UFCG oferecerão disciplina que visa à formação dos futuros magistrados brasileiros

• É nulo contrato de adesão em compra de imóvel que impõe arbitragem compulsória

• Prorrogação do contrato de locação por prazo indeterminado resulta na manutenção da fiança

• Candidata que comprovou existência de cargo vago no quadro da AGU garante nomeação

• É possível a cumulação da multa contratual moratória e de indenização por perdas e danos

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DECRETO Nº 53.692, DE 8 DE JANEIRO DE 2013

Dispõe sobre a competência para a nomeação e a exoneração de titulares de cargos

e funções de provimento em comissão da Administração Direta, das Autarquias e das

Fundações Municipais.

FERNANDO HADDAD, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições

que lhe são conferidas por lei,

LEGISLAÇÃO

Palestra na OAB/SP:

“CURSO DE PROCESSO ELETRÔNICO: PRÁTICA EM TODAS AS INSTÂNCIAS”

Dia: 31 de janeiro de 2013

Horário: 19h00

Local: Salão Nobre da OAB SP

(Praça da Sé, 385 - 1° andar)

Maiores informações e inscrições:

CLIQUE AQUI

ATIVIDADES ACADÊMICAS

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D E C R E T A:

Art. 1º. A nomeação e a exoneração dos titulares dos cargos e funções de provimento

em comissão da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Municipais

competem:

I - ao Prefeito, compreendendo os cargos de Secretário Municipal, Secretário

Especial, Subprefeito, Superintendente (Autarquia), Diretor Geral (Fundação), Presidente

(AMLURB), Chefe de Gabinete, Secretário Adjunto e Secretário-Executivo Adjunto, bem

como os cargos e funções equivalentes;

II - ao Secretário do Governo Municipal, compreendendo os cargos e funções de

referências de vencimento DAI-02 a DAS-16, bem como os cargos e funções equivalentes.

Art. 2º. As competências previstas no artigo 1º deste decreto abrangem também:

I - a nomeação e a exoneração de titulares de cargos e funções de provimento em

comissão não identificados pelas referências de vencimento ou símbolos de identificação

SM, SBP, SUP, DGF, PRE, CHG, SAD, SEA e DAI-02 a DAS-16, mas que a essas sejam

equiparadas;

II - a designação de servidores, nos termos do artigo 56 da Lei nº 8.989, de 29 de

outubro de 1979, para o exercício de cargos que comportem substituição e se encontrem

vagos.

Art. 3º. Fica delegada aos Secretários Municipais, ao Ouvidor Geral, aos

Superintendentes (Autarquias), aos Diretores Gerais (Fundações), ao Presidente da

Autoridade Municipal de Limpeza Urbana, no âmbito dos respectivos órgãos, competência

para, nos termos do artigo 54 da Lei nº 8.989, de 29 de outubro de 1979, relativamente aos

cargos e funções referidos no inciso II do artigo 1º deste decreto, designar os substitutos

nos impedimentos legais de titulares de cargos e funções que comportem substituição.

§ 1º. As designações previstas no inciso II do artigo 2º e no "caput" deste artigo só

poderão recair sobre cargos e funções de direção, chefia e encarregatura, admitindo-se

eventuais exceções apenas nas hipóteses em que reste demonstrada a necessidade de

sua formalização para evitar a paralisação dos serviços afetos às unidades ou órgãos aos

quais se vinculem os cargos ou funções, mediante justificativa devidamente acolhida pelo

Titular do respectivo órgão.

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§ 2º. Nos impedimentos legais dos titulares de cargo ou função, somente será

permitida a formalização de uma única substituição, vedadas designações em sequência

decorrentes da substituição inicial.

Art. 4º. Incumbirá à Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão dirimir

eventuais dúvidas que possam surgir em virtude das equivalências e equiparações

referidas nos artigos 1º e no inciso I do 2º deste decreto.

Art. 5º. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogados os

Decretos nº 45.685, de 1º de janeiro de 2005, nº 48.132, de 12 de fevereiro de 2007, nº

48.450, de 19 de junho de 2007, nº 48.752, de 21 de setembro de 2007, e nº 49.320, de 17

de março de 2008.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 8 de janeiro de 2013.

PORTARIA 36, DE 11 DE JANEIRO DE 2013

FERNANDO HADDAD, Prefeito do Município de São Paulo, usando das atribuições

que lhe são conferidas por lei,

RESOLVE:

I – Alterar a composição do Conselho Municipal de Administração Pública – COMAP,

criado pelo Decreto 50.514, de 20 de março de 2009, com as alterações previstas nos

Decretos 50.542/2009 e 53.689/2013.

II – Designar para integrá-lo os seguintes representantes:

ANTONIO DONATO MADORMO, Secretário do Governo Municipal;

LUIS FERNANDO MASSONETTO, Secretário Municipal dos Negócios Jurídicos;

MARCOS DE BARROS CRUZ, Secretário Municipal de Finanças e Desenvolvimento

Econômico;

LEDA MARIA PAULANI, Secretária Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão;

JOÃO ANTONIO DA SILVA FILHO, Secretário Especial de Relações Governamentais;

III – Designar nos termos do § 1º do artigo 2º do Decreto 50.514/2009, os seguintes

membros:

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PATRICIA GUILHARDUCCI, SGM/AT

ANTONIO CRESCENTI FILHO, Chefe de Gabinete - SMSP

ANA LÚCIA PEDROSO BARROS, – SGM/AJ

IV – Nos termos do § 13º do artigo 2º do referido decreto, e na hipótese de eventuais

impedimentos, designar como suplentes, os seguintes servidores:

LILIANE ALVES BENATTI, em substituição ao Secretário do Governo Municipal;

VINÍCIUS GOMES DOS SANTOS, em substituição ao Secretário Municipal dos

Negócios Jurídicos;

PAULA SAYURI NAGAMATI, em substituição ao Secretário Municipal de Finanças e

Desenvolvimento Econômico;

CHRISTY GANZERT GOMES PATO, em substituição à Secretária Municipal do

Planejamento, Orçamento e Gestão

MARIA ANGÉLICA FERNANDES e DENISE APARECIDA EUGÊNIO, em substituição

ao Secretário Especial de Relações Governamentais.

V- A Presidência do Conselho será exercida pelo Secretário do Governo Municipal, e

no seu impedimento, pela suplente ora indicada.

VI- Esta portaria entrará em vigor na data de sua publicação, ficando cessadas as

designações anteriormente efetivadas.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 11 de janeiro de 2013.

ORDEM INTERNA 1/2013 – PREF.G

DATA: 9 DE JANEIRO DE 2013

DIRIGIDA ÀS : SUBPREFEITURAS E ÀS SECRETARIAS MUNICIPAIS.

ASSUNTO: ORIENTAÇÕES SOBRE PROCEDIMENTOS PARA A REMOÇÃO

PREVENTIVA DE MORADORES EM ÁREAS DE RISCO GEOLÓGICO NO MUNICÍPIO

DE SÃO PAULO.

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CONSIDERANDO o Decreto 47.534, de 01.08.2006, que reorganiza o Sistema

Municipal de Defesa Civil, constituído por todos os órgãos e entidades da Administração

Pública Municipal Direta e Indireta, por entidades privadas e pela comunidade;

CONSIDERANDO que são objetivos do Sistema Municipal de Defesa Civil planejar e

promover a defesa permanente contra desastres naturais ou provocados pelo homem,

atuar na iminência e em situações de desastres, prevenir ou minimizar danos, socorrer e

assistir populações atingidas e recuperar áreas afetadas por desastres;

CONSIDERANDO que a direção do Sistema Municipal de Defesa Civil cabe ao

Prefeito do Município e é exercida, em seu nome, por meio da Comissão Municipal de

Defesa Civil - COMDEC, presidida pelo Coordenador Geral de Defesa Civil;

CONSIDERANDO os critérios adotados para a realização do mapeamento de riscos

no Município de São Paulo, caracterizando as áreas de risco geológico como aquelas

sujeitas a escorregamentos em encostas e solapamento (erosão) das margens de

córregos, classificadas em Risco Muito Alto (R4), Alto (R3), Médio (R2) e Baixo (R1), de

acordo com o grau de probabilidade de ocorrência de processos de instabilização.

DETERMINO:

1. As ações de remoção preventiva de moradores em áreas de risco geológico,

inclusive mediante determinação judicial, bem como de atendimento emergencial em caso

de desastres observarão o disposto nesta Ordem Interna.

2. Consideram-se "áreas de risco geológico", para fins de remoção preventiva de

moradores com base nesta Ordem Interna, aquelas associadas a escorregamentos em

encostas e ao solapamento (erosão) das margens de córregos.

2.1 A análise da situação de risco geológico deverá ser feita pelo geólogo ou

engenheiro da Subprefeitura da área respectiva, devidamente capacitado, que se

manifestará, em parecer fundamentado, sobre a probabilidade de ocorrência de desastre,

de acordo com a classificação definida pelo mapeamento de riscos no Município de São

Paulo, avaliando a possibilidade de restabelecimento das condições de segurança no local

e sugerindo providências necessárias para tal fim.

2.2 O Subprefeito encaminhará cópia do parecer ao Coordenador Geral de Defesa

Civil e ao Secretário Municipal de Coordenação das Subprefeituras - SMSP, para

conhecimento, devendo elaborar plano detalhado de intervenção para a eliminação do

risco, seja com obras de recuperação das condições de segurança do local, seja mediante

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o isolamento ("congelamento") da área, segundo uma ordem de prioridades que for

estabelecida em planejamento.

2.3 Caso o risco seja classificado como Risco Muito Alto (R4) ou Alto (R3) e não

puderem ser restabelecidas, prontamente, as condições de segurança no local, o parecer

indicará, necessariamente, o número exato de moradias a serem interditadas.

2.3.1 Os moradores serão notificados da interdição e instados a retirarem-se

imediatamente do local, seja área pública ou particular.

2.3.2 O Auto de Interdição deverá identificar o morador e, caso haja recusa em tomar

ciência expressa da interdição, o agente vistor deverá certificar essa circunstância e colher

a assinatura de duas testemunhas, devidamente identificadas e qualificadas (nome

completo, endereço, documento de identidade).

2.3.3 A interdição deverá ser documentada com fotos e/ou imagens que permitam a

identificação das moradias interditadas, devendo ser afixadas faixas e cartazes indicando

tratar-se de local sujeito a risco de acidentes.

2.3.4 Na hipótese do morador não ser encontrado, o agente vistor certificará essa

circunstância no Auto, sem prejuízo da colocação das faixas e cartazes indicativos da

interdição, devendo retornar ao local para proceder à sua devida notificação.

2.3.5 O Subprefeito poderá, conforme o caso, requisitar auxílio à Guarda Civil

Metropolitana - GCM e à Polícia Militar - PM para fazer valer a ordem de interdição, tendo

em vista a indisponibilidade do direito à vida e a necessidade de zelar pela integridade

física dos moradores, sem prejuízo da lavratura do boletim de ocorrência policial por crime

de desobediência.

2.4 Em se tratando de área particular, além da interdição, deverá ser observado o

quanto disposto no item 6.2, da Lei Municipal 11.228, de 26 de junho de 1992 (Código de

Obras e Edificações - COE).

2.5 Tratando-se de área pública, a remoção preventiva dos moradores observará o

seguinte procedimento:

2.5.1 A Supervisão de Habitação das Subprefeituras cadastrará os moradores cujas

moradias tiverem sido interditadas, prestando-lhes, eventualmente, a devida assistência

quanto às suas necessidades básicas.

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2.5.2 O Subprefeito determinará a autuação de processo administrativo, devidamente

instruído com o parecer elaborado pelo geólogo ou engenheiro, o plano de intervenção

para a eliminação do risco, os Autos de Interdição, as fotos e/ou imagens das moradias

interditadas, os "croquis" ou as plantas de localização, o cadastro dos moradores e,

eventualmente, o boletim de ocorrência policial, encaminhando-o para a Secretaria

Municipal de Coordenação das Subprefeituras – SMSP

2.5.3 A Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras - SMSP analisará os

processos para verificar se foram devidamente instruídos e, sobretudo, analisar o plano de

intervenções proposto mediante ao risco constatado, encaminhando-os para a

Superintendência de Habitação Popular - HABI, da Secretaria Municipal de Habitação -

SEHAB, caso seja aprovado o plano de intervenção na área para a eliminação do risco.

2.5.4 Caberá à Superintendência de Habitação Popular - HABI cadastrar e atender os

moradores das áreas públicas sujeitas a risco geológico cujas moradias tiverem sido

interditadas, podendo acessar em situações de emergências verba destinada para este fim

e conceder auxílios financeiros diretos, de acordo com a solução mais adequada em cada

caso, tendo em vista o plano de intervenção para a eliminação do risco (incluindo a

possibilidade de retorno ao local), o perfil sócio-econômico dos moradores desalojados e a

disponibilidade de vagas em unidades habitacionais, atendidas as exigências legais.

2.5.5 Para o atendimento a que se refere o item anterior, a Superintendência de

Habitação Popular - HABI poderá solicitar junto à Secretaria Municipal de Coordenação

das Subprefeituras - SMSP a disponibilização dos recursos que entender necessário.

2.5.6 Se não houver concordância dos moradores para retirarem-se do local

interditado, o processo deverá retornar à Secretaria Municipal de Coordenação das

Subprefeituras - SMSP que o encaminhará ao Departamento de Defesa do Meio Ambiente

e Patrimônio (DEMAP), da Procuradoria Geral do Município - PGM, para a adoção das

providências cabíveis, incluindo a reintegração de posse.

2.6 A Superintendência de Habitação Popular - HABI também atenderá os moradores

das áreas de risco quando sua remoção preventiva for determinada judicialmente,

observandose, no que couber, o disposto nos itens 2.5.4 e 2.5.5.

3. O processo de eliminação/minimização do risco geológico não se expira com a

efetivação da remoção das moradias, tendo em vista a implantação do plano de

intervenções proposto pela Subprefeitura e autorizado pela SMSP. Todos os atos e

decisões tomadas deverão se ater especificamente ao local e a situação , não se

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admitindo que se estenda a fatos novos ou situações ou locais que não façam parte da

mesma.

4. A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social - SMADS prestará

o devido apoio às Subprefeituras, disponibilizando, sempre que necessário, o material

destinado ao atendimento social.

5. Uma vez realizada a remoção preventiva, caberá aos órgãos da administração

municipal e aos agentes fiscalizadores adotar os procedimentos necessários ao combate

das ocupações irregulares, a fim de garantir o uso regular do solo e a preservação das

áreas de interesse ambiental, nos termos do disposto na Ordem Interna 03/2008-PREF.G.

6. Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Ordem Interna 1/2006-

PREF.G.

7. Publique-se e cumpra-se.

FERNANDO HADDAD, Prefeito

PORTARIA 01 /2013 – SNJ, de 2 de janeiro de 2013.

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS, no uso das atribuições

que lhe são conferidas por lei,

(PUBLICADO NOVAMENTE POR MOTIVO DE ALTERAÇÃO)

RESOLVE

I – Delegar ao Chefe de Gabinete, no âmbito da Secretaria Municipal dos Negócios

Jurídicos, observada a legislação específica, competência para autorizar e decidirsobre:

1 – fixação de lotação de servidores efetivos e apostilamento de atos de admissão de

servidores regidos pela Lei 9.160, de 3 de dezembro de 1980, nas hipóteses de

movimentação de pessoal, mediante expressa autorização do órgão cedente;

2 – averbação de tempo de serviço municipal e extramunicipal;

3 – conversão de férias em tempo de serviço;

4 – exoneração a pedido, nos termos do inciso I, art. 62, da Lei 8989, de 29 de

outubro de 1979;

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5 – dispensa de servidores admitidos, nas hipóteses dos incs. I, II e V, do Art. 23, da

Lei 9.160, de 3 de dezembro de 1980;

6 –pagamento de verbas devidas em decorrência do desligamento do servidor dos

quadros de pessoal da Prefeitura, bem assim a compensação e cobrança de eventuais

débitos daí derivados;

7 – aposentadoria voluntária, compulsória e por invalidez;

8 – pedidos de isenção de imposto de renda, obedecida a legislação federal aplicável

à matéria;

9 – concessão de adicionais por tempo de serviço, inclusive sexta-parte, auxilio

doença e auxílio acidentário;

10 – abono de permanência;

11 - permanência da Gratificação de Função e da Gratificação de Gabinete e a

incorporação do Adicional de Função;

12 - concessão da Gratificação de Gabinete a que se refere o art. 100, inc. I, da Lei

8989, de 29 de outubro de 1979;

13 – gestão de aposentados;

14 - abertura de licitações e contratações diretas previstas nos incs. I e II do art. 24, e

inc. I do art. 25, todos da Lei Federal 8.666/93;

15 – utilização de Atas de Registros de Preços;

16 - homologação de licitações e adjudicação dos objetos respectivos;

17 – assinatura e rescisão de contratos;

18 - liberação e substituição de garantias contratuais;

19 - devolução ou substituição de garantia para participar de licitação;

20 - alterações contratuais;

21 – anulação e revogação de licitações;

22 – declaração de licitação deserta ou prejudicada;

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23 – aplicação de penalidades a participantes de licitação e a contratados nas

hipóteses dos incs. I e II do art. 87 da Lei Federal 8666/93;

24 – movimentação de bens patrimoniais móveis da Pasta, conforme previsto no

Decreto 50.733/09;

25 – transferência de recursos para as Subprefeituras para pagamento do combustível

utilizado dos veículos da Secretaria; autorizar licitações e contratações diretas.

26 - as substituições, nos impedimentos legais, de titulares de cargos que

correspondam as referências DAI-01 a DAÍ-08.

II – Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação e revoga a Portaria

30/2011-SNJ, publicada no DOC de 6.12.2011, pág. 22.

LUÍS FERNANDO MASSONETTO

Secretário Municipal dos Negócios Jurídicos

SNJ.G.

PORTARIA 04/SEMPLA.G/2013

Aprova formulário próprio para formalização da proposta de solicitação de pedido de

cessão de servidores públicos, com prejuízo de vencimentos, vinculados a regime próprio

de previdência social no órgão de origem, na conformidade do Decreto nº 53.661, de 26

de dezembro de 2012.

LEDA MARIA PAULANI, Secretária Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão,

no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, em especial as disposições do art. 6º

do Decreto nº 45.683, de 1º de janeiro de 2005, alterado pelo art. 50 do Decreto nº 51.820,

de 27 de setembro de 2010;

CONSIDERANDO o disposto no art. 2º, § 1º do Decreto nº 53.661, de 26 de

dezembro de 2012;

RESOLVE:

Art. 1º. Aprovar o formulário próprio constante do Anexo Único desta portaria, que se

destina padronizar os pedidos de cessão de servidores públicos vinculados a regime

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próprio de previdência social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e de outros

Municípios, para, com prejuízo de vencimentos, prestarem serviços na Prefeitura do

Município de São Paulo, na conformidade do que dispõe o Decreto nº 53.661, de 26 de

dezembro de 2012.

Parágrafo único. O Departamento de Recursos Humanos, da Coordenadoria de

Gestão de Pessoas, expedirá orientação quanto a procedimentos e o correto

preenchimento do requerimento instituído por esta Portaria.

Art. 2º. Esta portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

(Anexo publicado no D.O.C. de 12.01.2013, p. 03/04)

TJ - Resolução Nº 583/2012

Dispõe sobre honorários sucumbenciais e de honorários contratuais.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, por seu Órgão Especial, no uso de

suas atribuições legais e regimentais,

CONSIDERANDO a necessidade de disciplina para “Requisição de Pequeno Valor”;

CONSIDERANDO o decidido no Processo 41/2003 (DIMA – 2.3);

RESOLVE:

Art. 1º. O art. 3º da Resolução nº 199, de 16 de março de 2005, do Órgão Especial do

Tribunal de Justiça de São Paulo, passa a ter a seguinte redação:

“Art. 3º (...)

§ 1º. Ao advogado será atribuída a qualidade de beneficiário quando se tratar de

honorários sucumbenciais e de honorários contratuais.

§ 2º. Os honorários sucumbenciais, arbitrados em percentual sobre a condenação ou

em valor fixo (parágrafos 3º e 4º do art. 20 do Código de Processo Civil), não devem ser

considerados como parcela integrante do valor devido a cada credor para fins de

classificação do requisitório como de pequeno valor, sendo expedida requisição própria.

§ 3º. Os honorários contratuais devem ser considerados como parcela integrante do

valor devido a cada credor para fins de classificação do requisitório como de pequeno

valor.

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§ 4º. Em se tratando de RPV em que houve renúncia, o valor devido ao beneficiário

somado aos honorários contratuais não pode ultrapassar o valor máximo estipulado para

tal modalidade de requisição.”

Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as

disposições em contrário.

São Paulo, 12 de dezembro de 2012.

(a) IVAN RICARDO GARISIO SARTORI, Presidente do Tribunal de Justiça

Fonte: SITE OAB/SP - DJe, Cad, I, Adm de 14.01.2013. P. 1.

TJ - Provimento CG Nº 42/2012

Dispõe sobre a implantação do Serviço de Registro Eletrônico de Imóveis (SREI) no

Estado de São Paulo e operação da Central de Serviços Eletrônicos Compartilhados dos

Registradores de Imóveis (Central Registradores de Imóveis), plataforma desenvolvida,

operada e administrada pela Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo

(ARISP).

Fonte: SITE OAB/SP - DJe, Cad, I, Adm de 08.01.2013. P. 32 a 36

Clique aqui e acesse a íntegra

EMENTA Nº 11.603 - Escola Superior de Direito Municipal criada pelo Decreto

nº 50.931/09. Corpo docente formado por servidores municipais e professores

convidados. Possibilidade de remuneração da atividade exercida pelos docentes.

JURISPRUDÊNCIA ADMINISTRATIVA

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DEPARTAMENTO FISCAL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO14ª CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO

DECISÃO MONOCRÁTICA Nº 5827

Apelação Cível nº 0057355.03.2002.8.26.0000Recorrente: São Paulo Corretora de Valores Mobiliários LTDA.Recorrido: Município de São Paulo

ISS- Empresa de corretagem que atua na Bolsa de Mercadorias e Futuros – Incidência – Entendimento pacificado pelo STJ:

- Conforme entendimento pacificado pelo STJ, incide ISS sobre os serviços prestado por empresas de corretagem que atuam na Bolsa de Mercadorias e Futuros.

RECURSO NÃO PROVIDO.

Vistos.

É apelação tirada contra a respeitável sentença de fls. 639/645, que julgou improcedente a ação declaratória ajuizada pela apelante, Houve contrariedade.

É o relatório.

Ι. O recurso não merece ser provido.A respeitável sentença recorrida deve ser mantida por seus próprios fundamentos, os

quais ficam inteiramente adotados como razão de decidir pelo não provimento do recurso, como autoriza o artigo 2521 do Regimento Interno deste Tribunal.

1 Diz o referido art. 252: Nos recursos em geral, o relator poderá limitar-se a ratificar os fundamentos da decisão recorrida, quando, suficientemente motivada, houver de mantê-la.

DECISÕES RELEVANTES – DEPARTAMENTOS – PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO –

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Anote-se que o Superior Tribunal de Justiça tem prestigiado esse entendimento, quando predominantemente reconhece “a viabilidade de o órgão julgador adotar ou ratificar o juízo de valor firmado na sentença, inclusive transcrevendo-a no acórdão, sem que tal medida encerre omissão ou ausência de fundamentação no decisum”2.

No mesmo sentido, mutatis mutandis, o Supremo Tribunal Federal tem afirmado que é possível sejam adotados na decisão os fundamentos de parecer do Ministério Público , assim o tendo feito recentemente, em decisão da lavra do eminente Ministro Dias Toffoli, verbis:

Acompanho na íntegra o parecer da douta Procuradoria-Geral da República, adotando-o como fundamento desta decisão, ao estilo do que é praxe na Corte, quando a qualidade das razões permitem sejam subministradas pelo relator.3

Observa-se apenas, em reforço, que o Superior Tribunal de Justiça já pacificou a questão sob exame, decidindo que incide o ISS sobre os serviços prestados pela recorrente. Anote-se, por oportuno, o julgado abaixo colacionado:

TRIBUTÁRIO – ISS – CORRETAGEM NA BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS – INCIDÊNCIA – PRECEDENTES.Esta Corte pacificou o entendimento de que o ISS incide sobre os serviços de corretagem na bolsa de mercadorias e futuros, independentemente de a empresa prestadora possuir autorização do Banco Central do Brasil.Agravo regimental improvido.

E como bem lançou o MM. Juízo a quo,

A autora é pessoa jurídica que realiza operações em Bolsas de Futuros e Mercadorias, aduzindo que apenas “realiza operações no mercado a termo, opções, futuro e a vista em contratos referenciados em OURO, DÓLAR, ÍNDICE BOVESPA, TAXA DE JUROS E OUTRAS COMMODITIES”, sem intermediação ou corretagem, na medida em que não existe qualquer aproximação entre as partes, sequer sabendo de quem está comprando e/ou vendendo, liquidadas financeiramente, razão pela qual não há de se falar em prestação de serviços.

(...)

A razão , contudo, não lhe assiste, pois, na condição de corretora de câmbio e valores mobiliários promove a aproximação econômica e jurídica dos investidores. Enquanto a Bolsa de Valores oferece à venda títulos, que se caracterizam como bens mobiliários, investidores

2 Dentre outros, REsp n. 662.272/RS, Rel. Min, João Otávio de Noronha, Segunda Turma, j. 04.09.2007; Resp n. 641.963/ES, Rel. Min, Castro Meira, Segunda Turma, j. 21.11.2005; REsp n. 265.534/DF, Rel. Min. Fernando Gonçalves, Quarta Turma, j. 01.12.2003.3 RE n. 591.797 e RE n. 626.307, j. 26.08.2010.

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estão à disposição para comprá-los, agindo as corretoras como intermediárias obrigatórias entre uns e outros, mediante o pagamento de taxa de corretagem fixada pela Bolsa.

Não se confunde, outrossim, a operação de câmbio, que se realiza entre os contratantes, tributada pela União, com a prestação de serviços de intermediação prestados ao comprador do câmbio pela corretora, esta sim tributável pelo ISS.

Difere da comissão mercantil pois, no caso, não atuam as corretoras em nome próprio, obrigando-se diretamente com as pessoas com as quais contrata, mas seu trabalho se limita à aproximação das partes para fins de negociação. A corretora, ao atuar no mercado de futuros, age em cumprimento às determinações de seus clientes, prestando serviçoes na modalidade de corretagem ou intermediação de bens móveis.

As negociações envolvendo as corretoras versam sobre ativos financeiros, bens móveis e outros direitos, que podem ser designados como commodities, tratando-se de prestação de serviço típico, definida no item 50 da Lista de Serviços do ISS: “agenciamento, corretagem ou intermediação de bens móveis e imóveis não abrangidos nos itens 45, 46, 47 e 48”.

A questão da autorização de funcionamento pelo Banco Central só se apresenta como obrigatória para as sociedades constituídas como coretoras ou distribuidoras de valores mobiliários que atuam especificamente nas bolsas de valores, e não para as que atuam nas Bolsas de Mercadorias e Futuros. A autora expressamente confessa que realiza operações nestas últimas.

E outros fundamentos são dispensáveis, diante da adoção integral dos que foram deduzidos na respeitável sentença – e aqui expressamente adotado s para evitar inútil e desnecessária repetição.

ΙΙ. Ante o exposto, e com fundamento no artigo 557, caput, do Código de Pro-cesso Civil, nego provimento ao recurso.

ΙΙΙ. Int.

São Paulo, 14 de abril de 2011.

Oswaldo Palotti Junior - Relator

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOCOMARCA de SÃO PAULOFORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES6ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA

SENTENÇAProcesso nº: 0038570-13.2011.8.26.0053Classe - Assunto Procedimento Ordinário - Anulação de Débito FiscalRequerente: Niplan Engenharia S/ARequerido: Prefeitura do Município de São Paulo – Secretaria Municipal de

Finanças

V I S T O S.

Niplan Engenharia S/A ajuizou ação declaratória de inexistência de relação jurídico tributária, com pedido de antecipação de tutela, em face da Prefeitura do Município de São Paulo.

Consta da inicial que a requerente emitiu a Nota Fiscal Eletrônica de Serviços n. 1667, destacando como tomador de serviços a Petróleo Brasileiro S/A – Petrobras – Replan – Paulínia, e que por se tratar de serviços relativos à manutenção industrial de estruturas metálicas em refinaria, o ISS devido foi retido e pago no próprio município em que os serviços foram prestados.

Ao emitir o documento fiscal, a autora deixou de mencionar que se tratava de ISS retido e pago na fonte pelo contribuinte substituto (Petrobras), sendo emitido, portanto, como se fosse devido no Município de São Paulo, constando como data de vencimento o dia 10 de outubro de 2009. Passado algum tempo, a requerente identificou um apartamento de débito no sistema de nota fiscal eletrônica do Município de São Paulo.

A requerente não conseguiu cancelar a nota fiscal diretamente no site da Prefeitura porque já decorrera 6 meses da sua emissão. Assim, requereu o cancelamento via procedimento administrativo em 04 de março de 2010.

Esses requerimentos foram indeferidos, sob o argumento de que os serviços prestados estão enquadrados no item 14.01 da Lei Complementar n. 116/2003.

Requer a concessão de antecipação de tutela e sua posterior confirmação em provimento final a fim de que se declare a inexigibilidade do crédito tributário.

A antecipação de tutela foi deferida em parte (fls. 50/51) a fim de suspender a exigibilidade do crédito tributário de ISS em relação a nota fiscal eletrônica de serviços n. 1667, até decisão final.

Devidamente citada, a ré contestou (fls. 77/82) e não aduziu preliminares. No mérito, alegou que a própria autora emitiu nota fiscal relatando ter prestado serviços e que tais atividades se enquadram perfeitamente no item 14.01 da lista de serviços anexa à LC n. 116/2003.

Houve réplica (fls. 90/96).

É o relatório.

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Decido.

É caso de julgamento antecipado, não havendo necessidade de produção de provas em audiência.

O processo em que a autora requereu o cancelamento da nota expedida não é nulo, porque a lei determina a intimação por diversos meios, sem necessidade de envio de decisão pelo correio. Deve o interessado acompanhar o Diário Oficial para verificar o andamento de seu pedido.

Não é fato controverso que a autora prestou serviço de manutenção industrial de estruturas metálicas em refinaria.

Este serviço enquadra-se no item 14.01 da Lista de Serviços, e não no item 7.02, pois não se caracteriza como construção civil, e sim lubrificação limpeza revisão de máquinas, equipamentos, motores ou de qualquer objeto.

Posto isto, julgo a ação improcedente, e casso a liminar antes concedida.Em razão da sucumbência, condeno a autora ao pagamento de custas e honorários,

que arbitro em 10% do valor da causa.

P.R.I.

São Paulo, 02/03/2012

DEPARTAMENTO JUDICIAL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOCOMARCA DE SÃO PAULOFORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES1ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA

SENTENÇAProcesso nº: 0008917-29.2012.8.26.0053Classe - Assunto Mandado de Segurança - LicitaçõesImpetrante: V. A. Saneamento Ambiental LtdaImpetrado: Pregoeiro Encarregado do Pregão Presencial nº 10/SMSO/SPUA/2011 e outroJuiz(a) de Direito: Dr(a). Alexandre Bucci

Vistos.

V.A. SANEAMENTO AMBIENTAL LTDA., impetrante devidamente qualificada, maneja a presente Ação de Mandado de Segurança, sob regras de

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Procedimento Especial, apontando na condição de Autoridades coatoras, o PREGOEIRO encarregado DO PREGÃO PRESENCIAL 10/SMSP/SPUA/2011 DA SECRETARIA DAS USINAS DE ASFALTO e pelo SUPERINTENDENTE DAS USINAS DE ASFALTO, ambos também qualificados.

A narrativa fática lançada na petição inicial mencionava que a empresa impetrante questionava sua inabilitação em licitação realizada na modalidade pregão, o que se dera pelo fato de não ter sido supostamente cumprida uma das exigências previstas em edital.

Ocorre que a impetrante teria apresentado atestados que indicavam quantidades calculadas em metros quadrados, ao invés de horas de trabalho, alertando a exordial, porém, para o fato de que o próprio edital previra fórmulas para a conversão da unidade de medida para a unidade de carga horária, situação ignorada de maneira ilegal e abusiva pelas Autoridades.

Assim exposta a controvérsia, havendo clara direção do resultado do certame, com prevalecimento injusto da empresa que obtivera classificação em terceiro lugar, a impetrante destacava a grave situação de prejuízo ao erário, postulando que, em sede de medida liminar fosse obstada a assinatura do contrato, até final julgamento do writ.

Quanto ao pedido final, o mesmo era deduzido com vistas à anulação da decisão que declarara a impetrante inabilitada.

Com a inicial vieram os documentos de fls. 17/199 e de fls. 202/324, indeferindo-se a medida liminar (fls. 325/326) o que ensejou o manejo de Agravo de Instrumento por parte da impetrante (fls. 328) terminando por ser concedida, em segundo grau, antecipação dos efeitos da tutela recursal (fls. 346/347).

Após terem sido regularmente notificadas, as Autoridades prestaram informações tempestivas (fls. 346/356) destacando, em apertada síntese, a ausência de direito líquido e certo, haja vista que a impetrante não teria apresentado os atestados exigidos na forma prevista em Edital, sobrevindo os finais protestos pela denegação da ordem, seguindo-se com as informações os documentos de fls. 357/396.

O Ministério Público opinou no sentido da denegação da segurança, conforme se observa pela análise do ilustre parecer de fls. 398/402.

É o relatório do essencial.Passo a decidir.De início, admito o ingresso da Municipalidade de São Paulo na qualidade de

assistente litisconsorcial das Autoridades coatoras, o que se dá, nos termos do quanto previsto no Artigo 50 do Código de Processo Civil, destacando-se ainda, a regra contida no Artigo 24 da Lei 12.016/09, anotando-se.

No mais, Processo em ordem.Não havendo arguições preliminares ou questões prejudiciais pendentes, no

mérito, penso que a segurança deve ser denegada, o que implica na perda de eficácia da tutela recursal obtida pela impetrante em segundo grau, tudo, conforme passo a demonstrar de maneira fundamentada:

Com a ressalva de um melhor julgamento, ao compulsar os autos constato que em nenhum momento durante o curto trâmite processual deste writ logrou êxito a impetrante em demonstrar ter atendido de forma cabal as exigências previstas em edital.

Tais exigências eram legítimas, bom que se ressalte.Descabido então, no caso concreto, invocar a existência de violação a direito

líquido e certo, situação esta nem de longe caracterizada.

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Com efeito, as Autoridades atuaram de maneira regular ao inabilitar a impetrante por ausência de comprovação da capacitação dita econômico-financeira tal qual exigido nos termos indicados no instrumento convocatório, revelando-se este último, mecanismo claro e preciso nas informações veiculadas aos interessados no certame em foco.

E nem se argumente a esta altura, que teriam sido ilegais ou sem razão as exigências feitas pelas Autoridades, posto que, tal qual adiantado nas linhas acima, indispensável ressaltar que o edital ostentava força vinculante, verdadeira fonte de direitos e obrigações, posto regulamentar o processo licitatório, nada havendo para anular na decisão administrativa ora guerreada pela impetrante.

Imprestável o Mandado de Segurança, sob outro ângulo, para discussões de alta indagação probatória afetas ao beneficiamento indevido de terceiros, o mesmo se aplicando ao tema da pretendida conversão de medidas, mostrando-se ser, portanto, medida de rigor, a denegação da ordem, perdendo eficácia, por óbvio, o comando obtido pela impetrante em sede de Agravo, comunicando-se com urgência às Autoridades a respeito desta decisão.

Isto posto, neste ato, JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado na presente Ação de Mandado de Segurança, com base na previsão legal do Artigo 269, inciso I do Código de Processo Civil, de modo que, DENEGO a SEGURANÇA pleiteada pela impetrante V.A. SANEAMENTO AMBIENTAL LTDA., com o que, perde eficácia o comando obtido em sede de Agravo de Instrumento.

Custas na forma da Lei, não se cogitando de condenação em verba honorária, nos termos do regramento contido no Artigo 25 da Lei de Mandado de Segurança.

Dê-se ciência às Autoridades e também ao Ministério Público.Com o trânsito em julgado, feitas as anotações necessárias, arquivem-se.

P. R. I. C.

São Paulo, 07 de maio de 2012.

ALEXANDRE BUCCIJuiz de Direito

OFÍCIO DE ENCAMINHAMENTO DE SENTENÇA EM MANDADO DE SEGURANÇA

Processo nº: 0008917-29.2012.8.26.0053Classe - Assunto Mandado de Segurança - LicitaçõesImpetrante: V. A. Saneamento Ambiental LtdaImpetrado: Pregoeiro Encarregado do Pregão Presencial nº10/SMSO/SPUA/2011 e outro

São Paulo, 07 de maio de 2012.

Senhor(a) Pregoeiro Encarregado do Pregão Presencial nº 10/SMSO/SPUA/2011 e outro Pelo presente, extraído nos autos da ação em epígrafe, transmito ao conhecimento de Vossa Senhoria os termos da sentença prolatada nos autos, conforme cópia anexa, para as providências cabíveis.

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Colocando-me à disposição de Vossa Senhoria para eventuais informações complementares, reitero protestos de elevada estima e distinta consideração.

ALEXANDRE BUCCIJuiz de Direito

Ao(À)Ilmo(a) Senhor(a) Pregoeiro Encarregado do Pregão Presencial nº

10/SMSO/SPUA/2011 e outro

_____________________________________________________________

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PRIMEIRA TURMAAG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.268 SÃO PAULO

RELATORA: MIN. ROSA WEBERAGRAVANTE: MEDICAL LINE COMÉRCIO E MATERIAL MÉDICO LTDA.AGRAVADO: MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

EMENTA

DIREITO ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE RESSARCIMENTO DE DANOS AO ERÁRIO. IMPRESCRITIBILIDADE. ABRANGÊNCIA DO ART. 37, § 5º, IN FINE, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. APLICABILIDADE AOS PARTICULARES. As ações que visam ao ressarcimento do erário são imprescritíveis (art. 37, § 5º, in fine, da Constituição Federal). Aplicabilidade do preceito aos particulares reconhecida em precedente desta Corte (MS 26.210/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, Tribunal Pleno, DJe 10.10.2008). Agravo regimental conhecido e não provido.

A C Ó R D Ã O

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.

Brasília, 22 de maio de 2012.

MINISTRA ROSA WEBERRelatora

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RELATÓRIO

A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, pela qual negou seguimento a agravo de instrumento, com fundamento na jurisprudência dominante desta Corte, acerca da imprescritibilidade das ações de ressarcimento por danos ao erário, maneja agravo regimental Medical Line Comércio e Material Médico Ltda.

A agravante alega que os precedentes citados na decisão agravada não são aplicáveis ao presente caso, porque se referem à “situação em que existiu prévia relação jurídica caracterizadora do que se costuma denominar de situação de sujeição especial, em contraposição às situações onde se caracteriza uma sujeição geral” (fl. 299). Sustenta que, “para as ações de ressarcimento decorrentes de ilícitos de agentes públicos (servidores ou não), em princípio, haveriam de ser aplicadas as regras do Código Civil quanto aos prazos de prescrição, convivendo a lei especial com a lei geral, como sempre ocorreu em nosso Direito, e sem a necessidade de sustentar-se uma imprescritibilidade, que pode conduzir a verdadeiros absurdos” (fl. 299). Afirma que, “admitindo-se a imprescritibilidade das ações por ressarcimento de danos, ao erário, pela leitura do art. 37, § 5º, e tendo, presente que o dispositivo se refere especificamente a ato dos agentes do Poder Público, servidores ou não servidores (…), mas sempre seus agentes, parece importante a distinção entre questões com tais agentes e equiparados (sujeição especial), de questões advindas de outra origem, com o caráter de sujeição geral” (fl. 299). Repisa a tese de que, “se existe imprescritibilidade das ações de ressarcimento por atos ilícitos, nos termos do art. 37, 5º, da Constituição Federal, diz a mesma a respeito aos ilícitos praticados por agentes públicos, servidores públicos ou não, mas sempre agentes públicos” (fls. 308-9).

Substituição do Relator à fl. 313 (art. 38 do RISTF).É o relatório.

VOTO

A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito.

Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:

“1. Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão o qual decidiu que são imprescritíveis as ações de ressarcimento por danos ao erário.No RE, sustenta-se ofensa ao artigo 37, § 5º, da Constituição Federal.2. O recurso não merece prosperar. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do MS 26.210/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, Plenário, DJ 10.02.2008, concluiu pela imprescritibilidade das ações de ressarcimento por danos ao erário, dada a incidência do art. 37, § 5º, da Constituição Federal. Na oportunidade, o eminente Ministro Ayres Britto assentou que, ‘em se tratando de ressarcimento, as respectivas ações são imprescritíveis’.Nesse sentido, em casos semelhantes aos dos presentes autos, onde é agravante, também, uma pessoa jurídica, cito: RE 578.428/RS, rel.

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Min. Ayres Britto, DJe 28.6.2011; RE 608.831-AgR/SP, rel. Min. Eros Grau, 1ª Turma, DJe 25.6.2010, assim ementado:

‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. RESSARCIMENTO DE DANOS AO ERÁRIO. PRESCRIÇÃO. Incidência, no caso, do disposto no artigo 37, § 5º, da Constituição do Brasil, no que respeita à alegada prescrição. Precedente. Agravo regimental a que se nega provimento’.

O acórdão recorrido não divergiu desse entendimento.3. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art. 557, caput, do CPC).” (fls. 274-5)

Não prospera a insurgência.A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a ação de ressarcimento dos

prejuízos causados ao erário é imprescritível. Cito o AI 712.435-AgR/SP, de minha relatoria, 1ª Turma, por maioria, DJe 12.4.2012, cujo acórdão está assim ementado:

“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. CONTRATO. SERVIÇOS DE MÃO-DE-OBRA SEM LICITAÇÃO. RESSARCIMENTO DE DANOS AO ERÁRIO. ART. 37, § 5º, DA CF. PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA. As ações que visam ao ressarcimento do erário são imprescritíveis (artigo 37, parágrafo 5º, in fine, da CF). Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Ao contrário do que alega a agravante, o Supremo Tribunal Federal entende que a previsão contida no art. 37, § 5º, in fine, da Constituição Federal não se restringe aos danos causados por agentes públicos. Nesse sentido, destaco o seguinte trecho do voto condutor do MS 26.210/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, Tribunal Pleno, por maioria, DJe 10.10.2008:

“(...) não se justifica a interpretação restritiva pretendida pela impetrante, segundo a qual apenas os agentes públicos estariam abarcados pela citada norma constitucional, uma vez que, conforme bem apontado pela Procuradoria-Geral da República, tal entendimento importaria em injustificável quebra do princípio da isonomia.Com efeito, não fosse a taxatividade do dispositivo em questão, o ressarcimento de prejuízos ao erário, a salvo da prescrição, somente ocorreria na hipótese de ser o responsável agente público, liberando da obrigação os demais cidadãos. Tal conclusão, à evidência, sobre mostrar-se iníqua, certamente não foi desejada pelo legislador constituinte.”

Agravo regimental conhecido e não provido.É como voto.

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O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Para mim, a imprescritibilidade da ação de ressarcimento de danos ao erário ainda é um tema em aberto no Supremo.

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Está no Plenário. Semana passada inclusive estava afetado ao Plenário.

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Está no Plenário, e não deixa de ser intrigante a natureza imprescritível de uma ação patrimonial.

A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER (RELATORA) - Embora a tese seja da inaplicabilidade a particulares, estou me louvando, para propor ou votar no sentido da negativa de provimento, em precedente do Plenário da lavra do Ministro Ricardo Lewandowski, se bem me recordo, Mandado de Segurança nº 26.210/ DF, da relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski, Tribunal Pleno, Diário de Justiça de 10/10/2008, onde a compreensão que prevaleceu foi exatamente nesta linha.

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Admitiu-se, penso que até sob o ângulo da repercussão geral, rediscutir essa matéria. A agravante é uma pessoa jurídica de direito privado e o agravado, o Município. O ressarcimento seria ao Município.

A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER (RELATORA) – De qualquer forma também agrego que trouxe um meu em 12 de abril.

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Porque o preceito tem o seguinte teor:

[...]§ 5º A lei estabelecerá prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

Por que ressalvadas? A meu ver, porque o prazo prescricional já estava na legislação comum – cinco anos para a Administração Pública buscar o ressarcimento. Não concebo que, em um sistema em que há prescrição inclusive quanto a crime de homicídio, exista uma ação patrimonial imprescritível. Não concebo, Presidente! Quando o legislador constituinte quis afastar a prescrição, assim o fez, com todas as letras, no campo criminal relativamente a determinadas práticas delituosas – incisos XLIII e XLIV do artigo 5º da Constituição Federal.Por isso é que insisto em discutir a matéria e penso estar realmente submetida ao Plenário em repercussão geral. Não me lembro especificamente do caso concreto.

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - A matéria submetida ao Plenário, até mal colocada no meu modo de ver, porque é como se fosse uma improbidade, mas, na verdade, não é uma improbidade; é uma devolução de salários de um estado que de território passou a estado e tinha uma funcionária cedida.

A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER (RELATORA) - É da relatoria de Vossa Excelência inclusive.

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O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, não.

O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): É do Ministro Joaquim.

A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER (RELATORA) - Rondônia, lembrei. Não acho que seja bem a tese da imprescritibilidade. Eu só trouxe porque passou o outro aqui, ficou só vencido o Ministro.

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Na pauta está escrito.

O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): De qualquer sorte, há dois precedentes do Plenário.

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - No sentido da imprescritibilidade.

A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER (RELATORA) - Estou no precedente do Plenário.

Mantenho o meu voto.Decisão de Julgamento

EXTRATO DE ATA

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.268PROCED. : SÃO PAULORELATORA : MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : MEDICAL LINE COMÉRCIO E MATERIAL MÉDICO LTDAAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 22.5.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli.

Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.

CARMEN LILIAN OLIVEIRA DE SOUZASecretária da Primeira Turma

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Papel do Judiciário na revisão da remuneração dos servidores é tema de repercussão geralPor maioria de votos, o Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu

a existência de repercussão geral da matéria discutida no Recurso Extraordinário com

Agravo (ARE) 701511, interposto pelo município de Leme (SP) contra decisão do

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), que reconheceu a mora do

Executivo municipal e determinou ao prefeito o envio, no prazo de 30 dias, de projeto

de lei que vise a dar cumprimento ao direito constitucional dos servidores à revisão

anual de salários ou subsídios.

Em sua decisão, tomada no julgamento de mandado de injunção impetrado pelo

Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Leme, o TJ-SP apoiou-se no artigo 37,

inciso X, da Constituição Federal (CF), que assegura a revisão geral anual, por lei

específica, sempre na mesma data e sem distinção de índices, aos servidores públicos.

Como a prefeitura não tomou iniciativa de encaminhar ao legislativo municipal projeto

de lei nesse sentido, a entidade dos servidores recorreu à Justiça, alegando omissão.Fonte: STF

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Aproveitamento de créditos do ICMS em operações de exportação tem repercussão geralO Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a existência de

repercussão geral em tema tratado no Recurso Extraordinário (RE) 662976, no qual se

discute a possibilidade de aproveitamento, nas operações de exportação, de créditos

de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS)

decorrentes da aquisição de bens destinados ao ativo fixo de empresa.

O recurso foi interposto pelo Estado do Rio Grande do Sul contra decisão do Tribunal

de Justiça do Estado gaúcho (TJ-RS) que beneficiou uma indústria do ramo de

utilidades domésticas. Com a decisão do TJ-RS, a empresa poderia aproveitar créditos

originados da aquisição do ativo fixo – o conjunto de bens duráveis usados na atividade

NOTÍCIAS

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produtiva, como máquinas e equipamentos – em razão da imunidade assegurada à

atividade exportadora.

Segundo o relator do processo, ministro Luiz Fux, “a matéria em debate transcende o

interesse subjetivo das partes e possuiu grande densidade constitucional, na medida

em que discute a exata interpretação do conceito de operações que destinem

mercadorias para o exterior para fins de incidência da regra de imunidade, bem como o

critério adotado pelo legislador para a definição dos créditos dessa natureza”.Fonte: STF

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Julgamento de prefeitos por atos de improbidade tem repercussão geralA possibilidade de processamento e julgamento de prefeitos, por atos de improbidade

administrativa, com fundamento na Lei 8.429/92 é tema de repercussão geral. Essa

questão constitucional será decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na análise

do Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 683235. A repercussão geral foi

reconhecida por meio do Plenário Virtual da Corte.

Na origem, trata-se de ação civil pública por ato de improbidade ajuizada pelo Ministério

Público Federal (MPF) contra ex-prefeito de Eldorado dos Carajás (PA) sob alegação

de aplicação indevida e desvio de recursos do Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). A

sentença de procedência dos pedidos formulados da ação foi mantida em acórdão do

Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) para condenar o ex-prefeito nas

sanções dos artigos 9º, incisos X e XI; 10 e 11, inciso I, da Lei 8.429/92 [Lei da

Improbidade Administrativa].Fonte: STF

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SERVIÇO: Aplicativo oficial do STJ já está disponível para sistemas “Android”O Superior Tribunal de Justiça (STJ) lançou nesta segunda-feira (14) seu aplicativo

oficial de consulta a andamentos processuais para sistemas Android. Desde novembro,

o tribunal também oferece o aplicativo para iPhones.

Em ambas as versões, o usuário pode consultar os processos a partir do número de

registro (1997/000000X-X), classe e número (Ag 123456) ou número único do processo

(NUP). Além dos andamentos, é possível visualizar as próprias decisões e despachos. Fonte: STJ

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Transferência de terreno de marinha para integralização de capital social gera cobrança de laudêmioA Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a transferência de

domínio útil de terreno de marinha para integralização de capital social de empresa é

ato oneroso, de modo que é devida a cobrança de laudêmio. A tese foi definida em

julgamento de recurso repetitivo, o que orienta a partir de agora as demais instâncias

da Justiça brasileira. Fonte: STJ

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Recursos repetitivos: cabe mandado de segurança contra decisão que nega seguimento a recurso para o órgão especialA decisão que nega seguimento a recurso especial com base na Lei dos Recursos

Repetitivos pode ser contestada, por meio de agravo regimental, junto ao órgão

especial do tribunal local. Caso a presidência daquela Corte negue seguimento a este

agravo, é cabível o mandado de segurança contestando esta decisão. Este foi o

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entendimento da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no julgamento

de um recurso em mandado de segurança. Fonte: STJ

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Juiz não pode conceder tutela antecipada de ofício em ação civil públicaNa ação civil pública, não é possível a concessão, de ofício, da antecipação dos efeitos

da tutela. O entendimento é da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ),

ao analisar recurso do Banco BMG em processo no qual é contestada a cobrança de

taxa na quitação antecipada de empréstimos pessoais. A relatora é a ministra Nancy

Andrighi.

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) ajuizou ação civil pública, alegando a

ilegalidade da cobrança de 5% sobre o valor do débito, “quando da quitação antecipada

dos empréstimos pessoais contraídos pelos consumidores junto ao banco”. O órgão

obteve liminar, determinando ao banco abster-se de cobrar qualquer valor nas

quitações antecipadas de empréstimos pessoais, sob pena de multa diária de R$ 10 mil

para cada violação. Fonte: STJ

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FGV, Mackenzie e UFCG oferecerão disciplina que visa à formação dos futuros magistrados brasileirosA Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Rio de Janeiro, a Universidade Presbiteriana

Mackenzie, de São Paulo, e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na

Paraíba, serão pioneiras na implantação do projeto da Escola Nacional de Formação e

Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) que pretende levar as particularidades

humanísticas do ofício de magistrado para as salas de aula dos cursos de graduação

em Direito.

As três instituições foram as primeiras a responder ao convite da Enfam para oferecer a

matéria eletiva Magistratura – Vocações e Desafios. O programa, a didática e a

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bibliografia da disciplina foram elaborados pela equipe pedagógica da Escola Nacional.

O objetivo é introduzir a realidade cotidiana da magistratura, com suas

responsabilidades e dificuldades, aos graduandos em Direito e, assim, estimular

aqueles realmente vocacionados a seguir a carreira de juiz. Fonte: STJ

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É nulo contrato de adesão em compra de imóvel que impõe arbitragem compulsóriaO Código de Defesa do Consumidor (CDC) impede de modo geral a adoção prévia e

compulsória da arbitragem em contratos de adesão, mesmo de compra e venda de

imóvel. Para a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a previsão do

CDC não conflita com a Lei de Arbitragem e prevalece sobre esta em relações de

consumo.

A ministra Nancy Andrighi afirmou que o STJ já decidiu ser nula a convenção de

arbitragem inserida em contrato de adesão. Porém, nos julgamentos anteriores, não se

discutia a eventual revogação tácita da norma do CDC pela Lei de Arbitragem (Lei

9.307/96, em seu artigo 4º, parágrafo segundo). Fonte: STJ

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Prorrogação do contrato de locação por prazo indeterminado resulta na manutenção da fiançaA prorrogação do contrato de locação por prazo indeterminado resulta na manutenção

da fiança, exceto se houver manifestação contrária expressa no contrato. Durante a

prorrogação, o fiador pode se exonerar da obrigação por meio de notificação. Esse foi o

entendimento adotado pela Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para

se adequar à nova redação do artigo 39 da Lei do Inquilinato (Lei 8.245/1991).

Segundo o ministro Luis Felipe Salomão, antes da vigência da Lei 12.112/09 – que

promoveu a alteração do artigo citado –, o STJ só admitia a prorrogação da fiança nos

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contratos locatícios prorrogados por prazo indeterminado quando expressamente

prevista no contrato. Fonte: STJ

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Candidata que comprovou existência de cargo vago no quadro da AGU garante nomeaçãoA Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a nomeação de

uma candidata aprovada para o cargo de Administrador da Advocacia-Geral da União

(AGU). Os ministros entenderam que ela comprovou a existência de cargos vagos e

consideraram ilegal o ato omissivo da Administração de não nomear candidato

aprovado e classificado dentro do número de vagas oferecidas no edital. Fonte: STJ

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É possível a cumulação da multa contratual moratória e de indenização por perdas e danosA Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou que é possível a

cumulação da multa contratual por mora e da indenização por perdas e danos. O caso

julgado diz respeito ao atraso, por mais de um ano, na entrega de um imóvel. O casal

comprador pediu, em ações distintas, o pagamento dos lucros cessantes e da multa

contratual pela demora na entrega do apartamento. O relator, cujo voto foi seguido pela

Turma, é o ministro Sidnei Beneti. Fonte: STJ

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