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1 Município de São Bernardo do Campo Secretaria de Educação Departamento de Ações Educacionais Divisão de Ensino Fundamental e Infantil PPP 2017 EMEB Mariana Benvinda da Costa”

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Município de São Bernardo do Campo Secretaria de Educação

Departamento de Ações Educacionais Divisão de Ensino Fundamental e Infantil

PPP 2017

EMEB “Mariana Benvinda da Costa”

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SUMÁRIO

I – IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

1. Quadro de Identificação dos Funcionários 2. Quadro de Organização das Modalidades 3. Histórico da Unidade

II – CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA III- ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2016

1. Diretriz – Gestão Democrática 2. Diretriz – Qualidade social da educação por meio da prática pedagógica

3. Diretriz – Acesso, permanência e sucesso escolar 4. Avaliação da comunidade IV - CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA 1. Caracterização da comunidade 2. Comunidade Escolar 2.1. Caracterização 2.2. Plano de Ação para Comunidade Escolar 3. Equipe Escolar 3.1. Professores e Auxiliares em Educação .

3.1.1. Caracterização 3.2. Quadro de identificação

3.2.1. Quadro de identificação de professores e Auxiliares 3.2.2. Quadro de identificação oficiais, apoio e cozinha 3.2.3. Plano de Formação

A. As experiências nos tempos e espaços da infância B. O desenho como expressão do vivido, sentido, imaginado e desejado C. Protagonismo Infantil D. Biblioteca Escolar Interativa

3.2.1. Caracterização 3.2.2. Quadro de Identificação 3.2.3. Plano de Formaç 3.2.4. Avaliação do Plano de Formação 4. Conselho de Escola e APM

4.1. Composição do conselho de Escola 4.2. Composição da Associação de pais e mestres 4.3. Caracterização do conselho de escola e APM 4.4. Plano de ação do Conselho de Escola 4.5. Plano de ação da APM 4.6. Plano de aplicação dos recursos financeiros 4.7. Plano de Formação para Conselho de Escola e APM

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V – ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO 1. Objetivos 1.1.Objetivo da Educação Básica 1.2. Da Educação Infantil 2. Levantamento de Objetivos Gerais e Específicos 3. Levantamento dos Objetivos e Conteúdos por Área do Conhecimento 4. Avaliação das Aprendizagens dos Alunos 4.1. Educação Infantil 5. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos 5.1. Planejamento 5.2. Registro 5.3. Organização dos registros da ação formativa da equipe gestora

6. Reunião com pais e Período de adaptação 6.1. Reunião com pais 6.2. Acolhimento

7. Atendimento Educacional Especializado (A.E.E) 8. Projetos Coletivos da Unidade Escolar 8.1. Baú literário 8.2. Mostra Cultural e Dia da Família 8.3. Vale a pena ouvir de novo! 8.4. Para além dos muros da escola 8.5. Intersalas e Oficinas 8.6. Mural Literário 8.7. Encontro Cultural VI. CALENDÁRIO HOMOLOGADO VII. REFERÊNCIAS VIII. ANEXOS 1. Biografia da Patrona 2. Descrição da Estrutura Física da Escola 3. Materiais Pedagógicos e Equipamentos 4. Reforma da Unidade Escolar 5. Parecer qualitativo do PPP 2017

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I- Identificação da Unidade Escolar Escola Municipal de Educação Básica “MARIANA BENVINDA DA COSTA” Rua Aureliano de Souza, 01 Bairro Ferrazópolis – São Bernardo do Campo - Cep: 09781-120 Tel. 4127-3997 / 4339-5459 E-mail: [email protected] CIE: 077525 Equipe Gestora: Diretora – Priscila de Brito Coordenadora Pedagógica – Andréa Cristiane de Oliveira Orientadora Pedagógica: Eliana Cristina Mineli de Oliveira Modalidade de Ensino: Educação Infantil Períodos e horários de funcionamento para alunos: Manhã das 8h às 12h Tarde das 13h às 17h Períodos e horários de funcionamento para professores: Manhã: das 7h às 12h Tarde: das 13h às 18h Horário de atendimento da secretaria: 8h às 17h

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1.Quadro de Identificação dos Funcionários

Nome Matrícula Cargo Horário Férias Ana Beatriz Rofeld Sporn 40.123-1 Professora 13h – 18h Janeiro

Ana Roberta Massaini 23.831-9 Professora AEE 4ª f : 7h – 18h Janeiro

Andréa Cristiane de Oliveira 35.350-3 Coordenadora Pedagógica 9h – 18h Janeiro

Ângela Cristina dos S. Ferreira Sampaio GUIMA Auxiliar de limpeza 7h – 16h48 A agendar

Angélica Alves da Fonseca CONVIDA-1003627 Merendeira 7h – 16h48 A agendar

Antonia Michele da Silva Lima GUIMA Auxiliar de limpeza 7h – 16h48 A agendar

Bruna Gregorio Pereira 42.677-4 Professora 7h – 12h Janeiro

Clebia Silva do Nascimento 38.042-3 Professora 8h – 18h Janeiro

Cristiane Aparecida P. Gonçalves 37.196-3 Professora 8h – 18h Janeiro

Cristina dos Santos Silva 40.577-2 Auxiliar em Educação 8h – 17h Janeiro

Deborah Mirlly de Almeida Dias 37.363-0 Professora 7h – 12h Janeiro

Dirce Maria dos Santos 40.442-5 Auxiliar em educação 8h – 17h Janeiro

Elaine Patricia Caetano de Oliveira GUIMA Auxiliar de limpeza 8h12 – 18h A agendar

Erica Fernandes da Silva 61.994-3 Apoio 8h – 17h A agendar

Juliana Premozelli da Silva 40.019-6 Professora 13h – 18h Janeiro

Laudemir Carlos Ribeiro 30.518-6 Oficial de escola 8h – 17h Janeiro

Leticia de Oliveira Rosa 39.361-0 Professora 7h - 12h Janeiro

Lidumira Fernandes Campos 61.555-9/41.989-2 Professora 7h - 18h Janeiro

Maria de Lourdes dos Santos Pereira GUIMA Auxiliar de limpeza 7h – 16h48 A agendar

Mayara da Silva Santos 38.014-8 Professora 8h – 18h Janeiro

Odynelli Samara Araujo de Paula 79.435-5 Estagiária em pedagogia 7h – 12h Janeiro

Patrícia Aparecida Cesário da Silva 38.015-6 Professora 8h – 18h Janeiro

Priscila de Brito 25.869-0 Diretora 7h – 17h Janeiro

Rita de Jesus Silva GUIMA Auxiliar de limpeza 8h12 – 18h A agendar

Sandra Cristina Guedes Mendes 39.129-4 Professora 7h – 12h Janeiro

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Sidney Rogerio Rocha de Freitas 38.266-1 Professor 7h – 17h Janeiro Silvana Rodrigues dos Santos CONVIDA-1003519 Merendeira 7h – 16h48 A agendar

Tania Barbosa 36.190-2 Professora 7h – 12h Janeiro Vadja Romane Jacob 41.043-2 Oficial de Escola 8h – 17h Julho Vilma Belmonte Romera Irentti 38.933-8 Auxiliar em educação 8h – 17h Janeiro

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2.Quadro de Organização das Modalidades

Período Agrupamento Termo

Turma Professora Apoio Total de alunos por turma

Total de alunos por

período

Manhã

5 turmas

Infantil – II 3A Bruna Gregorio Pereira Cristina dos Santos Silva 23

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Infantil – III 4A Deborah Mirlly de Almeida Dias 26 Infantil – IV 5A Sidney Rogerio R. de Freitas 26 Infantil – V 6A Leticia de Oliveira Rosa Dirce Maria dos Santos 20 Infantil – V 6B Tania Barbosa Vilma Belmonte R. Irentti 19

Tarde

7 turmas

Infantil – III 4B Ana Beatriz Rofeld Sporn Dirce Maria dos Santos 26

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Infantil – IV 5B Patrícia Aparecida C. da Silva 26 Infantil – IV 5C Juliana Premozelli da Silva Vilma Belmonte R. Irentti 26 Infantil – V 6C Cristiane Ap. P. Gonçalves 20 Infantil – V 6D Mayara da Silva Santos 21 Semi-integral A Clebia Silva do Nascimento Cristina dos Santos Silva *25

Total de turmas

11 *Semi-integral – crianças já incluídas nas turmas da manhã. Total de alunos

atendidos pela escola

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3. Histórico da Unidade As instalações dos Centros de Convivência refletem a concepção de Política

Educacional da Secretaria de Educação e Cultura em 1989. Concebidos como um espaço integrado de educação, lazer e cultura, foram construídos o Centro de Convivência D. Jorge, no Areião; o Centro Convivência do Battistini e a nossa escola, Mariana Benvinda da Costa, no Ferrazópolis.

A escola foi inaugurada em 23 de fevereiro de 1992, atendendo à demanda popular, recebendo essa denominação por escolha da comunidade.

Nos anos de 1994, 1995, 1996, a quadra de esportes foi utilizada para instalar as

famílias de pessoas desse e de outros bairros, desabrigadas pelas enchentes. A situação prejudicou muito o funcionamento da EMEB, se por um lado, nos dois primeiros anos nos levou a produzir projetos educativos discutindo questões do meio ambiente, tipos de moradia, formas de melhorar a vida do bairro, por outro, acomodou o poder público durante 06 meses. Ao longo de todo o ano de 1996 foram abrigadas cerca de 200 pessoas e os transtornos inumeráveis.

Em 2003 a quadra de esportes foi reformada pela Secretaria de Esportes e constitui um espaço importante para a comunidade que tem atividades desenvolvidas por professores que lecionam várias modalidades esportivas para os jovens, crianças e ginástica feminina. No início de 2005 o espaço da quadra foi ocupado novamente para o alojamento de desabrigados pelas chuvas. As famílias foram levadas para um novo alojamento provisório a partir de abril e a quadra foi reformada novamente.

Em 09 de agosto de 2005, foi inaugurada nossa Biblioteca Escolar Interativa. As obras para a construção iniciaram no final do mês de novembro de 2004.

Para a escolha de seu nome foi solicitado sugestões aos pais e para toda a equipe escolar. O nome do “rei do Baião”, Luiz Gonzaga foi acolhido em dezembro de 2004. Nome representativo em nosso bairro em virtude por este ser formado por sua maioria nordestina.

A biblioteca conta com quatro mil exemplares de diversos temas, tais como: artes, ciências sociais, filosofia, matemática, literatura além de Cd´s e Dvd´s, revistas, jornais e

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gibis. Tudo isso com o objetivo de ampliar o repertório informacional e cultural dos alunos, professores e comunidade, tornando-os participantes ativos da sociedade em qual vivem.

Observamos que a partir de 1999 começamos a elaborar com a denominação de Projeto Pedagógico Educacional o novo norteador para o trabalho a ser desenvolvido na escola junto a seu entorno. Até então, produzíamos o Plano de Trabalho Anual no qual constavam aspectos legalmente determinados para o funcionamento da escola e nos amparávamos pedagogicamente na Proposta Curricular da Rede produzida em 1989. Ressaltamos, ainda, que desde os planos de trabalho produzidos em 1993 registramos no grupo de educadores uma forte disposição em participar nos momentos de formação - na época restritos às reuniões pedagógicas – e nas discussões que norteavam nossas ações.

Todo ano em nosso PPP apontamos, a partir da avaliação da comunidade e da equipe escolar, um projeto coletivo a ser desenvolvido nas diferentes turmas durante o ano e que culminará na “Mostra Cultural” da Unidade em meados do último trimestre. Nossa primeira mostra Cultural foi em 1993 “A escola e sua importância em nossa vila”, e na sequencia “A construção da casinha” (94), “Os povos do mundo e as diferentes culturas” (95), “Arte na

pré-escola – Os pintores” (95), “O supermercado” (96), “Música” (97), “Feira: Da produção a venda” (Semi 98), “Livro de poesia” (98), “Livro da mãe” (98), “Folhetos com as brincadeiras

favoritas da turma” (98), “Lojinha entre classes” (98), “Uma viagem pelo corpo humano” (99),

“Arteiros e artistas” (2000), “A diminuição do lixo: Uma proposta de reutilização e reciclagem” (2001), “Diferentes povos das diferentes culturas do mundo” (2002), “Comunicando,

comunicação” (2003), “A Melhora do Meio Ambiente” (2004) , “Aprender e Criar é só

começar”(2005), “Sons, Cores e Histórias que acontecem no Mariana Benvinda ” (2006),

“Sensações e Emoções: quem vier sentirá” (2007), “Diversidade é que é legal!” (2008);

Ciranda, cirandinha vamos todos cirandar...brincar...cantar...desenhar...pintar...cozinhar (2009); Um mergulho no mar de aventuras: brincadeiras, artes, animais, corpo humano, quadrinha e horta (2010); Explorando a vida no planeta Mariana: nossos saberes, sabores, cores, formas e brincadeiras (2011); “Um cadinho de Nordeste no Mariana: músicas, danças

e mais alguns borogodós” (2012); Descobrindo e vivenciando o mundo ao meu redor (2013); Ser criança (2014); Sustentabilidade (2015); Brincar, aprender e fazer acontecer (2016).

No ano de 2014, através do Orçamento Participativo, escola e comunidade conseguiram a aprovação da reforma da Unidade Escolar, que seria desenvolvida nos anos de 2015 e 2016. Em dezembro de 2016 em reunião com pais e comunidade, o SR. Paulo Dias, secretário da Educação, entregou formalmente um projeto que visava além de uma reforma e ampliação, mas a construção de uma nova Unidade para o atendimento da creche, infantil e fundamental. Com a mudança de administração, devido eleições municipais, estamos no aguardo dos próximos encaminhamentos.

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II – CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA Criança A criança é sujeito de direito, ativa em seu processo de aprendizagem, interage com o

meio interpretando e apreendendo o mundo a partir de suas vivências e de características próprias peculiares do seu processo de desenvolvimento.

Todos são capazes de aprender, observando o princípio da inclusão e das necessidades individuais de cada criança.

O aluno é considerado como centro do processo de aprendizagem, portanto é a partir de seus conhecimentos e das características de sua faixa etária, que elencamos os objetivos e propostas a serem desenvolvidos durante o ano letivo.

Ensino O ensino é concebido considerando a criança como sujeito de direitos e como tal é

respeitada no seu direito a aprender, no seu estágio de desenvolvimento, nos conhecimentos e cultura que traz consigo, nos seus interesses e necessidades de aprendizagem.

A instituição de Educação Infantil deve oferecer às crianças condições de aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de situações pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelos adultos oportunizando o acesso a cultura em sua amplitude.

A intencionalidade educativa deve nortear as ações do professor na escola. Para que as aprendizagens se efetivem, é necessário o respeito às necessidades e possibilidades de cada um, observando o princípio da diversidade.

A construção do vínculo entre educador e aluno requer do educador que esteja comprometido com o outro, com suas necessidades e confiante na capacidade de aprendizagem dos alunos. Todas as pessoas que trabalham na escola devem ser entendidas como educadoras.

Aprendizagem A aprendizagem se dá na interação do sujeito com o meio a partir de sua necessidade,

interesse e estímulo. A criança aprende vivenciando experiências significativas da sua cultura. Quanto mais ricas forem as experiências proporcionadas a ela melhor será a qualidade de sua aprendizagem.

No ambiente escolar essa aprendizagem não ocorre de forma espontaneísta. É preciso criar situações de aprendizagem nas quais os alunos coloquem seus conhecimentos em xeque, relacione o que sabe com os novos desafios apresentados pelo professor, em um movimento de desconstrução e reconstrução de saberes.

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III. ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2016

Realizamos a avaliação do ano letivo em três etapas: a primeira em HTPC, na qual

discutimos aspectos formativos ocorridos em devolutivas e reuniões pedagógicas, HTPC, HTP, e demais encontros envolvendo o processo de reflexão e qualificação da prática. No segundo momento, realizamos avaliação com toda equipe escolar em reunião pedagógica. O terceiro e último momento envolveu a avaliação com a comunidade. Enviamos para casa um questionário descritivo com questões relativas a aprendizagem dos alunos, trabalho da realizado por toda equipe escolar, conselho de escola e APM, segurança, eventos, comunicação escola x família e demais aspectos da rotina escolar.

Assim como no início do ano, as diretrizes elencadas por São Bernardo do Campo foram consideradas como eixos norteadores para qualificarmos nossas metas e consequentemente nossa avaliação. Para cada diretriz: Gestão democrática, Qualidade Social da Educação por meio da prática pedagógica, acesso e permanência e sucesso escolar, buscamos em nosso PPP ações e compromissos correspondentes e desta forma avaliarmos se houve ou não efetivação das metas elencadas, avanços observados e encaminhamentos para 2017.

1. Diretriz: Gestão democrática

A escuta atenta as falas das famílias foi um dos aspectos destacados pelo grupo como

balizador de uma gestão democrática. Conseguimos incorporar a rotina diferentes momentos em que a escuta respeitosa se fez presente: HTP, Reunião com pais, Reunião com Conselho de escola, momentos nas entradas e saídas das crianças, acesso irrestrito a gestão, HTPC, entre outras. O diálogo se estabeleceu em vários momentos cotidianos, não havendo a necessidade de esperar a reunião com pais para acolhermos sugestões, dúvidas, reclamações e felicitações.

Outro aspecto relevante e cuidado por toda equipe, foram as reuniões com pais com enfoque formativo. Algumas professoras relataram ter conseguido realizar reuniões com esse objetivo, nas quais temáticas de interesse dos pais, necessidade do grupo ou da professora foram destacados. Foram utilizados textos e dinâmicas para acolher e abordar diferentes assuntos pertinentes a rotina da sala de aula. Em algumas turmas as expectativas do ano foram colhidas e retomadas na última reunião, em outras os pais puderam deixar textos, desenhos, construir capas de caderno e escolher livros para seus filhos. Essas práticas foram consideradas exitosas e indicadas para continuidade no próximo ano. Avaliamos que os textos trabalhados em reunião com pais devem ser cuidadosamente escolhidos, evitando crivo moralista e receituário. Estes devem abordar aspectos da aprendizagem das crianças em consonância com o trabalho desenvolvido pelo professor. Indicamos para 2017 a solicitação da parceria com as famílias para a revitalização dos espaços coletivos da Unidade, construção e participação em etapas do projeto , novidades sobre o que as crianças estão aprendendo, montagem de murais com a apresentação do trabalho desenvolvido e produções das crianças.

A mostra cultural, outro momento de compartilhamento do trabalho desenvolvido na escola com as famílias, foi considerado um importante instrumento e espaço de aprendizagem para todos os envolvidos. Consideramos que o envolvimento das famílias é maior quando participam de etapas do projeto, quando existem salas com vivências interativas sobre o tema apresentado, ou projetos que ensinam e/ou fornecem dicas práticas para o dia-a-dia das famílias. A ampliação da participação das famílias na mostra cultural se configura em um objetivo a ser alcançado, pois observamos que esta é maior quando os

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encontros tem caráter festivo ou contam com apresentações das crianças. Validamos a autoria das crianças como ponto fundamental a ser mantido e garantido em todas as propostas desenvolvidas na escola.

A respeito do fortalecimento dos órgãos colegiados, neste ano conseguimos acordar com os participantes o melhor dia e horário para as reuniões, anexar a planilha de prestação de contas no mural de avisos da Unidade, assim como envia-la aos professores e funcionários; colocar pauta de discussão nos bilhetes enviados às famílias; ligar antecipadamente para os membros relembrando a data da reunião, abrir a reunião para todos os pais, mesmo aqueles que não são membros oficiais, garantir a presença dos professores de 40h para facilitar a representatividade dos professores que muitas vezes não conseguem sair da sala de aula. Para o próximo ano reiteramos duas metas sobre as quais não obtivemos êxito: eleger um representante de cada turma para participação no conselho de escola ou APM e que os representantes das turmas tenham uma fala na reunião de pais para apresentação do trabalho desenvolvido pela APM e Conselho de Escola. Outras sugestões apresentadas foram: colocação de cartazes no portão com chamadas para os assuntos a serem tratados em APM, texto mais informal, convidativo, frisando aspectos importantes da pauta do dia; ligar ou mandar bilhete sentindo a falta na reunião e convidando para próxima.

Em relação as parcerias com programas e dispositivos da comunidade, consideramos que este foi um ano rico e produtivo: realizamos parceria com o SAMU para uma roda de conversa a respeito de procedimentos a serem tomados em casos de acidentes envolvendo crianças; Parceria com a zoonoses para o trabalho sobre o mosquito Aeds Egipyt; com a GCM para apresentações de peças teatrais ligadas ao meio ambiente e com a dentista da UBS para reuniões com pais abordando a saúde bucal das crianças. Para o próximo ano, elencamos a Parceria com o conselho tutelar para conversas junto aos professores e famílias, no intuito de explicar o trabalho desenvolvido por este órgão e a atuação frente a garantia dos direitos das crianças; ação junto ao corpo de bombeiros, contato com o grupo crianceiras, clac do Baeta, fundação criança, centro Guazelli afim de expandirmos vivências ricas e diferenciadas. Por diversas vezes, realizamos contato com a EMEB André Ferreira a fim de conseguimos realizar parcerias para leitura entre infantil e fundamental, com o tempo de escola, entre outras, mas infelizmente não houve devolutiva por parte da outra equipe gestora.

2. Diretriz: Qualidade Social da Educação por meio da prática pedagógica

Em 2016, a partir das discussões e estudo formativo sobre registro e planejamento em 2015, acordamos o compromisso em grupo, para o planejamento das atividades pedagógicas em exercitar o registro em um instrumental que revelasse além das atividades, os objetivos e o desenvolvimento das propostas. Ao fim do ano letivo avaliaríamos e faríamos os ajustes necessários. Uma parte, do grupo de professoras, avalia a experiência positivamente, dizem que conseguiram trabalhar o ano inteiro com o instrumental e ter encontrado dificuldades no inicio, pois não conseguiam dar conta de tudo que planejavam para a quinzena, algumas realizaram o ajuste de seu plano para o mês, outras continuaram com o quinzenal. Também observaram que os objetivos ficavam amplos e aos poucos foram delineando objetivos mais específicos, então adaptaram-se bem. A maioria das professoras relata não ter realizado o exercício desse registro de forma sistemática. Algumas justificam terem encontrado dificuldades em eleger os conteúdos e as aprendizagens para cada faixa etária. Uma pequena parte considera que conseguiu contemplar tudo no projeto e nas sequenciadas. Outras professoras relataram que a dificuldade foi em se organizar dentro do modelo proposto, pois ao planejar observava que as propostas eram as mesmas já descritas

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nos projetos, e não conseguia vislumbrar em sua rotina quais as atividades que deveriam ser apontadas nesse instrumental. O grupo coloca como desafio para 2017 continuar o exercício, mas a partir de referenciais para nortear a escolha dos objetivos para cada faixa etária, e realizar com mais frequência uma avaliação para os ajustes.

Sobre a socialização de práticas do trabalho com Artes entre as professoras como estratégia para análise, avaliação e ampliação do trabalho realizado com as crianças, a maioria do grupo avalia como muito produtivo, pois ampliou as possibilidades do fazer artístico, nutriu o grupo e promoveu a valorização do trabalho realizado e possibilitou compreender melhor a concepção pedagógica da escola. Algumas professoras relatam que no início sentiram dificuldades em compreender o trabalho da escola, mas com o exercício da prática o trabalho passou a fluir. A maioria indica a continuidade dessa proposta de avaliação para o próximo ano. Uma professora indica a ampliação dessa estratégia para outras propostas, com o intuito de conhecer os projetos das turmas: como foi feito e como poderia ser ampliado. Sentiu falta de saber o que fazer com infantil IV, precisou da parceria com outra professora. Indica que ao próximo grupo ter referências do trabalho realizado por este grupo, para que não se sintam tão perdidas ao chegar na escola.

Sobre a formação em Matemática na educação infantil, algumas professoras a avaliaram como muito produtiva. A socialização e vivência com jogos foram enriquecedores e ampliaram o conhecimento sobre as possibilidades de trabalho e aprendizagem com esse recurso. Uma professora relatou que investiu muito no trabalho com jogos e avaliou que as crianças são muito capazes, que mostraram muita habilidade e capacidade de raciocínio ao jogarem. Outra professora conta que passou a observar que muitas das perguntas das crianças no dia a dia têm relação com o conhecimento matemático trabalhado. Uma professora relata que possibilitou a ela trabalhar bastante com conceitos matemáticos do cotidiano da sala de aula. Uma terceira diz que sentiu dificuldade em trabalhar com jogos, pois sua turma se dispersa muito. E a dificuldade em adaptações das propostas para turma do infantil II foi um desafio para a professora dessa faixa etária. A coordenadora pedagógica observou um grande destaque na maioria dos relatórios de aprendizagem das turmas para os conteúdos e as aprendizagens em Matemática. As demais não se manifestaram sobre o aproveitamento das discussões e estudo sobre o tema e sobre a transposição para a prática dos conteúdos abordados na formação.

A formação em artes foi avaliada pela maioria como muito enriquecedora. s estudos, as discussões, vivencias e analises de atividades possibilitaram ampliar o conhecimento sobre o desenvolvimento gráfico das crianças, possibilitou olhar para as produções e compreender o percurso da criança, seus avanços e necessidades. Possibilitou também às professoras investir com maior clareza para que as crianças saíssem da exploração e passassem a criar e produzir com intencionalidade, ampliando o repertório para criar e desenvolver a autonomia em seu percurso criador. Essas professoras indicam a continuidade desse trabalho formativo com ênfase na análise, estudo e reflexão sobre os desenhos com intuito de ampliar a prática pedagógica.

O tema formativo Resolução de conflitos e Desenvolvimento da autonomia moral, foi avaliado por grande parte do grupo como bastante produtiva. Relatam que esse tema mexeu muito com elas, que tinham dúvidas em como fazer intervenções, que algumas até sabem o que é pra fazer, mas na prática acabam por fazer diferente. Algumas professoras avaliam que seu grupo mudou muito, que conseguem buscar a resolução de conflitos com mais autonomia, e isso as deixam menos sobrecarregadas, pois descentralizam todas as resoluções na professora. Observam que as crianças mais tranquilas conseguem resolver os conflitos de maneira mais autônoma, mas as crianças mais difíceis precisam da intervenção direta do professor na medida em que vão aprendendo a resolver conflitos através do diálogo. Uma professora diz que o grande desafio para ela é tentar colocar em prática,

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conversar com as crianças, “Com algumas crianças não adianta bater de frente, pois se jogam, fazem birra”.

Sobre o tema Alfabetização e letramento, parte do grupo de professores, avalia que as discussões e estudo possibilitaram o esclarecimento de algumas duvidas sobre o trabalho na educação infantil, sobre a importância da ênfase no investimento em propostas com a leitura, sobre a necessidade de adequar os desafios considerando os diferentes saberes das crianças, sobre o trabalho com duplas produtivas. O grande desafio para uma professora é possibilitar às crianças que já se apropriaram da leitura, propostas desafiadoras que as façam avançar.

As devolutivas do acompanhamento pedagógico foram avaliadas pela maioria do grupo como muito produtivas, enriquecedoras. Avaliam que foi importante o olhar da coordenadora para avaliar a prática e indicar o avanço do professor. As conversas sobre o trabalho realizado foram interessantes na medida em que possibilitaram compreender melhor as indicações e apontamentos nas devolutivas. As indicações do grupo para 2017 são: devolutivas mais frequentes, definir um cronograma para devolutiva das atividades, que as orientações sejam no sentindo de apontar se o professor deve continuar em seu percurso ou deve rever seu trabalho, orientar a escrita dos relatórios elaborando em parceria com a professora. Existe um anseio que seja fornecido um modelo de relatório, o que necessitará de reflexão sobre a finalidade deste documento.

3. Diretriz: Acesso, permanência e sucesso escolar

Da elaboração de rotinas a partir das necessidades dos sujeitos, elencamos para foco

de avaliação e reflexão: o Encontro cultural quinzenal, a intersalas, mural literário, quadro coletivo de falas das crianças, uso da biblioteca como espaço multimídia e proposta de atividades de passagem para evitarmos os tempos de espera improdutivos.

Quanto ao encontro cultural quinzenal, nos quais professores e crianças de uma ou mais turmas oportunizam para todo grupo uma apresentação compartilhando um pouquinho do dia a dia da sala de aula, as professoras consideraram que a linguagem da mímica, trazida este ano foi inovadora e agradou a todos, pois possibilitou ao grupo uma experiência diferenciada. Outro aspecto positivo foi o envolvimento de outros segmentos nas apresentações e participações especiais. Avaliaram que o planejamento em duplas foi mais produtivo do que o coletivo, pois desta forma conseguiram garantir com eficácia a realização da proposta, o que não ocorreu quando todas ficaram responsáveis pela mesma.

Quanto a proposta de diversificada entre todas as turmas a cada quinze dias, consideraram muito rica, pois as crianças gostavam de estar com os amigos e as professoras avaliaram que a troca entre diferentes idades favorece aprendizagem. Deram um destaque especial para a brincadeira simbólica com Pet shop, visto o sucesso entre as crianças. Algumas professoras relataram que enriqueceram as diversificadas com panfletos de supermercado, recicláveis, equipamentos, blocos de anotação, entre outros. O intuito foi promover uma brincadeira simbólica com vários recursos encontrados nos espaços sociais e que ampliassem o repertório das crianças.

Em relação ao Mural literário com indicações de boas leituras, as professoras consideraram uma prática interessante, a qual envolveu as crianças de forma significativa. Durante o ano esse projeto foi ampliado com indicações de Histórias de autoria do grupo, indicações de parlendas trabalhadas, de revistas recreio, jornais, CD’s, vídeos, advinhas, entre outras. Indicaram para o próximo ano mantermos o cronograma fixado no mural; a manutenção dos suportes dos livros e compra de revisteiro horizontal para acomodar livros grandes. Sugeriam que a oficial da BEI, faça indicações de livros interessantes e pouco explorados pelas crianças tanto no mural como na biblioteca circulante.

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Quanto ao quadro “Vale a pena ouvir de novo”, foi sugerido que este seja colocado em um local onde os pais possam ter acesso mais facilmente, um formato que chame atenção, com desenhos, na altura das crianças e que sejam colocados papéis em branco para que os pais também possam escrever falas das crianças.

Em relação a utilização da Biblioteca interativa como um espaço multimídia, algumas professoras disseram ter usado mapas, vídeos para pesquisa, contações e leituras. A parceria com a oficial da biblioteca foi apreciada, visto que a mesma buscou auxiliar os professores na separação de livros solicitados para projetos, organização do espaço para acolher as atividades propostas, apresentação de teatro com varetas e áudio livros, além da contribuição semanal no dia de empréstimo de livros. Para o próximo ano indicamos a avaliação do melhor dia para a biblioteca circulante, visto que feriados e emendas muitas vezes prejudicam essa proposta; Que uma vez por mês a oficial da BEI selecione para empréstimo os livros pouco acessados; que a parceria para contações entre professoras e oficial seja maior; que as professoras sejam comunicadas sobre quais livros não retornaram de forma a realizar uma ponte entre a família e a escola; troca da pasta por sacolinhas a serem decoradas pelas crianças e famílias; parceria com EMIP para costura das sacolinhas.

Outro aspecto avaliado e considerado pelo grupo foi o tempo de espera nas trocas de atividades e preparação para saída das crianças. As professoras apontaram que as músicas e leituras são as atividades mais comuns para esse momento. Indicamos que para 2017 essas propostas possam ser ampliadas, considerando jogos e brincadeiras, além de passatempos, dessa forma os tempos diferenciados das crianças serão considerados.

4. Avaliação da comunidade

A avaliação com a comunidade é um instrumento utilizado como norteador do trabalho realizado durante todo o ano letivo. Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais demandam maior apoio, é por meio dela que podemos rever as metas e ações atingidas e não atingidas, para a partir daí reestruturarmos e repensarmos nossas metas e ações para o próximo ano letivo.

Enviamos o instrumental avaliativo para as famílias em forma de questões abertas e descritivas, sobre as quais os pais e responsáveis poderiam apontar pontos positivos, negativos e sugestões. Na avaliação abordamos questões como: desenvolvimento das crianças, atendimento a direção e secretaria, estrutura do espaço físico, comunicação entre escola e família, trabalho desenvolvido por professores, auxiliares, estagiarias, trabalho da APM e Conselho de Escola, reuniões com pais, sábados letivos, participação das famílias na vida escolar das crianças e segurança da escola. A avaliação desses itens visa o replanejamento de ações da unidade escolar para 2017,

Atualmente nossa escola atende 272 alunos, obtivemos o retorno de 116 avaliações, acreditamos que este retorno pode ser maior, na medida em que nos organizarmos para enviar a avaliação com maior antecedência.

Quanto ao desenvolvimento das crianças em relação a aprendizagem, interação com as demais crianças e interesse em participar das atividades escolares, os familiares avaliaram que a aprendizagem das crianças ocorreu de maneira satisfatória. Em muitos aspectos houve ótimo desenvolvimento como, por exemplo: a escrita do nome, contagem, oralidade, interação com os coleguinhas, gosto por desenhar, pintar e ao aprendizado na divisão de brinquedos. Alguns relataram que é notável o interesse e o entusiasmo das crianças para vir para a escola, chegam em casa contando o que foi feito no dia (atividades, passeios, projetos, músicas).

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Em relação ao atendimento da direção, vice-direção e coordenação pedagógica, no que tange o acolhimento e encaminhamento dados às dúvidas e problemas apresentados e a relação com as crianças, famílias e comunidade, foi avaliado que o atendimento da direção e coordenação é muito bom. Todos são atenciosos, educados e sempre que necessário foram prontamente atendidos. Todos recebem e tratam as crianças com muito respeito e atenção. Que o atendimento é muito eficiente. O oficial de escola sempre muito atencioso e disposto a ajudar e a solucionar os problemas.

No item estrutura e espaço físico: organização, limpeza, entrada e saída dos alunos, a equipe de apoio foi bem elogiada tanto em relação a limpeza quanto a atenção dispensada as crianças. “A escola esta sempre limpa e organizada e os espaços bem cuidados.”

Em relação a entrada e saída percebe-se a preocupação de sempre ter alguém da gestão para receber as crianças, sempre com sorriso e orientando-os a não correr. Neste item foi sugerida a reformar a escola e acompanhamento da GCM nos momentos de entrada e saída.

Quanto a comunicação entre escola e família avaliaram que a agenda é um ótimo meio de comunicação. Os bilhetes e o calendário mensal são enviados com antecedência, favorecendo que os pais se organizem para participar dos eventos e atividades que acontecerão na escola. A avaliação do trabalho dos professores e auxiliares quanto as atividades propostas, acolhimento às crianças e as famílias e resolução de conflitos, os professores e auxiliares foram bem avaliados. As atividades propostas contribuem para o aprendizado das crianças e na resolução de conflitos a professora tem o cuidado em avisar por meio de bilhete.

Em relação ao trabalho realizado pela APM e Conselho de escola, quanto a aquisições de materiais, brinquedos, organização de passeios, eventos e festas, reuniões com secretário de Educação para tratar da segurança da escola, abertura da turma do integral e reforma da escola. Grande parte dos pais não soube avaliar esse item, pois desconhecem o trabalho que é realizado pela APM e o Conselho de Escola por não ter tempo para participar das reuniões devido aos horários de trabalho. A reunião com o Secretario de Educação Paulo Dias houve pouca participação dos pais.

Sobre os itens avaliados na reunião com pais: Assuntos abordados, Dinâmicas, acolhimento, trabalho apresentado, relatórios de aprendizagem, esclarecimento de dúvidas, resolução de problemas e gestão do tempo. As reuniões foram avaliadas como bem cuidadas e esclarecedoras. Momento em que pode ser feita a leitura dos relatórios, ver as atividades realizadas pelos filhos. Algumas famílias sugeriram reuniões no período da noite.

Os sábados letivos com propostas de brincadeiras tradicionais e mostra cultural foram bem avaliados pelas famílias. Segundo alguns as brincadeiras permitiram aos pais voltarem a infância junto com as crianças. A Mostra Cultural também foi bem avaliada. Os pais gostam e apreciam muito ver as atividades feitas pelas crianças.

Sobre a participação na vida escolar das crianças comparecendo às reuniões, eventos e solicitações da professora; Acompanhamento da agenda e calendário; Conversas com seu (a)filho sobre sua rotina na escolar e leitura dos livros levados da biblioteca circulante. As famílias apontam que procuram conversar com os filhos para saber como foi o dia de aula, as atividades feitas, assim como olhar a agenda diariamente.

O empréstimo foi bem avaliado. Além da escolha semanal dos livros, esta proposta permite um momento junto com as crianças. Os pais avaliam que é muito importante incentivar a leitura desde pequenos.

Em relação a segurança da Unidade esse item foi avaliado como regular, pois falta segurança e o entorno da escola é muito perigoso. Os pais em sua maioria sugerem o acompanhamento da GCM não só na entrada e saída dos alunos, mas também em período integral.

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IV - CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA

1. Caracterização da Comunidade

As casas mais próximas da escola são de alvenaria, muitas delas sobrados; servidos por rede de água, esgoto e eletricidade. Algumas mais afastadas, localizadas nas vielas do Jardim Limpão, não possuem esta infra-estrutura, pois o local é uma comunidade que está passando por um processo lento de urbanização.

O Bairro conta com uma pequena estrutura de serviços, esporte e cultura. Próximo ao posto policial, temos o Centro cultural Jacomo Guazzelli, com propostas culturais e esportivas para comunidade. No terreno localizado atrás da escola, existe uma Quadra de Esportes da Prefeitura que oferece algumas atividades para crianças e adultos sob coordenação de professores como ginástica, escolinha de futebol, basquete e voleibol. Neste ano, as terças-feiras e quintas-feiras faremos parceria com os profissionais que atuam neste espaço através do Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC), que tem por objetivo proporcionar a prática de atividades físicas, culturais e de lazer para todas as faixas etárias. Inicialmente a parceria acontecerá com as turmas de 4 e 5 anos nos dois períodos e para o segundo semestre incluiremos com nossos pequenos de 2 e 3 anos. Serão realizadas mensalmente reuniões entre a diretora e a equipe do programa para refletirmos sobre as avaliações, apontamentos, propostas e novos direcionamentos.

Há uma Sociedade Amigos do Bairro e as benfeitorias conseguidas resultam, em grande parte, das ações organizadas da Sociedade, responsável direta pelo asfaltamento, iluminação das ruas, criação de escolas, compras comunitárias... e comércios em geral (sacolão, açougue, farmácia, mini-mercados...), que vem apresentando expansão principalmente no que se refere ao pequeno empresário, com lojas de preço único, pequenos restaurantes, comércio de garagem, entre outros.

Em 2012 tivemos a inauguração do Shopping São Bernardo Plaza, que constituiu mais uma opção de lazer para as famílias da região.

A população do bairro também conta com uma Unidade Básica de Saúde (com atendimento diário de pediatras e tratamento odontológico para as crianças. A psicóloga destina um dia no mês para o agendamento das sessões para atendimento da população), um Posto Policial e várias linhas de transporte coletivo realizado pelas empresas: Transbus e SBC Trans.

Em relação aos serviços educacionais públicos prestados à comunidade temos as EMEBs Antônio José Mantuan e Manoel Torres de 0 a 3 anos; Di Cavalcanti, Hygino Baptista de Lima, Mariana Benvinda da Costa e Maurício Caetano de Castro I de 3 a 6 anos; André Ferreira, José Luiz Jucá e Mário Martins de Almeida, ensino fundamental, Escola Municipal de Iniciação Profissional Miguel Arraes de Alencar e as Escolas Estaduais Luiza Collaço e Maria Cristina S. Miranda, a partir do 6º ano. Em 2016 foram inauguradas as EMEB’s de tempo integral EMEB Marcos José Ribeiro (atendimento de 0 a 6 anos) e Valter Carmona (atendimento de 0 a 3 anos).

O bairro dispõe apenas dos serviços de Bibliotecas Escolares Interativas situadas nas EMEBs: Di Cavalcanti, Hygino Baptista de Lima, Mariana Benvinda da Costa, André

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Ferreira, José Luiz Jucá e Mário Martins de Almeida, que realizam o atendimento à comunidade uma vez por semana.

Cabe ressaltar que o atendimento à comunidade nas Bibliotecas Interativas nas EMEBs, é realizado por um auxiliar de biblioteca ou oficial de escola.

Atualmente o atendimento à Comunidade nesta unidade foi suspenso, devido a vulnerabilidade do entorno. O empréstimo de livros é realizado apenas para os funcionários e alunos da U.E. 2. Comunidade Escolar 2.1 Caracterização

Em março de 2017, realizamos uma nova caracterização da comunidade escolar, feita anteriormente no ano de 2015. A pesquisa foi composta por questões fechadas com alternativas e questões abertas, possibilitando aos pais apontarem pontos negativos, positivos e sugestões. O objetivo da pesquisa é compreender melhor o dia-a-dia das crianças e suas famílias, relacionando os dados levantados as metas, objetivos e propostas elencados em nosso PPP. Foram enviadas 333 pesquisas aos pais/responsáveis pelos alunos, sendo 160 respondidas, representando 67% da escola. Sobre este aspecto, para o ano de 2019 pretendemos entregar a nova pesquisa na primeira reunião com pais, para que possamos dialogar com a comunidade sobre a importância deste instrumento para construção do PPP e desta forma conseguirmos um maior número de devolutivas.

A pesquisa apontou que aproximadamente dois terços das famílias são da região sudeste, com predominância de São Paulo, e um terço da região nordeste, incluindo aqui demais regiões com menor expressividade em relação a quantidade.

A média de idade dos pais está entre 20 e 30 anos. Nota-se que os pais com idade superior a 30 anos são advindos da região nordeste, já os pais com menos de 30 anos, em sua maioria são nascidos na região sudeste.

Quanto a escolaridade aproximadamente 8% possui Ensino Fundamental incompleto, 22% fundamental completo, 9% Ensino Médio completo incompleto, 54% Ensino médio completo e 7% Ensino Superior.

No item trabalho, percebemos que em relação a 2015 onde o número de pessoas com carteira assinada chegava a 70%, tivemos um aumento de pessoas desempregadas e autônomas. Aproximadamente um terço declara estar desempregado e dois terços são autônomos e com carteira assinada, sendo esta última de maior representatividade.

São diversas áreas em que os pais e responsáveis pelos alunos trabalham, podemos citar: vendas no comércio em geral, indústria, auxiliar de limpeza, babá, ajudante geral, pedreiro, eletricista, mecânico, funileiro, cabelereiro, manicure, professor, etc.

A média de pessoas que moram junto com a criança na casa é de três a quatro, sendo tios, primos, irmãos, avós. Na ausência dos pais durante o período que estão trabalhando e fora do horário de aula, as crianças são cuidadas em sua maioria por tios, avós ou irmãos mais velhos.

Quanto ao recebimento de benefício, um terço das famílias recebem algum tipo de benefício, seja bolsa família, LOAS, auxílio aluguel, leite, entre outros. Aqui também podemos observar uma mudança em relação a 2015, onde 80% das famílias recebiam benefício.

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As famílias possuem como lazer as visitas às casas dos parentes, a participação nos cultos religiosos, passeios a parques públicos. Poucas famílias declaram ter acesso ao teatro, apontando aqui uma necessidade de incluirmos este local como proposta de estudo do meio. Em relação ao acesso aos meios de comunicação, a televisão ainda é a forma mais acessível de informação e lazer, seguida da internet. Isso reforça a condição de qualificarmos ainda mais o uso da televisão e internet como recurso Educacional Intencional dentro do espaço escolar, uma vez que não podemos ofertar as crianças apenas mais do mesmo. O jornal e revista embora apareçam, são os meios menos utilizados. O acesso aos livros também representa lugar de destaque, acreditamos que seja uma referência a biblioteca circulante, pois semanalmente nossos alunos fazem o empréstimo de livros na BEI, favorecendo e contribuindo de forma positiva ao acesso a livros.

A maioria dos pesquisados aponta que o bairro não oferece espaços de lazer e a minoria diz utilizar apenas a quadra do bairro e o shopping, o que denota a importância das atividades de estudo do meio, que este ano podem ficar comprometidas pela diminuição da verba de convênio destinada a escola, que sofreu uma perda de aproximadamente 25%.

Quanto a APM e Conselho de escola e associações de bairro a maioria diz não poder participar por motivos de trabalho, falta de tempo ou desconhece o trabalho realizado. Este ano conseguimos um representante por sala com exceção de uma, o que facilitará a ação dos membros como multiplicadores em reunião com pais.

Quando consultados quanto à preferência em relação ao horário da reunião de pais e mestres, a maioria informa que tem preferência para o período em que a criança está na escola. Indicam ainda que os temas de maior interesse para serem tratados nas reuniões com pais seriam: segurança na escola, merenda, comportamento, rotina da escola, aprendizagem, alfabetização.

A maioria dos pais aponta que gostariam de participar de atividades na escola, porém não tem disponibilidade e tempo devido aos horários de trabalho não coincidir com o horário das atividades da escola. No entanto algumas famílias se manifestaram que podem participar com contações de histórias, cantando com e para as crianças, auxiliando em horta e jardim e participações teatrais. Esse dado é imprescindível para compormos parcerias em projetos e encontros culturais.

Quanto aos Sábados letivos sugeriram pinturas com as famílias, gincanas, brincadeiras entre pais e filhos, apresentações das crianças, cinema, festa junina, entre outras. Em relação ao horário de participação dos familiares a maioria tem preferência pelos horários da tarde, mesmo para aquelas crianças que estudam pela manhã. Embora não consigamos atender todos a tarde, este é um dado importante para começarmos as atividades mais para o final da manhã.

Os pais/responsáveis declaram ter muitas expectativas em relação a escola e aprendizagem de seu(a) filho(a) para o ano de 2017. Um grupo expressivo tem expectativas quanto ao aprendizado do nome, cores, coordenação motora, letras, números e alfabetização. Outro grupo preocupa-se com a ludicidade, relação com os coleguinhas, o gosto da criança pela escola e expressão artística e comportamento com professores e amigos. Essas informações serão imprescindíveis para compormos a estratégias para reunião com pais e conselho de escola, discutindo o lugar da criança na Educação Infantil.

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Sugerem outras propostas envolvendo datas comemorativas, como dia das mães e festas juninas, aniversários, hallowen assim como fotos com fantasias e aulas de balet.

Declaram estar satisfeitos com a escola, aprendizagem do filho, trabalho e atendimento da equipe escolar. ‘ leitura, alfabeto, numerais, leitura, coordenação motora, escrita e alfabetização prórpiamente dita. Algumas pesquisas apontam como sugestão festas temáticas, comemorativas e aulas de

2.2 Plano de Ação para Comunidade Escolar

Justificativa Considerando a caracterização do bairro e da comunidade escolar; juntamente a importância da escola como espaço de vivência cultural e valorização dos vínculos, Consideramos imprescindível o envolvimento da comunidade em ações que têm por objetivo contribuir com o trabalho desenvolvido nas salas de aula nos diferentes enfoques, assim como construir ferramentas para que os alunos sejam multiplicadores dos saberes construídos na escola e contribuam para conscientização das famílias sobre esses assuntos. Objetivos

- Estreitar o vínculo com a equipe escolar; - Promover espaços de formação de vínculo e socialização entre familiares e escola; - Interagir com o espaço escolar; - Compartilhar o trabalho desenvolvido pela escola; - Contribuir para o processo de ensino e aprendizagem; - Ampliar os canais de comunicação entre os pais/responsáveis e a escola; - Promover o acesso aos bens de nossa biblioteca Escolar (livros, periódicos,

computador, internet); - Propiciar momentos para conhecer a proposta pedagógica da U.E; - Promover palestras e encontros sobre as temáticas desenvolvidas no projeto coletivo

da Unidade Escolar: Sustentabilidade; - Manutenção do projeto de Revitalização da Unidade Escolar;

Ações propostas: - Compartilhar com os pais o trabalho desenvolvido com os alunos através de murais,

exposições, mostra cultural, apresentações, Reuniões de pais, entre outros; - Reuniões de pais formativas; - Divulgação dos eventos culturais da Unidade Escolar, do bairro e da cidade, através de

cartazes, folders, bilhetes, site, entre outros; - Boletim informativo trimestral com as ações desenvolvidas pela APM e Conselho de

Escola, a ser colocado no mural da escola; - Convite à participação nas Reuniões Pedagógicas; - Participação nos projetos individuais de cada turma e no coletivo da Unidade; a escola além dos momentos formativos em reunião de pais, Reuniões de Conselho de

Escola e APM, planejará dois sábados com atividades de integração família/escola, cujo objetivo é compartilhar os projetos desenvolvidos na Unidade, assim como estreitar as relações interpessoais com as famílias.

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- Continuidade aos projetos de coleta de óleo, coleta seletiva e horta, os dois primeiros a serem desenvolvidos na escola como um todo e o terceiro por adesão das professoras que desejarem. - Ações voltadas para eliminação do vetor, o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da febre amarela, dengue, chikungunha e zica, também estão em nosso foco de trabalho.

- As parcerias com as famílias, no intuito de contribuir para a melhoria do espaço escolar, assim como participar de propostas pedagógicas, também terão continuidade em 2017. Leituras, contações, apresentações com instrumento, rodas de conversa sobre experiências vividas, entre outras possibilidades, fazem parte permanente do convite que fazemos aos pais anualmente. Avaliação

A avaliação será realizada durante o desenvolvimento das atividades, onde valorizaremos a participação, interesse, observações e comentários da comunidade. Em alguns momentos pontualmente e outros através de espaços como reuniões com pais, reuniões da APM e Conselho e outro momento específico planejado pela equipe de gestão com pesquisas e registros ao término do plano de ação. 3. Equipe Escolar 3.1. Professores e Auxiliares em Educação 3.1. Professores e Auxiliares em Educação 3.1.1. Caracterização

Realizamos um questionário com as Professoras e Auxiliares em Educação da unidade escolar com o intuito de levantar dados e informações a cerca da formação acadêmica, experiências profissionais, cursos de maior interesse, tempo na rede de São Bernardo, entre outras apontadas abaixo. Segue abaixo o levantamento dos dados realizado:

Pelas Professoras efetivas, Substitutas e Professora de Apoio à Inclusão; Dos itens levantados na pesquisa, a formação aparece como tema essencial para o

aprimoramento e conhecimento do professor em suas práticas. Constatou-se que 1 professora concluíu Ensino Médio em nível de Magistério. Quanto à graduação, nove professoras tem licenciatura plena em Pedagogia, e um professor tem apenas o Magistério. Com especialização (Pós, Mestrado, Doutorado), 6 professores não tem nenhuma especialização, 5 professoras tem especialização, e 3 professoras estão cursando. Todas na área de educação. 1 professora está realizando a segunda graduação, em Artes.

No quesito tempo de experiência, tempo de atuação na área da educação, é bem variado, uma professora tem 1 ano, oito de 5 a 10, um de 10 a 15 e uma tem 26 anos de experiência. Além da área da Educação, algumas professoras já haviam atuado e adquirido experiência em outros cargos/funções, levantamos na pesquisa outras funções como: Comércio e Administração.

Na busca por aprimorar os conhecimentos, pesquisar e aprender, temos a internet como recurso mais utilizado pelas professoras em momentos formativos. Onze professores apontaram que utilizam a internet para pesquisas, sete fazem uso da internet para cursos a distância. Sabemos que a cultura é primordial para o crescimento do ser humano, no entanto, o acesso ao mundo cultural, muitas vezes é restrito e não está ao alcance de todos.

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As professoras apontaram na pesquisa que pouco saem para programas culturais, mas quando tem a oportunidade vão ao cinema, teatro shows e exposições. O cinema aparece com maior frequência.

Quando questionadas, quais assuntos/temas em relação a formação continuada desperta maior interesse, as professoras apontam temas como: Jogos cooperativos, brincadeiras e recreação, Música, Artes, Inclusão, Desenvolvimento Infantil, Alfabetização, Letramento em Línguas e Matemática, Educação Especial, Corpo e Movimento.

Mesmo fora do ambiente profissional, as professoras buscam informações, textos e vídeos voltados a Educação. Apareceram diversos assuntos pertinentes: dança, violão, pintura em tela, cursos para a área da educação, pós-graduação, pesquisas na internet.

Para o ano de 2017, são apontadas muitas expectativas de realização de cursos, formações: concluir graduação (Artes), concluir Pós-graduação (ensino lúdico, Psicomotricidade), realizar cursos/pós, fazer uma nova graduação, atualizar-se, atingir aos objetivos propostos, realizar um bom trabalho, aprender mais, lançar novos livros.

Em relação à leitura, todos os professores apontaram a leitura de revistas, livros e textos relacionados a profissão, apenas 1 professora diz não tem hábito de ler jornal.

Logo no início do ano houve a exoneração de uma professora da turma de infantil II e a professora Bruna, vinda de outra unidade, assumiu a turma.

Pelas Auxiliares em Educação e estagiária em inclusão Esse ano tivemos a chegada de uma nova auxiliar para compor com as duas que já

estavam aqui e uma estágiaria em inclusão. Quanto à formação, duas auxiliares apresentam nível superior incompleto, uma fez 1

ano e meio de pedagogia e atuou na área de contabilidade, a outra iniciou a graduação em ciências biológicas, a terceira é formada em Letras e Pedagogia e fez pós graduação em Educação Infantil. A estagiaria está cursando Pedagogia.

Em relação ao tempo de experiência e atuação na área da Educação, as auxiliares e estagiaria têm de 3 a 5 anos. Também possuem experiências anteriores em outras áreas: Contabilidade, Professora em escola estadual e particular. Quando questionadas quais temas/assuntos despertam maior interesse em relação à formação, uma auxiliar e a estagiaria apontam o interesse em cursos sobre necessidades educativas especiais. As demais auxiliares não apontaram expectativas formativas.

Duas auxiliares e a estagiaria apontam que utilizam a internet para pesquisa e cursos a distancia como recurso formativo. Uma auxiliar não utiliza a internet.

Entre os interesses culturais, as auxiliares relatam participar de shows, cinema, teatro e exposições. Costumam ler jornais, revistas, livros e textos relacionados a área de atuação. As Expectativas profissionais em longo prazo e para o ano de 2017 não foram apontadas.

Pelos Funcionários do apoio, cozinha e oficiais Este é o quarto ano que estamos com equipe do apoio terceirizada, sendo que nos

últimos dois anos esta permaneceu estável. Um dos oficiais trabalha na escola há onze anos o outro há a dois anos. A equipe da cozinha está conosco há cinco anos. Esse tempo de permanência dos funcionários na Unidade facilita o desenvolvimento da rotina escolar, assim como a relação destes com as crianças, compondo com professores e auxiliares em educação o papel de educador.

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Quanto a escolaridade um funcionário possui fundamental incompleto, um possui fundamental completo, dois cursam o ensino médio e os demais possuem esta etapa da escolaridade concluída. Consideram que a prefeitura deveria incentivar os profissionais terceirizados a concluírem sua escolaridade ou realizar cursos voltados para o mercado de trabalho.

Na equipe do apoio a maioria dos funcionários tem aspiração de mudança de emprego para outras atividades que não estejam relacionadas a limpeza. Desejam realizar cursos que contribuam para carreira profissional, como computação.

Quanto ao acesso a cultura, a maioria relata não ter frequentar teatro, cinema, shows, exposições, o que nos aponta a necessita de termos êxito na inclusão desta equipe em nossos estudos do meio.

Nosso objetivo para com esse grupo é que compreendam e participem, na medida do possível, das atividades de cunho pedagógico, que necessitem do envolvimento e comprometimento de todos, cada qual colaborando com sua função e atribuições, cuidando tanto do educar como o cuidar, que nessa faixa etária estão intrinsicamente ligados.

Nos deparamos com um grande desafio que é conciliar o trabalho realizado dentro da Unidade Escolar, no qual todos são atores no processo educativo de nossas crianças, com as orientações da empresa GUIMA, que segue normas de segurança e limpeza.

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3.2. Quadro de Identificação 3.2.1 – Quadro de identificação dos Professores e Auxiliares

Nome Sit.

Funcional Escolaridade Tempo na

PMSBC Tempo

na EMEB Observação

Graduação Pós Graduação

Ana Beatriz Rofeld Sporn Estatutário Admin/Pedagogia Educ. Infantil Psicomotricidade

3 anos 3 meses Professora

Ana Roberta Massaini Estatutário Pedagogia/Ed. Especial Psicopedagogia/Ed. Especial - AEE

22 anos 3 meses Professora AEE

Andréa Cristiane de Oliveira Estatutário Pedagogia Esp. Educ.Infantil 7 anos 7 anos Coord.Pedagógico

Bruna Gregorio Pereira Estatutário Pedagogia -------------------------- 6 meses 1 mes Professora

Clebia Silva do Nascimento Estatutário Pedagogia Psicopedagogia 5 anos 3 meses Professora

Cristiane Aparecida P. Gonçalves Estatutário Pedagogia -------------------------- 6 anos 5 anos Professora

Cristina dos Santos Silva Estatutário Ciências biológicas -------------------------- 3 anos 3 meses Auxiliar Educ.

Deborah Mirlly de Almeida Dias Estatutário Pedagogia -------------------------- 6 anos 3 meses Professora

Dirce Maria dos Santos Estatutário Letras / Pedagogia Educ. Infantil 3 anos 2 anos Auxiliar Educ.

Juliana Premozelli da Silva Estatutário Pedagogia Educação inclusiva 3 anos 3 meses Professora

Leticia de Oliveira Rosa Estatutário Pedagogia Educ. Infantil/Artes 4 anos 3 meses Professora

Lidumira Fernandes Campos Estatutário Pedagogia -------------------------- 9 anos 3 meses Professora

Mayara da Silva Santos Estatutário Pedagogia Psicopedagogia Psicomotricidade

5 anos 2 anos

Professora

Odynelli Samara Araujo de Paula Temporário Pedagogia/Incompl. -------------------------- 1 mês 1 mês Estagiário pedag.

Patrícia Aparecida C. da Silva Estatutário Pedagogia -------------------------- 5 anos 2 anos Professora

Priscila de Brito Estatutário Pedagogia Educ. Especial 16 anos 7 anos Diretora

Sandra Cristina Guedes Mendes Estatutário Licença Maternidade --------------------------- ---------------------------

--------- ----------------------

Sidney Rogerio Rocha de Freitas Estatutário Magistério --------------------------- 5 anos 3 meses Professor

Tania Barbosa Estatutário Pedagogia --------------------------- 3 anos 3 meses Professor

Vilma Belmonte Romera Irentti Estatutário Ensino Médio/Téc Contab --------------------------- 3 anos 5 meses Auxiliar Educ.

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3.2.2. Quadro de identificação da equipe de apoio, oficiais e cozinha

Nome Situação

Funcional Escolaridade

Tempo na PMSBC

Tempo na EMEB Graduação Pós

Graduação Angélica Alves da Fonseca CLT (CONVIDA) Ensino Médio ------------------ 12 anos 5 anos Antônia Michele da Silva Lima CLT (GUIMA) ----------------- 5 anos 2 anos Ângela Cristina Santos F. Sampaio CLT (GUIMA) Laudemir Carlos Ribeiro Estatutário Ensino Médio ----------------- 12 anos 8 anos Maria de Lourdes dos Santos Pereira CLT (GUIMA) Ensino Fund (incomp) ----------------- 1 ano 1 ano Elaine Patrícia Caetano de Oliveira CLT (GUIMA) Rita de Jesus Silva CLT (GUIMA) Ensino Fund (incomp) --------------- 2 anos 1 ano Silvana Rodrigues dos Santos CLT (CONVIDA) Ensino Médio ---------------- 8 anos 5 anos Vadja Romane Jacob Estatutário

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3.2.3. Plano de Formação

A) As experiências nos tempos e espaços da escola da infância

Público alvo: Professores Espaço formativo: HTPC Duração: 2 anos

Justificativa

No documento Diretrizes curriculares para educação infantil (parecer CNE/CEB 20/2009) vemos referencias às experiências de aprendizagens que podem ser promovidas na educação infantil. Desde então outros documentos e produções teóricas vem fomentando discussões quanto ao currículo da educação infantil. As várias formações realizadas pela Secretaria de Educação em nossa rede vêm corroborando para olharmos para os tempos e espaços em que as experiências possam ser de fato significativas e promovam aprendizagens. Dessa forma as formações realizadas na escola com o grupo de professores, já há alguns anos seguem à luz dos princípios norteadores voltados para uma prática que considere o protagonismo infantil, a autoria, as interações, o lúdico, a continuidade, a diversidade, o olhar e a escuta para os saberes e fazeres das crianças. No entanto no contexto do cotidiano da escola essas práticas ainda não se consolidaram, ainda há a fragmentação dos tempos e das proposições nos espaços. Nossa expectativa é estudar mais especificamente o que significam as experiências nas diferentes linguagens, o protagonismo infantil, a autoria das crianças, o que é aprender nas interações com o outro e com os objetos da cultura, o conceito de continuidade, a importância e o respeito pela diversidade, o que significa o olhar e a escuta às crianças, para que possamos superar a dicotomia entre a legislação, a produção teórica e as práticas na escola. Nosso objetivo é compreender esses conceitos e estuda-los a partir das diferentes linguagens pensando na construção de um currículo voltado para experiências enriquecedoras.

Objetivos para os professores

Entender o conceito de experiência na educação infantil para que possam superar a proposição de atividades fragmentadas.

Analisar experiências e atividades para que possam diferenciar as concepções envolvidas tendo em vista os princípios referenciados no documento diretrizes curriculares para a educação infantil e que norteiam nosso PPP.

Entender o conceito de protagonismo infantil para que possam considera-lo no planejamento das propostas pedagógicas.

Olhar criticamente para as várias linguagens para que consigam identificar as diversas possibilidades de experiências a serem propostas às crianças.

Olhar criticamente para os objetivos e propostas de aprendizagens do nosso PPP para repensá-lo no sentido de garantir práticas que ocorram de forma a não fragmentar a criança nas suas possibilidades de viver experiências.

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Refletir sobre a forma como é realizado o planejamento das atividades pedagógicas desenvolvendo uma atitude critica diante de sua prática para qualificar o trabalho tendo em vista a concepção de experiência considerando a autoria, o protagonismo infantil, a interação, a ludicidade, a autonomia e a continuidade;

Valorizar as produções e saberes das crianças considerando o protagonismo e autoria nas diferentes linguagens, oral, escrita, matemática, artística para que possam refletir e pensar em intervenções e ações que ampliem as experiências das crianças;

Valorizar a cultura, os saberes e os fazeres das crianças nas vivências para que possam refletir e pensar em intervenções que ampliem as experiências das crianças;

Estabeleçam relações entre os temas trabalhados em HTPC’s e HTP’s e sua prática

pedagógica para que reflitam e modifiquem suas propostas e estratégias de intervenções.

Conteúdos

Conceito de experiência Conceito de interação e mediação Conceito de protagonismo infantil Diretrizes curriculares para educação infantil Experiências nas diferentes linguagens Práticas da escola Propostas do nosso PPP

Estratégias

Leituras como aporte teórico que subsidiem a prática e suscitem reflexões acerca dos temas tratados.

Vídeos de experiências nas escolas de Reggio Emilia e de outros contextos. Análise de práticas das professoras: filmagens de propostas, registros de atividades,

planejamento de atividades. Nutrição nos HTPC’s e Reuniões Pedagógicas, como forma de suscitar reflexões e sensibilizar

sobre o conteúdo ou ampliar os saberes acerca do conteúdo estudado. Leitura do PPP da Unidade Escolar para reavaliarmos sua escrita frente aos novos

aprendizados do grupo e sistematização dos conhecimentos obtidos.

B) O desenho como expressão do vivido, sentido, imaginado e desejado. Público alvo: Professores Espaço formativo: HTP Duração: 2 anos

Justificativa

Reconhecendo a importância do desenho no desenvolvimento das crianças pequenas, os professores elencaram essa modalidade entre uma de suas expectativas para trabalho

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formativo de 2017. Quanto mais desenha, mais a criança desenvolve seu traçado e os ganhos cognitivos que este ato proporciona. Na rotina da educação infantil esta é uma atividade imprescindível para um processo de conquistas, desenvolvimento intelectual, estético e expressivo, que se dá a partir de diferentes estímulo e frequência. Se desenharem todos os dias, resultados e diferentes narrativas aparecerão, mas é a ação do professor que ampliará essa experiência, na medida em que propõe desafios que promoverão maiores conquistas. Objetivos para os professores

Reconheçam a criança como sujeito potencial e produtor de cultura, respeitando sua forma de pensar e agir sobre o mundo para que repensem seu fazer pedagógico planejando propostas que valorizem a autoria, a expressão, o agir e o pensar das crianças;

Conhecer as principais características do desenvolvimento do desenho infantil compreendendo como as crianças pequenas se apropriam deste conhecimento, para que embasadas nesse saber realizem propostas que respeitem e considerem essas características e propiciem desafios que promovam aprendizagens;

Compartilhar saberes e experiências com seus pares para ampliar o repertório de propostas e intervenções significativas com as crianças;

Utilizem o Projeto Político Pedagógico como norteador de sua prática, para que planejem propostas que promovam a expressão, a comunicação, a sensibilização, a experimentação, a criação e imaginação das crianças nas diferentes áreas do conhecimento;

Reflitam sobre a mitificação de algumas pseudo verdades relacionadas a temática e ao desenvolvimento infantil.

Compreendam o papel da pesquisa e experimentação, familiaridade de materiais e processos nos avanços das crianças, compreendendo que desenhar é uma ação natural na infância, mas que precisa ser nutrida pelo professor;

Compreendam o papel do professor no processo de desenvolvimento do desenho infantil, como oportunizador de experiências significativas, coordenador de tempos e proposições, provocador do olhar, do pensar e imaginar.

Conteúdos

Leitura do PPP da Unidade Escolar, para reavaliarmos sua escrita frente aos novos aprendizados do grupo e sistematização dos conhecimentos obtidos.

Característica do desenho infantil e seu papel no desenvolvimento; O desenho como representação do vivido, observado, imaginado e sentido; Apreciação artística e roda de apreciação: ver, apreciar, fluir, Interferência gráfica e seu papel no desenvolvimento infantil; Trabalho com suportes e meios: conhecendo materiais, seus diferentes usos,

combinações e forma a incentivar a investigação criadora e autoria; A construção da representação do movimento no desenho infantil e sua consonância

com as experiências vividas pelas crianças;

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Estratégias

Leituras e vídeos como aporte teórico que subsidiem a prática e suscitem reflexões acerca dos temas tratados;

Tarefas sobre o tema estudado a serem desenvolvidas com as crianças e trazidas posteriormente para reflexão do grupo;

Socialização de produções das crianças em: desenho nutrido, desenho de observação, suportes e interferências gráficas;

Visita a uma exposição Cultural; Apreciação das produções dos professores através de seus registros de atividades

realizadas com a turma, de seus relatos e das vivências e experimentações.

Avaliação do Plano de Formação em HTPC e HTP - avaliar se os professores compreenderam os conceitos trabalhados e conseguem efetiva-los no planejamento pedagógico com experiências significativas. - A avaliação será contínua, sendo realizada a cada assunto abordado através de instrumentos avaliativos; - Reescrita do PPP a partir dos temas desenvolvidos nos HTPC’s dos novos conhecimentos adquiridos pelo grupo; - Observação, acompanhamento e intervenções na prática do professor - Acompanhamento do planejamento, do registro do professor e das produções das crianças. -Elaboração de um portfólio com produções/vivências, fotos de vivencias e de desenvolvimento de propostas com a turma, textos trabalhados, registro de aprendizagens do grupo, avaliações e orientações didáticas acerca do tema trabalhado, que ficará na Unidade Escolar como um compilado de reflexões e discussões para a consulta e no referido ano letivo e encaminhamentos para o próximo ano subsidiando novos professores que chegam à escola. Retomaremos esses registros em acompanhamentos individuais, como sugestão de leitura, formações em pequenos grupos, em devolutivas individuais e como suporte para reescrita do PPP;

C) Protagonismo infantil Público alvo: Professores, Auxiliares, Funcionários e Conselho de Escola Espaço formativo: Reunião Pedagógica Duração: 1 ano

Justificativa

Em um cenário nacional em que a vivência e a experiência ganham papel central na educação da primeira infância, o conceito de protagonismo infantil envolvendo a concepção de criança como pessoa de direitos, vem ao encontro de práticas pedagógicas que considerem esses cidadãos como participantes de seu próprio processo de crescimento e desenvolvimento pessoal e social. Considerar a participação das crianças na rotina escolar, não se refere apenas a promover situações em que possam expressar suas opiniões, sentimentos e necessidades. Implica em considerar essas expressões como fator preponderante na tomada de decisões. Significa ser envolvido democraticamente por suas famílias, escolas e governos.

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Ser protagonista significa assumir responsabilidades, contribuir e construir conjuntamente. Implica na interrelação com seu ambiente e com os outros. É reconhecer na infância sua capacidade de analisar, interpretar, propor e agir, tanto em seu ambiente social, como comunitário e familiar.

É neste contexto que pretendemos em consonância com o plano de formação em HTPC, desenvolveremos um processo de reflexão, envolvendo todos os atores do processo educativo, no sentido de repensarmos nosso conceito de criança, ensino e aprendizagem, construindo-o sobre bases legais, princípios democráticos e referenciais curriculares nacionais.

Objetivos para Professores, Auxiliares, Funcionários e Conselheiros Refletir acerca da concepção de criança e de cidadão que queremos formar para

possibilitar uma prática coerente com o desenvolvimento da autonomia, pensamento critico, capacidade de resolução de problemas e conflitos, valores, atitudes e saberes inerentes à prática da cidadania, como responsabilidade e tomada de decisões.

Compreender as singularidades, contextos socioculturais, socioeconômicos e étnicos nos quais as crianças e suas famílias estão inseridas, oportunizando o acolhimento e respeito as diferenças, assim como a pertinência da inserção dos saberes das crianças e suas famílias nos projetos educacionais;

Conhecer os marcos legais da Educação infantil, estabelecendo relações entre o processo histórico e a construção do “Status” da infância e o sujeito de direitos;

Refletir sobre a parceria escola e família no que tangue a formação integral das crianças, ponderando sobre a dicotomia entre educação familiar e escolar, desmistificando “pré-conceitos” impregnados na educação;

Compreender o conceito de protagonismo infantil, efetivando na rotina escolar a escuta atenta, autoria, assembleias, autonomia e participação deliberativa;

Refletir sobre o conceito de educador, ampliando-o para todos os profissionais da escola;

Conteúdos - Marcos legais da Educação Infantil; - Escola e família na formação integral da criança; - Protagonismo infantil: a criança como sujeito de direitos; - Educador mediador; Estratégias Power point com os principais marcos legais da Educação Infantil; Documentários, filmes, curtas, leitura de artigos como aporte teórico que subsidiem e

suscitem reflexões acerca dos temas tratados. Cenas do cotidiano escolar: filmagens, fotos, registros através de desenhos e escritos

(professor escriba); Rodas de discussões sobre os temas propostos, considerando os saberes dos

participantes e estudos realizados através do aporte teórico;

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D) Plano de ação da Oficial da Biblioteca Escolar Interativa Objetivo geral

Favorecer a utilização da Biblioteca Escolar interativa de modo a envolver toda comunidade escolar, seja diretamente ou indiretamente, priorizando o trabalho com os eixos de atuação: infoeducação, leitura, Cultura e Memória. Objetivos específicos - Estabelecer parceria com o professor de modo a favorecer o uso dos diversos meios de informação e cultura (livros, cd-rom, internet, cd’s, dvd’s, periódicos, fantoches); - desenvolver parcerias com os professores contribuindo para o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico; - Organizar eventos educacionais, culturais e informacionais (palestras, oficinas, saraus, reuniões de órgãos colegiados, etc...); - Planejar, registrar e avaliar as ações desenvolvidas na BEI, tanto próprias como das turmas; − Organizar materiais de leitura e pesquisa, afim de apoiar os docentes no desenvolvimento de projetos, sequenciadas, atividades permanentes e independentes; − Fomentar o desenvolvimento e o hábito da leitura nos alunos, professores e funcionários; - Estabelecer com os professores, funcionários e comunidade uma parceria de conscientização nos cuidados com o acervo; - Organizar o espaço e contribuir com os professores de forma a tornar o empréstimo de livros uma atividade significativa e prazerosa para as crianças; - Estabelecer parceria nas contações mensais que acontecerão na BEI, convidando pais, funcionários e professores para compor com a oficial; Ações - Empréstimos semanais às sextas-feiras priorizando práticas semelhantes as vivenciadas por leitores no contexto social; - Controle na devolução dos livros, auxiliando professores a lembrar as crianças e suas famílias sobre o compromisso do retorno dos livros; - Tratamento do acervo: reparos, substituições, colaboração na elaboração de listas para compra de novos títulos, - Seleção e apresentação de vídeos abordando os cuidados necessários para a conservação dos livros, principalmente os que são levados para casa, bem como a importância de sua devolução; - Incentivo ao empréstimo de livros menos acessados. Uma vez por mês a oficial da BEI, apresenta títulos desconhecidos pelas crianças, de forma a incentivá-los a conhecerem novos livros e autores; - Convite “formal”, com caráter social, às turmas para a contação do mês: local, dia e horário e tipo de apresentação; - Contações de histórias mensais utilizando diferentes recursos: teatro de varetas, teatro de sombras, com retroprojetor, com baú de histórias, áudio-books, com sucatas, tema do Baú de histórias;, entre outros (indicações de blogs: Baú da Camilinha e Varal de histórias) - Ações ligadas a projetos desenvolvidos na Unidade Escolar: Vetor Aedes Aegypti, coleta seletiva, coleta de óleo, horta, entre outros; - Organização de cantos/carrinhos de leitura; - Cobertura fotográfica e filmagem dos eventos ocorridos na Unidade: encontros culturais, intersalas, oficinas, dia da família, entre outros; - Catalogação do acervo fotográfico da Unidade, recuperando a história através de fotos;

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- Retomada do site da Unidade em parceria com professores, coordenadora, comunidade e direção; Avaliação - Ampliação do empréstimo de livros menos acessados; - Diminuição de livros extraviados e/ou danificados; - Utilização da BEI pelos professores como espaço multimídia; - Ampliação nas parcerias com a comunidade, professores e funcionários tornando este espaço como polo de ampliação cultural;

4. Conselho de Escola e APM 4.1. Composição Conselho de Escola

CARGO SEGMENTO NOME

Coordenador Pai/mãe de aluno Ivoneide de Sousa Silva Moura Secretário Pai/mãe de aluno Maria Aparecida Muniz Alves Membro Pai/mãe de aluno Renata Tenório Moreira de Oliveira Membro Pai/mãe de aluno Débora de Sousa Santos Membro Pai/mãe de aluno Patrícia Campanholo Cerejo Amado Membro Pai/mãe de aluno Flávia Mendes dos Santos Suplente Pai/mãe de aluno Helen Rose de Sousa Lopes Suplente Pai/mãe de aluno Pâmela Campanholo Amado Vasconcelos Membro Funcionário Vadja Romane Jacob Suplente Funcionário Antonia Michele da Silva Lima Membro Professora Mayara da Silva Santos Suplente Professora Cristiane Aparecida Pedroso Gonçalves Suplente Professora Letícia de Oliveira Rosa Membro nato Diretora Priscila de Brito

4.2. Composição da Associação de Pais e Mestres (APM)

NOME CARGO CATEGORIA Priscila de Brito Membro Nato Diretora Escolar Ivoneide de Sousa Silva Moura Presidente Pai ou mãe de aluno

CONSELHO Valéria Rosa de Oliveira Primeiro Secretário Pai ou mãe de aluno DELIBERATIVO Andreia Aparecida Gomes Pereira Segundo Secretário Pai ou mãe de aluno

Ellen de Oliveira Santos Alves Membro Pai ou mãe de aluno Jessica Oliveira Carvalho Membro Professora

Patrícia Campanholo Cerejo Amado Diretor Executivo Pai ou mãe de aluno DIRETORIA Claudia Maria de Oliveira Viana Vice Diretor Executivo Pai ou mãe de aluno EXECUTIVA Pâmela Campanholo Amado Vasconcelos Primeiro Tesoureiro Pai ou mãe de aluno

Ana Lúcia Vieira da Silva Segundo Tesoureiro Pai ou mãe de aluno Maria Pereira dos Santos Primeiro Secretário Pai ou mãe de aluno Mayara da Silva Santos Segundo Secretário Pai ou mãe de aluno

Antonia Michele da Silva Lima Presidente Pai ou mãe de aluno CONSELHO FISCAL Eliana Neves Ferreira Membro Pai ou mãe de aluno Letícia de Oliveira Rosa Membro Professor

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4.3. Caracterização do Conselho de Escola e APM

“Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em torno da escola, e dentro da escola, no sentido de participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na mão, também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se põe diante de nós que é o de assumir esse país democraticamente”

Paulo Freire

Neste ano tivemos uma mudança significativa no quadro de participantes do Conselho de Escola e APM. Apenas cinco pessoas permaneceram na formação dos conselhos. Conseguimos atingir parcialmente nossa meta de termos um representante de cada turma, apenas uma turma ficou sem representante.

A saída dos membros está associada a saída das crianças da escola, seja por transferência ou por finalização da educação infantil. No caso dos professores a mudança de titularidade ou revezamento dos pares, são os motivos da alteração de membros.

A totalidade dos membros da APM é do sexo feminino. A maioria possui ensino médio completo, sendo que duas tem ensino superior e uma pós-graduação. São em grande parte nascidas em São Bernardo do Campo, mas temos pessoas do Ceará, Pernambuco, Paraíba, São Paulo e Bahia. Trabalham como analistas de atendimento, professoras, do lar, esteticista ou estão sem emprego no momento.

São mães que trazem os filhos a pé ou de carro à escola, com exceção de uma criança que vem de transporte público. Este fator facilita a proximidade com a escola e a facilidade na participação das reuniões. Solicitam reuniões no período em que o filho estiver na escola, pois não contam com uma pessoa que possa ficar com eles em suas ausências. Por esse motivo decidimos por duas reuniões, sendo uma no período da manhã às 8h e outra a tarde às 13h.

Não participam de outras associações de bairro a não ser o conselho de escola e APM. Interessam-se por debates que envolvam temas sobre valores, cidadania, educação, desenvolvimento da escola, das crianças, conhecimento das propostas trabalhadas, segurança e reforma da escola.

Quanto a participação para além das reuniões de pais, reuniões de conselho de escola/ APM e sábados letivos, os membros declaram ter disponibilidade em realizar contação de história, auxiliar com horta e jardim, ensinar uma música ou brincadeira ou participar de teatro. Algumas possuem disponibilidade em realizar atividades durante a semana e outras por motivo de trabalho, apenas aos sábados.

Algumas declaram fazer parte do Conselho de Escolar e APM para tentar fazer o melhor para escola, tornando-a um lugar mais agradável para socialização e aprendizado.

4.4. Plano de ação de Conselho de Escola Gestão 01/04/2017 a 31/03/2018 O Conselho de Escola é constituído por um grupo de pessoas participantes de uma comunidade escolar, escolhidos através de voto, para discutir, decidir e deliberar ações envolvidas na Unidade Escolar. Tem a função de aprimorar o processo de construção da autonomia da escola, fortalecendo a gestão democrática.

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O Conselho de Escola tem natureza deliberativa, cabendo-lhe adequar para o âmbito da escola formas de organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, compatíveis com o Projeto Pedagógico da Escola e com as orientações e diretrizes da política educacional da Secretaria de Educação e Cultura do município, participando coletivamente na implantação de suas deliberações.

As atribuições do Conselho de Escola são definidas em função das reais condições da Escola, da organização e participação da comunidade escolar e das competências dos profissionais em exercício na Unidade Escolar.

O Conselho de Escola é formado por representantes de pais, alunos, professores, funcionários e direção da escola.

Temos como objetivo continuar garantindo espaços de formação aos membros do Conselho de Escola visando ampliar os níveis de participação na vida da escola em consonância com o nosso Projeto Pedagógico Educacional, elaborar o Regimento Interno do Conselho Escolar.

Os Conselhos Escolares contribuem de maneira decisiva para a criação de um novo cotidiano escolar, no qual a escola e a comunidade se unem para a resolução de problemas que permeiam a vida escolar.

Ações atribuídas ao Conselho de Escola: - Convocar assembleias-gerais da comunidade escolar ou de seus segmentos; - Garantir a participação das comunidades escolar e local na definição do projeto político-

pedagógico da unidade escolar; - Promover relações pedagógicas que favoreçam o respeito ao saber do estudante e

valoriza a cultural da comunidade local; - Propor e coordenar discussões junto aos segmentos e votar as alterações

metodológicas, didáticas e administrativas na escola, respeitada a legislação vigente; - Participar da elaboração do calendário escolar, no que competir à Unidade Escolar,

observada a legislação vigente; - Elaborar o plano de formação continuada dos conselheiros escolares, visando ampliar a

qualificação de sua atuação; - Aprovar o plano administrativo anual, elaborado pela direção da escola, sobre a

programação e aplicação de recursos financeiros, promovendo alterações, se for o caso; - Fiscalizar a gestão administrativa, pedagógica e financeira da Unidade Escolar;

(Fonte: Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares - MEC)

5.1. Caracterizaç

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4.5. Plano de ação da Associação de Pais e Mestres 5.2. Plano de Ação Associação de Pais e Mestres Gestão 01/04/2017 a 31/03/2018 Constituída sob a forma de associação, de prazo indeterminado de duração, com objetivos sociais e educativos, sem fins econômicos, sem caráter político, racial ou religioso, com domicílio e foro no Município e Comarca de São Bernardo do Campo.

Os principais objetivos da Associação de Pais e Mestres são: 1. Auxiliar a direção da escola na consecução de seus objetivos educacionais; 2. Representar, junto à direção do estabelecimento, as aspirações da comunidade,

constituída de pais, alunos e professores; 3. Participar na elaboração e desenvolvimento do Projeto Pedagógico Educacional; 4. Programar o uso dos espaços da Unidade Escolar, pela comunidade; 5. Elaborar plano anual de atividades, integrado com o plano escolar; 6. Participar de comemorações cívicas, campanhas comunitárias, promoções de natureza

cultural, esportiva e assistencial, e outras atividades em que se empenhe a escola; 7. Realizar campanhas, em conjunto com a direção da Unidade Escolar, destinadas a

melhorar as condições de funcionamento da escola.

A ser desenvolvido no período de 01 de abril de 2017 à 31 de março de 2018. - Deliberar sobre a atividade da Associação de Pais e Mestres, tendo em vista a

consecução de seus fins; - Elaborar o plano anual de atividades, com previsão da receita e aplicação de recursos; - Acompanhar o desenvolvimento do Plano de Trabalho a ser executado com o repasse de

verba; -Deliberar quanto à contratação de serviços a serem realizados na Unidade Escolar - Acompanhar, supervisionar os serviços (reformas, adequações de espaços, manutenção

do prédio) realizados na Unidade Escolar; - Co-participar no levantamento de preços, pesquisas para aquisição de equipamentos e

mobiliários; - Analisar e deliberar sobre orçamentos apresentados para execução de serviços; - Elaborar pautas e registros das reuniões; - Planejar, decidir sobre a realização de eventos junto à comunidade; - Acompanhar a construção do Projeto Pedagógico Educacional da Unidade Escolar; - Decidir e participar da elaboração do Calendário Escolar; - Construir o Regulamento do Conselho de Escola; - Decidir quanto ao número e horário de reuniões; - Participar dos encontros de formação. - Participar das reuniões agendadas; - Elaborar pautas e registros das reuniões; - Participar da construção do Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar; - Participar das Reuniões Pedagógicas; - Decidir quanto ao número e horário das reuniões Ordinárias; - Decidir, planejar e acompanhar a utilização dos recursos financeiros; - Planejar, decidir e acompanhar a realização de eventos junto à comunidade; - Acompanhar e avaliar o Projeto Pedagógico Educacional da Unidade Escolar;

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Manutenção de equipamentos; Manutenção e conservação do imóvel; Serviços de contabilidade; Despesas com cartório; Locação de transporte para fins pedagógicos; Aquisição de material de consumo e material didático; Aquisição de materiais para desenvolvimento de projetos; Aquisição de periódicos para a biblioteca interativa

4.6. Plano de Aplicação de recursos financeiros

Término: 31 de dezembro de 2014 Término: 31 de dezembro de 2014

Maria Valéria Dantas de Medeiros

Início: data da assinatura do termo de colaboração

Término: 31 de dezembro de 2017

6 de março de 2017São Bernardo do Campo,

TOTAL GERAL:

2º REPASSEMaio / 2017

(Ref. aos meses de Outubro/ Novembro/ Dezembro)

3º REPASSESetembro / 2017

1º REPASSEMarço / 2017

APM da EMEB Mariana Benvinda da Costa

Cronograma de Desembolso

Nome da Entidade:

R$ 21.422,00

R$ 10.716,98

Diretora Executiva

Previsão de Início e Fim da Execução do Objeto

R$ -

R$ -

R$ 6.117,16

·    Contabilidade:

Custeio para Manutenção e Conservação do Prédio Escolar:

R$ 270,93

R$ -

R$ 1.399,80

R$ 1.120,00 R$ 840,00

R$ -

Total por Repasse:

Custeio da Biblioteca Interativa:

R$ 7.932,42 R$ 2.917,13

R$ 1.866,41

R$ 451,55 R$ 361,24

R$ 3.889,51

R$ 1.400,00

R$ 3.070,54

R$ -

R$ 3.461,88 R$ 2.769,51

R$ 2.333,01

R$ 4.587,86

R$ 6.117,16 R$ 4.587,86

R$ 2.077,13

Custeio Geral:

·    Despesas gerais de Custeio:

·    Estudo do Meio:

Custeio do Laboratório de Informática:

Execução:

ANEXO V

PLANO DE TRABALHO

Material Permanente R$ - R$ - R$ -

Total Custeio: R$ 10.716,98

(Ref. aos meses de M arço/ Abril/

M aio)

(Ref. aos meses de Junho/ Julho/

Agosto/ Setembro)

5.3. Plano de Aplicação de Recursos Financei

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4.7. PLANO DE FORMAÇÃO do CONSELHO DE ESCOLA E APM

Objetivo Geral Fomentar e consolidar a formação do Conselho de Escola de modo a constituir um espaço democrático e participativo envolvendo os diferentes segmentos da comunidade escolar na tomada de decisões e encaminhamentos que visem a garantia dos princípios de gestão democrática, acesso, permanência e sucesso escolar. Objetivos específicos Mobilizar todos os segmentos para a concretização do Colegiado Escolar; Garantir a participação de todos os segmentos, organizando a rotina escolar de modo a contemplar a participação dos representantes de professores e funcionários; Avançar na concretização dos princípios e diretrizes do município, no que tangue a gestão democrática, acesso, permanência e sucesso escolar; Consolidar um legítimo espaço de debate, tomada de decisões, negociações e encaminhamentos de demandas educacionais; Tornar o Conselho escolar atuante, capaz de expressar comprometimento, inciativa e efetiva colaboração no desenvolvimento, avaliação e acompanhamento do Projeto Político Pedagógico;

Ações Divulgação da eleição para conselho de Escola através de bilhetes, divulgação em reuniões com pais, cartazes e convites individuais para aqueles membros que demonstraram interesse em participar deste colegiado; Chamamento geral, na primeira reunião com pais, para composição do Conselho de Escola; Posse dos representantes, conforme eleitos em Assembleia Geral de 14 de março de 2017; Criação de um calendário de reuniões juntos aos membros do Colegiado Escolar, definindo melhor dia e horário para as reuniões; Apresentação do Plano de ação para o Conselho de Escola (PPP); Apreciação do calendário escolar e discussão dos tópicos sobre os quais a Unidade Escolar possui autonomia (reuniões pedagógicas, reuniões com pais, reuniões de APM/Conselho de Escola e encerramentos); Estudo sobre o papel do Conselho de Escola na concretização das diretrizes educacionais de São Bernardo do Campo; Leitura da Avaliação da Comunidade de 2016 e caracterização da comunidade de 2017 no intuito de elencarmos ações frente às demandas apresentadas; Apresentação e Estudo do Projeto Político Pedagógico da Unidade com ênfase em:

- Princípios e diretrizes da Educação Infantil (em Reuniões Pedagógicas: 12/05, 7/07; 29/07; 01/09, 10/11, 2/12); - Avalição do período de Acolhimento; - Rotina na Educação Infantil: levantamento dos assuntos de interesse dos membros;

Divulgação das ações do Conselho de Escola e APM através de folders, painéis e em reunião com pais; Formação dos membros para atuarem como multiplicadores em reuniões com pais;

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V – ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO 1. Objetivos 1.1. Objetivo da Educação Básica LDB: Título V – Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino Capítulo II - Seção I - Das Disposições Gerais “Art. 22º. A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. 1.2. Da Educação Infantil Proposta Curricular Vol l Seção II A educação infantil deverá se organizar de forma que os alunos construam as seguintes capacidades: ∙ Brincar, ampliando suas capacidades expressivas e simbólicas, reelaborando significados sobre o mundo, sobre os contextos e as relações entre os seres humanos; ∙ Ampliar o conhecimento sobre seu próprio corpo, suas possibilidades de atuação no espaço, bem como desenvolver e valorizar hábitos de cuidado com a saúde e bem estar; ∙Construir uma imagem positiva de si, com confiança em suas capacidades, atuando cada vez mais de forma autônoma nas situações cotidianas; ∙Conhecer diferentes manifestações culturais como constitutivas de valores e princípios, demonstrando respeito e valorizando a diversidade; ∙Construir e ampliar as relações sociais, aprendendo a articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando as diferenças e desenvolvendo atitudes cooperativas; ∙Valorizar e desenvolver atitudes de preservação do meio ambiente, reconhecendo-se como integrante, dependente e agente transformador do mesmo; ∙Construir e apropriar-se do conhecimento organizado nas diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita), utilizando-as para expressar suas idéias, sentimentos, necessidades e desejos, ampliando sua rede de significações; ∙Aprender a buscar informações de forma autônoma, exercitando sua curiosidade frente ao objeto de conhecimento. Objetivos da Educação Infantil – 0 a 3 A definição dos objetivos visa ampliar a possibilidade de concretização das intenções educativas, uma vez que as capacidades se expressam por meio de diversos comportamentos e as aprendizagens que convergem para ela podem ser de naturezas diversas. Ao estabelecer objetivos nesses termos, o professor amplia suas possibilidades de atendimento à diversidade apresentada pelas crianças, podendo considerar diferentes habilidades, interesses e maneiras de aprender no desenvolvimento de cada capacidade. Embora as crianças desenvolvam suas capacidades de maneira heterogênea, a educação tem por função criar condições para o desenvolvimento integral de todas as crianças, considerando, também, as possibilidades de aprendizagem que apresentam nas diferentes faixas etárias. Para que isso ocorra, faz-se necessário uma atuação que propicie o desenvolvimento de capacidades envolvendo aquelas de ordem física, afetiva, cognitiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social.

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A descrição a seguir esclarece as dimensões de aprendizagem mais detalhadamente, porém, todas elas que se intercambia, se entrelaçam e se associam nas relações que os sujeitos estabelecem com o mundo. Desta forma, as capacidades de imaginar, criar, inventar, pensar, agir, sentir, expressar-se se associam às demais dimensões didaticamente separadas. “As crianças pequenas solicitam aos educadores uma pedagogia sustentada nas relações,

nas interações e em práticas educativas intencionalmente voltadas para suas experiências cotidianas e seus processos de aprendizagem no espaço coletivo, diferente de uma intencionalidade pedagógica voltada para resultados individualizados nas diferentes áreas do conhecimento. Para evitar o risco de fazer da educação infantil uma escola “elementar”

simplificada, torna-se necessário reunir forças e investir na proposição de outro tipo de estabelecimento educacional. Um estabelecimento que tenha como foco a criança e como opção pedagógica ofertar uma experiência de infância potente, diversificada, qualificada, aprofundada, complexificada, sistematizada, na qual a qualidade seja discutida e socialmente partilhada, ou seja, uma instituição aberta à família e à sociedade.”

Parágrafo do texto (da UFRGS) que subsidiou as diretrizes nacionais As capacidades de ordem física estão associadas à possibilidade de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, ao autoconhecimento, ao uso do corpo na expressão das emoções, ao deslocamento com segurança. As capacidades de ordem cognitiva estão associadas ao desenvolvimento dos recursos para pensar, o uso e apropriação de formas de representação e comunicação envolvendo resolução de problemas. As capacidades de ordem afetiva estão associadas à construção da auto-estima, às atitudes no convívio social, à compreensão de si mesmo e dos outros. As capacidades de ordem estética estão associadas às possibilidades de produção artística e apreciação desta produção oriundas de diferentes culturas. As capacidades de ordem ética estão associadas à possibilidade de construção de valores que norteiam a ação das crianças. As capacidades de relação interpessoal estão associadas às possibilidades de estabelecimento de condições para o convívio social. Isso implica aprender a conviver com as diferenças de temperamentos, de intenções, de hábitos e costumes, de cultura etc. As capacidades de inserção social estão associadas à possibilidade de cada criança perceber-se como membro participante de um grupo de uma comunidade e de uma sociedade. (RCNEI,1998).

Objetivos da Educação Infantil – 4 a 5 Os objetivos devem garantir que as crianças desenvolvam as seguintes capacidades:

Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações;

Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem- estar;

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Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua autoestima ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social;

Estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração;

Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e valorizando atitudes que contribuam para sua conservação;

Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades; Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às

diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas idéias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva;

Conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito e participação frente a elas e valorizando a diversidade. (RCNI, 1998) 2. Levantamento dos Objetivos Gerais e Específicos Objetivo Geral da Escola ∙ Propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada, que contribuam para o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, emocionais, sociais, cognitivas, éticas e estéticas das crianças, colaborando para que sejam autônomos, críticos, solidários e participativos. ∙ Garantir situações educativas planejadas para que as crianças exercitem suas capacidades

de pensar, sentir e atuar, ampliando as suas hipóteses acerca do mundo ao qual pertencem. ∙ Estabelecer com os pais uma relação de parceria, de corresponsabilidade, construindo

vínculos com as famílias através da participação nas discussões da escola, construindo uma relação de confiança, respeito e colaboração baseada na reciprocidade. ∙ Envolver a equipe escolar na construção do Projeto Político Pedagógico, proporcionando

momentos de reflexão coletiva para que se apropriem dos assuntos tratados, incorporando os conteúdos dentro da rotina. ∙ Cuidar para que o grupo se constitua enquanto equipe, valorizando o profissional nas relações que estabelece no coletivo escolar.

3. Levantamento dos Objetivos e Conteúdos por Área do Conhecimento

Língua Portuguesa Matemática Corpo e Movimento Ciências e Educação Ambiental Artes Visuais e Música Brincar

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LÍNGUA PORTUGUESA – ORALIDADE

OBJETIVO CONTEÚDOS ESTRATÉGIAS AVALIAÇÂO - ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação e expressão, interessando-se por conhecer vários gêneros orais e escritos e participando de diversas situações de intercâmbio social nas quais possam contar suas vivências, ouvir as de outras pessoas, elaborar e responder perguntas.

- uso da linguagem oral para conversar, brincar, comunicar e expressar desejos, opiniões, idéias, preferências, necessidades e sentimentos e relatar suas vivências nas diversas situações de interação presentes no cotidiano. - elaboração de perguntas e respostas de acordo com os diversos contextos de que participa. - participação em situações que envolvem a necessidade de explicar e argumentar suas idéias e pontos de vista. - relatos de experiências vividas e narração de fatos em seqüência temporal e causal. - reconto de histórias conhecidas com a aproximação às características da história original no que se refere à descrição de personagens, cenários e objetos, com ou sem ajuda do professor. - conhecimento e reprodução oral de jogos verbais como parlendas, adivinhas, quadrinhas, poemas e canções.

- organizar situações e disparadores de diálogos para que as crianças conversem, tais como, rodas de conversa ou brincadeiras de faz -de- conta. - cantar, declamar poesias, dizer parlendas, contar fatos, descrever ações, dizer textos de brincadeiras infantis etc., aproximando-a mais dos aspectos formais da língua. - jogos de contar em situações de parceria com o adulto; jogos de perguntar: o adulto inicialmente assume a condução dos relatos, estimulando a seguir as perguntas e respostas propiciando a alternância entre os sujeitos falantes e outras estratégias que propiciem exposições, narrações, argumentações e descrições. - elaborar entrevistas - apresentações orais ao vivo, de textos memorizados, nas quais as crianças reproduzam os mais diferentes gêneros, como histórias, poesias etc., em situações que envolvem o público. - preparar fitas de áudio ou vídeo para a gravação de poesias, músicas, histórias etc.

- amplia seu vocabulário, descreve características, narra situações e fatos, argumenta, opina, se expressa. - incorpora novas expressões. - percebe quando o professor está lendo ou falando. - reconhece o tipo de leitura que o professor está fazendo. - consegue se comunicar dentro de um contexto social. - consegue transmitir recados. - consegue esperar a sua vez e escutar o “outro” dando seqüência à

conversa. - tem interesse em fazer o reconto das histórias escutadas.

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LINGUA PORTUGUESA - LEITURA OBJETIVO CONTEÚDOS ESTRATÉGIAS AVALIAÇÃO - familiarizar-se com a escrita por meio do manuseio de livros, revistas e outros portadores de texto e da vivência de diversas situações nas quais seu uso se faça necessário. - interessar-se por escrever e ler palavras e textos ainda que não de forma convencional aproximando-se, cada vez mais, da compreensão de como funciona a escrita convencional; - Escutar textos lidos, apreciando a leitura feita pelos professores. - Reconhecer seu nome escrito, sabendo identificá-lo nas diversas situações do cotidiano. - Escolher os livros para ler e apreciar

- Participação nas situações em que os adultos lêem textos de diferentes gêneros, como contos, poemas, notícias de jornal, informativos, parlendas, trava-língua etc. - Participação em situações que as crianças leiam, ainda que não o façam convencionalmente. Esta “leitura”

realiza-se de duas formas: pelo ajuste da leitura do texto que sabe de cor aos segmentos escritos e pela combinação de estratégias de antecipação (a partir de informações obtidas no contexto, por meio de pistas), com índices providos pelo próprio texto. - Observação e manuseio de materiais impressos, como livros, revistas, histórias em quadrinhos etc., previamente apresentados ao grupo. - Valorização da leitura como fonte de prazer e entretenimento.

- Situações onde o educador lê diversos gêneros textuais e também situações que as crianças lêem. - Ler para os alunos poesias, trava-línguas, jogos de palavras, memorizados e repetidos, ressaltando aspectos sonoros da linguagem como ritmo e rimas. - Leitura pelo professor de um mesmo gênero, destacando as características próprias deste. - O professor poderá comentar previamente o assunto do qual trata o texto; fazer com que as crianças levantem hipóteses a partir do título; oferecer informações que situem a leitura; criar certo suspense; lembrar-se de outros textos conhecidos. - Criar situações nas quais as próprias crianças leiam, como, por exemplo, com textos memorizados, nos quais elas tentam localizar onde estão escritas determinadas palavras ou situações nas quais precisam descobrir o significado do texto apoiando- se nos mais diversos elementos, como as figuras, a diagramação, no conhecimento sobre as características próprias do gênero etc.

- reconto de história pelas crianças: elas podem contar histórias conhecidas com a ajuda do professor.

Observar se a criança: - pede que o professor leia - procura livros de história ou outros textos no acervo - considera as ilustrações ou outros indícios para antecipar o conteúdo dos textos, utilizando diferentes estratégias de leitura. - realiza comentários sobre o que leram ou escutaram. - compartilha com os outros o efeito que a leitura produziu. - recomenda a seus companheiros a leitura que os interessou. - tem interesse em folhear e ler o seu caderno de textos. - acompanha a leitura com o dedo, ajustando a fala à escrita. - tem um repertório de palavras estáveis e procura auxílio em textos conhecidos para escrever outras palavras.

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LINGUA PORTUGUESA – ESCRITA

OBJETIVO CONTEUDOS ESTRATÉGIAS AVALIAÇÃO - Favorecer o contato da criança com a leitura e escrita a partir da intermediação com um parceiro mais experiente; - Compreender que o que se fala pode ser escrito; - Familiarizar-se com a escrita através de diferentes portadores; - Refletir acerca da língua escrita voltada para o sistema alfabético de escrita, refletindo sobre a quantidade, qualidade das letras, reflexão do sistema, suas regularidades; Reconhecer a função social da escrita através da leitura de portadores conhecidos pela comunidade, divulgados dentro do espaço escolar e no município; - Produzir textos convencionais (professor como escriba) ou não convencionais inseridos em contexto de uso social (passeios, discussões, pesquisa e os ficcionais como um bilhete para cinderela, a receita da vovó da chapeuzinho vermelho, etc... )

- participação em situações cotidianas nas quais se faz necessário e significativo o uso da escrita - escrita do próprio nome em situações em que isso é necessário. - produção de textos individuais e / ou coletivos ditados oralmente ao professor para diversos fins. - prática de escrita de próprio punho, utilizando o conhecimento de que dispõem, no momento, sobre o sistema de escrita em língua materna. - respeito à produção própria e alheia.

-Produzir oralmente textos com destino escrito, tendo o professor como escriba. - testemunhar a utilização que se faz da escrita em diferentes circunstâncias, considerando as condições nas quais é produzida: para que, para quem, onde e como. - reelaborar textos produzidos coletivamente, com o apoio do professor. - realizar ditados entre pares: uma criança dita e a outra escreve. - Propor atividades que evidenciem o caráter social da escrita: escrever listas com alguma finalidade (de compra, de brinquedos que gostam, de amigos para a festa de aniversário, de coisas que precisam para um passeio etc.), cartazes para informar algo, bilhetes para os pais para avisá-los quanto a alguma coisa, cartões de felicitações etc. - atividades cujo desafio seja o como escrever: lacunados, forca, caça-palavras, etc.

- tem interesse por escrever seu nome e o de outras pessoas. - recorre à escrita ou propõe que se recorra quando tem de se dirigir a um destinatário ausente; revela conhecimentos sobre outras situações escritas usadas socialmente. - contribui para a produção de texto coletivo e faz comentários pertinentes. - escreve do seu “jeito” com desenvoltura. - busca utilizar expressões mais adequadas tornando o texto melhor.

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Práticas de leitura e escrita

Justificativa

Vivemos numa sociedade onde nossa cultura é permeada de situações onde a escrita e a leitura é condição fundamental para o acesso aos bens culturais, sociais e tecnológicos tão importantes para o exercício pleno da cidadania. A criança desde muito pequena vive e interage nesse mundo tendo contato com a leitura e escrita em situações diversas do cotidiano. Dessa forma a importância da leitura e da escrita na Educação Infantil se justifica pelo fato de promover a interação da criança com a leitura e a escrita mediada por um parceiro mais experiente para que ela possa aprender seu uso e sua função em situações intencionais e significativas. Orientações Didáticas a) Trabalhar com objetivos de reflexão sobre o sistema de escrita e sobre os aspectos discursivos da escrita; b) Planejar situações de leitura e escrita sempre num contexto de uso social real e necessário; c) Propiciar diariamente a leitura para os alunos e o contato com textos de diferentes gêneros, de preferência no próprio portador; d) Selecionar previamente e conhecer os textos que serão lidos para os alunos

priorizando sua qualidade; e) Ao ler um texto o Educador, em alguns momentos, comenta sobre o que está lendo, expressando sua opinião, dessa forma ensina às crianças um comportamento leitor; f) Ao realizar a leitura de um texto, promover uma conversa com as crianças sobre o texto lido onde possam expressar sua opinião, compreensão da mensagem que pode ser inferida, sobre os personagens e etc.;

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g) Demonstrar para os alunos, em algumas situações, as estratégias de leitura (antecipação, seleção e inferência), sem a necessidade de nomeá-las; h) Após leitura disponibilizar o livro às crianças para que possam explorá-lo experimentando procedimentos de leitor, descobrir o prazer de reler um texto do qual gostaram, apreciar as ilustrações, etc.; i) Promover situações de reconto de histórias e textos lidos para que aprendam mais sobre comportamento leitor e das características do gênero, desenvolvam a oralidade; j) Oportunizar periodicamente à criança o empréstimo de livros, revistas, gibis e outros de seu interesse e escolha para que possa levar para a casa, compartilhar de momentos de leitura com sua família, aumentando dessa forma seu interesse prazer pela leitura; k) Sempre que iniciar o trabalho com um gênero, fazer com as crianças um levantamento sobre o que elas sabem sobre eles. Em roda de conversa, dar exemplos incentivando-as a dizer outros que sejam do seu conhecimento. l) Produzir com as crianças lista de histórias, músicas, poemas, parlendas ou adivinhas conhecidas por elas. Deixar essa listagem afixada em local visível para ser acompanhada por todos. m) Oportunizar situações de escrita individual, em duplas, em pequenos grupos e coletivamente tendo o professor como escriba; n) Oportunizar situações onde a criança possa escrever segundo suas hipóteses de escrita, tanto em situações intencionais (atividades de escrita) como em situações lúdicas (brincadeiras simbólicas); o) É importante que cada criança tenha alguns textos impresso com a letra maiúscula em bastão, com tamanho e espaços apropriados, pois isso facilita a leitura e o reconhecimento das palavras e das letras. Para que continuem tendo contato com os textos, os alunos devem colá-los em seus cadernos de textos, fazendo assim uma coletânea que pode ou não conter ilustrações. p) A professora deve acompanhar as crianças durante a leitura, observando, sugerindo estratégias, questionando e encorajando-as a ler. Depois da primeira leitura, é importante variar as propostas: em duplas, em grupos de mesinha, só de meninas, etc. q) Problematizar nas leituras seguintes, perguntando, por exemplo, depois de ter trabalhado no texto algumas palavras escolhidas pelo grupo: “começa igual ao nome de

Fernando”, “é legal porque adoro pastéis”; etc, relacionando o texto a algo mais próximo e

significativo da criança estabelecendo relações entre o texto e os conhecimentos vividos.

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Numa próxima leitura, trazer questões como: “onde está escrito tal palavra? Vamos ler o

texto para encontrar?” Brincar de STOP, ler o texto com o apoio do dedo e quando a

professora fala “stop” todos param com o dedo ou ditado cantado com canções escritas, tendo o mesmo procedimento investigativo com as crianças. Depois todos verificam se acertaram, primeiro através de pista (começa com a letra P de Paulo, tem 7 letras ,etc) depois comparando com a palavra apontada pela professora no cartaz socializando suas justificativas e refletindo sobre a língua escrita. r) É importante que as atividades de escrita sejam realizadas alternadamente: em grupo, em duplas e individualmente. A diversidade de conhecimentos e do processo de desenvolvimento de cada um na escrita e leitura colabora para o desenvolvimento de todos. É muito positivo ter o cuidado de agrupá-los segundo o princípio da zona proximal de conhecimento, o que propiciará avanços em suas hipóteses. s) Durante a escrita do texto, não se deve esquecer de incentivar as crianças a escrever como pensam e a pesquisar nos materiais disponíveis. Andar pela sala desafiando-as é muito importante, pois, é função de quem ensina estar atento para que as crianças avancem. Neste momento, nunca é demais desmistificar o certo/errado e enaltecer a tentativa em si, a participação, a vontade e o esforço de cada criança em aprender.

RODA DE COVERSA

Diálogo “é o encontro amoroso dos homens que, mediatizados pelo mundo, o

pronunciam, isto é o transformam, e transformando-o, o humanizam para a humanização de todos.” (Freire, Paulo. Extensão ou comunicação 13ªed,Rio de Janeiro: Paz e Terra,2006,p43).

Conversar é versar com, falar com o outro sobre seus sentimentos, suas ideias, opiniões... é trocar experiências e saberes, é dialogar.

A escola deve ter como finalidade criar uma cultura de dialogo desde a educação infantil. Falar de oralidade e de roda de conversa é falar de sujeitos discursivos. Nesse sentindo a escola deve ser o espaço onde as crianças possam falar e serem ouvidas, compreendidas e também compreenderem o discurso do outro, compreenderem e respeitarem o ponto de vista do outro, ouvirem diferentes pontos de vista de um mesmo ponto. Dessa forma nas

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rodas de conversa não deve ter certo ou errado, mas sim sujeitos que dialogam, expressam sentimentos, ideias, opiniões, saberes.

As rodas de conversa caracterizam um momento precioso de desenvolvimento da linguagem oral, possibilitam à criança aprender a ouvir o outro, a esperar o outro terminar para falar, colocam em jogo competências linguísticas como descrever, explicar, relatar, argumentar, etc., aprendem a se colocar diante do outro, a expressar opiniões e ideias. Todas, aprendizagens importantes referentes a práticas sociais de comunicação.

As rodas devem se constituir em atividades permanentes e diárias.

Orientações didáticas

1) as rodas de conversa devem ser intencionais e planejadas pelo professor.

2) devem ser organizadas em círculo, de forma que todos possam enxergar quem está falando, possibilitando perceber e observar os gestos e expressões de quem fala, facilitando a escuta e a compreensão.

3) todos devem estar sentados no mesmo nível, também para facilitar que todos possam se ver. Cuidar para que em caso em que haja crianças cadeirantes, a mesma também fique em posição que possa ser vista e possa ver a todos na roda.

4) devem ser considerados os assunto e temas pertinentes ao trabalho pedagógico realizado com as crianças relacionados aos projetos, sequenciadas, atividades da rotina e do cotidiano escolar, podendo também contemplar os interesses das crianças, de seus contextos sociais e familiares, assuntos surgidos na mídia, na comunidade em que as crianças mostrem interesse em conversar sobre o assunto.

5) deve-se considerar a faixa etária do grupo ao planejar o tempo, o assunto, as estratégias e as intervenções.

6) o professor deve estar atento ao interesse do grupo e respeitar a capacidade de atenção e concentração das crianças. Não é necessário que todas as crianças falem no mesmo dia.

7) as conversas podem ser desencadeadas a partir de recursos de apoio, como imagens, objetos, brinquedos, musicas, livros, dentre outras possibilidades que sejam significativas para o grupo.

8) também podem ser disparadores de conversa uma curiosidade surgida, uma noticia, um evento ou acontecimento na escola, uma visita, etc.

9) planejar situações onde as crianças possam relatar, comentar, descrever, perguntar, argumentar, expressar necessidades, sentimentos, ideias e desejos, ouvir e contar histórias, poesias, piadas, parlendas, casos e experiências, ouvir e recontar histórias, nomear e descrever objetos, imagens, pessoas, personagens, explicar e ouvir explicações, levantar hipóteses, confrontar ideias e pontos de vistas.

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10) planejar situações onde a criança possa dar e ouvir notícias, informações científicas, entrevistar e ser entrevistado.

11) oportunizar situações onde as crianças possam participar de jogos e brincadeiras que explorem a sonoridade das palavras, jogos e brincadeiras de linguagem, que possam cantar e dramatizar, participar de saraus.

12) planejar situações onde a criança possa conversar ao telefone, gravar falas, musicas, entrevistas, utilizar microfone.

13) as crianças devem ter a oportunidade de participar do planejamento e avaliação das atividades, discutir e organizar a rotina, da construção das regras e dos combinadas, discutir e resolver situações problema e de conflitos, socializar conhecimentos.

14) o professor deve garantir a interação entre as crianças durante a conversa.

15) o professor deve cumprir o papel de interlocutor, interpretando, traduzindo, organizando, incentivando, explicitando e significando as falas das crianças.

16) cabe ao professor ajudar as crianças a construírem seu discurso por meio de perguntas que auxiliem a criança a manter uma conversa mais duradoura.

17) O professor deve validar os discursos elaborados nas conversas, valorizando o que a criança contou, estimulando a continuidade do assunto.

18) estimular a participação de todos com estratégias que contemple experiências vividas pelo grupo, dessa forma todas tem coisas a falar. O professor pode ajudar as crianças que não se manifestam, retomando a experiência vivida.

19) deve também intermediar, organizar e sistematizar a fala do grupo, de forma que todas possam se colocar organizadamente.

21) quando todas as crianças querem falar ao mesmo tempo, o professor pode direcionar as perguntas, dando oportunidade a todos de falar e de ouvir.

22) criar e potencializar situações onde as crianças possam construir narrativas, contando suas próprias vivencias, casos, recontando e inventando histórias.

23) favorecer o acesso, de forma significativa, a vários tipos de textos orais que possibilitem a vivência das diversas funções da linguagem.

24) Pensar em diferentes estratégias para manter o interesse do grupo e fluência do dialogo. Fazer perguntas ou comentários direcionados as crianças mais dispersas.

25) pode-se também planejar a roda em pequenos grupos como estratégia para potencializar e estimular o interesse e a participação das crianças.

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26) é importante elaborar perguntas abertas para as crianças que possibilitem diferentes respostas.

27) quando necessário o professor deve ajudar a criança a se expressar utilizando perguntas com duas ou mais alternativas favorecendo a expressão da criança e mantendo a continuidade do diálogo.

28) é importante que a criança tenha liberdade para se expressar e que o professor ouça atentamente para ter certeza do que ela falou, respondendo e comentando de forma coerente.

29) em casos em que haja alguma criança com fala compreensível professor deve recorrer a objetos, imagens, gestos para que a criança aponte o que deseja comunicar. Oferecendo sempre o modelo estruturado de fala.

30) deve-se evitar corrigir a fala da criança ou fazer com que repita várias vezes o que falou.

31) Respeitar as formas de falar da criança, considerando as diferenças regionais, porém deve apresentar a norma padrão da língua para que a criança amplie seus recursos expressivos e possa utilizá-la quando achar necessário, considerando o contexto, a situação e o interlocutor.

32) O desenvolvimento da oralidade deve se dar em todos os contextos da rotina escolar, tendo em vista sempre a intencionalidade educativa do professor.

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Conhecendo o novo acervo adquirido na FELISB

A cada dois anos a secretaria de Educação patrocina um estudo do meio para FELISB. É uma feira literária com expositores, escritores e ilustradores, voltada para a comunidade e para nossas crianças.

A feira que aconteceu em 2013, teve a presença de todos os nossos alunos. O transporte das crianças, assim como a entrada e saída dos mesmos, ocorreu tranquilamente, diferente da edição anterior, na qual o tempo de espera do embarque e desembarque foi exaustivo.

Quanto as atividades, de acordo com a avaliação dos professores, deixaram a desejar, pois o tempo foi insuficiente para participação. As editoras não permitiram o manuseio de livros em quantidades adequadas para o atendimento da demanda, e algumas chegaram ao ponto de não permitir o manuseio, ou simplesmente colocaram a disposição títulos de qualidade inferior. A quantidade de banheiros também foi um problema, visto se formaram filas para utilizá-los, o que comprometeu ainda mais o tempo escasso.

As rodas de conversa com ilustradores e escritores foram muito proveitosas, embora cada grupo pudesse participar apenas de uma delas. A acústica durante essas conversas é prejudicada pela circulação de outras crianças pelo espaço, o que torna a conversa em muitos momentos inteligível.

A parceria com o Itaú foi muito proveitosa, no entanto não deveria ser colocada em substituição dos livros doados pelas editoras, como no ano de 2011, poderíamos ter contemplado as crianças com as duas ações.

Em relação a otimização no gasto dos recursos destinados a compra dos livros, atendeu satisfatoriamente a escola, devido a organização e facilidade na prestação de contas.

Após a visitação na FELISB, realizamos uma mostra do acervo adquirido para crianças. O evento que envolveu todas as turmas, que foram recebidas na biblioteca, organizada de forma diferenciada para o momento. Passamos no data show um áudio livro, escolhido de acordo com as histórias preferidas das crianças. Depois as crianças puderam explorar os novos livros.

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É prática em nossa escola dividir o acervo comprado em duas etapas, uma a ser disponibilizada no primeiro ano de compra e outra no segundo, de forma a repormos o acervo, e sempre proporcionarmos as crianças novas temáticas e livros “fresquinhos”, desta forma

todo ano tem livros novos em nossa biblioteca.

Em 2015, a FELISB foi realizada de forma diferenciada. As equipes gestoras foram até ao CENFORPE realizar as compras de títulos escolhidos pela equipe docente, dentro das possibilidades existentes fornecidas pela S.E, o que frustrou em partes as escolhas dos professores, pois muitas editoras desejadas, não participaram do evento.

Na escola ocorreram várias ações voltadas para o universo cultural, com a participação de algumas famílias como apresentado no quadro abaixo.

DATA HORÁRIO ATIVIDADE COLABORADOR

19/10/2015 8:10 Contação de história – Guilherme Augusto Araújo Fernandes

Carla – Mãe da aluna Claúdia

19/10/2015 13:20 Teatro – Balde de chupetas Professoras – Sônia e Adriana 23/10/2015 11:10 Contação de história – Bruxa, Bruxa

venha a minha festa Lorena - filha da funcionária Viviane

23/10/2015 13:20 Contação de história – Bruxa, Bruxa venha a minha festa

Lorena - Filha da funcionária Viviane

26/10/2015 11:10 Dramatização – Os dez Sacizinhos Professora Sônia 26/10/2015 13:20 Roda cantada – O cravo e a Rosa Professoras – Juciana e Sarah 26/10/2015 11:50 as

12:10 Teatro no ônibus Diastur (ônibus ficará parado em

frente a escola) 26/10/2015 12:40 as

13:00 Teatro no ônibus Diastur (ônibus ficará parado em

frente a escola) 27/10/2015 13:20 Maria que Ria Professora – Cristiane e Viviane

Prática de produção de texto Justificativa É muito importante que além das atividades de reflexão sobre o sistema alfabético da língua escrita, as crianças conheçam diferentes portadores de diferentes gêneros, e possam criar textos nos gêneros estudados tendo a professora ou outra pessoa como escriba. Sem a preocupação com o código que ainda não dominam, as crianças podem também escrever de acordo com suas hipóteses, dentro de um determinado gênero: cartaz, bilhete, etc. Aqui o objetivo é o letramento das crianças, para que possam, além de decodificar textos, tornarem-se usuárias competentes da língua escrita.

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Orientações Didáticas a) As crianças podem aprender a escrever produzindo oralmente textos com destino escrito. Nessas situações o professor é o escriba. b) A criança pode aprender a escrever fazendo-o da forma que sabe, escrevendo de próprio punho segundo suas hipóteses. Para isso é importante que o professor planeje momentos em que a criança possa escrever dessa forma. c) É necessário que o aluno tenha acesso à diversidade de textos escritos, testemunhando a utilização que se faz da escrita em diferentes circunstâncias, considerando as condições nas quais foram escritos: para quê, para quem, por quem, onde e como. d) O trabalho com produção de textos deve se constituir em uma prática continuada, na qual se reproduzem contextos cotidianos em que escrever tem sentido. e) Deve-se buscar a maior similaridade possível com as práticas de uso social, como escrever para não esquecer, escrever para enviar uma mensagem, escrever para que a mensagem atinja um número grande de pessoas, etc. f) Ditar um texto para a professora ou outro colega é uma forma de viabilizar a produção de textos antes das crianças saberem grafá-las (é em atividades desse tipo que elas iniciam a participação no processo de produção de texto, construindo conhecimentos sobre essa linguagem antes mesmo de conseguirem escrever autonomamente.) g) A professora pode chamar a atenção dos alunos sobre a estrutura do texto, negociar significados e propor a substituição do uso excessivo de “e”. “aí”, “daí”, por conectivos

mais adequados à linguagem escrita e de expressões como “de repente”, “um dia”,

“muitos anos depois”, etc. h) A reelaboração dos textos produzidos, realizada coletivamente com o apoio da professora, leva a criança a perceber a escrita como processo. i) As crianças e o professor podem melhorar o texto acrescentando, retirando, deslocando ou transformando alguns trechos com o objetivo de torná-lo mais legível, mais claro ou mais agradável ao leitor. j) A atividade de reescrita deve ser feita em vários momentos distintos, em dia consecutivos ou alternados. A produção final só estará pronta quando todos concordarem.

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Situações de escrita espontânea da criança.

Guilherme - 5 anos - Infantil V – Reescrita da História dos três porquinhos e Lista dos itens que se precisa para jogar poder jogar bola

Lucas – 4 anos – Infantil IV - Atestado de quatro dias dado a sua professora Ana Paula registrando seu afastamento por motivo de saúde. Brincadeira simbólica de médico.

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9) Roda de história

Justificativa

Como propõe o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, nós educadores, devemos organizar nossa prática de forma a promover, em Linguagem oral e Escrita, algumas capacidades nas crianças. Dentre elas estão: “Ampliar gradativamente suas possibilidades de

comunicação e expressão, interessando-se por conhecer vários gêneros orais e escritos e participando de diversas situações de intercâmbio social, nas quais possa contar suas vivências, ouvir as de outra pessoa, elaborar e responder perguntas”.

“Familiarizar-se com a escrita por meio do manuseio de livros, revistas, e outros portadores de textos e da vivência de diversas situações nas quais seu uso se faça necessário.” “Escutar textos lidos, apreciando a leitura feita pelo

professor” (ou outro leitor); “Escolher os livros para ler e apreciar”. Nos R.C.N. os conteúdos de Língua Portuguesa estão separados em três blocos: Falar e escutar, Práticas de leitura e Práticas de escrita. Desses blocos, dois tem conteúdos que contemplam os objetivos supracitados. São eles “Falar e Escutar” e “Práticas de leitura”.

Em falar e escutar encontramos: “Reconto de

Histórias conhecidas, com aproximação às características da história original no que se refere à descrição de personagens, cenários e objetos, com ou sem ajuda do professor”. Em Práticas de Leitura, os conteúdos são: “Participar de situações

em que os adultos lêem textos de diferentes gêneros, como contos, poemas, notícias de jornais, informativos, etc.”, “Observação e manuseio de

materiais impressos, como livros, revistas, histórias em quadrinhos, etc., previamente apresentados ao grupo”, “ Valorização da leitura como fonte de

prazer e entretenimento.”. Acreditando na importância que o alcance desses objetivos tem para o acesso ao mundo letrado pelas crianças, e para garantir os conteúdos citados, o grupo de educadores desta escola estabeleceu em sua rotina dois momentos específicos: “A Roda de História”,

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com freqüência diária, e a “Biblioteca Circulante”, realizada quinzenalmente alternando

com os empréstimos da BEI. Esta alternância deve-se ao fato de mantermos um acervo considerável para as diferentes atividades desenvolvidas na BEI ou através dela, sem que haja prejuízo nas contações e projetos desenvolvidos na U.E. Nas Rodas de História, o professor prepara uma seqüência, que pode ser: por gênero, autor, temas, personagem, etc. Aqui o aluno tem acesso à boa literatura, pois dispomos de um excelente acervo de livros da BEI adquiridos pela APM da escola..

Orientações Didáticas

a) Oferecer textos de boa qualidade literária. b) Criar um ambiente agradável que convide à escuta e mobilize as expectativas das crianças. c) Ler a história selecionada com antecedência, pois conhecer o enredo não é o bastante para garantir a realização da leitura pelo professor com ritmo e entonação - condições essenciais para que a história “ouvida” seja interessante. d) Garantir que as crianças possam ouvir a história tal qual está escrita, sem simplificações que infantilizem o texto, imprimindo ritmo à narrativa e dando uma idéia correta do que significa ler, atribuindo assim significado e compreensão ao texto. e) Ler o texto sem interrupções, ainda que as crianças não decifrem todas as palavras, pois muitas vezes o contexto dará conta do significado das palavras desconhecidas.

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f) Permitir que as crianças olhem para o texto e para as ilustrações enquanto a história é lida. g) Repetir a história mais vezes para as crianças, se elas pedirem, pois além de favorecer as atividades de leitura e escrita, ouvi-la novamente constitui um prazer legítimo para a criança. h) Antes de iniciar a leitura da história, fazer combinados de respeito à professora e aos colegas, de silêncio e participação nesse momento, para não interrompê-la a todo instante. 10) Biblioteca Circulante

Justificativa A Biblioteca Circulante, cujo objetivo é desenvolver o encantamento pelo mundo da

leitura, na educação infantil começa com o ouvir histórias, manusear livros e recontá-las. Este é um caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa, além informar sobre diferentes assuntos e temas.

Desde 2015, os livros que são levados para casa fazem parte apenas do acervo de nossa Biblioteca Escolar Interativa “Luiz Gonzaga”, diferentemente de 2014 que dividíamos o empréstimo entre livros da sala de aula e da Biblioteca. Este fato deve-se a compra de vários exemplares durante as FELIT/FELISB anteriores.

Em 2016, nosso primeiro empréstimo de livros da biblioteca circulante será realizado com as famílias na reunião com pais do mês de abril, momento em que as professoras poderão compartilhar os objetivos deste proposta com as famílias.

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Orientações Didáticas

a) Dispor de um acervo com livros de literatura infantil de boa qualidade.

b) Proporcionar às crianças a escolha dos livros para levar para casa.

c) Favorecer a troca de sugestões na escolha dos livros entre as crianças.

d) Garantir espaço no retorno dos livros para que a criança possa expressar seus sentimentos em relação à história (se gostou ou não, se quer recontar, enfim, sua opinião deve ser respeitada e ouvida na medida em que expressar essa necessidade).

e) No desenvolvimento da atividade, buscar aproximá-la ao máximo possível da prática social.

f) Manter a regularidade semanal no empréstimo dos livros.

g) Cuidar dos livros, mostrando com se faz ao ler, o modo de folhear, de não sujar as páginas etc.

h) Buscar o envolvimento dos pais na atividade, pedindo que leiam as histórias para os seus filhos. Obs : Segue o texto afixado na parte interna da pasta de biblioteca de cada criança.

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EMEB MARIANA BENVINDA DA COSTA – 2017

ORIENTAÇÕES SOBRE O EMPRÉSTIMO DOS LIVROS DA BIBLIOTECA ESCOLAR INTERATIVA “LUIZ GONZAGA”

AO PAI / MÃE OU RESPONSÁVEL

ÀS 6ªs feiras os alunos levarão um livro da nossa biblioteca. É muito importante que a história seja lida ou contada para a criança. O livro deverá ser devolvido sempre às 2ª feiras. Caso haja algum imprevisto e não possa devolver na 2ª feira, faça o mais rápido possível. Você também poderá ser nosso parceiro ajudando no trabalho com a biblioteca, orientando a criança sobre os cuidados que devemos ter com os livros: não rasgar, não cortar, nem rabiscar. Manusear com as mãos limpas e secas. Guardar em local apropriado. Caso o livro seja danificado de alguma forma, devolver mesmo assim e comunicar à professora. Se extraviado comunique também. A pasta que servirá para transportar o livro também deve ser cuidada, pois será utilizada o ano todo, semanalmente. Contamos com a sua colaboração e parceria nesta atividade tão importante.

ALUNO_______________________________________ PROFª.___________________ Infantil____________

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BIBLIOTECA INTERATIVA

“É por isso: seres da natureza, tornando-nos seres da cultura, atuando, agindo, interagindo, pensando, falando, ouvindo, criticando, assimilando, reelaborando, participando da comunidade humana, criando. Por isso uma biblioteca interativa é um espaço aberto ao diálogo com e por meio do conhecimento, entendido como construção, criação, forma de humanização, de nossa transformação em seres culturais.”

Profº Edmir Perrotti

A biblioteca Escolar é Interativa porque o processo de construção do

conhecimento se dá em interação e diálogo. A informação chega através de diversas

fontes, daí a necessidade de novas propostas de relação do sujeito com a informação (diversas linguagens). Não existe um modelo, o que existe é um conjunto de referências, de concepções que estão articuladas e que devem servir de ponto de partida. A Biblioteca Escolar Interativa oferece diferentes possibilidades de uso, por conseguinte, de acesso ao conhecimento e à informação, através de diversos suportes:Livros, CD-ROM, Internet, CDs, VHSs, DVDs, Periódicos: jornais e revistas, Objetos tridimensionais: Fantoches, Torso, Globo terrestre, dentre outros.

Esta diversidade de recursos e materiais auxilia no cruzamento de informações, permitindo a ampliação das pesquisas escolares, das leituras e das escolhas pessoais.

O trabalho com os diferentes recursos da biblioteca deve garantir: Acesso, Autonomia, Busca, Criatividade, Criticidade, Interação, Produção, Seleção e Significação

O espaço já está integrado na rotina escolar desde abril de 2005. A partir de 2007, quando tivemos pessoal do programa REBI na escola, iniciamos o empréstimo sistemático do acervo para os alunos.

Este espaço é rico para propormos atividades diversificadas, nas quais o professor pode planejar intencionalmente vários cantinhos diferenciados: um vídeo, teatro com fantoches, um jogo ou pesquisa no computador, leitura feita pelo professor, exploração do acervo pelos alunos, entre outras possibilidades, de forma a contemplarmos diferentes objetivos e interesses dos alunos.

A oficial de escola Viviane trabalha na BEI de segunda a sexta das 8h às 17h atendendo alunos/equipe escolar na realização do empréstimo semanal, organização do acervo e do espaço.

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MATEMÁTICA – NÚMEROS E SISTEMA DE NUMERAÇÃO OBJETIVO CONTEUDOS ESTRATÉGIAS AVALIAÇÃO - Utilizar os conhecimentos matemáticos para resolver problemas do seu cotidiano ou nas situações de aprendizagem relacionadas à quantificação e à exploração do espaço; - Reconhecer e valorizar a matemática como uma ferramenta necessária ao seu cotidiano; - Desenvolver estratégias próprias para resolver problemas do seu interesse e curiosidade com a matemática; - Utilizar a linguagem oral para comunicar hipóteses processos e resultados, desenvolvidos em contextos matemáticos; - Identificar e utilizar elementos da linguagem matemática ou próximo desta, tais como: símbolos numéricos ou marcas e signos alternativos para registro de quantidades, sinais de operações, representação de figuras e formas;

Seqüência numérica oral; - Quantificações numéricas ou contagens; - Relações entre quantidades; - Ordenação e operações (a natureza das quatro operações) -Cálculos mentais e estimativas - Notação numérica: produção e interpretação de escritas numéricas e características da numeração falada e escrita. -Situações-problemas desafiadoras onde as crianças possam levantar e socializar hipóteses ampliando suas estratégias de resolução; - Ler, escrever, comparar, operar, ordenar números aprendendo as regularidades do sistema de numeração.

- Dizer diretamente o anterior e o seguinte de um número sem recitar a série desde o início; - Registrar de forma espontânea e convencional os números; - Tenha êxito nas quantificações, relacionando o número à quantidade; - Continuar a série oralmente, a partir de um número dado, em um sentido ou em outro; - Ler números que estejam ordenados na série numérica e posteriormente à escrita de números isolados; - Dizer onde há um número maior ou menor de objetos nas diferentes coleções possibilitando estimativas e usando a contagem como estratégias para a resolução de problemas; - Contar de 2 em 2, 5 em 5, 10 em 10, como apoio fundamental para o cálculo; - Conhecimento dos diferentes portadores numéricos escritos (como estão organizados, para que servem)

Observar se a criança: - realiza contagem em seqüência numérica (regularidades de 1 em 1, 5 em 5, 10 em 10). - faz correspondência biunívoca ou deixa de contar algum objeto, ou conta um objeto mais de uma vez. - utiliza a contagem na resolução de situações problemas, como por exemplo, na distribuição de materiais; - usa e expressa posições relativas a pessoas e objetos (número ordinais/noção de ordem). - reconhece o antecessor e o sucessor sem recitar a série desde o início. - continua a série oralmente a partir de um número dado em ordem crescente ou decrescente. - resolve situações problemas em relação à comparação de quantidades de objetos e outras situações em que coloque em jogo os seus saberes, explicitando as próprias estratégias. Registro: observar se a criança - diferencia número de letras. - usa desenho ou marcas. - desenha o próprio objeto. - se utiliza de numerais. - utiliza um único numeral para representar o total de objetos ou escreve a ordem numérica até o número total. - faz uso de algum portador numérico como ponto de apoio para registrar quantidades.

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MATEMÁTICA – GRANDEZAS E MEDIDAS OBJETIVO CONTEUDOS ESTRATÉGIAS AVALIAÇÃO - considerando a construção de noções de medida e relações simples de grandezas e medidas em situações cotidianas; aprender a lidar com dinheiro; comparar grandezas; marcar e construir a noção de tempo.

Comparação de grandezas; - Noções de medidas: comprimento, peso, volume, tempo; - Experiências com dinheiro através de brincadeiras. - Relação parte-todo

- Utilizar as medidas padrões convencionais, utilizando-se dos instrumentos de forma correta; - Realizar experiências com medidas não convencionais (palmos, palitos, etc.); - Utilizar a balança de dois pratos para perceber a relação de peso entre diferentes elementos (pedras, livros, etc.) - Realizar experiências com a noção de capacidade de volume observando as outras formas de medidas não padronizadas. - Realizar corretamente (de acordo com a classe) a marcação no calendário; - Conhecer e se familiarizar com instrumentos utilizados para medir o tempo (relógios, cronômetros, etc.)

- Conhece e compreende os procedimentos de medir explorando estratégias pessoais e instrumentos convencionais; - Compara grandezas e medidas explorando diferentes procedimentos convencionais e não convencionais; - Estabelece relações entre grandezas e medidas utilizando de estratégias convencionais e não convencionais; - Compreende que o todo pode ser dividido em partes menores;

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MATEMÁTICA – ESPAÇO E FORMA

OBJETIVO CONTEUDOS ESTRATÉGIAS AVALIAÇÃO - ter confiança em sua capacidade para lidar com situações matemáticas desconhecidas utilizando conhecimentos prévios. - situar-se e deslocar-se no espaço, a partir de pontos de referência; - explicitar e representar a posição de pessoas e objetos, tendo um ponto de referência; - explorar e identificar propriedades geométricas de objetos e figuras; - representar objetos; - descrever e representar pequenos percursos e trajetos, observando pontos de referência;

- Representar e construir objetos a partir de um modelo; - Criar um objeto a partir dos conhecimentos previamente adquiridos; - Reconstruir objetos divididos em partes; - Localizar-se no tempo e espaço, tendo a noção do espaço que seu corpo necessita tendo como referência outro objeto; - Representação de posições com vocabulário pertinente em diversas situações; - Identificação de propriedades geométricas de objetos e figuras; - Representações bidimensionais e tridimensionais de objetos; - Identificação de pontos de referência para situar-se e deslocar-se no espaço; - Representação de pequenos percursos e trajetos.

- Explorar o espaço ao seu redor, conseguindo assim maior coordenação de movimento, organizando mentalmente seus deslocamentos, antecipando-os; - Representar e construir figuras geométricas tridimensionais e bidimensionais; - Utilizar argila ou massa de modelar, para construção de figuras tridimensionais; - Representar utilizando suportes e meios, formas geométricas dos objetos; - Observar, comparar e nomear as diferenças e semelhanças entre objetos; - Resolver problemas em variadas situações cotidianas envolvendo percursos e trajetórias; - Elaborar, interpretar, representar e apropriar-se de símbolos como elemento indicador do progresso do seu pensamento geométrico.

- Verbaliza posições em relação a objetos e pessoas. - explicita e representa a posição de pessoas e objetos tendo um ponto de referência. - situa-se e desloca-se no espaço a partir de pontos de referência. - Descreve e representa pequenos trajetos observando pontos de referência. - Identifica propriedades geométricas de objetos e figuras.

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Matemática Jogos com regras / sistema de numeração

Justificativa

Os jogos de construção e de regras são atividades que auxiliam no trabalho com a área de matemática. Para tanto, é preciso ter intencionalidade e planejamento por parte da professora.

O desenvolvimento nos jogos depende da autonomia da criança. É importante que em todo o tempo didático o aluno tenha oportunidade de iniciativa e tomada de decisão para que ao jogar, desenvolva a capacidade de coordenar pontos de vista com outras crianças e criar estratégias para ganhar.

Quando a criança aprende a jogar as intervenções se modificam após as crianças terem aprendido as regras do jogo, cabendo à professora elaborar perguntas e propostas que aumentem os desafios oferecidos às crianças, pois, à professora cabe estimular o pensamento e o raciocínio. Para tanto, é preciso garantir que o aluno tenha experiências significativas com o jogo e oportunidade de se expressar (ao falar a criança elabora o que fez).

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Objetivos/Aprendizagens para as crianças ao jogarem: • Refletir sobre as regularidades do sistema numérico. • Conhecer, compreender, aprender e respeitar regras. • Criar, adaptar e mudar regras. • Desenvolver estratégias de jogo. • Contar, somar, subtrair, recitar a sequencia, ler números, registrar. • Estabelecer relações, refletir, buscar soluções, argumentar, perguntar e validar seus conhecimentos. • Expor ideias e opiniões, relacionar alguns conhecimentos com outros. • Confeccionar jogos. • Compartilhar ideias, estratégias e conhecimentos. • Ampliar o repertório de palavras relativas à dinâmica de jogo e da matemática. • Pesquisar (jogos, origem, curiosidades, informações, imagens, desenhos para confecção de jogos). • Conhecer histórias, características de lugares, pessoas, épocas e culturas através da história da origem de jogos. • Desenvolver o raciocínio lógico matemático. • Ampliar o repertório de jogos. • Coordenar diferentes pontos de vista. • Desenvolver a autonomia, a iniciativa, o espirito crítico, a confiança na capacidade de pensar e verbalizar suas opiniões. • Resolver problemas.

Jogos com regras

Orientações didáticas

1) Levantar os conhecimentos prévios das crianças sobre o jogo para planejar, definir objetivos, conteúdos, estratégias, desafios crescentes, agrupamentos, tipos de jogo. 2) Considerar os conteúdos, objetivos, tipos de jogos adequados à faixa etária e características do grupo. 3) Introduzir o jogo de maneira clara e breve podendo apresentá-lo na roda de conversa com todo o grupo ou em pequenos grupos. 4) Observar as crianças e seus saberes para planejar intervenções e desafios apropriados às suas necessidades, considerando tanto o grupo como cada criança individualmente e para planejar agrupamentos produtivos. 5) A professora poderá jogar com os alunos para ensiná-los a jogar, aprofundar regras e estratégias, e depois observá-los a fim de intervir (com desafios, perguntas, situações problema) e mediar (conflitos, resoluções de problemas, discussões, embates). 6) Observar se o aluno está jogando de modo intuitivo, espacial ou lógico intervindo para que o aluno avance construindo conhecimentos e aprendizagens significativas. 7) ensinar/aprofundar regras e estratégias 8) Incentivar e enriquecer a troca entre as crianças, favorecendo a socialização das descobertas e estratégias de jogo, possibilitando aos alunos defender ou corrigir seu ponto de vista.

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9) É mais indicado priorizar alguns jogos durante o ano para que sejam bem trabalhados. Existem muitos jogos apropriados para as diferentes faixas etárias e as crianças também podem criá-los. 10) Elencar jogos que possibilitem o uso de estratégias e não só aqueles que dependem de sorte/azar. 11) Conhecer os jogos e definir quais conteúdos podem ser trabalhados com eles, de forma a planejar ações com os mesmos, escalonando desafios em sequencias didáticas. 12) Pensar em parcerias onde algumas crianças possam jogar com parceiros mais experientes, para que exista cooperação cognitiva. 13) Usar estratégias de jogos anteriormente trabalhados para ensinar novos jogos. 14) Estimular a jogarem cada vez melhor. É interessante que as crianças inventem seus próprios jogos e criem novas regras depois de terem jogado bastante. 15) Respeitar e socializar o conhecimento que as crianças trazem de casa sobre como jogar, como registrar, as estratégias para ganhar e etc. 16) Propor o jogo em um momento tranquilo, observando em que momento da rotina se desenvolverá. Inicialmente é mais adequado que propor o jogo em pequenos grupos para que o professor possa acompanhar e intervir com um grupo por vez. O momento de atividades diversificadas é uma boa estratégia para se propor o jogo. 17) Organizar o espaço com as próprias crianças, tanto antes quanto depois da brincadeira. Com isso são trabalhados conteúdos procedimentais e atitudinais. 18) Conduzir as atividades de jogos de modo que os alunos sintam a necessidade de registro. Inicialmente deixar que as crianças registrem de acordo com suas hipóteses. 19) Socializar e problematizar as formas de registro das crianças para que reflitam sobre formas mais práticas e eficientes de registro e que aprendam uns com os outros. 20) Propor situações de registro para que haja avanços para as formas mais elaboradas e convencionais. 21) Enriquecer o trabalho com leitura e escrita utilizando os textos instrucionais para ensinar um jogo e consultar as regras. 22) Usar recursos com as crianças como computador para confeccionar jogos: elaborar o tabuleiro, colocar números, símbolos e imagens para ilustração conforme o tema, pesquisar jogos e regras, origem e curiosidades sobre os jogos. 23) Nutrir com imagens de acordo com o tema para que as crianças ilustrem o tabuleiro e as peças ao confeccionarem jogos. 24) Possibilitar que as crianças tragam seus jogos de casa para ampliar o repertório do grupo. 25) Utilizar a roda de conversa para troca de ideias, conhecimentos, socialização de estratégias, discussão sobre as regras, criação de regras, escolhas de jogos, organização para jogar, definir obstáculos no percurso, escolha e definição de temas, materiais e tarefas na confecção de jogos, etc. 26) Utilizar diferentes recursos/linguagens para confecção de jogos ( desenho, pintura, colagem, sucata, recortes, modelagem) 27) Usar diferentes materiais para confecção de jogos 28) Retomar as regras sempre que necessário 29) Organizar muitas partidas para que as crianças se apropriem.

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30) Apresentar a história do jogo, curiosidades, origem, mostrar no mapa o local de origem. 31) Usar diferentes tipos de registro (regras, jogo, experiência/vivência com o jogo: escrito, plástico, maquete. 32) Usar histórias, brincadeiras e músicas para produzir jogos. 33) Apresentar diferentes versões de jogos como inspiração na criação de jogos. 34) Usar atributos simbólicos, que tenham sentido lúdico para crianças ( enredo, personagens). 35) Confeccionar percurso contextualizado: tematizado/faz de conta, a partir de histórias lidas para o grupo, conteúdo de projetos estudados, brincadeiras e músicas conhecidas por eles. 36) Usar diferentes objetos para peças do jogo (conforme o tema): bonecos, carrinhos, bichinhos, etc. 37) Explorar formatos diferentes de jogos. 38) Pensar em sequenciadas com ampliação gradativa de desafios. 39) Disponibilizar material de apoio para a consulta de números (portador numérico). 40) Proporcionar situações de escrita (professor escriba ou não): escrever as regras, listas de jogos, organização do grupo para jogar, tabelas de jogadores para marcação de pontos, listas com a ordem das crianças que irão jogar em cada dia ou jogada, etc. 41) Criar com as crianças lista de palavras que aparecem no jogo (inicio, fim, chegada, avance volte, pare, etc.) para consulta na confecção de jogos. 42) Criar com as crianças um novo jogo a partir de uma versão conhecida (outra versão). 43) Abranger diferentes áreas do conhecimento (leitura e escrita, recursos tecnológicos, artes, história, ciências, música, corpo e movimento, geografia). 44) Possibilitar o intercambio entre as diferentes turmas de crianças para ensinarem umas as outras e aprenderem umas com as outras.

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Jogos com regras Nas discussões sobre o ensino de matemática na educação infantil observamos que o brincar tem papel importante nesse

processo e que há várias brincadeiras de grande interesse das crianças que abordam conceitos matemáticos, porém, nem sempre há clareza de quais seriam essas aprendizagens. Dessa forma as leituras, discussões, trocas de experiências e análise de brincadeiras a partir do referencial estudado contribuíram para explicitação das aprendizagens, experiências e papel do professor em cada uma das brincadeiras mais presentes na escola. Sendo essas brincadeiras referencias para a reflexão do professor sobre o potencial de outras brincadeiras como possibilitadoras de aprendizagens no campo da matemática.

Atividade Proposta

O que a criança aprende Experiências

Papel do professor durante o jogo

JOGO DE PERCURSO

TRILHA

Recitação da sequencia numérica* Sequência numérica Noção de quantidade Notação/Símbolo numérico Contagem Relação quantidade e símbolo Identificar o numeral numa sequencia Noções de antecessor e sucessor Ordem Regras Ganhar e perder

Comparar, contar, identificar numeração, fazer cálculo mental ou com estratégias (com 2 ou mais dados), ter contato com números, participar de jogos, construir jogos, numerar, sequenciar, recitar, registrar números.

Organizar o espaço, pensar os agrupamentos considerando os saberes das crianças para trocas produtivas; Ensinar o jogo, observar e intervir com problematizações cognitivas; Ampliar os desafios propondo níveis gradativos de dificuldades e também jogos mais elaborados; Possibilitar a socialização de estratégias entre os alunos Registrar o processo de jogo das crianças, observando os avanços, as estratégias que utilizam e os saberes que apresentam; Disponibilizar jogos para que as crianças brinquem em momentos de livre escolha, como a diversificada, momentos de passagem de uma atividade e outra enquanto esperam, etc. Disponibilizar na sala materiais com informaçãoes numéricas como apoio para consulta dos alunos, como quadro numérico, calendário, etc. Criar situações problematizadoras para que as crianças percebam a

UNO

Notação/símbolo numérico Raciocínio lógico Soma simples Estratégias Ordem Regras Ganhar e perder

Comparar, contar, identificar numeração, fazer cálculo mental ou com estratégias, ter contato com números, participar de jogos.

QUILES BOLICHE

Contagem Relação quantidade e numeral Representação de quantidade Registro convencional ou não Soma Regras Ordenação (ordem de jogada e posição final de cada jogador) Ganhar e perder

Comparar, contar, identificar numeração, fazer cálculo mental ou com estratégias, somar, ter contato com números, participar de jogos, registrar quantidades, registrar números.

FECHA A CAIXA

Notação/símbolo numérico Contagem Relação quantidade e numeral Registro convencional ou não

Comparar, contar, identificar numeração, fazer cálculo mental ou com estratégias, ter contato com números, participar de jogos, registrar números.

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Soma Cálculo mental Estratégias Regras Ordenação (ordem de jogada e posição final de cada jogador) Ganhar e perder

necessidade de registro de pontos. Possibilite o uso de estratégias de registro não convencionais e posteriormente o uso da notação convencional. Favoreça e estimule a circulação de informações entre a turma sobre estratégias de jogo, de registro, estratégias de cálculos, de resolução de problemas.

DOMINÓ DE NÚMEROS

Contagem Relação quantidade e numeral Estratégias Regras Ordem Ganhar e perder

Comparar, contar, ter contato com números/quantidades, participar de jogos.

BINGO

Notação/símbolo numérico Sequência numérica Regras Ordem / Ganhar e perder

Identificar numeração, ter contato com números, participar de jogos.

VARETAS

Sequencia numérica Noção de quantidade Representação de quantidade Notação/Símbolo numérico Contagem Soma Cálculo mental Registro convencional ou não Estratégias Comparação Relação quantidade e numeral Ordenação (ordem de jogada e posição final de cada jogador) Regras/ Ganhar e perder

Comparar, contar, fazer cálculos mental ou com estratégias, ter contato com números/quantidades, participar de jogos, registrar números ou quantidades.

BILHAR

HOLANDES Ou

SJOELBAK

Notação/símbolo numérico Contagem Relação quantidade e numeral Registro convencional e não Soma Cálculo mental Multiplicação Cálculo/estimativa entre força e distância Estratégias Regras Ordenação (ordem de jogada e posição final de cada

Comparar, contar, identificar numeração, fazer cálculos mental ou com estratégias, ter contato com números, participar de jogos, registrar números.

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jogador) /Comparação Ganhar e perder

QUEBRA CABEÇA

Desenvolve a atenção e o pensamento lógico Desenvolve a coordenação motora e a possibilidade de dominar o corpo Desenvolve a inteligência Favorece o desenvolvimento da atuação da memória Desenvolve diferentes habilidades do pensamento como: observar, comparar, analisar e sintetizar Estratégias capacidade de concentração, noção espacial, percepção visual , capacidade de resolver problemas, enxergar diferentes pontos de vista sobre determinado assunto, ajuda melhorar a habilidade motora fina, coordenação motora e visual, socialização, cooperação e trabalho em equipe. visualização e reconhecimento de figuras, análise de suas características, composição e decomposição de figuras, percepção de posição e distâncias, organização do espaço através da movimentação das peças.

Participar de jogos, manipular, explorar, organizar, comparar, observar formas identificando semelhanças e diferenças.

JOGO DA MEMÓRIA

Desenvolve as capacidades de: Observação Atenção e concentração Memória Raciocínio lógico Estratégias de memorização Regras Ganhar e perder

Participar de jogos, observar, +manipular, explorar, organizar, comparar, observar figuras identificando semelhanças e diferenças.

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Práticas sociais e do cotidiano

No dia a dia observa-se diversas situações na escola em que as crianças, mesmo de forma não convencional, recorrem a contagens e resolução de pequenos problemas do cotidiano, situações que podem ser potencialmente enriquecedoras para a aproximação da criança com os conhecimentos matemáticos socialmente construídos. Diante dessa constatação realizamos o levantamento dessas situações didáticas realizadas pelas professoras e crianças, sejam intencionais ou espontâneas. Analisamos a partir dos estudos realizados e da troca de saberes entre o grupo cada proposta e observamos a necessidade de sistematiza-las tornando explicitas o potencial de cada uma das propostas, indicando as possibilidades de aprendizagens, já buscando compreender que possibilidade de experiência a criança poderá ter, também procuramos identificar o papel do professor e o do aluno tendo como principio norteador a experiência, a autoria, a autonomia, a interação e o protagonismo das crianças na construção de saberes.

Práticas sociais e do cotidiano

Atividade Proposta

O que a criança aprende Desenvolvimento da atividade Papel do professor e experiência da criança

Problematizações Textos com dados

numéricos Horário das

atividades (relógio) Rotina Brincadeiras

simbólicas Cartazes (intersalas,

oficinas, entrada coletiva, projetos e sequenciadas)

Calendário

Sequencia numérica Sequencia temporal Antecessor e sucessor Ler números Conceitos de hoje, amanhã, ontem, semana, mês Raciocínio lógico

Professor: Apresentar o calendário e sua função social; Marcar com as crianças os eventos; Relacionar o dia do mês com o dia da semana, nomeando cada um e também o mês; Problematizar questões sobre o dia, a semana, ontem, hoje, amanhã; Problematizar questões sobre quantos dias faltas para um evento ou data, em que dia da semana será determinado evento ou data; Incentivar as crianças a consultarem o calendário, a identificarem as datas, reconhecendo o número e o dia da semana. Criança: consultar o calendário para identificar o dia, reconhecer o número, localizar datas e eventos, levantar hipóteses, confrontar informações para confirmar suas hipóteses, usar como estratégia a sequencia numérica para localizar determinada data, utilizar estratégias para resolver questões de quanto falta, como contar a partir de uma referência, em ordem crescente ou decrescente, com apoio do calendário ou não (contar nos dedos, calculo mental).

Pesquisa numérica

Comparar Ordenar Ler números Notação numérica Sentido/função do número

Profº: Propor situações problemas; estimular as respostas; socializar as respostas; oferecer apoios para consulta e/ou pesquisa; aceitar as respostas; confrontar as respostas; problematizar as respostas; apoiar e incentivar os alunos. Crianças: levantar hipóteses sua a escrita de um número; testar as hipóteses; confrontar as informações entre sua escrita e a dos colegas; consultar portadores de números; trocar informações com os colegas; discutir as hipóteses; fazer notações; comparar números; ordenar; verbalizar suas ideias e hipóteses; justificar suas hipóteses, sentir-se confiante e capaz.

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Contagens

Contar Quantificar Sequencia numérica Ordenar Calcular Resolver problemas Raciocínio lógico

Profº: Propor situações problema significativas, reais e necessárias para as crianças contarem; sistematizar na rotina situações obrigatórias de contagem, como, conferência de brinquedos e materiais; apoiar as crianças em suas contagens; socializar as informações e estratégias dos alunos. Crianças: testar hipóteses; consultar tabelas; utilizar estratégias pessoais para contar, ordenar, calcular; trocar informações; socializar estratégias, comunicar resultados/respostas.

Organiz. materiais brinquedos brincadeiras

Contar Conferir Selecionar Quantificar Calcular Dividir Resolver problemas Raciocínio lógico

Sistematizar na rotina a contagem e conferencia de brinquedos e materiais; identificar as caixas com as quantidades de brinquedos e materiais; incentivar a contagem e a conferencia; propor brincadeiras e jogos em que seja necessária a contagem, a formação de grupos; problematizar a distribuição/divisão de materiais e brinquedos; estimular o cálculo e uso de estratégias para calcular e resolver problemas; socializar as estratégias; apoiar os alunos em suas hipóteses; incentivar a verbalização de estratégias e raciocínio dos alunos. Crianças: identificar números; realizar contagens e cálculos utilizando estratégias pessoais; trocar informações com os colegas; verbalizar estratégias e raciocínio; comunicar resultados.

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CORPO E MOVIMENTO OBJETIVOS CONTEUDOS ESTRATÉGIAS AVALIAÇÃO - Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando gestos diversos e o ritmo corporal nas suas brincadeiras, danças, jogos e demais situações de interação. - Explorar diferentes qualidades dinâmicas do movimento, como força, velocidade, resistência, flexibilidade, conhecendo gradativamente os limites e as potencialidades de seu corpo. - Controlar gradualmente o próprio movimento, aperfeiçoando seus recursos de deslocamento e ajustando suas habilidades motoras para utilização em jogos, brincadeiras, danças e demais situações. - Utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamentos etc., para ampliar suas possibilidades de manuseio dos diferentes materiais e objetos. - Apropriar-se progressivamente da imagem global de seu corpo, conhecendo e cada vez mais uma atitude de interesse e cuidado com o próprio corpo.

- Utilização expressiva intencional do movimento nas situações cotidianas e em suas brincadeiras. - Percepção de estruturas rítmicas para expressar-se corporalmente por meio da dança, brincadeiras e outros movimentos. - Valorização e ampliação das possibilidades estéticas do movimento pelo conhecimento e utilização de diferentes modalidades de dança. - Percepção das sensações, limites, potencialidades, sinais vitais e integridade do próprio corpo. - Participação em brincadeiras e jogos que envolvam correr, subir, descer, escorregar, pendurar-se, movimentar-se, dançar etc., para ampliar gradualmente o conhecimento e o controle sobre o corpo e movimento. - Utilização dos recursos de deslocamentos e das habilidades de força, velocidade, resistência e flexibilidade nos jogos e brincadeiras dos quais participa. - Valorização de suas conquistas corporais. - Manipulação de materiais, objetos e brinquedos diversos para aperfeiçoamento de suas habilidades manuais.

- Jogos e brincadeiras com fantasias a fim de que as crianças assumam papéis, e se vejam em espelhos. - Jogos de interação, de imitação e o reconhecimento do corpo - Reconhecimento dos sinais vitais do corpo e de suas alterações, como a respiração, os batimentos cardíacos, as sensações de prazer, - Exercício de imaginação e criatividade representando experiências vividas por meio do movimento, por exemplo, balançar como uma folha, derreter como um sorvete, etc. - Danças, brincadeiras de roda, cirandas, oportunizando à criança a realização de movimentos de diferentes qualidades expressivas e rítmicas. Brincadeiras de lutar, correr, saltar, dançar, subir e descer de árvores ou obstáculos, jogar bola, rodar bambolês etc. - Pesquisa sobre os diferentes modos de brincar, dançar, pular corda, considerando diferentes qualidades de movimento. - Jogos de regras e mesmo competições, cuidando para que ocorram de modo saudável e dentro das possibilidades do próprio corpo da criança. - Jogos e brincadeiras de roda, circuitos motores etc.

Observar se a criança: - consegue adequar os gestos e movimentos às necessidades (força, velocidade, resistência, ritmo); - tem um bom repertório de movimentos; - apresenta uma postura de equilíbrio em atividades de percurso ou outras que exijam o mesmo; - se expressa através da dança e do movimento conforme diferentes ritmos apresentados; - realiza os movimentos: subir/descer, escorregar, pendurar-se, rastejar, abaixar/levantar, etc., de acordo com a habilidade exigida pela atividade; - apresenta uma postura adequada às diferentes solicitações das brincadeiras e jogos (se segue os “comandos”); - possui noção de orientação espacial, reconhecendo as diferentes dimensões do espaço (altura, largura e profundidade) e saiba se localizar no mesmo (lateralidade); - acata as regras dos jogos e brincadeiras e sendo competitiva, aceita a relação de ganhar e perder; - transfere suas conquistas e conhecimentos para as atividades do dia a dia; - tem interesse pelas atividades de corpo e movimento.

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Atividades Proposta O que a criança aprende Experiência Papel do professor

AMARELINHA

Sequência numérica Noções espaciais Notação/Símbolo numérico Identificar o numeral numa sequencia Noções de antecessor e sucessor Esquema corporal Lateralidade; Ordem Regras; Ganhar e perder

Brincar, explorar capacidades corporais, identificar numeração, recitar.

Ensinar a brincadeira, brincar junto, incentivar o brincar, apoiar a criança, estimular o respeito, auxiliar na organização e resolução de conflitos, planejar a brincadeira sistematicamente até as crianças se apropriarem e brincarem com autonomia e por escolha nas brincadeiras livres, propor a discussão sobre como brincar e as regras, socializar as estratégias entre as crianças.

BRINCADEIRAS COM BOLAS

Noções espaciais, de tempo, direção, força Esquema corporal e Lateralidade Coordenação motora Contagens e estimativas Adição; Ordem Regras; Ganhar e perder

Brincar, explorar capacidades corporais, Comparar, contar, fazer cálculos, estimar.

BRINCADEIRAS COM CORDA

BRINCADEIRAS DE PERSEGUIÇÃO

Habilidades motoras (equilíbrio, agilidade, pular); Noção espacial Sincronização de movimentos e atenção, Contagens e sequencia numérica Noção de velocidade, tempo (ritmo, duração), altura e distancia, Desenvolvimento do raciocínio lógico (relação tempo e espaço) Regras , Ganhar e perder Descentração do pensamento Elaboração de estratégias Perceber o ponto de vista do outro Resolução de problemas Noção temporal e espacial Noção de distancia e velocidade Controle do corpo; Regras , Ganhar e perder

Brincar, explorar capacidades corporais, observar, estimar, contar, recitar números, recitar ladainhas.

BRINCADEIRAS DE RODA

Integração Socialização Percepção do coletivo Coordenação sensório-motora Senso de ritmo/ Noção de espaço

Brincar, explorar capacidades corporais, seguir ritmo, cantar, recitar, Expressar-se corporalmente, realizar movimentos corporais.

Ensinar as cantigas Iniciar com as mais simples em que todas as crianças participem simultaneamente, Evoluir para as cantigas em que uma criança se destaque e por ultimo as cantigas mais complexas nos movimentos

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EXRESSO LAZER

Em 2013 tivemos a participação do projeto Expresso Lazer em seu antigo formato (visita do caminhão, com diversas brincadeiras). Essa participação aguçou nosso desejo em ampliar nossa parceria. Nos inscrevemos e em 2015 fomos contemplados. No primeiro semestre deste ano, recebemos em nossa escola a parceria do “Projeto Expresso Lazer”.

O novo formato do projeto “Expresso Lazer” permitiu que 20 escolas participassem no semestre. A atuação da equipe aconteceu em fases: a definição do tema pela equipe escolar e equipe expresso, o planejamento/replanejamento das ações (HTPC e HTP), o desenvolvimento das atividades junto as crianças, avaliação/reflexão realizada pelos professores após as ações/atividades desenvolvidas. A equipe Expresso Lazer trouxe para o grupo de professoras a proposta do projeto, onde teríamos que optar por três temas. Os temas sugeridos foram: Corpo e suas experiências, Espaços, territórios e suas potencialidades e Histórias e brincadeiras: contando e encantando. O tema escolhido pelo grupo de professoras foi “O corpo e suas experiências”, a fim de atender as necessidades dos nossos alunos e a possibilidade de ampliar o repertório de brincadeiras e as experiências com o corpo

Em alguns momentos (HTPC, HTP), houve discussões e planejamento das atividades/ações com equipe gestora, professores e equipe expresso. Ao final de cada encontro, cada ação realizada com a turma, foi pedido para que as professoras fizessem uma breve avaliação da atividade/ação realizada com a turma. Essa avaliação permitiu a reflexão do que foi produtivo ou que não, do que impactou/provocou nas crianças e também as novas possibilidades de refletir sobre sua prática do brincar.

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Depois de vivenciadas, as brincadeiras foram socializadas com outras turmas. Com a participação do projeto, aprendemos que experimentar o corpo não é somente deslocar-se no espaço, correr, saltar, equilibrar, rodar é também uma forma de se expressar com sentimentos, emoções e pensamentos. Participar do projeto, nos permitiu ampliar nosso repertório de brincadeiras, músicas e jogos, além de contribuir na criação de novas possibilidades do experimentar o corpo e suas potencialidades.

Desconstruir brincadeiras tradicionais historicamente pertencentes ao universo infantil adaptá-las de acordo com as possibilidades das turmas e as características da faixa etária, ampliar o brincar como princípio pedagógico da educação infantil, trazer a criança para o centro do brincar como protagonista de sua própria experiência, esses são alguns dos desafios que compartilhamos para o segundo semestre.

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Orientações didáticas para corpo e movimento A) O professor deve colocar-se como brincante, envolvendo-se nas brincadeiras que propõe as crianças; B) Organizar espaços tempos e materiais estruturados e não estruturados, para que o faz de conta e todos os outros tipos de brincadeira aconteçam; C) Criar oportunidades para que as crianças construam suas próprias brincadeiras e partilhem com seus pares potencializando-as; D) Planejar momentos de integração entre as turmas para que crianças menores e maiores brinquem entre si favorecendo a aprendizagem e a produção de conhecimentos entre elas sobre o brincar; E) Planejar brincadeiras de faz de conta criando personagens, cenários e tramas com as crianças; F) Elaborar circuitos historiados com ou para as crianças, de forma a envolvê-las em um percurso de desafios permeados pelo imaginário infantil; G) Promover o resgate de brincadeiras tradicionais, levando em consideração as brincadeiras conhecidas pelas crianças e suas famílias, de forma a incluí-las no repertório da turma ampliando-as com outras socializadas pelas diferentes classes ou trazidas pelo professor; H) Considerar as possíveis adaptações de acordo com o reginonalismo, experiência trazidas pelas crianças, características da turma e diferentes versões. I) Considerar potencialidades em espaços pré determinados, como por exemplo o parque, que pode ser acrescido de panos, potes pendurados no alambrado, papéis transparentes como celofane, elementos musicais, entre outros; J) Organizar as brincadeiras de forma a planejar a proposta para os subgrupos diminuindo os tempos de espera e mantendo o interesse das crianças pela brincadeira. K) Planejar o faz de conta de forma a propiciar Incrementar o faz de conta L) Propor circuito com as motocas e eco-car, planejando diferentes trajetos, níveis diferenciados de altura, como as rampas, caixas para fazerem o papel dos túneis, pistas riscadas no chão, placas de trânsito móveis, lava rápido com canos, entre outras propostas. M) Considerar que em todas as atividades as regras podem ser socializadas e ou construídas com antecedência e algumas até no decorrer do jogo e que as próprias crianças podem criar novas regras. N) Prever momentos para avaliar a atividade com as crianças, logo após sua realização ou antes de repeti-la.

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O) Considerar o corpo e movimento das crianças em todos os momentos da rotina refletindo sobre os tempos de espera e filas desnecessárias. P) Planejar os desafios que deseja alcançar com a utilização dos materiais, para que não sejam apenas de exploração livre.

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Ciências e Educação Ambiental

OBJETIVO CONTEUDOS ESTRATÉGIAS AVALIAÇÃO - Possibilitar às crianças formular questões, buscar respostas, imaginar soluções, formular explicações, expressar opiniões, interpretações e concepções de mundo, confrontando seu modo de pensar com as demais crianças e adultos, relacionando os seus conhecimentos e idéias a contextos mais amplos, construindo, portanto, conceitos cada vez mais elaborados.

- Participação em atividade que envolvam histórias, brincadeiras, jogos e canções que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de outras; - Conhecimento de modos de ser, viver e trabalhar de alguns grupos sociais do presente e do passado; - Identificação de alguns papéis sociais existentes em seus grupos de convívio, dentro e fora da instituição; - Valorização do patrimônio cultural do seu grupo social e interesse por conhecer diferentes formas de expressão cultural Organização dos grupos e seu modo de ser, viver e trabalhar. - curiosidade pelo mundo social e natural, formulando perguntas, imaginando soluções para compreendê-lo, manifestando opiniões próprias sobre os acontecimentos, buscando informações e confrontando idéias; - relações entre o modo de vida característico de seu grupo social e de outros grupos; - relações entre o meio e as formas de vida que ali se estabelecem,

- Pesquisas e entrevistas com pais, parentes e pessoas relacionadas à história do bairro, ou cidade, para contextualizar a aprendizagem, partindo do que é próximo à criança; - Tematizar hábitos e costumes que as crianças vivenciam no seu dia a dia, como alimentação, vestimenta, música, jogos e brincadeiras, para que as crianças estabeleçam relações entre suas vivências e de outros grupos ou gerações.

Observar e avaliar: - as atitudes da criança frente ao conteúdo trabalhado. - o nível de interesse e curiosidade que a criança demonstra pelo assunto. - se as questões levantadas pela criança são pertinentes ao tema abordado. - se a criança ao confrontar suas hipóteses com o conhecimento culturalmente produzido elabora novas conclusões. - se a criança expressa seus conhecimentos com coerência através de relatos orais, desenhos, gráficos, registro escrito, etc. - se generaliza os procedimentos desenvolvidos durante os estudos como pesquisas (livros, revistas, jornais, mapas, vídeo, etc), experimentos, observação direta e registro, utilizando-os na busca de conhecimentos sobre qualquer outro tema dessa área. - se percebe os processos de transformação dos seres e dos objetos através de experiências e observação.

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valorizando sua importância para a preservação das espécies e para a qualidade da vida humana. Os lugares e suas paisagens: - Observação da paisagem local (rios, vegetação, construções, florestas, campos, dunas, açudes, mar, montanha, etc.); - Utilização com a ajuda dos adultos, de fotos, relatos e outros registros para a observação de mudanças ocorridas nas paisagens ao longo do tempo; - Valorização de atitudes e preservação dos espaços coletivos e do meio ambiente.

Objetos e processos de transformação: - Participação em atividades que envolvam processos de confecção de objetos; - Reconhecimento de algumas características de objetos produzidos em diferentes épocas e por diferentes

- Jogos e brincadeiras do repertório cultural e folclórico: brincadeiras de pegar, esconder, de roda, etc. Roda de conversa com utilização de fotos, cartões postais de paisagens locais ou distantes; - Observação de locais próximos e seus elementos, utilizando binóculos, máquinas fotográficas, ou registrando com desenhos, etc.; - Trabalhar com textos informativos, literários, músicas, documentários e filmes que façam referências a outras paisagens; - Entrevistas com pessoas da comunidade sobre as mudanças dos locais próximos; - Atividades com representações como plantas de rua, mapas, globos, croquis, etc para reconhecimento da função social desses portadores; - Brincadeiras de pistas como caça ao tesouro, e seus registros para que a criança represente graficamente o espaço.

- Atividades de confecção de brinquedos e jogos com diferentes materiais (sucata, madeira, tecido, papel, etc.) - Oferecer diferentes materiais e propor a resolução de problemas com a construção de uma ponte,

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grupos sociais; - Conhecimento de algumas propriedades dos objetos: refletir, ampliar ou inverter imagens, produzir, transmitir ou ampliar sons, propriedades ferromagnéticas etc.: - Cuidados no uso dos objetos do cotidiano, relacionados à segurança e prevenção de acidentes, e à sua conservação. -exploração das transformações físicas ou químicas de alimentos e materiais diversos Seres vivos - Estabelecimento de algumas relações entre diferentes espécies de seres vivos, suas características e suas necessidades vitais; - Conhecimento dos cuidados básicos de pequenos animais e vegetais por meio da sua criação e cultivo; - Conhecimento de algumas espécies da fauna e da flora brasileira e mundial; - Percepção dos cuidados necessários à preservação da vida e do ambiente; - Valorização da vida nas situações que impliquem cuidados prestados a animais e plantas; - Percepção dos cuidados com o corpo, à prevenção de acidentes e à

cabana, e experimentos diversos; - Pesquisas em livros, enciclopédias e documentários sobre diferentes objetos construídos pela humanidade e sua transformação ao longo das épocas; - Investigação através de experimentos, montagem e desmontagem de objetos do interesse das crianças (ex: brinquedos à pilha, engrenagem do relógio, etc.) -transformações de materiais, ingredientes, alimentos, etc. e observação e registro pelas crianças. - Criação e cultivo de pequenos animais e plantas, para observação, comparação e estabelecimento de relações; - Roda de conversa sobre animais que as crianças têm em casa e os cuidados que se deve ter com eles; - Atividades para reconhecimento do próprio corpo, suas limitações e cuidados; - Pesquisa em livros e enciclopédias sobre as características dos seres vivos e suas relações com o meio ambiente (habitat, alimentação, cadeia alimentar, etc); - Nas atividades de rotina trabalhar com os cuidados do corpo, saúde e bem estar

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saúde em geral; - Valorização de atitudes relacionadas à saúde e ao bem estar individual e coletivo. - Realizar procedimentos de pesquisa, como formulação de questões a partir do que os alunos revelem interesse em aprender, levantando suas hipóteses, busca, localização e seleção de informações e socialização da pesquisa. Fenômenos da Natureza - Estabelecimento de relações entre os fenômenos da natureza de diferentes regiões (relevo, rios, chuvas, secas, etc.) e as formas de vida dos grupos sociais que ali vivem; - Participação em diferentes atividades envolvendo a observação e a pesquisa sobre a ação de luz, calor, som, força e movimento.

- mapear interesses e possibilidades de trabalho considerando as crianças, suas histórias, experiências e potencialidades.

- Observação de fenômenos da natureza que ocorrem no dia a dia: sol, chuva, arco-íris, etc; - Pesquisa em livros, revistas, jornais e enciclopédias alguns fenômenos ocorridos em outras regiões como, por exemplo, neve, furacão, vulcões, etc, assim como de fenômenos relacionados à astronomia; - Atividades culinárias envolvendo experimentos com o calor (fogo); - Jogos e experimentos com luz e sombra, fontes sonoras, força e movimento, onde haja observação e registro das conclusões.

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Orientações didáticas

- Levantar um assunto de interesse das crianças, um tema e/ou pergunta geradora de pesquisa. - Levantar dos conhecimentos prévios dos alunos; - O que os alunos querem saber; - Coletar o objeto de estudo (planta, bichinho, elementos para experiência, entre outros);

- Observar e registrar (texto coletivo, lista, desenhos, roda de conversa); - Pesquisar em outras fontes de linguagem (livros, internet, entrevistas, fotos, revistas, etc...);

- Confrontar as informações coletadas com as dúvidas e hipóteses levantadas com as crianças; - Sistematizar as informações;

- Divulgar as aprendizagens adquiridas (o que, como, quando, onde, pra quem)

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Artes Visuais e Música

OBJETIVO CONTEUDOS ESTRATÉGIAS AVALIAÇÃO - Explorar e identificar elementos da música para se expressar, interagir com os outros e ampliar seu conhecimento do mundo. - Perceber e expressar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio de improvisações, composições e interpretações musicais.

- Reconhecimento e utilização expressiva, em contextos musicais das diferentes características geradas pelo silêncio e pelos sons: altura (graves e agudos), duração (curtos e longos), intensidade (fortes e fracos) e timbre (característica que distingue e personaliza cada som). - Reconhecimento e utilização das variações de velocidade e densidade na organização e realização de algumas produções musicais - Participação em jogos e brincadeiras que envolvam a dança e/ou a improvisação musical. - Repertório de canções para desenvolver a memória musical. - Escuta de obras musicais de diversos gêneros, estilos, épocas e culturas, da produção musical brasileira e de outros povos e países. - Reconhecimento de elementos musicais básicos: frases, partes, elementos que repetem etc. (a forma). - Informações sobre as obras ouvidas e sobre seus compositores para iniciar seus conhecimentos sobre a produção musical. - produção e reflexão sobre os contextos sonoros criados pelas

Jogos de diferenciação entre o barulho e música, que levem a criança a entender a música como interferência intencional que organiza som e silêncio e que comunica. (Jogo de estátua) - Valerem-se das vozes dos animais, sons dos objetos e máquinas, dos instrumentos musicais, do próprio corpo em contextos de situações musicais. - Utilizar-se de instrumentos musicais tocados de maneiras diferentes, como, por exemplo, um tambor. - Jogos de imitação com ritmo, sempre tomando o cuidado de observar como as crianças percebem a proposta e não insistindo se elas não conseguem fazer com precisão. - Fazer gestos e movimentos corporais, pois o corpo traduz em movimentos os diferentes sons que percebe. Movimentos de flexão, balanceio, torção, e de locomoção como saltitar, correr, etc.,estabelecem relações diretas com os diferentes gestos sonoros. - Jogos de improvisação a partir de roteiro extra musical, como por exemplo, nas histórias que as crianças tocam com suavidade para não acordar ninguém que dorme, produzem impulsos sonoros imitando a chuva, realizam ritmos de galope representando o tratar dos cavalos etc. - Jogos de improvisação que estimulam a memória auditiva e musical assim como a

observar se Observar se a criança - tem prazer em participar de fato das atividades propostas - reconhecem em diferentes contextos musicais as características dos sons. - participa de jogos e brincadeiras que envolvam dança ou improvisação musical. - tem um bom repertório de músicas (memória musical) - tem interesse em produzir sons com objetos, se cria nas oficinas de instrumentos. Apreciação musical: observar se a criança - tem interesse em escutar música de gêneros, estilos ou épocas diferentes. - tece comentários sobre a música proposta ou estabelece relações com outras já apreciadas. - percebe qual é o tema da música ou a frase musical que se repete. - reconhece algum instrumento nos momentos de escuta das músicas, - diferencia nas melodias cantadas os tipos de vozes ( feminina, masculina, coral).

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crianças. percepção da direção do som no espaço. - Criação de pequenas canções tendo como base a experiência musical das crianças, como por exemplo, num trabalho com rimas, as crianças poderão fazer pequenas canções tendo como base os seus próprios nomes, dos amigos, de frutas, cores etc. - Oficina de instrumentos musicais criados pelas crianças , podendo fazer música a seguir. Escutar músicas sem texto, apresentando composições ou peças breves, danças e aquelas criadas para a apreciação musical infantil. - Escutar músicas de outros países, regiões bem como da música tradicional popular. - Completar a escuta da obra musical apresentando informações relativas ao contexto histórico de sua criação, época, seu compositor, intérpretes, etc.

- Fazer o registro musical utilizando outras formas de notação musical que não a escrita convencional, como por exemplo, desenhos ou códigos que possam ser lidos e decodificados pelo grupo (sons curtos ou longos, fortes ou fracos, etc.)

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Artes Visuais

OBJETIVO CONTEUDOS ESTRATÉGIAS AVALIAÇÃO Ampliar os conhecimentos de mundo que possuem, manipulando diferentes objetos e materiais, explorando suas características, propriedades e possibilidades de manuseio e entrando em contato com formas diversas de expressão. - Utilizar diversos materiais gráficos e plásticos sobre diferentes superfícies para ampliar suas possibilidades de expressão e comunicação. - Interessar-se pelas próprias produções, pelas de outras crianças e pelas diversas obras artísticas (regionais, nacionais ou internacionais) com as quais entram em contato, ampliando os seu conhecimento do mundo e da cultura. - Produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da colagem, da construção, desenvolvendo o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção e criação. - Participar de situações coletivas de organização do espaço, em sala de aula, no ateliê, em espaços expositivos dentro e fora da escola.

Quanto ao Fazer artístico - Criação de desenhos, pinturas, colagens, modelagens a partir de seu próprio repertório e da utilização de elementos da linguagem das Artes Visuais: ponto, forma, cor, volume, espaço, textura etc. - Exploração e utilização de alguns procedimentos necessários para desenhar, pintar, modelar etc. - Exploração e aprofundamento das possibilidades oferecidas pelos diversos materiais, instrumentos e suportes necessários para o fazer artístico. - Exploração dos espaços bidimensionais e tridimensionais na realização de seus projetos artísticos. - Organização e cuidados com os materiais no espaço físico da sala e em outros espaços. - Respeito e cuidado com os objetos produzidos individualmente e em grupo. - Valorização das produções de diferentes grupos sociais – arte infantil, arte indígena, arte popular, artes de diferentes épocas e imagens do cotidiano, de suas próprias produções, das de outras crianças e da produção de arte em geral. Quanto à apreciação - Conhecimento da diversidade de produções artísticas, como desenhos, pinturas,

Desenho livre, sem intervenções diretas, explorando diversos materiais e utilizando de suportes de diferentes tamanhos e texturas, como papéis, cartolina, lixa, areia etc. - A partir dos desenhos das crianças, que elas façam o mesmo desenho em escala maior ou menor, possibilitando que ela reflita sobre o seu desenho e organize de maneira diferente os pontos, traçados e espaços do papel. - Desenhos utilizando papéis com algum tipo de intervenção, como por exemplo, um risco, um recorte, uma colagem de parte de uma figura etc. - Desenho a partir da observação de diversas situações, cenas, pessoas e objetos. Um exemplo seria o desenho de alguma parte do corpo vista pela criança, observando as características comuns a todas as pessoas e o que particulariza o seu; observar movimentos corporais tentando representá-lo. - Que desenhem livremente colocando diversos materiais e auxiliar as crianças para que desenvolvam as suas próprias propostas, indicando materiais mais adequados para cada uma delas. - Produções tridimensionais em várias etapas, pois elas exigem diversas ações como colagens, pintura etc. - Organizar exposições dos trabalhos das crianças em conjunto com a turma, facilitando a cada aluno a percepção do seu processo evolutivo e do desenrolar das etapas de trabalho.

Observar se avaliação: - Falar em avaliação para Artes pode parecer utópico ou pouco provável dada a dificuldade de mensuração. O que é certo ou errado no fazer artístico? Como seria então possível estabelecer critérios em se tratando de algo tão subjetivo? O processo avaliativo passa por três etapas e o professor poderá: No âmbito individual: => observar o percurso criador da criança; => a melhor forma que a criança utiliza os materiais, => os procedimentos, atitudes e avanços apresentados. Em grupo => observar se socializam as boas ideias; => observar a forma das produções e as soluções encontradas, sempre se reportando ao que foi combinado antes. Na auto avaliação:

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- Praticar ações de cuidados com os materiais gráficos e plásticos sobre diferentes superfícies para ampliar suas possibilidades de expressão e comunicação. - Sentir prazer na realização de trabalhos artísticos. - Participar de rodas de apreciação das mais variadas imagens, das suas próprias e dos colegas. - Explorar os mais variados movimentos gestuais para produzir desenhos e pinturas. - Utilizar, conhecer e diferenciar diversos meios, suportes e instrumentos. - Descobrir diferentes possibilidades e experimentar combinações na utilização dos materiais plásticos nos planos bi e tridimensionais. - Exercitar escolhas de materiais e modalidades artísticas. - Conhecer e comparar diferentes modalidades artísticas – desenho, pintura, escultura, colagem ,entre outras. - Entrar em contato com elementos da linguagem visual – linha, cor, forma, textura, luz e sombra, volume.

esculturas, construções, fotografias, colagens, ilustrações, cinema etc. - Apreciação das suas produções, das dos outros e de diferentes grupos sociais por meio da observação e leitura de alguns elementos da linguagem plástica. - Observação dos elementos constituintes da linguagem visual: ponto, linha, cor, forma, volume, contrastes, luz, texturas. - Leitura de obras de arte a partir da observação, narração, descrição e interpretação de imagens e objetos. - Apreciação das Artes Visuais e estabelecimento de correlação com experiências pessoais.

- Leitura de imagens elaborando perguntas que instiguem a observação, interesse e descoberta das crianças como “ Como o artista consegui

essas cores?”, “O que você acha que foi mais

difícil ele pintar?”, “Como você acha que ele

conseguiu esse efeito na tela?”, - Rodas de apreciação de obras, a descrição daquilo que está sendo observado, auxiliando-as nas verbalizações e permitindo que sejam autoras das próprias interpretações. - Observação de imagens figurativas fixas ou em movimento e de produções abstratas. - Que falem sobre as suas próprias criações e escutem as observações dos colegas sobre seus trabalhos.

=> observar como comparam suas próprias soluções com as dos outros colegas.

a roda da conversa pode ser um espaço adequado para avaliação quando contempla a apreciação dos trabalhos de todos (socialização).

outro observável é o envolvimento da criança naquilo que está fazendo, seu empenho e interesse. - cabe também ao professor observar como o aluno sintetizou as experiências vividas durante o processo, envolvendo a percepção, a emoção e o pensamento. - é fundamental também reconhecer os valores estéticos dos alunos. A produção final é o término de um caminho, mas é, também, o provável início de outro, uma vez que pode tornar o estímulo gerador de um novo processo.

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Artes Visuais

Justificativa

Artes Visuais são uma das formas mais importantes expressão e comunicação humana,

e que, por si só, justifica sua presença no contexto da educação infantil em particular. Sendo assim todos os seus conteúdos se tornam mais elaborados e significativos quando utilizamos um espaço adequado à altura e à disposição das crianças.

Em 2012 com a saída do GCM das dependências da zeladoria de nossa Unidade Escolar, iniciamos um trabalho de reflexão acerca da transformação deste espaço em uma brinquedoteca e o uso do palco, antes brinquedoteca, em um ateliê de artes.

Esta transformação trouxe um ganho tanto quantitativo, ou seja, as professoras investiram mais dias na rotina das crianças para uso deste espaço, quanto qualitativo, experimentação de diferentes possibilidades do fazer artístico.

Uma das paredes do “Ateliê”, antes coberta com uma pintura da turma da mônica, foi

transformada em uma grande tela de azulejos, oportunizando a expressão em um suporte diferente e rotativo, além de valorizar a produção e autoria das crianças, em detrimento de uma pintura estereotipada.

O ambiente também foi preparado com varais para exposição das atividades das crianças além da exposição periódica do acervo da Unidade, como formar de nutrir o olhar e a sensibilidade.

Este espaço é composto por duas mesas retangulares grandes, com cadeiras; dois armários, dois carrinhos de meios úmidos, três carrinhos de secagem e um armário para meios secos. Como os carrinhos têm rodas também podem ser deslocados até as salas de aula, que têm seus espaços reorganizados mediante a necessidade de movimento e criação dos alunos.

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Uma vez por mês, realizamos a pintura de cavalete para todas as turmas neste espaço, com dias e horário pré-agendados. Foi sugerido pelo grupo de professores levarmos esta atividade também para o espaço externo de forma a proporcionar outras experiências e possibilidades.

Orientações Didáticas

a) Proporcionar o envolvimento da turma através de atividades significativas.

b) Partir do levantamento de hipóteses que a criança tenha a respeito da atividade, do

material, procurando criar situações desafiadoras de pesquisa e descoberta.

c) Apresentar boas imagens para as crianças, usando da linguagem técnica específica do estilo em estudo para que as crianças se apropriem de seu uso adequadamente. A interferência planejada do educador é essencial para que a criança conheça conteúdos de história da arte, apreciação estética e criação (produção individual ou coletiva).

d) O professor deve estar atento quanto à adequação dos materiais (meios e suportes) nas

propostas de produções das crianças procurando selecioná-los a partir da linguagem com a qual se pretende trabalhar.

e) Produzir e realizar releituras de obras com as crianças, intervindo a partir de observáveis próprios de artes como as linhas, posições das figuras, cor, massa, cor quente, fria, figura central, fundo, luz, sombra, etc.

f) Socializar o uso de diferentes materiais criando espaço para que a socialização das informações ocorra no grupo tanto no momento da produção quanto depois dela. Rodas de conversa para a socialização constituem uma excelente proposta para tanto.

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g) Propor a realização de trabalhos tanto individuais quanto em grupo atentando para a socialização das observações e comentários feitos pelos alunos.

h) Planejar a organização do espaço e dos materiais de modo a favorecer o movimento e a autonomia dos alunos, utilizando diferentes espaços da escola (internos e externos.

i) Ensinar procedimentos e desenvolver atitudes tais como: cuidar dos materiais, usá-los de modo adequado, como e onde guardá-los depois de usados e como deixar o espaço ao término da atividade.

j) O espaço deve garantir a exposição das produções das crianças, para que possam ser re-significadas em outros momentos em que forem apreciados.

k) É importante que a criança respeite a sua produção e a de seus colegas da mesma forma que a sua produção deve ser respeitada pelo professor.

l) Na organização do tempo didático a professora deverá considerar a capacidade de concentração e domínio corporal da criança no planejamento.

m)No tempo da atividade devem ser considerados os momentos de arrumação (cuidados) do espaço pelas crianças sob a orientação direta do professor (conteúdos procedimentais e atitudinais).

n) A avaliação da professora não pode se ater à categorização dos alunos em “criativos”,

“pouco criativos”, ou “dotados e não dotados”. A avaliação é processual, sistemática e

cumpre a finalidade de subsidiar as observações dos professores para que sejam feitas as intervenções mais adequadas ao desenvolvimento de cada aluno.

o) A professora deve criar oportunidade para que o aluno reflita a partir da proposta de trabalho sobre o seu próprio processo, sobre o resultado final e das demais produções.

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ATELIÊ Orientações didáticas

Em 2015 reorganizamos o ateliê de forma a torná-lo mais acessível às crianças e favorecer o percurso criador, uma de nossas principais metas a serem alcançadas em 2016. O ateliê conta com uma gama de matérias diversificados (meios, suportes, colagem e pintura). - Não retirar os materiais de ateliê. Caso for necessário comunicar alguém da gestão e devolver no mesmo dia; - Após o uso do espaço, organizar tudo em seu lugar juntamente com as crianças; - Os aventais são de uso individual e devem ficar na sala de aula. A professora definirá com os pais a melhor forma de mandar para casa para serem lavados; - Os retalhos de papel devem ser organizados de forma adequada na caixa evitando perdas, amassados e desperdício; - As colas coloridas devem ter seus bicos limpos e serem armazenadas de cabeça para baixo para evitar que sequem limpar os bicos; - As atividades devem ser colocadas com a plaquinha do nome da turma e devem ser recolhidas no dia posterior; - Organizar o cantinho de leitura após sua utilização; - Utilizar a caixa de recorte sem misturar com os livros do cantinho da leitura; - Os livrinhos deste espaço não devem ser levados para outros espaços; - Não transformar o ateliê em depósito. Caso a professora não saiba onde guardar os materiais, solicitar ajuda da gestão; - Deixar os pincéis e godês no balde com água para que seja lavado e guardado; - Colocar o mínimo de tinta nos godês para evitarmos desperdício. Utilizar o critério de reposição para que nos joguemos tinta fora; - Os lápis aquareláveis, metalizados, neon, mutante, estão à disposição e devem ser solicitados à gestão; - Utilizar reserva de aventais disponíveis no ateliê somente nos casos em que a criança não tiver trazido o seu. - Utilizar a quantidade necessária de tinta no godê, evitando desperdício. - Evitar retirar materiais do ateliê e caso necessário fazer a devolução o mais rápido possível. - Ao retirar material, registrar na planilha de controle de material afixada no armário. - Avisar a gestão quanto necessidade de reposição de materiais.` - Orientar as crianças a tamparem as canetinhas após o uso.

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Oficina de Percurso Criador

“O aprendizado da arte não se esgota na aquisição de respostas e de regras. A

aprendizagem inventiva possui duas características. Em primeiro lugar ela não se esgota na solução de problemas, mas inclui a invenção de problemas. Em segundo lugar, ela não é um processo de adaptação ao mundo externo, mas implica na invenção do próprio mundo.”

Virgínia Kastrup

Justificativa A oficina de percurso favorece a autonomia das crianças em seu processo criador. O

objetivo é passar gradativamente de um momento de exploração e experimentação (materiais, suportes e procedimentos) para um momento de criação intencional, planejado, com maior autonomia no uso dos materiais e de criação, pensando sobre a modalidade, sobre os materiais e o tema. A oficina de percurso é uma estratégia fundamental para a construção do percurso criador, ela favorece a autonomia e a autoria e possibilita às crianças desenvolverem uma marca pessoal em suas criações.

Orientações didáticas: A. Antes de iniciar a oficina o professor deve inserir gradativamente, em atividades

permanentes e com frequência regular, uma diversidade de materiais para que as crianças possam explorar e se apropriar de suas características e possibilidades de combinações favorecendo a autonomia nos momentos de criação na oficina de percurso;

B. Deve apresentar a atividade Oficina de percurso para os alunos e conversar sobre as regras para usar e cuidar dos materiais, definir os materiais que poderão utilizar na proposta e o local que ficarão dispostos;

C. Para iniciar pela primeira vez uma oficina de percurso com as crianças, a professora pode oferecer como escolha apenas os materiais secos e os suportes. Nas oficinas seguintes acrescentará materiais próprios para a colagem, por exemplo. Depois, é interessante introduzir os materiais aquosos e, por fim, as sucatas e os materiais para modelar. Oferecer os materiais nesta ordem normalmente deixa os alunos mais seguros para fazer escolhas, já que vão ampliando gradualmente as possibilidades de utilização dos materiais. Isso não quer dizer que, necessariamente, uma oficina deva acontecer sempre assim;

D. A oficina de percurso deve ser uma proposta sistematizada e de frequência regular para garantir momentos em que as crianças possam escolher o que querem fazer, com quem, com quais materiais (suportes e meios) e em que plano;

E. O professor deve estimular a pesquisa e a investigação das várias linguagens e materiais, sempre respeitando as escolhas dos alunos e a diferença entre as produções, favorecendo a troca de informações entre os colegas sobre as experiências artísticas;

F. O professor deve equilibrar as ações didáticas com atividades onde as questões artísticas são internas, com problemas e soluções que as próprias crianças descobrem e criam, e atividades com questões externas colocadas pelo professor. Dessa forma vão gradativamente se apropriando de conhecimentos e ampliando seu repertório de forma a relacioná-los e utilizá-los em suas criações;

G. Na educação infantil é importante que a oficina seja realizada de 1 a 2 vezes por semana. Intercalando com propostas do professor (com temas e desafios intencionalmente planejados pelo professor) e livre escolha da criança, para que possa favorecer o desenvolvimento da autonomia para criar;

H. O professor deve planejar propostas de livre criação e também com temas direcionados a partir de histórias, vivências e projetos;

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I. A apreciação das produções das crianças também contribui muito para a reflexão sobre problemas e soluções encontrados pelos colegas ampliando o repertório dos alunos;

J. A nutrição com imagens artísticas também deve contribuir para a nutrição, pois observar bons modelos amplia as possibilidades de criação;

K. Observar atentamente a produção da criança durante o desenvolvimento da atividade para que possa intervir quando necessário com o intuito de favorecer o avanço em seu processo de criação, problematizando, sugerindo e incentivando;

L. A organização do espaço e dos materiais favorece a autonomia das crianças. Os materiais devem ser organizados por categoria, sempre dispostos no mesmo lugar para que as crianças saibam quais materiais tem e onde estão, favorecendo que as crianças gerenciem o uso destes em seu processo de criação;

M. É importante disponibilizar na oficina somente os materiais que as crianças já conheçam e saibam os procedimentos para utilizá-los com autonomia;

N. Na oficina, os materiais ficam à disposição das crianças para que possam fazer suas escolhas. Algumas sugestões: Materiais secos: giz de cera, canetinhas, lápis, giz de lousa, carvão para churrasco. Caso

seja possível, tente conseguir giz pastel oleoso e carvão para desenho. Papéis variados (suportes): estes devem ser oferecidos aos alunos sempre cortados em

formas, texturas, cores, gramatura e tamanhos diferentes: papel sulfite, jornal, revista, cartolina, papel espelho, laminado, seda, celofane, color set, camurça, crepom, craft, lixa, papelão e outros como, por exemplo, saco de papel, plástico, plástico bolha. É possível aumentar o tamanho dos suportes colando um papel no outro.

- Materiais para colar, juntar e recortar: cola branca, cola de farinha (caseira), fita crepe, durex, tesouras, fios, barbante, grampeador, furador, estilete ( para a professora usar ). - Objetos variados: palitos, tecidos, botões, fitas, fitilhos, lantejoulas, papéis já picados, papelão, macarrão, lã, barbante, algodão, espiral, etc. - Materiais aquosos: tinta de pó xadrez – juntar o pó xadrez, que se compra em casa de construção, com água e cola branca –, tinta de terra – igual ao pó xadrez – , pintura a dedo, tinta com papel crepom – colocar o papel crepom na água ou no álcool, o efeito é parecido com a anilina –, guache, plasticor e tinta de anilina. - Instrumentos para usar com os materiais aquosos: pincéis e broxinhas de tamanhos variados, rolinhos de pintura de parede, esponja, escova de dente, rolon, paninhos para limpeza e potes para água (além do próprio dedo, naturalmente). - Sucata (lixo limpo):garrafas plásticas, tampinhas, latas, embalagens (pequenas e grandes) de plástico, papel, papelão, isopor, rolinhos, etc, - Grãos, sementes, elementos da natureza (pedras, folhas, areia, gravetos, toco de madeira, terra, flores, galhos, casca de árvore, conhinhas, casca de ovo). - Material para modelar: argila ou papel machê.

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Roda de música Segundo Teca Alencar de Brito o trabalho com a musica na Educação infantil é

entendido como um processo contínuo de construção que envolve perceber, sentir, experimentar, imitar, criar e refletir.

A escola tem um papel fundamental em introduzir a criança no universo musical de forma intencional e planejada, constitui-se o espaço possibilitador da exploração musical pela criança em contextos significativos, pensados e planejados intencionalmente pelo professor.

É importante que o professor reconheça a música como linguagem expressiva e se disponibilize em trabalhar de forma intencional para que a criança construa conhecimentos a respeito desta arte.

As rodas de música são atividades permanentes na rotina, devendo ser trabalhadas sistematicamente, de duas a três vezes por semana, pelo menos, considerando-se a faixa etária e a intencionalidade do professor. Podendo também ser organizadas em sequenciadas e/ou projetos didáticos.

As rodas de música contemplam o trabalho integral com a música envolvendo não apenas o cantar e o escutar música, mas todas as possibilidades que envolvam a exploração, a criação, a expressão, a reflexão, a sensibilização através da música e dos sons.

Orientações Didáticas

1) Apresentar às crianças canções do cancioneiro infantil tradicional, da musica popular brasileira, da musica regional, de outros povos e musicas de diferentes gêneros a fim de resgatar e aproximar as crianças dos valores musicais de sua cultura e também de outras culturas possibilitando maneiras diferentes de interpretar o mundo. 2) O trabalho com a música deve ser realizado num ambiente de orientação e estimulo ao canto, à escuta e à interpretação. Cantando as crianças imitam o que ouvem desenvolvendo sua expressão musical. Devem ser estimuladas a desenvolver sua própria expressão, permitindo que criem seus gestos e que principalmente concentrem-se na interpretação da canção, sem obrigação de realizar gestos comandados. 3) O professor deve cuidar da escolha do repertório de canções oferecido ás crianças, privilegiando a adequação da melodia, do ritmo, da letra e da extensão vocal. Deve considerar também as contribuições e repertório das crianças, porém não trabalhar apenas com músicas veiculadas pela mídia. 4) É importante conhecer bem a música antes de ensiná-la. Tanto a letra quanto a melodia precisam ser dominadas pelo professor, pois só conseguimos ensinar aquilo que conhecemos bem. 5) Explore várias formas de apresentar o texto e a melodia da música. Para tornar o aprendizado melhor fale o texto com ritmo, cante uma frase e peça às crianças que a repitam em eco, etc. 6) Cante usando como recursos materiais bonecos ou fantoches. 7) Use uma tonalidade adequada para a voz da criança. 8) Cuide da voz da criança. Não lhe peça que cante “mais alto”, forçando a voz aos berros. O professor deve ser modelo para as crianças, desenvolver com elas bons hábitos, ao cantar e

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falar não gritar, não forçar a voz, procurar o melhor locar para cantarem, respirar tranquilamente, manter-se relaxado com boa postura. 9) Além de cantar, as crianças devem brincar com a voz, explorando possibilidades sonoras diversas: imitar vozes de animais, ruídos, entoar movimentos sonoros, explorar e pesquisar diferentes tipos de estalos vocais. 10) Trabalhar com poesias como forma de conscientizar as potencialidades vocais. Também é possível sonorizá-las, transformando-as em melodias, usando instrumentos musicais para acompanha-las. 11) Trabalhar com sonorização de histórias utilizando apenas sons vocais. Também pode-se com as crianças inventar composições que utilizem diferentes sons vocais. 12) Acrescente um instrumento para dar colorido à música. Comece com o corpo, que é um excelente instrumento sonoro. Utilize palmas, batidas dos pés, estalos nos dedos, as palmas nas coxas, etc.. Outros instrumentos como o tambor, o triângulo, os guizos e o pandeiro, podem enriquecer a música. 13) Explore com as crianças uma grande variedade de fontes sonoras: materiais confeccionados pelas crianças, objetos do cotidiano, brinquedos sonoros populares, instrumentos étnicos, etc. Cuidar da qualidade e da segurança dos objetos. 14) Misturar instrumentos de madeira, metal ou outros materiais, explorando as diferenças entre os sons produzidos por eles, assim como os diferentes modos de tocar cada um. 15) estimular a pesquisa de possibilidades para produzir sons em vez de ensinar um único modo de tocar cada instrumento. 16) estimular a pesquisa de materiais e objetos que produzam sons interessantes, levando para o grupo diversos tipos de materiais e objetos para as crianças explorarem. 17) possibilitar a observação dos instrumentos existentes e dos materiais e sucatas a fim de estimular a produção e até invenção de outros materiais sonoros. 18) O trabalho com construção de instrumentos deve contemplar a reprodução de modelos já existentes e também a criação de novas possibilidades de instrumentos e objetos sonoros não convencionais. 19) Estimular as crianças a batizarem os instrumentos que criarem/inventarem. 20) Possibilitar as crianças a ouvirem cada um dos instrumentos e objetos sonoros confeccionados a fim de pesquisarem os gestos e os modos de ação para produzir sons diversos e analisar as características de cada material, identificando os sons dos ruídos. 21) Com os instrumentos construídos, possibilitar que as crianças possam fazer musica com eles, realizar jogos de improvisação, conferindo sentido e significado para o processo de confecção e pesquisa.

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22) Escolha sempre um repertório de boa qualidade, propiciando a escuta de gêneros, estilos e ritmos variados, tendo o cuidado de não oferecer somente músicas do repertório “infantil”. 23) Sempre que possível, identifique os instrumentos utilizados na obra ouvida, para enriquecer e ampliar os conhecimentos referentes à produção musical. 24) Nas rodas de apreciação você pode observar as vozes como instrumentos. “Elas são masculinas ou femininas?”, “Só uma pessoa está cantando ou há mais de uma pessoa?”, “A música é só cantada (à capela)?”, “Há frases cantadas por uma só voz? É um coral?” “ Há vozes de crianças? “,etc. 25) Proponha a escuta de músicas sem texto (só instrumental) para que as crianças sejam guiadas pela sensibilidade, imaginação e sensações que as músicas possam lhes sugerir. 26) Garanta a presença da música na rotina diária, escuta e canto, de forma permanente. 27) Informe as crianças sobre o contexto da obra: época, compositor, intérpretes, enfim, aquilo que julgar importante para a ampliação do conhecimento dela. 28) além cantar e ouvir canções, as crianças devem também ser estimuladas a inventar suas próprias canções., letra e melodia. Estimular a atividade de criação oportunizando atividades em que as crianças possam em grupos criar musicas a partir de temas. 29) Alie à música outras formas de expressão (por exemplo, a dança, desenho, artes visuais, dramatização, brincadeiras, sonorização, etc.). 30) Atente para os conhecimentos da criança - veja o que ela é capaz de fazer. 31) Propicie a participação ativa das crianças nas decisões de sonorização dos improvisos. 32) Todo o conteúdo deve ser trabalhado em situações expressivas e significativas para as crianças - forma lúdica. 33) Escolha e prepare o ambiente no qual a atividade musical se desenvolverá, pois ela exige concentração e silêncio para a escuta. 34) Use jogos de atenção, memória auditiva e musical, discriminando e classificando os sons. 35) Dê exemplo cantando e falando com as crianças. 36) É interessante utilizar os jogos musicais da cultura infantil: acalantos, parlendas, rodas cantadas e brincadeiras que utilizem a música. 37) Repita a brincadeira várias vezes, pois isso colabora para que progressivamente a criança se aproprie da estrutura/gestual e textual da brincadeira. Isso favorece a criação de padrões que contribuirão para que ela desenvolva sua própria musicalidade. 38) A repetição contribui também que ela se aproprie da brincadeira aumentando sua autoestima.

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39) Sonorizar histórias utilizando objetos e materiais sonoros, sons vocais e corporais. Possibilitar às crianças a pesquisa e a experimentação de diferentes instrumentos musicais, objetos e materiais sonoros, sons vocais e corporais descobrindo e decidindo as possibilidades de sonorização. 40) As crianças também podem elaborarem arranjos utilizando instrumentos musicais. É importante apresentar gravações de obras musicais analisando o aspecto do arranjo. Oferecer dois arranjos de uma mesma musica para que as crianças observem. 41) Experimentar, tocar, gravar, comentar são etapas que integram o processo de construção de um arranjo. 42) O trabalho com o registro também deve ser um investimento com as crianças. Pode-se iniciar com o desenho do som, da musica. A criança deve registrar intuitiva e espontaneamente os sons percebidos. Deve-se valorizar a sensação, a percepção do gesto sonoro, desenvolvendo dessa forma a conscientização das qualidades do som. 43) é importante integrar os processos de improvisação e notação: improvisar, escrever, executar o que escreveu. 44) Selecione materiais diversos que possibilitem produzir sons de diferentes durações, alturas e intensidades e que tenham timbres constantes, misturar instrumentos musicais, assim como objetos e brinquedos sonoros. 45) As crianças devem ouvir e desenhar o que ouvem. É importante que observem e comparem a forma como cada uma registrou. 46) A experiência de desenhar os sons deve levar as crianças à criação de partituras gráficas. A partir de sinais específicos reconhecidos pelo grupo pode-se criar pequenas composições com as crianças. 47) Possibilitar diferentes formas de registros: sinais/símbolos variados, como pontos, traços, zigue-zagues, e materiais variados, como massinha, tampinhas, botões, etc. 48) O mais importante é propor situações para que as crianças criem suas formas de registro dos sons e das musica, utilizando alternativas variadas, misturando grafismos, desenhos e sinais diversos. 49) Para enriquecer esse tipo de experiência, é importante que as crianças tenham contato com gráficos, notações impressas e gravações.

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Caderno de desenho

“Por em movimento palavras e imagens... Todos os usos da palavra a todos...

Não exatamente porque todos sejam artistas, mas porque ninguém é escravo”

Justificativa

Embora todas as modalidades artísticas devam ser contempladas pela professora a fim de diversificar a ação das crianças na experimentação de materiais, o desenho destaca-se no fazer artístico e na construção das demais linguagens visuais. O desenvolvimento progressivo no desenho implica mudanças significativas que no início dizem respeito à passagem dos rabiscos iniciais da garatuja para construções cada vez mais elaboradas. Essa passagem é possível graças às interações da criança com o ato de desenhar, com os desenhos de outras crianças e também da apreciação de obras de arte. O Caderno de Desenho é um portador de excelência para registrar essa trajetória. É importante que a criança fale com seus colegas e com a professora sobre suas produções, explicando o quê fez e como o fez. Nesse momento o professor pode intervir incentivando a criança a falar e pensar sobre novas formas do fazer artístico.

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Orientações Didáticas a) A professora deve ter uma boa proposta de trabalho para o uso desse portador em especial. b) O uso do caderno de desenho requer o ensino de conteúdos atitudinais e procedimentais próprios, tais como: o manuseio ao folheá-lo, cuidados com a organização (uma folha em seguida da outra, folha de guarda), limpeza, lateralidade, etc. c) Devem ser propostos tipos diferentes de desenho: desenho de observação, iniciado, livre, com meios diferentes (principalmente secos), com carbono, etc. É importante que a criança tenha a oportunidade de fazer seu trabalho em mais de um dia.

d) Ao observar a criança durante a atividade a professora pode intervir sugerindo meios ou suportes mais adequados à idéia que ela pretende desenvolver. e) Observe o uso adequado dos materiais oferecidos de modo a não gerar desperdício. Este é um conteúdo procedimental importante. f) As Rodas de Apreciação das produções das crianças são espaços didáticos importantes, pois nelas conversam sobre o que fizeram e observam as soluções dadas pelos amigos. A professora pode problematizar soluções que julgar mais interessantes para as aprendizagens. g) As produções das crianças devem ser expostas para apreciação. A professora deve prever essa etapa no seu planejamento. h) É mais fácil iniciar no caderno com meios secos (giz, lápis, etc.) e depois propor meios aquosos (cola, guache, etc.), colagens e outras linguagens, pois o portador não favorece a mobilidade que esses meios podem requerer. i) A organização do espaço, inclusive visualmente, é fundamental. Os materiais devem estar bem localizados e distribuídos esteticamente pelo espaço de modo que as crianças tenham acesso e localizem facilmente o que querem utilizar. j) A intervenção didática promove o avanço no processo de criação do aluno. Para tanto, é preciso que a professora observe as crianças durante a atividade e não apenas se detenha ao produto final. k) É importante oferecer à criança momentos de apreciação e reflexão sobre seus próprios trabalhos e os de seus amigos, deixe que ela folheie seu caderno, converse com o amigo ao lado sobre o que fez, participe das rodas de apreciação etc.

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Brincar

OBJETIVOS CONTEUDOS ESTRATÉGIAS AVALIAÇÃO - Agrupar-se em pequenas equipes criando um enredo ou tema, brincando, comunicando-se e atribuindo significados diversos a ações e objetos. - Interagir através da utilização de uma linguagem simbólica explicitada pelo uso verbal diferenciado ou de sinais e gestos corporais próprios ao brincar. - Interagir com base na ajuda mútua, atento às ações dos colegas e respeitando as diferentes idéias criadas durante a brincadeira. - Imitar e representar as interações presentes na sociedade na qual vivem, escolhendo papéis que lhe sejam mais interessantes. - Brincar de forma alternada com papéis que representem o bem e o mal, a força e a fraqueza, a coragem e a covardia, o homem e a mulher, a criança e o adulto, a bela e a fera, etc. - Aceitar a liderança e ser líder quando necessário. - Explicitar sentimentos, alternando a representação de papéis e manipulando os pares de ausente/presente, bom/mau, feio/bonito, grande/pequeno,etc. - Questionar e refletir sobre os

Brincar com papéis ou faz de conta

Criação de brincadeiras compostas de vários papéis, assumidos durante o processo, que se organizam e que interagem em torno de um enredo comum, tais como circo, a casinha, o casamento, uma viagem interplanetária, o posto de saúde, a livraria, a pescaria, etc. - Inclusão de objetos reais cujo significado é modificado em função dos enredos com os quais se brinca como por exemplo , na utilização de uma mesa virada de pernas para cima fazendo de conta que é um barco; - Inclusão de trajes e acessórios para caracterização dos papéis, tais como fantasias, chapéus, luvas, panos, carteiras, vestidos, calças, colares, etc. - Organização dos espaços em função dos espaços nos quais se brinca, criando cenários particulares tais como circo, palco para cavalo, salão de cabeleireiros, guichê de correio, etc. - Manipulação de pequenos bonecos e ou fantoches e marionetes para criação de brincadeiras imaginadas; - Construção de objetos, brinquedos, marionetes para brincadeira; - Imitação de situações complexas e mais próximas das situações reais, tais como o brincar de fazer uma peça de teatro, organizar uma venda, brincar de casar, etc. - Discussão sobre brincadeira, efetuando autocrítica para aperfeiçoamento dos papéis e dos enredos criados; - Agrupamentos baseados na ajuda mútua e na

- representar papéis como se fora um adulto, outra criança, um boneco, um animal, etc. e brincar com os companheiros de forma complementar. - manipular e dirigir objetos ou bonecos tais como fantoches ou figuras representativas de histórias ou enredos televisivos para os quais são atribuídas características singulares. - utilizar-se de objetos substitutos ou brinquedos atribuindo-lhes significados diferentes em função do enredo da brincadeira. - participar de jogos coletivos corporais ou de jogos de tabuleiro que impliquem no respeito de algumas regras. =>conhecer e participar de alguns jogos e brincadeiras

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assuntos trabalhados em outras áreas, acionando a memória voluntária para estabilizar seus conhecimentos prévios. - Respeitar regras, mudando-as e negociando-as de comum acordo com seus colegas. - Resolver os conflitos surgidos através do diálogo com os colegas ou pedir ajuda para o educador de forma a manter a continuidade da brincadeira.

Brincar com materiais de construção

complexidade de ações simbólicas reais.

- Conhecimento e denominação das diferentes formas de peças de matéria plástica, madeira, etc, tais como placas, pequenas vigas, ladrilhos, cilindros, cubos, prismas e arcos, utilizados em atividades de construção no plano tridimensional. - Familiarização com placas diferentes segundo a forma e dimensões: compridas e curtas, largas e estreitas, quadradas e retangulares, grandes e pequenas, etc, de maneira a que as crianças possam estabelecer relações de equivalência entre elas e utiliza-se destas para construir formas que desejam, como por exemplo, construir um cubo com dois primas triangulares ou aumentar uma superfície desejada mediante a união de várias peças planas de igual espessura. - Conhecimento e utilização dos materiais mais adequados para construir partes desejadas de suas construções, tal como utilizar peças para fazer paredes ou janelas e portas de um castelo ou peças determinadas a para a construção de uma cerca de um pequeno galinheiro; - Utilização do material para construção de cenários temáticos de brincadeiras, tais, como um pequeno curral, a casinha de bonecas, uma nave espacial, uma cama de ursinhos, uma

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Brincar com regras

gaiola para passarinhos, um avião, etc. - Utilização de regras em brincadeiras de perseguir, procurar e pegar tais como Dona Polenta, Ajuda-Ajuda, Gato e Rato, Elefante Colorido, Morto-Vivo; jogos de atirar como Amarelinha, Pião, jogos de correr como Corrida de Bastão, Chicote Queimado, etc. - Utilização de regras em jogos de adivinhas, de pegas e parlendas; - Conhecimento e participação em jogos tradicionais de transmissão oral: brincadeiras de roda, jogos com bolas, etc; - Inclusão de acessórios adequados para jogar: brinquedos tradicionais ou materiais esportivos tais como cordas, bolas, pião, pipa, etc. - Participação em momentos de discussão e definição do espaço e número de participantes em função do tipo de jogo utilizado. - Determinação do tempo e do espaço a ser utilizado. - Conhecimento e utilização de jogos de tabuleiro baseados em regras de estratégia como Batalha Naval, Fecha-Caixa, jogos de percurso, etc. - Participação na definição de critérios para ganhadores e perdedores.

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Orientações Didáticas

Justificativa O brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento e a educação das crianças pequenas. Nas brincadeiras são dadas condições para que as crianças desenvolvam capacidades importantes tais como a atenção, a imitação, a memória e a imaginação. Amadurecem também algumas competências para a vida coletiva, através da interação e utilização de experiência de regras e papéis sociais. Orientações didáticas Observar o brincar oferecendo materiais adequados, espaços estruturados permitindo o enriquecimento das competências imaginativas e organizacionais dos alunos. Permitir que as crianças escolham entre as diferentes opções oferecidas, a fim de que elas possam elaborar de forma independente e pessoal os seus conhecimentos e seu próprio estilo de trabalho futuro. Estimular a imaginação das crianças, induzindo-as a raciocinar, e a buscar procedimentos para dar solução aos seus problemas através da comparação, da contraposição, tirando suas próprias conclusões. Levar em conta que determinados temas que as crianças trazem revelam suas impressões, preocupações, dúvidas, angústias e fantasias sobre a vida que levam e que precisam entender; garantindo o espaço da vivência e da troca simbólica de experiências difíceis para as crianças. A oferta de materiais tais como fantasias, brinquedos

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organizados em cantos na sala, a leitura de contos assim como a intervenção verbal e gestual, no auxílio da criação de personagens e enredos e na discussão de regras pelas crianças são fundamentais.

Os educadores podem compartilhar da brincadeira das crianças, fornecendo-lhes espaço, tempo e material à medida que são solicitados ou sugeridos. A participação do educador nas situações de brincar, deve orientar-se pela escuta, observação e solicitação de ajuda das crianças, cabendo também intervenções para ensinar a brincar, a convidar e inserir colegas, materiais e até participar diretamente em alguns momentos. O educador pode participar diretamente da brincadeira cumprindo um papel determinado pelas crianças ou indiretamente fazendo algumas perguntas dirigidas a uma ou duas crianças, colocando-lhes novos problemas e hipóteses a serem solucionados. O brincar exige do educador a elaboração de um programa claro e organizado da rotina diária, do espaço, do tempo, das atividades e dos materiais que são propostos, pois isso evidencia o seu papel educativo. Para que a brincadeira torne-se uma prática cotidiana, o educador pode organizar em sua sala um canto separado por uma cortina ou biombo, no qual algumas crianças poderão se esconder, fantasiar-se, brincar sozinhas ou em grupo, brincar de casinha, etc. Organizar os materiais dentro de uma lógica, por exemplo, as maquiagens próximas ao espelho, as panelinhas próximas ao fogão e a pia, etc. É importante que as crianças possam participar da organização do material depois de brincar. Organizar situações nas quais as crianças poderão conversar sobre suas brincadeiras, lembrar-se dos papéis assumidos por si e pelos colegas, dos materiais e dos brinquedos usados assim como do enredo e da seqüência de ações. Nesses momentos, lembrar-se sobre o que, com quem e com o quê brincaram poderá ajudar as crianças a organizarem seu pensamento e emoções, criando condições para o enriquecimento do brincar, garantindo também momentos de planejamento da próxima brincadeira com as crianças, organizando espaço e materiais. É importante que o educador mantenha a atividade de construção na rotina permanente, desenvolvendo-a várias vezes na semana. Nos jogos de construção o educador poderá sugerir a criação de novas formas, e ampliar para todas as crianças a descoberta ou produção de uma ou outra criança, refazendo os passos necessários para sua elaboração.

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Não usar os jogos de construção apenas sobre as mesas. Fazer combinados para que as crianças espalhem os materiais pelo chão da sala possibilitando a construção de cidades, pontes, parques, rios etc. O educador poderá planejar projetos utilizando os materiais de construção, como por exemplo, na elaboração de um cenário para determinada brincadeira, ou a construção de maquete sobre algum assunto pesquisado em outras áreas do conhecimento. Os jogos com regras implicam em repetições de gestos e ações cujas regularidades são inicialmente compartilhados e gradativamente disputados com adultos e outras crianças. Devem ser organizados pelo educador de maneira a que todos se sintam capazes de brincar, estimulados para dar o máximo de si. Ensinar brincadeiras compostas de movimentos corporais regulares como no caso do Serra-Serrador, ou Bamba-la-lão, por exemplo, de forma a que as crianças possam compreender fazer antecipações e coordenar ações para mais tarde ter condutas estratégicas em jogos mais elaborados. Exercitar regras e regularidades ajuda as crianças a desenvolverem sua autoestima, descobrindo seus limites e possibilidades. Os jogos que envolvem disputa demandam um clima de respeito e ajuda mútua entre as crianças e entre elas e os educadores, de maneira a que compreendam que saber ganhar e perder está associado a competências, habilidades, capacidades de atenção e compreensão das próprias regras que podem ser aprendidas e que não são inatas. Nessa perspectiva, a competição deve ser trabalhada como uma característica da vida coletiva e não como um estímulo ao individualismo. Manter vários jogos de regras e materiais para brincadeiras tradicionais à disposição das crianças, para que elas utilizem os recursos em momentos livres ou organizados em atividades permanentes e fixas durante determinados dias da semana. Podem-se desenvolver projetos com brincadeiras tradicionais, envolvendo a coleta do acervo da comunidade, pesquisando junto aos pais e familiares, em livros e junto a especialistas, brincadeiras antigas, de outras civilizações ou países. Desenvolver projetos de comparação das regras de jogos diferentes, constatando-se regularidades e pequenas mudanças que definem classes de jogos.

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Brinquedoteca

Justificativa

No jogo simbólico as crianças constroem uma ponte entre a fantasia e a realidade

buscando imitar, imaginar, representar e comunicar o que está ao seu redor. Brincar de “faz –de- conta” promove o desenvolvimento físico-cognitivo-afetivo-social e lingüístico da criança além de estimular a criatividade e revelar ao professor a interpretação que ela faz da realidade. Sendo assim as crianças através do jogo simbólico têm a oportunidade de expressar seus sentimentos. Através do lúdico a criança ressignifica situações do seu cotidiano lidando melhor com as mesmas e tornam-se autoras de seus papéis, escolhendo, elaborando e colocando em prática suas fantasias e conhecimentos.

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Este ano o grupo de professores indicou o uso do espaço da brinquedoteca a partir de uma temática específica, por exemplo, brincar de pet shop, de zoológico, de floresta, de hospital, de banco, de mercado, de cabelereiro. Observavam que com vários temas ao mesmo tempo, as crianças andavam pelos espaços numa exploração superficial e não desenvolviam uma brincadeira. O objetivo é que tendo uma única proposta temática as crianças aprofundem o brincar explorando com maior intensidade o faz de conta, ampliando a imaginação, a criatividade e o prazer.

Orientações didáticas

Brincar nesse espaço tem finalidade em si mesmo. Não pode ser estratégia para outra coisa. A criança decide como vai brincar. O modo de organização dos materiais no espaço tem relação direta com o tempo de duração e a qualidade da brincadeira proposta pelo professor. Pense nisto considerando o seu planejamento e horários. Reconhecer as brincadeiras e jogos como um espaço de investigação e construção de conhecimentos sobre diferentes aspectos do meio social e cultural em que as crianças vivem. Levar em conta a capacidade de compreensão das crianças em relação às regras. O trabalho com cantos simbólicos é mais apropriado do que o famoso baú de brinquedos onde está tudo misturado. Tornar a brincadeira mais elaborada é incrementá-la com novos objetos e/ou fazer intervenções. O espaço tem que convidar para brincar. Deve também proporcionar a interação entre as crianças e delas com o conhecimento. Por isso precisa ser planejado pelo professor. É importante considerar os “cantos” e a quantidade de crianças que brincarão nos

espaços, mediando situações de conflito nas quais um número maior de crianças disputam um mesmo objeto. É importante conhecer as preferências das crianças para montar os “cantos” e

brinquedos para enriquecer a brincadeira. É fundamental como informar a crianças quais os objetos que existem em cada canto. O melhor espaço para brincadeira é aquele na qual as crianças podem transformar o arranjo dos objetos, pois, do contrário, o material oferecido vira um entrave e empobrece a brincadeira, por exemplo: a casa não pode estar “pronta” conforme o sonho de casa

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ideal do adulto outra sugestão é elencar os itens para mobília para depois construírem juntos A melhor intervenção na brincadeira é aquela na qual o professor entra no jogo como parte integrante dele compreendendo a sua lógica segundo o pensamento infantil.

Quando os brinquedos são mais próximos do real permitem às crianças que vivenciem personagens e situações a partir das suas experiências pessoais. Na brincadeira a criança se apropria de outras formas de situações do seu cotidiano e amplia o seu conhecimento pessoal. Inicialmente procure informar o que existe em cada canto e seus vários objetos, pois os objetos são semelhantes e podem confundir muito as crianças no momento de guardá-los. É importante avisar os alunos alguns minutos antes que a brincadeira está no fim e que logo os brinquedos serão guardados. Deste modo, considere no seu horário o tempo necessário para mostrar o espaço para as crianças antes de iniciar a brincadeira para que elas possam organizá-lo ao término do horário. É essencial que as crianças aprendam a cuidar dos brinquedos. Esse é um conteúdo atitudinal e procedimental que deve ser ensinado e estimulado pela professora.

As bonecas da sala e as ferramentas da parede são de enfeite. Deixamos na parte de baixo os mesmos exemplares para serem explorados pelas crianças;

Os itens da cozinha: panelinhas, pratinhos, garfinhos, etc... devem ser guardados dentro do engradado e as frutas na banca de frutas. Não deixar utensílios dentro dos armários com exceção dos da batedeira, liquidificador, torradeira, que devem ficar sobre o armário.

Combinar com as crianças que não puxem as cortinas, para não estraga-las;

A professora deverá pegar e devolver a chave na sala da direção, pois este é um espaço que não pode ficar aberto, devido a facilidade de invasão. Não mandar crianças buscarem a chave.

O caminhãozinho de carrinhos que está na parede deve ser conferido antes da saída da turma, para evitar que as crianças levem algum carrinho para outro espaço;

As fantasias devem ser devolvidas nos cabides;

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Entregar na gestão os brinquedos quebrados que precisam de conserto ou ofereçam perigo às crianças;

A professora deve circular pelos espaços para orientar, observar como as crianças brincam e participar das brincadeiras;

As cadeirinhas do espaço são de uso das crianças;

Antecipar às crianças o termino da brincadeira alguns minutos antes, considerando o tempo para a organização do espaço.

Antes de iniciar a brincadeira apresentar o espaço chamando a atenção sobre a forma de organização e como deverão deixá-lo no término da atividade. Conversar com as crianças dizendo que serão avisadas antes do termino da atividade para saberem que estará terminando a brincadeira e deverão se preparar para organizar o espaço.

Sala de jogos e brinquedos Orientações didáticas A seleção dos jogos/brinquedos será realizada semanalmente;

Se assim desejarem as duplas da sala poderão escolher jogos conjuntamente;

As turmas da manhã retirarão e devolverão jogos na segunda no horário de HTP (7h às 8h) com Priscila;

Os professores das turmas da tarde retirarão e entregarão na quinta no HTP das 17h às 18h com Andréa;

Os jogos/brinquedos selecionados deverão ser registrados na planilha correspondente;

Evitar pegar jogos/peças muito parecidos, para evitar misturar as peças e/ou dificultar a classificação e separação pelas crianças;

Priorizar a diversidade de propostas /categorias : jogo simbólico, jogo com regra, jogo de montar, quebra cabeça, desenhos, kits simbólicos; etc. Propostas muito parecidas geram desinteresse e mau uso do material;

Todos os dias conferir com as crianças as peças dos jogos antes de guardá-los.;

Alguns jogos não podem sair da mesa e irem para o chão, para não haver perdas. Ex: quebra cabeça, dominó, jogos de cartas, jogos matemáticos;

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Planejar jogos desafiadores, porém possíveis de serem jogados pelas crianças; pois se o desafio for maior que capacidade da criança em resolvê-lo gerará desinteresse e jogo será transformado em brinquedo;

A bandinha é um material estruturado deve ser utilizado com proposta com objetivos claros e não deve ser utilizado como exploração livre ou brinquedo;

As caixas não devem ser colocadas nas mesas nem no chão, devem ser guardadas para recolher os brinquedos ao término da proposta para que não sejam quebradas; A professora deve orientar o momento do guardar para que as crianças acondicionem os materiais de forma a não estragar sua estrutura e nem os próprios brinquedos;

Na devolução se houver brinquedos quebrados, danificados, kits incompletos, avisar a equipe gestora para que providencie a substituição;

Caixa de perdidos na prateleira de jogos, para que todas as pessoas da escola coloquem peças perdidas, para que depois possamos colocar as mesmas nos devidos jogos;

Não colocar o lego data na diversificada ele deverá ser planejado em um momento a parte;

Não levar vários jogos iguais, com peças parecidas ou com muitas peças;

As caixas de carrinhos com pistas devem trabalhadas com orientação do professor, pois não podem ter peças perdidas, para que o jogo não perca sua funcionalidade.

Parque

Dada a importância desse momento para as crianças tivemos o cuidado de garantir que seja uma atividade diária para todos. Neste ano com a diminuição do número de turmas, pudemos garantir um tempo maior de permanência neste local para todas as turmas, ou seja 30 minutos.

Ao final de 2015, tivemos a doação de um parque de madeira que foi colocado na esquerda na entrada da escola. Foi restaurado, pintado colocado de redes em volta e grama para proteção das crianças.

Ao final de 2016 inauguramos esse parque com todas as turmas utilizando em horário de corpo e movimento, com periodicidade de 30 minutos uma vez por semana. Devido à limitação do brinquedo para muitas crianças ao mesmo tempo, indicamos que esse momento seja proposto com outras atividades, como por exemplo, brincadeiras com os elementos bola, corda, patinete, bolinha de sabão, bambolê, podendo inclusive ser montado um circuito onde o parque seja parte do percurso. Dessa forma todas as crianças podem brincar de forma harmoniosa, com segurança e sem gerar tempo de espera e conflitos.

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4. Rotina

“A rotina representa, também, a estrutura sobre a qual será organizado o tempo

didático, ou seja, o trabalho educativo realizado com as crianças. A rotina deve envolver os cuidados, as brincadeiras e as situações de aprendizagem orientadas” (RCN Vol. 1

p.54).

Ao longo dos anos construímos uma rotina que leva em conta momentos coletivos - da sala e da escola - e individuais – da sala e dos alunos.

A rede municipal de ensino de São Bernardo do Campo propõe que o trabalho pedagógico de uma unidade escolar seja organizado em diferentes modalidades, que citaremos a seguir.

PROJETOS

“Conjunto de atividades que trabalham com conhecimentos específicos construídos a partir de um dos eixos de trabalho ao redor de um produto final que se quer obter.” (RCN Vol. 1 p. 57).

Sendo de interesse da turma, num contexto de uso social, aprofundando conteúdos de uma área de conhecimento, desenvolvendo procedimentos de pesquisa, comparação, etc.

ATIVIDADES SEQUENCIADAS

“São planejadas e orientadas com objetivo de promover uma atividade específica e

definida. São seqüenciadas com intenção de oferecer desafios com graus diferentes de complexidade para que as crianças possam ir paulatinamente resolvendo problemas a partir de diferentes proposições.” (RCN Vol. 1 p. 56)

Contemplando as áreas de conhecimento não trabalhadas em projetos específicos ou em atividades mais dirigidas pelo professor.

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ATIVIDADES PERMANENTES

“São aquelas que respondem às necessidades básicas de cuidados, aprendizagens e de prazer para as crianças, cujos conteúdos necessitam de constância. A escolha dos conteúdos que definem o tipo de atividades permanentes a serem realizados com freqüência regular diária, semanal, quinzenal ou mensal em cada grupo de crianças, depende das prioridades elencadas a partir da proposta curricular”. (RCNs Vol. 1 p. 55).

Cada professora elaborou uma proposta de grade que norteará seus trabalhos, apontando qual a rotina e periodicidade das atividades permanentes.

O trabalho pedagógico com intencionalidade educativa requer o planejamento cuidadoso do educador, a fim de que tenha significado para criança, não ocorrendo de forma estanque ou ainda espontânea. 1) Entrada e Saída

O portão é aberto no início dos períodos (8h às 8h10 e 13h às 13h10) pela equipe de apoio e as crianças se encaminham sozinhas para as salas de aula. As professoras recebem seus alunos nas salas, muitas vezes com o espaço organizado com atividades diversificadas. O portão é aberto às 11h50 e às 16h50 e os responsáveis buscam as crianças nas portas externas das salas de aula. Esse é um momento em que os pais conversam com as professoras. 2) Refeições

No espaço de refeitório existem mesas (acompanhadas pelas cadeiras necessárias) e 02 turmas lancham ao mesmo tempo. Em 2012 tematizamos a divisão deste espaço por turmas e propusemos que as crianças pudessem interagir com a turma da outra sala de forma a não haver separação por faixa etária ou professora.

Em 2015, ampliamos esta interação, organizando este momento entre turmas mais velhas e turmas mais novas, considerando que esta convivência contribui efetivamente na construção de saberes entre os dois grupos que auxiliam e são auxiliados mutuamente.

O recheio dos lanches é preparado pelas merendeiras e em cada mesa é colocado num pote. Dependendo do recheio são utilizadas pazinhas ou colheres. As crianças se encaminham para a mesa de escolha com a caneca plástica e um guardanapo de papel, itens que são disponibilizados em uma mesa de apoio, que fica no centro do refeitório. Servem-se nas quantidades que desejam e ao término do lanche, depositam as canecas vazias na mesa de apoio. As crianças são acompanhadas pelas merendeiras e professoras, cabendo prioritariamente à professora a realização das intervenções necessárias à formação pessoal e social da criança nesse momento.

O cardápio da escola e seus respectivos ingredientes vêm determinados pela Seção de Merenda Escolar da prefeitura; o que inviabiliza a alteração do mesmo. A Avaliação Mensal sobre a merenda e sua aceitação pelas crianças da escola é encaminhada para a SE 3. A partir das discussões sobre a necessidade de oferecer

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opções de escolha para as crianças neste momento, a SE 3 nos autorizou a servir pão com margarina para aquelas que não gostam do recheio do dia, e bolacha nos dias que o cardápio prevê canjica e arroz doce.

Faz parte das estratégias o professor propiciar momentos de experimentação para além da hora do lanche, nos quais as crianças possam experimentar diferentes sabores, texturas, novos alimentos e redescobrir gosto de alimentos já conhecidos, mas nunca experimentados, socializar troca de impressões sobre o alimento, entre outras ações que incentivem as crianças se aventurarem pelo mundo da degustação.

Existe orientação da equipe da ERJ e SE para que nos dias de requeijão o lanche seja preparado para evitarmos desperdício, mas ainda mantivemos o self-service, por acreditarmos na autonomia das crianças e no aprendizado a partir da convivência com o outro e interação do professor.

Também é importante que a professora coma junto com as crianças, atentando-se para a importância de ser um bom modelo e referencial para os alunos. Temos por principio o incentivo e nunca a imposição.

A rotina e a organização do tempo didático são objetos de reflexão contínua no grupo da escola e nos planos de aula as professoras consideram as características de suas turmas e os diferentes tempos das crianças. Nos acompanhamentos dos instrumentos metodológicos das educadoras, no caso, do planejamento, sempre trazemos como questionamento a importância da Rotina para a construção da autonomia da criança.

Em abril de 2016, houve a mudança da empresa terceirizada prestadora de serviços da cozinha ERJ para Convida e nesta substituição nosso quadro de três funcionárias passou para dois.

4) Cuidados

Justificativa

Este é um dos conteúdos que integra os RCNs no eixo da Formação Pessoal e

Social da Criança. Já tivemos época na Educação Infantil onde os cuidados eram o foco central do trabalho na escola, entendida como local de cuidados e espaço compensatório das deficiências quanto às orientações das famílias. Vivemos mais recentemente a idéia

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de que os cuidados caberiam exclusivamente à família não sendo vistos como conteúdo de excelência pedagógica. Acreditamos que a criança nesta faixa etária precisa ser orientada e cuidada pelos professores, uma vez que não têm autonomia suficiente para realizar as várias atividades que envolvem os cuidados consigo mesmas. Esses cuidados não precisam ser executados pelo professor, mas são imprescindíveis a orientação constante e o seu acompanhamento próximo. Certamente, se cuidadas e orientadas de forma respeitosa as crianças desenvolverão mais rapidamente as habilidades e atitudes referentes a esse conteúdo, tornando-se mais autônomas.

Orientações didáticas

Alguns procedimentos (que se traduzem em orientação didática) tomados por parte do professor se fazem necessários para que os alunos possam ter na rotina escolar momentos agradáveis em relação aos cuidados com a higiene do corpo como um todo. Afinal, passar horas em outro local, que não seja a nossa casa, prevê que os adultos que a rodeiam tomem certas atitudes em prol do seu bem estar. Orientar os alunos quanto às condições do tempo (frio/ calor). A criança necessita ser avisada para pôr ou tirar o agasalho em muitos momentos do dia. Acompanhar a hora da escovação dos dentes. Procedimentos básicos como: encher o copo e fechar a torneira; pouco creme dental na escova; repor escovas que ficam gastas; não engolir o creme dental; não usar a escova do amigo, pois a mesma é de uso pessoal. O uso dos sanitários também necessita de muita orientação: lavar as mãos após o uso dos mesmos; apertar a descarga; cuidar para não molhar o chão e a roupa; uso do papel higiênico; etc. Nas situações de pequenos acidentes, como tombos com joelhos esfolados, galos na cabeça, etc., cabe ao professor providenciar o conforto para criança, além de lavar o machucado lavando o local com água e sabão. Tomar cuidado com crianças alérgicas a medicamentos convencionais e conversar com elas sobre essa questão (conscientizá-las). Acidentes mais graves necessitam dos pais bem como de providências mais rápidas, nesses casos a forma de comunicação com as famílias é feita por telefone. O corpo manifesta através dos gestos, da temperatura, dos movimentos suas necessidades e precisa ser atendido. A criança em idade pré-escolar precisa ser respeitada em relação às suas necessidades de movimentar-se através das várias atividades que proporcionamos. É importante prever no planejamento momentos de contenção e expansão, sempre alternados, pois um compensa o outro.

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A preparação para saída deve receber uma atenção especial, pois é um momento de fechamento do dia, onde a criança precisa estar com seus pertences para esperar a pessoa que vêm buscá-las e deve ser um momento tranqüilo. Devemos nos lembrar sempre que os cuidados referem-se tanto aos aspectos relacionais que envolvem a dimensão afetiva quanto aos aspectos biológicos do corpo a qualidade da alimentação e saúde.

6) Atividades diversificadas

Justificativa

Segundo os RCNs, o exercício da cidadania é um processo que se inicia desde a infância, quando se oferecem oportunidades de escolha e autogoverno. Quanto mais pudermos propiciar as crianças situações em que possam escolher entre vários materiais e atividades a serem realizadas, maior será a capacidade de tomada de decisão, que ocorrerá com tranqüilidade e segurança. A atividade diversificada vem ao encontro desse

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objetivo, uma vez que visa, na rotina, um momento de escolha e prazer, visto que a criança se envolve em uma atividade com a qual tem afinidade. É também um espaço para que o professor, através da observação, conheça melhor seus alunos, suas preferências, o que consegue realizar sem esforços, e o que necessita de ajuda para fazer.

Em 2015, na avaliação de final de ano, as professoras sugeriram a inclusão quinzenal de uma intersalas de diversificada, a acontecer às segundas-feiras. A proposta foi inclusa na rotina da escola em 2016.

Orientações Didáticas

Primeiramente, a criança tem que conhecer a proposta da atividade como também os combinados para escolha e permanência nos grupos. A roda de conversa é uma boa estratégia para tanto. O professor também tem que ter o cuidado de selecionar os materiais para que todos sejam do interesse das crianças. Possibilitar a participação das crianças no planejamento e organização da diversificada, sugerindo propostas, materiais e formas de organização do espaço, participar também da organização do espaço tanto antes quanto depois da atividade. Realizar com as crianças avaliação das propostas e materiais utilizados com encaminhamentos para o replanejamento. Ter uma constância de propostas que vão sendo incrementadas ao longo dos dias a fim de possibilitar que as crianças se apropriem, aprofundem seus conhecimentos e possam explorá-la de forma mais prazerosa. Observar a necessidade de substituir os materiais (ou a proposta) quando esgotar o interesse das crianças. Ao propor um jogo, acompanhar um grupo de crianças para construir regras, estimular a formação de estratégias e proporcionar confronto entre pontos de vista diferentes. Garantir que as crianças tenham momentos de livre escolha. Observar o tempo de duração das atividades. O professor pode organizar as atividades de modo a contemplar alguns conteúdos das áreas de conhecimento que entenda importante para o grupo, como por exemplo: Canto da Leitura, da escrita, da Matemática, cavalete, etc.

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Esse momento permitirá a observação mais apurada das professoras nos grupos menores de alunos que estiverem desenvolvendo uma atividade que necessite da sua intervenção mais cuidadosa, por exemplo, ensinar um jogo. Organizar o espaço de modo a atender a atividade que o grupo está realizando, podendo agrupar mesinhas, delimitar o espaço no chão e movimentar o mobiliário. Respeitar a escolha do aluno sempre que possível, pois a sua intervenção está na seleção dos materiais, propostas e no cumprimento dos combinados. Combinar com os alunos como serão as escolhas, movimentação do grupo, participação, por exemplo: “a gente pode mudar de atividade escolhida no mesmo dia?”,

“como nós vamos fazer se todos quiserem fazer a mesma atividade no mesmo dia?, “se

eu não quiser participar de nenhuma atividade o que poderei fazer?”,etc.

Proporcionar um ambiente lúdico, que vai além da oferta de brinquedos, exemplo: tendas, pistas de carrinhos, cama para atendimento hospitalar no kit médico, bloquinhos de papel e lápis para os agendamentos, compras e registros diversos, etc... Nutrir a brincadeira com elementos que enriqueçam o jogo de faz de conta.

Materiais de largo alcance/ não estruturados também são um excelente recurso, pois possibilitam uma gama infinita de possibilidades de acordo com o imaginário do grupo e não se esgotam, pois não possuem fim em si mesmos, podem se transformar no que a imaginação mandar. Exemplos: caixas, potes, panelas, canos, panos, adereços, etc...

Faz-se necessário ampliarmos o conceito de Atividade diversificada para além de um momento específico. Todos os espaços e propostas podem trazer consigo possibilidades diferenciadas que acolham interesses e necessidades individuais ou de um grupo em específico, tendo como foco as reflexões trazidas pela equipe gestora a partir da formação com Monica Pinazza.

4. Avaliação das Aprendizagens dos Alunos 4.1. Educação Infantil

A avaliação do desenvolvimento e aprendizagens dos alunos é processual e contínua. Aos professores, cabe tornar a proposta cada vez mais desafiadora, possibilitando aos alunos a construção de novos conhecimentos, contribuindo para o seu desenvolvimento emocional e social.

Em meados de abril as professoras redigem o relatório coletivo da turma, onde apontam o período da adaptação, características, potencialidades e necessidades da turma, focos de interesse, intencionalidades de projetos, entre outros apontamentos que considerarem pertinentes. Este relatório é lido com as famílias na 2ª reunião com pais no final de abril e seus tópicos delineiam o foco formativo desta reunião.

Os professores observam, registram e planejam o trabalho desenvolvido com os alunos. São dois relatórios de avaliação individual das aprendizagens elaborados pelas professoras onde constam aprendizagens, contextos, intervenções e encaminhamentos.

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Após o diálogo entre professora e equipe gestora, os relatórios são enviados na semana que antecede a reunião com pais para que os mesmos possam ler e levantar seus questionamentos para a discussão com a professora no dia da reunião.

Na reunião com pais a professora poderá eleger uma atividade, um projeto, um tema ou assunto abordado em relatório, para tematização e formação.

As famílias tem acesso a todas as atividades que as crianças desenvolvem e ao final do ano, algumas dessas são selecionadas para compor o portfólio.

Relatos das famílias: “Professora Jô, adoramos essa nova experiência, toda família compartilhou e se

alegrou com o relatório do Pedro, pais, avós e tias, foi muito bom mesmo!” Rosangela

(mãe do aluno Marcos, professora Joesilvia – 2012) “Achei maravilhosa a idéia de trazer o relatório para casa, assim o pai pode

participar também” Rosemeire” – professora Joesilvia – 2012) Em 2015, na avaliação final de ano, as professoras decidiram pela suspenção do

envio do relatório individual dos alunos, argumentando o desperdício de papel e tonner e a não leitura dos mesmos por parte da maioria das famílias. A equipe gestora avalia como um retrocesso a um processo que estava sendo construído gradativamente com as famílias e pretende retomar a reflexão sobre nosso papel na construção das relações entre escola e família e espaços de compartilhamento das aprendizagens das crianças. Como espaço educativo precisamos acreditar nos processos de aprendizagem não só dos alunos, mas de professores, famílias e todos os atores da equipe escolar.

A partir de 2016, ficou acordado que enviaremos uma cópia dos relatórios para quem solicitar à professora.

A equipe gestora realiza apreciação das produções das crianças trimestralmente, como mais uma forma de acompanhamento do trabalho pedagógico e das aprendizagens e desenvolvimento das crianças, elencando focos de discussão da prática pedagógica para tematizar com as professoras, a fim de identificar as necessidades formativas do grupo docente, assim como ampliação das aprendizagens das crianças.

5. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos

5.1- Planejamento

Destinamos mensalmente um HTPC para planejamento ou relatórios, as professoras se reúnem por faixa etária e organizam a rotina através do planejamento semanal ou quinzenal baseados nos projetos, atividades seqüenciadas e permanentes, tendo o PPP como referência. Este ano o grupo de professores optou por um caderno contendo todos os instrumentos de planejamento e registro pedagógicos.

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5.2- Registro Com o planejamento as professoras entregam um registro contando sobre os conteúdos trabalhados, a organização estrutural da aula, a intencionalidade, o foco de trabalho, a relação dos alunos, atividades realizadas, aprendizagens dos alunos, intervenções, dificuldades dos alunos e da professora, sua reflexão sobre o assunto abordado subsidiando o replanejamento. Esses registros são acompanhados pela coordenadora pedagógica através de leitura e devolutiva, encaminhamento ou intervenção quinzenalmente. As professoras fazem um registro individual dos alunos com observáveis das aprendizagens para terem subsídios para a produção dos relatórios no final de cada semestre. 5.3- Organização dos registros da ação formativa da equipe gestora:

As sínteses dos encontros dos HTPC’s e Reuniões Pedagógicas são registrados em livros ata específico por uma professora que é lido e assinado por todos os presentes.

6. Reunião com Pais e Adaptação

6.1 – Reunião com pais

A parceria família / escola é fundamental para o acompanhamento e o desenvolvimento da criança. Assim, entendemos as reuniões de pais como sendo oportunidades muito favoráveis para firmarmos esse vínculo que é construído diariamente. Durante o ano letivo são realizadas quatro reuniões de pais. Na primeira reunião os pais são recebidos no refeitório onde toda a equipe escolar é apresentada. Posteriormente cada família dirige-se a sala de aula de seu filho (a) para a reunião com a professora/auxiliares de educação quando for ao caso

Esta reunião prioriza o acolhimento de todos. Os pais devem se sentir bem-vindos na escola, reconhecendo nesse espaço um momento de troca, confiança e parceria.

O planejamento deste primeiro momento visa contemplar um espaço para apresentação dos pais entre si e da professora para esse novo grupo. O espaço escolar deve ser apresentado a todos para que se familiarizem com os ambientes e com as opções educacionais existentes na Unidade Escolar. É importante conversar sobre as expectativas dos pais quanto o trabalho da escola bem como um convite inicial à participação do conselho de escola As reuniões devem assumir um caráter formativo para os pais. Cada turma escolherá um tema de acordo com o projeto didático ou necessidade pedagógica da sala. Para tanto é feito um planejamento, pensando em introdução/acolhimento, desenvolvimento da reunião e objetivos, avaliação e recursos utilizados. O registro da reunião poderá ser feito pelo professor da classe ou por algum pai presente e tem por objetivo elencar as principais discussões, encaminhamentos e temas para a próxima

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reunião. Acreditamos que os pais consigam a partir dessas reuniões acompanharem o desenvolvimento de seu filho (a), fazendo ligações entre o que a criança está aprendendo na escola e dar sua contribuição no processo ensino-aprendizagem. As reuniões individuais que ocorriam ao final de cada semestre nas quais pais tinham a oportunidade saber sobre o desenvolvimento de seu filho, foram suprimidas, visto que agora temos o HTP para este atendimento mais individualizado.

No final do ano de 2012, ficamos felizes com o número de participantes, que vieram a reunião para o ano de 2013 (em torno de 100 entre pais/responsáveis). Expusemos através de Power point parte das atividades desenvolvidas na escola, tendo como foco as rotinas realizadas pelas turmas de anos anteriores. Explicamos os primeiros dias da adaptação, a primeira reunião de pais e abrimos para dúvidas trazidas pelas famílias.

Entre as dúvidas apresentadas estava a questão de uso de fralda, chupeta e mamadeiras, se os pais poderiam acompanhar os primeiros dias das crianças na escola no período de adaptação, quando seria a vinda do uniforme, cardápio servido para as turmas, quem seria a professora da classe e a gratuidade do transporte escolar.

A partir de 2014 infelizmente não conseguimos mais realizar esta reunião com as famílias dos alunos novos, para apresentarmos as dependências da escola, o PPP da Unidade Escolar, tirar dúvidas, mostrar a rotina, entre outros aspectos pedagógicos, isto porque as matrículas do infantil II ocorreram no dia 20 de janeiro, impossibilitando tempo hábil para o atendimento destas famílias antes do início das aulas.

Neste ano, devido a autorização antecipada da Secretaria de Educação para realizarmos as matrículas de Infantil II, conseguimos reunir as famílias de crianças ingressantes para realizarmos a primeira reunião com pais e responsáveis.

Observamos que a realização da reunião mais para o final do mês de dezembro impediu algumas famílias de participarem. Acreditamos que as ausências devam-se principalmente por motivo de viagem, visto que temos esta realidade com as famílias de alunos veteranos, que por volta do dia dez de dezembro não enviam as crianças para escola.

Por outro lado, um número menor de pessoas proporcionou uma reunião mais próxima, um bate papo descontraído, agradável e voltado para dúvidas e anseios das famílias em relação a entrada de seus filhos na escola.

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6.2– Acolhimento

O acolhimento do inicio do ano é um momento especial para escola, criança e família. Porque é inicio do vinculo e de novas relações. O acolhimento da criança e de sua família precisa ser muito planejado, sobretudo no ingresso da criança pequena no Infantil II e III que muitas vezes está deixando o convívio familiar pela primeira vez e vindo para a vida escolar. Na primeira reunião de pais, fazemos apresentação dos educadores, dos funcionários, dos espaços e fazemos combinados para que adultos e crianças se sintam menos angustiados com essa nova realidade.

O choro faz parte desse processo, já que são muitos os sentimentos envolvidos e muitas das crianças não conseguem ainda dizer o que sentem. Portanto, nossa sugestão é o número de crianças e permanência delas no espaço escolar vá aumentando gradativamente para que o educador e as crianças tenham esse contato inicial de forma mais fácil e tranqüila. Assim a criança não irá se assustar com tanto movimento e os educadores podem dar colo ou lhe dar outro tipo de apoio. Contamos também com a parceria dos pais que nos dão “dicas” nos tratos ou nos enviam objetos de apego para

acalmar as crianças. O conhecimento do espaço físico, introdução da rotina irá ocorrer aos poucos, quando a

criança utilizar as áreas externas, o banheiro, o refeitório e principalmente a sala de aula e objetos contidos nela.

Para as crianças do infantil IV e V esse período também vem acompanhado do choro e insegurança. Este deve ser um momento que priorize a recepção de todos os alunos, pois independente da idade as crianças muitas vezes estão frente a um novo grupo e nova professora.

Pensar em atividades de exploração dos espaços da escola, ludicidade, prazer, reconhecimento do grupo e da equipe escolar pode garantir o bem estar da criança nesse novo espaço bem como um vinculo de confiança e afetividade.

É através da organização das atividades acima relatadas que o professor observa às relações que são desenvolvidas no grupo, as afinidades, os saberes, os interesses e outros aspectos imprescindíveis para o planejamento do início do ano letivo.

Orientações para 2017 a partir da avaliação e reflexões realizadas no ano de 2016: - Todos pais e responsáveis entrarão e sairão pela mesma porta da sala, desta forma

a professora terá tempo para conhecer melhor os responsáveis sem que haja desencontros na entrega das crianças;

- Não realizaremos o preenchimento da ficha de levantamento de dados. Caso a professora tenha alguma dúvida em relação a criança, poderá convocar os familiares para uma entrevista no horário do planejamento;

- O lanche será adaptado de forma, ou seja, servido pronto, sem self-service, evitando assim esperar longas e desnecessárias em um espaço curto de tempo.

- Para a organização das turmas no horário do lanche, será colocada uma turma mais experiente/veterana com uma turma novata, desta forma a interação propiciará momentos mais ricos e tranquilos.

- Faremos uma conversa com as famílias para evitarmos que as crianças, principalmente do transporte, iniciem as aulas sem o crachá de identificação;

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- Diferenciar os horários de entrada do transporte e dos pais; Para as turmas de Infantil II e III:

- Durante a primeira semana de adaptação, as turmas serão divididas em dois agrupamentos, sendo o primeiro das 8h às 10h e o segundo das 10h às 12h e à tarde das 13h às 15h e das 15h às 17h;

- Nesta semana os pais entrarão com as crianças até as salas de aula e para aquelas crianças em que se fizer necessário, a presença da família será permitida e /ou solicitada;

- Passado este período, as professoras ou auxiliares irão até o portão para receber as crianças e conduzi-las até a sala de aula, de forma que gradativamente sintam-se seguras em transitar sozinhas por este caminho na semana seguinte.

Para as turmas de IV e V:

- O número de dias no período de adaptação será reduzido, tendo como referência o tempo dado pela Secretaria de Educação, pois não mais preencheremos as fichas de levantamento de dados neste período e sim na reunião com pais e por confirmarmos que as crianças nessa faixa etária estão tranquilas com a rotina da escola.

- Após o período de adaptação as crianças entram sozinhas até a sala de aula; - Self-service acontecerá desde o primeiro dia para as turmas de infantil IV e V, para as

turmas de infantil II e III o lanche será servido pronto até o final da adaptação; Quanto as crianças que ingressam após o período de adaptação, só será organizado horário diferenciado, em casos em que houver necessidade. Caso a criança esteja bem, feliz e integrada ao seu grupo, não existe necessidade de diminuir período letivo.

Avaliação do período de acolhimento pelos professores

Observamos que as crianças do semi-integral não tiveram uma situação favorável para se adaptarem à nova rotina. Apesar das crianças já estarem frequentando a escola em meio período, a rotina de um dia inteiro é bem diferenciada e logo no primeiro dia já foram direto para o almoço e momento de sono, sem conhecer a nova turma e a professora. Indicamos para o próximo ano pensarmos em uma rotina mais acolhedora para as crianças, com tempos mais flexíveis quanto à rotina, com estratégias que possibilitem um momento para a turma se conhecer, conversarem sobre como será o dia e como será o momento de descanso.

No infantil IV e no infantil V as crianças iniciaram bem e sem estranhamentos, mostraram-se já adaptadas à escola e à rotina. Nesse período poucas mães compareceram para conversar e conhecer a professora.

No infantil II e III a estratégia de acompanhamento dos pais aos filhos somente no primeiro dia e nos outros apenas para as crianças que mostravam mais dificuldade em ficar, contribuiu para a adaptação, pois as crianças de modo geral ficaram melhor sem a presença do familiar. A divisão em dois grupos facilitou bastante, pois foi possível acolher bem a todos resultando em menos choro. Já quando todas as crianças passaram a vir juntas em ½ período houve maior estranhamento e mais crianças chorando, pois queriam maior atenção do adulto. A indicação é que haja uma ampliação gradativa do tempo a cada dia.

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Avaliação do período de acolhimento pela comunidade Perguntamos as famílias como eles avaliaram o período de adaptação de acordo com

os horários, duração de dias, atividades planejadas e atendimento as crianças e suas famílias.

Observamos que as respostas se diferenciaram de acordo com a faixa etária da criança. Os pais do Infantil II, consideraram o período satisfatório, principalmente porque a maioria das crianças estavam na escola pela primeira vez. Parabenizaram o acolhimento da equipe escolar e principalmente das professoras. Validaram a presença de um acompanhante nos primeiros dias, como forma de tranquilizar as crianças e para que as famílias conhecessem um pouco da rotina escolar.

Para as turmas de infantil III o acolhimento também foi colocado como um aspecto muito bem avaliado, no entanto apontaram que a maioria das crianças já estavam adaptadas a rotina, pois muitos eram da própria Unidade ou de outras escolas. Acreditam ser um período necessário, porém com menos dias. Também apontam a necessidade de ampliação gradativa do horário, não havendo mudança brusca do tempo de permanência na escola.

Quanto as turmas de infantil IV e V, embora apresentem uma avaliação muito positiva quanto ao acolhimento às famílias e as crianças, aproximadamente 30% dos pais destacam que este período deveria ser de menos dias e argumentam que as crianças estão familiarizadas com os adultos, espaço e rotina escolar, que a necessidade está em conhecer a professora e que os vínculos serão criados ao longo dos dias e não apenas na adaptação. Consideram a adaptação uma necessidade para aquelas crianças que nunca foram à escola ou não conseguem se adaptar em poucos dias, necessitando de mais tempo que os demais. Apontaram que é um período muito difícil para as famílias e que algumas crianças deixam de vir à escola. Iniciando apenas no período regular.

Estes dados embasarão nossas discussões para planejarmos a adaptação de 2018 nas primeiras reuniões pedagógicas.

7. Atendimento Educacional Especializado (A.E.E)

“O princípio de equiparação de oportunidades entre pessoas com ou sem deficiência

significa que as necessidades de todo o indivíduo devem ser levadas em conta com o mesmo grau de importância. Todos os recursos devem ser empregados de maneira que garantam iguais oportunidades de participação de todas as pessoas.”

(Poéticas da diferença – p. 14) O trabalho realizado pelo A.E.E, conduzido por professor especializado, possui

serviço de natureza pedagógica, para atender alunos com deficiências, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades / superdotação.

Este atendimento visa favorecer a aprendizagem do aluno, considerando a proposta curricular de sua faixa etária, buscando e investigando o interesse e necessidades dos mesmos. É organizado de forma a oportunizar intervenções mais individualizadas e constantes do professor.

O professor de A.E.E fará um trabalho compartilhado com o professor em sala de aula, planejando e desenvolvendo propostas junto a turma. Também poderá construir

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materiais adaptados de acordo com as necessidades e fará intervenções pontuais junto ao professor para auxiliá-lo no trabalho com o aluno.

Juntamente com o coordenador pedagógico fará atendimento às famílias, para conhecermos o histórico do aluno, seus atendimentos, a melhor forma de trabalharmos em parceria com a família x Escola.

Todos os atendimentos, encaminhamentos, e discussões devem estar registrados na ficha R.A.E.

De acordo com a Resolução CNE/CEB nº04/2009 mediante ao contexto educacional da Secretaria de Educação de São Bernardo do Campo, ficam estabelecidas como atribuições do professor atuando no Atendimento Educacional Especializado (AEE): I – identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial; II – elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado (AEE), avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade; III – acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola; IV – orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno; V – ensinar e usar recursos de Tecnologia Assistiva, tais como: as tecnologias da informação e comunicação, a comunicação alternativa e aumentativa, a informática acessível, soroban, Braille, recursos ópticos e não ópticos, softwares específicos, códigos e linguagens, atividades de orientação e mobilidade entre outros; de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia, atividade e participação; VI – estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares. VII – Elaborar Estudo de Caso, Plano de Atendimento Individualizado e Avaliação de Evolução do Aluno acompanhando, elaborando e fornecendo relatórios sempre que solicitado pela Equipe Escolar, Equipe de Orientação Técnica e Secretaria de Educação. VIII – Participar das reuniões de Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC), Conselhos de Ciclo, e outros que forem discutir os alunos acompanhados pelo Atendimento Educacional Especializado.

O AEE na EMEB “Mariana Benvinda” neste ano letivo será realizado na modalidade de ação colaborativa, de 15 em 15 dias, sendo meio período em cada turma, alternando em acompanhamento com as turmas, socialização e discussão com a coordenadora e devolutiva com professores. Com indicativo de acompanhamento para ser iniciado a partir do infantil III.

A professora do AEE realizará intervenções com os alunos dentro da sala de aula durante o horário regular tendo a função de complementar ou suplementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem. A professora também realizará discussões e trocas sobre as observações realizadas em sala, discussão sobre as ações e encaminhamentos, realizará registros das observações, das ações e encaminhamentos relativos ao

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acompanhamento dos alunos, realizará devolutivas com professores e auxiliares, sempre em parceria com a coordenadora pedagógica.

“Se uma criança não pode aprender da maneira ensinada, é melhor ensiná-la da

maneira que pode aprender.” (Marion Welchmann)

8. Projetos coletivos da Unidade Escolar

8.1 - Baú de histórias: Temas: Contos de fadas e circo O Baú de histórias chegou à nossa escola com o intuito de revitalizar a contação de histórias através do imaginário infantil. Longo o caminho que ainda temos para trilhar e atingirmos os objetivos a que nos propusermos. Para o próximo ano temos como desafio a escolha de novas temáticas, o uso social do caderno de registros que conta a história desse grupo com esse projeto, a manutenção e cuidados com o acervo construído, a passagem do uso apenas como brinquedo para o uso nas diferentes linguagens artísticas, oral e escrita. Os professores sugerem que o uso seja quinzenal e o tema modificado a cada trimestre.

Em 2015 e 2016 houve a opção pela não retomada da proposta. Em 2017 ela retorna com o crivo da adesão, para aqueles professores e turmas que se sentirem interessados e que desejem acrescentar essa estratégia em suas rotinas.

BAÚ LITERÁRIO OBJETIVOS PARA O PROFESSOR: Possibilitar a escuta de diferentes tipos de textos,

acerca da mesma temática, autor, coleção, editora, etc.;

Utilizar a diversidade de objetos como meio enriquecedor do contar e ouvir, possibilitando ao aluno ampliar seu universo imaginário; Propiciar a exploração, dramatização, recontos, a partir dos objetos contidos na caixa, desenvolvendo com o aluno um elo entre a história e os mesmos; Compartilhar histórias, livros, opiniões e sentimentos, tornando a leitura uma experiência significativa. TEMA: O Baú literário terá um tema diferenciado trimestralmente. A proposta é conciliar a leitura em torno de um assunto e proporcionar o encontro da criança com diferentes elementos ligados a este universo temático. DURAÇÃO / FREQUÊNCIA: Cada turma ficará duas horas com o baú em um dia da semana, tempo suficiente para contar / ler histórias e deixar as crianças se aproximarem dos elementos que contém no baú, garantindo assim a magia de interagir em um tempo determinado com os objetos da caixa, não perdendo o encantamento e interesse por esses elementos.

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Cada educador irá definir a melhor hora do seu período de uso do baú para levar para sala.

CONFERÊNCIA

Dentro da caixa existe uma lista com todos os pertences. É necessário, a conferência junto ao grupo antes de devolver o baú para a BEI a fim de preservarmos em equipe a quantidade de itens. PRESERVAÇÃO: Faz-se necessário dividir com as crianças procedimentos de cuidado com os enfeites do baú e seus pertences. RETIRADA / DEVOLUÇÃO: Cada turma é responsável pela busca e devolução do baú temático na BEI, que será sua guardiã. REGISTRO O Baú possui um caderno, cuja finalidade é documentar as experiências vividas com o mesmo.

Nele poderão ser registradas indicações de leituras para outras turmas, impressão dos alunos em relação as histórias ouvidas e uso dos objetos, convite entre turmas para uma contação compartilhada, desenhos das crianças sobre o que mais gostaram nessa experiência, fotos das atividades desenvolvidas, entre outras propostas.

O professor será o escriba da turma, registrando as falas das crianças e suas intencionalidades e importância na comunicação. ALGUMAS ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS / POSSIBILIDADES DE TRABALHO: 1. Apresentação do Projeto, objetivos e explicação do que contém a caixa; 2. Roda de conversa para levantar com os alunos as hipóteses sobre tipos de histórias dentro do baú; 3. Apresentação dos livros: escolher com os alunos e registrar em uma lista quais e quantos livros serão lidos a cada encontro; 4. Tipos de Leitura / Reconto (Tanto para o professor como o aluno): A partir do livro, Livro e objetos, Contação com objetos, Fantasiar-se para contar, etc. 5. O professor precisa se familiarizar com os livros do baú, sobretudo os que serão lidos / contados; 6. Planejar momento para leitura e exploração dos livros contidos na caixa; 7. Socialização das histórias lidas pelas crianças; 8 Propor uma mesa na diversificada para exploração dos livros e objetos; 9. Propor as crianças que para o próximo encontro tragam livros / objetos relacionados ao tema;

10. Deixar bilhetinhos no baú para próxima turma (indicação de livro, comentários, impressões, etc.);

11. Dramatizar a história preferida da turma utilizando os objetos como recursos da arte cênica;

12. Escolher um livro entre vários e perguntar aos alunos através de uma charadinha qual é o livro;

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13. Pela capa do livro a professora pergunta aos alunos quais objetos poderia usar ou fantasiar-se;

14. Convidar pais / responsáveis para uma apresentação / leitura / dramatização da(s) história(s) escolhida(s);Convidar outra turma para leitura compartilhada (leitura em dupla ou uma turma apresenta o livro para outra.

8.2 Mostra Cultural e dia da família.

Esses momentos são fundamentais para conhecermos melhor as famílias e mostrarmos o trabalho que realizamos com seus filhos.

Temos como princípio o desenvolvimento de uma mostra cultural que privilegie a interação com o conhecimento trabalhado com as crianças durante os projetos.

Nosso foco é propor uma mostra cultural em que a criança possa demostrar o que aprendeu, seja através de uma apresentação ou vivenciando com sua família um jogo, oficina, proposta em uma área de conhecimento, etc.

Gradativamente, ano a ano, estamos conseguindo maior participação das famílias e aproveitamento satisfatório nas propostas desenvolvidas, muitas crianças participam com seus familiares durante todo o período em que se realiza o evento.

Para 2017 nosso intuito é dar continuidade a projetos iniciados em 2015 (horta, coleta seletiva e reciclagem do óleo, controle do vetor Aedes Aegypit, além de outros projetos desenvolvidos pelas diferentes turmas.

Atendendo uma solicitação das famílias e a conciliação com nosso calendário escolar, neste ano nossa mostra cultural será no sábado letivo de outubro, de forma que esperamos o aumento na participação das famílias.

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8.3 “Vale a pena ouvir de novo”: um mural e muitas histórias

“Quero ensinar as crianças, elas ainda têm olhos encantados... Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os gregos era o início do pensamento, a capacidade de se assombrar diante do banal...” Rubem Alves

Vale à pena ouvir de novo... esse é convite para adentrar no universo infantil,

conhecer, surpreender-se e encantar-se com as ideias, teorias e saberes que as crianças demonstram quando tem a oportunidade de se expressarem, quando conversam entre si e com adultos. Muitas das narrativas das crianças se perdiam no dia a dia da rotina, pois apesar de serem apreciadas não eram registradas. A partir de então o olhar e a escuta das professoras tornaram mais aguçados, mais atentos em busca de preciosidades.

As crianças de hoje, muito mais do que em outros tempos da história, verbalizam suas vivências, impressões, sentimentos, sensações, teorias acerca do que as rodeia e hipóteses de como as coisas e o mundo funcionam.

Essas falas nos ensinam a respeito de seus pensamentos, como aprendem, como devemos ensiná-las e nos dão pistas importantíssimas para um planejamento repleto de sentido e significado.

Um dos objetivos da equipe gestora é que a formação de professores e educadores desta Unidade Escolar esteja voltada para escuta atenta e valorização dessas falas.

Desde 2011, com a apresentação de uma ideia trazida, por então nossa O.P, Mara, estamos colecionando essas “pérolas” e temos as usado em formações da equipe escolar. Nosso intuito é que nossas crianças nos ajudem a superar um currículo voltado para motricidade, treino, condicionamento, estereótipos, propostas escolarizadas, vazias e sem sentido, que se propagam por anos e anos sem que consigamos romper com esse círculo vicioso e infrutífero.

Somos desejosos que essas falas componham com nossa formação um diálogo para que possamos pensar na criança produtora de conhecimento, questionadora do que vivencia e observa, pensante sobre o mundo que a cerca e capaz o suficiente de

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elaborações complexas a respeito de nossa cultura, forma que vivemos e intermediamos nossas relações.

Para 2017, decidimos pela colocação do painel na entrada da secretaria da escola de forma a ser um convite para os pais que chegam, tanto à leitura quanto a própria escrita de falas ouvidas por eles.

Aos poucos fomos suscitando junto a equipe a reflexão sobre essas falas, instigando em cada um a vontade de ser um investigador de saberes, e para este ano nos propusemos a construir um painel com essas falas, onde qualquer pessoa da equipe escolar pudesse anotar o que ouve pelos corredores, diferentes espaços e momentos...

Temos a intenção de iniciar o projeto na escola e expandir para além de seus murros, onde os pais também possam nos ajudar a completar essa deliciosa investigação que é conhecer nossas crianças.

O site também se constituirá em um importante meio de divulgação deste conhecimento.

Aqui ficam algumas frases que nos despertaram para o início deste projeto: “... infinito é mais que 1000 porque depois vem o 1001, 1002, 1003, 1004, 1005...”

(Bruno - infantil V debatendo com o colegas o fato dos números não terem fim)

“... é claro que o jogo começa deste lado, olha só onde está p 1. Do outro lado é o

fim, onde tem o 50!” (Victor - inf. V)

“... por que quando a gente coloca água nessa forminha vira gelo?” (Fernando - inf. II)

“... desenhei a tartaruga botando os ovos na areia, depois eles quebram, as

tartaruguinhas saem e vão para o mar.” (Ingrid – inf. V)

“... prô, po que o Sol segue a gente quando andamos? Já sei, porque a terra gira.”

(Thalles – inf. V))

“... só dá pra ver as estrelas de noite porque no céu tem paredes.” (Rayssa – inf. V)

“... uma estrela morre quando ela desliga! (Giulia – inf. V)

“... os buracos do meu dente são que nem as crateras da Lua.” (Victor – inf. V)

Esperando o transporte escolar...

Kleber (inf. III): “Eu vi um meteoro!

Adulto: De que cor?

Lucas (inf. III): Azul, claro, né?! O céu é azul! Eles vem do céu!

Adulto: Não pode vir da água?

Lucas (inf. V): Não! Eles vem de cima!!!”

Crianças conversando na hora do lanche...

Rafaela V.: “ O meu batom é brilhante!

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Luis F.: Eu não ‘trazo’ baton, eu não sou menina!

Rafaela V. : Mas menino pode passar de cacau show!” (se referindo à manteiga de

cacau)

Na atividade diversificada Gabriel (inf. IV) dá orientações de como usar o creme...

“... crianças o creme só pode ser usado na mão, não pode usar no cabelo. O creme

de cabelo é de outro tipo, esse (mostrando o pote) é só pra mão! É... porque a mão é careca!

8.4 Para além dos muros da escola

O site da EMEB Mariana Benvinda foi criado como um convite a todos que desejam

conhecer e participar do processo Pedagógico desta Unidade Escolar. Nele são publicados projetos, eventos, estudos do meio e demais atividades

realizadas com nossas crianças, suas turmas e professoras. É nesse espaço, além dos demais que temos em nossa rotina, como Dia da família e

Reunião com pais, que todos podem tomar ciência dos projetos desenvolvidos, sendo convidados a serem coautores nas aprendizagens das crianças, colaborando com seus saberes e experiências nas mais diferentes áreas.

O site também tem um caráter informativo, com calendários, cardápio e um espaço para que os visitantes deixem suas críticas, elogios e sugestões.

Entre as páginas oferecidas para visitação estão: Sobre nós, Nossa Equipe, Projeto Político Pedagógico, Portifólios das turmas, Cardápio, Aconteceu Aqui, Biblioteca Luiz Gonzaga, Pérolas de nossas crianças, entre outros.

Infelizmente o site ficou desativado por um ano e meio, pois não havia pessoas para poder nutri-lo. Neste ano tentaremos retomá-lo com auxílio de nossa oficial da BEI. 8.5 Intersalas e oficinas Confecção dos cartazes

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A confecção do cartaz acontece com a professora e sua turma. O cartaz pode ser escrito por uma criança, com transcrição do que foi pensando no grupo ou tendo a professora como escriba. Deve ser atrativo, além trazer as principais informações: dia, local, horário, nome da oficina/intersalas, além de conter um texto convidativo para atividade, que desperte nos alunos a curiosidade e interesse.

Escolha das oficinas

Depois de confeccionados, os cartazes são expostos nas portas das salas de aula,

para que as crianças conjuntamente com as professoras possam ler e verificar as opções de atividades.

É um momento de leitura intenso, no qual as crianças podem realizar inferências sobre o que está escrito e ter suas hipóteses confirmadas através da leitura realizada pela professora.

Após a leitura de todos os cartazes as crianças passam para inscrição, momento de escolha e principalmente para o infantil IV e V realizado com muita autonomia.

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Oficinas

Iniciamos nossa primeira oficina do ano com contação de histórias. As professoras

Usaram e abusaram de sua criatividade, realizando contações com objetos, fantasias, aventais, cenários, entre outros recursos.

Nosso objetivo é propiciar uma contação diferenciada, na qual tanto as crianças possam vivenciar experiências diversas, como as professoras podem trocar experiências umas com as outras.

A orientação é que a professora da sala sempre leia primeiramente para sua turma, de forma a incentivar a participação de seus alunos nas demais salas.

Também é uma forma de realizar pequenos ajustes, de acordo com o retorno dos pequenos.

As professoras também podem, após as oficinas, aproveitarem todos os recursos utilizados e realizar leituras e contações entre turmas

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Intersalas

Aqui estão as fotos de nossa primeira intersalas do ano, na qual escolhemos as brincadeiras simbólicas como tema.

A comunidade participou ativamente, nos enviando itens para para a composição dos kit’s

de cabelereiro, praia, casinha, restaurante, escritório, UBS e oficina mecânica.

Esse tipo de atividade diferentemente das oficinas não acontecem com escolha prévia. As crianças tomam conhecimento das propostas que serão desenvolvidas e durante o período, e podem trocar de sala sempre que desejarem.

De acordo com nossa avaliação do ano anterior, esta atividade não pode ser desenvolvida apenas uma vez, visto que o brincar é um conhecimento adquirido pela experiência e troca entre parceiros.

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Orientações didáticas para intersalas - Acontecer mensalmente no primeiro semestre e quinzenalmente no segundo semestre;

- Planejar com o grupo de professores em HTPC e HTP; - O princípio do trabalho com este tipo de atividade é a interação entre as turmas/idades, portanto a intervenção do professor é imprescindível para que as crianças possam aprender e trocar umas com as outras. Favorecer a "mistura" entre as idades é um dos focos desta proposta; - Pesquisar com as crianças quais os dados deve conter o cartaz de divulgação da oficina/intersalas para que todos os participantes possam fazer suas escolhas; - A professora poderá pedir as crianças que tragam cartazes para a roda de conversa, para levantamento de dados contidos nos mesmos e definição dos dados que irão compor o cartaz da turma (nome da oficina, sala que acontecerá, professora, horário, e a customização com desenhos das crianças que façam referência ao que acontecerá na sala); - Visitar com as crianças de sua turma os cartazes expostos para que elas possam se familiarizar com as oficinas/intersalas; - A escolha das atividades deverá acontecer depois que todos os alunos puderam conhecer a proposta. Isso poderá acontecer na segunda visitação. - Neste momento a plaquinha do nome é um recurso precioso para as crianças que ainda não escrevem o nome com autonomia. Para o Infantil II e III a professora/ auxiliar pode ser a escriba do grupo. - O professor deve questionar as crianças sobre os conteúdos dos cartazes, quais as inferências contidas nos mesmos que possibilitam a leitura mesmo por quem ainda não sabe ler; - As salas de aula devem ser preparadas com as crianças que devem colaborar na ambientação para receber outras crianças; - O planejamento da proposta deve envolver um acolhimento, o desenvolvimento da proposta e avaliação com o grupo no qual ela foi desenvolvida; - Ao receber as crianças de volta à sala, organizar uma roda de conversa para troca de experiência sobre o que vivenciaram em outras turmas; - Inicio e término das atividades: as crianças aguardam na sala o soar do sino e só então dirigem-se às salas; - As crianças devem usar crachás com nome e turma para serem identificadas por outros adultos; - Nas rodas de conversa sobre a realização da atividade também deverão ser tratados as regras e combinados para o momento da atividade; - Cada professora é responsável pela organização da sua sala podendo combinar com a professora do outro período sobre essa organização caso realizem a mesma proposta, por exemplo, a da manhã monta e deixa para a da tarde que depois a demontará e guaradará os materiais.

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No caso das oficinas os professores poderão realizar as atividades primeiramente com suas turmas, para diminuir a ansiedade sobre o que será desenvolvido em sua sala e possibilitar que escolham propostas de outros agrupamentos.

8.6. Mural literário

O Mural de indicação literária foi iniciado a partir da prática de uma professora com

sua turma que envolvidos e encantados com as histórias que ouviam nas rodas de leitura aceitaram a proposta da professora em compartilharem com as outras turmas as belas narrativas que iam conhecendo. Começaram então a indicar suas histórias favoritas num mural. Elaboravam os textos indicando a leitura da história e colocavam no mural juntamente com o livro. As demais turmas visitavam o mural, curiosas e instigadas pela indicação levavam o livro para ser lido.

Em pouco tempo o mural já era uma referência para as crianças que por iniciativa própria ou acompanhadas pela professora sempre o consultavam a espera pela nova indicação. Avaliando o grande interesse das crianças concluímos que a indicação de leitura seria muito mais enriquecedora se envolvesse todas as turmas. Foi assim que o Mural de Indicação literária tornou-se uma atividade permanente na escola. Hoje todas as turmas indicam suas histórias favoritas e apreciam as indicações das outras turmas. Cada turma elabora coletivamente um texto que instiga e convida à leitura, a professora é a escriba do grupo.

O mural é alimentado com belas e criativas indicações semanalmente por duas turmas seguindo um cronograma de datas. As crianças estão tão envolvidas nessa prática que uma turma do infantil V questionou a professora o porquê não terem nenhuma devolutiva de suas indicações, gostariam de saber se estavam gostando das histórias indicadas por elas. Nosso próximo desafio é estabelecer no mural que as turmas deixem sua opinião acerca do livro indicado após a sua leitura.

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O LOBINHO BOM Era uma vez um lobo chamado Rolf, um lobinho bom que gostava de fazer bolos e

que era sempre gentil com seus amigos, mas na verdade os lobos não poderiam ser bonzinhos assim. Eles deveriam ser grandes e maus. Será que Rolf irá descobrir o lobo grande e mau que se esconde dentro dele?

Deixe seu comentário sobre a história para a turma do infantil IV. Texto coletivo – turma do inf. IV

COMO PEGAR UMA ESTRELA Quer uma estrela só para você? Então leia esta história e veja como um menino

conseguiu pegar a sua. Boa Leitura!!! Turma do infantil II Esta história é de um macaco que tinha sonhos incríveis. Vocês querem sonhar com o macaco Julius? Então leiam esta história! Texto coletivo da turma do inf. V

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

1) todas as turmas contribuem com uma indicação seguindo um cronograma de datas, sendo duas turmas por semana.

2) as indicações podem ser de uma leitura de história, de uma poesia, de uma notícia, de um texto informativo, de divulgação científica, pode ser de um CD ou DVD de música ou até de uma música especifica, de um filme, de gravuras, fotografia, obras de arte, enfim de algo interessante que a turma tenha visto e queira compartilhar.

3) a professora deve compartilhar a proposta com a turma, explicando e apresentando o mural.

4) resgatar oralmente as histórias lidas recentemente e exibir os livros, e/ou outros gêneros e portadores trabalhados, conforme citado no item 2.

5) listar os títulos fazendo relação com o livro e/ou outros portadores.

6) em roda de conversa, a professora junto com a turma irão escolher dentre as indicações, a preferida pela turma.

7) a professora deverá conversar com a turma sobre o motivo da indicação, por que estão indicam aquele material. Esse conteúdo fará parte do texto que será exposto no mural (resenha, síntese).

8) a professora pode apresentar às crianças modelos de indicação, sínteses e resumos para nutri-los.

9) resgatar oralmente alguns detalhes do conteúdo do material indicado, fazendo perguntas para norteá-los.

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10) as crianças com a orientação da professora construirão o texto indicativo, tendo a professora como escriba. O texto deve ser convidativo de modo a aguçar a curiosidade e interesse de quem o ler. Poderá ter uma ilustração da turma.

11) todas as turmas deverão consultar o painel semanalmente para conhecerem as indicações. A professora deverá ler o texto para a turma e juntos decidirem se querem apreciar a indicação.

12) ao levarem a indicação para sala, a professora deverá realizar a sua apreciação pela turma e em seguida devolver ao painel para que as demais turmas possam apreciar também.

13) a turma que apreciar o objeto indicado poderá elaborar um texto com suas impressões/opiniões a respeito para a turma que fez a indicação.

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8.7 Encontro Cultural

A escola é um espaço de aprendizagens e

desenvolvimento. Nosso compromisso tem sido o de proporcionar às crianças experiências ricas e cada vez mais elaboradas. Uma das ações que buscam contemplar esse objetivo é o Encontro Cultural, momento onde todos se reúnem para apreciarem uma atividade de enriquecimento cultural, literário, lúdico e musical.

A iniciativa dessa proposta partiu de um pequeno grupo de professoras que se reuniu a fim de apresentar para toda a escola uma atividade que já realizavam com suas turmas e que era muito apreciada pelas crianças.

O encantamento das crianças foi tanto que o grupo decidiu repetir mais vezes. Ao término do ano avaliamos que tal proposta era muito enriquecedora e que poderia tornar-se permanente, com o envolvimento e compromisso de todos.

Dessa forma a proposta inicial para o ano de 2014 seria que as professoras e auxiliares realizassem pequenas apresentações com dramatização, brincadeira cantada, contação de histórias, dentre outras propostas, sendo realizada uma vez por mês no 1º semestre pelos adultos e no 2º semestre quinzenalmente podendo ter a participação das crianças numa dramatização, num reconto de histórias, numa declamação de um poema, numa apresentação de música com acompanhamento de instrumentos, numa sessão de adivinhas e você sabia, enfim, as possibilidades são muitas.

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VI. Calendário Homologado

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VII. REFERÊNCIAS - Proposta Curricular PMSBC - Vol. I - Proposta Curricular PMSBC - Vol. II (Ed. Infantil) - Referencial Curricular Nacional (Ed. Infantil) - Diretrizes Curriculares para Educação Infantil - LDB VIII. ANEXOS 1.Biografia da Patrona

Mariana Benvinda da Costa era filha de Francisco Benvindo da Costa e Maria Teresa de Jesus. Era casada com Francisco de Assis Gomes, com o qual teve sete filhos: Maria Gerciana Gomes, José Gercion Gomes, Antônia Gernecir Gomes, Francisco Genival Gomes. Expedito Geneplides Gomes, Maria das Dores Gomes e Antonia Gildenea Gomes. Veio do Ceará para São Paulo em agosto de 1972. Como todos os nordestinos, à procura de melhores condições de vida. Chegando aqui, entrou logo na comunidade da Igreja, que já era preferida como entidade de luta, desde os tempos do Ceará.

Em 1981, filiou-se ao partido dos trabalhadores e a partir daí começou a participar das lutas, reivindicando melhorias para a Vila Ferrazópolis (escolas, asfalto, ônibus, entre outras). Foi uma das fundadoras do Posto de leite de Ferrazópolis, participando da Comissão de mulheres. Foi e ainda é muito conhecida e amada por todos, tendo nascido em 30 de janeiro de 1933 e falecido em 18 de fevereiro de 1985. 2. Descrição da Estrutura Física da Escola

No prédio dispomos dos seguintes espaços: o 08 salas de aula (comportam 26 alunos de acordo com a legislação), este ano

estamos utilizando 6 salas de aulas para as atividades diárias com os alunos, 1 sala organizamos para jogos e brinquedos e outra sala de convivência para horários de almoço, estudo e descanso. o 01 sala de diretoria o 01 sala de secretaria o 02 banheiros grandes infantis para meninos e meninas o 02 banheiros sociais (masculino e feminino) o 01 sala de professores/coordenação o 01 almoxarifado o 01 brinquedoteca (casa adaptada da antiga zeladoria) o 01 Ateliê (adaptado no palco da Unidade) o 01 refeitório que comporta 02 turmas por refeição

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o 01 galpão anexo ao refeitório o 01 biblioteca interativa o 02 banheiros infantis próximos à biblioteca (masculino e feminino) o 01 banheiro adaptado próximo à biblioteca o 01 almoxarifado para a biblioteca interativa o 01 área de serviço o 01 cozinha e 01 despensa o 02 banheiros com chuveiro (masculino e feminino) o 01 parque com areia e brinquedos cercado por um alambrado o 01 parque de madeira o 02 espaços externos livres - 01 na frente e outro na lateral direita do prédio o 01 pequena área coberta anexa ao parque. Embora a área construída seja aparentemente grande, temos uma enorme dificuldade

quanto às áreas externas disponíveis. Isso exige de nossa parte grande flexibilidade para transformar os espaços internos comuns galpão/ palco de acordo com as necessidades previstas na rotina e outras atividades propostas no calendário escolar.

3. Materiais Pedagógicos e Equipamentos Para uso diário da escola, contamos com: - Mesas de trabalho na diretoria, secretaria e sala dos professores; - Armários de aço e revestidos de fórmica para uso na secretaria, sala dos professores, banheiros, salas de aula, almoxarifado, galpão, etc; - Computadores, impressoras e mesas para atendimento na Secretaria, na BEI e sala dos professores; - Rádio gravador CD para uso na BEI, em sala de aula e na brinquedoteca; - Televisão de 29’ com tela plana; - Microsystem para uso na BEI; - Amplificador e caixas acústicas; - Microfones; - Retroprojetor e tela; - Projetor de Slides; - Filmadora; - Câmera fotográfica digital; - Gravador de voz, - MP-3 - Filmadora; - Copiadoras para uso em atividades internas(Minolta e Kyocera); - Mimeógrafo; - Refiladoras de papel e guilhotina; - Mesas e cadeiras infantis revestidas de fórmica em todas as salas de aula; - Mesas de professora e cadeira para adulto nas salas de aula; - Mesas com 4 lugares e cadeiras infantis para as crianças nas refeições feitas no galpão; - Mesas de 3mx 0,70cm para uso no refeitório (apoio para o self-service);

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- Armários para meios secos e úmidos - material de artes. - Carrinhos de secagem; - Quadros murais; - Mobiliário e um excelente acervo de livros (3964 títulos), DVDs (135 unidades), CDs(137 títulos) e CD-ROM(41) na BEI; - Mobiliário da Brinquedoteca de acordo com a proposta do Programa; - Tanquinho; - Centrífuga de roupas; - Fogão industrial, geladeiras, liquidificador industrial e doméstico, processador de alimentos, batedeira doméstica, balança de cozinha, forno elétrico, forno microondas, - Parque infantil com escorregadores, teia de aranha, casa do tarzan gangorras e balanças; - Ventiladores de teto no galpão e portáteis para uso eventual em outros espaços; - Ventiladores na secretaria, na diretoria e sala dos professores; - Materiais para atividades de corpo e movimento: banco sueco, plinto, colchões; - Cavaletes infantis para pintura; - Aparelho de Telefone/ Fax e aparelhos telefônicos para utilização na Secretaria, Diretoria e na BEI; - Pen-drive para uso na BEI; - Enceradeiras industriais; - Escadas de alumínio; - Filtro central de água e filtros de purificação de água no coxinho dos alunos e na cozinha; - uma refresqueira; - Teatro gigante (madeira); - Tela de projeção (fixa)

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4.Reforma da Unidade Escolar

Indicativos das necessidades da Unidade Escolar para atendimento na reforma

SOLICITAÇÃO JUSTIFICATIVA Nivelamento do piso externo e acabamento com superfície lisa. O piso desnivelado causa acidentes frequentes nas crianças, que vão desde

escoriações simples a severas. Impede brincadeiras que envolvam o correr e deslizar, além dos tropeços frequentes.

Mudança do sistema nas saídas de captação água pluvial, que hoje desembocam na frente das salas de aula, ocasionando empoçamentos.

Para evitar o acúmulo de detritos e alagamentos em frente as salas de aula, o que impede a passagem dos pais em dias de chuva.

Troca do Paviflex de todos os ambientes da escola, exceto BEI. A deterioração do Paviflex está chegando no contra piso da U.E. Troca dos coxinhos internos de sala de aula por colméias de alvenaria.

Para otimização do espaço. Devido a metragem das salas de aula serem diferenciadas de outras escolas temos pouquíssimo espaço para circulação das crianças e organização dos materiais necessários para desenvolvimento das atividades.

Conserto de rachaduras e pintura geral do prédio. A pintura atual está velha, com rachaduras, descascando e sem cor. Retirada do muro da brinquedoteca para integração com área externa e reforma do espaço interno tirando as paredes divisórias (meia parede/arcos) Adequação do banheiro, visto que trata-se de uma casa convencional; Conserto e troca do piso, paredes, janelas e portas Retirada da pia da cozinha (para evitar acidentes) Manutenção dos armários; Fechamento da lavanderia;

Para integração dos espaços do brincar e melhor acompanhamento da professora visualizando todas as crianças.

Troca das telhas do refeitório Sistema de ventilação e iluminação eficiente Adequação de ralos para saída de água em dias de limpeza

As telhas atuais são de material (fibrocimento) que causa superaquecimento no ambiente. O local é escuro, necessitando de maior iluminação

Reforma e adequação dos banheiros As pias apresentam vazamentos constantes Na última manutenção foram encontradas raízes dentro das saídas do vaso sanitários e ralos, causando entupimentos

Melhor atendimento e segurança das crianças

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constantes Aumentar o vão dos box (para saída de emergência) Mudar as fechaduras das portas e nivelá-las; Ampliar o número de box, pois hoje são insuficientes para 340 alunos Troca de toda rede elétrica, bem como fiação, reatores, soquetes e lâmpadas. Substituição das antigas calhas de lâmpadas fluorescentes por lâmpadas mistas. Colocação de interruptores individuais em todos os espaços.

Queima frequente de lâmpadas (por volta de 40 a cada três meses) e reatores , incapacidade de ligar vários aparelhos ao mesmo tempo e quedas frequente de energia. Impossibilidade de suportar equipamentos como brinquedos Infláveis, ventiladores ligados ao mesmo tempo em época de calor;

Adequação da cozinha Abrir porta para o transporte de alimentos e utensílios da cozinha para o refeitório Troca de todos os armários de madeira por armários de material indicado para este espaço Troca da porta balcão que atualmente é de madeira Troca das prateleiras de madeira que estão na dispensa; Reestruturação do ralo para evitar entrada de roedores

Adequação de ambiente de acordo com os padrões de higiene para preparo, manipulação e armazenamento de alimentos.

Substituição e ampliação do alambrado em torno da escola por estrutura de ferro;

O alambrado atual tem causado cortes nas mãos das crianças, pois enferruja com facilidade e está quebrado em vários pontos de sua extensão; A ampliação visa evitar as invasões;

Ampliação do parque e troca da areia por piso emborrachado Cobertura do espaço Ampliação do número de brinquedos (principalmente balança)

Hoje o parque tem espaço insuficiente para as brincadeiras o que gera acidentes frequentes A areia não amortece impacto Em dias de sol forte e chuva não é possível utilizar o parque

Complexo administrativo Construção de um guichê de atendimento na secretaria; Ampliação do espaço da secretaria e direção Ampliação do complexo para a construção de uma sala para a coordenadora; Reforma da sala dos professores Aquisição de armários

O espaço é apertado e insuficiente para realização de reuniões, atendimentos as famílias, devolutivas com professores, entre outras ações pedagógicas e administrativas. A coordenadora não tem uma sala para realização de suas atividades pedagógicas, o que é imprescindível para sua função que envolve momentos exclusivos para estudo e concentração Os armários da secretaria são insuficiente para o armazenamento de toda documentação.

Cobertura com toldo nas saídas das salas de aula. Para evitar que em dias de chuva as crianças se molhem quando são buscadas pelos familiares.

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Reforma do almoxarifado Prateleiras em alvenaria

As prateleiras são de madeira, material que não suporta peso suficiente.

Revitalização do entorno Iluminação externa

A área no entorno da escola vem sido utilizada por traficantes e usuários de drogas. A Petrobrás não realiza a roçagem da grama com frequência o que causa transtorno devido ao número de insetos, roedores e impossibilita a visibilidade e passagem das famílias pelo escadão.

Refeitório para os funcionários Hoje os funcionários não possuem um local para almoço. Adaptaram uma mesinha no local da lavanderia.

Adequação de um banheiro como trocador Não temos um trocador que atenda as crianças com a faixa etária que trabalhamos. O local é compartilhado com a lavanderia e muito pequeno para atender as crianças maiores.

Adequação da lavanderia

Isolamento da lavanderia, que hoje é utilizada conjuntamente com o trocador;

Construção do Ateliê Atualmente o ateliê está improvisado no palco e precisa ser desmontado uma vez por semana, quando utilizamos o espaço para as entradas coletivas;

Reforma dos armários da Unidade Os armários das salas de aula estão apresentando mofo, lâminas de fórmica soltando, dobradiças quebradas, prateleiras envergadas.

Criação de um tanque de areia Ampliar as possibilidades do brincar

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MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS

PARECER QUALITATIVO DO PPP 2017

EMEB Mariana Benvinda da Costa Análise Qualitativa

1 – INTRODUÇÃO A equipe escolar da EMEB Mariana Benvinda traz em sua avaliação institucional um relato muito

detalhado das principais ações realizadas pela equipe escolar no ano anterior em atendimento aos

problemas identificados, bem como sinaliza outras ações que foram pensadas no coletivo para os

desafios que se apresentam para o corrente ano explicitando o caráter democrático das avaliações

e a corresponsabilidade de todos na implementação do projeto politico pedagógico da unidade.

Nestes últimos anos a equipe escolar tem demonstrado preocupação com propostas para as

crianças pequenas que se apoiam na visão escolarizada e pouco significativa, sendo permanente

focos de reflexão junto ao grupo a pedagogia da infância e a reorganização dos tempos e espaços

que favoreçam as aprendizagens. Um dos investimentos tem sido promover a interação entre as

turmas (intersalas) possibilitando o brincar, cantar, jogar, explorar com seus pares considerando a

interdisciplinaridade e a ludicidade no planejamento das propostas.

Outra questão se refere a participação dos pais no cotidiano escolar. Importante estreitar a

relação com a comunidade, procurando estabelecer momentos periódicos que articulem as

avaliações da equipe escolar com a da comunidade local, destacando conquistas e desafios para

melhorar a qualidade do atendimento na escola. A participação das famílias ainda é tímida em

alguns eventos que a unidade organiza. Neste ano algumas ações foram pensadas pela equipe a

fim de ampliar esta participação contribuindo com o trabalho pedagógico mesmo na

impossibilidade da presença dos familiares. Os canais de comunicação tem sido aprimorados com

envio de calendário mensal e inserções periódicas no blog da unidade sobre as ações

desenvolvidas. Os membros do Conselho e APM também serão convidados a participar das

Reuniões Pedagógicas e as famílias a colaborar com a revitalização da área externa da escola

contribuindo para um ambiente mais agradável no desenvolvimento dos projetos didáticos junto as

crianças.

Outra preocupação da equipe se dá com as experiências culturais vivenciadas na formação das

crianças, sendo revistos os objetivos de trabalho, procurando garantir contextos e linguagens

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fundamentais para as diferentes faixas etárias. Neste ano o foco formativo com toda equipe será

refletir sobre “as experiências nos tempos e espaços da escola da infância” pensando

possibilidades de alicerçar o trabalho pela mudança do olhar do professor para a infância,

revisitando as concepções de criança e na visão sobre as suas capacidades e potencialidades.

Alguns conceitos como protagonismo infantil, mediação, interação, ludicidade, autoria entre outros

terão aprofundamento teórico nos HTPCs, Reuniões Pedagógicas e serão pensados na prática do

cotidiano escolar. Meu acompanhamento se dará sobre este eixo formativo com apoio a pedagogia

da escuta e participação das crianças bem como na relação dialógica da construção do PPP. O

desenho como expressão do vivido, sentido, imaginado e desejado será tema de estudo em HTP.

Uma demanda que precisamos efetivar neste ano é a inserção das atualizações do PPP no

decorrer do ano e não em um período especifico entendendo seu caráter processual.

Sem mais

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Eliana C. Mineli de Oliveira

Orientadora Pedagógica

2 – QUADRO COM ITENS DO PPP A SEREM QUALIFICADOS

Indique os itens a serem qualificados considerando os indicativos da avaliação de 2016, o artigo 44 das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais Para a Educação Básica (Resolução CNE/CEB 04/2010) e o Artigo 65 do Regimento Escolar.

O que qualificar?

Justifique a escolha do aspecto a ser qualificado

Sugestões e possibilidades para a qualificação

Caracterização dos professores e auxiliares.

A cada dois anos a gestão revisita as caracterizações de alguns segmentos da unidade. Neste ano também recebeu novos integrantes vindos pelo processo de remoção.

Ao caracterizar estes segmentos para a construção de sua identidade coletiva, importante ouvi-los em seus anseios, interesses no sucesso da educação das crianças e crescimento pessoal enquanto cidadãos. É preciso conhecer e valorizar os conhecimentos locais, ampliar saberes da equipe escolar e não apenas dos educandos.

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Registro no PPP das reflexões desenvolvidas no plano de formação.

O PPP desta unidade tem sua organização curricular em Áreas de Conhecimento. No entanto os conteúdos do plano de formação darão ênfase às experiências das crianças na diferentes linguagens. Estas reflexões deverão ser registradas no PPP como forma de historicizar os saberes construídos por este grupo.

Aprofundamento dos conceitos teóricos que estão presentes na pedagogia da infância; Momentos de problematização da prática pedagógica docente possibilitando a construção de saberes coletivos e preocupados com a aprendizagem e desenvolvimento dos pequenos; Aporte teórico que traga o olhar para a infância considerando a humanização dos sujeitos e toda sua inteireza.

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Assinatura

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